jornal do centro - ed557

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 16 pág. 17 pág. 21 pág. 23 pág. 26 pág. 28 pág. 30 pág. 33 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > SUPLEMENTO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 16 a 22 de novembro 2012 Ano 11 N.º 557 1,00 Euro Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreira Novo acordo ortográfico Carlos Marta, CIM Dão-Lafões A inter- municipalidade no distrito de Viseu Publicidade Publicidade Publicidade | páginas 6 a 9 António Borges, AM Vale Douro Sul Paulo Neto

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Jornal do Centro - Ed557

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Page 1: Jornal do Centro - Ed557

| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02

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pág. 33

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> SUPLEMENTO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário16 a 22 de novembro 2012

Ano 11N.º 557

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Novo acordo ortográfico

∑ Carlos Marta,

CIM Dão-Lafões

A inter-municipalidade

no distrito de Viseu

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licid

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licid

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Pub

licid

ade

| páginas 6 a 9

∑ António Borges,

AM Vale Douro Sul Paul

o N

eto

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praçapública

palavrasdeles

rA dinâmica de desen-volvimento tem sido transversal a todos os municípios e é indiscu-tível que a nossa região cresceu, desenvolveu-se e fruto de um conjunto sig-nificativo de investimen-tos privados em vários setores empresariais, está a conseguir melhor que outros, responder à crise”

Carlos MartaPresidente da CIM Dão Lafões, em entrevista ao Jornal do Centro

rQuero falar-lhe sobre a extinção de freguesias [...]. Há um pai e não é incógnito: é Miguel Rel-vas. O senhor ministro tem todo o direito de mistificar a sua vida, a sua realidade (legalmen-te), mas a nossa vida, a nossa realidade, a das autarquias e a dos por-tugueses não”

Acácio PintoDeputado (Intervenção durante a audição do ministro adjunto e dos assuntos parlamentares, Miguel Relvas, 13 de novembro)

rDeveria existir tri-butação no território de origem onde o pro-veito ou o rendimento é gerado, independen-temente dos agentes envolvidos”

António BorgesPresidente da AM Vale Douro Sul, em entrevista ao Jornal

do Centro

r A ADDLAP dis-põe de cerca de 14,6 milhões de euros, para aplicar no seu terri-tório. Em 2011, movi-mentou cerca de 400 mil euros, relativos a percentagens dos programas referidos e outras receitas resul-tantes das quotas dos associados”

Guilherme AlmeidaPresidente da ADDLP, em declarações ao Jornal do Centro

Os cogumelos afirmam-se como um ali-mento saudável, de baixo teor calórico, ricos em proteínas, hidratos de carbono, sódio, fi-bras, com poucas gorduras e de fácil diges-tão, sendo uma alternativa em relação aos alimentos de origem animal. Há quem opi-ne que, em geral, os cogumelos apresentam duas vezes mais proteínas do que os espar-gos ou couves; quatro vezes mais do que as laranjas e doze vezes mais do que as maçãs.

Para além dos cogumelos silvestres, exis-tem cerca de 25 espécies principais cultiva-das comercialmente, das quais se destacam, por serem mundialmente consumidas: o Champignon de Paris (Agaricus), o Shiitake (Lentinula edodes) e várias espécies de Pleu-rotos (Pleurotus spp.).

Sabe-se do seu consumo desde sempre, merecendo destaque na confecção de igua-rias requintadas.

Os egípcios pensavam serem um presente do Deus Osíris e os Faraós utilizavam-nos como presente especial.

Eram o “manjar dos deuses” para os anti-gos romanos. O Imperador Júlio César ido-latrava-os, especialmente a uma “amanita” que ficou indelevelmente com o seu nome

– Amanita caesarea (cogumelo-dos-césares, amanita-real ou amanita-dos-césares) - e por isso consumidos apenas em ocasiões especiais.

Na Grécia antiga, os guerreiros gregos acreditavam que os cogumelos os dotavam de força e coragem.

Os chineses chamavam-lhe o “elixir da vida” (sabendo que poderia ser, também, o contrário).

Nos rituais religiosos (e dolorosíssimos) os índios mexicanos utilizavam-nos como alu-cinógenos, psicotrópicos e analgésicos.

Há fundados receios no que respeita ao consumo de cogumelos. São fungos e, como tal, capazes de se mutarem. O nosso famoso míscaro (noutras zonas míscaro refere-se a outra variedade) e que dá pelo nome científi-co de “tricoloma equestre” está classificado como espécie susceptível de mutação, tóxi-co e de provocar, consequentemente, a mor-te. Afirma-se, hoje, nalguns círculos, que o consumo excessivo de míscaros (várias re-feições por semana) pode provocar graves

lesões no tecido muscular. Detectados casos mortais atribuídos ao consumo do Tricolo-ma Equestre, o seu comércio foi proibido em Espanha e França. Nós, por cá, temos enco-lhido os ombros e, como os gauleses do As-térix, esperamos que o céu não nos caia em cima. Mas fechar tascas de qualidade, isso já pode ser !!!

Com algumas variedades são merecidos os maiores e mais avisados cuidados no que respeita á sua colha, selecção e, inclusive, à forma como se consomem. Embora não fazendo parte da panóplia conhecida pela maioria de nós, há casos curiosos pelas res-trições que se impõem, quer na sua prepara-ção, quer no seu acompanhamento.

Dois exemplos disso são duas variedades, comuns entre nós, mas pouco usadas no con-sumo.

Uma, muito semelhante ao nosso tão vul-gar quanto amado tortulho (aliás frade, fra-dinho, gasalho, centieiro, púcara, cugordo, marifuso, rócula, roca, parasol) e que é co-nhecida por “coprinus comatus” é refinada no sabor e aroma. Mas, não se pode acompa-nhar com álcool. Torna-se num veneno que, embora possa não causar a morte, provoca graves distúrbios intestinais e uma intoxi-cação altamente debilitante. Aparece fre-quentemente em áreas fortemente ricas em matéria orgânica (estercos) e daí a origem do seu nome; “ coprus” do grego, que signi-fica esterco.

A outra é constituída pelas “morchelas”. Re-quintadíssimas na gastronomia, só podem ser consumidas depois duma cocção de, pelo me-nos, 15 minutos. Consumidos crus provocam cólicas intestinais fortíssimas e concomitan-te desarranjo.

De entre as inúmeras variedades de cogu-melos existentes, a maioria é comestível, sa-borosa e nutritiva, havendo-os venenosos (mortais ou não) outros com propriedades medicinais, curativas e até afrodisíacas.

Recomenda-se:1. Para evitar a sua extinção:

- Não destruir as espécies que não se co-nhece;- colhê-los com um corte pela base e nunca

por arrancamento;- deixar intactos os exemplares mais tocados

pelo amadurecimento.2. Na recolha:

- Não usar saco de plástico e, sempre que possível um cesto em verga (arejado);- apanhar somente os exemplares de cores

mais firmes, sem manchas ou estando mo-les;

- Tentar, na cesta, colocar cada espécie em seu sítio;- Apanhar unicamente aqueles que temos a

certeza absoluta sobre a sua espécie ou qua-lidade.

3. No consumo:- Saber ser importante não tomar como váli-

do um certo número de crenças na avaliação dos exemplares. Assim, a história do escure-cimento da colher de prata ou do alho ao co-zinhar, ou mesmo de dar ao cão, aguardando o resultado, são de rechaçar liminarmente;- Comer só, e só, aqueles que conhecemos

bem ou que nos forem recomendados/autori-zados por quem, de facto, saiba “da poda”.

Usados como veneno têm dado origem a lendas como a do homem que tendo ficado viúvo três vezes foi questionado sobre as mor-tes das mulheres ao que respondeu:-as duas primeiras morreram com cogume-

los venenosos.-E a terceira?- Com uma paulada. Não queria comer os

cogumelos!

Pedro Calheiros

Cogumelos no campo e na mesaOpinião

Jornal do Centro16 | novembro | 2012

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

O que signifi capara si Aquilino Ribeiro?

Importa-se de

responder?

Representa uma mais valia para o nosso distrito pelo es-critor que era.

Apesar de não conhecer muito da sua obra penso que foi um escritor muito reconhecido e que valoriza o nosso dis-trito.

Para mim significa as leituras de outros tempos... Hoje em dia já não leio muito mas antigamente, Aquilino Ribeiro, fez parte dos escritores que apreciava bastante.

Não é dos escritores que mais admire mas é, sem dúvida, uma figura ilustre do distrito de Viseu.

Maria de Fátima Correia Assistente operacional de ação

educativa

Zilda MatosAssistente operacional de ação

educativa

Manuel dos SantosComerciante

Rafaela OliveiraEstudante

estrelas

José CostaVice-presidente do IPV

As terceiras conferências do Douro Sul apresentam-se com um elenco de luxo. Miguel Macedo, Augusto Mateus, António Barreto, Elisa Ferreira, Ilda Figueiredo, José Manuel Fernandes, Diogo Feio e os autarcas que integram a associa-ção. A expetativa é grande.

Filipe MoreiraTreinador do Académico

de Viseu

números

75.000É o número de pesso-

as com diabetes que exis-tem na região Centro e são acompanhadas pelas equi-pas de Cuidados de Saúde Primários.

António BorgesPresidente da AMVDS

Com votos de maior permanên-cia no clube e melhores resulta-dos, chega Filipe Moreira, numa sucessão de treinadores ao longo das últimas épocas.

A Infantuna, na comemoração dos 21 anos, apresenta-se com um espetáculo solidário em que cada participante faz uma doação à Cáritas Diocesana de Viseu.

… que eu já nem sei bem como se escreve havia de ser uma con-fiança no futuro ou uma disposi-ção para entrever o lado bom das coisas.

Era. Extinguiram-se os otimis-tas como o lince da Malcata. Até no governo, sempre chocadeira de tal estado, a má cara dos atores vai mostrando que o filme nem é comédia nem de aventuras. É uma tragédia na qual o herói é o povo que luta contra um fator desmesu-rado que conduz a um fatal desti-no, que também é fado, tão ao gos-to da desgraça lusitana.

Os nossos Ésquilos, Eurípides e Sófocles chamam-se hoje Borges,

Gaspares e Moedas e assemelham-se a uma mungidoira eletrónica li-gada aos flácidos úberos nacionais e, por falta de seiva, direcionados também para as artérias, veias e capilares.

Uma avidez sem nome e sem memória. O catastrófico é que es-tes dadores à força que hoje so-mos todos nós, pele e osso, car-teira vazia e esperanças emigra-das, começam a perceber que a colheita nem tem fim, nem solu-ção visível. Sabemos hoje que pa-gámos as loucuras de bancos que aforraram os alforges dos amiga-lhaços; que esses bancos foram vendidos ao desbarato a especu-

ladores estrangeiros; que liquida-mos as arquimilionárias dívidas das PPP’s; que somos o alimento vital para os desmandos de ma-nadas de políticos que, à sombra de uma aparente incompetência – sempre é menos gravoso que ou-tra coisa – têm o condão de sugar tudo onde tocam.

Lembro-me da História e de o Marquês de Pombal ter ordena-do a salga das terras dos Távoras, Alornas e Atouguias por supos-to envolvimento no atentado a D. José, em 1758. Também estes que nos governam, depois de levarem tudo, deixam um rasto de sal para a infertilidade, para que não nos

possamos mais reerguer, espinhe-la partida, regressados à horizon-talidade não da subserviência, mas sim da total paralisia.

Esvaziados de tudo, cedemos à depressão, perdemos o riso e cai-nos da boca o sorriso. Se éramos um povo melancólico tornámo-nos um povo triste e, pior do que isso, um triste povo.

À noite, quando à cama nos re-colhemos, já nem a longínqua hi-pótese de um sonho bom nos aco-de. Sabemos que a noite é negra e se houver luz para além desse ne-grume é para alumiar o pesadelo.

Trágico destino… tais açouguei-ros.

Otimismo…Opinião

Sofia [email protected]

Jornal do Centro16 | novembro | 2012

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

1. 4 mil milhões… De cada vez que este governo se propõe redu-zir as “gorduras do Estado”, lá vem mais um saque à bolsa de todos nós. Nas parcerias público-privadas não mexe; o BPN foi o sugadoiro sem fundo que nós pensamos que sa-bemos mas do qual ignoramos a dimensão da verdade; as sinecu-ras criadas para gratificação dos seus diletos servidores são contí-nuas e inesgotáveis. Para o cida-dão comum, tem lá uns “einestei-nezinhos”, decerto pagos a peso de oiro, para cada dia apresentarem uma nova e original “gordura”. Até já os mortos são penalizados… até já os casais desempregados vão pa-gar novo imposto… Entretanto, a economia definha, o desemprego aumenta, as insolvências sucedem-se, os jovens partem e a desgraça

desmesura-se.2. O criminoso que jogou na Bol-

sa e perdeu 1,5 mil milhões de euros da Segurança Social já foi identi-ficado, julgado e preso? É mui-to improvável. Se fosse um cida-dão desempregado a apropriar-se indevidamente de 15 euros, já esta-ria atrás das grades.

3. Sábado 10 assisti a uma cena que me deixou perturbado. Uma senhora na casa dos 30 anos esta-cionou, sem hesitar, o seu automó-vel num lugar para deficientes. Saiu do carro, elegante, ágil e saracotea-da, do alto dos seus saltos pontiagu-dos, abriu a porta a uma criança de 8 ou 9 anos e lá marcharam para o café mais próximo. Logo de segui-da, chegou um cidadão portador de deficiência motora, com o seu veí-culo especial. Viu o seu lugar ocu-

pado. Deu três voltas ao quarteirão. Lá acabou por encontrar um sítio a mais de 50 metros da porta da re-sidência, à qual chegou com difi-culdade, um ar abnegado no ros-to, apesar da dificuldade com que percorreu aquela distância. Entre-tanto, a “madama” saiu do café, te-lemóvel na orelha, entrou no carro e arrancou com a naturalidade dos “habitués” da prevaricação. Deu uma boa lição de civismo e cida-dania à jovem que a acompanhava, provavelmente sua filha. E revelou, ali, a falta de educação, dignidade, princípios, solidariedade e respei-to que as roupas caras e o veículo ostensivo que conduzia não con-seguiram disfarçar, antes ecoando o egoísmo do ato tão leviana e li-geiramente praticado. Neste caso, uma multa pesada, a doer, talvez

Editorial Epá, lipoaspira-me os ossos!

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

Em Junho de 2008, a Branca, cadela matriarca da minha matilha, pariu um cachorro maioritariamente preto. Es-tando habituada a que as cores predo-minantes das ninhadas fossem o bran-co, bege ou castanho, aquilo soou-me a uma espécie de presságio, pois era o ano de lançamento da candidatura de Barack Obama à Casa Branca. As elei-ções só seriam em Novembro, mas eu

decidi mesmo assim chamar o cachor-rinho preto de Obama, certa e espe-rançosa da vitória do outro. Esta certe-za e esta esperança deviam-se a quê? A uma profunda vontade de que algo mudasse na nação mais poderosa do mundo, aquela que apesar disso apenas trabalha em função dos seus poderes e interesses capitalistas, encabeçados normalmente por companhias petrolí-

feras e de outros recursos naturais, que vão sugando países e povos. A Terra da Oportunidade é aquela que não reduz as suas emissões poluentes, não assi-nou o Protocolo de Quioto, marca pre-sença em todas as cimeiras sem nunca tomar posições corajosas e decisivas, não tinha sistema social de saúde, em-preende guerras, fornece armamen-to, e a meu ver tem também um grave

Obamas

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596

[email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoRua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP 3500-680 Repeses, ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Fernando [email protected]

Miguel Sousa Tavares, na sua última crónica de opinião, no semanário Ex-presso, afirmava a rematar que (...) “por pior que seja a opinião sobre o Governo de Passos Coelho, não há, entre os portu-gueses, nenhuma pressa ou desejo inten-so em vê-lo substituído por um de Antó-nio José Seguro: acreditem que não há.” Acontece que se conhecesse a ideia que um outro Miguel, este mais concelhio e menos aconselhado, vincula na 5 de Ou-tubro, junto dos apaniguados das outras duas famílias que com a dele, e para in-

fortúnio dos socialistas, constituem o PS Viseu, por certo que não se atrevia a dar forma a tais palavras. Não o posso assegurar, como calculam, mas atento à postura da oposição, cá do burgo, é altamente provável que nesta fase es-teja melhor definida a lista dos futuros candidatos a deputados do que o nome a apresentar para candidato à cadeira de Fernando Ruas. A prova mais recente e evidente desta possibilidade deriva do facto de numa semana em que a oposi-ção deveria ter colocado ao Executivo a

necessidade de clarificar as noticias vin-das a público sobre situações de concur-sos públicos viciados ou de escolas com deficiências na alimentação a crianças nem uma linha ou um minuto perderam com tal exigência política, cívica e até moral. O vazio e inércia, que Lúcia Silva criou na concelhia, foram aproveitados pelo candidato a candidato Fernando Cálix, ao questionar, ainda que sem le-gitimidade politica mas como cidadão, essa mesma realidade. Num momento de lucidez, Cálix, encostou literalmente

Vai uma aposta?

Opinião

Opinião

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

“Não-há-alternativa” - os governantes gostam desta quase-palavra e as/os que defendem a manutenção das coi-sas também. Não porque achem que “está tudo bem”, mas porque é o que conhecem.

Se outras coisas não conhecemos que não a corrupção, o compadrio, o clientelismo, a injustiça e o demérito, neste mundo sabemos viver. Não é di-fícil, pois sabemos o que nos espera – ou nos inserimos numa estrutura ten-

tacular definida, em simbiose com este polvo pérfido ou… esperai, já me es-quecia - não há “ou” porque “não-há-alternativa”.

“Não-há-alternativa” é o primeiro de muitos eufemismos que encabeça o prontuário da austeridade e talvez seja o mais poderoso de todos eles, mes-mo contando com a própria “austeri-dade”, uma suavização simpática de “morte”.

Se não-há-alternativa, não temos cul-

pa de estar a contribuir, com uma reve-rência monástica, para a proliferação deste molusco insaciável. Não o faze-mos directamente, longe disso. Dei-xamos isso para quem consegue dor-mir à noite com coisas que a nós nos deixam os cabelos em pé. Nós apenas fechamos os olhos, porque não-há-al-ternativa.

Não há alternativa a uma partidocra-cia que todas/os reconhecemos como penosa, porque se não houver quem

A alternativa à culpa

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

fosse a única forma de educar esta “ig-norância”.

4. Os combustíveis vão subir de novo, brevemente. Não consigo entender como é possível este aumento constan-te quando as petrolíferas, a cada semes-tre que passa apresentam relatórios de contas com lucros crescentes de mi-lhões; a entidade reguladora acha nor-mal; o Estado, esse, assobia para o ar, de mãos nos bolsos. É que 50% do valor de cada litro que esportulamos revertem para os seus cofres rotos.

5. O automobilista português é uma das vítimas mais exploradas pelos im-postos. Paga dos veículos mais caros da Europa – apesar dos salários serem dos mais baixos; paga um IUC – Imposto de Circulação que é uma aberração fiscal e todos os anos aumenta; paga portagens caríssimas nas ex-scut’s; paga um IVA elevadíssimo; depois é-lhe sacado ain-

da um IA – Imposto Automóvel – ver-dadeiramente absurdo e… por aí fora, sempre a rolar! É por isso que, ao con-trário das previsões governamentais (esses génios de gabinete!), as receitas

fiscais estão a diminuir drasticamente, fruto de uma quebra de vendas no setor da ordem dos 50%.

6. Fui a uma farmácia comprar um medicamento vital para uma idosa

que vive comigo. Não havia. “Que es-tava esgotado” – respondeu a menina da bata branca com um ar simpático e constrangido. Porém, será outra a re-alidade: deixaram de ter medicamen-tos em stock para além dos mais tri-viais. “Volte amanhã, que vou já en-comendar!”

