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PORTUGUES 5. PROVA As questões da prova do Concurso de Seleção do Consórcio CEDERJ serão elaboradas com base nos conteúdos relacionados a seguir, pertinentes à base nacional comum dos currículos do Ensino Médio, organizada em áreas de conhecimento, explicitadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Resolução CEB/CNE nº 3/98), a saber: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias. A prova será realizada no dia 18 de junho de 2011 (sábado), com início às 9 horas e duração de 5 horas, devendo o candidato apresentar-se no local de sua realização com, no mínimo, 1 hora de antecedência (8 horas), sendo os portões fechados às 8h 50min. O candidato que chegar ao local das provas depois das 8h 50 min não poderá realizá-las e será eliminado do concurso. A prova será constituída de uma parte objetiva, que constará de quarenta questões de múltipla escolha, abrangendo conhecimentos de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, Língua Estrangeira (Espanhol ou Inglês), Biologia, Física, Matemática, Química, Geografia e História; uma Redação em Língua Portuguesa; e uma parte específica, com cinco questões discursivas de: História e Matemática para os candidatos aos Cursos de Administração e de Administração Pública; Biologia para os candidatos ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas; Física e Matemática para os candidatos aos Cursos de Licenciatura em Física e de Tecnologia em Sistemas de Computação; História e Português/Literatura para os candidatos ao Curso de Licenciatura em História; Matemática para os candidatos ao Curso de Licenciatura em Matemática; Língua Portuguesa para os candidatos ao Curso de Licenciatura em Pedagogia; História e Geografia para os candidatos ao Curso de Licenciatura em Turismo; Química para os candidatos ao Curso de Licenciatura em Química. Os candidatos farão as provas nos municípios dos polos regionais para o qual se inscreveram. O candidato deverá comparecer ao local de realização da prova munido de caneta esferográfica de corpo transparente e de ponta média com tinta azul ou preta e o original do documento de identificação com o qual se inscreveu. Também é recomendado portar o CCI - Cartão de 15. CONTEUDO PROGRAMÁTICO DAS PROVAS BIOLOGIA

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PORTUGUES

5. PROVA As questões da prova do Concurso de Seleção do Consórcio CEDERJ serãoelaboradas combase nos conteúdos relacionados a seguir, pertinentes à base nacional comum doscurrículos doEnsino Médio, organizada em áreas de conhecimento, explicitadas nas DiretrizesCurricularesNacionais para o Ensino Médio (Resolução CEB/CNE nº 3/98), a saber: Linguagens,Códigos esuas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; CiênciasHumanas esuas Tecnologias. A prova será realizada no dia 18 de junho de 2011 (sábado), com inícioàs 9 horas e duraçãode 5 horas, devendo o candidato apresentar-se no local de sua

realização com, no mínimo, 1hora de antecedência (8 horas), sendo os portões fechados às 8h50min. O candidato que chegar ao local das provas depois das 8h 50 minnão poderá realizá-las eserá eliminado do concurso. A prova será constituída de uma parte objetiva, que constará de quarenta questõesde múltiplaescolha, abrangendo conhecimentos de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira,LínguaEstrangeira (Espanhol ou Inglês), Biologia, Física, Matemática, Química, Geografia eHistória; uma

Redação em Língua Portuguesa; e uma parte específica, com cinco questõesdiscursivas de: História e Matemática para os candidatos aos Cursos de Administração e deAdministraçãoPública; Biologia para os candidatos ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas; Física e Matemática para os candidatos aos Cursos de Licenciatura em Físicae de Tecnologiaem Sistemas de Computação; História e Português/Literatura para os candidatos ao Curso deLicenciatura em História; Matemática para os candidatos ao Curso de Licenciatura em Matemática;

Língua Portuguesa para os candidatos ao Curso de Licenciatura emPedagogia; História e Geografia para os candidatos ao Curso de Licenciatura emTurismo; Química para os candidatos ao Curso de Licenciatura em Química. Os candidatos farão as provas nos municípios dos polos regionais para o qual seinscreveram. O candidato deverá comparecer ao local de realização da prova munido de canetaesferográficade corpo transparente e de ponta média com tinta azul ou preta e o original dodocumento deidentificação com o qual se inscreveu. Também é recomendado portar o CCI - Cartão

de15. CONTEUDO PROGRAMÁTICO DAS PROVASBIOLOGIA

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Orientação geralAs diversas manifestações da vida, as transformações a que estão sujeitas e as conseqüentesalteraçõesobservadas no ambiente são objetos de estudo da Biologia. Investigando o fenômeno vida,essa ciênciapossibilita a construção de uma visão de mundo segundo a qual a produção e a utilização do

correspondenteconhecimento científico e tecnológico se caracterizam como uma intervenção humanacriteriosa que respeita,sobretudo, o comportamento da natureza.Na formulação das questões de Biologia, levar-se-á em conta o objetivo de verificar oatendimento dosseguintes requisitos básicos pelo candidato:- conhecer terminologia, convenções e classificações e fazer uso desses conhecimentos para acompreensão dos fenômenos biológicos:- possuir visão global da biologia e aplicá-la em situações do cotidiano, utilizando opensamento crítico;- relacionar os processos biológicos com outros campos do conhecimento;- utilizar os conceitos biológicos no entendimento de novas tecnologias;

- interpretar e elaborar textos, gráficos e tabelas, resolvendo problemas, analisandoexperimentos,formulando hipóteses, prevendo resultados, organizando e aplicando os conhecimentosapreendidos.ProgramaParte I – Célula- Origem e características gerais das células procarióticas e eucarióticas.- Componentes químicos: importância funcional das substâncias químicas para a manutençãodahomeostase.- Célula animal e vegetal: organização, metabolismo, funções e interações entre estruturas eorganelascelulares.- Fundamentos de citogenética: código genético, genes e cromossomas.- Reprodução celular: mitose e meiose.Parte II – Tecidos- Conceitos estrutural e funcional.- Origem embrionária dos tecidos.- Principais tipos, características e funções dos tecidos animais e vegetais.Parte III – Seres Vivos- Características gerais.- Variedade dos seres vivos: sistema de classificação em 5 reinos, categorias taxonômicas,conceito deespécie e regras de nomenclatura.- Características gerais dos principais grupos: Vírus, Monera, Protista, Fungi, Plantae eAnimalia.- Doenças infecto-parasitárias: principais endemias do Brasil e medidas preventivas em saúde

pública.Parte IV – Fisiologia Animal e Vegetal- Respiração e trocas gasosas- Circulação: transporte de gases e nutrientes.- Nutrição: nutrientes, digestão e absorção; doenças carenciais.- Excreção.- Sistemas de sustentação e locomoção.- Mecanismos de integração: nervoso e endócrino; respostas aos estímulos ambientais.- Reprodução: assexuada e sexuada.- Sistemas de defesa: mecanismos de imunidade e vacinas.Parte V – Genética- Conceitos básicos: terminologia, cruzamentos e probabilidade- Mendelismo e Neomendelismo: mono e diibridismo, polialelia, interação gênica e herança

ligada ao sexo.- Anomalias cromossômicas.- Noções de engenharia genética: clonagem, seres transgênicos e terapia gênica.

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Parte VI – Evolução- Principais teorias e evidências do processo evolutivo.- Fontes de variabilidade genética: mutação e recombinação gênica.- Seleção natural e artificial.- Mecanismos evolutivos.Parte VII – Ecologia

- Fluxo de energia e matéria na biosfera.18- Relações ecológicas nos ecossistemas: estudos das comunidades e sucessão ecológica.- Ciclos biogeoquímicos.- Poluição e desequilíbrio ecológico: conservação e preservação da natureza.FÍSICAOrientação geralO estudo da Física é muito instigante e desafiador, abrangendo fenômenos do micro aomacrocosmo. Paradesenvolvê-lo, é necessária a afinidade com uma série de requisitos: curiosidade em entender comofuncionam os mais variados dispositivos; criatividade para criar recursos que facilitem aaprendizagem da

disciplina nos diversos níveis de ensino; interesse por saber a origem e as causas dosfenômenos físicos,perpassando, assim, o entendimento de como as teorias e conceitos hoje existentes evoluíramao longo dotempo; acima de tudo, consciência de que o conhecimento de uma ciência é uma buscaconstante derespostas para um número cada vez maior de perguntas.As questões de Física serão elaboradas dando ênfase à compreensão, análise e aplicação dosconceitosfísicos visando a avaliar o domínio de conhecimentos fundamentais que permitam entender osfenômenosfísicos que ocorrem na natureza e no cotidiano, bem como a preparação do candidato paradesenvolver estudos mais aprofundados dessa área do conhecimento.Tanto quanto possível, serão evitadas as questões de memorização. As aplicações numéricasaparecerão emcasos fundamentais para a interpretação física dos fenômenos.ProgramaParte I – Grandezas Físicas: Medidas e Relações- Identificação das grandezas relevantes e mensuráveis, de natureza escalar ou vetorial:operações entreessas grandezas.- Sistemas coerentes de unidades: Sistema Internacional.- Inter-relações entre grandezas: leis físicas.- Análise dimensional das grandezas físicas.Parte II – Mecânica da Partícula- Conceito de partícula.- Cinemática escalar e vetorial.- Conceitos de massa e de força; considera-se a identidade entre massas inercial egravitacional.- Referencial inercial: forças que agem sobre uma partícula; composição de forças.- As leis de Newton.- Momento linear, impulso e conservação do momento linear: aplicações em colisõesunidimensionais.- Interação gravitacional: Lei da Gravitação Universal, queda dos corpos e movimento dosprojéteis em umcampo gravitacional uniforme; movimento dos planetas e dos satélites em órbitas circulares.- Trabalho de uma força constante.- Energia cinética, energia potencial gravitacional e energia potencial elástica: teorema dotrabalho-energia.

- Conceito de força conservativa: aplicações no caso de forças elástica e gravitacional.- Energia mecânica e sua conservação em sistemas onde só realizam trabalho as forçasconservativas:

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potência de uma força.Parte III – Sistemas de muitas Partículas (sólidos, líquidos e gases)- Centro de massa de um sólido.- Estática de sólido: momento estático de uma força; momento estático resultante; condiçõesde equilíbrio deum corpo rígido.

- Massa específica: densidade.- Conceito de pressão.- Líquido em equilíbrio no campo gravitacional uniforme: Lei de Stevin; Princípios de Pascal ede Arquimedes.- Equilíbrio dos corpos flutuantes.- Estática dos gases perfeitos: processos quasiestáticos ou reversíveis (isotérmico, isobárico,isométrico);equação de estado dos gases perfeitos.- Atmosfera terrestre: pressão atmosférica.- Equilíbrio térmico e lei zero da Termodinâmica: conceito macroscópico de temperatura;escalas Celsius eKelvin; escalas arbitrárias.- Dilatação térmica dos líquidos e sólidos (tratamento qualitativo).- Calorimetria: calor específico, mudanças de estados físicos, calor latente de mudanças deestado einfluência da pressão na mudança de estado.19- Transformação de energia mecânica em calor pelas forças de atrito (tratamentofenomenológico emacroscópico).- Princípio geral da conservação da energia: calor e trabalhos envolvidos nos processostermodinâmicos eenergia interna de um gás perfeito; 1a lei da termodinâmica; análise energética dos processosisobárico,isotérmico, isométrico e adiabático.Parte IV – Fenômenos Ondulatórios – Óptica- Onda: conceito; classificação quanto à natureza e quanto à vibração.

- Propagação de uma onda periódica num meio não-dispersivo: elemento da onda e equaçãofundamental.- Propagação de um pulso em um meio não-dispersivo unidimensional: reflexão, refração esuperposição.- Princípio da Superposição: aplicações com ondas senoidais; ondas estacionárias.- Ondas em mais de uma dimensão: ondas na superfície de um líquido; aplicações simples comondassonoras; reflexão e refração de ondas planas.- Difração (abordagem qualitativa).- Modelo ondulatório da luz: luz branca; dispersão; luz monocromática; velocidade depropagação; índice derefração de um meio.- Óptica geométrica: hipóteses fundamentais; raio luminoso; leis da reflexão e da refração;

reflexão total;objetos e imagens reais e virtuais em espelhos planos e esféricos e em lentes delgadas(aproximação deGauss).- Instrumentos ópticos simples: câmara escura, projetor de slide, máquina fotográfica, lupa,luneta,microscópio e telescópio; óptica do olho humano.Parte V – Eletricidade e Magnetismo- Cargas elementares: elétron, próton e nêutron.- Condutores e isolantes.- Processos de eletrização e Lei de Coulomb.- Campo e potencial elétricos associados a uma carga pontual: Princípio da Superposição.- Campo elétrico uniforme: superfícies eqüipotenciais; diferença de potencial entre dois pontos

do espaço;movimento de uma carga neste campo.

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- Circuitos elétricos elementares: resistores lineares; lei de Ohm; associações de resistores emsérie e emparalelo; energia e potência; efeito Joule; lei de Joule; geradores; valores de corrente elétricaem diferentestrechos; leituras em amperímetro e voltímetro ideais; fusíveis.- Força magnética sobre uma carga pontual: campo magnético; campo magnético de um ímã e

da Terra;bússola.GEOGRAFIAOrientação geralO programa de Geografia deve ser considerado em um enfoque que, mantendo coerência comos princípiose conteúdos do ensino médio, permita a observação de competências e habilidadesconstruídas por parte doscandidatos ao ensino superior consideradas indispensáveis à reflexão do saber geográfico.Dentre osobjetivos deste programa destacam-se os seguintes:- compreender que o espaço geográfico é, simultaneamente, uma manifestação concreta e umcondicionamento das relações sociais que se expressam na organização do território;

- interpretar e comparar os diferentes modos de apropriação e ordenação do território pelasociedade,identificando as especificidades presentes em cada lugar;- reconhecer e analisar as diversas formas de representação dos fenômenos geográficos,enfatizando arelação entre as diferentes escalas de estudo (local, regional, nacional, mundial);- localizar e avaliar os fenômenos naturais, econômicos, políticos e culturais, visando a umaexplicaçãointegrada da complexidade do espaço geográfico.ProgramaParte I – A Produção do Espaço- A relação sociedade / natureza no processo de produção do espaço: a importância específicadas principaisformas e estruturas do relevo terrestre, dos grandes conjuntos climato-botânicos e das águasoceânicas econtinentais no processo de produção do espaço geográfico.- O uso humano da Natureza na produção do espaço geográfico: recursos naturais e oaproveitamentosocioeconômico; apropriação social e transformações ecológico-territoriais; aprodução/reprodução do meioambiente como ação humana; estratégias de uso, conservação e recuperação das condiçõesambientais.20- A circulação e a organização do espaço: os transportes na construção de redes de circulaçãoespacial daprodução e do consumo e entre locais de moradia e de trabalho; o setor de serviços naurbanização e suaimportância na absorção de mão-de-obra; o capital financeiro e sua rede espacial.Parte II – Espaço Mundial- Desenvolvimento do Capitalismo e suas implicações na lógica de organização do espaçogeográficomundial: o processo desenvolvimento/ subdesenvolvimento e seus indicadores; divisãointernacional dotrabalho e suas transformações; fluxos comerciais e financeiros.- As transformações do espaço geográfico mundial e a regionalização do mundo atual: asrelações de poder entre os países; processo de globalização da economia; os blocos político-econômicos e suasespecificidades; o papel do Estado e dos agentes internacionais: organizações mundiais egrandesconglomerados; as disputas geopolíticas da atualidade; os conflitos étnicos e a questão das

nacionalidades.- O processo de industrialização: seus impactos na organização da economia e da sociedade;fatores

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responsáveis pela localização industrial; distribuição espacial da indústria e concentraçãofinanceira daeconomia industrial; a industrialização original e a industrialização dependente; odesenvolvimento técnicocientíficoe suas implicações socioeconômicas; desenvolvimento dos transportes, dos meios decomunicação

e os novos padrões de organização do espaço industrial.- O espaço urbano industrial: a urbanização, redes urbanas e a estrutura interna das cidades; oprocesso demetropolização e problemas urbanos; a terceirização da economia urbana e suas implicações;impactosambientais decorrentes das atividades urbanas.- O espaço agrário: as diferentes formas de organização da produção agropecuária; processodemodernização e industrialização do campo; a influência dos elementos naturais nodesempenho dasatividades rurais; transformações nas relações cidade-campo/ urbano-rural; a produçãoagrícola e osaspectos político-econômicos de sua distribuição; impactos ambientais decorrentes dasatividades rurais.- A população mundial: indicadores socioeconômicos; crescimento e transição demográfica;teoriaspopulacionais; estrutura etária; os setores de atividade econômica e a distribuição dapopulação; movimentosmigratórios e seus impactos.- O espaço das contradições socioeconômicas: o papel da acumulação de capital e do Estadono processo deordenação do território.- Industrialização e acumulação de capital: da produção manufatureira aos grandes complexosfabrismodernos; processo de industrialização e suas repercussões na organização sociopolítica;fatoresgeográficos responsáveis pela localização industrial; concentração espacial da economia

política capitalista.- Ação do Estado: planejamento socioeconômico e intervenção no espaço; especificidades nosmundoscapitalista e socialista.- Grandes conjuntos socioeconômicos do mundo contemporâneo: questões atuais.Parte III – O Espaço Brasileiro- A escala nacional da produção do espaço capitalista mundial: as formas espaciais da inserçãodo espaçobrasileiro na divisão internacional do trabalho; divisão regional do trabalho; relações inter eintra-regionais; asrelações com o mercado mundial, a integração ao processo de mundialização das relaçõescapitalistas deprodução.

- A industrialização na produção do espaço: industrialização e aprofundamento dasdesigualdadessocioespaciais; fatores responsáveis pela localização geográfica das indústrias; concentraçãoespacial efinanceira da economia industrial; processo de industrialização e repercussões na organizaçãodo espaço;recursos naturais (aproveitamento, desperdício e política de conservação).- Os complexos agroindustriais; desenvolvimento das relações da produção capitalista nocampo e suasconseqüências; evolução da estrutura fundiária e relações de trabalho no campo; as lutassociais no campo;os problemas ambientais da modernização agrícola; dinâmica das fronteiras agrícolas.- Integração ao processo de internacionalização da economia: industrialização dependente eaprofundamentodas desigualdades sociais; relações comerciais e financeiras; as transformações do setor industrial e sua

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influência na dinâmica socioespacial; atuação do Estado e os modelos econômicos.- Dinâmica socioespacial: integração nacional e regionalização; interdependência ecomplementaridade; açãodo Estado e o planejamento socioeconômico; redes de transporte e a organização do espaço.- Espaço urbano: processo de industrialização, urbanização e estruturação da rede urbana;metropolização;

desenvolvimento das atividades urbanas; transformações nas relações cidade-campo/urbano-rural;problemas ambientais urbanos.- População: processo de formação; dinâmica do crescimento populacional e suas implicações;indicadoressocioeconômicos; estrutura etária e a transição demográfica; distribuição por atividadeseconômicas;movimentos migratórios internos e externos – regionais e internacionais, e a distribuiçãoterritorial dapopulação.- Espaço agrário: diferentes formas de organização da produção agrícola; transformação dasrelações detrabalho no campo; a estrutura fundiária e a questão da reforma agrária;modernização/industrialização docampo; a produção agrícola brasileira no contexto nacional e internacional; os impactosambientais no meiorural.21HISTÓRIAOrientação geralA dinâmica da história está na sua condição de produzir um conhecimento sobre o passadoque permitecompreender o presente, levando o homem a entender o seu lugar no mundo. Esseentendimento devevalorizar as diversidades entre culturas e os processos de formação das sociedades em seuscontextoshistóricos e geográficos. Desse modo, a história ressalta as diferentes interpretações sobreeventos erealizações, comparando argumentos e pressupostos. Para que o trabalho do historiador sejamais completo,faz-se necessário o diálogo com as outras ciências humanas e sociais. Só assim será possívelcompreender os processos históricos e suas produções concretas como práticas sociais e políticasrelacionadas com osatores sociais envolvidos.ProgramaParte I – A Época Moderna (Século XV ao Século XVIII)- As críticas ao pensamento medieval; humanismo, renascimento, reformas e as revoluçõescientíficas.- Expansão marítima e comercial: a crise do feudalismo e a expansão marítima e comercial; asconquistasibéricas ultramarinas ( África, Ásia e Novo Mundo).- Estado Moderno e Absolutismo; Estado Moderno e Mercantilismo: práticas e teoriasmercantilistas;mercantilismo e antigos sistemas coloniais.- As colonizações portuguesa, espanhola, inglesa, francesa e holandesa.- Brasil-Colônia: a economia colonial e a escravidão (as formas de dominação econômico-sociais); as formasde atuação do Estado Português na Colônia; a ação da Igreja.- A crise do Antigo Regime: economia e pensamento ilustrado.Parte II – O Mundo Ocidental de 1760/80 a 1870/80- As revoluções burguesas: a crítica ao mercantilismo; fisiocracia e liberalismo; o exemplofrancês, inglês e

americano.- Liberalismo e nacionalismo: as ondas revolucionárias européias de 1820, 1830 e 1848; asunificações

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italiana e alemã; nação e nacionalismo na Europa do século XIX.- Crise do antigo sistema colonial ibérico: o processo de independência da América espanhola;ainteriorização da metrópole portuguesa: as conjurações brasileiras do século XVIII e a corteportuguesa noBrasil; a revolução do Porto (1820) e a independência do Brasil.

- A Hispano-América: caudilhismo e a formação dos estados nacionais; os EUA e a Guerra deSecessão.- A consolidação do Estado Nacional brasileiro.- Brasil: centralização e descentralização política no primeiro reinado; o projeto centralizador ea economiaescravista; as formas de organização do trabalho, no contexto histórico brasileiro da segundametade doséculo XIX; o processo abolicionista no primeiro reinado e a presença inglesa na América.Parte III – O Apogeu da Sociedade Liberal e sua Crise (1870/1880 a 1939/1945)- As transformações nas economias européias: do capitalismo liberal ao monopolista; a políticaimperialista:América Latina, África e Ásia.- A expansão norte-americana e sua política para a América Latina.- Liberalismo e democracia: o debate das _ingüí (liberalismo, conservadorismo, socialismo eanarquismo);política internacional na segunda metade do século XIX.- A crise da sociedade liberal: guerras mundiais, revoluções sociais e fascismos; a GrandeDepressão de1929 e a experiência americana.- Da monarquia à república (1870 – 1939): a transição do trabalho escravo para o trabalho livre;origens daindústria e da classe operária; a crise da monarquia: república federalista e coronelismo;literatura, política epensamento social no Brasil.- O Rio de Janeiro e as Reformas Urbanas na 1ª República.- A crise do estado oligárquico na Hispano-América: economia e sociedade.- Brasil: a crise dos anos 20 e o movimento de 1930; estado e capitalismo no Brasil:

continuidades e rupturas(a implantação das indústrias de base, a crise da economia agroexportadora e a políticatrabalhista); ideologiaautoritária e centralização política: o Estado Novo e seus projetos. Classe operária ecorporativismo: leistrabalhistas e sindicalismo.Parte IV – As Sociedades Atuais- A sociedade capitalista. Os anos 50: a guerra-fria e a bipolaridade; as modernizaçõeseuropéias e asiáticase o modelo americano; sociedades afro-asiáticas contemporâneas: imperialismo,descolonização eneocolonialismo; os movimentos culturais dos anos 60 e 70.- A construção e crise do socialismo: o modelo soviético e as experiências nacionais da Europa

Ocidental;China – da construção do socialismo ao socialismo de mercado.22- O mundo atual: as crises do Oriente Médio; as tensões raciais e o apartheid ; a intolerânciareligiosa e aquestão islâmica; neoliberalismo, globalização e novas estruturas políticas; as novasideologias: neonazistase minorias.- O mundo hispano-americano: a dependência econômica na América Latina; populismo,autoritarismo esocialismo; as experiências de democratização; os movimentos de guerrilha na América desde1960.- O Brasil: redemocratização e populismo; a república populista e seus projetos econômicos e

sociais;sindicalismo e movimentos sociais no campo e na cidade; da economia brasileira da SegundaGrande Guerra

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ao nacional –desenvolvimento; a crise econômica dos anos 60 e as reformas de base; a crisedo estadopopulista; capitalismo e autoritarismo: a construção e a crise do milagre econômico; o golpe de1964 e suasinterpretações; a construção do estado autoritário e suas resistências: as organizações dedireita e de

esquerda; a reemergência do movimento social nos anos 70; cultura e arte no Brasil moderno.- O Brasil da Nova República: conciliação e resistências; a Constituição de 1988: conquistasdemocráticas econtinuidades autoritárias; os movimentos sociais no campo e na cidade; a crise econômicabrasileira dosanos 80 e 90; os novos projetos culturais.- História e Cultura Afro-Brasileira.LÍNGUA ESTRANGEIRAOrientação geralAs provas serão redigidas na língua estrangeira, podendo ter questões redigidas em línguaportuguesa.Para o caso de provas discursivas, exigir-se-á que as respostas sejam dadas na línguaestrangeira.

ProgramaAs línguas estrangeiras, no contexto de um Curso Superior, possuem função específica: sãoferramentas deestudo e elementos de aprendizagem que facilitam ao aluno universitário, através da leitura detextosnecessários a sua formação, o acesso a informações atualizadas. Espera-se do candidato oconhecimento dofuncionamento da língua estrangeira: o domínio de um vocabulário fundamental, de aspectosgramaticaisbásicos e de estratégias de leitura, conhecimentos esses que deverão propiciar a compreensãodo sentidoglobal e a localização de determinada idéia no texto, bem como o reconhecimento dosdiferentes gênerostextuais e suas intenções comunicativas. A verificação de tais conhecimentos poderá ser feita apartir detextos de origens diversas, em diferentes registros da língua padrão, privilegiando-se, sempre,o textoautêntico.A prova exigirá do candidato o desenvolvimento de habilidades que mostrem competência deleitura na línguaestrangeira escolhida dentre as opções espanhol ou inglês. Assim sendo, a prova de línguaestrangeiratrabalhará, fundamentalmente, a competência de leitura nos seus seguintes aspectos: _ingüística – domíniode estruturas gramaticais básicas e vocabulário fundamental como meio de construção desentido; _ingüísticas_ico – compreensão de enunciados, enquanto expressão de relações

socioculturais; discursivo –reconhecimento dos mecanismos de coerência e coesão textual.LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRAOrientação geralO domínio da língua portuguesa em seus vários usos e a capacidade de analisar, interpretar eaplicar seusrecursos expressivos, situando textos em relação a seus contextos, constitui o embasamentoindispensável àformação integral da pessoa e à conquista da cidadania.Espera-se, portanto, que o candidato através do programa possa:- reconhecer no idioma nacional elementos de produção de sentido, para que se concretizem aconservação,renovação e transmissão da cultura brasileira;

- identificar a linguagem verbal e a não verbal como um dos meios que o homem possui pararepresentar,organizar e transmitir, de forma específica, o pensamento;

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- inferir que, sob as variações pelas quais uma língua se manifesta, concretamente, há umaestrutura comumque permite a intercompreensão de todos os falantes;- verificar que a abordagem da norma padrão deve considerar sua representatividade, comovariante _ingüística de determinado grupo social, e o valor atribuído a ela, no contexto das legitimações

sociais;- utilizar-se do idioma com propriedade, clareza, fluência e expressividade de acordo com asituação deprodução do texto;23- classificar, descrever e relacionar, adequadamente, as formas _ingüísticas delimitadas pelascondições deprodução/interpretação dos enunciados determinados pelos contextos de uso da língua;- ler e interpretar textos em língua portuguesa, considerando-a como geradora de significação eintegradorada organização de mundo e da própria identidade;- reconhecer nas estruturas gramaticais dos diferentes registros de língua o efeito de sentidoqueconcretizam;- reconhecer a manifestação literária como uma linguagem de características formaisespecíficas, que temcomo matéria-prima o idioma, em sua potencialidade expressiva;- comparar os recursos expressivos da manifestação literária, em suas especificidades própriasde acordocom as diferentes estéticas;- identificar a criação das estéticas que refletem, no texto, o contexto do campo de produção eas escolhasestilísticas geradas pelas lutas discursivas, em jogo em determinada época/local;- perceber o caráter intertextual e intratextual imanente aos textos literários;- relacionar o fenômeno literário brasileiro com os quadros da cultura nacional e internacional.ProgramaParte I – Compreensão e Interpretação de Texto- Leitura e análise de textos não literários e literários. Considere-se também a tipologia textual:narração,descrição, dissertação, argumentação e injunção.- Estrutura do parágrafo.- Fatores determinantes da textualidade: coerência, coesão, intencionalidade, aceitabilidade,situacionalidade,informatividade e intertextualidade.- Tipos de discurso: direto, indireto e indireto livre.Parte II – Língua Portuguesa- Língua falada e escrita; uso informal e formal da língua; o nível culto da linguagem;adequação ao contexto;o sistema ortográfico vigente.- Escrita de diferentes gêneros textuais com base em tema proposto. Gêneros que estão

presentes nocotidiano, com produtividade nas práticas sociais.- Morfossintaxe: estrutura e formação de palavras; classes de palavras; flexões de palavras;frase, oração,período; estrutura da frase; funções sintáticas; período simples e período composto;coordenação esubordinação; regência nominal e verbal; concordância nominal e verbal; colocação dos termosna frase;pontuação.- Semântica e estilística: sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos; denotação econotação; figuras delinguagem; recursos estilísticos.Parte III – Literatura Brasileira

- Teoria da literatura: criação estética; linguagem literária e não literária; gêneros literários.- Processo literário brasileiro: momentos do processo literário brasileiro em conexão com ahistória e a cultura

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brasileira; o fenômeno literário brasileiro no quadro da cultura e da literatura internacional; aexpressãoliterária das atitudes do homem em face do mundo; tradição e modernidade dos procedimentosde expressãoliterária culta ou popular e do tratamento dado aos temas; classificação de textos em dadaépoca literária em

função de suas características temáticas e expressionais.- Romantismo no Brasil: renovação e permanência de temas e de meios de expressão dapoesia românticarelativamente à do Barroco e à do Arcadismo; características temáticas e expressionais dapoesia, da ficção edo teatro romântico.- Realismo no Brasil: a questão do Realismo na ficção do final do século XIX e início do séculoXX; oNaturalismo e o Impressionismo na ficção; o Parnasianismo e o Simbolismo na poesia.- Modernismo no Brasil: o Modernismo brasileiro no contexto da cultura do século XX; oModernismocomparado às épocas literárias passadas; elementos de permanência, oposição etransformação;características renovadoras na ficção; principais tendências da poesia brasileira modernista; apoesia de1945; tendências pós-45.- Literatura Brasileira Contemporânea.MATEMÁTICAOrientação geralA Matemática, como área do conhecimento, tanto é Ciência quanto Linguagem Científica.Considerando seus valores formativo e instrumental, bem como seu caráter interdisciplinar, aavaliação emMatemática seguirá os seguintes princípios norteadores: priorização de atos criativos e críticos na resolução de problemas relacionados com ocotidiano ou desituações que envolvam habilidades necessárias aos cursos superiores pretendidos;24 predominância do significado sobre a técnica, evitando-se a memorização e a aplicaçãoimediata defórmulas e enfatizando-se a interpretação e o raciocínio lógico.ProgramaParte I – Aritmética Álgebra e Análise. Noções de Lógica. Conjuntos: noção intuitiva de conjuntos. Operações com conjuntos. Conjuntos numéricos: naturais, inteiros, racionais, reais e complexos. Formastrigonométricas, algébricas erepresentações dos números complexos. Operações com números complexos. Funções: conceito, operações, gráficos. Funções polinomial, exponencial, logarítmica,trigonométrica emodular. Função inversa. Equações e Inequações: sistemas de equações e inequações. Regra de três, razões e proporções. Porcentagem. Juros simples. Polinômios: raízes, relações entre coeficientes e raízes. Teorema Fundamental da Álgebra. Sequências: noções de sequência. Progressões Aritméticas e Progressões Geométricas. Análise Combinatória: princípio fundamental da contagem. Permutações, Arranjos eCombinações.Binômio de Newton. Probabilidade: definição e propriedades básicas. Elementos de Estatística básica. Medidas de posição, dispersão e gráficos.Parte II – Geometria e Trigonometria Geometria Plana: figuras planas. Teorema de Tales. Semelhança. Relações métricas.Perímetros e áreas. Geometria Espacial: posição relativa entre pontos, retas e planos. Poliedros. Poliedros

regulares. Prismas,pirâmides, cilindro, cone e esfera. Sólidos de revolução. Relações Métricas.Áreas e volumes. Trigonometria. Arcos e ângulos. Medidas e relações.

