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Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio Formação de Professores

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Page 1: Formação de Professores.  Etapa I – Áreas do Conhecimento e Organização do Trabalho Pedagógico Eixo central: sujeitos do ensino médio e formação humana

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio

Formação de Professores

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Etapa I – Áreas do Conhecimento e Organização do Trabalho Pedagógico

Eixo central: sujeitos do ensino médio e formação humana integral

Etapa II – Componentes Curriculares

Proposta do Curso

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Cadernos I - Ensino Médio e formação humana integral;

Caderno II - O Jovem como sujeito do ensino médio;

Caderno III - O currículo do Ensino Médio,seus sujeitos e o desafio da formação humana integral;

Caderno IV - Áreas de conhecimento e integração curricular;

Caderno V - Organização e gestão democrática da escola;

Caderno VI - Avaliação no Ensino Médio.

Temáticas da Etapa I

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ENSINO MÉDIO E FORMAÇÃO HUMANA

INTEGRALETAPA I – CADERNO I

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1. Ensino Médio – um balanço histórico e institucional1.1. O império1.2. A República1.3. Os anos 1930, o Estado Novo e as Leis orgânicas do Ensino1.4. Do fim da ditadura Vargas à ditadura civil militar: dos anos 1950 aos anos 19801.5. Da redemocratização ao período atual

2. Desafios para o Ensino Médio

2.1. Quadro geral do Ensino Médio: o que nos dizem os indicadores sociais

3. Rumo ao Ensino Médio de qualidade social: as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, o Direito à Educação e a formação humana integral

4. Outros desafios às políticas públicas de Ensino Médio

Como está organizado?

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Contribuir para a reflexão a respeito da realidade atual do Ensino Médio, partindo de uma rápida retomada de suas origens e conformação histórica no país.

• Indicadores e informações;• desafios a serem enfrentados.

Objetivos do caderno I

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Ensino Médio no Império; ensino Médio na República; anos 1930, o Estado Novo e as Leis

orgânicas do ensino; do fim da ditadura Vargas à ditadura civil

militar: dos anos 1950 a 1980; da redemocratização ao período atual

Balanço histórico

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Reflexão e ação A partir da reconstrução apresentada,

identifiquem — individualmente e em grupo — os desafios que permanecem para o Ensino Médio na realidade brasileira e levantem possibilidades de explicação para eles.

1. Ensino Médio – um balanço histórico e institucional

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Quadro geral do Ensino Médio: o que nos dizem os indicadores sociais

Desafios para o Ensino Médio

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Reflexão e ação Em um trabalho coletivo — envolvendo

colegas professores, funcionários da instituição, membros da equipe gestora e os próprios alunos — levantem dados que permitam conhecer aspectos que vocês julguem importantes do perfil social, cultural e econômico dos sujeitos matriculados no Ensino Médio de sua escola.

2. Desafios para o Ensino Médio

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3. Rumo ao Ensino Médio de qualidade social: as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, o Direito à Educação e a formação humana integral

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A partir das afirmações das DCNEM, constituir grupos de até cinco colegas com a finalidade de buscar no caderno,no documento das DCNEM e em outros textos que discutam esse tema, os principais princípios e fundamentos que constituem a proposta de formação humana integral. Discutir e registrar, no âmbito de cada grupo, a compreensão acerca desses elementos. Em seguida, reunir todos os grupos para socializar as discussões e as conclusões de cada grupo, buscando elaborar a compreensão do grande grupo acerca de cada um dos elementos que constituem a proposta de formação humana integral. Finalmente, no grande grupo, refletir sobre como desenvolver estudos que fundamentem práticas pedagógicas que possam contribuir para a materialização dessa proposta na escola, considerando os aspectos potencializadores, assim como as eventuais dificuldades a serem superadas.

Reflexão e Ação

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Reflexão e ação Diante dos indicadores apresentados no

Caderno, problematizar a questão: Diante deste quadro, como chegar à universalização do Ensino Médio?

