evasÃo no ensino À distÂncia: formaÇÃo continuada dos agentes de seguranÇa pÚblica - livro

8/14/2019 EVASO NO ENSINO DISTNCIA: FORMAO CONTINUADA DOS AGENTES DE SEGURANA PBLICA - LIVRO

1/133

EVASO NO ENSINO DISTNCIA: FORMAO CONTINUADA

DOS AGENTES DE SEGURANA PBLICA

VALTER JOAQUIM DOS SANTOS

Dedico este estudo para Lauryvania de

Souza Pinto, que vem demonstrando emtodo o momento que um homem somentealcana o sucesso quando ao seu lado

possui uma mulher de valor moral. Paravoc, minha amiga e companheira de todasas horas, resta-me render homenagenscomo forma de reconhecimento de seucarinho e compreenso em todos osmomentos.


2/133

2

S237eSantos, Valter Joaquim.

Evaso no Ensino Distncia: formao continuada dosagentes de segurana pblica / Valter Joaquim Santos Cceres [MT]: Editora Unemat, 2007.120p.

1. Evaso. 2. Ensino Distncia. 3. Agentes de SeguranaPblica. I. Autor. II. Ttulo.

ISBN-978-85-89898-73-7 CDU 37:004,78(817.2)


3/133

AGRADECIMENTOS

O sentimento de gratido que brota dalma dos seres humanos evidencia que

somos filhos de Deus e a ele devemos reconhecimento e f. Por isso, agradeo a Deus

por todas as vitrias que tive na vida.

Agradeo aos meus filhos Herman Ralf Dunck Santos, Maria Clara Dunck

Santos, Luis Eduardo Ramalho Gerino Santos pela inspirao e perseverana para

seguir adiante nos estudos e tambm aos meus filhinhos Andr Lucas de Souza Pinto

Santos e Joo Pedro de Souza Pinto Santos pelos ensinamentos que somente a

inocncia das crianas pode repassar.

Para minha amiga e sogra Maria Jos de Souza Pinto, agradeo a compreenso

e o carinho dispensados, especialmente nos momentos de dificuldades.

Ao meu professor orientador Dr. Simeon Hugo Ferreira Gonzalez, agradeo a

confiana e a ateno nos momentos de dvidas.

A educao a distncia EaD, como modalidade educacionalalternativa para transmitir informaes e instrues aos alunos pormeio do correio e receber destes as respostas s lies propostas,tornou a educao convencional acessvel s pessoas residentes emreas isoladas ou queles que no tinham condies de cursar o ensinoregular no perodo apropriado. A associao de tecnologias

tradicionais de comunicao como o rdio e a televiso como meio deemisso rpida de informaes e os materiais impressos enviados viacorreios trouxeram um novo impulso EaD, favorecendo adisseminao e a democratizao do acesso educao em diferentesnveis, permitindo atender grande massa de alunos. [...]

(Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida)

3


4/133

TEXTO DA CONTRA CAPA

A busca pela qualificao profissional a partir da educao fez com que as pessoasbuscassem novas formas de aprimoramento educacional, assim, o ensino distncia passou a fazer parte de um contexto social, em que o uso da tecnologia permitesubstituir a necessidade presencial para o aprimoramento cultural. Neste sentido, o

presente estudo buscou discutir o ensino distncia avaliando seus benefcios para oaprimoramento profissional dos indivduos e, ao mesmo tempo, analisando os ndices

de evaso dos agentes de segurana pblica. O estudo foi desenvolvido a partir deuma pesquisa descritiva com metodologia de estudo de caso, em que foram pesquisados 125 (cento e vinte e cinco) agentes de segurana pblica deRondonpolis-MT de diferentes instituies como: IML (Instituto Mdico Legal),Criminalstica, Delegacia de Defesa da Mulher, Posto de Identificao, DelegaciaVila Operria, CISC (Centro Integrado de Segurana e Cidadania), Presdio da MataGrande, PM (Polcia Militar) e Cadeia Pblica. Ao desenvolver a pesquisa e coletaros dados chegou-se a concluses que so apresentadas nesta obra.

4


5/133


6/133

GRFICO 6: Possui computador com acesso Internet em casa? ...........................................70TABELA 7: Sabe utilizar o computador? ............................................................................71

GRFICO 7: Sabe utilizar o computador? ...............................................................................71TABELA 8: Conhece ou sabe utilizar de maneira bsica os recursos? .....................................72

GRFICO 8: Conhece ou sabe utilizar de maneira bsica os recursos? ...................................73TABELA 9: Freqncia com que usa a Internet ........................................................................73GRFICO 9: Freqncia com que usa a Internet ...................................................74

TABELA 10: Participao em cursos distncia anterior ao curso da SENASP/SEAT ...........74GRFICO 10: Participao em cursos distncia anterior ao curso da

SENASP/SEAT ..........................................................................................................................75TABELA 11: Para que usa a Internet? ..................................................................................76

GRFICO 11: Para que usa a Internet? ..................................................................76TABELA 12: Qual a freqncia que acessa o site do curso? .............................................77

GRFICO 12: Qual a freqncia que acessa o site do curso? ..................................................78TABELA 13: Perodo da semana que acessava o curso .......................................................78

GRFICO 13: Perodo da semana que acessava o curso ..........................................................79TABELA 14: Perodo do dia que acessava o curso ................................................................80

...............................................................................................................................80GRFICO 14: Perodo do dia que acessava o curso ............................................80

TABELA 15: A interao provida foi suficiente .......................................................................81GRFICO 15: A interao provida foi suficiente ...................................................82

TABELA 16: Vontade de interagir com os colegas ...................................................................83GRFICO 16: Vontade de interagir com os colegas .................................................................83

TABELA 17: Qual o meio de interao foi o favorito? ........................................................84GRFICO 17: Qual o meio de interao foi o favorito? ..........................................................84TABELA 18: Problemas durante o curso ..................................................................................85

GRFICO 18: Problemas durante o curso ..............................................................86TABELA 19: Dificuldades em usar os recursos da Internet .....................................................86GRFICO 19: Dificuldades em usar os recursos da Internet ...................................................87TABELA 20: Acesso s pginas do curso .................................................................................88

GRFICO 20: Acesso s pginas do curso .............................................................88TABELA 20: Acesso s pginas do curso .................................................................................89

GRFICO 20: Acesso s pginas do curso .............................................................89TABELA 21: A interface do curso foi .......................................................................................90GRFICO 21: A interface do curso foi .....................................................................................91TABELA 22: Classifica a interface do curso como: ..................................................................92

GRFICO 22: Classifica a interface do curso como ................................................................92TABELA 23: Navegao pelas pginas ....................................................................................93GRFICO 23: Navegao pelas pginas ..................................................................................93TABELA 24: No houve satisfao no nvel de interao com os outros alunos .....................94GRFICO 24: No houve satisfao no nvel de interao com os outros alunos ...................95TABELA 25: O modo como o curso foi desenvolvido foi ........................................................95GRFICO 25: O modo como o curso foi desenvolvido foi ......................................................96TABELA 26: A carga horria do trabalho foi bem distribuda? ................................................96GRFICO 26: A carga horria do trabalho foi bem distribuda? ..............................................97TABELA 27: Tempo destinado a cada mdulo .........................................................................98GRFICO 27: Tempo destinado a cada mdulo .......................................................................98

TABELA 28: Mudanas sugeridas para o curso ........................................................................99GRFICO 28: Mudanas sugeridas para o curso .....................................................................99

6


7/133

TABELA 29: Faria outro curso neste formato pela SENASP/SEAT ......................................100GRFICO 29: Faria outro curso neste formato pela SENASP/SEAT ....................................100TABELA 30: Considera mais fcil aprender os assuntos relacionados com o tema do curso demodo tradicional (presencial) ..................................................................................................101

GRFICO 30: Considera mais fcil aprender os assuntos relacionados com o tema do cursode modo tradicional (presencial) .............................................................................................102TABELA 31: O material didtico disponibilizado pelo curso foi suficiente para a realizaodas atividades do curso? ..........................................................................................................102GRFICO 31: O material didtico disponibilizado pelo curso foi suficiente para a realizaodas atividades do curso? ..........................................................................................................103TABELA 32: Conseguia realizar as atividades no tempo estipulado pela tutoria? .................103GRFICO 32: Conseguia realizar as atividades no tempo estipulado pela tutoria? ...............104TABELA 33: Pela experincia as atividades do curso foram adequadas e suficientes? .........105GRFICO 33: Pela experincia as atividades do curso foram adequadas e suficientes? .......105

