renascer 41
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Boletim Informativo Nº41. Edição de Janeiro, Fevereiro e Março de 2013.TRANSCRIPT
Actividades de AnimaçãoActividades de Animação pág. 14pág. 14 À Conversa com… Isabel ValenteÀ Conversa com… Isabel Valente pág. 8pág. 8
DESTAQUES
Aposta na Formação Aposta na Formação pág. 4pág. 4
(Página 3)
Janeiro
Fevereiro
Março
2013
RENASCERb o l e t i m i n f o r m a t i v o
Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº 41
Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org
Dentro da experiência adqui‐
rida, considero que a realida‐
de social e as práticas sociais
que a suportam, apesar da
sua universalidade, divergem
de acordo com a geografia
dos lugares, o tipo de culturas
e os hábitos adquiridos.
Sines é o Concelho mais
pequeno do Litoral Alenteja‐
no, com cerca de 15 000
habitantes. A sua localização
é junto ao mar e, por razões
sobejamente conhecidas, a
sua população foi gradual‐
mente adquirindo caracterís‐
ticas mais cosmopolitas. Na
década de 60, os proprietá‐
rios detentores de algum
património rural foram expro‐
priados, empobrecendo até
ao desespero, aqueles que
desse rendimento viviam.
Pelas suas águas profundas,
nasceu um porto marítimo
para barcos de grande porte,
com escalas internacionais,
resultando daí a vinda de
novas gentes, e consequente‐
mente o aumento populacio‐
nal e de postos de trabalho. A
par desta evolução, aconte‐
ceu também a formação e
aprendizagem profissional de
muitos Sineenses, assistindo‐
se a uma analogia interessan‐
te: Sines albergou novas gen‐
tes e, ao mesmo tempo, veri‐
ficou‐se a emigração de mui‐
tos Sineenses.
Com estas transformações,
Sines perdeu grande parte
das suas raízes e identidade
e, simultaneamente, a coesão
e solidariedade sociais.
Neste contexto, a área social
e humana só têm expressão
quando a necessidade bate
directamente à porta de cada
um.
As próprias empresas inves‐
tem apenas em actividades e
eventos de grande visibilida‐
de e mediatismo, esquecen‐
do‐se desta área, quando
somos nós, os actores sociais,
que recolhemos a maioria
das pessoas que nestes últi‐
mos 40 anos deram o seu
grande contributo para o
desenvolvimento da região e
manutenção da qualidade de
vida dos seus quadros empre‐
sariais.
As pessoas que recorrem ao
Lar são pessoas já muito
dependentes, e destas, cerca
de 85% com demência e
outras patologias graves; nos
casos de demência, passámos
nestes últimos 3 anos de cer‐
ca de 28 % para 47%.
Ora, este tipo de utentes exi‐
ge uma maior atenção e cui‐
dados mais assíduos, bem
como equipamentos adequa‐
dos e pessoal mais especiali‐
zado.
Da parte das famílias, tam‐
bém sentimos que está em
crescendo o aumento do
stress, não só pelas dificulda‐
des que as medidas de auste‐
ridade estão a provocar,
como pelo desgaste do tem‐
po despendido a cuidar dos
seus familiares, repercutindo‐
se depois, em muitos casos,
no desequilíbrio psicológico
que se traduz na forma como
lidam com os funcionários e
situações nas horas de visita.
Como tal, procuramos colma‐
tar estas problemáticas com
mais formação profissional,
melhoria das condições físi‐
cas dos estabelecimentos e
ajustamento das condições
gerais aos níveis das exigên‐
cias legais e normas instituí‐
das.
Mas com as medidas de aus‐
teridade em curso no país,
estamos a sentir o efeito dos
cortes por parte da Seguran‐
ça Social e a diminuição dos
recursos financeiros das famí‐
lias, que se reflectem tanto
na altura das admissões,
como depois no cumprimen‐
to das responsabilidades
assumidas.
No nosso caso, como dispo‐
mos de múltiplas valências,
as situações são bem mais
complexas, pois as respostas
são mais numerosas, diversi‐
ficadas e exigentes.
E como os comportamentos e
hábitos humanos vão evo‐
luindo em todas as suas ver‐
tentes, não podem estas Ins‐
tituições permanecer estáti‐
cas e ficar aquém das respos‐
tas e necessidades com que
diariamente se vão deparan‐
do. Terão obrigatoriamente,
para que acompanhem esta
evolução natural da vida, de
se irem reestruturando, adap‐
tando aos novos paradigmas
e investindo sempre que as
parcas posses o permitam.
