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B. Indústr. anim., Nova Odessa, SP, 44(1 ):59-69, jan.!jun. 1987 RAÇÕES COM DIFERENTES ONICO TEOR DE NfvEIS DE PROTEíNA AJUSTADOS A UM LlSINA E METlONINA PARA SU íNOS EM CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO (l ) (Effect of various levels of protein ajusted to same leveI of amino acids to pigs on growing and finishing periods and carcass characteristics) MÁRCIO POMPÉIA DE MOURA (2), MILTON GORNI (3) e FERNANDO GOMES DE CASTRO JUNIOR (4) RESUMO: O presente trabalho comparou três rações para suínos com diferentes níveis de proteína bruta, mas ajustados para conterem o mesmo teor de lisina e metionina. Fo- ram utilizados quinze machos castrados e quinze fêmeas da raça landrace, durante os pe- ríodos de crescimento (PC) e terminação (PT). O delineamento estatístico foi de blocos ao acaso em fatorial 3 x 2 (níveis de proteína x sexo). Os animais foram alojados indivi- dualmente e receberam água e ração à vontade. Os tratamentos foram: TI = 16% de PB (PC) e 14% de PB (PT); T 2 = 14% de PB (PC) e 12% de PB (PT); T3 = 12% de PB (PC) e 10% de PB (PT). Aos T 2 e T 3 foram adicionados níveis de lisina e metionina ajusta- dos ao nível de TI. Os resultados foram: ganho em peso (g/dia/animal) = 865, 826 e 584 (P < 0,05); consumo médio (g/dia/animal) = 2.487,2.373 e 1.872; conversão alimen- tar (kg alimento/kg de ganho) = 2,87, 2,87 e 3,24 (P < 0,05), respectivamente para TI, T 2 e T3. Os resultados de carcaça não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos, mas as fêmeas dos tratamentos 1 e 2 apresentaram menor espessura média do toucinho do que os machos (P < 0,05). INI'RODUÇÃO A fomulação de rações para sumos de acordo cem suas exigências nutricionais é baseada em normas estabelecidas e defi- nidas por tabeIas, das quais as duas mais conhecidas são o NRC (National Research Council) e ARC (Agricultural Research Council), editadas, respectivamente, pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha. Essas tabe- las recomendam teores mais baixos de pro- teína em função da rrenor capacidade de síntese da ITEsma can o avanço da idade do animal. As recorendações para os períodos (1) Projeto IZ-544/B. Recebido para publicação em março de 1987. c2) Da Divisão de Zootecnia Diversificada. Bolsista do CNPq. e) Da Seção de Suinocultura, Divisão de Zootecnia Diversificada. (4) Da Seção de Reprodução e Inseminação Artificial, Divisão de Técnica Básica e Auxiliar. 59

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B. Indústr. anim., Nova Odessa, SP, 44(1 ):59-69, jan.!jun. 1987

RAÇÕES COM DIFERENTESONICO TEOR DE

NfvEIS DE PROTEíNA AJUSTADOS A UMLlSINA E METlONINA PARA SU íNOS EM CRESCIMENTO

E TERMINAÇÃO (l )

(Effect of various levels of protein ajusted to same leveI of amino acids to pigs on growing andfinishing periods and carcass characteristics)

MÁRCIO POMPÉIA DE MOURA (2), MILTON GORNI (3) e FERNANDO GOMES DE CASTRO JUNIOR (4)