TABELA 34: Nota ao contedo do curso ...........................................................................106

GRFICO 34: Nota ao contedo do curso ............................................................106TABELA 35: Nota para o seu desempenho .........................................................................107

GRFICO 35: Nota para o seu desempenho .........................................................108TABELA 36: Suas dvidas foram rapidamente respondidas pela tutoria? .......................108

GRFICO 36: Suas dvidas foram rapidamente respondidas pela tutoria? ...........................109TABELA 37: O suporte tcnico oferecido pela SENASP/SEAT foi suficiente para sanar asdvidas? ...................................................................................................................................110GRFICO 37: O suporte tcnico oferecido pela SENASP/SEAT foi suficiente para sanar asdvidas? ...................................................................................................................................110

TABELA 38: Voc teve/no teve problemas em acessar o site do curso? ..........................111GRFICO 38: Voc teve/no teve problemas em acessar o site do curso? ..........111

TABELA 39: O site do curso estava sempre acessvel quando precisava acess-lo ..........112GRFICO 39: O site do curso estava sempre acessvel quando precisava acess-lo .......112

TABELA 40: Voc tem dificuldades em localizar informaes sobre como utilizar oambiente e desenvolver as atividades do curso? ......................................................................113GRFICO 40: Voc tem dificuldades em localizar informaes sobre como utilizar oambiente e desenvolver as atividades do curso? ......................................................................114TABELA 41: Qual nota daria para o suporte tcnico? ............................................................114GRFICO41: Qual nota daria para o suporte tcnico? ...........................................................115TABELA 42: Todos os questionamentos enviados para a tutoria do curso foram respondidos?.................................................................................................................................................115

GRFICO42: Todos os questionamentos enviados para a tutoria do curso foram respondidos?.................................................................................................................................................116TABELA 43: A tutoria lhe pareceu presente quando necessitou dela? ....................................116GRFICO 43: A tutoria lhe pareceu presente quando necessitou dela? .................................117Tabela 44: Motivos da desistncia do curso ............................................................................130Grfico 44: Motivos da desistncia do curso ..........................................................................131CONCLUSES .......................................................................................................................133RECOMENDAES ..............................................................................................................135................................................................................................................................................136REFERNCIAS ......................................................................................................................136APNDICE INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS ............................................140

LISTA DE FIGURAS

7


8/133

APRESENTAO ....................................................................................................................16CAPTULO I .............................................................................................................................20PROBLEMTICA DA INVESTIGAO E OS ASPECTOS NORTEADORES DAPESQUISA ................................................................................................................................20

O Problema ...............................................................................................................................20Anlise e interpretao de dados ...............................................................................................24CAPTULO II ............................................................................................................................252.1 Iniciao do Processo Educacional no Brasil .....................................................................252.2 O Processo de Aprendizagem .............................................................................................292.3 Organizao do Processo Educacional ................................................................................312.4 Introduo das Universidades no Brasil .............................................................................332.5 A Importncia da Comunicao e da Tecnologia da Informao para a Educao ............372.6 Histrico da Educao Distncia ......................................................................................412.7 Importncia do Sistema Educacional Distncia ................................................................422.8 Anlise da preparao profissional dos professores que trabalham em Educao

Distncia ....................................................................................................................................462.9 Fatores que influenciam no desempenho dos alunos virtuais .............................................512.10 Tendncias do Sistema Educacional Distncia ..............................................................54CAPTULO III ..........................................................................................................................57SENASP/SEAT-SEJUSP/MT ....................................................................................................573.1 Definies, Metodologias e Objetivos ..............................................................................57Figura 1: Pgina inicial do curso ...............................................................................................60Figura 2: Pgina cursos evadidos ..............................................................................................60Figura 3: Pgina cursos concludos ...........................................................................................61CAPTULO IV ..........................................................................................................................62MARCO ANALTICO ..............................................................................................................624.1 Anlise dos Dados ...............................................................................................................62TABELA 1: Matrculas, aprovao e evaso do curso SENASP/SEAT Brasil, Mato Grosso eRondonpolis .............................................................................................................................62GRFICO 1: ndice de evaso em nvel de Brasil, Mato Grosso e Rondonpolis-MT ..... .... ..63

TABELA 2: Instituio ......................................................................................................64GRFICO 2: Instituio ...........................................................................................64

TABELA 3: Carga horria de trabalho semanal .....................................................................65GRFICO 3: Carga horria de trabalho semanal .....................................................66

TABELA 4: Motivo da inscrio ...............................................................................................67GRFICO 4: Motivo da inscrio ...........................................................................67

TABELA 5: Possui curso de informtica bsica? ..............................................................68GRFICO 5: Possui curso de informtica bsica? ..................................................69TABELA 6: Possui computador com acesso Internet em casa? .....................................69


GRFICO 7: Sabe utilizar o computador? ...............................................................................71TABELA 8: Conhece ou sabe utilizar de maneira bsica os recursos? .....................................72GRFICO 8: Conhece ou sabe utilizar de maneira bsica os recursos? ...................................73TABELA 9: Freqncia com que usa a Internet ........................................................................73

GRFICO 9: Freqncia com que usa a Internet ...................................................74TABELA 10: Participao em cursos distncia anterior ao curso da SENASP/SEAT ...........74

GRFICO 10: Participao em cursos distncia anterior ao curso daSENASP/SEAT ..........................................................................................................................75

8


9/133

TABELA 11: Para que usa a Internet? ..................................................................................76GRFICO 11: Para que usa a Internet? ..................................................................76

TABELA 12: Qual a freqncia que acessa o site do curso? .............................................77GRFICO 12: Qual a freqncia que acessa o site do curso? ..................................................78

TABELA 13: Perodo da semana que acessava o curso .......................................................78GRFICO 13: Perodo da semana que acessava o curso ..........................................................79TABELA 14: Perodo do dia que acessava o curso ................................................................80

...............................................................................................................................80GRFICO 14: Perodo do dia que acessava o curso ............................................80



TABELA 17: Qual o meio de interao foi o favorito? ........................................................84GRFICO 17: Qual o meio de interao foi o favorito? ..........................................................84

TABELA 18: Problemas durante o curso ..................................................................................85GRFICO 18: Problemas durante o curso ..............................................................86

TABELA 19: Dificuldades em usar os recursos da Internet .....................................................86GRFICO 19: Dificuldades em usar os recursos da Internet ...................................................87TABELA 20: Acesso s pginas do curso .................................................................................88

GRFICO 20: Acesso s pginas do curso .............................................................88TABELA 20: Acesso s pginas do curso .................................................................................89

GRFICO 20: Acesso s pginas do curso .............................................................89TABELA 21: A interface do curso foi .......................................................................................90GRFICO 21: A interface do curso foi .....................................................................................91TABELA 22: Classifica a interface do curso como: ..................................................................92GRFICO 22: Classifica a interface do curso como ................................................................92TABELA 23: Navegao pelas pginas ....................................................................................93GRFICO 23: Navegao pelas pginas ..................................................................................93TABELA 24: No houve satisfao no nvel de interao com os outros alunos .....................94GRFICO 24: No houve satisfao no nvel de interao com os outros alunos ...................95TABELA 25: O modo como o curso foi desenvolvido foi ........................................................95GRFICO 25: O modo como o curso foi desenvolvido foi ......................................................96TABELA 26: A carga horria do trabalho foi bem distribuda? ................................................96GRFICO 26: A carga horria do trabalho foi bem distribuda? ..............................................97TABELA 27: Tempo destinado a cada mdulo .........................................................................98

GRFICO 27: Tempo destinado a cada mdulo .......................................................................98TABELA 28: Mudanas sugeridas para o curso ........................................................................99GRFICO 28: Mudanas sugeridas para o curso .....................................................................99TABELA 29: Faria outro curso neste formato pela SENASP/SEAT ......................................100GRFICO 29: Faria outro curso neste formato pela SENASP/SEAT ....................................100TABELA 30: Considera mais fcil aprender os assuntos relacionados com o tema do curso demodo tradicional (presencial) ..................................................................................................101GRFICO 30: Considera mais fcil aprender os assuntos relacionados com o tema do cursode modo tradicional (presencial) .............................................................................................102TABELA 31: O material didtico disponibilizado pelo curso foi suficiente para a realizaodas atividades do curso? ..........................................................................................................102

