psicodiagnÓstico infantil abordagem existencial humanista método fenomenológico profª alessandra...

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PSICODIAGNÓSTICO PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL INFANTIL Abordagem Existencial Abordagem Existencial Humanista Humanista Método fenomenológico Método fenomenológico Profª Alessandra O. Profª Alessandra O. Henriques Henriques Curso de Psicologia Curso de Psicologia

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Page 1: PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL Abordagem Existencial Humanista Método fenomenológico Profª Alessandra O. Henriques Curso de Psicologia

PSICODIAGNÓSTICO PSICODIAGNÓSTICO INFANTILINFANTIL

Abordagem Existencial HumanistaAbordagem Existencial HumanistaMétodo fenomenológicoMétodo fenomenológico

Profª Alessandra O. HenriquesProfª Alessandra O. HenriquesCurso de PsicologiaCurso de Psicologia

Page 2: PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL Abordagem Existencial Humanista Método fenomenológico Profª Alessandra O. Henriques Curso de Psicologia

PSICODIAGNÓSTICO INFANTILPSICODIAGNÓSTICO INFANTILA evolução do conceito de psicodiagnósticoA evolução do conceito de psicodiagnóstico Anos 50Anos 50 – ROGERS – ROGERS

Insatisfação com as formas de avaliaçãoInsatisfação com as formas de avaliação

Estudo compreensivoEstudo compreensivo

““Aborde as crianças e não os sintomas”Aborde as crianças e não os sintomas”

““Relevância dos fatos e seu significado, não apenas conhecer os Relevância dos fatos e seu significado, não apenas conhecer os fatos”fatos”

Para realizar psicodiagnóstico: “Respeito pela integridade da Para realizar psicodiagnóstico: “Respeito pela integridade da criança, compreensão de si mm, conhecimentos de psicologia, criança, compreensão de si mm, conhecimentos de psicologia, comportamento humano e seus determinantes físicos, sociais e comportamento humano e seus determinantes físicos, sociais e psicológicos”.psicológicos”.

Estruturação ou da atividade diagnóstica, inclusive uso de testes Estruturação ou da atividade diagnóstica, inclusive uso de testes (como auxiliares)(como auxiliares)

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PSICODIAGNÓSTICO INFANTILPSICODIAGNÓSTICO INFANTILA evolução do conceito de psicodiagnósticoA evolução do conceito de psicodiagnóstico Anos 70Anos 70 – Fischer e colaboradores – Fischer e colaboradores

Participação do pacienteParticipação do paciente

Psicodiagnóstico colaborativoPsicodiagnóstico colaborativo

Informar ao paciente sobre os procedimentosInformar ao paciente sobre os procedimentos

Valorizar a experiência como dado primárioValorizar a experiência como dado primário

Estimular a capacidade interventiva do pacienteEstimular a capacidade interventiva do paciente

Usar o teste como metáfora (captar o estilo)Usar o teste como metáfora (captar o estilo)

Identificar fatos históricos e elementos humanos significativosIdentificar fatos históricos e elementos humanos significativos

Importância da participação do ambiente (mundo relacional), Importância da participação do ambiente (mundo relacional), condições sociais, neurofisiológicas, etccondições sociais, neurofisiológicas, etc

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PSICODIAGNÓSTICO INFANTILPSICODIAGNÓSTICO INFANTILA evolução do conceito de psicodiagnósticoA evolução do conceito de psicodiagnóstico Anos 80Anos 80 – Augras – Augras

Significados da vivência – fatores históricos, temporais, Significados da vivência – fatores históricos, temporais, relação espaço-corpo, relação com o outro, projeto existencialrelação espaço-corpo, relação com o outro, projeto existencial

Psicodiagnóstico Psicodiagnóstico ≠ Psicoterapia – tarefas distintas≠ Psicoterapia – tarefas distintas

Psicodiagnóstico = Processo de reconhecimento e Psicodiagnóstico = Processo de reconhecimento e compreensão do cliente (deu um novo “nome”)compreensão do cliente (deu um novo “nome”)

Anos 90Anos 90 – Ancona-Lopez – Brasil – Ancona-Lopez – Brasil

Proposta da matriz interventiva ou colaborativaProposta da matriz interventiva ou colaborativa

Adaptação ao contexto local (desdobramento da tese de Adaptação ao contexto local (desdobramento da tese de Fischer)Fischer)

