jornal da linha #26

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ano 1, número 21 goiânia, 22 a 28 de agosto de 2010 meio de comunicação da unipass especializado em trânsito e transporte - distribuição dirigida Tarifa do CityBus fixada sem estudos técnicos O valor cobrado pela passagem não tem embasamento real e oscila entre R$2,50 e R$ 6,00. Página 3 Hélio de Oliveira comenta o trânsito de Goiânia Repórter fotográfico pioneiro em Goiás relembra a evolução do transporte coletivo e critica o grande número de carros Página 4 Proprietário de autoescola faz denúncia Welton Farias afirma que o sistema utilizado pelo Detran-GO penaliza candidatos e onera o custo da carteira de habilitação Página 8 Estudantes aprovam a proposta do Passe Livre Página 9 informe publicitário A proposta do Passe Livre apresentada por Marconi Perillo, no dia 11 de agosto, Dia do Estudante, foi bem recebida pelos alunos, que prometem cobrar a implementação da proposta. O ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende levou menos de uma semana para copiar o projeto. Alguém acreditaria que, caso eleito, ele implantaria o programa do Passe Livre em seis meses? 

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Jornal da Linha #26

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Page 1: Jornal Da Linha #26

ano 1, número 21 goiânia, 22 a 28 de agosto de 2010

meio de comunicação da unipass especializado em trânsito e transporte - distribuição dirigida

Tarifa do CityBus fixada sem estudos técnicos

O valor cobrado pela passagem não tem embasamento real e oscila entre R$2,50 e R$ 6,00.

Página 3

Hélio de Oliveira comenta o trânsito de Goiânia

Repórter fotográfico pioneiro em Goiás relembra a evolução do transporte coletivo e critica o grande número de carros

Página 4

Proprietário de autoescola faz denúncia

Welton Farias afirma que o sistema utilizado pelo Detran-GO penaliza candidatos e onera o custo da carteira de habilitação

Página 8

Estudantes aprovam a proposta do Passe Livre

Página 9

informe publicitário

A proposta do Passe Livre apresentada por Marconi Perillo, no dia 11 de agosto, Dia do Estudante, foi bem recebida pelos alunos, que prometem cobrar a implementação da proposta. O ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende levou menos de uma semana para copiar o projeto. Alguém acreditaria que, caso eleito, ele implantaria o programa do Passe Livre em seis meses? 

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goiânia, 22 a 28 de agosto de 2010

editorial

Em sua 21º edição o Jornal da Li-nha traz uma matéria exclusiva sobre a opinião de líderes estu-

dantis e ex-participantes do movimen-to estudantil em Goiás para analisar a proposta do Passe Livre. O subsídio recebe o apoio dos estudantes, que afirmam que irão cobrar pela imple-mentação do benefício. A melhoria no acesso à educação e à cultura é unani-me na opinião dos líderes. Na opinião do vice-presidente da UEE-GO (União Estadual dos Estudantes de Goiás), Bruno Pena, o Passe Livre Estudantil é possível. Já existe no DF. Depende ago-ra de vontade política de nossos gover-nantes e da capacidade de mobilização

da UEE-GO para levar os estudantes a exigir os seus direitos.

O repórter fotográfico pioneiro no estado de Goiás, Hélio de Oliveira, abre sua casa para a equipe do Jornal da Li-nha e mostra seu arquivo de fotos des-de os primeiros esboços de transporte público na capital. Morador de Campi-nas há 75 anos, ele reclama do inchaço populacional e da frota de veículos de Goiânia. “E se eu disser para você que da minha época para cá, o transporte coletivo hoje é uma maravilha? [risos] O problema é que tem gente demais para transportar”, afirma.

Matéria sobre os crimes de trânsito mostram que a maioria deles são co-

metidos por homens. No ano passado, de 500 ocorrências recebidas pela Dict (Delegacia Especializada em Investiga-ções de Crimes de Trânsito em Goiâ-nia), apenas uma envolvia uma mu-lher como condutora do veículo. Para a delegada Edilma de Freitas, o trânsi-to reflete a educação de um povo. “O brasileiro é mal educado no trânsito, ele não respeita o pedestre, nem o idoso, não respeita o meio ambiente e não respeita a autoridade. Uma pessoa que é educada pára na faixa, espera a pessoa que tem dificuldade de locomo-ção fazer a travessia, não é mal educa-da de ficar buzinando e assustando as pessoas”, relata.

Veículo de comunicação da UNIpass (União dos Passageiros do Transporte Coletivo de Goiás)Todo o conteúdo veiculado nesta edição é de inteira responsabilidade da entidade associativa.

Karolina [email protected]

Rafael MartinsColaborador

Antônio [email protected]

Hevelyn [email protected]ógrafa

Gustavo [email protected] Gráfico

E-mail: [email protected]: @UNIpass_GO

Rua 94, n. 837, sala 105Setor Sul – CEP: 74080-100CNPJ: 07.847.778/0001.80

expediente

3213 0007

a voz do usuário

Moro no Jardim Goiás e pela quan-tidade de pessoas que necessitam de ônibus eu acho que a quantidade que tem circulando é muito pouca. Às ve-zes fica muito cheio e para mim, prin-cipalmente que estou grávida é hor-rível porque aí você vai na porta, fica segurando. As pessoas não dão lugar para você sentar.

Eu moro no Aparecida e venho para Goiânia todos os dias. Minha reclama-ção é sobre a falta de respeito com os idosos, com as pessoas deficientes e muitas vezes os motoristas exagera na velocidade e aí como estamos em pé a gente acaba machucando. Eu caí no ônibus e quem chamou foi quem estava dentro do ônibus.

O transporte está muito precário né. Assim, para mim que ando com bebe eu acho muito descaso, para os idosos também. Nem todo mundo res-peita, primeiro os passageiros e depois os motoristas. Como aqui tem o em-barque prioritário e nem todo moto-rista para, a não ser que o fiscal pare o ônibus pra gente entrar.

Vaneide Alves Miranda Zulma Maria dos ReisNeirilene Barbosa de Souza Vieira

Participe desta seção você também!

Envie sua reclamação ou sugestão para o e-mail [email protected], comentários e sugestões de pauta também podem ser enviados ou entregues na redação do jornal. Sua participação é que garante a cobrança por um serviço de transporte coletivo de melhor qualidade.

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goiânia, 22 a 28 de agosto de 2010

Tarifa do Citybus não tem base na realidadeA tarifa fixada para o “fantasmão”,

como são conhecidos os veículos que prestam o serviço denominado City-Bus, apareceu do nada. Ou melhor, apareceu em virtude da ganância de empresários com a conivência, mais uma vez, do poder público. Não hou-ve nenhum estudo técnico prévio para se fixar o preço da passagem nesses veículos. Essa situação adveio de um abuso e de uma arbitrariedade cometida pelo presidente da CMTC (Companhia Metropolitana de Trans-portes Coletivos) Marcos Massad, ho-mem tirado do bolso do colete do ex--prefeito Iris Rezende Machado e hoje misteriosamente mantido no cargo pelo prefeito Paulo Garcia com o res-paldo da CDTC (Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo).

O dado importante é que Iris e o ex-prefeito de Senador Canedo, Van-derlan Cardoso, então integrantes da-quela Câmara, votaram a favor desse golpe contra a população que usa o transporte público. Ambos são candi-datos a governador. É certo que o pre-ço desse serviço deve ser diferencia-do. Mas é certo também que a tarifa, por ser um preço público, deve estar baseada em estudos técnicos, que ja-mais ocorreram.

