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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
Apontamentos de Complementos de Tecnologia Mecânica
Ano lectivo: 2010/2011
Índice
FUNDIÇÃO .................................................................................................................................................... 2
PROCESSOS DE FUNDIÇÃO ........................................................................................................................ 2
MOLDAÇÃO EM AREIA .......................................................................................................................... 3
SOLDADURA ................................................................................................................................................. 7
PROCESSOS DE SOLDADURA POR ARCO ELECTRICO: ............................................................................... 10
Soldadura no estado sólido: .................................................................................................................... 28
METALURGIA DA SOLDAURA ...................................................................................................................... 33
MÉTODOS NÃO DESTRUTIVOS DE CONTROLO DE QUALIDADE.................................................................... 51
ADESIVOS ................................................................................................................................................... 55
NORMALIZAÇÃO ......................................................................................................................................... 65
Diagrama de Shaeffler ................................................................................................................................ 67
Temperatura de Pré-Aquecimento ............................................................................................................. 69
Adesivos ..................................................................................................................................................... 71
Anexos ........................................................................................................................................................ 73
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
CTM (T) 21 Setembro a 7 Outubro 2010
FUNDIÇÃO
Fenómenos que ocorrem durante a fundição:
Solidificação: processa-se em duas fases, a de nucleação e a de crescimento da nova fase no meio da
anterior.
o Nucleação: traduz o modo pelo qual a fase sólida surge de forma estável no seio da fase líquida, sob
a forma de pequenos núcleos cristalinos
Nucleação Homogénea: não há elementos externos
Nucleação Heterogénea: existe introdução de elementos externos – provoca uma estrutura
mais fina.
o Crescimento: modo pelo qual esse núcleos crescem sob a forma de cristais ou grãos cristalinos
o Refinamento de grão
As peças fundidas podem apresentar 3 zonas distintas na sua
macroestrutura:
a) Zona Conquilhada, que forma uma camada periférica de
pequenos grãos (cristais) equiaxiais, isto é, com orientação
cristalográfica aleatória;
b) Zona Colunar, formada por grãos alongados que se alinham
paralelamente à direcção do fluxo de calor;
c) Zona Equiaxial Central, formada por grãos equiaxiais de
orientação cristalográfica aleatória.
PROCESSOS DE FUNDIÇÃO
Em geral o processo de produção por fundição desenvolve-se através das seguintes etapas:
Desenho da peça
Projecto do modelo
Fabrico do modelo
Fabrico do molde ou moldação
Fusão da liga
Extracção, limpeza e rebarbagem
Controlo de qualidade
A etapa que distingue os vários processos de fundição entre si é a MOLDAÇÃO. Cuja forma interna depende, em
geral, do fabrico do molde ou moldação, que é o negativo da peça a produzir.
Modelo: serve para definir a caixa de modelação
o Destrutíveis: quando só se utilizam uma vez.
Em areia
Em gesso
o Permanentes: quando podem ser utilizados varias vezes
Caixa de modelação: define a superfície externa da peça
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Macho: define o interior da peça
o Destrutíveis: perdem-se na fundição e são moldados em areia em caixas de machos
o Não destrutíveis: machos podem ser fixos ou móveis
Suportes: suportam grandes temperaturas enquanto se formam as camadas das paredes, e depois, fundem-
se com a peça (quando já não são necessários)
MOLDAÇÃO EM AREIA
╬╬ Sequência de operações do processo de moldação em areia, para o caso de uma peça fundida, de um corpo de
válvula com uma cavidade
♯ DESVANTAGEM: muito sensível à humidade, não se pode guardar as moldações.
► Diferença entre Gito de Enchimento e Gito de Alimentação:
Gito: canal por onde o material vai passar
Gito de Enchimento: canal por onde vai passar o fluido que vai formar as paredes exteriores da peça
Gito de Alimentação: para não ficar um buraco no centro da peça, (enquanto esta vai enchendo, e o
material vai solidificando no canal de enchimento, a certa altura não entra mais material – dai o buraco) é
necessário um Gito de alimentação para encher o buraco na fase de solidificação e contracção de volume.
► Propriedades do Gito de Alimentação (3)
Tempo de vida: tempo durante o qual o Gito fica liquida> tempo de vida da peça
Raio de acção: capacidade de alimentar uma certa zona
Quantidade de material
a) MOLDAÇÂO COM RESINAS SHELL MOLDING (fundição de precisão)
Peças de arestas bem definidas
Tolerâncias dimensionais da ordem dos 2 a 4 mil
Fabrico de peças em serie
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Peças de pequenas dimensões que podem atingir pesos da ordem dos 100daN
Matérias-primas:
Areias utilizadas:
o Areia muito fina, de sílica, grau de pureza superior 98%, sem argila, óxidos metálicos ou materiais
orgânicos
o Areia bem seca, teor de argila inferior 15% - grão configuração redonda, índice de finura entre 100 a
150 AFS
Aglomerados utilizados: a areia é aglomerada por resinas sintéticas de presa térmica a quente. Resinas são
aplicadas em pó ou sob a forma líquida – de forma a pré-revestir os grãos de areia
o Resinas de base fenolica
o Resinas de base de ureia
o Resinas de base melamina
Agente humidificador: a base de petróleo, num teor de 0.1% serve para facilitar a mistura da areia com a
resina
Acelerador ou endurecedor: hexamelitetramina
PROCESSO DE OBTER A MOLDAÇÃO DE SHELL MOLDING:
► Modelos: metálicos (ferro, cobre ou bronze) previamente aquecidos (150 a
300ºC durante 3 a 5min)
► Formam-se placas-modelo sobre as quais é depositada uma mistura
preparada de areia termoendurecível, pré-revestida com resina, a qual aquece
por condução, convecção e radiação, sofrendo um processo de polimerização
que liga os grãos de areia numa determinada espessura, formando uma carapaça
ou shell.
╬╬ Sequência de operações:
A. Placa metálica é aquecida (150ºC e 300ºC)
B. Pintada com produto desmoldante (silicone) e é fixa a uma caixa metálica
contendo areia pré-revestida
C. Caixa e a placa são invertidas 180º - para que a areia pré-preparada caia
sobre o modelo metálico aquecido – comece a formação de uma crosta de areia
aglomerada por resina polimerizada
D. Quando tiver uma espessura 5 a 7mm o conjunto volta a posição inicial
(roda 180º) – areia pré-preparada não polimerizada em excesso caia – ficando só
a carapaça ou casca constituinte da meia moldação
E. Para homogeneizar a carapaça – MAXIMA RESISTÊNCIA – coloca-se
numa estufa (250ºC a 600ºC durante 10min a 20seg (respectivamente))
F. Retira-se a meia carapaça da placa-modelo
G. Repete-se o processo para a outra meia carapaça
H. As 2 carapaças podem ser unidas por 3 métodos:
1. Encalque com areia de sílica grossa ou grenalha metálica de aço a volta da moldação
2. Colagem, quer directamente com cola, quer com fita que cola as duas faces
3. Aperto mecânico com grampos ou correntes de aperto
I. Vazamento do metal da moldação, solidificação das peças e abatimento da moldação para
extracção das peças.
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TIPOS DE DADOS NECESSARIOS À ESCOLHA DO PROCESSO:
o VANTAGENS:
o Pode-se fazer as carapaças e armazenar para usar mais tarde
o Leves, rígidas e insensíveis à humidade
o Processo rentável entre as 1000 e as 2000 peças (carapaça (a peça) é muito pequena)
o Menor rugosidade que a moldação de areia (3,2 a 12,5 μm)
o Furos diâmetro 3mm ⇔ moldação de areia 6mm
o DESVANTAGENS:
o Dispendioso – areia precisa de ser de grande qualidade
o Peças de pequenas dimensões: 0.5kg <Peso <15kg; 20cm <L <50cm
o Envergadura 40 a50cm
► Duas variantes do Shell Molding:
CLA: enchimento a baixa pressão ligado a uma máquina de vácuo – Aspiração
o Extracção de gases
o Mais rápido
o Menos deformação da peça devido ao enchimento
CLV: enchimento a baixa pressão contra a gravidade
o Atmosfera de árgon – protege oxidação do metal
CLA e CLV CARACTERISTICAS:
o Gama de ligas: ligas metálicas ferrosas, não ferrosas e super ligas
o Dimensões e peso: 5 a 15cm; 2 a 5kg
o Volume de produção: 2000 a 10000 peças
o Acabamentos:
Espessura mínima: 0.75mm
Acabamento superficial: 1,6 a 3,2 μm
Furos mínimos: 1mm
b) MOLDAÇÃO POR MOLDES PERDIDOS:
a. CERA
b. ESFEROVITE – EPC: gama de ligas:
i. Ligas de alumínio e carbono
ii. Aços liga
╬╬ Sequência de operações do processo Moldação por Cera Perdida:
o Molde metálico: molde mestre para formar os modelos perdidos
o Reproduzir as formas internas das caixas de moldação para os modelos perdidos
o Injecção de cera
o Retirar modelos
o Árvore de modelos: vários modelos parciais ou indivíduos associados
o Formação do revestimento primário: granulometria fina por deposição de camadas de lama refractária à
volta do modelo destrutível final
o Revestimento secundário – conferir rigidez por fora do revestimento
o Destruição da forma do modelo em cera, por fusão e aproveitamento do respectivo material para
reutilização.
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PROBLEMAS:
o Tem de se ter cuidado para que a cera não fique dentro do molde – Como é complicado começou-se a usar
o EPC
o Libertação de gases: se o molde não for bem feito a peça fica com poros – SOLUÇÂO: processo de fundição
com modelos de espuma evaporáveis!
TIPOS DE DADOS NECESSARIOS À ESCOLHA DO PROCESSO:
o Peso: 0,1kg a 5kg
o Produção: média/alta – 5000 a 10000 peças
o Características dimensionais:
o Espessura mínima das paredes: 3,5mm
o Diâmetro do furo: 3mm
o Acabamento: 6,3 a 25 μm – depende da qualidade do modelo e granulometria da areia
o VANTAGENS – precisão dimensional e reduzia rugosidade superficial das peças vazadas – não é necessário
acabamento!
o DESVANTAGENS:
Processo laborioso e caro – sé é usado em casos especiais
Controlo tem de ser muito grande
Não se aplica a peças muito grandes (ate 1m3 no caso de peças em liga de alumínio)
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CTM (T) 12 Outubro a 9 Novembro 2010
SOLDADURA
Grupos de Soldadura:
Soldadura por fusão
Soldadura eléctrica por resistência
Soldadura em fase sólida
Soldadura em fase líquida – sólida
Tipos de Energia:
Eléctrica: (é a mais usada)
o Arco eléctrico: utilizado como fonte
de calor para a fusão dos materiais a
soldar, aproveitando a elevada
densidade de energia do arco
(soldadura MIG; TIG….)