7. Por motivos profissionais, jantei esta semana com dois cidadãos estran-geiros num dos mais frequentados res-taurantes da cidade de Viseu. Daqueles que há meses estavam sempre cheios. Havia mais empregados que clientes. O aumento do IVA de 11 para 23% na restauração está a matar, também, len-tamente, este setor económico. Des-pedem-se funcionários, fecham-se as portas, perdem-se referências turísti-cas preciosas…

8. E quando é que o Relvas vai estudar para a Sorbonne?

complexo de grandeza. A nação que mais gasta em investigação científica é aquela que em mais de 50% das suas escolas adoptou como teoria da evolução humana o Criacio-nismo e admite a Cientologia nas suas aulas (?) É definitivamente alarmante. Mas nesse ido ano de 2008 a esperança surgiu em tons escuros, gostei logo da figura, gostei do sor-riso, da coragem, e porque não dizê-lo, até gosto dele porque é preto! Porque represen-

tava a tal da oportunidade, a oportunidade de vermos nesta nação algo diferente, algo que lembrasse Kennedy ou Luther King (prefiro o último). Obama ganhou, e não decepcionou, até teve direito a Prémio No-bel, mas para mim o mais relevante foi mes-mo a sua luta pelo serviço social de saúde, a coragem e esforço que empreendeu contra uma das questões mais delicadas da política americana. Também trouxe soldados para

casa, e capturou o homem mais procurado de todos os tempos. Mas chegada a altura de se candidatar novamente, pasmei com as sondagens. Como poderiam os america-nos pensar em andar de cavalo para burro? E pensaram, pensaram até ao último momen-to! Mais uma vez este povo me desiludiu, aquele que rivalizava com o perfeito ébano achava que os aviões deviam dar para abrir as janelas (!?!) só para lembrar uma das mui-

tas esplendorosas tiradas e opiniões do rival. Mas o mundo lá suspirou de alívio! O meu Obama, tímido, inseguro, mas muito meigo, passa indiferente a tudo isto, não sabe que carrega um nome que vai ficar para sempre na história. O Obama do resto do mundo, é destemido, seguro e quer ficar na história. Durante mais 4 anos a esperança tem a cor preta, e acreditamos num futuro mais “cla-ro” e mais verde.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

a líder concelhia às cordas obrigando-a a de-finir-se quanto às suas escolhas, se é que as tem, sobre as próximas autárquicas. Isolada a nível distrital onde terá sido politicamente humilhada, ignorada a nível concelhio onde cada intervenção pública só serve para de-monstrar a sua total inépcia política, Lúcia Silva já nem chega a ser a aplicação prática da Lei de Murphy pois há muito que ultra-passou o seu limiar de incompetência. Para lhe dar resposta, o que diz bem do seu valor como líder partidária, vem a terreiro o seu adversário político de igual dimensão e valor,

Guilherme Almeida. Fernando Ruas, conhe-cedor da postura amorfa da vereação da opo-sição que Lúcia Silva deveria coordenar, ao dar resposta pela voz de um fraco subalterno consegue menorizar e até nalguns casos ri-dicularizar a intervenção opositora. A actual líder que já no mandato anterior viu os seus vereadores desertarem um após o outro e em campanha se mostrou com disposição para cortar com esse passado, mas que no presen-te acolhe os mesmos conselheiros mais preo-cupados com a manutenção de certos status quo do que com o dever de servir os cidadãos

e viseenses, tem esquecido a necessidade de acompanhar, criticar e propor alternativas à gestão municipal. Uma oposição muito fra-ca, quase inexpressiva, inevitavelmente re-sulta em pouca fiscalização e acompanha-mento sobre o que o Executivo faz ou deixa de fazer. Esquece-se ainda Lúcia Silva que o esvaziamento da oposição tende a unificar o discurso político, acabando com a neces-sária representatividade. Tal facto será mais gravoso para Viseu tendo em conta o que acontece no momento com o CDS Viseu. A democracia é o contraditório, já Lúcia Silva é

apenas contradição! Uma oposição fraca só contribui para sustentar e manter um fraco Executivo, este último mandato de Fernan-do Ruas faz prova disso. Como poderia ser o melhor de sempre se a líder da oposição simplesmente não existe politicamente? Só um milagre fará com que este mandato de Fernando Ruas seja de facto o melhor, mas quase apostaria que só a hecatombe que se avizinha nas próximas autárquicas mostra-rá aos militantes e aos viseenses o valor des-ta liderança de Lúcia Silva. O que diz o meu caro leitor, vale a aposta?

dê corpo ao polvo, que será de nós? Não há alternativa a um pacote de austeridade. Não há alternativa se não calarmo-nos porque o polvo expulsa-nos e isso é a morte.

É certo que se o polvo nos expulsar, a cada um/a de nós individualmente, morremos. O polvo tem tudo – o acesso à água, à distribui-ção da comida e cuidados de saúde. Só por isso é que alinhamos, juramos à noite. Só por isso nos sujeitamos, nos vendemos, nos calamos, nos vendamos, nos apagamos. Só

por isso abdicamos da nossa coluna verte-bral, e caímos, como vermes, aos pés deste molusco. E a culpa de todas as pessoas vi-rem a conhecer a miséria ou a morte seria nossa. Eis o discurso da “não-alternativa”: ninguém quer ser cúmplice da queda de um país. O discurso da “não-alternativa” é um discurso de culpa.

Discurso de culpa foi, também, o da Pre-sidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet. Apesar de não passar de um

chorrilho de banalidades constantes do prontuário da austeridade, um coro de in-dignação surgiu em redor da “activista” – é mais fácil quando o polvo ganha rostos.

Mas para o polvo ganhar rostos, temos nós que os identificar. O polvo terá sem-pre o rosto do nosso chefe quando este fizer uma promoção injusta, o rosto de Duarte Lima, o rosto da fulana que abriu um concurso público em Agosto para meter lá quem não devia, o rosto de José

Sócrates, o rosto do Presidente da Asso-ciação que desviou votos nas eleições, o rosto de Cavaco Silva e assim por diante. A única maneira de não juntar os nossos rostos a estes é mantermo-nos de pé. O polvo não é vertebrado, não convive com quem tem espinha e não verga. Se o fizer-mos, veremos que a simbiose não passa de um parasitismo, em que o polvo é o elo mais fraco. Esta é a alternativa à culpa e chama-se justiça.

Jornal do Centro16 | novembro | 2012

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CIMDL - Comunidade Intermunicipal da Região Dão LafõesPara a CIM Dão Lafões, a modernização da Administração Pública só pode ser prosseguida através de fortes in-

vestimentos na perspetiva evolutiva pessoal e na formação profissional dos seus recursos humanos. É com base nes-ta premissa que a Comunidade Intermunicipal tem desenvolvido ao longo dos últimos anos um projeto formativo ambicioso dirigido aos profissionais das autarquias associadas. Desde finais de 2009, e com o apoio do POPH – Pro-grama Operacional Potencial Humano, foi possível implementar, até ao início de 2011, um projeto de formação-ação, que envolveu mais de 200 profissionais das autarquias de Dão Lafões, ultrapassando as 3.600 horas. Posteriormen-te, e também com o financiamento do POPH, realizou-se um programa de formação de suporte à modernização administrativa e que envolveu mais de 1.200 formandos, durante uma centena de ações de formação.

Por forma a aproveitar e a dar sequência a este trabalho pretende-se continuar, em 2013, a capacitar os recursos humanos dos municípios, em áreas temáticas que resultaram de um diagnóstico de necessidades efetuado e que garantem a modernização da administração em termos de qualidade, eficácia e eficiência, produtividade, respon-sabilidade, preparando a gestão pública para a Sociedade da Informação e do Conhecimento.

Assim, o plano de formação para 2013/2014 prevê realizar ações nas seguintes áreas: gestão e avaliação de projetos; gestão de recursos humanos; gestão financeira, orçamental e POCAL; literacia Informática; gestão do Território e Urbanismo.

O projeto de formação a levar a efeito resulta de uma candidatura já aprovada pelo POPH no âmbito da tipologia de Intervenção 3.4 – “Qualificação dos Profissionais da Administração Pública Central e Local” e abrangerá um universo de 3.400 formandos e 76 cursos, repartidos por 273 ações de formação.

Carlos Marta, presidente do concelho de administração da CIM Dão Lafões é um dos entrevistados na rúbrica “à conversa”, nesta edição do Jornal do Centro.

ADICES - Associação de Desenvolvimento LocalConstituída a 22 de Janeiro de 1991, a ADICES, entidade declarada de utilidade pública, tem como

principais objetivos o financiamento a iniciativas locais; a programação e operacionalização de pro-jetos, ações e atividades de desenvolvimento local; a organização e promoção dos produtos locais; a formação; a promoção e divulgação dos recursos locais e do território; a animação e a dinamização de iniciativas locais e a constituição de parcerias e construção de projectos de cooperação nacional e transnacional.

A ADICES foi a entidade responsável pela gestão local das Iniciativas Comunitárias LEADER I, LEADER II, LEADER+, Programa AGRIS (Medida 7.1) e Programa Operacional do Centro (Eixo 2, Medida 1). No programa LEADER foram aprovados 356 projetos com investimento

aprovado na ordem dos 23 milhões de euros. No programa AGRIS, foram aprovados 18 projetos com um inves-timento de 741.600 euros e no POCENTRO, sete projetos e cerca de 900 mil euros de investimento.

Os principais beneficiários dos fundos comunitários geridos pela ADICES são as Associações Culturais, Re-creativas e Desportivas, sociedades filarmónicas, Associações Humanitárias de Bombeiros, cooperativas, San-tas Casas da Misericórdia, Fundações, empresas privadas em diversos ramos de atividade, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia. A Valorização do Património Cultural (moinhos, museus, património arqueológico, capelas, lavadouros, fontes), o investimento e modernização de unidades empresariais (pequena indústria, artesanato, ser-viços, comércio, turismo, agricultura, pecuária, floresta), a viabilização de espaços de promoção e comerciali-zação de produtos locais, a dinamização do movimento associativo local (renovação de espaços, equipamentos, instrumentos, fardamentos) e a qualificação dos Serviços de Proximidade (IPSS - valências de apoio ao idoso, à criança; educação) são algumas das tipologias de intervenção da ADICES que conta mais de 1.300 formandos cer-tificados. Nesta área da formação a ADICES é certificada pela DGERT. Promove a qualificação das populações lo-cais: activos empregados, activos desempregados, jovens e públicos desfavorecidos, apostando na formação Mo-dular Certificada, na Educação e Formação de Adultos e na Formação para a Inclusão.

ADD- Associação de Desenvolvimento do DãoA ADD é uma Associação de Direito Privado Sem Fins Lucrativos, de Utilidade

Pública, constituída a 7 de abril de 1994. A ADD surgiu de uma visão estratégica conjunta para o território, entre autarcas,

técnicos e entidades privadas, visando a implementação de um plano de desenvolvi-mento local, de forma a colmatar um conjunto de estrangulamentos locais e ineren-tes à desertificação dos meios rurais; fraca dinamização socioeconómica, desemprego, êxodo dos mais jovens e com mais habilitações, diminuição da importância e abando-no da actividade do sector agrário, descaracterização/desvalorização dos usos e costu-mes tradicionais. Para a melhoria da qualidade de vida e fixação da população, a ADD

apoia-se em financiamentos comunitários e nacionais, iniciativas e investimentos de carácter produtivo, no âmbito da agricultura, indústria, comércio, serviços, turismo, preservação e gestão dos recursos naturais, bem como, de carácter não produtivo no âmbito do património natural, arquitectónico, arqueológico, cultural e da valorização dos recursos humanos.

aberturatextos ∑ Tiago Virgílio Pereira

Alvo: dinamizar o distrito

Todos os concelhos do distrito de Viseu inte-gram Associações e por conseguinte uma Comu-nidade Intermunicipal ou uma Associação de Mu-nicípios. De acordo com o mapa, Castro Daire é o único que não integra nenhuma das Associa-ções esmiuçadas. Contu-do, pertence à ADRIMAG

- Associação de Desenvol-vimento Rural Integrado das Serras do Montemuro Arada e Gralheira. À ima-gem do que acontece com a ADICES, ADDLAP e ADD, os objetivos assen-

tam na melhoria das con-dições de vida da popu-lação, através de investi-mento em equipamentos básicos e sociais de apoio; promoção de ações de for-mação, informação e ani-mação.

O empreendedorismo e o turismo parecem ser as linhas mestras para o fu-turo destas Associações que, desta forma, preten-dem “segurar” as popula-ções nas áreas de abran-gência e melhorar-lhes a qualidade de vida, apli-cando da melhor forma os fundos comunitários.

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CIM Dão-Lafões

AM Vale Douro Sul

Jornal do Centro16 | novembro | 20126

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AMVDS - Associação de Municípios do Vale do Douro Sul

A AMVDS em colaboração com a Associação de Desenvolvimento do Vale do Douro – Beira Douro, or-ganiza pelo terceiro ano consecutivo as Conferências do Douro Sul, no próximo dia 23, a partir das 9h30, no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego.

Este ano a iniciativa incidirá sobre a estratégia de desenvolvimento para o Vale do Douro Sul que será apre-sentada por Augusto Mateus, debruçando-se sobre as potencialidades e os problemas que este território apre-senta e indicando algumas linhas de orientação no âmbito da Agenda 2020.

Para além dos dez auutarcas do Douro Sul, as conferências vão contar com a participação de António Barreto cuja intervenção incidirá sobre “Portugal e o Douro – Haverá lugar no futuro da História?” e com os deputa-dos do Parlamento Europeu: Elisa Ferreira, Ilda Figueiredo e José Manuel Fernandes, que abordarão o tema “Os desafios da construção europeia – convergência ou crise?”.

R icardo Maga- lhães, bem como Paulo Ferreira, sub-diretor do Jornal de Notícias, também são pre- senças confirmadas na iniciativa que pretende debater soluções

para o futuro da região do Douro e das suas populações, dis-cutindo também o seu lugar na Europa, um tema in-

transponível na atualidade. A entrevista a António Borges, presidente do con-

celho diretivo da AMVDS, está na rúbrica “à conver-sa”, desta edição.

ADDLAP - Associação de Desenvolvimento do Dão, Lafões e Alto Paiva

A ADDLAP tem como ob-jeto a promoção e o desen-

volvimento rural integrado, dinamizando e valorizando a in-

termunicipalidade num espírito de colaboração e cooperação regional e nacional com entidades públicas e pri-

vadas que prossigam a mesma finalida-de. A operacionalização desta estratégia passa por três grandes vetores: as pessoas, os sectores estratégicos e as infraestruturas.

Dinamizar ações tendentes à concretização de estudos que permitam uma análise da realidade e das potencialidades concelhias, promover ini-ciativas que fomentem o desenvolvimento local, dar apoio técnico ao de-

senvolvimento rural, colaborar e estimular as PME’s ligadas ao artesanato, produtos locais e respetivos serviços de apoio, são alguns dos objetivos.Até data, entraram 100 projetos nas diferentes medidas, dos quais 55 já foram

contratados, encontrando-se os restantes em fase de análise.No âmbito do plano de aquisição de competências e animação, foi realizado um

conjunto diversificado de ações de animação do território e promoção de produtos locais, turismo e cultura: os Jardins Efémeros e o Festival do Frango do Campo são disso exemplo. Estão em desenvolvimento mais 11 módulos no âmbito da Formação Modular Certificada nas seguintes áreas de informática, produção animal e serviço de

mesa e bar.Para o futuro, a atividade da ADDLAP pretende consolidar o trabalho realizado nos últi-

mos anos, no sentido de estimular e dinamizar ações que contribuam para implementar, na sua área de intervenção, um conjunto de programas nacionais e comunitários que promovam

o desenvolvimento sustentado e a fixação de pessoas nas freguesias ruais.Além da comparticipação dos projetos/programas aprovados nas diversas candidaturas efetua-

das a fundos comunitários, a ADDLAP conta com o apoio dos associados e dos parceiros, cuja função passa por apoiar a implementação de atividades e projetos desenvolvidos pela Associação.

Neste período de programação, foram apoiadas 21 empresas, prevendo-se a criação de meia centena de pos-tos de trabalho; 18 projetos no âmbito da recuperação e restauro de património rural e cultural, contribuindo para a manutenção da identidade e valorização turística da região; 15 entidades coletivas foram também apoiadas, 10 das quais no âmbito da solidariedade social, que permitiu a melhoria da oferta dos seus serviços requalificados às po-pulações, sobretudo nas zonas rurais.

Na prática, sendo a ADDLAP, um instrumento de promoção do desenvolvimento local, com capacidade de dinamização do território, dos agentes, dos costumes, das artes e das tradições, promove, também, a criação de parcerias e interatividades, procurando manter o mundo rural vivo, atrativo e com melhor qualidade de vida.

A ADDLAP dispõe de cerca de 14,6 milhões de euros, para aplicar no seu território. Em 2011, movimentou cerca de 400 mil euros, relativos a percentagens dos programas referidos e outras receitas resultantes das quotas dos as-sociados, tendo os municípios da sua área de intervenção, uma importância acrescida na sustentabilidade da As-sociação. É de salientar que os pagamentos do Subprograma 3 do PRODER – Abordagem LEADER, com um in-vestimento total de mais de 14 milhões de euros são efetuados diretamente do IFAP para os promotores dos projetos aprovados

COMUNIDADES E ASSOCIAÇÕES INTERMUNICIPAIS | ABERTURA

Comunidades Intermunicipais ou fusão de municípios?

Opinião

A organização territo-rial do Estado assenta ape-nas nos níveis central e lo-cal. Mas, é reconhecido que a administração a partir do governo necessita de órgãos deslocalizados (CCDR, Cen-tros de Emprego, p.ex.) para o exercício das suas funções. Por outro lado, o poder local tem-se organizado em asso-ciações intermunicipais com objetivos diversos, mas sem-pre procurando compensar a pequena dimensão muni-cipal para o exercício de al-gumas funções próprias.

Ora, se há 30 ou 40 anos atrás ainda poderíamos aceitar que nem todas as parcelas do território nacio-nal tinham meios para assu-mir funções próprias, hoje essa questão não se coloca e, por isso, é defensável que o nível local do poder possa exercer mais competências, mesmo para alem das que actualmente pertencem às autarquias locais existentes. No entanto, importa saber qual a dimensão adequada para que haja decisões efica-zes (com os melhores resul-tados possíveis) e, simulta-neamente, qual a dimensão adequada para gerir recur-sos da forma mais eficiente possível, isto é, com o míni-mo de desperdício de recur-sos que são de todos os por-tugueses.

Seja pela situação finan-ceira, seja pelo percurso que as autarquias locais fizeram nestes anos ao dotarem as populações com infra-estru-turas, equipamentos e servi-ços, a verdade é que come-ça a surgir algum consenso em torno da necessidade de o poder local ir mais alem do que tem sido o seu papel prioritário. De algum modo, propõe-se que haja uma mu-dança de paradigma do po-der local no sentido de este se virar mais para a conce-ção e aplicação de politicas locais, autónomas e enqua-dradas pelos objectivos e as grandes linhas das politicas nacionais. No fundo, trata-se de reconhecer que não bas-ta aplicar o mesmo modelo a realidades locais distintas.

Porém, em muitos casos, a aplicação de politicas locais necessita de territórios rele-vantes mais alargados que os limites dos actuais muni-cípios. Tome-se o exemplo do emprego. O governo de-fine uma politica, com ob-jectivos e meios, para o todo nacional, no entanto, a sua aplicação, para ser mais efi-caz, não tem que ser feita de igual forma em territórios com causas, com agentes económicos e com meios diversos. Deve existir uma compreensão e uma deci-são local sobre o modo de

aplicação dessa politica, de-vendo os decisores respon-der pelos resultados alcan-çados. Por outro lado, para ser eficiente, essa politica não pode ser definida ao ní-vel de um município mas sim ao nível do conjunto de municípios que constituem a designada “bacia de em-prego”, na medida em que o bom funcionamento do mercado de trabalho neces-sita que haja circulação das pessoas entre os locais de re-sidência e os locais de traba-lho que frequentemente não são no mesmo município.

Mas o exemplo do merca-do de trabalho pode esten-der-se a outros domínios, nomeadamente, no desen-volvimento económico, na educação e formação pro-fissional ou mesmo na saú-de. É igualmente defensável que as intervenções técni-cas, por exemplo ao nível do ambiente, do ordenamento do território, etc. possam ser realizadas, não no quadro do município, mas de um conjunto de municípios vi-zinhos, com problemas co-muns ou complementares, que se influenciam recipro-camente.