O senhor Marcos Massad, pessoa que, teoricamente, deveria defender o interesse dos usuários nunca veio a público para esclarecer as razões que levaram a se arbitrar o valor da tarifa por um simples motivo: não se pode explicar o inexplicável. Os inúmeros passageiros que se acotovelam nos ter-minais e pontos de ônibus espalhados pelas cidades ficam inconformados ao verem os veículos do serviço CityBus passarem vazios enquanto os veículos

convencionais circulam superlotados.A indignação aumenta quando se

constata diferentes valores de tarifas fixadas para o CityBus: R$ 4,50 quan-do o usuário utiliza o SitPASS, R$ 3,00 quando paga através de moedas, R$ 6,00 para uso por um dia inteiro e R$ 2,50 nos finais de semana. O cri-tério é não ter critério, porque se o serviço é o mesmo surge daí a per-gunta: qual será o preço justo para se utilizar o CityBus?

A população mais uma vez é des-respeitada, enquanto o presidente Marcos Massad [aquele cuja a CEI (Co-missão Especial de Inquérito) exigiu a saída imediata da presidência da

CMTC] faz o percurso casa/trabalho (trabalho?) em carro luxuoso e refrige-rado. A única vez que foi visto em um terminal, quase foi linchado diante das câmeras de TV.

Aliás, para refrigerar a memória dos usuários, essa arbitrariedade é so-mada à inúmeras outras, como, por exemplo, a inclusão indevida do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) e da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Fi-nanceira) na composição da tarifa. E a CMTC continua a desafiar a Câmara de Vereadores de Goiânia, que reiterada-mente exige a extinção de todas as ir-regularidades facilmente constatadas.

A realidade é que a tarifa cobrada pelo CityBus não tem base técnica, é exorbitante e impede que os usuários tenham acesso ao serviço. Enquanto isso a população vê o “fantasmão” cir-cular às moscas por não ter preço justo.

ações

catracadas

Viaduto quase foi pro ralo

O viaduto (elevado e trincheira) da T-63 fez água na campanha do ex-pre-feito, Iris Rezende Machado. A obra, à época de sua construção, foi elevada a condição de salvadora dos problemas do trânsito da Capital. No entanto, além de não resolver nada no que tan-ge ao caótico trânsito da cidade, ainda transformou-se em mais um entrave

com interdições.Moradores, comerciantes e motoris-

tas que trafegam pelas redondezas dos “espetões” da T-63 estão desesperados à vista dos constantes congestionamen-tos, barulhos, acidentes, entre os mais variados tipos de transtornos. A popula-ção não faz ressalvas quanto à estética da obra, mas sim quanto à qualidade dos materiais empregados na constru-ção. Diariamente, placas metálicas

voam pela pista colocando em risco a vida, principalmente, de motociclistas.

A cabeça do Massad e o mistério

A população, os vereadores e os movimentos sociais já pediram a cabe-ça do presidente da CMTC (Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo) Marcos Massad e o homem, também conhecido como “caveira” continua

como em um sarcófago: imóvel. En-quanto isso os passageiros do trans-porte coletivo da RMG (Região Metro-politana de Goiânia) sofrem com um serviço da época dos dinossauros.

O atual prefeito, ao que tudo indi-ca, fez um pacto misterioso com o pre-feito anterior para manter Massad no cargo, apesar de toda a pressão exis-tente para ele seja ejetado da cadeira que ocupa na CMTC.

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“Todo dia tem morte em Goiânia por causa do trânsito, mas esse é o ônus do progresso”, diz Hélio de OliveiraMorador do bairro de Campinas há 75 anos, o repórter fotográfico pioneiro em Goiás compara o trânsito atual com a ‘época de ouro’ de Goiânia

A respeito do trânsito, como o senhor vê o trânsito hoje, comparado a décadas atrás?No meu tempo não tinha tanto carro. Os táxis, a gente nem chamava assim, era “carro de praça”. A gente conhecia os carros pelo barulho. ‘Esse barulho é do carro do fulano, essa buzina é de fulano’, de tão poucos que eram. Depois foi melhorando, aumentando e hoje é esse caos que está aí. As ruas de Campinas não comportam. Não só de Campinas, no Centro também. Aumentou o número de carros, mas não aumentou a largura das ruas. Tem quase um milhão de carros em Goiânia. É muita coisa. Não falo tanto de Campinas, que era uma cidadezinha e depois se tornou bairro de Goiânia, mas o Centro mesmo, eles não atinavam que pudesse haver um progresso do tamanho que houve. Dr. Pedro [Pedro Ludovico] tirou a capital de Goiás porque era uma cidade pequena, limitada. Aí veio para Goiânia e construiu uma cidade para 50 mil habitantes. Eu acho que ele nunca pensou que isso aqui um dia pudesse se tornar uma metrópole. E por isso as ruas do Centro são todas estreitas, fora Goiás, Paranaíba, mas você já pode notar que esses bairros mais novos têm ruas duplicadas.

Como o senhor vê esse drama do transporte coletivo que a gente tem?E se eu disser para você que da minha época para cá, o transporte coletivo hoje é uma maravilha? [risos] O problema é que tem gente demais para transportar. Esse Eixo Anhanguera é um espetáculo, mas ele vive lotado porque o preço é pequeno. E do Eixo você pega transporte para os outros bairros. Agora, o transporte para os bairros é que é mais difícil. Muitas vezes tem o ônibus, mas não tem o motorista, por

isso que às vezes demora. E tem mais: toda pessoa acha que é prioridade. Ele quer ir logo. Não é assim. No meu tempo, em 1942, as jardineiras tinham até nome de tão poucas. Tinha uma que era baixinha, a gente chamava ela de “chatinha”, tinha uma encorpada, chamava ela de “balalaica”. Outra que era mais comprida, puseram o nome de “rabuda” e essa era interessante porque se todo mundo sentasse atrás, ela levantava a frente [risos]. Depois foi melhorando. No começo eram todos adaptados, não eram ônibus urbanos. Você tinha que entrar em uma porta e descer pela mesma.

O metrô seria uma solução para o problema da Região Metropolitana de Goiânia?Sim, mas por enquanto eu acho uma utopia porque Goiânia não comporta ainda um metrô não. Comportar pode

até ser, mas o problema é o custo, que é muito caro. E outra coisa, o metrô depende da construção do terreno porque tem que fazer subterrâneo e muitas vezes não tem um terreno que suporta. Eu não sei, eu já li sobre isso, mas acho que por enquanto não. Nós temos é que melhorar esse trânsito para os bairros. Porque eu acho que o Eixo já é muito bom. Sou a favor dos corredores urbanos. Conheço o trânsito de quase todas as capitais do Brasil e melhor que Goiânia é Curitiba, mas não dá para agradar todo mundo. Sempre tem alguém descontente. E eu acho que daqui para frente vai piorar ainda mais, por causa da quantidade de carros que tem no trânsito. Se tivesse transporte solidário, se dessem carona, mas não, as pessoas querem ir sozinhas. A questão de estacionamento mostra isso, em Campinas principalmente.

Até na minha rua, que era sossegada, fica cheia de carros.

Para você, qual o maior problema do trânsito de Goiânia?Falta tudo. Falta inclusive pessoas para fiscalizar porque não tem, é muito pouco. E não é só na cidade não, até nas estradas. Outro dia meu genro voltava de Santa Terezinha e um caminhão foi ultrapassar ele, aí viu que não ia dar e voltou de uma vez, arrancando a lateral do carro dele. Se ele tivesse atrasado um pouquinho, tinha batido de frente. O motoqueiro não obedece nada, eles querem cortar todo mundo, passar no meio. Por isso é que morre motoqueiro demais. Você pode olhar nos jornais, todo dia tem morte em Goiânia por causa do trânsito, mas esse é o ônus do progresso. Goiânia é uma cidade inchada, tem bairros para tudo quanto é lado, coisa que não existia.