GRFICO 31: O material didtico disponibilizado pelo curso foi suficiente para a realizaodas atividades do curso? ..........................................................................................................103

9


10/133

TABELA 32: Conseguia realizar as atividades no tempo estipulado pela tutoria? .................103GRFICO 32: Conseguia realizar as atividades no tempo estipulado pela tutoria? ...............104TABELA 33: Pela experincia as atividades do curso foram adequadas e suficientes? .........105GRFICO 33: Pela experincia as atividades do curso foram adequadas e suficientes? .......105

TABELA 34: Nota ao contedo do curso ...........................................................................106GRFICO 34: Nota ao contedo do curso ............................................................106TABELA 35: Nota para o seu desempenho .........................................................................107

GRFICO 35: Nota para o seu desempenho .........................................................108TABELA 36: Suas dvidas foram rapidamente respondidas pela tutoria? .......................108

GRFICO 36: Suas dvidas foram rapidamente respondidas pela tutoria? ...........................109TABELA 37: O suporte tcnico oferecido pela SENASP/SEAT foi suficiente para sanar asdvidas? ...................................................................................................................................110GRFICO 37: O suporte tcnico oferecido pela SENASP/SEAT foi suficiente para sanar asdvidas? ...................................................................................................................................110

TABELA 38: Voc teve/no teve problemas em acessar o site do curso? ..........................111

GRFICO 38: Voc teve/no teve problemas em acessar o site do curso? ..........111TABELA 39: O site do curso estava sempre acessvel quando precisava acess-lo ..........112GRFICO 39: O site do curso estava sempre acessvel quando precisava acess-lo .......112

TABELA 40: Voc tem dificuldades em localizar informaes sobre como utilizar oambiente e desenvolver as atividades do curso? ......................................................................113GRFICO 40: Voc tem dificuldades em localizar informaes sobre como utilizar oambiente e desenvolver as atividades do curso? ......................................................................114TABELA 41: Qual nota daria para o suporte tcnico? ............................................................114GRFICO41: Qual nota daria para o suporte tcnico? ...........................................................115TABELA 42: Todos os questionamentos enviados para a tutoria do curso foram respondidos?.................................................................................................................................................115GRFICO42: Todos os questionamentos enviados para a tutoria do curso foram respondidos?.................................................................................................................................................116TABELA 43: A tutoria lhe pareceu presente quando necessitou dela? ....................................116GRFICO 43: A tutoria lhe pareceu presente quando necessitou dela? .................................117Tabela 44: Motivos da desistncia do curso ............................................................................130Grfico 44: Motivos da desistncia do curso ..........................................................................131CONCLUSES .......................................................................................................................133RECOMENDAES ..............................................................................................................135................................................................................................................................................136REFERNCIAS ......................................................................................................................136

APNDICE INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS ............................................140

10


11/133

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANP-DPF Academia Nacional de Polcia

ART Artigo

CETEB Centro de Ensino Tecnolgico de Braslia

CISC Centro Integrado de Segurana e Cidadania

D.O.U. Dirio Oficial da Unio

DPF Departamento de Polcia Federal

EAD Educao a Distncia

EFC Ensino Fundamental Completo

EFI Ensino Fundamental IncompletoHRS Horas

11


12/133

IML Instituto Mdico Legal

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional

MC Mdio Completo

MEC Ministrio da Educao

MI Mdio Incompleto

MT Mato Grosso

NR No Respondeu

PCN Parmetros Curriculares Nacionais

PF Polcia Federal

PM Polcia MilitarPNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento

SC Superior Completo

SEAT Segurana e Educao ao Alcance de Todos

SEED Secretaria de Educao a Distncia

SEF Secretaria de Educao Fundamental

SEJUSP/MT Secretaria de Justia e Segurana Pblica do Estado de Mato Grosso

SENAS/MJ Secretaria Nacional de Segurana Pblica

SENASP Secretaria Nacional de Segurana Pblica

SI Superior Incompleto

TIC Tecnologias de Informao e Comunicao

UCDB Universidade Catlica Dom Bosco

12


13/133

SUMRIO

APRESENTAO ....................................................................................................................16CAPTULO I .............................................................................................................................20PROBLEMTICA DA INVESTIGAO E OS ASPECTOS NORTEADORES DA

PESQUISA ................................................................................................................................20O Problema ...............................................................................................................................20

Anlise e interpretao de dados ...............................................................................................24CAPTULO II ............................................................................................................................252.1 Iniciao do Processo Educacional no Brasil .....................................................................252.2 O Processo de Aprendizagem .............................................................................................292.3 Organizao do Processo Educacional ................................................................................312.4 Introduo das Universidades no Brasil .............................................................................332.5 A Importncia da Comunicao e da Tecnologia da Informao para a Educao ............372.6 Histrico da Educao Distncia ......................................................................................412.7 Importncia do Sistema Educacional Distncia ................................................................42

2.8 Anlise da preparao profissional dos professores que trabalham em Educao Distncia ....................................................................................................................................46

13


14/133

2.9 Fatores que influenciam no desempenho dos alunos virtuais .............................................512.10 Tendncias do Sistema Educacional Distncia ..............................................................54CAPTULO III ..........................................................................................................................57SENASP/SEAT-SEJUSP/MT ....................................................................................................57

3.1 Definies, Metodologias e Objetivos ..............................................................................57Figura 1: Pgina inicial do curso ...............................................................................................60Figura 2: Pgina cursos evadidos ..............................................................................................60Figura 3: Pgina cursos concludos ...........................................................................................61CAPTULO IV ..........................................................................................................................62MARCO ANALTICO ..............................................................................................................624.1 Anlise dos Dados ...............................................................................................................62TABELA 1: Matrculas, aprovao e evaso do curso SENASP/SEAT Brasil, Mato Grosso eRondonpolis .............................................................................................................................62GRFICO 1: ndice de evaso em nvel de Brasil, Mato Grosso e Rondonpolis-MT ..... .... ..63

TABELA 2: Instituio ......................................................................................................64

GRFICO 2: Instituio ...........................................................................................64TABELA 3: Carga horria de trabalho semanal .....................................................................65

GRFICO 3: Carga horria de trabalho semanal .....................................................66TABELA 4: Motivo da inscrio ...............................................................................................67

GRFICO 4: Motivo da inscrio ...........................................................................67TABELA 5: Possui curso de informtica bsica? ..............................................................68

GRFICO 5: Possui curso de informtica bsica? ..................................................69TABELA 6: Possui computador com acesso Internet em casa? .....................................69


GRFICO 7: Sabe utilizar o computador? ...............................................................................71TABELA 8: Conhece ou sabe utilizar de maneira bsica os recursos? .....................................72GRFICO 8: Conhece ou sabe utilizar de maneira bsica os recursos? ...................................73TABELA 9: Freqncia com que usa a Internet ........................................................................73

GRFICO 9: Freqncia com que usa a Internet ...................................................74TABELA 10: Participao em cursos distncia anterior ao curso da SENASP/SEAT ...........74

GRFICO 10: Participao em cursos distncia anterior ao curso daSENASP/SEAT ..........................................................................................................................75

TABELA 11: Para que usa a Internet? ..................................................................................76GRFICO 11: Para que usa a Internet? ..................................................................76

TABELA 12: Qual a freqncia que acessa o site do curso? .............................................77

GRFICO 12: Qual a freqncia que acessa o site do curso? ..................................................78TABELA 13: Perodo da semana que acessava o curso .......................................................78GRFICO 13: Perodo da semana que acessava o curso ..........................................................79

TABELA 14: Perodo do dia que acessava o curso ................................................................80...............................................................................................................................80GRFICO 14: Perodo do dia que acessava o curso ............................................80



TABELA 17: Qual o meio de interao foi o favorito? ........................................................84

GRFICO 17: Qual o meio de interao foi o favorito? ..........................................................84TABELA 18: Problemas durante o curso ..................................................................................85

14


15/133

GRFICO 18: Problemas durante o curso ..............................................................86TABELA 19: Dificuldades em usar os recursos da Internet .....................................................86GRFICO 19: Dificuldades em usar os recursos da Internet ...................................................87TABELA 20: Acesso s pginas do curso .................................................................................88

GRFICO 20: Acesso s pginas do curso .............................................................88TABELA 20: Acesso s pginas do curso .................................................................................89GRFICO 20: Acesso s pginas do curso .............................................................89

