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Organograma de decisões clínicasDISÚRIA, ESTRANGÚRIA E POLACIÚRIA EM GATOS
SINAIS CLÍNICOS
EXAM
E CLÍN
ICO
– PALPAÇ
ÃO VESIC
AL
BEXIG
A H
IPER
DISTEN
DID
A
BE
XIG
A P
OU
CO
DISTE
ND
IDA
(parede normal ou espessada)
Exam
e de Urina/Técnicas de diagnóstico por im
agem (bexiga)
• Radiografia • U
ltrassonografia
Anorm
alidades anatôm
icas/Tumor
Sem anorm
alidades(prim
eira ocorrência)
Tratamento
antibacteriano
Exames em
busca de fatores predisponentes:
• D
oença renal crônica• H
ipertireoidismo
• Medicam
entos• Diabetes m
ellitus
Dieta
Dieta que não favoreça a form
ação de cristais. D
iminuir a concentração urinária
• Atividade lúdica• Ferom
ônios• M
edicamentos (em
casos de recorrências)
Densidade urinária
< 1
,035
> 1
,035
Cateterização uretral (cistocentese prévia)
Cuidado intensivo
Monitorizaçãosanguínea
Análise do tam
pão • M
aterial proteico • C
ristais(estruvita, oxalato)
Au
xílio
à n
ão
reco
rrên
cia
do
qu
ad
ro
• Dieta
• Estímulo à ingestão hídrica
Perfil bioquím
ico U
reia, creatinina• • P
otássio, bicarbonato • G
asometria sanguínea
ECG
Cirurgia (?)Tratam
ento clínico• Q
uimioterapia (?)
• Piroxicam
(?)
Manejo
• Dieta
• Estímulo à
ingestão de água
Cistite intersticial
(diagnóstico de exclusão)
Obstrução uretral
Total ou parcial
Cris
talú
riaU
rólito(s)
CirurgiaC
omposição
do urólito/cristal
• Raio-X
• Análise do
cálculo
Urocultura e antibiogram
a A
uxílio à não recorrência do quadro• D
ieta• Estím
ulo à ingestão de água
Neg
Pos
Estímulo à ingestão de água
Modificação com
portamental
Se não aceitaralim
ento úmido
Organogram
a de decisões clínicas- D
ISÚR
IA, ESTR
AN
GÚ
RIA
E PO
LAC
IÚR
IA EM
GATO
S
PRINCIPAIS CAUSAS DAS DOENÇAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR
•••
Disúria: dificuldade no ato de urinar ou dor à micção. Estrangúria: esforço ou hesitação antes, durante ou depois da micção. Polaciúria: eliminação de pequenas quantidades de urina com frequência anormal.
Disúria, estrangúria e polaciúria são causas comuns no atendimento de felinos. Essas alterações no comportamento miccional são as manifestações mais frequentemente associadas à doença do trato urinário inferior, embora a polaciúria possa ser encontrada em gatos com problemas comportamentais ou ser confundida com marcação territorial.
A bexiga e a uretra armazenam e periodicamente eliminam a urina produzida pelos rins. Os distúrbios do trato urinário inferior, que podem ser de origem inflamatória ou não, são
capazes de afetar a capacidade de armazenamento da bexiga ou de estimular as vias neurológicas, resultando em urgência miccional e, algumas vezes, em dor à micção. As lesões vesicais ou uretrais deflagram os sinais de disúria e polaciúria - manifestações características de doença do trato urinário inferior.As principais causas desses distúrbios são classificadas em inflamatórias, anatômicas, obstrutivas ou neoplásicas. Para o tratamento adequado das doenças do trato urinário inferior, há necessidade de uma avaliação diagnóstica completa. Dentre as modalidades terapêuticas disponíveis para cada causa de base, o fornecimento de uma dieta adequada é coadjuvante ao tratamento.
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Inflamatórias: idiopáticas (cistite intersticial), urolitíase, infecciosas (bactérias, agentes fúngicos), imunomediadas.