4. Outros desafios às políticas públicas de Ensino Médio

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O jovem como sujeito do Ensino Médio

ETAPA I – CADERNO II

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1. Construindo uma noção de juventude1.1. E o que seria então a juventude?2. Jovens, culturas, identidade e tecnologias2.1. Jovens em suas tecnologias digitais3. Projetos de vida, escola e trabalho3.1. A relação dos jovens com o mundo do trabalho3.2. Os jovens, os sentidos do trabalho e a escola3.3. A juventude no território

4. Formação das Juventudes, participação e escola

4.1. A relação dos jovens com a escola e sua formação

4.2. Os jovens e a escola4.3. Os sentidos e significados

da escola para os jovens4.4. Razões da permanência e

do abandono escolar4.5 A questão da autoridade do

professor, a indisciplina4.6. Uma coisa é uma coisa,

outra coisa é outra coisa.... Será?

Como está organizado?

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Contribuir para a reflexão a respeito dos “problemas da juventude na escola”.

• Busca a compreensão a respeito do que significa ser jovem e estudante em nossos dias;

• bases para construir nossos relacionamentos com os jovens estudantes;

Objetivos do caderno II

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1. Construindo uma noção de juventude

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O que significa ser jovem e estudante nos dias de hoje?

Quem são os jovens que habitam o Ensino Médio? São considerados jovens os sujeitos com idade

compreendida entre os 15 e os 29 anos. A noção de juventude não pode ser reduzida a um recorte etário (Brasil, 2006).

O jovem é um sujeito com valores, comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares.

O jovem é um sujeito de direitos. O jovem não é um pré adulto. O jovem como interlocutor na tomada de decisões.

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Pontos para reflexão sobre ser jovem e estudante nos dias de hoje

A opinião do jovem e sua interferência nas questões que lhe dizem respeito.

É preciso mudar o olhar e superar as representações negativas sobre os jovens.

Muitos problemas que atingem os jovens são expressões de necessidades e demandas não atendidas no âmbito mais amplo.

É preciso compreender os jovens para além do fator idade, pois há uma complexidade de elementos que interferem na realidade do jovem (ambiente familiar, personalidade, influências sociais, econômicas, etc).

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Pontos para reflexão sobre ser jovem e estudante nos dias de hoje• A juventude é parte de um processo de crescimento

totalizante, que ganha contornos específicos de ordem positiva ou negativa a partir das experiências vivenciadas pelos indivíduos.

• É um momento de exercício de inserção social.• Não se reduz a uma etapa ou algo a ser superado.• É preciso considerar que são diferentes

contextos históricos, sociais e culturais.• Pensar nessas questões nos aproxima do

conhecimento de quem são os jovens reais que habitam a escola.

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Pontos para reflexão sobre a relação entre o professor e os jovens

A relação entre o professor e o jovem do Ensino Médio: um problema ou um desafio?

É preciso superar a tendência de achar um culpado. Como construir novos relacionamentos entre

professores e jovens? A importância do relacionamento afetivo e do

reconhecimento das potencialidades dos jovens? Como o professor pode se aproximar e adentrar o

universo dos jovens de forma positiva? A proposta da construção de mapas de identidades

culturais.

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Reflexão e ação

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Após o diálogo sobre o “jogo de culpados” na escola, como “virar este jogo” e construir novos relacionamentos entre professores e seus jovens estudantes? Em sua percepção, faz sentido esta afirmação de que professores e jovens se culpam mutuamente e os dois lados parecem não saber muito bem para que serve a escola nos dias de hoje? Que tal promover uma conversa na escola sobre a questão dos sentidos do estar na escola para professores e estudantes? E por que não elaborar estratégias para promover o reconhecimento mútuo?

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Por exemplo, você pode elaborar mapas das identidades culturais juvenis do bairro; redigir cartas aos jovens estudantes para que eles se revelem além de suas identidades uniformizadas de alunos; promover jogos de apresentação na sala de aula, dentre outras atividades. E em quais outras iniciativas podemos pensar para ampliar o campo de conhecimento sobre quem são eles e elas que estudam e vivem a escola? Buscar perceber como os jovens estudantes constroem o seu modo próprio de ser jovem é um passo para compreender suas experiências, necessidades e expectativas.

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2. Jovens, culturas, identidade e tecnologias

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Como os jovens enxergam a escola?

• Existe uma diferença fundamental na percepção que temos da Escola e da percepção dos Jovens sobre a escola.

• É importante buscar com esses jovens o significado da escola. O professor precisa considerar as razões pelas quais os jovens vão à escola.