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goiânia, 22 a 28 de agosto de 2010

O elevado João Alves de Queiroz, do viaduto da Praça do Chafariz, loca-lizado entre as avenidas 85 e T-63, não foi liberado na sexta-feira, 20, confor-me previsto pela Secretaria Municipal de Infraestrutura. A previsão é de que até a próxima segunda-feira, 23, a via esteja normalizada para o trânsito. Já as obras na alça do viaduto, na Aveni-da T-63, devem continuar até o fim do mês. De acordo com o secretário muni-cipal de Infraestrutura, Leodante Car-doso, o trecho não foi liberado no dia anunciado para que outra camada de asfalto seja colocada por cima da que já está pronta.

A Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Carga de Goiás prendeu Bruno Ferreira Ribeiro, Ad-naldo Paulino da Silva, Itamar Daniel Vieira e Rodolfo Rezende Vieira. Os quatro homens são acusados de roubo, formação de quadrilha e receptação de carga roubada. O delegado Itamar Lourenço de Lima afirmou que Bruno é acusado de participação em, pelo menos, dez assaltos a carros de um fabricante de cigarros. Desta vez, ele foi preso acusado de participação em roubo de uma carga de carne, no Setor São Francisco, em Goiânia. A mercado-ria foi apreendida no Setor Sítio Estre-la D’Alva e no Parque Tremendão.

De acordo com estudos da CNseg (Con-federação Nacional das Empresas de Segu-ros Gerais), baseados em dados do Dena-tran (Departamento Nacional de Trânsito), o Volkswagen Gol foi o veículo mais rou-bado/furtado no Brasil durante o primei-ro semestre. O estudo mostra que 191.347 carros, motos, caminhões e ônibus foram alvos desses tipos de crime, com registro da ocorrência entre janeiro e junho (média de 1.057 veículos furtados ou roubados por dia). A lista ficou da seguinte maneira: Gol (Volkswagen), CG 125 (Honda), Uno (Fiat), Palio (Fiat), CG 150 (Honda), Corsa (GM), Cel-ta (GM), CBX (Honda), Fusca (Volkswagen) e Parati (Volkswagen).

giro

Liberação de elevado da T-63 é adiada

Polícia prende envolvidos em roubo de carga

Gol lidera ranking de veículos mais roubados

Governo zera imposto de importação para carro usado por deficientes

O ministro do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge assinou uma portaria que reduz de 35% para zero a alíquota do Imposto de Importação sobre automóveis usados e adapta-dos para portadores de neces-sidades especiais. Segundo o governo, o objetivo é facilitar a transferência desses veícu-los por parte de brasileiros que já os possuam no exte-rior. Os automóveis só pode-rão ser importados se forem de propriedade de brasileiros portadores de necessidades especiais que residam há no mínimo dois anos no exterior e desde que tenham sido ad-quiridos há mais de 180 dias da data de registro da licença de importação.

Polícia apreende 6 mil peças de motos em loja no Centro de SP

Seis mil peças de motos foram apreendidas nos fundos de uma loja no Centro de São Paulo. Dois funcionários e o dono da loja foram presos. De acordo com a polícia, os equi-pamentos eram roubados. Na recepção da loja haviam pou-cas peças, entretanto nos fun-dos do estoque os policiais en-contraram centenas de itens, entre tanques, escapamentos, bancos, para-lamas e sistemas de freio. O delegado Fábio Bol-zani afirmou que houve apu-rações sobre motos roubadas na região Sul e levadas para o local. Nenhuma das peças apreendidas tinha nota fiscal. Três chassis e um motor eram de motos roubadas. Foi usado um contêiner para levar tudo para a delegacia.

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goiânia, 22 a 28 de agosto de 2010

Goiânia foi a primeira cidade do país a contar com um serviço de con-sulta dos horários de ônibus através do celular. Foi anunciado também que os pontos de ônibus da capital e Região Metropolitana teriam uma sinalização contendo o número do ponto e das li-nhas que passam pela parada, além de uma tabela com o horário e itinerário dos coletivos. Teoricamente, o serviço funciona em perfeita harmonia, mas na prática, o usuário tem dificuldade de consultar os horários no celular, uma vez que os pontos não estão devi-damente sinalizados.

Cláudia Cristina, moradora do Jar-dim Curitiba, diz que as pichações são uma das causas que impedem dos pon-tos serem sinalizados. “Quase todas as paradas da cidade são pichadas, então fica impossível colocar essa sinaliza-ção. Se colocam essas informações, no outro dia vai estar pichado e depreda-do e a gente que sai prejudicado. Eu sei usar o serviço, olhei meu ponto na internet, mas só sei o que fica aqui perto de casa. Se tivesse o número do ponto lá, ficaria melhor”, diz a dona de casa. “Como é que vão sinalizar os pontos de ônibus sendo que depredam tudo, ainda mais na periferia? E tem pontos que não são desses novos, são de concreto, como vão colocar as in-formações se a própria parada não tem estrutura?”, questiona o comerciante Adailton Ferreira, que mora no Setor Morada do Sol.

A depredação nas paradas não se restringe à periferia. “Aqui no Setor Universitário tem hora que é pichado e tem hora que está cheio de propa-ganda, ainda mais nessa época de elei-ções. Se houvesse, de fato, informa-

ções para nós usuários consultarmos o horário do ônibus no celular, seria mais fácil. Eu uso o serviço e aprovo. Sei o número dos pontos porque con-sultei na internet, mas se as paradas tivessem essa informação seria muito mais fácil.”, conta o estudante Felipe Ramos. Na região central da cidade, os pontos são sinalizados, mas somente com o número das linhas, e também se concentram nas avenidas Araguaia, Tocantins, Paranaíba e Praça Cívica além dos pontos do Setor Universitá-rio e Oeste.

“Só de já ter o número da linha que passa aqui é bom, o número para olhar no celular não tem. Disseram que iam pintar os números nos pontos, mas até agora nada foi feito”, reclama a enfer-meira Nara Pedrosa. “De que adianta colocar o número no ponto para con-sultar o horário se o coletivo sempre atrasa? Isso é conversa pra boi dormir. Já usei uma vez e o ônibus não passou”, reclama a vendedora Neusa Santos. Na Avenida Goiás, os pontos de concreto não têm qualquer tipo de informação. “É ruim porque você não tem informa-ção nenhuma. Se tivesse saberia usar o serviço, mas tem que esperar do mes-mo jeito, então tanto faz”, diz o eletri-cista Leonardo Magalhães.

“Está passando da hora de refor-mar esse pontos da Av. Goiás. Não é preciso trocar, é só colocar o número do ponto e das linhas que passam por aqui.O serviço que divulgam tem que ser completo, não basta apenas falar que o horário vem no celular, tem que ter informação nos pontos. Como não tenho internet e nem tempo de ir na lan-house fico como a maioria dos pas-sageiros: esperando o ônibus chegar”,

diz a cabeleireira Susana Franco.Em toda a capital, há apenas um

ponto muito bem sinalizado, com a tabela de itinerário, número do ponto e das linhas que passam por ele, além dos horários dos ônibus. Coincidên-cia ou não, este ponto fica ao lado da sede da RMTC (Rede Metropolitana de Transporte Coletivo), que fica em frente ao hipermercado Wal-Mart da Avenida Independência. Os passagei-ros gostaram da idéia e questionam porque os outros pontos não seguem o padrão utilizado ali. “Muito bem si-nalizado e quando chego aqui mando a mensagem e sei que horas o ônibus vai passar e isso me dá segurança para marcar outros compromissos. Bem que os outros pontos poderiam ser desse modelo”, afirma a operado-ra de caixa Sandra Nascimento. “Eu usei hoje e deu certo. É bom porque aqui dá muita gente nos horários de pico e eu não preciso mais enfrentar o tumulto”, comenta o farmacêutico Juliano Filho.