RESUMO: O presente trabalho comparou três rações para suínos com diferentes níveisde proteína bruta, mas ajustados para conterem o mesmo teor de lisina e metionina. Fo-ram utilizados quinze machos castrados e quinze fêmeas da raça landrace, durante os pe-ríodos de crescimento (PC) e terminação (PT). O delineamento estatístico foi de blocosao acaso em fatorial 3 x 2 (níveis de proteína x sexo). Os animais foram alojados indivi-dualmente e receberam água e ração à vontade. Os tratamentos foram: TI = 16% de PB(PC) e 14% de PB (PT); T2 = 14% de PB (PC) e 12% de PB (PT); T3 = 12% de PB (PC)e 10% de PB (PT). Aos T2 e T 3 foram adicionados níveis de lisina e metionina ajusta-dos ao nível de TI. Os resultados foram: ganho em peso (g/dia/animal) = 865, 826 e 584(P < 0,05); consumo médio (g/dia/animal) = 2.487,2.373 e 1.872; conversão alimen-tar (kg alimento/kg de ganho) = 2,87, 2,87 e 3,24 (P < 0,05), respectivamente paraTI, T2 e T3. Os resultados de carcaça não apresentaram diferenças significativas entre ostratamentos, mas as fêmeas dos tratamentos 1 e 2 apresentaram menor espessura médiado toucinho do que os machos (P < 0,05).

INI'RODUÇÃO

A fomulação de rações para sumosde acordo cem suas exigências nutricionaisé baseada em normas estabelecidas e defi-nidas por tabeIas, das quais as duas maisconhecidas são o NRC (National ResearchCouncil) e ARC (Agricultural Research

Council), editadas, respectivamente, pelosEstados Unidos e Grã-Bretanha. Essas tabe-las recomendam teores mais baixos de pro-teína em função da rrenor capacidade desíntese da ITEsma can o avanço da idade doanimal. As recorendações para os períodos

(1) Projeto IZ-544/B. Recebido para publicação em março de 1987.c2) Da Divisão de Zootecnia Diversificada. Bolsista do CNPq.e) Da Seção de Suinocultura, Divisão de Zootecnia Diversificada.(4) Da Seção de Reprodução e Inseminação Artificial, Divisão de Técnica Básica e Auxiliar.

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de crescimento e terminação são, respecti-varente, de 16% e 14% a 13% de proteínabruta.

o arroçoarrento dos suínos cem a, ra-ção simplificada milho-soja foi possívelatravés de inõneras pesquisas realizadashá mais de três décadas. CATROOet alii(1953) já mencionavam que a ração baseadaem milho-soja tinha caro primeiro amino-ácido limitante a lisina, sendo queWAHlSTRCM& LIBAL(1974), além de lisina,acrescentaram a metionina; mais recente-nente , RUSSEILet alii (1986) apontaramcaro limitante o triptofano.

BABATUNDEet ali i (1972), trabalhan-do em condições de clima tropical, obtive-ram ót inos resultados quando utilizaramrações cem teores de proteína inferiores,porém cem adequado balancearrento de anuno-ácidos-

BARBOSAet alii (1977), utilizandoanimais da raça landrace durante as fasesde crescimento e terminação, conseguirambons resultados no desempenho cem a adiçãode 0,2% de lisina e 0, 1% de metionina emrações cem 11,6% de proteína bruta, conpa-

rativarrente à rações cem 14,8% de proteínabruta sem adição de qualquer aminoácido.

~ et alii (1983) observaramefeito positivo da adição de metionina àração de terminação milho-soja, suplemen-tada cem triptofano, lisina e treonina.

G<l1ES-ROJASet alii (1982) e RUSSELet alii (1986) mostraram que a suplementa-ção cem metionina às rações milho-farelode soja melhoram a·eficiência alimentar (p< 0,05), mas não tem efeito sobre o ganhoem peso de suínos em crescimento.

Menores consumos de ração foramobservados por SHARDAet al.í.í. (1976) e

EASTER& BAKER(1980), em função do desba-lancearrento de aminoácidos essenc~a~s.

o presente trabalho teve por objeti-vo observar o fornecimento de rações ba-seadas em milho-soja cem baixos teoresprotéicos em relação às normas de tabelas,porém recanpondo os aminoácidos deficien-tes - lisina e metionina - aos níveis daração testem.mha elaborada de acordo cemas exigências do NRC(1979).

MA1ERIALE MÉTOoos

o ensaio, cem duração de 84 dias,foi realizado nas instalações do Institutode Zootecnia, em Nova Odessa, SP. Foramutilizados trinta suínos da raça landrace,sendo quinze machos castrados e quinzefêreas, cem idade aproximada de sessenta

dias e peso inicial de 21,4 kg e final de84,5 kg, Antes do início do ensaio, os

ammaas foram subret idos a um período pré-experimental de adaptação de sete dias,durante o qual receberam vermífugo e vita-

mina ADE~O fornecimento de ração e água foi à

vontade, sendo 'a troca de ração no períodode crescimento para terminação realizadaaos 61,2 kg de peso vivo,em média.

