projeto polÍtico-pedagÓgico: uma construÇÃo … · divina santa de souza qpm professora...
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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: UMA CONSTRUÇÃOCOLETIVA NO ÂMBITO ESCOLAR
CIANORTE2010
Agradecimento Especial
A todos os envolvidos no processo educativo deste Estabelecimento de Ensino, à Equipe Pedagógica do NRE, que colaboraram de forma direta ou indireta para a construção do nosso projeto político-pedagógico em prol de uma educação de qualidade.
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 4
Ensino Fundamental e Médio ................................................................................ 5
JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 6
OBJETIVOS .............................................................................................................. 7
Objetivo geral ....................................................................................................... 7
Objetivo específico .............................................................................................. 7
PERFIL E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA .......................................................... 8
Ensino Fundamental e Médio ................................................................................ 9
MARCO SITUACIONAL ......................................................................................... 11
Ensino Fundamental e Médio .............................................................................. 12
MARCO CONCEITUAL .......................................................................................... 36
Concepção de sociedade .................................................................................. 38
Concepção de homem ...................................................................................... 40
Concepção de educação ................................................................................... 41
Concepção de escola ........................................................................................ 42
Concepção de conhecimento e currículo ....................................................... 43
Concepção de ensino-aprendizagem .............................................................. 44
Ensino Fundamental e Médio .............................................................................. 38
Inclusão ............................................................................................................... 46
Concepção de avaliação ................................................................................... 48
Concepção de gestão democrática ................................................................. 49
Órgãos colegiados ............................................................................................. 51
MARCO OPERACIONAL ....................................................................................... 54
Ensino Fundamental e Médio .............................................................................. 56
Avaliação Institucional do Projeto Político-Pedagógico .................................. 61
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Ensino Fundamental e Médio .............................................................................. 61
Considerações Finais ........................................................................................... 63
Ensino Fundamental e Médio .............................................................................. 63
Referências ............................................................................................................ 64
Ensino Fundamental e Médio .............................................................................. 64
“ATA DO CONSELHO ESCOLAR COLÉGIO ESTADUAL “D. BOSCO” ........... 67
Ensino Fundamental e Médio .............................................................................. 68
4
APRESENTAÇÃO
O documento em questão refere-se ao Projeto Político-Pedagógico – PPP
do Colégio Estadual “D.Bosco” – Ensino Fundamental e Médio. Para uma melhor
compreensão da proposta pedagógica de trabalho, faz-se necessário ressaltar a
importância e a necessidade desse Projeto na instituição escolar.
O termo projeto tem como significado buscar um rumo, uma direção. É uma
ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido
coletivamente. Portanto, todo projeto pedagógico da escola é também um projeto
político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de
sociedade. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as
características necessárias às escolas a fim de que cumpram seus propósitos e
sua intencionalidade, que é a formação do cidadão participativo, responsável,
consciente, crítico e criativo ( Veiga, 2005).
É de fundamental importância a discussão e a realização do PPP, pois ele
constitui-se num dos instrumentos básicos na constituição da escola pública de
qualidade que almejamos. Portanto, deve ser considerado como um processo
permanente de reflexão e discussão dos problemas ou necessidades da escola,
na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade (Veiga,
2005). Diante disso, o fazer pedagógico torna-se consistente, à medida que
assumi um Projeto Político-Pedagógico construído coletivamente, a partir da
reflexão sobre a prática, com o objetivo de tornar a escola um espaço de
democratização do ensino, atendendo a todos com qualidade.
Portanto, o PPP deste Estabelecimento de Ensino está subdividido em três
principais momentos distintos, porém interdependentes, a saber: marco
situacional, marco conceitual e marco operacional, apresentados em uma
estrutura textual reverenciada pela dinâmica do processo de construção coletiva.
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JUSTIFICATIVA
A educação é um processo que se desenvolve em tempo e espaço
dinâmicos e sofre transformação constante, sendo determinada pela sociedade,
assim, ela como instrumento importante, também pode interferir e contribuir no
processo de transformação da sociedade. (Saviani, 2002).
A escola, como instituição cujo papel consiste na socialização do saber
sistematizado, não pode viver afastada da sociedade, deve ter claro que ela lida
com aluno concreto e determinado ideologicamente e a ele cabe transformar.
(Saviani, 2003). Percebe-se que as escolas, nos últimos tempos, passam por
mudanças, rumo a novos caminhos, valorizando uma prática coletiva, sendo
necessário resgatar a sua importância e reorganizar o trabalho educativo no
âmbito escolar, apropriando-se de metodologias e recursos que contribuem para
tornar o aluno capaz de tomar decisões, ser autônomo, ativo e crítico na
sociedade.
Nesse contexto, a escola passa a ser espaço de mediação, sendo esta
realizada pelos profissionais que nela atuam, por meio do processo de
transmissão-assimilação do conhecimento acumulado historicamente pela
humanidade, fazendo com que o aluno vivencie o caráter dialético da construção
do conhecimento (VASCONCELLOS, 1994).
Partindo desses pressupostos, é que compreendemos a importância e a
necessidade deste Projeto Político-Pedagógico, capaz de resgatar e valorizar o
papel social e político no âmbito escolar. Assim, faz-se necessário a retomada da
análise e reconstrução do referido projeto constantemente, sendo construído e
executado por todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, onde todos
são construtores/autores especiais de um trabalho coletivo.
OBJETIVOS
Objetivo geral
- Desenvolver uma proposta de trabalho de ação conjunta na escola,
solidificando por meio desta, uma consciência coletiva, superando o saber
fragmentado e individualista, levando a uma pratica pedagógica interativa,
tornando a escola mais democrática, promovendo um espaço de diálogo, de
inovação, crítico e participativo.
Objetivo específico
- Criar condições para um bom encaminhamento do conteúdo, como também
da própria organização escolar;
- Tornar o conhecimento significativo, possibilitando ao aluno compreender e
transformar a realidade, contribuindo para que o educando conquiste os seus
direitos como cidadão;
- Resgatar o papel da práxis pedagógica, entendida como prática-teoria-prática,
dentro da concepção de educação histórico-crítica;
- Organizar a capacitação e formação continuada dos profissionais da
educação, seja ela oferecida pela SEED ou por este Estabelecimento;
- Oportunizar a apropriação ativa e crítica do conhecimento científico
historicamente produzido e acumulado pela humanidade, tendo como
pressuposto a concepção de que o conteúdo/conhecimento/realidade possa
propiciar uma aprendizagem significativa.
PERFIL E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA
1- DADOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Nome da Instituição de Ensino: Colégio Estadual “D. Bosco” – Ensino
Fundamental e Médio
Município: Cianorte NRE: Cianorte
Endereço da Escola: Rua Piquiri, nº 283
E-mail: [email protected]
Telefone: (44) 3631- 5947
Nome da Diretora: Isanete Maria de Souza Gonçalves
Nome dos membros do Conselho Escolar e sua respectiva representação:
Presidente: Isanete Maria de Souza Gonçalves
Representantes da Equipe Pedagógica: Zilma Lehmckuhl de Lima e Célia
Regina Alviano Pialarissi PanucciRepresentantes da Equipe Docente: Lúcio Roberto Vaisvila e Maria Inez
MendonçaRepresentantes da Equipe Administrativa: Marta Gavioli Melo e Donizeth
Aparecida FerrasaRepresentantes da Equipe Auxiliar Operacional: Iracema Gonçalves Cândido e
Suelene Alves de OliveiraRepresentante dos Discentes: William Pereira da SilvaRepresentante dos Pais ou Responsáveis: Valdemir João Albanês e Márcio
SartoriRepresentantes do Grêmio Estudantil: Ruan Henrique Gaspar BrancoRepresentantes da APMF: Marlene Aparecida Marques Branco
1.2 Localização
( ) área urbana
( ) área rural
(X) área urbana periférica
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1.3 Nível e modalidade de ensino ministrado na escola
( ) educação pré- escolar ( ) educação especial
( ) ensino fundamental - 1° ao 5° ano (X) ensino médio
( ) ensino fundamenta l- 6° ao 9° ano ( ) alfabetização de adultos
( ) ensino fundamental - 1° ao 9º ano ( ) EJA – fase I
( ) ensino fundamental - 1ª a 4ª série ( ) EJA – fase II
(X) ensino fundamental - 5ª a 8ª série ( ) EJA – Ensino Médio
( ) ensino fundamental – 1ª a 8ª série ( ) ensino profissional
1.4 Estrutura Curricular
(X) Disciplinas Anuais – Ensino Fundamental
( ) Disciplinas Anuais – Ensino Fundamental e Médio
(X) Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais
( ) Coletiva e Individual, no Ensino Fundamental - Fase II, e no Ensino Médio
2- ATOS E PARECERES
2.1- Ato Administrativo que aprova o Regimento Escolar: nº 148/2007
2.2- Parecer Conjunto que aprova o Regimento Escolar: nº 102/2007
2.3- Parecer que aprova a Proposta Pedagógica Curricular: nº 131/2010
2.4- Parecer que aprova o Plano de Estágio Não-Obrigatório: nº 25/2010
2.5- Ato Administrativo que aprova o Conselho Escolar: nº 035/2009
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2.6- Ato Administrativo que aprova o Adendo Regimental de Alteração e
Acréscimo Referente a Oferta do Ensino Médio por Blocos de Disciplinas
Semestrais: nº 205/2009
2.7- Parecer que aprova o Adendo Regimental de Alteração e Acréscimo
Referente à Oferta do Ensino Médio por Blocos: nº 128/2009
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MARCO SITUACIONAL
Este Estabelecimento de Ensino, denominado Colégio Estadual “D.Bosco”
– Ensino Fundamental e Médio, está localizado à Rua Piquiri, nº283, Zona 3, no
Município de Cianorte – Paraná. É mantido pelo poder público e administrado pela
Secretaria de Estado da Educação, nos termos da Legislação em vigor e regido
pelo Regimento Escolar.
A partir da Resolução 3120/98 que altera a nomenclatura dos
Estabelecimentos de Ensino, este Estabelecimento, passou a ser denominado de
Colégio Estadual "D. Bosco" - Ensino Fundamental e Médio.
Em 2007, por meio da Resolução 1073/07, ficou autorizada a Renovação
de Reconhecimento do Ensino Fundamental, e através da Resolução 155/07,
Diário Oficial do Estado de 26/02/2007 a Resolução de Reconhecimento do
Ensino Médio, deste Estabelecimento de Ensino.