Todas estas áreas de in-tervenção, e certamen-te outras mais, necessitam que o nível local seja alarga-do, em termos territoriais e demográficos. As Comu-nidades Intermunicipais (como as de Dão-Lafões ou do Douro Sul) podem ser uma solução, no entanto, para que funcionem como uma comunidade única e não como uma federação de interesses municipais, deverão ter um programa politico, deverão ser geridas por alguém que seja eleito e que possa responder pe-rante os eleitores da comu-nidade. Não se trata ape-nas de uma associação para ganhar dimensão e, dessa forma, resolver melhor um problema (o bom exemplo da recolha de lixos domésti-cos), mas trata-se de valori-zar o nível local de decisão e, assim, contribuir melhor para a satisfação das neces-sidades das populações de cada local e do País.

Uma alternativa a este mo-delo poderá ser a fusão de municípios. Seja como for, podendo hoje o nível “local” dar um maior contributo ao desenvolvimento do Pais, pena será que tudo conti-nue na mesma. A discussão dos assuntos é o melhor ca-minho a seguir.

Alfredo SimõesDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

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Jornal do Centro16 | novembro | 2012 7

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Há identificação ou rutura com os 10 municípios inte-grantes da AMVDS?Total identificação dos

catorze municípios de Região Dão Lafões e um grande trabalho de diálo-go, concertação e procura de soluções para os pro-blemas com que todos (as) estamos confrontados.Em relação à AMVDS, não tem havido articulação de políticas.

Em 2005 os residentes neste território eram 290 mil. Em 2011 baixaram para 270 mil. Apesar de uma dinâ-mica demográfica positiva, por oposição à década de 90, prevê-se para 2020 um decréscimo populacional de 10%. Que medidas têm para contrapor à realidade destes números?Infelizmente o proble-

ma demográfico não é ex-clusivamente da nossa re-gião mas igualmente de todo o país. Os números são assustadores e é im-portante inverter rapida-mente a situação para a sustentabilidade do País. Na nossa região sendo do dito “interior”, o proble-ma é mais grave e do nos-so ponto de vista este de-

créscimo populacional só pode ser invertido com políticas nacionais de in-centivo à natalidade. É um desígnio nacional e que a todos diz respeito.

Da nossa parte estamos a fazer o nosso trabalho, que passa por captação de investimento que per-mita a criação de riqueza para fixar pessoas e atrair talentos, e como exemplo a Rede Urbana de Com-petitividade e Inovação (RUCI) e a rede regional de empreendedorismo.

Como têm vindo a desen-volver uma estrutura social e económica sustentável que, pelo menos, garanta a manutenção da população residente?O nosso trabalho, tem

sido o procurar aproveitar todas as oportunidades do QREN, para criar va-lor acrescentado na nossa região. Investimentos mu-nicipais e supra munici-pais, para garantir coesão, solidariedade, qualidade de vida e desenvolvimen-to dos nossos territórios e ao mesmo tempo a apos-ta crescente na formação, nas novas tecnologias, em novas áreas de inovação (a

RUCI é um bom exemplo), no empreendedorismo e na eficiência energética;

O PIB de 1,7% é o mais re-duzido entre as 6 NUT III, com um índice de poder de compra – exceção de Viseu

– abaixo da média nacional. Há perspetivas de inverter esta realidade? Como?De facto essa é uma re-

alidade que não podemos negar, fruto sobretudo da necessidade dos últimos anos, de se ter apostado muito em infraestruturas. Começou-se entretanto a inverter tal situação e hoje a nossa estratégia passa por criar novas áreas de localização empresarial.

Nesta sub-Região Dão-Lafões, além de Viseu, têm vindo a afirmar-se Tondela e Mangualde. E os outros 11 concelhos, qual é a sua realidade, em termos de dinâmica evolutiva?Julgamos que o desen-

volvimento da Dão Lafões não se tem limitado aos três concelhos que referiu. No seu todo a dinâmica de desenvolvimento tem sido transversal a todos os municípios e é indis-cutível que a nossa região

cresceu, desenvolveu-se e fruto de um conjunto sig-nificativo de investimen-tos privados em vários se-tores empresariais, está a conseguir melhor que outros, responder à crise difícil com que estamos confrontados.

Qual o papel das associa-ções de desenvolvimento como a ADD, ADDLAP e ADISCES? Não é mais do mesmo?Um papel importante.

Têm sido fundamentais no desenvolvimento dos diferentes territórios em áreas diversificadas, e de apoio a iniciativas de pe-quenos e médios empresá-rios. São instituições com imensa “massa crítica”, que devem ser reforçadas e valorizadas.

Com que entidades públicas de caráter supramunicipal interagem? Tem havido benefícios bilaterais?É essencial a articula-

ção e parceria entre os vários agentes da região, sejam eles privados ou públicos. O que temos vindo a fazer com su-cesso é trabalhar com a AIRV, Escolas de Ensino

Superior, Agrupamentos de Escolas, Turismo Cen-tro de Portugal, Associa-ção Comercial de Viseu, Federação Vitivinícola do Dão, Centros de For-mação, Centros de Em-prego, Instituições Cul-turais e Associações de desenvolvimento local, entre muitos outros; com vantagens para todos os intervenientes. Em suma, procuramos todos ser protagonistas e agentes do bom investimento e do desenvolvimento.

Qual a participação na gestão de programas de apoio ao desenvolvimento regional, designadamente âmbito QREN?A Comunidade Inter-

municipal da Região Dão Lafões é um organismo intermédio de gestão do QREN para os catorze municípios e no caso es-pecífico gere 77 milhões de euros de FEDER, tendo já aprovado 103 projetos de investimento que está a desenvolver e tem uma das taxas de execução físi-ca e financeira mais signi-ficativas de todo o país.

Com que recursos humanos

conta a CIM Dão-Lafões?Temos 7 funcionários, o

que para o volume de tra-balho é claramente insu-ficiente, até comparati-vamente com outras Co-munidades. Refiro que para além da gestão do QREN, a Comunidade candidatou-se, conseguiu aprovar e está a executar muitos outros projetos no território.

Que projetos têm neste mo-mento em mãos? Balanço geral…Realçamos o Projeto

de Modernização Admi-nistrativa para os catorze municípios no valor de 3,5 milhões de euros; a Rede Urbana de Competitivi-dade e Inovação para seis municípios e projetos es-pecíficos da Comunida-de (Marca Viseu – Dão Lafões). Governança e Li-derança do Empreende-dorismo na Região Dão Lafões; Gestão da Ecopis-ta do Dão; Formação de quadros e funcionários municipais, e Eficiência Energética, ou seja, um conjunto muito alargado de iniciativas que nos co-locam num patamar de re-ferência nacional.

entrevista ∑ Paulo Netofotos ∑ Nuno André Ferreira Paulo Neto à conversa

A Comunidade Intermunicipal

Dão-Lafões está integrada na

NUT III Dão Lafões. É com-

posta por 14 autarquias, a

saber: Viseu; Tondela; Santa

Comba Dão; S. Pedro do Sul;

Vouzela; Oliveira de frades;

Castro Daire; Carregal do Sal;

Nelas; Mangualde; Penalva

do Castelo; Sátão; Aguiar da

Beira e Vila Nova de Paiva. O

presidente do seu Conselho

Diretivo é Carlos Marta, pre-

sidente da câmara de Tondela,

com quem o JC foi falar.

“A CIM Dão Lafões é um organismo intermédio de gestão do QREN para os14 municípios e gere77 milhões de eurosde FEDER”

CIM DÃO LAFÕES

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AM VALE DOURO SUL | À CONVERSA Há identificação ou ruptura com os outros municípios in-tegrantes da CIM do Douro?Dos dez concelhos que

constituem a Associação de Municípios do Vale Douro Sul (AMVDS) dois estão na CIM do Tâmega, casos de Cinfães e Resende, e os ou-tros estão na Comunidade do Douro. Não é uma ques-tão fácil, sobretudo quando se trata de falar de afinida-des, de problemas comuns e da região do Douro que tem, de facto, um grande carácter, mas que não pode ser dividi-da de forma simples. Quem está em Viseu ou na Região Centro, mas apesar de tudo no mesmo distrito, que acaba para umas coisas e não aca-bou para outras, e que volta à luz do dia com esta nova reforma do mapa judiciário, não será fácil compreender toda esta falta de coerência na organização do território. Entre os municípios nunca se sentiu dificuldades de re-lacionamento, de concertar e até de resolver o que outros deveriam enfrentar. Que há problemas no modelo de or-ganização de território isso é evidente, que continuamos sem ideias nestes domínios é verdade! Precisamos de ní-veis de abordagem mais sim-ples e eficazes, com escala e sem a atomização que conti-nua a dominar os processos de decisão.

Qual a população em 2001 do vosso território? E em 2011? Qual a previsão para 2020? Há uma dinâmica regressiva ou progressiva?Na última década o con-

junto dos dez municípios que formam a AMVDS per-deu 7,8% da sua população, que se situa agora em cerca de 105 mil pessoas. Na déca-da anterior a perda foi ain-da superior. Essa é uma ten-dência da região, de Portu-gal, mas também da velha Europa. Aqui ou em qual-quer outra parte do país os desafios são os mesmos. Só há políticas de inclusão se ti-vermos na sustentabilidade económica e no emprego os primeiros objectivos e resol-vermos em definitivo a ques-tão de equilibrar lógicas en-tre os territórios geradores e os receptores de riqueza e produto. Não se pense que o Douro e o Norte do distrito é coisa menor ou não con-tribuem para a economia do país. Se contabilizarmos a produção per capita em vez do consumo, e se avaliarmos na origem o que cada territó-

rio tem em contributo para a economia do país, íamos en-contrar muitas surpresas. O Douro é um território mui-to importante na produção de energia, no turismo, no vinho ou em muitas produ-ções tradicionais diferen-ciadas.

Qual é o PIB da NUT III do Douro?Estamos a falar das mé-

dias mais baixas do país. Mas essa é sempre a forma mais fácil de iludir o que é mais importante e ir acu-mulando erros atrás de er-ros na governação dos ter-ritórios. O PIB per capita no Douro é de cerca de 62,5% da média nacional, na zona da CIM Tâmega é ainda mais baixo (55%). No nosso caso quando comparado com Lis-boa estamos a falar de quase três vezes menos. Se aconte-cer uma transacção de uma quinta no Douro através da alienação de partes de capi-tal das sociedades detento-ras desses imóveis não há tributação por não consubs-tanciarem uma transmis-são onerosa de imóveis. Se a sede da empresa estiver fora da região o reflexo nas leitu-ras estatísticas sai prejudica-do. Deveria existir tributação no território de origem onde o proveito ou o rendimento é gerado, independentemente dos agentes envolvidos. Em Portugal andamos todos à procura dos meios e fundos europeus para as políticas de coesão, instrumentos essen-ciais da construção europeia. Há muito pouco tempo ouvi-mos Durão Barroso falar, no quadro da crise, da impor-tância das políticas de coe-são na Europa como alavan-cas para o crescimento e o emprego. Lá fora estamos to-dos de acordo relativamen-te à implementação de po-líticas desse tipo, cá dentro parece que tudo se inclina sempre para os mesmos. O Norte do distrito, onde está a AMVDS, continua à espe-ra de investimentos em áre-as como as acessibilidades. Continua a ser uma debili-dade séria. E mesmo a capi-tal do distrito continua a ver adiada a ligação a Coimbra. Diabolizar o investimento como parece moda agora é esquecer que os factores de competitividade dos territó-rios têm de existir para todos em todos os domínios.

Quais as estratégias de desen-volvimento económico, social e ambiental do território?

Nesta região do Douro, e com a especificidade e as marcas que lhe reconhece-mos, há áreas incontornáveis e de grande tradição até ex-portadora. Desde logo o vi-nho! Mas a produção de energia, a valorização dos produtos tradicionais e dife-renciadores, o turismo e um enorme potencial nas redes culturais, na paisagem como recurso, tantos outros moti-vos que precisam de escala e de constituírem modelos e explorações sustentáveis e rentáveis, sobretudo para quem cá vive, são aspectos incontornáveis. Não adianta continuar a falar de turismo no Douro, da sua via nave-gável, se temos fora do Por-to pouco mais do que 2% do alojamento turístico nacio-nal. Ou se trata de um objec-tivo mais amplo da própria economia do país, que acre-dita nesse contributo para o seu desenvolvimento, os Go-vernos acreditam que esse é também um desígnio para as suas políticas de desen-volvimento ou não vamos lá. E não vale a pena continu-ar a dizer uma coisa quando se está na oposição e quan-do se governa ficar de mãos atadas!

Como se articulam os investi-mentos municipais de natureza municipal?No QREN foram os céle-

bres Planos Territoriais de Desenvolvimento que ser-viram para definir à partida essa articulação. A avaliação

do actual quadro comunitá-rio, a esse nível, é muito de-cepcionante. As regras fo-ram mudadas várias vezes e sob os mais diferentes pre-textos, como aconteceu ul-timamente. E admito que o caminho que nos vai levar a um novo quadro não augu-ra nada de novo e de melhor. Em Portugal essa discussão e a preparação da Agenda 2020 ainda não começou, numa altura em que os re-gulamentos comunitários estão já praticamente dese-nhados e aprovados em Bru-xelas. Na Associação de Mu-nicípios do Vale Douro Sul estamos a trabalhar nessa matéria. O Plano de Avalia-ção Estratégica dos dez mu-nicípios está já a dar pas-sos com os estudos que en-tregámos ao Prof. Augusto Mateus. O primeiro “draft” será apresentado no próxi-mo dia 23 de Novembro em Lamego, na terceira edição das nossas conferências.

Qual a participação na gestão de programas de apoio ao desenvolvimento regional, designadamente no âmbito do QREN?A contratualização aconte-

ce ao nível das comunidades intermunicipais. Numa enti-dade como a AMVDS, trata-se de não perder uma coo-peração de décadas entre os dez municípios do Norte.

Com que entidades públicas de carácter supramunicipal interagem? Tem havido bene-

fícios bilaterais?A Associação tem uma

participação até do ponto de vista dos seus próprios recursos na CIM do Douro. Existem projectos e acções comuns também com outras associações do Douro Norte e do Douro Superior e ini-ciativas muitas partilhadas com as próprias agências de desenvolvimento regional, no caso a Beira Douro. Mas há iniciativas próprias em domínios complementares da actuação dos municípios fora da lógica de execução do quadro comunitário. Re-cordo-me, por exemplo, de termos lançado o projecto de infraestruturas da Banda Larga, um dossier que serviu para o Governo de então im-pulsionar a rede nos territó-rios de baixa densidade.

Com que recursos humanos conta a AMVDS?O núcleo principal vem do

extinto GAT, que acabou por ser absorvido em áreas mais técnicas e administrativas. Mas a associação recorre a serviços externos. Como já referi está em curso o Pla-no Estratégico do Douro Sul, que foi entregue à equipa do Prof. Augusto Mateus e que tem como objectivo avaliar a região numa perspectiva da Agenda 2020 e das oportuni-dades que o próximo quadro comunitário possibilita.

Que projectos tem neste mo-mento em mãos?Há vários! Alguns que têm

contexto no QREN, como os Planos de Emergência, o Sítio do Montemuro - com forte componente de pre-servação ambiental e valo-rização das comunidades locais - na área da Cartogra-fia Digital, os Fóruns Inter-municipais Temáticos que representam trocas de ex-periências, e na participa-ção continuada do chama-do “Simplex Autárquico” em que estivemos no início a promover o envolvimen-to dos parceiros. E depois há algumas acções que são muito próprias e que refiro como de grande importân-cia. É o caso do processo de desmaterialização integral e gestão documental que a AMVDS promove, sem en-cargos, nos municípios que a constituem.

Qual o balanço geral?E nt id ade s c om o a

AMVDS terão a prazo que ser clarificadas no seu domí-nio de actuação e até na sua razão e utilidade. A atomiza-ção do processo de decisão é algo que não se deseja. Mas também não podemos per-der algumas décadas onde se construíram espaços de cooperação entre muni-cípios e que são postos em causa com constantes alte-rações dos modelos de as-sociativismo municipal. A partilha, seja a que nível for, e a lógica de rede são sem-pre conceitos importantes e úteis. Aí o balanço é posi-tivo.

“Não vale a pena continuar a dizeruma coisa quando se está na oposição e quando se governa ficar de mãos atadas”

A Associação de Municípios Vale

do Douro Sul, está integrada na

NUT III Norte / Douro. É composta

por 10 autarquias, a saber: Arma-

mar; Cinfães; Lamego; Moimenta

da Beira; Penedono; Resende; S.

João da Pesqueira; Sernancelhe; Ta-

buaço e Tarouca. O presidente do

seu Conselho Diretivo é António

Borges, presidente da câmara de

Resende, com quem o JC foi falar.

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região

DISTRITO DE VISEUPareceres da Unidade Técnica para a Reorganização

Administrativa do Território (UTRAT)

Concelhos Nº atual de freguesias Reorganização

Armamar (AM fez proposta) 19 (5 com menos de 150 H) 14

Carregal do Sal

(AM propôs não agregação)

7 5

Castro Daire

(AM propôs não agregação)

22 (2 com menos de 150 H) 16

Cinfães (AM fez proposta) 17 (2 com menos de 150 H) 14

Lamego (AM fez proposta) 24 18

Mangualde (AM não se pronunciou) 18 (2 com menos de 150H) 12

Moimenta da Beira (AM fez proposta) 20 (5 com menos de 150H) 16

Mortágua (AM propôs não agregação) 10 (1 com menos de 150H) 7

Nelas (AM propôs não agregação) 9 7

Oliveira de Frades 12 (*) ?

Penalva do Castelo (AM fez proposta) 13 (1 com menos de 150H) 10

Penedono (AM não fez proposta) 9 (2 com menos de 150H) 7

Resende (AM não fez proposta) 15 (2 com menos de 150H) 11

Sta Comba Dão (AM propôs não agregação) 9 6

S. João da Pesqueira (AM fez proposta) 14 (1 com menos de 150H) 11

São Pedro do Sul (AM propôs não agregação) 19 (2 com menos de 150H) 16

Sátão 12 (*) ?

Sernancelhe (AM não fez proposta) 17 (3 com menos de 150H) 13

Tabuaço (AM propôs não agregação) 17 (5 com menos de 150H) 13

Tarouca (AM não fez proposta) 10 7

Tondela (AM propôs não agregação) 26 (1 com menos de 150H) 19

Vila N. de Paiva (AM não fez proposta) 7 5

Viseu (AM fez proposta) 34 25

Vouzela (AM propôs não agregação) 12 9

Totais 372 264

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Uma família de Castro Daire está internada no Serviço de Gasterente-rologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) desde domingo depois de ter ingerido co-gumelos.

Diogo Gonçalves, de 21 anos, filho do casal Ma-ria Helena Gonçalves de 50 anos, doméstica e João Manuel Rodrigues, de 44 anos, trabalhador da construção civil, “estão estáveis”, sendo o “prog-nóstico vital favorável”, segundo informações do gabinete de comunicação dos HUC, prestados ao Jornal do Centro no fecho da edição, quarta-feira.

O casal e o filho, vi-vem no Bairro António Lacerda, na vila de Castro Daire. Esta família disse ter comido “gasalhos” na sexta-feira, no sábado os três elementos sentiram-se indispostos e com do-res de barriga. No domin-go de manhã acabaram por ir ao Centro de Saúde de Castro Daire, onde re-ceberam os primeiros cui-dados médicos. Já medica-dos foram transportados para o Hospital de Viseu onde, depois de avaliada a situação, a equipa médica que acompanhou o caso, decidiu transferir os três utentes para os HUC.

Carlos Loureiro, do serviço de ambulân-cias da empresa Trans-lider que os transportou ao Hospital de Viseu diz ter ficado “surpreendi-

do” com a transferência para Coimbra, uma vez que “iam estáveis” “ape-nas transmitiam má dis-posição”.

O Jornal do Centro não conseguiu apurar o tipo de cogumelos ingeridos que terá provocado a into-xicação. Mas tudo indica tratar-se de mais um caso de confusão de espécies.

“Gasalhos não foram de certeza”, adianta José Manuel Costa, professor na Escola Superior Agrá-ria de Viseu.

Os gasalhos - Macrole-piota procera para os en-tendidos - também deno-minados de “tortulhos”, é dos cogumelos mais co-nhecidos mas, adianta José Manuel Costa, o pro-blema é que “as pessoas popularmente dizem que conhecem, mas identifi-cam espécies muito pare-cidas, venenosas e algu-mas mortais.