A palavra solidariedade assu‐
me, neste contexto, um
carácter de urgência, uma
junção eficaz de sinergias,
uma responsabilidade acres‐
cida para todos os parceiros,
uma vontade política de
encontrar soluções e um
compromisso colectivo de
cidadania.
2
RENASCER
bo le t im in fo rmat i vo
A NOSSA REALIDADE FACE À CRISE
Luís Maria Venturinha de Vilhena
Provedor da Misericórdia de Sines
ED
ITO
RIA
L
Propriedade, Edição e Impressão SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES
Periodicidade Trimestral
Número 41
Edição Janeiro| Fevereiro | Março 2013
Director Luís Maria Venturinha de Vilhena
Redacção Rita Camacho
Revisão de Texto José Mouro, Rita Camacho
Fotografia Ricardo Batista, Rita Camacho
Grafismo | Montagem | Paginação Ricardo Batista, Rita Camacho
Tiragem 300 exemplares
Depósito legal 325965/11
Distribuição Gratuita
Ficha Técnica
RENASCER b o l e t i m i n f o r m a t i v o
Não é possível descrever com todo
o rigor a história da Santa Casa da
Misericórdia de Sines. No entanto,
as mais antigas referências encon‐
tradas em documentos históricos
indicam que esta Instituição já exis‐
tia em 1516. Constituída como
Associação de Fiéis na ordem Jurídi‐
ca Canónica, a Misericórdia de Sines
foi criada com o objectivo de satisfa‐
zer carências sociais e praticar actos
de culto católico, em harmonia com
aquilo que são as Obras de Miseri‐
córdia. Entre outras, a Santa Casa da
Misericórdia foi criada com a finali‐
dade de “rogar a Deus pelos vivos e
pelos mortos, curar os enfermos,
cobrir os nus, dar de comer aos
famintos, dar de beber a quem tem
sede, dar pousada aos peregrinos e
pobres e enterrar os mortos”.
Inicialmente a Misericórdia ter‐se‐á
instalado na Capela do Espírito San‐
to, anexa ao hospital do mesmo
nome. Em 1585 o Provedor e os
Irmãos da Instituição iniciaram
esforços para construção de uma
nova Capela, a actual Capela de
Misericórdia, cujo edifício subsiste
como foi construído, embora com
algumas alterações pontuais.
Em 1630 a Misericórdia de Sines
passou a administrar o Hospital exis‐
tente na localidade, sendo aí presta‐
dos todos os cuidados de saúde à
população, até à década de 70. Nes‐
sa altura, com a reestruturação dos
serviços de saúde, o Hospital foi
desactivado e a Misericórdia passou
a funcionar nas instalações do Sana‐
tório Prats, local que antes do 25 de
Abril albergava a Casa dos Pescado‐
res, gerida pela extinta Junta Central
das Casas dos Pescadores. A partir
daí a Misericórdia passou a ocupar‐
se dos idosos que já viviam no Sana‐
tório Prats, criou as condições
necessárias para receber outros ido‐
sos necessitados e diversificou a sua
actividade. Em 1987 foi criado o
Infantário “Capuchinho Vermelho”,
em 1988 iniciou‐se o Serviço de
Apoio Domiciliário e em 1998
entrou em funcionamento o Centro
de Dia. No ano de 2001 a Misericór‐
dia passou a apoiar menores em ris‐
co, através do Lar de Rapazes “A
Âncora” e jovens mães solteiras
através do Centro de Apoio à Vida
“Mãe Sol”. Em 2003 nasceu o Cen‐
tro Acolhimento Temporário “Porto
D’Abrigo” para apoiar mulheres víti‐
mas de violência doméstica.
Mais recentemente, durante o ano
de 2012, a Misericórdia, numa bus‐
ca constante para apoio a quem
mais necessita, criou a Cantina e a
Loja Social. A par disso, tem sido
desenvolvida nos últimos anos uma
actividade intensa, pensada primei‐
ramente no bem‐estar dos cerca de
480 utentes, que são assistidos dia‐
riamente por duas centenas de cola‐
boradores.
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bo le t im in fo rmat i vo RENASCER
497 ANOS DE HISTÓRIA E SOLIDARIEDADE
Bagão Félix inaugura valências da Santa Casa (2003)
Maria José Ritta no 485º Aniversário
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RENASCER
bo le t im in fo rmat i vo
O DIA DO ANIVERSÁRIO No dia 22 de Fevereiro a Santa
Casa da Misericórdia de Sines com‐
pletou 497 anos de existência. Para
assinalar este dia simbólico, a Insti‐
tuição organizou um conjunto de
actividades nas diferentes valên‐
cias, entre as quais a celebração de
uma Missa no Salão Social, durante
a manhã, e um programa/convívio,
durante a tarde, com música, uma
homenagem às funcionárias com
25 anos de serviço, e os tradicio‐
nais “Parabéns a Você”, acompa‐
nhados de Bolo de Aniversário.