Física do Arco Eléctrico:
Corrente alterna: usa-
se quando o eléctrodo
não é consumível;
Corrente continua
o Resistência eléctrica: o calor
necessário e obtido por efeito de
joule, quando as peças a soldar são atravessadas por uma corrente eléctrica de muito alta
intensidade e baixa voltagem
o Indução: usa-se o calor libertado num corpo metálico introduzido num campo magnético variável e
de alta frequência (> 50.000Hz).
Histereses e correntes de Eddy -> dois fenómenos eléctricos responsáveis pela perda de
calor
o Electro – escória: o calor necessário para a fusão dos metais de base e de adição é também obtido
por efeito de Joule quando a corrente eléctrica de soldadura atravessa um banho de escória fundida
Química:
o Combustão de gases: (soldadura oxiacetilénica)
o Hidrogénio atómico: quando o hidrogénio molecular atravessa um arco eléctrico e passa a
hidrogénio atómico o que é acompanhado por uma absorção de calor. Ao voltar ao estado molecular
dá-se uma libertação de calor que pode ainda ser aumentada pelo calor desenvolvido na combustão
do hidrogénio
o Aluminotermia: quando se mistura alumínio em pó com o óxido de ferro em pó, entre eles dá-se a
uma reacção, e o calor libertado nesta, é utilizado para fundir os materiais a soldar
Mecânica:
o Fricção
o Ultrasons
o Explosão
Luminosa:
o Laser
o Feixe de electrões
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Processos Ligação: Fases
Liquido/liquido – soldadura por fusão
Sólido/liquido - brasagem e soldobrasagem
Sólido /sólido – soldadura por explosão (cria uma onda de choque); usa-se quando os metais são
Metalurgicamente Incompatíveis – Al2OCu
Polaridade:
Corrente contínua:
o Polaridade directa: eléctrodo (-) e a peça (+)
Maior taxa de fusão, menor penetração (indicado para enchimento)
Eléctrodo não consumível (não funde o eléctrodo)
o Polaridade inversa: eléctrodo (+) e a peça (-)
Maior penetração
Soldadura ao tecto
Funde o eléctrodo
Rompe película de óxidos (como a alumina)
Alumínio e magnésio
Vantagens da CC: + estável (não há re-escorvamento do AE)
Polaridade constante
Corrente alterna: usada quando o eléctrodo não é consumível (peça de alumina, Al2O3 Tf ≥ 2000ºC, não se
pode utilizar a polaridade directa, usa-
se corrente alterna. Há inversão da
polaridade, na inversa remove os
óxidos depois passa para directa e o
eléctrodo arrefece.
Evita efeito de sopro magnético
Densidade de potência: P/A = wm-2
Entrega térmica: Ht = ηP/v = VIη/v
Escorvamento:
Curto-circuito – eléctrodos consumíveis
Alta tensão + alta frequência – eléctrodos não consumíveis (evita contaminação)
Sopro Magnético: resulta do posicionamento do cabo ou
quando soldamos materiais ferromagnéticos (estrutura
CCC), fluxo dirige-se para a posição onde está o campo
seguindo o caminho mais curto.
Utilizar corrente alterna para anular o sopro
magnético ou então utilizar dois eléctrodos, um
que anule o outro.
Neste caso em que as linhas de campo não estão
simétricas, coloca-se um acrescento, o campo
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passa a ficar simétrico e já não se formam fissuras.
Curvas Características Maquinas:
Característica Vertical – Tombante - corrente constante: Uma
máquina de soldadura por arco, de intensidade constante, é aquela
que nos serve para a ajustar a corrente do arco e que tem uma
característica estática que tende a produzir uma intensidade de
corrente relativamente constante.
Ideal para soldadura manual pois a corrente não se altera
significativamente quando se afasta o eléctrodo da peça
Característica Horizontal – Tensão constante: Uma máquina de
soldadura por arco, de tensão constante, é aquela que serve para
ajustar a tensão do arco e que tem uma curva característica que
tende a produzir uma tensão de saída relativamente constante. O
fenómeno de auto-regulação só é possível nestas máquinas.
Indicada para processos automatizados
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PROCESSOS DE SOLDADURA POR ARCO ELECTRICO:
SER – SOLDADURA POR ELECTRODO REVESTIDO:
o Descrição do processo:
Processo de soldadura por fusão
A fusão do material de adição e do material
de base é obtida através do calor
desenvolvido por um arco eléctrico
Eléctrodo fusível não continuamente
alimentado
AE estabelece-se em atmosfera altamente
ionizável promovida pela vaporização do revestimento
A protecção do banho em fusão e das gotas de adição é obtida através de uma protecção
gasosa, através da composição do revestimento
O material de adição é obtido através da utilização de um consumível do tipo eléctrodo
revestido
O arco – eléctrico é escorvado utilizando a técnica de curto-circuito
o Aplicações:
Soldadura em todas as posições
Soldadura tanto em chapas como em tubos e perfis
Soldadura topo-a-topo e de ângulo
Espessura mínima na ordem do 1mm, espessura máxima infinito
Soldadura no interior ou exterior
Baixa precisão
o Tipo de corrente eléctrica:
Continua: DC (+) /DCEP ou DC (-) /DCEN
Alterna: AC
o Máquina de soldadura: Curva de intensidade constante
o Vantagens:
Solda a maioria dos metais
Equipamentos simples e económicos
Usa AC e DC
Solda em todas as posições
Boa acessibilidade e mobilidade
Pode ser usado no exterior
o Desvantagens:
Comprimento fixo dos eléctrodos
Limitação da capacidade de corrente máxima
Baixo rendimento ≤ 1Kg/h
Factor de marcha ≤ 30%
Limitado a espessura De 200mm
Ligas leves (Al e Cu) e material reactivo (Ti)
Existência de escória (toda a escória tem de ser extraída)
Não automatizável
Baixo tempo de arco → baixa produtividade
Qualidade depende do operador (!!!)
o Parâmetros de soldadura:
Intensidade de soldadura (corrente):
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Determina a taxa de depósito
Profundidade da penetração
Volume de metal fundido
Intensidades muito elevadas: implica bordos queimados, cordoes altos e estreitos
Intensidades muito baixas: arcos instáveis
Tensão arco eléctrico (voltagem):
Determina a largura e a convexidade do cordão
Melhora a resistência à porosidade
Tensões muito elevadas: cordoes muito largos (2x a penetração) pode originar
fissuração
Tensões muito baixas: difícil remoção da escória, aumento exagerado de elementos
liga no depósito podendo originar fissuração
Velocidade de soldadura:
Velocidade de soldadura excessiva:
o Diminui o efeito de molhagem, aumenta a convexidade
o Aumenta a probabilidade de bordos queimados
o Aumenta a probabilidade da porosidade e da fissuração
Velocidade de soldadura muito Baixa:
o Aumenta a probabilidade de fissuração pelo efeito de aumentar a largura do
cordão
o Aumenta a probabilidade de inclusões de escória devido a volumes de
material fundido muito grandes e baixa velocidade
o Morfologia do cordão muito rugosa
Tipo de eléctrodo e seu diâmetro
o Limitações:
O material depositado deve ser o adequado à soldadura – compatível com o material base
Imperfeições típicas:
Falta de fusão/penetração – preparação, parâmetros
Porosidade – gorduras, falta de protecção, controlo de altura de arco
Inclusões de escória – limpeza, parâmetros
Bordos queimados
Fissuração a frio /a quente – problemas metalúrgicos
o Funções do revestimento
Eléctrica
Não condutor → evita arcos parasitas
Promover atmosfera altamente ionizável pela sua vaporização (afasta gases da
atmosfera como N2)
Metalúrgica
Elementos de liga misturados (C, Mn, Ti, Mo) melhoram composição da zona fundida
Mecânica e Física
Formação de escória
o Protege o banho de fusão
o Envolve as gotas de metal transferido
o Influencia densidade e tensão superficial → soldar em todas as posições
Atraso na fusão do revestimento → AE mais denso
o Variantes
Soldadura por gravidade
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Soldadura dentro de água
o Processo de corte associado: Arc-Air
PROCESSO TIG:
o Descrição do processo:
Processo de soldadura por fusão que utiliza a energia
eléctrica
Neste processo o cordão de soldadura é obtido de
duas maneiras:
Só pela fusão do material base (juntas
sobrepostas e de ângulo exterior, espessuras
finas)
Adição de material, através da utilização de uma vareta e fusão do material base
A protecção gasosa do eléctrodo, banho em fusão, das gotas e durante a fase de
solidificação do cordão é obtida através da utilização de um gás de protecção do tipo inerte
(árgon ou hélio)
Escorvamento do arco – eléctrico
Técnica do curto-circuito por “toque” ou “riscamento” do eléctrodo na peça
(mínimo 75V)
Técnica de alta frequência
Técnica de “Toca/Levanta”
Alta tensão + alta frequência (penso que é só este porque o eléctrodo de tungsténio
é não-consumível)
o Aplicações:
Alta precisão
Pequenas espessuras
Quase todos os materiais
Todos os tipos de junta
Passes de raiz
Ligas ferrosas com MB “fraco” (porque a taxa de diluição é baixa)
o Máquina de soldadura: Característica estática Tombante
o Tipo de corrente eléctrica:
Continua: DC (+) /DCEP ou DC (-) /DCEN
Alterna: AC
Corrente pulsada (DC ou AC)
DC – aços não ligados e ligados, aços inoxidáveis, cobre e suas ligas, titânio e neobio
AC – alumínio e suas ligas, magnésio e suas ligas (usa corrente DC (-) para o
aquecimento/fusão, controlo do banho difícil, e DC (+) para evitar o sobreaquecimento do
eléctrodo, quebra da camada de óxidos)
o Vantagens:
Solda todos os metais
Bom controlo da penetração
Usa AC e DC (em função do material)
Solda em todas as posições
Boa acessibilidade. Automatização
Baixos níveis de hidrogénio
Sem escória
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o Desvantagens:
Comprimento fixo do consumível (Max 1000mm em vareta)
Baixo rendimento ≤ 0,5kg/h
Factor de marcha ≤ 30%
Limitado a espessura de 10mm
Risco de inclusões de tungsténio
Boas competências do soldador
Grande sensibilidade as correntes de ar
Custos dos gases de protecção
o Parâmetros de soldadura:
Intensidade de soldadura (corrente, regula na fonte)
Tensão arco eléctrico (voltagem, controla a altura o arco-electrico)
Velocidade de soldadura (controla a velocidade de deslocação)
Tipo de eléctrodo e sei diâmetro