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

"unir a "unir a psicologia da anormalidadepsicologia da anormalidade (doença) com a (doença) com a psicologia da normalidadepsicologia da normalidade (saúde), é indispensável para a (saúde), é indispensável para a atuação diagnóstica e terapêutica, porém nunca praticadas atuação diagnóstica e terapêutica, porém nunca praticadas na forma de abstração, mas de na forma de abstração, mas de indicadoresindicadores para alcançar o para alcançar o fenômeno enquanto manifestação, evitando que tanto os fenômeno enquanto manifestação, evitando que tanto os terapeutas iniciantes quanto os experientes após terapeutas iniciantes quanto os experientes após diagnosticarem, corram o risco de diagnosticarem, corram o risco de contaminar a sua relação contaminar a sua relação com o clientecom o cliente a partir das a partir das verdades diagnosticadasverdades diagnosticadas, o que , o que pode significar estabelecer com ele uma relação análoga pode significar estabelecer com ele uma relação análoga àquela (ou àquelas) que foram as principais responsáveis àquela (ou àquelas) que foram as principais responsáveis pelo tipo de resposta (comportamento) que o cliente pelo tipo de resposta (comportamento) que o cliente desenvolveu para sobreviver e que para o qual, hoje, desenvolveu para sobreviver e que para o qual, hoje, podemos ter uma série de nomes".podemos ter uma série de nomes".

(Ribeiro (Ribeiro apud apud Pimentel)Pimentel)

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil ... "a criação de poderosos instrumentos clínicos como a ... "a criação de poderosos instrumentos clínicos como a

atitude de atitude de compreensão clara e confirmadoracompreensão clara e confirmadora que possibilita o que possibilita o trabalho pessoal de trabalho pessoal de integração criativaintegração criativa de polaridades de polaridades conflitantes.”conflitantes.”

““não realizar o diagnóstico como uma não realizar o diagnóstico como uma ação enclausuranteação enclausurante e e para buscar um modo de fazê-lo, em acordo com o princípio para buscar um modo de fazê-lo, em acordo com o princípio gestáltico de organização e significação que cada organismo gestáltico de organização e significação que cada organismo confere a experiência, sinalizando para a terapia confere a experiência, sinalizando para a terapia pistaspistas para para que cliente e terapeuta, ‘na relação, criem um clima que cliente e terapeuta, ‘na relação, criem um clima propiciador do propiciador do resgateresgate e do desenvolvimento dessa função e do desenvolvimento dessa função essencialmente humana: a função de essencialmente humana: a função de criar e recriar criar e recriar significadossignificados.” .”

‘‘confunde-se o necessário rigor científico com a insidiosa e confunde-se o necessário rigor científico com a insidiosa e paralisante política da certezaparalisante política da certeza’.’.

(Ribeiro (Ribeiro apud apud Pimentel)Pimentel)

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilPor quê?Por quê?

As pessoas nos procuram por queAs pessoas nos procuram por que identificam identificam alguma ruptura alguma ruptura na existência = CRISEna existência = CRISE

Incapacidade de lidar com ela sozinhos, mesmo que não Incapacidade de lidar com ela sozinhos, mesmo que não saibam o que é ou por que se sentem desta formasaibam o que é ou por que se sentem desta forma

Identificação da crise significa assumir sua dor e sofrimento.Identificação da crise significa assumir sua dor e sofrimento.

““Algo não vai bem”. Algo não vai bem”.

No caso da criança....No caso da criança.... Com quem?Com quem?

De quem é a crise?De quem é a crise?

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilPor quê?Por quê?

““Alguém” acha que ela precisa de um tratamento...Alguém” acha que ela precisa de um tratamento...

Não é possível focar atenção apenas na criançaNão é possível focar atenção apenas na criança

Cuidado para situações impregnadas de significados como: Cuidado para situações impregnadas de significados como: “criança-problema”, “hiperativo”, “rebelde”, “agressivo”“criança-problema”, “hiperativo”, “rebelde”, “agressivo”

““Diagnósticos” dados por pais, professores, vizinhos, Diagnósticos” dados por pais, professores, vizinhos, familiaresfamiliares

A precipitação no atendimento da criança tira a A precipitação no atendimento da criança tira a responsabilidade dos pais, da escola e da família.responsabilidade dos pais, da escola e da família.

““Por que tenho de vir se é meu filho que precisa?”Por que tenho de vir se é meu filho que precisa?”