Entre utentes, colaboradores,
órgãos sociais, voluntários e
irmãos da Santa Casa, várias pes‐
soas marcaram presença nesta
comemoração que assinala quase
500 anos de uma das mais antigas
Misericórdias do país.
Celebração de Missa no Salão Social
Comemoração no Lar “Anexo II” Homenagem às funcionárias
bo le t im in fo rmat i vo RENASCER
Antónia Pereira, de 61 anos, ajudante de cozinha no Infantário “Capuchinho Vermelho” e Fátima Neves, 48 anos, auxiliar
de acção educativa na mesma resposta social da Instituição, foram as duas funcionárias homenageadas no dia 22 de
Fevereiro. O “Renascer” recolheu o testemunho de ambas sobre os 25 anos de dedicação à Instituição.
FUNCIONÁRIAS HOMENAGEADAS
«Comecei por trabalhar na limpeza e mais tarde passei a ser
ajudante de cozinha, funções que exerço ainda hoje. Sempre
trabalhei no Infantário “Capuchinho Vermelho” e sem dúvida
gosto muito do emprego que tenho, sobretudo pela alegria
das crianças e pelo bom relacionamento com as colegas.
O meu dia‐a‐dia de trabalho passa por ajudar a preparar os
almoços, depois ajudo a distribuir as refeições às crianças,
preparo os lanches e ajudo novamente as crianças na toma
dessa refeição. É minha tarefa também pôr e arrumar as
mesas. Nunca tinha trabalhado com crianças, mas a adapta‐
ção foi muito fácil, e fui ficando, fui ficando… até hoje.
Em 25 anos, não considero que tenham acontecido grandes
mudanças no Infantário. Apenas as mudanças de instalações.
A nossa forma de trabalhar e de educar as crianças é a mes‐
ma.
No futuro, espero continuar por aqui e ir vivendo um dia de
cada vez. Tenho 61 anos, já não posso desejar muito, mas
quero continuar a ver a alegria destas crianças e ver passar
por aqui filhos de meninos que já cá estiveram. E é uma gran‐
de satisfação quando eles nos vêm visitar e dizem que têm
saudades da comida do Infantário. Encaro isso como um reco‐
nhecimento ao meu trabalho.»
Antónia Pereira
«Actualmente sou auxiliar de acção educativa no Infantário
“Capuchinho Vermelho”, mas quando vim trabalhar para a
Misericórdia de Sines, tinha outras funções. Era funcionária
do serviço de limpeza, nos lares de idosos. Como gostava mui‐
to de crianças, uns anos mais tarde, pedi transferência para o
Infantário. Nunca tinha trabalhado numa Instituição de Soli‐
dariedade Social, mas agarrei esta oportunidade porque sem‐
pre gostei muito de crianças.
O que mais gosto no meu trabalho são as actividades que
desenvolvo com as crianças e os passeios que damos com
elas. Já trabalhei com crianças mais velhas, mas a grande
experiência que tenho é na sala dos bebés. Todas as crianças
dão trabalho, mas as tarefas com os bebés são mais exigentes
porque temos de lhes fazer tudo: dar comida, mudar fraldas,
dar atenção…
25 anos é muito tempo e penso que as diferenças entre o
Infantário de hoje e o que encontrei quando para cá vim tra‐
balhar, não são muitas. Apenas ao nível das instalações é que
se verificaram mudanças, pois o dia‐a‐dia de trabalho man‐
tem‐se.
Acho muito engraçadas as gracinhas que as crianças fazem e
o podermos acompanhar meninos e meninas que uns anos
mais tarde trazem também para cá os seus filhos. Eu nestes
25 anos já assisti a isso e é muito engraçado ajudarmos a
criar os filhos de quem também já ajudamos a criar.
O futuro a Deus pertence, mas para já posso dizer que me sin‐
to muito bem aqui no sítio onde trabalhei praticamente toda
a minha vida.»
Fátima Neves
Antónia Pereira (ao centro) com outras funcionárias do Infantário
Fátima Neves com Gabriel, um dos meninos da sua sala
5
A qualificação dos recur‐
sos humanos constitui
uma das prioridades da
Misericórdia de Sines,
uma vez que esta verten‐
te se revela extremamen‐
te importante na adopção
de um modelo de gestão
da qualidade, que assegu‐
re a renovação de conhe‐
cimentos, práticas e pro‐
cedimentos dos colabora‐
dores. Além disso, a reali‐
dade social não é uma
realidade estanque, daí
que a qualificação e efi‐
ciência da intervenção
neste campo dependa,
cada vez mais, da forma‐
ção de todos os agentes
que nela intervêm.