TABELA 21: A interface do curso foi .......................................................................................90GRFICO 21: A interface do curso foi .....................................................................................91TABELA 22: Classifica a interface do curso como: ..................................................................92GRFICO 22: Classifica a interface do curso como ................................................................92TABELA 23: Navegao pelas pginas ....................................................................................93GRFICO 23: Navegao pelas pginas ..................................................................................93TABELA 24: No houve satisfao no nvel de interao com os outros alunos .....................94GRFICO 24: No houve satisfao no nvel de interao com os outros alunos ...................95

TABELA 25: O modo como o curso foi desenvolvido foi ........................................................95GRFICO 25: O modo como o curso foi desenvolvido foi ......................................................96TABELA 26: A carga horria do trabalho foi bem distribuda? ................................................96GRFICO 26: A carga horria do trabalho foi bem distribuda? ..............................................97TABELA 27: Tempo destinado a cada mdulo .........................................................................98GRFICO 27: Tempo destinado a cada mdulo .......................................................................98TABELA 28: Mudanas sugeridas para o curso ........................................................................99GRFICO 28: Mudanas sugeridas para o curso .....................................................................99TABELA 29: Faria outro curso neste formato pela SENASP/SEAT ......................................100GRFICO 29: Faria outro curso neste formato pela SENASP/SEAT ....................................100TABELA 30: Considera mais fcil aprender os assuntos relacionados com o tema do curso demodo tradicional (presencial) ..................................................................................................101GRFICO 30: Considera mais fcil aprender os assuntos relacionados com o tema do cursode modo tradicional (presencial) .............................................................................................102TABELA 31: O material didtico disponibilizado pelo curso foi suficiente para a realizaodas atividades do curso? ..........................................................................................................102GRFICO 31: O material didtico disponibilizado pelo curso foi suficiente para a realizaodas atividades do curso? ..........................................................................................................103TABELA 32: Conseguia realizar as atividades no tempo estipulado pela tutoria? .................103GRFICO 32: Conseguia realizar as atividades no tempo estipulado pela tutoria? ...............104TABELA 33: Pela experincia as atividades do curso foram adequadas e suficientes? .........105

GRFICO 33: Pela experincia as atividades do curso foram adequadas e suficientes? .......105TABELA 34: Nota ao contedo do curso ...........................................................................106GRFICO 34: Nota ao contedo do curso ............................................................106

TABELA 35: Nota para o seu desempenho .........................................................................107GRFICO 35: Nota para o seu desempenho .........................................................108

TABELA 36: Suas dvidas foram rapidamente respondidas pela tutoria? .......................108GRFICO 36: Suas dvidas foram rapidamente respondidas pela tutoria? ...........................109TABELA 37: O suporte tcnico oferecido pela SENASP/SEAT foi suficiente para sanar asdvidas? ...................................................................................................................................110GRFICO 37: O suporte tcnico oferecido pela SENASP/SEAT foi suficiente para sanar asdvidas? ...................................................................................................................................110

TABELA 38: Voc teve/no teve problemas em acessar o site do curso? ..........................111GRFICO 38: Voc teve/no teve problemas em acessar o site do curso? ..........111

15


16/133

TABELA 39: O site do curso estava sempre acessvel quando precisava acess-lo ..........112GRFICO 39: O site do curso estava sempre acessvel quando precisava acess-lo .......112

TABELA 40: Voc tem dificuldades em localizar informaes sobre como utilizar oambiente e desenvolver as atividades do curso? ......................................................................113

GRFICO 40: Voc tem dificuldades em localizar informaes sobre como utilizar oambiente e desenvolver as atividades do curso? ......................................................................114TABELA 41: Qual nota daria para o suporte tcnico? ............................................................114GRFICO41: Qual nota daria para o suporte tcnico? ...........................................................115TABELA 42: Todos os questionamentos enviados para a tutoria do curso foram respondidos?.................................................................................................................................................115GRFICO42: Todos os questionamentos enviados para a tutoria do curso foram respondidos?.................................................................................................................................................116TABELA 43: A tutoria lhe pareceu presente quando necessitou dela? ....................................116GRFICO 43: A tutoria lhe pareceu presente quando necessitou dela? .................................117Tabela 44: Motivos da desistncia do curso ............................................................................130

Grfico 44: Motivos da desistncia do curso ..........................................................................131CONCLUSES .......................................................................................................................133RECOMENDAES ..............................................................................................................135................................................................................................................................................136REFERNCIAS ......................................................................................................................136APNDICE INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS ............................................140

APRESENTAO

Esta publicao permite uma reflexo metodolgica e analtica, bem como,

uma avaliao do ndice de evaso no ensino distncia na rea de Segurana

Pblica, no municpio de Rondonpolis-MT, disponibilizado pelo Projeto Segurana

e Educao ao Alcance de Todos SEAT - SENASP ANP/DPF, conveniado com a

Secretaria de Justia e Segurana Pblica do Estado de Mato Grosso - SEJUSP/MT,

como uma projeo unitria, porm universalizada, medida que se constatar o perfil

homogneo dos profissionais de Segurana Pblica atingidos por essa nova

modalidade de ensino por meio da Rede Mundial de Computadores-INTERNET.

Com o decorrer da pesquisa foram identificados problemas relacionados falta

de estrutura fsica e tecnolgica para que os profissionais de Segurana Pblica sejam

inseridos neste processo de ensino-aprendizagem e possam suplantar dificuldades

relacionadas limitao de tempo e conhecimento para utilizar as ferramentas da

tecnologia.

16


17/133

A realidade ora apresentada teve como fonte os questionamentos que

perfizeram a pesquisa de campo no presente livro, a qual transps com bastante

objetividade os limites que compreendem uma boa pesquisa, trazendo sem sombra de

dvida, informaes valiosas para a anlise profunda dos problemas e as causas mais

preponderantes da evaso no ensino distncia. As informaes obtidas pela pesquisa

retratam com fidelidade os motivos da desistncia que mormente levam os alunos

dessa modalidade de ensino, aqui representados pelos Profissionais de Segurana

Pblica, desistncia, contudo a motivao e as causas muito se assemelham aos

elencados no LMS (Ambiente Virtual de Aprendizagem).

preciso ponderar que o Projeto SEAT (Segurana e Educao ao Alcance de

Todos), implantado pela Secretaria Nacional de Segurana Pblica SENASP do

Ministrio da Justia MJ, vem ao encontro do objetivo da rea, principalmente em

relao ao nosso Estado, uma vez que no passado, poucos cursos de formao

continuada foram ofertados pelos governos anteriores aos nossos profissionais de

Segurana Pblica.

Importa ressaltar que o estado de Mato Grosso continental, muitas cidades e

pequenos aglomerados populacionais ficam at mais de 1000 km distante da capital

Cuiab. Portanto, aquele profissional que se encontra no mais longnquo recncavodo Estado tem a oportunidade de se capacitar adquirindo conhecimentos importantes

para desempenhar com maior eficincia o seu trabalho, alm de poder estudar dentro

de suas limitaes de tempo. O Estado apresenta um baixo custo no oferecimento dos

diversos cursos na modalidade EAD, pela INTERNET, em relao quele ensino

presencial que demanda uma estrutura mais complexa para a sua viabilizao.

Temos conhecimento de que nem todas as unidades de Segurana Pblica do

Estado do Mato Grosso possuem computadores conectados INTERNET, isto posto,a falta dessa ferramenta dificulta o acesso e o acompanhamento dos cursos

disponibilizados pelo Projeto SEAT. A implantao dos quatro primeiros

TELECENTROS regionais este ano e a criao de Centros de Incluso Digital

administrados por instituies pblicas, privadas ou no governamentais, comeam a

delinear uma nova realidade ao aprendizado dos cursistas.

O Projeto SEAT, que possui carter permanente e monitorado por equipes

responsveis com a meta de garantir a sua continuidade, vem trabalhando no intuitode qualificar os profissionais de Segurana Pblica. Contudo, em face de cada

17


18/133

Estado-membro possuir uma realidade diversificada, alguns com limitaes para

vencer as dificuldades encontradas com a falta de acesso a esta tecnologia, verifica-se

a necessidade de ajustes, principalmente na facilitao do acesso dos profissionais de

Segurana Pblica s novas tecnologias.

Quanto ao profissional de Segurana Pblica que deseja continuar bem

informado e capacitado para melhor desempenhar seu mister, possui, no entanto, mais

uma alternativa para estudar pela modalidade EaD, como bom esclarecer,

gratuitamente e disponvel vinte e quatro horas por dia.