Conhecer o campo de relações envolve todos na situação do Conhecer o campo de relações envolve todos na situação do diagnósticodiagnóstico

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Por que conhecer o campo de relações da Por que conhecer o campo de relações da criança se no caso de pacientes adultos criança se no caso de pacientes adultos não fazemos isso?...não fazemos isso?...

Chamamos pais, amigos, colegas de Chamamos pais, amigos, colegas de trabalho para consulta no atendimento trabalho para consulta no atendimento adulto?....adulto?....

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

A criança não é responsável por siA criança não é responsável por si

Não foi a criança que solicitou a atendimentoNão foi a criança que solicitou a atendimento

De volta ao início: DE QUEM É A CRISE???De volta ao início: DE QUEM É A CRISE???

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

““Quem é o clienteQuem é o cliente do psicólogo no processo de do psicólogo no processo de psicodiagnóstico infantil? psicodiagnóstico infantil?

A rigor, essa questão deve ser colocada sempre A rigor, essa questão deve ser colocada sempre que a pessoa que contrata o serviço psicológico que a pessoa que contrata o serviço psicológico não é a mesma que recebe o atendimento”.não é a mesma que recebe o atendimento”.

(Tsu, 1984 citado por Azevedo)(Tsu, 1984 citado por Azevedo)

A situação (CRISE) incomoda alguém ou quem está A situação (CRISE) incomoda alguém ou quem está com dificuldades para lidar com a criança.com dificuldades para lidar com a criança.

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

Entrevista Inicial com os paisEntrevista Inicial com os pais

O acolhimento nas apresentações iniciais são O acolhimento nas apresentações iniciais são indispensáveis para formação de um bom vínculo.indispensáveis para formação de um bom vínculo.

Entrevistas abertas – configurar a personalidade do Entrevistas abertas – configurar a personalidade do cliente e permitir a colocação de tudo o que os pais cliente e permitir a colocação de tudo o que os pais “acham” ser importante“acham” ser importante

Manifestação da angústiaManifestação da angústia

Os pais sofrem por não terem “dado conta” de sua Os pais sofrem por não terem “dado conta” de sua função como paisfunção como pais

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

“O que está acontecendo?”“O que está acontecendo?” A primeira entrevista não é apenas uma A primeira entrevista não é apenas uma

investigação da queixa para identificar sintomas investigação da queixa para identificar sintomas manifestos e latentes (sintomas objetivos e manifestos e latentes (sintomas objetivos e subjetivos)subjetivos)

““Isto pela simples razão de que consideramos os Isto pela simples razão de que consideramos os sintomas e dificuldades como o sintomas e dificuldades como o reflexoreflexo de uma de uma problemática muito mais ampla, que deriva de problemática muito mais ampla, que deriva de temáticas vivenciaistemáticas vivenciais articuladas numa articuladas numa rede rede complexa de relaçõescomplexa de relações””

(Romero, 1999)(Romero, 1999)

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

“O que está acontecendo?”“O que está acontecendo?” Algo está acontecendo com a criança que a impede Algo está acontecendo com a criança que a impede

de se desenvolver completamentede se desenvolver completamente

Bloqueio ao desenvolvimento emocional, físico, Bloqueio ao desenvolvimento emocional, físico, intelectual, motor, afetivo ou social.intelectual, motor, afetivo ou social.

1ª fase – pais como cliente1ª fase – pais como cliente

Pais – informações necessárias para o Pais – informações necessárias para o entendimento do desenvolvimento da criançaentendimento do desenvolvimento da criança

Desenvolvimento – fenômeno vividoDesenvolvimento – fenômeno vivido

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

“O que está acontecendo?”“O que está acontecendo?” Crise ou ruptura motivadora da busca de assistência Crise ou ruptura motivadora da busca de assistência

psicológica aponta para psicológica aponta para todas as dimensões da existênciatodas as dimensões da existência

Segundo Romero (1999):Segundo Romero (1999): AfetivaAfetiva ValorativaValorativa PráxisPráxis MotivacionalMotivacional Espaço-temporalEspaço-temporal CorporalCorporal SocialSocial Dimensão ser-no-mundo (que engloba todas)Dimensão ser-no-mundo (que engloba todas)

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilDimensões do fenômenoDimensões do fenômeno

““Todas ela se entrecruzam, se influenciam, de modo que Todas ela se entrecruzam, se influenciam, de modo que nem sempre é fácil discriminar num determinado nem sempre é fácil discriminar num determinado fenômeno qual delas é predominante, pois num fenômeno qual delas é predominante, pois num fenômeno qualquer todas estão presentes, embora de fenômeno qualquer todas estão presentes, embora de modo desigual”modo desigual”