Assim, para o ano de
2013, a Santa Casa da
Misericórdia de Sines tem
protocolado com a União
das Misericórdias Portu‐
guesas 225 horas de for‐
mação, em diferentes
áreas, que pretendem
abranger o máximo de
colaboradores.
Até ao momento já termi‐
naram duas dessas
acções de formação, uma
delas sobre “Saúde da
Pessoa Idosa – Prevenção
de Problemas” e outra
denominada “Abordagem
Geral de Noções Básicas
de Primeiros Socorros”. A
formação sobre “Saúde
da Pessoa Idosa”, com a
duração de 50 horas, con‐
tou com a participação de
15 colaboradores que
desenvolvem tarefas
directamente com idosos
e teve como objectivo o
reconhecimento de facto‐
res que contribuem para
a promoção da saúde,
bem como o reconheci‐
mento de problemas de
saúde mais comuns na
Terceira Idade. Além dis‐
so, os formandos ficaram
habilitados a identificar e
prestar cuidados a doen‐
tes em estado terminal.
No caso da formação em
“Primeiros Socorros”, os
20 formandos ficaram
habilitados a prestar uma
ajuda imediata mais cor‐
recta, em situações como
acidentes, lesões e doen‐
ças súbitas. Esta forma‐
ção teve a duração total
de 25 horas.
A decorrer desde dia 8 de
Abril está uma formação
sobre “Higiene e Seguran‐
ça Alimentar” destinada a
profissionais que confec‐
cionam e manuseiam ali‐
mentos e outra na área
dos Primeiros Socorros,
direcionada para todos os
colaboradores da Institui‐
ção que podem ser con‐
frontados com situações
de emergência.
No futuro estão previstas
outras formações na área
dos primeiros socorros e
da segurança alimentar e
Sistema de HACCP e tam‐
bém uma formação sobre
a comunicação na inte‐
racção com o utente, cui‐
dador e família já a pen‐
sar nos colaboradores
que vão integrar o novo
Lar Prats Sénior.
Além deste protocolo
com a União das Miseri‐
córdias Portuguesas, a
Santa Casa também pro‐
move algumas acções de
formação em parceria
com o Instituto de
Emprego e Formação Pro‐
fissional.
APOSTA NA FORMAÇÃO
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RENASCER
bo le t im in fo rmat i vo
PRIMEIROS SOCORROS A formação “Abordagem Geral de
Noções Básicas de Primeiros Socor‐
ros” teve a duração de 25 horas, sen‐
do 10 delas dedicadas a práticas
simuladas. O objectivo geral desta
formação consistiu em habilitar os
formandos com conhecimentos em
primeiros socorros. Em termos de
objectivos específicos estes foram:
compreender como é organizado e
coordenado o Sistema Integrado de
Emergência Médica; conhecer os
dados a comunicar por via telefónica
ao Centro de Orientação e Distribui‐
ção de Situações Urgentes; ser capaz
de responder eficazmente a uma
situação emergente de paragem car‐
dio‐respiratória, através da utilização
de técnicas de permeabilização das
vias aéreas e de reanimação cardio‐
pulmonar; responder com eficácia a
Os colaboradores da SCMS numa formação sobre Manutenção
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bo le t im in fo rmat i vo RENASCER
uma situação de doença súbita
(hemorragia, intoxicação, engasga‐
mento, entre outras) permitindo a
estabilidade da vítima até chegarem
ao local os meios e os profissionais
especializados. Os formandos em pri‐
meiros socorros foram; funcionárias
do Infantário e do Lar “A Âncora”,
funcionárias das valências de lares de
idosos e motoristas da Misericórdia
de Sines.
A formação é um processo organiza‐
do de educação através do qual os
alunos enriquecem os seus conheci‐
mentos, desenvolvem as suas capaci‐
dades e melhoram as suas atitudes
ou comportamentos, aumentando,
deste modo, as suas qualificações
com vista à satisfação e realização
pessoal. A formação assume uma
posição de destaque enquanto agen‐
te de mudança e traz benefícios
directos aos seus intervenientes e à
Instituição que a promove. O balanço
desta formação foi claramente positi‐
vo, na medida em que os formandos
mostraram bastante interesse no
tema e foram capazes de apreender
conceitos e práticas de primeiros
socorros que futuramente poderão
aplicar!