Para quem usa o serviço regular-mente, a reclamação é que algumas

Falta de informação dificulta acesso ao horário dos coletivos via celular

informações chegam incompletas. Em alguns pontos, não aparece no SMS to-das as linhas disponíveis e alguns ôni-bus passam antes do horário previsto. “É muito bom isso. Não vou precisar ficar tomando sol ou chuva mais em ponto de ônibus. Venho no horário certo agora. Pena que o meu ônibus ainda não está aí [no torpedo]”, diz a manicure Silvana Santos, que iria pe-gar a linha 280, em um dos pontos da Avenida Araguaia. “Realmente é bom o serviço, mas ainda bem que estava no ponto e ele passou na hora. Mesmo assim é bom chegar na parada uns mi-nutinhos antes”, diz a diarista Ivone de Pinho Mineiro.

“Eu posso vir para o Centro e saber a hora exata que vou ficar por aqui. É muito bom isso. Agora preciso apren-der a mexer com isso no celular”, con-ta a aposentada Maria das Graças de 63 anos. O ônibus que ela pegou foi a linha 180, que passou um minuto adiantado no horário previsto no SMS. “Ainda bem que estava no ponto senão teria perdido. É confiável, mas não 100%”, diz. O passageiro que quiser utilizar o serviço precisa ou acessar o site do Consórcio [www.rmtcgoia-na.com.br] ou ligar para a central de atendimento 0800 648 2222 e se in-formar dos números dos pontos de sua região. Para receber os horários, o usuário tem que digitar as letras “pt” [em minúsculo], dar um espaço e te-clar o número do ponto, que pode ser consultado através da internet. Depois basta mandar a mensagem para o nú-mero 28000 [28028 para celulares da operadora TIM]. Em segundos, a men-sagem chega.

Pontos de ônibus em situação precária e o ponto localizado em frente à RMTC

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goiânia, 22 a 28 de agosto de 2010

Nos 04 e 05 de setembro, a cidade de Quirinópolis, situada no Sudoeste do Estado, a 280 km de Goiânia, re-ceberá a quarta etapa do Campeona-to Goiano de Motocross 2010. Aos 66 anos, com mais de 40.000 habitantes e uma economia baseada na agropecu-ária no setor sucroalcooleiro, a cidade com um franco crescimento, conta também com vários pontos de interes-se turístico.

A pista para a competição será re-construída ao lado do Lago do Sol Po-ente, dentro da cidade e terá 1200m de extensão por 9m de largura, em seu ponto mais estreito. A pista terá também, três platôs maiores, seção de costelas, saltos simples, duplos e, como novidade, haverá a transposição da pista por sobre parte do asfalto que será coberto por terra e que terá lança-dores e recepção nestes trechos.

A entrada será franca e o público terá arquibancadas e camarotes que possibilitarão uma visão total do cir-cuito, que será emoldurado ao fundo pelo lago, a cidade e o verde abundan-te da vegetação. No lago, os passeios de jets e outras embarcações, a estru-tura do complexo do lago, os shows e, principalmente, a prova de Motocross serão motivos para que a população local e das cidades próximas compare-çam em número bem expressivo neste primeiro final de semana e setembro.

As categorias que estarão movi-mentando Quirinópolis são as 50cc, 65cc, 85cc, nacional 230 Pró, Nacio-nal B, Estreantes, Intermediaria, MX2, MX3 e a MXFL, onde aproximadamen-te 200 pilotos e suas equipes que so-mam mais de 500 pessoas com certeza oferecerão e também terão uma gran-de etapa deste Campeonato. O Cam-peão Goiano da Nacional 230 Pró/2010 receberá um kit completo da Skatena Performance. Maiores informações so-bre a prova, inscrições e reservas de números poderão ser obtidas pelos telefones (62) 3212-0034 ou 8404-9197 e pelo site da Federação de Motociclis-mo de Goiás www.fmg.esp.br

Quirinópolis recebe 4ª etapa do Campeonato Goiano de MotoCross em setembro

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goiânia, 22 a 28 de agosto de 2010

Proprietário de autoescola critica sistema do Detran-GO

vários locais menos na rodovia que é o mais importante. A maioria das pesso-as hoje que tiram carteira vem me per-guntar assim: ‘-Minha carteira saiu? Porque amanhã eu tenho que viajar para tal lugar’. É por isso que temos acidentes. O cara só tem preparo para passar na prova”, ressalta.

Quanto a prova de moto o instru-

tor afirma ainda que o percurso é ridí-culo. “Não existe outro percurso e não é liberado para nós lecionar aula de moto em trânsito. Não podemos fazer isso, é vedado. Precisaria de um local adequado, um autódromo ou no pró-prio Detran, sendo desenhado um per-curso, alguma coisa nesse sentido para ensinar o condutor a dirigir moto. É

até absurdo colocar uma pessoa dessas em trânsito. Até 1985 a prova de moto usava até a terceira marcha. Em 2010 nós usamos apenas a primeira mar-cha, o que mostra que a legislação re-grediu. Como prova temos os aciden-tes e mortes de condutores de motos”, critica Welton.

No que diz respeito às taxas co-bradas pelo Detran-GO, ele afirma que o valor mais caro do país para ti-rar uma carteira de habilitação é em Goiás justamente por causa desses ab-surdos. “Em São Paulo a primeira via custa R$ 62, no Mato grosso R$ 68, na Bahia R$ 65 e aqui em Goiás, acredi-te, é R$ 285,00 para duas categorias e R$ 186 para uma. Fora isso, o direcio-namento que hoje existe pelo órgão para exames médicos também ajuda a aumentar o custo da carteira. Hoje um exame de admissão e demissão funcional custa R$ 15 em qualquer lugar que você for porque não é dire-cionado. E quando é direcionado pelo Detran, você tem que fazer naquele lugar. Você não tem opção de esco-lher um outro profissional. Aí aquele profissional fica aberto para cobrar o preço que quiser. Já foi provado que quando o curso não é direcionado sai para a gente por R$ 50. Hoje custa R$ 211. Isso é o Detran-GO vigiando o pa-trimônio de terceiros. Só quebrando esse direcionamento, a carteira abai-xaria, no mínimo, uns R$ 400 a R$ 500”, finaliza Welton.

Para o dono de autoescolas em mais dois estados, as taxas cobradas pelo Detran-GO são abusivas, o direcionamento de exames é ilegal e deveriam ser permitidas aulas em rodovias

Instrutor de autoescola há 20 anos, Welton Farias Amorim, se diz surpreso com a grande repercussão da lei que obriga o candidato a ter aulas notur-nas. Além disso, outros dois assuntos incomodam o profissional: as altas taxas cobras pelo Detran-GO (Departa-mento Estadual de Trânsito de Goiás) para quem vai tirar a primeira via da habilitação e o direcionamento de clí-nicas feito pelo órgão, para os exames teóricos, médicos e psicológicos, o que acaba elevando os custos e impossibili-tando a competição de preços.