(Romero, 1999)(Romero, 1999)

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

Entrevista inicial com os paisEntrevista inicial com os pais Entrevista inicial = primeiraEntrevista inicial = primeirass entrevista entrevistass

As perguntas ou intervenções seguem a fala dos pais As perguntas ou intervenções seguem a fala dos pais e retiradas de seu discursoe retiradas de seu discurso

Compreender a “trama existencial” ou como a crise se Compreender a “trama existencial” ou como a crise se insere na vida de todos os envolvidos com a criançainsere na vida de todos os envolvidos com a criança

Não são interpretações, mas clarificações do Não são interpretações, mas clarificações do fenômenofenômeno

Ajudar os pais a compreender a própria experiência e Ajudar os pais a compreender a própria experiência e refletir expondo pensamentos e sentimentosrefletir expondo pensamentos e sentimentos

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

Entrevista inicial com os paisEntrevista inicial com os paisCONTRATOCONTRATO

Clareza, objetividade e assertividadeClareza, objetividade e assertividade

““Saber ser objetivo não significa descompromissar-Saber ser objetivo não significa descompromissar-se com a subjetividade...”se com a subjetividade...”

Delimitação dos papéis: do psicólogo, dos pais e da Delimitação dos papéis: do psicólogo, dos pais e da criança na relação terapêuticacriança na relação terapêutica

Contrato com os pais tem duração definida – Contrato com os pais tem duração definida – psicodiagnóstico = análise da situaçãopsicodiagnóstico = análise da situação

Nº de sessões definido para a análise situacionalNº de sessões definido para a análise situacional

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

AnamneseAnamnese Plano Sincrônico – momento de vida atualPlano Sincrônico – momento de vida atual

Plano diacrônico – biografia Plano diacrônico – biografia

Por que é importante conhecer a história da criança?Por que é importante conhecer a história da criança?

Psicologia – desenvolvimento humanoPsicologia – desenvolvimento humano

Movimento, temporalidade, construçãoMovimento, temporalidade, construção

Não há como Não há como separarseparar passado-presente-futuro passado-presente-futuro

Homem engajado no tempo e contextualizadoHomem engajado no tempo e contextualizado

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

AnamneseAnamnese Relato de vivências Relato de vivências

Vivência – formas peculiares de organizar a Vivência – formas peculiares de organizar a experiênciaexperiência

Algumas experiências são significativas, outras são Algumas experiências são significativas, outras são “esquecidas” e podem ser evocadas“esquecidas” e podem ser evocadas

Evocação da memória – questionário de anamneseEvocação da memória – questionário de anamnese

A forma de responder, lembrar, omitir, revelam A forma de responder, lembrar, omitir, revelam aspectos importantes para a análiseaspectos importantes para a análise

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

AnamneseAnamnese Distanciamento – Evitação – Aproximação Distanciamento – Evitação – Aproximação

Características da dimensão afetiva conforme as Características da dimensão afetiva conforme as circunstâncias vividascircunstâncias vividas

Modo de estar no mundo é também o modo de estar em Modo de estar no mundo é também o modo de estar em famíliafamília

Rever a biografia da criança permite abordar os modos Rever a biografia da criança permite abordar os modos de relação e encontros significativosde relação e encontros significativos

Aspectos estruturais e orgânicos do desenvolvimentoAspectos estruturais e orgânicos do desenvolvimento

Psicólogo – profissional da saúde habilitado para Psicólogo – profissional da saúde habilitado para perceber possíveis desvios e patologias mentaisperceber possíveis desvios e patologias mentais

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

AnamneseAnamnese Levar o sujeito a se familiarizar com seu próprio Levar o sujeito a se familiarizar com seu próprio

passado, reapropriando-o e integrando-o como sua passado, reapropriando-o e integrando-o como sua realidade mais próxima;realidade mais próxima;

Ressituar os personagens e reavaliar os eventos Ressituar os personagens e reavaliar os eventos vividos;vividos;

Compreender como se originaram os traços distintivos Compreender como se originaram os traços distintivos do caráter e outros fatores da personalidade, do caráter e outros fatores da personalidade, constantes afetivas, valores e representações constantes afetivas, valores e representações dominantes.dominantes.