Tipo de caudal de gás de protecção
o Limitações:
Pequenas espessuras
Mau para enchimento (baixa taxa de deposição)
o Imperfeições Típicas:
Faltas de fusão/penetração:
Balanceado incorrecto paragens
Nas paragens e arranques
Excessos e faltas de penetração, bordos queimados
Porosidade – gorduras, falta de protecção, controlo de altura de arco
Abatimentos em alumínio
Oxidação na raiz e na capa
Fissuração especifica na raiz em juntas de alumínio
Fissuração a quente – problemas metalúrgicos
Fissuração a frio – problemas metalúrgicos
o Gases
Árgon:
Mais denso que o ar → soldadura ao baixo
Menor potencial de ionização → menor temperatura de arco
Menor eficiência térmica
Arco mais estável
Mais utilizado
Hélio
Menos denso que o ar → soldadura ao tecto
Maior potencial de ionização → maior temperatura de arco
Maior eficiência térmica
Maior penetração
Maior velocidade de soldadura
o Variantes:
Pontos
Corrente pulsada
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PROCESSO DE SOLDADURA MIG-MAG:
Fio sólido com protecção gasosa inerte – MIG
Fio sólido com protecção gasosa activa - MAG
o Descrição do processo:
Processo de soldadura por fusão
A fusão do material de adição e do material de
base é obtida através de calor desenvolvido por
um arco eléctrico
Eléctrodo consumível, armazenado numa bobine e
continuamente alimentado
Material de adição e obtido através da utilização de um consumível do tipo Fio Sólido
Continuo
Protecção do banho em fusão, das gotas de material de adição e do cordão de soldadura é
obtida através de uma protecção gasosa:
Protecção inerte: árgon ou hélio ou misturas de ambos (mais comum 50% ou 75% de
árgon)
Protecção activa: CO2 ou misturas árgon + CO2 5%, 18% ou 20%, ou misturas Árgon +
5%, ou misturas Árgon + CO2 + O2
Escorvamento por curto-circuito
Soldadura semi-automática
MIG:
Utiliza só gases inertes
Só faz a protecção ao material fundido (banho e metal de adição)
Não existem reacções químicas
Aplicável a não ferrosos (Al e Cu) e materiais reactivos (Ti e Nb)
MAG:
Utiliza CO2 e misturas de gases inertes activos
Faz a protecção ao material fundido (banho e metal de adição)
Provoca reacções químicas de oxi-redução exotérmicas
Aplicável a ferrosos
o Aplicações
Não adequado a grandes especificidades
Grande flexibilidade, versatilidade
Aplicação ligada à aplicação dos materiais
Não é a melhor solução para grandes séries
o Tipo de corrente eléctrica: DC (+) / DCEP e AC
o Controlo da estabilidade do Arco-Eléctrico:
Obtido através do Efeito de auto-regulação ou da tensão do arco
Efeito de auto-regulação deve-se a:
Alimentador de velocidade “Fixa”
Processo em que o efeito da densidade de energia é relevante
Efeito de joule não desprezável na fusão do fio:
o
Controlo pela tensão do arco deve-se a:
Alimentador de velocidade variável
Tipo de curva característica estática da fonte Intensidade Constantes
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Dispositivo electrónico quem mede a tensão do arco compara com um valor padrão
o Máquina de soldadura: curva estática da fonte, Tensão Constante (horizontal, auto-regulação)
o Vantagens:
Solda todos os metais possíveis de soldar por fusão
Controlo da penetração razoável
Usa DC (+) / AC (permite soldar alumínio)
Solda em todas as posições
Factor de marcha 60%
Taxa de depósito entre 1,2 a 1,5kg/h
Automatização, eléctrodo contínuo
Baixos níveis de hidrogénio
Sem escória, excepto com CO2
Elevada gama de espessuras
Equipamentos baratos
Elevado tempo de arco
o Desvantagens/limitações:
Acessibilidade e mobilidade
Faltas de fusão/colagens
Limitado a espessuras ate 50mm (devido às colagens)
Riscos de inclusões com CO2
Boas competências do soldador
Grande sensibilidade às correntes de ar (só em ambiente protegido)
Custos dos gases de protecção
Baixa precisão
Soldadura de juntas dissimilares muito limitada
Baixa densidade de energia
o Parâmetros de soldadura:
Intensidade de soldadura (corrente) / Velocidade alimentação de fio
Tensão arco eléctrico (voltagem) /altura do arco
Velocidade de soldadura
Tipo de eléctrodo e seu diâmetro
Tipo de protecção e caudal
Extensão livre do eléctrodo
Indutância – como parâmetro de soldadura efeito de redução dos salpicos
o Modos de Transferência:
Força da Gravidade:
Força que ajuda no destacamento da gota, a massa da gota e a componente de
aceleração vertical são dois elementos principais. Apoia na soldadura ao baixo, tem
comportamento contrário na soldadura em posição
Força da tensão superficial:
Força que actua no sentido contrário ao destacamento da gota, varia em função do
material e da temperatura a que se encontra a gota
Força electromagnética/efeito de Pitch:
Força que ajuda no destacamento da gota, a ordem de grandeza da corrente é o
principal elemento, quanto mais fácil o destacamento e menos a dimensão da gota
Atenção que no modo de transferência Globular no MIG/MAG (DC+), esta força
pode ter comportamento de fixação da gota em vez de apoiar o destacamento
(criação da mancha anódica e respectiva força de reacção)
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Força do jacto de plasma:
Força que ajuda no destacamento da gota, é função da velocidade de deslocação do
gás e da dimensão da gota
Força de vaporização:
Força que actua no sentido contrário ao destacamento da gota, varia em função do
material e dos níveis de corrente.
V I F
CC ↓15V ↓ Fγ Em posição
Globular ↑25V ↓ Fg Ao baixo
Spray ↑30V ↑I>It Fem Ao baixo (Fg no banho de fusão)
o Imperfeições Típicas:
Faltas de fusão (colagens) / penetração – preparação, parâmetros
Porosidade – gorduras, falta de protecção, controlo de altura de arco
Inclusões de escória – limpeza, parâmetros
Bordos queimados – parâmetros, técnica operatória
Fissuração a frio/ a quente – problemas metalúrgicos
o Stick-out
WFS const + ↑stick-out → ↓I, valim (Kg) const
I cons + ↑stick-out → ↑WFS , ↑ valim (Kg)
↑stick-out → salpicos
↓stick-out → porosidades
o Variantes
FCAW – soldadura por fios fluxados
MIG Plug
MIG CMT
Híbrido MIG/MAG – Laser
MIG sinérgico
SOLDADURA COM FIOS FLUXADOS:
o Descrição do processo:
Processo de soldadura por fusão
A fusão do material de adição e do material de base é obtida através do calor desenvolvido
por um arco eléctrico
O material de adição é obtido através da utilização de um consumível do tipo Fio Fluxado
Continuo
A protecção do banho em fusão, das gotas de material de adição é obtida através:
De uma protecção gasosa activa ou inerte (CO2 e misturas Ar + CO2 ou Ar)
Da composição de um Fluxo (unicamente ou como apoio ao gás de protecção)
A protecção do cordão de soldadura durante o arrefecimento é obtida através da escória
devido à decomposição do fluxo
o Tipo de corrente eléctrica: continua: DC (+) / DCEP ou DC (-) / DCEN
o Maquina: Curva estática tipo plano ou Tensão Constante
o Vantagens:
Controlo da penetração razoável
Uso DC
Solda em todas as posições
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
Factor de marcha cerca de 60%
Automatização
Permite soldar ao ar livre
Elevada taxa de depósito de 1,5 a 2,5Kg/h
Benefícios metalúrgicos (vs MIG/MAG)
Escória muito fina, autodestacante
o Desvantagens:
Acessibilidade e mobilidade
Escória
Níveis de hidrogénio
Risco de inclusões
Boas competências do soldador
Custos dos gases de protecção
Custos dos consumíveis
Protecção gasosa não é suficiente para soldar dentro de água
o Características – Principais Aplicações:
Chuveiro ou spray
Construção em geral
Facilidade operatória
Escória de fácil remoção
Boas morfologias
Gota a gota:
Construção com exigências de impacto
Alguma dificuldade em afinação de parâmetros e operatória
Escória de difícil remoção
Baixo hidrogénio
Morfologias mais convexas
Chuveiro (gotas finas)
Alto rendimento e velocidade de execução, construção geral, só aplicações em PA e
PB
Atenção à penetração muito susceptível ao ângulo da tocha e seu posicionamento
Escoria de fácil remoção ou inexistente
Boas morfologias
De globular a spray, alguns fios em chuveiro
Todo o tipo de aplicações, só no exterior
Alguma dificuldade operatória e de regulação de parâmetros
Escória de fácil e difícil remoção
Boas morfologias
o Imperfeições típicas:
Faltas de fusão (colagens) / penetração – preparação e parâmetros
Porosidade – gorduras, falta de protecção, controlo de altura de arco
PREVENÇÃO: diminuir tensão e velocidade da soldadura, aumentar intensidade e a
extensão do eléctrodo.
Inclusões de escória – limpeza e parâmetros
Bordos queimados – parâmetros, técnica operatória
PREVENÇÃO: diminuir tensão intensidade e velocidade da soldadura
Fissuração a frio e quente – problemas metalúrgicos
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SOLDADURA POR ELECTROESCÓRIA:
o Descrição do processo: formar um banho de
escória e metal em fusão delimitado pelos
bordos da junta e duas sapatas (normalmente
em cobre solidárias com o aparelho de
soldadura.
Um fio eléctrodo, alimentado automaticamente a
uma velocidade adequada, mergulha no banho de
escória em fusão, assegurando:
A alimentação de corrente, que por efeito de joule mantém a escoria a alta temperatura
A adição de metal, que constituirá o cordão de soldadura
ESCORVAMENTO: o fio desenrola até entrar em contacto com a peça, fundindo por efeito de joule. Logo que
começa a fundir-se dá origem a um arco eléctrico de existência efémera uma vez que é curto-circutado logo que a
massa de escória em fusão oferece resistência à passagem de corrente. Assim a fusão processa-se exclusivamente
por efeito de joule.
TRANSFERÊNCIA: pequenas gotas que atravessam a escória em fusão
DILUIÇÃO ELEVADA (50%)
o Vantagens:
Alta produtividade
Baixo custo de preparação das juntas
Pode ser executada como um só passe, independentemente da espessura do material
Ausência de deformação angular nas juntas de topo
Baixas tensões transversais
Baixo risco de fissuração por libertação de hidrogénio
o Desvantagens:
Grande parte da quantidade de energia utilizada obrigar a um arrefecimento lento que tem
como resultado um poderoso crescimento do grão na ZAC.
