relatório anual da administração e demonstrações...

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CNPJ/MF 08.336.804/0001-78 | NIRE: 42.3.0003076-7 | Inscrição Estadual: 255.267.177 Subsidiária Integral da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO Com o advento da Medida Provisória n o 579/2012 e os efeitos da baixa hidraulicidade nas usinas, a partir de 2013 o Setor Elétrico imergiu numa crise sem precedentes. As mudan- ças estruturais, associadas à elevação dos custos para compra de energia e dos encargos intrassetoriais, provocaram muitas dificuldades para a gestão econômico-financeira das empresas. No setor da geração, tal cenário tem provocado muitas mudanças nas empresas e muitas delas registraram grandes perdas de ativos, por conta dos efeitos da MP de 2012. Na Ce- lesc Geração, por força do posicionamento estratégico, temos nos esforçado no sentido de garantir não só a manutenção do parque próprio, mas também a expansão da capacidade de geração. Em 2016, foram investidos R$ 228,6 milhões para recuperar a concessão das usinas afeta- das pela MP. Os novos contratos foram assinados ainda em janeiro daquele ano e permitiram à Celesc G continuar explorando, pelos próximos trinta anos, as usinas Salto Weisbach, em Blumenau; Cedros e Palmeiras, em Rio dos Cedros; Garcia, em Angelina; e Bracinho, no mu- nicípio de Schroeder, que totalizam 63,2 MW de capacidade instalada. Em 2017, após processo no campo jurídico, conquistamos a renovação do contrato de con- cessão da usina Pery, a maior do parque próprio, por mais trinta anos, a partir de 10 de ju- lho, com a alocação integral da energia no regime de cotas da garantia física de energia e de potência. A indenização dos ativos não amortizados, R$114 milhões, referente à ampliação da usina concluída em 2013, será paga à Empresa ao longo do novo prazo de concessão. No ano, os investimentos também foram destinados à melhoria e automação das usinas que compõem o parque de geração própria e ao aporte de recursos nas sociedades em que a Empresa possui participação societária. Os investimentos no parque próprio têm o objetivo de reduzir os custos operacionais, dar mais confiabilidade à operação do sistema e mais se- gurança às instalações físicas. Junto às SPEs, viabilizam o plano de expansão do parque gerador e a diversificação do por- tfólio de negócios. Nesse sentido, 2017 entra para a história recente da Celesc como o ano que o grupo reforça, de forma efetiva, sua atuação no campo da transmissão de energia elé- trica, um dos focos da Companhia para a criação de valor. E esse passo se dá em parceria com a empresa EDP Energias do Brasil, por meio do Con- sórcio Aliança, que será responsável pela construção de 485 km de linhas elétricas e de uma subestação em alta tensão no território catarinense. O trajeto da nova rede passará por 28 municípios, entre o Oeste e o Sul catarinense, e a nova configuração do sistema vai propor- cionar uma nova realidade para o atendimento do sistema elétrico estadual e regional. É desta forma, firme e perseverante, que a Celesc Geração torna-se, a cada ano, um bra- ço cada vez mais forte do Grupo Celesc. O cenário é árido devido às atuais condições po- lítico-econômicas vigentes no País, mas há um propósito muito bem estabelecido na Com- panhia que é o de agir de maneira assertiva e sustentável. Em 2018, continuaremos nessa mesma trajetória. Cleverson Siewert Pedro Bittencourt Neto Diretor Presidente Presidente do Conselho de Administração 1. APRESENTAÇÃO Com nossos cumprimentos, apresentamos o Relatório Anual da Administração, as Demons- trações Financeiras da Celesc Geração S.A. (Celesc G ou Companhia), relativos ao exercí- cio social encerrado em 31 de dezembro de 2017, acompanhados do Relatório dos Auditores Independentes, da Manifestação do Conselho de Administração e do Parecer do Conselho Fiscal. Este Relatório é prioritariamente destinado aos acionistas da Companhia, mas está à dispo- sição para acesso público no website da Celesc, sendo ainda publicado em mídia impressa em jornal de grande circulação na cidade e no Estado onde está localizada a sede da Com- panhia e no Diário Oficial do Estado de Santa Catarina, de acordo com a legislação brasileira. 2. A CELESC GERAÇÃO A Celesc Geração é a subsidiária do Grupo Celesc que atua no segmento de geração de energia elétrica, através da operação, manutenção e expansão do parque próprio de gera- ção e da participação em empreendimentos de geração de energia em parcerias com inves- tidores privados. Em 2017, a Empresa também passou a atuar na área de transmissão de energia elétrica por meio do Consórcio Aliança, onde detém participação de 10% das ações. Em 31 de dezembro de 2017, a Empresa possuía um parque gerador próprio formado por 12 usinas, sendo 08 Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs e 04 Centrais Geradoras Hidrelé- tricas - CGHs. Além disso, a Empresa detém participação minoritária em mais 08 PCHs de- senvolvidas em parceria com investidores privados, no formato de Sociedades de Propósito Específico - SPE, conforme mostram as tabelas a seguir: Parque Gerador Próprio | 100% da Celesc Geração S.A. Usinas Localização Termo Final da Concessão Potência Instalada (MW) Garantia Física (MW) Garantia Física em Cotas PCH Pery* Curitibanos - SC 09/07/2047* 30,00 14,08 100% PCH Palmeiras Rio dos Cedros - SC 07/11/2046 24,60 16,70 70% PCH Bracinho Schroeder - SC 07/11/2046 15,00 8,80 70% PCH Garcia Angelina - SC 07/07/2045 8,92 7,10 70% PCH Cedros Rio dos Cedros - SC 07/11/2046 8,40 6,75 70% PCH Salto Blumenau - SC 07/11/2046 6,28 3,99 70% PCH Celso Ramos Faxinal dos Guedes - SC 17/03/2035 5,62 3,80 N/A PCH Caveiras Lages - SC 10/07/2018** 3,83 2,77 N/A CGH Ivo Silveira Campos Novos - SC *** 2,60 2,03 N/A CGH Rio do Peixe Videira - SC *** 0,52 0,50 N/A CGH Piraí Joinville - SC *** 0,78 0,45 N/A CGH São Lourenço Mafra - SC *** 0,42 0,22 N/A Total - MW 106,97 67,19 * Concessão prorrogada por mais 30 anos, passando a vigorar em 10 de julho de 2017. ** Usina passará a ser CGH após vencimento da concessão. *** Usinas com potência inferior a 5 MW estão dispensadas do ato de concessão (Lei 13.360/16). Fonte:DGT Empreendimentos em Operação | Celesc Geração S.A. detém Participação Minoritária Usinas Localização Termo Final da Concessão Potência Instalada (MW) Garantia Física (MW) Participação Celesc Geração Equivalente Potência Instalada (MW) Equivalente Garantia Física (MW) PCH Rondinha Passos Maia - SC 05/10/2040 9,60 5,48 32,5% 3,12 1,78 PCH Prata Bandeirante - SC 05/05/2039 3,00 1,68 26,0% 0,78 0,44 PCH Belmonte Belmonte - SC 05/05/2039 3,60 1,84 26,0% 0,94 0,48 PCH Bandeirante Bandeirante - SC 05/05/2039 3,00 1,76 26,0% 0,78 0,46 PCH Xavantina Xanxerê - SC 07/04/2040 6,08 3,54 40,0% 2,43 1,42 Total - MW 25,28 14,30 8,05 4,58 Fonte:DGT 3. DIRETRIZES ESTRATÉGICAS E CRIAÇÃO DE VALOR O Plano Diretor Celesc 2030, que formula as diretrizes estratégicas para a Celesc Holding e su- as subsidiárias integrais, foi estruturado com base nas aspirações dos principais stakeholders do Grupo e é o documento que define as metas e os balizadores estratégicos de longo prazo. Seus pilares são potenciar a geração de valor, criar valor com crescimento e transformar o Grupo por meio dos empregados. A Sustentabilidade está focada no reforço e valorização de compromissos com Pessoas, Governança Corporativa, Responsabilidade Socioambiental e Gestão Pública. As metas para o cumprimento do Plano são definidas nos Contratos de Gestão, assinados entre o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva, e nos Acordos de Desempenho, estabelecidos entre a Diretoria e todas as demais áreas das empresas. As iniciativas estratégicas para o período 2018-2022 foram traçadas e demonstram o com- promisso da Celesc com a sustentabilidade de seus negócios. Dentre as iniciativas previstas, à Celesc Geração S.A. cabe, especialmente, valorizar os ativos atuais de geração e diversifi- car o portfólio de atuação do Grupo Celesc.

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Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

CNPJ/MF 08.336.804/0001-78 | NIRE: 42.3.0003076-7 | Inscrição Estadual: 255.267.177Subsidiária Integral da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO Com o advento da Medida Provisória no 579/2012 e os efeitos da baixa hidraulicidade nas usinas, a partir de 2013 o Setor Elétrico imergiu numa crise sem precedentes. As mudan-ças estruturais, associadas à elevação dos custos para compra de energia e dos encargos intrassetoriais, provocaram muitas dificuldades para a gestão econômico-financeira das empresas.

No setor da geração, tal cenário tem provocado muitas mudanças nas empresas e muitas delas registraram grandes perdas de ativos, por conta dos efeitos da MP de 2012. Na Ce-lesc Geração, por força do posicionamento estratégico, temos nos esforçado no sentido de garantir não só a manutenção do parque próprio, mas também a expansão da capacidade de geração.

Em 2016, foram investidos R$ 228,6 milhões para recuperar a concessão das usinas afeta-das pela MP. Os novos contratos foram assinados ainda em janeiro daquele ano e permitiram à Celesc G continuar explorando, pelos próximos trinta anos, as usinas Salto Weisbach, em Blumenau; Cedros e Palmeiras, em Rio dos Cedros; Garcia, em Angelina; e Bracinho, no mu-nicípio de Schroeder, que totalizam 63,2 MW de capacidade instalada.

Em 2017, após processo no campo jurídico, conquistamos a renovação do contrato de con-cessão da usina Pery, a maior do parque próprio, por mais trinta anos, a partir de 10 de ju-lho, com a alocação integral da energia no regime de cotas da garantia física de energia e de potência. A indenização dos ativos não amortizados, R$114 milhões, referente à ampliação da usina concluída em 2013, será paga à Empresa ao longo do novo prazo de concessão.

No ano, os investimentos também foram destinados à melhoria e automação das usinas que compõem o parque de geração própria e ao aporte de recursos nas sociedades em que a Empresa possui participação societária. Os investimentos no parque próprio têm o objetivo de reduzir os custos operacionais, dar mais confiabilidade à operação do sistema e mais se-gurança às instalações físicas.

Junto às SPEs, viabilizam o plano de expansão do parque gerador e a diversificação do por-tfólio de negócios. Nesse sentido, 2017 entra para a história recente da Celesc como o ano que o grupo reforça, de forma efetiva, sua atuação no campo da transmissão de energia elé-trica, um dos focos da Companhia para a criação de valor.

E esse passo se dá em parceria com a empresa EDP Energias do Brasil, por meio do Con-sórcio Aliança, que será responsável pela construção de 485 km de linhas elétricas e de uma subestação em alta tensão no território catarinense. O trajeto da nova rede passará por 28 municípios, entre o Oeste e o Sul catarinense, e a nova configuração do sistema vai propor-cionar uma nova realidade para o atendimento do sistema elétrico estadual e regional.

É desta forma, firme e perseverante, que a Celesc Geração torna-se, a cada ano, um bra-ço cada vez mais forte do Grupo Celesc. O cenário é árido devido às atuais condições po-lítico-econômicas vigentes no País, mas há um propósito muito bem estabelecido na Com-panhia que é o de agir de maneira assertiva e sustentável. Em 2018, continuaremos nessa mesma trajetória.

Cleverson Siewert Pedro Bittencourt NetoDiretor Presidente Presidente do Conselho de Administração

1. APRESENTAÇÃOCom nossos cumprimentos, apresentamos o Relatório Anual da Administração, as Demons-trações Financeiras da Celesc Geração S.A. (Celesc G ou Companhia), relativos ao exercí-cio social encerrado em 31 de dezembro de 2017, acompanhados do Relatório dos Auditores Independentes, da Manifestação do Conselho de Administração e do Parecer do Conselho Fiscal.

Este Relatório é prioritariamente destinado aos acionistas da Companhia, mas está à dispo-sição para acesso público no website da Celesc, sendo ainda publicado em mídia impressa em jornal de grande circulação na cidade e no Estado onde está localizada a sede da Com-panhia e no Diário Oficial do Estado de Santa Catarina, de acordo com a legislação brasileira.

2. A CELESC GERAÇÃOA Celesc Geração é a subsidiária do Grupo Celesc que atua no segmento de geração de energia elétrica, através da operação, manutenção e expansão do parque próprio de gera-ção e da participação em empreendimentos de geração de energia em parcerias com inves-tidores privados. Em 2017, a Empresa também passou a atuar na área de transmissão de energia elétrica por meio do Consórcio Aliança, onde detém participação de 10% das ações.

Em 31 de dezembro de 2017, a Empresa possuía um parque gerador próprio formado por 12 usinas, sendo 08 Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs e 04 Centrais Geradoras Hidrelé-tricas - CGHs. Além disso, a Empresa detém participação minoritária em mais 08 PCHs de-senvolvidas em parceria com investidores privados, no formato de Sociedades de Propósito Específico - SPE, conforme mostram as tabelas a seguir:

Parque Gerador Próprio | 100% da Celesc Geração S.A.

Usinas Localização

Termo Final da

Concessão

Potência Instalada

(MW)

Garantia Física (MW)

Garantia Física

em Cotas

PCH Pery* Curitibanos - SC 09/07/2047* 30,00 14,08 100%PCH Palmeiras Rio dos Cedros - SC 07/11/2046 24,60 16,70 70%PCH Bracinho Schroeder - SC 07/11/2046 15,00 8,80 70%PCH Garcia Angelina - SC 07/07/2045 8,92 7,10 70%PCH Cedros Rio dos Cedros - SC 07/11/2046 8,40 6,75 70%PCH Salto Blumenau - SC 07/11/2046 6,28 3,99 70%PCH Celso Ramos Faxinal dos Guedes - SC 17/03/2035 5,62 3,80 N/APCH Caveiras Lages - SC 10/07/2018** 3,83 2,77 N/ACGH Ivo Silveira Campos Novos - SC *** 2,60 2,03 N/ACGH Rio do Peixe Videira - SC *** 0,52 0,50 N/ACGH Piraí Joinville - SC *** 0,78 0,45 N/ACGH São Lourenço Mafra - SC *** 0,42 0,22 N/A

Total - MW 106,97 67,19

* Concessão prorrogada por mais 30 anos, passando a vigorar em 10 de julho de 2017.** Usina passará a ser CGH após vencimento da concessão.*** Usinas com potência inferior a 5 MW estão dispensadas do ato de concessão (Lei 13.360/16).Fonte:DGT

Empreendimentos em Operação | Celesc Geração S.A. detém Participação Minoritária

Usinas Localização

Termo Final da

Concessão

Potência Instalada

(MW)

Garantia Física (MW)

Participação Celesc

Geração

Equivalente Potência Instalada

(MW)

Equivalente Garantia

Física (MW)

PCH Rondinha Passos Maia - SC 05/10/2040 9,60 5,48 32,5% 3,12 1,78PCH Prata Bandeirante - SC 05/05/2039 3,00 1,68 26,0% 0,78 0,44PCH Belmonte Belmonte - SC 05/05/2039 3,60 1,84 26,0% 0,94 0,48PCH Bandeirante Bandeirante - SC 05/05/2039 3,00 1,76 26,0% 0,78 0,46PCH Xavantina Xanxerê - SC 07/04/2040 6,08 3,54 40,0% 2,43 1,42Total - MW 25,28 14,30 8,05 4,58

Fonte:DGT

3. DIRETRIZES ESTRATÉGICAS E CRIAÇÃO DE VALOR

O Plano Diretor Celesc 2030, que formula as diretrizes estratégicas para a Celesc Holding e su-as subsidiárias integrais, foi estruturado com base nas aspirações dos principais stakeholders do Grupo e é o documento que define as metas e os balizadores estratégicos de longo prazo.

Seus pilares são potenciar a geração de valor, criar valor com crescimento e transformar o Grupo por meio dos empregados. A Sustentabilidade está focada no reforço e valorização de compromissos com Pessoas, Governança Corporativa, Responsabilidade Socioambiental e Gestão Pública.

As metas para o cumprimento do Plano são definidas nos Contratos de Gestão, assinados entre o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva, e nos Acordos de Desempenho, estabelecidos entre a Diretoria e todas as demais áreas das empresas.

As iniciativas estratégicas para o período 2018-2022 foram traçadas e demonstram o com-promisso da Celesc com a sustentabilidade de seus negócios. Dentre as iniciativas previstas, à Celesc Geração S.A. cabe, especialmente, valorizar os ativos atuais de geração e diversifi-car o portfólio de atuação do Grupo Celesc.

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

3.1. Mais GeraçãoNos últimos anos, norteada pelo posicionamento estratégico de aumentar a capacidade de geração própria, a Empresa passou a investir na repotenciação das usinas próprias e na ex-pansão das parcerias para viabilizar projetos que visam à construção de novos empreendi-mentos. As tabelas abaixo apresentam os empreendimentos em desenvolvimento e os res-pectivos estágios. Quanto à garantia física (nova ou incremental), a meta é a de obter, em média, 55% de fator de capacidade, padrão observado para outros empreendimentos em operação com características similares:

Empreendimentos em Desenvolvimento | Celesc Geração S.A. detém 100%

Usinas Localização

Termo Final da

Concessão

Potência Instalada

(MW)

Acréscimo de

Potência (MW)

Potência Final (MW)

Data prevista de entrada em

operação Status

PCH Celso RamosFaxinal dos

Guedes - SC 17/03/2035 5,62 7,20 12,82 N/DRevisão Projeto

PCH SaltoBlumenau

- SC 07/11/2046 6,28 23,70 29,98 N/D**Análise

na Aneel

PCH Cedros Etapas 1 e 2Rio dos

Cedros - SC 07/11/2046 8,40 4,50 12,90 N/D** Inventário

PCH PalmeirasRio dos

Cedros - SC 07/11/2046 24,60 0,75 25,35 N/D** Inventário

CGH MaruimSão José

- SC * 0,00 1,40 1,40 jan/19 LAI

Total - MW 44,90 37,55 82,45

* Usinas com potência inferior a 5 MW estão dispensadas do ato de concessão.** Depende de trâmites regulatóriosFonte:DGT

Usinas Localização

Termo Final da

Concessão

Potência Instalada

(MW)

Participação Celesc

Geração

Equivalente Potência Instalada

(MW)

Data prevista de entrada em

operação Status

PCH Painel

São Joaquim - SC 18/03/2043 9,20 32,5% 2,99 N/D

Revisão Projeto

PCH Campo Belo

Campo Belo do Sul - SC 19/05/2044 9,95 30,0% 2,99 N/D

Revisão Projeto

PCH Garça Branca Anchieta - SC 13/03/2043 6,50 49,0% 3,19 1S18

Iniciada no 1S15

Total - MW 25,65 9,16

Fonte:DGT

Todas as usinas do parque gerador próprio e todas as usinas em parceria em operação parti-cipam do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, sistema de compartilhamento de ris-cos hidrológicos onde as usinas participantes transferem a energia gerada excedente à sua garantia física às usinas que geraram abaixo.

3.2. Ingresso na Transmissão Estrategicamente, o Grupo Celesc, por meio da Celesc Geração, também está ampliando sua participação no setor de transmissão de energia elétrica. Conforme divulgado em comu-nicado ao mercado na data de 24 de abril, disponível no site de RI (www.celesc.com.br/ri), o Consórcio Aliança, formado pela EDP - Energias do Brasil (90%) e pela Celesc Geração (10%), venceu a disputa pelo lote 21 do Leilão no 05/2016 da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.