Ao contrário do que se diz, Welton afirma que às 5h da manhã já existem alunos pegando aulas nas proximi-dades do Detran-GO assim como às 21h também. “A maioria das pessoas trabalham no período diurno, então o horário que mais estamos sobrecar-regados de aulas é depois das 18h. O que realmente deveria ser feito e que deveria ter uma lei que respaldasse é a questão de rodovias. Hoje nós so-mos proibidos de dar aulas em rodo-vias porque não é não permitido que a gente passe na rodovia com o aluno conduzindo. Não tem nenhuma lei que proíbe e nenhuma que autoriza, mas eles não aceitam. Essa é uma lei que seria válida, que seria novidade. Já que não proíbe, que incentive o condutor a realmente aprender a diri-gir na rodovia”, diz.

Para Welton, essa proibição é que causa o alto número de acidentes nas estradas porque o aluno não tem o mí-nimo de experiência para lidar com o trânsito em rodovias. “Hoje o aluno tira carteira pegando aula na área em

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não só ter o Passe Livre, mas ter ôni-bus disponível, principalmente nos momentos de pico. Depende só de vontade política, é plenamente possí-vel e os gastos não são tantos assim. Veja, o governo subsidiou por muito tempo a passagem do Eixo Anhangue-ra, então ele pode também subsidiar a passagem para o estudante. Essa talvez seja uma das melhores propostas para a juventude”, afirma.

Na opinião do vice-presidente da UEE-GO (União Estadual dos Estudan-tes de Goiás), Bruno Pena, a viabili-zação do subsídio é uma questão ju-rídica e, sobretudo, política. “O Passe Livre Estudantil é possível. Já existe

no DF. Depende agora de vontade po-lítica de nossos governantes e da ca-pacidade de mobilização da UEE-GO para levar os estudantes a exigir os seus direitos. Nas regiões mais peri-féricas da RMG (Região Metropolitana de Goiânia), não tem teatro, não tem estádio de futebol, não acontecem shows ou exposições. Existem apenas alguns clubes e ginásios em condições bem precárias. O estudante para ter acesso à cultura, educação, esporte e lazer, depende essencialmente do transporte coletivo e, o mínimo que o Estado pode fazer para democratizar e universalizar o acesso, é garantir o Passe Livre”, conclui.

No dia do Estudante, 11 de agosto, o candidato ao governo Marconi Pe-rillo, em reunião com estudantes, as-segurou o subsídio para as passagens de ônibus. Em menos de uma semana, o candidato Iris Rezende surgiu com uma proposta muito parecida com os projetos apresentados pelo tucano. Além do Passe Livre, ele prometeu dar notebooks para os estudantes e professores da rede pública de ensi-no. Depois de cinco anos como prefei-to de Goiânia, o candidato que havia prometido resolver os problemas do transporte em seis meses em sua pri-meira gestão como prefeito da capital,

apenas piorou a situação precária dos usuários do transporte coletivo.

O coordenador da campanha de Marconi Perillo, Giuseppe Vecci, acu-sou de plágio as propostas feitas pelo candidato do PMDB. De acordo com ele, a proposta do Passe Livre foi lan-çada há mais de uma semana pelo tu-cano e o projeto de colocar um com-putador por aluno na rede estadual de ensino teria sido lançada no mês de maio. Os peemedebistas admitem se-melhanças nos projetos mas afirmam que Iris tem condições de cumprir as promessas feitas.

Será? Apenas uma volta pelos prin-

cipais terminais da capital e Região Metropolitana seria suficiente para rebater tal argumento. Os usuários do transporte coletivo reclamam da falta de cumprimento das promessas feitas por Iris, a exemplo de resolver o problema do transporte coletivo em seis meses. Na opinião dos usuários, já mostradas pelo Jornal da Linha, a si-tuação só piorou, linhas foram cance-ladas, trajetos alterados sem, sequer, avisar a população. O presidente do PSDB e líder do partido na Assembléia Legislativa, deputado Daniel Goulart, concorda que as promessas feitas por Iris nunca foram cumpridas. Fora isso, as irregularidades encontradas pela CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Câmara Municipal, nunca foram respondidas pelo ex-prefeito.

Estudantes afirmam que Passe Livre aumentará acesso à educação e cultura em Goiás

Iris promete Passe Livre, notebook e bolsa universitária para estudantes

Quase 30 anos depois da conquis-ta da meia passagem, estudantes con-quistam o Passe Livre, maior bandeira do movimento estudantil de Goiás. Essa luta, que vem de anos envolve todas as entidades de estudantes do estado e do país. Algumas cidades no Brasil já contam com o benefício e os líderes de movimentos estudantis goianos afirmam que essa conquista é muito importante e refletirá direto na diminuição da evasão escolar.

No ano de 1983, depois de muita luta, o movimento ‘pula-catraca’, or-ganizado pelos líderes estudantis na época conseguiram o subsídio do go-verno para a meia passagem. A con-quista ficou marcada na história e na memória de quem lutou por esse di-reito, a exemplo do historiador e pro-fessor universitário Romualdo Pessoa. “Foi um período de muitas lutas, de declínio do regime militar, de ascen-são do movimento estudantil e de re-constituição das entidades estudantis a partir de 1979. A demanda era muito grande em termos de reivindicações que nós tínhamos por conta do pouco trato que o regime militar tinha em relação à educação e, principalmente, à assistência estudantil. Imaginamos que a luta fosse fácil afinal era o pri-meiro governo eleito democratica-mente depois do regime militar, na época o governador Iris Rezende, mas descobrimos que o poder das empre-sas era maior”, afirma.

Para Romualdo, a conquista im-portante já não é mais suficiente. “A cidade cresceu, se expandiu muito. Muitos estudantes precisam se deslo-car de distâncias longas e muitas vezes pagar dois ônibus. O preço de uma pas-sagem de ida e volta dá para adquirir um texto que o professor pede para usar na sala de aula e muitas vezes alguns alunos não têm dinheiro para comprar o texto. O valor na época era bem mais em conta do que é hoje. Hoje está muito caro. As necessidades dos estudantes de hoje são as mesmas de antes, é restaurante universitário, recursos para a assistência estudantil, dar a possibilidade de deslocamento e

De acordo com o presidente do PCB e candidato a deputado estadual Fernando Viana o Pas-se Livre Estudantil faz parte da luta pelo direito à mobilidade, à educação, à cultura e ao lazer. “A cidade vem segregando aqueles que não têm dinheiro para circu-lar e, no caso dos estudantes, isso é triste, pois tira a possibilidade do estudante de ter acesso à es-cola. O acesso aos bens públicos de cultura, as bibliotecas, aos cinemas, depende, muitas vezes do acesso ao transporte e com o alto custo das tarifas o estudan-te acaba desestimulado a estas opções. O problema da meia en-trada é grave.A Lei diz que será cobrado 50% do valor da passa-gem para estudantes, mas a coisa é tão absurda que quem controla o acesso a esse direito é o sindica-to dos empresários do transporte (Setransp) e, na prática, eles limi-tam esse direito criando mecanis-mos ilegais, como a limitação do prazo para ter acesso a recarga da carteirinha”, diz.