Quadro 1 – Profissionais da Educação (Direção e Direção Auxiliar)
Nome Vínculo Função FormaçãoIsanete Maria de Souza
Gonçalves
QPM Direção Pós-graduação em
Linguistica Aplicada
ao Ensino de
Língua Portuguesa.Melissa Santana Nestório Pizani QPM Direção
Auxiliar
Pós-graduação em
Teoria da Literatura
e Literatura de
Língua Portuguesa
Jovem.
Quadro 2 – Profissionais da Educação (Equipe Pedagógica)
Nome Vínculo Função FormaçãoCélia Regina Alviano Pialarissi
Panucci
QPM Pedagoga Pós-graduação em
Psicopedagogia
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Institucional.Claudio Madureira de Andrade QPM Pedagogo Pós-graduação em
Pedagogia Escolar. Elisangela Célio QPM Pedagoga Pós-graduação em
Gestão Escolar
Zilma Lehmckuhl de Lima QPM Pedagoga Mestre em Ciências
da Educação
Quadro 3 – Profissionais da Educação (Professores)
Nome Vínculo Função FormaçãoAdriano Ferrarini Rodrigues QPM Professor Graduação em
Educação Física.Alair Braguini Junior PSS Professor Pós-graduação em
Educação. Afonso Celso Abrão Junior PSS Professor Pós-graduação em
Educação Física.Angela Fabiani Travain Luiz PSS Professora Pós-graduação em
Educação de
Matemática.Autair José Vieira PSS Professor Pós-graduação em
Artes (Fotografia).Aparecida Violada Pereira PSS Professora Pós-graduação em
Língua Portuguesa
Metodologia do
Ensino.Ana Caroline Rodrigues PSS Professora Pós-graduação em
História e
SociedadeBruna da Graça Martins PSS Professora Pós-graduação em
Gestão Ambiental.Cimara Sarabia Gaspar PSS Professora Pós-graduação em
Língua Portuguesa
e Literatura.
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Daniele Romana Gomes
Fernandes
PSS Professora Pós-graduação em
Educação Especial. Denise Pereira Valle QPM Professora Graduação em
letras.Divina Santa de Souza QPM Professora Graduação em
Ciências
Biológicas.Edlaine Santiago Berto PSS Professora Pós-graduação em
Educação Especial.Edvaine Garcia QPM Professor Graduação em
Geografia.Elaine Cristina Malaquias PSS Professora Graduação em
Física e
Matemática.Elessandra Mara Pinatti PSS Professora Pós-graduação em
Botânica Aplicada
em Plantas
Medicinais. Elisabete Paula Carrilho QPM Professora Graduação em
História.Embelina Francischini Paulino QPM Professora Pós-graduação em
Didática e
Metodologia de
Ensino.Enivaldo Nardelli PSS Professor Graduado em
História.Eunice A. Pereira Motta Mori PSS Professora Graduada em
Educação FísicaFlávia Martins Lima PSS Professora Pós-graduação em
microbiologia.Gisele Cristina de Araújo QPM Professora Pós-graduação em
Educação Especial.Irlanes Sandaniel Mattar PSS Professora Pós-graduação em
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Gestão Escolar.Isabel Cristina Rodrigues PSS Professora Graduação em
Geografia.Isabel Lopes Tavares Rudinik QPM Professora Graduação em
Matemática;
Ciências e Física.José Edgar de Araújo PSS Professor Graduação em
Educação Física.José Sidnei Dantas QPM Professor Pós-graduação em
Língua Portuguesa
e Mestre em
Teologia.Juliano Tharso Trindade PSS Professor Pós-graduação em
Técnicas de Vôlei.Kátia A. de Araújo Gotardi PSS Professora Pós-graduação em
Ciências
Biológicas.Leila Carla dos Santos QPM Professora Pós-graduação em
Educação da
Matemática.Lourdes Helena Leandro Botter QPM Professora Pós-graduação em
Língua Portuguesa
e Espanhola.Lourdes Rodrigues do N. Facina PSS Professora Graduação em
Teologia.Lucio Roberto Vasvila QPM Professor Pós-graduação em
Educação de
Jovens e Adultos.Magda Berdusco Goes PSS Professora Pós-graduação em
Leitura e Produção
de Texto.Marcos Alberto de Lima
Fernandes
QPM Professor Pós-graduação em
Ensino da
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Matemática.
Maria Aparecida de Oliveira
Campiolo
QPM Professora Pós-graduação em
Formação
Sócioeconômica e
Política do Brasil. Maria de Fátima R. B. da Graça QPM Professora Graduação em
Educação Física.Maria Inês de Mendonça QPM Professora Pós-graduação em
Formação
Sócioeconômica e
Política do Brasil. Mirna Aparecida de Oliveira Rosa PSS Professora Graduação em
Letras.Moacyr Carvalho Belafonte QPM Professor Pós-graduação em
Educação da
Matemática.Nadir Leandro de Souza QPM Professora Graduação em
Geografia.Nilma Rodrigues Antonio PSS Professora Pós-graduação em
Didática e
Metodologia de
Ensino.Osni Dias de Andrade SCO2 Professor Graduação
Bacharel em
Teologia.Ossélia Ioni Viola Dreher QPM Professora Pós-graduação em
Artes; Artes
Aplicada; Educação
Especial e Arte e
Educação.Rogério Miranda Prado QPM Professor Pós-graduação em
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Linguistica
Aplicada.Rosangela M. de Paula Menarim QPM Professora Pós-graduação em
Planejamento
Educacional.Roseli Aparecida Juliani Moreira QPM Professora Pós-graduação em
Língua Portuguesa-
Descrição e Ensino.Rosilene Gonçalves Ardengui PSS Professora Pós-graduação em
Gestão Escolar.Sandra Aparecida de Almeida
Silva
PSS Professora Graduação em
Matemática.Sandra Miniela Walfredo SCO2 Professora Graduação em
Letras.Solange Mezavilla Fontes PSS Professora Graduação em
Geografia.Sônia Dezanet Bortolotto QPM Professora Pós-graduação
Orientação,
Supervisão e
Gestão Escolar e
Matemática.Stallone dos Santos Ribeiro PSS Professor Graduação em
Geografia.Vanda M. C. M. D. Vilar QPM Professora Pós-graduação em
Meio Ambiente.Vera Lucia Barreiras Kochen SCO2 Professora Pós-graduação em
Metodologia do
Ensino da Língua
Inglesa.Vera Lucia Rocco Francisco PSS Professora Pós-graduação em
Educação da
Matemática.Wania Cristiane Lawin Carreira QPM Professora Graduação em
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Ciências
Biológicas.Zoraide Maesta QPM Professora Pós-graduação em
História Econômica
e Educação de
Jovens e Adultos.
Quadro 4 – Educadores não-docentes (Agentes Educacionais)
Nome Vínculo Função FormaçãoAldo Ferraz Garcia QFFB Agente Ed. I Ensino Médio
CompletoDonizeth Aparecida Ferrassa QFEB Agente Ed. II Ensino Médio
CompletoGiovana Zanardi Reginato QFEB Técnico Adm. Tecnologia em
Gestão
Estratégica de
OrganizaçõesHelena Maria Bessani QFEB Serviços
Gerais
Ensino Médio
CompletoInauda Maria G. dos Reis QFEB Agente Ed. II Pós-Graduação
em InclusãoIracia Aparecida de Freitas PSS Serviços
Gerais
Ensino Médio
CompletoIracema G. Candido QFEB Agente Ed. I Ensino Médio
CompletoMaria Aparecida Artuzi de Souza QFEB Agente Ed. I Ensino
Fundamental
IncompletoMarta Gavioli Melo QPPE Técnico
Administrativa
Pós-graduação
em Supervisão;
Orientação e
Administração
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Maykon Luiz Cavalcante QFEB Técnico
Administrativa
Graduação em
EstatísticaSuelene Alves Costa CLT Serviços
Gerais
Ensino
Fundamental
CompletoVanderlei Machado QFEB Serviços
Gerais
Ensino Médio
Completo
Conforme os quadros expostos acima, constatamos que neste
Estabelecimento de Ensino, o quadro de funcionários está composto por 76
(setenta e seis) pessoas, estando assim distribuídos: 60 (sessenta) professores
das disciplinas afins; 04 (quatro) professores pedagogos e 12 (doze) Educadores
não docentes (Agentes Educacionais). Sendo 32 (trinta e dois) Quadro Próprio do
Magistério (QPM); 03 (três) do vínculo Professores QPM com aulas
extraordinárias (SCO2); 30 (trinta) do vínculo do Processo de Seleção
Simplificada (PSS); 10 (dez) do vínculo Quadro de Funcionários da Educação
Básica (QFEB), e 01 (um) do vínculo Professor e/ou Funcionário Contratado pelo
Regime CLT Consolidação das Leis Trabalhistas.
Desses, 02 (dois) profissional possui título de mestre em sua área de
formação; 42 (quarenta e dois) profissionais com pós-graduação em sua área de
formação e 20 (vinte) profissionais com ensino superior em sua área de formação.
O quadro de Agentes Educacionais está composto por 12 (doze) funcionários,
dentre os quais 03 (três) possui pós-graduação; 02 (dois) possui ensino superior,
06 (seis) possui Ensino Médio e 01 (um) possui Ensino Fundamental.
Ter quadros de profissionais como este, em que a maioria dos profissionais
da educação deste Estabelecimento de Ensino obtiveram vínculo empregatício
por meio de concurso público, o que os tornam estáveis, contribui para o trabalho
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pedagógico da escola, visto que conseguimos planejar e trabalhar em um ano
letivo com a possibilidade de continuidade do trabalho em anos posteriores.
Os Professores QPM (Quadro Próprio do Magistério), PSS (Processo de
Seleção Simplificada) e Professores QPM com aulas extraordinárias (SCO2),
participam das Capacitações nas Semanas Pedagógicas do 1º e 2º semestre,
assim como os educadores não docentes. Alguns professores participam de
grupos de estudos por área aos sábados, realizam GTR (Grupo de Trabalho em
Rede) e participam das demais programações de formação continuada oferecidas
pela SEED. Temos também alguns professores que já participam do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE).
Este Estabelecimento de Ensino oferta o Ensino Fundamental (5ª a 8ª
séries) e o Ensino Médio por série organizado em dois Blocos de Disciplinas
Semestrais. Atendendo em média 646 (seiscentos e quarenta e seis) alunos, em
vinte e duas turmas, distribuídas nos turnos matutino, vespertino e noturno. No
período matutino, temos seis turmas no Ensino Fundamental e quatro no Ensino
Médio; no período da tarde, temos oito turmas no Ensino Fundamental; no
período noturno, temos quatro turmas no ensino Médio e uma turma do CELEM,
onde ofertamos o Curso de Língua Estrangeira – espanhol, no período noturno.