Ao nível dos Primeiros Socorros aqui
ficam alguns conselhos: nunca usar
borras de café, sal, açúcar ou qual‐
quer outro produto para “estancar”
hemorragias; usar sim compressas
esterilizadas ou um pano limpo e
sem pelos para comprimir o local. No
caso de um traumatismo que cause
hematoma, nunca colocar água
quente na região afectada; colocar
sim um saco com gelo embrulhado
numa toalha ou pano. Nunca usar
pasta de dentes, manteiga, vinagre
ou qualquer pomada nas queimadu‐
ras. A tendência será agravar a lesão.
O mais correcto é colocar sempre a
queimadura em água fria e depois
avaliar se é de 1º, 2º, ou 3º grau e ter
especial atenção à profundidade,
extenção e localização da queimadu‐
ra para a tratar ou encaminhar para o
hospital. Ao nível da segurança, nun‐
ca esquecer uma regra de ouro: “o
socorrista deve ter a preocupação de
não se tornar a próxima vítima”.
Miguel Reis
(Enfermeiro da SCMS)
PUB
Acção de Formação em Primeiros Socorros
Em 1926, mais precisa‐
mente no dia 12 de
Novembro, nascia em São
Vicente, na ilha da Madei‐
ra, Maria Isabel Valente.
Filha de pais camponeses,
Isabel recorda que nasceu
numa terra linda e que
teve uma infância muito
feliz. «A terra onde nasci é
um encanto, pequenina
em tamanho, mas grande
em beleza. Fica no meio
de umas rochas muito
grandes, de onde descia
uma cascata de água lim‐
pa. Os meus pais, avós e
irmãos deram‐me muito
carinho e isso foi o que
mais me marcou durante
a minha infância. O meu
pai era o sustento da famí‐
lia trabalhando na agricul‐
tura e trazendo para casa
parte daquilo que colhia.
A minha mãe trabalhava
como bordadeira. Fazia os
tradicionais bordados da
Madeira que já na altura
eram exportados para
todo o mundo.» Ao todo,
Isabel Valente teve seis
irmãos e vivia numa casa
cheia, onde o convívio e o
respeito entre todos era
palavra de ordem:
«Lembro‐me que ao
serão, à luz do luar, tinha
eu os meus quatro anos,
juntávamo‐nos todos
numas escadas que havia
em minha casa. O meu pai
cantava e tocava viola e
vinham muitos vizinhos
também. Era uma grande
alegria. Tínhamos uma
vizinhança sagrada. E lem‐
bro‐me, ainda, que era um
tempo de grande respei‐
to.» Isabel Valente recorda
com saudade o facto de
ser do tempo em que os
filhos pediam a bênção
aos pais e cumpriam à ris‐
ca as regras por eles
impostas.
Desde cedo que a religião
marcou presença na vida
de Isabel e, ao mesmo
tempo que ajudava a cui‐
dar dos irmãos e da casa,
tinha aulas de catequese.
«Tinha cerca de seis anos
quando fiz a 1ª Comunhão
e o Crisma. Sempre fui
muito devota a Deus e
ainda hoje sou. E não
esqueço quando me
diziam que se não cum‐
príssemos os ensinamen‐
tos de Deus, íamos para o
Inferno e, se calhar por
isso, sempre fui muito
devota a Deus e sempre
segui o Cristianismo.» A
grande mágoa que guarda
dos tempos de criança
está relacionada com a
escola. «Na minha altura
só os rapazes é que iam à
escola, e eu chorava mui‐
to, com pena de não
aprender a ler e a escre‐
ver. Tive sempre uma
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RENASCER
bo le t im in fo rmat i vo
Á CONVERSA Á CONVERSA COMCOM... ... Isabel ValenteIsabel Valente
grande tristeza por não ter
frequentado a escola, mas
graças à minha força de
vontade, aprendi mais tar‐
de. E hoje, aqui no lar,
aquilo de que mais gosto
são as actividades de
escrita.»
As brincadeiras de criança,
apesar de não terem sido
muitas, também ficaram
na memória de Isabel
Valente. «Como não tive
muitos brinquedos lembro
‐me de quase todos os que
possuí. Parece que estou a
ver aqui mesmo à minha
frente, uma boneca saloia,
vestida com o traje típico
da Madeira, que a minha
mãe me comprou uma vez
que foi ao Funchal, e uma
matrafona que me fez
uma vizinha minha. Esta
boneca era feita num tear
e cheia com serradura.
Eram os únicos brinquedos
que tinha e, tirando isso,
brincava com coisas muito
simples. Lembro‐me, por
exemplo, de brincar com
duas latas de conserva
calçadas nos pés para
fazer o barulho dos saltos
altos. Eram brincadeiras
simples, mas que nos tra‐
ziam uma enorme felicida‐
de.», refere Isabel bastan‐
te divertida.