Zuilton Braz Marcelino

Gestor Estadual da Rede Nacional de Educao aDistncia SENASP/SEAT/SEJUSP/MT.

Superintendente da POLITEC/MT.

INTRODUO

No contexto da sociedade moderna, o tempo e a distncia so dois elementos

superados pelo avano da tecnologia, assim, tanto em nvel educacional, quanto

profissional usa-se a tecnologia da informao e a Internet como forma de incluso.

No entendimento de Almeida (2007, p. 3-4) o advento da TIC (Tecnologias de

Informao e Comunicao) possibilitou a prtica da educao distncia,

flexibilizando as formas de educao e aumentando a oportunidade para que pessoas

que moram distantes de centros educacionais possam ter acesso ao conhecimento,

especialmente, acadmico.

Os avanos e a disseminao da TIC apontam para uma incluso social, que

parte da incluso digital e educacional e possibilitam, s pessoas em todo o mundo,

buscar na educao distncia uma forma de qualificao que atinge de forma direta

o mbito profissional.

18


19/133


20/133

CAPTULO I

PROBLEMTICA DA INVESTIGAO E OS ASPECTOS NORTEADORES DAPESQUISA

O Problema

A evaso escolar um problema que afeta a educao em todo o mundo, no entanto

se demonstra mais elevada nos pases em desenvolvimento, como o caso do Brasil. Estarealidade no est presente somente nas salas de aula convencionais, mas tambm na

teleducao (ZENTGRAF, 2007, p. 3).

A fragilidade da educao no Brasil pode ser mensurada pelos altos ndices de

evaso, sendo que no caso especfico da educao distncia a falta de domnio da tecnologia

da informao e de ncleos regionais podem ser alguns dos aspectos limitadores da

permanncia dos alunos nas telessalas e, conseqentemente, responsveis pelos altos ndices

de evaso.

20


21/133

Avaliando as limitaes que ocorrem no decorrer da educao distncia e dos

possveis problemas que levam aos altos ndices de evaso, o presente estudo se direciona a

partir do seguinte problema: As limitaes em relao ao domnio da tecnologia da

informao a causa principal da evaso dos alunos da teleducao?

A delimitao do problema baseia-se na a realidade encontrada no ambiente a ser

investigado, dessa forma indaga-se: O no domnio da tecnologia da informao o que

desmotiva os alunos do ensino distncia a continuarem e a terminarem o curso?

As questes norteadoras deste estudo foram: Qual a dificuldade de mobilizao dos

alunos em relao a distncia da instituio escolar? Que fatores preponderam na estimulao

da evaso na modalidade de ensino distncia, por intermdio da Internet? Quais as

dificuldades para os alunos em relao aos encontros presenciais? Como est o nvel depreparao dos professores que trabalham na educao distncia?

Traamos os seguints objetivos para efetuar a pesquisa: Identificar os motivos

preponderantes da evaso nos cursos da modalidade de ensino distncia para formao

continuada disponibilizada pela Secretaria Nacional de Segurana Pblica (SENASP/MJ), por

meio da Segurana e Educao ao Alcance de Todos (SEAT), em parceria com a Secretaria de

Justia e Segurana Pblica do Estado de Mato Grosso (SEJUSP/MT) e Academia Nacional

de Polcia (ANP-DPF), no municpio de Rondonpolis, Estado de Mato Grosso; Avaliar aprocedncia dos alunos com relao distncia da Instituio Escolar; Identificar os fatores

preponderantes que estimulam a evaso na modalidade de ensino distncia por intermdio da

Internet e as dificuldades dos alunos para participarem dos encontros presenciais; Avaliar o

desempenho da tutoria.

Justificamos nossa pesquisa pela importncia do estudo, pois ele se relaciona

necessidade de qualificao no nvel de educao dos profissionais agentes de segurana

pblica de Rondonpolis-MT e, da oportunidade de aproveitamento de cursos distncia, queoferecem conhecimento virtuais, mas exigem encontros presenciais semanais.

O fato dos agentes de segurana pblica desempenharem uma atividade que necessita

de disponibilidade de tempo um aspecto que direciona os mesmos na busca pelo ensino

distncia, devido flexibilidade no horrio, dessa forma, este estudo oportuno para discutir o

real aproveitamento da Ead, levando-se em considerao a evaso.

relevante, tambm, que os alunos identifiquem aspectos motivadores no

desenvolvimento de um curso de ensino distncia, sendo essencial avaliar se o elemento

limitador que leva a desistncia da teleducao se relaciona ao domnio da tecnologia por

21


22/133


23/133

O universo da pesquisa foi de 125 (cento e vinte e cinco) homens e mulheres

que desempenham atividades de agentes de segurana pblica no municpio de

Rondonpolis , matriculados entre o segundo e sexto ciclo do curso da

SENASP/SEAT, tendo em vista que em Rondonpolis o curso teve incio a partir do

segundo ciclo.

A amostra utilizada foi de diferentes rgos, como, por exemplo, os rgos da

POLITEC: IML (Instituto Mdico Legal): 01 (um) entrevistado; Criminalstica: 01

(um); Posto de Identificao: 08 (oito); os da Polcia Civil: Delegacia de Defesa da

Mulher: 21 (vinte e um); da Delegacia de Polcia da Vila Operria: 16 (dezesseis);

CISC (Centro Integrado de Segurana e Cidadania): 35 (trinta e cinco); Sistema

Prisional: Presdio da Mata Grande: 25 (vinte e cinco), Cadeia Pblica: 04 (quatro) e

da Polcia Militar: 14 (quatorze), totalizando assim o universo total de 125

pesquisados.

Para a coleta de dados junto ao pblico-alvo da pesquisa foi preciso um

instrumento especfico, elaborado com o objetivo de identificar aspectos relacionados

ao estudo, levando-se em considerao a possibilidade de responder aos objetivos

especficos, ao problema e confirmar a hiptese ou anul-la.

A pesquisa teve como mtodo o estudo de caso que no entendimento de Gil

(1999, p. 72-73) vem a ser:

[...] caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucosobjetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado,tarefa praticamente impossvel mediante os outros tipos de delineamentosconsiderados.

Com a apresentao do estudo de caso foi possvel identificar os ndices de

evaso no ensino a distncia dos agentes de segurana pblica em Rondonpolis-MT,

evidenciando as caractersticas pessoais e profissionais do grupo entrevistado e os

motivos para a evaso.

Como instrumento de coleta foi utilizado um questionrio, com 62 (sessenta e

duas) questes do tipo fechadas e abertas. Sendo que o referido formulrio ficou

assim dividido: 09 (nove) questes para esclarecimentos sobre o tema; uma tabela

com 10 (dez) questes referentes ao perfil do pblico-alvo; uma tabela com 10 (dez)

questes sobre a interao aluno-curso; uma tabela com 12 (doze) perguntas sobre o

23


24/133

modelo do curso; uma quarta tabela com 08 (oito) perguntas sobre o modelo de

desempenho do suporte e uma quinta tabela com 13 (treze) questionamentos

relacionados ao motivo da desistncia do curso, totalizando, assim, as sessenta e duas

questes finais.

Ao conceituar o questionrio enquanto instrumento de coleta de dados para a

pesquisa Marconi e Lakatos (1996, p. 65) esclarecem que:

[...] um instrumento de coleta de dados constitudo por uma srie ordenadade perguntas, que devem ser respondidas por escrito. O questionrioapresenta vantagens como economia de tempo, obtm grandes nmeros dedados, atinge maior nmero de pessoas simultaneamente, obtm respostasrpidas e precisas, h maior l iberdade nas respostas, em razo do

anonimato, h mais tempo para responder e em hora mais favorvel.

A partir do formulrio apresentado ao pblico-alvo da pesquisa foi possvel

identificar particularidades sobre a evaso no ensino distncia dos agentes de

segurana pblica de Rondonpolis-MT, levando-se em considerao as limitaes

dos alunos, professores e do prprio sistema, que pode apresentar-se falho pela falta

do ncleo regional.