A elaboração deste marco situacional tem por objetivo identificar os dados
estatísticos sobre a aprendizagem, as dificuldades e algumas mudanças adotadas
para melhorar de forma significativa o quadro da evasão e repetência no âmbito
deste Estabelecimento de Ensino.
Portanto, neste marco, aponta-se a importância e a necessidade de um
estudo, de uma reflexão e de uma sistematização sobre os problemas reais
existentes, e a organização do trabalho pedagógico neste Estabelecimento de
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Ensino, considerando: a aprendizagem (análise dos dados estatísticos deste
Colégio), a formação inicial e continuada de professores e funcionários, a
organização do tempo e do espaço, equipamentos físicos e pedagógicos,
relações de trabalho, participação dos pais, inclusão social, hora atividade,
Estágio não obrigatório, agenda 21 escolar, bem como a inserção dos conteúdos
de História e Cultura Afro-Brasileira, Cultura Indígena, Educação do Campo e
Gênero e Diversidade Sexual no currículo deste Estabelecimento.
O ponto de partida de qualquer reflexão sobre a questão pedagógica deve
ser sempre a situação real da escola. Utilizamos como instrumentos de coletas de
dados gráficos realizados a partir do desenvolvimento do trabalho pedagógico
relacionado ao processo ensino-aprendizagem, reuniões de estudos com alunos,
pais, funcionários e professores, textos de diversos autores e educadores.
Verifica-se que o trabalho pedagógico neste colégio passou por mudanças
em busca de novos caminhos, superando as práticas autoritárias e
centralizadoras do trabalho fragmentado e individualista, para uma prática
coletiva, visando à interação entre o ensinar e o aprender. Porém, acredita-se que
há muito o que prosperar, buscando uma maior fundamentação teórica da
educação por parte dos profissionais e desta forma repercutindo no processo
educativo, para isso, busca-se a formação constante de todos os professores e
funcionários.
Diante disso, a formação inicial e continuada é de fundamental importância
para os profissionais envolvidos e comprometidos com a educação, pelo fato de
oportunizar a estes o conhecimento e a interação uns com os outros. Desta
forma, há que propiciar situações de formação da prática educacional no interior
do próprio Colégio, oferecendo condições para reflexão sobre as diferentes áreas
do conhecimento, embasando cientificamente a prática pedagógica.
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Um dos principais desafios deste Estabelecimento de Ensino é fazer com
que os alunos nele permaneçam e consigam concluir os níveis de ensino em
idade adequada. Procura-se, por meio dos professores, do Conselho de Classe e
dos Representantes de Turmas, estarem atentos aos alunos que apresentam
maior dificuldade no processo de aprendizagem e nos alunos faltosos, atendendo
a estes de forma individual ou em grupo.
Os professores sempre informam à direção e à equipe pedagógica os
alunos faltosos. Os pais são chamados ao Colégio e, dependendo do caso,
entramos em contato com o Conselho Tutelar, por meio da FICA (Ficha de
Comunicação do Aluno ausente). Há um esforço em trazer os evadidos de volta
para a escola, porém, em alguns casos não conseguimos êxito. É propiciado dar
um atendimento especial aos alunos (por meio de trabalhos extraclasse,
incentivos e aconselhamentos diversos) que possuem muitas faltas, justificadas
ou não pelos pais (algumas vezes por atestado médico), aos alunos que
retornaram ao Colégio após terem evadidos, para que suas dificuldades sejam
sanadas.
No que se refere à hora atividade, a mesma é organizada por disciplina,
possibilitando aos professores momentos de estudos, de troca de experiências,
de reflexão sobre a própria prática e planejamento de ações futuras, porém,
encontra-se dificuldades nesta forma de organização, Devido rotatividade de
professores.
Na organização e distribuição de turma, este colégio segue os seguintes
critérios: preferência de matrícula no período da manhã, para os alunos da zona
rural, ordem de chegada por parte dos pais para efetuar a matrícula. Nas séries
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iniciais (5ª e 6ª séries), procura-se formar as referidas turmas com alunos em
idades equivalentes.
Na organização dos conteúdos curriculares, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), de l996, propõe a adequação da escola à vida do
campo. Portanto, para dar uma educação de qualidade aos alunos de famílias
que moram na zona rural, procura-se adequá-los ao horário da manhã
favorecendo o meio de transporte escolar (ônibus). Os resultados dessa tomada
de atitude são positivos, o desempenho desses alunos melhorou muito,
diminuindo os dados de evasão e repetência. Os professores e equipe
pedagógica procuram ficar atentos às faltas e dificuldades destes alunos.
No que se refere à metodologia, com base nos dados levantados, a
metodologia expositiva é a mais utilizada pelo professor. Em seguida, os métodos
de discussão, estudo dirigido, projetos e pesquisas sobre temas relacionados aos
conteúdos são os mais utilizados. São usados também diferentes recursos
pedagógicos como vídeo; aparelho de som; retroprojetor; livros; computadores;
revistas; jornais e outros.
As alterações na legislação de ensino ocorridas com a Lei nº 10639/03,
vêm determinar a inclusão dos conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira no
currículo escolar, em especial nas disciplinas de Arte, Literatura e Histórias
Brasileiras. No entanto, os profissionais da educação precisam estar preparados
para essas abordagens, buscar conhecimentos e saberes.
Atualmente este Estabelecimento de Ensino desenvolverá a agenda
integrada e permanente pela Consciência Negra no Paraná, contemplando ações
planejadas e articuladas pelos professores, Grêmio Estudantil, APMF e Conselho
Escolar, no decorrer do ano letivo, visando à participação e o fortalecimento da
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Equipe multidisciplinar. Portanto, na Agenda Integrada será registrada as
experiências significativas junto à temática da História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana, Cultura Indígena, Educação do Campo e Gênero e Diversidade Sexual,
sendo esta Agenda coordenada pela Equipe Pedagógica deste Estabelecimento
de Ensino e acompanhada pela Equipe Pedagógica do Núcleo Regional de
Educação de Cianorte, vínculo ao Departamento da diversidade.
O Colégio Estadual “D. Bosco” oferece matrícula para a Sala de Recursos
de 5ª a 8ª séries, na área da Deficiência Intelectual, Distúrbios de aprendizagem,
e Síndrome de ASPERGER, ofertada no horário vespertino, com professor
especializado em Educação Especial. O ingresso do aluno nessas salas ocorre
mediante avaliação pedagógica realizada, no contexto escolar, pelos professores
do ensino regular, equipe pedagógica e professor especializado na Educação
Especial. A avaliação pedagógica é registrada em relatório, com indicação dos
procedimentos de intervenção e encaminhamento.
O atendimento da Sala de Recursos se dá individualmente ou em
pequenos grupos, com cronograma preestabelecido, com vista ao progresso
global dos alunos que apresentam dificuldades, com utilização de programações
específicas para cada aluno, observando as áreas do desenvolvimento (cognitiva,
motora, socioafetiva-emocional), métodos, estratégias, atividades diversificadas e
extracurriculares.
O professor da Sala de Recursos, durante a hora atividade, participa das
reuniões pedagógicas com os professores das disciplinas e Equipe Pedagógica,
dos Conselhos de Classe, do planejamento, de elaboração de materiais e do
atendimento aos pais ou responsáveis, e controla a freqüência dos alunos.
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O acompanhamento pedagógico é registrado em relatório semestral
expedito pela SEED e elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente
com a equipe pedagógica, e, professores do ensino regular.
Também, este Estabelecimento de Ensino oferece 01(uma) Sala de Apoio
à Aprendizagem para os alunos da 5ª Série do Ensino Fundamental, do período
vespertino, com dificuldades de aprendizagem no que se refere aos conteúdos de
leitura, escrita e cálculo. O atendimento é realizado por 01(um) professor de
Língua Portuguesa e 01(um) professor de Matemática, com 04(quatro) horas
semanais, cada um, com cronograma definido de atendimento aos alunos, por
disciplina, sendo que o funcionamento desta sala, ocorre no período matutino.
Portanto, essa sala representa uma oportunidade para que os alunos
possam superar as dificuldades de leitura, escrita e cálculo, onde o professor
regente, professor de Sala de Apoio à Aprendizagem e equipe pedagógica,
sempre que necessário estão em contato permanente, com objetivo de melhor
atender as necessidades dos alunos acerca do processo de ensino-
aprendizagem.
São realizadas palestras e reuniões pedagógicas para que os professores
troquem experiências, como também o fornecimento de materiais e de sugestões
de atividades, textos específicos, com objetivo de proporcionar segurança,
conhecimento ou informações, visando o desempenho de um bom trabalho.
Os alunos impossibilitados de freqüentar a escola, com atestado ou lado
médico, são atendidos por meio do Serviço de Atendimento à Rede de
Escolarização Hospitalar e Domiciliar da Secretaria de Estado da Educação
(SAREH) com atendimento educacional.
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A avaliação é efetuada de forma progressiva e contínua. O professor em
sala, deverá observar a resposta do aluno em relação à proposição de sua
disciplina. Deverá considerar a participação do educando nas atividades
propostas, ao mesmo tempo em que fará uma avaliação de seus métodos de
ensino, se está surtindo ou não resultado, buscando sempre a melhoria do
processo ensino-aprendizagem.
Os resultados das avaliações realizadas são discutidos em sala de aula
para que os alunos compreendam suas dificuldades e/ou avanços.
Para efetivar o processo de ensino-aprendizagem são promovidas reuniões
periódicas entre professores e pais, onde são debatidos assuntos pertinentes à
vida escolar do educando. Além disso, a equipe pedagógica tem-se empenhado
em despertar nos alunos a importância e a necessidade do conhecimento. Tem
ainda promovido a formação de grupo de estudo, em turno contrário, no qual os
alunos com facilidade em determinada matéria, possam solucionar dúvidas, em
forma de monitoria, dos alunos em dificuldades de aprendizagem.
No quadro abaixo, apresenta-se as dependências escolares deste
Estabelecimento de Ensino e suas respectivas condições de uso.