Aos 12 anos de idade,
quando arranjou o seu pri‐
meiro emprego, Isabel
deixou definitivamente
para trás os tempos de
infância. «Comecei por
trabalhar numa casa de
costura, mas ganhava
pouco e a patroa em vez
de nos ensinar a costurar
mandava‐me, a mim e às
minhas colegas, fazer a
“lida da casa”, por isso
não tive muito tempo nes‐
se trabalho. Fui depois
para uma Casa de Borda‐
dos onde já ganhava qua‐
tro escudos por dia. Era
uma casa muito grande
onde se fazia o Tradicional
Bordado da Madeira. As
bordadeiras bordavam na
rua, onde havia mais lumi‐
nosidade e dentro de casa
fazíamos outro tipo de
trabalho, como por exem‐
plo, recortar e passar a
ferro os bordados. Nessa
altura ainda era uma miú‐
da e nem sempre dava o
despacho que os patrões
pretendiam, mas felizmen‐
te as minhas colegas aju‐
davam‐me para evitar que
fosse despedida.»
Nesses tempos de menina
e moça, Isabel Valente
recorda também, com
muita saudade, os primei‐
ros amores. «Eu e as
minhas colegas ia‐mos a
pé para o trabalho. Demo‐
rávamos 30 minutos e, de
vez em quando, cruzava‐
mo‐nos com um rapazito,
que nos deitava um olhar
mais atrevido. O primeiro
rapaz por quem me apai‐
xonei chamava‐se António
e chegámos mesmo a tro‐
car fotografias um com o
outro, mas depois as coi‐
sas não foram mais
além.» Conversar sobre a
fase dos primeiros amores
leva Isabel Valente a
recordar uma história
curiosa e que ilustra o fac‐
to dos namoros de antiga‐
mente serem diferentes
dos de hoje em dia.
«Antigamente havia muito
mais respeitinho e era
impensável as raparigas
darem confiança aos
rapazes. A maior parte
dos namoros acontecia
por correspondência.
Comigo até se passava
uma coisa muito curiosa:
a minha irmã que tinha
uma idade muito próxima
da minha, para não rece‐
ber as cartas do namora‐
do em casa, pedia para ele
enviar as cartas para o
meu emprego e assim eu
recebia as cartas do meu
namorado e do da minha
irmã. Os meus patrões
achavam que eu era uma
moça muito concorrida,
mas enganavam‐se.» De
acordo com Isabel Valente
os amores eram vividos de
forma mais intensa e fazia
‐se de tudo em busca de
um cruzar de olhares.
«Uma vez fiz de tudo para
ir a uma Festa na Ribeira
Brava só porque sabia que
o António, o meu primeiro
amor, também lá estava.
Quando estávamos apai‐
xonados e víamos os nos‐
sos namorados o coração
batia desalmadamente.»
Com cerca de 20 anos Isa‐
bel conheceu aquele que
viria a ser seu marido,
com quem casou 4 anos
depois. «O meu primeiro
casamento deu‐me aquilo
que tenho de mais precio‐
so, os meus dois filhos.
Estive casada durante 24
anos e quando decidi
separar‐me a minha vida
deu muitas voltas.» Isabel
Valente, que na altura já
vivia em Lisboa, divorciou‐
se pouco depois do 25 de
Abril, numa época em que
poucas mulheres o faziam,
o que foi uma atitude
muito corajosa. «Orgulho‐
me de ter sido capaz de
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bo le t im in fo rmat i vo RENASCER
Isabel Valente (ao centro) a participar numa das actividades da SCMS
10
RENASCER
bo le t im in fo rmat i vo
terminar com um casamento que
não foi aquilo que estava à espera e
depois disso parti para uma aventu‐
ra em Inglaterra. Vivi e trabalhei lá
durante 6 meses, mas as saudades
de casa falaram mais alto e quando
soube que ia ser avó voltei para
Portugal. Algum tempo depois,
também vivi e trabalhei nos EUA,
numa localidade chamada Canéri‐
ca, mas mais uma vez voltei, por‐
que não há nada como a nossa ter‐
ra.» Aos 53 anos, depois de ter
estado uma segunda vez nos EUA,
Isabel voltou definitivamente a Por‐
tugal e voltou a casar. «Tinha 59
anos quando casei pela segunda
vez e nessa relação sim, fui muito
feliz. Apesar só ter estado casada
durante seis anos, foram tempos
maravilhosos em que passeei muito
e em que tive um grande compa‐
nheiro ao meu lado.»