A ductilidade do material base na ZAC não e suficientemente elevada para cumprir com os
requisitos impostos para a construção de estruturas soldadas com uma ausência de
fissuração garantida a baixas temperaturas, também conhecida como protecção contra a
rotura frágil
o Aplicações:
Soldadura de chapas de grandes espessuras (> 100mm)
Reparações de peças grandes em aço vazado
SOLDADURA ELECTROGÁS:
o Descrição do processo: semelhante ao processo de soldadura por electroescória utilizando GMAW
na posição vertical. Espessuras menores que SEE.
Em vez de escória, o eléctrodo é fundido por um arco que é protegido por um gás, tal como na soldadura
MIG/MAG.
o Vantagens:
Enchimento num só passe
Cobre a junta na raiz
Redução significativa de custos (comparação com MIG/MAG)
Produz uma ZAC menor e melhor ductilidade que na SEE
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o Desvantagens:
Pode gerar fissuração a quente
o Aplicações:
Chapas com espessuras de 12 a 100mm, recorrendo-se à oscilação para espessuras
superiores
Tipo de junta é geralmente de bordos direitos (I) com uma folga
SOLDADURA POR PLASMA: processo muito similar ao TIG, desenvolvimento desta visando aumentar a
produtividade
o Descrição do processo:
Na soldadura por plasma existem dois fluxos de gás separados – o gás plasma que flui à volta do
eléctrodo de tungsténio, formando o núcleo do arco plasma e um gás de protecção que evita a
contaminação do banho em fusão.
A soldadura plasma é utilizada de 3 formas:
Soldadura Micro plasma, com correntes de soldadura
de 0,1 a 20A. Para chapas de espessura muito fina
(0,1mm)
Soldadura plasma-media, com correntes de
soldadura de 20 a 100ª
Soldadura Keyhole, dos 100 aos 400A, em que o arco
plasma penetra toda a espessura do material a soldar – esta técnica e largamente utilizada na
obtenção de juntas soldadas de alta qualidade nas indústrias aeronáuticas/aeroespacial, de
processo, química e petrolífera.
o 8mm numa só camada.
o Processo começa com arco piloto (eléctrodo Bocal).
o Elevada velocidade
o Devido à concentração de calor permite soldar chapas atravessando a mesma de um
lado ao outro
o Soldadura topo a topo
o Evita porosidades
o Elevada relação penetração/largura
ARCO PLASMA TRANSFERIDO: arco é estabelecido entre o eléctrodo e a peça. Maior energia de transferência –
polaridade directa
ARCO PLASMA NÃO TRANSFERIDO: arco é estabelecido e mantido entre o eléctrodo e o bocal – permite soldar
materiais não metálicos. Este arco e utilizado como arco piloto.
o Vantagens:
Alta densidade energética
Alto rendimento utilizando principalmente para soldar aços inoxidáveis com fortes
espessuras na construção de tanques, recipientes e tubagens
Permite união de maiores espessuras de metal, sem preparação de bordos e com as mesmas
prestações de qualidade
Em relação ao TIG: menor área de actuação – maior densidade energia e maior velocidade;
cordão mais estreito, mais preciso; posso soldar maiores espessuras; maior qualidade
Pode ser automatizado
o Desvantagens:
Inerente complexidade operacional
Preparação da junta (menor tolerância) e maior domínio da regulação dos parâmetros (mais
sensível a desalinhamentos)
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Limitada oferta de sistemas de soldagem
Custo elevado dos equipamentos
o Aplicações:
Fabricação de equipamentos de aços inoxidáveis (chapas de espessuras medias (3 a 8mm) e
dos que requerem cordoes longos
Ligas especiais de alumínio
União de aços carbono – soldagem da parte superior de amortecedores destinados à
indústria automobilística
SOLDADURA POR ARCO SUBMERSO (SAS):
o Descrição do processo:
Processo de soldadura por fusão
A fusão do material de adição e do material de base é obtida através do calor desenvolvido
por arco eléctrico
Eléctrodo consumível, continuamente alimentado, armazenado em bobine
O material de adição é obtido através da utilização de um consumível do tipo Fio Sólido
Continuo ou Fluxado
A protecção do banho em fusão, das
gotas de material de adição obtida
através da utilização de um fluxo, que
cobre o arco eléctrico protegendo-o da
atmosfera, constituintes do fluxo
permitem a criação de um plasma de
arco, constituintes do fluxo geram uma
escória que recobre o cordão
solidificado durante o arrefecimento, constituintes do fluxo podem melhorar a composição
química do metal depositado
Escorvamento por CC
Exclusivamente automático
o Aplicações
Cordões rectilíneos de grande comprimento
Aços não ligados, baixa liga, alta liga
Não se aplica a alumínio
Grandes espessuras
Enchimento
o Tipo de corrente eléctrica:
Continua:
DC (-) /DCEN:
o Revestimentos ou soldadura de baixa diluição
o Máxima taxa de depósito cerca de 30% mais que em DC (+)
o Pouco resistente à contaminação das chapas
o Necessita de maior tensão de arco para manter a estabilidade
DC (+) /DCEP:
o Soldadura máxima penetração,
o Melhor morfologia do cordão mais resistente à porosidade
AC:
Permite arcos mais estáveis
Evita o efeito de rectificação
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Características intermédias entre DC (+) e DC (-)
Muito usada em situações de elevado risco de sopro magnético
Em utilizações multifio é muito usada em conjunto com um dos fios em DC (+),
sendo o fio DC (+) o que fornece a penetração e o de AC o enchimento
o Fontes de energia:
Controlo de parâmetros:
Intensidade – velocidade de alimentação de fio
Voltagem – tensão do arco
Velocidade de soldadura
Tipo estático:
Convencionais, inversores
Rectificadores debitam corrente DC ou transformadores/rectificadores debitam AC
Tipo rotativo:
Geradores debitam corrente DC
Alternadores debitam corrente AC
Curva estática tipo plano ou tensão constante ou tipo vertical ou intensidade constante
o Vantagens:
Alto rendimento
Alta produtividade – altas velocidades
Óptimo para enchimento
Usa DC e AC
Factor de marcha de 100%
Taxa de depósito superior a 2,5kg/h
Grande capacidade de penetração
Grande tolerância a contaminação
o Desvantagens:
Problemas para material base impróprio devido à elevada diluição
Introduz no cordão, compostos indesejáveis
Acessibilidade e mobilidade
Limitações nas posições de soldadura
Forma de penetração, maus passes de raiz
Bons alinhamentos
Soldadura manual de baixa qualidade
Equipamento complexo
Higroscópico
Elevado tempo de preparação
Não solda alumínio
o Parâmetros de soldadura – influência na morfologia do cordão:
Intensidade:
Determina a taxa de depósito
Profundidade da penetração
Volume de metal fundido
Origina maior volatilização dos constituintes do fluxo para I altas
Necessita de fluxos com maior granulometria para I altas (escoar gases)
I elevadíssimas – implicam bordos queimados, cordoes altos e estreitos
I baixíssimas – arcos instáveis
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Tensão:
Determina a largura e a convexidade do cordão
Melhora a resistência à porosidade (óleos e humidade)
Origina maior quantidade de escória, logo maior consumo de fluxo para V altas
Origina uma maior introdução de elementos de liga no cordão depositado para V
altas
V altíssimas – cordoes muito largos (2x a penetração) pode originar fissuração
V baixíssimas:
o Difícil remoção da escória, aumento exagerado de elementos liga no
depósito podendo originar fissuração
Velocidades de soldadura:
Excessiva:
o Diminui o efeito de molhagem, aumenta a convexidade
o Aumenta a probabilidade de bordos queimados
o Aumenta a probabilidade da porosidade e da fissuração
o Diminui a inserção de elementos de liga no depósito vindos do fluxo
Muito baixa:
o Aumenta a probabilidade de fissuração pelo efeito de aumentar a largura do
cordão
o Aumenta a probabilidade de inclusões de escória devido a volumes de
material fundido muito grande e baixa velocidade
o Morfologia do cordão muito rugosa
o Variantes
Multifios
Fita
SOLDADURA OXIGÁS (E OXICORTE):
o Descrição do processo: processo de soldadura que utiliza a chama produzida pela combustão de um
gás combustível no seio do oxigénio
o Parâmetros de chama:
Temperatura de combustão (Tc)
Energia entálpica (H)
Resistência térmica
Potência específica (energia disponível por
unidade de superfície)
3 Zonas da chama:
Zona 1: reacção primária. Combustão
à superfície do dardo
Zona 2: zona redutora
Os produtos da combustão primária (H2 e CO) concentram-se e dá-se a reacção secundária
Zona 3: panacho
Rodeia as outras zonas. Prolonga a zona de reacção secundária
o Tipo de chama:
Chama oxiacetilénica carburante – a
<1
Chama oxiacetilénica oxidante – a>
1 (mais quente)
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Chama normal ou redutor - muito quente, protege da oxidação
o Vantagens:
o Desvantagens:
Afectação metalúrgica
Grande relação largura/penetração
o Aplicações:
Materiais de baixa condutividade térmica
Não utilizada em termos de aplicação industrial
Maçarico usado em:
Soldobrasagem
Corte
Tratamentos térmicos
BRASAGEM E SOLDOBRASAGEM: a brasagem é o mais antigo dos processos que utilizam a fusão para ligar
duas peças metálicas.
Brasagem é um processo de união sem fusão do material base, e em que a ligação metálica é obtida pelo
aquecimento, a uma temperatura adequada e pela utilização de um metal de adição, cujo ponto de fusão é
mais baixo que a temperatura “solidus” do material de base. O metal de adição penetra na junta
preenchendo-a, por acção capilar.
o 3 Tipos de brasagem:
Brasagem fraca: a temperatura de fusão do metal de adição é inferior a 450ºC
Brasagem forte: a temperatura de fusão do metal de adição é superior a 450ºC
Soldabrasagem: consiste em depositar uma liga de brasagem forte numa junta utilizando
uma técnica semelhante aquela usada em soldadura
Na brasagem não existe modificação do perfil das peças a unir, dado que estas não fundem. Um metal com
uma temperatura de fusão mais baixa é introduzido entre as peças, assegurando a ligação metálica por difusão no
metal de base.
o Descrição do processo: é a união de metais através do aquecimento abaixo da temperatura de fusão
dos mesmos, adicionando-se uma liga de solda (metal de adição) no estado líquido, a qual penetra
na folga entre as superfícies a serem unidas. Ao arrefecer, a junta formada torna-se rígida e
resistente.