Dependências Quantidade Condições de utilização O que está
inadequado?Adequada Inadequada
Diretoria 1 X Espaço físicoSecretaria 1 X Espaço físicoSala de
Professores
1 X Espaço físico
Sala da Equipe
Pedagógica
1 X Espaço físico
Sala de Recursos 1 X Espaço físicoSala de Leitura 0 Inexistente
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ou Sala de ApoioBiblioteca 1 X Espaço físicoSala de TV e
Vídeo
0 Inexistente
Sala de
Informática
1 X
Sala de
Multimeios
0 Inexistente
Sala de Ciências/
laboratório
1 X
Auditório 0 InexistenteSala de Aula 10 XAlmoxarifado 1 X Espaço físicoDepósito Material
Limpeza
1 X Espaço fisico
Despensa 1 X PequenaRefeitório 1 XRecreio Coberto 0 InexistenteQuadra de
Esportes
Descobertas
1 X Piso
Quadra de
Esportes Coberta
1 X
Cozinha 1 XÁrea de Serviço 1 XSanitário dos
Professores e
Funcionários
1 masculino
e 1 feminino
X
Sanitário dos
Alunos
2 X Hidráulica e
PisoVestiário dos
Alunos
0 inexistente
No que se refere à estrutura física, esta escola conta com 10 (dez) salas
de aula, uma biblioteca sob responsabilidade de 01 (um) funcionário do agente
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educacional II, um laboratório de ciências físicas, químicas e biológicas, um
laboratório de informática, uma secretaria, uma sala para a Equipe Pedagógica,
uma sala de direção, uma sala de professores, banheiros masculino e feminino,
refeitório, uma sala para os professores realizarem a hora atividade, cozinha,
despensa, almoxarifado, quadra de esportes, sala de educação física e cantina e
uma sala de recursos.
Além da sala de aula, são utilizados outros espaços escolares: sala de
apoio à aprendizagem, sala de recursos, biblioteca, sala de informática, pátio,
com objetivo de aproximar os alunos do conteúdo que são trabalhados. Os
professores têm desenvolvido atividades pedagógicas nas diferentes áreas do
conhecimento, como recurso útil para desenvolver o processo de ensino
aprendizagem, com o intuito de possibilitar novas formas de utilização do tempo e
do espaço escolares. Também são realizadas excursões, visitas às fábricas,
cinema, participação em eventos culturais (festivais de dança, poesia, arte, etc.).
O desempenho escolar dos alunos deste Estabelecimento de Ensino, no
que se refere: Taxa de aprovação, taxa de reprovação e taxa de abandono dos
dois últimos anos, apresenta os seguintes resultados:
Ensino Fundamental - Ano: 2008
INDICADORES
ANO: 2008ENSINO FUNDAMENTAL5ªSÉRIE 6ªSÉRIE 7ªSÉRIE 8ªSÉRIE GERAL
Taxa de
Aprovação
80% 75% 74% 74% 76%
Taxa de
Reprovação
19% 19% 22% 23% 21%
Taxa de
Abandono
1% 6% 4% 3% 3%
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Disciplina com
maior índice de
reprova
Geografia Língua
Portugue
sa
Matemática Matemática Matemá
tica
Fonte: Livro de Resultados Finais
Ensino Fundamental- Ano: 2009
INDICADOR
ES
ANO: 2009ENSINO FUNDAMENTAL5ªSÉRIE 6ªSÉRIE 7ªSÉRIE 8ªSÉRIE GERAL
Taxa de
Aprovação
84% 75% 75% 72% 77%
Taxa de
Reprovação
13% 19% 17% 24% 18%
Taxa de
Abandono
3% 6% 8% 4% 5%
Disciplina
com maior
índice de
reprova
Ciências Ciências e
Geografia
Matemática
e Inglês
Ciências e
Matemática
Ciências
Fonte: Livro de Resultados Finais.
Ensino Médio- Ano: 2008
INDICADORES
ANO: 2008ENSINO MÉDIO1º ANO 2º ANO 3º ANO GERAL
Taxa de
Aprovação
45% 73% 76% 62%
Taxa de
Reprovação
42% 8% 14% 24%
Taxa de
Abandono
13% 19% 10% 14%
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Disciplina com
maior índice de
reprova
Matemática Química Química Química
Fonte: Livro de Resultados Finais.
Ensino Médio- Ano: 2009
INDICADORES
ANO: 2009ENSINO MÉDIO1º ANO 2º ANO 3º ANO GERAL
Taxa de Aprovação 51% 74% 83% 64%Taxa de
Reprovação
30% 23% 2% 21%
Taxa de Abandono 20% 3% 15% 15%Disciplina com
maior índice de
reprova
Matemática Física e
Português
Matemática
Fonte: Livro de Resultados Finais.
No que se refere ao último IDEB (2009), este Estabelecimento de Ensino
obteve índice abaixo do esperado, mesmo com todo o trabalho realizado no que
se refere ao Ensino Aprendizado e à evasão, sendo, solicitação da presença dos
pais por meio de palestras e reuniões, pedido de ajuda ao Conselho Tutelar
através do encaminhamento da ficha FICA, orientação aos professores e alunos,
lembrando que a escola passou por dificuldades relacionadas à rotatividade de
professores que saíram para o PDE, bem como para desempenhar funções
dentro do NRE de Cianorte, inclusive 01(uma) pedagoga, o que dificultou o
trabalho pedagógico com os novos professores que vieram para substituí-los.
Faz-se necessário ressaltar que apesar do baixo índice no IDEB, a escola tem
orgulho em dizer que o ENEM de 2009, apresentou resultado satisfatório, sendo o
primeiro colocado em relação aos demais Estabelecimentos Estaduais do Núcleo
Regional de Cianorte.
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Neste Estabelecimento de Ensino, quando é constatada a possibilidade de
avanço de Série e/ou de Bloco de Disciplinas Semestrais pelo aluno devidamente
matriculado e com frequência na série/ano/bloco de disciplinas semestrais, realiza
as devidas notificações ao NRE para que este proceda à orientação e
acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que
fundamentam o processo de Reclassificação.
No Ensino Fundamental, a avaliação é Bimestral, com média aritmética,
sendo que a Média Final é calculada ao término de cada ano letivo, da seguinte
maneira:
MÉDIA FINAL (M. F.) = (1ºB+2ºB+3ºB+4ºB) = 60
4
Uma das avaliações realizadas é marcada pela equipe pedagógica e
deverá ser aplicada pelo professor da disciplina.
Os conteúdos da avaliação bimestral devem ser restritos à matéria
desenvolvida no período.
Faz-se necessário ressaltar que mesmo sendo realizada recuperação de
conteúdos de forma concomitante ao processo ensino e aprendizagem ao final de
cada semestre, é direito dos alunos realizarem uma recuperação em cada
disciplina, com valor 10,0 (dez vírgula zero). A nota atribuída a essa recuperação
deverá prevalecer, caso seja maior, as médias bimestrais já existentes, do
semestre em questão. Caso o aluno tenha tirado uma nota na recuperação que
supere somente uma das médias do semestre, prevalecerá maior sobre a menor.
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Caso a nota da recuperação não supere nenhuma das médias bimestrais,
prevalecerá a(s) mesma(s) médias(s).
Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e freqüência,
serão definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos.
Será considerado aprovado o aluno que apresentar:
a) freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do
total da carga horária do período letivo;
b) média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da
média aritmética das notas obtidas nos bimestres, em cada disciplina.
O aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75% (setenta e
cinco por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os
Estudos de Recuperação paralela, ao longo da série ou período letivo, será
submetido à análise do Conselho de Classe que definirá pela sua aprovação ou
não.
No Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais as
disciplinas da Matriz Curricular estarão organizadas anualmente em dois Blocos
ofertados concomitantemente, Bloco I e Bloco II, no entanto o aluno cursa um
bloco de cada vez, sendo que a carga horária anual da disciplina fica concentrada
em um semestre, garantindo o número de aulas da Matriz Curricular.
Cada Bloco de Disciplinas Semestral é cumprido em, no mínimo, 100
(cem) dias letivos, previstos no Calendário Escolar.
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O aluno tem a garantia de continuidade de seus estudos quando conclui
cada um dos Blocos de Disciplinas Semestrais, concluindo a série quando cumpre
os dois Blocos de Disciplinas Semestrais em cada série.
Quando a conclusão da série ocorre, no final do 1º semestre do ano letivo,
o aluno pode realizar a matrícula na série seguinte, no 2º semestre do mesmo
ano letivo.
No Ensino Médio Organizado por Blocos, a Avaliação é Bimestral, com
média aritmética e a Média Final é calculada ao término de cada semestre, da
seguinte maneira:
MÉDIA FINAL (M. F.) = (1º bimestre) + (2º bimestre) = 60
2
No Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais
respeitar-se-á as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que diz
respeito:
a) aos resultados de Avaliação expressa ao final de cada Bloco de Disciplina
Semestral;
b) à apuração de assiduidade;
c) aos estudos de recuperação;
d) ao aproveitamento de estudos;
e) à atuação do Conselho de Classe.
Diante dos atuais resultados, conforme os quadros acima mencionados,
percebemos que o sistema de avaliação vigente neste Estabelecimento de Ensino
não está atendendo às necessidades do processo ensino aprendizagem,
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portanto, está sendo motivo de reflexão e discussão pela comunidade escolar.
Lembrando que se ocorrer parecer favorável de mudanças, o mesmo deverá
constar em alteração no Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar.
Os profissionais deste Estabelecimento de Ensino procuram conversar e
orientar os alunos em relação à importância dos estudos para sua vida, realizam
reflexões a respeito da vida no âmbito familiar e a dificuldade que seus pais
encontram por não terem estudos suficientes para orientá-los na questão escolar.
Conscientizam sobre a importância do uso do uniforme, cumprimento dos horários
de aula e respeito para com o próximo. Os alunos realizam diálogos, debates e
discussões acerca das normas e regras escolares, conhecem e sabem da
importância de todas, porém muitos insistem em infringi-las.
No que se refere ao estágio não-obrigatório, o mesmo é organizado
visando propiciar ao aluno do Ensino fundamental e Ensino Médio oportunidade
de estabelecer relações entre os conhecimentos adquiridos na escola e as ações
desenvolvidas no ambiente de trabalho, sendo realizado em instalações que
tenham condições de proporcionar ao aluno atividade de aprendizagem social,
profissional e cultural, acompanhado de supervisor que oriente suas atividades.
O Estágio não obrigatório tem uma jornada de duração de 4 (quatro) horas
diárias e 20 (vinte) horas semanais para os alunos do Ensino Fundamental e 6
( seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais para o Ensino Médio.
Este Estabelecimento de Ensino deu início no ano de 2006 ao processo de
construção e desenvolvimento da Agenda 21 Escolar. Este é um documento que
contém programa de ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida de toda
a comunidade.
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O processo de elaboração da Agenda 21 Escolar, deste Colégio, teve
como ponto de partida a identificação de problemas que interferem na qualidade
de vida dos alunos, por intermédio da realização de um fórum, com a participação
de representantes dos vários segmentos deste Estabelecimento de Ensino, da
comunidade, das lideranças locais e representantes do meio ambiente.
Diante disso, é elaborada no coletivo, uma proposta de trabalho, visando
possíveis soluções dos problemas levantados, detalhando, passo a passo, as
atividades previstas, devendo a implementação desta proposta ocorrer no
decorrer do ano letivo.
