memorial descritivo torre zf - jica - 国際協力機構 · ... posição admitida para a locação...
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3
2. DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA ...................................................................................... 4
3. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA............................................ 6
4. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE FABRICAÇÃO...................................................... 8
5. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE MONTAGEM ........................................................ 9
6. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE RESTAURAÇÃO ................................................ 10
6.1 SERVIÇO DE LIMPEZA E PINTURA.................................................................. 10
6.1.1 PREPARAÇÃO DAS SUPERFÍCIES ................................................................ 10
6.1.2 PINTURA............................................................................................................ 10
6.2 SERVIÇOS DE DESMONTAGEM DAS ESCADAS EXISTENTES.................. 11
6.3 SERVIÇO DE MONTAGEM DAS NOVAS ESCADAS....................................... 13
6.4 SERVIÇO DE ADEQUAÇÃO DA PLATAFORMA NO TOPO ......................... 15
6.4.1 BASE DA TORRE SECUNDÁRIA ................................................................... 15
6.4.2 REFORÇO E COLOCAÇÃO DE CHAPAS DE PISO ...................................... 15
6.4.3 RESTAURAÇÃO E ADEQUAÇÃO DOS GUARDA-CORPOS ...................... 15
6.4.4 REMANEJAMENTO DOS PAINÉIS SOLARES ............................................. 15
6.4.5 PAINÉIS FOTOGRÁFICOS .............................................................................. 16
6.5 SERVIÇO DE COLOCAÇÃO DA PROTEÇÃO CATÓDICA GALVÂNICA .. 17
6.6 SERVIÇO DE ADEQUAÇÃO DO PISO DE CONCRETO NA BASE ............... 19
6.7 SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE PARA-RAIOS ................................................ 19
7. SUGESTÕES ..................................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS............................................................................................................................... 22
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Posição admitida para a locação do(s) reservatório(s) provisório(s). .......................... 7
Figura 2 – Escadas a serem removidas........................................................................................ 12
Figura 3 – Escadas a serem montadas. ........................................................................................ 14
Figura 4 – Disposição sugerida para os painéis solares. ............................................................. 16
Figura 5 – Disposição sugerida para os ânodos de sacrifício. ..................................................... 18
Figura 6 – Distância entre o curso de água disponível e o sítio da torre. Deve-se considerar ainda
uma diferença de cota de aproximadamente 100 m entre o ponto de coleta e o reservatório
provisório no topo da torre. ......................................................................................................... 20
Figura 7 – Aspecto das peças da torre, sem limpeza. .................................................................. 21
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1. INTRODUÇÃO
Esse documento é parte complementar do conjunto constituído por memorial descritivo,
cronograma físico-financeiro, manual de uso e manutenção da torre e projeto e detalhamento da
adequação das escadas. Durante a leitura do presente memorial, deve-se ter em mente que esse
documento se limita a fornecer as recomendações gerais mínimas para execução dos serviços
descritos, que devem ser executados de forma a alcançar a melhor qualidade.
Esse trabalho tem como finalidade fornecer orientações para os serviços de adequação e
restauração de torre de equipamentos do INPA, adicionando às suas finalidades a possibilidade
de visitação pelo público comum. A atividade a ser desenvolvida é a observação da diversidade
botânica e dos animais que podem ser avistados daquele mirante, em diferentes níveis do dossel
da floresta primária.
Caso o uso de outro processo ou equipamento, além dos aqui indicados, tornar o serviço
mais ágil ou eficiente, com segurança e obtendo resultado final similar ou superior, este poderá
ter seu uso permitido mediante aprovação dos fiscais da obra.
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2. DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA
A descrição da estrutura aqui apresentada visa a descrever os perfis utilizados (apesar
dos desenhos da geometria da torre serem mais apropriados para esse fim) e também o estado
das referidas peças. O estado geral da torre inspira cuidados em relação aos revestimentos de
pintura, com alguns pontos de corrosão com grave perda de material. Esses pontos estão
situados nos elementos de chapa de fixação de alguns guarda-corpos e em parte das chapas de
piso das primeiras plataformas. Exemplos do aspecto da torre podem ser apreciados na Figura 7.