O Lote 21 foi o terceiro maior projeto ofertado no leilão, composto por diversas instalações no estado de Santa Catarina, incluindo três linhas de transmissão de 525 kV e duas linhas de 230 kV (que somam 485 km de extensão); além de uma subestação 525/230 kV. O empre-endimento visa à expansão do sistema de alta tensão da região sul e planalto catarinense. O prazo para a execução das obras é de 60 meses e a entrada em operação comercial deter-minada é para agosto de 2022, com possibilidade de antecipação.

A SPE SC Transmissora Aliança SC foi constituída em julho e o Contato de Concessão assi-nado em Agosto. Atualmente, o projeto está em fase de licenciamento ambiental e tratativas fundiárias. A concessão para exploração do empreendimento é válida por trinta anos. As con-dições obtidas no leilão resultam em uma rentabilidade de 12% real acionista, acima da meta estabelecida no Plano Diretor da Companhia (10%).

4. AMBIENTE ECONÔMICOEmbora tenha sido mais um ano difícil para a economia brasileira, em Santa Catarina os si-nais foram de recuperação econômica e, com isso, o consumo de energia elétrica foi 4% maior do que o registrado em 2016.

No País, a variação do consumo total foi de 0,8% em relação a 2016 e representou o primei-ro resultado positivo dos últimos três anos. No ano, o consumo da classe industrial cresceu 1,3%. Nas residências, 0,8% e no comércio, 0,3%. Na região Sul do País, o crescimento foi de 3% em relação a 2016. Com o desempenho registrado em 2017, o nível de consumo de energia elétrica nacional fechou 2017 no patamar próximo do registrado em 2015.

Ao mesmo tempo que a demanda por energia elétrica cresceu, o ano foi de poucas chuvas e a condição foi de baixa hidraulicidade nos reservatórios das usinas hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional. Essa situação foi a principal causa da alta do preço médio do MWh no mercado de curto prazo, que chegou a R$318,15, ante R$92,40 em 2016.

Para a Celesc Geração, o preço de venda compensou a menor disponibilidade de energia no mercado de curto prazo em relação ao ano anterior, uma vez que, a partir de novembro, parte da energia descontratada ao longo do ano migrou para o sistema de cotas, com a vigência da nova concessão de quatro das suas usinas. Neste novo ambiente, no qual a responsabilida-de do risco hidrológico é do comprador, o preço médio praticado foi de R$207/ MWh, 124% maior que o do mercado de curto prazo em 2016. Tal desempenho também contribuiu para o resultado da Empresa no ano.

Em 2017, o faturamento com contratos de longo prazo aumentou 4,7%, para pouco mais de R$ 46 milhões, com o preço médio 15% maior que em 2016, compensando a diminuição de 8,8% na quantidade de energia vendida nesse tipo de contrato. No período, 45% do fatura-mento com venda de energia foi proveniente do mercado regulado (sistema de cotas) e 55% foi vendido no mercado livre. O aumento da atividade econômica contribuiu para a maior li-quidez da Empresa durante o ano.

5. AMBIENTE REGULATÓRIO

5.1. Concessões ProrrogadasDas 12 usinas que formam o parque próprio da Celesc G, oito foram abrangidas pela Medida Provisória – MP 579/12: PCHs Palmeiras, Bracinho, Garcia, Cedros, Salto, Caveiras, Pery e Celso Ramos. Tendo em vista a Empresa não ter optado pela antecipação da prorrogação dessas usinas, cinco foram objeto do Leilão no 12/2015, do qual a Celesc G sagrou-se vencedora do Lote C e retomou a concessão dos empreendimentos citados a seguir:

Geradora LocalidadePotência

Instalada (MW)

Garantia Física (MW)

Data de Vencimento

da Concessão

UHE Palmeiras Rio dos Cedros/SC 24,60 16,70 07/11/2046

UHE Bracinho Schroeder/SC 15,00 8,80 07/11/2046

UHE Garcia Angelina/SC 8,92 7,10 05/01/2046

UHE Cedros Rio dos Cedros/SC 8,40 6,75 07/11/2046

UHE Salto Blumenau/SC 6,28 3,99 07/11/2046

Total da Capacidade Instalada 63,20 43,34

Fonte:DGT

Em 2016, a Empresa pagou os R$228 milhões relativos ao Bônus de Outorga exigidos no lei-lão para o referido lote, e, consequentemente, assinou os Contratos de Concessão no 006 e 007/2016. Setenta por cento da energia das usinas está alocada no regime de cotas, que é o percentual da Garantia Física de Energia e de Potência alocado às distribuidoras do Sistema Interligado Nacional e os outros 30% são comercializados no mercado livre.

Em relação à Usina Pery, havia discussão judicial quanto à possibilidade de prorrogação da concessão nos moldes anteriores à MP 579/12, isto é, a fim de comercializar a sua energia totalmente no mercado livre, tendo em vista a usina ter sido ampliada recentemente. Porém, em julho de 2017, após diversas análises e discussões, a Celesc G decidiu por prorrogar a concessão desta usina nos termos da Lei no 12.783/13, regime de cotas, de modo que foram autorizadas as medidas judiciais necessárias para a extinção do Processo Judicial existente, incluindo os recursos relativos. A Concessão, desta forma, foi prorrogada por 30 anos, vigo-rando a partir 10 de julho de 2017, com a alocação integral da energia no regime de cotas da garantia física de energia e de potência. A indenização dos ativos não amortizados, R$114 milhões, referente à ampliação da Usina concluída em 2013, será pago à Celesc G ao longo do novo prazo de concessão.

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

Com relação à concessão da PCH Celso Ramos, com o projeto de ampliação da ordem de 7,2MW (5,62MW para 12,82MW) aprovado pelo Órgão Regulador (Despacho ANEEL no 115/2014), a Companhia obteve, em março de 2015, a autorização para a realização das obras de ampliação, bem como, a prorrogação da atual concessão por 20 (vinte) anos, com base no disposto no § 7o do artigo 26 da Lei no 9.427/1996 (Resolução Autorizativa no 5.078/2015). O prazo para as obras de ampliação da usina encerra-se no ano de 2021. Com a finalidade de legitimar referidas autorizações, a Celesc G firmou junto à ANEEL o Segundo Termo Aditivo ao Contrato de Concessão no 006/2013 e atualmente vem traba-lhando na revisão do projeto.

5.2. Fator de Ajuste da Garantia Física – GSF

A Celesc G, assim como a maioria das geradoras no País, busca a suspensão do registro dos custos incorridos pelos geradores hidrelétricos, decorrentes da aplicação do Generation Sca-ling Factor - GSF, uma vez que a frustração da geração hidrelétrica no cenário atual decorre tanto de ordem estrutural quanto conjuntural.

O GSF representa um índice que expressa a razão entre o somatório de toda a energia pro-duzida pelas usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, e o somatório das garantias físicas das usinas.

Entre os anos de 2005 e 2012, o GSF anual do MRE sempre ficou acima de 100%, não one-rando os geradores hidrelétricos. A partir de 2013, este cenário se inverteu, com a média anu-al ficando abaixo de 100% desde então. Tal situação expõe os geradores à aquisição da ener-gia deficitária ao preço do mercado livre.

Desde agosto de 2015, a Empresa detém liminar que determina à CCEE limitar a incidência do GSF ao percentual máximo de 5% do total da Garantia Física. Buscando assegurar posi-cionamento adequado perante à questão, mantém monitoramento permanente sobre o an-damento do processo e acompanha as movimentações de mercado, a fim de antecipar me-didas, caso sejam necessárias.

6. DESEMPENHO OPERACIONALNo ano, o cenário hidrológico mostrou-se bastante desfavorável para a geração de energia elé-trica e, principalmente devido a esse fato, a produção das usinas da Celesc G foi bastante pre-judicada. No acumulado dos doze meses, verificou-se queda de 27,3% no volume de energia gerada pela Empresa. Além da escassez e distribuição irregular das chuvas, o desempenho também foi impactado por obras de automação e/ou manutenção das usinas Rio dos Cedros, Pery, Bracinho e Salto.

O fator de capacidade global em 2017 foi de 46,8%, representando 17,4 p.p. (pontos percentu-ais) abaixo do verificado em 2016 (64,2%).

Desempenho Operacional (GWh)

4o Trimestre Acumulado 12 Meses

2016 2017 Δ 2016 2017 Δ

Parque Gerador Próprio 137,6 87,2 -36,6% 601,7 437,6 -27,3%

UHE Palmeiras 35,1 19,2 -45,2% 150,2 114,6 -23,7%

UHE Bracinho 13,8 13,5 -2,1% 61,9 47,1 -23,9%

UHE Garcia 16,1 14,2 -11,3% 65,8 64,3 -2,2%

UHE Cedros 15,6 0,0 -100,0% 65,3 27,5 -57,9%

UHE Salto 5,5 2,6 -52,9% 26,4 14,6 -44,7%

PCH Celso Ramos 9,7 8,9 -8,6% 42,2 31,6 -25,0%

UHE Pery 27,2 17,8 -34,5% 131,0 90,7 -30,8%

UHE Caveiras 6,3 4,7 -25,3% 25,9 21,1 -18,8%

CGH Ivo Silveira 5,6 5,0 -11,4% 22,2 19,4 -12,6%

CGH Piraí 1,1 0,3 -72,7% 3,9 2,6 -32,8%

CGH Rio do Peixe 1,0 0,8 -19,0% 4,1 2,8 -32,0%

CGH São Lourenço 0,7 0,2 -65,4% 2,9 1,4 -52,9%

Fator da Capacidade Global 58,4% 37,0% -21,4% 64,2% 46,8% -17,4%

Fonte:DGT/DPOM

7. INVESTIMENTOS (CAPEX) Em 2017, os investimentos da Celesc Geração somaram R$16,1 milhões e foram destinados à melhoria e automação das usinas que compõem o parque de geração própria e ao apor-te de recursos nas sociedades em que a Empresa possui participação societária. Os inves-timentos no parque próprio têm o objetivo de modernizar as usinas, reduzir os custos opera-cionais, dar mais confiabilidade à operação do sistema e mais segurança às instalações físi-cas. Junto às SPEs, os investimentos viabilizam o plano de expansão do parque gerador e a diversificação do portfólio de negócios.

7.1. Parque de Geração Próprio

Entre as obras de melhoria, destaque para adequações e reformas nas edificações e demais estruturas civis das usinas Rio do Peixe, Ivo Silveira, Celso Ramos, São Lourenço e Piraí. Também foi realizada a substituição de conduto forçado de madeira da Usina Pery.

No ano, foi dado continuidade ao processo de automação das usinas, iniciado em 2016, com a entrada em operação do Centro de Operação da Geração, que permite a operação remo-ta das unidades geradoras. Os investimentos permitiram, em 2017, a automação das usinas Bracinho, Rio do Peixe e São Lourenço. Em dezembro, estava em andamento o processo de automação das usinas Piraí e Garcia.

Os investimentos no parque gerador próprio somaram R$6,2 milhões no ano, sendo R$2,6 milhões de investimentos na usina Bracinho, R$0,8 milhão na usina Pery, R$0,7 milhão na usina Piraí, R$0,4 milhão na usina Rio do Peixe, R$0,4 milhão na Usina São Lourenço, R$0,7 milhão na Administração Central e R$0,6 milhão nas demais usinas.

7.2. Parcerias em Geração e Transmissão

Os investimentos em SPEs totalizaram R$9,9 milhões em 2017, sendo R$7,9 milhões aplica-dos na SPE Garça Branca Energética, R$1,2 milhão na SPE Xavantina Energética e R$0,9 milhão na SPE EDP Transmissora Aliança SC.

A PCH Garça Branca, em construção, está localizada no extremo oeste do estado de Santa Catarina, entre os municípios de Anchieta e Guaraciaba, com 6,5MW de capacidade instala-da e previsão de operação comercial para o primeiro semestre de 2018.

Quanto ao investimento em transmissão, SPE EDP Transmissora Aliança SC, ao final de 2017 o projeto estava em discussão com a FATMA quanto à definição do traçado para poste-rior protocolo do EIA/RIMA, previsto para o 1o trimestre de 2018. Outras atividades ligadas ao projeto executivo e estudos socioambientais também estavam em andamento.O quadro a seguir traz o resumo e a evolução dos investimentos realizados no ano:

R$ Milhões

4o Trimestre Acumulado 12 Meses

2016 2017 Δ 2016 2017 Δ

Investimentos Celesc G 3,6 6,3 78,7% 235,9 16,1 -93,2%

Investimentos em SPEs 2,9 4,9 69,1% 5,5 9,9 80,5%

Usinas Parque Gerador Próprio 0,7 1,4 121,8% 230,4 6,2 -97,3%

Fonte:DEF/DPRI

8. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

A Celesc G apresentou, no exercício findo em 31 de dezembro de 2017, Lucro Líquido de R$49 milhões, representando um aumento de 94,73%, se comparado ao exercício de 2016 (Lucro Líquido de R$25,1 milhões).

A Receita Operacional Bruta – ROB no exercício de 2017 foi de R$163,9 milhões, volume 19,37% maior que o realizado em 2016 (R$137,3 milhões).

A Receita Operacional Líquida – ROL apresentou crescimento de 18,26% em relação a 2016 (R$125,9 milhões), fechando o exercício de 2017 em R$148,9 milhões.

Por meio dos indicadores econômicos, as informações consolidadas do desempenho da Companhia em 31 de dezembro de 2017 em relação ao mesmo período do ano anterior, são as seguintes:

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

Dados Econômico-Financeiros

31 de dezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

AH

Receita Operacional Bruta – ROB 163.933 137.335 19,37%

Receita Operacional Líquida – ROL 148.877 125.885 18,26%

Resultado das Atividades 83.805 57.527 45,68%

EBITDA 99.553 93.911 6,01%

EBITDA Ajustado 96.461 75.773 27,30%

Margem EBITDA (EBITDA/ROL) 66,87% 74,60% -7,73 p.p.

Margem EBITDA Ajustado (EBITDA/ROL) 64,79% 60,19% 4,60 p.p.

Margem Líquida (LL/ROL) 32,89% 19,97% 12,91 p.p.

Resultado Financeiro (8.545) (18.446) -53,68%

Ativo Total 624.605 569.616 9,65%

Imobilizado 151.631 158.449 -4,30%

Patrimônio Líquido 425.880 389.742 9,27%

Lucro/Prejuízo Líquido 48.960 25.143 94,73%

Fonte:DEF/DPCO

O resultado positivo da Companhia em 2017 foi impactado pelos seguintes aspectos: i) au-mento do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD no ano de 2017, alcançando uma mé-dia de R$318,15/MWh, enquanto que em 2016 a média foi de R$92,40/MWh; ii) reversão de R$11,3 milhões da PECLD no Contas a Receber referente ao Fator de Ajuste da Garantia Física – GSF; iii) redução da despesa de depreciação do Imobilizado em relação a 2016, em função do término dos contratos anteriores de concessões das usinas Cedros, Salto, Braci-nho e Palmeiras; iv) receita decorrente dos novos contratos de cotas das usinas Cedros, Sal-to, Bracinho e Palmeiras; e v) reversão do Impairment Test do Imobilizado.

O Resultado Financeiro da Celesc G em 2017, apesar de negativo em R$8,5 milhões, apre-sentou uma melhora de 53,68% em relação ao ano de 2016, onde as despesas financeiras superaram as receitas financeiras em R$18,4 milhões. O aumento das receitas financeiras é decorrente, principalmente, do reconhecimento de juros ativos sobre o empréstimo à Ce-lesc Distribuição S.A. – Celesc D (mútuo). A despesa financeira reduziu em relação a 2016, já que naquele exercício ocorreu a atualização da segunda parcela do pagamento da bonifi-cação de outorga.

A movimentação do Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício antes dos Juros, Impostos, Resulta-do Financeiro e Depreciação/Amortização – EBITDA está detalhada a seguir:

Conciliação do EBITDA - R$MIL

31 de dezembro

2017

31 de dezembro

2016

Lucro Líquido 48.960 25.143

IRPJ e CSLL Corrente e Diferido 26.300 13.938

Resultado Financeiro 8.545 18.446

Depreciação e Amortização 15.748 36.384

(=) EBITDA 99.553 93.911

(-) Efeitos Não Recorrentes

Provisão Impairment Test Usinas 11.191 9.500

Reversão Impairment Test Usinas (14.283) (21.280)

Reversão da Provisão para Perdas do Imobilizado - (6.358)

(=) EBITDA Ajustado por Efeitos Não Recorrentes 96.461 75.773

Fonte:DEF/DPCO

O EBITDA ajustado do exercício de 2017 atingiu o valor de R$96,5 milhões, ficando 27,30% maior em relação a 2016 (R$75,8 milhões) e a Margem EBITDA Ajustada passou de 60,19% no exercício de 2016 para 64,79% em 2017.

9. RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

A integração do conceito de desenvolvimento sustentável à estratégia corporativa, a busca do melhoramento contínuo do desempenho ambiental de obras e serviços, e a oferta à socieda-de de serviços que contemplem de forma permanente as variáveis socioambientais são alguns dos Princípios de Política Responsabilidade Socioambiental da Celesc. Esse preceito está in-corporado no momento do planejamento e execução dos planos e programas socioambientais, visando minimizar e/ou mitigar os impactos de seus empreendimentos e atividades.

A concepção de novos projetos na Companhia é pautada pela melhoria contínua do de-sempenho socioambiental. Por isso, além do diagnóstico ambiental, o estudo contempla a identificação dos impactos sociais e econômicos que poderão ser gerados pela implan-tação do empreendimento, com o devido plano de mitigação desses impactos em toda a área de influência. Em 2017, foram destaque, na Celesc Geração, as seguintes ações no campo socioambiental:

9.1. Gerenciamento de Resíduos SólidosNo ano, a Celesc Geração encaminhou, para destinação final adequada, 4,6 toneladas de resíduos, incluindo óleos lubrificantes usados, pilhas e baterias, preservantes orgânicos, lâm-padas usadas, resíduos de construção civil, sucatas metálicas ferrosas e sólidos contamina-dos com óleos minerais. A destinação final adequada foi realizada através de incineração, descontaminação, reciclagem, disposição em aterro e rerrefino.

9.2. Monitoramento HidrológicoAs 20 estações telemétricas de monitoramento hidrológico para atendimento a Resolução Conjunta ANA/ANEEL 003/2010 operaram normalmente durante o ano de 2017. Também houve em fevereiro de 2017 uma readequação junto à Agência Nacional de Águas do quan-titativo de estações vinculadas à PCH Pery, sendo que foram desativadas três estações te-lemétricas de um total de cinco.

9.3. Manutenção da Estação Ecológica do Bracinho Esta Unidade de Conservação foi estabelecida através do Decreto Estadual no 22.768/1984, o qual autorizou a criação por parte da Celesc S.A. desta Estação Ecológica, constituída pela bacia de acumulação das usinas Bracinho e Piraí, nos municípios de Schroeder e Joinville. Contempla área de 4600 hectares, preservando com a criação desta uma parcela importante da Floresta Pluvial Atlântica presente na Serra do Mar. O relevo nesta região é bastante irregular, com cotas variando de 100 a 900 metros de altitude. Estas áreas estão inseridas no Bioma Mata Atlântica, na zona núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlân-tica e são definidas como prioritárias a conservação da biodiversidade na categoria Extre-mamente Alta.