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Parte III – Álgebra Linear e Geometria Analítica Vetores no ℜ 2 e no ℜ 3: conceitos. Operações com vetores: adição, multiplicação de umvetor por umescalar. Produto escalar, produto vetorial e produto misto. Geometria Analítica Plana: retas e cônicas no ℜ 2. Geometria Analítica Espacial: retas, planos e esferas no ℜ 3.

Matrizes e Determinantes: operações com matrizes. Inversa de uma Matriz. Determinantesde matrizes deordem 2 e de ordem 3. Discussão de sistemas de equações lineares 2 x 2 e 3 x 3.QUÍMICAOrientação geralO programa de Química apresenta uma visão abrangente da disciplina, da reatividade doselementosquímicos e de seus compostos, e das aplicações da Química. Está disposto de tal forma queapresenta osprincipais tópicos com os detalhes necessários. Essa apresentação mostra com clareza o quea Banca podequestionar, com o objetivo de ser um caminho facilitador aos candidatos que se preparam para

o Vestibular da UFF.Programa Química – A ciência da matériaÁtomos e Elementos: Elementos, Simbologia, Átomos. Espécies (tipos) dematéria: Substânciaspuras e misturas, Estados da matéria. Estrutura atômica – Experimentos clássicos:Raioscatódicos, Raios canais, Partícula ⟨, nêutrons, número atômico, Isótopos,Isóbaros e Isótonos,Massa atômica. Átomos, Moléculas e Íons.Átomos e Íons em combinação: Compostos Iônicos e Moleculares, Fórmulas dos

Compostos,Massa molecular, Nomenclatura dos Compostos. Equações Químicas: Escrevere Interpretar(dar o significado de) uma Equação Química, Balanceamento de equaçõesQuímicas; Relaçõesentre Massa Atômica, Massa Molecular e Massa Molar: Número de Avogadro, Mol eMassa Molar,Molaridade: Massa Molar nas Soluções. Composição do Composto Químico,FórmulasEmpíricas, Fórmula Molecular. Estequiometria e Reações Químicas25Reações Químicas: Reações simples, Reações iônicas completas, Reações de

precipitação.Estequiometria: Significado da Equação Química. Razão Molar, Resoluçãode Problemas,Reagentes Limitantes, Rendimento. O Estado GasosoA Natureza dos Gases: Propriedades Gerais dos Gases, Teoria Cinético-Molecular dos Gases.Relações entre Volume, Pressão e Temperatura: Proporcionalidades e Variáveis, Leide Boyle, Leide Charles. Variações de P,V e T para uma quantidade fixa de um gás.Relações de Massa,Massa molecular e Massa Molar: Lei de Gay – Lussac e Lei de Avogadro, VolumeMolar, Lei Idealdos Gases. Densidade e Massa, Lei de Dalton, Estequiometria das ReaçõesGasosas.

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Comportamento das Moléculas gasosas: Lei de Graham, Desvios das Leis dosGases. TermoquímicaEnergia: Energia nas Reações Químicas, Termodinâmica, Energia Interna,Energia, Calor eTrabalho. Medida do Calor: Capacidade calorífica, Calorimetria. Calor de Reação e

outrasVariações de Entalpia: Calor de Reação, Estado Padrão e Variações de EntalpiaPadrão. Calor deFormação, Determinação das Variações de Entalpia. Estrutura Eletrônica e Tabela PeriódicaTeoria Quântica: Luz, Elétrons e Tabela Periódica, Luz como Onda, Luz comoPartícula. Elétronscomo Onda, Princípio da Incerteza de Heisenberg. Teoria Quântica e o Átomo:EspectroAtômico, Modelo de Bohr para o Átomo de Hidrogênio. Modelo Atômicosegundo a MecânicaQuântica, Números Quânticos e Orbitais. Configurações Eletrônicas:Configurações Eletrônicas

e a Tabela Periódica. Tabela Periódica – Átomos e ÍonsClassificação dos Elementos: Elementos Representativos, Elementos deTransição, Metais, Nãometais e Elementos Semicondutores. Tamanho dos Átomos e dos Íons: RaioAtômico e Iônico,Fatores que influenciam o tamanho do Raio. Relações Periódicas emfunção do Raio. Ganho ePerda de Elétrons: Energia de Ionização, Relações periódicas em função deEnergia deIonização. Eletroafinidade. Tabela Periódica – Ligações QuímicasTipos e Propriedades das Ligações Químicas: Definição de Ligação Química, Tipo de

Ligação,Relações e Propriedades. Ligação Metálica, Ligação Iônica, LigaçãoCovalente – Força eComprimento (tamanho). Influências nas Ligações Químicas: Polarização,Eletronegatividade.Estado de Oxidação: Determinação do Número de Oxidação, Estado deOxidação – RelaçõesPeriódicas. Fórmulas e Nomenclatura, Relações com as Propriedades dosElementos. Ligação Covalente e Propriedades das MoléculasEstruturas de Lewis: A Forma das Moléculas, Estruturas de Lewis paraCompostos Molecularese Íons poliatômicos, Ressonância. Teoria da Ligação de Valência: Formação daLigação,Ligações Simples nas Moléculas Diatômicas. Ligações Simples emMoléculas Poliatômicas –Hibridização, Ligações Covalentes Múltiplas. Forças Intermoleculares: MomentoDipolar, ForçasDipolo – Dipolo, Forças de London, Ligações de Hidrogênio. Estado Líquido e Sólido – Mudanças de EstadoLíquidos e Sólidos: Teoria Cinético–Molecular de Líquidos e Sólidos,Propriedades Gerais eTipos de Líquidos, Propriedades Gerais e Tipos de Sólidos. Relações entreFases: Mudanças deEstado, Pressão de Vapor dos Líquidos, Ponto de Ebulição, Diagrama de

Fases. O EstadoSólido: Empacotamento, Sistemas Cristalinos – Células Unitárias, EstruturaCristalina dos

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Compostos Iônicos, Energia de Ligação – Ciclo de Born Haber, DefeitosCristalinos. Água e Soluções AquosasA Química da Água: Propriedades da Água, Água como Solvente, Calor deSolução na Águapara os Compostos Iônicos, Hidretos, Ionização da Água – Equilíbrio

Químico. Íons em SoluçãoAquosa: Eletrólitos e Não-Eletrólitos, Ácidos e Bases, Neutralização,Formação de ÍonsComplexos. Água – Pura e Impura: Água Natural e Água Poluída, Dessalinizaçãoda Água, ÁguaDura, Poluição e Tratamento da Água. SoluçõesPropriedades Gerais das Soluções: Natureza das Soluções em Fase Líquida,Soluções Ideais eNão-Ideais, Efeito da Temperatura e da Pressão na Solubilidade.Concentração das Soluções:Unidades de Concentração, Massa Percentual, Molalidade, Molaridade,Diluição das Soluções.

Pressão de Vapor das Soluções Líquidas e Propriedades relacionadasPressão de Vapor nas Soluções Líquido-Líquido (Lei de Raoult),Abaixamento da Pressão deVapor, Elevação do Ponto de Ebulição e Abaixamento do Ponto deResfriamento,Determinação da Massa Molar, Pressão Osmótica, PropriedadesColigativas dos Eletrólitos emSolução. Colóides: Propriedades dos Colides, Tipos de Colóides, Sabões eDetergentes. Hidrogênio e Oxigênio – Reações Redox26Oxidação e Redução: Reações Redox, Agentes – Redutores e Oxidantes.Balanceamento dasReações Redox – Método do Número de Oxidação. Hidrogênio: Propriedadesdo Hidrogênio,Reações do Hidrogênio, Hidretos de Elementos Representativos,Preparação e Usos doHidrogênio. Oxigênio: Propriedades do Oxigênio, Reações do Oxigênio,Óxidos e Hidróxidos,Preparação e Usos do Oxigênio, Ozônio e Ozonides, Peróxido deHidrogênio e Peróxidos. Estudo das Reações QuímicasReações Químicas: Definição, Equilíbrio e Estabilidade. Reações Redox e Não-Redox: Revisãodas Reações Não-Redox, Revisão das reações Redox, Agentes Redutores e

Oxidantes, Métodode Classificação das Reações e Previsão dos Produtos da Reação. Cinética QuímicaCinética a Nível Molecular: Cinética (Velocidade e Mecanismo), Como as ReaçõesAcontecem,Níveis de Energia das Reações Químicas Elementares. Velocidade das Reações:Definição deVelocidade, Determinação da Velocidade das Reações Simples, Velocidadedas Equações dePrimeira Ordem, Meia-Vida das Reações de Primeira Ordem, Mecanismodas Reações. Fatoresque Influenciam a Velocidade das Reações: Efeito da Temperatura, ReaçõesHomogêneas e

Heterogêneas, Catálise. Equilíbrio Químico

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Lei do Equilíbrio Químico: Constante de Equilíbrio, Unidades e Valores daConstante deEquilíbrio. Expressões das Constantes de Equilíbrio: Constantes de Equilíbrio dasReaçõesgasosas, Equilíbrio Heterogêneo em Solução. Quociente de Reação. Fatoresque Influenciam o

Equilíbrio: Princípio de Le Chatelier, Concentração, Pressão, Temperatura. Ácidos e BasesBronsted – Lowry: Doadores e Receptores, A Força de Ácidos e Bases. Oxiácidose ÁcidosBinários: Nomenclatura, Força dos ácidos Binários, Força dos Oxiácidos,Massa Equivalente eNormalidade de Ácidos e Bases. Caracterização da Força de Ácidos e Bases:Autoprotóliseda Água, pH, pOH e pKw, Ka, Kb, Relação entre Ka, Kb e Kw. Ácidos eBases de Lewis: Doadore Receptor de par de elétrons. Equilíbrio Ácido-BaseÍons Ácidos e Básicos: Reações dos Íons com a Água, O Comportamento dos

Sais em Água,Constantes de Equilíbrio das Reações Iônicas – pH das Soluções Salinas.Íon Comum eTampões: Efeito do Íon Comum, Solução Tampão. pH de Ácidos e Bases: ÁcidosPolipróticos,Reações ácido – Base – Titulações em Meio Aquoso, Curvas de Titulação. Equilíbrio de SolubilidadeÍons Complexos e Solubilidade: Equilíbrio de Íons Complexos, Produto deSolubilidade, Kps eSolubilidade, Efeito do Íon Comum e Efeito da Hidrólise, Kps ePrecipitação. Controle daSolubilidade e Precipitação: Dissolução de Precipitados Iônicos, PrecipitaçãoSeletiva, Análise

Qualitativa Inorgânica. TermodinâmicaDesordem, Espontaneidade e Entropia: Entropia (Medida Qualitativa), 2a Lei daTermodinâmica,Entropia e Mudanças Físicas. Entropia Absoluta, Entropia em ReaçõesQuímicas. Energia Livre:Variação de Energia Livre – Critério de Espontaneidade, Energia LivrePadrão para as ReaçõesQuímicas, Energia Livre e Equilíbrio, Influência da temperatura naEspontaneidade. EletroquímicaFundamentos de Eletroquímica: Células Eletroquímicas, Eletrodos e notação deCélula,Estequiometria, Potencial da Célula. Potencial de Redução Padrão: Definição,Aplicação doPotencial Padrão, Eletrólise. Termodinâmica das Reações Redox: Relação entreEnergia LivrePadrão e Entalpia Padrão, Outras Condições além das do Padrão,Determinação da Constantea partir de Potencial, Cálculo do Potencial de Redução Padrão de uma MeiaCélula, Efeito dopH sobre o Potencial Eletroquímico. Metais e Metalurgia – Metais do Bloco s e do Bloco pMetais: Propriedades, Ocorrência. Preparação de Metais: Metalurgia,Eletrometalurgia, Metais a

partir de Minerais Sulfurosos, Ferro e Aço. Ligas. Metais do Bloco s: MetaisAlcalinos, Metais

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Alcalinos Terrosos, Reações dos Elementos do Bloco s, Compostos doBloco s, Indústria dosÁlcalis. Metais do Bloco p: Alumínio e Demais Elementos do Bloco, Estanho,Chumbo eBismuto, Reações dos Metais do Bloco p, Compostos do Bloco p. Não Metais

Halogênios: Propriedades dos Halogênios, Reações Químicas dos Halogênios,Flúor, Cloro,Bromo e Iodo. Compostos de halogênios. Gases Nobres. Nitrogênio, Fósforo e Enxofre.Relações Periódicas: Nitrogênio, Fósforo, Enxofre. Algumas Reações de N, P,S. Compostos de:Nitrogênio, Fósforo, Enxofre.27 Carbono e Elementos SemicondutoresPropriedades do Carbono, Diamante, Grafite e outras Formas de Carbono,Reações doCarbono e Compostos Inorgânicos do Carbono. Elementos Semicondutores:Boro, Silício e

Germânio, Arsênico e Antimônio, Selênio e Telúrio. Silício e CompostosOxigenados: SílicaNatural, Silicatos Naturais, Silicatos Sintéticos, Silicones. Ligações Metálicas eSemicondutores:Ligações Metálicas, Semicondutividade, Preparação de MetaisSemicondutores. Elementos dos Blocos d e FPropriedades, Estados de Oxidação, Metais de Transição das Séries 3d, 4de 5d. Reações dosElementos do Bloco d, Cromo, Manganês, Ferro, Cobalto, Níquel, Zinco,Cádmio e Mercúrio.Elementos do Bloco F: Propriedades e Fontes dos Lantanídeos. Química Orgânica: Compostos OrgânicosComposição dos Compostos Orgânicos (C,H,O,N)Características Gerais: Temperatura de fusão, de ebulição, Solubilidade,Combustibilidade.Cadeias Carbônicas. Classificação das Cadeias Carbônicas. Modelo dosorbitais e a ligaçãocovalente. Funções Orgânicas: Nomenclatura da IUPAC: Hidrocarbonetos:características enomenclatura dos hidrocarbonetos alifáticos (Alcanos, Alquenos, Alquinose Alcadienos), doshidrocarbonetos cíclicos (Cicloalcanos, Cicloalquenos, Aromáticos). Radicais(Cisão deligações, Radicais ou Grupos Orgânicos). Nomenclatura de Hidrocarbonetosramificados(Alcanos, Alquenos, Alquinos, dienos, Cicloalcanos e Aromáticos); fontes eprincipal utilização(Petróleo).Funções Oxigenadas: Álcoois, Fenóis, Aldeídos, Cetonas, Ácidos Carboxilícos,ÉsteresOrgânicos, Éteres. Nomenclatura oficial IUPAC, grupo funcionalcaracterístico, principaiscompostos de cada função. Fórmula geral e propriedades.Funções Orgânicas Nitrogenadas: Aminas e Amidas. Nomenclatura oficial IUPAC,grupofuncional característico, principais compostos de cada função. Fórmulageral e propriedades.

Haletos: Haletos Orgânicos, haletos de Acila.Outras Funções Orgânicas: Nitrilas, Nitrocompostos, Ácidos Sulfônicos,Organometálicos,

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Tiocompostos. Funções Mistas.Isomeria: Conceito e Classificação. Isomeria plana, espacial, óptica.Reações dos Hidrocarbonetos: De substituição: Halogenação, Nitração, Sulfonação,ReaçõesCaracterísticas dos Aromáticos. De Adição: Hidrogenação Catalítica,Halogenação, Adição de

HX, Reações de hidratação de Alquenos e Alquinos, Adição em Aromáticos.De Oxidação deAlquenos: Oxidação branda, Ozonólise, Oxidação enérgica. Reações Orgânicas deoutrasFunções: Álcoois (reações com _ingüís, métodos de obtenção de _ingüís);Aldeídos e Cetonas(Reações de aldeídos e cetonas e alguns métodos de obtenção de aldeídose cetonas);Ácidos Carboxílicos: propriedades químicas dos ácidos carboxílicos, reaçõesdos ácidoscarboxílicos, métodos de obtenção de ácidos carboxílicos.Ésteres: classificação e reações dos ésteres.Aminas: propriedades químicas das aminas e dos aminoácidos, método de

obtenção deaminas.Polímeros: Polímeros sintéticos (de adição e de condensação); Polímerosnaturais (borracha,polissacarídeos, proteínas ou polipeptídios).REDAÇÃOOrientação geralA prova de Redação será constituída por uma proposta de produção de texto dissertativo, emnorma padrão,acerca de tema escolhido a critério da Banca. Na prova de Redação o candidato deverá ser capaz de: interrelacionar  _ingüí e argumentar; expressar-se com vocabulário apropriado, em estruturas _ingüísticasadequadas e bem articuladas; servir-se, com propriedade, das convenções ortográficas dalíngua portuguesa

Confirmação de Inscrição para identificação de seu local de prova

Sobre a Gramática

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A Gramática tem como finalidade orientar e regular o uso da língua, estabelecendo um padrão de escrita e de fala baseado em diversos critérios, tais como:

- Exemplo de bons escritores;

- Lógica;

- Tradição;

- Bom senso.

Em se tratando de Gramática, tem-se como matéria-prima um sistema de normas, o qualdá estrutura à língua. Tais normas definem a língua padrão, também chamada língua

culta ou norma culta. Assim, para falar e escrever corretamente, é preciso estudar aGramática.

Por ser um organismo vivo, a língua está sempre evoluindo, o que muitas vezes resultanum distanciamento entre o que se usa efetivamente e o que fixam as normas. Isso não

 justifica, porém, o descaso com a Gramática. Imprecisa ou não, existe uma norma culta,a qual deve ser conhecida e aplicada por todos.

Quem desconhece a norma culta acaba tendo acesso limitado às obras literárias, artigosde jornal, discursos políticos, obras teóricas e científicas, enfim, a todo um patrimôniocultural acumulado durante séculos pela humanidade.

Tipos de Gramática1. Gramática Normativa

É aquela que busca a padronização da língua, estabelecendo as normas do falar eescrever corretamente. Costuma ser utilizada em sala de aula e em livros didáticos. Étambém o tipo adotado no Só Português.

2. Gramática Descritiva

Ocupa-se da descrição dos fatos da língua, com o objetivo de investigá-los e não deestabelecer o que é certo ou errado. Enfatiza o uso oral da língua e suas variações.

3. Gramática Histórica

Estuda a origem e a evolução histórica de uma língua.

4. Gramática Comparativa

Dedica-se ao estudo comparado de uma família de línguas. O Português, por exemplo,faz parte da Gramática Comparativa das línguas românicas.

 

Divisão da Gramática

Sabe-se que a língua é um sistema tríplice: compreende um sistema de formas(mórfico), um sistema de frases (sintático) e um sistema de sons (fônico). Por essarazão, a Gramática tradicionalmente divide-se em:

Morfologia - abrange o sistema mórfico.

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Sintaxe - enfoca o sistema sintático.

Fonologia/Fonética - focaliza o sistema fônico.

Observação:

Alguns gramáticos incluem nessa visão uma quarta parte, a Semântica, que se ocupa dos

significados dos componentes de uma língua.

MORFOLOGIA

DEFINIÇÃO

Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elasisoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia estáagrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. Sãoelas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição,Conjunção e Interjeição.

ÍNDICE

Estrutura e Formação das PalavrasEstrutura das PalavrasRaizDesinênciaFormação das PalavrasDerivação RegressivaComposiçãoPrefixosSufixosSufixos Formadores de PalavrasRadicais GregosRadicais Latinos

 Substantivo

DefiniçãoSubstantivo ComumSubstantivo AbstratoSubstantivo e seus ColetivosLista de Substantivos coletivos ILista de Substantivos coletivos IILista de Substantivos coletivos IIILista de Substantivos coletivos IVLista de Substantivos coletivos VFormação dos SubstantivosFlexão dos SubstantivosSubstantivo Uniforme ISubstantivo Uniforme IISubstantivo Comum de 2 GênerosSubstantivo de Gênero Incerto

 Número de SubstantivoPlural dos Substantivos Compostos

Plural das Palavras SubstantivadasGrau do Substantivo

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 Artigo

Artigo Adjetivo

AdjetivoAdjetivo PátrioLocução Adjetiva ILocução Adjetiva IIFlexão dos AdjetivosAdjetivo CompostoGrau SuperlativoLista Superlativos

  Numeral

 Numeral

 Numerais Multiplicativos Pronome

PronomePronomes PessoaisPronome Oblíquo ÁtonoPronome Oblíquo TônicoPronome de TratamentoPronomes PossessivosPronomes DemonstrativosObservações sobre PronomesPronomes IndefinidosPronomes RelativosPronomes Relativos IIPronomes Interrogativos

 Verbo

VerboClassificação dos VerbosVerbos Unipessoais IVerbos Unipessoais IIVerbo Ser - Formas NominaisVerbo Ter - Modo IndicativoModos de VerboTempos VerbaisTempos do SubjuntivoTempos PrimitivosTempos Derivados do Pretérito Perfeito do IndicativoFuturo do SubjuntivoFuturo do Pretérito do Indicativo IFuturo do Pretérito do Indicativo IIAspecto VerbalEmprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal IEmprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal II

Infinitivo PessoalVozes do Verbo

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Voz Passiva SintéticaPronúncia Correta de Alguns Verbos

 Advérbio

Advérbio I

Advérbio IIClassificação dos AdvérbiosAdvérbios InterrogativosPalavras e Locuções Denotativas

 Preposição

PreposiçãoClassificação das PreposiçõesLocução PrepositivaPrincipais Relações Estabelecidas pelas Preposições

 

ConjunçãoDefinição de ConjunçãoConjunções CoordenativasConjunções Subordinativas IConjunções Subordinativas IIConjunções Subordinativas III

 Interjeição

Interjeição IInterjeição IILocuções Interjetivas

ESTRUTURA DAS PALAVRASEstudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim,compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo:

art-ista brinc-a-mos cha-l-eira cachorr-inh-a-s

A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidadesmenores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas.

Vamos analisar a palavra "cachorrinhas":

 Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles:

cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado.

inh - indica que a palavra é um diminutivo

a - indica que a palavra é feminina

s - indica que a palavra se encontra no pluralMorfemas: unidades mínimas de caráter significativo.

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Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como:mar, sol, lua, etc.

São elementos mórficos:

1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos

2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores dasignificação dos primeiros

3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos.

Raiz

É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras,consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às

 palavras da mesma família etimológica. Observe o exemplo:

Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar,inócuo, etc.

Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo:

at-o

at-or

at-ivo

aç-ão

ac-ionar

Radical

Observe o seguinte grupo de palavras:

livr- olivr- inholivr- eirolivr- eco

Você reparou que há um elemento comum nesse grupo?

Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento échamado de radical (ou semantema).

Radical: elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspectogramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários

(quando houver) da palavra.Por Exemplo:

cert-ocert-ezain-cert-eza

Afixos

Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam aum radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo domorfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "certo":

certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas"a-" e "-ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar são morfemascapazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados.

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Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem onome de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos sãochamados de sufixos. Veja os exemplos:

Prefixo Radical Sufixoin at ivoem  pobr  ecer

inter nacion al

 

Desinências

Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Existemdois tipos:

Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e denúmero (singular e plural) dos nomes.

Exemplos:

alun-o aluno-salun-a aluna-s

Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa,tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já em pires,lápis, ônibus não temos desinência nominal de número.

Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dosverbos.

Exemplos:

compr-o compra-s compra-mos compra-is compra-mcompra-va compra-va-s

A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indicaque o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", é desinênciamodo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na1ª conjugação.

Vogal TemáticaVogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber asdesinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas:

A

Caracteriza os verbos da 1ª conjugação.

Exemplos:

 buscar, buscavas, etc.

E

Caracteriza os verbos da 2ª conjugação.

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Exemplos:

romper, rompemos, etc.

I

Caracteriza os verbos da 3ª conjugação.Exemplos:

 proibir, proibirá, etc.

Tema

Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima,os temas são:

 busca-, rompe-, proibi-

Vogais e Consoantes de Ligação

As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou

seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra.Exemplo:

 parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i)

Outros exemplos:

gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc.

Formação das Palavras

Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e acomposição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de

derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composiçãosempre haverá mais de um radical.

Derivação

Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:

Primitiva Derivada

mar marítimo, marinheiro,marujo

terra enterrar, terreiro, aterrar 

Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, aocontrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.

Tipos de Derivação

Derivação Prefixal ou Prefixação

Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado.Veja os exemplos:

crer- descrer ler- reler capaz- incapaz

Derivação Sufixal ou Sufixação

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Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração designificado ou mudança de classe gramatical.

Por Exemplo:

alfabetização

 No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar.Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.

A derivação sufixal pode ser:

a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.

Por Exemplo:

 papel - papelaria riso - risonho

 b) Verbal, formando verbos.

Por Exemplo:

atual - atualizarc) Adverbial, formando advérbios de modo.

Por Exemplo:

feliz - felizmente

Derivação Parassintética ou Parassíntese

Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos)e verbos.

Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer atravésda junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de apenas umdesses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua nãoexistem as palavras "entriste", nem "tristecer".

Exemplos:

Palavr aInicial

Prefixo

Radical

Sufixo

PalavraFormada

mudo e mud ecer  emudece

r

alma des alm ado desalmado

 

Atenção!

 Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorizaçãoe desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência:desvalorização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez

 provém de valor.

É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de "propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem.

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Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.

Derivação RegressivaOcorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.

Exemplos:

comprar (verbo) beijar (verbo)compra (substantivo) beijo (substantivo)

Saiba que:

Para descobrirmos se um substantivo deriva

de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:

- Se o substantivo denota ação, será palavraderivada, e o verbo palavra primitiva.

- Se o nome denota algum objeto ousubstância, verifica-se o contrário.

Vamos observar os exemplos acima:compra e beijo indicam ações, logo, são

 palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um

objeto. Neste caso, um substantivoprimitivo que dá origem ao verbo ancorar.

Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, sãofrequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja:

o portuga (de português)o boteco (de botequim)o comuna (de comunista)

Ou ainda:

agito (de agitar)amasso (de amassar)chego (de chegar)

Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivaçãoregressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.

Derivação Imprópria

A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:

1) Os adjetivos passam a substantivos

Por Exemplo:

Os bons serão contemplados.

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2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos

Por Exemplo:

Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.

3) Os infinitivos passam a substantivos

Por Exemplo:O andar de Roberta era fascinante.O badalar dos sinos soou na cidadezinha.

4) Os substantivos passam a adjetivos

Por Exemplo:

O funcionário fantasma foi despedido.O menino prodígio resolveu o problema.

5) Os adjetivos passam a advérbios

Por Exemplo:

Falei baixo para que ninguém escutasse.

6) Palavras invariáveis passam a substantivos

Por Exemplo:

 Não entendo o porquê disso tudo.

7) Substantivos próprios tornam-se comuns.

Por Exemplo:

Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)

Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia

 porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação impróprialida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processosemântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada "imprópria".

Composição

Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois oumais radicais. Existem dois tipos:

Composição por Justaposição

Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética.

Exemplos:

 passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente

 para manter inalterada a sonoridade da palavra.

Composição por Aglutinação

Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais deseus elementos fonéticos.

Exemplos:

embora (em boa hora)fidalgo (filho de algo - referindo-se a família nobre)

hidrelétrico (hidro + elétrico) planalto (plano alto)

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Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o doúltimo componente.

Redução

Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida.Observe:

auto - por automóvelcine - por cinemamicro - por microcomputador Zé - por José

Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também assiglas, muito frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas naseção "Extras" -> Abreviaturas e Siglas)

Hibridismo

Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas

diferentes.Por Exemplo:

auto (grego) + móvel (latim)

Onomatopeia

 Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana paraimitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos quereproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres.

Exemplos:

miau, zumzum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.

PrefixosOs prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim demodificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classegramatical.

Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego,línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulosautônomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros,

 por sua vez, tiveram grande vitalidade na formação de novas palavras. Veja osexemplos:

a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-Prefixos de Origem Grega

a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos:

  anônimo, amoral, ateu, afônico

ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos:

analogia, análise, anagrama, anacrônico

anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:

anfiteatro, anfíbio, anfibologia

anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos:

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antídoto, antipatia, antagonista, antítese

apo- : Afastamento, separação. Exemplos:

apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia

arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos:

arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionáriocata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos:

cataplasma, catálogo, catarata

di-: Duplicidade. Exemplos:

dissílabo, ditongo, dilema

dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos:

diálogo, diagonal, diafragma, diagrama

dis- : Dificuldade, privação. Exemplos :

dispneia, disenteria, dispepsia, disfasiaec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:

eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo

en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos:

encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo

endo- : Movimento para dentro. Exemplos:

endovenoso, endocarpo, endosmose

epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos:

epiderme, epílogo, epidemia, epitáfioeu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos:

eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia

hemi- : Metade, meio. Exemplos:

hemisfério, hemistíquio, hemiplégico

hiper- : Posição superior, excesso. Exemplos:

hipertensão, hipérbole, hipertrofia

hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos:

hipocrisia, hipótese, hipodérmicometa- : Mudança, sucessão. Exemplos:

metamorfose, metáfora, metacarpo

para- : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos:

paralelo, parasita, paradoxo, paradigma

peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos:

periferia, peripécia, período, periscópio

pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos:

prólogo, prognóstico, profeta, programapros- : Adjunção, em adição a. Exemplos:

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prosélito, prosódia

proto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos:

proto-história, protótipo, protomártir

poli- : Multiplicidade. Exemplos:

polissílabo, polissíndeto, politeísmosin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos:

síntese, sinfonia, simpatia, sinopse

tele- : Distância, afastamento. Exemplos:

televisão, telepatia, telégrafo

Prefixos de Origem Latina

a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos:

aversão, abuso, abstinência, abstraçãoa-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos:

adjunto,advogado, advir, aposto

ante- : Anterioridade, procedência. Exemplos:

antebraço, antessala, anteontem, antever

ambi- : Duplicidade. Exemplos:

  ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente

ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos:

benefício, benditobis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos:

bisneto, bimestral, bisavô, biscoito

circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos:

circunferência, circunscrito, circulação

cis- : Posição aquém. Exemplos:

cisalpino, cisplatino, cisandino

co-, con-, com- : Companhia, concomitância. Exemplos:

colégio, cooperativa, condutor

contra- : Oposição. Exemplos:

contrapeso, contrapor, contradizer

de- : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos:

decapitar, decair, depor

de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, separação. Exemplos:

desventura, discórdia, discussão

e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos:

excêntrico, evasão, exportação, expelir

en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma,

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revestimento. Exemplos:

  imergir, enterrar, embeber, injetar, importar

extra- : Posição exterior, excesso. Exemplos:

extradição, extraordinário, extraviar

i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos:

ilegal, impossível, improdutivo

inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos:

internacional, interplanetário

intra- : Posição interior. Exemplos:

- intramuscular, intravenoso, intraverbal

intro- : Movimento para dentro. Exemplos:

introduzir, introvertido, introspectivo

 justa- : Posição ao lado. Exemplos:

  justapor, justalinear

ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos:

obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo

per- : Movimento através. Exemplos:

percorrer, perplexo, perfurar, perverter

pos- : Posterioridade. Exemplos:

  pospor, posterior, pós-graduado

pre- : Anterioridade . Exemplos:

prefácio, prever, prefixo, preliminar

pro- : Movimento para frente. Exemplos:

progresso, promover, prosseguir, projeção

re- : Repetição, reciprocidade. Exemplos:

rever, reduzir, rebater, reatar

retro- : Movimento para trás. Exemplos:

retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado

so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:  soterrar, sobpor, subestimar

super-, supra-, sobre- : Posição superior, excesso. Exemplos:

supercílio, supérfluo

soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos:

soto-mestre, sota-voga, soto-pôr

trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos:

transatlântico, tresnoitar, tradição

ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos:ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta

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vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos:

vice-presidente, visconde, vice-almirante,

Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos

PREFIXOSGREGOS PREFIXOSLATINOS SIGNIFICADO EXEMPLOS

a, an des, in  privação, negação anarquia, desigual,inativo

anti contra oposição, ação contrária antibiótico,contraditório

anfi ambi duplicidade, de um eoutro lado, em torno

anfiteatro, ambivalente

apo ab afastamento, separação apogeu, abstrair

di bi(s) duplicidade dissílabo, bicampeão

dia, meta trans movimento através diálogo, transmitire(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para dentro encéfalo, ingerir,irromper

endo intra movimento para dentro, posição interior 

endovenoso,intramuscular

e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora,mudança de estado

êxodo, excêntrico,estender

epi, super,hiper

supra  posição superior, excesso epílogo, supervisão,hipérbole, supradito

eu bene excelência, perfeição, bondade

eufemismo, benéfico

hemi semi divisão em duas partes hemisfério, semicírculohipo sub  posição inferior  hipodérmico,

submarinopara ad  proximidade, adjunção paralelo, adjacênciaperi circum em torno de periferia, circunferênciacata de movimento para baixo catavento, derrubarsi(n)(m) cum simultaneidade,

companhiasinfonia, silogeu,cúmplice

SufixosSufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical,formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical quegeralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo numcontexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo.

Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências queindicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadoresde substantivos extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os queformam nomes de ação e os que formam nomes de agente.

Sufixos que formam nomes de ação

-ada - caminhada  -ez(a) - sensatez, beleza

-ança - mudança  -ismo - civismo

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-ância - abundância  -mento - casamento

-ção - emoção  -são - compreensão

-dão - solidão  -tude - amplitude

-ença - presença  -ura - formatura

Sufixos que formam nomes de agente-ário(a) - secretário  -or - lutador 

-eiro(a) - ferreiro  -nte - feirante

-ista - manobrista

Além dos sufixos acima, tem-se:

Sufixos que formam nomes de lugar, depositório

-aria - churrascaria  -or - corredor 

-ário - herbanário  -tério - cemitério

-eiro - açucareiro  -tório - dormitório-il - covil 

Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção

>-aço - ricaço  -ario(a) - casario, infantaria

-ada - papelada  -edo - arvoredo

-agem - folhagem  -eria - correria

-al - capinzal   -io - mulherio

-ame - gentame -ume - negrume

Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência

-ite bronquite, hepatite (inflamação)-oma  mioma, epitelioma, carcinoma (tumores)-ato, eto, ito   sulfato, cloreto, sulfito (sais)

-ina  cafeína, codeína (alcaloides, álcalisartificiais)

-ol   fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto)-ite  amotite (fósseis)-ito  granito (pedra)

-ema morfema, fonema, semema, semantema(ciência linguística)

-io - sódio, potássio, selênio (corpossimples)

Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos 

-ismobudismokantismocomunismo

SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS

a) de substantivos

-aco - maníaco -ento - cruento

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-ado - barbado -eo - róseo

-áceo(a) - herbáceo,

liláceas-esco - pitoresco

-aico - prosaico -este - agreste

-al - anual -estre - terrestre

-ar - escolar  -ício - alimentício

-ário - diário, ordinário -ico - geométrico

-ático - problemático -il - febril

-az - mordaz  -ino - cristalino

-engo - mulherengo -ivo - lucrativo

-enho - ferrenho -onho - tristonho

-eno - terreno -oso - bondoso

-udo - barrigudo

 b) de verbos

SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFICAÇÃO

-(a)(e)(i)nte ação, qualidade, estado  semelhante, doente, seguinte

-(á)(í)vel  possibilidade de praticar ou sofrer umaação

louvável perecível punível 

-io, -(t)ivo ação referência, modo de ser  tardio afirmativopensativo

-(d)iço, -(t)ício  possibilidade de praticar ou sofrer umaação, referência

movediço, quebradiço, factício

-(d)ouro,-(t)ório

ação, pertinência casadouro, preparatório

SUFIXOS ADVERBIAIS

 Na Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo "-mente",derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, oespírito, o intento".Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo.

Exemplos:

altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervosa-mente,fraca-mente, pia-mente

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Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente , portugues-mente , etc.) não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrorauniformes.

Exemplos:

cabrito montês / cabrita montês.

SUFIXOS VERBAIS 

Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos paraformar novos verbos.

Em geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo da terminação-ar .

Exemplos:

esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar;(a)portugues-ar.

Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação. Veja:-ar: cruzar, analisar, limpar-ear: guerrear, golear-entar: afugentar, amamentar-ficar: dignificar, liquidificar-izar: finalizar, organizar

Observe este quadro de sufixos verbais:

SUFIXOS SENTIDO EXEMPLOS

-ear frequentativo, durativo cabecear, folhear 

-ejar frequentativo, durativo  gotejar, velejar 

-entar factitivo aformosentar, amolentar 

-(i)ficar factitivo clarificar, dignificar 

-icar frequentativo-diminutivo bebericar, depenicar 

-ilhar frequentativo-diminutivo dedilhar, fervilhar 

-inhar frequentativo-diminutivo - pejorativo escrevinhar, cuspinhar 

-iscar frequentativo-diminutivo chuviscar, lambiscar 

-itar frequentativo-diminutivo dormitar, saltitar 

-izar factitivo civilizar, utilizar 

Observações:

Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida.Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou causar.

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Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa.

Radicais Gregos

O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exatacompreensão e fácil memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a seguir duasrelações de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos formadores quenormalmente são colocados no início dos compostos, a segunda agrupa aqueles quecostumam surgir na parte final.

Radicais que atuam como primeiro elemento

Forma Sentido ExemplosAéros- ar   AeronaveÁnthropos- homem AntropófagoAutós- de si mesmo AutobiografiaBíblion- livro BibliotecaBíos- vida Biologia

Chróma- cor CromáticoChrónos- tempo CronômetroDáktyilos- dedo DactilografiaDéka- dez DecassílaboDémos- povo DemocraciaEléktron- (âmbar) eletricidade EletroímãEthnos- raça EtniaGéo- terra GeografiaHéteros- outro HeterogêneoHexa- seis Hexágono

Híppos- cavalo HipopótamoIchthýs- peixe IctiografiaÍsos- igual IsóscelesLíthos- pedra AerólitoMakrós- grande, longo MacróbioMégas- grande MegalomaníacoMikrós- pequeno MicróbioMónos- um só Monocultura

 Nekrós- morto Necrotério Néos- novo Neolatino

Odóntos- dente OdontologiaOphthalmós- olho OftalmologiaÓnoma- nome OnomatopeiaOrthós- reto, justo OrtografiaPan- todos, tudo Pan-americanoPáthos- doença PatologiaPenta- cinco PentágonoPolýs- muito PoliglotaPótamos- rio HipopótamoPséudos- falso Pseudônimo

Psiché- alma, espírito PsicologiaRiza- raiz Rizotônico

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Techné- arte TecnografiaThermós- quente TérmicoTetra- quatro TetraedroTýpos- figura, marca TipografiaTópos- lugar TopografiaZóon- Animal Zoologia

Radicais que atuam como segundo elemento:

Forma Sentido Exemplos-agogós Que conduz Pedagogo álgos Dor Analgésico-arché Comando, governo Monarquia-dóxa Que opina Ortodoxo-drómos Lugar para correr Hipódromo-gámos Casamento Poligamia

-glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário-gonía Ângulo Pentágono-grápho Escrita Ortografia-grafo Que escreve Calígrafo-grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma-krátos Poder Democracia

-lógos Palavra, estudo Diálogo-mancia Adivinhação Cartomancia-métron Que mede Quilômetro

-morphé Que tem a forma Morfologia-nómos Que regula Autônomo-pólis; Cidade Petrópolis-pterón Asa Helicóptero-skopéo Instrumento para ver Microscópio-sophós Sabedoria Filosofia-théke Lugar onde se guarda Biblioteca

Radicais Latinos

Radicais que atuam como primeiro elemento:

Forma Sentido ExemploAgri Campo AgriculturaAmbi Ambos AmbidestroArbori- Árvore ArborícolaBis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavôCalori- Calor CaloríferoCruci- cruz CrucifixoCurvi- curvo Curvilíneo

Equi- igual Equilátero, equidistanteFerri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia

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Loco- lugar LocomotivaMorti- morte MortíferoMulti- muito MultiformeOlei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleodutoOni- todo OnipotentePedi- pé PedilúvioPisci- peixe Piscicultor  Pluri- Muitos, vários PluriformeQuadri-, quadru- quatro QuadrúpedeReti- reto RetilíneoSemi- metade SemimortoTri- Três Tricolor  

Radicais que atuam como segundo elemento:

Forma Sentido Exemplos

-cida Que mata Suicida, homicida

-cola Que cultiva, ou habitaArborícola, vinícola,silvícola

-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura-fero Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero-fico Que faz, ou produz Benefício, frigorífico-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme-fugo Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo-gero Que contém, ou produz Belígero, armígero-paro Que produz Ovíparo, multíparo

-pede Pé Velocípede, palmípede-sono Que soa Uníssono, horríssono-vomo Que expele Ignívomo, fumívomo-voro Que come Carnívoro, herbívoro

1- SUBSTANTIVO

Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos,os substantivos também nomeiam:

-lugares: Alemanha, Porto Alegre...

-sentimentos: raiva, amor...-estados: alegria, tristeza...

-qualidades: honestidade, sinceridade...

-ações: corrida, pescaria...

Morfossintaxe do substantivo 

 Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamenterelacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais(objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo docomplemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto

ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos deadjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas

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 por grupos de palavras.

Você sabia que a palavra substantivo também pode ser um adjetivo?

Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, do Dicionário de usos do português do Brasil , de Francisco S. Borba. Observe que as quatro primeiras acepções se referem à palavra em sua atuação como adjetivo.

Substantivo Adj [Qualificador de nome não animado]

1- que tem substância ou essência: destacava-se entre os homens hábeis daquele país ohábito de fazer uma conversa prosseguir horas a fio, sem que a proposta substantivaganhasse clara configuração (REP); se olham as coisas não pelos resultadossubstantivos(VEJ);

2- essencial; profundo: eu te amo por você mesma, de um modo substantivo e positivo(LC)

3- fundamental; essencial: o submarino foi um elemento adjetivo na I Guerra Mundial e

substantivo na II Guerra (VEJ)4- que equivale a um substantivo, ou que o traz implícito: onde é que está a ideiasubstantiva no meio desses adjetivos?(CNT) . Nm

5- palavra que por si só designa a substância, ou seja, um ser real ou metafísico; palavracom que se nomeiam os seres, atos ou conceitos; nome: Há-kodesh é na origem umsubstantivo feminino (VEJ); Planctus era um particípio passado e não um substantivo(ACM) Classificação dos Substantivos

1- Substantivos Comuns e Próprios

Observe a definição:

s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas eavenidas (no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade(em oposição aos bairros).

Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas eavenidas" será chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivocomum.

Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de formagenérica.

Por exemplo:

cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.

Estamos voando para Barcelona.O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo épróprio.

Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular.

Por exemplo:

Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.

 

2 - Substantivos Concretos e Abstratos

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LÂMPADA MALA

Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são

independentes de outros seres. São assim, substantivos concretos.Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente deoutros seres.

Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário.

Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.

Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc.

 

Observe agora:

Beleza expostaJovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.

O substantivo beleza designa uma qualidade.

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para semanifestar ou existir.

Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para semanifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.

Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres,

dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir.Por exemplo: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).

3 - Substantivos Coletivos

 

Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outraabelha.

Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.

Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.

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 Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: umaabelha, outra abelha, mais outra abelha...

 No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.

 No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar umconjunto de seres da mesma espécie (abelhas).

O substantivo enxame é um substantivo coletivo.

Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designaum conjunto de seres da mesma espécie.

Principais Substantivos e Suas Formas Coletivas:

abelha - enxame, cortiço, colmeia;

abutre - bando;

acompanhante - comitiva, cortejo, séquito;

alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada;aluno - classe;

amigo - (quando em assembleia) tertúlia;

animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma região) fauna, (manada decavalgaduras) récua, récova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça,

 para reprodução) plantel, (ferozes ou selvagens) alcateia;

anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria;

apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, instrumental;

aplaudidor - (quando pagos) claque;

arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento;

argumento - carrada, monte, montão, multidão;

arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu;

arroz - batelada;

artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco;

árvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto, (quando constituem maciço)arvoredo, bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malhada;

asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte;

asno - manada, récova, récua;assassino - choldra, choldraboldra;

assistente - assistência;

astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) constelação;

ator - elenco;

autógrafo - (quando em lista especial de coleção) álbum;

ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem;

avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha;

bala - saraiva, saraivada;bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba;

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bêbado - corja, súcia, farândola;

boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, manada, rebanho, tropa;

bomba - bateria;

borboleta - boana, panapaná;

botão - (de qualquer peça de vestuário) abotoadura, (quando em fileira) carreira;brinquedo - choldra;

burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, (quando carregado) comboio;

busto - (quando em coleção) galeria;

cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (conforme a separação) marrafa,trança;

cabo - cordame, cordoalha, enxárcia;

cabra - fato, malhada, rebanho;

cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, renque;cálice - baixela;

cameleiro - caravana;

camelo - (quando em comboio) cáfila;

caminhão - frota;

canção - (quando reunidas em livro) cancioneiro, (quando populares de uma região)folclore;

canhão - bateria;

cantilena - salsada;

cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha;

capim - feixe, braçada, paveia;

cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos para a eleição do papa) conclave,(quando reunidos sob a direção do papa) consistório;

carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho;

carro - (quando unidos para o mesmo destino) comboio, composição, (quando emdesfile) corso;

carta - (em geral) correspondência;

casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteirão, quadra;castanha - (quando assadas em fogueira) magusto;

cavalariano - (de cavalaria militar) piquete;

cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel;

cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa, tropilha;

cavalo - manada, tropa;

cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada, enfiada, réstia;

cédula - bolada, bolaço;

chave - (quando num cordel ou argola) molho, penca;célula - (quando diferenciadas igualmente) tecido;

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cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura, (quando em feixes) meda, moreia;

cigano - bando, cabilda, pandilha;

cliente - clientela, freguesia;

coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajuntamento, chusma, coleção, cópia, enfiada,

(quando antigas e em coleção ordenada) museu, (quando em lista de anotação) rol,relação, (em quantidade que se pode abranger com os braços) braçada, (quando emsérie) sequência, série, sequela, coleção, (quando reunidas e sobrepostas) monte,montão, cúmulo;

coluna - colunata, renque;

cônego - cabido;

copo - baixela;

corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) maço, (de navio) enxárcia,cordame, massame, cordagem;

correia - (em geral) correame, (de montaria) apeiragem;credor - junta, assembleia;

crença - (quando populares) folclore;

crente - grei, rebanho;

depredador - horda;

deputado - (quando oficialmente reunidos) câmara, assembleia;

desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça, turba;

diabo - legião;

dinheiro - bolada, bolaço, disparate;

disco - discoteca;

doze - (coisas ou animais) dúzia;

ébrio - Ver bêbado;

égua - Ver cavalo;

elefante - manada;

erro - barda;

escravo - (quando da mesma morada) senzala, (quando para o mesmo destino)comboio, (quando aglomerados) bando;

escrito - (quando em homenagem a homem ilustre) polianteia, (quando literários)analectos, antologia, coletânea, crestomatia, espicilégio, florilégio, seleta;

espectador - (em geral) assistência, auditório, plateia, (quando contratados paraaplaudir) claque;

espiga - (quando atadas) amarrilho, arregaçada, atado, atilho, braçada, fascal, feixe,gavela, lio, molho, paveia;

estaca - (quando fincadas em forma de cerca) paliçada;

estado - (quando unidos em nação) federação, confederação, república;

estampa - (quando selecionadas) iconoteca, (quando explicativas) atlas;

estátua - (quando selecionadas) galeria;

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estrela - (quando cientificamente agrupadas) constelação, (quando em quantidade)acervo, (quando em grande quantidade) miríade;

estudante - (quando da mesma escola) classe, turma, (quando em grupo cantam outocam) estudantina, (quando em excursão dão concertos) tuna, (quando vivem namesma casa) república;

fazenda - (quando comerciáveis) sortimento;

feiticeiro - (quando em assembleia secreta) conciliábulo;

feno - braçada, braçado;

filme - filmoteca, cinemoteca;

fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando metálicos e reunidos em feixe) cabo;

flecha - (quando caem do ar, em porção) saraiva, saraivada;

flor - (quando atadas) antologia, arregaçada, braçada, fascículo, feixe, festão, capela,grinalda, ramalhete, buquê, (quando no mesmo pedúnculo) cacho;

foguete - (quando agrupados em roda ou num travessão) girândola;força naval - armada;

força terrestre - exército;

formiga - cordão, correição, formigueiro;

frade - (quanto ao local em que moram) comunidade, convento;

frase - (quando desconexas) apontoado;

freguês - clientela, freguesia;

fruta - (quando ligadas ao mesmo pedúnculo) cacho, (quanto à totalidade das colhidasnum ano) colheita, safra;

fumo - malhada;

gafanhoto - nuvem, praga;

garoto - cambada, bando, chusma;

gato - cambada, gatarrada, gataria;

gente - (em geral) chusma, grupo, multidão, (quando indivíduos reles) magote, patuleia, poviléu;

grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo, manolho, maunça, mão, punhado;

graveto - (quando amarrados) feixe;

gravura - (quando selecionadas) iconoteca;habitante - (em geral) povo, população, (quando de aldeia, de lugarejo) povoação;

herói - falange;

hiena - alcateia;

hino - hinário;

ilha - arquipélago;

imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando radicados) colônia;

índio - (quando formam bando) maloca, (quando em nação) tribo;

instrumento - (quando em coleção ou série) jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho,(quando de artes e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tralha;

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inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande quantidade) miríade, nuvem,(quando se deslocam em sucessão) correição;

 javali - alcateia, malhada, vara;

 jornal - hemeroteca;

 jumento - récova, récua; jurado - júri, conselho de sentença, corpo de jurados;

ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha;

lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando dispostas numa espécie de lustre)lampadário;

leão - alcateia;

lei - (quando reunidas cientificamente) código, consolidação, corpo, (quando colhidasaqui e ali) compilação;

leitão - (quando nascidos de um só parto) leitegada;

livro - (quando amontoados) chusma, pilha, ruma, (quando heterogêneos)choldraboldra, salgalhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando reunidos

 para venda) livraria, (quando em lista metódica) catálogo;

lobo - alcateia, caterva; macaco - bando, capela;

malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, corja, hoste, joldra, malta, matilha,matula, pandilha, (quando organizados) quadrilha, sequela, súcia, tropa;

maltrapilho - farândola, grupo;

mantimento - (em geral) sortimento, provisão, (quando em saco, em alforge) matula,farnel, (quando em cômodo especial) despensa;

mapa - (quando ordenados num volume) atlas, (quando selecionados) mapoteca;máquina - maquinaria, maquinismo;

marinheiro - marujada, marinhagem, companha, equipagem, tripulação;

médico - (quando em conferência sobre o estado de um enfermo) junta;

menino - (em geral) grupo, bando, (depreciativamente) chusma, cambada;

mentira - (quando em sequência) enfiada;

mercadoria - sortimento, provisão;

mercenário - mesnada;

metal - (quando entra na construção de uma obra ou artefato) ferragem;ministro - (quando de um mesmo governo) ministério, (quando reunidos oficialmente)conselho;

montanha - cordilheira, serra, serrania;

mosca - moscaria, mosquedo;

móvel - mobília, aparelho, trem;

música - (quanto a quem a conhece) repertório;

músico - (quando com instrumento) banda, charanga, filarmônica, orquestra;

nação - (quando unidas para o mesmo fim) aliança, coligação, confederação, federação,liga, união;

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navio - (em geral) frota, (quando de guerra) frota, flotilha, esquadra, armada, marinha,(quando reunidos para o mesmo destino) comboio;

nome - lista, rol;

nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço, maço, pacote, (na acepção de produçãoliterária, científica) comentário;

objeto - Ver coisa;

onda - (quando grandes e encapeladas) marouço;

órgão - (quando concorrem para uma mesma função) aparelho, sistema;

orquídea - (quando em viveiro) orquidário;

osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama, (quando de um cadáver) esqueleto;

ouvinte - auditório;

ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel, malhada, oviário;

ovo - (os postos por uma ave durante cpadre - clero, clerezia;

palavra - (em geral) vocabulário, (quando em ordem alfabética e seguida designificação) dicionário, léxico, (quando proferidas sem nexo) palavrório;

pancada - pancadaria;

pantera - alcateia;

papel - (quando no mesmo liame) bloco, maço, (em sentido lato, de folhas ligadas e emsentido estrito, de 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mão, (20 mãos) resma, (10 resmas)

 bala;

parente - (em geral) família, parentela, parentalha, (em reunião) tertúlia;

partidário - facção, partido, torcida;

partido político - (quando unidos para um mesmo fim) coligação, aliança, coalizão,liga;

pássaro - passaredo, passarada;

passarinho - nuvem, bando;

pau - (quando amarrados) feixe, (quando amontoados) pilha, (quando fincados ouunidos em cerca) bastida, paliçada;

peça - (quando devem aparecer juntas na mesa) baixela, serviço, (quando artigoscomerciáveis, em volume para transporte) fardo, (em grande quantidade) magote,(quando pertencentes à artilharia) bateria, (de roupas, quando enroladas) trouxa,

(quando pequenas e cosidas umas às outras para não se extraviarem na lavagem)apontoado, (quando literárias) antologia, florilégio, seleta, silva, crestomatia, coletânea,miscelânea;

peixe - (em geral e quando na água) cardume, (quando miúdos) boana, (quando emviveiro) aquário, (quando em fileira) cambada, espicha, enfiada, (quando à tona) banco,manta;

pena - (quando de ave) plumagem;

pessoa - (em geral) aglomeração, banda, bando, chusma, colmeia, gente, legião, leva,maré, massa, mó, mole, multidão, pessoal, roda, rolo, troço, tropel, turba, turma,(quando reles) corja, caterva, choldra, farândola, récua, súcia, (quando em serviço, em

navio ou avião) tripulação, (quando em acompanhamento solene) comitiva, cortejo, préstito, procissão, séquito, teoria, (quando ilustres) plêiade, pugilo, punhado, (quando

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em promiscuidade) cortiço, (quando em passeio) caravana, (quando em assembleia popular) comício, (quando reunidas para tratar de um assunto) comissão, conselho,congresso, conclave, convênio, corporação, seminário, (quando sujeitas ao mesmoestatuto) agremiação, associação, centro, clube, grêmio, liga, sindicato, sociedade;

pilha - (quando elétricas) bateria;

planta - (quando frutíferas) pomar, (quando hortaliças, legumes) horta, (quando novas, para replanta) viveiro, alfobre, tabuleiro, (quando de uma região) flora, (quando secas, para classificação) herbário;

ponto - (de costura) apontoado;

porco - (em geral) manada, persigal, piara, vara, (quando do pasto) vezeira;

povo - (nação) aliança, coligação, confederação, liga;

prato - baixela, serviço, prataria;

prelado - (quando em reunião oficial) sínodo;

prisioneiro - (quando em conjunto) leva, (quando a caminho para o mesmo destino)comboio;

professor - corpo docente, professorado, congregação;

quadro - (quando em exposição) pinacoteca, galeria;

querubim - coro, falange, legião;

recruta - leva, magote;

religioso - clero regular;

roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal) enxoval, (quando envoltas para lavagem)trouxa;

salteador - caterva, corja, horda, quadrilha;selo - coleção;

serra - (acidente geográfico) cordilheira;

soldado - tropa, legião;

trabalhador - (quando reunidos para um trabalho braçal) rancho, (quando em trânsito)leva;

tripulante - equipagem, guarnição, tripulação;

utensílio - (quando de cozinha) bateria, trem, (quando de mesa) aparelho, baixela;

vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, matula, súcia;vara - (quando amarradas) feixe, ruma;

velhaco - súcia, velhacada.

Obs.: na maioria dos casos, a forma coletiva se constrói mediante a adaptação do sufixoconveniente: arvoredo (de árvores), cabeleira (de cabelos), freguesia (de fregueses),

 palavratório (de palavras), professorado (de professores), tapeçaria (de tapetes), etc.

Nota: o coletivo é um substantivo singular, mas com ideia de plural.

erto tempo) postura, (quando no ninho) ninhada;

Formação dos Substantivos

4 - Substantivos Simples e CompostosChuva subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.

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O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivosimples.

Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento.

Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc.

Veja agora:O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva). Essesubstantivo é composto.

Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos.

Outros exemplos: beija-flor, passatempo.

 

5-Substantivos Primitivos e Derivados

Veja:

Meu limão meu limoeiro,

meu pé de jacarandá...

 

O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro delíngua portuguesa.

 

Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da próprialíngua portuguesa.

O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão.

Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS

O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão(variação). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar:

Plural: meninos

Feminino: menina

Aumentativo: meninão

Diminutivo: menininho

Flexão de Gênero

Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino.

Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigoso, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:

- O velho e o mar 

- Um Natal inesquecível

- Os reis da praia

 

Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a,as, uma, umas:

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A história sem fim

Uma cidade sem passado

As tartarugas ninjas

Substantivos Biformes e Substantivos UniformesSubstantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente ogênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma

 para o masculino e outra para o feminino. Observe:

gato - gata

homem - mulher 

 poeta - poetisa

 prefeito - prefeita

Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto

 para o masculino quanto para o feminino. Classificam-se em:Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.

Por exemplo: 

a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.

Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.

Por exemplo: 

a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.

Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo.

Por exemplo:o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.

Saiba que:

- Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma, são masculinos.

Por exemplo:

o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.

- Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado.

Por exemplo:

o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)o capital (dinheiro) e a capital (cidade)

Pó tem sexo?

O uso das palavras masculino e feminino costuma provocar confusão entre a categoriagramatical de gênero e a característica biológica dos sexos. Para evitar essa confusão,observe que definimos gênero como um fato relacionado com a concordância das

 palavras: pó, por exemplo, é um substantivo masculino pela concordância queestabelece com o artigo o, e não porque se possa pensar num possível comportamentosexual das partículas de poeira. Só faz sentido relacionar o gênero ao sexo quando setrata de palavras que designam pessoas e animais, como os pares professor/professoraou gato/gata. Ainda assim, essa relação não é obrigatória, pois há palavras que, mesmo

 pertencendo exclusivamente a um único gênero, podem indicar seres do sexo masculinoou feminino. É o caso de criança, do gênero feminino, que pode designar seres dos dois

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sexos

Formação do Feminino dos Substantivos Biformes

a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.

Por exemplo:aluno - aluna

b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao masculino.

Por exemplo:

freguês - freguesa

c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três formas:

- troca-se -ão por -oa.

Por exemplo:

 patrão - patroa- troca-se -ão por -ã.

Por exemplo:

campeão - campeã

-troca-se -ão por ona.

Por exemplo:

solteirão - solteirona

Exceções:

 barão - baronesaladrão- ladrasultão - sultana

d) Substantivos terminados em -or:

- acrescenta-se -a ao masculino.

Por exemplo:

doutor - doutora

- troca-se -or por -triz:

imperador - imperatriz

e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:-esa - -essa- -isa-

cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisaduque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa

f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a:

elefante - elefanta

g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino:

 bode - cabra boi - vaca

h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguemnenhuma das regras anteriores:

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czar - czarinaréu - ré

Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes

Epicenos:

Observe:Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.

 Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino.

Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para designar os dois sexos. Essessubstantivos são chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver anecessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.

Por exemplo: a cobra

A cobra macho picou o marinheiro.

A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.Sobrecomuns:

Entregue as crianças à natureza.

A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexofeminino.

 Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o sexo dosseres a que se refere a palavra. Veja:

A criança chorona chamava-se João.A criança chorona chamava-se Maria.

Outros substantivos sobrecomuns:

a criatura João é uma boa criatura.Maria é uma boa criatura.

o cônjuge O cônjuge de João faleceu.O cônjuge de Marcela faleceu

Comuns de Dois Gêneros:

Observe a manchete:

Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.

Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que a palavra motorista é umsubstantivo uniforme. O restante da notícia nos informa que se trata de um homem.

A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo ou adjetivo, quandoacompanharem o substantivo.

Exemplos:

o colega - a colegao imigrante - a imigranteum jovem - uma jovem

artista famoso - artista famosarepórter francês - repórter francesa

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Substantivos de Gênero Incerto

Existem numerosos substantivos de gênero incerto e flutuante, sendo usados com amesma significação, ora como masculinos, ora como femininos.

a abusão erro comum, superstição, crendice

a aluvião sedimentos deixados pelas águas, inundação,grande numeroa cólera ou cólera-morbo doença infecciosa

a personagem  pessoa importante, pessoa que figura numahistória

a trama intriga, conluio, maquinação, ciladaa xerox (ou xérox) cópia xerográfica, xerocópia

o ágape refeição que os cristãos faziam em comum, banquete de confraternização

o caudal torrente, rioo diabetes ou diabete doençao jângal floresta própria da Índiao lhama mamífero ruminante da família dos camelídeoso ordenança soldado às ordens de um oficialo praça soldado rasoo preá  pequeno roedor 

 Note que:

1. A palavra personagem é usada indistintamente nos dois gêneros.

a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferência pelo masculino:

Por exemplo: O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos decarochinha.

 b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:

O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a personagem.

 Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma personagem.

2. Ordenança, praça (soldado) e sentinela (soldado, atalaia) são sentidos e usados nalíngua atual, como masculinos, por se referirem, ordinariamente, a homens.

3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fotográfico Ana Belmonte.Observe o gênero dos substantivos seguintes:

Masculinos Femininos

o tapao eclipseo lança-perfumeo dó (pena)

o sanduícheo clarinete

o clão hosanao herpeso pijama

o suéter o soprano

a dinamitea áspidea dermea hélice

a alcíonea filoxera

a panea mascotea gênesea entorse

a libidoa cal

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o champanhao sósiao maracajá

o proclamao pernoiteo púbis

a clâmidea omoplataa cataplasma

a faringea cólera (doença)a ubá (canoa)

São geralmente masculinos os substantivosde origem grega terminados em -ma:o grama (peso)o quilogramao plasmao apostemao diagrama

o epigramao telefonemao estratagemao dilemao teorema

o apotegmao tremao eczemao edemao magma

o anátemao estigmao axiomao tracomao hematoma

 

Exceções: a cataplama, a celeuma, a fleuma, etc.

 Gênero dos Nomes de Cidades:

Salvo raras exceções, nomes de cidades são femininos.

Por exemplo:A histórica Ouro preto.A dinâmica São Paulo.A acolhedora Porto Alegre.Uma Londres imensa e triste.

Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.