Tensão superficial
Molhagem
Capilaridade
Difusão
o Condições para a molhabilidade:
O material de brasagem e o material de base podem formar uma solução sólida ou
compostos intermediários
A temperatura de área de junção para permitir o molhamento (temperatura da área de
junção = temperatura do material de brasagem fundido). Quando a área que esta a ser
brasada não esta aquecida, durante a fusão do material de brasagem, podem surgir bolhas
do material de brasagem, isto é começa a não se espalhar e a molhar-se a si mesmo e não à
superfície a ser brasada.
Superfícies limpas e isentas de oxido
Necessidade de limpeza e pureza química e mecânica da superfície
Emprego de gás de protecção, meio fluxante ou vácuo.
o Gases de protecção:
Atmosfera de brasagem (H2N2, 95% N2, 5% H2)
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Uso predominante na brasagem dura
Remoção da camada superficial de óxidos por reacção química com o gás protector
o Meio fluxante:
Predomina no emprego da brasagem fraca
Redução, dissolução e remoção dos novos óxidos que se estão a formar durante o processo
Estimulação do contacto térmico dos pares que estão a ser brasados
Temperatura do meio fluxante deve ser menor que a temperatura de trabalho do material
de brasagem
Selecção do meio fluxante dependendo do material base, da temperatura de trabalho e do
meio de brasagem
o Vantagens:
Menor quantidade de calor necessária para realizar a junta – leva menos tempo – menores
consumos de energia – menores distorções
Metal de adição depositado é relativamente macio e dúctil – facilmente maquinável e possui
baixas tensões residuais
Equipamento simples e fácil e utilizar
Metais frágeis (ferro cinzento fundido) podem ser soldados sem pré-aquecimento
Trata-se de um processo que pode ser utilizado para soldar metais dissimilares – cobre a aço
carbono e cobre a ferro fundido
o Desvantagens:
A resistência da soldadura e limitada à do metal de adição
Junta soldada pode estar sujeita a corrosão galvânica
Cor do metal de adição pode não ser a mesma do metal de base
o Aplicações:
Soldadura de metais dissimilares
União de peças de pequena espessura
União de metais tratados termicamente e onde não são permitidas deformações, uniões
metal cerâmica, etc.
Brasagem fraca: indústria eléctrica e electrónica, para a soldadura de componentes a placas
de circuitos impressos, ligações de terminais eléctricos, etc.
Brasagem forte: vasto campo de aplicação industrial que vai desde a industria eléctrica e
electrónica à industria automóvel, aeronáutica, etc.
Soldobrasagem: utilizada para soldar tubos, varões e barras, componentes fundidos e
forjados, sobretudo sempre que se pretende obter baixas deformações.
SOLDADURA POR ALUMINOTERMIA:
o Descrição do processo: processo no qual uma mistura adequadamente preparada, de alumínio e um
oxido metálico, após uma ignição inicial, reage exotermicamente. Devido a esta libertação de calor, a
reacção propaga-se por si num curto espaço de tempo, tomando conta de toda a mistura. Como
resultado desta transformação obtêm-se um metal limpo e liquefeito e escória rica em Al2O3.
o Vantagens:
o Desvantagens:
o Limitações:
SOLDADURA POR FEIXE DE ELECTRÕES:
o Descrição do processo: processo de união baseado na fusão localizada da junta através do ser
bombardeamento por um feixe de electrões de alta velocidade. O feixe de electrões é emitido por
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um canhão electrónico e focalizado através de lentes electromagnéticas numa região muito pequena
da junta o que permite obter uma elevada concentração de energia. Durante o bombardeamento,
parte da energia cinética dos electrões e convertida em calor, fundido e vaporizando parte do
material da junta e criando um furo (Keyhole) através do material. Quando este furo e movido ao
longo da junta, o material liquido flui em torno do mesmo e solidifica formando a solda.
o Vantagens:
Permite obter cordões com elevada razão Penetração/largura (30:1)
Velocidade ate 200mm/s
Baixa energia de soldadura minimiza problemas de distorção e contracção da junta
Permite soldar facilmente metais dissimilares de condutividade térmica diferente desde que
tenham a mesma compatibilidade metalúrgica
É o processo mais preciso
o Desvantagens:
Equipamento é caro e complexo
Necessita de um alto vácuo – reduz a produtividade do processo
Cuidados especiais para protecção do pessoal
O cordão estreito e de elevada penetração exige um ajuste perfeito dos componentes que
estão a ser soldados
Emissão de raios-X
Radiação residual
o Limitações:
Geração de vácuo (?)
SOLDADURA POR LASER:
o Descrição do processo: união baseado na fusão localizada
da junta através do seu bombardeamento por um feixe de
luz concentrada coerente e monocromática de alta
intensidade. Similar à soldadura por feixe de electrões, este
feixe de alta intensidade é suficiente para fundir e
vaporizar parte do material da junta no ponto de entrada
do feixe no material, casando um furo que penetra no
metal base
o Vantagens:
Laser pode ser transmitido no ar, não necessita de um vácuo sobre a peça, embora seja
recomendável o uso de uma protecção gasosa (principalmente para materiais reactivos)
Não ocorre geração de raios X com laser
Feixe de laser pode ser facilmente direccionado e focalizado o que facilita a automatização
do processo
Devido à menos intensidade do feixe de laser, a poça de fusão deste processo é menos
sensível que a da soldadura por feixe de electrões a problemas de instabilidade (porosidade
na raiz, fusão incompleta e respingos sob o cordão)
Processo de alta velocidade
Cordão de boa qualidade: mais estreito, mais profundo, menor ZAC e menos distorções
Permite soldar materiais difíceis como ligas de titânio, refractários e ligas não-ferrosas em
geral
Permite soldar juntas homogéneas e dissimilares
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o Desvantagens:
Custo do equipamento elevado
Baixa eficiência – necessita de grandes unidades de refrigeração para aplicações de alta
potência
Elevada precisão exige preparação e posicionamento das juntas
Custo de produção
Equipamento muito grande e pesado
o Limitações:
Não serve para alumínio
Processos de soldadura por fusão: Quadro Resumo
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Soldadura no estado sólido: soldadura pressão a frio, soldadura por difusão, soldadura por ultra sons, por
explosões, alta frequência, fricção (stir welding) ou faiscamento (descarga do condensador)
Estado físico do cordão de soldadura durante o processamento: material de base – sólido e material de
adição (se existir) - sólido
Mecanismos de ligação:
o Aproximação a distancia interatómicas de equilíbrio
o Interdifusão
o Mistura dos materiais com ligações atómicas
o Encastramento (clinching)
Principais vantagens:
Diminuição dos custos de fabrico
o Redução do consumo de energia (gasta menos e tem uma eficiência energética superior)
o Ausência (ou quase) de consumíveis (materiais de adição e gases)
o Equipamento relativamente simples e facilmente automatizados que não necessitam de operadores
especializados
o Elevada produtividade, com resultados facilmente reproduzíveis
o Permitem soldar materiais difíceis ou mesmo impossíveis de soldar por fusão resultando em cordões
com excelentes propriedades mecânicas (muito próximas do material base)
o Tipicamente trata-se de processos ambientalmente limpos (sem emissão de fumos ou radiação)
Em meios agressivos para o ser humano, permitem a operação e controlo de processo de forma remota
SOLDADURA ELÉCTRICA POR RESISTÊNCIA:
o Descrição do processo: os metais são unidos sem material de adição através da aplicação de
corrente e pressão na zona a soldar. A quantidade de calor depende, por exemplo, da resistência
eléctrica da área a soldar. Este é um factor importante neste processo de soldadura que conduziu à
sua designação
Principais processos de soldadura por resistência:
Soldadura por pontos
Soldadura por projecção
Soldadura
o Vantagens:
Fácil de repetir
Automatizado/robotizado
o Desvantagens:
Difícil soldar alumínio e cobre (baixa resistência eléctrica)
o Aplicações:
Aços
Ligas inoxidáveis
Aços galvanizados
Prata níquel bronze
Ligas de alumínio e magnésio
o Variantes
Pontos
Roletes (contínua)
Projecção ou bossa
faiscamento (estado sólido)
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SOLDADURA POR DIFUSÃO:
o Descrição do processo: processo de união no
estado sólido que produz solda pela aplicação de
pressão a elevada temperatura sem a deformação
macroscópica das peças. Pode ser adicionado um
metal de adição entre as superfícies da junta.
Esta soldadura por difusão é um processo
especializado de soldadura de aplicação restrita
quando se deseja:
Evitar problemas metalúrgicos associados com a soldadura por fusão
Fabricar componentes de dimensões e forma próximas das desejadas no produto
final
Produzir peças espessas com propriedades uniformes ao longo da espessura.
O processo só é economicamente viável quando materiais especiais e de elevado custo são utilizados ou
quando existe um grande exigência quanto às dimensões da peça soldada, tendo as suas aplicações sido, ate
o presente, limitadas, em geral, às industrias electrónica e aeroespacial.
o Vantagens:
o Desvantagens:
Baixa produtividade (demora muito tempo)
o Limitações:
SOLDADURA POR ALTA FREQUÊNCIA:
o Descrição do processo: são utilizadas bobines por onde
passa uma corrente de lata frequência que causa o
aparecimento de correntes induzidas na região da junta das
peças que estão a ser soldadas. Estas correntes aquecem a
junta por Efeito de Joule o que facilita a deformação
localizada e a formação da solda com a aplicação de
pressão. Desta forma, este processo apresenta grande
semelhança com a soldadura por Resistência.
o Vantagens:
Grandes velocidades de soldadura (300m/min)
O aquecimento da junta é bem localizado o que minimiza alterações no metal base
Processo pode ser utilizado para diferentes metais e ligas incluindo aços carbono e de baixa
liga, aços inoxidáveis e ligas de alumínio, cobre, titânio e níquel
o Desvantagens:
o Aplicações:
Fabricação de tubos e perfis de aço de pequena espessura (0.13mm)
Fabricação de tubos de grande espessura (ate 25mm)
Adequado para aplicações mecanizadas ou automatizadas onde são necessários grandes
volumes de produção
SOLDADURA POR FRICÇÃO:
o Descrição do processo: utiliza energia mecânica, em geral
associada com a rotação de uma peça, para a geração de
calor na região da junta a ser soldada. Após o
aquecimento adequado da junta, as peças são
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pressionadas para a formação da junta. O processo pode também ser aplicado, através da rotação e
pressão de uma barra contra a superfície de uma peça, para que se dê o depósito de revestimentos
especiais sobre a peça ou a soldagem de um pino no interior desta.
o Vantagens:
Permite soldar materiais dissimilares
o Desvantagens:
o Aplicações: em geral e utilizado para a soldadura de peças de simetria cilíndrica Tubos e barras, que
podem ser de metais dissimilares. Aplicado principalmente na soldagem de ligas de alumínio.