Romero (1999)Romero (1999)

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico Infantil

AnamneseAnamnese Entrevista X questionário escrito (pp pessoa)Entrevista X questionário escrito (pp pessoa)

““Parece que nos é difícil registrar meias-verdades”Parece que nos é difícil registrar meias-verdades”

““O registro escrito de sentimentos, ideias e fatos O registro escrito de sentimentos, ideias e fatos vividos tem um peso diferente de sua correlata vividos tem um peso diferente de sua correlata narrativa oral, um peso oficializante que narrativa oral, um peso oficializante que responsabiliza o informante” responsabiliza o informante” (Azevedo, 2002)(Azevedo, 2002)

Existem segredos e mitos familiares que numa Existem segredos e mitos familiares que numa entrevista podem nunca serem reveladosentrevista podem nunca serem revelados

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilHORA LÚDICAHORA LÚDICA

Atendendo a criança...Atendendo a criança...

Todas as apresentaçõesTodas as apresentações se fazem necessárias, se fazem necessárias, ambiente, profissional, material, processoambiente, profissional, material, processo

““O que é um psicólogo?”O que é um psicólogo?”

““Para que serve?”Para que serve?”

““Por que Por que eueu preciso de um psicólogo?” preciso de um psicólogo?”

Reconhecimento do “problema”Reconhecimento do “problema”

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilHORA LÚDICAHORA LÚDICA

Atendendo a criança...Atendendo a criança...

Por que usamos BRINQUEDOS?Por que usamos BRINQUEDOS? O brinquedo é um meio de acesso e não um fimO brinquedo é um meio de acesso e não um fim

Não há simbologia no brinquedo, mas se refere a Não há simbologia no brinquedo, mas se refere a aspectos da existênciaaspectos da existência

Aponta a ligação com o mundo e a disposição Aponta a ligação com o mundo e a disposição afetiva da criançaafetiva da criança

A criança revela seu modo de ser na brincadeiraA criança revela seu modo de ser na brincadeira

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilHORA LÚDICAHORA LÚDICA

Olhar para o Olhar para o movimentomovimento da criança da criança

Como ela escolhe o brinquedo?Como ela escolhe o brinquedo?

Como ela manuseia?Como ela manuseia?

Como se movimenta?Como se movimenta?

Como é sua expressão ao brincar?Como é sua expressão ao brincar?

O que ela O que ela falafala enquanto brinca? enquanto brinca?

Perguntas à criança são feitas durante a brincadeiraPerguntas à criança são feitas durante a brincadeira

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilHORA LÚDICAHORA LÚDICA

A criança que veio ao atendimento é a A criança que veio ao atendimento é a mesma que os pais falavam?...mesma que os pais falavam?...

Boa percepção dos paisBoa percepção dos pais

XX

Desencontro – necessidade de intervençãoDesencontro – necessidade de intervenção

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilDEVOLUTIVASDEVOLUTIVAS

““A intervenção ocorre à medida que não se A intervenção ocorre à medida que não se posterguem os posterguem os apontamentosapontamentos que naturalmente que naturalmente ocorrem ao psicólogo durante os encontros, ou ocorrem ao psicólogo durante os encontros, ou seja, quando se seja, quando se compartilhacompartilha com o cliente, com o cliente, durante as sessões de psicodiagnóstico, a durante as sessões de psicodiagnóstico, a maneira como ele se apresenta: a maneira como ele se apresenta: a impressãoimpressão que causa ao psicólogo e as que causa ao psicólogo e as reflexõesreflexões que que possibilita” possibilita”

(Ancona-Lopez, 1995)(Ancona-Lopez, 1995)

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilDEVOLUTIVASDEVOLUTIVAS

Todo encontro é significativoTodo encontro é significativo

A relação psicólogo-cliente já é interventivaA relação psicólogo-cliente já é interventiva

As crianças reagem quase imediatamente ao encontroAs crianças reagem quase imediatamente ao encontro

Outro não envolvido emocionalmente, postura empática, Outro não envolvido emocionalmente, postura empática, bom ouvintebom ouvinte

““...escutar o outro significa estar ...escutar o outro significa estar disponíveldisponível, sem ânimo , sem ânimo preconcebido, sem necessidades urgentes (…) é captar preconcebido, sem necessidades urgentes (…) é captar uma mensagem atendendo a seu sentido menos uma mensagem atendendo a seu sentido menos explícito, abrindo-se ao seu convite”explícito, abrindo-se ao seu convite”

(Romero, 1999)(Romero, 1999)

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilDEVOLUTIVASDEVOLUTIVAS

Indagações ou questionamentos com objetivosIndagações ou questionamentos com objetivos