O Colégio também torna-se um espaço público de cultura, através de
apresentações teatrais, mostra cultural e outras atividades. Além disso, a escola é
utilizada pelos alunos no horário contrário de estudos para leituras, pesquisas.
Em relação à utilização do laboratório de ciências físicas, químicas e
biológicas, quando as turmas são numerosas, temos dificuldades de desenvolver
um trabalho utilizando alguns experimentos, pois o mesmo não comporta grande
número de alunos e o professor necessita procurar outro ambiente.
Este Estabelecimento de Ensino conta com 01 (um) laboratório de
informática equipada com 20 (vinte) computadores em instalações de rede e uma
impressora laser. Vale ressaltar que o Colégio recebeu mais 18 (dezoito)
computadores e 01 (uma) impressora, os quais encontram-se em fase de
instalação. Geralmente os professores usam-no para pesquisas, apresentação e
revisão de conteúdos, a fim de enriquecer a prática pedagógica.
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No entanto, há a necessidade de um profissional qualificado no laboratório
de informática, para auxílio nas realizações das atividades, bem como para a sua
manutenção técnica.
No que se refere à caracterização da comunidade, a escola está localizada
em uma região periférica da cidade, os alunos são trabalhadores em ocupações
das quais recebem em média, 01 (um) salário mínino, principalmente o aluno do
noturno. Neste período, o processo ensino-aprendizagem dá-se numa
porcentagem de acentuada dificuldade, porque os estudantes, na maioria das
vezes, preferem o trabalho ao estudo, pois necessitam trabalhar para contribuir
com a renda familiar, repercutindo no índice de reprova e evasão.
Os alunos são de famílias de classe trabalhadora e muitos do setor de
confecções, na sua maioria moram com o pai e a mãe, no entanto, verifica-se
casos em que moram somente com a mãe, avós ou com o pai. Com relação às
instruções dos pais, constata-se que predomina o Ensino Fundamental
incompleto.
A investigação realizada neste Estabelecimento de Ensino apontou, a
necessidade de mudanças para melhorar a qualidade da escola como espaço de
ensinar e aprender para formação do cidadão.
Revelou-se aspectos significativos sobre a avaliação da escola e a
gestão democrática. Oportunizou revelar também o entendimento de todos sobre
a necessidade da participação com responsabilidade na construção do PPP,
deste Estabelecimento de Ensino.
35
MARCO CONCEITUAL
As dificuldades identificadas pelos diversos segmentos (pais, direção,
equipe pedagógica, alunos, professores e funcionários) no marco situacional,
implicam um repensar e tomadas de decisões no que se refere ao trabalho
educativo, propiciando uma análise/conceito/estudo, acerca das seguintes
questões: concepção de ensino – aprendizagem, avaliação, recuperação de
estudos, gestão democrática e outros, com o propósito de garantir o processo de
democratização do ensino.
Após estudos sobre a realidade do Colégio Estadual “D.Bosco” Ensino
Fundamental e Médio e às perspectivas em relação aos objetivos que se almeja,
os profissionais deste Estabelecimento buscam uma fundamentação teórica que
melhor expresse a prática social existente e que aponta caminhos necessários à
emancipação e formação do cidadão.
Assim, o trabalho pedagógico, neste Estabelecimento de Ensino, deve
nortear-se numa perspectiva crítica de educação. Desta forma, a pedagogia
histórico-crítica revela-se num contexto atual, desmascarando os mecanismos de
ideologia e repressão de Estado contra as classes menos favorecidas.
Neste contexto, coloca-se em questão o seguinte problema: É possível
articular a escola com os interesses dos dominados?
A uma teoria crítica da educação impõe-se a tarefa de sobrelevar o poder
ilusório de que a educação é a solução para os problemas sociais e de que a
mesma é impotente, ou seja, de que a educação serve apenas para a
manutenção da sociedade existente, não podendo superar sua condição de
aparelho ideológico de estado (SAVIANI, 2002).
A sociedade e a educação mantêm uma relação recíproca, pois, ao mesmo
tempo, ambas são determinantes e determinadas. Neste sentido, atribui-se à
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educação o papel de possibilitar e viabilizar o conhecimento às classes
dominadas, o qual é propriedade da classe dominante.
Sabe-se que a educação não é redentora da sociedade, mas, por outro
lado, cumpre papel fundamental através da possibilidade de acesso da classe
trabalhadora ao conhecimento científico.
Assim, a pedagogia histórico-crítica busca construir uma teoria pedagógica
a partir da compreensão de nossa realidade histórica e social, a fim de tornar
possível o papel mediador da educação no processo de transformação social.
Isso não referencia que a educação possa, por si só produzir a democratização
da sociedade, mas a mudança se faz de forma mediada pelo domínio do
conhecimento histórico e materialmente produzido.
Neste sentido, a base desta corrente teórica origina-se no materialismo
histórico dialético, pois, segundo Marx e Engels:
Os pressupostos de que partimos não são arbitrários, nem
dogmas. [...] São os indivíduos reais, sua ação e suas
condições materiais de vida,tanto aquelas por eles já
encontradas, como as produzidas por sua própria ação. [...]
O primeiro pressuposto de toda história humana é
naturalmente a existência de indivíduos humanos vivos
(1980, p.26-27).
Portanto, o processo de construção do conhecimento e da própria
humanidade é histórica e materialmente construído, cultural e dialeticamente
determinado, com todas as contradições existentes.
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Desde a sua origem, o homem vem se educando. Segundo Saviani (2003),
a educação surgiu da necessidade do homem modificar a natureza para garantir
sua existência. Posteriormente, a educação atingiu um caráter institucionalizado.
A evolução pela qual a escola passou ao longo da história até se tornar a forma
dominante de educação coincide com a etapa histórica em que as relações
sociais passaram a prevalecer sobre as naturais. Assim, surgiu a superioridade do
mundo da cultura, produzido pelo homem, sobre o mundo da natureza. Em
conseqüência, o saber científico (sistemático) passou a predominar sobre o saber
assistemático, resultando daí que a especificidade da educação passa a ser
determinada pela forma escolar. Desta forma, para Saviani:
[...] pela mediação da escola, acontece a passagem do
saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura
popular à cultura erudita. Cumpre assinalar, também aqui,
que se trata de um movimento dialético [...] (2003, p. 21).
Neste sentido, busca-se explicitar de maneira objetiva, as concepções de
sociedade, homem, educação, escola, conhecimento e currículo, ensino-
aprendizagem, avaliação e gestão democrática que fundamentam a prática
escolar neste Estabelecimento de Ensino. É partindo destas concepções e da
realidade peculiar desta escola que foi elaborado este Projeto Político-
Pedagógico.
Concepção de sociedade
A sociedade atual tem sua base na organização neoliberal, atrelada ao
modo de produção capitalista, em que a produção de riquezas (mais valia) se dá
num movimento de exploração de muitos, ficando concentrada nas mãos de
poucos.
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A desigualdade social é explícita diante da condição real em que
sobrevivem as classes trabalhadoras, mas ao mesmo tempo implícita, porque nos
discursos dos dirigentes do país a realidade se revela totalmente distorcida e
aparentemente harmoniosa.
Diante disso, o primeiro passo para se tentar chegar a uma transformação
social é desmascarar o discurso em que a maioria da população está alienada,
trazendo para a prática social uma visão crítica em relação aos condicionantes
dessa sociedade (GASPARIN, 2005). A consciência das práticas excludentes
existentes por parte dos indivíduos nela inseridos, não gerará por si só, mudanças
significativas na sociedade. Porém, a compreensão dos mecanismos produzidos
pela classe dominante, unida com os instrumentos teórico-práticos (domínio do
conhecimento) possibilita que a cultura popular possa estabelecer relações com
uma prática de mudança.
O perfil da sociedade atual é de uma sociedade injusta, preconceituosa,
corrompida e desigual, evidenciada por problemas sociais, econômicos e
políticos. Entretanto, queremos uma sociedade com direito de igualdade e
oportunidade para todos, com cidadãos críticos e participativos, que reconheçam
a prática social existente e nela possam interferir. Portanto,
“[...] O processo educativo é também, em última análise,
uma relação social, que se objetiva entre aquele que
aprende e aquele que ensina, concretamente situada numa
dada sociedade. É no exercício dessa relação que a
aprendizagem dar-se-á. [...] Educação, nesse sentido, é
o conjunto dos esforços que a sociedade realiza para levar o
indivíduo a se apropriar das características próprias dessa
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sociedade, no que tange a todos os aspectos humanos.
(KLEIN, 1993)
Concepção de homem
Diante da sociedade de classes, com todas as suas diferenças,
preconceitos, exploração das classes proletárias pelas classes detentoras de
poder, o paradigma de homem que vive neste meio divide-se em dois: 1º)
aquele que domina o conhecimento produzido, bem como os meios de produção,
explora a força proletária e a traduz em riqueza para si, dominando cada vez mais
o que está à sua volta; 2º) aquele que executa as atividades que lhe são
impostas, sem conhecer a sua totalidade, não domina o conhecimento produzido
historicamente e não tem possibilidades para superar a sua condição de classe
explorada. Para Saviani(2002), este homem não reconhece seus direitos, ou
mesmo conhecendo-os, não estabelece relações com a prática social para
transformá-la.
Geralmente, o discurso aparentemente harmonioso é
incutido nas massas, fazendo com que as situações de
sobrevivência, miséria, exploração, falta de recursos, entre
outros, vivenciadas pela população, lhe pareça natural.
Neste sentido, qualquer tentativa de mudança seria em vão,
pois todo o processo produtivo com seus determinantes lhe
são estranhos (SAVIANI, 2003).
Diante disso, a formação do homem cidadão que nós queremos perpassa
pela compreensão da sua realidade, sendo capaz de interagir e de lutar pela
mudança de sua condição. Este homem deve ter uma visão crítica e uma postura
participativa, implicando no seu modo de ser como pessoa política.
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A pedagogia histórico-crítica parte da concepção do homem enquanto
“síntese de múltiplas determinações”, ou seja, o homem é um ser social que sofre
as influências do meio em que vive, sendo determinado por ele, mas ao mesmo
tempo agindo sobre ele em um determinado tempo histórico, numa ação dialética
(Vasconcellos, 1994).
Concepção de educação
A realidade da escola, como consta no marco situacional, exige mudança
de postura na própria escola, na família e na sociedade. Compreendemos que:
[...] a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos
(e isso) significa que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência
do e para o processo de trabalho, bem como é, ela própria,
um processo de trabalho (SAVIANI, 2003, p.12).