9.4. Outorgas de Uso de Água Segundo a Lei Federal no 9.433/1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, aproveitamentos hidrelétricos estão sujeitos à outorga pelo Poder Público, o que assegura o efetivo exercício dos direitos de acesso à água. Atualmente a Empresa possui a outorga de uso da água de todas as 12 usinas hidrelétricas, sendo que no ano de 2017 houve a emissão das outorgas associadas as usinas Ivo Silveira (Portaria SDS no 057/2017) e Pery (Resolu-ção ANA no 1.924/2017).

Também houve a obtenção das outorgas preventivas vinculadas aos projetos de ampliação da usina Salto Weissbach (Portaria SDS no 301/2017) e de reativação da usina Maruim (Por-taria SDS no 277/2017).

9.5. Certificado do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA

A Celesc G se encontra em conformidade com as obrigações cadastrais e de prestação de informações ambientais a respeito das atividades desenvolvidas sob o controle e fiscaliza-ção do IBAMA, por meio do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Polui-doras e Utilizadoras de Recursos Ambientais. Em paralelo também efetuou junto ao IBAMA a regularização da Licença de Porte e Uso das Motosserras nas usinas Bracinho, Pery e Celso Ramos.

9.6. Cadastro Ambiental Rural Para fins de atendimento a Lei Federal no 12.651/2012 a Empresa realizou no ano de 2017 o Cadastro Ambiental Rural de todas as propriedades rurais, totalizando 215 propriedades ca-dastradas. Trata-se de um registro eletrônico que tem como objetivo integrar as informações ambientais das propriedades em uma única base de dados geográficos.

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

9.7. Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório

No âmbito do processo de renovação das licenças ambientais de operação das usinas Garcia, Salto Weissbach, Cedros e Palmeiras a Celesc G iniciou em agosto de 2017 a elaboração de uma proposta de regramento e zoneamento dos reservatórios associados a estas usinas. Esta proposta será consolidada em planos ambientais de conservação e uso do entorno destes reser-vatórios, previstos para serem finalizados até junho/2018. Os serviços contemplam as etapas de caracterização dos empreendimentos, diagnóstico ambiental e zoneamento dos reservatórios. Para fins de atendimento aos usos múltiplos destes reservatórios a etapa de zoneamento está sendo discutida com as prefeituras locais, comitês de bacia e comunidades ribeirinhas.

9.8. Gestão FundiáriaNo ano de 2017 foram realizados, para atendimento ao processo de regularização fundiária, diagnósticos fundiários, serviços topográficos, georreferenciamento de imóveis rurais e ur-banos, retificações, mapeamento por imagens de satélite, ajustes na Declaração de Impos-to Territorial Rural (DITR) da Receita Federal, regularização fiscal, inspeção fundiária e ava-liação de imóveis rurais. Também foram realizados serviços de batimetria para avaliação do grau de assoreamento dos reservatórios.

9.9. Readequação Sistema de Tratamento dos Efluentes Sanitários

No ano de 2017 houve a instalação de novos sistemas de tratamento de efluentes sanitários nas usinas Ivo Silveira, Rio do Peixe e São Lourenço. Este processo de readequação visa enquadrar os empreendimentos nas normas técnicas vigentes.

9.10. Plano de Segurança de Barragens e Plano de Ação de Emergência

Os Planos de Segurança de Barragens (PSB) apresentam as condições, características e re-gras operacionais de cada barragem. Já o Plano de Ação de Emergência fornece as estraté-gias em situações de emergências. Em 2017 a Celesc concluiu os PSBs e PAEs das Usinas e encaminhou ao órgão regulador e entidades relacionadas.

10. GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS

A Celesc possui uma Política de Gestão Estratégica de Riscos e Controles Internos disponí-vel no Portal de Relações com Investidores (www.celesc.com.br/ri), que orienta a alta admi-nistração, gestores e demais empregados na prevenção e mitigação de riscos inerentes aos processos e negócios, apontando as diretrizes a serem observadas para a execução da Ges-tão Estratégica de Riscos e Controles Internos, e define as responsabilidades do Conselho de Administração, do Comitê Jurídico e de Auditoria e da Diretoria Executiva.O Conselho de Administração, órgão máximo na estrutura organizacional da Companhia e de gestão estratégica de riscos, tem como responsabilidade específica acompanhar e avaliar os reportes de riscos e não conformidades e o nível de conformidade dos processos da organi-zação, assessorado pelo seu Comitê Jurídico e de Auditoria.A Diretoria Executiva tem papel fundamental na identificação, avaliação, controle, mitigação, monitoramento, proposta de limites de riscos e desenvolvimento de planos de ação para miti-gação de riscos, acompanhar a execução dos pontos de controle em suas áreas. No Mapa de Riscos Estratégicos de 2017, constam 29 riscos. Os riscos são revisados perio-dicamente, conforme criticidade da última avaliação. Como forma de mitigar os riscos mode-lados, são desenvolvidos planos de ação em conjunto com as áreas gestoras. Tais planos de ação são monitorados pelo Gabinete de Projetos Estratégicos que também reporta sua evo-lução periodicamente para a Diretoria Executiva - DE e para o Conselho de Administração - CA através do Comitê Jurídico e de Auditoria – CJA. Durante o ano, foi iniciada a avaliação dos controles internos no Ambiente de Tecnologia da Informação, além do nível de Processos e de Entidade que já avaliava. Também ampliou os controles, mapeando e avaliando 10 novos macroparocessos e revisando seis existentes, uti-lizando a metodologia COSO.

11. GOVERNANÇA CORPORATIVA

11.1. Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração é o primeiro nível da escala administrativa. O Conselho tem a missão de cuidar e valorizar o patrimônio bem como maximizar o retorno dos investimentos realizados.É formado por treze membros, com mandato de um ano, sendo sete representantes do acio-nista majoritário, dos quais seis são independentes (classificados de acordo com o Regula-mento do Nível 2); quatro representantes dos acionistas minoritários, um representante dos acionistas preferencialistas e um representante (eleito) pelos empregados.

Conselho de Administração

Representante Acionista Majoritário Antônio Marcos Gavazzoni

Representante Acionista Majoritário Cleverson Siewert

Representante Acionista Majoritário Derly Massaud de Anunciação

Representante Acionista Majoritário Pedro Bittencourt Neto *

Representante Acionista Majoritário Ernani Bayer

Representante Acionista Majoritário Luciano Chede *

Representante Acionista Majoritário Ademir Zanella

Representante Acionistas Minoritários Alberto Ribeiro Guth *

Representante Acionistas Minoritários José Gustavo de Souza Costa *

Representante Acionistas Minoritários Jose Luiz Alquéres *

Representante Acionistas Minoritários Vitor Kawano Horibe *

Representante Acionistas Preferencialistas Fabrício Santos Debortolli

Representante dos Empregados Leandro Nunes da Silva

* Conselheiros independentes.Fonte:Celesc

11.2. Conselho FiscalO Conselho Fiscal tem como principais funções analisar as Demonstrações Financeiras e discutir esses resultados com os Auditores Independentes.É formado por cinco membros, sendo três representantes do acionista majoritário, um repre-sentante dos acionistas preferencialistas e um representante dos acionistas minoritários or-dinaristas.

Conselho Fiscal

Representante do Acionista MajoritárioAndré Luiz Bazzo

Suplente: Guilherme da Silva Roman

Representante do Acionista MajoritárioPaulo da Paixão Borges de Andrade

Suplente: Adolar Bekendorf

Representante do Acionista MajoritárioLuiz Hilton Temp

Suplente: Djalma de Souza Coutinho

Representante do Acionista MinoritárioTelma Suzana Mezia

Suplente: José Antônio Diniz de Oliveira

Representante dos Acionistas PreferencialistasThiago Costa Jacinto

Suplente: William Cordeiro

Fonte:Celesc

11.3. Diretoria Executiva A Diretoria Executiva da Companhia é formada por sete diretores, indicados e aprovados pe-lo Conselho de Administração. Em 31 de dezembro de 2017, era composta pelas seguintes pastas: Presidência, Diretoria de Planejamento e Controle Interno, Diretoria de Finanças e Relações com Investidores, Diretoria Comercial, Diretoria de Gestão Corporativa, Diretoria de Assuntos Regulatórios e Jurídicos e Diretoria de Geração e Transmissão e Novos Negócios.

Diretoria Executiva

Diretor Presidente Cleverson Siewert

Diretor de Planejamento e Controle Interno Fábio Fick

Diretor de Finanças e Relações com Investidores José Carlos Oneda

Diretor Comercial Eduardo Cesconeto de Souza

Diretor de Gestão Corporativa Nelson Marcelo Santiago

Diretor de Assuntos Regulatórios e Jurídicos Antônio José Linhares

Diretor de Geração e Transmissão e Novos Negócios Enio Andrade Branco

Fonte:Celesc

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

12. BALANÇO SOCIAL 1 - BASE DE CÁLCULO 2017 2016

Valor (mil reais) Valor (mil reais)- Receita Líquida (RL) 148.877 125.885- Resultado Operacional (RO) 83.805 57.527- Folha de Pagamento Bruta (FPB) - -2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS Valor (mil reais) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil reais) % sobre FPB % sobre RL- Alimentação - - - - - -- Encargos Sociais Compulsórios - - - - - -- Previdência Privada - - - - - -- Saúde - - - - - -- Segurança e saúde no trabalho - - - - - -- Educação - - - - - -- Cultura - - - - - -- Capacitação e Desenv. Profissional - - - - - -- Creches ou Auxílio-creche - - - - - -- Participação nos Lucros ou Resultados - - - - - -- Outros - - - - - -Total - Indicadores Sociais Internos - - - - - -3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL- Educação 100 0,12 0,00 46.681 81,15 37,08- Cultura 400 0,48 0,27 - - -- Saúde e Saneamento - - - - - -- Esporte 100 0,12 0,07 - - -- Combate à Fome e Segurança Alimentar - - - - - -- Outros - - - - - -Total das Contribuições p/ a Sociedade 600 0,72 0,40 46,681 55,70 31,36- Tributos (excluídos os encargos sociais) 39.353 46,96 26,43 15,554 27,04 12,36Total - Indicadores Sociais Externos 39.953 47,67 26,84 62.235 108,18 49,444 - INDICADORES AMBIENTAIS Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL- Investimentos Relac.c/ a Produção/Operação da Empresa 1.739 2,08 1,17 147 0,18 0,10- Investimentos em Programas e/ou Projetos Externos - - - - - -Total dos Investimentos em Meio Ambiente 1.739 2,08 1,17 147 0,26 0,12- Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a Empresa:

(X) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 % ( ) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 %

(X) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 % ( ) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 %

5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL 2017 2016- No de empregados(as) ao final do período - -- No de admissões durante o período - -- No de empregados(as) terceirizados 36 -- No de estagiários(as) 3 8- No de empregados(as) acima de 45 anos - -- No de mulheres que trabalham na Empresa - -- % de cargos de chefia ocupados por mulheres 0% 0%- No de negros(as) que trabalham na Empresa - -- % de cargos de chefia ocupados por negros(as) 0% 0%- No de pessoas com deficiência ou necessecidades especiais - -6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL 2017 2016- Relação entre a maior e a menor remuneração na Empresa - -- Número total de acidentes de trabalho - -

- Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela Empresa foram definidos por: [X] direção [ ] direçãoe gerências

[ ] todos osempregados [ X] direção [ ] direção

e gerências[ ] todos os

empregados- Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: [X] direção e gerências [ ] todos os empregados [ ] todos+Cipa [X] direção e gerências [ ] todos os empregados [ ] todos+Cipa- Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a Empresa:

[ ] não seenvolve

[ ] segue as normas da OIT

[X] incentiva e segue a OIT [ ] não se envolve [ ] segue as

normas da OIT[ X] incentiva

e segue a OIT

- A previdência privada contempla: [ ] direção [ ] direção e gerências [ ] todos osempregados [ ] direção [ ] direção

e gerências[ ] todos os

empregados

- A participação nos lucros ou resultados contempla: [ ] direção [ ] direção e gerências [ ] todos osempregados [ ] direção [ ] direção

e gerências[ ] todos os

empregados- Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela Empresa:

[ ] não sãoconsiderados

[ X] sãosugeridos

[ ] são exigidos

[ ] não sãoconsiderados

[ ] sãosugeridos

[X ] são exigidos

- Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a Empresa: [ ] não se envolve [ ] apoia [X] organiza e incentiva [ ] não se envolve [ ] apoia [X] organiza e incentiva- Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na Empresa: 12 no Procon: 0 na Justiça: 0 na Empresa: 32 no Procon: 0 na Justiça: 0- % de reclamações e críticas solucionadas: na Empresa: 75% no Procon: 100,00% na Justiça: 0,00% na Empresa: 100,00% no Procon: 0,00% na Justiça: 0,10%- Valor Adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2017: 127.273 Em 2016: 93.497

- Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 32,45% governo 12,96% colaboradores 26,44% governo 15,59% colaboradores16,13% terceiros 27,5% retido 10,96% acionistas 31,08% terceiros 19,23% retido 7,66% acionistas

7 - OUTRAS INFORMAÇÕES A Empresa conta com 46 colaboradores cedidos da Celesc Distribuição S.A., sendo que os custos, benefícios, encargos sociais e trabalhistas são integralmente ressarcidos pela Celesc Geração S.A.

CNPJ: 08.336.783/0001-78 UF: SC Coordenação: Regina Schlickmann Luciano - Fone: (48) 3231-5520 - E-mail: [email protected] Econômico: Serviço Público de Energia Elétrica Contador: José Braulino Stähelin (CRC/ SC: 18.996/O-8) - Fone: (48) 3231-6030 – E-mail: [email protected]

“ESTA EMPRESA NÃO UTILIZA MÃO-DE-OBRA INFANTIL OU TRABALHO ESCRAVO, NÃO TEM ENVOLVIMENTO COM PROSTITUIÇÃO OU EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE E NÃO ESTÁ ENVOLVIDA COM CORRUPÇÃO”“NOSSA EMPRESA VALORIZA E RESPEITA A DIVERSIDADE INTERNA E EXTERNAMENTE”

13. AUDITORES INDEPENDENTESConforme disposições contidas na Instrução CVM no 381, de 14 de janeiro de 2003, e ratifica-das pelo Ofício Circular CVM/SEP/SNC no 01, de 25 de fevereiro de 2005, a Celesc informa que o Auditor Independente não prestou qualquer tipo de serviço além daqueles estritamente relacionados à atividade de auditoria externa.

14. AGRADECIMENTOSRegistramos nossos agradecimentos aos membros da Administração e do Conselho Fiscal pe-lo apoio prestado no debate e encaminhamento das questões de maior interesse. Nossos re-conhecimentos à dedicação e empenho do quadro funcional, extensivamente a todos os de-mais que, direta ou indiretamente, contribuíram para o cumprimento da missão da Companhia.Florianópolis, 28 de março de 2017.A Administração

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

BALANÇOS PATRIMONIAISExercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (valores expressos em milhares de reais)

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

AtivoCirculante 126.612 84.194

Caixa e Equivalentes de Caixa (Nota 7) 77.080 18.591Contas a Receber de Clientes (Nota 8) 18.358 36.868 Estoques 183 172 Tributos a Recuperar (Nota 9) 466 82 Despesas Antecipadas 175 175Ativo Financeiro – Bonificação de Outorga (Nota 10) 30.277 28.242 Outros 73 64

Não Circulante 497.993 485.422REALIZÁVEL A LONGO PRAZOPartes Relacionadas (Nota 12) 45.942 40.715 Depósitos Judiciais (Nota 21) 342 149Tributos a Recuperar (Nota 9) 1.223 234Ativo Financeiro Indenizatório – Concessão (Nota 11) 2.421 2.421Ativo Financeiro – Bonificação de Outorga (Nota 10) 241.886 233.574INVESTIMENTOS (Nota 13) 51.058 44.811 IMOBILIZADO (Nota 14) 151.631 158.449 INTANGÍVEL (Nota 15) 3.490 5.069

Total do Ativo 624.605 569.616

Passivo e Patrimônio LíquidoCirculante 186.083 21.275

Fornecedores (Nota 16) 2.931 7.498Debêntures (Nota 20) 150.685 1.913Tributos a Recolher (Nota 17) 19.283 3.453Taxas Regulamentares (Nota 19) 386 924Dividendos Propostos (Nota 22) 11.628 5.971Partes Relacionadas (Nota 12) 1.103 1.257 Outros 67 259

Não Circulante 12.642 158.599Debêntures (Nota 20) - 148.106Tributos Diferidos (Nota 18) 9.613 7.859Taxas Regulamentares (Nota 19) 2.027 1.695Provisão para Contingências (Nota 21) 1.002 939

Patrimônio Líquido (Nota 22) 425.880 389.742Capital Social 250.000 250.000Reserva Legal 11.329 8.881Reservas de Retenção de Lucros 144.596 107.304Dividendos a Disposição da AGO 2.326 1.194Ajuste de Avaliação Patrimonial 17.629 22.363

624.605 569.616As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOSExercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (valores expressos em milhares de reais)

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Receita Operacional Líquida – ROL 148.877 125.885Receita Líquida de Vendas (Nota 24) 148.877 125.885

Custo de Vendas (42.341) (55.226)(-) Custo de Operação (Nota 25) (42.341) (55.226)

Lucro Bruto 106.536 70.659

Despesas Operacionais (22.731) (13.132)Com Vendas (Nota 25) (7.043) (11.418)Gerais e Administrativas (Nota 25) (14.826) (13.148)Outras Receitas, Líquidas (Nota 25) 2.347 11.735 Resultado de Equivalência Patrimonial (Nota 13) (3.209) (301)

Resultado Operacional Antes do Resultado Financeiro 83.805 57.527

Resultado Financeiro (8.545) (18.446)Receitas Financeiras (Nota 26) 11.689 10.306 Despesas Financeiras (Nota 26) (20.234) (28.752)

Resultado Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social 75.260 39.081

Imposto de Renda e Contribuição Social (Nota 18) (26.300) (13.938)Corrente (24.546) (6.406)Diferido (1.754) (7.532)

Lucro Líquido do Exercício 48.960 25.143

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOExercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (valores expressos em milhares de reais)

CapitalSocial

Reservas de Lucro

Ajustes deAvaliação

PatrimonialLucro

Acumulado TotalLegalRetençãode Lucros

Dividendos a

Disposição AGO

Saldo em 31 de dezembro de 2015 145.532 7.624 173.582 1.599 43.832 - 372.169

Transações de Capital com os SóciosDividendos Propostos - - - (1.599) - (5.971) (7.570)Resultado Abrangente TotalLucro Líquido do Exercício - - - - - 25.143 25.143 Realização do Custo Atribuído - - - - (21.469) 21.469 - Mutações Internas do Patrimônio LíquidoReserva Legal - 1.257 - - - (1.257) - Reserva de Retenção de Lucros 104.468 - (66.278) - - (38.190) -Reserva para Destinação - - - 1.194 - (1.194) -

Saldo em 31 de dezembro de 2016 250.000 8.881 107.304 1.194 22.363 - 389.742

Transações de Capital com os SóciosDividendos Propostos - - - (1.194) - (11.628) (12.822)Resultado Abrangente TotalLucro Líquido do Exercício - - - - - 48.960 48.960 Realização do Custo Atribuído - - - - (4.734) 4.734 - Mutações Internas do Patrimônio LíquidoReserva Legal - 2.448 - - - (2.448) - Reserva de Retenção de Lucros - - 37.292 - - (37.292) -Reserva para Destinação - - - 2.326 - (2.326) -

Saldo em 31 de dezembro de 2017 250.000 11.329 144.596 2.326 17.629 - 425.880 As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

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DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTEExercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (valores expressos em milhares de reais)

31 de dezembro

de 2017

31 de dezembro

de 2016

Lucro Líquido do Exercício 48.960 25.143

Outros Resultados Abrangentes - -

Resultado Abrangente do Período 48.960 25.143

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO INDIRETOExercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (valores expressos em milhares de reais)