Obstrutivas: tampões uretrais, urolitíase, traumatismo, disautonomia por dano neurológico (neurônio motor superior ou inferior), dissinergia reflexa(?).
Anatômicas: estenose uretral (pós-cateterização, pós-uretrostomia), persistência do úraco.
Neoplásicas: carcinoma das células de transição, adenocarcinoma vesical, tumores uterinos ou vaginais, tumores da próstata.
TERMINOLOGIA
PRINCIPAIS MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM DOENÇAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR
DOSAGEM Frequência, via de administração INDICAÇÃOCLASSE FARMACOLÓGICAMEDICAMENTO
Amitriptilina
Buspirona
Dantroleno
Valium® (diazepam)
Oxibutinina
Polissulfato de pentosana
Fenoxibenzamina
Meloxicam
Prazosina
Propantelina
2,5-12,5 mg/gato/24 h – VO
2,5-7,5 mg/gato/12 h – VO
0,5-2 mg/kg/8-12 h – VO
0,1-0,25 mg/kg/8-12 h – VO
0,5-1,25 mg/gato/8-12 h – VO
2-16 mg/12 h (?) – VO
2,5-7,5 mg/gato/12-24 h – VO
0,3 mg/kg (injeção única) – SC
0,25-0,5 mg/gato/12-24 h – VO
0,25-0,5 mg/kg/12-24 h – VO
Efeito anti-inflamatório, analgésico, anticolinérgico
Efeito calmante
Relaxamento da porção distal da uretra
Efeito calmante
Antiespasmódico uretral e relaxante vesical
Promoção da integridade da mucosa vesical
Relaxante uretral e antiespasmódico
Efeito anti-inflamatório
Relaxante uretral e antiespasmódico
Antiespasmódico e relaxante uretral
Antidepressivo tricíclico
Ansiolítico (não benzodiazepínico)
Relaxante muscular (musculatura lisa)
Relaxante muscular (em gatos?) – ansiolítico
Antiespasmódico - anticolinérgico
Glicosaminoglicano
Antagonista alfa-adrenérgico
Anti-inflamatório não esteroide
Antagonista alfa-adrenérgico
Anticolinérgico
Primeira ocorrência de obstrução uretral•
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Alívio da obstrução - Análise do tampão (cristais em grande número: estruvita ou oxalato de cálcio?)• Passagem de sonda vesical• Radiografia, ultrassonografia, análise de urina• Analgesia• Dieta preventiva (estímulo à diluição urinária e diminuição de substratos formadores de cristais/cálculos)
Primeira ocorrência, sem obstrução ou urólitos• Exame de urina, incluindo cultura e antibiograma, além de radiografia do trato urinário superior e
inferior, ultrassonografia, bioquímica (p. ex., creatinina, T4, cálcio total e ionizado, glicose, fósforo)
• Tratamento antibacteriano• Dieta adequada à idade e/ou a quaisquer condições associadas
• Identificação do tipo de urólito (método infravermelho, raios-X)- Vantagem da cirurgia
• Exame em busca de doença coexistente- Hipercalcemia ( > oxalato de cálcio)- Desvio portossistêmico (> urato de amônio)
• Suporte nutricional de acordo com o tipo de urólito- Dissolução dos cristais de estruvita: dieta que promova a acidificação do pH
urinário (5,8-6,2) e a diluição da urina (supersaturação relativa* da estruvita < 1)- Prevenção de recorrência dos urólitos de estruvita e oxalato de cálcio: dieta que
promova a acidificação do pH urinário e a diluição da urina (supersaturação relativa* da estruvita < 1 ou supersaturação relativa do oxalato < 5)
- Prevenção de recorrência dos urólitos de urato de amônio: dieta com baixo teor proteico que promova a produção de um pH urinário alcalino
- Facilitação e incentivo à ingestão de água
Primeira ocorrência, sem obstrução uretral• Exame de urina (no mínimo), radiografia, ultrassonografia• Modificação da dieta para estimular a diluição da urina e aumentar o consumo de água• Em caso de persistência ou recorrência: - Testes diagnósticos adicionais - Amitriptilina?