60

Quadro 1. Composição porcentual das rações com diferentes níveis de proteína bruta

IngredientesCrescimento

16 1214Terminação

14 1012

C»--

MilhoFarelo de sojaFosfato bicálcicoSal comumPremix*Lisina**Metionina***EM (kcal/kg)Lisina (%)Metionina (%)Cistina (%)

76,620,702,00,50,2

3.1860,790,300,30

82,315,02,00,50,20,20,06

3.1950,790,330,27

87,59,32,00,50,20,40,12

3.2130,790,360,24

82,315,02,00,50,2

3.1950,640,270,27

87,59,32,00,50,20,20,06

3.2130,640,300,24

97,13,72,00,50,20,40,12

3.2090,640,330,27

* Produto comercial.** L-1isina HCl.*** DL-metionina.

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B. Ind6str. anim .• Nova Odessa, SP. 44( 11:59-69. jan.ljun. 1987

de peso vivo dos animais de umdos trata-mentos atingiu aproximadamente 95 kg.

Para avaliação das característicasde carcaça, os animais foram abatidos àmedida em que atingiam peso vivo entre 95e 100 kg, As mensurações foram realizadasde acordo com as normas preconizadas pelo

Método Brasileiro de Avaliação de Carcaças(ABCS, 1973).

o delineamento experÍIIental foi deblocos ao acaso por um fatorial 3 x 2(níveis de proteína x sexo). As médias fo-ram canparadas pelo teste de Ducan, segun-do GU1ES (1976).

RESULTAOOS E DISCUSSÃO

Ganhoem peso

Os resultados para ganho em peso du-rante as fases de crescÍIIento e terminaçãoe para o período total são nost.rados noquadro 2. Observa-se que T1 e T2 foram'su-

periores a T3 nos três períodos considera-

dos, rrostrando que as adequações percen-tuais de lisina e metionina dos T e T ,

~ da di - d . âcid 2. ~ Jatraves a l.çao e armnoaca os smtet i-

cos, resultaram em respostas praticamenteidênticas, tornando possível a redução de2% do teor de proteína da ração, desde quesejam ajustados os níveis desses aminoáci-dos. A redução de 4% no teor de proteínaafetou o ganho em peso, indicando que obalanço de aminoácidos foi inadequado, pa-recendo ser responsável o baixo teor per-centual de triptofano, visto que váriosautores, entre eles BAKER (1973), mencio-nam o baixo teor desse aminoácido na pro-teína do milho ,

No presente ensaio, o percentual demí.lho da ração do T , sendo 14,2% e 13,5%

. 3 .superl.or ao T

1para as fases de creSCl.men-

to e terminação, fez comque o teor esti-mado de triptofano da ração dinúnuísse de1,60 g/kg para 1,02 g/kg e de 1, 34 g/kgpara 0,7 g/kg, respectivamente nas fases

mencionadas,não atendendo, dessa forma, aorequerÍIIento mínino preconizado pelo NRC(1979), de 1,1 g/kg e 1,0 g/kg para cres-cÍIIento e terminação.

WAHLSTRCM et alii (1979) observaramque a adição de 0,05% de DL-triptofano àsrações que continham 13% de proteína brutacom lisina e metionina corrigidas, fez comque os leitões com cinco semanas de idadetrost.rassem semelhante performance aos quereceberam rações com 18% de proteínabruta, o que sem adição de triptofano nãofoi conseguido. Da mesma forma, RUSSEL etalii (1986) mencionamque rações milho-fa-relo de soja com 12% de proteína brutapara animais em período inicial de cresci-mento são linútantes em triptofano.

Em rações milho-fare lo de soja,CORlEY & FASTER (1983) determinaram osaminoácidos linútantes como sendo lisina,triptofano e treonina.