31 de dezembro

de 2017

31 de dezembro

de 2016

Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais

Resultado Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 75.260 39.081

Ajustes para Conciliar o Resultado do Exercício com Recursos Provenientes de Atividades OperacionaisAmortização/Depreciação 15.748 36.384Baixa de Ativo Imobilizado/Intangível 2.124 267Reversão de Reconhecimento de Impairment (3.092) (11.780)Constituição de Provisão para Contingências Passivas 63 11Ganhos ou Perdas com Participações Societárias (Ativos) - 60Juros e Variações Monetárias 14.435 20.063Perdas Estimadas em Crédito de Liquidação Duvidosa 6.169 10.583Realização de Provisão para Perdas - (6.358)Resultado da Equivalência Patrimonial 3.209 301

Aumento (Redução) nos AtivosAtivo Financeiro – Bonificação de Outorga (10.347) (261.816)Contas a Receber de Clientes 12.341 (10.231)Depósitos Judiciais (193) (36)Estoques (11) 26Tributos a Recuperar (1.836) (2.033)Outras Contas (9) 163

Aumento (Redução) nos PassivosFornecedores (4.567) (1.525)Tributos a Recolher 95 (3.542)Taxas Regulamentares 463 188Outras Contas (346) 524

Caixa Gerado pelas (Aplicado nas) Operações 109.506 (189.670)Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos (8.348) (25.308)Juros Pagos (18.996) (19.023)Caixa Líquido Gerado pelas (Aplicado nas) Atividades Operacionais 82.162 (234.001)

Fluxos de Caixa das Atividades de InvestimentosAdições Ativo Imobilizado/Intangível (7.052) (3.893)Aumento de Capital (Investidas) (9.925) (5.498)Dividendos Recebidos 469 250Outros Investimentos - (38.000)

Caixa Líquido Aplicado nas Atividades de Investimentos (16.508) (47.141)

Fluxos de Caixa das Atividades de FinanciamentoPagamento de Dividendos (7.165) (9.592)Ingressos de Debêntures - 146.752

Caixa Líquido Gerado pelas (Aplicado nas) Atividades de Financiamento (7.165) 137.160

Aumento (Redução) Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa 58.489 (143.982)

Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Exercício 18.591 162.573

Caixa e Equivalentes de Caixa no Final do Exercício 77.080 18.591As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADOExercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (valores expressos em milhares de reais)

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Receitas

Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços 163.933 137.335

Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa (6.169) (10.583)

157.764 126.752

Insumos Adquiridos de Terceiros (Inclui Tributos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)

Custos dos Produtos, das Mercadorias e dos Serviços Vendidos (22.340) (21.583)

Materiais, Energia, Serviços de Terceiros (3.975) (3.431)

Perdas/Recuperação de Ativos 3.092 18.138

Valor Adicionado Bruto 134.541 119.876

Depreciação, Amortização e Exaustão (15.748) (36.384)

Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade 118.793 83.492

Valor Adicionado Recebido em Transferência

Resultado de Equivalência Patrimonial (3.209) (301)

Receitas Financeiras 11.689 10.306

Valor Adicionado Total a Distribuir 127.273 93.497

Distribuição do Valor Adicionado

Pessoal (16.495) (14.577)

Remuneração Direta (13.804) (11.743)

Benefícios (1.928) (2.039)

FGTS (763) (795)

Impostos, Taxas e Contribuições (41.295) (24.721)

Federais (41.256) (24.666)

Estaduais (26) (21)

Municipais (13) (34)

Remuneração de Capital de Terceiros (20.523) (29.056)

Juros (18.038) (20.936)

Aluguéis (289) (304)

Outras (2.196) (7.816)

Variações Monetárias e Cambiais (215) (5.764)

Outras Despesas Financeiras (1.981) (2.052)

Remuneração de Capitais Próprios (13.954) (7.165)

Dividendos (13.954) (7.165)

Lucros Retidos do Exercício (35.006) (17.978)

Valor Adicionado Distribuído (127.273) (93.497)

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 e 2016(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. CONTEXTO OPERACIONAL A Celesc Geração S.A. – Celesc G, constituída por Escritura Pública em 29 de setembro de 2006, conforme autorizado pela Lei Estadual no 13.570, de 23 de novembro de 2005, é uma sociedade anônima de capital fechado, constituída sob a forma de subsidiária integral, con-trolada pela Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc.A Celesc G responde pela operação, manutenção, expansão e comercialização do parque ge-rador da Companhia, atualmente formado por 1 Pequena Central Hidrelétrica – PCH, 7 Usinas Hidrelétricas – UHEs e 4 Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGHs de propriedade integral da Empresa. Além de investimentos em parceria com investidores privados, sendo 6 geradoras desenvolvidas no formato de Sociedade de Propósito Específico – SPE e 1 transmissora.O parque de geração própria possui 106,97MW de potência instalada, conforme tabela a seguir.

Tabela 1 – Parque Gerador Próprio – Usinas 100% Celesc G

Geradora Localidade

Potência Instalada

(MW)Garantia

Física (MW)

Data de Vencimento

da Concessão

UHE Palmeiras Rio dos Cedros/SC 24,60 16,70 07/11/2046UHE Bracinho Schroeder/SC 15,00 8,80 07/11/2046UHE Garcia Angelina/SC 8,92 7,10 05/01/2046UHE Cedros Rio dos Cedros/SC 8,40 6,75 07/11/2046UHE Salto Blumenau/SC 6,28 3,99 07/11/2046UHE Pery Curitibanos/SC 30,00 14,08 09/07/2047 (i)UHE Caveiras Lages/SC 3,83 2,77 10/07/2018 (ii)PCH Celso Ramos Faxinal dos Guedes/SC 5,62 3,80 17/03/2035CGH Ivo Silveira Campos Novos/SC 2,60 2,03 (iii)CGH Piraí Joinville/SC 0,78 0,45 (iii)CGH São Lourenço Mafra/SC 0,42 0,22 (iii)CGH Rio do Peixe Videira/SC 0,52 0,50 (iii)

Total 106,97 67,19Fonte:DGT/ADGT(i) Concessão prorrogada por mais 30 anos, passando a vigorar em 10 de julho de 2017.(ii) Ao término da atual concessão a UHE Caveiras se tornará CGH.(iii) As Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGHs, com potência inferior a 5MW, estão dispen-sadas do ato de concessão, não possuindo, portanto, data de vencimento. A conversão do regime de concessão de serviço público para registro junto à ANEEL já foi concluído.

Outros projetos estão em fase de revisão para ampliação e reativação de usinas de proprie-dade integral conforme tabela a seguir:

Tabela 2 – Projetos de Expansão da Geração – Parque Próprio Celesc G

Investimentos em Ampliação e Novas Usinas

Potência Instalada

(MW)

Garantia Física (MW)

Proprie-dade

Potência Instalada

(MW)Proporcional

Garantia Física (MW

Médios) Proporcional

Data de Vencimento

da Concessão

Investimentos em Ampliação na PCH Celso Ramos 12,82 7,56 100% 12,82 7,56 17/03/2035Investimentos na Reativação na CGH Maruim 1,40 0,78 100% 1,40 0,78 -Investimentos em Ampliação na UHE Salto 29,28 17,50 100% 29,28 17,50 07/11/2046Investimentos em Ampliação na UHE Cedros (1 e 2) 13,00 8,42 100% 13,00 8,42 07/11/2046Investimentos em Ampliação na UHE Palmeiras 25,35 17,15 100% 25,35 17,15 07/11/2046Investimentos em Ampliação na UHE Caveiras 13,83 9,74 100% 13,83 9,74 (i)Investimentos em Ampliação na CGH Rio do Peixe 9,00 4,92 100% 9,00 4,92 (ii)Total 104,68 66,07 104,68 66,07Fonte:DGT/ADGT(i) Dependerá do Estudo de Inventário do Trecho do Rio e da Outorga de Autorização. Ao tér-mino da atual concessão a UHE Caveiras se tornará CGH.(ii) Dependerá da Outorga de Autorização.

O parque de geração já em operação em parceria com investidores privados no formato de SPE possui 25,28MW. A potência equivalente à participação societária da Celesc G nesses empreendimentos é de 8,05MW de potência instalada, conforme tabela adiante.

Tabela 3 – Novos Empreendimentos em Operação – Participação Minoritária

Usinas LocalizaçãoPrazo de

Concessão

Potência Instalada

(MW)

Participação Celesc

Geração

Equivalente Potência

Instalada (MW)

PCH Prata Bandeirante/SC 13/05/2039 3,00 26,07% 0,78PCH Belmonte Belmonte/SC 13/05/2039 3,60 26,07% 0,94PCH Bandeirante Bandeirante/SC 13/05/2039 3,00 26,07% 0,78PCH Rondinha Passos Maia/SC 14/10/2040 9,60 32,50% 3,12PCH Xavantina Xanxerê/SC 08/04/2040 6,08 40,00% 2,43

Total - MW 25,28 8,05Fonte:DGT/ADGTA Celesc G possui participação societária em outros três empreendimentos, ainda em está-gio de desenvolvimento, totalizando 25,65MW de potência instalada. A potência equivalente à participação societária da Celesc G nesses empreendimentos é de 9,17MW de potência instalada proporcional, conforme tabela a seguir:

Tabela 4 – Novos Empreendimentos em Desenvolvimento – Participação Minoritária

Investimentos em Ampliação eNovas Usinas

Potência Instalada

(MW)Garantia

Física (MW) Propriedade

Potência Instalada (MW)

Proporcional

Garantia Física (MW Médios) Proporcional

Data de Vencimento da

ConcessãoPCH Garça Branca 6,50 3,40 49,00% 3,19 1,67 05/03/2043PCH Campo Belo 9,95 4,31 30,00% 2,99 1,29 13/05/2044PCH Painel 9,20 4,80 32,50% 2,99 1,56 05/03/2043Total 25,65 12,51 9,17 4,52Fonte:DGT/ADGT

a) Leilão de Transmissão – Consórcio na Celesc G

Em 24 de abril de 2017, o Consórcio Aliança, formado pela Celesc G (10%) e pela EDP Ener-gias do Brasil (90%), arrematou o lote 21 do Leilão de Transmissão realizado pela ANEEL, em São Paulo. Com a execução das obras previstas, o consórcio receberá receita anual de R$171,8 milhões. O valor representa um deságio de 34,99%, em relação ao valor máximo de R$264,3 milhões, estabelecido pela ANEEL.O lote 21 era o terceiro maior ofertado no leilão, com investimento estimado pela ANEEL de R$1,265 bilhão. O pacote inclui a construção de três trechos de Linhas de Transmissão de 525kV (Campos Novos – Abdon Batista, com 39Km; Abdon Batista – Siderópolis 2, com 261Km e Biguaçu – Siderópolis 2, com 149 Km); dois trechos de Linhas de Transmissão de 230kV (Siderópolis 2 – Forquilhinha, com 28Km; e Siderópolis 2 – Siderópolis, com 7,5Km); além da subestação 525/230kV - Siderópolis 2. As instalações visam à expansão do sistema de trans-missão em Santa Catarina. O prazo para a execução das obras é de 60 meses e a entrada em operação comercial está prevista para agosto de 2022, com possibilidade de antecipação.A tabela a seguir resume as principais informações do empreendimento:

Tabela 5 – Novos Empreendimentos em Desenvolvimento em Transmissão – Participação Minoritária

Transmissora LocalizaçãoTermo Final

da Concessão Km Linha Subestações

Data Prevista de Entrada em

Operação StatusEDP Transmissão Aliança SC Santa Catarina 11/08/2047 485 1 11/08/2022 LicenciamentosFonte:DGT/ADGT

2. BASE DE PREPARAÇÃOAs bases de preparações aplicadas nestas Demonstrações Financeiras são descritas a seguir.

2.1. Declaração de ConformidadeAs Demonstrações Financeiras foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e as normas internacionais de relatório financeiro (Inter-national Financial Reporting Standards – IFRS, emitidas pelo International Accounting Stan-dards Board –IASB).A Administração afirma que todas as informações relevantes próprias das demonstrações contábeis, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e que correspondem às utilizadas por ela na sua gestão.A presente demonstração foi aprovada pelo Conselho de Administração da Companhia em 27 de março de 2018, conforme estabelecem os artigos 17 e 18 da Deliberação da Comissão de Valores Mobiliários – CVM no 505, de 19 de junho de 2006.

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2.2. Moeda Funcional e Moeda de ApresentaçãoAs Demonstrações Financeiras estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional da Celesc G, e todos os valores arredondados para milhares de reais, exceto quando indicados de outra forma.

2.3. Estimativas e Julgamentos Contábeis CríticosAs estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na ex-periência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, considera-das razoáveis para as circunstâncias. Por definição, as estimativas contábeis resultantes ra-ramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas podem causar ajustes relevantes nos valores patrimoniais e de resultado para os próximos períodos, impactando nas seguintes mensurações: a) Valor Justo de Instrumentos Financeiros (NE 4.6);b) Perdas Estimadas em Crédito de Liquidação Duvidosa – PECLD (NE 8);c) Bonificação de Outorga (NE 10);d) Impairment de Ativos Não Financeiros (NE 14 e 15);e) Realização de Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (NE 18);f) Contingências (NE 21);g) Depreciação (Nota 14).

3. POLÍTICAS CONTÁBEISAs políticas contábeis descritas abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os exercícios apresentados nestas Demonstrações Financeiras.

3.1. Base de MensuraçãoAs Demonstrações Financeiras foram preparadas com base no custo histórico, com exceção dos ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo valor justo reconhecidos nos balanços patrimoniais.

3.2. Caixa e Equivalentes de Caixa Caixa e Equivalentes de Caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de três meses ou menos, pronta-mente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignifi-cante risco de mudança de valor.

3.3. Instrumentos Financeiros não Derivativos

3.3.1. ClassificaçãoOs ativos financeiros são classificados nas categorias de empréstimos e recebíveis e dispo-níveis para venda. Esta classificação é decorrente da finalidade para a qual os ativos finan-ceiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.

a) Empréstimos e Recebíveis

Fazem parte dessa categoria os ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis da Celesc G compreendem caixa e equivalentes de caixa, boni-ficação de outorga, contas a receber de clientes e demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são mensurados pelo custo amortizado, pelo método da taxa de juros efetiva.

b) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda

A Celesc G classifica como disponível para venda os recebíveis decorrentes de investimen-tos em infraestrutura originados nos contratos de concessão de serviços públicos de geração de sujeitos à indenização, uma vez que esse ativo não está cotado em mercado ativo e não possui pagamentos fixos ou determináveis.

3.3.2. Reconhecimento e MensuraçãoOs ativos financeiros são reconhecidos pelo seu valor justo, acrescidos dos custos da tran-sação, exceto para aqueles classificados como empréstimos e recebíveis, que, após o reco-nhecimento inicial pelo valor justo, são mensurados pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos.

3.3.4. Impairment de Ativos FinanceirosA Celesc G avalia, no final de cada período, se há evidência objetiva de impairment. O mon-tante da perda por impairment é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ati-vos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de cré-dito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros.

O valor contábil do ativo é reduzido e reconhecido como despesa na demonstração do resul-tado. Se, em um período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir, por causa de evento ocorrido após o impairment ser reconhecido, a reversão da perda é reconhecida como receita na demonstração do resultado.

3.4. Contas a Receber de ClientesAs contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pelo forne-cimento e suprimento de energia e pela liquidação de energia no âmbito da CCEE e são re-conhecidas ao valor faturado e deduzidas das perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa, que é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. Tem-se como valor da perda estimada a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável.

3.5. Estoques Os estoques são compostos por materiais destinados à manutenção das operações, conta-bilizados pelo custo médio das compras no ativo circulante e são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização, dos dois o menor.

3.6. Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes e Diferidos

As despesas de imposto de renda e contribuição social do exercício compreendem os tribu-tos corrente e diferido, sendo reconhecidas na demonstração do resultado e calculadas com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas. O imposto de renda e a contribuição social correntes são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos utilizando as diferen-ças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas Demonstrações Financeiras. No ativo são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas.Os impostos de renda diferidos ativos e passivos diferidos são apresentados pelo líquido no balanço quando há o direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração dos tri-butos correntes, relacionados às mesmas entidade e autoridade tributáveis.

3.7. Depósitos JudiciaisA Celesc G mantém registrado nesta rubrica valores depositados para fazer jus ao contingen-ciamento dos processos judiciais (trabalhistas e cíveis).

3.8. Investimentos em ColigadasColigadas são todas as entidades sobre as quais Celesc G tem influência significativa, mas não as controle, geralmente por meio de uma participação societária de 20% a 50% dos di-reitos de voto. Os investimentos em coligadas são contabilizados pelo Método de Equivalência Patrimonial – MEP e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo. A participação nos lucros ou prejuízos de suas coligadas é reconhecida na demonstração do resultado. Quando a par-ticipação nas perdas de uma coligada for igual ou superior ao valor contábil do investimento, incluindo quaisquer outros recebíveis, a Celesc G não reconhece perdas adicionais, a me-nos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da controlada em conjunto.

3.9. Imobilizado O Imobilizado compreende, principalmente, reservatórios, barragens, adutoras, edificações, máquinas e equipamentos e obras civis e benfeitorias. São mensurados pelo seu custo his-tórico, menos depreciação acumulada e quaisquer perdas por impairment. Esse custo histó-rico foi ajustado no reconhecimento inicial na adoção do IFRS, em 2009, para refletir o cus-to atribuído na data de transição para o IFRS. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens. O custo de ativos construídos pela própria Celesc G inclui: (i) o custo de materiais e mão de obra direta; (ii) quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condição necessária para que sejam capazes de operar da forma pretendida pela Administração; e (iii) os custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis.Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado somente quando for provável que existam benefícios econômicos futuros e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos será revertido. Em caso de reparos e manutenções, os custos incorridos são lan-çados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos.Ganhos e Perdas na alienação de um item do imobilizado (apurados pela diferença entre os recursos advindos da alienação e o valor contábil do imobilizado) são reconhecidos em Ou-tras Receitas/Despesas operacionais no resultado.

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a) DepreciaçãoAs taxas médias anuais de depreciação estimadas para o exercício corrente são as seguintes:

Administração Percentuais (%)

Prédios e Construções 16,7Máquinas e Equipamentos 15,2Veículos 14,7Móveis e Utensílios 6,3

Geração Percentuais (%)

Prédios e Construções 0,8Máquinas e Equipamentos 4,0Reservatórios, Barragens e Adutoras 6,0Veículos 18,2Móveis e Utensílios 2,3

O método de depreciação linear, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada en-cerramento de exercício financeiro e eventuais ajustes são reconhecidos como mudança de estimativas contábeis.As Usinas Celso Ramos e Caveiras, regidas pelo Contrato de Concessão do Uso do Bem Público, são depreciadas com base nos prazos de concessão definidos em contrato, exceto para os investimentos realizados que são suscetíveis à indenização ao final da concessão, sendo esses depreciados com base na Resolução ANEEL no 674/2015.Com a emissão do 4o Termo Aditivo ao contrato de concessão no 06/2013, a UHE Pery pas-sou a ser depreciada conforme taxas definidas na Resolução ANEEL no 674/2015. As CGHs São Lourenço, Rio do Peixe e Piraí, por possuírem contrato de registro, são depreciadas com base nas mesmas taxas, uma vez que não possuem prazo de concessão. Os ativos perten-centes à Administração Central da Celesc G são depreciados com base nas mesmas taxas.Ainda, os investimentos em melhoria realizados nas Usinas arrematadas no Leilão no 12/2015 – Garcia, Palmeiras, Saldo, Cedros e Bracinho – são depreciados pelo prazo concessão, uma vez que os contratos de concessão no 06/2016 e no 07/2016 preveem a não indenização ao final da concessão. Já os investimentos realizados em ampliação das Usinas deverão ser de-preciados conforme estabelecido na Resolução ANEEL no 674/2015.