A estrutura metálica segue a descrição apresentada a seguir. Os desenhos esquemáticos
da estrutura são parte integrante da descrição geométrica e devem ser consultados. Os perfis
verticais são constituídos por cantoneiras com 203 mm de aba e 12,7 mm de espessura, nos
primeiros metros. As barras verticais possuem comprimento de 8 m com emendas aparafusadas
reforçadas por um segmento de cantoneira de mesma medida. A partir de 16 m a seção das
barras verticais diminui para 160 x 16,4 mm e, novamente, a partir dos 32 m, para 120 x12 mm,
mas nessa última emenda a ligação é soldada. Os perfis constituintes das plataformas, escadas,
guarda-corpos e barras horizontais e diagonais também foram medidos com uso de trena e
paquímetro. Essas medidas foram utilizadas para ajustar o modelo tridimensional elaborado.
A torre tem 40 m de altura, está localizada na ZF-2, próximo à Manaus, construída em
meio à floresta primária, com grandes árvores em volta, sem corte de vegetação, nem outras
construções próximas. A altura média do dossel é de aproximadamente 30 m. A torre apresenta
estrutura com seção quadrada, de dimensões constantes, com seis metros de lado. É modulada
verticalmente com espaçamento de quatro metros entre módulos. Apresenta escadaria central,
simples, alternada, com vão vertical de 4 m e alcance horizontal de 4 m. Os degraus são
confeccionados em perfil Z, com a largura do degrau (passo) de 29 cm e comprimento (largura
da escada) de 75 cm, perfil com abas de cinco centímetros. Ad distância vertical entre degraus
(espelho) é de 30 cm. Os perfis são dobrados em chapa com textura antiderrapante formada por
quadrados. Material de mesmo tipo do piso é usado nas plataformas e patamares. A modulação
dos patamares é alternada e começa nos primeiros quatro metros com um patamar que ocupa
todo lado de chegada da escada. E, no nível seguinte, a 8 m, o patamar ocupa todo o perímetro,
formando uma plataforma interna ao corpo da torre com um metro de largura. Esse padrão
modular se repete até o topo da estrutura. O topo é formado por chapas de piso sobre longarinas
e transversinas, com somente a caixa de escada livre, sem chapas de piso. As plataformas e
patamares são formados por longarinas de perfil U laminado com 30 cm de altura.
As chapas de piso têm emendas soldadas e são unidas às transversinas e longarinas por
parafusos de seis mm, com cabeça fendada, na parte superior e porca, na inferior.
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A estrutura é constituída por perfis laminados em suas peças principais. São quatro pilares
formados por cantoneiras de abas iguais, simples, de aço, fabricados pela CSN Companhia
Siderúrgica Nacional. A espessura e largura dos pilares sofre diminuição de seção nos primeiros
quatro metros de altura e, novamente, em nível próximo da metade da altura total da torre.
Em cada módulo há um contraventamento em X formado por cantoneiras de 75 mm unidas por
chapa de espaçamento e parafuso. As peças horizontais são em perfil U do tipo laminado de 20
cm. Os parafusos da estrutura principal são formados por parafuso, porca e uma arruela simples.
As emendas das barras verticais são formadas por doze parafusos, seis para cada segmento. A
estrutura parece apresentar vestígios de, pelo menos, duas demãos de pintura.
As escadas descritas acima deverão ser retiradas, assim como os corrimãos, e transportadas para
local designado pelo INPA.
A localização da estrutura está a aproximadamente 50 km de Manaus, na rodovia asfaltada
BR-174, seguindo pela ZF-2 mais 15 km em estrada de terra e enfim mais 700 m em trilha na
floresta, com largura suficiente para passar um carro, mas sujeita à queda de árvores e atoleiros
na época de chuva.