Gênero e Significação:

Muitos substantivos têm uma significação no masculino e outra no feminino. Observe:

o baliza (soldado que, que à frente datropa, indica os movimentos que se deverealizar em conjuntp; o que vai à frente deum bloco carnavalesco, manejando um

 bastão)

a baliza (marco, estaca; sinal que marcaum limite ou proibição de trânsito)

o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo)o cisma (separação religiosa, dissidência) a cisma (ato de cismar, desconfiança)o cinza (a cor cinzenta) a cinza (resíduos de combustão)o capital (dinheiro) a capital (cidade)o coma (perda dos sentidos) a coma (cabeleira)o coral (pópilo, a cor vermelha, canto emcoro)

a coral (cobra venenosa)

o crisma (óleo sagrado, usado naadministração da crisma e de outrossacramentos)

a crisma (sacramento da confirmação)

o cura (pároco) a cura (ato de curar)o estepe (pneu sobressalente) a estepe (vasta planície de vegetação)o guia (pessoa que guia outras) a guia (documento, pena grande das asas

das aves)

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o grama (unidade de peso) a grama (relva)o caixa (funcionário da caixa) a caixa (recipiente, setor de pagamentos)o lente (professor) a lente (vidro de aumento)o moral (ânimo)

 a moral (honestidade, bons costumes,ética)

o nascente (lado onde nasce o Sol) a nascente (a fonte)o maria-fumaça (trem como locomotiva avapor)

a maria-fumaça (locomotiva movida avapor)

o pala (poncho) a pala (parte anterior do boné ou quépe,anteparo)

o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação emissora)o voga (remador) a voga (moda, popularidade)

Flexão de Número do Substantivo

Em português, há dois números gramaticais:

O singular, que indica um ser ou um grupo de seres;

O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres.

A característica do plural é o s final.

 

Plural dos Substantivos Simples

a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plural peloacréscimo de s.

Por exemplo:

 pai - pais

ímã - ímãshífen - hifens (sem acento, no plural).

Exceção: cânon - cânones.

b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns.

Por exemplo:

homem - homens.

c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acréscimo de es.

Por exemplo:

revólver - revólveresraiz - raízes

Atenção: O plural de caráter é caracteres.

d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is.

Por exemplo:

quintal - quintaiscaracol - caracóishotel - hotéis

Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.

e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras:

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- Quando oxítonos, em is.

Por exemplo:

canil - canis

- Quando paroxítonos, em eis.

Por exemplo:míssil - mísseis.

Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras:

répteis ou reptis (pouco usada).

f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras:

- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de es.

Por exemplo:

ás - asesretrós - retroses

- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis.

Por exemplo:

o lápis - os lápiso ônibus - os ônibus.

g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três maneiras.

- substituindo o -ão por -ões:

Por exemplo:

ação - ações- substituindo o -ão por -ães:

Por exemplo:

cão - cães

- substituindo o -ão por -ãos:

Por exemplo:

grão - grãos

h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis.

Por exemplo:o látex - os látex.

Plural dos Substantivos Compostos

A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados,do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si.Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples:

aguardente e aguardentes girassol e girassóis

  pontapé e pontapés malmequer e malmequeres

O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma

 provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:

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substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flor es substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amor es-perfeitosadjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homensnumeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras

b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de:verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas 

 palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes  palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos

c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:

substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia

substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor 

substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja,especifica a função ou o tipo do termo anterior.

Exemplos:  palavra-chave - palavras-chave bomba-relógio - bombas-relógionotícia-bomba - notícias-bombahomem-rã - homens-rã

 peixe-espada - peixes-espada

d) Permanecem invariáveis, quando formados de:

verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-foraverbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas

e) Casos Especiais

o louva-a-deus e os louva-a-deus

o bem-te-vi e os bem-te-vis

o bem-me-quer e os bem-me-queres

o joão-ninguém e os joões-ninguém.

Plural das Palavras Substantivadas 

As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes gramaticais usadas comosubstantivo, apresentam, no plural, as flexões próprias dos substantivos.

Por exemplo:Pese bem os prós e os contras.O aluno errou na prova dos noves.Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.

Obs.: numerais substantivados terminados em -s ou -z não variam no plural.

Por exemplo: Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.

Plural dos Diminutivos

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Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-se osufixo diminutivo.

 pãe(s) + zinhosanimai(s) + zinhos

 botõe(s) + zinhos

chapéu(s) + zinhosfarói(s) + zinhostren(s) + zinhoscolhere(s) + zinhasflore(s) + zinhas

pãezinhosanimaizinhosbotõezinhos

chapeuzinhosfaroizinhostrenzinhoscolherezinhasflorezinhas

mão(s) + zinhas papéi(s) + zinhosnuven(s) + zinhas

funi(s) + zinhostúnei(s) + zinhos

 pai(s) + zinhos pé(s) + zinhos pé(s) + zitos

mãozinhaspapeizinhosnuvenzinhas

funizinhostuneizinhospaizinhospezinhospezitos

Obs.: são anômalos os plurais pastorinhos(as), papelinhos, florzinhas, florinhas,colherzinhas e mulherzinhas, correntes na língua popular, e usados até por escritoresde renome.

Plural dos Nomes Próprios PersonativosDevem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre que a terminaçãose preste à flexão. Por exemplo:

Os Napoleões também são derrotados.As Raquéis e Esteres.

Plural dos Substantivos Estrangeiros

Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos como na línguaoriginal, acrecentando-se-lhes um s (exceto quando terminam em s ou z).

Por exemplo: 

os showsos shortsos jazz

Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com as regras denossa língua:

Por exemplo: os clubes os chopesos jipes os esportesas toaletes os bibelôsos garçons os réquiens

Observe o exemplo:

Este jogador faz gols toda vez que joga.

O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.

Plural com Mudança de Timbre

Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre da vogal tônica

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(o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado metafonia.

Singular Plural Singular Plural

corpo (ô)

esforçofogofornofossoimpostoolho

corpos (ó)

esforçosfogosfornosfossosimpostosolhos

osso (ô)

ovo poço porto postorogotijolo

ossos (ó)

ovospoçosportospostosrogostijolos

Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, esposos, estojos,globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.

Obs.: distinga-se molho (ô), caldo (molho de carne), de molho (ó), feixe (molho delenha).

Particularidades sobre o Número dos Substantivos

a) Há substantivos que só se usam no singular:

Por exemplo:

o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.

b) Outros só no plural:

Por exemplo:

as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus (naipes de baralho), asfezes.

c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular:

Por exemplo:

 bem (virtude) e bens (riquezas)

honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, títulos)

d) Usamos às vezes, os substantivos no singular mas com sentido de plural:

Por exemplo:

Aqui morreu muito negro.Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas improvisadas.Juntou-se ali uma população de retirantes que, entre homem, mulher e menino,ia bem cinquenta mil."

Flexão de Grau do Substantivo

Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos

seres. Classificam-se em:Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado normal. Por exemplo: casa

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Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em:Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza.Por exemplo: casa grande.

Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento.

Por exemplo: casarão.Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser:Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez.Por exemplo: casa pequena.

Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição.Por exemplo: casinha.

Amigão é amigo grande ou grande amigo?

 No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau são normalmente

empregadas para conferir valores afetivos ao seres nomeados pelos substantivos.Observe formas como amigão, partidão, bandidaço; mulheraço, livrinho, ladrãozinho,rapazola, futebolzinho - em todas elas, o que interessa é transmitir dados como carinho,admiração, ironia ou desprezo, e não noções ligadas ao tamanho físico dos seresnomeados.

Substantivos na leitura e produção de textos

Saber nomear com precisão os seres e conceitos de que pretendemos tratar quandofalamos ou redigimos é, obviamente, um fator de eficiência em nosso trabalho. Nessesentido, conhecer os substantivos e refletir sobre os sentidos e significados que

exprimem em situações de interações entre substantivos abstratos, verbos e adjetivoscognatos nos oferecem a possibilidade de reelaborar frases e estruturas oracionais em busca das mais adequadas a determinada necessidade ou estratégia comunicativa.

Conhecer os mecanismos de flexão dos substantivos é fundamental para oestabelecimento da concordância nas frases e orações de nossos textos orais ou escritos.

 No que diz respeito à indicação de grau, insistimos no valor afetivo que o aumentativo eo diminutivo formados por sufixação costumam transmitir: esse valor afetivo não éexplorado apenas na língua coloquial, mas também na língua literária. As formasdiminutivas e aumentativas são exploradas expressivamente por poetas e prosadores.

Além disso, os substantivos desempenham um papel importantíssimo nos mecanismos

de coesão e coerência textuais. É normalmente por meio de um substantivo que seapresenta pela primeira vez, num texto, o ser, ato ou conceito de que vamos tratar.Depois disso, utilizam-se substantivos que mantêm, com esse primeiro, relaçõesvariáveis de significado, num processo de retomada que é parte importante da

 progressão textual. Por meio desse processo, delimita-se ou expande-se a abrangênciado sentido dos conceitos analisados. Ao mesmo tempo, com a seleção vocabular,evidencia-se o ponto de vista do produtor do texto sobre o tema tratado.

2 - ARTIGO

Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendoempregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo

tempo, o gênero e o número dos substantivos.Classificação dos Artigos

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Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as.

Por exemplo:

Eu matei o animal.

Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns,

umas.Por exemplo:

Eu matei um animal.

Combinação dos Artigos

É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições.Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações:

Preposições Artigoso, os a, as um, uns uma, umas

a ao, aos à, às - -

de do, dos da, das dum, duns duma, dumasem no, nos na, nas num, nuns numa, numas

 por (per) pelo, pelos pela, pelas - -

- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusãode vogais idênticas é conhecida por crase.

- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a formaper, equivalente a por.

Artigos, leitura e produção de textos

O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar 

 problemas com o gênero e o número de determinados substantivos, mas principalmenteexplorar detalhes de significação bastante expressivos. Em geral, informações novas,nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas

 pelos definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer partede um conjunto argumentativo que mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutilezade muitas modificações de significados transmitidas pelos artigos faz com que sejamfrequentemente usados pelos escritores em seus textos literários.

3 - ADJETIVO

Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa"diretamente ao lado de um substantivo.

Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo:homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. 

Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo;não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade,

 portanto, não é adjetivo, mas substantivo, pois admite o artigo: a bondade.

Morfossintaxe do Adjetivo: 

O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando comoadjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

Classificação do Adjetivo

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Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo: neve fria.Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por exemplo: fruta madura.

Formação do Adjetivo

Quanto formação, o adjetivo pode ser:

ADJETIVOSIMPLES Formado por um só radical. Por exemplo: brasileiro, escuro,magro, cômico.ADJETIVOCOMPOSTO

Formado por mais de umradical.

Por exemplo: luso-brasileiro,castanho-escuro, amarelo-canário.

ADJETIVOPRIMITIVO

É aquele que dá origem aoutros adjetivos.

Por exemplo: belo, bom, feliz, puro.

ADJETIVODERIVADO

É aquele que deriva desubstantivos ou verbos.

Por exemplo: belíssimo, bondoso,magrelo.

Adjetivo Pátrio

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:

Estados e cidades brasileiros:

Acre acreanoAlagoas alagoanoAmapá amapaenseAracaju aracajuano ou aracajuenseAmazonas amazonense ou baréBelém (PA) belenenseBelo Horizonte belo-horizontinoBoa Vista boa-vistense

Brasília brasilienseCabo Frio cabo-frienseCampinas campineiro ou campinenseCuritiba curitibanoEstados Unidos estadunidense, norte-americano ou ianqueEl Salvador salvadorenhoGuatemala guatemaltecoÍndia indiano ou hindu (os que professam o hinduísmo)Irã iranianoIsrael israelense ou israelita

Moçambique moçambicanoMongólia mongol ou mongólicoPanamá panamenhoPorto Rico porto-riquenhoSomália somali

Adjetivo Pátrio Composto 

 Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na formareduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos:

África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americanaAlemanha germano- ou teuto- / Por exemplo: Competições teuto-inglesas

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América américo- / Por exemplo: Companhia américo-africanaÁsia ásio- / Por exemplo: Encontros ásio-europeusÁustria austro- / Por exemplo: Peças austro-búlgarasBélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-francesesChina sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses

Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-portuguêsEuropa euro- / Por exemplo: Negociações euro-americanasFrança franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões franco-italianasGrécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanosÍndia indo- / Por exemplo: Guerras indo-paquistanesasInglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo-portuguesasItália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-portuguesaJapão nipo- / Por exemplo: Associações nipo-brasileirasPortugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros

LOCUÇÃO ADJETIVALocução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras paracontar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem omesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a umadjetivo.)

Por exemplo:

aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada).

Observe outros exemplos:

de águia aquilinode aluno discentede anjo angelicalde ano anualde aranha aracnídeode asno asininode baço esplênicode bispo episcopalde bode hircinode boi bovinode bronze brônzeo ou êneode cabelo capilar de cabra caprinode campo campestre ou ruralde cão caninode carneiro arietinode cavalo cavalar, equino, equídio ou hípicode chumbo plúmbeode chuva pluvialde cinza cinéreode coelho cunicular de cobre cúprico

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de couro coriáceode criança puerilde dedo digitalde diamante diamantino ou adamantinode elefante elefantino

de enxofre sulfúricode esmeralda esmeraldinode estômago estomacal ou gástricode falcão falconídeode farinha farináceode fera ferinode ferro férreode fígado figadal ou hepáticode fogo ígneode gafanhoto acrídeo

de garganta guturalde gelo glacialde gesso gípseode guerra bélicode homem viril ou humanode ilha insular de intestino celíaco ou entéricode inverno hibernal ou invernalde lago lacustrede laringe laríngeo

de leão leoninode lebre leporinode lobo lupinode lua lunar ou selênicode macaco simiesco, símio ou macacalde madeira lígneode marfim ebúrneo ou ebóreode mestre magistralde monge monacalde neve níveo ou nival

de nuca occipitalde orelha auricular de ouro áureode ovelha ovinode paixão passionalde pâncreas pancreáticode pato anserinode peixe písceo ou ictíacode pombo columbinode porco suíno ou porcino

de prata argênteo ou argíricodos quadris ciático

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de raposa vulpinode rio fluvialde serpente viperinode sonho oníricode terra telúrico, terrestre ou terreno

de trigo tritíciode urso ursinode vaca vacumde velho senilde vento eólicode verão estivalde vidro vítreo ou hialinode virilha inguinalde visão óptico ou ótico

Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmosignificado.

Por exemplo:

Vi as alunas da 5ª série.O muro de tijolos caiu.

É necessário critério!

Há muitos adjetivos que mantêm certa correspondência de significado com locuçõesadjetivas, e vice-versa. No entanto, isso não significa que a substituição da locução peloadjetivo seja sempre possível. Tampouco o contrário é sempre admissível. Colar de

marfim é uma expressão cotidiana; seria pouco recomendável passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois esses adjetivos têm uso restrito à linguagem literária. Contratoleonino é uma expressão usada na linguagem jurídica; é muito pouco provável que osadvogados passem a dizer contrato de leão. Em outros casos, a substituição é

 perfeitamente possível, transformando a equivalência entre adjetivos e locuçõesadjetivas em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois oferece

 possibilidades de variação vocabular.

Por exemplo: A população das cidades tem aumentado. A falta de planejamentourbano faz com que isso se torne um imenso problema.

FLEXÃO DOS ADJETIVOS

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e femininino).De forma semelhante aos substantivos, classificam-se em:

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino.

Por exemplo:

ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.

Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o últimoelemento.

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Por exemplo:

o motivo socioliterário, a causa socioliterária. Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino.

Por exemplo:

homem feliz e mulher feliz.

Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino.

Por exemplo:

conflito político-social e desavença político-social.

 Número dos Adjetivos

Plural dos adjetivos simples

Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas paraa flexão numérica dos substantivos simples.Por exemplo: 

mau e mausfeliz e felizesruim e ruins

 boa e boas

Caso o adjetivo seja representado por um substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, elamanterá sua forma primitiva e passará a ser denominado de substantivo adjetivado.

Por exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então invariável.

Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza.

Veja outros exemplos: Carros amarelos e motos vinho.Telhados marrons e paredes musgo.Espetáculos gigantescos e comícios monstro.

Adjetivo Composto

Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses

elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivoa que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementosque formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivocomposto ficará invariável.

Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivocomposto inteiro ficará invariável.

Por exemplo: Camisas rosa-claro.

Ternos rosa-claro.Olhos verde-claros.

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Calças azul-escuras e camisas verde-mar.Telhados marrom-café e paredes verde-claras.

Obs.:- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.

- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementosflexionados.

Grau do Adjetivo

Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. Sãodois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.

Comparativo

 Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duasou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade,de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: 

1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade

 No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.

2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De Superioridade Analítico

 No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um

tem qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que"ou "mais...que".

3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sintético

Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas,herdadas do latim. São eles:

  bom-melhor pequeno-menor mau-pior alto-superior grande-maior baixo-inferior 

Observe que:

a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.

 b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-seusar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno.

Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos.

Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmoelemento.

4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferioridade

Sou menos passivo (do) que tolerante.

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Superlativo

O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grausuperlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:

Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, semrelação com outros seres. Apresenta-se nas formas:

Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade(advérbios).

Por exemplo:

O secretário é muito inteligente.

Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos.

Por exemplo:

O secretário é inteligentíssimo.

Observe alguns superlativos sintéticos:

  benéfico beneficentíssimo  bom boníssimo ou ótimocélebre celebérrimocomum comuníssimocruel crudelíssimodifícil dificílimodoce dulcíssimo

fácil facílimofiel fidelíssimofrágil fragílimofrio friíssimo ou frigidíssimohumilde humílimo

  jovem juveníssimolivre libérrimomagnífico magnificentíssimomagro macérrimo ou magríssimomanso mansuetíssimo

mau péssimonobre nobilíssimo  pequeno mínimo  pobre paupérrimo ou pobríssimo  preguiçoso pigérrimo  próspero prospérrimosábio sapientíssimosagrado sacratíssimo

Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação aum conjunto de seres. Essa relação pode ser:

De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.

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De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.

 Note bem:

1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito,extremamente, excepcionalmente, etc., antepostos ao adjetivo.

2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas formas : uma erudita, deorigem latina, outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída peloradical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo:fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.

A forma popular é constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.

3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo,sem o desagradável hiato i-í.

Adjetivos, leitura e produção de textosA adjetivação é um dos elementos modalizadores de um texto, ou seja, imprime ao

que se fala ou escreve. Quando é excessiva e voltada a obtenção de efeitos retóricos, prejudica a qualidade do texto e evidencia o despreparo ou a má-fé de quem escreve.Quando é feita com sobriedade e sensibilidade, contribui para a eficiência interlocutivado texto.

Nos textos dissertativos, os adjetivos normalmente explicitam a posição de quemescreve em relação ao assunto tratado. É muitas vezes por meio de adjetivos que os

 juízos e avaliações do produtor do texto vêm a tona, transmitindo ao leitor atitudescomo aprovação, reprovação, aversão, admiração, indiferença. Analisar a adjetivação

de um texto dissertativo é, portanto, um bom caminho para captar com segurança aopinião de quem o produziu. Lembre-se de que é a sua adjetivação que deve cumprir esse papel quando você escreve.

Nos textos ou passagens descritivas, os adjetivos cumprem uma função mais plástica:é por meio deles que se costuma atribuir formas, cor, peso, sabor e outras dimensõesaos seres que estão sendo descritos. É óbvio que, neste caso, o emprego de uma seleçãosensível e eficiente de adjetivos conduz a um texto mais bem-sucedido, capaz detransmitir ao leitor uma impressão bastante nítida do ser ou objeto descrito. São nessas

 passagens descritivas que a adjetivação atua nos textos narrativos.

4 - NUMERAL

Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribuiquantidade aos seres ou os situa em determinada sequência.

Exemplos:

1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.

[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]

2. Eu quero café duplo, e você?

...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]

3. A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!

...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"]

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 Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relaçãoaos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não setrata de numerais, mas sim de algarismos.

Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números,existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade,

 proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as),novena.

Classificação dos Numerais

Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cemmil, etc.Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro,segundo, centésimo, etc.Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo:meio, terço, dois quintos, etc.Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a

quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.Leitura dos Numerais Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos,em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre essesconjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e.

Por exemplo: 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis.45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.

FLEXÃO DOS NUMERAIS

Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os queindicam centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas;quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variamem número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais são invariáveis.

Os numerais ordinais variam em gênero e número:

 primeir o segundo milésimo  primeir a segunda milésima  primeir os segundos milésimos  primeir as segundas milésimas 

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas:Por exemplo:

Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.

Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número:

Por exemplo:

Teve de tomar doses triplas do medicamento.

Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe:

um terço/dois terçosuma terça parte

duas terças partesOs numerais coletivos flexionam-se em número. Veja:

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uma dúziaum milheiroduas dúziasdois milheiros

É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo

afetividade ou especialização de sentido. É o que ocorre em frases como:Me empresta duzentinho...

É artigo de primeiríssima qualidade!

O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)

Emprego dos Numerais

Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra,utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeralvenha depois do substantivo:

Ordinais Cardinais

João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dezem diante:

Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)

Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "umae outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais

 já se fez referência.

Por exemplo:

Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade.Ambos agora partcipam das atividades comunitárias de seu bairro.

Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. Atualmente, seu uso indicaafetação, artificialismo.

Numerais, leitura e produção de textos

O conhecimento das formas da norma padrão dos numerais é obviamente importante para quem tem necessidade de produzir e interpretar textos em linguagem formal. Em particular nas exposições orais, o uso dessas formas é indispensável, por razões óbvias(não é possível substituir numerais por algarismos na língua falada!), e evitaconstrangimentos que podem comprometer a credibilidade do expositor.

Os numerais também podem ser empregados na produção e interpretação de textosdissertativos escritos. As palavras dessa classe gramatical compartilham com os

 pronomes a capacidade de retomar ou antecipar entes e dados e de inter-relacionar  partes do texto. São, por isso, elementos importantes para a obtenção de coesão ecoerência textuais.

5 - PRONOME

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Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, queacompanha o nome qualificando-o de alguma forma.

Exemplos:

1. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!

[substituição do nome]2. A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!

[referência ao nome]

3. Essa moça morava nos meus sonhos!

[qualificação do nome]

Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras sóadquirem significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referênciaexata daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação.Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por 

função principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomesapresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso.

Exemplos: 

1. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.

[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]

2. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?

[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]

3. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.

[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculinoou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referênciaatravés do pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno daconcordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.

Exemplos: 

1. [Fala-se de Roberta]

2. Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano.

[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada]

[neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada][ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada]

Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos,

indefinidos, relativos e interrogativos. Pronomes Pessoais

São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas dodiscurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu,vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência a pessoa ou pessoas de quem fala.

Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações,

 podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo.Pronome Reto

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Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito oupredicativo do sujeito.

Por exemplo: 

Nós lhe ofertamos flores.

Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa,sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessaforma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:

- 1ª pessoa do singular: eu

- 2ª pessoa do singular: tu

- 3ª pessoa do singular: ele, ela

- 1ª pessoa do plural: nós

- 2ª pessoa do plural: vós

- 3ª pessoa do plural: eles, elas

Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais nalíngua-padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram euaté aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escritaou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes:"Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".

Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa.Isso se dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as

 pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto.

Por exemplo:

Fizemos boa viagem. (Nós)Pronome Oblíquo

Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função decomplemento verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal .

Por exemplo:

Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)

Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal docaso reto. Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração:

 pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento daoração.

Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.

Pronome Oblíquo Átono

São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.

Possuem acentuação tônica fraca.

Por exemplo:

Ele me deu um presente.

O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:

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- 1ª pessoa do singular (eu): me

- 2ª pessoa do singular (tu): te

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe

- 1ª pessoa do plural (nós): nos

- 2ª pessoa do plural (vós): vos- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes

Observações:

O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja,houve a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indiretona oração.

Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.

Os pronomes o, as, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.

Saiba que:

Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a,as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, llhos, lha,lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessasformas nos exemplos que seguem:

- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a vocês?

- Sim, entreguei-to ainda há pouco. - Não, não no-la contaram.

 No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua

literária atual, seu emprego é muito raro.

Atenção:

Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminaçõesverbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, laou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.

Por exemplo: 

fiz + o = fi-lo 

fazeis + o =fazei-lo 

dizer + a =dizê-la 

Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.

Por exemplo: 

viram + o: viram-no 

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repõe + os =repõe-nos 

retém + a: retém-na 

tem + as = tem-nas 

Pronome Oblíquo Tônico

Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos  por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a funçãode objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.

O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:

- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela

- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco

- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas

- Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa(mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do casoreto.

- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo enunca pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da línguaformal, os pronomes costumam ser usados desta forma:

 Não há mais nada entre mim e ti.

 Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.

 Não há nenhuma acusação contra mim.

 Não vá sem mim.

Atenção:

Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto.

Por exemplo: 

 Trouxeram vários vestidos para euexperimentar.

Não vá sem eu mandar.

- A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas especiais

comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicosfrequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia.

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Por exemplo: Ele carregava o documento consigo.

- As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por "com nós" e "com vós"quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos,próprios, todos, ambos ou algum numeral.

Por exemplo: 

Você terá de viajar com nós todos. 

Estávamos com vós outros quando chegaramas más notícias.

Ele disse que iria com nós três. 

Pronome Reflexivo

São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou

indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a açãoexpressa pelo verbo.

O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:

- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.

Por exemplo: 

Eu não me vanglorio disso.

Olhei para mim no espelho e não gosteido que vi.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.

Por exemplo: 

Assim tu teprejudicas.

Conhece a timesmo.

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.

Por exemplo: 

Guilherme já se preparou.

Ela deu a si um presente.

Antônio conversou consigomesmo.

- 1ª pessoa do plural (nós): nos.

Por exemplo: 

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Lavamo-nos norio.

- 2ª pessoa do plural (vós): vos.

Por exemplo: 

Vós vos beneficiastes com aBoa Nova.

Por exemplo:

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.

Por exemplo: 

Eles se conheceram.

Elas deram a si um diade folga.

A Segunda Pessoa Indireta

A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que,apesar de indicarem nosso interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbona terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro seguinte:

Pronomes de Tratamento

Vossa Alteza V. A. príncipes, duquesVossa Eminência V. Ema.(s) cardeais

Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos

Vossa Excelência V. Exª (s)altas autoridades e oficiais-

generaisVossa Magnificência V. Mag. ª(s) reitores de universidades

Vossa Majestade V. M. reis e rainhasVossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores

Vossa Santidade V. S. PapaVossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso

Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e"a senhora" são empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", notratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil;em algumas regiões , a forma tu é de uso frequente, em outras, é muito poucoempregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ouliterária.

Observações: 

a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem"Vossa (s)" são empregados em relação à pessoa com quem falamos.

Por exemplo: Espero que V. Ex.ª , Senhor Ministro, compareça a este encontro.

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 Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa.

 Por Exemplo:Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor 

Presidente da República, agiu com propriedade.- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aosnossos interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.

b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda aconcordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivose os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa.

Por exemplo:

Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seuseleitores lhe fiquem reconhecidos.

c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, nãoé permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.

 

Por exemplo: Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)

Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (corrreto)Pronomes Possessivos

São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela aideia de posse de algo (coisa possuída).Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

Observe o quadro:

  NÚMERO PESSOA PRONOMEsingular primeira meu(s), minha(s)singular segunda teu(s), tua(s)

singular terceira seu(s), sua(s)  plural primeira nosso(s), nossa(s)  plural segunda vosso(s), vossa(s)  plural terceira seu(s), sua(s)

Note que:

A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e onúmero concordam com o objeto possuído.

Por exemplo:

Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.

Observações:

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1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavrasenhor.

Por exemplo:

- Muito obrigado, seu José.

2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos,como:

a) indicar afetividade.

Por exemplo:

- Não faça isso, minha filha.

b) indicar cálculo aproximado.

Por exemplo:

Ele já deve ter seus 40 anos.

c) atribuir valor indefinido ao substantivo.

Por exemplo:

Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.

3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.

Por exemplo:

Vossa Excelência trouxe sua mensagem?

4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo.

Por exemplo:

Trouxe-me seus livros e anotações.5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de

 possessivo.

Por exemplo: 

Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)

Pronomes Demonstrativos

Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos deespaço, tempo ou discurso.

No espaço:Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa quefala.

Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa comquem falo, ou afastado da pessoa que fala.

Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoaque fala e daquela com quem falo.

 

Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de

correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmenteimportantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o

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segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.

Exemplos:

Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concursovestibular. (trata-se da universidade destinatária).

Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro deJovens. (trata-se da universidade que envia a mensagem).

No tempo:

Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.

Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.

Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado

distante. 

- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:

Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).

Invariáveis: isto, isso, aquilo.

- Também aparecem como pronomes demonstrativos:

o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.

Por exemplo:

 Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)

Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)

mesmo (s), mesma (s):

Por exemplo:

Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.

próprio (s), própria (s):

Por exemplo:

Os próprios alunos resolveram o problema.semelhante (s):

Por exemplo:

 Não compre semelhante livro.

tal, tais:

Por exemplo:

Tal era a solução para o problema.

Note que:

a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em construções redundantes, comfinalidade expressiva, para salientar algum termo anterior. Por exemplo:

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Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!

b) O pronome demonstrativo neutro o pode representar um termo ou o conteúdo de umaoração inteira, caso em que aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ouaposto.

Por exemplo:

O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.

c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregar-se,em tais casos, o verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz asvezes de).

Por exemplo: 

 Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.

Diz-se corretamente:

 Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer.Mas:

Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o que fazer.)

d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa mencionada em último lugar,aquele à mencionada em primeiro lugar.

Por exemplo:

O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos: aquele casado,solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado.]

e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica.

Por exemplo:A menina foi a tal que ameaçou o professor?

f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com pronome demonstrativo:àquele, àquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc.

Por exemplo:

 Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)

Pronomes Indefinidos

São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago(impreciso) ou expressando quantidade indeterminada.

Por exemplo: Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas.

 Não é difícil peceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar.

Classificam-se em:

Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do ser ou da quantidadeaproximada de seres na frase.

São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem,tudo.

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Por exemplo: Algo o incomoda?Quem avisa amigo é.

Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhea noção de quantidade aproximada.

São eles: cada, certo(s), certa(s).

Por exemplo: Cada povo tem seus costumes.Certas pessoas exercem várias profissões.

Note que:

Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos:

algum, alguns, alguma(s), bastante(s) ( = muito, muitos), demais, mais, menos,muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s),pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.

Por exemplo: Menos palavras e mais ações.Alguns contentam-se pouco.

Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe oquadro:

Variáveis

InvariáveisSingular Plural

Masculino Feminino Masculino Feminino

algumnenhum

todomuito

 poucováriotantooutro

quanto

algumanenhuma

todamuita

 poucaváriatantaoutra

quanta

algunsnenhuns

todosmuitos

 poucosváriostantosoutros

quantos

algumasnenhumas

todasmuitas

 poucasváriastantasoutras

quantas

alguémninguémoutrem

tudonadaalgocada

qualquer quaisquer  

 

São locuções pronominais indefinidas:

cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quemfor, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=certo), tal e qual, tal ou qual, um ououtro, uma ou outra etc.

Por exemplo: 

Cada um escolheu o vinho desejado.Indefinidos Sistemáticos

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Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, percebemos que existem algunsgrupos que criam oposição de sentido. É o caso de:

algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têmsentido negativo;

todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/nada, que indicam umatotalidade negativa;

alguém/ninguém, que se referem a pessoa, e algo/nada, que se referem a coisa;

certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.

Essas oposições de sentido são muito importantes na construção de frases e textoscoerentes, pois delas muitas vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentosexpostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes indefinidos destacadosimprimem às afirmações de que fazem parte:

Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado prático.

Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pessoas quaisquer.Pronomes Relativos

São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente ecom os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas.

Por exemplo:

O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobreoutros.

(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).

O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oraçãosubordinada. Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que.O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.

Por exemplo:

 Não sei o que você está querendo dizer.

Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.

Por exemplo:

Quem casa, quer casa.

Observe o quadro abaixo:

Quadro dos Pronomes RelativosVariáveis

InvariáveisMasculino Feminino

o qualcujoquanto

os quaiscujosquantos

a qualcujaquanta

as quaiscujasquantas

quemque

onde

 Note que:

a) O pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo

universal. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seuantecedente for um substantivo.