3.10. IntangíveisOs intangíveis são mensurados ao custo de aquisição e/ou construção, incluindo juros capi-talizados durante o período de construção, quando aplicável, para os casos de ativos elegí-veis, deduzidos da amortização acumulada apurada em base linear ou pela vida útil definida em contratos ou, ainda, pelo prazo de concessão.

3.10.1. Programas de Computador – SoftwaresLicenças adquiridas de softwares são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada (Nota 15). Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwa-res são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos.

3.10.2. Uso do Bem Público – UBPO UBP, instituído pela da Lei Federal no 9.074, de 07 de julho de 1995 e alterações, é um fundo de propriedade da União constituído por recursos provenientes dos pagamentos pela conces-são, ou autorização, outorgada a produtores independentes para geração de energia elétrica. Os bens integrantes da infraestrutura de geração vinculados aos contratos de concessão (UBP) assinados após 2004, sob a égide da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004, que não tenham direito à indenização no final do prazo da concessão no processo de reversão dos bens ao po-der concedente, incluindo terrenos, são amortizados com base no prazo da concessão.

3.11. Ativo Financeiro Referem-se a ativos com direito incondicional de receber caixa, decorrente da aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 – Contratos de Concessão e da Orientação Técnica OCPC 05 – Contratos de Concessão.

3.11.1. Ativo Financeiro Indenizatório – ConcessãoOs ativos de concessão referem-se a créditos a receber da União, quando a Celesc G possui direito incondicional de ser indenizada ao final da concessão, conforme previsto em contrato, a título de indenizações originadas nos contratos de concessão de serviços públicos de geração de energia elétrica, pelos investimentos efetuados em infraestrutura e não recuperados no pe-ríodo de concessão. Estes ativos financeiros são classificados como disponíveis para venda.

3.11.2. Bonificação de OutorgaPor tratar-se de um contrato de concessão de serviço público, teve a contabilização embasada no ICPC 01 – Contratos de Concessão, sendo considerado como ativo financeiro, classificado

como “empréstimos e recebíveis”, inicialmente estimado com base no respectivo valor justo e posteriormente mensurado pelo custo amortizado calculado pelo método da taxa de juros efeti-va, não possuindo um mercado ativo, apresentando fluxo de caixa fixo e determinável.Estes valores foram contabilizados inicialmente quando do pagamento em contrapartida a Caixa e Equivalente de Caixa. Mensalmente o saldo é atualizado pela TIR e monetariamente pelo IPCA, sendo amortizado o ativo financeiro em contrapartida a receita operacional bruta do faturamento por meio da Receita Anual de Geração – RAG.

3.12. Impairment de Ativos não FinanceirosO imobilizado e outros ativos não financeiros, inclusive o ágio e os ativos intangíveis, são revistos anualmente, buscando identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ain-da, quando eventos ou alterações indicarem que o valor contábil possa não ser recuperável. O valor recuperável é calculado para verificar a ocorrência de perda. Havendo perda, ela é re-conhecida no resultado pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassar seu valor recuperável. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa – UGCs). No caso de ágio e ativos intangíveis com vida útil indefinida, o valor recuperável é testado anualmente.A perda por redução ao valor recuperável é revertida somente na extensão em que o valor contábil do ativo não exceda o valor contábil que teria sido apurado, líquido de depreciação ou amortização, caso a perda de valor não tivesse sido reconhecida. Este procedimento não se aplica ao ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).

3.13. Outros Ativos Circulantes e Não CirculantesSão demonstrados pelos valores de realização e pelos valores conhecidos ou calculáveis, acres-cidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias realizadas.

3.14. Passivos Financeiros não Derivativos Os passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quais-quer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos. A sua baixa ocorre quando suas obrigações contratuais são liquidadas, retiradas ou canceladas.A Celesc G tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: fornecedores, debêntures e outras contas a pagar.

3.14.1. FornecedoresAs contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por encargos de uso da rede elétrica, materiais e serviços adquiridos ou utilizados no curso normal dos negócios. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo cus-to amortizado.

3.14.2. Debêntures As Debêntures são reconhecidas pelo valor justo, líquido dos custos da transação incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Após o reconhecimento inicial, os custos de transação e os juros atribuíveis, quando incorridos, são reconhecidos no resultado.

3.15. Provisões As provisões são reconhecidas quando existe uma obrigação presente, legal ou não forma-lizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e que uma estimativa confiável do valor possa ser feita.

3.16. Outros Passivos Circulantes e Não CirculantesSão demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas.

3.17. Distribuição de Dividendos Os dividendos são reconhecidos no passivo circulante no encerramento do exercício social, no montante de 25% do lucro ajustado, aprovado pelo Conselho de Administração, a ser distribu-ído aos acionistas. Valores acima do mínimo obrigatório são reconhecidos no Patrimônio Lí-quido e somente são provisionados quando aprovados em Assembleia Geral Ordinária – AGO pelos acionistas.

3.18. Capital SocialAs ações ordinárias e nominativas são classificadas no Patrimônio Líquido.

3.19. Reconhecimento de ReceitaA receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pelo forneci-mento e suprimento de energia no curso normal das atividades. É apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos.

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A receita é reconhecida quando: a) os valores das receitas, dos custos incorridos e das des-pesas da transação possam ser mensurados com segurança; b) é provável que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade; c) a Celesc G não detém mais a gestão e o con-trole sobre a energia vendida; e d) os riscos e benefícios relacionados à energia vendida são transferidos ao comprador.

3.19.1. Fornecimento de Energia ElétricaDestina-se à contabilização da receita faturada correspondente ao fornecimento de energia elétrica, assim como dos ajustes adicionais específicos.

3.19.2. Suprimento de Energia ElétricaDestina-se à contabilização da receita proveniente do suprimento de energia elétrica ao re-vendedor, no Ambiente de Contratação Regulada – ACR e no Ambiente de Contratação Livre – ACL, bem como dos ajustes adicionais específicos.

3.19.3 Energia de Curto PrazoA Energia de Curto Prazo é um segmento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE onde são contabilizadas as diferenças entre os montantes de energia elétrica con-tratados pelos agentes e os montantes de geração e de consumo efetivamente verificados e atribuídos aos respectivos agentes. As diferenças apuradas, positivas ou negativas, são contabilizadas para posterior liquidação financeira no Mercado de Curto Prazo e valoradas ao Preço de Liquidação das Diferenças – PLD.

3.19.4 Receita de Bonificação de OutorgaPor tratar-se de um contrato de concessão, o reconhecimento da receita de juros efetivos vincu-lada à correção da parcela do Ativo Financeiro é classificado no grupo de “Receita Operacional”.Para cada Usina existe uma Taxa Interna de Retorno - TIR específica, em consequência do valor estabelecido pelo poder concedente para o valor pago de bonificação de outorga e para o valor recebido pelo Retorno da Bonificação de Outorga – RBO. A atualização monetária é corrigida pelo IPCA, conforme estabelecido no Contrato de Concessão.

3.19.5. Receita FinanceiraA receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de ju-ros efetiva. Os juros são incorporados às contas a receber, em contrapartida de receita financeira.

3.20. Novas Normas e InterpretaçõesAs seguintes novas normas foram emitidas pelo IASB, mas não estão em vigor para o exercí-cio de 2017. A adoção antecipada de normas, embora encorajada pelo IASB, não é permitida, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC.

IFRS 9/CPC 48 – “Instrumentos Financeiros” – Aborda a classificação, a mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros. As principais alterações que o IFRS 9 traz são: (i) novos critérios de classificação de ativos financeiros: mensurados ao custo amortiza-do, ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes – VJORA e ao Valor Justo por meio do Resultado (VJR); (ii) novo modelo de impairment para ativos financeiros, híbrido de perdas esperadas e com prospecção de perdas incorridas, em substituição ao modelo atu-al de perdas incorridas; e (iii) flexibilização das exigências para adoção da contabilidade de hedge. A partir de 1o de janeiro de 2018, a aplicação do CPC 48 será de forma prospectiva.

(i) Nova Classificação de Ativos FinanceirosA Celesc G, de acordo com os novos critérios de classificação dos ativos financeiros, apre-sentarão alteração de grupo nas contas descritas a seguir. A nova classificação não terá im-pacto relevante no reconhecimento e mensuração dos ativos financeiros e, por conseguinte, na conta de lucros acumulados.

31 de dezembro de 2017

1o dejaneirode 2018

Empréstimos e Recebíveis Custo AmortizadoCaixa e Equivalentes Caixa e EquivalentesContas a Receber de Clientes Contas a Receber de ClientesAtivo Financeiro – Bonificação de Outorga Ativo Financeiro – Bonificação de Outorga

Ativos Financeiros Disponíveis para Venda Valor Justo Por Meio do Resultado (VJR)Ativo Financeiro Indenizatório – Concessão Ativo Financeiro Indenizatório – Concessão

(ii) Novo Modelo de Impairment para Ativos FinanceirosNão há indícios de impactos relevantes na adoção desta nova norma em PECLD, bem como na rubrica de Contas a Receber, considerando que o recebimento do Retorno da Bonificação pela Outorga é garantido pelo Poder Concedente durante o prazo da concessão e sem risco de demanda. A CCEE controla e monitora as inadimplências das vendas de energia nos am-bientes ACR e ACL, tornando o risco de PECLD baixo.

(iii) Contabilidade de HedgeA Celesc G não apresenta este tipo de instrumento financeiro.

IFRS 15/CPC 47 – “Receita de Contratos com Clientes” – Essa nova norma traz os prin-cípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita e quando ela é reconhecida. As efetivas modificações trazidas pelo CPC 47 são: i) a modificação de contrato (ajuste retroativo); ii) reconhecimento da Receita cumprida uma obrigação, havendo, então, a transferência de controle ao cliente; iii) reconhecimento da Receita em determinado momen-to ou ao longo do tempo; iv) determinação do preço total ou parcialmente variável; v) uso de estimativas e limites que necessitam de alto grau de julgamento, podendo afetar o valor ou até mesmo o momento de reconhecimento de receita; vi) divulgações mais amplas. Vigência a partir de 1o de janeiro de 2018.Com a adoção da nova norma, a receita deve ser reconhecida de forma líquida de contrapres-tação variável. Eventuais penalidades ou outros itens similares são classificados pela norma como contraprestação variável e deverão ser contabilizadas como redutoras da receita.Não há evidências de impactos significativos em relação à adoção desta norma para reco-nhecimento da receita na Celesc G.

IFRS 16/CPC 06 – “Operações de Arrendamento Mercantil” – Com essa nova norma, os arrendatários passam a ter que reconhecer o passivo dos pagamentos futuros e o direito de uso do ativo arrendado para praticamente todos os contratos de arrendamento mercantil, in-cluindo os operacionais, podendo ficar fora do escopo dessa nova norma determinados con-tratos de curto prazo ou de pequenos montantes. A Administração ainda está avaliando os impactos de sua adoção. Vigência a partir de 1o de janeiro de 2019.Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que poderiam ter impacto significativo sobre as Demonstrações Financeiras da Celesc G.

4. GESTÃO DE RISCOA Diretoria de Planejamento e Controle Interno – DPL da Companhia desenvolve a gestão estratégica de riscos e controles internos, elaborando o mapa de riscos estratégicos, mode-lando estes riscos para mitigá-los por meio de planos de ação, objetivando, assim, o alcance das estratégias de longo prazo da Celesc G.

4.1. Risco Financeiro

4.1.1. Risco de Crédito

Inadimplência

Risco de comprometimento do planejamento econômico financeiro pelo não recebimento da receita faturada, por deficiências de comunicação, entrega e cobrança em relação aos clientes.

4.1.2 Risco de Liquidez

Acesso ao Mercado de Capitais

Risco da impossibilidade ou indisponibilidade de obter capital de terceiros junto ao mercado afetando o planejamento de caixa, execução das estratégias ou geração futura de retornos financeiros, através do comprometimento da estrutura de capital.

Fluxo de Caixa

Risco de baixa liquidez financeira seja pela baixa arrecadação, impossibilidade de captação, inadimplência, excesso de despesas e/ou investimentos, para cumprir compromissos finan-ceiros e a estratégia do negócio.Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa contratados não descontados.

Descrição Taxas %Menos de

um mês

De um a três

meses

De três meses a um ano

De um a cinco

anos

Mais de cinco anos Total

Caixa e Equivalentes de Caixa - 77.080 - - - - 77.080Contas a Receber - 9.908 12.750 - - - 22.658Bonificação de Outorga IPCA 2.638 5.203 22.436 92.416 149.470 272.163 Total Ativo 89.626 17.953 22.436 92.416 149.470 371.901

Fornecedores - 2.693 44 194 - - 2.931

Debêntures125%

do CDI - 150.685 - - - 150.685

Total Passivo 2.693 150.729 194 - - 153.616

Aceleração de Dívida

Risco do vencimento antecipado de dívidas junto ao mercado financeiro devido ao não cum-primento dos covenants financeiros e não financeiros, estabelecidos nas cláusulas referentes aos contratos de empréstimos, financiamento e debêntures.

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

Capital Circulante LíquidoO capital de giro (circulante) líquido – CCL – é obtido pela diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Sendo o volume de recursos necessários para a Empresa completar o ciclo operacional.O capital circulante líquido ao final do exercício de 2017 encontra-se negativo em R$59.471, devido ao vencimento da 1ª Emissão de Debêntures Simples pela Celesc G. A Administração entende não haver risco de liquidez, e está repactuando essa Emissão de Debêntures, com data de vencimento em 03 de março de 2018 para 1o de junho de 2018. Em paralelo, a Ce-lesc G já iniciou os procedimentos da 2ª Emissão de Debêntures, que será destinada para quitação da 1ª Emissão de Debêntures (NE 27).

4.1.3. Risco de MercadoTaxa de JurosRisco de perdas provocado pela variação intempestiva e não planejada nas taxas de juros, comprometendo a estratégia.

4.2. Risco Operacional

4.2.1 Risco de GestãoPlanejamento e OrçamentoRisco de perdas pela ausência de sistemas especializados, simulação de cenários baseada em informações não confiáveis, premissas inadequadas e dificuldade de consolidação de in-formações para gerar planejamento e monitoramento do orçamento, comprometendo a ex-pectativa, resultados e metas aprovados.

ContraparteRisco de perdas e/ou dificuldade de execução de suas estratégias devido ao não cumprimen-to total ou parcial pela contraparte (fornecedores, prestadores de serviço, etc.) das cláusulas acordadas, expondo a Celesc G a contingências, obrigações solidárias e perdas financeiras.

InvestimentosRisco de perdas por decisões de investimentos em desacordo com o alinhamento estratégi-co, através de não cumprimento de cronogramas, taxas de retorno insuficientes e desembol-sos imprevistos.

4.2.2. Risco de ProcessoResguardo de Ativos Risco de perdas financeiras decorrentes da falta de mecanismos de proteção, sinistros e/ou acessos não autorizados.

4.2.3. Risco de Produção de Energia ElétricaAfluência MédiaAs Usinas da Celesc G são do tipo fio d’água ou com reservatórios relativamente pequenos, dependendo diretamente do regime pluviométrico.

Disponibilidade das Unidades GeradorasDevido à idade avançada das usinas da Celesc Geração (idades de 50 a 109 anos), ao des-gaste natural de peças e equipamentos e aos serviços de melhoria e modernização, a gera-ção de energia é influenciada pela disponibilidade das unidades geradoras.

4.3. Risco de Compliance

4.3.1. Risco Regulatório/LegalRegulação do Setor ElétricoRisco de exposição a sanções administrativas aplicadas pela Agência Reguladora diante da inadequação dos processos internos, perda de valor em função de alterações na legislação que sejam desalinhadas com interesses estratégicos da Celesc G, e exposição às políticas governamentais definidas para o setor, bem como às interferências de órgãos externos.

Extinção da ConcessãoRisco de extinção da prorrogação do Contrato de Concessão da Usina Celso Ramos em de-corrência da obrigatoriedade da entrada em operação comercial até 2021 de duas novas uni-dades geradoras a serem construídas pela Celesc G.

4.4. Análise de Sensibilidade Adicional Requerida pela CVMApresenta-se a seguir o quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, que descreve os riscos de taxas de juros que podem gerar efeitos materiais para a Celesc G, com cenário mais provável (cenário I) segundo avaliação efetuada pela Adminis-tração, considerando um horizonte de três meses, quando deverão ser divulgadas as próxi-mas informações financeiras contendo tal análise. Adicionalmente, dois outros cenários são demonstrados, nos termos determinados pela Ins-trução CVM no 475, de 17 de dezembro de 2008, a fim de apresentar 25% e 50% de deterio-ração na variável de risco considerada, respectivamente (cenários II e III).

A análise de sensibilidade apresentada considera mudanças com relação a determinado ris-co, mantendo constante todas as demais variáveis, associadas a outros riscos, com saldos de 31 de dezembro de 2017:12

PremissasEfeitos das Contas sobre o Resultado Saldo (Cenário I) (Cenário II) (Cenário III)

CDI1 (%) 6,65% 8,31% 9,98%Aplicações Financeiras 76.838 5.110 6.385 7.668

Debêntures (-) (150.685) (10.021) (12.522) (15.038)

2,95% 3,69% 4,43%IPCA2 (%) Bonificação de Outorga 272.163 8.029 10.043 12.057

4.5. Gestão de CapitalOs objetivos da Celesc G ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de sua continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interes-sadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo.Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Celesc G pode rever a política de pagamen-to de dividendos, devolvendo capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento.Condizente com outras empresas do setor, a Celesc G monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde às Debêntures subtraídas do montante de Caixa e Equivalentes de Caixa. O capital total é apurado por meio da soma do Patrimônio Líquido com a dívida líquida.

Descrição

31 de dezembro

de 2017

31 de dezembro

de 2016

Debêntures 150.685 150.019Menos: Caixa e Equivalentes de Caixa (77.080) (18.591)Dívida Líquida 73.605 131.428

Total do Patrimônio Líquido 425.880 389.742Total do Capital 499.485 521.170Índice de Alavancagem Financeira (%) 14,7% 25,2%

4.6. Estimativa do Valor JustoPressupõe-se que os saldos do Caixa e Equivalentes de Caixa, contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, menos a perda por impairment, este-jam próximos de seus valores justos. A Celesc G aplica o CPC 40 (R1) – Instrumentos Financeiros: Evidenciação para instrumentos financeiros mensurados no Balanço Patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração pelo valor justo: Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (Nível 1). Informações, além dos preços cotados, incluídas no Nível 1 que são adotadas pelo mercado para o Ativo ou Passivo, seja diretamente, ou seja, como preços ou indiretamente, ou seja, derivados dos preços (Nível 2).Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mer-cado, ou seja, inserções não observáveis (Nível 3).A tabela a seguir apresenta os ativos mensurados pelo valor justo em 31 de dezembro de 2017. O valor contábil representa o valor justo dos ativos. A Celesc G não possui passivos mensurados a valor justo nessa data base.