Emrelação à treonina, o nível desseaminoácido satisfaz integralmente a exi-gência de 3,9 g/kg e 3,7 g/kg de ração(NRC, 1979) para as fases de crescÍIIento eterminação, já que seu nível em T

3foi

5,09 g/kg.

62

\

Quadro 2. Resultados de ganho em peso diário médio, consumo e conver s ão alimentar durante as fases de crescimento, terminaç~o e total

p'I•s:-fz~Oa.i.raC/)

T~

_3___ ~12%-10% de PB ..•

Ü1CO

2,98b Ó>

3,05b!D0;.

3,02b ?.:::,3,35a c:

?3,73b ..•

CO3,54b co.....,

3,16b

3,33b3,24b

Períodos

Ganho em peso Consumo Conversão alimentar

(kg/dia/animal) (kg/dia/animal) (kg/di a/animal)

T T T T T T T T1 2 3 1 2 3 1 __ 2

16%-14% de PB 14%-12% de PB 12%-10% de PB 16%-14% de PB 14%-12% de PB 12%-10% de PB 16%-14% de PB 14%-12% de PB

M-0,859a 0,775a 0,530b 2,296a 2,045b 1,581c 2,56a 2,63aF-0,75/a 0,765a 0,547b 2,000a 1,988a 1,653b 2,64a 2,60aX-0,827a 0,771a 0,544D 2,148a 2,017b 1,617.b 2,60a 2,62a

M-0,983a 0,954a 0,746a" 3,302a 3,089a 2 ,489b" 3,36a 3,25aF-0,864a 0,851a 0,531b. 2,627a 2,658a 1, 971b" 3,30a 3,13aX-0,923a 0;903a 0,638b 2,964a 2,873a 2,229b 3,33a 3,19a

M-0,930a 0,851a O, 627b" 2,715a 2,180a 1, 958b" 2,91 a 2,91a

F-0,799a 0,801 a 0,540b- 2,259a 2,267 a 1, 786b" 2,82a 2,83a

X-0,865a 0,826a 0,584b 2,487 a 2,373a 1,872b 2,87a 2,87a

Crescimento(49 dias)

~ Termí nação

(35 dias)

Tota 1(84 dias)

M = macho; F = fêmea.

Letras diferentes na mesma linha são significativas estatisticamente (P < 0,05).

* Macho x fêmea = (P < 0,05).

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Resultados serrelhantes ao presenteensaio foram obtidos por KERR et alii(1983), que posicionam em 2%o limite má-ximo de adição do teor de proteína bru~a,quando devidamente suplerrentado com lisi-na; EASTER & BAKER (1980), ao adicionarlisina sintética à ração tida como contro-le negativo, obtiveram ganhos serrelhantesao controle positivo.

Com relação ao sexo, foi observadamaior velocidade de ganho em peso para osmachos castrados do que para as fêmeas (p< 0,05), sendo a interação não-significa-tiva. Dados serrelhantes foram obtidos porM:URA et alii (1984), os quais observaramque machos castrados foram superiores àsfêrreas, ganhando 20,0% a mais em peso vivodurante o período de crescimento e termi-nação (figura 1).

11)o 50

"O

~<, 400"1.:ti:.

30

2

10

Constam

Os resultados para conslJ11l)são mos-trados no quadro 2. No presente ensaio foiobservado menor conslJ11l)para os animqis doT:) em comparação aos dos T 1 e T2, nos pe-r1odos estudados.

O menor conslJ11l)do T está em acordocom SHARDA et alii (197~), os quais ojustificaram como 'razão do desbalanceamen-to dos aminoácidos da ração, o que foiobservado no presente ensaio em função dobaixo teor de triptofano do T •

. 3O conSIJ11l)observado por EASTER &

BAKER (1980) foi afetado quando os ani-mais receberam rações com baixo teor deproteína, principalmente dos 45 kg aos 75kg de peso vivo.

14 4228 56 70 84Dias

Figura 1. Ganho em peso acumulado

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Considerando o sexo, os machos con-sumiram mais al irrento do que as fêrreas,nos períodos de terminação e total (p0,05). Durante o crescirrento, apesar denão-significativo, houve tendência dos ma-chos apresentarem maior consumo.