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3. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA
Os serviços de preparação do canteiro de obras constarão de montagem e tapamento da
estrutura coberta para uso provisório como almoxarifado, escritório e depósito. A estrutura de
cobertura permanente detalhada nos desenhos de fabricação e montagem pode ser aproveitada
para esse fim. Podem ser usadas placas de madeira compensada para o tapamento provisório ou
outro material, como chapas de aço corrugado.
Deverá ser instalado um banheiro químico para atendimento dos funcionários.
Ao início dos serviços de restauração, retirada e montagem das escadas, a obra deverá
possuir um gerador para atendimento das máquinas de limpeza, furadeiras, parafusadeiras e
inversores de soldagem.
Para os serviços de limpeza com lavagem de alta pressão, será necessária uma
instalação permanente de abastecimento de água, constituída por conjunto motor-bomba,
tubulação flexível e reservatório, assim como as conexões e registros necessários.
Será permitido o posicionamento no topo da torre de reservatório com até 1000 l, nas
posições observadas na Figura 1.
O conjunto moto-bomba utilizado, assim como a tubulação usada para abastecimento da
torre entre o sitio de trabalho e o curso d’água disponível, deverão ser deixados de forma
permanente à disposição do INPA e da JICA ao fim dos trabalhos. O conjunto motor-bomba
deve ser capaz de vencer a perda de carga de todo o comprimento da tubulação necessária (entre
300 e 400m) e ainda a diferença de cota de aproximadamente 100 m entre o curso de água e o
topo da torre onde serão instalados os reservatórios.
A lavadora de pressão será alimentada a partir dos reservatórios, por gravidade e por
meio de mangueiras flexíveis.
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4. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE FABRICAÇÃO
A fabricação dos elementos estruturais constituintes do novo sistema de escadas deverá
ser feita em condições supervisionadas e acompanhadas do engenheiro responsável.
As peças deverão obedecer às dimensões contidas nos desenhos técnicos. Entretanto,
havendo diferença após conferência com as dimensões da estrutura in loco, e devido à
complexidade da estrutura e do número de lances envolvido, as dimensões em desacordo devem
ser corrigidas pelo executor dos serviços de fabricação. A responsabilidade pela harmonia entre
as dimensões das peças novas e aquelas pré-existentes é do engenheiro responsável pela
fabricação.
As peças deverão ser furadas e, se possível, pré-montadas em condições controladas
para identificar e evitar erros que possam ser levados para o resultado final. Peças sujeitas à
variação das dimensões da estrutura existente poderão ser fabricadas no local.
Os furos deverão ter as dimensões observadas nos desenhos para evitar maiores folgas.
As rebarbas resultantes do processo de corte deverão ser removidas e as bordas lixadas ou
esmerilhadas com disco de desbaste.
A solda poderá ser feita utilizando-se eletrodos revestidos ou pelos processos MIG ou
TIG. Qualquer dos processos admitidos deverá ser executado com esmero, observando-se boa
técnica com a solda preenchendo toda a superfície, sem falhas e contínua entre as peças a serem
unidas.
O material utilizado deverá ser obedecer rigorosamente às especificações de projeto, o
uso de materiais similares deverá ser posto à aprovação do departamento de engenharia
encarregado dos serviços de fiscalização.
As soldas deverão ter as escórias removidas e escovadas com escova de aço antes dos
trabalhos de pintura. Todas as peças soldadas deverão sofrer inspeção visual pelo engenheiro
responsável.
Todas as peças deverão ser limpas para receber a pintura. A limpeza pode ser feita com
pano ou estopa embebido em solvente, para remoção das partículas soltas. A pintura deverá ser
feita com as peças secas e isentas de óleo ou umidade. Poderá ser usada pistola de pressão, rolo
ou pincel desde que bem executado. A pintura deve seguir a cor e o tipo de tinta usado nos
serviços de restauração do corpo da torre, em duas demãos do produto referência “Metalatex
Eco Fundo Antiferrugem” da Sherwin Williams, vermelho óxido fosco, que será a superfície de
acabamento.
Os serviços descritos acima servem também para orientar a fabricação da cobertura
auxiliar.