Culturas JuvenisComo os jovens têm se expressado culturalmente?• Qual é o espaço na escola para o desenvolvimento das

culturas juvenis que se expressam por meio da música, do cinema, do teatro, da cultura, da política e das artes?

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A identidade dos jovens

A escola pode contribuir para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoas e constituir seus próprios valores.

Os jovens tem coisas a aprender na escola e nós temos que aprender com eles o que é ser jovem atualmente.

É preciso compreender quais são os sentidos atribuídos pelo jovem a escola, o agir coletivo, os grupos que formam, as relações afetivas com os colegas, os “territórios” dos jovens.

Até que ponto nossas representações negativas interferem no relacionamento com os jovens?

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A formação da identidade nos jovens

Identidades coletivas:

O agir coletivo e social não é simplesmente uma reação as ameaças sociais. O campo de constituição de identidade se define a partir de um conjunto de relações.

Identidades individuais:

São os sujeitos que selecionam as diferenças com as quais querem ser reconhecidos socialmente.

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As identidades juvenis

O que está por trás dos uniformes? As identidades são assumidas e construídas nas

relações sociais. É aí que se elaboram espaços de autonomia. Há jovens homens e mulheres, negros e negras,

hetero ou homossexuais, ateus ou religiosos. É preciso compreender os sentidos do “estar

junto” e do “ser parte” dos grupos. Compreender os sentidos dos modos de agir dos

jovens.

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Pontos para reflexão sobre a relação dos jovens e as tecnologias

Pontos positivos e negativos; acesso a internet; o uso do celular; redes sociais; (facebook, twitter, instagram, orkut; Google: (pesquisas). O copiar sem refletir. Subjetividades juvenis fabricadas nas relações

sociais. Interação do jovem com a tecnologia: autoprodução

e orientação de seu comportamento e existência. Tecnologia como elemento constitutivo da cultura

juvenil. Significado de ser de uma geração nascida na era da

internet.

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Pontos para reflexão sobre tecnologias e jovens

Os alunos têm mais familiaridade com as tecnologias do que o professor.

Se a tecnologia é considerada para muitos professores ameaça à autoridade, é também considerada ferramenta educativa que facilita o diálogo entre os jovens e a escola, com práticas inovadoras.

O desafio está na mediação, no diálogo e tentativa de aproximação com os jovens. Por exemplo, pode-se questioná-los sobre as conversas na internet.

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Reflexão e ação

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As pesquisas apontam que uma das coisas que os jovens mais fazem na internet é conversar.

E que tal propor um diálogo com os estudantes na escola sobre as conversas na internet?

Será que o que se conversa pela internet tem “menos valor ou importância do que aquilo que se diz presencialmente?

O que os jovens de sua escola diriam? Vamos tentar este papo como um exercício de

aproximação com os estudantes?

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Professor, professora, sua escola está também aberta para o diálogo com as culturas juvenis que envolvem os jovens fora da escola?

Que tal promover um diálogo sobre a questão, após assistir ao documentário O desafio do passinho: uma for ma de expressão corporal e sociocultural? Ele está disponível no site: <http://www.emdialogo.uff.br/content/o-desafio-do-passinho-uma-formade-expressao-corporal-e-sociocultural>.

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3. Projetos de vida, escola e trabalho

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Projetos de Vida e jovensQuestionamentos

Em que medida os sentidos atribuídos à experiência escolar motivam os jovens a elaborar projetos de futuro?

Os jovens irão se indagar: “para onde vou?” “quem sou eu?”

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Projetos de Vida e jovensPressupostos

É importante projetar o amanhã. É necessário compreender a realidade em que se está

inserido. Aprender a escolher e se responsabilizar pelas

próprias escolhas contribui para formação de sujeitos autônomos.

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Projetos de Vida e jovensModos e recursos

Projetos individuais ou coletivos. Narrativas Biográficas - livros e filmes

(problematizar com os jovens sua trajetória, projetos).

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Jovens e mundo do trabalho

É possível que os jovens trabalhem e estudem? Os jovens, antes de serem estudantes, são trabalhadores. É preciso reconhecer a diversidade que caracteriza a escola

noturna e adequar os seus procedimentos. A Constituição Federal, no inciso VI do art. 208, determina,

a garantia da oferta do ensino noturno regular adequado às condições do educando.

A LDB, no § 2º do art. 23, prescreve que o calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto.