Em Maio de 2013 faz 2 anos que
Isabel Valente escolheu a Misericór‐
dia de Sines como residência. A vin‐
da para o Lar aconteceu para ela de
forma natural, uma vez que enviu‐
vou e passava muito tempo sozi‐
nha. «Nunca gostei de estar sozi‐
nha, principalmente à noite, custa‐
va‐me muito, por isso a vinda para
o Lar acabou por ser de minha livre
vontade. E esta experiência de 2
anos aqui tem‐me agradado muito.
O que mais estranhei foi a comida,
mas de resto já tenho muitos ami‐
gos, adoro o convívio com as fun‐
cionárias, as lições de português e o
carinho que todos têm por mim,
pois esta também já é a minha
família. Ganho muita alegria por
estar aqui e posso mesmo dizer que
me sinto feliz nesta casa, que é de
todos nós.»
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7520‐107 SINES Site: www.scmsines.org
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Infantário “Capuchinho Vermelho” Telem.: 967825287
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Loja Social “Sinergia Solidária” Horário de Funcionamento:
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Outros Contactos: Animação: [email protected]
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Informações Úteis
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Isabel Valente com cerca de 40 anos
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A PÁSCOA NA SANTA CASA
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BREVES
DIA DA MULHER
A celebração da Páscoa na
Misericórdia de Sines traz
inevitavelmente até à Insti‐
tuição ovos, amêndoas,
folares e a visita das famí‐
lias. Este ano, a distribuição
de amêndoas a todos os
utentes aconteceu no dia
28 de Março, quinta‐feira
santa. Além disso, a época
da Páscoa proporcionou um
convívio diferente entre os
idosos e as crianças do
Infantário “Capuchinho Ver‐
melho”. No dia 22 de Mar‐
ço, um grupo de idosos des‐
locou‐se ao Infantário da
Misericórdia com o propósi‐
to de participar na Festa da
Primavera.
Dia 8 de Março comemora‐
se anualmente o Dia Inter‐
nacional da Mulher e a
Misericórdia de Sines assi‐
nalou a data homenagean‐
do todas as mulheres da
Instituição. Assim, neste
dia, foram distribuídas flo‐
res por todas as utentes e
colaboradoras da Santa
Casa, que além disso tive‐
ram direito a um bolo em
sua homenagem.
Do universo de todos os
utentes adultos da Institui‐
ção, 63% são mulheres. Do
total de colaboradores, 92%
são do sexo feminino. Não
podia, por isso, a Santa Casa
deixar passar em claro o Dia
Internacional da Mulher.
CARNAVAL 2013 Sendo o Carnaval uma festa
com grande tradição no con‐
celho de Sines, a Santa Casa
da Misericórdia organizou
na tarde do dia 11 de Feve‐
reiro um Baile para todos os
utentes. Durante este Baile
de Carnaval, abrilhantado
pelo músico Carlos Azevedo,
realizou‐se um concurso de
máscaras, no qual participa‐
ram utentes e colaborado‐
res da Instituição.
As Misericórdias de Alcácer
do Sal, Grândola, Odemira e
Santiago do Cacém junta‐
ram‐se à festa e participa‐
ram no concurso de másca‐
ras, nesta tarde que decor‐
reu bastante animada. No
final do baile os presentes
desfrutaram de um lanche
convívio.
Alguns utentes da Misericór‐
dia de Sines assistiram tam‐
bém ao Carnaval dos Peque‐
ninos, no dia 8 de Fevereiro,
e ao desfile do corso do Car‐
naval de Sines, no dia 10,
tendo a Associação “Siga a
Festa” oferecido gentilmen‐
te as entradas para os uten‐
tes. Por isso deixamos o
nosso reconhecido agradeci‐
mento à Associação “Siga a
Festa”.
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Durante os primeiros 3
meses do ano, o serviço
de Animação Sociocultu‐
ral da Misericórdia, além
das actividades perma‐
nentes, envolveu os ido‐
sos da Instituição noutras
iniciativas pontuais. Entre
estas, são de destacar a
Comemoração do Dia dos
Namorados, no dia 14 de
Fevereiro, uma visita ao
Centro de Dia de Cercal
do Alentejo, no dia 21 de
Março, e uma visita à Cer‐
siago em Santiago do
Cacém, no dia 20 do mes‐
mo mês. Esta última visita
aconteceu no âmbito de
uma oferta de quadradi‐
nhos de lã à Cercisiago,
instituição que apoia pes‐
soas com deficiência. Os
quadradinhos de lã foram
feitos pelas utentes dos
Lares e Centro de Dia da
Misericórdia, para um
projecto que deu origem
a uma manta de retalhos
gigante.
Sempre que as condições
meteorológicas o permi‐
tem, os idosos da Miseri‐
córdia fazem também os
seus passeios pela cidade
de Sines.
ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO
Espaço Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Sines na Rádio Sines
TERÇAS-FEIRAS 11:15 | SEXTAS-FEIRAS 15:40 | DOMINGOS depois das 09:00
Passeio ao Mercado Municipal
Comemoração do Dia dos Namorados Visita ao Centro de Dia de Cercal do Alentejo
Hélder Almeida, médico
na Unidade Local de Saú‐
de do Norte Alentejano,
foi vítima de um enfarte
do miocárdio em 2010.
Quando se sentiu recupe‐
rado dispôs‐se a partilhar
a sua experiência para
ajudar a população e,
simultaneamente, trans‐
mitir uma mensagem de
esperança. Para tal, este
médico de 63 anos, deu a
volta ao país em bicicleta,
durante um mês. No dia
21 de Abril passou por
Sines, e pernoitou no Lar
Prats da Misericórdia. O
“Renascer” aproveitou a
ocasião e esteve à con‐
versa com Hélder Almei‐
da.
Renascer – Com que
objectivo decidiu dar a
volta a Portugal em bici‐
cleta, durante 30 dias?
Hélder Almeida – O gran‐
de objectivo desta aven‐
tura, à qual decidi cha‐
mar “Volta do Coração”,
consiste em sensibilizar
as pessoas para a neces‐
sidade de prevenir e
combater o enfarte do
miocárdio e o acidente
vascular cerebral (AVC),
levando informação onde
ela possa não existir.
Além disso, pretendo
demonstrar a importân‐
cia da reabilitação e do
acompanhamento médi‐
co neste tipo de doenças,
em que a taxa de mortali‐
dade é muito elevada e,
quando os doentes
sobrevivem, ficam sem‐
pre com sequelas. Depois
de um enfarte do miocár‐
dio ou de um AVC, ainda
há uma vida toda para
viver e é importante que
as pessoas não se esque‐
çam disso, não se deixem
ir abaixo e tenham força
de vontade como eu tive.
R – Como tem corrido a
viagem?
HA – Saí de Portalegre no
dia 1 de Abril e subi pelo
interior em direcção ao
Norte depois desci e ago‐
ra já vou em direcção ao
Sul. Apanhei muito mau
tempo, fiz subidas com
mais de 30km, e inicial‐
mente a minha condição
física não era a melhor
porque não tinha por
hábito andar assim tanto
de bicicleta. Tenho feito
cerca de 70km por dia,
todos os dias, e é muito
duro. Inicialmente tam‐
bém me perdia muito,
porque não conhecia os
trajectos e até os cães me
tentavam atacar. Foi sus‐
to atrás de susto, mas
felizmente não caí, não
adoeci e a bicicleta não
avariou. A divulgação fei‐
ta pelas rádios e pela
televisão também têm
corrido bem e têm sido
importante, sobretudo
para alertar para factores
de risco que devem ser
evitados, tais como o
consumo de álcool e de
tabaco. De resto, tam‐
bém tenho sido muito
bem recebido em todos
os quartéis dos bombei‐
ros e, quando não me
podem acolher, como
aconteceu aqui em Sines,
encaminham‐me para
outras Instituições.
R – Que mensagem deixa
a quem contacta consi‐
go?
HA – Digo a todas as pes‐
soas que devem ter aten‐
ção aos factores de risco
comportamentais, assim
como àqueles que são
controláveis pelo médico
de família. Só assim se
pode reduzir a probabili‐
dade de vir a sofrer de
enfarte ou AVC. Mas,
mesmo que se tentem
controlar todos os facto‐
res, as coisas acontecem.
Assim, para quem sofreu
ou venha a sofrer de um
destes problemas de saú‐
de, o conselho que dou é:
“pensem que não é o fim
da linha e lembrem‐se de
mim.” Sofri um enfarte e
depois disso dei a volta a
Portugal em bicicleta.
Convosco pode acontecer
o mesmo, ou melhor.
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HÉLDER ALMEIDA PARTILHA EXPERIÊNCIA PELO PAÍS
Herder Almeida viajou de bicicleta pelo país
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AGRADECIMENTO
O “Renascer” agradece a todos os patrocinadores e amigos que contribuem para que este meio de comunicação da nossa Instituição se tor‐nasse uma realidade.
Uma vez que é nosso objectivo melhorar gradualmente a forma e os conteúdos deste boletim informativo, assim como aumentar a sua tira‐gem e, consequentemente, divulgá‐lo junto de um público cada vez mais vasto, revela‐se de grande importância o apoio destes e de outros
patrocinadores. Obrigada por nos ajudarem a sermos melhores!
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