O especialista alerta que há uma espécie vene-nosa em que os cogume-los “quando muito peque-nos têm uma forma pare-cida” aos gasalhos mas não são comestíveis. EA

Família de Castro Daire intoxicada por comer cogumelos

O distrito de Viseu vai perder cerca de 90 fregue-sias com a Reorganização Administrativa do Território. Das 372 autarquias que compõem os 24 concelhos, o número deverá baixar para pou-co mais de 280 freguesias. Das 24 apenas nove Assembleias Municipais apresentaram propos-tas de reorganização à Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa (UTRAT) ten-do a maioria sido aceites, só as de Oliveira de Frades e Sátão não estavam conformes e têm agora 20 dias para retificar. O documento desenhado pela UTRAT deu entrada na Assembleia da República no início do mês e prevê a extinção ou agregação de 1165 freguesias. A zona Centro perde 303.Apesar de o Governo se mostrar determinado em avançar com a reforma, a mesma está longe de ser pacífica. A maioria dos autarcas do dis-trito está contra, mesmo os que aceitaram apre-sentar propostas de reorganização.Em Tondela, o executivo da Câmara (PSD) apro-vou por unanimidade na terça-feira uma propos-ta de “total discordância” com a reforma. Ao lado das juntas de freguesia, a autarquia decidiu não apresentar qualquer proposta de reorganização e admite agora avançar com uma providência cau-telar para impedir a aplicação da reforma. “O que está em causa não é esta proposta [definida para Tondela], mas os pressupostos da Lei”, adianta o presidente da Câmara, Carlos Marta.A Câmara Municipal de Tarouca (PS) hasteou bandeira negra em sinal de luto e protesto con-tra a proposta da UTRAT que corta três das 10 freguesias que compõem o concelho. O presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo (PS) criticou esta semana num artigo de opinião o trabalho da UTRAT ao considerar que “teve objetivos políticos e partidários”.João Azevedo a lerta a inda para as consequências: “Com esta proposta teremos no distrito de Viseu muitas freguesias com uma população superior a muitos concelhos, o que levará, inevitavelmente, no futuro próximo, à extinção desses mesmos concelhos”.

Emília Amaral

Distrito de Viseu vai perder cerca de 90 freguesiasProtestos ∑ Autarquia de Tondela admite avançar com providência cautelar

(*) A UTRAT espera nova pronúncia da Assembleia Municipal (AM) uma vez

que a proposta feita não estava conforme. A AM tem 20 dias para o fazer.

DR

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REGIÃO | VISEU | CANAS DE SENHORIM | LAMEGO | ARMAMAR

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O núcleo de Viseu do Movimento Democráti-co de Mulheres (MDM) saiu à rua, no dia 8 de no-vembro, para “denunciar a crescente desigualda-de” que diz estar a “insta-lar-se a passos largos na sociedade portuguesa”. A ação descentralizada fez parte de uma grande manifestação nacional do MDM.

Em plena Rua Formosa podiam ler-se depoimen-tos de mulheres do distri-to de Viseu que estão a viver problemas sociais “dramáticos”, escritos em folhas A4. “Antónia, 79 anos, Mortágua (nome fictício), reformada foi-lhe cortado o transpor-

te de ambulância para se deslocar aos tratamentos em Coimbra”, “Olinda (nome fictício), 48 anos, desempregada, dois fi-lhos com deficiência, vivem em condições de miséria, é-lhes cortado o rendimento mínimo”, “16 trabalhadoras da Ful-gurauto sem salário des-de abril de 2012!”, são três exemplos das dezenas de depoimentos de mulhe-res expostos na via.

Um ramo de carvalho foi transformado em “or-çamento da desigualda-de”, exibindo o conjun-to de medidas presentes no Orçamento do Estado para 2013.

A ação de “repúdio”

convidava a mulheres que atravessavam a rua a associar-se ao protesto, completando uma car-ta do MDM dirigida ao presidente da República e primeiro-ministro.

“O agravamento da si-tuação social de toda a população e, ainda de forma mais aguda, das mulheres leva o MDM a apelar às mulheres a fa-zerem ouvir o seu protes-to. A hora é de lutar por políticas para pôr o país a progredir, para pôr os trabalhadores, homens e mulheres a viver com dignidade”, lia-se num documento.

Emília Amaral

Movimento Democrático de Mulheres promoveação de protesto em ViseuLocal∑ A iniciativa decorreu em plena Rua Formosa

A Cerca de 30 pares de sapatos femininos deram visibilidade a situações reais de mulheres

UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ARMAMAR ABRIUNA SEGUNDA-FEIRA

A U n i v e r s i d a d e Sénior de Armamar (USA) abriu of icial-mente esta segunda-fei-ra, dia 12 de novembro. A cerimónia que decor-reu nas instalações da antiga escola do 1.º ci-clo, onde vão funcionar as aulas, assinalou o ar-ranque do primeiro ano letivo da instituição.

A USA é um proje-to que resulta de um protocolo de colabora-ção entre a Associação Cultural, Assistencial e Recreativa dos Tra-balhadores da Câmara Municipal de Armamar (ATAR) e a autarquia local. No referido pro-tocolo pode ler-se que na USA “serão desen-volvidas ações de for-mação pessoal e profis-sional para toda a co-munidade em espaços de encontro que se tor-nem incentivos e estí-mulos a um são espíri-to de convivência e de solidariedade humana e social para a preser-vação da história, cul-tura, tradições e valo-res”. EA

UNIVERSIDADE SÉNIOR DE LAMEGO TEM NOVA SEDE

A U n i v e r s i d a d e Sénior Jerónimo Car-doso de Lamego está a funcionar numa nova sede cedida pela Câma-ra Municipal. O novo espaço situa-se o piso superior do Merca-do Municipal, onde já funcionou a Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego. EA

MATERIALRECUPERADOViseu. A Polícia de Seguran-ça Pública (PSP) de Viseu recuperou diverso mate-rial que havia sido roubado do interior de dois veículos, que se encontravam esta-cionados em artérias desta cidade. A operação aconte-ceu no âmbito de uma in-vestigação criminal por fur-to no interior de veículos, e ocorreu nos dias 8 e 9 de no-vembro. O material recupe-rado, avaliado em cerca de 600 euros, foi entregue aos proprietários. O presumí-vel autor dos factos tem 28 anos, e é natural de Viseu. Já estava referenciado pela PSP, por crimes semelhan-tes. Foi constituído arguido nos dois processos-crime.

DETIDO Viseu. No passado dia 10, a PSP deteve um indivíduo, de 17 anos, após ter agredi-do um árbitro de futebol, num recinto desportivo da cidade de Viseu. O jogo opôs as equipas do Viseu e Benfica e do Grupo Des-portivo de Canas de Senho-rim. O resultado final fixou-se em 2-3.

MORTOCanas de Senhorim. Um ho-mem de 53 anos foi encon-trado morto, na segunda-feira, numa zona de mato, junto à Estrada Nacional (EN) 234, entre Nelas a Ca-nas de Senhorim. A vítima não apresentava sinais de

agressão e os indícios não apontam para que se trate de crime, apesar da GNR de Canas de Senhorim ter chamado a PJ ao local. O alerta foi dado às 11h00. O lugar da Ponte Seca, onde foi encontrado Jorge Lou-reiro, é frequentado por prostitutas. O homem esta-va deitado de barriga para cima e com as calças bai-xadas até aos joelhos, jun-to ao seu veículo. Ao que se apurou, terá tido um ata-que cardíaco durante o ato sexual. A prostituta terá fi-cado “assustada” e, de ime-diato, abandonou o local, pelo que poderá incorrer no crime de omissão de au-xílio. No local estiveram a GNR de Nelas e Canas de Senhorim, o Núcleo de In-vestigação Criminal e a PJ, que está agora a investigar o caso.

MATERIALRECUPERADOViseu. No dia 9, a PSP de Viseu, no âmbito de uma investigação criminal, por furtos em anexos a residên-cias, procedeu à recupera-ção de duas máquinas “ro-çadeiras”, que haviam sido roubadas de um barracão de uma quinta situada em Viseu. O material recupe-rado, avaliado em cerda de 250 euros, vai ser entregue aos seus proprietários. O presumível autor dos fac-tos, tem 35 anos de idade e é natural de Viseu. Foi cons-tituído arguido no processo em investigação.

Emíli

a A

mar

al

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REGIÃO

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Só falta concretizá-las

Opinião

Este foi o modo como findei na semana passa-da a ideia expressa nes-te espaço relativamente à disputa de interesses existentes entre a produ-ção e a distribuição.

Nestes momentos, não importa esgrimir mais argumentos a favor de cada uma das partes, cada uma saberá certa-mente defender de for-ma acérrima os seus ar-gumentos.

Importa é relembrar as pontes, isto é, as vias de comunicação a estabele-cer para o entendimento das partes e essa epopeia foi também já impulsio-nada pelo governo.

Provavelmente, resta-nos apenas acrescentar exemplos idênticos aos que foram narrados na semana anterior.

Relembremos o caso da rede de supermercados Alisuper, em processo de insolvência, com forte im-plantação no sul de Por-tugal, designadamente na região do Algarve, que foi adquirida por 26 milhões de euros pelo grupo Nogueira, que congrega as Frutas Dou-ro Sul, com um valor de facturação de 7 milhões de euros/ano e dos Fu-mados Douro com 15 mi-lhões de euros/ano. Tra-ta-se de um grupo em-presarial agro-alimentar, com sede em Armamar, dedicado ao abate de su-ínos, ovinos e caprinos e à produção de enchidos regionais, com base na carne suína, estendendo ainda a sua área de negó-cios à fruticultura e hor-ticultura. A conclusão a exalar deste negócio re-donda no assegurar do abastecimento da rede de supermercados com pro-dutos provenientes dos próprios. Hipoteticamen-te, resolve-se um possível problema e fomenta-se a actividade.

Idêntico exemplo de-

corre com as captações de engarrafamento de águas lisas na posse das grandes cadeias de pro-dução e distribuição de cervejas. Estas empresas procuram também nesta fase incentivar a produ-ção cerealífera em Portu-gal, equacionando a sua provável produção. No caso do lúpulo, a planta responsável pelo aroma das cervejas, talvez uma das melhores fragrâncias mundiais, a produção en-contra-se circunscrita a Trás-os-Montes e Alto Douro, e neste caso as parcerias parecem bem estipuladas.

P o d e r í a m o s a i n -da acrescentar a estes exemplos as empresas de distribuição de bebi-das, propriedade de mui-tos produtores e vários são os exemplos. Neste contexto destacamos o Grupo Nabeiro dos ca-fés Delta, com um inves-timento de 6 milhões de euros na construção da Adega Mayor. Igual pos-tura foi também adop-tada pelo Grupo Ribei-ralves com o negócio na área do bacalhau que in-vestiu 5 milhões de euros na construção da Ade-ga Mãe. Estes projectos apresentam um deno-minador comum, um in-vestimento agrícola com impacto arquitectónico numa visão global do enoturismo.

Dos possíveis modelos citados, parece notório que alguns já entende-ram e perceberam que o ganho decorre do domí-nio de todas as etapas do processo, desde a produ-ção até à distribuição.

Acredito genuinamente que em todas estas situa-ções foram desenhadas e concebidas escrupulosas análises financeiras com um correcto delineamen-to do plano de negócios.

Pelos vistos já há quem os concretizou.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

A União dos Sindicatos de Viseu (USV) fez um ba-lanço “muito positivo” da adesão à greve geral (no dia 14) no distrito, nomea-damente no setor da edu-cação.“Comparativamente à úl-

tima greve geral, a adesão cresceu muito significa-tivamente nalguns seto-res, como, por exemplo, na educação”, disse à agência Lusa Francisco Almeida,

da USV.Segundo Francisco Al-

meida, que é também diri-gente do Sindicato dos Pro-fessores da Região Centro, está encerrado o Centro Escolar de Mortágua e as escolas do primeiro ciclo de Couto de Cima, Tonde-linha, Paradinha, Portela e Vil de Soito, todas no con-celho de Viseu. Fora da capital de distrito, estão encerradas as escolas do

primeiro ciclo de S. João do Monte e de Paredes de Guardão, no concelho de Tondela.

Francisco Almeida des-tacou também a “grande adesão” registada por par-te de trabalhadores Câma-ra e dos tribunais da cida-de de Viseu.

Segundo a USV, os ser-viços de recolha de lixo e de varredura mecânica da Câmara de Viseu regista-

ram uma adesão à greve de cem por cento, o mes-mo tendo acontecido no Tribunal Administrativo e no Tribunal de Trabalho de Viseu.

A greve geral, convocada pela CGTP-IN, visou o protesto contra o agra-vamento das políticas de austeridade e a defesa de políticas alternativas que favoreçam o crescimento económico.

Distrito regista uma das maiores greves de sempre

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REGIÃO | SERNANCELHE | VOUZELA | TONDELA

EXPO-PROTEC em SernancelheSegurança ∑ Exposição e colóquios

Decorreu nos dias 8, 9, 10 e 11 deste mês, no pa-vilhão multiusos de Ser-nancelhe uma exposição subordinada à área da Se-gurança. Com dezenas de expositores e muito públi-co curioso desta temática, foram ainda proporciona-dos vários colóquios so-bre prevenção rodoviá-ria; incêndios urbanos e industriais; exercícios de cinotecnia pela GNR; workshops sobre emer-gência médica; etc.

Falámos com Luís Fon-seca, comandante dos Bombeiros Voluntários de Sernancelhe, entidade organizadora do evento que nos referiu serem os objetivos “juntar os vários elementos da proteção ci-vil, bem como empresas da área da segurança e so-corro nos mais diversos

âmbitos: neve, acidentes rodoviários, socorros a náufragos, etc., para sen-sibilizar a opinião pública e o utente para a sua se-gurança e segurança pú-blica”, mais acrescentou “estarem também forma-tivamente virados para as Escolas, na área de su-porte básico de vida, com visita de mais de 500 alu-nos dos diferentes níveis de Ensino.”

Paulo Neto

Decorreu entre os dias 9 e 11, a terceira edição da Expo-Ibérica de Aves, em Tondela. O evento organizado pelo Clube Ornitológico de Tondela e pela Câmara Munici-pal de Tondela teve, tal como nas edições ante-riores, duas vertentes, por um lado um concurso de aves e, por outro, uma ex-posição e mostra de aves, peixes, répteis e animais de quinta.

A ação, que teve lugar no pavilhão do Estádio João Cardoso, foi “extre-mamente positiva e pro-vou mais uma vez que há muitas pessoas a inte-ressarem-se pelo tema”, adiantou José António de Jesus, vereador do muni-cípio de Tondela.

Para além dos vários visitantes que passaram pela terceira edição da ex-posição, o vereador desta-ca a presença das escolas, que ao longo dos dois pri-meiros dias tiveram em contacto com os animais em exposição, de forma a “promover o conheci-mento e alertando para a consciencialização da conservação da natureza”, acrescentou o vereador.

A organização afirmou ainda que este ano se sen-tiu uma redução de visi-tantes espanhóis, “devi-do à situação económica que o país vizinho tam-bém atravessa”, no entan-to, “não foi posta em cau-sa a qualidade do evento e dos expositores que es-tiveram presentes”.

Expo-Ibérica de Aves em Tondela

Paul

o N

eto

VOUZELA INVESTE MEIO MILHÃO NOS RIOS E FLORESTA

A C â m a r a d e Vouzela vai investir meio milhão de euros na requalif icação e valorização dos rios e na proteção da flores-ta contra incêndios.

Os t raba lhos en-contram-se a decor-rer desde janeiro de 2011 e até ao presen-te foram investidos na requalificação de rios e ribeiras cerca de 78 mil euros, tendo sido intervencionados 80 hectares nas fre-guesias de Alcofra, Campia, Cambra, Pa-ços de Vilharigues, Figueiredo das Donas, S. Miguel do Mato e Vouzela. Em curso es-tão igualmente outras candidaturas e proje-tos de apoio à flores-ta.

“Estas candidatu-ras permitiram à au-tarquia investir em sectores que conside-ramos fundamentais, como é o caso da flo-resta e dos rios. Estas requalificações, fei-tas em todas as fre-guesias do concelho, inserem-se na estra-tégia municipal de desenvolvimento ru-ral e de combate aos fogos florestais, e po-tenciam aqueles que são os nossos recur-sos naturais mais im-portantes”, sublinha Rui Ladeira, vereador do Desenvolvimento Rural. Os trabalhos deverão estar conclu-ídos em 2014. EA

A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR APOIO ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA

Rua Dr. Ricardo Mota, s/n3460-613 Tondela +351 232 814 400 www.acert.pt

(17) ��novembro : concerto

Filipe Melo trioFilipe Melo, André Carvalho (contrabaixo) e João Rijo (bateria)

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Jornal do Centro16 | novembro | 201214

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economia

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A Soveco Viseu, para além da sua unidade no Parque Industrial de Coim-brões, abriu no passado dia 10 o Stand 2, em Pascoal para acolher as três novas marcas com cujas conces-sões ficaram: a Hyundai, a Nissan e a Kia. Alargam deste modo o leque de mar-cas disponíveis, pois já eram detentores da Alfa Romeo, Lancia, Fiat, Iveco e Jeep.

Num momento grave de crise no setor, falámos com o diretor da Unidade, Hen-rique Rodrigues.

Neste momento de grande retração do mercado auto-móvel nacional, adicionar três novas marcas é um risco ou um desafio?Um desafio, porque são

marcas prestigiadas e neste momento, de acordo com o estado do mercado há que juntar mais marcas, com a mesma estrutura, para rentabilização empresarial. Hoje, com oito marcas, não se faz o volume de vendas semelhante ao que o mer-cado proporcionava há 2/3 anos.

E quanto a recursos humanos?Criámos mais oito postos

de trabalho a juntar a um universo de vinte e oito co-laboradores.

Quais as expetativas para es-tas marcas, no seio do Grupo Soveco?São marcas que estão em

crescimento. A Hyundai já estava implementada no distrito desde 1990. Apro-veitámos alguma estrutu-ra de recursos humanos desde essa altura. O que é uma mais-valia. A Nissan já possui um historial di-

ferente porque tem uma implementação em Viseu com meio século de exis-tência e desde os tempos da Datsun. A Kia, por sua vez, é mais nova e com um futu-ro previsivelmente brilhan-te, desde que foi comprada pelo grupo Hyundai.

Expetativas?O nosso Grupo Gocial é

dos maiores do mercado automóvel português. Está muito bem implementado, com uma forte estrutura e igual solidez. Estamos mui-to motivados para apostar

com toda a energia no mer-cado de Viseu e região.

De salientar que a tarde foi de festa, com muito pú-blico, variedades, bufet e exposição dos novos mo-delos e novas motorizações da Kia, Nissan e Hyundai.

De 16 a 19 decorrerá uma feira de usados nas instala-ções da Soveco Viseu, em Coimbrões.

Paulo neto

SOVECO, do Grupo GOCIAL,com três novas marcasStand 2 ∑ Em Pascoal, Viseu, com Hyundai, Nissan e Kia

Paul

o N

eto

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ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

LANÇAMENTO DO NOVO FORD B-MAX

A Garagem Lopes, em Viseu, apresenta ama-nhã e domingo o novo Ford B-Max, o primei-ro OpenCar da história. Este veículo, sem barra central, possibilita um acesso facilitado ao seu interior.

Amanhã, comemora-se também o dia clien-te FORD, com a oferta de check up da viatu-ra. A partir das 15h30 a Garagem Lopes oferece um magusto onde casta-nhas e jeropiga não vão faltar.

CONFERÊNCIA “ÁREAS URBANAS” NO IPV

Decorre no próximo dia 26, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu, a conferência “Áreas Urbanas: Propos-tas para 2014-2020”. Uma organização conjunta do Instituto Politécnico de Viseu e do IT – Instituto do Território, Rede Por-tuguesa para o Desen-volvimento e que conta com o apoio do Progra-ma Operacional de As-sistência Técnica e do Quadro de Referência Estratégica Nacional.

O objetivo da conferên-cia “é informar as entida-des participantes sobre o decurso das negociações do próximo quadro co-munitário de apoio por parte do governo e apre-sentar as atuais tendên-cias empreendedoras nas áreas urbanas”, ex-plica a organização em comunicado.

“A ARQUITETURA (AR)RISCA-SE!”