Romualdo Pessoa, movimento pula-catraca dos anos 80 e Bruno Pena

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fritos (pode ser frito no microondas*)

Sal, pimenta do reino e noz-moscada a gosto

Modo de preparo

Cozinhe a batata e bata no liquidificador (espere esfriar um pouco) com metade do caldo. Reserve. Derreta a manteiga, acrescente a cebola e doure levemente. Acrescente a farinha, doure mais um pouco e vá incluindo o leite quente aos poucos até formar um creme. Acrescente o restante do caldo, a batata, o creme de

leite, as gemas, a pimenta, a noz e confira o sal. Bata novamente no liquidificador. Salpique o bacon por cima do creme. Sirva bem quente.

*Pique o bacon em quadradinhos. Coloque no fundo de um prato fundo duas folhas de papel de toalha, adicione o bacon, cubra com mais uma folha e leve ao microondas por uns 3 minutos, a partir daí, vá observado de minuto em minuto até ficar crocante. A grande quantidade de gordura fica toda no papel toalha, deixando o bacon mais saudável.

Um Estranho no NinhoUm marinheiro passou um ano navegando e quando volta, encontra sua esposa com um filho japonês no colo. Irritado, por nem ele nem a esposa serem japoneses, o marinheiro perguntou a esposa o que havia acontecido. Ela, calmamente lhe explicou:- Ele nasceu branquinho e sem os olhos puxados, mas como eu não tinha leite, uma ama-de-leite japonesa se ofereceu para amamentá-lo. Eu aceitei e ele ficou assim...Como o marinheiro não entendia nada de crianças, resolveu perguntar à sua mãe se era realmente possível acontecer uma coisa dessas. A velha, depois de escutar tudo, respondeu indignada:- É claro que é possível, meu filho! Quando você nasceu aconteceu a mesma coisa: eu não tinha leite, coloquei você pra mamar numa vaca e é por isso que você está chifrudo desse jeito!

Novo EscritórioAquele jovem advogado, recém-formado, montou um luxuoso escritório num prédio de alto

padrão na Av. Paulista e botou na porta uma placa dourada: “Dr. Antônio Soares - Especialista em Direito Tributário”.No primeiro dia de trabalho, chegou bem cedo, vestindo o seu melhor terno e sentou-se atrás de sua escrivaninha, cheio de empáfia e ficou aguardando o primeiro cliente. Meia hora depois batem à porta. Rapidamente ele apanha o telefone do gancho e começa a simular uma conversa:- Mas é claro, Sr. Mendonça, pode ficar tranqüilo! Nós vamos ganhar esse negócio! O juiz já deu parecer favorável! Sei... sei... Como? Meus honorários? Não se preocupe! O senhor pode pagar os outros 50 mil na semana que vem!... é claro!... Sem problemas!... O senhor me dá licença agora que eu tenho um outro cliente aguardando... obrigado... um abraço!Bate o fone no gancho com força e vai abrir a porta: - Pois não, o que o senhor deseja? - Eu vim instalar o telefone!

Choro Sem MotivoApós uma violenta batalha o exército volta ao alojamento.Um soldado que perdeu a perna não parava de chorar até que o

rigoroso general interrompeu:- Pára de chorar, imbecil! Não vê que de hoje em diante só vai ter que lustrar uma bota?

Relógios do CéuUm cidadão morreu e foi para o céu. Enquanto estava em frente a São Pedro nos Portões Celestiais, viu uma enorme parede com relógios atrás dele. - O que são todos aqueles relógios? - perguntou.- São os Relógios da Mentira - respondeu São Pedro. - Todo mundo na Terra tem um Relógio da Mentira. Cada vez que você mente os ponteiros se movem mais rápido. - Que legal! De quem é aquele relógio ali?- É da Madre Teresa. Os ponteiros nunca se moveram, indicando que ela nunca mentiu.- E aquele ali, é de quem?- É o do Leonardo da Vinci. Os ponteiros só se moveram duas vezes...- E o Relógio do Lula, também está aqui?- Ah! O do Lula está na minha sala.- Ué - espantou-se o cidadão. - Por quê?E São Pedro, rindo, respondeu: - Estou usando ele como ventilador de teto.

piadas palavras cruzadas

receita

Creme macio de batatas e bacon

LQGD

ISQUEIPO

F\USOIMPAR

TRAMAO\LE

AROSAM

EDUNCCI

ENROLAR

ACES\OS\OMEM

SOMGARO

MBANDR

APTOSOCA

ROLP/IAD

MANOBRADO

SABAZAR

Diretas CoquetelNível Simples NovatoEdição 88

Confira solução abaixo:

Ingredientes

K litro de leite quente integral

K litro de caldo de legumes ou de carne

700g de batatas 3 colheres de sopa de cebola ralada

1 colher de sopa cheia de manteiga

2 colheres de sopa rasas de farinha de trigo

2 gemas coadas 100 ml de creme de leite de caixinha

K xícara de bacon em quadradinhos www.BANQUETESELANCHINHOS.COM.BR

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Áries Touro Gêmeos Câncer

Possibilidade de ficar numa po-sição boa e desejada há tempos. Dê o melhor de si e evite atitu-des egoístas. Conhecerá pessoas úteis para novos projetos.

Capacidades e atributos estarão fortemente realçados. No setor sentimental terá atitudes acerta-das. Semana de muito trabalho, mas que será compensado.

Semana tranquila e tudo acontecerá sem danos. Na vida amorosa as relações estão muito regulares. No setor profissional as situações estão estáveis.

Terá algumas dúvidas, mas fará escolhas e definirá objetivos. No amor poderá viver uma semana intensa. No trabalho poderá ser acusado de pequenos erros.

Leão Virgem Libra Escorpião

Problemas tendem a surgir de vários campos. Tente falar com abertura sobre os problemas. No setor profissional aborde as coisas de vários pontos de vista.

Muitas decisões passarão pela sua mão, mas terá conhecimento e sabedoria. Boa hora para iniciar nova aproximação. Fase de grande esforço profissional.

Sem problemas em conduzir a vida de forma objetiva e eficaz. Faça alterações na sua forma de estar. Algumas situações podem esconder problemas inesperados.

Deve ponderar bastante antes de tomar decisões. Na vida amorosa, terá demonstrações de carinho. No setor profissional re-corra a pessoas com experiência.

Sagitário Capricórnio Aquário Peixes

Se sentirá lúcido e por isso não terá dificuldades em tomar deci-sões. Expresse sentimentos sem temer consequências. Lembre-se de suas responsabilidades.

Novas oportunidades e fortes capacidades de desenvolvê-las. Encare a vida de forma leve e conheça mais gente. No trabalho esteja atento para ver intenções.

Atue de forma suave e tranquila. No setor sentimental terá conta-tos bem sucedidos. No setor pro-fissional situações pouco claras não durarão muito tempo.

Conjuntura energética e positiva que o impulsiona a avançar. No amor seja fiel. No setor profissio-nal terá de lutar contra algumas situações difíceis.

horóscopo

saúde & beleza

A dançarina Gracy Kelly, a Mulher Maçã, afirmou em entrevista ao site de notícias sobre celebridades “O Fuxico” que sua gravidez de dois meses é fruto de um relacionamento com um famo-so ator da Rede Globo. Segundo fon-tes do site, a dançarina que, além dos enjoos, já teve alguns desejos como comer pão com leite condensado tem um relacionamento com um ator da novela “Escrito nas estrelas”. “Não quero revelar agora o nome dele pra não lhe causar transtornos. Mas ele amou a ideia de ser pai”, comemora.