MJURA et alii (1984) tarrbérnobserva-ram consumo 19,5% maior para os machoscastrados em relação às fêmeas.

Conversão alinentar

Conforme apresentado no quadro 2, osresultados para conversão alinentar sãosemelhantes aos de consumo e ganho em pesono T , sendo inferiores (p < 0,05) aos T

3 ~, . 1e T2

nos tres per~odos cons~derados.

Os resultados entre os T e T foram.. d di . 1. 2 %aguars , rrostran o que a iminuição de 2 o

em proteína bruta na ração e a suplementa-ção de lisina e metionina em nada prejudi-caram o parâmetro considerado.

Em relação ao sexo, os resultados dopresente ensaio foram idênticos aos deMJURA et alii (1984) e SHURSOO & MILLER( 1983) , não sendo observadas diferençassignificativas entre machos castrados ~fêmeas para os três períodos considerados,apesar de T revelar tendência das fêrreas

;3 - Li drrost.rarempi.or conversao a rrrentar o queos machos (figura 2).

Qualidade de carcaça

Os resultados obtidos para rendinen-to de carcaça, área de olho de lombo, es-

Nas condições do presente ensaio, osresultados lIDstraram ser possível utilizar

pessura de toucinho e crmpr irrentode car-caça constam no quadro 3.

Os resultados das características decarcaça não foram significativamente dife-rentes (p < 0,05) em função dos níveis deproteína, rrost.rando efeito positivo naadequação de aminoácidos, visto que, se-gundo TAYLOR et alii (1979), é esperado umdecréscÍIID linear na porcentagem de carca-ça magra e inversamente proporcionalaumento em percentagem de gordura de ani-mais submetidos à rações com baixos níveisde proteína.

Respostas diferenciais em qualidadede carcaça necessitariam maiores níveis deproteína e lisina, pois, conforme mencio-nam FETUGA et alii (1975), as exigênciasde proteína e aminoácidos são maioresquando se quer carcaça magra do que paramáxÍIID ganho em peso e conversão al.irren-tar.

Com respeito ao sexo, foi observadasuperioridade das fêrreas em relação aosmachos castrados, quanto a menor espessurado toucinho nos T

1e T

3(p < 0,05).

A área de olho de lanbo dos arumaa.sdos T , T e T lIDstrou tendência de ser

.12 ~maior para as femeas.

MJURA et alii (1984) observaram queas carcaças das fêrreaseram mais magras doque as dos machos castrados.

CONCLUSÕES

rações para o crescinento e terminação comteores de proteína bruta 2% abaixo da

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exigência normal , desde que o bal.anceamen- - para o bom desempenho dos animais no tra-to de aminoácidos seja adequado através da tarrento comredução de 4%de PB em relaçãoadição de lisina e rret ionína, A correção à exigência nonnal.de lisina e net ionina não foi suficiente

3,3,43,33,23,13,0

~o 2,9+-c(1) 2,8Eo

2,7o 2,6'o(fi 2,~(1)

> 2,4co 2,3u2,22,12,0

l'I

14I

28I

42Dias

I70

I8456

Figura 2. Quilo de alimento/quilo de ganho em peso

66

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SUMMARY: The experiment was conducted to evaluate the perfonnance and carcasscharacteristics of fifteen castrated male and fifteen female assigned to three treatmentsas follow Ti = 16% - 14% of crude protein, T2 = 14% -12% of crude protein and T3= 12% - 10% of crude protein for growing and finishing period, respectively. All dietshave same percentage on lysine and metionine. The perfonnance results to Ti' T2 andT3 were respectively daily live weight gain (g) 865, 826 and 584 (p < 0.05); daily feedintake (g) 2,487, 2,373 and 1,872; feed weight gain 2.87; 2.87 and 3.24(p < 0.05).Carcass measurements were unaffected by treatments. Females showed lower bacfatthickness thancastrated\in treatments Ti and T3 (p < 0.05).

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