Enquadrada na Semana de Ciência e Tecnologia, que decorre entre os dias 19 e 25, o curso de Arqui-tetura da Universida-de Católica Portuguesa em Viseu, participa com a atividade “A Arquite-tura (Ar)risca-se!”. Esta ação é direcionada para alunos do ensino básico e secundário e consiste em workshops de cons-trução de maquetes e de-senho de espaços. Inscri-ções através do email: [email protected]

Mangualde fomentarelações com a Bulgária

Foi assinado, no passado dia 5 de novembro, no Sa-lão Nobre, em Mangualde, um protocolo entre a câ-mara municipal local e o município de Tundzha, Yambol na Bélgica. O pro-tocolo, com a duração de três anos renováveis auto-maticamente, visa fomen-tar o desenvolvimento das relações económico-co-merciais, o investimento

cultural e de cooperação mútua em áreas de inte-resse comum. Deve ainda criar condições para atrair investimentos nas regiões dos dois países, para o de-senvolvimento de relações económicas entre empre-sas, instituições e outros.

A visita da comitiva, que decorreu entre os dias 3 e 6, composta pelo presiden-te do município de Tun-

dzha, Georgiev, a sua es-posa, Vanya Georgieva e os vice-presidentes, Stan-cho Stavrev e Pencho Pe-nev, passou por várias em-presas do concelho, pela loja Social “Mangualde So-cial Mais”, Centro Escolar de Mangualde, Unidade de Cuidados Continuados e o Complexo Paroquial.

Micaela Costa

A Decathlon Viseu co-memora o primeiro ani-versário. Para festejar a data proporciona a todos os que visitem a loja, entre hoje e domingo, várias ati-vidades e demonstrações desportivas. Body Vive e Fitness Zumba são algu-mas das propostas que a Decatlon disponibiliza de forma gratuita.

Jonathan Augusto, dire-tor da loja de Viseu, afir-ma que ao longo deste pri-meiro ano se “fidelizaram

novos clientes e trouxe à cidade uma insígnia mui-to especial“, um espaço de 2000m2, com 166 lugares de estacionamento, onde se podem encontrar 65 desportos, serviços como oficina, estampagem, en-cordoamento, colabora-dores apaixonados pelo desporto, 100% orienta-dos para o cliente, em que a tenacidade, preço e ino-vação se juntam, “marca a diferença”.

Nestes d ia s de ce -

lebração a Decathlon d i sp on ibi l i z a a i nd a “produtos a preços ver-dadeiramente loucos, assim como boas opor-tunidades, a pensar já no Natal que está à por-ta”, acrescentou. Jona-than Augusto agrade-ce “a todos os parceiros que ajudaram a criar um evento diferente para Viseu e aos que visita-ram e ajudaram a cres-cer a loja, ao longo des-te ano”. MC

Decathlon comemoraprimeiro aniversário

Crise, PEC… e vontades

Clareza no Pensamento

No passado dia 3 de No-vembro a Chanceler alemã Angela Merkel voltou a de-fender a austeridade e pediu esforço aos parceiros euro-peus durante os próximos cinco anos. Para as vozes que têm defendido, crescen-temente, uma moderação da austeridade, esta é mais uma contrariedade. É que na União Europeia (UE) conti-nua a prevalecer a vontade dos países mais fortes, a qual depende, bastante, dos res-petivos interesses.

A esse propósito parece oportuno recordar as posi-ções de alguns países “maio-res”, particularmente da Ale-manha, em matéria de con-trolo orçamental.

As preocupações com o controlo das contas públi-cas dos estados da UE (que constavam já no Tratado de Roma) foram particular-mente reforçadas em 1997, com o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). O PEC sublinhava o objetivo essen-cial da manutenção de finan-ças públicas sãs como meio de reforçar as condições de estabilidade dos preços e de um crescimento sustentá-vel forte conducente à cria-ção de emprego, reforçando, para isso, a necessidade de os países apresentarem défices orçamentais anuais não su-periores a 3% do PIB (Produ-to Interno Bruto) e dívida pú-blica abaixo de 60% do PIB. O Regulamento nº 1467/97 do Conselho Europeu (um dos vários documentos que sustentavam o PEC) procu-rava agilizar, acelerar e cla-rificar a aplicação dos proce-dimentos a impor aos países que apresentassem, de forma persistente, défices excessi-vos, os quais poderiam cul-minar, após diversos passos e fases, na aplicação de san-ções (chegando, no limite, a multas). A ideia era a de, ao longo do processo, se ir pres-sionando crescentemente os países “infratores” no senti-do da correção do défice ex-cessivo.

A Alemanha foi um dos defensores maiores do PEC (pretendia até intervenções mais fortes), nomeadamen-te pela voz do então Minis-tro das Finanças, Theo Wei-gel. (Portugal foi o primeiro país a sujeitar-se aos proce-dimentos dos défices exces-sivos, em 2002, em virtude do défice registado em 2001). No entanto, quando em 2003 o Conselho declarou a Ale-manha e a França em situa-ção de défice excessivo (que se repetiria em 2004), de-vendo, por isso, desencade-arem-se os correspondentes procedimentos, a Alemanha

recusou, firmemente, a su-jeição a essas regras. Na se-quência destas posições, em Novembro de 2003 o Conse-lho de Ministros das Finan-ças da Zona Euro chegou a um acordo que suspendia, na prática, a aplicação do PEC. Em 2004, por força da-quele fracasso, as instâncias europeias reconheceram a necessidade de rever o Pacto, daí resultando um PEC mais suavizado, permitindo maior flexibilidade e “relaxamen-to” no tratamento das ques-tões orçamentais.

Este relaxamento contri-buiu, a meu ver, para uma gestão menos rigorosa das contas públicas em alguns países, concorrendo para défices mais elevados e consequente crescimento da dívida pública, com as gravosas consequências que se conhecem. Natural-mente que pode argumen-tar-se que grande parte dos problemas atuais derivam das crises financeira e eco-nómica iniciadas em 2007 e 2008. Obviamente que isso explicará, em parte, a situ-ação. Parece-me, no entan-to, que se o PEC tivesse sido aplicado com maior rigor, obrigando a um continua-do, persistente e generali-zado controlo orçamental, esses países estariam mais preparados para lidar com essas crises e encontrar-se-iam hoje, certamente, em si-tuação menos aflitiva.

Mas, retornando às posi-ções dos maiores países, es-tas voltariam, entretanto, a “ajustar-se”. Recordam-se as insistentes posições da Chanceler Merkel e do Pre-sidente francês N. Sarzoky, mormente em Dezembro de 2011, quando defenderam, en-tre outros aspetos, a refun-dação da Europa baseada num novo Tratado Europeu, a aplicação de sanções auto-máticas aos países que apre-sentassem défices excessi-vos e a recusa das eurobon-ds. Recorde-se também que a Sra. Merkel foi uma aguer-rida defensora do “pacto orçamental” assinado em Março de 2012 por 25 países da UE. A sua última declara-ção encaixa nessa lógica.

E é um pouco ao sabor des-tas “vontades” que a Euro-pa vai (sobre)vivendo. São sobretudo os países gran-des a comandar. Se a União Europeia o fosse verdadeira-mente (uma união) as coisas poderiam ser diferentes.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Joaquim SimõesDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

Está tudo pronto para a chegada do Pai Natal, amanhã, pelas 17h00, no Forum Viseu. Em vários pontos do centro comer-cial os mais pequenos vão encontrar várias surpre-sas preparadas especial-mente para eles, a partir das 15h00. Mas, este ano, o Pai Natal não vem sozi-nho e traz Mário Daniel, mágico conceituado no

panorama nacional e que atualmente apresenta o programa “Minutos Mági-cos” na SIC. Já devidamen-te instalado no seu trono, o Pai Natal, recebe todas as crianças que queiram tirar fotografias ou sim-plesmente deixar o seu pedido de Natal. Como já vem sendo hábito os mais pequenos são presentea-dos com a 6º edição do Li-

vro do Gui: “A brincar, a brincar, a sua profissão irá encontrar!” Para 15 esco-las do distrito de Viseu o Natal chegou mais cedo e desde quarta-feira, 15, até hoje, o Forum levou às es-colas um espetáculo único e divertido de fantoches conduzido por animado-res “peritos em arrancar” deliciosas gargalhadas aos mais pequenos.

Pai Natal no Forum Viseu

16 Jornal do Centro16 | novembro | 2012

Page 17: Jornal do Centro - Ed557

suplementosuplementoFormação & Formação & Qualifi caçãoQualifi caçãoPublicidade

A formação e a educação são essenciais para o desenvolvimento pessoal de qualquer cidadão. Criam bases de empregabilidade e promovem tanto o progresso económico como social. A aprendizagem ao longo da vida é a única forma de atualizar competên-cias e conhecimentos face às rápidas mu-danças tecnológicas e de organização do trabalho promovidas pela globalização. Uma das formas dessa aprendizagem é através da formação pois torna-se um fator de diferen-ciação entre os demais e é uma ferramenta para vingar num mundo cada vez mais com-petitivo e informado. Apostar na formação é um dos mecanismos que combatem a crise, instruindo, informando e dotando a população de ferramentas que os tornam aptos e social-mente ativos.

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SUPLEMENTOFORMAÇÃO & QUALIFICAÇÃO

Jornal do Centro16 | novembro | 201218

Formação para todos os gostostodos os gostosA formação ganha ter-

reno quando o objetivo é combater o abandono e o insucesso escolar, au-mentar as possibilidades de empregabilidade, atu-alizar competências, ob-ter uma polivalência na área do conhecimento individual e valorizar cur-sos práticos. Existem vá-rias modalidades de for-mação, adaptadas à faixa etária e às necessidades formativas de cada indi-

víduo, neste suplemen-to apresentamos-lhe al-guns exemplos da vasta lista de formação de que atualmente as várias en-tidades dispõem. Desde formação para adultos, para os mais jovens, f i-nanciadas e não f inan-ciadas, há sempre uma opção para que possa acrescentar e valorizar o seu conhecimento pes-soal e profissional.

A desmotivação junto dos jovens que procuram incessantemente um futuro melhor e uma perspe-tiva de vida, quer profissional quer pessoal, está-vel tem vindo a crescer e, infelizmente, muitos vêm o abandono escolar como a atitude mais prática e que mais frutos (económicos) lhes pode trazer. Mas é importante que se consiga incutir um novo espíri-to, pois sem formação e qualificações, esta procu-ra por uma vida profissional e pessoal, torna-se di-fícil. Os cursos de aprendizagem que possibilitam que os jovens, com idades entre os 15 e 24 anos, aprendam uma profissão enquanto adquirem uma

dupla certificação, 12º e nível 4, é uma das opções devido à grande componente técnica e prática. São formações financiadas e uma mais-valia à aquisição de competências e sobretudo de experiências para que depois sejam aplicadas em contexto de traba-lho. Existem vários cursos disponíveis nas entidades formadoras, desde hotelaria e turismo, às novas tec-nologias, às energias renováveis, à educação, e tan-tas outras opções.

No âmbito dos mais jovens existem ainda forma-ções que possibilitam a equivalência ao 6.º e 9.º anos de escolaridade.

Cursos de Aprendizagem

Destinado aos jovens que pretendem a especiali-zação numa determinada área. São cursos pós-se-cundários não superiores, que conferem uma quali-ficação de nível 5.

Cursos de Especialização Tecnológica Os cursos EFA são dest ina-

dos à população adul ta, com idade igua l ou supe r io r a 18 anos, sem a qual i f icação ade-quada para efeitos de inserção ou progressão no mercado de t raba lho ou sem a conclusão do ensino básico ou do ensi-no secundário. Estes cursos vi-sam aumentar os níveis de ha-bil itação escolar e profissional, através de uma vasta ofer ta de fo rmações, que potenc iam a empregabil idade e que cer t i f i-ca as competências adquir idas ao longo da v ida, sendo este últ imo i tem a for te aposta dos cursos EFA. Conferem um cer-t i f icado do 3.º ciclo do ensino básico e o nível 2 de qualif ica-ção, ou, um cer ti f icado do en-sino secundár io e o nível 4 de qualif icação.

Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA)

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Jornal do Centro16 | novembro | 2012 SUPLEMENTO

FORMAÇÃO & QUALIFICAÇÃO19

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Formaçãoem todo o lado

O avanço das tecnologias de informação e comunicação, a necessidade de alargar o campo de intervenção da formação e o cres-cimento das formas de ensino e formação, le-varam à criação de uma nova ideia de apren-dizagem, a formação a distância. Esta opção, cada vez mais utilizada em Portugal, possibi-lita que qualquer pessoa e em qualquer lugar possa aperfeiçoar os conhecimentos e inves-tir na formação.

O tempo cada vez mais escasso, para tudo o que não faz par te de uma lista de tarefas meticulosamente delineadas, leva, muitas ve-zes, a que nos esqueçamos de coisas tão importantes como a formação. Para comba-ter esta realidade apareceram as formações através de um sistema não presencial, util i-zando apenas o computador e uma ligação à internet.

É já muito vasto o catálogo de cursos que se podem tirar sem ter de se deslocar. No entanto, existem vários regimes no que toca à formação a distância, o sistema e-learning

ou ensino eletrónico é um mo-delo de ensino não presen-cial suportado por tecnologia, onde o aluno aprende através de conteúdos colocados pelo professor/formador numa pla-taforma onl ine, não necessi-tando de sessões presenciais. No caso de exist i rem sessões presenciais, em que o aluno/for-mando tem de se deslocar, recebe o nome de b-learning.

Dentro do regime e-learning podem ainda encontrar-se as sessões sín-cronas, o formador e o formando es-tão a mesmo tempo na forma- ç ã o , com recurso ao telefone, chat, videoconferência ou web-con-ferência, por outro lado, quan-do o formador e o formando não estão ao mesmo tempo na for-mação dá-se o nome de sessões assíncronas.

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FN Way aposta na formação agrícola

Ao longo dos últ imos anos a aposta na forma-ção dos indivíduos tem-se intensificado, uma das áre-as com grande incidência e que faz parte das políti-cas formativas é o ramo da agricultura.

A Fn Way Consulting tem apostado na área agrícola pois “deve ser vista como um investimento e enri-quecimento da economia portuguesa. Temos um cli-ma que é bastante propí-cio para esta prática e é, cada vez mais, uma opção de empregabilidade, so-bretudo para os mais jo-vens”, afirmou Michael Ba-tista, Gestor de Formação Profissional da FN Way.

A e m p re s a , q u e s e ded i ca à fo r m ação e consultor ia, conta com um vasto leque de cursos nesta área, quer em forma-ção financiada quer não fi-nanciada. Relativamente à pr imeira, e no âmbito do Proder, disponibiliza o curso de Gestão da Em-presa Agrícola, Controlo e

Análise de Investimentos (140 horas), Gestão Flores-tal Sustentável, Planos de Gestão Florestal, ArcGis e Ecologia Florestal, muitas delas estão já a decorrer em Viseu, Sátão e Penalva do Castelo e ainda por ini-ciar em Mangualde, Aguiar da Beira, Castro Daire e Vouzela.

Ministrar estas forma-ções só é possível com as parcerias que a FNWay tem vindo a fazer com vá-rias entidades do distrito, como é o caso da UDA-CA, Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, Associação de Produtores Florestais de Montemuro e Paiva e a Associação de Produtores Florestais Ver-de Lafões, para além do projeto autónomo da pró-pria FN Way.

Disponib i l izam a inda formações de Técnico de Micologia e Agricultu-ra Biológica, ambos ainda em processo de homolo-gação.

A aposta na área agrí-

cola prende-se com “o atual desenvolvimento na área agrícola e florestal”, acrescentou Michael Ba-tista. Por isso, “é impres-cindível que todos aque-les que pretendam alargar os conhecimentos nesta área e até mesmo enve-redar por novas práticas profissionais devem ver a agricultura como uma op-ção bastante viável”, sa-lientou.

A FN Way Consulting, sediada em Abraveses, é uma empresa que con-templa várias áreas de atu-ação. Para além da forma-ção em diferentes ramos, dispõe de apoio e gestão a projetos de investimento para pequenas e médias empresas, nas mais varia-das áreas, inovação, qua-lificação e internacionali-zação. Outros dos setores de intervenção da empre-sa são os serviços de con-tabilidade e consultoria.

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Page 20: Jornal do Centro - Ed557

SUPLEMENTOFORMAÇÃO & QUALIFICAÇÃO

Jornal do Centro16 | novembro | 201220

Governo aposta na formação técnica profissional

A fo rmação técn ica p rof iss iona l tem s ido alvo de muitos debates nos ú l t imos anos por par te do Governo, que pretende que se reco-nheça o ensino e a for-mação profissional como fatores chave para o de-senvolvimento socioe-conómico do país.

No passado dia 8, em conselho de ministros, reforçou-se esta ideia e, no ponto número nove, rei tera-se a impor tan-c ia do “reforço do in-vest imento na educa-ção e formação técnica profissional” e ainda de “medidas e in ic iat ivas dir igidas à empregabi-lidade; desenvolvimen-to do sistema de forma-ção dual e de qualidade das jovens gerações, assegurando o cumpri-mento da escolaridade obr igatór ia até aos 18 anos, bem como, as condições fundamen-tais para a ulterior inte-gração no mercado de trabalho”.

Dias antes, a 5 de no-vembro, Por tuga l e a A lemanha ass ina ram um protocolo onde está patente a necessidade

da t roca de exper iên-cia sobre o ensino pro-fissional, com o objetivo de triplicar o número de alunos nos sistemas de ensino profissional e de aprendizagem dual nos próximos 7 anos.

A ass i na tu ra des te Memorando de Entendi-mento do Governo, pre-tende ser uma grande aposta no ensino técnico e na formação profissio-nal através de “um sis-tema de formação dual que articule a formação teórica das escolas pro-fissionais com a forma-ção prática das empre-sas”, afirmou Nuno Cra-to, Ministro da Educação e Ciência. Este protocolo visa também desenvol-ver a indústria, aumen-tar a competitividade e combater o desempre-go.

Na segunda-feira, 12, Nuno Crato voltou a re-forçar a ideia e afirmou que “Gostaríamos [go-verno] que dentro de um ou dois anos tivéssemos ma is 50% de a l unos neste sistema de ensino. Será também uma forma de reduzir o desempre-go jovem”.

As transformações técnicas e or-ganizacionais no mundo do trabalho têm levado a alguns debates sobre os problemas que nos remetem às relações entre formação, qualifica-ção e trabalho.

No atual contexto económico do país, a formação profissional assu-me um papel estratégico, face ao elevado déficit de qualificação dos recursos humanos e às inúmeras e rápidas mutações científicas e tecnológicas.

É urgente dotar os jovens e profis-sionais com competências e conhe-cimentos adequados aos enormes desafios da produtividade, compe-titividade e globalização enfrenta-dos pelas empresas e demais or-ganizações.

A formação profissional apresen-ta-se, assim, como um instrumento privilegiado para, num curto espaço de tempo, se adquirir as competên-cias técnicas, comportamentais e relacionais mais importantes e em linha com a dimensão de tais de-safios.

Segundo o Presidente da Agência para a Qualificação e Ensino Pro-fissional, “quase 50 por cento dos jovens já escolhem enveredar pelo ensino profissional de forma a termi-nar o 12º ano, ao invés dos cursos científico-humanísticos.”

No entanto, temos ainda um lon-go caminho a percorrer no que res-peita à qualidade destes cursos. A actualização de alguns referenciais, a adequação dos mesmo à reali-dade do tecido empresarial e o au-mento do rigor na seleção dos pro-fissionais que os ministram são de-safios prementes, para que se faça um caminho sólido e com resulta-dos a longo prazo.

Por outro lado, a meu entender, deverá repensar-se as metodologias,

melhorando a informação a nível te-órico mas, também, para que seja possível o questionamento e a re-flexão.

Compete ao Estado garantir o acesso de todos os cidadãos à for-mação profissional, proporcionando os apoios públicos para o efeito.

Contudo, no atual contexto eco-nómico-financeiro e a aproximação do fim de um quadro comunitário de apoio já em 2013, tem levado à ra-cionalização e seleção criteriosa na concessão dos apoios nesta área.

Numa intervenção da Secretária de Estado do Ensino Básico e Se-cundário sobre a “Avaliação da Ini-ciativa Novas Oportunidades – Eixo Adultos” referiu que o governo define como objectivos a revisão da oferta formativa, a reestruturação da rede de Centro de Novas Oportunidades e a melhoria da educação e forma-ção de adultos.