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Por exemplo: O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção.(= o qual)A cantora que acabou de se apresentar é péssima.(= a qual)Os trabalhos que eu fiz referm-se à corrupção. (=os quais)As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)

b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso,são utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que

 podem ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados comreferência a pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas

 preposições:

Por exemplo: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixouencantado. (O uso de que neste caso geraria ambiguidade.)Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderiausar que depois de sobre.)

c) O relativo "que" às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração.

Por exemplo:  Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.

d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente.Equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais.

Por exemplo:

Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.(antecedente) (consequente)

e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido:tanto(ou variações) e tudo:

Por exemplo:

Emprestei tantos quantos foramnecessários.

(antecedente)

Ele fez tudo quanto havia falado.

(antecedente)

f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição.Por exemplo:

É um professor a quem muito devemos.

(preposição)

g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizadona indicação de lugar.

Por exemplo:

A casa onde morava foi assaltada.

h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.Por exemplo:

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Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.

i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:

- como(= pelo qual)

Por exemplo:

 Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.- quando(= em que)

Por exemplo:

Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.

 j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase.

Por exemplo:

O futebol é um esporte.O povo gosta muito deste esporte.O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo que.

Por exemplo:

A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.Importância nada relativa

 Não é difícil perceber que os pronomes relativos são peças fundamentais à boaarticulação de frases e textos: sua capacidade de atuar como pronomes e conectivossimultaneamente favorece a síntese e evita a repetição de termos.

Pronomes Interrogativos

São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).

Por exemplo: 

Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.

Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes.

Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantospassageiros desembarcaram.

Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos

Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem.

Por exemplo: 

Nem tudo está perdido. (Nem todos os bensestão perdidos.)

Aquilo me deixou alegre.

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Obs.: ao assumir para si as características do nome que substitui, o pronome seguirátodas as demais concordâncias (gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeitoinanimado - marca de situação no espaço).

Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual serelacionam, juntando-lhe uma característica.

Por exemplo: 

Este moço é meu irmão.

Alguma coisa me deixoualegre.

Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui suaclassificação epecífica.

Por exemplo: 

Muita gente não me entende. ( muita = pronome adjetivoindefinido).

 Trouxe o meu ingresso e o teu. ( meu = pronome adjetivopossessivo / teu = pronome substantivo possessivo).

6 - VERBO

Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz.Pode indicar, entre outros processos:

ação (correr);

estado (ficar);

fenômeno (chover);

ocorrência (nascer);

desejo (querer).

O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados.Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximoao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as

 possibilidades de flexão que esses verbos possuem.

Estrutura das Formas Verbais

Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos:

a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo.

Por exemplo:

fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)

b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertenceo verbo.

Por exemplo:

fala-r 

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São três as conjugações:

1ª - Vogal Temática - A - (falar)

2ª - Vogal Temática - E - (vender)

3ª - Vogal Temática - I - (partir)

c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo.Por exemplo: 

falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)

d) Desinência número-pesssoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ªou 3ª) e o número (singular ou plural).

Por exemplo: falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)

Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados ( compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e",apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe,

 pões, põem, etc.

Formas Rizotônicas e Arrizotônicas

Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito deacentuação tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acentotônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formasarrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei,aprenderão, nutrirí amos. Classificação dos Verbos

Classificam-se em:a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação ecuja flexão não provoca alterações no radical.

Por exemplo: 

canto cantei cantarei cantava cantasse

b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nasdesinências.

Por exemplo: 

faço fiz farei fizesse

c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se emimpessoais, unipessoais e pessoais.

Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são:

a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em oraçõestemporais).

Por exemplo:

Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)

Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)

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 b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo)

Por exemplo: 

Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.Era primavera quando a conheci.Estava frio naquele dia.

c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar,nevar, gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói,"Amanheci mal-humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado.Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal paraser pessoal.

Por exemplo:

Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

d) São impessoais, ainda:1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis.2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Ex.:Basta de tolices. Chega de blasfêmias.3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Nãofica bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então,

 pessoais.4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo: 

 Não deu para chegar mais cedo.Dá para me arrumar uns trocados?

Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, se conjugam apenas nas terceiras pessoas,do singular e do plural.

Por exemplo:

A fruta amadureceu.

As frutas amadureceram.

Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagemfigurada:

Teu irmão amadureceu bastante.

Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre

 bramir: crocodilo

cacarejar: galinha

coaxar: sapo

cricrilar: grilo

Os principais verbos unipessoais são:

1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.).

Observe os exemplos:

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Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante.)Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que. 

Observe os exemplos:

Faz dez anos que deixei de fumar. (Sueito: que deixei de fumar.)Vai para (ou Vai em ou Vai por) por dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito:que não vejo Cláudia)

Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.

Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos.

Por exemplo:

verbo falir

Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do

verbo falar - o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certoscontextos.

Por exemplo:

verbo computar

Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa- formas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essasrazões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por algunsgramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento ea popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e

 pessoas.d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor.Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formasregulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípioirregular).

Observe:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIOIRREGULAR 

Anexar Anexado Anexo

Dispersar Dispersado Disperso

Eleger Elegido Eleito

Envolver Envolvido Envolto

Imprimir Imprimido Impresso

Matar Matado Morto

Morrer Morrido Morto

Pegar Pegado PegoSoltar Soltado Solto

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e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação.

Por exemplo: 

Ir Pôr Ser Saber  

vouvaisidesfui

foste

ponhopuspôs

punha

souésfui

fosteseja

seisabessoubesaiba

f) Auxiliares

São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. Overbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas

nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.Por exemplo:

Vou espantar as moscas.

(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.

( verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.

( verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

PresentePretéritoPerfeito

PretéritoImperfeito

PretéritoMais-Que-Perfeito

Futuro doPresente

Futuro doPretérito

sou fui era fora serei seria

és foste eras foras serás seriasé foi era fora será seriasomos fomos eramos fôramos seremos seríamossois fostes éreis fôreis sereis seríeissão foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro

que eu seja se eu fosse quando eu for que tu sejas se tu fosses quando tu fores

que ele seja se ele fosse quando ele for que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos

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que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordesque eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo

sê tu não sejas tuseja você não seja você

sejamos nós não sejamos nóssede vós não sejais vós

sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio

ser ser eu sendo sidoseres tuser ele

sermos nósserdes vósserem eles

ESTAR - Modo Indicativo

Presente PretéritoPerfeito

PretéritoImperfeito

PretéritoMais-Que-Perfeito

Futuro doPresente

Futuro doPretérito

estou estive estava estivera estarei estariaestás estiveste estavas estiveras esterás estarias

está esteve estava estivera estará estariaestamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos

estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeisestão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo

esteja estivesse estiver  estejas estivesses estiveres está estejasesteja esvivesse estiver esteja esteja

estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamosestejais estivésseis estiverdes estai estejaisestejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio

estar estar estando estadoestaresestar 

estarmos

estardesestarem

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HAVER - Modo Indicativo

PresentePretéritoPerfeito

PretéritoImperfeito

PretéritoMais-Que-Perfeito

Futuro doPresente

Futuro doPretérito

hei houve havia houvera haverei haveriahás houveste havias houveras haverás haveriashá houve havia houvera haverá haveria

havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamoshaveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis

hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo

haja houvesse houver  hajas houvesses houveres há hajas

haja houvesse houver haja hajahajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamoshajais houvésseis houverdes havei hajaishajam houvessesm houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio

haver haver havendo havidohavereshaver 

havermoshaverdeshaverem

TER - Modo Indicativo

PresentePretéritoPerfeito

PretéritoImperfeito

PretéritoMais-Que-Perfeito

Futuro doPresente

Futuro doPretérito

tenho tive tinha tivera terei teriatens tiveste tinhas tiveras terá teriatem teve tinha tivera terá teria

temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamostendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis

têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo

tenha tivesse tiver  tenhas tivesses tiveres tem tenhastenha tivesse tiver tenha tenha

tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos

tenhais tivésseis tiverdes tende tenhaistenham tivessesem tiverem tenham tenham

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g) Pronominais

São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos,vos, se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominaisacidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo(reflexivos essenciais). Veja:

1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te,se, nos, vos, se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se,arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícitano radical do verbo.

Por exemplo: 

Arrependi-me de ter estado lá.

A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento(arrependimento) que recai sobre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhumavinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, jáque, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve dereforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.

Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):

Eu me arrependo

Tu te arrependes

Ele se arrepende

 Nós nos arrependemosVós vos arrependeis

Eles se arrependem

2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelosujeito recai sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa dosujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbostransitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os

 pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva.

Por exemplo: Maria se penteava.

A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobreoutra pessoa.

Por exemplo: Maria penteou-me.

Obervações:

1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função sintática.

2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas quenão são essencialmente pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os

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 pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funçõessintáticas.

Por exemplo:

Eu me feri. ----- Eu (sujeito)-1ª pessoa do singular me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular 

Modos Verbais

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato.Em Português, existem três modos:

Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo.Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estudeamanhã.Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino.

Formas Nominais

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de

nomes (substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais.Observe:

a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo.

Por exemplo:

Viver é lutar. (= vida é luta)

É indispensável combater a corrupção. (= combate à)

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado

(forma composta).Por exemplo:

É preciso ler este livro.Era preciso ter lido este livro.

b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma doimpessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:

2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)

3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)Por exemplo:

Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.

c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio.

Por exemplo:

Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)

 Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)

 Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma

ação concluída.Por exemplo:

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Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.

Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.

d) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se emgênero, número e grau.

Por exemplo:

Terminados os exames, os candidatos saíram.

Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assumeverdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal).

Por exemplo:

Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.

Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo

 pode ocorrer em diversos tempos. Veja:1. Tempos do Indicativo

Presente - Expressa um fato atual.

Por exemplo:

Eu estudo neste colégio.

Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual masque não foi completamente terminado.

Por exemplo:

Ele estudava as lições quando foi interrompido.

Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.

Por exemplo:

Ele estudou as lições ontem à noite.

Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado eque pode se prolongar até o momento atual.

Por exemplo:

Tenho estudado muito para os exames.Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato játerminado.

Por exemplo:

Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (formacomposta)

Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples)

Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempovindouro com relação ao momento atual.

Por exemplo:Ele estudará as lições amanhã.

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Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer  posteriormente a um momento atual mas já terminado antes de outro fato futuro.

Por exemplo:

Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.

Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer  posteriormente a um determinado fato passado.

Por exemplo:

Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.

Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato passado.

Por exemplo:

Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria viajado nas férias. 

2. Tempos do Subjuntivo

Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual.Por exemplo:

É conveniente que estudes para o exame.

Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado mas posterior a outro já ocorrido.

Por exemplo:

Eu esperava que ele vencesse o jogo.

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideiade condição ou desejo.

Por exemplo:Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento passado.

Por exemplo:

Embora tenha estudado bastante, não passou no teste.

Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outrofato já terminado.

Por exemplo:

Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala deexames.

Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momentofuturo em relação ao atual.

Por exemplo:

Quando ele vier à loja, levará as encomendas.

Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade oudesejo.

Por exemplo:

Se ele vier à loja, levará as encomendas.

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Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antes de outro fato futuro.

Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.

Formação dos Tempos Simples

Quanto à formação dos tempos simples, estes dividem-se em primitivos e derivados.Primitivos:

 presente do indicativo pretérito perfeito do indicativoinfinitivo impessoal

Derivados do Presente do Indicativo:Presente do subjuntivoImperativo afirmativoImperativo negativo

Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo:

Pretérito mais-que-perfeito do indicativoPretérito imperfeito do subjuntivoFuturo do subjuntivo

Derivados do Infinitivo Impessoal:Futuro do presente do indicativoFuturo do pretérito do indicativoImperfeito do indicativoGerúndioParticípio

Tempos Primitivos

Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinênciapessoal

CANTAR  VENDER PARTIR  

cantO vendO partO OcantaS vendeS parteS S

canta vende parte -

cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS

cantaIS vendeIS partIS IS

cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

O pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente pela desinência pessoal.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal

CANTAR VENDER PARTIR  canteI vendI partI IcantaSTE vendeSTE partISTE STEcantoU vendeU partiU UcantaMOS vendeMOS partiMOS MOS

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cantaSTES vendeSTES partISTES STEScantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Infinitivo Impessoal

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação

CANTAR VENDER PARTIR  

Tempos Derivados do Presente do Indicativo

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoado singular do presente do indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação)ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

Des.temporal

Des.temporal

Desinênciapessoal

1ª conj. 2ª/3ª conj.CANTAR VENDER PARTIR  cantE vendA partA E A ØcantES vendAS partaAS E A ScantE vendA partaA E A ØcantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOScantEIS vendAIS partAIS E A IScantEM vendAM partAM E A M

 

Imperativo

Imperativo Afirmativo ou Positivo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o "S"final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo

Eu canto --- Que eu canteTu cantas CantA tu Que tu cantesEle canta Cante você Que ele cante

  Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemosVós cantais CantAI vós Que vós canteisEles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

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Que eu cante ---Que tu cantes Não cantes tuQue ele cante Não cante vocêQue nós cantemos Não cantemos nósQue vós canteis Não canteis vósQue eles cantem Não cantem eles

Observações:

- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural)as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido ou conselho só se aplicamdiretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-sevocê/vocês.

- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós)

Tempos Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo

Pretérito mais-que-perfeito

Para formar o pretérito mais-que-perfeito do indicativo elimina-se a desinência -STE da2ª pessoa do singular do pretérito perfeito. Acrescenta-se a esse tema a desinênciatemporal -RA mais a desinência de número e pessoa correspondente.

Existem gramáticos que afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do pluraldo pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram), mediante a supressão do m final eacréscimo da desinência de número e pessoa.

Ou simplesmente:tema + {-ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (1ª, 2ª e 3ª conj.)

Observe o quadro:

1ª conjugação  2ª conjugação  3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal 

1ª/2ª e 3ª conj.CANTAR VENDER PARTIR  

cataRA vendeRA partiRA RA ØcantaRAS vendeRAS partiRAS RA ScantaRA vendeRA partiRA RA Ø

cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOScantáREIS vendêREIS partíREIS RE IScantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa dosingular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se aesse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número e pessoacorrespondente.

Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do pretérito

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 perfeito (cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -ram final e acréscimoda desinência modo-temporal -SSE e da desinência de número e pessoa.

Ou simplesmente:

tema +{ -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem (1ª, 2ª e 3ª conj.)

Observe o quadro:

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal

1ª /2ª e 3ª conj.CANTAR VENDER PARTIR  cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø

cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE ScantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø

cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOScantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IScantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa dosingular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se aesse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoacorrespondente.

Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -am final e acréscimoda desinência de número e pessoa.

Ou simplesmente:

tema + { -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem (1ª, 2ª e 3ª conj.)

Observe o quadro:

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal1ª /2ª e 3ª conj.

CANTAR VENDER PARTIR  cantaR vendeR partiR Ø

cantaRES vendeRES partiRES R ES

cantaR vendeR partiR R ØcantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOScantaRDES vendeRDES partiRDES R DEScantaREM VendeREM PartiREM R EM

 

Atenção: 

Sempre que tivermos dúvidas sobre a conjugação do futuro do subjuntivo, bastar-nos-áverificar a 3ª p. p. do pretérito perfeito. Se formos confrontar o futuro do subjuntivocom o infinitivo pessoal, notaremos haver igualdade de forma para muitos verbos, o que

não ocorre sempre. O verbo fazer , por exemplo, conjuga-se no infinitivo pessoal: fazer, fazeres, fazer, fazermos, fazerdes, fazerem; mas no futuro do subjuntivo veremos asformas: quando eu fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem, pois este tempo se

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origina da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo.

Tempos Derivados do Infinitivo Impessoal

Futuro do Presente do Indicativo

Infinitivo Impessoal + { -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão (1ª,2ª e 3ª conj.) }Veja:

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação

CANTAR VENDER PARTIR  cantar ei vender ei partir eicantar ás vender ás partir áscantar á vender á partir á

cantar emos vender emos partir emoscantar eis vender eis partir eis

cantar ão vender ão partir ãoFuturo do Pretérito do Indicativo

Infinitivo Impessoal + { -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam (1ª, 2ª e 3ª conj.)

Veja:

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação

CANTAR VENDER PARTIR  cantarIA venderIA partirIA

cantarIAS venderIAS partirIAScantarIA venderIA partirIA

cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOScantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIScantarIAM venderIAM partirIAM

Infinitivo Pessoal

Infinitivo Impessoal + { -es (2ª pessoa do singular), -mos (1ª pessoa do plural), -des (2ª pessoa do plural), -em ( 3ª pessoa do plural) (1ª, 2ª e 3ª conj.)

Veja:

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação

CANTAR VENDER PARTIR  cantar vender partir cantarES venderES partirEScantar vender partir 

cantarMOS venderMOS partirMOScantarDES venderDES partirDEScantarEM venderEM partirEM

Tempos Compostos

São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver ecomo principal, qualquer verbo no particípio. São eles:

01) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo:

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É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo eo principal no particípio, indicando fato que tem ocorrido com frequência ultimamente.

Por exemplo:

Eu tenho estudado demais ultimamente.

02) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo:É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente doSubjuntivo e o principal no particípio, indicando desejo de que algo já tenha ocorrido.

Por exemplo:

Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.

03) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeitodo Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples.

Por exemplo:Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.

04) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeitodo Subjuntivo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o PretéritoImperfeito do Subjuntivo simples.

Por exemplo:

Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.

Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A

frase Se eu estudasse, aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesseestudado, teria aprendido.

05) Futuro do Presente Composto do Indicativo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presentesimples do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro doPresente simples do Indicativo.

Por exemplo:

Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido.

06) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretéritosimples do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro doPretérito simples do Indicativo.

Por exemplo:

Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.

07) Futuro Composto do Subjuntivo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivosimples e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivosimples.

Por exemplo: Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km.

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Veja os exemplos: 

Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel.

Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a Manuel.

Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No

 primeiro caso, esperarei "você" praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; nosegundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advébio "já".

Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir::

Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel.

Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel.

08) Infinitivo Pessoal Composto:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoalsimples e o principal no particípio, indicando ação passada em relação ao momento dafala.

Por exemplo: Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro.

Locuções Verbais

Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - sãoas locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. Sãoconjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verboúnico. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suasformas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbosauxiliares. Observe os exemplos:

Estou lendo o jornal.

Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.

 Ninguém poderá sair antes do término da sessão.

A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindoexprimir por meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, emalgumas construções) é usado nas locuções verbais que exprimem a voz passivaanalítica do verbo. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou anecessidade de que determinado processo se realize ou não. Veja:

Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.

Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.

Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo.

Por exemplo:

Quero ver você hoje.

Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a,continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar, todosAspecto Verbal

 No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos verbais, é possível perceber diferenças entre o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A diferençaentre esses tempos é uma diferença de aspecto, pois está ligada à duração do processoverbal. Observe:

- Quando o vi, cumprimentei-o.O aspecto é perfeito, pois o processo está concluído.

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- Quando o via cumprimentava-o.

O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolongando-se por  período impreciso de tempo.

O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apresentam aspecto imperfeito, poisnão impõem precisos ao processo verbal:

- Faço isso sempre.

- É provável que ele faça isso sempre.

Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome indica, apresenta aspecto perfeitoem suas várias formas do indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos jáconcluídos:

- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara ( ouhavia fincado) dois dias antes.

- Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido fazer o exame.

Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito e imperfeito pode fornecer diz respeito à localização do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir processos localizados nos ponto. Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir processos localizados num ponto preciso do tempo:

 

- No momento em que o vi, acenei-lhe.

- Tinha-o cumprimentado logo que o vira.

Já os tempos imperfeitos podem indicar processos frequentes e repetidos:

- Sempre que saía, trancava todas as portas.

O aspecto permite a indicação de outros detalhes relacionados com a duração do processo verbal. Veja:

- Tenho encontrado problemas em meu trabalho.

Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do indicativo, indica um processo repetido ou frequente, que se prolonga até o presente.

- Estou almoçando.

A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio do verbo principal indica um processo que se prolonga. É largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no presente, mas também em outros tempos (estava almoçando, estive almoçando, estareialmoçando, etc.).

Obs.: em Portugal, costuma-se utilizar o infinitivo precedido da preposição a em lugar do gerúndio.

Por exemplo: Estou a almoçar.

- Tudo estará resolvido quando ele chegar. Tudo estaria resolvido quando elechegasse.

As formas compostas: estará resolvido e estaria resolvido, conhecidas como futuro do presente e futuro do pretérito compostos do indicativo, exprimem processo concluído - éa ideia do aspecto perfeito - ao qual se acrescenta a noção de que os efeitos produzidos

 permanecem, uma vez realizada a ação.

- Os animais noturnos terminaram de se recolher mal começou a raiar o dia.

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 Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao aspecto verbal: a indicaçãodo término e do início do processo verbal.

- Eles vinham chegando à proporção que nós íamos saindo.

As locuções formadas com os auxiliares vir e ir exprimem processos que se prolongam.

- Ele voltou a trabalhar depois de deixar de sonhar projetos irrealizáveis.As locuções destacadas exprimem o início de um processo interrompido e a interrupçãode outro, respectivamente.

ligados à noção de aspecto verbal.

Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal

Infinitivo Impessoal

Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que eleapresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e suaforma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal.

Por exemplo:

Amar é sofrer.

O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de número e pessoa.

Veja:

- Eufalar -es Tu

vender - Ele  partir -mos Nós

-des Vós-em Eles

Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujasformas são iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se àsrespectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase).

Por exemplo: 

Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa)Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)

 Note: as regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivonão são todas perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico evago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este últimosempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase.

Observações importantes:

O infinitivo impessoal é usado:

1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado;

Por exemplo:

Querer é poder.

Fumar prejudica a saúde.É proibido colar cartazes neste muro.

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2. Quando tiver o valor de Imperativo;

Por exemplo:

Soldados, marchar! (= Marchai!)

3. Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo,adjetivo ou verbo da oração anterior;

Por exemplo:

Eles não têm o direito de gritar assim.As meninas foram impedidas de participar do jogo.Eu os convenci a aceitar.

 No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", por exemplo, oInfinitivo (verbo auxiliar) deve ser flexionado.

Por exemplo:

Eram pessoas difíceis de serem contentadas.Aqueles remédios são ruins de serem tomados.Os CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos.

4. Nas locuções verbais;

Por exemplo: 

Queremos acordar bem cedo amanhã.Eles não podiam reclamar do colégio.Vamos pensar no seu caso.

5. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior;

Por exemplo:

Eles foram condenados a pagar pesadas multas.Devemos sorrir ao invés de chorar.Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.

Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não, preceder ou estiver distantedo verbo da oração principal (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clarezado período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal.

Por exemplo:

 Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos.Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol.

Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas crianças.

6. Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus sinônimos que nãoformam locução verbal com o infinitivo que os segue;

Por exemplo:

Deixei-os sair cedo hoje.

7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e sinônimos, deve-se tambémdeixar o infinitivo sem flexão.

Por exemplo:

Vi-os entrar atrasados.Ouvi-as dizer que não iriam à festa.

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Observações: 

a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos objetos diretos de verboscomo "pedir", "dizer", "falar" e sinônimos;

Pediu para Carlos entrar. (errado)Pediu para que Carlos entrasse. (errado)Pediu que Carlos entrasse. (correto)

 b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, como na oração "Estetrabalho é para eu fazer", pede-se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela,neste caso, como sujeito.

Outros exemplos: 

Aquele exercício era para eu corrigir.Esta salada é para eu comer?Ela me deu um relógio para eu consertar.

Atenção:

Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar oblíquo tônico.

Infinitivo Pessoal

Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui umagente ao processo verbal, flexionando-se.

O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:

1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso;

Por exemplo:

Se tu não perceberes isto...Convém vocês irem primeiro.O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desinencial, sujeito implícito= nós)

2. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal;

Por exemplo: 

O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante paraa prova.Perdoo-te por me traíres.O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade.

O guarda fez sinal para os motoristas pararem.3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural);

Por exemplo:

Faço isso para não me acharem inútil.Temos de agir assim para nos promoverem. Ela não sai sozinha à noite a fim denão falarem mal da sua conduta.

4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação;

Por exemplo:

Vi os alunos abraçarem-se alegremente.Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza.Mandei as meninas olharem-se no espelho.

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Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que sequer enfatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo.

DICAS:

a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com " j", esse "j" aparecerá em todas as outrasformas.

Por exemplo:

Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferrujarão, enferrujassem,etc. (Lembre, contudo, que o substantivo ferrugem é grafado com "g".)Viajar: viajou, viajaria, viajem ( 3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo,não confundir com o substantivo viagem) viajarão, viajasses, etc.

 b) Quando o verbo tem o infinitivo com "g", como em "dirigir" e "agir" este "g" deveráser trocado por um "j" apenas na primeira pessoa do presente do indicativo.

Por exemplo:

eu diri jo/ eu a jo

c) O verbo "parecer" pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo.

- Quando "parecer" é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas parecem mentir.

- Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, um período composto."Parece" é o verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinadasubstantiva subjetiva reduzida de infinitivo "elas mentirem". Como desdobramentodessa reduzida, podemos ter a oração "Parece que elas mentem."

Vozes do Verbo

Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical éagente ou paciente da ação. São três as vozes verbais:

a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.Por exemplo:

Ele fez o trabalho.sujeito agente ação objeto (paciente)

 b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.

Por exemplo:

O trabalho foi feito por ele.sujeito paciente ação agente da passiva

c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica erecebe a ação.

Por exemplo:

O menino feriu-se.

Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade.

Por exemplo:

Os lutadores feriram-se. (um ao outro)

Formação da Voz Passiva

A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.

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1- Voz Passiva Analítica

Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal.

Por exemplo:

A escola será pintada.

O trabalho é feito por ele.Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas podeocorrer a construção com a preposição de.

Por exemplo:

A casa ficou cercada de soldados.

- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase.

Por exemplo:

A exposição será aberta amanhã.

- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio éinvariável. Observe a transformação das frases seguintes:a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)

O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)

O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)

O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo doverbo principal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte:

O vento ia levando as folhas. (gerúndio)As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)

Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem eventualmente funcionar como auxiliares.

Por exemplo:

A moça ficou marcada pela doença.

2- Voz Passiva Sintética

A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.

Por exemplo:Abriram-se as inscrições para o concurso.Destruiu-se o velho prédio da escola.

Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.

Curiosidade

A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) eambas se relacionam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem osignificado de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelosujeito.

Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITOPACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.

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Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva

Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase.

Por exemplo:

Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)

Sujeito da Ativa Objeto Direto A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)Sujeito da Passiva Agente da Passiva 

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará aagente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmotempo. Observe mais exemplos:

- Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.

Os alunostêm sido

constantementeaconselhados

pelos mestres.- Eu o acompanharei.

Ele será acompanhado por mim.

Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agentena passiva.

Por exemplo:

- Prejudicaram-me.Fui prejudicado.

Saiba que:

1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados neutros.Por exemplo:

O vinho é bom.Aqui chove muito.

2) Há formas passivas com sentido ativo:

Por exemplo:

É chegada a hora. (= Chegou a hora.)Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)

3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo:Por exemplo:

Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)

4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se sãoconsiderados passivos, logo o sujeito é paciente.

Por exemplo:

Chamo-me Luís.Batizei-me na Igreja do Carmo.

Operou-se de hérnia.Vacinaram-se contra a gripe.

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Pronúncia Correta de Alguns Verbos

1) Nos verbos cujo radical termina em -ei, -eu, -oi, -ou, seguidos de consoante, éfechada a vogal base desses ditongos:

a) Pronuncie ei (como na palavra lei):

aleijo, aleijas, aleija, aleijam, aleije, aleijemabeiro-me, abeira-se, abeiram-se, abeire-se, abeira-te

enfeixo, enfeixas, enfeixa, enfeixe, enfeixam, enfeixem, enfeixes

inteiro, inteiras, inteira, inteiram, inteire, inteires, inteirem

b) Pronuncie eu (como na palavra deu):

endeuso, endeusas, endeusa, endeusam, endeuse, endeuses, endeusem

c) Pronuncie oi (como na palavra boi):

açoito, açoitas, açoita, açoitam, açoite, açoites, açoitem

foiço, foiças, foiça, foiçam, foice, foices, foicemdesmoito, desmoitas, desmoita, desmoitam, desmoite, desmoites, desmoitem

noivo, noivas, noiva, noivam, noive, noives, noivem.

d) Pronuncie ou ( como na palavra ouro):

afrouxo, afrouxas, afrouxa, afrouxam, afrouxe, afrouxes, afrouxem

roubo, roubas, rouba, roubam, roube, roubes, roubem

estouro, estouras, estoura, estouram, estoure, estoures, estourem

2) Nos verbos terminados em -ejar e -elhar, como despejar, almejar, arejar, velejar, pelejar, planejar, espelhar, aparelhar, semelhar, avermelhar, etc., o e tônico profere-se

fechado:despejo (ê), despejas(ê), despeja (ê), despejam (ê), despeje (ê), despejes (ê),despejem (ê)

espelho (ê), espelhas (ê), espelha (ê), espelham (ê), espelhe (ê), espelhes (ê),espelhem (ê)

3) Verbos como englobar, desposar, forçar, rogar, mofar, ensopar, escovar, estorvar,enroscar, rosnar, lograr, etc., têm o o aberto nas formas rizotônicas:

escovo (ó), escova (ó), escove (ó), desposa (ó), ensopa (ó), ensopam (ó), etc.

4) Na terminação -oem, a vogal o é:

a) fechada nos verbos finalizados em -oar:voem, magoem, coem, doem (doar), soem (soar), abençoem, coroem, abotoem,etc.

b) aberta nos verbos terminados em -oer:

doem (doer), soem (soer), moem, roem, corroem, etc.

5) Nas três pessoas do singular e na 3ª do plural do presente do indicativo e dosubjuntivo do verbo saudar, a vogal u forma hiato e não ditongo:

saúdo (sa-ú-do), saúdas, saúda, saúdam

saúde (sa- ú-de), saúdes, saúde, saúdem

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6) O u do dígrafo gu dos verbos distinguir e extinguir não soa. Pronuncie gue, guicomo no verbo seguir:

segue, seguem, seguiu, seguiu

distingue, distinguem, distinguiu, extinguiu, etc.

7 - ADVÉRBIOCompare estes exemplos:

O ônibus chegou.

O ônibus chegou ontem.

A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou uma circunstância de tempo: ontem éum advérbio.

Marcos jogou bem.

Marcos jogou muito bem.

A palavra muito intensificou o sentido do advérbio bem: muito, aqui, é um advérbio.

A criança é linda.

A criança é muito linda.

A palavra muito intensificou a qualidade contida no adjetivo linda: muito, nessa frase,é um advérbio.

Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.

Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação,normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da

oração.Por exemplo:

As  providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente.

Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como:

Tempo: Ela chegou tarde.

Lugar: Ele mora aqui.

Modo: Eles agiram mal.

Negação: Ela não saiu de casa.

Dúvida: Talvez ele volte.Observações:

- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstânciasdo processo verbal, podendo assim, ser classificados como determinantes.

Por exemplo:

 Ninguém manda aqui!

mandar: verbo

aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo

- Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de intensidade.

Por exemplo:

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O filme era muito bom.

- Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbiosassociados a substantivos:

Por exemplo:

" Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador."Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária ufanista.

Flexão do Advérbio

Outra característica dos advérbios se refere a sua organização morfológica. Osadvérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e número.Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe:

Grau Comparativo

Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo doadjetivo:

de igualdade: tão + advérbio + quanto (como)Por exemplo:

Renato fala tão alto quanto João.

de inferioridade: menos + advérbio + que (do que)

Por exemplo:

Renato fala menos alto do que João.

de superioridade:

Analítico: mais + advérbio + que (do que)

Por exemplo:

Renato fala mais alto do que João.

Sintético: melhor ou pior que (do que)

Por exemplo:

Renato fala melhor que João.