Anlise e interpretao de dados

A anlise dos questionrios teve um procedimento quali-quantitativo, ou seja,

houve uma avaliao qualitativa (anlise de contedos) e quantitativa (considerao

numrica). Este tipo de pesquisa muito utilizado nas diversas cincias sociais,

incluindo estudos em administrao e educao tendo em vista a sua abrangncia

analtica.Sobre o uso do mtodo quali-quantitativo Vergara (2005, p. 59) faz o seguinte

comentrio: possvel tratar os dados quantitativa e qualitativamente no mesmo

estudo. Por exemplo, pode-se usar estatstica descritiva para apoiar uma interpretao

dita subjetiva ou para desencade-la.

Os resultados foram apresentados da seguinte forma, foi elaborada uma tabela

com a discriminao de cada um dos dados das diversas instituies de segurana,

sendo que o grfico foi apresentado levando-se em considerao a totalidade dosresultados, viabilizando, assim, um resumo dos resultados coletados, tendo em vista

24


25/133


26/133

apresentar maior poder para resolver problemas. No obstante a educao formal e

informal ocorre simultaneamente, na maioria das situaes educacionais.

De acordo com Stephanou (et al., 2004, p. 32), a educao est presente em

todas as sociedades humanas, tendo elas ou no sistemas de ensino

institucionalizados. As formas como ocorre a educao e o que esta compreende so

elementos peculiares a cada cultura.

Vale ressaltar que a educao deve ser compreendida como um processo de

socializao dos indivduos de cada cultura, tudo o que se aprende em uma

determinada comunidade faz parte do processo educativo, formando a identidade de

cada pessoa em um processo de interao entre indivduos e o meio em que se

encontram inseridos.

Em relao ao exposto, torna-se necessrio tecer algumas consideraes a

respeito da iniciao do processo educacional institucionalizado no Brasil, o qual

ocorreu por meio da conquista de novas terras pelos portugueses e com o objetivo de

converter os habitantes do Brasil, na poca, os ndios, religio catlica, os jesutas,

com o objetivo aparente de ensinar as primeiras letras, buscavam na verdade, a

submisso f catlica e aos costumes europeus ( PILETTI, 2000, p. 23).

Para Stephanou et al. (2004, p. 127), o perodo colonial retratado da seguinte

forma:

[...] A concepo pedaggica tradicional se caracteriza por uma visoessencialista de homem, isto , o homem concebido como constitudo poruma essncia universal e imutvel. educao cumpre moldar a existnciaparticular e real de cada educando essncia universal e ideal que o defineenquanto ser humano [...].

Esse sistema predominou no Brasil por quase dois sculos, quando ocorreu a

expulso dos jesutas e aconteceram algumas reformas nos processos educacionais

com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e aumentar a quantidade de classes

e professores.

Por volta de 1808, com a vinda da Famlia Real para o Brasil e com a

independncia (1822), a preocupao fundamental do governo, no que concerne

educao, passou a ser a formao das elites dirigentes do pas, vale lembrar que o

26


27/133

ensino profissional foi esquecido nesse perodo, j que a principal preocupao do

governo estava voltada ao ensino secundrio e superior (PILETTI, 2000, p. 43).

Durante muito tempo os nicos beneficiados pelo sistema educacional

institucionalizado foram pessoas das classes privilegiadas, famlias e descendentes

dos nobres, no entanto, a Constituio de 1934, em seu artigo 150, instituiu que o

ensino primrio integral e gratuito e a freqncia obrigatria, extensiva aos adultos,

estendeu o processo educacional para todas as classes sociais (PILETTI, 2000, p. 56).

A partir da dcada de 30, houve grandes transformaes no sistema

educacional brasileiro, criao do Ministrio da Educao e das Secretarias de

Educao dos Estados, se de um lado a criao de leis, normas, portarias

contriburam para a construo de um sistema nacional de educao, por outro, o

excesso de burocratizao, muitas vezes, levaram ao esquecimento a importncia e

objetivo fundamental da educao, que o de criar condies para a formao da

sociedade (PILETTI, 2000, p. 76).

A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB), surgiu por

determinao da Constituio de 1946, artigo 5, XV d: Compete Unio legislar

sobre diretrizes e bases da educao nacional (SANTOS, 2003, p. 49). A LDB a lei

que determina os fins da educao, os caminhos a serem percorridos e os meios

adequados para atingi-los, enfim, regulamenta a Educao Escolar Nacional.

Desde 1996 o planejamento curricular das escolas brasileiras pode contar com

a referncia dos Parmetros Curriculares Nacionais (PCN). Diferentes temas so

abordados, questes que vo desde rever o projeto da escola como um todo, at o

trabalho do dia-a-dia da intimidade de cada rea (BIZZO, 2001, p. 88).

O planejamento curricular auxilia no incentivo e na participao dos alunos

nas questes de seu tempo e de seu interesse pessoal, fazendo da escola um espao de

exerccio da cidadania plena, no entanto, a educao deve ser considerada em sua

forma complexa, j que a ao educativa varia de acordo com a compreenso que se

tem da realidade e local em que est inserida.

Com o advento de novas tecnologias, da industrializao e do crescimento da

urbanizao surge a necessidade de mo-de-obra qualificada. O sistema arcaico de

ensino, seletivo e aristocrtico, torna-se ento um obstculo ao sistema econmico.

27


28/133

Este passa, pois, a pressionar o sistema educacional no sentido de renovar-se

(ROMANELLI, 2001, p. 25).

A revoluo tecnolgica induz necessidade de melhoria no sistema

educacional, dando incio a novas propostas e modelos de estrutura com a finalidade

de atender a nova demanda, caracterizada pelo atual ambiente econmico.

Depois desse perodo, inicia-se a implantao definitiva da escola pblica com

o intuito de ensinar a leitura e escrita para qualificar os profissionais em toda rea e

possibilitar sua concorrncia no competitivo mercado de trabalho, entretanto, a

educao brasileira manteve-se em certo nvel de atraso, visto que o sistema

educacional agia somente de forma emergencial quando pressionado pela sociedade.

De acordo com Castro (2007, p. 1), o sistema educacional brasileiro sofreu

algumas contradies, dentre elas destacam-se:

Apesar de algumas realizaes na segunda metade do sculo, o sistemaeducacional ficou para trs, seja comparado ao rpido crescimentoeconmico que se seguiu, seja comparado a outros pases latino-americanosmuito mais pobres que o Brasil. E o elo mais fraco continuou sendo aeducao primria.

A distino entre classes ainda se mostra evidente e h certo grau de

defasagem entre a escola e o desenvolvimento econmico, pois se de um lado o

sistema educacional fornece subsdios acerca do pensamento cientfico e informaes

para obter treinamento especfico no ramo de trabalho, de outro, a prpria indstria

dever auxiliar no treinamento e desenvolvimento das habilidades de seus

colaboradores.

Haja vista, essa realidade tem se modificado ao longo dos anos, atualmente, o

ensino apresenta-se quase que exclusivamente focado na capacitao e qualificao

dos indivduos, decorrente da exigncia do mercado competitivo e globalizado em

que se encontra inserida a sociedade.

Para tanto se torna necessrio tecer algumas informaes no que se refere ao

processo de aprendizado, j que por meio dele que o indivduo desenvolve suas

capacidades tcnicas e cognitivas.

28


29/133

2.2 O Processo de Aprendizagem

Todo indivduo, desde o nascimento dotado de inteligncia, a qual com o

passar do tempo sofre transformaes provenientes do ambiente que est inserido, os

fatores como gentica, educao, pessoas do convvio, dentre outros podem

influenciar no desenvolvimento de aprendizagem. No entanto, na escola que o saber

toma forma, consistncia e passa a ser embasado em teorias e contedos, que

favorecem o processo cognitivo.

Para um melhor entendimento preciso enfatizar algumas consideraes no

que concerne aprendizagem e desenvolvimento, vale ressaltar que no so duas coisas

idnticas nem tampouco separadas, ambos caminham juntos, interagindo einfluenciando-se mutuamente, como esclarece Bassedas et al. (1996, p. 15):

No possvel pensar em processos evolutivos endgenos e universais nem,por outro lado, em processos de aprendizagem extrnsecos; cada indivduodesenvolve-se e adquire determinadas capacidades cognitivas universaispor meio da sua utilizao e adaptao a situaes diversas e pessoais.

Como j foi visto anteriormente, o pensamento se inicia com o nascimento,

porm ele se concretiza com o perodo das operaes formais. Esse perodo

compreende o avano que pode se prolongar por toda a vida, a capacidade de resolver

problemas ampliada e o poder de discernimento torna-se mais rpido, devido ao

treinamento constante e ao grande fluxo de informaes armazenadas.