Nesta perspectiva, a educação faz parte, senão é o próprio processo pelo
qual o homem produz conhecimentos e transforma a natureza. Assim, é através
da educação (trabalho) que o homem se humaniza e humaniza os outros homens
(Saviani, 2003).
Trata-se da produção do saber, seja do saber sobre a
natureza, seja do saber sobre a cultura, isto é, o conjunto da
produção humana (Idem, p.12).
Dessa forma, entende-se que o homem se educa pelo trabalho, sendo esta
uma atividade intencional, realizada para a obtenção de um fim desejado, que
modifica o processo natural. Neste sentido, segundo Saviani:
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Para a pedagogia histórico-crítica, educação é o ato de
produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo
singular, a humanidade que é produzida histórica e
coletivamente pelo conjunto dos homens. (2003, p.13).
Diante disso, a educação, nos fundamentos teóricos que permeiam este
trabalho, não é algo natural e realizado pelo acaso, nem tampouco modeladora de
indivíduos, mas construtora de uma realidade existente, produzida histórica e
materialmente com as contradições impostas pela dialética do real, o resultado de
um longo processo de transformação histórica. Uma concepção de educação que
nos ajude na construção de uma prática diferenciada da que vem ocorrendo, a fim
de que os alunos vivenciem a cidadania em uma educação voltada para a
emancipação humana.
Concepção de escola
A sociedade atual passa por profundas transformações (políticas,
econômica, cultural e social), que requer mudança no modo de agir e pensar do
ser humano.
A escola não pode ficar alheia a essas mudanças, necessitando adaptar –
se a elas, para que ocorra a democratização do ensino. Para tanto precisa
resgatar a sua função específica que é o ensino, visando a socialização do saber
sistematizado (Saviani, 2003).
A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos
instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado
(ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse
saber. As atividades da escola básica devem organizar-se a
partir dessa questão (SAVIANI, 2003, p.15).42
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Portanto, para que a escola possa funcionar, é preciso converter o saber
sistematizado em saber escolar, ou seja, dosá-lo e seqüenciá-lo para efeitos do
processo de ensino aprendizagem (Saviani, 2003). Para isso, à necessidade do
conhecimento sobre a teoria e a prática na escola, visando a efetivação de uma
escola e de uma educação que priorize a aprendizagem para a emancipação
humana.
Concepção de conhecimento e currículo
A era da comunicação e informação, bem como dos conhecimentos
tecnológicos, proporcionou um avanço significativo quanto às prioridades em
termos de conhecimento. Ao mesmo tempo em que este avanço ocorreu e
agilizou a produção de bens de consumo, aumentando o poder aquisitivo de
capital, acelerou o processo de diminuição de renda por parte da população
trabalhadora.
À luz de uma teoria que propõe uma mudança para além da crítica, o
conhecimento a ser buscado e questionado, situado em seu contexto histórico,
tem seu ponto de partida na realidade material existente, produzido e acumulado
pelo conjunto dos homens (Saviani, 2003).
Cabe à escola, pela mediação de seus profissionais da educação, realizar
a articulação entre a cultura historicamente elaborada e à diversidade social,
econômica e cultural dos alunos, propiciando o acesso, a permanência e a
aprendizagem de todos.
Segundo Saviani (2003) é essencial buscar o conhecimento a ser traduzido
em sala de aula em suas bases, distinguindo-se o que é saber principal e saber
secundário, o que é supérfluo e o que é necessário, o que realmente é essencial
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para a formação do indivíduo que almejamos. É neste âmbito que se verifica a
necessidade de se rever a questão do currículo na escola, dos saberes clássicos,
os quais devem fazer parte da formação do aluno/cidadão, cuja opção da escola é
por um currículo disciplinar. Torna-se necessária
a valorização do conhecimento científico, para que o aluno
tenha senso crítico diante das situações que a sociedade
impõe, resolvendo problemas do cotidiano, com ampla visão
de mundo (Relatório da Capacitação, julho de 2005).
Concepção de ensino-aprendizagem
As dificuldades constatadas no marco situacional deste Projeto Político
Pedagógico, principalmente quanto à evasão e repetência dos alunos, remete a
uma necessidade de repensar o processo de ensino aprendizagem.
Na perspectiva crítica de educação, o processo de ensino-aprendizagem
implica a revisão/estudo/análise de vários fatores, entre eles a metodologia
utilizada, instrumentos de avaliação aplicados, disciplina ou indisciplina em sala
de aula e recuperação de estudos.
Nesta relação de mediação professor- aluno-conteúdo, envolve a dinâmica
da prática de ação-reflexão- ação, tendo como parâmetro não os conteúdos
estáticos, fora de um contexto de produção, mas uma construção dialética do
conhecimento, diretamente relacionada com a experiência sócio-cultural do aluno.
Essa experiência precisa ser posta em confronto no momento da prática do
professor em sala de aula, o que possibilitará, com a mediação do professor,
elementos para a construção e reconstrução crítica dos conteúdos pelo aluno. É
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importante enfatizar a postura de mediador do professor, cujo papel nem se põe
em dúvida quanto a sua importância e necessidade (GASPARIN, 2005). Segundo
Vygotsky (2001), o processo de aprendizagem e desenvolvimento do indivíduo
ocorre pela mediação do social e da linguagem, isto é, do contato entre os
homens, com a intervenção direta destes. E é a partir do social, real, existente,
que se dá a formação da mente, da consciência do ser humano.
Na pedagogia histórico-crítica, o processo de ensino-aprendizagem está
assentado na passagem do conhecimento sincrético (saber espontâneo, confuso)
para o conhecimento criticamente sintético (saber elaborado, organizado), pela
mediação da análise. Dessa forma, o processo de ensino-aprendizagem deve ser
constantemente direcionado, uma ação intencionalmente produzida, um trabalho
docente sistemático e programado, com objetivos claros e definidos.
O professor [...] compreende que não é ele que “deposita” o
conhecimento na cabeça do educando. Por outro lado, sabe
também que não é deixando o educando sozinho que o
conhecimento “brotará” [...] (VASCONCELLOS, 1994, p.83).
A didática, com base na pedagogia histórico-crítica, afirma que a
aprendizagem não ocorre por acaso, necessita de um trabalho docente
sistemático e programado. Assim sendo, há a necessidade de um planejamento,
que por sua vez exige pesquisa por parte daquele que educa. É um trabalho
árduo, mas necessário quando se tem um objetivo e se deseja alcançá-lo com
êxito. Neste processo, a prática de avaliar deve ser uma constante, haja vista à
necessidade de conhecer os avanços e também os recuos que a ação docente
está proporcionando ao aluno.
Neste sentido, pautados na abordagem histórico-cultural, devemos nos
esforçar para buscar um pouco mais de conhecimentos sobre os processos de
desenvolvimento do aluno, onde o conhecimento é fruto de uma relação mediada
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entre o sujeito que aprende, o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento,
num movimento dialético, compreendendo o real em suas contradições. Aprender
e ensinar são processos inseparáveis e a efetivação desse processo se realiza
quando o educando se apropria dos elementos culturais necessários a sua
formação e humanização.
Inclusão
Nas últimas décadas do século passado as discussões na área
educacional ganharam espaços nos debates com relação à inclusão e
diversidade.
Diversidade essa, que deve ser entendida em sua amplitude sobre as
questões: étnicas, etárias, de gênero, geográficas, religiosas, de visões de
mundo, de projetos individuais, etc. Assim, que se analise a diversidade é
necessário ter conhecimento teórico que dê embasamento à pratica,
desenvolvendo no interior da escola, a reflexão sobre o compromisso educacional
com todos os envolvidos no processo, para que sintam-se inseridos no contexto
escolar e na sociedade da qual fazem parte.
Outro ponto a ser considerado relevante no cotidiano da escola é a questão
da discriminação gerada pela desigualdade social. Ambas, diversidade cultural e
desigualdade social devem ser analisadas e entendidas em sua especificidade,
pois as duas refletem a exclusão social.
O entendimento sobre as diferenças culturais deve-se pautar na idéia de
que nenhuma cultura pode se sobrepor a outra, pois existem situações vistas
como culturais que são utilizadas para manter grupos sociais na exclusão, visto
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que cada grupo social possui uma forma própria de interpretar e representar o
mundo, e, destas condições, advém as diferenças.
Diferenças estas que devem ser entendidas e respeitadas no espaço
escolar visto que:
O cotidiano da escola permite viver algo de beleza da
criação cultural humana em sua diversidade e multiplicidade.
Partilhar um cotidiano onde o simples olhar-se permite a
constatação de que ao todos diferentes traz a consciência
de que cada pessoa é única e, exatamente por essa
singularidade, insubstituível (BRASIL, 1997, p.53.)
Frente a esse entendimento há que se considerar a diferença relacionada
ao processo ensino aprendizagem, ou seja, os alunos com necessidades
educacionais especiais. Podendo tais dificuldades de aprendizagem ser
permanente ou temporária, endógena ou exógena. Sendo que este aluno
independente da origem de sua dificuldade encontra amparo legal para o seu
atendimento no Paraná pela Deliberação nº 02/03 – Conselho Estadual de
Educação (CEE), documento que fixa as normas para a Educação Especial na
modalidade da Educação Básica.
Diante das questões sócio-econômicas pela qual passa a sociedade nas
últimas décadas do século XX e início de século XXI, os processos de migração,
emigração, imigração dos povos é uma constante. Assim, faz-se necessário
desenvolver nos educando a capacidade de entender, conhecer e respeitar o
outro. Para tanto, é essencial a compreensão das diferenças em sentido amplo.
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Concepção de avaliação
Com vistas aos objetivos da escola em relação ao aluno, o ato de avaliar
no trabalho educativo, na perspectiva da pedagogia histórico-crítica, deve
permear todas as atividades relacionadas ao conteúdo e método que estão
presentes no fazer docente, pois a avaliação:
[...] para assumir o caráter transformador (e não de mera
constatação e classificação), antes de tudo, deve estar
comprometida com a aprendizagem (e desenvolvimento) da
totalidade dos alunos. Este é o seu sentido mais radical, é o
que justifica sua existência no processo educativo
(VASCONCELLOS, 2003, p. 41).
Diante de um sistema de ensino seletivo e de classificação, tal qual o
sistema capitalista, a tarefa de mudança no todo do fazer docente implica em
mudanças que buscam quebrar o modelo existente e, por isso, não é fácil.
Segundo Vasconcellos:
A questão principal não é a mudança de técnicas; passa por
técnicas, mas, a priori, é a mudança de paradigma,
posicionamento, visão de mundo, valores (2003, p.41).