SOLDADURA POR EXPLOSÃO:
o Descrição do processo: é um processo que utiliza a
energia de detonação de um explosivo para promover
a união de peças metálicas. Uma das peças é lançada
ao encontro da outra devido a uma explosão e,
durante a colisão, desenvolve-se uma intensa
deformação plástica superficial capaz de remover as
contaminações superficiais e promover a união das
peças. Devido ao forte choque nas superfícies da
junta, a solda tem um aspecto típico ondulado. O
processo pode ser utilizado para união de praticamente todos os metais e ligas que possuam
ductilidade suficiente para não se romperem durante a explosão e tem sido utilizado
industrialmente para a fabricação de revestimentos, de chapas bi-metálicas e para a união de metais
metalurgicamente incompatíveis em processos de soldadura por fusão.
o Vantagens:
o Desvantagens:
o Aplicação: fabricação de chapas com revestimentos protectores contra a corrosão em vasos de
pressão e em permutadores de calor e de peças de transição entre estruturas de alumínio e aço
SOLDADURA POR ULTRA-SONS:
o Descrição do processo: produz a união das peças através da aplicação localizada de energia
vibratória de alta frequência (Ultra-som), enquanto as peças são mantidas sob pressão. A união
ocorre por aquecimento e deformação plástica localizada das superfícies em contacto.
o Vantagens:
Alta produtividade – velocidade elevadas
Pode ser automatizado
Liga materiais dissimilares
o Desvantagens:
Só serve para materiais de pequenas espessuras
Custos elevados
o Aplicações:
Para soldadura de juntas sobrepostas de metais dúcteis (similares ou não) de pequena
espessura
União de plásticos – indústria electrónica e fabricação de embalagens
Cablagem 30 a 40km
PROCESSOS DE CORTE TÉRMICO:
Separação de um componente em duas ou mais peças ou remoção de material da superfície da peça
Processos de corte podem ser separados em dois grupos (de uma forma análoga à da soldadura):
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Processos de corte térmico (baseados na aplicação localizada de calor na peça):
o Cortes de alta qualidade, precisão adequada e baixo custo para várias aplicações e materiais.
o Permite mudanças bruscas de direcção de corte (o que não e possível nos corte a frio)
o Corte de uma pela aplicação localizada de calor
para a fusão e eventual vaporização de uma
pequena região desta peça juntamente com o uso
de um jacto de gás que auxilia a remoção do
material da região de corte
Corte a oxigénio – Oxicorte:
Descrição do processo: utiliza um
jacto de oxigénio puro para oxidar
o metal de base e remover a
mistura, no estado líquido, de
óxidos e do material de base da região de corte.
Aplicações:
o Usado para ligas de ferro: aços carbono e aços de baixa liga, pode
ser usado nas ligas titânio
o Cortas chapas ate 300mm de espessura
Características: vantagens e desvantagens
o Pode cortar aço mais rapidamente que os processos usuais de
remoção mecânica de material
o Pode cortar peças com formatos e espessuras difíceis de serem
trabalhadas de forma económica com processos mecânicos
o Equipamento básico para operação manual é de baixo custo
o Equipamento manual pode ser portátil e de fácil uso para o trabalho
no campo
o Direcção de corte pode ser mudada rapidamente
o Processo pode ser facilmente usado para a abertura de chanfros
para soldagem
o Tolerância dimensional do Oxicorte é pior do que a de vários
processos mecânicos
o Processo e essencialmente limitado ao corte de aços
o Processo que gera fumo e fagulhas quentes que podem representar
um problema de higiene e segurança
o Os aços temperáveis necessitam de operações adicionais (pré-
aquecimento, tratamento térmico, etc.) de custo elevado para
controlar a estrutura e propriedades mecânicas da região de corte.
Corte a plasma:
Descrição do processo: é realizado com um jacto de plasma quente de alta
velocidade obtido de forma similar ao processo de soldadura por plasma.
Um fluxo suplementar de gás (CO2, ar, azoto, oxigénio) ou, mesmo, de água
pode ser usado para refrigerar a constrição do arco. Em sistemas de grande
porte, o corte pode ser realizado sob uma pequena camada de água para
reduzir os seus efeitos ambientais (formação de fumos radiação e ruídos)
Aplicações:
o Corta praticamente todos os metais e peças de pequena espessura
de aço de baixo carbono – mais rápido que no Oxicorte
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Características: vantagens e desvantagens
o Processo não precisa de pré-aquecimento inicial ate à temperatura
de ignição como no Oxicorte
o Equipamentos de baixo custos e pequenas dimensões para o corte a
plasma manual
o É mais comum em instalações de grande porte para corte
mecanizado e automático
o Elevado custo do equipamento
o Alto nível de ruído, fumos e radiações
Corte a laser:
Descrição do processo: como no processo de soldadura a laser, é baseado
na acção de um feixe de luz concentrado na peça. A elevada densidade de
energia utilizada possibilita a fusão e vaporização do material na região
afectada pelo laser o que leva à remoção de material e à acção de corte.
Muitos sistemas trabalham com um jacto de gás auxiliar para facilitar a
expulsão do material da região de corte. Este gás pode ser:
o Inerte para gerar uma superfície limpa e suave
o Activo (oxigénio) para aumentar a velocidade de corte
Aplicações: pode ser utilizado para cortar todos os metais e ainda certos
materiais não metálicos (cerâmicos)
Características: vantagens e desvantagens
o Capacidade de cortar qualquer metal e diversos materiais não
metálicos independentemente da sua dureza
o Espessura de corte e região afectada pelo calor do corte mais finas
do que em qualquer outro processo de corte térmico
o Elevadas velocidades de corte
o Facilmente adaptável para sistemas controlados por computador
o Equipamento de custo elevado
Corte Arc-Air:
Descrição do processo:
o Eléctrodo de carbono cobreado (não é consumível mas degrada-se)
de elevada temperatura de fusão, refractário
o Descarga por faísca (não há plasma, não há estabilidade de
descarga)
o Jacto de ar comprimido
Aplicações: “escavar ” até aos defeitos, abrir rasgos para enchimento
Características: vantagens e desvantagens
o Corte irregular, muito oxidado
Processos de corte a frio (baseados na deformação localizada do material)
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METALURGIA DA SOLDAURA
Consequências metalúrgicas do ciclo térmico de soldadura
Zona Fundida (ZF): região onde o material foi fundido
durante a soldagem e caracterizado por temperaturas de
pico superiores à sua temperatura de fusão
ZAC – zona afectada pelo calor: região não fundida do
metal base, mas cuja microestrutura foi alterada pelo ciclo
térmico de soldagem. As temperaturas de pico são
superiores a uma temperatura crítica (Tc) característica do
metal base
Zona não Afectada: região mais afastada da solda que não foi alterada metalurgicamente pelo ciclo térmico.
As temperaturas de pico são inferiores a Tc.
Diluição: % de Material Base no cordão de soldadura.
Soldadura por pontos, diluição é de 100%. KEY-
HOLE, tudo o que é fundido é material base.
Diluição 0%, quando se quer soldar estanho, só
funde o material de adição – soldadura por brasagem.
Soldadura por atrito, não existe zona fundida, soldadura de fase sólida-sólida.
Entrega Térmica Hf = P/v = VI/v
No plasma a entrega térmica é pequena, a velocidade é muito grande.
Plasma: d = P/A, Hf = P/v - cordão estreito e de alta precisão
Influência da velocidade na soldadura: com o aumento da velocidade de soldadura a diferença entre a velocidade
de solidificação para θ = 0 e θ > 0 aumenta significativamente e assim o banho de fusão toma a forma mais alongada.
Soldadura Multipasse: sempre que com um só passe não se consiga garantir a penetração total, deve ser recorrer à
abertura de chanfros nas peças e ao respectivo enchimento. A taxa de fusão é limitada pela Entrega Térmica
admissível, pelo que para peças mais espessas, é necessário realizar soldadura multipasse.
Vários cordões: diminui a Hf, fraca diluição, menor introdução de elementos → produtividade baixa →
recristalização e refinamento do grão.
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Soldabilidade
(o que temos de referir num caso prático, para escolher o processo de soldadura e justificar)
1. AÇOS CARBONO, CARBONO MANGANES, BAIXA LIGA E MICROLIGADOS
Cálculo da temperatura de Pré-Aquecimento
1. Determinação do carbono equivalente Ceq
2. No diagrama A, seleccionar a escala de Ceq (A, B, C ou D) em função do tipo de junta, do seu
constrangimento e do teor de hidrogénio no metal depositado
3. Calcular a entrega térmica, a espessura combinada e localizar no gráfico da direita do diagrama
B, o ponto correspondente a este binário de valores
4. No gráfico da esquerda do mesmo diagrama, marcar na escala de Ceq, seleccionada em 2), o
valor do Ceq calculado em 1)
5. Fazer passar pelo ponto determinado em 3) uma horizontal e uma vertical pelo ponto
determinado em 4). O ponto de intersecção da horizontal com a vertical dá a TEMPERATURA DE
PRÉ-AQUECIMENTO.
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Fissuração a Frio: constitui uma das maiores dificuldades sob o ponto de vista de soldabilidade metalúrgica,
surgidas na soldadura dos aços carbono, carbono-manganês e baixa liga
A fissuração a frio ocorre essencialmente de três formas, e aparece
geralmente na ZAC.
Ocorre quando coexistem em simultâneo os seguintes factores:
Hidrogénio no material depositado
Elevado nível de tensões na junta
Microestruturas duras e frágeis - MARTENSITE
Mecanismo difusão do Hidrogénio:
Se houver humidade → liberta-se
hidrogénio → sempre que se rompe uma
ligação obtém-se H+ e O+ e o H+ entra no
cordão.
Hidrogénio no cordão: capacidade de
absorver o hidrogénio, a austenite tem uma
maior capacidade de absorver o
hidrogénio, e como a ferrite não o absorve,
satura, e então o hidrogénio passa para a
austenite e fica na ZAC
Influência do Hidrogénio: existe uma expansão volúmica numa estrutura frágil, o que leva a estrutura a partir.