Descrição – Nível 2

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Empréstimos e Recebíveis

Caixa e Equivalentes 77.080 18.591

Contas a Receber de Clientes 18.358 36.868

Descrição - Nível 3Empréstimos e Recebíveis

Ativo Financeiro – Bonificação de Outorga 272.163 261.816

Ativos Financeiros Disponíveis para Venda

Ativo Financeiro Indenizatório – Concessão 2.421 2.421

Total do Ativo 370.022 319.696

1 Curva de juros futuros – BM&F DI 1 FUT M18 com vencimento em 01/06/2018 – (fecha-mento 05/01/2018)

2 IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

Técnicas de avaliação específicas utilizadas para valorizar os instrumentos financeiros in-cluem: a) Preços de mercado cotados ou cotações de instituições financeiras ou corretoras para ins-trumentos similares;

b) Outras técnicas, como a análise de fluxos de caixa descontados, são utilizadas para deter-minar o valor justo para os instrumentos financeiros remanescentes.

5. INSTRUMENTOS FINANCEIROS POR CATEGORIA

A tabela a seguir apresenta os Instrumentos Financeiros em 31 de dezembro de 2017.

Descrição NívelEmpréstimos e Recebíveis

Disponíveis para Venda

Outros Passivos

Financeiros Total

AtivoCaixa e Equivalentes 2 77.080 - - 77.080

Contas a Receber de Clientes 2 18.358 - - 18.358

Ativo Financeiro – Bonificação de Outorga 3 272.163 - - 272.163

Ativo Financeiro Indenizatório – Concessão 3 - 2.421 - 2.421

Total 367.601 2.421 - 370.022Passivo

Fornecedores 2 - - 2.931 2.931

Debêntures 2 - - 150.685 150.685

Total - - 153.616 153.616

A tabela a seguir apresenta os Instrumentos Financeiros em 31 de dezembro de 2016.

Descrição NívelEmpréstimos e Recebíveis

Disponíveis para Venda

Outros Passivos

Financeiros Total

AtivoCaixa e Equivalentes 2 18.591 - - 18.591

Contas a Receber de Clientes 2 36.868 - - 36.868

Ativo Financeiro – Bonificação de Outorga 3 261.816 - - 261.816

Ativo Financeiro Indenizatório – Concessão 3 - 2.421 - 2.421

Total 317.275 2.421 - 319.696Passivo

Fornecedores 2 - - 7.498 7.498

Debêntures 2 - - 150.019 150.019

Total - - 157.517 157.517

6. QUALIDADE DO CRÉDITO DOS ATIVOS FINANCEIROS

A qualidade dos créditos dos ativos financeiros pode ser avaliada mediante referência às classificações internas de cessão de limites de crédito:

Descrição

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Contas a Receber de ClientesGrupo 1 – Clientes com Arrecadação no Vencimento 18.340 35.418

Grupo 2 – Clientes com média de atraso entre 01 e 90 dias 18 32

Grupo 3 – Clientes com média de atraso superior a 90 dias 21.766 17.015

Total 40.124 52.465

Todos os demais ativos financeiros que a Celesc G mantém, principalmente contas corren-tes e aplicações financeiras, são considerados de alta qualidade e não apresentam indícios de perdas.

7. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXAO Caixa e Equivalentes de Caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de curto prazo e não para outros fins. A Celesc G considera equivalentes de caixa uma apli-cação financeira de conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa.

Descrição

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Recursos em Banco e em Caixa 242 9Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 76.838 18.582

Total 77.080 18.591

As Aplicações Financeiras são de alta liquidez, prontamente conversíveis em um montan-te conhecido de caixa, não estando sujeitos a risco significativo de mudança de valor. Es-ses títulos referem-se a Operações Compromissadas e Certificados de Depósito Bancários – CDBs, remunerados em média pela taxa de 99,6% da variação do Certificado de Depósito Interbancário – CDI.

8. CONTAS A RECEBER DE CLIENTESa) Consumidores, Concessionárias e Permissionárias

DescriçãoSaldos a

Vencer

Vencidosaté

90 dias

Vencidoshá mais

de 90 dias

31 de dezembro

de 2017

31 de dezembro

de 2016

Consumidores (i)Industrial 2.532 - 6.385 8.917 10.547Comercial 596 - - 596 -

3.128 - 6.385 9.513 10.547Suprimento a Outras Concessionárias

Concessionárias e Permissionárias (ii) 6.762 18 - 6.780 7.886Comercialização de Energia Elétrica - CCEE (iii) 8.450 - 15.381 23.831 34.032

15.212 18 15.381 30.611 41.918

40.124 52.465Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa – PECLD com Clientes (iv) (21.766) (15.597)

Circulante 18.358 36.868

(i) ConsumidoresReferem-se a créditos de contratos de longo prazo e leilões de venda de energia de curto pra-zo para consumidores Industriais e Comerciais. O prazo médio de recebimento dos valores relativos a esses clientes é de 30 dias.

(ii) Concessionárias e PermissionáriasReferem-se a créditos de contratos de longo prazo no ACL e no ACR e leilões de venda de energia de curto prazo para Distribuidoras e Comercializadoras. O prazo médio de recebi-mento dos valores relativos a esses clientes é de 30 dias.

(iii) Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEEReferem-se a créditos oriundos da comercialização de energia no mercado de curto prazo no âmbito da CCEE (antigo Mercado Atacadista de Energia – MAE) informados pela CCEE a partir da medição e registro da energia fornecida no sistema elétrico interligado. O prazo mé-dio de recebimento dos valores relativos a esses clientes é de aproximadamente 60 dias, ex-cluídas as inadimplências que são rateadas entre os agentes de mercado.

b) Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa – PECLD com ClientesAs perdas estimadas sobre os valores vincendos são constituídas em virtude das incertezas quanto à sua realização. Além das inadimplências geradas pelos contratos bilaterais, a Ce-lesc G está sujeita às inadimplências ocorridas no Mercado de Energia Elétrica do Sistema Interligado Nacional, nas quais estas são gerenciadas e contabilizadas pela CCEE e são ra-teadas entre os agentes de mercado.A movimentação no ano de 2017 está demonstrada a seguir:

Descrição IndustrialConcessionárias e Permissionárias (i) Total

Saldo em 31 de dezembro de 2016 5.014 10.583 15.597

Provisão Constituída no Exercício 1.371 16.075 17.446 Reversão Constituída no Exercício - (11.277) (11.277)

Saldo em 31 de dezembro de 2017 6.385 15.381 21.766

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

(i) Decisão Judicial do Fator de Ajuste da Garantia Física – GSFOs valores referentes aos ajustes das medidas liminares acerca do GSF nos relatórios dos resultados da contabilização do mercado de curto prazo, emitido pela CCEE, referentes à Celesc G são no importe de R$15.381 mil em dezembro de 2017. A Empresa constituiu PE-CLD neste valor acima citado considerando que não há certeza acerca do recebimento pela liquidação no mercado de curto prazo em face à controvérsia e à incerteza do deslinde do processo judicial.

9. TRIBUTOS A RECUPERAR34

Descrição

31 de dezembro

de 2017

31 de dezembro

de 2016

ICMS3 1.223 234IRPJ e CSLL4 466 82

Total 1.689 316Circulante 466 82Não Circulante 1.223 234

Os créditos de ICMS a recuperar registrados no Ativo Não Circulante são decorrentes de aquisições de ativo imobilizado e podem ser compensados em 48 meses. Os saldos de IRPJ e CSLL têm em sua composição reduções na fonte por imposto de renda sobre aplicações financeiras e serão realizados no curso normal das operações.

10. BONIFICAÇÃO DE OUTORGAA Celesc G pagou em 2016 R$228,6 milhões a título de Bonificação de Outorga – BO referen-te às novas concessões das Usinas Garcia, Bracinho, Palmeiras, Cedros e Salto. Esse mon-tante está incluso na tarifa dessas usinas e será ressarcido pelos consumidores ao longo de 30 anos com reajuste anual pelo IPCA, conforme definido pela ANEEL. O ativo financeiro para cada uma das Usinas é calculado pelo valor pago: a) Deduzindo-se o valor mensal recebido de Retorno de Bonificação de Outorga – RBO, es-tabelecido pela Resolução Homologatória ANEEL no 2.265/2017; b) Somando-se os juros mensais calculados com base na taxa de juros efetiva (TIR); c) Somando-se a atualização monetária pelo IPCA, estabelecido pelo Contrato de Concessão.

DescriçãoUsina

GarciaUsina

BracinhoUsina

CedrosUsina Salto

Usina Palmeiras Total

Em 31 de dezembro de 2016 38.146 54.580 41.737 25.026 102.327 261.816

Atualização Monetária 1.443 2.065 1.582 940 3.900 9.930 Juros 4.655 6.755 4.993 3.473 11.002 30.878 Amortização/Baixa (4.589) (6.619) (4.911) (3.369) (10.973) (30.461)

Em 31 de dezembro de 2017 39.655 56.781 43.401 26.070 106.256 272.163Circulante 30.277

Não Circulante 241.886

11. ATIVO INDENIZATÓRIOA Celesc G requereu ao poder concedente ao final das concessões das Usinas Bracinho, Ce-dros, Salto e Palmeiras, a título de indenização, conforme critérios e procedimentos para cál-culo estabelecidos pela Resolução Normativa no 596, de 19 de dezembro de 2013, os investi-mentos efetuados em infraestrutura e não depreciados no período de concessão, por possuir direito incondicional de ser indenizada, conforme previsto em contrato.

Descrição

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Usina Bracinho 85 85 Usina Cedros 195 195 Usina Salto 1.906 1.906 Usina Palmeiras 235 235

Total 2.421 2.421

3 Impostos sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Servi-ços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS

4 Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL

12. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

12.1. Saldos e TransaçõesOs saldos contabilizados em partes relacionadas no ativo e passivo são:

Descrição

Ativo PassivoContas a Receber

Tributos aRecuperar Fornecedores Contas a Pagar

Em 31 de dezembro de 2016Celesc Distribuição S.A. (i) 40.227 - 216 1.257Rondinha Energética S.A. 488 - - -ICMS - 234 - -Total 40.715 234 216 1.257Em 31 de dezembro de 2017Celesc Distribuição S.A. 45.454 - 216 1.103Rondinha Energética S.A. 488 - - -ICMS - 1.223 - -

Total 45.942 1.223 216 1.103

A movimentação no resultado do exercício é:

Descrição

Custos e Despesas Operacionais ReceitaEncargos do Uso do

Sistema de Distribuição PessoalReceita

FinanceiraReceita de

Suprimento

Em 31 de dezembro de 2016Celesc Distribuição S.A. 2.381 14.577 2.227 430Total 2.381 14.577 2.227 430Em 31 de dezembro de 2017Celesc Distribuição S.A. 2.301 16.495 5.227 3.019

Total 2.301 16.495 5.227 3.019

(i) Mútuo Celesc D

Em agosto de 2016 a Celesc G fez o repasse de R$38.000 mil à Celesc D na forma de Con-trato de Mútuo. São acrescidos ao principal juros de 125% do CDI, que serão pagos ao final do contrato, com vigência de 24 meses, podendo ser rescindido a qualquer tempo desde que a parte interessada se manifeste com antecedência de 30 dias.

12.2. Remuneração do Pessoal Chave da AdministraçãoConforme regimenta o Estatuto Social da Celesc G, a estrutura e a composição do Conselho de Administração, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal serão constituídos, obrigato-riamente, pelos membros efetivos e suplentes da controladora Celesc, sendo vedada a remu-neração destes membros pela Celesc G. Dessa forma, em 2017 e 2016 não houve remune-ração aos administradores pela Celesc G.

13. INVESTIMENTOSOs investimentos em Sociedades de Propósito Específico – SPEs que viabilizam novos em-preendimentos são os seguintes:

Investimentos

31 de dezembro

de 2017

31 de dezembro

de 2016

Rondinha Energética S.A 10.416 11.567Painel Energética S.A 1.675 1.741Campo Belo Energética S.A 1.754 1.773Cia Energética Rio das Flores 10.248 9.533Xavantina Energética S.A 9.657 9.531Garça Branca S.A. 14.396 8.588EDP Transmissão Aliança SC S.A. 834 -Ágio na Aquisição de Investimentos 2.078 2.078

Total 51.058 44.811

a) Informações sobre Inv estimentos

A participação da Celesc G nos empreendimentos de geração corresponde à parcela de 17,22MW. A estrutura societária formada com as parcerias é a seguinte:

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

Descrição

Milhares de Ações da

CompanhiaParticipação daCompanhia (%)

Total do Ativo

Patrimônio Líquido

Ajustado

Receita Operacional

Líquida

Lucro (Prejuízo)

Líquido AjustadoOrdinárias

Capital Social

Capital Votante

Em 31 de dezembro de 2016Rondinha Energética S.A. 12.838 32,50% 32,50% 58.921 35.590 7.153 612Painel Energética S.A. 4.745 32,50% 32,50% 5.561 5.561 - (22)Campo Belo Energética S.A. 1.350 30,00% 30,00% 6.469 6.056 - (102)Cia Energética Rio das Flores 8.035 26,07% 26,07% 58.833 37.330 10.739 4.798Xavantina Energética S.A 216 40,00% 40,00% 43.466 23.826 3.453 (2.294)Garça Branca Energética S.A 9.503 49,00% 49,00% 46.175 16.232 - (1.528)

Em 31 de dezembro de 2017Rondinha Energética S.A. 12.838 32,50% 32,50% 55.215 33.026 10.498 (3.542)Painel Energética S.A. 4.745 32,50% 32,50% 5.611 5.611 - (203)Campo Belo Energética S.A. 1.350 30,00% 30,00% 6.542 6.129 - (63)Cia Energética Rio das Flores 8.035 26,07% 26,07% 59.001 40.070 11.414 4.540Xavantina Energética S.A 241 40,00% 40,00% 40.661 23.269 5.145 (2.685)Garça Branca Energética S.A 18.014 49,00% 49,00% 59.436 29.337 3.897 (4.217)EDP Transmis. Aliança SC S.A. 0,1 10,00% 10,00% 15.447 (160) 7.267 (161)

b) Movimentação de Investimentos

Descrição Rondinha PainelCampo

BeloRio das

Flores XavantinaGarça

BrancaEDP

Transmissão TotalSaldos em 31 de dezembro de 2015 11.428 1.748 1.804 8.386 7.875 8.683 - 39.924Integralizações - - - - 2.573 2.450 - 5.023Aumento no Capital Social - - - 395 - - - 395Pagamento de Ágio - - - 80 - - - 80Dividendos Recebidos - - - (250) - - - (250)Resultado de Equivalência Patrimonial 199 (7) (31) 1.204 (917) (749) - (301)Outros ajustes (60) - - - - - - (60)

Saldos em 31 de dezembro de 2016 11.567 1.741 1.773 9.815 9.531 10.384 - 44.811Integralizações - - - - 1.200 7.875 850 9.925 Dividendos Recebidos - - - (469) - - - (469)Resultado de Equivalência Patrimonial (1.151) (66) (19) 1.184 (1.074) (2.067) (16) (3.209)

Saldos em 31 de dezembro de 2017 10.416 1.675 1.754 10.530 9.657 16.192 834 51.058

c) Ágio na Aquisição de Investimentos

O saldo de ágio na aquisição dos investimentos é formado pelo somatório do ágio da SPE Rio das Flores no valor de R$282 mil e da SPE Garça Branca no valor de R$1.796 mil.

d) Teste de Recuperabilidade (Impairment Test) do Ágio Pago

Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a entidade deve testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida (ágio).Para a mensuração do valor em uso foi considerada a metodologia de Fluxo de Caixa Des-contado (DCF), excluídas as entradas e saídas de caixa provenientes de atividades de finan-ciamento e quaisquer recebimentos ou pagamentos de tributos sobre a renda, conforme de-terminado pelo CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.A taxa de desconto adotada foi o Custo de Capital Próprio por ser independente da estrutura de capital e da forma como a Companhia tenha financiado a aquisição dos ativos, levando em consideração o entendimento do CPC 01 (R1).

• Companhia Energética Rio das Flores – CRF

Em 31 de dezembro de 2017, com base na metodologia de DCF, o valor presente líquido re-ferente à participação de 26,07% detida pela Celesc G dos fluxos de caixa futuros projeta-dos até 2039, ano do término de sua concessão, descontados a uma taxa de 13,08%, é de R$21.549 mil, sendo superior ao valor contábil (R$10.530 mil). Dessa forma, nenhum reco-nhecimento de perda no saldo do ágio foi contabilizado.As seguintes premissas foram adotadas no plano de negócios (2018-2039) fornecido pela Companhia:

Descrição PremissaGarantia Física 5,28 MWm, com GSF de 10%Quantidade de Energia Contratada para Venda 5,46 MWmPreço de venda R$251,04/MWh, corrigido pelo IGP-M projetadoCustos com Compra de Energia R$217,00/MWh, corrigido pelo IGP-M projetado, para compra

de lastro de energia contratada; R$200,00/MWh, com correção pelo IGP-M projetado, para compra de perda com GSF

Custos com Operação e Manutenção Plano de Negócios definido pela Companhia, corrigidos pelo IGP-MInvestimentos Reposição dos ativos que possuem vida útil de até 30 anos

• Garça Branca Energética S.A. – GBREm 31 de dezembro de 2017, com base na metodologia de DCF, o valor presente líquido re-ferente à participação de 49% detida pela Celesc G dos fluxos de caixa futuros projetados até 2047, ano do término de sua concessão, descontados a uma taxa de 13,08%, é de R$16.484 mil, sendo superior ao valor contábil (R$16.192 mil). Dessa forma, nenhum reconhecimento de perda no saldo do ágio foi contabilizado.Apresenta-se, a seguir, o quadro demonstrativo de análise de sensibilidade do valor econô-mico da GBR, onde dois outros cenários são demonstrados, alterando a taxa de desconto:

PremissasEfeitos das Contas sobre o Resultado

Participação Celesc G

(Cenário I)

(Cenário II)

(Cenário III)

Taxa de Desconto 12,58% 13,08% 13,58%Valor Econômico da GBR 49,00% 17.286 16.484 15.739

As seguintes premissas foram adotadas no plano de negócios (2018-2047) fornecido pela Companhia:

Descrição PremissaGarantia Física 3,20 MWm, com GSF de 5%Preço de venda R$172,56/MWh no ACR, corrigido pelo IPCA projetado;

R$188,21/MWh no mercado de curto prazo, corrigido pelo IPCA projetadoInício de Operação 1o de maio de 2018Custos com Operação e Manutenção Plano de Negócios definido pela Companhia, corrigidos pelo IPCAInvestimentos Reposição dos ativos que possuem vida útil de até 30 anos

14. IMOBILIZADO14.1. Composição do Saldo

Descrição Terrenos

Reservatórios, Barragens e

AdutorasPrédios e

ConstruçõesMáquinas e

Equipamentos VeículosMóveis e

Utensílios

Imobilizado em

Andamento TotalSaldos em 31 de dezembro de 2015 5.357 25.390 30.531 89.538 307 88 23.594 174.805Custo do Imobilizado 20.202 188.825 49.932 171.667 1.213 308 23.594 455.741Provisão para Perdas (10.562) (37.483) (5.179) (16.316) (6) 76 - (69.470)Depreciação Acumulada (4.283) (125.952) (14.222) (65.813) (900) (296) - (211.466)Saldos em 31 de dezembro de 2015 5.357 25.390 30.531 89.538 307 88 23.594 174.805Aquisição - - - - - - 1.194 1.194Indenização - - (64) (2.357) - - - (2.421)Baixas - - - - - - (267) (267)Depreciação (3.045) (17.798) (1.690) (10.381) (70) (16) - (33.000)Reversão/Perda Recuperabilidade de Ativos (i) 1.632 10.397 (652) 400 1 2 - 11.780Realização de Provisão para Perdas 39 2.606 519 3.188 - 6 - 6.358Transferências - - - 2.876 - - (2.876) - Saldos em 31 de dezembro de 2016 3.983 20.595 28.644 83.264 238 80 21.645 158.449Custo do Imobilizado 20.202 188.825 49.868 172.186 1.213 308 21.645 454.247Provisão para Perdas (8.891) (24.480) (5.312) (12.728) (5) 84 - (51.332)Depreciação Acumulada (7.328) (143.750) (15.912) (76.194) (970) (312) - (244.466)Saldos em 31 de dezembro de 2016 3.983 20.595 28.644 83.264 238 80 21.645 158.449Aquisição - - - - - - 5.828 5.828Depreciação - (7.961) (338) (5.246) (60) (9) - (13.614)Reversão/Perda Recuperabilidade de Ativos (2.668) (6.035) 3.403 8.390 2 - - 3.092Baixas – Saldo Bruto - (20.079) - (9.161) (54) - (382) (29.676)Baixas – Depreciação Acumulada - 20.079 - 7.471 54 - - 27.604 Baixas - Provisão para Perdas - - - (52) - - - (52)Transferências - 956 27 3.620 121 - (4.724) - Saldos em 31 de dezembro de 2017 1.315 7.555 31.736 88.286 301 71 22.367 151.631 Custo do Imobilizado 20.202 169.702 49.895 166.645 1.334 308 22.367 430.453Provisão para Perdas (11.559) (30.515) (1.909) (4.390) (3) 84 - (48.292)Depreciação Acumulada (7.328) (131.632) (16.250) (73.969) (1.030) (321) - (230.530)Saldos em 31 de dezembro de 2017 1.315 7.555 31.736 88.286 301 71 22.367 151.631 Taxa Média de Depreciação 0,00% 6,04% 0,94% 4,05% 15,27% 4,13% 0,00%

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

14.1.1. AquisiçãoOs principais investimentos realizados no ano de 2017 são: (i) automação da Usina Bracinho no montante de R$2.629 mil já concluída e transferida para o imobilizado em operação; (ii) automações, ainda em andamento, das Usinas Piraí (R$786 mil), Rio do Peixe (R$375 mil) e São Lourenço (R$365 mil); e (iii) aquisição de veículos no montante de R$375 mil.