Acompanhar o fluxo de ideiasAcompanhar o fluxo de ideias

Apreensão mais clara do fenômenoApreensão mais clara do fenômeno

Questionamentos reflexivos, incisivos ou de Questionamentos reflexivos, incisivos ou de confrontaçãoconfrontação

Momento interventivo como possibilitador de mudanças Momento interventivo como possibilitador de mudanças ou autoconhecimentoou autoconhecimento

Não há necessidade de adiar para o momento da Não há necessidade de adiar para o momento da psicoterapiapsicoterapia

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilDEVOLUTIVASDEVOLUTIVAS

Valorizar o conhecimento que os pais têm do próprio Valorizar o conhecimento que os pais têm do próprio filhofilho

Construção conjunta de significadoConstrução conjunta de significado

Compartilhar sua análise e não impor aos paisCompartilhar sua análise e não impor aos pais

Entremeadas aos atendimentos da criançaEntremeadas aos atendimentos da criança

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilTESTES PSICOLÓGICOSTESTES PSICOLÓGICOS

Meio de acesso à criança (como o brinquedo)Meio de acesso à criança (como o brinquedo)

Objetivos clarosObjetivos claros

Testes projetivos Testes projetivos

Desenho, história, jogo, fazem parte do universo infantilDesenho, história, jogo, fazem parte do universo infantil

Estímulos que nos remetem a situações familiares Estímulos que nos remetem a situações familiares

Olhar o teste por uma perspectiva existencialistaOlhar o teste por uma perspectiva existencialista

O inquérito segue o sentido que a criança forneceO inquérito segue o sentido que a criança fornece

O teste não determina o diagnósticoO teste não determina o diagnóstico

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilTESTES PSICOLÓGICOSTESTES PSICOLÓGICOS

Todas as situações-estímulo nos ajudam a compreender Todas as situações-estímulo nos ajudam a compreender o projeto existencialo projeto existencial

Não são usadas simbologiasNão são usadas simbologias

Método fenomenológicoMétodo fenomenológico

E os testes psicométricos?E os testes psicométricos? Modo de relação com a aprendizagem, informações, Modo de relação com a aprendizagem, informações,

planejamento (futuro), processo associativo (passado), planejamento (futuro), processo associativo (passado), temporalidade, espacialidade, ansiedade na realização.temporalidade, espacialidade, ansiedade na realização.

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilVISITASVISITAS

Visita escolarVisita escolar

Visita domiciliarVisita domiciliar

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Psicodiagnóstico InfantilPsicodiagnóstico InfantilDEVOLUTIVASDEVOLUTIVAS

Psicodiagnóstico = recorte, momento de vidaPsicodiagnóstico = recorte, momento de vida

Não é definitivoNão é definitivo

Não é um relatório Não é um relatório finalfinal

Deve ser descritivo e narrar a situação atual vividaDeve ser descritivo e narrar a situação atual vivida

““É” - deterministaÉ” - determinista

““Está” - aponta possibilidadesEstá” - aponta possibilidades

Relatório para os pais e “livro” para as crianças Relatório para os pais e “livro” para as crianças (opcional)(opcional)

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ReferênciasReferências

ANCONA-LOPEZ. Psicodiagnóstico: processo de intervenção. São Paulo: ANCONA-LOPEZ. Psicodiagnóstico: processo de intervenção. São Paulo: Cortez, 1995.Cortez, 1995.

AZEVEDO, D. Análise Situacional ou psicodiagnóstico infantil: umas AZEVEDO, D. Análise Situacional ou psicodiagnóstico infantil: umas abordagem humanista-existencial. In: ANGERAMI, V. Psicoterapia abordagem humanista-existencial. In: ANGERAMI, V. Psicoterapia Fenomenológica Existencial. SP: Pioneira Thomson Learning, 2002.Fenomenológica Existencial. SP: Pioneira Thomson Learning, 2002.

O'CAMPO, M. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. SP: O'CAMPO, M. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. SP: Martins Fontes, 1979.Martins Fontes, 1979.

MAY, R. O homem à procura de si mesmo. Petrópolis: Vozes, 1996.MAY, R. O homem à procura de si mesmo. Petrópolis: Vozes, 1996.

ROMERO E. As dimensões da vida humana: existência e experiência. S.J. ROMERO E. As dimensões da vida humana: existência e experiência. S.J. Campos: Novos Horizontes, 1998.Campos: Novos Horizontes, 1998.