Grau Superlativo

O superlativo pode ser analítico ou sintético:

Analítico: acompanhado de outro advérbio.

Por exemplo:

Renato fala muito alto.

muito = advérbio de intensidade

alto = advérbio de modo

Sintético: formado com sufixos.

Por exemplo:

Renato fala altíssimo. 

Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns na língua popular.Observe:

Maria mora pertinho daqui. (muito perto)A criança levantou cedinho. (muito cedo)

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Classificação dos Advérbios

De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de:

Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá,acima, onde, perto, aí , abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures,adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, àdistância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.

Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois,ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já,enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,

 primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã,de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de temposem tempos, em breve, hoje em dia.

Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito,desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e

a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente.

Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente,realmente, deveras, indubitavelmente.

Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.

Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez,casualmente, por certo, quem sabe.

Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, bastante, mais, menos,demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, detodo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem(quando aplicado a propriedades graduáveis).

Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só,unicamente.Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores.

Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência.

Ordem: depois, primeiramente, ultimamente.Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por comparecerem à festa.

Saiba que:

- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio o mais ou o menos.

Por exemplo:

Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tardepossível.

- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos apenas oúltimo:

Por exemplo:O aluno respondeu calma e respeitosamente.

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Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido

Há palavras como muito, bastante, etc. que podem aparecer como advérbio e comopronome indefinido.

Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre flexões.

Por exemplo: Eu corri muito.Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões.

Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.

Advérbios Interrogativos 

São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? por que? nas interrogaçõesdiretas ou indiretas, referentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa.

Veja:

Interrogação Direta Interrogação Indireta

Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.Onde mora? Indaguei onde morava.

Por que choras? Não sei por que riem.Aonde vai? Perguntei aonde ia.

Donde vens? Pergunto donde vens.Quando voltas? Pergunto quando voltas.

Locução Adverbial

Quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio, temos a locuçãoadverbial, que pode expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinariamente por uma preposição. Veja:

lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para dentro, por aqui, etc.

afirmação: por certo, sem dúvida, etc.

modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em geral, frente a frente, etc.

tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje em dia, nunca mais, etc.

Obs.: tanto a locução adverbial como o advérbio modificam o verbo, o adjetivo e outroadvérbio. Observe os exemplos:

Chegou muito cedo. (advérbio)Joana é muito bela. (adjetivo)De repente correram para a rua. (verbo)

Relação de Algumas Locuções Adverbiais

às vezes às claras às cegasà esquerda à direita à distância

ao lado ao fundo ao longoa cavalo a pé às pressasao vivo a esmo à toa

de repente de súbito de vez em quando por fora por dentro por perto por trás por ali por ora

com certeza sem dúvida de propósito

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lado a lado passo a passo o mais das vezes

Atenção: não confunda locução adverbial com a locução prepositiva. Nesta última, a preposição vem sempre depois do advérbio ou da locução adverbial.

Por exemplo:

 perto de, antes de, dentro de, etc.Palavras e Locuções Denotativas

São palavras que, embora, em alguns aspectos (ser invariável, por exemplo),assemelhem-se a advérbios, não possuem, segundo a Nomeclatura GramaticalBrasileira, classificação especial. Do ponto de vista sintático, são expletivas, isto é, nãoassumem nenhuma função; do ponto de vista morfológico, são invariáveis (muitas delasvindas de outras classes gramaticais); do ponto de vista semântico, são inegavelmenteimportantes no contexto em que se encontram (daí seu nome). Classificam-se em funçãoda ideia que expressam:

Adição: ainda, além disso, etc.

Por exemplo:Comeu tudo e ainda repetiu.

Afastamento: embora

Por exemplo:

Foi embora daqui.

Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente

Por exemplo:

Ainda bem que passei de ano

Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de, etc.Por exemplo:

Ela quase revelou o segredo.

Designação: eis

Por exemplo:

Eis nosso carro novo.

Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer,apenas, etc.

Por exemplo: Não me descontou sequer um real.

Explicação: isto é, por exemplo, a saber, etc.

Por exemplo:

Li vários livros, a saber, os clássicos.

Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive, etc.

Por exemplo:

Eu também vou viajar.

Limitação: só, somente, unicamente, apenas, etc.

Por exemplo:

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Só ele veio à festa.

Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque, etc.

Por exemplo:

E você lá sabe essa questão?

O que não diria essa senhora se soubesse que já fui famoso.Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.

Por exemplo:

Somos três, ou melhor, quatro.

Situação: então, mas, se, agora, afinal, etc.

Por exemplo:

Mas quem foi que fez isso?As palavras denotativas frequentemente ocorrem em frases e textos diretamenteenvolvidos com as estratégias argumentativas. Por esta razão, fique atento para o papel

de palavras como até, aliás, também, etc. e para os efeitos de sentido que produzem nassituações efetivas de interlocução. Podem se difíceis de classificar, mas isso não impedeque sejam importantes e necessárias.

8 - PREPOSIÇÃO

Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração.Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela

 preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentidoda expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula.

Exemplos:

1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir.amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição

de: preposição

2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio.

esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição

com: preposição

Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem afunção de ligar elementos. A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar 

 palavras entre si num processo de subordinação denominado regência.

Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado antecedente - é o termo que rege, que impõe um regime;o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aqueleque cumpre o regime estabelecido pelo antecedente.

Exemplos:

1. A hora das refeições é sagrada.

hora das refeições: elementos ligados por preposição

de + as = das: preposição

hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições"

refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da"2. Alguém passou por aqui.

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passou por aqui: elementos ligados por preposição

por: preposição

passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui"

aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por"

As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ouvariação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e vozcomo os verbos. No entanto, em diversas situações as preposições se combinam a outras

 palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma relação deconcordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim,não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual elase funde.

Por exemplo:

de + o = do por + a = pela

em + um = numAs preposições podem introduzir:

a) Complementos Verbais

Por exemplo:

Eu obedeço "aos meus pais".

b) Complementos Nominais

Por exemplo:

Continuo obediente "aos meus pais".

c) Locuções AdjetivasPor exemplo:

É uma pessoa "de valor".

d) Locuções Adverbiais

Por exemplo:

Tive de agir "com cautela".

e) Orações Reduzidas

Por exemplo:

"Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido.

Classificação das Preposições

As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são

chamadas preposições essenciais. São elas:

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a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob,sobre, trás

Observações:

1) A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio, com a significação de atrás,depois.Por exemplo:

Os noivos passaram, e os convidados os seguiram logo após.

2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com pouca frequência em autores modernos.

Por exemplo:

Dês que começaste a me visitar, sinto-me melhor.

3) Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas: por trás, paratrás, para trás de. Como preposição simples, aparece, por exemplo, no antigo ditado:

Trás mim virá quem bom me fará.4) Para, na fala popular, apresenta a forma sincopada pra.

Por exemplo:

Bianca, alcance aqueles livros pra mim.

5) Até pode ser palavra denotativa de inclusão.

Por exemplo:

Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do corpo.

Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situações, podem atuar como preposições. São, por isso, chamadas preposições acidentais:

como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme),consoante (= conforme), durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto(=por).

Saiba que:

As preposições essenciais regem sempre a forma oblíqua tônica dos pronomes pessoais:

Por exemplo:

 Não vá sem mim à escola.

As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma reta desses mesmos pronomes:

Por exemplo:

Todos, exceto eu, preferem sorvete de chocolate.

Locução Prepositiva

É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição.

Principais locuções prepositivas:

abaixo de acima de acerca dea fim de além de a par de

apesar de antes de depois deao invés de diante de em fase de

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em vez de graças a junto a  junto com junto de à custa dedefronte de através de em via de

de encontro a em frente de em frente asob pena de a respeito de de ao encontro de

Combinação e Contração da Preposição

Quando as preposições a, de, em e per unem-se a certas palavras, formando um sóvocábulo, essa união pode ser por:

Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos osseus fonemas.

Por exemplo: preposição a + artigo masculino o = ao preposição a + artigo masculino os = aos

Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua estrutura fonológica

ao unir-se a outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam contraçõescom os artigos e com diversos pronomes. Veja:

do dos da dasnum nuns numa numasdisto disso daquilo

naquele naqueles naquela naquelas

Observe outros exemplos:

em + a = na em + aquilo = naquilo

de + aquela = daquela de + onde = donde

Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pelas resultam da contração da antiga preposição percom os artigos definidos.

Por exemplo:

per + o = pelo

Encontros Especiais

A contração da preposição a com os artigos ou pronomes demonstrativos a, as ou com o"a" inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo resulta numa fusãode vogais a que se chama de crase - que deve ser assinalada na escrita pelo uso doacento grave.

Por exemplo:a + a = à

Exemplos:

às - àquela - àquelas - àquele - àqueles - àquilo

Principais Relações estabelecidas pelas Preposições

• Autoria - Esta música é de Roberto Carlos.

• Lugar - Estou em casa.

• Tempo -Eu viajei durante as férias.

• Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio.• Causa - Estou tremendo de frio

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• Assunto - Não gosto de falar sobre política.

• Fim ou finalidade - Eu vim para ficar 

• Instrumento - Paulo feriu- se com a faca.

• Companhia - Hoje vou sair com meus amigos.

• Meio - Voltarei a andar a cavalo.• Matéria - Devolva-me meu anel de prata.

• Posse - Este é o carro de João.

• Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense.

• Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho.

• Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) R$ 300, 00.

• Origem - Você descende de família humilde.

• Especialidade - João formou-se em Medicina.

• Destino ou direção - Olhe para frente!Distinção entre Preposição, Pronome Pessoal Oblíquo e Artigo

Preposição: ao ligar dois termos, estabelecendo entre eles relação de dependência, o"a" permanece invariável, exercendo função de preposição.

Por exemplo:

Fui a Brasília.

Pronome Pessoal Oblíquo: ao substituir um substantivo na frase.

Por exemplo:

Eu levei Júlia a Brasília.Eu a levei a Brasília.

Artigo: ao anteceder um substantivo, determinando-o.

Por exemplo:

A professora foi a Brasília.

Preposições, leitura e produção de textos

A referência constante às preposições quando se estuda a Língua Portuguesa demonstraa importância que elas possuem na construção de frases e textos eficientes. As relaçõesque as preposições estabelecem entre as apartes do discurso são tão diversificadasquanto imprescindíveis; seja em textos narrataivos, descritivos ou dissertativos, noçõescomo tempo, lugar, causa, assunto, finalidade e outras costumam participar daconstrução da coerência textual e da obtenção dos efeitos de sentido discursivos.

9 - CONJUNÇÃO

Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: aconjunção.

Por exemplo:

A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas.

Deste exemplo podem ser retiradas três informações:

segurou a bonecaa menina mostrou

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viu as amiguinhas

Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim,há nessa frase três orações:

1ª oração: A menina segurou a boneca

2ª oração: e mostrou3ª oração: quando viu as amiguinhas.

A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se àsegunda por meio do quando. As palavras "e" e quando ligam, portanto, orações.

Observe:

Gosto de natação e de futebol.

 Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesmaoração. Logo, a palavra "e" está ligando termos de uma mesma oração.

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de

uma mesma oração.Morfossintaxe da Conjunção

As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma funçãosintática: são conectivos.

Classificação da Conjunção

De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementosligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto,não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no

segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência dooutro.

Conjunções Coordenativas

São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oraçãoque têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:

1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ouadição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só...como também,bem como, não só...mas ainda .

Por exemplo:

A sua pesquisa é clara e objetiva.

Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste oucompensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, nãoobstante.

Por exemplo:

Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ouescolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou...ou, ora,

 já...já, quer...quer, seja...seja, talvez...talvez.

Por exemplo:Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

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4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusãoou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte,por isso, assim.

Por exemplo:

Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica aideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo) , porquanto.

Por exemplo:

 Não demore, que o filme já vai começar.

Saiba que:

a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quandoequivalem a "mas".

Por exemplo:

Carlos fala, e não faz.O bom educador não proíbe, antes orienta.Sou muito bom; agora, bobo não sou.Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.

 b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim".

Por exemplo:

Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.

c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração:as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.

Por exemplo: Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.

d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou maistermos da oração a que pertence.

Por exemplo:

Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.

Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativoe sempre no início da oração a que pertence.

Por exemplo: Não tenha receio, pois eu a protegerei.

Conjunções Subordinativas

São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oraçãodependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oraçãosubordinada.

Veja o exemplo:

O baile já tinha começado quando ela chegou.

O baile já tinha começado: oração principalquando: conjunção subordinativaela chegou: oração subordinada

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As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais:

1. Integrantes

Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se.

Por exemplo:Espero que você volte. (Espero sua volta.)

 Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)

2. Adverbiais

Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjuntoadverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-seem:

a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. Sãoelas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vezque, porquanto, já que, desde que, etc.

Por exemplo:

Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.Como não se interessa por arte, desistiu do curso.

b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal,sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que,se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.

Por exemplo:

Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem.

c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição paraocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que,desde que, a menos que, sem que, etc.

Por exemplo:

Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente.

d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de umfato com outro. São elas: conforme, como (=conforme), segundo, consoante, etc.

Por exemplo:

O passeio ocorreu como havíamos planejado.Arrume a exposição segundo as ordens do professor.

e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que serealiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que,etc.

Por exemplo:

Toque o sinal para que todos entrem no salão.Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.

f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporçãoque, ao passo que e as combinações quanto mais...(mais), quanto menos...(menos),quanto menos ...(mais), quanto menos...(menos), etc.

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Por exemplo:

O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.Quanto mais reclamava menos atenção recebia.

Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e namedida em que.

g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo aofato expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que,logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (=assim que), etc.

Por exemplo:

A briga começou assim que saímos da festa.A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.

h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação comreferência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se,

(tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem,que(combinado com menos ou mais), etc.

Por exemplo:

O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.Ele é preguiçoso tal como o irmão.

i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. Sãoelas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que,que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada,tanto, tamanho), etc.

Por exemplo:

Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.A dor era tanta que a moça desmaiou.

Locução Conjuntiva 

Recebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de palavras que atuam comoconjunção. Essas locuções geralmente terminam em "que". Observe os exemplos:

visto quedesde queainda que

 por mais que

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à medida queà proporção quelogo quea fim de que

Atenção:Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto. Assim, a conjunçãoque pode ser:

1. Aditiva ( = e)Por exemplo:

Esfrega que esfrega, mas a mancha não sai.

2. ExplicativaPor exemplo:

Apressemo-nos, que chove.3. IntegrantePor exemplo:

Diga-lhe que não irei.

4. ConsecutivaPor exemplo:

Onde estavas, que não te vi?

5. ComparativaPor exemplo:

Ficou vermelho que nem brasa.

6. ConcessivaPor exemplo:

Beba, um pouco que seja.

7. TemporalPor exemplo:

Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.

8. Final

Por exemplo:Vendo o amigo à janela, fez sinal que descesse.

9. CausalPor exemplo:

"Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (V.Coaraci)

Conjunções, leitura e produção de textos

O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturaçãode suas frases e parágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo.Interagindo com palavras de outras classes gramaticais essenciais ao inter-

relacionamento das partes de frases e textos - como os pronomes, preposições, algunsadvérbios e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se pode chamar de " a

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arquitetura textual", isto é, o conjunto das relações que garantem a coesão doenunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende do conhecimento do valor relacional das conjunções, uma vez que estas interferem semanticamente no enunciado.

Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às conjunções tanto na leitura como na

 produção de textos. Nos textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expressãode circunstâncias fundamentais à condução da história, como as noções de tempo,finalidade, causa consequência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes alinha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das exposições e argumentaçõesconstruídas por meio de contrastes e oposições, que implicam o uso das adversativas econcessivas.

10 - INTERJEIÇÃO

Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito,ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento semque, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas.

Observe o exemplo:Droga! Preste atenção quando eu estou falando!

 No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga!

Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!

As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe queestrutura seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. Asinterjeições, por outro lado, são uma espécie de "palavra-frase", ou seja, há uma ideiaexpressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia

ser colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos:1. Bravo! Bis!

bravo e bis: interjeição

sentença (sugestão): "Foi muito bom! Repitam!"

2. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...

ai: interjeição

sentença (sugestão): "Isso está doendo!" ou "Estou com dor!"

A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizadade maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de umsuspiro, um estado da alma decorrente de uma situação particular, um momento ou umcontexto específico.

Exemplos:

1. Ah, como eu queria voltar a ser criança!

ah: expressão de um estado emotivo = interjeição

2. Hum! Esse pudim estava maravilhoso!

hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição

O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Dessemodo, o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contextode enunciação.

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Exemplos: 

1. Psiu!

contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua

significado da interjeição (sugestão): "Estou te chamando! Ei, espere!"

2. Psiu!contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital

significado da interjeição (sugestão): "Por favor, faça silêncio!"

3. Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!

puxa: interjeição

tom da fala: euforia

4. Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!

puxa: interjeição

tom da fala: decepçãoAs interjeições cumprem, normalmente, duas funções:

a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc.

Por exemplo:

- Você faz o que no Brasil?-Eu? Eu negocio com madeiras.-Ah, deve ser muito interessante.

b) Sintetizar uma frase apelativa

Por exemplo:

Cuidado! Saia da minha frente.

As interjeições podem ser formadas por:

a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.

b) palavras: Oba!, Olá!, Claro!

c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora bolas!

A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido.

Por exemplo:

Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade)Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)

Classificação das Interjeições

Comumente, as interjeições expressam sentido de:

Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, Atenção!, Olha!, Alerta!

Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!

Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!

Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!

Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, Ânimo!, Adiante!,Firme!, Toca!

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Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa!

Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!

Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, Fora!, Abaixo!,Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!

Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!Desculpa: Perdão!

Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, Eh!

Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!, Ora!

Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, Caramba!, Opa!,Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz!

Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!,Ora!

Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!

Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!,Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus!

Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!

Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! 

Saiba que:

As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero,número e grau como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto evoz como os verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições sofremvariação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que não se trata de um processo

natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.

Locução Interjetiva

Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido deinterjeição.

Por exemplo :

Ora bolas! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa!Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá! Muito bem!

Observações:

1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.

Por exemplo:

Ué! = Eu não esperava por essa!Perdão! = Peço-lhe que me desculpe.

2) Além do contexto, o que caracteriza a interejeição é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais podem aparecer como interjeições.

Por exemplo:

Viva! Basta! (Verbos)Fora! Francamente! (Advérbios)

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3) A interjeição pode ser considerada uma "palavra-frase" porque sozinha podeconstituir uma mensagem.

Por exemplo:

Socorro!Ajudem-me!Silêncio!Fique quieto!

4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que exprimem ruídos evozes.

Por exemplo:

Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof!Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.

5) Não se deve confundir a interjeição de apelo "ó" com a sua homônima "oh!", que

exprime admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do" oh!" exclamativoe não a fazemos depois do "ó" vocativo.

Por exemplo:

"Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!" (Olavo Bilac)Oh! a jornada negra!" (Olavo Bilac)

6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no diminutivo ou no superlativo.

Por exemplo:

Calminha! Adeusinho! Obrigadinho!

Interjeições, leitura e produção de textosUsadas com muita frequência na língua falada informal, quando empregadas na línguaescrita, as interjeições costumam conferir-lhe certo tom inconfundível decoloquialidade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante- como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou dócil, até mesmo aorigem geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos diálogos - quecomumente se faz uso das interjeições com o objetivo de caracterizar personagens e,também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e conteúdomais emocional do que racional fazem das interjeições presença constante nos textos

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SINTAXEDEFINIÇÃO

A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a dasfrases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir umamensagem verbal, o emissor procura transmitir um significado completo ecompreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e combinadas entre si. A sintaxeé um instrumento essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas possibilidadesque existem para combinar palavras e orações.

ÍNDICE

Análise Sintática

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Frase

 Tipos de Frases

Estrutura da Frase: Oração

Período: Período Simples, Período Composto

Objetivos da Análise Sintática / Estrutura de um Período / Termos daOração

 

 Termos Essenciais da Oração

Sujeito e Predicado / Posição do Sujeito na Oração

Classificação do Sujeito: Sujeito Determinado

Sujeito Indeterminado

Oração Sem Sujeito

Predicado

Predicação Verbal: Verbo Intransitivo, Verbo Transitivo, Verbo deLigação

Classificação do Predicado: Predicado Verbal

Predicado Nominal / Predicativo do Sujeito

Predicado Verbo-Nominal / Estrutura do Predicado Verbo-Nominal

 

 Termos Integrantes da Oração

Complementos Verbais: Objeto Direto

Objeto Indireto

Complemento Nominal / Agente da Passiva

 

 Termos Acessórios da Oração

Sobre os Termos Acessórios

Adjunto Adverbial

Classificação do Adjunto Adverbial

Adjunto Adnominal / Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento

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Nominal

Aposto / Classificação do Aposto

Vocativo / Distinção entre Vocativo e Aposto

 

Período Composto

Coordenação e Subordinação

 

Coordenação

Período Composto por Coordenação

Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas: Aditivas,Adversativas

Alternativas, Conclusivas, Explicativas

 

Subordinação

Período Composto por Subordinação

Forma das Orações Subordinadas

Orações Subordinadas Substantivas

Classificação das Orações Subordinadas Substantivas: Subjetiva

Objetiva Direta / Orações Especiais

Objetiva Indireta, Completiva Nominal

Predicativa, Apositiva

Orações Subordinadas Adjetivas / Forma das Orações SubordinadasAdjetivas

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas

Emprego e Função dos Pronomes Relativos : Pronome Relativo QUE

Pronome Relativo QUEM / Pronome Relativo CUJO (s), CUJA (s) / PronomeRelativo O QUAL, OS QUAIS, A QUAL, AS QUAIS

Pronome Relativo ONDE / Pronome Relativo QUANTO, COMO, QUANDO

Orações Subordinadas Adverbiais

Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordinadas Adverbiais:Causa, Consequência, Condição

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Concessão, Comparação

Conformidade, Finalidade, Proporção, Tempo

 

Coordenação e Subordinação

Período Composto por Coordenação e Subordinação

 

Orações Reduzidas

Sobre as Orações Reduzidas

Orações Reduzidas Fixas / Orações Reduzidas de Infinitivo

Orações Reduzidas de Gerúndio / Orações Reduzidas de Particípio

 

Estudo Complementar do Período Composto

Sobre o Período Composto

 

Sintaxe de Concordância

Concordância Verbal e Nominal / Concordância Verbal: Sujeito Simples,

Casos Particulares ICasos Particulares II

Casos Particulares III

Casos Particulares IV

Sujeito Composto / Casos Particulares I

Casos Particulares II

Outros Casos: O Verbo e a Palavra "SE"

O Verbo SER I

O Verbo SER II

O Verbo PARECER / A Expressão "Haja Vista"

Concordância Nominal

Casos Particulares

 

Sintaxe de Regência

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Regência Verbal e Nominal / Regência Verbal

Verbos Intransitivos

Verbos Transitivos Diretos

Verbos Transitivos Indiretos

Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos

Verbos Transitivos Diretos e Indiretos I

Verbos Transitivos Diretos e Indiretos II

Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado I: AGRADAR,ASPIRAR, ASSISTIR

Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado II: CHAMAR,

CUSTAR, IMPLICAR

Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado III:PROCEDER, QUERER, VISAR

Regência Nominal

 

Sintaxe de Colocação

Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Próclise I

Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Próclise II

Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Mesóclise / Ênclise

Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos nas Locuções Verbais

 

Emprego da Crase

Crase I

Crase II

Casos em que a crase SEMPRE ocorre

Crase diante de Nomes de Lugar / Crase diante de PronomesDemonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais / Crase com oPronome Demonstrativo "a" / A Palavra Distância

Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA

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1- FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

Frase

Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavraou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita:

ideias emoções ordens apelosA frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de,

num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em queé utilizada.

Exemplos:

O Brasil possui um grande potencial turístico.Espantoso!

 Não vá embora.Silêncio!O telefone está tocando.

Observação: a frase que não possui verbo denomina-se Frase Nominal.

 Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seuinício e seu fim. A entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, doolhar, além de ser complementada pela situação em que o falante se encontra. Essesfatos contribuem para que frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe:

Rua!Ai!

Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de gestos peculiares, sãosuficientes para satisfazer suas necessidades expressivas.

 Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal. Desaparecendo a situação viva, o contexto éfornecido pelo próprio texto, o que acaba tornando necessário que as frases escritassejam linguisticamente mais completas. Essa maior complexidade linguística leva afrase a obedecer as regras gerais da língua. Portanto, a organização e a ordenação doselementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por isso é que:

As meninas estavam alegres.

constitui uma frase, enquanto:

Alegres meninas estavam as.

não é considerada uma frase da língua portuguesa.

 

Tipos de Frases

Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados seatentarmos para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, dassituações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase "Que educação!",usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso,ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz.

A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É

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ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. Na línguaescrita, os sinais de pontuação podem agir como definidores do sentido das frases. Veja:

Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo como sentido que transmitem. São elas:

a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da

mensagem. São empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta.

Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta)Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta)

 b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, umconselho ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas.

Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) Não faça isso. (Negativa)Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa)

c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo.Apresentam entoação ligeiramente prolongada.

Por Exemplo: Que prova difícil!É uma delícia esse bolo!

d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de fraseinforma ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas.

Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa)Ela não está em casa. (Negativa)

e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo.Por Exemplo:

Deus te acompanhe!Bons ventos o levem!

De acordo com a construção, as frases classificam-se em:

Frase Nominal: é a frase construída sem verbos.

Exemplos:

Fogo!

Cuidado!Belo serviço o seu!Trabalho digno desse feirante.

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Frase Verbal: é a frase construída com verbo.

Por Exemplo:

O sol ilumina a cidade e aquece os dias.Os casais saíram para jantar.A bola rolou escada abaixo.

Estrutura da Frase

As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementosessenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há umsujeito implícito na terminação do verbo: nós.

O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. Énormalmente o "ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar".

O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao

sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração:se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nasfrases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos umpredicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação).

Observe:

O amor é eterno.

O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a"o amor", ou seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleosignificativo é o nome "eterno". Já na frase:

Os rapazes jogam futebol.

O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em númeroe pessoa com o verbo "jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleosignificativo é o verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal.

 

Oração

Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:

- que o enunciado tenha sentido completo;

- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).

Por Exemplo:Camila terminou a leitura do livro.

Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjuntoharmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termoda oração desempenha uma função sintática.

 

Atenção:

 Nem toda frase é oração.

Por Exemplo:

Que dia lindo!

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Esse enunciado é frase, pois tem sentido.

Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo.

Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:

Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!

A frase pode conter uma ou mais orações. Veja:

Brinquei no parque. (uma oração)Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)Cheguei, vi, venci. (três oraçõePeríodo

Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentidocompleto. O período pode ser simples ou composto.

Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nomede oração absoluta.

Exemplos:O amor é eterno.As plantas necessitam de cuidados especiais.Quero aquelas rosas.O tempo é o melhor remédio.

Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações.

Exemplos:

Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias.Quero aquelas flores para presentear minha mãe.Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao

anoitecer.Cheguei, jantei e fui dormir.

Saiba que:

Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira práticade saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais.

s) 2- TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Sujeito e Predicado

Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos

essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado.Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo.

Por Exemplo:

As praias estão cada vez mais poluídas.Sujeito

Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito.

Por Exemplo:

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As praias estão cada vez mais poluídas.Predicado

 

Posição do Sujeito na Oração

Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar: Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado.

Por Exemplo:

As crianças brincavam despreocupadas.Sujeito Predicado

 Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.

Brincavam despreocupadas as crianças.Predicado Sujeito

Sujeito no Meio do Predicado:Despreocupadas, as crianças brincavam.

Predicado Sujeito Predicado

Classificação do Sujeito

O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado.Existem ainda as orações sem sujeito.

1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir daconcordância verbal. Pode ser:

a) Simples

Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo.Por Exemplo:

A rua estava deserta.

Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular.Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas umelemento, seja ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeralou uma oração subjetiva.

Por Exemplo:

Os meninos estão gripados.

Todos cantaram durante o passeio. b) Composto

Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.

Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.

c) Implícito

Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado.

Por Exemplo: 

Dispensamos todos os funcionários.

 Nessa oração, o sujeito é simples e determinado, pois o sujeito nós é indicado pela desinência verbal - mos.

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2 - Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneirasdiferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:

a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:

O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhumtermo identificado anteriormente (nem em outra oração):

Por Exemplo: 

Procuraram você por todos os lugares.Estão pedindo seu documento na entrada da festa.

 b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se:

O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice deindeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que nãoapresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e deligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.

Exemplos:Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)

 No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação) 

Entendendo a Partícula Se

As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldadesquanto à classificação do sujeito.

Veja:

a) Aprovou-se o novo candidato.

Sujeito

Aprovaram-se os novos candidatos.

Sujeito

 b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado)

Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado)

 No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética,concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passivaanalítica:

O novo candidato foi aprovado.Sujeito

Os novos candidatos foram aprovados.

Sujeito

 No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessasconstruções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.

c) Com o verbo no infinitivo impessoal:

Por Exemplo:

Era penoso estudar todo aquele conteúdo.É triste assistir a estas cenas tão trágicas.

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Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementosexplícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.

Por Exemplo:

Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.

 Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeitooculto.

3 - Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de umverbo impessoal. Observe a estrutura destas orações:

Sujeito Predicado- Havia formigas na casa.- Nevou muito este ano em Nova Iorque.

É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem aenunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbalnão é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os

casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:

 Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.

Por Exemplo:

Choveu muito no inverno passado.Amanheceu antes do horário previsto.

Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeitodeterminado.

Por Exemplo:

Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito)Já amanheci cansado. (eu=sujeito)

 b) Verbos ser , estar , fazer e haver , quando usados para indicar uma ideia detempo ou  fenômenos meteorológicos:

Ser:

É noite. (Período do dia)Eram duas horas da manhã. (Hora)

Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numéricaque o acompanha. (É uma hora/ São nove horas)

Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a

 palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias.

Estar:

Está tarde. (Tempo)Está muito quente.(Temperatura)

Fazer: 

Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)Fez 39° C ontem. (Temperatura)

Haver: 

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 Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)

Atenção:

Com exceção do verbo ser , os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE NATERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer e

haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no plural.Por Exemplo: 

Faz muitos anos que nos conhecemos.Deve fazer dias quentes na Bahia.

Veja outros exemplos:

Há muitas pessoas interessadas na reunião.Houve muitas pessoas interessadas na reunião.Havia muitas pessoas interessadas na reunião.Haverá muitas pessoas interessadas na reunião.

Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.

Predicado

Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presençade um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração,identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e dovocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. Veja alguns exemplos:

As mulheres compraram roupas novasPredicado

Durante o ano, muitos alunos desistem do curso.Predicado Predicado

A natureza é bela.Predicado

OS VERBOS NO PREDICADO

Em todo predicado existe necessariamente um verbo ou uma locução verbal. Para

analisar a importância do verbo no predicado, devemos considerar dois gruposdistintos: os verbos nocionais e os não nocionais.

Os verbos nocionais são os que exprimem processos; em outras palavras, indicamação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental:

Acontecer – considerar – desejar – julgar – pensar – querer – suceder – chover  – correr fazer – nascer – pretender – raciocinar 

Esses verbos são sempre núcleos dos predicados em que aparecem.

Os verbos não nocionais exprimem estado; são mais conhecidos como verbos deligação.

Fazem parte desse grupo, entre outros:

Ser – estar – permanecer – continuar – andar – persistir – virar – ficar – achar-

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se - acabar – tornar-se – passar (a)

Os verbos não nocionais sempre fazem parte do predicado, mas não atuam comonúcleos.

Para perceber se um verbo é nocional ou não nocional, é necessário considerar o

contexto em que é usado. Assim, na oração:Ela anda muito rápido.

O verbo andar exprime uma ação, atuando como um verbo nocional. Já na oração:

Ela anda triste.

O verbo exprime um estado, atuando como verbo não nocional.

Predicação Verbal

Chama-se predicação verbal ao resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito eo verbo e entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação.