Soluções:
o Pré e Pós-aquecimento e ao aquecimento entre passagens são utilizados e destinam-se a diminuir a
velocidade de arrefecimento de uma soldadura a fim de modificar a microestrutura, ou seja
diminuir a dureza. Este tipo de tratamento facilita também a difusão de H2 e ao mesmo tempo,
diminui o nível e melhora a distribuição das tensões residuais.
o È de evitar o uso de materiais de adição de alto teor em H2, húmidos e secos, assim como de fluxos
ou protecções gasosas contendo este elemento.
o Eléctrodos de baixa resistência permitem diminuir o nível de tensões na ZAC e portanto, reduzir a
susceptibilidade à fissuração a frio.
o O uso de materiais de adição austeniticos na soldadura de aços tratados termicamente e de alta
resistência facilita a ocorrência deste tipo de fissuração, uma vez que a austenite dissolve bem o H2.
Fissuração a quente (1000,1200ºC): defeito que pode ocorrer frequentemente em construções soldadas a
temperaturas superiores a 1200ºC
Principais factores que controlam a fissuração a quente são:
o Constrangimento
o Forma da soldadura
o Composição química do material (presença de enxofre e fósforo)
Durante a solidificação de uma soldadura, o
crescimento das dendrites dá-se a partir da
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linha de fusão, onde o arrefecimento e mais rápido.
O Liquido que resta, à medida que a solidificação progride, vai ficando cada vez mais rico em impurezas e
elementos de liga que lhe baixam o ponto de fusão
Solidificação ocorre de modo a que as dendrites se encontrem a meio do cordão
Na zona central, a ultima a solidificar, vai aparecer um filme liquido de baixo ponto de fusão, (constituído
por sulfuretos e fosforetos de ferro), o qual não resistindo às contracções de arrefecimento da soldadura, vai
dar origem a uma fissura.
SOLUÇÕES:
Usar inibidores à fissuração a quente quando se está a soldar:
o Cálcio, cerio, oxigénio, molibdénio, manganês, vanádio
► Convêm usar mais que um inibidor!
Fazer Multipasse: Fraca diluição – fica-se com menos material frágil
Influência da geometria, tem de ser Largura/Profundidade> 2 → assim a segregação fica superficial
e não fissura
Deve-se fazer uma redução progressiva da intensidade da soldadura.
Arrancamento Lamelar: resulta de uma combinação de tensões altamente localizadas, devidas ao processo
de soldadura e a uma baixa ductilidade do material base no sentido da espessura, devido à presença de
inclusões não metálicas alongadas e alinhadas paralelamente à direcção de laminagem.
Principais factores:
Baixa ductilidade do material base no sentido da
espessura
Presença de inclusões (silicatos e sulfuretos) de forma
plana com elevada área de superfície
Configurações de junta conducentes a elevadas tensões
residuais de tracção no sentido da espessura
Chapas espessas
►PODE SER EVITADO – usando aços de boa ductilidade como os
tratados com Ce que permitem obter inclusões de sulfuretos de
forma preferencialmente esférica, mesmo em aços laminados a
quente.
1. Modificação de uma junta T e de uma junta L, destinada
a reduzir os riscos de arrancamento lamelar
Precauções e remédios:
o Modificação da sequência da soldadura
o Passe de soldadura inicial
o Evitar juntas topo a topo
o Utilizar materiais laminados
o Aços sem excesso de enxofre
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2. AÇOS INOX (ver anexos)
Diagrama de SHAEFFLER:
Calculando o níquel equivalente e
o crómio equivalente, através do
diagrama de Shaeffler,
determinando o ponto
correspondente à composição
química, consegue-se prever a
estrutura metalúrgica do metal
fundido numa soldadura.
Este diagrama não pode
ser aplicado à
determinação da ZAC,
nem a uma soldadura que
tenha sido sujeita a
tratamentos térmicos.
Para calcular o Cr e Ni equivalente utiliza-se a seguinte expressão:
Este diagrama mostra as regiões problemáticas na soldadura.
1 – Fissuração a quente: campo que engloba as composições austeniticas. Ocorre a
temperaturas superiores a 1250ºC. Isto deve-se ao facto de nestas ligas existir a
possibilidade de formação de fases segregadas, de menor existência mecânica –
tensões de contracção originadas pela soldadura que são suficientes para abrir
fissuras quando há temperaturas elevadas.
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2 - Zona da fase Sigma: campo que engloba todas as composições de ligas que tem a
possibilidade de, após longa exposição a temperaturas entre os 500- 900ºC, fazes
surgir uma fase sigma, Fe-Cr que tem como principal característica a sua elevada
fragilidade.
3 – Zona de crescimento de grão: abrange geralmente a região dos aços inoxidáveis
ferríticos, ao cromo e com baixo teor de carbono; o problema é o crescimento
irreversível dos grãos, quando o aço está aquecido a temperaturas superiores a
1150ºc. Este crescimento é mais acentuado na ZAC, dá origem a fragilização.
4 – Fissuração a frio: estruturas martensíticas e parte das estruturas mistas. São
normalmente os aços temperados e revenidos com teores de carbono superiores a
0.3%. A fissuração ocorre devido a coexistência de 3 factores: estrutura metalúrgica
martensítica, tensões e hidrogénio.
5 – Zona central: não traz problemas.
Exemplo:
Aço inoxidável ferrítico ABNT430 (0.03% C, 0.9%Mn, 0.4%Si e 17.3%Cr) foi soldado com um eléctrodo AWS E309
(0.06%C, 0.7%Mn, 0.7%Si, 22.1%Cr e 12.5%Ni). Os valores do Cr e NI equivalentes são:
Metal base: Creq: 17.9 e Nieq: 1.4%
Metal de adição: Creq: 23.2 e Nieq: 14.7%
Problemas metalúrgicos: apesar da boa soldabilidade destes aços existe o risco de ocorrerem fenómenos
metalúrgicos que vão afectar o comportamento da junta soldada
Precipitação de carbonetos de Cr (sensitização)
Compostos ricos em Fe+Cr+C, que precipitam nos limites de grão, neste tipo de aços
inoxidáveis austeniticos (500º aos 900ºC) – ocorrem na ZAC e nos limites de grão
Consequência: diminuição do teor de CROMIO nos limites de grão – levando à corrosão
intercristalina
o Solução 1: utilizar aços inox com menor teor possível de C, pois quanto mais alto for o teor em C,
menos será o tempo necessário para que ocorra sensitização
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o Solução 2: O risco de sensitização é reduzido se forem utilizadas Entrega Térmica baixas, pois assim
as taxas de arrefecimento são superiores (menos tempo de permanência entre os níveis de
temperatura critica) e a energia livre para promover a reacção é inferior
o Solução 3. Utilizar aços estabilizados com Ti ou Nb, pois o C é mais afim para o Ti e o Nb do que para
o Cr, ficando este livre para proteger a superfície.
A sensitização, em pequenas quantidades, não é prejudicial, podendo mesmo aumentar a resistência
mecânica do matéria a alta temperatura, MAS se puser em risco a resistência à corrosão é necessário
submeter a peça ao tratamento de: Hipertêmpera – elimina carbonetos de crómio rompendo as ligações
com o aquecimento e arrefecimento brusco o crómio volta a juntar se com o oxigénio e cria uma nova
película protectora
Caso o arrefecimento não fosse brusco, e fosse lento o C e o Cr voltavam-se a ligar...
Soldabilidade metalúrgica dos aços inoxidáveis
3. SOLDADURA DOS FERROS FUNDIDOS (FF)
Características positivas dos FF:
o Fusão a temperatura baixa – óptimos para fundição
o Baixo custo
o Elevada resistência ao desgaste
Características negativas dos FF:
o Baixa ductilidade – frágeis
o Impossibilidade de enformar à temperatura ambiente
o Difícil de maquinar
Tipos de FF:
o FF cinzento
o FF nodular
o FF branco
o FF maleável
o FF de liga
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Variáveis que originam os diferentes tipos de FF:
o Teor em carbono
o Teor de elementos de liga e impurezas
o Taxa de arrefecimento após solidificação
o Tratamentos térmicos
FF Cinzento
o Em função de forma como é realizado o arrefecimento a matriz destes FF é composta pelas fases
seguintes, que por ordem crescente de resistência são:
Ferrite, perlite, bainite ou martensite
o O silício (Si) é o elemento grafitizante, nestes ferros a ferrite encontra-se na forma lamelar.
FF Nodular
o Obtido a partir do FF cinzento por adição de Mg durante a fusão, o qual vai provocar uma
reacção muito energética e efervescente que não vai permitir a formação de lamelas, mas sim
de nódulos ou esferas de grafite, numa matriz de ferrite, perlite, bainite ou martensite,
conforme a taxa de arrefecimento aplicada
o São todos, talvez com excepção dos FF Nodular de liga, os que mantendo as vantagens genéricas
dos FF, apresentam as melhores características mecânicas e de soldabilidade
FF Branco
o As fases presentes neste FF é uma matriz de perlite envolvendo grandes partículas de cementite,
devido principalmente a:
Existência de Mn e pouco Si
Elevadas taxas de arrefecimento a que é sujeito durante a sua elaboração, razão porque
não é usual obter pelas com mais de 100mm de espessura
o Características Positivas:
Elevada resistência à compressão
Elevada resistência à abrasão
Mais barato de todos os FF
o Características Negativas:
Baixa resistência à tracção e ao impacto
Extrema fragilidade
FF Maleável
o Este tipo de FF é obtido a partir do FF Branco por tratamento térmico, depois de obter FF
Branco, este é sujeito a um tratamento térmico de amaciamento, onde se transforma a
cementite e a perlite (dura e frágil), numa matriz de ferrite, perlite, bainite ou martensite
envolvendo nódulos de grafite (menos perfeitos que no FF Nodular)
FF de Liga
o FF cinzento de liga (Si, Ni, Cu e Al)
14-17% Si - Aplicação a reservatórios de líquidos corrosivos – baixa resistência ao
choque e não são maquináveis
18% Ni, 4% Cr, 7% Cu – comportas, carcaças de turbo compressores, válvulas - são
austeniticos, têm elevada tenacidade e resistência ao choque térmico
o FF esferoidal de liga (Ni e Cr)
São austeniticos e comparáveis com os aços inoxidáveis
Elevada resistência á corrosão
Elevada resistência a alta temperatura
Elevada soldabilidade
Elevada ductilidade e facilidade de maquinagem
o FF branco de liga (Ni, Cr, Mo)
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Aumento da dureza
Aumento da resistência ao impacto
Aumento da resistência à tracção
Aumento da resistência ao desgaste
Aumento da resistência ao choque térmico
o FF maleável de liga (Cu e Mo)
0.25-0.5% Cu: elevada resistência à corrosão
0.25-0.5% Mo: maior resistência mecânica
0.5% Mo, 1% Cu: maior resistência mecânica e ductilidade média
4. SOLDADURA DOS METAIS NÃO-FERROSOS E SUAS LIGAS
Para soldar este tipo de materiais, é necessário um processo que tenha uma elevada densidade de energia a par
com os processos convencionais TIG ou MIG.