Neste sentido, a avaliação não é só do professor, nem tampouco do aluno,
mas é do todo, de todas as práticas intencionais realizadas na escola, para que
seja avaliado se realmente a escola está cumprindo o seu papel, se realmente os
alunos estão aprendendo, ou seja, se a escola está propiciando o contato e a
apropriação do conhecimento científico por parte do aluno, para que este venha
ter o perfil do homem que desejamos. Dessa forma, a avaliação deve contribuir
com a formação da pessoa humana, retirando o caráter de julgamento e de
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classificação. Luckesi (2003, p.172) define “a avaliação da aprendizagem como
um ato amoroso, no sentido de que a avaliação, por si, é um ato acolhedor,
integrativo e inclusivo”. Ainda, nas palavras do autor:
[...] a avaliação da aprendizagem tem por objetivo auxiliar o
educando no seu crescimento e, por isso mesmo, na sua
integração consigo mesmo, ajudando-o na apropriação dos
conteúdos significativos (conhecimento, habilidades, hábitos
e convicções) (LUCKESI, 2003, p.174).
Na pedagogia histórico-crítica, a avaliação tem por objetivo verificar se os
alunos estão passando do estágio do senso comum (desorganização dos
conteúdos) para a consciência crítica (sistematização dos conteúdos). É
necessário verificar o que, como e quanto o aluno aprende. Para isso, é
necessário ao professor ter clareza sobre o estágio de conhecimento em que os
alunos se encontram, o ponto de partida para a construção da aprendizagem do
conteúdo e a forma como os alunos aprendem.
Diante disso, paralelamente deve-se refletir sobre quais os instrumentos e
critérios utilizados na avaliação e se estes estão possibilitando a avaliação dos
alunos e em quais aspectos, bem como se são instrumentos flexíveis, ajustados
às necessidades. A avaliação, na pedagogia histórico-crítica, deverá verificar
contínua e constantemente se o aluno está conseguindo dominar solidamente os
conteúdos.
Concepção de gestão democrática
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No âmbito das relações educacionais, para que se efetive na escola as
práticas de mudança, a responsabilidade pela escola deve ser constante em
todos os segmentos envolvidos.
Assim, o princípio de gestão democrática na escola não a deixa a serviço
de alguém que queira se preocupar com ela, mas transforma a escola em
ambiente de todos e que todos sintam-se acolhidos e fazendo parte de um grupo
por ela responsável.
A participação é o principal meio de assegurar a gestão
democrática, possibilitando o envolvimento de todos os
integrantes da escola no processo de tomada de decisões e
no funcionamento da organização escolar (LIBÂNEO, 2003,
p.328).
Participando deste processo, as pessoas passam a ter um melhor
conhecimento dos objetivos e metas da escola, bem como toda a sua dinâmica,
favorecendo uma aproximação entre os professores, alunos, funcionários e
comunidade. O trabalho, além de fluir, torna-se mais agradável e permite que o
grupo de profissionais intervenha nas decisões de organização e plano de ação.
Dessa forma,
[...] a escola deixa de ser uma redoma, um lugar fechado e
separado da realidade, para conquistar o status de
comunidade educativa que interage com a sociedade civil
(Idem).
O conceito de gestão democrática pressupõe a idéia de participação, ou
seja, trabalho coletivo atuante, envolvendo a todos de forma consciente, visando
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a construção de uma escola com qualidade. No âmbito escolar isso significa a
possibilidade de a comunidade escolar analisar, sugerir e agir em determinadas
situações, uma vez que o sucesso de uma organização escolar depende da ação
construtiva dos sujeitos envolvidos no processo educativo.
Segundo Marques, (1987, p.69), “a participação de todos, nos diferentes
níveis de decisão e nas sucessivas fases de atividades, é essencial para
assegurar o eficiente desempenho da organização”. Portanto, a participação
enquanto processo dinâmico e interativo, propiciará o diálogo e o respeito entre
os envolvidos, o que possibilitará a superação de dificuldades e limitações
existentes no contexto escolar e, conseqüentemente a construção de uma escola
com qualidade.
Faz–se necessário a compreensão clara e o objetivo do que é participação
por todos da comunidade escolar, sendo pois, de responsabilidade dos gestores,
promover a criação e a sustentação de um ambiente, no qual professores,
funcionários, alunos, pais, direção e equipe pedagógica, possam participar de
forma efetiva do processo escolar, visto que este propiciará a participação de
seus envolvidos nos demais processos sociais, fora da escola, já que seu
principal objetivo é a formação integral do indivíduo desenvolvendo a consciência
social e cidadãos críticos e participativos.
Órgãos colegiados
Os órgãos colegiados existentes neste Estabelecimento de Ensino são:
Conselho Escolar, Conselho de Classe, Associação de Pais, Mestre e
Funcionários – APMF e Grêmio Estudantil.
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O Conselho Escolar é um órgão colegiado com representantes de todos os
segmentos que integram a comunidade escolar. Sua constituição e seu papel
estão expressos em Estatuto próprio. Segundo o Art: 4º do Estatuto do Conselho
Escolar:
“O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo
da comunidade escolar, de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização
do trabalho pedagógico e administrativo da instituição
escolar em conformidade com as políticas e diretrizes
educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB,
o ECA, o Projeto Político - Pedagógico e o Regimento do
Colégio, para o cumprimento da função social e específica
da escola”.
Portanto, a principal função do Conselho Escolar é essencialmente política
- pedagógica, priorizando o processo de ensino e de aprendizagem; tem papel
decisivo na gestão democrática, contribuindo com a construção de uma escola
com qualidade.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático – pedagógicos, com atuação restrita a cada
classe deste Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de
ensino e de aprendizagem na relação professor – aluno e os procedimentos
adequados a cada caso.
Consideramos o Conselho de Classe uma instância colegiada de suma
importância, pois pode viabilizar momentos de discussão do trabalho pedagógico
e de planejamento, oportunizando uma proposta coletiva de trabalho pedagógico.
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A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, é um órgão de
representação dos pais, mestres e funcionários deste Estabelecimento de Ensino,
tem com objetivo as questões pedagógicas e administrativa, procurando
assegurar melhores condições de eficiência escolar e a integração dos
segmentos no contexto escolar.
É uma instância que se torna cada dia mais importante dentro da
Comunidade Escolar. Valorizando a participação dos pais e funcionários. Possui,
também, estatuto próprio, a APMF, presta contas regularmente à comunidade dos
recursos financeiros por ela movimentados. As decisões e prestações de contas
da mesma são afixadas em local acessível à comunidade.
O grêmio estudantil é um órgão de representação dos alunos neste
Estabelecimento de Ensino, sendo uma entidade autônoma representativa dos
interesses dos mesmos, com finalidades educacionais, culturais, cívicas,
esportivas e sociais.
O grêmio estudantil desse colégio, exerce papel importante na gestão
democrática, contribuindo também para a formação da cidadania e o
enriquecimento educacional dos mesmos.
Neste Estabelecimento de Ensino procuramos desenvolver um trabalho
integrado com os órgãos colegiados de gestão (Conselho Escolar, Conselho de
Classe, APMF e Grêmio Estudantil). Contamos com órgãos comprometidos e
preocupados com os aspectos administrativos e pedagógicos deste
Estabelecimento de Ensino.
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MARCO OPERACIONAL
A partir das questões levantadas no marco situacional, repensadas e
redefinidas no marco conceitual, estabelecer-se-á no marco operacional as
mudanças significativas que asseguram uma melhoria da qualidade educacional
deste Estabelecimento. Elas buscam fundamentar as ações concretas que visam
à reorganização do trabalho escolar no âmbito administrativo e pedagógico.
Fortalecemos o compromisso, assumido no decorrer do processo de
construção do PPP, de um trabalho coletivo, articulando a participação de todos
os segmentos: professores, direção, funcionários, alunos, pais e equipe
pedagógica. Toda a ação impregnada de “sonhos” (Freire apud Brasil, MEC,
2004), requer vontade e luta para transformar a realidade escolar vigente.
Assim, este Estabelecimento de Ensino se propõe às seguintes diretrizes e
estratégias de ação:
1ª. Gestão Democrática – a participação do Conselho Escolar, do Grêmio
Estudantil, da APMF e do Conselho de Classe na gestão democrática tem como
objetivo assegurar a educação de qualidade para todos, criando condições para
emancipação das pessoas que participam da vida escolar. Destacamos a seguir
os objetivos principais das ações das Instâncias colegiadas de nossa escola:
- proporcionar espaços de estudos entre os membros que compõem essas
Instâncias sobre seus estatutos e a gestão democrática, com intuito de capacitá-
los para o exercício das suas funções;
- incentivar, por meio da Direção, a participação dos membros do Conselho
Escolar, na formação continuada promovida pela SEED, de modo que tomem
ciência e atuem como órgão máximo de decisão colegiada e exerçam a função
política-pedagógica, contribuindo para a organização e o trabalho pedagógico da
escola;
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- buscar parcerias (Universidades, Órgãos da Saúde Pública, Conselho dos
Direitos da Criança e do Adolescente) para uma ação conjunta com este
Estabelecimento, a fim de proporcionar uma melhor formação aos alunos, aos
pais e aos profissionais da educação;
2ª. Formação Continuada, específica para o Estabelecimento, articulada com
programa de capacitação da SEED, abrangendo pais, alunos, professores, equipe
pedagógica, funcionários e direção, a fim de ampliar os conhecimentos acerca
dos temas relacionados à educação:
- organizar reuniões com os profissionais da educação, pais e alunos, para estudo
da Proposta Pedagógica Curricular, do processo ensino e aprendizagem, do
planejamento, do Conselho de Classe, da disciplina (comportamento dos alunos)
e da avaliação – e sua forma - neste Estabelecimento, bem como o papel da
família, do aluno, do professor, do funcionário, da direção e da equipe pedagógica
no processo educativo;
- oportunizar aos professores espaços escolares de formação continuada que
contribuam para práticas criativas, inovadoras e para o aperfeiçoamento das
mesmas;
- veiculação de textos que ofereçam subsídios para reflexões dos profissionais da
educação, pais e alunos no processo educativo;
- formação de grupos de estudos por disciplina, curso ou série, que atenda as
solicitações e necessidades de trocas de experiências e aprofundamento teórico;
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- acompanhamento do processo ensino-aprendizagem mediante: levantamento de
notas e elaboração dos gráficos de rendimento bimestral para análise e
redefinição das ações;
- desenvolver espaços de estudos que visem à atualização constante da equipe
pedagógica, bem como preparação (reunião, planejamento, etc) para o
desenvolvimento das ações a serem realizadas no decorrer do ano letivo, pelo
menos uma vez por semana;
- organizar a participação dos pais no Colégio, com o intuito de fortalecer o
vínculo escola-família, visando ao sucesso escolar dos seus filhos, por intermédio
de estudos, palestras, atividades culturais;
- desenvolver sempre que possível, momentos de estudo no Colégio, para os
funcionários (Agente Educacional I e II).