* Supersaturação relativa: uma técnica complexa que mede o nível de saturação (de íons que podem precipitar e formar cristais de estruvita ou oxalato de cálcio) em uma amostra de urina. A mensuração da supersaturação relativa da estruvita e do oxalato na urina dos animais constitui um meio de avaliar o risco de formação de urólito(s) nesses pacientes e a influência da dieta.
TRATAMENTO
> Dr. Dominique PECHEREAU,
Diplomado pela National Veterinary School of Toulouse (Escola Nacional Veterinária de Toulouse) em 1975, além de ter outras qualificações (Certificat d'Études Supérieures [Certificado de Estudos Superiores]) em Bioquímica e Hematologia Clínica Animal. Nos últimos anos tem realizado atendimentos clínicos de casos encaminhados nas áreas de endocrinologia, urologia, nefrologia e gastrenterologia em sua clínica com sede em Pau, França.
A presente ferramenta foi desenvolvida com base em conhecimentos científicos e achados de pesquisas mais recentes. É aconselhável seguir as recomendações e instruções de uso descritas nas bulas dos medicamentos e nas embalagens dos alimentos, o que pode estar sujeito a alterações.
Esse informativo foi desenvolvido pela Royal Canin e elaborado com a ajuda do
Dr. Dominique PECHEREAU.
Ex-membro da ESVNU (European Society of Veterinary Nephrology and Urology [Sociedade Europeia de Nefrologia e Urologia Veterinária]), Pechereau pertence ao GEMI (Groupe d'Etude en Médecine Interne [Grupo de Estudos em Medicina Interna]), um grupo francês de pesquisas em medicina interna, e ao ramo Aquitânia do CNVSPA (Conférence Nationale des Vétérinaires Spécialistes em Petits Animaux [Conferência Nacional dos Veterinários Especialistas em Pequenos Animais]), um grupo nacional de clínicos de pequenos animais. Ele também é membro do conselho editorial da PMCAC (Pratique Médicale et Chirurgicale des Animaux de Compagnie [Prática Médica e Cirúrgica dos Animais de Companhia]), um periódico francês sobre clínica médica e cirúrgica de pequenos animais.
Dr. Pechereau tem ministrado em muitas conferências, sendo autor de diversas publicações. Ele também desempenha um cargo ativo na National Veterinary School of Toulouse (Escola Nacional Veterinária de Toulouse), onde ministra aulas no curso de CES em hematologia e bioquímica e no curso do CEAV (Certificat d'Etudes Approfondies Vétérinaires [Certificado de Estudos Veterinários Aprofundados]) em medicina interna [estudos veterinários especializados].
IndicaçõesAuxílio na dissolução de urolitos de estruvita
Coadjuvante no tratamento de urolitíase recorrente por estruvitaCoadjuvante no tratamento de urolitíase por oxalato de cálcio
ObservaçõesEm gatos idosos, é recomendávelavaliar a função renal antes de prescrevera Urinary S/O Feline ou a Urinary S/O Feline High Dilution.
Em casos de cistite idiopática recorrente, é aconselhável o fornecimento da dieta úmida.Caso o gato não aceite o alimento úmido,o alimento sugerido para o manejo éUrinary Feline High Dilution, pois estepromove o aumento do volume urinário.
BIBLIOGRAFIA
Como os históricos clínicos de cães e gatos são muito variados e complexos, a lista de exames complementares e de tratamentos sugeridos nessa ferramenta precisa ser considerada como uma sugestão. As opções e os tratamentos aqui mencionados nunca poderão substituir o exame realizado por um Médico-Veterinário. Se esses tratamentos e opções falharem, o editor e os autores não assumirão qualquer responsabilidade. Essa ferramenta não deve ser usada no Canadá.
GATO JOVEM
GATO MADURO OU IDOSO
UROLITÍASE
- Polissulfato de pentosano?