1) Verbo Intransitivo

É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, deum outro termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita.

Por Exemplo:

O avião caiu.

O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado completo. Se desejar, ofalante pode acrescentar outras informações, como:

local: O avião caiu sobre as casas da periferia.

modo: O avião caiu lentamente.tempo: O avião caiu no mês passado.

Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não são necessárias para que se compreenda a informação básica.

2) Verbo Transitivo

É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente, sente algo;quem revela, revela algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segueadiante, integrando-se aos complementos, para adquirir sentido completo. Veja:

S. Simples Predicado

As crianças precisam  de carinho.1 2

1= Verbo Transitivo2= Complemento Verbal (Objeto)

O verbo transitivo pode ser:

a) Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao verbodiretamente, sem preposição obrigatória.

Por Exemplo:

 Nós escutamos nossa música favorita.

11= Verbo Transitivo Direto

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b) Transitivo Indireto: é quando o complemento vem ligado ao verboindiretamente, com preposição obrigatória.

Por Exemplo:

Eu gosto de sorvete.

22 = Verbo Transitivo Indireto

de= preposição

c) Transitivo Direto e Indireto: é quando a ação contida no verbo transita parao complemento direta e indiretamente, ao mesmo tempo.

Por Exemplo:

Ela contou tudo ao namorado.3

3= Verbo Transitivo Direto e Indireto

a= preposição

3) Verbo de Ligação

É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entreeles (sujeito e características) certos tipos de relações.

O verbo e ligação pode expressar:

a) estado permanente: ser, viver.

Por Exemplo:

Sandra é alegre.

Sandra vive alegre. b) estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se

Por Exemplo:

Mamãe está bem.Mamãe encontra-se bem.

c) estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-se

Por Exemplo:

Júlia ficou brava.Júlia fez-se brava.

d) continuidade de estado: continuar, permanecer Por Exemplo:

Renato continua mal.Renato permanece mal.

e) estado aparente: parecer 

Por Exemplo:

Marta parece melhor.

Observação: a classificação do verbo quanto à predicação deve ser feita de acordo como contexto e não isoladamente. Um mesmo verbo pode aparecer ora como intransitivo,

ora como de ligação. Veja:1 - O jovem anda devagar.

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anda = verbo intransitivo, expressa uma ação.

2 - O jovem anda preocupado.

anda= verbo de ligação, expressa um estado.

Classificação do Predicado

Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo significativo está numnome ou num verbo. Além disso, devemos considerar se as palavras que formam o

 predicado referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. Veja o exemploabaixo:

Os animais necessitam de cuidados especiaisSujeito Predicado

O predicado, apesar de ser formado por muitas palavras, apresenta apenas uma que serefere ao sujeito: necessitam. As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente aoverbo (necessitar é, no caso, de algo), que assume, assim, o papel de núcleo

significativo do predicado. Já em:A natureza é bela

Sujeito Predicado

 No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do verbo, ao sujeito daoração. O verbo agora atua como elemento de ligação entre sujeito e a palvra a elerelacionada. O núcleo do predicado é bela. Veja o próximo exemplo:

O dia amanheceu ensolaradoSujeito Predicado

Percebemos que as duas palavras que formam o predicado estão diretamenterelacionadas ao sujeito: amanheceu (verbo significativo) e ensolarado (nome que serefere ao sujeito). O predicado apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu eensolarado.

Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos reconhecer três tiposde predicado: verbal, nominal e verbo-nominal.

Predicado Verbal

Apresenta as seguintes características:

a) Tem um verbo como núcleo;

b) Não possui predicativo do sujeito;

c) Indica ação.

Por exemplo:

Eles revelaram toda a verdade para a filha. 

Predicado Verbal

Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo seja significativo, isto é,que traga uma ideia de ação. Veja os exemplos abaixo:

O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou)

Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do predicado verbal = Chove)Ocorreu um acidente naquela rua. (núcleo do predicado verbal = Ocorreu)

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A antiga casa foi demolida. (núcleo do predicado verbal = demolida)

Obs.: no último exemplo há uma locução verbal de voz passiva, o que não impede overbo demolir de ser o núcleo do predicado.

Predicado Nominal

Apresenta as seguintes características:a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo;

b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito;

c) Indica estado ou qualidade.

Por Exemplo:

Leonardo é competente.Predicado Nominal

 No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que desempenha a função depredicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito,

tendo como intermediário um verbo de ligação. Os exemplos abaixo mostram comoesses verbos exprimem diferentes circunstâncias relativas ao estado do sujeito, aomesmo tempo que o ligam ao predicativo.Veja:

Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está = verbo de ligação)

A natureza é bela. (bela = predicativo do sujeito, é = verbo de ligação)

O homem parecia nervoso. (nervoso = predicativo do sujeito, parecia = verbo deligação)

 Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo do sujeito, acabou =verbo de ligação)

Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predicativo dosujeito, virou = verbo de ligação)

Predicativo do Sujeito

É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicadoconstruído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Pode ser representado por:

a) Adjetivo ou locução adjetiva:

Por Exemplo:

O seu telefonema foi especial. (especial = adjetivo)Este bolo está sem sabor. (sem sabor = locução adjetiva)

b) Substantivo ou palavra substantivada:

Por Exemplo:

Esta figura parece um peixe. (peixe = substantivo)Amar é um eterno recomeçar. (recomeçar = verbo substantivado)

c) Pronome Substantivo:

Por Exemplo:

Meu boletim não é esse. (esse = pronome substantivo)

d) Numeral:Por Exemplo:

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 Nós somos dez ao todo. (dez = numeral)

 

Predicado Verbo-Nominal

Apresenta as seguintes características:

a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome;

b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto;

c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade.

Por Exemplo: 

Os alunos saíram da aula alegres.Predicado Verbo-Nominal

O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbointransitivo), que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito(alegres), que indica o estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processoverbal. É importante observar que o predicado dessa oração poderia ser desdobrado emdois outros, um verbal e um nominal. Veja:

Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres.

Estrutura do Predicado Verbo-Nominal

O predicado verbo-nominal pode ser formado de:

1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito

Por Exemplo:

Joana partiu contente.Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito

2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto

Por Exemplo:

A despedida deixou a mãe aflita.Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo do Objeto

3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito

Por Exemplo:

Os alunos cantaram emocionados aquela canção.Sujeito Verbo Transitivo Predicativo do Sujeito Objeto Direto

Saiba que:

Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu

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 predicativo, basta passar a oração para voz passiva. Veja:

Voz Ativa:

As mulheres julgamos

homens insensíveis.

Sujeito VerboSignificativo

ObjetoDireto Predicativo do Objeto

Voz Passiva:

Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres.VerboSignificativo

Predicativodo Objeto

O verbo julgar  relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis).Essa relação se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva.

 

Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com o verbo chamar . Assim, vem precedido de preposição.

Por Exemplo:

Todos o chamam de irresponsável.Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)

3 - TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em simesmos. Sua significação só se completa com a presença de outros termos, chamados

integrantes. São eles:complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);

complemento nominal;

agente da passiva.

Complementos Verbais

Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles:

1) Objeto Direto

É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o

auxílio necessário da preposição.Por Exemplo:

Abri os braços ao vê-lo.Objeto Direto

O objeto direto pode ser constituído:

a) Por um substantivo ou expressão substantivada.

Exemplos:

O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável.

b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.

Exemplos:

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Espero-o na minha festa. / Ela me ama.

c) Por qualquer pronome substantivo.

Exemplos: 

 Não veio ninguém à aula hoje. / O menino que conheci está la fora. / Onde você

leu isso?Atenção:

Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso pode ocorrer:

- quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a Deus.

- quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico:Ofenderam a mim, não a ele.

- quando o objeto é representado por um pronome substantivo indefinido: Odiretor elogiou a todos.

- para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso colega.Obs.: caso o objeto direto não viesse preposicionado, o sentido da oração ficariaambíguo, pois não poderíamos apontar com precisão o sujeito (o nosso colega).

Saiba que:

Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer como verbos transitivos diretos.

Por Exemplo:

A criança chorou lágrimas doídas pela perda da mãe.Objeto Direto

2) Objeto IndiretoÉ o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Vem sempre regidode preposição clara ou subentendida. Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe,lhes, me te, se, nos, vos.

Exemplos:

 Não desobedeço a meus pais.Objeto Indireto

Preciso de ajuda. (Preposição clara "de")Objeto Indireto

Enviei-lhe um recado. (Enviei a ele - a preposição a está subentendida)Objeto Indireto

Obs.: muitas vezes o objeto indireto inicia-se com crase (à, àquele, àquela, àquilo).Isso ocorre quando o verbo exige a preposição "a", que acaba se contraindo com apalavra seguinte.

Por Exemplo:Entregaram à mãe o presente. (à = "a" preposição + "a" artigo definido)

Observações Gerais:

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a) Pode ocorrer ainda o (objeto direto ou indireto) pleonástico, que consiste naretomada do objeto por um pronome pessoal, geralmente com a intenção de colocá-loem destaque.

Por Exemplo: As mulheres, eu as vi na cozinha. (Objeto Direto)A todas vocês, eu já lhes forneci o pagamento mensal. (Objeto Indireto)

b) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los, las, no, na, nos, nas) sãosempre objeto direto. Os pronomes lhe, lhes são sempre objeto indireto.

Exemplos:Eu a encontrei no quarto. (OD)Vou avisá-lo.(OD)Eu lhe pagarei um sorvete.(OI)

c) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto. Paradeterminar sua função sintática, podemos substituir esses pronomes por um substantivo:se o uso da preposição for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; casocontrário, de objeto direto.

Por Exemplo: 

Roberto me viu na escola.(OD)

Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se:"Roberto viu o amigo na escola." Veja que a preposição não foi usada. Portanto, "me" éobjeto direto.

Observe o próximo exemplo: 

João me telefonou.(OI)

Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "Joãotelefonou ao amigo". A preposição foi usada. Portanto, "me" é objeto indireto.

) Complemento Nominal

É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, podereferir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição.

Exemplos:

Cecília tem orgulho da filha.  substantivo complemento nominal

Ricardo estava consciente de tudo.  adjetivo complemento nominal

A professora agiu favoravelmente aos alunos.  advérbio complemento nominal

Saiba que:

O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaraçãoexpressa por um nome. É regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Diferedeste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes(substantivos, adjetivos) e alguns advérbios em -mente.

4) Agente da Passiva

É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na

voz passiva. Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição "de".

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Por Exemplo:

  A vencedora foi escolhida pelos jurados.Sujeito Verbo Agente daPaciente Voz Passiva Passiva

Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva recebe onome de sujeito. Veja:

Os jurados escolheram a vencedora.

Sujeito Verbo Objeto Direto

Voz Ativa

Outros exemplos:

Joana é amada de muitos.

Sujeito Paciente Agente da Passiva

 

Essa situação já era conhecida de todos.Sujeito Paciente Agente da Passiva

 

Observações:

a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos ou pronomes.

Por Exemplo:

O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo)Este livro foi escrito por mim. (pronome)

b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, podemuitas vezes ser omitido.

Por Exemplo:

O público não foi bem recebido. (pelos anfitriões)

Adjunto Adverbial

É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo,causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de umverbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:

Eles se respeitam muito.

Seu projeto é muito interessante.O time jogou muito mal.

 Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso,intensifica a forma verbal respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo,intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceiraoração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.

Veja o exemplo abaixo:

Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.

Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias:

amanhã indica tempo;de bicicleta indica meio;

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àquela velha praça indica lugar.

Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjuntoadverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar.

O adjunto adverbial pode ser expresso por:

1) Advérbio: O balão caiu longe.

2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.

3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.

Observação: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretaçãodão origem a orações sugestivas.

Por Exemplo:

Entreguei-me calorosamente àquela causa.

É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou deintensidade. Na verdade, parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duascircunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o contexto em que surgem osadjuntos adverbiais. Classificação do Adjunto Adverbial

Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Nãodeixe de observar os exemplos.

Acréscimo

Por Exemplo: 

Além da tristeza, sentia profundo cansaço.

AfirmaçãoPor Exemplo: 

Sim, realmente irei partir.Ele irá com certeza.

Assunto

Por Exemplo:

Falávamos sobre futebol. (ou de futebol, ou a respeito de futebol).

Causa

Por Exemplo:

Com o calor, o poço secou. Não comentamos nada por discrição.O menor trabalha por necessidade.

Companhia

Por Exemplo: 

Fui ao cinema com sua prima.Com quem você saiu?Sempre contigo irei estar.

Concessão

Por Exemplo:Apesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo.

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Condição

Por Exemplo:

Sem minha autorização, você não irá.Sem erros , não há acertos.

ConformidadePor Exemplo:Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o combinado)

Dúvida

Por Exemplo: 

Talvez seja melhor irmos mais tarde.Porventura, encontrariam a solução da crise?Quiçá acertemos desta vez.

Fim, finalidade

Por Exemplo:Ela vive para o amor.Daniel estudou para o exame.Trabalho para o meu sustento.Viajei a negócio.

Frequência

Por Exemplo: 

Sempre aparecia por lá.Havia reuniões todos os dias.

InstrumentoPor Exemplo:

Rodrigo fez o corte com a faca.O artista criava seus desenhos a lápis.

Intensidade

Por Exemplo:

A atleta corria bastante.O remédio é muito caro.

Limite

Por Exemplo:A menina andava correndo do quarto à sala.

Lugar 

Por Exemplo:

 Nasci em Porto Alegre.Estou em casa.Vive nas montanhas.Viajou para o litoral ."Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus diferente." (Álvaro de

Campos)Matéria

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Por Exemplo:

Compunha-se de substâncias estranhas.Era feito de aço.

Meio

Por Exemplo:Fui de avião.Viajei de trem.Enriqueceram mediante fraude.

Modo

Por Exemplo:

Foram recrutados a dedo.Fiquem à vontade.Esperava tranquilamente o momento decisivo.

 NegaçãoPor Exemplo:

Não há erros em seu trabalho.Não aceitarei a proposta em hipótese alguma.

Preço

Por Exemplo:

As casas estão sendo vendidas a preços muito altos.

Substituição ou troca

Por Exemplo:

Abandonou suas convicções por privilégios econômicos.

Tempo

Por Exemplo:

O escritório permanece aberto das 8h às 18h.Beto e Mara se casarão em junho.Ontem à tarde encontrou um velho amigo.

Adjunto Adnominal

É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos,

locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Veja o exemplo aseguir:

O poetainovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de

infância.

Sujeito Núcleo doPredicado

VerbalObjeto Direto Objeto Indireto

 Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos,respectivamente, do sujeito determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto.Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais:

o artigo" o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta;

o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos;

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o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância sãoadjuntos adnominais de amigo.

Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que sereferem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente notável quandosubstituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que estão

ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição.Por Exemplo:

O notável poeta português deixou uma obra originalíssima.

Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos:

Ele deixou uma obra originalíssima.

As palavras "o", notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivoobra pelo pronome a. Veja:

O notável poeta português deixou-a.

Saiba que:

A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de um outro termo sintáticoque tem como núcleo um substantivo é importante para diferenciá-lo do predicativo doobjeto. O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto por intermédio de umverbo. Portanto, se substituirmos o núcleo do objeto por um pronome, o predicativo

 permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao objeto, mas não faz parte dele.Observe:

Sua atitude deixou os amigos perplexos.

 Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto (seus amigos). Se

substituíssemos esse objeto direto por um pronome pessoal, obteríamos:Sua atitude deixou-os perplexos.

 Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele.

 

Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal

É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva comcomplemento nominal. Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte:

a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já oscomplementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim,fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, será umadjunto adnominal.

b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relacionaa substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre eleque recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos:

Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe.

A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente deamar, recebe a ação de amar.

Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe.

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A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente deamar, pratica a ação de amar.

Aposto

Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal paraexplicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

Por Exemplo:

Ontem, Segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto ésintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo.Veja:

Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.

Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo Segunda-feira assume a função deadjunto adverbial de tempo.

Veja outro exemplo:

Aprecio todos os tipos de música: MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc.Objeto Direto Aposto do Objeto Direto

Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa função:

Aprecio MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc.Objeto Direto

Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática(inclusive a de aposto).

Por Exemplo:Dona Aida servia o patrão, pai de Marina, menina levada.

Analisando a oração, temos:

 pai de Marina = aposto do objeto direto patrão.

menina levada = aposto de Marina.

 

Classificação do Aposto

De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em:

a) Explicativo:

A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com omeio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.

b) Enumerativo:

A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.

c) Resumidor ou Recapitulativo:

Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na basede um país melhor.

d) Comparativo:

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Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baíaanoitecida.

e) Distributivo:

Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia eeste na prosa.

f) Aposto de Oração:

Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.

Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualizaum substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma

 preposição, sem que haja pausa na entonação da frase:

Por Exemplo:

O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda.

A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.Atenção:

Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal, observe aseguinte frase:

A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa.

 Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal.

 

Observações:1) Os apostos, em geral, detacam-se por pausas, indicadas na escrita, por vírgulas, dois

 pontos ou travessões. Não havendo pausa, não haverá vírgulas.

Por Exemplo:

Acabo de ler o romance A moreninha.

2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber ,isto é , por exemplo, etc.

Por Exemplo:

Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na sala de aula

após o recreio.3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere.

Por Exemplo:

Código universal, a música não tem fronteiras.

4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial pode aparecer precedido de preposição.

Por Exemplo:

Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com o ingresso nauniversidade, com as felicitações.

Vocativo

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Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar,invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente serelaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:

 Não fale tão alto, Rita!

Vocativo

Senhor presidente, queremos nossos direitos!Vocativo

A vida, minha amada, é feita de escolhas.Vocativo

 Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra.

Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc.

Por Exemplo:Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões.Olá professora, a senhora está muito elegante hoje!Eh! Gente, temos que estudar mais.

 

Distinção entre Vocativo e Aposto

- O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração.

Por Exemplo:

Crianças

 

 , vamos entrar.

 Vocativo- O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração.

Por Exemplo:

A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada.Sujeito Aposto

6 - PERÍODO COMPOSTO

Coordenação e Subordinação

Quando um período é simples, a oração de que é constituído recebe o nome de oraçãoabsoluta.

Por Exemplo:

A menina comprou chocolate.

Quando um período é composto, ele pode apresentar os seguintes esquemas deformação:

a) Composto por Coordenação: ocorre quando é constituído apenas de oraçõesindependentes, coordenadas entre si, mas sem nenhuma dependência sintática.

Por Exemplo:

Saímos de manhã e voltamos à noite.

b) Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelomenos duas orações, em que uma delas (Subordinada) depende sintaticamente da outra(Principal).

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Por Exemplo:

 Não fui à aula porque estava doente.Oração Principal Oração Subordinada

c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas e subordinadas.

Por Exemplo:Fui à escola e busquei minha irmã que estava esperando.

Oração Coordenada Oração Coordenada Oração Subordinada

 

Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao mesmo tempo principal, sehouver outra que dela dependa.

Por Exemplo:

Fui ao mercado e comprei os produtos que estavam faltando.

Oração Coordenada (1)

Oração Coordenada (2)

(Com relação à 1ª.) eOração Principal (Com

relação à 3ª.)

Oração Subordinada (3)

Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas

De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.

a) Aditivas

Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos,acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas

aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadassindéticas aditivas.

Por Exemplo:

Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.

As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas(também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quandose pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:

Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem. Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos

de reestruturação social do país.Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na línguaculta a forma "e nem" para introduzir orações aditivas.

Por Exemplo:

 Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.

b) Adversativas

Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenadaanterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativatípica. Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções

no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadassindéticas adversativas.

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Veja os exemplos:

"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (FerreiraGullar)O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.Tens razão, contudo controle-se.

Janaína gostava de cantar, todavia não agradava.O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.

Saiba que:

- Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorrenormalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.

Por Exemplo:

Deus cura, e o médico manda a conta.

 Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivalea uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!"

- A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo.Por Exemplo:

Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.

c) Alternativas

Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada aconjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora...ora, já...já,quer...quer..., seja...seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticasalternativas.

Exemplos:

Diga agora ou cale-se para sempre.Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.

Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que,na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos:"Embora você não permita, estarei lá".

d) Conclusivas

Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunçõestípicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por

isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as oraçõescoordenadas sindéticas conclusivas.

Exemplos:

 Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.O time venceu, por isso está classificado.Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.

e) Explicativas

Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaraçãoanterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois

(obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticasexplicativas.

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Exemplos:

Vou embora, que cansei de esperá-lo.Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.

Atenção:Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadasadverbiais causais. Observe a diferença entre elas:

- Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo,explicando a oração anterior.

Por Exemplo:

A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)

- Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato.

Por Exemplo:Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causada tristeza de Henrique.)

 Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oraçãoadverbial causal.

Forma das Orações Subordinadas

Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:

"Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto."Oração Principal Oração Subordinada

Observe que na Oração Subordinada temos o verbo "existe", que está conjugado naterceira pessoa do singular do presente do indicativo. As orações subordinadas queapresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo,subjuntivo e imperativo), são chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas.

Podemos modificar o período acima. Veja:

Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto.

Oração Principal Oração SubordinadaObserve que a análise das orações continua sendo a mesma: "Eu sinto" é a oração

 principal, cujo objeto direto é a oração subordinada "existir em meu gesto o teugesto". Note que a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso,a conjunção que, conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As oraçõessubordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ounão - , gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzidas ou implícitas.

Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomesrelativos. Podem ser, eventualmente, introduzidas por preposição.

1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida,geralmente, por conjunção integrante (que, se).

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Por Exemplo:

Suponho que você foi à biblioteca hoje. Oração Subordinada Substantiva

Você sabe se o presidente já chegou?Oração Subordinada Substantiva

Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as oraçõessubordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando,onde, como). Veja os exemplos:

O garoto perguntou qual era o telefone da moça. Oração Subordinada Substantiva

 Não sabemos por que a vizinha se mudou. Oração Subordinada Substantiva

Classificação das Orações Subordinadas SubstantivasDe acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva podeser:

a) Subjetiva

É subjetiva quando  exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal.Observe:

É fundamental o seu comparecimento à reunião.Sujeito

É fundamental que você compareça à reunião.Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva

Atenção:

Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome "isso". Assim, temos um período simples:

É fundamental isso ou Isso é fundamental.

Sujeito

Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito.

 

Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:

1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:

É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente -Está comprovado

Por Exemplo:

É bom que você compareça à minha festa.

2- Expressões na voz passiva, como:

Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado -Ficou provado

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Por Exemplo: 

Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.

3- Verbos como:

convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer

Por Exemplo:

Convém que não se atrase na entrevista.

Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principalestá sempre na 3ª. pessoa do singular.

 b) Objetiva Direta

A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto doverbo da oração principal.

Por Exemplo:

Todos querem sua aprovação no vestibular.Objeto Direto 

Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso)Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta 

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por:

1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":

Por Exemplo:

A professora verificou se todos alunos estavam presentes.

2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nasinterrogações indiretas:

Por Exemplo:

O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.

3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nasinterrogações indiretas:

Por Exemplo:

Eu não sei por que ela fez isso.

Orações EspeciaisCom os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir,ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oraçãosubordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe:

Deixe-me repousar.

Mandei-os sair.

Ouvi-o gritar.

Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas deinfinitivo. E, o que é mais interesante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos

dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém

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transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:

Deixe que eu repouse.

Mandei que eles saíssem.

Ouvi que ele gritava.

Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formasretas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dossujeitos das formas verbais das orações subordinadas.

c) Objetiva Indireta

A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verboda oração principal. Vem precedida de preposição.

Por Exemplo:

Meu pai insiste em meu estudo.

Objeto Indireto Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso)

Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.

Por Exemplo:

Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

d) Completiva Nominal

A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertenceà oração principal e também vem marcada por preposição.Por Exemplo:

Sentimos orgulho de seu comportamento.  Complemento Nominal

Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.)Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal

Lembre-se:

Observe que as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o

sentido de um verbo, enquanto que orações subordinadas substantivas completivasnominais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessáriolevar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indiretoe o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.

e) Predicativa

A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeitodo verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.

Por Exemplo:

 Nosso desejo era sua desistência.Predicativo do Sujeito

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  Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.)  Oração Subordinada Substantiva Predicativa

Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo:

A impressão é de que não fui bem na prova.

f) Apositiva

A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo daoração principal.

Por Exemplo:

Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento.  Aposto(Fernanda tinha um grande sonho: isso.)

Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse.Oração Subordinada Substantiva Apositiva

Saiba mais:

Apesar de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como oraçõessubordinadas substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome indefinido. Veja os exemplos:

O presente será dado por quem o comprou.

O espetáculo foi apreciado por quantos o assistiram .

2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ouseja, que a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem afunção de adjunto adnominal do antecedente. Observe o exemplo:

Esta foi uma redação bem-sucedida.Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)

 Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nessecaso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel.Veja:

Esta foi uma redação que fez sucesso.

Oração Principal Oração Subordinada AdjetivaPerceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ourelacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática naoração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede.

Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbalda segunda oração.

Atenção:

Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por:

o qual - a qual - os quais -as quais

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Por Exemplo:

Refiro-me ao aluno que é estudioso.

Essa oração é equivalente a:

Refiro-me ao aluno o qual estuda.

Forma das Orações Subordinadas Adjetivas

Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modoindicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadasdesenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, quenão são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) eapresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).

Por Exemplo:

Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.

 No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que éintroduzida pelo pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito

 perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida deinfinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.

5) Pronome Relativo ONDE

O pronome relativo "onde" aparece apenas no período composto, para substituir umtermo da oração principal numa oração subordinada. Por essa razão, em um períodocomo "Onde você nasceu?", por exemplo, não é possível pensar em pronome relativo:o período é simples, e nesse caso, "onde" é advérbio interrogativo.

 Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há

indicação de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em que, no qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos daideia de causa / efeito ou de conclusão.

Por Exemplo:

Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.

6) Pronome Relativo QUANTO, COMO, QUANDO

a) Quanto, quantos e quantas: são pronomes relativos que seguem os pronomesindefinidos "tudo", "todos" ou "todas". Atuam principalmente como sujeito e objeto

direto. Veja os exemplos:Tente examinar todos quantos comparecerem ao consultório. (Sujeito)Comeu tudo quanto queria. (Objeto Direto)

b) Como e quando: exprimem noções de modo e tempo, respectivamente. Atuam, portanto, como adjuntos adverbiais de modo e de tempo. Exemplos: 

É estranho o modo como ele me trata.É a hora quando o sol começa a deitar-se.

Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordinadas Adverbiais

a) Causa

  A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato, aomotivo do que se declara na oração principal. "É aquilo ou aquele que determina umacontecimento".

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Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE

Outras conjunções e locuções causais: como (sempre introduzido na oração anteposta àoração principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto que.

Exemplos: 

As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve alternativa a não ser cancelá-lo.Já que você não vai, eu também não vou.Por ter muito conhecimento (= Porque/Como tem muito conhecimento), ésempre consultado. (Oração Reduzida de Infinitivo)

b) Consequência

As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que éconsequência, que é efeito do que se declara na oração principal. São introduzidas pelasconjunções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas

estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que.Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE (precedido de tal, tanto, tão,tamanho)

Exemplos: 

É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa dor.) Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou concretizando-os. Não consigo ver televisão sem bocejar . (Oração Reduzida de Infinitivo)Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo.

c) Condição

Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato.As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer  para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal.

Principal conjunção subordinativa condicional: SE

Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, anão ser que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).

Exemplos:

Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor timeserá campeão.

Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o contrato.Caso você se case, convide-me para a festa.

 Não saia sem que eu permita.

Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (Oração Reduzida de Gerúndio)

) Concessão

As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verboda oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia deconcessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa.

Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA

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Utiliza-se também a conjução: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando,mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que.

Observe este exemplo:

Só irei se ele for.

A oração acima expressa uma condição: o fato de "eu" ir só se realizará caso essacondição for satisfeita.

Compare agora com:

Irei mesmo que ele não vá.

A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira,independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbialconcessiva.

Observe outros exemplos: 

Embora fizesse calor, levei agasalho.

Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da populaçãocontinua à margem do mercado de consumo.Foi aprovado sem estudar  (= sem que estudasse / embora não estudasse).(reduzida de infinitivo)

e) Comparação

As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem uma comparação com aação indicada pelo verbo da oração principal.

Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO

Por Exemplo:

Ele dorme como um urso.Utilizam-se com muita frequência as seguintes estruturas que formam o graucomparativo dos adjetivos e dos advérbios: tão...como (quanto), mais (do) que, menos(do) que. Veja os exemplos:

Sua sensibilidade é tão afinada quanto a sua inteligência 

O orador foi mais brilhante do que profundo.

Saiba que:

É comum a omissão do verbo nas orações subordinadas adverbiais comparativas.

Por exemplo:

Agem como crianças. (agem)Oração Subordinada Adverbial Comparativa

 No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso não ocorre.

Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (comparação do verbo falar e do verbo fazer).

f) Conformidade

As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam ideia de conformidade, ouseja, exprimem uma regra, um modelo adotado para a execução do que se declara naoração principal.

Principal conjunção subordinativa conformativa: CONFORME

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Outras conjunções conformativas: como, consoante e segundo (todas com o mesmovalor de conforme).

Exemplos: 

Fiz o bolo conforme ensina a receita.Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos iguais.Segundo atesta recente relatório do Banco Mundial, o Brasil é o campeãomundial de má distribuição de renda.

g) Finalidade

As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, a finalidade daquilo quese declara na oração principal.

Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE

Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução conjuntiva para que.

Por Exemplo:

Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos.Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entrasse.

h) Proporção

As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem ideia de proporção, ouseja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.

Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: À PROPORÇÃO QUE

Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao passo que. Há ainda asestruturas: quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior),quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais...(menos), quanto

menos...(mais) quanto menos...(menos).Exemplos:

À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões.

Visito meus amigos à medida que eles me convidam.

Quanto maior for a altura, maior será o tombo.

Lembre-se:

À medida que é uma conjunção que expressa ideia de proporção; portanto, pode ser substituída por "à proporção que".Na medida em que exprime uma ideia de causa e equivale a "tendo em vista que" e só

nesse sentido deve ser usada.Por Exemplo:

 Na medida em que não há provas contra esse homem, ele deve ser solto.Atenção: não use as formas “à medida em que” ou “na medida que”.

 

i) Tempo

As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam uma ideia de tempo ao fatoexpresso na oração principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridadeou posterioridade.

Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO

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Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e locuções conjuntivas:assim que, logo que, todas as vezes que, antes que, depois que, sempre que, desdeque, etc.

Exemplos: 

Quando você foi embora, chegaram outros convidados.Sempre que ele vem, ocorrem problemas.Mal você saiu, ela chegou.Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a festa) (OraçãoReduzida de Particípio)

f) Conformidade

As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam ideia de conformidade, ouseja, exprimem uma regra, um modelo adotado para a execução do que se declara naoração principal.

Principal conjunção subordinativa conformativa: CONFORME

Outras conjunções conformativas: como, consoante e segundo (todas com o mesmovalor de conforme).

Exemplos: 

Fiz o bolo conforme ensina a receita.Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos iguais.Segundo atesta recente relatório do Banco Mundial, o Brasil é o campeãomundial de má distribuição de renda.

g) Finalidade

As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, a finalidade daquilo quese declara na oração principal.

Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE

Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução conjuntiva para que.

Por Exemplo:

Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos.Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entrasse.

h) Proporção

As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem ideia de proporção, ouseja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.

Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: À PROPORÇÃO QUE

Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao passo que. Há ainda asestruturas: quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior),quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais...(menos), quantomenos...(mais) quanto menos...(menos).

Exemplos:

À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões.

Visito meus amigos à medida que eles me convidam.

Quanto maior for a altura, maior será o tombo.

Lembre-se:

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À medida que é uma conjunção que expressa ideia de proporção; portanto, pode ser substituída por "à proporção que".Na medida em que exprime uma ideia de causa e equivale a "tendo em vista que" e sónesse sentido deve ser usada.