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O jovem e o trabalho

Trabalho como princípio educativo e atividade criativa.

Escola e trabalho se combinam, se atravessam, se complementam.

Como a escola estabelece esse diálogo? O trabalho e a dimensão formativa. Os jovens se inserem no mundo do trabalho por

caminhos e motivos diversos. O trabalho é espaço de socialização, de

construção de valores e construção de identidades.

A crítica ao caráter alienante e negativo do trabalho.

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Jovens e seus territórios

As escolas se organizam levando em consideração o território, ou seja, a rua, o bairro e a comunidade?

O território é o espaço vivido, produzido socialmente nas relações entre os sujeitos sociais. Envolve valores, interesses, convergências e relações de poder.

É importante compreender como os jovens estudantes vivem e convivem em seus territórios de vida familiar, lazer e trabalho.

As relações na maioria das vezes são conflituosas. O conflito e a contradição devem ser vistos como desafios.

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Participação dos jovens

Participação – presença ativa dos cidadãos nos processos decisórios das sociedades. Pode ser política ou cidadã. A participação envolve: formação teórica para a vida cidadã, aprendizagem de valores, conteúdos cívicos e históricos da democracia, regras institucionais e criação de espaços e tempos para experimentação cotidiana do exercício da participação democrática da própria escola.

As escolas têm praticado e estimulado em seus tempos e espaços cotidianos a participação cidadã e a formação para a cidadania?

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A dimensão educativa e formativa da participação

A experiência participativa permite ao jovem vivenciar valores como os da solidariedade e da democracia.

O engajamento participativo pode aumentar o estímulo para novas aprendizagens, o desenvolvimento da convivência, do respeito as diferenças e do reconhecimento do outro.

Ex: participação em Grêmio Estudantil, grupo de teatro, grupo de dança, etc.

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Reflexão e ação

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E nós, professores e professoras, como podemos ser parceiros e co-construtores de projetos para o futuro dos jovens e das jovens estudantes?

Que tal buscarmos estratégias metodológicas para que os estudantes falem de si no presente e de seus projetos de vida futura?

Uma troca de correspondência entre os estudantes com a mediação docente pode abrir possibilidade para diálogo sobre as expectativas juvenis frente à vida.

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Da mesma forma, e pensando no presente de muitos jovens trabalhadores, tente também saber: • quantos estudantes trabalham em suas turmas; • que trabalho realizam; • quais trabalhos já fizeram; sob quais condições; • foram feitos com segurança e proteção ou em

condições de exploração e desproteção. • seus estudantes têm consciência de seus direitos

de trabalhadores e trabalhadoras? • Não trabalham, mas pensam em trabalhar ainda

durante o tempo de escola? • Que tal abrir um diálogo com eles sobre essas e

outras questões?

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4. Formação das Juventudes, participação e

escola

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Relação dos jovens com a escola e sua formação – Cultura escolar

Escola é instituição central na vida dos jovens. É espaço tempo de convivência e aprendizado, onde eles

passam parte de seus cotidianos. Escola é lugar de fazer amigos, compartilhar

experiências, valores e delinear projetos de vida. Escola como Cruzamento de culturas. Cultura crítica vincula-se às disciplinas; cultura

acadêmica ao currículo; cultura social a fatores sociais; cultura institucional a papeis, normas e rotinas próprias da escola e cultura experiências à experiência nos intercâmbios espontâneos ocorridos no meio escolar (PEREZ GOMEZ, 2001).

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Relação dos jovens com a escola

O encontro entre os jovens e a escola é marcado por tensões, dilemas e desafios.

O desencaixe entre a escola e os jovens não deve ser entendido como incompetência da escola (dos professores) em lidar com seus jovens e muito menos desinteresse destes.

Na relação dos jovens com a escola é importante considerar as relações desiguais e diferenças de raça, gênero, religião, classe social, dentre outros.

Os alunos reconhecem o papel da escola, mas querem que a instituição escolar esteja aberta ao diálogo, considerando suas experiências do presente e expectativas de futuro.

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Sentidos e significados da escola para os jovens Os jovens produzem uma maneira de ver e valorizar a

escola que dependem das suas experiências individuais, dos interesses e das identidades que se constroem a partir da realidade vivida e das interações com outras pessoas e instituições.