3ª. Proposta Pedagógica Curricular – É entendida como um instrumento que
procura resgatar a unidade do trabalho escolar, articulando a teoria e a prática
docente, garantindo que não haja uma fragmentação. Assim, destacamos como
objetivos principais da Proposta Pedagógica:
- reunir o corpo docente por área de conhecimento e modalidade de Ensino;
- promover a participação ativa de todos os profissionais da educação na
elaboração da Proposta Pedagógica Curricular deste Estabelecimento sob a
coordenação da Direção e Equipe Pedagógica;
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4ª. Regimento Escolar – a sua reelaboração, enquanto Carta Magna deste
Estabelecimento de Ensino, deverá articular os aspectos teórico-metodológicos
na forma de legislação, sob a perspectiva da educação pública, democrática e de
qualidade para todos, com os seguintes objetivos:
- promover momentos de estudos e reflexão para sua reelaboração de forma
coletiva;
- propiciar o conhecimento amplo do documento por todos os membros da
comunidade escolar, garantindo assim o seu constante aprimoramento.
5ª. Qualificação dos equipamentos e espaços – são necessários para uma
qualidade de ensino - aprendizagem para todos:
- organizar constantemente os equipamentos em espaços adequados para uma
melhor utilização dos mesmos nas atividades desenvolvidas em todo âmbito
escolar.
6ª. Especificidades locais – Procurar uma integração social na qual a ação
educativa do Colégio ultrapasse os muros da escola e se insira na vida da
comunidade, de forma atuante e transformadora do processo social. Para tanto,
propõe-se:
- promover manifestações culturais e artísticas;
- realizar festivais de músicas, esportes e outros;
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- propiciar a participação dos alunos nos Festivais de Arte Estudantil – Fera, no
Com Ciência, no Fera Cidade, nos jogos colegiais, etc.
7ª. Processo de Avaliação – A avaliação será vista como um instrumento valioso
durante o processo ensino-aprendizagem, visando sempre a uma educação com
qualidade.
- conforme o estabelecido no marco conceitual sobre concepção de avaliação,
serão proporcionados, juntamente com a direção e equipe pedagógica, pais,
alunos, professores e funcionários, estudos sobre esse tema, buscando e
implementando mudanças que se fizerem necessárias, com o intuito de que ela
não seja estanque, mas de forma continuada;
- sugestões de representantes de classe sobre o rendimento escolar serão
colhidas sempre com o objetivo de melhorar esse processo.
8ª. Recuperação de estudos é feita no intuito de garantir a todos os alunos, em
especial àqueles que têm maior dificuldade em apreender determinados
conteúdos.
- o professor, durante o processo de ensino e de aprendizagem, por meio de
investigação diagnóstica em sua disciplina, estará proporcionado essa
recuperação;
- e como forma de corroborar a recuperação de estudos, a escola criará grupos
de apoio em forma de monitoria (alunos sendo monitores de grupo de colegas
que apresentam dificuldade de aprendizagem). Esses grupos, em períodos de
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contraturno, serão coordenados pela Equipe Pedagógica e pelos professores da
área em que atuam;
– também haverá Sala de Apoio à Aprendizagem, proporcionado pela SEED, com
professores habilitados nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática, para
suprir as dificuldades no processo ensino e aprendizagem;
9ª. Biblioteca escolar como espaço valioso do saber indispensável para a
democratização da cultura, envolvendo todas as áreas de conhecimento, tem
como objetivos:
- incentivar o hábito pela leitura, por meio de atividade pedagógica;
- resgatar a história do Colégio em longo prazo, sob coordenação do professores
de história e auxiliar da biblioteca;
10ª. Construção e Desenvolvimento da Agenda 21 Escolar como uma
proposta de atividade pedagógica, que visa resgatar o cuidado com o meio
ambiente, tem os objetivos de ação:
- arborização e conservação do pátio da escola;
- instalação de lixeiras nas salas de aulas e pátio para coleta seletiva;
- trabalhar a importância e a valorização da coleta seletiva de lixo;
- orientação junto aos alunos e professores sobre a organização e limpeza das
salas de aula.
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11ª –Tecnologias Educacionais (Paraná Digital e PROINFO, TV pendrive).
Como recurso digital valioso à educação, tem as seguintes utilidades:
- proporcionar um espaço de estudo aos alunos como meio de enriquecimento e
complemento de matérias e assuntos ministrados em sala de aula.
- aprimoramento do aluno nos conteúdos curriculares das disciplinas devido à
possibilidade do professor construir um Plano de Trabalho Docente, elaborado a
luz da Proposta Pedagógica Curricular, inserindo nela o uso dos recursos
existentes no Laboratório de Informática.
- ser um instrumento na construção do saber do aluno, que o utilizará como
assessoria, evitando seu uso aleatório.
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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
A avaliação diagnóstica e formativa, que antecedeu a elaboração deste
Projeto Político-Pedagógico, teve como função básica informar sobre o contexto
escolar e sobre os sujeitos que dele participam. Após conhecer a realidade com a
qual trabalhamos, constatadas no marco situacional, redefinidas no marco
conceitual e estabelecidas as diretrizes e estratégias de ação no marco
operacional, traçamos os caminhos a serem percorridos para transformá-la.
Verifica-se a necessidade de submeter constantemente o PPP a uma
avaliação de sua prática. Há intenção de avaliar a cada bimestre as ações
previstas ou quando se fizer necessário, na qual todas as instâncias colegiadas
deverão acompanhar e avaliar o referido documento.
Nesse sentido, a avaliação não é um fim em si mesma, é um instrumento
que servirá para reflexão, análise, correção das falhas, desvios, reelaboração das
ações e metodologia de trabalho, se necessário.
A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do
Projeto Político Pedagógico, na medida em que é condição para as decisões
significativas a serem tomadas. É parte integrante do processo de construção do
PPP e compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e
sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos
(VEIGA, 1998, p.27).
Na avaliação institucional sobre o PPP deste Colégio, deverão ser
analisadas todas as dimensões do processo educacional: gestão democrática,
formação continuada, as condições físicas, materiais e pedagógicas; identificar os
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pontos que estão dando certo; propor encaminhamentos para a melhoria quando
se fizer necessário a partir dos resultados obtidos.
É importante também, identificar a responsabilidade de cada segmento
sobre as ações desenvolvidas. Tornando-se todos responsáveis e comprometidos
com as proposições que surgirão.
Portanto, a avaliação busca a transformação da realidade escolar, deverá
contemplar modelo democrático e participativo, enfatizando a avaliação formativa,
nos ajudando a captar os avanços e as dificuldades percebidas. As informações
constatadas deverão ser avaliativas, possibilitando novas decisões, sempre que
essas se fizerem necessárias.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de construção coletiva deste Projeto Político-Pedagógico foi
um grande passo rumo à concretização de uma educação de qualidade em nossa
escola.
As experiências vividas nos encontros, nas reuniões, nas discussões e em
todas as etapas em que paramos as atividades cotidianas para refletir sobre a
realidade escolar, do Colégio estadual “D. Bosco” propiciaram diálogos,
sugestões e uma aproximação maior entre todos os envolvidos com a prática
educativa, despertando para um fazer pedagógico responsável e comprometido.
É sempre bom e necessário buscar alternativas para as ações através da
fundamentação teórica que dá suporte ao trabalho pedagógico. Neste sentido,
traça-se caminhos e metas que, o coletivo deste Colégio buscará com
persistência, pois a “Equipe D. Bosco” firma neste documento o compromisso fiel
por uma educação de qualidade.
Ao longo do processo, verificou-se que o fazer pedagógico não é individual,
mas coletivo, onde a união de forças só poderá ter sentido se as ações forem
encaminhadas também por objetivos comuns, despontando uma ação coletiva
consciente.
Somente com a concretização deste PPP, realizado de forma coletiva,
poderá transformar internamente este Estabelecimento a serviço da
democratização do ensino, colaborando de forma significativa para uma
sociedade justa e humana.
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“ATA DO CONSELHO ESCOLAR COLÉGIO ESTADUAL “D. BOSCO”
Referente à aprovação do PPP (Projeto Político Pedagógico deste Estabelecimento de Ensino)
Aos vinte e dois dias do mês de outubro de dois mil e dez, às dezenove e trinta horas, reúnem-se, sob a presidência da senhora Isanete Maria de Souza Gonçalves, os membros do Conselho Escolar para avaliar o Projeto Político Pedagógico. A presidente expôs aos presentes o referido documento, o qual contempla todas as áreas relacionadas a vida escolar do aluno e do colégio. Documento que objetiva delinear nortes, os quais permitirão um bom desempenho nas atividades dos segmentos envolvidos no processo ensino-aprendizagem. De acordo com a presidente, o presente documento deve ser sempre reelaborado de modo a atender às mudanças pelas quais a educação passará, buscando na sua função social e educativa, propiciar a apropriação do conhecimento pelos alunos, bem como promover espaços de discussão, de participação coletiva na efetivação deste projeto. Após análise, o presente documento fora aprovado por unanimidade. Sem mais, a diretora, senhora Isanete Maria de Souza Gonçalves, deu por encerrada a reunião, às vinte horas e quinze minutos. Eu, Donizeth Aparecida Ferrassa, secretária ”ad hoc”, lavrei a presente ata, que após lida e aprovada será assinada por mim e os demais presentes.
Membros Assinaturas
Presidente
Isanete Maria de Souza Gonçalves
Representantes da Equipe Pedagógica
Zilma Lehmckuhl de Lima
Célia Regina Alviano Pialarissi Panucci
Representantes da Equipe Docente
Lúcio Roberto Vaisvila
Maria Inez Mendonça
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Representantes da Equipe Administrativa
Marta Gavioli Melo
Donizeth Aparecida Ferrassa
Representantes da Equipe Auxiliar Operacional
Iracema Gonçalves Cândido
Suelene Alves de Oliveira
Representantes dos Discentes
William Pereira da Silva
Representantes dos Pais ou Responsáveis
Valdemir João Albanês
Marcio Sartori
Representantes do Grêmio Estudantil
Ruan Henrique Gaspar Branco
Representantes da APMF
Marlene Aparecida Marques Branco
Representantes da Igreja
Marina Gonga Fernandes
Zanete Ragozoni Capiotto
Representantes dos Moradores
Antonio Marques da Silva
Luzia Prezotto Ferreira dos Santos
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