A dançarina Adriana Bombom não vai mais receber a pensão no valor de R$ 12 mil por mês de seu ex-marido, o pagodeiro Dudu Nobre. Esta quan-tia era paga para cobrir as despesas de alimentação, estudos e atividades ex-tracurriculares das filhas, que por de-terminação judicial ficarão com o pai. De acordo com o jornal Extra, a Justiça decidiu que ela não tem direito à pen-são por já ter recebido 50% de tudo o que Dudu ganhou durante o tempo em que estiveram casados. Além disso, a dançarina tem duas fontes de renda.

variedades

Mulher Maçã está grávida de ator global Bombom perde pensão de músico Dudu

O humorista Chico Anysio deu en-trada no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, há duas semanas com um quadro de hemorragia digestiva. Ele já foi submetido a dois procedimentos cirúrgicos para retirada de parte do intestino grosso. O estado do ator che-gou a se complicar depois da primeira cirurgia, mas um boletim médico di-vulgado no fim da semana passada, in-formou que seu quadro segue estável, sem previsão de alta.

O ator Michael Douglas subita-mente começou a aparentar a idade que tem, 65 anos. O abatimento se deu porque ele descobriu que sua rou-quidão e a dificuldade em engolir era, na verdade, um câncer na garganta. Douglas está se mostrando bastante otimista com rádio e a quimioterapia, mas talvez seja necessária uma inter-venção cirúrgica para remoção do tu-mor, o que pode resultar na mudança ou até mesmo na perda da voz.

Katherine Jackson, mãe do faleci-do “rei do pop” Michael Jackson, anun-ciou que irá se divorciar do marido, Jo-seph Jackson. Katherine se recusava a pedir divórcio devido às suas crenças como Testemunha de Jeová, no entan-to, seu relacionamento com Joseph piorou após a morte de Michael. O pai do astro, deu declarações polêmi-cas, acusando indiretamente Katheri-ne pela morte do filho. Ela recebeu a guarda dos filhos do cantor.

Use sempre o protetor solarO protetor solar é extremamente importante na prevenção de rugas e cancros de pele. Parte da radiação solar, radiações ultravioleta A (UVA) e B (UVB) podem alterar a estrutura da pele e induzir a alterações na pele, que podem aparecer a curto prazo, como queimaduras solares ou manchas, e a longo prazo como o aceleramento do envelhecimento da pele. Essas consequências não são nada agradáveis para a beleza da pele. Apesar de estes cuidados, a falta de energia solar inibe a produção de Vitamina D.O protetor solar pode ser usado diariamente, ao contrário da maioria das pessoas que utilizam apenas para ir a praia ou clube. Todos os dias estamos expostos às radiações solares que prejudicam a pele e a deixam mais velha, podendo resultar em doenças.Quanto maior for o número do protetor, maior é o poder de protecção. O protetor solar deve ser aplicado entre 15 e 30 minutos antes da exposição solar, renovado a cada duas ou três horas, seguido de uma nova aplicação entre 15 a 30 minutos depois da exposição solar. Para prevenir os problemas, evite o sol sem o uso de protetor solar, use roupas adequadas, chapéus, bonés e óculos de sol. E para as pessoas que utilizam solários, devem se proteger de forma ainda mais intensiva, visto que estas estão submetidas a mais radiações.

Chico Anysio é internado sem previsão de alta

Ator Michael Douglas pode perder a voz

Pais de Michael Jackson se divorciam

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Materiais Ajuda de um adulto Folhas de papel cartão 1 tubo de cola 1 canetinha preta 1 compasso Novelos de lã colorida 1 garrafa pet grande

Como fazer1º passoCom o compasso, desenhe um círculo de 20cm de diâmetro. Dentro desse círculo faça outro, desta vez com 15cm de diâmetro. Recorte de maneira que forme uma argola.Repita esse passo diversas vezes, para ter um grande número de argolasQuem não tem compasso pode utilizar dois pratos em tamanhos diferentes para fazer os círculos.

2º passoFaça várias argolas e cole-as de três em três, para que fiquem bem firmes e durinhas.

3º passoPasse um pouco de cola dos dois lados das argolas e enrole a lã colorida.

4º passoEncha a garrafa pet com água para que ela fique pesada e não saia do lugar enquanto você estiver brincando.

FONTE: UOL CRIANçAS

Jogo de argolasfaça você mesmo para colorir

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Ensaio fotográfico por Hevelyn Gontijo

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O trânsito em Goiânia tem regis-trado altos índices de mortes. O mais comum deles é o homicídio culposo, causado pela negligência. As mulhe-res se envolvem menos em acidentes fatais. No ano passado, em um uni-verso de cerca de 500 ocorrências, apenas uma envolvia mulher. A mu-lher morre na condição de passageira e as maiores vítimas entre os pedes-tres são crianças e idosos. De acordo com a delegada da Dict (Delegacia Es-pecializada em Investigações de Cri-mes de Trânsito em Goiânia), Edilma de Freitas, o crime de trânsito é cul-poso, ou pode ser encaixado na mo-dalidade do dolo eventual. “A pessoa dirige de forma tão temerária, que mesmo não sendo voluntário e dire-cionado para aquele fim, ele aceita esse risco quando acaba andando em alta velocidade, dirigindo na contra-mão ou embriagado, podendo matar alguém”, diz.

Para esse tipo de ocorrência, a justiça ainda é morosa. A região Sul do Brasil tem levado mais pessoas a júri, mas o número de condenações ainda é pequeno se comparado a ou-tros países onde o crime de trânsito é levado muito a sério. “É um índice alto de mortes. Até o ano passado eu tinha um número menor de óbitos no trânsito, agora aumentou, princi-palmente os fatos atípicos. Um exem-plo seria a pessoa que está embriaga-

da, pega uma moto e vai de encontro a um poste ou muro, ou cai”, afirma. De acordo com a delegada, 70% dos óbitos são de motociclistas jovens, com idade entre 25 a 35 anos. “O jo-vem tem a sensação de ser invulnerá-vel, que não acontece com ele, como se a juventude fosse um escudo, mas não é. Eles são mais imprudentes, mais ousados principalmente na ve-locidade. E velocidade, motocicleta e bebida alcoólica é uma combinação fatal”, pontua.

Para Edilma, o trânsito reflete a educação de um povo. “O brasileiro é mal educado no trânsito, ele não respeita o pedestre, nem o idoso, não respeita o meio ambiente e não res-peita a autoridade. Uma pessoa que é educada para na faixa, espera a pes-soa que tem dificuldade de locomo-ção fazer a travessia, não é mal edu-cada de ficar buzinando e assustando as pessoas. O que está faltando é jus-tamente educação. Porque mesmo em vias largas e bem sinalizadas nós temos acidentes, resultado do desres-peito à velocidade máxima”, ressalta. Mas nem sempre o pedestre é vítima. “Tive um caso aqui que eu indiciei o pedestre porque ele matou o mo-tociclista. Ele entrou de uma vez na via passando entre os carros, o moto-ciclista assustou, perdeu o controle, bateu na árvore e perdeu a vida. A gente grita só pelos nossos direitos e esquece de cumprir nossos deveres”, afirma a delegada.

Mais de 90% das causas de aciden-tes está na condução do veículo de forma equivocada, afinal o acidente só ocorre quando alguém transgride a lei. “Toda a engenharia de tráfego tem um estudo e se todos respeita-rem a lei o trânsito tem aquela flui-dez normal, sem colocar em risco os usuários. Agora desrespeito à prefe-rencial, o avanço ao sinal vermelho, trafegar em velocidade superior, cortar pela direita, fazer ultrapassa-gem pela direita, ou seja, cometer qualquer infração de trânsito é uma quebra da harmonia e coloca em ris-co essa segurança. Então o problema está no motorista e seu desrespeito à legislação”, finaliza.