Mais à frente referiu, ainda, que o governo tem como medidas para o futuro a revisão das tipologias de cursos, bem como dos referen-ciais de formação e os processos de RVCC, prevendo avaliar, regu-larmente, o impacto das ofer tas formativas no desempenho no mer-cado de trabalho.

A mais recente iniciativa que re-flete esta preocupação é o Pro-grama Vida Ativa. Este programa, segundo o Secretár io de Esta-do do Emprego, permitirá enca-minhar os “desempregados de forma mais célere para ações de formação de cur ta duração de natureza transversal, conciliáveis com a procura ativa de empre-go”, a “aquisição de competên-cias relevantes para o mercado de trabalho e a mobilização para processos subsequentes de qua-lif icação ou reconversão profis-

sional”, dispondo de “ações di-ferenciadas de acordo com o nível de escolaridade do desem-pregado”, através de “percursos modulares de dupla certificação que permitem a aquisição de no-vas competências, com o reforço significativo das atividades práti-cas na componente de formação tecnológica”

Muito pouco ainda foi dito ou se sabe sobre as orientações políticas e estratégicas para os Fundos Co-munitários para o período de 2014-2020.

No entanto, no passado dia 8 de Novembro, o Conselho de Ministros aprovou uma Resolução que con-tém as linhas que deverão ser tidas em conta na negociação com a Co-missão Europeia.

Assim, entre as três grandes prio-ridades temos a formação do capi-tal humano que, juntamente com as outras duas, segundo a resolução, fornecerão as bases “para a recu-peração de uma trajetória de cresci-mento e de emprego sustentável”.

Ainda neste documento pode-mos ler que estas prioridades se concretizarão em 5 objectivos, en-tre eles, o “reforço do investimen-to na educação e formação técni-ca profissional e, nesse contexto, reforço de medidas e iniciativas dirigidas à empregabilidade; de-senvolvimento do sistema de for-mação dual e de qualidade das jovens gerações, assegurando o cumprimento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, bem como, as condições fundamentais para a ulterior integração no mer-cado de trabalho”.

Na formação profissional a preo-cupação essencial será percorrer uma trajetória assente em princípios da qualidade, rigor e inovação.

Pedro Pereira de CarvalhoDirector Executivo da Tecla

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Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência

“A formação profi ssionalassume um papel estratégico”

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Page 21: Jornal do Centro - Ed557

desportoVisto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Chegou ao clube à 4ª

jornada da Divisão de Honra de Viseu. Desd-de que tomou o coman-do do Castro Daire, Rui Almeida só sabe o que é vencer. O castro Daire já lá está em cima, isolado.

Cartão Amarelo Incompreensível a

forma como alguns jogadores do Penalva perderam a cabeça em São Pedro do Sul. Três expulsões, por verme-lho directo, além de prejudicarem a equipa no jogo, condicionam as escolhas do treina-dor. Falham a Taça em Coimbra. Querem pior castigo?

Cartão Vermelho A forma como al-

guns reagem às “críti-cas” não se compreen-de, nem se aceita. Pode não se concordar, mas há que respeitar.

Visto

Rui AlmeidaTreinador do Castro Daire

Expulsões no Penalva do Castelo

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A Filipe Moreira, o novo treinador do Académico de Viseu

Académico de Viseu

O “mister” que se segueDespedido ∑ Agostinho aguentou 8 jornadas 10 ∑ O número de treinadores com António Albino

Estalou o chicote no Académico de Viseu.

Carlos Agostinho sai, entre Filipe Moreira.

A direção do clube en-tendeu que os resultados e o futebol exibido pela equipa não estariam a cor-responder às expectativas iniciais, e que passam pela ambição do Académico de Viseu lutar pela subida à II Liga.

Um desencanto que não é de agora e que se vinha agravando nas últimas se-manas.

Desde a derrota em No-gueira do Cravo que o am-biente entre treinador e direcção se degradou for-

temente, e a gota de água na paciência de António Albino, presidente do clu-be, terá sido o empate na passada jornada em Buste-lo, frente a um dos últimos classificados na série Cen-tro da II Divisão. Mais do que o resultado, a exibição da equipa não agradou aos responsáveis academistas.

É assim mais um trei-nador que tem uma cur-ta passagem pela lideran-ça da equipa, numa longa lista onde foram poucos os que conseguiram levar uma época de princípio ao fim.

Excepção às primei-ras épocas do “novo”

Académico de Viseu, ain-da no distrital e depois na II Divisão, com Idalino de Almeida no comando técnico, que o clube tem sido um entra e sai de trei-nadores: Luís Almeida, José Miguel Borges, An-tónio Borges, João Pau-lo Correia, Paulo Gomes, Manuel Matias, Lima Pe-reira, Carlos Agostinho e agora Filipe Moreira.

O novo técnico não é um desconhecido no futebol, e muito menos na região, já que em 2010/2011 quase levou o Tondela à II Liga. Filipe Moreira começou a temporada no Sporting da Covilhã, e na passada

terça-feira acertou a sua desvinculação com o clu-be serrano. Os maus re-sultados terão estado na génese da saída. No mes-mo dia em que saiu do Covilhã, acertou tudo com o Académico de Viseu, e foi apresentado à impren-sa na quarta-feira.

O novo técnico acade-mista tem um longo currí-culo desportivo com pas-sagens por clubes como Operário, Santa Clara, Portimonense, União da Madeira, Olivais e Mosca-vide, Tondela e o Sporting da Covilhã.

Gil Peres

AGOSTINHO REAGE NO FACEBOOK A terça-feira foi um tur-bilhão de emoções para Carlos Agostinho. Foi atra-vés da sua página no face-book que o ex-treinador do Académico de Viseu, mais “a frio”, publicou: “Amigos chegou ao fim a minha passagem nesse grande clube que é o Académico de Viseu. Naturalmente quando aceitei representar este clube muitas coisas me passaram pela cabeça: tornou-se realidade um so-nho que tinha desde miúdo, treinar o grande clube da nossa região, o clube que eu acompanhei desde os meus 14 anos e que estive presen-te em todos os grandes mo-mentos dos últimos 30 anos e porque não, ter a ambição de o ajudar a levar a outros patamares. Sem dúvida que mal passou de um sonho porque a realidade encon-trada foi bem diferente. Amigos e mais não vou dizer porque gosto muito mas muito do Académico e de forma alguma quero que me acusem de destabiliza-dor, mas deixo para todos vocês a análise do porquê da minha saída. Digo-vos foi um dos dias mais tris-tes porque eu continuo a pensar que iria conseguir colocar este grande clube numa liga profissional mas fui sentindo falta de algo que é muito importante para mim e que não vou di-zer o que é. Peço desculpa a todos os academistas se em algum momento não cor-respondi ao que esperavam de mim. Força Académico, as pessoas passam mas o clube fica sempre”.

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DESPORTO | FUTEBOL

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O Penalva do Caste-lo joga este domingo em Coimbra, em partida da quarta eliminatória da Taça de Portugal, em fu-tebol.

Única equipa do Dis-trito de Viseu ainda em prova, teve no sorteio o “prémio” de defrontar o actual detentor do tro-féu.

Um a d e s l o c a ç ã o a Coimbra, para jogar com a Briosa, numa competi-ção oficial, não é todos os dias que acontece a um clube como o Penalva do Castelo.

Recompensa merecida pelo que tem vindo a fa-zer na actual temporada, com Rogério Sousa como treinador principal.

Um Penalva que joga futebol positivo, e que vai tentar fazer a vida “negra” à Académica.

Um Penalva desfalcado de , pelo menos, três joga-dores: Dédé, Jô e Alfredo ficam de fora. Três expul-sões desnecessárias em São Pedro do Sul que os deixam de fora deste jogo histórico. GP

Taça de Portugal

Exame em Coimbra

III Divisão Nacional de Futebol - Série C

Perder três pontos, e três jogadoresA União Desportiva Sam-

pedrense somou a segunda vitória na Série C da III Di-visão de Futebol ao vencer o Penalva do Castelo por 1 a 0.

Um dérbi de Viseu que foi durinho, excessivamen-te nervoso de parte a par-te, com algumas picardias próprias deste tipo de dér-bis, e que acabaram por ter influência no desenrolar do jogo e no próprio resul-tado final.

Perante um Penalva com atitude positiva e que foi a São Pedro do Sul mostrar que queria ganhar, respon-deu a Sampedrense com uma defesa sólida, um meio campo muito combativo e rápidas movimentações na frente. Ao futebol mais ela-borado do Penalva, os da casa respondiam com ob-jectividade em direcção à

baliza de Ferrari.Uma partida com muitas

faltas e que acabaria por se decidir em poucos minu-tos. Primeiro com o golo de Ferreirinha na marcação de um livre directo e onde contou com a involuntá-ria colaboração de Bruno Ferrari. O guarda-redes do Penalva deu um fran-go, eventualmente traído pelo sol.

Minutos depois, a expul-são de Dédé. Entrada im-petuosa de “sola” do avan-çado do Penalva, que o ár-bitro puniu com vermelho directo. Não houve malda-de, mas descuido de Dédé que atingiu o seu adversá-rio.

Apesar da desvantagem com que foi para o des-canso, o Penalva reentrou com vontade no segundo tempo. Foi mais intenso e

perigoso mas, é bom dizê-lo, sem verdadeiramente criar muito perigo à bali-za de Márcio. Foi mesmo a Sampedrense com a me-lhor oportunidade da se-gunda parte, num trabalho individual de Ferreirinha, que driblou Ferrari já na área mas perdeu ângulo e rematou para fora.

Com a expulsão de Jô, por uma eventual agressão sem bola, acabou o jogo para o Penalva. A equipa ener-vou-se ainda mais e a Sam-pedrense controlou como quis o jogo. Partida que não acabaria sem uma terceira expulsão com vermelho di-recto para a equipa de Rogé-rio Sousa. Alfredo terá agre-dido um jogador da Sampe-drense numa altura em que o jogo estava parado.

Num jogo mal jogado, ga-nhou quem marcou. GPA Dédé foi um dos três expulsos no Penalva

A Penalva vai defrontar o detentor do troféu, a Académica

Jornal do Centro16 | novembro | 2012

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FUTSAL | DESPORTO

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II Divisão Nacional de Futsal - Série A

Goleada do Viseu 2001 antes da visita ao líder

O Viseu 2001 goleou o Vale de Cambra por 5 a 1 e mantém-se na segunda po-sição na classificação da sé-rie A da II Divisão nacional de Futsal.

Em jogo da 4ª jornada do campeonato, os viseenses não tiveram dificuldades em somar mais 3 pontos frente ao último classifica-do e têm agora 10 pontos na classificação geral, menos 2 que o líder que é o Lameiri-nhas da Guarda e que soma por vitórias todos os jogos já disputados, e este fim-de-semana há um Lameirinhas – Viseu 2001 no que será um grande teste à capacidade dos viseenses quanto aos objectivos de subida para esta temporada.

Quanto à AJAB de Tabua-ço, perdeu por 5 a 0 no Bes-

sa com o Boavista e desceu para o 12º lugar com 4 pon-tos.

Na III Divisão , jorna-da positiva para as equipas de Viseu na série B. O São Martinho de Mouros ga-nhou pela primeira vez. Vi-tória frente ao Gondomar por 5 a 4 e subida ao 9º lu-gar da classificação com 4 pontos.

Quanto ao Rio de Moi-nhos, empatou em casa a 3 golos com o Lamas Futsal. Mais um ponto para a equi-pa de Sátão que assim está na 8ª posição com 4 pon-tos.

Na série C o ABC de Nelas perdeu em casa com o Mirando da Corvo por 4 a 3.

Os nelenses estão na 7ª posição com 7 pontos. GPA Balão é um dos melhores marcadores da equipa

Distrital Futsal Feminino

Unidos voltam à liderança

O Unidos da Estação reassumiu a liderança do Distrital de Futsal Femi-nino da Associação de Fu-tebol de Viseu.

A for m ação de São Pedro do Sul goleou em Mor t á g u a a Ca s a do Benfica por 12 a 1.

A s h e x a c a m p e ã s distritais beneficiaram ainda da derrota do an-terior líder, o Carbelrio, que perdeu em Penedono

por 5 a 1.Penedono que tem já o

jogo de folga cumprido e que assim poderá em bre-ve chegar à liderança, já que soma por vitórias os quatro jogos já disputa-dos.

Destaque ainda para o Lusitano de Vildemoi-nhos que venceu o Olivei-ra de Frades por 5 a 3 e as-sim subiu ao 4º lugar com 7 pontos. GP

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culturasD Fernando Bonito apresenta livro

“Os sem direito a nome de rua” é o nome da obra que Fernando Bonito irá apresentar no domingo, dia 18, a partir das 15h00, no Auditório Municipal Carlos Pare-des, em Vila Nova de Paiva.

expos Arcas da memória

S. Martinho:rimas com pão e vinho

O pão e o vinho padroni-zam todo o alimento e o ho-mem os procura, angustioso sempre, desde a trágica saída do Éden, desde que os deixou de poder ter de forma gratui-ta. E quando os celeiros se enchiam, ao findar do Verão, quando, nas adegas, se sen-tia ainda o referver do mos-to ao vir dos primeiros frios do Outono, os homens de to-dos os tempos celebravam as divindades compassivas que lhes concederam o dom do resgate da culpa original através do trabalho e das do-res. E então estendiam sobre a mesa as primícias do pão que as mulheres haveriam de governar pelo ano fora e as infusas de vinho novo pas-savam de mão em mão entre os convivas e na cidade dos homens acendiam-se fogos de festa. Vêm de um tempo em que o tempo não era me-dido como o nosso, em calen-dário, estes rituais, sementes de Primavera que se escon-dem no seio fecundo de uma Terra-Mãe, Deméter ou Geia, tanto faz, que a enxada abre ou o arado lavra, Proserpina que logo vem cantando rimas nos ranchos de ceifeiros e dos vindimadores, e o seu regres-so triste à escuridão do Hades e as folhas dos castanheiros que lhe cobrem o chão como mortalha e, ouvindo-se ao longe, um cortejo que toca flautas de Pan, serão pastores, e Dionísio surgindo, a cabeça do deus coroada de flores, di-zendo aos homens que esque-çam as dores, que um tempo novo começa, a Primavera irá

voltar. E os crisântemos que ainda estão verdes sobre as campas dos avós.

Como haveriam de mor-rer estes costumes antigos se o homem permanece no fluir das gerações?! E eis que uma doutrina nova salva do tédio o correr dos dias em que o sol se esconde mais cedo e acende luzes nos ce-mitérios e acende fogos pro-pícios sobre as eiras da mar-gem dos povoados e as ra-parigas, as filhas núbeis dos lavradores carregam, à ca-beça ou no braço, cestas de verga cheias de castanhas e os rapazes trazem aos om-bros as ancoretas do vinho e a cerimónia que ali tem lugar, no descampado, rein-venta os sacrifícios antigos, Dionísio morreu, o patrono é agora S. Martinho, traz por bandeira o seu gesto de par-tilha, pão e vinho repartidos, por um tempo breve um ho-mem pensa que retornou ao paraíso. Memórias, estas, dos meus “magustos” anti-gos, evocação feita de afectos por essa rede de meus avós que vem, eu sei lá, do Neolí-tico, “campas de mouros” ca-vadas em oiteiros na Quinta do Valbom, papoulas que lá cresciam ao redor e violetas selvagens na margem dos ri-beiros e as letras que escre-vo, pudessem elas ser flores também.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

MANGUALDE∑ Biblioteca MunicipalAté dia 20 de novembro Exposição de fotografia “Vislumbres”, de Nuno Abrantes.

SANTA COMBA DÃO∑ Junta de Freguesia de TreixedoAté dia 30 de novembroExposição de fotografia “Santa Comba Dão no Feminino”, uma organi-zação conjunta da Câ-mara Municipal, através da Biblioteca Munici-pal Alves Mateus e da Universidade Sénior de Santa Comba Dão.

VISEU∑ Instituto Português do Desporto e Juven-tudeAté dia 26 de novembro Exposição de cartoon “Participação Cívica”, de Miguel Rebelo.

VILA NOVA DE PAIVA∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté dia 30 de novembro Exposição de escultura “Bairro Preto da Olaria Moderna”, de António Manuel Marques.

Até dia 30 de novembro Exposição de pintura “Recreio dos Ícones”, de Cláudia Costa.

Até dia 30 de novembro Exposição mista “Cole-ção Camiliana”, de Pau-lo Sá Machado.

roteiro cinemas Estreia da semana

A Saga Twilight: amanhe-cer parte 2 – Depois do nasci-mento de Renesmee, os Cullen unem-se a outros clãs de vam-piros para protegerem a criança dos Volturi.

VISEUFORUM VISEU

Sessões diárias às 13h40,

16h15, 19h00

Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 15h00,

17h40, 21h00, 23h50*

Aristides de Sousa Mendes - o cônsul de Bordéus(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h40,

17h20, 21h20, 00h00*

Força Ralph VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h40,

00h20*

Para Roma, com amor(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20,

17h30, 21h10, 00h15*

007 Skyfall(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h30,

16h10, 18h50, 21h30, 00h10*

Dos homens sem lei(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h50,

16h30, 19h10, 21h50, ooh30*

A Saga Twilight: amanhecer parte 2(CB) (Digital)

PALÁCIO DO GELO

Sessões diárias às 11h00*

(dom.), 13h40, 16h20,

19h00, 21h40, ooh20*

Força Ralph VP

(M6) (Digital 3D)Sessões diárias às 13h50,

17h00, 21h00, 00h10*

007 - Skyfall(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h20,

16h00, 18h40, 21h20,

00h00*

A Saga Twilight: amanhecer parte 2(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h20,

16h40, 19h10, 21h50,

00h25*

Taken - a vingança

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10,

16h30, 18h50, 22h00,

00h30*

Atividade paranormal 4

(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h40,

17h25, 18h50, 21h30, 00h15*

Argo

(M12) (Digital)

Legenda: * sexta e sábado

Destaque

Oito grupos de Viseu onde hoje tocam antigos elemen-tos da Infantuna Cidade de Viseu e ainda dois filhos de tunos vão juntar-se dia 8 de dezembro, na Aula Mag-na do Instituto Politécnico (IPV), às 21h00, num espe-táculo solidário carregado de simbolismo e de origina-lidade na cidade: “Infantuna 21 anos de partilha”.

A ideia é da Infantuna. Uma forma criativa de dar a volta à crise já que este ano a tuna assume não ter condições para organizar o tradicional Festival Interna-cional de Tunas da Cidade de Viseu, ao mesmo tempo que reforça o papel de res-ponsabilidade social.

“Um festival custa en-tre 10 e 12 mil euros, envol-

ve muito dinheiro e, neste momento, face às dificul-dades que o país atravessa, não estamos numa fase em que possamos ir pedir di-nheiro às instituições. En-tão, optámos por devolver à sociedade civil muito do que nos foram dando ao longo do tempo”, justifica José Costa, porta-voz da In-fantuna.

A opção é fazer um es-petáculo com grupos onde existam elementos da In-fantuna, tais o Musicando, o Coro Mozart, Fado em Si, Gaiteiros Cepa Torta, Xivi-nhas, Pedro Duval e o Gru-po de Canto e de Guitarra do Orfeão de Viseu a par da própria Infantuna. No es-petáculo vão estar dois fi-lhos de elementos da Infan-

tuna ao acordeão e na pre-cursão.

Cada participante no es-petáculo é convidado a fa-zer-se acompanhar de um valor alimentar para doar à Cáritas Diocesana de Viseu. “O nosso apelo vai ser para as pessoas, para as institui-ções e para as empresas em geral. O fundamental é aju-darmos nesta altura de Na-tal, marcando a época do festival, mas de uma outra forma”, adianta José Costa.

Para o responsável a ini-ciativa deste ano não sig-nifica o fim do festival de tunas, tratou-se de “uma opção atendendo às difi-culdades do país”.

Emília [email protected]

“Infantuna 21 anos de partilha”Iniciativa∑ Espetáculo solidário em substituição do Festival de Tunas

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A Tuna de Viseu dá a volta à crise com iniciativa inédita, dia 8 de dezembro no IPV

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culturas A Casa da Ribeira, em Viseu, vai realizar amanhã, dia 17, das 10h00 às 12h30, uma oficina de cestaria para o público infanto-juvenil, que tem como objetivo o contato direto com a arte de trabalhar o vime. A partir do contato com o artesão e a matéria-prima, pretende-se estimular a criatividade, desenvolver a capacidade de expressão e potenciar a experiência em grupo, através de uma atividade pedagógica e de carácter lúdico.