14.1.2. DepreciaçãoPara os ativos das usinas que possuem contrato de registro, para aqueles localizados na Admi-nistração Central e para aqueles que os contratos de concessão preveem indenização ao final da concessão, a depreciação é determinada de acordo com a Resolução ANEEL no 674/2015. Para os ativos em que não há previsão de indenização ao final do contrato de concessão, a de-preciação é baseada no prazo de concessão definido em contrato ou vida útil, dos dois o menor.

14.1.3. Recuperabilidade de Ativos (Impairment Test)Em 2017 foi constituída Perda do Valor Recuperável de Ativos (Impairment) no valor de R$11.191 e Reversão do Valor Recuperável de Ativos no valor de R$14.283. Esses valores foram contabilizados na Demonstração de Resultado, na linha Provisões Líqui-das, de acordo com os Pronunciamentos Técnicos CPC 01(R1) – Redução ao Valor Recupe-rável de Ativos, CPC 27 – Ativo Imobilizado e Interpretação Técnica ICPC 10 – Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado. O método de avaliação utilizado é o Valor em Uso, consubstanciado na metodologia do fluxo de caixa descontado, que se fundamenta na hipótese de que o valor de uma empresa depende da sua capacidade de geração de riqueza no futuro, excluídas as entradas e saídas de caixa prove-nientes de atividades de financiamento e quaisquer recebimentos ou pagamentos de tributos so-bre a renda, conforme determinado pelo CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos Para a análise do Parque Gerador Próprio da Celesc G, procedeu-se o levantamento dos flu-xos de caixa pertinentes às diversas Unidades Geradoras de Caixa – UGC, individualmente, buscando-se canalizar os fluxos operacionais de cada unidade. Considerou-se como uma UGC cada usina participante do parque gerador, projetando-se para cada uma dessas as re-ceitas, custos e despesas, investimentos em manutenção e não em expansões, provenientes de cada negócio e as variações de capital de giro pertinentes a essas unidades, antes dos impostos e dos efeitos de depreciação.Para o Ativo Imobilizado considerou-se o valor contábil lançado no Ativo Imobilizado Líquido para as usinas, com data base de dezembro de 2017. Considerou-se, para o Impairment Test, as projeções até o ano de 2046, por se tratar do pra-zo final das concessões das usinas adquiridas no Leilão no 12/2015, em função do nível de maior certeza dessas projeções, dados os contratos firmados e existentes de demanda de energia realizados pela Empresa, bem como pela própria dinâmica de negociação do exce-dente gerado de energia, conforme regulação prevista. Para a projeção dos investimentos em 2018 foram considerados os valores aprovados no orça-mento de capital pelo Conselho de Administração. Para os investimentos em melhorias e ma-nutenção geral a partir de 2019, a alocação foi determinada pela garantia física de cada usina. De 2019 a 2039 as estimativas de investimentos estão baseadas no saldo a disposição em caixa da Companhia, com projeção de inflação pelo IPCA. A partir de 2040, não foram consi-derados acréscimos inflacionários para desembolsos com manutenção, utilizando-se de va-lores lineares por conta da proximidade do término das concessões das usinas Garcia em 2045, Palmeiras, Bracinho, Cedros e Salto em 2046 e Pery em 2047. As CGHs tem porte re-duzido e não necessitam de altos investimentos em melhorias e manutenção.A taxa de desconto é dada por parâmetros de valores geralmente oferecidos por títulos do go-verno, incorporam risco específico da atividade e é calculada com base no modelo de avalia-ção de ativos – Capital Asset Pricing Model – CAPM. A taxa de desconto adotada foi o Custo de Capital Próprio por ser independente da estrutura de capital e da forma como a Compa-nhia tenha financiado a aquisição dos ativos, levando em consideração o entendimento do CPC 01 (R1). A taxa de desconto utilizada foi de 12,63%.Os valores de perda (reversão) do valor recuperável dos ativos por UGC, registrados no exer-cício de 2017, estão demonstrados a seguir:

AtivoSaldo Líquido antes do

Teste de Impairment Valuation Provisões ReversõesImpacto no Resultado

Caveiras 7.218 (3.194) (7.218) - (7.218)

Celso Ramos 3.789 3.655 (134) - (134)

Ivo Silveira 179 386 - - -

Pery 107.421 121.704 - 14.283 14.283

Piraí 660 (14.804) (660) - (660)

Rio do Peixe 3.179 (11.150) (3.179) - (3.179)

São Lourenço - (15.079) - - -

Palmeiras 29 132.961 - - -

Bracinho 2.797 66.720 - - -

Garcia 53 65.234 - - -

Cedros 2 57.015 - - -

Salto 393 11.205 - - -

Total 125.720 414.653 (11.191) 14.283 3.092

14.2. Ativo Imobilizado Totalmente Depreciado ainda em Operação

O valor contábil bruto dos ativos imobilizados que estão totalmente depreciados e que ainda estão em operação em 31 de dezembro de 2017:

Descrição

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Reservatórios, Barragens e Adutoras 12.478 16.014 Edificações, Obras Civis e Benfeitorias 8.133 7.696 Máquinas e Equipamentos 20.528 25.245 Outros 1.152 1.206

Total 42.291 50.161

15. INTANGÍVELDescrição

SoftwaresAdquiridos

Uso do BemPúblico (a)

Faixa deServidão

Itens emAndamento Total

Saldos em 31 de dezembro de 2015 1.088 2.746 70 3.775 7.679Custo Total 2.720 6.533 70 3.775 13.098Amortização Acumulada (1.632) (3.787) - - (5.419)Saldos em 31 de dezembro de 2015 1.088 2.746 70 3.775 7.679Adições - 160 - 614 774Amortizações (1.299) (2.085) - - (3.384)Transferências 3.775 - - (3.775) -Saldos em 31 de dezembro de 2016 3.564 821 70 614 5.069Custo Total 6.495 6.693 70 614 13.872Amortização Acumulada (2.931) (5.872) - - (8.803)Saldos em 31 de dezembro de 2016 3.564 821 70 614 5.069Adições - 167 - 388 555 Baixas – Saldo Bruto - (5.956) - - (5.956) Baixas – Depreciação Acumulada - 5.956 - - 5.956Amortizações (1.298) (836) - - (2.134)Saldos em 31 de dezembro de 2017 2.266 152 70 1.002 3.490 Custo Total 6.495 904 70 1.002 8.471 Amortização Acumulada (4.229) (752) - - (4.981)Saldos em 31 de dezembro de 2017 2.266 152 70 1.002 3.490 Taxa Média de Amortização 20,00% 12,50% 0,00% 0,00%

a) Uso do Bem Público

Em 11 de julho de 2013 foi assinado o contrato de concessão no 006/2013, decorrente da al-teração de regime de exploração formalizada pelo 4o termo aditivo ao contrato de concessão para geração de energia elétrica no 55/99, tendo como objeto regular a exploração dos poten-ciais de energia hidráulica. Tal contrato prevê o recolhimento à Eletrobras, por um prazo de 60 meses ou até o final da con-cessão de cada Usina, de quota mensal de Uso de Bem Público – UBP definida em contrato, atualizada monetariamente pela variação do IPCA. A contrapartida dessa obrigação está re-gistrada no ativo intangível e será amortizada pelo mesmo período de vigência da obrigação. Em 2017 o valor total pago foi de R$799 mil, 65% menor do que no ano anterior em função do término das concessões em 2016 das usinas Cedros, Salto, Bracinho e Palmeiras e no segundo semestre de 2017 da usina Pery. Em 31 de dezembro de 2017 o respectivo saldo passivo é de R$174 mil com vencimento até setembro de 2018, R$55 mil referente à UHE Caveiras e R$119 mil referente à PCH Celso Ramos. A estimativa dos fluxos de caixa para mensuração da UBP é decorrente da utilização da taxa de desconto definida pela Administração de 7,9%.Os montantes, por Usina, recolhidos em 2017 e 2016 foram:

Usinas

31 de dezembro

de 2017

31 de dezembro

de 2016UHE Cedros (i) - 284 UHE Salto (i) - 221 UHE Bracinho (i) - 336 UHE Palmeiras (i) - 434 UHE Pery (ii) 530 760 UHE Caveiras 84 79 PCH Celso Ramos 185 175 Total 799 2.289

(i) Em 2016 as parcelas de UBP foram recolhidas até o término do contrato da antiga concessão.(ii) As parcelas foram pagas até julho de 2017, quando finalizou o contrato de concessão. A partir do novo contrato de concessão não há obrigatoriedade de pagamento de UBP.

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

16. FORNECEDORES

Descrição

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Encargos de Uso da Rede Elétrica 216 216

Materiais e Serviços 2.715 7.282

Total 2.931 7.498

17. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

17.1. Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar

Descrição

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

IRPJ 14.125 1.791

CSLL 4.062 661

Total a pagar 18.187 2.452

(-) Tributos a Compensar (466) (82)

Total 17.721 2.370

17.2. Outros Tributos e Contribuições Sociais

Descrição

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

PIS e COFINS 981 911

Outros 115 90

Total 1.096 1.001

18. RESULTADO COM IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA – IRPJ E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – CSLL

a) Composição do IRPJ e da CSLL Diferidos Líquidos

O Imposto de Renda e a Contribuição Social diferidos ativos foram calculados a partir da pro-visão para contingências de processos judicias e em atendimento às orientações contidas na Interpretação Técnica ICPC 10 – Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável dos Ativos sobre a Provisão para Perdas do Ativo Imobilizado.O Imposto de Renda e a Contribuição Social diferidos passivos foram calculados sobre o ajuste ao valor justo do Ativo Imobilizado, decorrente da primeira adoção do Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado.Os tributos diferidos calculados sobre a Bonificação de Outorga foram calculados em confor-midade com a Instrução Normativa RFB no 1.700, de 14 de março de 2017.

Descrição

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Ativo 28.475 18.793

Passivo (38.088) (26.652)

Tributo Diferido Líquido (9.613) (7.859)

Os saldos de ativos e passivos diferidos líquidos têm a seguinte composição:

Descrição

Diferido Ativo Diferido Passivo Diferido Líquido31 de

dezembrode 2017

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016Diferenças TemporáriasProvisão para Contingências 341 319 - - 341 319Provisão para Perdas em Ativos 11.480 11.836 - - 11.480 11.836Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa 5.695 3.598 - - 5.695 3.598Custo Atribuído - - 9.081 11.520 (9.081) (11.520)Bonificação de Outorga 10.959 3.040 29.007 15.132 (18.048) (12.092)Total 28.475 18.793 38.088 26.652 (9.613) (7.859)

b) Realização dos Ativos Diferidos

A base tributável do IRPJ e da CSLL decorre não apenas do lucro gerado, mas da existên-cia de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, incentivos fiscais e outras variáveis, sem correlação imediata entre o Lucro Líquido da Celesc G e o resultado de Imposto de Ren-da e Contribuição Social. Desse modo, a expectativa da utilização dos créditos fiscais não deve ser tomada como único indicativo de resultados futuros da Celesc G.Em atendimento à Instrução CVM no 371, de 27 de junho de 2002, a Administração da Celesc G considera que os ativos diferidos provenientes das diferenças temporárias serão realizados na proporção da resolução final das contingências e dos eventos a que se referem, quando serão compensados com os lucros tributáveis.O valor da Bonificação de Outorga foi reconhecido como um ativo financeiro em função do di-reito incondicional da Companhia de receber o valor pago com atualização pelo IPCA e juros remuneratórios durante o período de vigência da concessão. Os tributos diferidos relativos à Bonificação de Outorga serão realizados de acordo com o prazo determinado no Contrato de Concessão das usinas.As estimativas de realização para o saldo total do ativo de 31 de dezembro de 2017 são:

Ano

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 20162017 - 7632018 2.615 4892019 899 4892020 899 489Acima de 2020 24.062 16.563Total 28.475 18.793

c) Conciliação do IRPJ e da CSLL Reconhecidos no Patrimônio Líquido

A movimentação do Custo Atribuído com os valores de tributos reconhecidos diretamente no Patrimônio Líquido estão demonstrados a seguir:

Descrição MontanteSaldo em 31 de dezembro de 2015 43.832(-) Realização do Custo Atribuído (32.529)(+) Tributos (IRPJ/CSLL) 11.060Saldo em 31 de dezembro de 2016 22.363(-) Realização do Custo Atribuído (7.173)(+) Tributos (IRPJ/CSLL) 2.439Saldo em 31 de dezembro de 2017 17.629

d) Conciliação do IRPJ e da CSLL Correntes e Diferidos

A conciliação entre a despesa de Imposto de Renda e de Contribuição Social pela alíquota nominal e pela efetiva está demonstrada a seguir:

Descrição

31 dedezembro

2017

31 dedezembro

2016

Resultado antes do IRPJ e da CSLL 75.260 39.081Alíquota Nominal Combinada do IRPJ e da CSLL 34% 34%IRPJ e SCLL (25.588) (13.288)Adições e Exclusões PermanentesEquivalência Patrimonial (1.091) (102)Depreciação - (13)Outras Adições/Exclusões 379 (535)

(26.300) (13.938)Corrente (24.546) (6.406)Diferido (1.754) (7.532)

(26.300) (13.938)Taxa Efetiva 34,95% 35,66%

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

19. TAXAS REGULAMENTARESSão compostas pelos encargos do setor de energia elétrica.

Descrição

31 de dezembro

de 2017

31 de dezembro

de 2016

Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos – CFURH (i) 108 208

Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica – TFSEE (ii) 22 37

Uso do Bem Público – UBP 174 753

Pesquisa e Desenvolvimento – P&D (iii) 2.109 1.621

Total 2.413 2.619

Circulante 386 924

Não circulante 2.027 1.695

(i) Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos – CFURHA Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos é um ressarcimento pela ocupação de áreas por usinas hidrelétricas e um pagamento pelo uso da água na geração de energia. A tarifa utilizada para o cálculo da Compensação Financeira (Tarifa Atualizada de Re-ferência – TAR) é fixada pela ANEEL, sendo reajustada anualmente e revisada a cada quatro anos pela Agência (Compensação Financeira = 6,75% x Energia Gerada x TAR).

(ii) Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica – TFSEE A Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica foi criada, por lei, com a finalidade de constituir a receita da ANEEL para cobertura das suas despesas administrativas e opera-cionais. A TFSEE é fixada anualmente pela ANEEL e paga mensalmente, em duodécimos.

(iii) Pesquisa e Desenvolvimento – P&DO encargo foi criado pela Lei Federal no 9.991/00 e seus recursos são destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT, ao Ministério de Minas e Energia - MME e aos agentes, a serem aplicados em projetos aprovados pela ANEEL. O P&D é calculado com base em 1% de sua receita operacional líquida.

20. DEBÊNTURESEm 03 de março 2016 ocorreu a primeira emissão de Debêntures da Celesc G. O valor total da emissão foi de R$150.000 mil em uma única série, constituída por 15 mil Debêntures com valor nominal unitário de R$10 mil.As Debêntures são simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária e com ga-rantia adicional fidejussória. As Debêntures serão nominativas e escriturais, sem emissão de cautelas ou certificados, tendo vencimento em março de 2018, sem atualização monetária. Os juros remuneratórios correspondem a 125% da variação acumulada das taxas médias di-árias dos Depósitos Interfinanceiros – DI e são pagos trimestralmente.Os juros pagos no ano de 2017 totalizaram R$18.996 mil, enquanto que no ano de 2016 o montante desembolsado foi de R$19.023 mil, decorrente das variações do CDI.O valor nominal unitário das Debêntures será amortizado integralmente na data de vencimento, ressalvadas as hipóteses de liquidação antecipada das debêntures resultante do resgate ante-cipado, de amortização extraordinária ou na data do vencimento antecipado das Debêntures.A Celesc G tem como compromisso contratual (covenant) vinculado à emissão das Debên-tures não apresentar a relação Dívida Líquida/EBITDA superior a 2,5, nos dois primeiros se-mestres, e superior a 2 nos dois últimos semestres. O não cumprimento desses indicadores financeiros pode implicar no vencimento antecipado das dívidas. Em 31 de dezembro de 2017 a Companhia esteve abaixo deste indicador de relação.

a) Movimentação das Debêntures

Descrição Total

Em 31 de dezembro de 2016 150.019

Atualização Monetária 18.038

Pagamentos de Encargos (18.996)

Custos na Emissão de Debêntures 1.624

Em 31 de dezembro de 2017 150.685

Circulante 150.685

b) Custos na Emissão de Debêntures a Apropriar

Descrição

31 dedezembro

2017

31 dedezembro

2016

Ano 2017: 1T/2017 - 4062T/2017 - 4063T/2017 - 4064T/2017 - 406

Ano 2018:1T/2018 271 271

Total 271 1.895

c) Conciliação de Passivos Resultantes das Atividades de Financiamento

Descrição DebênturesDividendos a

PagarEm 31 de dezembro de 2015 - 7.993

Ingressos de Recursos 146.752 - Pagamento do Principal - (9.592)Total das Variações no Fluxo de Financiamento 146.752 (9.592)Pagamento de Juros (i) (19.023) - Encargos Provisionados (ii) 20.936 - Custas na Emissão de Debêntures (ii) 1.354 - Destinação de Dividendos (ii) - 7.570 Em 31 de dezembro de 2016 150.019 5.971 Pagamento do Principal - (7.165)Total das Variações no Fluxo de Financiamento - (7.165)Pagamento de Juros (i) (18.996) - Encargos Provisionados (ii) 18.038 - Custos na Emissão de Debêntures (ii) 1.624 - Destinação de Dividendos (ii) - 12.822

Em 31 de dezembro de 2017 150.685 11.628

(i) Os juros pagos são classificados no fluxo das Atividades Operacionais na Demonstração do Fluxo de Caixa.(ii) Os encargos provisionados, os custos na emissão de debêntures e a destinação de divi-dendos são operações que não envolvem a movimentação de caixa.

21. PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS E DEPÓSITOS JUDICIAIS

Todas as demandas de natureza judicial são acompanhadas continuamente pelos assesso-res jurídicos da Celesc G que, de acordo com critérios previamente definidos pela Administra-ção, classificam os riscos contingentes de forma individual, o que resulta no provisionamento dos objetos considerados como perda provável. Nas datas das Demonstrações Financeiras, a Celesc G apresentava os seguintes passivos e correspondentes depósitos judiciais, relacionados às contingências:

Descrição

Depósitos Judiciais Provisões para Riscos31 de

dezembro de 2017

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Contingências:Trabalhistas 267 74 593 530Cíveis 75 75 409 409

Total 342 149 1.002 939

As movimentações de provisões e depósitos estão demonstradas a seguir:

DescriçãoDepósitosJudiciais

Provisões para Riscos

Em 31 de dezembro de 2016 149 939Adições 193 63

Em 31 de dezembro de 2017 342 1.002

A Celesc G é parte envolvida em processos trabalhistas e cíveis em andamento e está discu-tindo essas questões na esfera judicial.

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

Esses processos, quando aplicáveis, são amparados por depósitos judiciais. As provisões para as eventuais perdas decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pe-la Administração, respaldadas pela opinião de seus consultores legais internos e externos. A natureza das contingências pode ser sumariada como segue:

a) Contingências TrabalhistasEstão relacionadas às reclamações movidas por empregados à disposição da Celesc G e das empresas prestadoras de serviços (terceirizadas) relativas a questões de pagamento de ho-ras extras, bem como revisão de base de cálculo de verbas salariais, adicionais, verbas res-cisórias, dentre outros direitos trabalhistas.O processo de maior relevância refere-se à Ação Civil Pública interposta pelo Ministério Públi-co do Trabalho por denúncias de trabalhadores nas obras da construção da PCH Prata per-tencente à Companhia Energética Rio das Flores, da qual a Celesc G tem participação acio-nária de 26,07%, com montante de perda estimado em R$400 mil.

b) Contingências CíveisO principal processo está relacionado à reclamação movida por inexigibilidade de débito de duplicatas emitidas em 2011, interposta por consumidor industrial, com estimativa de valor em R$372,6 mil.Além disso, existem ações para constituição de faixa de servidão administrativa, tendo em vista a necessidade de ordem judicial de emissão de posse da Celesc G.

c) Perdas Possíveis – Não ProvisionadasA Celesc G tem ações de natureza trabalhista envolvendo riscos de perda classificados pela Administração como possível, com base na avaliação de seus consultores jurídicos, para as quais não há provisão constituída, conforme composição e estimativa a seguir:

Contingências

Risco Possível31 de

dezembro de 2017

31 dedezembro

de 2016

Trabalhistas e Previdenciárias 768 748

Total 768 748

As contingências passivas trabalhistas estão relacionadas a processos movidos por empre-gados e ex-empregados de empresas prestadoras de serviços relativas a questões de res-ponsabilidade subsidiária/solidária, horas extras, indenização por acidente de trabalho, ver-bas rescisórias e outras.O processo mais relevante, com estimativa de perda no montante de R$720 mil, refere-se à inter-posição da Ação de Indenização por Danos Morais relacionado a empregado de empresa pres-tadora de serviço subcontratada pela Celesc G durante as obras de ampliação da Usina Pery.

22. PATRIMÔNIO LÍQUIDOa) Capital SocialO Capital Social da Celesc G em 31 de dezembro de 2017, subscrito e integralizado, é de R$250 milhões, representado por 43.208.760 ações ordinárias nominativas, sem valor nomi-nal, de titularidade das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A.

b) Reserva Legal e de Retenção de LucrosA Reserva Legal é constituída anualmente como destinação de 5% do Lucro Líquido do Exer-cício e não poderá exceder a 20% do Capital Social. A Reserva Legal tem por fim assegurar a integridade do Capital Social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízo e au-mentar o capital.A Reserva de Retenção de Lucros refere-se à retenção do saldo remanescente de Lucros Acumulados, a fim de atender ao projeto de crescimento dos negócios estabelecido em seu plano de investimentos, conforme orçamento de capital aprovado e proposto pelos adminis-tradores, para ser deliberado na Assembleia Geral da Administração, em observância ao ar-tigo 196 da Lei das Sociedades por Ações.

c) Ajustes de Avaliação PatrimonialO Custo Atribuído, mensurado ao valor justo na data da adoção inicial dos CPCs em 2009, foi reconhecido no Ajuste de Avaliação Patrimonial, no Patrimônio Líquido, líquido de Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos, em contrapartida ao Ativo Imobilizado. A sua realiza-ção é registrada em contrapartida à conta Lucros Acumulados na medida em que a deprecia-ção do valor justo do imobilizado é reconhecida no resultado. A realização do custo atribuído em 2017 foi:

Descrição

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016Base de Cálculo

Imposto de Renda

Contribuição Social Total Total

Natureza dos CréditosRealização do Custo Atribuído 7.173 1.793 646 4.734 21.469

Total 7.173 1.793 646 4.734 21.469

d) Dividendos

A proposta de dividendos é calculada com pay-out de 30% praticado pela Companhia. A par-cela excedente ao mínimo obrigatório de 25% é registrada no Patrimônio Líquido e sujeita à aprovação dos acionistas na Assembleia Geral, estando assim demonstrada:

Descrição

31 dedezembro

de 2017

31 dedezembro

de 2016

Lucro Líquido do Exercício 48.960 25.143

(-) Constituição de Reservas Legal (2.448) (1.258)

(=) Base de Cálculo dos Dividendos 46.512 23.885

Dividendos Propostos (Pay-out praticado 30%) 13.954 7.165

Dividendos a pagar (25%) (PC) 11.628 5.971

Dividendos a Disposição da AGO (5%) (PL) 2.326 1.194

Total dos Dividendos do Exercício 13.954 7.165

23. SEGUROS As coberturas de seguros, em 31 de dezembro de 2017, foram contratadas pelos montantes a seguir indicados, consoante apólices de seguros:

Ramo Ativos Cobertos VigênciaImportância Segurada(i)

Incêndio/Raio/Explosão Usinas e Subestações 08.08.2017 a 08.08.2018 24.272

Queda de Aeronave Usinas e Subestações 08.08.2017 a 08.08.2018 12.136

Vendaval Usinas e Subestações 08.08.2017 a 08.08.2018 12.136

Danos Elétricos Usinas e Subestações 08.08.2017 a 08.08.2018 24.272

(i) As premissas e riscos adotados, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria das Demonstrações Financeiras, consequentemente não foram examinados pelos nossos auditores independentes.

24. RECEITAS

24.1. Mercado, Preço da Energia e ReceitaA venda da energia elétrica é realizada tanto no ACL quanto no ACR e a comercialização de energia, como acontece em todo Sistema Interligado Nacional – SIN, é operacionalizada, contabilizada e regulada por meio da CCEE.

Descrição

31 de dezembro

de 2017

31 de dezembro

de 2016

Receita Operacional Bruta – ROB (a)

Fornecimento de Energia Elétrica 34.975 44.772

Suprimento de Energia Elétrica 61.859 34.673

Energia Elétrica de Curto Prazo 26.291 13.384

Receita Financeira - Bonificação de Outorga 40.808 44.506

163.933 137.335

Deduções da Receita Operacional

PIS 2.339 1.629

COFINS 10.775 7.505

Reserva Global de Reversão – RGR - 302

Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica – TFSEE 314 316

Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos – CFURH 836 1.352

Pesquisa & Desenvolvimento – P&D 792 346

15.056 11.450

Receita Operacional Líquida – ROL 148.877 125.885

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

a) Receita Operacional Bruta

Descrição

31 de dezembro de

2017 2016 2017 2016 2017 2016

No de consumidores (i) MWh (i) Receita Bruta

Fornecimento e Suprimento de Energia Elétrica

Industrial 13 20 149.650 266.042 28.685 44.772

Comercial, Serviços e Outros 1 - 51.480 - 6.290 -

Suprimento de Energia 52 59 479.880 377.158 61.859 34.673

Energia de Curto Prazo (CCEE) - - 3.807 18.968 26.291 13.384

Receita Financeira - Bonificação de Outorga - - - - 40.808 44.506

Total 66 79 684.817 662.168 163.933 137.335

(i) Informações não auditadas.

Por meio da Resolução Homologatória no 2.265, de 4 de julho de 2017, a ANEEL aprovou o reajuste da Receita Anual de Geração – RAG para as usinas hidrelétricas em regime de co-tas, licitadas no Leilão no 12/2015. A vigência do novo reajuste da RAG é de 1o de julho de 2017 a 30 de junho de 2018. As RAGs estabelecidas para as Usinas de propriedade da Celesc G e que deverão ser co-bradas mensalmente, são:

Usina ConcessionáriaRAG

Ciclo 2017/2018Receita Mensal

Julho/2017 a Junho/2018

Garcia Celesc G 9.428 786

Bracinho Celesc G 12.199 1.017

Cedros Celesc G 8.924 744

Palmeiras Celesc G 18.659 1.555

Salto Celesc G 6.341 528

25. CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS

Os custos e despesas operacionais são compostos pelas seguintes naturezas de gastos:

Descrição

31 de dezembro de 2017

Custos deBens e/ou

Serviços

DespesasCom

Vendas

DespesasGerais e

AdministrativasOutras

Despesas Total

Energia Elétrica Comprada para Revenda (a) 15.340 - - - 15.340

Pessoal 5.299 295 10.901 - 16.495

Material 181 - 79 - 260

Encargos de Uso da Rede Elétrica 2.301 - - - 2.301

Custos e Serviços de Terceiros 5.000 507 1.745 - 7.252

Depreciação e Amortização 14.315 - 1.433 - 15.748

Seguros 300 - 151 - 451

Provisões Líquidas (b) - 6.169 - (3.029) 3.140

Tributos (295) 72 162 - (61)

Aluguéis - - 289 - 289

Doações e Incentivos Fiscais - - - 600 600

Outros Custos e Despesas (100) - 66 82 48

Total 42.341 7.043 14.826 (2.347) 61.863

Descrição

31 de dezembro de 2016

Custos deBens e/ou

Serviços

Despesascom

Vendas

DespesasGerais e

AdministrativasOutras

Despesas Total

Energia Elétrica Comprada para Revenda (a) 15.382 - - - 15.382

Pessoal 5.684 274 8.619 - 14.577

Material 113 - 216 - 329

Encargos de Uso da Rede Elétrica 2.381 - - - 2.381

Custos e Serviços de Terceiros 4.664 497 1.811 - 6.972

Depreciação e Amortização 34.951 - 1.433 - 36.384

Seguros - - 205 - 205

Provisões Líquidas (b) (6.358) 10.583 - (11.769) (7.544)

Tributos (866) 64 135 - (667)

Aluguéis - - 304 - 304

Outros Custos e Despesas (725) - 425 34 (266)

Total 55.226 11.418 13.148 (11.735) 68.057

a) Energia Elétrica Comprada para Revenda

Descrição

31 de dezembro

de 2017 MWh (i)

31 de dezembro

de 2016 MWh (i)

Master Agropecuária Ltda 1 263 - -Dona Francisca Energética - DFESA 16.903 140.858 16.950 141.224(-) PIS Crédito (279) - (280) -(-) COFINS Crédito (1.285) - (1.288) -

Total 15.340 141.121 15.382 141.224(i) Informações não auditadas

b) Provisões, Líquidas

Em decorrência de nova análise do imobilizado a fim de verificar o Valor Recuperável de Ati-vos (Impairment Test) realizado em 2017, foi revertida a Provisão para Perdas registrada an-teriormente no valor de R$14.283 mil e constituída nova provisão no montante de R$11.191 mil, conforme descrito na Nota 14.As provisões judiciais foram constituídas de acordo com os critérios previamente definidos pela Administração, conforme relatório emitido pela assessoria jurídica da Celesc G, e devido a alterações no risco de perdas em determinados processos judiciais, foi instituída provisão para contingências no valor de R$63 mil.Em decorrência das incertezas do recebimento pela liquidação no mercado de curto prazo referentes aos ajustes das medidas liminares acerca do GSF, foi constituída PECLD no mon-tante de R$4.798 mil no ano de 2017.

26. RESULTADO FINANCEIRO

Descrição

31 de dezembro

de 2017

31 de dezembro

de 2016

Receita FinanceiraRenda de Aplicação Financeira 3.918 8.532Juros do Contrato de Mútuo (NE 12) 5.227 2.227Multas Contratuais 2.984 -Acréscimos Moratórios sobre Faturas de Energia 107 40Outras Receitas Financeiras (547) (493)

11.689 10.306Despesas FinanceirasAjuste a Valor Presente – UBP (NE 15.a) (52) (204)Variações Monetárias da Bonificação de Outorga - (5.383)Juros sobre as Debêntures (NE 20) (18.038) (20.936)Custos na Emissão de Debêntures (NE 20) (1.624) (1.354)Atualização do P&D (163) (177)Outras Despesas Financeiras (357) (698)

(20.234) (28.752)Resultado Financeiro (8.545) (18.446)

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

27. EVENTO SUBSEQUENTE 27.1. Repactuação da 1a Emissão de Debêntures Simples O Conselho de Administração, em reunião realizada em 22 de fevereiro de 2018, autorizou a Diretoria Executiva assinar o mandato para rolagem com os atuais debenturistas da primeira emissão de debêntures simples da Celesc G e iniciar os procedimentos para preparação dos documentos e atos societários relativos à Repactuação da 1ª Emissão de Debêntures Sim-ples pela Celesc G.

Em Assembleia Geral de Debenturistas, realizada no dia 1o de março de 2018, foi aprovada a alteração da data de vencimento das debêntures de 03 de março de 2018 para 1o de junho de 2018. Mantem-se inalterado o pagamento dos juros remuneratórios das debêntures previsto para 03 de março de 2018, referente ao período de 03 de dezembro de 2017 a 03 de março de 2018, conforme previsto na Escritura de Emissão.

Os juros remuneratórios para o período de 03 de março de 2018 (inclusive) até a nova data de vencimento (exclusive) será de 100% da variação acumulada da Taxa DI Over, acrescida de uma sobretaxa (“Spread”) de 2,5% ao ano, com base em um ano de 252 dias úteis. Adi-cionalmente, a Emissora pagará aos Debenturistas um prêmio no valor de R$6,66 por de-bênture.

Por fim, a Celesc G iniciou os procedimentos para preparação dos documentos e atos so-cietários relativos à sua 2ª Emissão de Debêntures, que será destinada para quitação da 1ª Emissão de Debêntures, com alongamento de prazo de vencimento.

MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração da Celesc Geração S.A. – Celesc G, declara que examinou, revisou e concorda com todas as informações contidas nas Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2017.Florianópolis/SC, 27 de março de 2018.

Pedro Bittencourt Neto(Presidente)

Cleverson Siewert Ademir Zanella

Alberto Ribeiro Güth Antônio Marcos Gavazzoni

Derly Massaud de Anunciação Ernani Bayer

Fabrício Santos Debortolli José Gustavo de Souza Costa

José Luiz Alquéres Leandro Nunes da Silva

Luciano Chede Vitor Kawano Horibe

PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da Celesc Geração S.A. – Celesc G, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, dando cumprimento ao que dispõe o artigo 163, da Lei 6.404/76 e suas poste-riores alterações, examinou o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e a proposta da Administração para destinação do resultado, todos referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2017. Com base nos trabalhos, entrevistas e acompanhamentos realizados ao longo do exercício, e, considerando, ainda, o conteúdo do Relatório dos Audi-tores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu, opina que tais documentos estão em condi-ções de serem submetidos à apreciação dos Senhores Acionistas.

Florianópolis/SC, 29 de março de 2018.

Paulo da Paixão Borges de Andrade

André Luiz Bazzo Luiz Hilton Temp

Telma Suzana Mezia Thiago Costa Jacinto

DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Os Diretores da Celesc Geração S.A. declaram que examinaram, revisaram e concordam com todas as informações contidas nas Demonstrações Financeiras.

Cleverson SiewertDiretor Presidente

Enio Andrade BrancoDiretor de Geração e Transmissão

e Novos Negócios

Antônio José LinharesDiretor de Assuntos Regulatórios e Jurídicos

Eduardo Cesconeto de SouzaDiretor Comercial

Fábio FickDiretor de Planejamento e Controle Interno

José Carlos OnedaDiretor de Finanças e Relações

com Investidores

Nelson Marcelo SantiagoDiretor de Gestão Corporativa

José Braulino StähelinContador – CRC/SC 18.996/O-8

DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE O RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTESOs Diretores da Celesc Geração S.A. declaram que examinaram, revisaram e concordam com todas as informações contidas no Relatório dos Auditores Independentes sobre as De-monstrações Financeiras.

Cleverson SiewertDiretor Presidente

Enio Andrade BrancoDiretor de Geração e Transmissão

e Novos Negócios

Antônio José LinharesDiretor de Assuntos Regulatórios e Jurídicos

Eduardo Cesconeto de SouzaDiretor Comercial

Fábio FickDiretor de Planejamento e Controle Interno

José Carlos OnedaDiretor de Finanças e Relações

com Investidores

Nelson Marcelo SantiagoDiretor de Gestão Corporativa

José Braulino StähelinContador – CRC/SC 18.996/O-8

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Aos Acionistas, Conselheiros e Administradores da Celesc Geração S.A.

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras da Celesc Geração S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demons-trações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos flu-

Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras 2017 CNPJ/MF 08 .336 .783 /0001-78

xos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explica-tivas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequada-mente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Celesc Geração S.A. em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (“In-ternational Financial Reporting Standards - IFRS”), emitidas pelo “International Accounting Standards Board - IASB”.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de audi-toria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na se-ção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações finan-ceiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC, e cumprimos com as demais res-ponsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de audito-ria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Outros assuntos

Demonstração do valor adicionado

A demonstração do valor adicionado (“DVA”) referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, elaborada sob a responsabilidade da Administração da Companhia e apresentada como informação suplementar para fins de IFRS, foi submetida a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. Pa-ra a formação de nossa opinião, avaliamos se essa demonstração está reconciliada com as demonstrações financeiras e os registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e o seu conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no pronunciamento técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essa demonstração do valor adi-cionado foi adequadamente elaborada, em todos os aspectos relevantes, segundo os crité-rios definidos nesse pronunciamento técnico e é consistente em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório do auditor

A Administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreen-dem o Relatório da Administração e o Balanço Social.

Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administra-ção e o Balanço Social, e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esses relatórios.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e o Balanço Social e, ao fazê-lo, considerar se esses rela-tórios estão, de forma relevante, inconsistentes com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparentam estar distorcidos de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração e no Balanço Social, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a esse respeito.

Responsabilidades da Administração e da governança pelas demonstrações financeiras

A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demons-trações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as nor-mas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo IASB, e pelos controles

internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstra-ções financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por frau-de ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, a Administração é responsável pela avalia-ção da capacidade de a Companhia continuar operando e divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evi-tar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela su-pervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, to-madas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detecta as eventuais distor-ções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

»Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financei-ras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos pro-cedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de au-ditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omis-são ou representações falsas intencionais.

»Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejar-mos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.

»Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estima-tivas contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração.

»Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de conti-nuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerte-za relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significa-tiva em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluir-mos que existe incerteza relevante, devemos chamar a atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir mo-dificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.

»Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financei-ras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as corres-pondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresen-tação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos du-rante nossos trabalhos.

Joinville, 24 de abril de 2018.

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Renato Vieira LimaAuditores Independentes Contador

CRC nº 2 SP 011609/O-8 “F” SC CRC nº 1 SP 257330/O-5