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5. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE MONTAGEM
Os serviços de montagem deverão obedecer a todas as normas de segurança para a sua
realização. As escadas deverão ser fixadas com uso de parafusos ASTM A307. Os degraus,
aparafusados nas longarinas dos lances das escadas deverão receber uma capa de chapa xadrez
de alumínio, com a face lisa pintada com fundo apropriado para alumínio, rebitados com rebites
de repuxe, conforme desenhos de montagem. O piso em chapa de alumínio não deve receber
pintura na face superior. As peças existentes constituintes do corpo da torre que sofrerão algum
tipo de modificação, como corte ou furação, deverão ter suas superfícies de corte ou furo
pintadas com galvanizador a frio, com teor de zinco de 95%, antes da montagem com parafusos.
As plataformas de descanso das escadas devem ser de chapas lisas. Sobre a chapa lisa deve ser
fixada outra chapa fina, xadrez, de alumínio, conforme projeto. As chapas lisas dobradas dos
degraus e as chapas lisas das plataformas devem estar com pelo menos duas demãos de fundo
antiferrugem antes de receber as chapas de piso de alumínio.
Riscos na pintura, devido ao transporte e manuseio dever ser retocados com a mesma tinta usada
na pintura. As escadas devem ser montadas por completo, incluindo corrimãos e guarda-corpos,
conforme o andamento da montagem, evitando seu uso durante a montagem sem os elementos
de segurança.
Os pendurais devem ser posicionados respeitando-se rigorosamente as especificações de
projeto, prumo e alinhamento. Os processos e métodos de elevação dos materiais ficam a cargo
do executor, assim como a responsabilidade pela segurança dos processos utilizados.
As soldas realizadas em campo devem ser efetuadas por partes, quando se tratar de peça que
esteja sofrendo carregamento, e sempre executadas sob a supervisão e orientação do engenheiro
responsável pela execução estrutural. As soldas devem ser fiscalizadas e sua execução
acompanhada pelo engenheiro da obra a fim de garantir a perfeita execução.
As chapas ou elementos galvanizados que sofrerem cortes ou perfurações deverão ter as
superfícies dessas regiões pintadas com produto galvanizador a frio, com 95% de zinco.
Os serviços descritos acima servem também para orientar a montagem da cobertura auxiliar.
Esses serviços compreendem ainda a escavação das fundações e concretagem dos chumbadores,
colocação dos pilares, e montagem das tesouras, terças e colocação de telhas. A estrutura deve
estar pintada com duas demãos de fundo antiferrugem e os pilares devem estar perfeitamente
nivelados e prumados.
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DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE RESTAURAÇÃO
6.1 SERVIÇO DE LIMPEZA E PINTURA
Devem-se observar as fotos da Figura 7 para exemplificar as condições de conservação da
torre e o volume de serviço de limpeza que deverá ser concluído.
6.1.1 PREPARAÇÃO DAS SUPERFÍCIES
As superfícies deverão ser preparadas com as operações de limpeza geral,
lavagem com lavadora de alta pressão, lixamento por meio de mios mecânicos e/ou
manuais, nova lavagem com lavadora de alta pressão. A superfície das peças deverá ser
lavada com uso de lavadora de pressão, lixada com uso de lixa d’água ou escova
metálica com aplicação manual ou mecânica, conforme a ação mais eficiente observada.
Após a operação de lixamento, as superfícies deverão ser lavadas novamente com
lavadora de pressão, para remoção das partículas soltas. Essa última lavagem deve ser
efetuada de modo que, quando possível, haja tempo para a secagem e pintura no mesmo
dia. Devido às condições climáticas da região amazônica, nem sempre é possível a
plena secagem das peças no mesmo dia. Podem ser usados meios mecânicos para
auxiliar a secagem das peças.
6.1.2 PINTURA
A superfície das peças deverá ser seca com panos, ou estopa, soprador, ou
lavada com uso de lavadora de pressão, lixada com uso de lixa d’água ou escova
metálica com aplicação manual ou mecânica, conforme a ação mais eficiente observada.