Homens cometem maioria dos crimes de trânsito

JMT consegue acordos em 80% dos acidentes

Criada em outubro de 2000 e, em ação desde novembro do mesmo ano, a JMT (Justiça Móvel de Trânsito) é uma parceria entre a AMT (Agência Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade) e o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, cujo objetivo é pro-mover a conciliação entre as partes en-volvidas em acidentes sem vítimas. “Já estamos há 10 anos em atendimento das segundas às sextas feira, das 7 às 18h para acidentes sem vítima e não havendo veículos oficiais também. Isso porque a pessoa machucada não tem condições físicas ou até psicológi-cas para fazer um acordo”, afirma o co-ordenador técnico da JMT, José Simões de Melo Júnior.

A base é acionada pela AMT atra-vés do número 0800 6460118 ou dire-tamente pelo 3261-9077. São quatro viaturas que contam com o apoio de um motorista, um conciliador e um agente da AMT por veículo. O primei-ro passo é a confecção do Boletim de Ocorrência feito pelo agente da AMT e as fotografias para colhimento de provas. O conciliador chama as par-tes para dentro do veículo e tenta um acordo através de diálogo. Caso tenha sucesso, o acordo não-obrigatório é transcrito para o papel e homologa-do pelo juiz competente do 4º juiza-do especial cível. “O processo normal duraria de 30 a 45 dias para marcar a audiência de conciliação, e se não tiver sucesso, é marcado um julgamento e aí não temos como colocar o prazo”, afirma José Simões.

A JMT atende 50% dos acidentes sem vítima de Goiânia, o que chega-ria a média de 15 a 25 acidentes por dia e, em 80% dos casos, o acordo é feito. Para o coordenador, a concilia-ção sempre é o melhor caminho. “Ela

está sendo mais introduzida na vida do brasileiro. Na nossa cultura temos a questão de que só a gente ganha, que não podemos abrir mão de nada. E a cultura da conciliação tem que ser co-locada”, pontua.

A conciliadora Uisnaia Coelho afir-ma que o acidente está muito relacio-nado com o estado da pessoa naquele momento. “A gente percebe também que quanto menos avaria, é o que te-mos mais dificuldade para resolver. Atendemos um acidente com três veí-culos e as pessoas estavam totalmente tranqüilas, o senhor que estava errado assumiu a responsabilidade e ninguém tinha seguro. O prejuízo dele foi gran-de, mas foi muito tranqüilo”, explica.

De acordo com Usinaia, as mu-lheres são mais estressadas. “É muito mais difícil. Atendemos uma ocorrên-cia com duas mulheres muito estressa-das, quase se engalfinhando. Eu noto que quando se trata de acidentes, as mulheres são mais estressadas, são mais apegadas ao bem material. Os homens batem mais, mas são mais fle-xíveis para negociar. A gente tem que ser maleável, mas tem que se impor para não deixar que as partes iniciem uma discussão que possa levar a uma agressão física. Temos que ter essa per-cepção, tem que gostar do que faz e ter muita paciência”, finaliza.

crimes justiça móvel

José Simões Uisnaia Coelho

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O Clube da Lambretta de Goiás ainda não existe oficialmente, mas os lambretteiros de plantão já estão se organizando há cerca de um ano para crescer, dividindo essa paixão. Arnaldo Ruiz, maior organizador e entusiasta, tem sete delas, entre vespas e lambret-tas. Hoje são 60 sócios contribuintes, mas apenas 15 participam mais ativa-mente. O grande diferencial do clube é que, a cada passeio, as doações arreca-dadas são repassadas para instituições. Hoje, os principais beneficiados são a Acep (Associação de Amparo a Crian-ças e Adolescentes Portadores de Ne-cessidades Especiais) e o Cevam (Cen-tro de Valorização da Mulher).

“Em nosso último passeio foram 44 lambrettas para Trindade. Todo

passeio a gente procura a proteção da polícia. Quando é aqui dentro, a gen-te procura a AMT e quando estamos nas GOs, quem nos ajuda é o Batalhão Rodoviário. No início nós saíamos e não preocupávamos em pedir ajuda. Não dá, as pessoas não respeitam e na lambretta a gente não tem aquela agilidade. E mais, são 15 lambrettas, a primeira passa no farol, a última não”, conta Arnaldo.

Em Goiânia, apenas duas oficinas e uma loja de peças trabalham com lambrettas. “A gente tem poucos me-cânicos. Essas dificuldades é que dão o

gosto de ligar ela e funcionar redondi-nha. Para quem quer entrar no clube já sabe, pode procura as duas oficinas ou a loja em Campinas onde tem o pes-soal. E agora também tem nosso site [www.lambrettas.com.br], onde aluga-mos elas para eventos e o dinheiro que a gente arrecada com o aluguel é todo doado. Eu sou representante de carri-nhos de bebê, então eu tenho acesso a todas essas lojas de roupas e o pessoal já sabe: se tem uma roupinha que veio com defeito e a fábrica não troca ou um carrinho de bebê estragado sem as-sistência, o pessoal me repassa e com

as minhas peças eu arrumo, aí quando tem um evento a gente doa tudo. O le-gal também é que no Cevam, eles re-distribuem as doações excedentes que eles recebem”, conta.

Lambretta: paixão solidária que demanda paciência e perseverança

Goiânia receberá a Copa do Brasil de bicicrossNas últimas semanas, a pis-

ta de bicicross de Goiânia rece-beu uma reforma para adequá--la aos padrões exigidos pela Confederação do campeonato para receber a Copa Brasil de Bicicross, nos dias 10, 11 e 12 de setembro, no Parque Bota-fogo. A prova, que será válida para o ranking nacional, terá a presença de cerca de 300 a 400 atletas de todos os lugares do

Brasil. “A competição exige que a pista seja asfaltada e que se tenha obstáculos maiores, em função disso estamos aumen-tando os obstáculos de 4m para 6 a 7m”, afirma o responsável pelo departamento de bicicross da FGC (Federação Goiana de Ciclismo), Rony. São 15 catego-rias de competidores no campe-onato goiano e 42 no nacional.

Essa é a única pista em Goi-

ânia, mas no entorno como Anápolis, Senador Canedo e Aparecida de Goiânia também existem pista para treinamen-to dos atletas. A bicicleta usada hoje é adequada porque não é qualquer bicicleta que aguen-ta as provas. “Hoje o equipa-mento de segurança também é muito importante. A gente não deixa usar a pista sem es-ses equipamentos, principal-mente o capacete, aquela cal-ça que motoqueiro usa e nós usamos também, joelheira e cotoveleira”, diz Rony. Hoje uma bicicleta para quem quer começar no bicicross gira em torno de R4 1200 a R$ 7000, e são importadas.

A FGC hoje conta com nove bolsas no valor de R$ 500 e mais cinco de R$ 750, que são repassadas para os atletas nos

rankings estaduais e nacio-nais, respectivamente. “Temos vários atletas com ranking na-cional. Não é muita coisa não, mas já é um incentivo para eles continuarem treinando”, afirma o coordenador. Quanto aos acidentes, o que acontece mais são os ralados e as fratu-ras são menos comuns, mas toda prova acontece algum acidente porque o bicicross é um esporte de contato.

Em outras cidades, as com-petições sempre atraem um grande publico, causando até dificuldades para a organiza-ção. “Aqui em Goiânia é conhe-cido, mas como tem muitos eventos a gente não tem tanto público”, explica Rony. É preci-so mais divulgação do esporte, visto que já existe um apoio da prefeitura e do estado.

motoclube

esporte

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