D Ofi cina de cestaria na Casa da Ribeira

Destaque

O artista Xico Lucena apresenta amanhã, dia 17, a exposição de pintu-ra “negro, quase azul, luz, quase noite”, na Galeria 9 - Arte Contemporânea, em Aveiro.

Xico Lucena, 46 anos, natural de Sernancelhe, é um dos escultores por-tugueses mais conceitua-dos no mundo. Contudo, o artista decidiu abraçar um novo desafio. “A pin-tura nasce da necessida-de de criar uma nova for-ma de expressão”, referiu. Através da pintura, Xico Lucena pretende provo-car a descoberta através da interrogação. “O cami-nho não passa por colo-car questões fáceis mas

sim provocar questões difíceis que estimulem o pensamento”, explicou. Por esse motivo, os qua-dros expostos focam em questões da existência humana: quem somos? é a questão que se levanta. Os quadros retratam a fi-gura humana que sobres-sai de fundos negros. Re-

metem para o vazio, para o caminho desconhecido com elementos forjados num surrealismo reno-vado.

“Na verdade, naquele cruzamento da realidade com a perceção, aquilo que é o fruto desta transumân-cia da escultura para a pin-tura, só pode ser integral-mente compreendida se visto o céu estrelado, ne-gro, quase azul…”, escre-veu o jornalista Ricardo Bordalo, responsável pe-las legendas das obras.

“Negro, quase azul, luz, quase noite” estará paten-te ao público até ao dia sete de dezembro.

Tiago Virgílio Pereira

Xico Lucena expõe em Aveiro“Negro, quase azul, luz, quase noite”∑ Obras questionam a existência humana

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“Girazine” é o nome do novo projeto editorial da associação cultural Gira Sol Azul. Foi lançado na passada sexta-feira, dia 9 de novembro, no espaço Noites Diurnas de Um Par de Dois, em Abraveses, Viseu. A nova publicação pretende ser uma janela aberta para a arte, para as iniciativas que estão próximas e mere-cem visibilidade e para os agentes culturais com ligações à região, mas que pro-duzem cultura dentro e fora do país.

foto legenda

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culturasD Conferência “Indústria Agrícola e Internacionalização”

A conferência realiza-se quarta-feira, dia 21, a partir das 17h30, no Teatro Viriato, em Viseu, no âmbito do “Prémio Agricultura 2012 – Escolha Portugal”, com o objetivo de promover, incentivar e premiar os casos de sucesso da agricultura nacional. Esta é uma iniciativa do Continente e do Correio da Manhã, com o patrocínio do Ministério da Agricultura

Aulas de música gratuitas

O município de Sátão vai proporcionar aos alunos inscritos nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC’s), do Agrupamento de Escolas de Sátão, aulas de música gratuitas. Estas aulas decorrerão na Casa da Cultura de Sátão, todos os sábados, das 9h30 às 11h30. Os objetivos destas aulas passam pela promoção do ensino e do gosto pela músi-ca e a ocupação dos tempos livres das crianças de um modo lúdico-educativo.

Evento solidário para aquisição de cadeira de rodas

Realiza-se amanhã, dia 17, um evento de cariz solidá-rio, apresentado e promo-vido pela Associação Sem-pre Sobre Rodas, de Santa Comba Dão, no Centro Cul-tural de Carregal do Sal, pelas 21h30. O espetáculo de teatro, intitulado de “Rampit”, fala de um grupo de atores que trans-porta para a cena a história de um D. Quixote e tudo o que acontece nos bastidores. A en-trada é livre mas aceitar-se-ão donativos para a aquisição de uma cadeira de rodas para a prática de desporto. O espe-táculo será traduzido em lín-gua gestual.

“Traição a Salazar” José António Barreiros

apresenta hoje, dia 16, no Ho-tel Montebelo, em Viseu, o livro “Traição a Salazar”, a partir das 21h30. “Traição a Salazar” resulta de uma in-vestigação sobre a história de uma rede de espionagem in-glesa em Portugal, na II Guer-ra Mundial, que a polícia po-lítica de Oliveira Salazar des-montou, devido à rivalidade com a Legião Portuguesa. De acordo com o autor, esta rede inglesa de operações clandes-tinas “contava com a partici-pação de vários portugueses adversos ao regime», mas «os ingleses caíram na ingenuida-de de ter contactos com a Le-gião Portuguesa”.

Variedades

O vigésimo terceiro cromo da Viseupédia tem como tema a extinta rádio NOAR.

A apresentação desta publicação da Projeto Pa-trimónio decorre ama-nhã, dia 17, no espaço da Empório, em Viseu, a

partir das 15h00. O tex-to ficou a cargo de Júlia Alves, um dos primeiros membros da antiga coo-perativa que deu origem à telefonia. A imagem é da responsabilidade de Margarida Oliveira, a mesma designer que, no

passado, criou o logótipo da rádio viseense.

As autoras são pre-sença confirmada, as-sim como muitos viseen-ses que fizeram parte da história da NOAR, quer como funcionários, quer como ouvintes. TVP

Rádio NOAR “renasce” na EmpórioVariedades

Destaque

Nuno Vilaranda e Pa-trícia Trindade Mendes apresentam a obra “Pai, vem me ver”, amanhã, dia 17, a partir das 16h00, na Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva, em Viseu.

O livro apresenta o di-ário do pai de dois filhos menores de idade que, após a separação conju-gal, começa a viver uma experiência dramática, presenciando, amargu-rado, a tormenta insta-lada na vida dos filhos. É uma amostra de uma realidade muitas vezes escondida na sociedade portuguesa, com a ajuda de testemunhos reais, co-

mentada por dois psicó-logos e por um advoga-do. Publicado pela Chia-do Editora, mais do que um livro, é uma história real que pretende desen-cadear a reflexão e o de-bate sobre experiências vividas por muitas famí-lias portuguesas.

A obra é marcada pela dedicatória a um amigo do autor, brutalmente as-sassinado a 5 de feverei-ro de 2011 pelo ex-sogro, durante uma visita à fi-lha, autorizada pelo Tri-bunal, num jardim pú-blico. A história infantil “Dois ninhos. Uma fa-mília” da autoria de Eu-nice Guerreiro e ilustra-

ção de Nuno Vilaranda, vem em anexo.

Nuno Vilaranda é guar-da do Destacamento de Intervenção do Coman-do Territorial da GNR de Évora e membro da dire-ção da Associação Por-tuguesa para a Igualda-de Parental e Direitos dos Filhos (APIPDF). Patrícia Trindade Mendes é mes-tre em Psicologia da Edu-cação e membro da dire-ção da APIPDF.

“Pai, vem me ver” será apresentado por Paulo Fernandes. Tenente-co-ronel e Relações Públicas da GNR de Viseu.

Tiago Virgílio Pereira

“Pai, vem me ver” conta o drama da separação conjugalApresentação do livro∑ Apresentação estará a cargo de Paulo Fernandes, Relações Públicas da GNR de Viseu

A Apresentação do livro acontece amanhã, na Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva

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O som e a fúria

Um Natal diferente,o Diwali

Durante a semana pas-sada o mundo Hindu es-teve em festa. O motivo dos festejos foi a “Festa das Luzes” (ou Diwali) que simboliza a vitória do bem contra o mal, da luz sobre a escuridão, no mundo como um todo e dentro de cada ser huma-no. A luz representa a li-bertação da ignorância. É através da luz que a bele-za deste mundo nos é re-velada e, historicamente falando, a maioria das ci-vilizações reconhecem a importância da luz como um presente de Deus e/ou como um símbolo de tudo o que é positivo. Nas ca-sas, acendem-se pequenas lamparinas, penduram-se lanternas coloridas, visi-tam-se os amigos e os vi-zinhos e reúne-se, à volta de uma mesa muitíssimo bem constituída, a família para celebrar a alegria que traz a festa do Diwali (sig-nifica “fila de luzes”).

Para os hindus, a escu-ridão representa a igno-rância, e a luz é como que uma metáfora para o co-nhecimento. Portanto, o acender de uma lâmpa-da simboliza a destruição, através do conhecimen-to, de toda a maldade e de todas as forças negativas: violência, luxúria, ira, in-veja, cobiça, inveja, medo, injustiça, opressão e sofri-mento,…

Existem várias supo-sições sobre a origem do

Diwali. Há quem diga que é a celebração do casa-mento de Lakshmi com Vishnu. Em Bengala, o festival é dedicado à deusa Kalí. É também comemo-rado como o dia em que o Rei Rama, de forma triun-fante e após 14 anos de exí-lio na floresta, retornou para Ayôdhya, após ter derrotado Ravana. Nesta mesma data, também, Sri Krishna matou o demónio Narakásura.

A primeira vez que per-guntei a uma Hindu do que se tratava, para simplificar, explicou-me que era uma festa muito familiar seme-lhante ao Natal Ocidental. Tal como no nosso Natal, no Diwali há compras e trocas de presentes mas esta troca que ocorre atu-almente é a modernização de uma tradição antiquís-sima de troca de doces e frutas secas. A verdade é que, independentemente da explicação mitológica escolhida, o que o festival das luzes realmente sim-boliza hoje em dia é a re-afirmação da esperança, um compromisso renova-do para com a amizade e a boa vontade, e uma ce-lebração religiosa das ale-grias simples – e não tão simples – da vida. Há uma prática de Yôga que des-creve bem o ambiente que se vive e sente: “pújá”, uma espécie de retribuição éti-ca de energia, o agradecer antes de receber.

Maria da Graça Canto Moniz

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em focoJornal do Centro16 | novembro | 2012 27

Magusto do CEARO Centro de Estudos Aquilino Ribei-

ro (CEAR), que comemora 25 anos de existência, promoveu na passada sexta-feira, 9, um magusto com uma conversa intitulada “Alemanha – Convenção sobre os afetos”, conduzida por Paulo Neto.

Este “serão”, dedicado ao Engenheiro Aquilino Ribeiro Machado, filho do escri-tor natural de Sernancelhe, Aquilino Go-mes Ribeiro, decorreu no Solar do Dão, casa onde o Mestre esteve em reclusão e de onde se evadiu a 15 de agosto de 1928.

Para Alberto Correia, responsável do CEAR, “foi um encontro de amigos que fomentam o estudo do escritor”. Na ses-são debateu-se a ligação de Aquilino com a Alemanha, país referenciado em algumas obras e de onde é originária a sua primeira mulher, Grete Tiedmann, mãe do seu filho Aníbal. O tema escolhido foi para Alberto Correia “muito pertinente, não pelo mo-mento político que atravessamos ou pela soberania da Alemanha, mas pela necessi-dade de aprofundar uma faceta menos re-fletida do escritor e que ainda é um tabu”. No final da sessão os convivas foram pre-senteados com um magusto acompanhado por vinho do Dão. MC

Feira do Míscaro no SátãoDecorreu no passado dia 11, a VI edição da Feira do Míscaro no município de

Sátão. A autarquia ofereceu mais uma vez, a todos os satenses e visitantes, um evento com uma vasta cultura gastronómica e cultural, onde o Míscaro é o pro-tagonista. A capital do míscaro, como é conhecida, acolheu turistas, visitantes, especialistas na degustação de míscaros, artesãos, vendedores e compradores da iguaria. O certame contou ainda com uma prova de BTT – “Maratona BTT, Rota do Míscaro 2012”, uma organização do grupo “Galos do BTT” em parceria com a Câmara Municipal. As castanhas também marcaram presença e várias atividades como pinturas faciais e modelagem de balões fizeram as delícias dos mais peque-nos. Ao longo da tarde ranchos folclóricos e grupos musicais animaram todos os presentes e para a noite ficou reservada a atuação da artista Ruth Marlene.

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em focoJornal do Centro

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Jantar vínico culmina com a apresentaçãodo Branco Reserva 2011 da Casa da Ínsua

A Quinta Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, apresentou o novo vinho, o Branco Reserva 2011, uma edição limitada a 13 mil garrafas. Considerado um vinho bastante gastronómico, este novo néctar posiciona o vinho da Casa da Ínsua num novo nicho de mercado, alargando o seu portfólio a uma área onde a produção obedece a re-quisitos muito rigorosos. Segundo o enó-logo Miguel Oliveira, a produção de vi-nho branco na Casa da Ínsua só ocorre nos anos em que a qualidade da colheita está claramente acima da média. A apresenta-ção decorreu durante um jantar vínico no restaurante da Casa da Ínsua, que também serviu para atestar as excecionais qualida-des do Reserva Tinto 2008. Resultado do cruzamento das castas Touriga Nacional e Cabernet-Sauvignon, é um vinho com bastante estrutura e muito gastronómico, de aroma muito frutado. João Paulo Gou-veia, também enólogo, disse tratar-se de “um excelente exemplar das castas que o compõem”.

No final do jantar, José Matias, enólo-go e responsável agrícola pela Quinta da Casa da Ínsua, conduziu uma visita à ade-ga, onde explicou aos presentes as várias fases de produção dos vinhos produzidas nas terras da Ínsua e deu a provar a nova colheita que se irá transformar no Espu-mante Casa da Ínsua 2012.

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FR Travel comemorou 1º aniversárioCom muito público, uma exposi-

ção e concurso de fotografias, par-ticipada por clientes no qual foram distinguidas três categorias - origi-nalidade, caráter técnico e melhor espírito de férias, a Agência come-morou o seu primeiro aniversário. Um momento de convivialidade en-tre os presentes, onde a música mar-cou presença, executada pelo trio musical – Catarina Barros, Daniel Simões (cantores líricos) e pelo vio-linista Luís Peres. Este primeiro ano foi realçado pela diretora, Fátima Ribeiro, como “gratificante e muito positivo para a empresa”.

Escola Profissional de Tondelaassinala S. MartinhoA Escola Profis-

sional de Tondela (EPT) assinalou o S. Martinho com a rea-lização do tradicional magusto, no passado dia 9. O evento reuniu alunos, professores, funcionários e mem-bros da direção da Es-cola. O átrio exterior serviu de palco à fes-ta com a componen-te gastronómica, no-meadamente as cas-tanhas, em plano de destaque.

E st a i n ic i a t iva procura “consoli-dar os laços de co-esão e de amizade entre toda a comu-nidade educativa uma vez que a esco-la deverá ser tam-bém um espaço de amizade, tolerância e companheirismo”, ad ia ntou o d i re -tor da EPT, Miguel Rodrigues. EA

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em focoJornal do Centro16 | novembro | 2012 29

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A AIRV e a CEC entregam Prémios aos Empreendedores da RIERCNo dia 9, numa unidade hoteleira da cidade, realizou-

se a Gala de entrega de prémios do Concurso Regional de Ideias de Empreendedorismo da RIERC com a pre-sença do secretário de Estado da Economia e Desen-volvimento Social e diversas outras individualidades, em organização da AIRV e do CEC – Câmara de Co-mércio e Indústria do Centro.

Os vencedores foram:1º Prémio: “Toxfinder in Vitro” – Coimbra;2º Prémio:”i9Surf” – Aveiro;3º Prémio: “ASIS” – Coimbra;4º Prémio: “Smartexpander” – Aveiro;5º Prémio: “Auditwork” - Viseu

Finiclasse apresentou novo comercial Citan

A Finiclasse Viseu apresentou, nos passados dias 9 e 10, o mais recente modelo de veículo comercial da marca Mercendes-Bez, o Citan. O novo comercial foi concebido para ir ao encontro dos desafios das atividades do dia-a-dia, combinando as palavras ‘ci-dade’ e ‘titan’. O veículo durável e robusto pretende ser um forte aliado dos clientes dos setores de ser-viços, vendas e comércio, oferecendo um espaço de carga alargado, apesar das dimensões compactas do veículo. Possui os atributos típicos da marca como a elevada qualidade, economia, segurança, uma exce-lente manobrabilidade, bem como uma alta eficiên-cia de combustível e emissões de CO2. Um “herói” preparado para qualquer situação seja em trabalho ou mesmo em família.

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Osteoartrose, a deterio-ração da cartilagem das ar-ticulações que surge numa idade mais avançada, faz parte do processo de enve-lhecimento. O que é interes-sante saber é que a investi-gação científica encontrou uma solução natural que pa-rece ser muito eficaz: glu-cosamina combinada com condroitina.

Estamos familiarizados com a típica situação em que o avô se levanta da sua cadeira. Pára a meio e fica “congelado”, como se algo o prendesse àquela posição. Lamenta-se, mostrando cla-ramente que tem dores, e lá consegue pôr-se de pé.

Esta imagem clássica é os-teoartrose, o resultado do-loroso do desgaste da car-tilagem. As extremidades ósseas expostas friccionam

entre elas, originando dor, estalidos e perda de mobi-lidade, mas investigadores empenhados encontraram o que parece ser uma solu-ção muito útil. Não se trata de cirurgia, nem de medi-camentos de síntese, é uma combinação de dois compo-nentes naturais. Uma cha-ma-se glucosamina, a outra condroitina.

A glucosamina é um ami-no-açúcar, produzido a par-tir dum aminoácido e de glucose. É um tijolo bioló-gico e um componente es-trutural da cartilagem das articulações. O que torna a glucosamina tão especial é a sua capacidade de estimu-lar a síntese corporal de car-tilagem e foi exactamente isso que a investigação mos-trou ser benéfico na osteo-artrose.

A condroitina, o outro componente, é extraído nor-malmente da cartilagem de porco ou de vaca, mas tam-bém é usada a cartilagem de tubarão. A condroitina é um componente estrutural vital da cartilagem.

Ao contrário dos medica-mentos analgésicos e anti-inflamatórios, que eram a opção não cirúrgica mais comum para as pessoas com osteoartrose, a gluco-samina e a condroitina têm outros efeitos para além de melhorar a dor. IMPEDE A DEGRADAÇÃO DA CAR-TILAGEM.

Até ao momento, este é o único tratamento capaz de prevenir a futura perda de cartilagem articular. Os in-vestigadores científicos ain-da não chegaram a um con-senso sobre como a gluco-

samina combinada com a condroitina consegue este efeito, mas parece que o tra-tamento inibe as enzimas que degradam a cartilagem, provocando a sua deterio-ração. Alguns peritos re-clamaram ainda que a glu-cosamina pode recuperar alguma da cartilagem já de-gradada.

Num artigo de revisão pu-blicado no início deste ano na revista Artroscopia (Ar-

throscopy), investigadores americanos referem o sul-fato de glucosamina como “uma modalidade inicial de tratamento para muitos do-entes com osteoartrose”. Por outras palavras, esta subs-tância representa uma solu-ção excelente de primeira li-nha para articulações degra-dadas, tal como os estudos conduzidos com a combi-nação da glucosamina com a condroitina mostram re-sultados promissores.

Outra situação importan-te que os investigadores no-meiam é o facto da glucosa-mina e da condroitina serem substâncias muito seguras, com quase todos os estudos a demonstrar igualdade de segurança desses dois com-ponentes relativamente ao placebo.

A osteoartrose, como

mencionado anteriormen-te, é uma parte natural do processo de envelhecimen-to. Para além da relação com a idade, e da degradação en-zimática da cartilagem arti-cular, a osteoartrose pode ser provocada pela utiliza-ção inadequada das articu-lações ou por uma combi-nação de excesso de peso e pouco exercício físico.

Glucosamina combina-da com condroitina parece ser uma solução benéfica para a osteoartrose ligeira a moderada, não apenas pe-los seus efeitos comprova-dos, mas também pela sua segurança.

Projeto de voluntariado∑ Gabinete dinamizado por alunas de Educação social

Mais apoio à saúde da população em Repeses

Pelo terceiro ano con-secutivo, as estagiárias do curso de Educação Socia l da Escola Su-perior de Educação de Viseu dinamizam o ga-binete social-vertente saúde da Junta de Fre-guesia de Repeses, no concelho de Viseu.

Todas as quartas-fei-ras , entre as 14h30 e

as 16h30, a população pode dirigir-se à sede da junta para realizar rastreios gratuitos de colesterol, de glicémia e de tensão arteria l , através da colaboração de uma enfermeira vo-luntária.