Após a operação de lixamento, as superfícies deverão ser lavadas novamente com
lavadora de pressão, para remoção das partículas soltas. Essa última lavagem deve ser
efetuada de modo que, quando possível, haja tempo para a secagem e pintura no mesmo
dia. Devido às condições climáticas da região amazônica, nem sempre é possível a
plena secagem das peças no mesmo dia. Podem ser usados meios mecânicos para
auxiliar a secagem das peças. As peças deverão ser pintadas com tinta de fundo
antiferrugem, própria para superfície metálica e solúvel em água. Deverão ser de marca
reconhecida e de qualidade. A referência para a tinta utilizada é o produto “Metalatex
Eco Fundo Antiferrugem” da Sherwin Williams. Devem ser aplicadas duas demãos de
pintura de fundo antiferrugem que servirá como acabamento. As chapas de piso em
alumínio usadas para o revestimento dos degraus e patamares das escadas deverão ter a
face inferior pintada com uma demão de fundo próprio para superfícies em alumínio. O
produto de referencia para essa pintura é o “Metalatex Eco Super Galvite”, também do
mesmo fabricante e à base de água.
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6.2 SERVIÇOS DE DESMONTAGEM DAS ESCADAS EXISTENTES
As escadas devem ser desmontadas e levadas para baixo por meio de processo a cargo dos
responsáveis pela desmontagem. Esse processo deve atender a todos os quesitos relativos à
segurança dos trabalhadores. O serviço deve ser feito com todos os procedimentos de segurança
necessários. As peças são pesadas e deverão ser removidas com os degraus e longarinas
montados. O transporte deverá ser providenciado entre o sítio da torre e as dependências que o
INPA designar. Pode ser admitido o aproveitamento do material dos corrimãos nos trabalhos de
adequação dos guarda-corpos e escadas.
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6.3 SERVIÇO DE MONTAGEM DAS NOVAS ESCADAS
Os serviços de montagem deverão ser efetuados com total segurança dos trabalhadores. Uso
de EPI apropriado para cada atividade é obrigatório. Botinas, luvas, óculos de proteção,
mangotes, perneiras, aventais e máscara de solda, assim como trava quedas e cintos de proteção.
As cordas e acessórios de segurança deverão ser vistoriados todos os dias antes do início dos
trabalhos. Certos equipamentos, assim como cordame e fiação podem sofrer ataques de animais,
como roedores, e essa vistoria visa a identificar e prevenir danos em elementos constituintes de
sistemas de segurança.
Todos os parafusos devem ser apertados com torque apropriado e vistoriados antes da
entrega dos serviços. Deverão ser observados sons anormais quando produzidos pela
movimentação de pessoas e cargas na estrutura e identificadas as fontes. Ruídos em chapas de
piso e degraus podem apontar parafusos frouxos ou em quantidade insuficiente. Os furos para
fixação de pendurais devem ser feitos com furadeira, limpos e pintados internamente com
galvanizador a frio, com teor de zinco de 95%. Os parafusos devem atender às especificações
ASTM 307 e serem galvanizados.
Os degraus e patamares das escadas serão constituídos por chapas lisas parafusadas ou
soldadas às transversinas e longarinas de assentamento, conforme as indicações constantes no
projeto. Sobre as chapas lisas, serão parafusadas ou rebitadas chapas de piso (chapa xadrez) em
alumínio, com 1,5 mm de espessura. As chapas de alumínio deverão ser pintadas na face
inferior, de contato com a chapa lisa, com tinta de fundo própria para alumínio. O produto de
referência para ser usado é o “Metalatex Eco Super Galvite” a base de água, do fabricante
Sherwin Williams.
A chapa de aço lisa a ser coberta dever estar pintada com duas demãoes de fundo
antiferruginoso.”Metalatex Eco Fundo Antiferrugem”, do mesmo fabricante.