Ressalta-se que o desenvolvimento, aprendizagem e pensamento formal esto

em constante interao, influenciando e sendo influenciado e que os fatores culturais

so determinantes no processo de aprendizagem.

Os indivduos adquirem conhecimentos e experincias fora da escola, mas na

escola que desenvolver sua capacidade de pensar e de construir novos

conhecimentos por intermdio da participao ativa no processo. Delval (1998, p.

163) expe que: o indivduo que desenvolve a capacidade de pensar e de encontrar

solues para os problemas aquele que realmente aprende a aprender e que pode

buscar seus prprios conhecimentos.

A escola tem a responsabilidade de educar, treinar e direcionar seus alunos

para o bom desempenho de suas funes, para agregarem conhecimentos e para

29


30/133

aprimorarem o pensamento, no entanto, deve haver interesse por parte dos indivduos

para o alcance desses objetivos.

No processo de ensino e aprendizagem, possvel que cada indivduo

desenvolva seu aprendizado at o limite de suas possibilidades, a instituio na sala

de aula de discusses entre aluno e professor, no intuito de estabelecer uma relao

de igual para igual, favorece o crescimento, oportuniza e forma pessoas crticas e

atuantes no cenrio global (CASTANHO, et al., 2000, p.102).

Discorrendo sobre o assunto Demo (2001, p. 218), chama a ateno para uma

das qualidades mais eminentes do processo de aprendizagem, que o aprender a

aprender, algo prprio do ser humano em sociedade. Esta qualidade engloba alguns

dos pontos mais relevantes da questo:

a) capacidade de aprimoramento tecnolgico e progresso tcnico, combase no manejo e produo de conhecimento;b) satisfao pessoal, no sentido da evoluo continuada da competnciaemancipatria;c) par ticipao construtiva no proje to moderno e prprio dedesenvolvimento.

O indivduo que detm essas habilidades possui vantagem competitiva, pois aatuao crtica da realidade, a resoluo de problemas, a inovao e o

empreendedorismo so os diferenciais requisitados pela maioria das organizaes no

contexto atual. Alm de ter o conhecimento necessrio para exercer sua funo, o

trabalhador deve ter outras capacidades, deve aprender a aprender, de forma a

adaptar-se continuamente s constantes evolues de seus ambientes e ferramentas de

trabalho, ele deve aprender a trabalhar em grupo.

Por conseguinte, justo afirmar que a escola tem a incumbncia de educarpara o desenvolvimento, para a construo de uma sociedade mais justa e igualitria,

na qual as pessoas sejam respeitadas e tenham acesso ao mercado de trabalho.

De acordo com Demo (2001, p. 28), a responsabilidade da escola no se

restringe apenas educar, mas diz respeito igualdade, ao direito ao ensino, nesse

contexto vale ressaltar:

Por qualidade educativa da populao entende-se acesso universalizado aconhecimento bsico educativo, capaz de garantir a todos, condies de

30


31/133

participar e produzir. Para resumir numa expresso, trata-se de desenhar aformao bsica necessria e que deveria estar ao alcance de todos,sobretudo via universalizao do 1 grau.

Em verdade, h que se considerar o fato de que todas as habilidades so inatas

ou adquiridas, que podem ser aperfeioadas por meio de investimentos apropriados ao

enriquecimento do capital intelectual. A pessoa o nico elemento com o potencial

inerente de gerar valor, entretanto, tratando-se de um componente ativo de difcil

administrao, necessita de uma metodologia adequada para medir o retorno sobre o

investimento em capital, entrando nesta questo os aspectos de custo, volume de

trabalho, erros e reaes pessoais que podem enfraquecer o ativo humano dentro do

contexto patrimonial das organizaes (LIMA, 2006). a partir desse fato que se estabelece uma viso da educao como

instrumento para a cidadania e oportunidades para a sociedade. Oportunidades de

emprego, crescimento e de desenvolvimento de suas capacidades produtivas

requeridas pelo novo padro da economia, que prima pela qualidade dos bens e

servios com o intuito de permanecer no mercado competitivo internacional.

2.3 Organizao do Processo Educacional

A escola tem o papel de fornecer subsdios ao desenvolvimento da sociedade.

A interao de hbitos, tradies e informaes uma forma de introduzir inovaes

e mudanas no contexto social e se constituem um instrumento bsico para a melhoria

da qualidade de vida para a plena realizao do ser humano,.

Ao mesmo tempo em que a escola valoriza a cultura do ambiente em que se

insere, deve proporcionar aos indivduos o conhecimento e aprendizado acerca de

outras naes, seus costumes, crenas e cultura, como forma de interao com outros

povos.

O modelo de desenvolvimento do Brasil passou, nesta dcada, de um estilo de

industrializao protegida para o de uma economia aberta e competitiva. O processo

de globalizao inserido na economia brasileira gerou profundas modificaes no seu

contexto econmico, influenciando as indstrias em seus processos tecnolgicos,

31


32/133

relaes de trabalho e novas formas de atuao no mercado (MELO, et al., 2004,

p.70).

A questo do emprego assume, no contexto da globalizao competitiva, uma

questo de suma importncia para as empresas e para a sociedade, ao passo que a

concorrncia acirrada ao lado do avano tecnolgico exige cada vez mais profissional

qualificado e atualizado para o desempenho das funes.

H de se considerar que, em todos os tempos, nas diferentes organizaes

sociais, mesmo as mais remotas, em vista de seus interesses, crenas e valores,

sempre procuraram estabelecer objetivos e fins em suas variadas formas de educar.

Marques (1999, p. 34) afirma que o processo educacional apresenta objetivos e fins,

dos quais enfatiza:

1. formar cidados conscientes;2 . p romover a in tegrao, a o rien tao para as prof isses , aprofissionalizao e o progresso;3. obter (desenvolver) todo o potencial do aluno;4. transmitir conhecimentos;5. levar o aluno a refletir sobre sua situao;6. suprir a deficincia da formao familiar;

7. instigar nos alunos a sede do saber;8. levar os alunos a no deixarem para Deus aquilo que pode ser resolvidopor esforos pessoais;9. trabalhar pela promoo humana; e10. resgatar a dignidade humana.

Nota-se que a educao est vinculada a certa estrutura social, ou seja, a

educao realizada de acordo com a necessidade de dado momento, no algo

esttico e sim em constante mudana, passando por transformaes sempre que

necessrio. Cabe aos indivduos e sociedade a busca pelo aprendizado contnuocomo forma de atualizao e insero neste cenrio mutante.

Para Castanho et al. (2001, p. 84), os alunos precisam aprender a iniciao

pesquisa cientfica, bem como o desenvolvimento de competncias e atitudes que lhes

permitam analisar e discutir criticamente a cincia e suas solues para os problemas

da humanidade e a tomar decises com responsabilidade de profissionais competentes

e cidados.

32


33/133

por meio de aes educativas que os indivduos constroem uma relao

consistente sobre suas aes e as influncias que exercem sobre o contexto em que

esto inseridos.

Alguns aspectos so essenciais para designar os objetivos da escola,

proporcionar ao indivduo a reconstruo de seu pensamento e ao por meio de um

processo de reflexo sobre a prpria experincia e a dos demais, embasada em uma

autonomia intelectual para analisar criticamente os processos e os contedos de

ordem social, para Brunner (apudIMBERNN et al., 2000, p. 189), a escola deve ser

vista como formadora de cidadania e para tal dever possuir dois objetivos

fundamentais:

Contribuir, num plano pblico, para o desenvolvimento de uma cultura dodiscurso crtico sobre a realidade concreta;Socializar os valores e as prticas da democracia nos mbitos institucionaiscotidianos que facilitem a participao ativa e crtica e as experincias deorganizao.

Assim, o sistema educativo pode criar no indivduo o conceito de seu valor

para a comunidade, de sua responsabilidade perante ela, a partir da prpria concepo

da escola inserida na comunidade.

A constante mudana nos sistemas de produo, assim como o

desenvolvimento de novas tecnologias da informao, tem induzido a sociedade na

busca constante pela profissionalizao, qualificao e aprendizado contnuo. Pessoas

que no possuem as competncias para criar e tratar a informao, ou os

conhecimentos priorizados pelo mercado, ficam excludas. Portanto, a educao tem

como objetivo proporcionar o acesso aos meios de informao e de produo como

forma de garantir uma sociedade mais capacitada e atualizada para atender a demanda

de mercado.