A ideia lançada há três anos conta este ano com o trabalho das

alunas Andressa Mar-ques, Nair Almeida e Ana Pinto. Mas o pro-jeto desenvolve-se atra-vés de um trabalho con-junto que envolve ain-da a Junta de Repeses, a Farmácia Avenida, as professoras e educado-ras do 1º Ciclo.

“Este projeto procura o bem-estar e a quali-

dade de vida da popu-lação”, af irmou Nair Almeida na cerimónia de abertura do gabine-te. A estagiária acres-centou que o objetivo é “contribuir para a pro-moção da saúde dos idosos da Freguesia de Repeses.

Emília Amaral

saúde e bem-estar

Um modo natural de ajudar as articulações dolorosas

Opinião

Inês VeigaFarmacêutica

A A abertura do gabinete decorreu na quarta-feira

Jornal do Centro16 | novembro | 201230

Page 31: Jornal do Centro - Ed557

SAÚDE 24 RECEBEU MAIS DE 4 MILHÕES DE CHAMADAS

A Linha Saúde 24 recebeu cerca de 4,3 milhões de con-tactos de utentes, nos últimos cinco anos (2007), tendo evi-tado mais de um milhão de idas desnecessárias às urgên-cias, de acordo com o último balanço feito por este servi-ço. Por ano, a distribuição das chamadas corresponde a cer-ca de 300 mil, nos oito meses de funcionamento da linha em 2007, cerca de 500 mil, em 2008, perto de 1,2 milhões, em 2009, 630 mil, em 2010, 670 mil, em 2011, e perto de um milhão, em 2012.

A maioria dos utentes re-corre a este serviço para ob-ter informações e aconse-lhamento clínico sobre o seu estado de saúde ou de fami-liares, em particular dos fi-lhos. A Linha Saúde 24 é cons-tituída por uma equipa de 400 profissionais de saúde espe-cialmente formados para dar aconselhamento ou ajudar o utente a encontrar a melhor solução, e dispõe atualmente de dois centros de atendimen-to, em Lisboa e no Porto.

SAÚDE & BEM-ESTAR

A Câmara Municipal de Moimenta da Beira em colaboração com o Nú-cleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro promove dia 18, dois percursos pedestres a favor da Liga Portugue-sa Contra o Cancro. Um dos percursos será urba-no, pelo interior da vila, e outro periurbano, mais longo, por trilhos térreos do concelho. Haverá ainda um rastreio de saúde pela Unidade Móvel.

Cada participante co-labora com três euros de inscrição, valor que rever-te por inteiro a favor do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Os dois percursos se-rão sempre acompanha-dos por técnicos do des-porto da autarquia. A ca-minhada urbana não irá

além dos dois/três quiló-metros e partirá às 09h45 dos Paços do Concelho. Tal como a periurbana, que terá a meta instala-da junto à praia fluvial da Barragem de Vilar, depois de percorridos cerca de oito quilómetros que de-verão demorar perto de três horas. O regresso, será assegurado por au-tocarro.

São também parceiros do evento o Agrupamen-to de Centro de Saúde do Douro Sul e a Rede Social de Moimenta da Beira.

As inscrições estão aber-tas até à hora das caminha-das, mas podem ser feitas antes na Câmara Municipal de Moimenta da Beira ou pelo email [email protected]. Mais informações pelos te-lefones 254 520 070, 935 520 090 e 925 200 200. EA

Caminhada solidária em Moimentada Beira

FicActivo recomeça em Oliveira de Frades

A Câmara de Oliveira de Frades está a promover desde outubro, o projeto FicActivo, um programa gratuito de atividade física regular destinado aos mu-nícipes do concelho com idades igual ou superior a 55 anos.

“De realçar que este pro-jeto tem desenvolvido nos últimos anos várias ativi-dades de entretenimento e partilha social entre os munícipes, promovendo simultaneamente hábitos de vida saudáveis”, lem-bra a autarquia em comu-nicado.

Este projeto consiste na prática de duas modalida-des desportivas: ginásti-ca de manutenção/recria-

ção a decorrer na Escola nº 1 (antiga escola primá-ria) de segunda a quinta feira às 10h00, e hidrogi-nástica nas Piscinas Mu-nicipais de segunda a sex-ta-feira às 9h45, de forma alternada. Para além des-tas modalidades, os parti-cipantes poderão usufruir ainda de aulas de informá-

tica, caminhadas, festas temáticas, entre outras.

As inscrições poderão ser feitas através do núme-ro de telefone 232 760303, nas Piscinas Municipais de Oliveira de Frades ou nas respetivas Juntas de Freguesia.

Emília Amaral

Programa∑ Atividade física e partilha de hábitos saudáveis

A Projeto para pessoas a partir dos 55 anos

Jornal do Centro16 | novembro | 2012 31

Page 32: Jornal do Centro - Ed557

SAÚDE

Porquêortodontia?

Opinião

Ana Granja da FonsecaOdontopediatra, médica dentista de crianças

CMDV Kids - [email protected]

A colocação de implan-tes dentários tem como ob-jectivo reabilitar espaços sem dentes, que muitas ve-zes se encontram assim há bastante tempo ou reabili-tar dentes que têm que ser extraídos devido a algum problema ou inflamação.•

O facto de ter os dentes tortos não leva a que te-nha que os tirar para co-locar uns direitos. É total-mente desaconselhado a extracção de dentes sem que esta seja extritamen-te necessária.

Para qualquer tipo de reabilitação dentária, tem que se avaliar vários fac-tores, tais como, Higiene Oral (é essencial manter uma boa saúde oral, ter os dentes limpos, fazer visitas regulares ao Médico Den-tista ou Higienista para tentar prevenir a acumula-ção de placa bacteriana, cá-ries e infecções nos dentes, osso e gengiva), boa quan-tidade e qualidade do osso dos maxilares e o estado de saúde geral.

A movimentação de

dentes desalinhados é o tratamento de eleição por não ser evasivo, uma vez que mantém intactos os dentes naturais.. Tal é pos-sível com o auxílio de um aparelho dentário. Para colocar aparelho dentá-rio também é fundamen-tal que tenha um osso maxilar e mandibular em boa quantidade e quali-dade para que seja possí-vel exercer as forças sufi-cientes para endireitar os dentes.

É um tratamento demo-rado, uma vez que são for-ças que vão ser exercidas nos dentes para os endi-reitar e têm que ser feitas de uma forma muito lenta para não os lesar.

Quanto ao facto de ser inestético, actualmente já existem brackets transpa-rentes, em vez dos metá-licos, e em certos casos é possível colocar o aparelho na parte palatina e lingual dos dentes, isto é na parte de trás dos dentes, sem que se perceba que tem apare-lho dentário.

Liga lança ideia para Serra da Estrela sem tabaco

O Núcleo Regional do Centro da Liga Portu-guesa Contra o Cancro quer fazer da Serra da Estrela um espaço na-tural sem fumo de ci-garros. O projeto de sensibilização para a prevenção do tabagis-mo, vai ser apresenta-do este sábado, 17 de

Novembro, Dia Mun-dial do Não Fumador.

A iniciativa vai ser dada a con hecer no Centro de Interpreta-ção da Serra da Estre-la, em Seia, numa ce-rimónia que contará com a participação do diretor-geral da Saúde, Francisco George, e do

presidente da Liga Por-tuguesa Contra o Can-cro, Carlos Oliveira.

Educar para a saú-de e prevenir a doença oncológica são os obje-tivos da ação, que pre-tende fazer da Serra da Estrela a primeira do mundo sem tabaco.

O projeto vai decor-

rer até junho de 2013 e terminará com a reali-zação de uma ativida-de de relevo, em que participarão entidades parceiras e alunos de várias escolas da área envolvente do Parque Natural da Serra da Es-trela.

Projeto∑ Sensibilizar para a prevenção do tabagismo ∑ Apresentado este sábado

Tratamos-lhe da Saúde...Todos os dias!

Apresente os seus serviços aos nossos leitores232 437 461232 437 461

Jornal do Centro16 | novembro | 201232

Page 33: Jornal do Centro - Ed557

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“Teria ficado muito triste se não pudesse

continuar a praticar exercício, pelo que

estou maravilhada por o meu fisiotera-

peuta ter recomendado o suplemento

de glucosamina e condroitina. Estou

100% sem dores e sinto-me óptima”,

afirma Ana Garrido que vive em Vila

Nova de Gaia.

Durante muito tempo, Ana lutava con-

tra as dores no joelho. As articulações

do joelho estalavam e provocavam-lhe

muitas dores.

Mesmo quando estava sentada, durante

algum tempo no trabalho ou a ver um

filme em casa, por exemplo, sentia um

grande desconforto na articulação do

joelho.

“O BioActivo Glucosamina Duplo resol-

veu os meus problemas. O desconforto

foi desaparecendo lentamente e agora já

não sinto dores. Este produto parece ter

sido a solução,” afirma Ana Garrido de

55 anos, aliviada por poder aproveitar e

ter uma vida activa novamente.

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(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)

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(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)

Jornal do Centro16 | novembro | 2012 33

Page 34: Jornal do Centro - Ed557

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(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)

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(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)

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(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 556 de 16.11.2012)

Jornal do Centro16 | novembro | 201234

Page 35: Jornal do Centro - Ed557

clubedoleitor∑ “Não vamos mudar o mundo, mas podemos

escolher melhor aquilo que comemos e a vida que

temos” (Edite Nascimento - Médica)

∑ “Vai ser um dos piores anos da restauração”

(Empresários do setor)

∑ Internet chega a todas as freguesias de Viseu

∑ Lampantana em Mortágua foi um sucesso

∑ “Devemos ser um clube cada vez mais regional”

(António Loureiro, presidente do Lusitano)

DEscreva-nos para:Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

O JORNAL DO CENTRO ERROU

Por lapso, o Jornal do Cen-tro escreveu, na edição 556, a 9 de novembro, que Artur Rodrigues é proprietário do estabelecimento comercial GoodVibes, mas na realidade, é apenas funcionário e respon-sável de loja. O espaço pertence à empresa If You Wear, expor-tação e importação lda, sendo Ivo Sousa, o gerente. Aos lei-tores e aos visados, as nossas desculpas.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 505 | 18 DE NOVEMBRO DE 2011

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 18pág. 19pág. 24pág. 26pág. 29pág. 31pág. 32pág. 35pág. 38pág. 39

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> SUPLEMENTO

> ECONOMIA> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário18 a 24 de Novembrode 2011

Ano 10

N.º 505

1,00 Euro

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Paul

o N

eto

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∑ Subida do IVA põe em causa a sobrevivência do sector. Empresários consideram “falácia” os 200 milhões que o Estado diz arrecadar | páginas 8 e 9

Empresários da restauração alertam:

“2012 vai ser o pior ano de sempre...”

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Quando é que este monstroestará saciado?

CARTA DO LEITOR

Em 2011,fruto da minha actividade em que por ve-zes circulo com diferentes viaturas, adquiri um dis-positivo anónimo, de paga-mento das portagens Scut por carregamento. Cansa-do de ter de gerir, melhor o pagamento de scuts, do que muitas outras coisas da minha vida,tipo: passei quando no Pórtico? Ir aos correios e... ainda não está em pagamento, entretan-to ser multado porque não havia estacionamento, vol-tar no dia seguinte e ver se já posso pagar...e os custos se por acaso não pagar nos 5 dias? E o meu trabalho? A minha vida? É que somos milhares de Portugueses nesta luta,vou aos correios e vejo sempre muitas pes-soas a pagar portagens, e falam em produtividade? Como? Se os nossos go-vernos são eles próprios a complicarem, dificul-tarem, a atrapalharem a vida do país,das pesso-as e das empresas. Mas, serve a presente para re-latar o facto de no dia 12-07-2012, ter feito um car-regamento no dispositivo (cujo comprovativo tenho comigo) no valor de 50,00 euros. Deste carregamen-to apenas usei no dia 13-7-2012, 5.25 euros ficando naturalmente com a dife-rença como saldo. No en-tanto no dia 14-10-2012 re-cebi uma mensagem no telemóvel disparada pelo sistema do Sr ctt, que me avisava que o meu saldo era inferior a 5 euros. Sa-bendo que não tinha usa-do o meu crédito fui in-formar-me até que recla-mei para “[email protected]”. Nestes dias falando com amigos, todos fica-vam boquiabertos, incré-dulos, e todos diziam que houve um engano. A res-posta veio, confirman-do que os ctt dizem, que o dispositivo não sendo carregado em 90 dias, eles(comem tudo) limpam-nos o saldo. O meu saldo actual é zero. Estou seguro que está tudo legal. Sim,os ctt dizem que se não car-regar em 90 dias perco o

saldo, e que está no contra-to que eu assinei.Não sa-bia nem fui informado na compra,mas não é impor-tante. Mas que fui roubado, fui,que é uma infame joga-da é. Não posso aceitar. Desde quem pensou,quem legislou,quem aprovou,às empresas que aplicam, não o fizeram nem o fazem de boa fé, sabem que é um roubo.

1- Porque é que a valida-de não é de 10, 50,100 ou 300 dias?

2- Não satisfeito com este operador,com esta gente,quero outro opera-dor? Pois e agora! A ver-dade é que não temos alternativas,estamos to-dos entregues obrigatoria-mente ao monópólio des-tes Srs.

3- Claro que, como pro-vado no meu movimento dos últimos meses, já dei-xei de ir a muito lado mes-mo em trabalho,por causa destas malditas scuts,mas eu quero usar uma alter-nativa, como posso ir para Aveiro ou Porto ou Guarda. Não existe. Se existisse, a A25 estaria às moscas,mas quando esta foi pensada,foi já a pensar que seria man-datório passar aqui.

4- Desde: a) O ilegal imposto au-

tomóvelb) Mais o iva desse im-

posto mais o do bem em si.

c)O imposto brutal sobre os combustíveis

d)O aumento sobre os combustíveis de 2 cêntimos em 2005 para suportar os custos das Scuts segundo o governo de então.

e) O imposto único de circulação (que em alguns casos é superior ao de uma vivenda).

f) Ao iva sobre todos pro-dutos e serviços que gasta-mos com o automóvel ao longo da sua vida.

g) Mais portagens e mui-to caras. Quando é que vai ser suficiente? Quando é que este monstro estará sa-ciado?

David Costa AzevedoViseu

A GUERRA DO ULTRAMARE AS SUAS CONSEQUÊNCIAS

24Sábado

NOV.

Tema: A África branca Coronel Matos Gomes��������� ��� � ������ ����� ��� �� ������������� ���� ������ ��! ���"

21:0

0 ho

ras

01Sábado

DEZ.

Tema: Portugal e o Crepúsculo dos Impérios

Coronel David Martelo��������� ��� � ������ ����� ��� �� ������������� ��"

21:0

0 ho

ras

17Sábado

NOV.

Tema: Moçambique um país nascido da guerragç q pq pq pDepoimentos:Prof. Doutor Armando Jorge Lopes�#���� ��$�� ���������%�����& �������'��(�������� ������)��* � "

Prof. Doutora Alda Costa�'��(�������� ������)��* � "21

:00

hora

s

ENTRADA LIVREConvidam-se especialmente os combatentes, alunos e professores de história, associações culturais e quantos regressaram de África

COLÓQUIOS - AUDITÓRIO MUNICIPAL DE TONDELA

Jornal do Centro16 | novembro | 2012 35

Page 36: Jornal do Centro - Ed557

JORNAL DO CENTRO16 | NOVEMBRO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 16 de novembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 15ºC e mínima de 10ºC. Amanhã, 17 de novembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 8ºC. Domingo, 18 de novembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 6ºC. Segunda, 19 de novembro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 4ºC.

tempo

Sexta, 16Vila Nova de Paiva∑ X Encontro Micológico da Escola Superior Agrária de Viseu, 9h00, Parque Arbutus do Demo.

Sábado, 17Viseu∑ A secção do PSD apresenta o “Nucleo das Mulheres Social Democratas de Viseu”, às 17h00, na Pousada de Viseu.

Domingo, 18Vouzela∑ 7ª Jornada Micológica de Lafões, às 10h00, receção no restaurante Eira da Bica.

Terça, 20Viseu∑ Apresentação do filme/documentário “Livro de Ponto” do realizador Nuno Tudela, às 21h45, no auditório do IPJ de Viseu.

agenda∑

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Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

(i) Em 2003, a TMN, a Optimus e a Vodafone foram autorizadas pelo governo de Durão Barro-so a comprar a quarta rede GSM aprovada para Portugal, rede que tinha atribuído o prefixo 95.

(ii) Em 2006, a Autoridade da Concorrência, dirigida por Abel Mateus, proibiu a aquisição das Auto-Estradas do Atlântico pela Brisa, mas o ministro Manuel Pinho decidiu autorizar o negócio. Isto é, a partir de então, a Autoridade da Concorrência passou a ser um verbo de en-cher, basta lembrar o à-vontade do cartel das gasolineiras.

(iii) Em 2008, o governo de Sócrates decidiu ajustar directamente a operação Magalhães à JP Sá Couto, numa clássica operação de “escolha dos vencedores”.

(iv) Em 2011, a versão de 3 de Maio do Memo-rando de Entendimento com a Troika reserva-va o leilão das novas frequências de banda lar-ga sem fios (4G) só para novos operadores, mas a versão de 11 de Maio, a que veio a ser assina-da pelas partes, já deixou que a TMN, Optimus e Vodafone fossem a jogo (de certeza isso não teve nada a ver com a posição que o sr. António Borges tinha então no quartel-general do FMI).

(v) Ainda em 2011, mas em Outubro, o Banco de Portugal matou, quase à nascença, uma “guerra” de juros para captação de depósitos que estava então a acontecer, ameaçando os bancos com penalizações.

(vi) Em 2012, no primeiro de Maio, o Pingo Doce decidiu fazer um desconto de 50% aos seus clientes. À cautela, para que um “desaforo” des-ses não se repetisse, as coimas foram subidas de 30 mil para dois milhões e meio de euros.

Os cinco primeiros casos mostram manobras de bastidores contra os consumidores e uma cultura do poder opaca e hostil à concorrência. Já no último, o do Pingo Doce, a exibição de for-ça é feita às claras para servir de aviso para o futuro — é colocada uma cabeça de cavalo en-sanguentada na cama do sr. Alexandre Soares dos Santos.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Seis casos

A ADICES - Associação de Desenvolvimento Lo-cal lança o convite até 15 de Fevereiro para par-tir à descoberta do ter-ritório composto pelos concelhos de Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão e Tondela, através dos seus sabo-res.

Durante três meses decorre a segunda edi-ção da “Rota da Gastro-nomia”. Uma iniciativa da ADICES que arran-cou ontem, em parce-ria com 14 restauran-tes locais. A Rota, que tem o apoio das quatro autarquias e do Turismo Centro de Portugal, pre-tende mostrar a quem visita a região, os “sabo-res antigos recolhidos no dia-a-dia das aldeias”, mas também “os sabo-res renovados e reinter-pretados por cozinhei-ros experientes à pro-cura de novas aventuras

gastronómicas”, de acor-do com a organização, reforçando que a Rota da Gastronomia “é uma iniciativa que pretende promover e divulgar não só a gastronomia, mas sobretudo a produção local de bens agroali-mentares originários do território de intervenção da ADICES”.

Nas 14 paragens da ro t a , os re s t au ra n-tes aderentes promo-vem durante o perío-do do evento ementas

diversificadas centradas na gastronomia regio-nal e na utilização pri-vilegiada dos produtos que “há longos anos dão expressão e força à co-zinha local” como o vi-nho do Dão, o azeite, o cabrito do Caramulo, a lampantana, o queijo e o requeijão, a laranja de Besteiros, a maçã, o mel, os enchidos, as compo-tas, os hortícolas, o mi-lho e outros.

Emília Amaral

Descobrir Aguieira Dão e Caramulo através dos saboresRota Gastronómica∑ ADICES em parceria com 14 restaurantes

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∑ Esta edição da Rota da Gastronomia vai para além da componente gastronómica e apresenta iniciativas promocionais: concurso cultural, mostras e degusta-ções de produtos, provas de vinho, ofertas de produ-tos locais e animação musical. Tudo a acontecer em 14 espaços de restauração que integram esta iniciativa (3Pipos, A Escola, Cota Máxima, Dão Catering, Mar-te, Monte Belo Aguieira, Nascer do Sol, O Nosso Lar, O País, Panorâmico, Pátio das Conversas, Petz Bar, Quinta de Cabriz e Salinas).

Iniciativas promocionais