Entre as duas chapas deverão ser distribuídas faixas de fitas do tipo dupla face, com
referência do produto do fabricante 3M, e então feita a colocação de parafusos e rebites
indicados em projeto.
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6.4 SERVIÇO DE ADEQUAÇÃO DA PLATAFORMA NO TOPO
A abertura na plataforma deverá ser fechada na zona onde hoje está a passagem da caixa de
escada existente, sob a estrutura da torre secundária. Deverão ser colocadas travessas de apoio
da chapa de piso, conforme desenho de montagem.
6.4.1 BASE DA TORRE SECUNDÁRIA
A torre secundária está apoiada sobre vigas de madeira que deverão ser
removidas e substituídas por perfil metálico, especificado nos desenhos de montagem.
6.4.2 REFORÇO E COLOCAÇÃO DE CHAPAS DE PISO
Onde houver corrosão pronunciada, deve ser trocada a chapa de piso. Durante a
troca, devem ser vistoriadas as vigas de apoio das chapas para avaliação da necessidade
de reforço onde houver corrosão com perda de espessura. Somente partes da primeira
plataforma apresentam zonas que devem ser restauras com possibilidade de troca.
6.4.3 RESTAURAÇÃO E ADEQUAÇÃO DOS GUARDA-CORPOS
Os guarda-corpos deverão ser telados com tela soldada, metálica, galvanizada,
de malha 5x10 cm. Os pontos de apoio dos pilares dos guarda-corpos em união com as
vigas dos patamares deverão ser vistoriados, e aqueles que apresentarem corrosão com
perda de espessura deverão ser restaurados, com substituição da peça, nova solda e
avaliação dos parafusos para consideração de troca. Todos os guarda-corpos deverão ter
sua altura aumentada para 1,1 m por meio de uma barra de tubo 38 x 2 mm afixada com
parafusos na barra superior do guarda-corpo existente. Os roda-pés que estiverem tortos
ou empenados devem ser restaurados.
6.4.4 REMANEJAMENTO DOS PAINÉIS SOLARES
Os painéis solares deverão ser remanejados para uma posição externa à
plataforma da torre. Esse suporte externo deve permitir o deslocamento dos painéis para
se posicionarem sobre a plataforma e permitir o trabalho de manutenção em zona de
segurança. Podem, para isso, apresentar dobradiça ou estarem fixos em um quadro
corrediço que se movimente para fora e para dentro do corpo da torre. Esse suporte pode
ser de aço, galvanizado e pintado ou ainda de alumínio, sem revestimento de pintura
(Figura 4).
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Figura 4 – Disposição sugerida para os painéis solares.
6.4.5 PAINÉIS FOTOGRÁFICOS
Devem ser instalados suportes para painéis fotográficos que servirão para
identificação visual das espécies arbóreas. Esse suporte externo fica anexado aos
guarda-corpos em posição vertical e é posicionado quando em uso em posição inclinada
com ângulo de aproximadamente 45°. Os suportes dos referidos painéis fotográficos são
rotulados por meio de dobradiça feita com parafuso na parte inferior. Os suportes
devem poder abrigar painéis com 1,5 a 2 m de comprimento e 90 cm de altura. Devem
estar dispostos nas quatro faces da plataforma de topo da torre.
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6.5 SERVIÇO DE COLOCAÇÃO DA PROTEÇÃO CATÓDICA GALVÂNICA
Deverão ser afixadas nos quatro pilares, em zona próxima às fundações, sob as chapas de pisos
das primeiras plataformas, peças de sacrifício, para proteção catódica galvânica, constituído por
barras de zinco puro (ânodo). Essas peças podem ser como os produtos da Quartzolit,
Weber.guard galvashield XP2 e XP4 ou produto com qualidade similar. Também podem ser
afixadas nos pontos onde haja acúmulo de umidade, e em zonas de encontro ou sobreposição de
peças. A disposição sugerida pode ser vista na Figura 5. Os fios para fixação das peças podem
ser parafusados à estrutura da torre com uso de parafusos com espessura de quatro ou cinco
milímetros. Estima-se que sejam usadas até 80 peças distribuídas conforme a Figura 5. A
distribuição dos anodos pode ser desigual, mais concentrada na região inferior, por ser mais
úmida. A aplicação deve seguir as especificações do fabricante e as condições de condução
devem ser verificadas com uso de multímetro.