Experiências individuais no trabalho, na vida pessoal, um relacionamento afetivo, uma amizade podem fazer diferença na relação com a escola.

Enquanto para alguns alunos, a escola representa uma obrigação, para outros está relacionada a entrada ao mercado de trabalho, como um lugar de encontrar amigos, ou um abrigo, para os que vivem em ambientes ameaçadores.

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Sentidos e significados da escola para os jovens

A escola precisa fazer sentido para a vida do aluno e contribuir para a compreensão da sua realidade.

Como fazer conexão/diálogo entre os conteúdos curriculares e a vida/realidade dos jovens?

É importante considerar como os jovens aprendem? Quais são os conhecimentos que demandam da escola? O professor tem um papel importante como mediador, é

preciso estar inserido no universo juvenil, estar próximo, aprender a ouvir, mapear potencialidades e estabelecer relacionamentos significativos

“Na relação alunos e professor está o coração da docência”. (Teixeira, 2007).

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Permanência e abandono escolar

Quais são as principais razões para a permanência e abandono do aluno na escola atualmente?

Os jovens têm assumido a sua responsabilidade e atribuído as razões a problemas internos da escola, como falta de infraestrutura ou a má relação professor-aluno.

A “chatice da escola” é uma avaliação comum entre os jovens, que ora falam dos tempos, dos conteúdos, da relação e dos métodos utilizados pelos professores.

O desinteresse pode estar ligado a falta de sentido da escola.

A permanência e o abandono ocorre por uma combinação de condições subjetivas (apoio familiar, relação com os professores, engajamentos na rotina escolar, etc.

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Autoridade do professor e indisciplina

As regras nas escolas têm sido impostas ou construídas com os jovens? Como os jovens lidam com as regras?

Separar o joio do trigo: a diferença entre indisciplina/incivilidade e violência.

Indisciplina: está relacionada à agitação, gritaria, falta de respeito com o colega e professores, falta de concentração na aula, mentiras, manipulações e conflitos diários, desordens, empurrões. É a transgressão, aquilo que fere o regimento escolar.

Violência: é o ato contra a lei, não é restrita ao espaço escolar e deve ser punida. Exemplos: furto, lesões, extorsão, tráfico de drogas, insultos graves.

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Indisciplina/Incivilidade O objetivo de tratar tais questões é contribuir para

que professores e escola estabeleçam procedimentos adequados a cada situação.

Estamos diante de uma epidemia de violência ou quebra de regras e normas disciplinares?

A escola como espaço de vivencia dos jovens, traz o desafio de construir as regras escolares, com normas claras para dar o veredicto e aplicar as devidas punições (Dayrell et al, 2011).

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Indisciplina

É preciso compreender como as regras são definidas, quem as define, como elas são aplicadas.

Quando professores consideram seus alunos desinteressados, apáticos e desmotivados, muitas vezes estão considerando o jovem em relação a suas próprias expectativas, quanto ao ritmo médio dos alunos; estes são medidos muitas vezes a partir da avaliação, etc.

O contexto muitas vezes provoca um sentimento de mesmice, que faz com que os jovens, ao considerarem o cotidiano da sala de aula monótono e repetitivo, retirem sua atenção do professor e dediquem-se a outras interações em sala de aula, gerando a bagunça.

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Reflexão e ação

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• E se todos os professores e professoras se perguntassem sobre o que os jovens e as jovens estudantes pensam e sentem sobre a escola de Ensino Médio?

• Seria possível surgirem desta abertura à escuta e ao diálogo alternativas para a superação dos crônicos problemas de relacionamentos e realização da vida escolar que afetam o cotidiano de muitas escolas?

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O gênero carta pode ser uma boa alternativa para a abertura do diálogo com os jovens estudantes. • Que tal então produzir coletivamente uma

carta dos professores e professoras endereçada ao jovem estudante de sua escola?

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Esta carta coletiva pode ser afixada num mural, entregue a cada um dos estudantes ou mesmo ser publicada na internet. • Acesse no Portal Em diálogo a carta ao

jovem estudante elaborada coletivamente por professores do estado do Ceará:

<http://www.emdialogo.uff.br/content/cartaao-jovem-estudante>.

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ENDEREÇOS ELETRÔNICOS

www.emdialogo.uff.br

http://www.uff.br/observatoriojovem