Erika Ramos

Reconstruindo os elos da relação professor e aluno.

SÃO PAULO – USJT

2006

Trabalho de conclusão de curso da Disciplina de Planejamento e Desenvolvimento de Projetos – Curso de Pedagogia Formação de Professores para os anos iniciais do Ensino Fundamental sobre orientação da Profª Dra Cecília de Carvalho

Buscando em si a compreensão do outro.

Só voltando para si é que enxergamos alguns aspectos que nos permite compreender, aceitar e acima de tudo respeitar o outro.

Resgatei dois momentos da minha vida que deram origem a minha pesquisa:

INFÂNCIA...

Mesmo perdido na lembrança, ainda é possível sentir o cheiro, o toque das mãos.

Escola refletindo nas brincadeiras * Marcas positivas e negativas e seus impactos. * A família * A professora, o giz de cera e o chão de madeira.

Adolescência

As marcas feitas em alguns instantes perduraram para sempre e refletiram no meu posicionamento diante da vida.

Escola

A 7ª e 8ª série

Os 15 anos e a escola.

Direcionando o olhar na busca de novos caminhos.

Porque é tão importante o vínculo afetivo na relação entre o professor e o aluno?

Obteve-se a necessidade de conhecer etimologicamente duas palavras:

Afeto

1. Sentimento de ternura, de amor por alguém ou algo. 2. Sentimento de afinidade por alguém ou algo. 4. Psic. Sentimento ou emoção em seus diversos aspectos, como amizade, amor, raiva etc. (Larousse 2006, p 53).

Respeito

Respeito. Do Lat. Respectu, acto ou

efeito de respeitar; consideração;

apreço; importância; ponto de vista;

aspecto; causa; relação.

Pesquisa Qualitativa

A partilha substantiva na vida e nos problemas das pessoas, o compromisso que se vai adensando na medida em que são identificados os problemas e as necessidades e formuladas as estratégias de superação dessas necessidades ou resolvidos os obstáculos que interferiam na ação dos sujeitos. ( Chizzotti 2000, p 83)

Porque nada podemos construir só!

Observação participante

Interferindo e participando

“O caminho que o professor escolheu para aprender foi ensinar”.

Os teóricos

Álvaro Vieira – Concepções de educaçãoConcepção ingênua.

Parte do suposto direito de domínio de uma consciência sobre outra.

AS concepções alienadas da educação têm precisamente esse caráter de alienação, porque concebem o educando como objeto, e por isso não reconhecem nele a dignidade de sujeito, de consciência autônoma ( para si), que só pode ser educada, instruída, em um diálogo esclarecedor e não em uma imposição de idéias. (Álavaro 1909 p, 61)

Concepção crítica

O educando é o sujeito da educação e não objeto dela.

A educação é formação do homem pela sociedade, ou seja, o processo pelo qual a sociedade atua constantemente sobre o desenvolvimento do ser humano no intento de integrá-lo no modo de ser social.

( Álvaro 1909 p, 30).

Concepção crítica do saber

• RELATIVO

• CONCRETO

• HISTÓRICO

• RACIONAL

• EMPÍRICO

• EXISTENCIAL

• NÃO DOGMÁTICO

Carl Rogers

Qualidades essenciais do educador.

Apreço pelo aprendiz como ser humano imperfeito.

O apreço ou aceitação do facilitador em relação ao aprendiz é uma expressão operacional da sua essencial confiança e crédito na capacidade do homem como ser vivo. ( Rogers 1987 p, 115).

Observar e participar, é só começar

Observação feita no Centro de Alfabetização de Jovens e Adultos CAAM

“ Agora eu não tenho medo de falar com a professora”

Ivanilda Carolina

Então a inquietação por querer entender o que a fez escrever esta frase me fez ir em busca de respostas...

“Legal o relacionamento que nós temos, somos como amigos, da família dizemos assim.Onde eu estudava antes a gente não tinha esse relacionamento, era só para ensinar. Aqui a gente brinca, tira foto. Lá não tinha isso, ela separava o trabalho dela e o aluno.” Vanilda Maria

“Se a professora fica quieta na dela, os alunos ficam também na deles

O mais legal é que a gente faz perguntas e você responde as nossas perguntas. Isso é legal!”

Ivanilda Carolina

Isto significa que os sentimentos que experimenta estão a seu alcance, estão disponíveis ao seu conhecimento, que ele é capaz de vivê-los, de fazer algo para si, e, eventualmente, de comunicá-los. Significa que se encaminha para um encontro pessoal direto com o aprendiz, econtrando-se com ele na base de pessoa – a – pessoa.

( Rogers 1982 p, 112).

Referências CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências

Humanas e Sociais, Cortez Editora, São Paulo, 2000.

FREIRE Paulo, Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à prática educativa. São Paulo editora, São Paulo, 1997.

PINTO, Álvaro. Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo Editora

Centro Universitário Ritter dos Reis, 2000. ROGERS, Carl. Liberdade para aprender. 4 ed.

Interlivros, Minas Gerais, 1997. ROGERS, Carl. Tornar-se pessoa, 6 ed. Martins

Fontes, São Paulo, 1982.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 21 ed. São Paulo Cortez Editora, 2002.

VYGOTSKI. A psicologia da aprendizagem. Saraiva Editora, São Paulo, 2000.

Wallon, Henri. A afetividade. In: A evolução psicológica da criança. São Paulo Edições 70. 1968.

Conclusões parciais. Com esta pesquisa ficou evidenciado a

responsabilidade que temos enquanto educadores e que nossas atitudes assim como muitas vezes é reflexo de algo que ficou marcado, marcará nossos alunos também.

Com a educação de Jovens e adultos por exemplo além de termos esse cuidado, é preciso que seja desenvolvido todo um trabalho de "resgate".

Porque a maior prisão de homem é a prisão em si mesmo.

No dia de hoje não poderia deixar de ser grata a Ti,

MEU DEUS!!!

Meu Deus, está chegando!

Meu Deus, dai-me inspiração.

Meu Deus, e agora perdi meu trabalho!!!

Aquelas pessoas colocadas por Deus para nos

auxiliar:

Professora Cecília, que apesar de seu nível de conhecimento avaliou meu trabalho entendendo o meu nível de conhecimento.

Aos companheiros de sala e em especial ao meu grupo por me fazerem vivenciar as duas palavras chave da minha pesquisa que são : O ato de amar e respeitar o outro.

Não seria possível sem...

Obrigada!