Por Exemplo: Na medida em que não há provas contra esse homem, ele deve ser solto.Atenção: não use as formas “à medida em que” ou “na medida que”.

 

i) Tempo

As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam uma ideia de tempo ao fatoexpresso na oração principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridadeou posterioridade.

Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO

Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e locuções conjuntivas:assim que, logo que, todas as vezes que, antes que, depois que, sempre que, desdeque, etc.

Exemplos: 

Quando você foi embora, chegaram outros convidados.Sempre que ele vem, ocorrem problemas.Mal você saiu, ela chegou.Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a festa) (OraçãoReduzida de Particípio)

2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca

de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concordacom o substantivo. Observe:

Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olímpíadas.

Obs.: quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que exprimemreciprocidade, o plural é obrigatório:

Por Exemplo:

Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem.(ofenderam um ao outro)

3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feitalevando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar nosingular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar o plural.

Exemplos: 

Os Estados Unidos determinam o fluxo da atividade econômica do mundo.Alagoas impressiona pela beleza das praias e pela pobreza da população.As Minas Gerais são inesquecíveis.Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha.

4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos,alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo

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 pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com opronome pessoal. Veja:

Quais de nós são / somos capazes?Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras.

Obs.: veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão doemissor. Quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nadafizemos", esta pessoa está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre quandoalguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e nada fizeram.", frase que soacomo uma denúncia.

 Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará nosingular.

Por Exemplo:

Qual de nós é capaz?Algum de vós fez isso.

5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida desubstantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.

Exemplos:

25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.1% do eleitorado aceita a mudança.1% dos alunos faltaram à prova.

Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deveconcordar com o número. Veja:

25% querem a mudança.1% conhece o assunto.

6) Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e pessoa éfeita com o antecedente do pronome.

Exemplos:

Fui eu que paguei a conta.Fomos nós que pintamos o muro.És tu que me fazes ver o sentido da vida.Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem.

7) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir a forma plural.Por Exemplo:

Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas.Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance.

 

Atenção:

A tendência, na linguagem corrente, é a concordância no singular. O que se ouveefetivamente, são construções como:

"Ele foi um dos deputados que mais lutou para a aprovação da emenda".

Ao compararmos com um caso em que se use um adjetivo, temos:

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"Ela é uma das alunas mais brilhante da sala."

A análise da construção acima torna evidente que a forma no singular é inadequada.Assim, as formas aceitáveis são:

" Das alunas mais brilhantes da sala, ela é uma."

" Dos deputados que mais lutaram pela aprovação da emenda, ele é um".8) Quando o sujeito é o pronome relativo "quem",  pode-se utilizar o verbo na terceira

 pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome.

Exemplos:

Fui eu quem pagou a conta / Fui eu quem paguei a conta.Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro.

9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.

Por Exemplo:

Vossa Excelência é diabético?Vossas Excelências vão renunciar?

10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral.

Por Exemplo:

Deu uma hora no relógio da sala.Deram cinco horas no relógio da sala.

Obs.: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc., o verboconcordará com esse sujeito.

Por Exemplo:

O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.11) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ª

 pessoa do singular. São verbos impessoais:

Haver no sentido de existir;Fazer indicando tempo;Aqueles que indicam fenômenos da natureza.

Exemplos:

Havia muitas garotas na festa.Faz dois meses que não vejo meu pai.Chovia ontem à tarde.

b) Sujeito Composto

1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural:

Exemplos: 

Pai e filho conversavam longamente.  Sujeito

Pais e filhos devem conversar com frequência.

Sujeito

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2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordânciaocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda

 pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira. Veja: 

Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.  Primeira Pessoa do Plural (Nós)

Tu e teus irmãos tomareis a decisão.  Segunda Pessoa do Plural (Vós) 

Pais e filhos precisam respeitar-se.Terceira Pessoa do Plural (Eles)

Obs.: quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda pessoa e umda terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural. Aceita-se, pois, afrase: "Tu e teus irmãos tomarão a decisão."

3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova

 possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade dosujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo.Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação.

Por Exemplo:Faltaram coragem e competência.

  Faltou coragem e competência.

4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feitaobrigatoriamente no plural. Observe: 

Abraçaram-se vencedor e vencido.Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

 Casos Particulares

1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, overbo pode ficar no plural ou no singular.

Por Exemplo:

Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento.

2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação, o verbo pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito.

Por Exemplo:

Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfazem /satisfaz.

 No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há nacombinação. No segundo caso, o verbo no singular enfatiza o último elemento dasérie gradativa. 3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou"nem", o verbo deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos.

Por Exemplo:

Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira.

 Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.

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Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos dosujeito, ou seja, se os núcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar no singular.

Por Exemplo: 

Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada.Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um)

4) Com as expressões "um ou outro" e "nem um nem outro", a concordânciacostuma ser feita no singular, embora o plural também seja praticado.

Por Exemplo:

Um e outro compareceu / compareceram à festa. Nem um nem outro saiu / saíram do colégio.

5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo pode ficar no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra "com" temsentido muito próximo ao de "e". Veja: 

O pai com o filho montaram o brinquedo.

O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre. Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiroelemento.

O pai com o filho montou o brinquedo.O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo semestre.

Obs.: com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O sujeito ésimples, uma vez que as expressões "com o filho" e "com o secretariado" são adjuntosadverbiais de companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inversão da ordem.Veja:

"O pai montou o brinquedo com o filho.""O governador traçou os planos para o próximo semestre com o secretariado."

6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "nãosó...mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também", "tanto...quanto", overbo concorda de preferência no plural.

 Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste.Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia.

7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um apostorecapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor.

Por Exemplo:

Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas.

Outros Casos

1) O Verbo e a Palavra "SE"

Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para aconcordância verbal:

a) quando é índice de indeterminação do sujeito;b) quando é partícula apassivadora.

Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intransitivos,

transitivos indiretos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular.

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Exemplos:

Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país.Confia-se em teses absurdas.Era-se mais feliz no passado.

Quando pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos e indiretosna formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeitoda oração.

Exemplos: 

Construiu-se um posto de saúde.Construíram-se novos postos de saúde.Não se pouparam esforços para despoluir o rio.Não se devem poupar esforços para despoluir o rio.

2) O Verbo "Ser"

A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do

verbo ser, essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo dosujeito.

O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito:

a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o predicativo estiver no plural.

Exemplos: 

Isso são lembranças inesquecíveis.Aquilo eram problemas gravíssimos.O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos.

b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for umsubstantivo no plural.

Exemplos:

 Nosso piquenique foram só guloseimas.  Sujeito Predicativo do Sujeito Sua rotina eram só alegrias.Sujeito Predicativo do Sujeito

Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito.

Por Exemplo: 

Gustavo era só decepções.Minhas alegrias é esta criança.

Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer umelemento sobre o outro.

Por Exemplo:

A vida é ilusões.

c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem.

Por Exemplo:

Que são esses papéis?Quem são aquelas crianças?

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d) Como impessoal na indicação de horas, dias e distâncias, o verbo ser concorda com onumeral.

Exemplos:

É uma hora.São três da manhã.Eram 25 de julho quando partimos.Daqui até a padaria são dois quarteirões.

Saiba que:

 Na indicação de dia, o verbo ser admite as seguintes concordâncias:

1) No singular: Concorda com a palavra explícita dia.

Por Exemplo: Hoje é dia quatro de março.

2) No plural: Concorda com o numeral, sem a palavra explícita dia.

Por Exemplo: Hoje são quatro de março.

3) No singular: Concorda com a ideia implícita de dia.Por Exemplo: Hoje é quatro de março.

e) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ouexpressões como pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo ser fica no singular.

Exemplos: 

Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.Duas semanas de férias é muito para mim.

f) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal do caso reto,

com este concordará o verbo.Por Exemplo:  No meu setor, eu sou a única mulher.

Aqui os adultos somos nós.

Obs.: sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo concorda com o pronome sujeito.

Por Exemplo:

Eu não sou ela.Ela não é eu.

g) Quando o sujeito for uma expressão de sentido partitivo ou coletivo e o predicativo

estiver no plural, o verbo ser concordará com o predicativo.Por Exemplo:

A grande maioria no protesto eram jovens.O resto foram atitudes imaturas.

3) O Verbo "Parecer"

O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias:

a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo.

Por Exemplo:

Alguns colegas pareciam chorar naquele momento.b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre flexão.

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Por Exemplo:

Alguns colegas parecia chorarem naquele momento.

Obs.: a primeira construção é considerada corrente, enquanto a segunda,literária.

Atenção:Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular.

Por Exemplo:

As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.)

 

4) A Expressão "Haja Vista"

A expressão haja vista admite as seguintes construções:

a) A expressão fica invariável (seguida ou não de preposição).

Por Exemplo: Haja vista as lições dadas por ele. ( = por exemplo)Haja vista aos fatos explicados por esta teoria. ( = atente-se)

b) O verbo haver pode variar (desde que não seguido de preposição), considerando-seo termo seguinte como sujeito.

Por Exemplo: 

Hajam vista os exemplos de sua dedicação. ( = vejam-se)

CONCORDÂNCIA NOMINAL

A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou

numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos,adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se da relação entre nomes.

Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração,e o adjetivo, como adjunto adnominal.

A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:

1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.

Por Exemplo:

As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.

2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar.Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos:

a) Adjetivo anteposto aos substantivos:

- O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.

Por Exemplo:

Encontramos caídas as roupas e os prendedores.Encontramos caída a roupa e os prendedores.Encontramos caído o prendedor e a roupa.

- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre

concordar no plural.Por Exemplo: 

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As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.Encontrei os divertidos primos e primas na festa.

b) Adjetivo posposto aos substantivos:

- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindoforma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino).

Exemplos: 

A indústria oferece localização e atendimento perfeito.A indústria oferece atendimento e localização perfeita.A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.

Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o adjetivoefetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado no

 plural masculino, que é o gênero predominante quando há substantivos de gênerosdiferentes.

- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural.Exemplos:

A beleza e a inteligência feminina(s).O carro e o iate novo(s).

3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:

a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado denenhum modificador.

Por Exemplo:

Água é bom para saúde.b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ouqualquer outro determinativo.

Por Exemplo:

Esta água é boa para saúde.

4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se refere.

Por Exemplo:

Juliana as viu ontem muito felizes.

5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito, tanto,

etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no masculino singular.Por Exemplo:

Os jovens tinham algo de misterioso.

6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concordanormalmente com o nome a que se refere.

Por Exemplo: 

Cristina saiu só.Cristina e Débora saíram sós.

Obs.: quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem função

adverbial, ficando, portanto, invariável.Por Exemplo:

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Eles só desejam ganhar presentes.

7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as construções:

a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo.

Por Exemplo:Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.

b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo.

Por Exemplo:

Admiro as culturas espanhola e portuguesa.

Obs.: veja esta construção:

Estudo a cultura espanhola e portuguesa.

 Note que ela provoca incerteza: trata-se de duas culturas distintas ou de uma única,espano-portuguesa? Procure evitar construções desse tipo.

 

Sobre aGramática Morfologia Sintaxe Fonologia Semântica Estilística Redação

 ExercíciosResolvidos

Casos Particulares

É proibido - É necessário - É bom - Épreciso - É permitido

a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficaminvariáveis se o substantivo a que se referem possuir sentido genérico

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 Português noMundo

(não vir precedido de artigo).

Exemplos: 

É proibido entrada de crianças.Em certos momentos, é necessário atenção.

No verão, melancia é bom.É preciso cidadania.Não é permitido saída pelas portas laterais.

b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivoconcordam com ele.

Exemplos:

É proibida a entrada de crianças.Esta salada é ótima.

A educação é necessária.São precisas várias medidas na educação.

Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio -Incluso - Quite 

Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com osubstantivo ou pronome a que se referem. Observe:

Seguem anexas as documentações requeridas.A menina agradeceu: - Muito obrigada.

Muito obrigadas, disseram as senhoras, nósmesmas faremos isso.Seguem inclusos os papéis solicitados.

 Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites.

Bastante - Caro -Barato - Longe

Essas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios.Concordam com o nome a que se referem quando funcionam comoadjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais.

Exemplos: 

As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho.(pronome adjetivo)Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)As casas estão caras. (adjetivo)Achei barato este casaco.(advérbio)Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)"Vais ficando longe de mim como o sono, nas

alvoradas." (Cecília Meireles) (advérbio)"Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!"

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(Cecília Meireles). (adjetivo)

Meio -Meia

a) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concordanormalmente com o nome a que se refere.

Por Exemplo:

Pedi meia cerveja e meia porção de polentas.

b) Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece invariável.

Por Exemplo:

A noiva está meio nervosa.

Alerta - Menos

Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem sempreinvariáveis.

Por Exemplo:

Os escoteiros estão sempre alerta.Carolina tem menos bonecas que sua amiga.

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Verbos Transitivos Diretos

Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa quenão exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam comoobjetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formasverbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadasem sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos verbais, objetos

indiretos.São verbos transitivos diretos, dentre outros:

abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar,alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer,conservar,convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir,

 prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.

 Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar:

Amo aquele rapaz. / Amo-o.Amo aquela moça. / Amo-a.Amam aquele rapaz. / Amam-no.

Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso emque atuam como adjuntos adnominais).

Exemplos:

Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)

Verbos Transitivos Indiretos

Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso

significa que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação deregência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são o "lhe", o "lhes", para substituir pessoas. Não se utilizamos pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com osobjetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos deterceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. Os verbos transitivosindiretos são os seguintes:

a) Consistir 

Tem complemento introduzido pela preposição "em".

Por Exemplo: 

A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos.b) Obedecer e Desobedecer:

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Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a".

Por Exemplo: 

Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.Eles desobedeceram às leis do trânsito.

c) Responder Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto

 para indicar "a quem" ou "ao que" se responde.

Por Exemplo:

Respondi ao meu patrão.Respondemos às perguntas.Respondeu-lhe à altura.

Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que seresponde, admite voz passiva analítica. Veja:

O questionário foi respondido corretamente.Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.

d) Simpatizar e Antipatizar

Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com".

Por Exemplo: 

Antipatizo com aquela apresentadora.Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria

 privilegiada.

Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos

Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, semque isso implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos:

Abdicar 

Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo.

Acreditar 

 Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força.

Almejar 

Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações.

Ansiar 

Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas.

Anteceder

Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu auma série de fatos estranhos.

Atender

Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos.

Atentar

Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta

forma de digitar.Cogitar

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Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos de uma nova estratégia. /Cogitávamos em uma nova estratégia.

Consentir

Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Osdeputados consentiram na adoção de novas medidas econômicas.

Deparar

Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem em nossa trilha.

Gozar

Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde.

 Necessitar 

 Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos dealgumas horas para preparar a apresentação.

PrecederIntensas manifestações precederam a mudança de regime./ Intensas

manifestações precederam à mudança de regime.

Presidir 

 Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro.

Renunciar

 Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta.

Satisfazer

Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe.

Versar

Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre oestilo dos modernistas.

FONOLOGIA

DEFINIÇÃO

Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Aoestudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas.

ÍNDICE

Fonema

Fonema / Fonema e Letra

Classificação dos Fonemas: Vogais, Semivogais, Consoantes

 

Encontros Vocálicos

Encontros Vocálicos: Ditongo, Tritongo, Hiato

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Encontros Consonantais

Encontros Consonantais / Dígrafos

 Sílaba

Sílaba/ Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas /Divisão Silábica

Acento Tônico / Classificação da Sílaba quanto a Intensidade /Classificação das Palavras quanto à Posição da Sílaba Tônica

Monossílabos / Critérios de Distinção

Acentuação Gráfica: Acento Prosódico e Acento GráficoRegras de Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paroxítonas, Oxítonas

Monossílabos: Monossílabos Tônicos, Monossílabos Átonos / Acento deInsistência

Regras Especiais I: Ditongos Abertos, Hiatos

Regras Especiais II: Verbos Ter e Vir

Acento Diferencial / Acento Grave

 

Ortoépia

Ortoépia ou Ortoepia

 

Prosódia

Prosódia

 Ortografia

Ortografia / Emprego de X e Ch

Emprego das Letras G e J

Emprego das Letras S e Z

Emprego do Z

Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs

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Observações sobre o uso da letra X / Emprego das letras E e I

Emprego das letras O e U / Emprego da letra H

Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas I

Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas II

 

Notações Léxicas

Notações Léxicas: Emprego do Til, Emprego do Apóstrofo

 

Emprego dos Porquês

Por que / Por quê / Porque / Porquê

 

Emprego do Hífen

Emprego do Hífen / Prefixos e Elementos de Composição

Importante / Casos Particulares / Atenção

Saiba Mais sobre o uso do Hífen

 

Sinais de Pontuação

Sinais de Pontuação I: Vírgula

Sinais de Pontuação II: Ponto e vírgula, Dois-pontos

Sinais de Pontuação III: Ponto Final, Ponto de Interrogação, Ponto deExclamação

Sinais de Pontuação IV: Reticências, Parênteses - Os Parênteses e aPontuação

Sinais de Pontuação V: Travessão, Aspas

Sinais de Pontuação VI: Colchetes, Asterisco, Parágrafo

SEMÂNTICA

DEFINIÇÃO

Em linguística, Semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo se analisa, também, as mudanças de sentido que ocorrem nasformas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico.

ÍNDICE

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Linguagem

Linguagem / Tipos de Linguagem

Língua

Língua Falada e Língua Escrita

Fala / Signo

 

Significação das Palavras

Sinônimos, Antônimos, Polissemia

Homônimos - Homônimos Perfeitos

ParônimosESTILÍSTICA

DEFINIÇÃO

A Estilística estuda os processos de manipulação da linguagem que permitem aquem fala ou escreve sugerir conteúdos emotivos e intuitivos por meio das

 palavras. Além disso, estabelece princípios capazes de explicar as escolhas particulares feitas por indivíduos e grupos sociais no que se refere ao uso da língua.

ÍNDICEDenotação e Conotação

 

Figuras de Linguagem

Sobre as Figuras de Linguagem / Classificação das Figuras deLinguagem / Figuras de Palavras I: Metáfora

Figuras de Palavras II: Metonímia

Figuras de Palavras III: Catacrese, Perífrase, Sinestesia

Figuras de Pensamento I: Antítese, Paradoxo, Eufemismo

Figuras de Pensamento II: Ironia, Hipérbole, Prosopopeia ouPersonificação

Figuras de Pensamento III: Apóstrofe, Gradação

Figuras de Construção ou Sintáticas I: Elipse, Zeugma, Silepse

Figuras de Construção ou Sintáticas II: Polissíndeto / Assíndeto,Pleonasmo, Anáfora, Anacoluto, Hipérbato / Inversão

Figuras de Som: Aliteração, Assonância, Onomatopeia

 

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Vícios de Linguagem

Vícios de Linguagem I: Pleonasmo Vicioso, Barbarismo, Solecismo

Vícios de Linguagem II: Ambiguidade, Cacofonia, Eco, Hiato, Colisão

 

Funções da Linguagem

Funções da Linguagem I: Função Referencial ou Denotativa, FunçãoExpressiva ou Emotiva, Função Apelativa ou Conativa

Funções da Linguagem II: Função Poética, Função Fática, FunçãoMetalinguísticaRedação

Dominar a arte da escrita é um trabalho que exige prática e dedicação. Nãoexistem fórmulas mágicas: o exercício contínuo, aliado à leitura de bonsautores, e a reflexão são indispensáveis para a criação de bons textos. Nestaseção, serão apontadas algumas características que você deverá observar na

 produção de seus textos. Desejamos que as dicas apresentadas sejam bastante

úteis a você.Ler, escrever e pensar 

Saber escrever pressupõe, antes de mais nada, saber ler e pensar. O

 pensamento é expresso por palavras, que são registradas na escrita, que por suavez é interpretada pela leitura. Como essas atividades estão intimamenterelacionadas, podemos concluir que quem não pensa (ou pensa mal), nãoescreve (ou escreve mal); quem não lê (ou lê mal) não escreve (ou escrevemal).

Ler, portanto, é fundamental para escrever. Mas não basta ler, é precisoentender o que se lê. Entender significa ir além do simples significado das

 palavras que aparecem no texto. É preciso, também, compreender o sentidodas frases, para que se alcance uma das finalidades da leitura: a compreensãode ideias e, num segundo momento, os recursos utilizados pelo autor naelaboração do texto.

Apesar do grande poder dos meios eletrônicos, a leitura é ainda uma dasformas mais ricas de informação, pois grande parte do conhecimento nos é

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apresentado sob forma de linguagem escrita.

Lembre-se: estar bem informado é uma das normas mais importantes paraquem quer escrever bem.

A Redação no Vestibular

Em vestibulares e concursos, a prova de Redação é um grande fator deeliminação. Através dela, as instituições têm um indicador mais concreto daformação do aluno, diferentemente das questões de múltipla escolha.

Geralmente, exige-se que o candidato produza um texto dissertativo. Emmenor proporção, podem ser solicitados ainda textos narrativos ou descritivos.Conheça as características de cada um desses textos:

1 - DISSERTAÇÃO: dissertar significa “falar sobre”. É o texto em que seexpõem ideias, seguidas de argumentos que as comprovem. Na dissertação,você deve revelar sua opinião a respeito do assunto.

2 - DESCRIÇÃO: texto em que se indicam as características de umdeterminado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Na descrição, você deveresponder à pergunta: Como a coisa (lugar / pessoa) é? É importante tentar usar os mais variados sentidos: fale do aroma, dos cheiros, das cores, dassensações, de tudo que envolve a realidade a ser descrita.

3 - NARRAÇÃO: texto em que se contam fatos ocorridos em determinadotempo e lugar, envolvendo personagens. Lembre-se: você deve “narrar aação”, respondendo à pergunta: O que aconteceu?

Dissertação - Estrutura

1ª parte: Introdução

 No primeiro parágrafo, o autor apresenta o tema que será abordado.Dica: anuncie claramente o tema sobre o qual você escreverá e as delimitações

 propostas.

2ª parte: Desenvolvimento

 Nos parágrafos subsequentes (geralmente dois), o autor apresenta uma série deargumentos ordenados logicamente, a fim de convencer o leitor.

Dica: argumente, discuta, exponha suas ideias, prove o que você pensa.

3ª parte: Conclusão

 No último parágrafo, o autor "amarra" as ideias e procura transmitir uma

mensagem ao leitor.

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Dica: conclua de maneira clara, simples, coerente, confirmando o que foiexposto no desenvolvimento.

Atenção:

A dissertação deve obedecer à extensão mínima indicada na proposta, a qualcostuma ser de 25 a 30 linhas, considerando letra de tamanho regular.Inicialmente, utilize a folha de rascunho e, depois, passe a limpo na folha deredação, sem rasuras e com letra legível. Utilize caneta; lápis, apenas norascunho.

Planejando a Dissertação I

Quando você deseja ir a algum lugar ao qual nunca foi, você costuma, mesmoque mentalmente, elaborar um roteiro. Afinal de contas, você sabe que, casonão se planeje, correrá o risco de ficar rodando à toa e não chegar ao destino,e, se chegar, terá perdido mais tempo que o previsto.

Ao elaborarmos uma redação, não é diferente: se não tivermos um plano ouum roteiro previamente preparados, corremos o risco de ficar dando voltas emtorno do tema, não chegando a lugar nenhum. Por isso, antes de escrever suaredação, é preciso planejá-la bem, procurando elaborar um esquema. Mas

cuidado, não confunda esquema com rascunho! Esquema é um guia queestabelecemos para ser seguido, no qual colocamos em frases sucintas (oumesmo palavras) o roteiro para a elaboração do texto. No rascunho, por outrolado, damos forma à redação, pois nele as ideias colocadas no esquema passama ser redigidas, tomando a forma de frases que aos poucos se transformam emum texto coerente.

O primeiro passo para a elaboração do esquema é ter entendido o tema, pois denada adiantará um ótimo esquema se ele não estiver adequado ao tema

 proposto. Em seguida, você poderá dividir seu esquema nas três partes básicas- introdução, desenvolvimento e conclusão. Na Introdução, é necessárioinformar a tese que você irá defender. No Desenvolvimento, escreva palavras

capazes de resumir os argumentos que você apresentará para sustentar suatese. Na Conclusão, escreva palavras que representem sua ideia final.

Atenção: quando você estiver fazendo o esquema do desenvolvimento,surgirão inúmeras ideias. Registre-as todas, mesmo que mais tarde você nãovenha a utilizá-las. Essas ideias normalmente vêm sem ordem alguma; por isso, mais tarde, é preciso ordená-las, selecionando as melhores e colocando-asem ordem de importância. Esse processo é conhecido como hierarquizaçãodas ideias.

Veja a seguir, um exemplo de esquema com as ideias já hierarquizadas:

Tema: Pena de morte: você é contra ou a favor?

Introdução:

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contra - não resolve

Desenvolvimento:

1º parágrafo: direito à vida - religião

2º parágrafo: outros países - Estados Unidos

Conclusão:

ineficaz; solução: erradicação da miséria

Feito o esquema, é só segui-lo passo a passo, transformando as palavras emfrases, dando forma à sua redação.

Planejando a Dissertação II

Veja a seguir outro tipo de roteiro. Siga os passos:1) Interrogue o tema;2) Responda-o de acordo com a sua opinião;3) Apresente um argumento básico;4) Apresente argumentos auxiliares;5) Apresente um fato-exemplo;6) Conclua.

Vamos supor que o tema de redação proposto seja: Nenhum homem vivesozinho. Tente seguir o roteiro:

1. Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum homem vive sozinho?

2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordandoou discordando (ou concordando em parte e discordando em parte): essaresposta é o seu ponto de vista.

3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo,uma razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal .

4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu pontode vista, a fundamentar sua posição. Estes serão os argumentos auxiliares.

5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que

você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica,social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo ecoerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo geralmente dá força eclareza à argumentação. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferenciando-odos demais.

6. A partir desses elementos, você terá o rascunho de sua redação.

 

Dicas para fazer uma boa redação

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Atualmente, a prova de redação é um diferencial importante na classificação em concursos. Paragarantir um bom resultado em seus textos, não deixe de ler as dicas queselecionamos.

SIMPLICIDADE

Use palavras conhecidas e adequadas. Para ter um bom domínio do texto, prefira frases curtas. Cuidado para não mudar de assunto de repente. Conduzao leitor de maneira leve pela linha de argumentação.

CLAREZA

O segredo está em não deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que você quer dizer. Evidencie todo o conteúdo da sua escrita. Lembre-se: você está comunicando a sua opinião, falando de suas ideias, narrando umfato. O mais importante é fazer-se entender.

OBJETIVIDADE

Você tem que expressar o máximo de conteúdo com o menor número de palavras possíveis. Por isso, não repita ideias, não use palavras emexcesso buscando aumentar o número de linhas. Concentre-se no que érealmente necessário para o texto.

UNIDADE

 Não esqueça, o texto deve ter unidade, por mais longo que seja. Você devetraçar uma linha coerente do começo ao final do texto. Não pode perder devista essa trajetória. Por isso, muita atenção no que escreve para não se perder e fugir do assunto. Eliminar o desnecessário é um dos caminhos para não se

 perder.

COERÊNCIA

A coerência entre todas as partes do texto é fator primordial para a boa escrita.É necessário que as partes formem um todo. Estabeleça uma ordem para queas ideias se completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre ascausas e as consequências.

ORDEM

Obedecer uma ordem cronológica é uma maneira de acertar sempre, apesar denão ser criativa. Nesta linha, parta do geral para o particular, do objetivo para osubjetivo, do concreto para o abstrato. Use figuras de linguagem para que otexto fique interessante. As metáforas também enriquecem a redação.

ÊNFASE

Procure chamar a atenção para o assunto com palavras fortes, cheias designificado, principalmente no início da narrativa. Use o mesmo recurso paradestacar trechos importantes. Uma boa conclusão é essencial para mostrar a

importância do assunto escolhido. Remeter o leitor à ideia inicial é uma boamaneira de fechar o texto.

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LEIA E RELEIA

Lembre-se, é fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Mesmocom todos os cuidados, pode ser que você não consiga se expressar de formaclara e concisa. A pressa pode atrapalhar. Com calma, verifique se os períodosnão ficaram longos, obscuros. Veja se você não repetiu palavras e ideias. Àmedida que você relê o texto, essas falhas aparecem, inclusive, erros deortografia e acentuação. Não se apegue ao escrito. Refaça, se for preciso.

Redação de Sucesso - Os Dez Mandamentos

1) Pense no que você quer dizer e diga da forma mais simples. Procure ser direto (conciso) na construção das sentenças.

2) Use a voz ativa, evite a passiva. Evite termos estrangeiros e jargões.

3) Evite o uso excessivo de advérbios. Tome cuidado com a gramática.

4) Tente fazer com que os diálogos escritos (em caso de narração) pareçamuma conversa. O uso do gerúndio empobrece o texto. Exemplo: Entendendodessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor, ficandomais claro...

5) Evite o uso excessivo do "que". Essa armadilha produz períodos longos.Prefira frases curtas.Exemplo: O fato de que o homem que seja inteligentetenha que entender os erros dos outros e perdoá-los não parece que seja certo.Adjetivos que não informam também são dispensáveis. Por exemplo: luxuosamansão (Toda mansão é luxuosa!).

6) Evite clichês (lugares comuns) e frases feitas. Exemplos: "fazer das tripascoração", "encerrar com chave de ouro", “silêncio mortal", "calorososaplausos".

7) Verbo "fazer", no sentido de tempo, não é usado no plural. É erradoescrever: "Fazem alguns anos que não viajo". O certo é “Faz alguns anos quenão viajo”.

8) Cuidado com redundâncias. É errado escrever, por exemplo: "Há cinco anosatrás". Corte o "há" ou dispense o "atrás". A forma correta é “Há cinco anos...”9) A leitura intensiva facilita o uso da vírgula corretamente. Leia muito, leiasempre!

10) Nas citações: use aspas, coloque vírgula e um verbo seguido do nome dequem disse ou escreveu o que está sendo citado. Exemplo: “O que é escritosem esforço é geralmente lido sem prazer.”, disse Samuel Johnson.

Avaliação da Redação - Os Cinco Pecados Capitais

5/8/2018 PORTUGUES - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/portugues-559bf4308d1b8 194/194

 

Veja os equívocos apontados por organizadores de concursos e vestibularescomo os mais cometidos pelos candidatos.

1) Ordenação das ideiasA falta de ordenação é um erro comum e indica, segundo os organizadores devestibulares, que o candidato não tem o hábito de escrever. O texto fica semencadeamento e, às vezes, incompreensível, partindo de uma ideia para outrasem critério, sem ligação.

2) Coerência e coesãoEm muitas redações, fica evidente a falta de coerência: o candidato apresentaum argumento para contradizê-lo mais adiante. Já a redundância denuncia

outro erro bastante comum: falta de coesão. O candidato fica dando voltas numassunto, sem acrescentar dado novo. É típico de quem não tem informaçãosuficiente para compor o texto.

3) InadequaçãoA inadequação é um tipo de erro capaz de aparecer inclusive em redaçõescorretas na gramática e ortografia e coerentes na estrutura. Nesse caso, oscandidatos costumam fugir ao tema proposto, escolhendo outro argumento,com o qual tenham maior afinidade. O distanciamento do assunto pode custar 

 pontos importantes na avaliação.

4) Estrutura dos parágrafos

Muitos dos candidatos têm demonstrado dificuldade em separar o texto em parágrafos. Sem a definição de uma ideia em cada parágrafo, a redação ficamal-estruturada. Um erro muito comum, nesse caso, é cortar a ideia em um

 parágrafo para concluí-la no seguinte. Ou, então, deixar o pensamento semconclusão.

5) Estrutura das frasesErros de concordância nos tempos verbais, fragmentação da frase, separandosujeito de predicado, utilização incorreta de verbos no gerúndio e particípiosão algumas das falhas mais comuns nas redações. Esses erros comprometem aestrutura das frases e prejudicam a compreensão do texto.