Salienta-se assim, que as universidades podem ser consideradas instituies

voltadas para uma nova realidade social, na busca pelo aprimoramento da educao

no mundo e, especialmente, no Brasil.

2.4 Introduo das Universidades no Brasil

33


34/133

A universidade, em seus primrdios, foi introduzida como um meio de se

oferecer basicamente a atividade de ensino, sem se preocupar com a

profissionalizao, os nicos beneficiados desse sistema eram as famlias ricas.

Depois da Revoluo Industrial, houve um perodo de crescimento no setor

econmico, decorrente do aumento da produo e dilatao das cidades, surge ento a

necessidade de implementao de instituies de ensino que atendessem a nova

demanda. Sobre isso, Melo et al. (2004, p. 21) fazem as seguintes ponderaes:

Nesse momento em que as mudanas exigidas pelo mercado impulsionam auniversidade reflexo de melhoria da qualidade de vida da sociedade, acooperao universidade/empresa pode ser traduzida, como a necessidadede se agregar valor aos bens e servios produzidos no pas, de tal maneiraque se possa competir com igualdade, nos mercados internos e externos.

Haja vista a necessidade de mo-de-obra qualificada, exige-se dos

profissionais conhecimentos tericos e tcnicos, assim como conhecimento dos

produtos, processos e servios como forma de aumentar o nvel de competitividade

das organizaes. Ao passo que os colaboradores da empresa devem transmitir

segurana, domnio do assunto e certo poder de persuaso em relao aos seus

clientes. A imagem transmitida pelos colaboradores a imagem que se tem da

organizao. Sendo estas aes apresentadas nas universidades, demonstrando queestas so instrumentos de transformao do ambiente social em nvel pessoal e

profissional.

A universidade brasileira, ao se aproximar da sociedade e em especial do setor

industrial, passa a constituir-se em mais um elo significativo no desenvolvimento

cientfico e tecnolgico, permitindo nao projetar-se no mundo globalizado com

maior capacidade competitiva (MELO et al., 2004, p. 18).

Neste contexto, a interao universidade-empresa vem surgindo como umaforma das empresas buscarem na universidade os subsdios para o desenvolvimento

de novos talentos e novos produtos, por meio de pesquisas e estudos para satisfazer

as necessidades dos clientes.

Conforme o Relatrio da Unesco (MELO et al., 2004, p.152), a complexidade

dessa instituio denominada Universidade, est relacionada aos vrios papis que ela

desenvolve, dentre os quais destacam-se:

34


35/133

a) ser o lugar onde se aprende e fonte de saber;b) acompanhar a evoluo do mercado de trabalho;c) ser o lugar de cultura e de estudo aberto a todos;d) fazer a cooperao internacional;

e) ser o lugar onde se produz e se socializa o conhecimento.

Vrias so as maneiras de focalizar as universidades em seu modo de

operao, possvel detectar as caractersticas que as identificam como organizaes

burocrticas, tradicionais, modernas, entre outros modelos, no entanto, uma coisa

certa, todas esto direcionadas construo do saber e formao dos cidados.

A utilizao de novas tecnologias modificou o processo de industrializao,

gerando aumento do desemprego nos ltimos anos em alguns pases, proveniente da

substituio da mo-de-obra por mquinas e devido s exigncias, por parte das

organizaes, de profissionais qualificados. Desse modo, o pleno desempenho das

atividades profissionais inclui algumas caractersticas conforme descrito pelo PNUD

(DELORS, 2001, p. 81):

O desenvolvimento humano um processo que visa ampliar as possibilidades oferecidas s pessoas. Em princpio, estas possibilidadespodem ser infinitas e evoluir com o tempo. Contudo, em qualquer nvel dedesenvolvimento, as trs principais, do ponto de vista das pessoas, so terum vida longa e com sade, adquirir conhecimentos e ter acesso aosrecursos necessrios a um nvel de vida decente . Na fal ta des tas possibilidades fundamentais, muitas outras oportunidades permaneceroinacessveis.

Com a implantao de vrias universidades e instituies de ensino, no intuito

de formar profissionais qualificados para o mercado, o curso superior passou a ser

considerado como uma formao inicial e final, de modo que o indivduo que

possusse nvel superior j estaria colocado no mercado, desfrutando de estabilidade esegurana.

Para Castanho et al. (2001, p.17), a utilizao de um currculo limitado

oferecia a formao desejada por meio de conhecimentos que se faziam necessrios

determinada tarefa, sendo assim o indivduo se especializava em certo assunto e,

desenvolvendo sua funo com xito, adquiria estabilidade sem a necessidade de

manter-se atualizado.

35


36/133

Doravante esse cenrio se modificou, no basta ter nvel superior para atuar no

mercado, preciso manter-se em constante aprendizado, assimilando as mudanas e

os novos paradigmas do mundo globalizado. O pensamento da formao

especializada d lugar formao generalista, ou seja, a viso holstica capaz de

abranger as novas tendncias do mercado, como esclarece Melo et al. (2004, p.33):

Ao desenvolver aes de forma integrada , a univers idade estar promovendo uma constante troca de saberes, onde os professores eestudantes estaro em permanente contato com a realidade social, com osnovos mtodos de trabalho e de prestao de servios e, as empresas, porsua vez, em contato direto com o desenvolvimento de novas tecnologias,

fundamentais para garantir sua competitividade.

Dadas s exigncias do mercado de trabalho, fcil concluir que o profissional

do futuro ser aquele que conseguir manter-se atualizado a fim de acompanhar a

evoluo da tecnologia. Algumas caractersticas sero imprescindveis para esse

profissional, dentre elas destaca-se a responsabilidade para lidar com pessoas,

trabalhar em equipe, em organizaes, levando-se em considerao a questo no

mbito dos objetivos organizacionais e, ao mesmo tempo, proporcionando qualidadede vida no trabalho.

No que concerne responsabilidade da universidade na formao dos

profissionais, Melo et al. (2004, p.23), ressaltam a importncia da criao de

disciplinas voltadas para o desenvolvimento, manuteno e incorporao de novos

mecanismos de aprimoramento ao ensino e pesquisa.

De acordo com ao autor, ao responder aos anseios do mercado, as instituies

tm centrado a sua ao pedaggica e cientfica num modelo de formao e deeducao no que se refere ao saber fazer. As universidades parecem estar alheias aos

problemas sociais como o crime, racismo, violncia, desemprego e pobreza.

A vida acadmica deve ser vista como uma forma de exercer a cidadania,

tornando o ensino alm de educativo poltico e cientfico, a universidade deve educar

pela cincia, neste contexto Demo (2001, p. 139), afirma que:

O ambiente educativo universitrio pode ser alimentado de muitas maneirasextrnsecas, como atividades culturais, aes sociais, organizao polticaestudantil, mas deve principalmente nutrir-se de sua especificidade

36


37/133

intrnseca, que a pesquisa. H muitas maneiras de educar, mas educar pelapesquisa cientfica coisa da universidade.

A finalidade do sistema educativo o desenvolvimento de todas as

capacidades da pessoa para dar resposta aos problemas que a vida em sociedade

coloca, os contedos escolares devem ser selecionados com critrios que respondam a

tais exigncias, o que comporta uma organizao que depende mais da potencialidade

explicativa de contextos globais do que a que vem determinada por modelos

parcializados em disciplinas.

A escola tem importante papel a cumprir na sociedade, ensinando os alunos a

se relacionarem de maneira seletiva e crtica com o universo de informaes a que

tm acesso no seu cotidiano. O excesso e a rapidez das informaes geram a

incapacidade crtica e deficincias para lidar com situaes que requerem solues

rpidas.

2.5 A Importncia da Comunicao e da Tecnologia da Informao para a Educao

O acelerado desenvolvimento dos meios de comunicao e acesso

informao vem transformando todo o contexto global, atualmente so usadas

ferramentas para a transmisso de mensagens em tempo real, essa revoluo na

comunicao s se tornou possvel graas tecnologia da informao. ela que, nos

dias de hoje, oferece recursos na construo do processo de aprendizagem e usada

em ambientes virtuais, originando a Educao Distncia.

Imbernn et al. (2000, p.22), chama a ateno para uma nova tendncia que setornou revolucionria, a sociedade da informao. Enquanto que na sociedade

industrial, havia o predomnio do setor secundrio (indstria) e um crescimento do

evasÃo no ensino À distÂncia: formaÇÃo continuada dos agentes de seguranÇa pÚblica - livro

Documents