palestra marketing e sustentabilidade
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MARKETING E CONSUMO RESPONSÁVEL, SUSTENTABILIDADE E SEUS IMPACTOS.
PROFº MESTRE DAWISON CALHEIROS
COMO FAZER O CASAMENTO ENTRE MARKETING E SUSTENTABILIDADE DAR CERTO ? Quantas inúmeras vezes você
ouviu ou leu o comentário de que uma determinada empresa não tem preocupação nenhuma com a sustentabilidade, que tudo é só marketing?
O aumento quantitativo desse tipo de crítica traz à tona a constatação de que o consumidor está cada vez mais engajado, participativo e consciente para avaliar se as iniciativas de marketing das empresas estão em sintonia com suas ações concretas em busca da sustentabilidade.
Reflexo desse aumento da preocupação do público com a sustentabilidade foi o estabelecimento, pelo CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), de novas normas que visam coibir a banalização da publicidade que contenha apelos sobre o tema. O órgão recomenda que a menção à sustentabilidade obedeça estritamente a critérios de veracidade, exatidão, pertinência e relevância..
É esse novo consumidor que Kotler se refere em seu livro Marketing 3.0 - As forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano.
Levando-se em conta a maior participação dos consumidores nas mídias sociais e o consequente aumento de poder e agilidade desse tipo de comunicação, as empresas que se expõe inadequadamente correm o risco de criar verdadeiras crises institucionais.
Vale, aqui, o velho conselho de fazer a lição de casa primeiro, melhorando o desempenho da empresa em sustentabilidade antes de realizar qualquer comunicação.
11 tendências sustentáveis
Como as empresas estão comunicando a sustentabilidade no mundo? E, principalmente, o que e de que modo vão comunicar o tema nos próximos anos?
1) Consumidores exigentes, mais comunicação
Esse é um movimento que tende a se expandir em todo o mundo em resposta ao crescente interesse dos consumidores e às demandas por mais transparência. Estudo sobre marcas verdes, revelou que 60% dos consumidores querem comprar produtos de empresas sustentáveis.
2) Inovação puxa comunicação de produtos
A valorização da sustentabilidade como vantagem competitiva tem levado cada vez mais empresas a comunicar não só aspectos convencionais como reciclagem e pegada de carbono, mas também iniciativas amplas relacionadas a produtos verdes.
3) A velha história da lição de casa primeiro…
A ideia parece óbvia, mas a história recente mostra que, contrariando o bom senso, muitas companhias quebraram a cara por botar o discurso a léguas da prática. Você, certamente conhece pelo menos uma empresa brasileira que cometeu esse equívoco. Arrisque fazer a sua listinha.
4) Mensagem valoriza o desempenho do produto, o bolso do consumidor e a contribuição para o planeta. Tudo ao mesmo tempo.
As primeiras ações de comunicação, adotavam um tom mais institucional. Agora, elas estão tratando a produção dos produtos e ainda contam com a “vantajosa” interação do consumidor.
5) Simples é melhor...
Observa-se uma tendência pela simplificação da mensagem da sustentabilidade. Um exemplo dessa tendência é a Marks&Spencer, maior rede de lojas de departamento do Reino Unido.
A rede britânica implantou uma campanha chamada Plano A, na qual transforma 100 compromissos em cinco pilares (Mudanças Climáticas, Resíduos, Matéria-Prima Reciclável, Parcerias Justas e Saúde), devidamente identificados por ícones. “Cinco anos. Cinco compromissos. 100 coisas para mudar. Porque temos apenas um mundo. E o tempo está acabando”.
6) Verificação externa funciona como avalista
Cada vez mais empresas estão recorrendo à verificação externa e independente para validar suas estratégias verdes e metas de sustentabilidade corporativas. Na França, Alemanha e China, por exemplo, os consumidores se orientam quase que exclusivamente pelos selos de certificação.
7) Natural em alta
Tudo o que é “natural” segue em alta. Cada vez mais empresas se socorrem no procedimento de comunicar, nos rótulos, o “quão natural” é o produto.
8 ) Redes sociais, aí vamos nós!
Cada vez mais empresas vêm utilizando as ferramentas de mídia social para dialogar com públicos de interesse e ampliar o alcance de sua comunicação da sustentabilidade. Os vídeos on-line estão em alta entre os norte-americanos.
9) Preferindo o todo, em vez das partes
Cresce o número de empresas que estão trocando ações pontuais por um posicionamento mais amplo de sustentabilidade.
A partir de três critérios: emissões de carbono, utilização de produtos químicos e consumo de recursos (a porcentagem, em peso, de materiais reciclados, orgânicos e renováveis),
As empresas qualificam de 1 a 10 a “sustentabilidade” do produto. As informações são registradas em uma etiqueta e disponibilizadas aos consumidores no ponto de venda.
10) O que focam as mensagens
Consumo de energia no ciclo de vida e uso do produto, matérias-primas com padrões éticos e ambientais; produtos químicos com segurança, materiais naturais, orgânicos e produtos químicos excluídos; gestão e uso da água; ações relacionadas a causas locais e globais, tais como o comércio justo, que proporcionem algum tipo de economia ao cliente e resultados financeiros para organizações.
11) Marcas sustentáveis mobilizam consumidores, empregados e parceiros
Parece crescer a consciência de que a sustentabilidade é um componente ético fundamental na construção de marcas. E, ainda, que marcas sustentáveis geram uma aura de simpatia e interesse. Criam audiências, favorecem proximidade e despertam confiança.
CRÉDITOS
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www.professordawison.wix.com/marketing
www.painelnoticias.com.br (Blog Marketing Mix)
8844-7979