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6.6 SERVIÇO DE ADEQUAÇÃO DO PISO DE CONCRETO NA BASE
Deverá ser executado um bloco de fundação para o apoio do primeiro lance de escadas. Todo o
piso confinado entre as vigas da fundação da torre, na área interna, com aproximadamente 36 m²
deverá ser concretado com apiloamento do terreno existente e colocação de armadura
constituída por tela de malha 20x20 cm, espessura de 4,2 mm.
6.7 SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE PARA-RAIOS
Os para-raios deverão ser instalados em 4 postes de tubo galvanizado 2”x1/8”, com isolamento
em PVC. As quatro novas prumadas dos cabos de cobre deverão ter seção com 25 mm² e
estarem isoladas do corpo metálico da torre por meio de passadores isolados. Os cabos do para-
raios existente deverão ser desconectados do corpo da torre e conectados ao novo sistema. O
novo sistema deve ser conectado ao aterramento existente. O aterramento existente deverá ser
avaliado com uso de terrômetro e, se necessário, novas hastes de aterramento deverão ser
adicionadas ao sistema. As prumadas, nas zonas próximas aos patamares e ao alcance do
público, deverão estar protegidas por eletrodutos.
6. SUGESTÕES
O transporte pesado de materiais pode ser bastante dificultado na época chuvosa, assim como a
secagem das peças para receber pintura. Sugerimos que os serviços sejam executados em época
de estiagem.
Quanto à infraestrutura, sugere-se que seja usado um gerador para atender os serviços que
dependam de ferramentas elétricas.
A quantidade de água para lavagem das peças pode ser bastante considerável, dependendo do
modelo de lavadora de alta pressão. Para não haver problemas com essa demanda e transporte
de água, pode-se prever uma instalação provisória para abastecimento de água por meio do
bombeamento da água fornecida pelo curso de água situado a aproximadamente 300 m de
distância. Para esse dimensionamento, deve-se prever um conjunto moto-bomba capaz de
transportar água por tal percurso e em um desnível de aproximadamente 100 m, até o topo da
torre. Onde estaria situada uma caixa d’água para atendimento dos equipamentos de lavagem de
alta pressão. O reservatório de água pode ter volume de 500 l e deve ser posicionado próximo a
um dos quatro pilares. Essa instalação deve ser considerada como provisória.
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Figura 6 – Distância entre o curso de água disponível e o sítio da torre. Deve-se considerar ainda
uma diferença de cota de aproximadamente 100 m entre o ponto de coleta e o reservatório
provisório no topo da torre.
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REFERÊNCIAS
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to Wind-Induced Forces. Kewayse, T. H. Dissertation Texas Tech University, USA, 2001.
Static and Dynamic Analyses of Guyed Antenna Towers, Wahba, Y. M. F. Dissertation
University of Windsor, Canada, 1999.
Computer-Aided Free Vibration Analysis of Guyed Towers. Militano, G. Thesis University of
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products.
NBR 6120 - Cargas Para o Cálculo de Estruturas de Edificações. Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT. Rio de Janeiro, 1980.
NBR 6123 - Cargas devidas à ação do vento - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT. Rio de Janeiro, 1988.
NBR 6188 - Projeto de estruturas de concreto – procedimento. Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT. Rio de Janeiro, 2007.
NBR 8681 – Ações e segurança nas estruturas – Procedimento. – ABNT. Rio de Janeiro, 2003.
NBR 8800 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios.
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Rio de Janeiro, 2008.
NBR 14718 - Guarda-corpos para edificação. Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT. Rio de Janeiro, 2001.
NBR 14762 - Dimensionamento de Estruturas de Aço Constituídas por Perfis Formados a Frio –
Procedimento. Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Rio de Janeiro, 2001.