Estas ligas são de pequena espessura e leves.
Soldadura do alumínio e das suas ligas:
o São dos mais versáteis e de maior utilização no grupo dos NÃO-FERROSOS
Baixa densidade
Elevada resistência á corrosão
Soldabilidade razoável
o As ligas de alumínio podem ser classificadas em 2 grupos:
Ligas de alumínio tratáveis termicamente – (os elementos de liga são dissolvidos no alumínio
a alta temperatura sofrendo depois um tratamento de têmpera)
Ligas de alumínio não-tratáveis termicamente – (o grau de encruamento (devido à
deformação a frio) determina a resistência do material)
o Problemas metalúrgicos:
Qualquer processo de soldadura é condicionado pela grande afinidade destes materiais para
o oxigénio (caso da alumina)
Retenção de gases no metal que fundiu devido à elevada velocidade de solidificação –
devem se utilizar técnicas com elevado grau de limpeza e o uso de gases de soldadura de
elevada pureza
Fissuração a quente – devido à:
Composição química
Coeficiente de dilatação dos materiais base e dos materiais de adição
Constrangimentos da junta
Amaciamento da ZAC – devido à recristalização de estrutura encruada, ou por destruição
dos precipitados obtidos por tratamento térmico de endurecimento por precipitação
Soldadura do cobre e das suas ligas:
o As principais ligas são o latão e os bronze-alumínios
o A maior dificuldade que surge na soldadura devesse à presença do óxido cuproso (Cu2O). Deve se
então utilizar metais de base com teor de oxigénio inferior a 0.03% - nestes não existe óxido cuproso
e contêm fósforo residual (utilizado na desoxidação) – combina-se com o oxigénio e eventualmente
é absorvido durante a soldadura.
o A soldadura dos latões é caracterizada por uma volatilização acentuada do zinco durante a operação
de soldadura. A perda de zinco leva a uma deterioração de propriedades. A existência de uma
película de óxidos que dificulta a volatilização é benéfica.
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
Soldadura do titânio e das suas ligas
o Titânio e as suas ligas são dos matérias mais utilizados devido a:
Baixa densidade, excelente resistência à corrosão e uma elevada relação
resistência/densidade (vantagens)
o Estes materiais são bastantes reactivos – muito sensíveis à contaminação pelo oxigénio e pelo azoto
quando aquecidos a temperaturas superiores a 500ºC – deterioração das propriedades mecânicas e
abaixamento da resistência à corrosão.
o Titânio não pode ser soldado por fusão – porque se formam no metal fundido compostos inter-
metálicos muito frágeis.
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
CTM (PRATICA) 22 NOVEMBRO 2010
Apanhado das aulas anteriores:
Problemas e soluções: (É suposto saber que são sempre 3 problemas e 3 soluções!)
o Aços carbono e baixa liga e microliga:
Fissuração a quente – solução:
Junta-se manganês – aumenta ponto de fusão
Entrega térmica: se for muito alta funde (evitar soluções denditricas)
Factor de forma do cordão
Fissuração a frio (quando existe alto teor de carbono) – solução:
Baixar o teor de hidrogénio
Reduzir tensões residuais
Controlar velocidade de arrefecimento
Arrancamento lamelar
o Aços inoxidáveis: austeniticos e austeno-ferriticos (Não tem ZAC)
Fissuração a quente
Precipitação de carboneto de crómio
Quando uma soldadura é de alta produtividade é realizada numa só passagem (máximo 2)
o TIG: alta produtividade, alta qualidade
o MIG MAG:
Alta produtividade, boa para pequenos enchimentos
Dá origem a falhas fusão lateral devido às diferenças de intensidade da automatização
o Soldadura Fios fluxados
o SAS (arco submerso): ZAC grande, não dá para soldar cantos
o SER (Eléctrodo Revestido):
É o mais aplicado devido à sua versatilidade
Há muitos soldadores especializados
Baixa produtividade: multipasse
Fissuração a frio
o Laser: pequenas distorções
o Feixe de Electrões: grande razão penetração largura
Para soldar ALUMINIO utiliza-se MIG ou TIG
Defeitos na ZAC – fissuração a frio – típicos de SER
Inclusão de escória:
o Eléctrodo revestido
o Fios fluxados
o Arco submerso
o Por vezes também pode acontecer no MAG (embora não seja frequente) quando os gases
entram em contacto com as impurezas pode gerar inclusão de escória
Objectivo do exercício: olhar para as figuras e identificar a soldadura, os defeitos (se existirem) e a ZAC
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
6 – MIG-MAG
7 – TIG mais enchimento por exemplo a MIG MAG
8 – SAS ou fios fluxados: nota-se dois passes, e uma ZAC grande
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9 – TIG ou MIG: é multipasse, tem inclusão de escória
10 - MIG-MAG: falhas de fusão lateral devido às diferenças de intensidade (típico da
soldadura MIG MAG)
11 – Eléctrodo Revestido: grande diâmetro, multipasse
12 – TIG ou MIG: tem uma ZAC pequena
13 – TIG ou MIG: como não tem ZAC pode-se dizer que é um aço inox, multipasse
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14 – Laser ou Feixe de Electrões: soldadura feita num só passe, a zona mais estreita é a
do ponto de focagem
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15 – Feixe de Electrões: do lado esquerdo existe uma ZAC muito grande, no entanto no
lado direito não existe, pode-se concluir que são dois materiais diferentes, e que o
do lado direito é inox
16 – Feixe de Electrões: grande penetração
17 – Arco submerso: soldadura de alta velocidade, alta entrega térmica, tamanho de
grão grande que se encontra no meio
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18 – MIG MAG ou Fios fluxados: soldadura com ZAC pequena, fissuração a quente
19 – Eléctrodo Revestido: fissuração a frio
20 – Fios fluxados ou SER: porosidade, inclusão de escória e ZAC grande
21 – MIG MAG ou Eléctrodo Revestido:
a. Passe de raiz mal feito, bordos queimados, excesso de penetração
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Quadro resumo
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
CTM (T) 16 Novembro 2010
MÉTODOS NÃO DESTRUTIVOS DE CONTROLO DE QUALIDADE
Ensaios não destrutivos (END) são definidos como testes para o controlo da qualidade, realizados sobre peças
acabadas ou semi-acabadas, para a detecção de falta de homogeneidade ou defeitos, através de princípios físicos
definidos, sem prejudicas a posterior utilização da peça.
São uma das ferramentas mais importantes do controlo de qualidade e são utilizados na inspecção de peças
fundidas, forjadas, soldadas, etc.
Funções do END na indústria:
o Aumento da produtividade: a detecção de defeitos reduz perdas de material, mão-de-obra e tempo
de produção
o Aumento da fiabilidade: a identificação de defeitos previne o meu funcionamento, avarias e
acidentes
o Redução de custos: permitindo uma relação de confiança entre o cliente e o fornecedor e a
implementação de sistemas de gestão de qualidade que permitem atingir a garantia de qualidade
total
Inspecção visual:
o Avaliação da qualidade das peças de fundição começa, normalmente, por uma inspecção visual a
qual revelará de imediato qualquer defeito mais óbvio, existindo situações em que a peça é de
imediato rejeitada não chegando, portanto a estar sujeita aos ensaios subsequentes.
o No caso da ligação soldada este teste é em geral feito pelo operador, imediatamente após a
realização dos cordoes de soldadura, desde que este seja um operador de soldadura reconhecido
pelo Instituto de Soldadura e Qualidade do Pais – para verificar a soldadura tem de ser um operador
especializado
o Contudo a inspecção visual, só por si não permitirá garantir a detecção de pequenas fissuras
superficiais, nem é apropriada para determinar se uma peça apresenta defeitos internos
Controlo por líquidos penetrantes: utilizado para a detecção de descontinuidades abertas na superfície de
materiais sólidos e não porosos. Este método emprega um líquido penetrante na superfície, que vai ate as
descontinuidades. Depois de o líquido penetrar, tira-se o excesso e aplica-se um revelador. Depois observa-
se das descontinuidades através da observação do vazamento do líquido penetrante. Este líquido pode ser
utilizado em qualquer material, este tem é que estar muito bem limpo, caso contrário não se consegue uma
boa penetração.
o 2 Métodos principais e diferentes de remoção do penetrante:
Eliminação com água
Eliminação com penetrante de emulsificação ulterior ou solventes.
Sequência de procedimentos:
o Descontinuidade numa superfície
o Aplicação do liquido penetrante esperando alguns minutos pare que se de o
efeito de capilaridade
o Sem que se remova o liquido penetrante dos
defeitos, remove-se o excesso
o Aplica-se um meio que puxa o líquido penetrante
e que reage com este, revelando o defeito
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
o Vantagens:
Permite a detecção de descontinuidades muito pequenas mesmo em peças de geometria
complexa
Pode ser utilizado numa vasta gama de materiais
Utiliza equipamento simples que não exige grandes investimentos
Permite a inspecção a 100% do lote de pequenas e/ou poucas peças
o Desvantagens:
Detecção exclusiva de descontinuidades abertas à superfície logo, a existência de
descontinuidades internas exige a aplicação de outro método de ensaio
Exige que a superfície a inspeccionar, bem como o interior da descontinuidade, estejam
absolutamente limpas e isentas de contaminantes.
Os materiais penetrantes, emulsificadores e reveladores são tóxicos e exigem precauções no
manuseamento
Sempre que não seja possível a remoção total do penetrante de uma peça, corre-se o risco
de explosão se os resíduos do penetrante entrarem em contacto com o oxigénio, pelo que é
necessário recorrer a materiais penetrantes compatíveis com o oxigénio
Não é um método aplicável a materiais porosos
Controlo por partículas magnéticas:
o Partículas magnéticas
o Correntes de Eddy
o Eddy currents Arrays
o Utilizado na localização de descontinuidades
superficiais em materiais ferromagnéticos. São
detectados defeitos como inclusões, falta de
penetração, segregações...
Geração de um campo magnético que percorre toda a superficie do material ferromagnético. As linhas
magnéticas do fluxo induzido no material desvião-se da trajectória ao encontrar
uma descontinuidade superficial, criando assim uma região com polaridade
magnética, altamente atrativa a particulas magnéticas. No momento em que se
provoca esta magnetização na peça, aplica-se as particulas magnéticas na peça que
serão atraidas à localização da superficie que tiver a descontinuidade, formando
assim uma clara indicação do defeito.
o Aplicações:
Indicação de fissuras por partículas florescentes
Indicação de falta de fusão em soldadura de componentes de ponte, por partículas húmidas
visíveis
o Técnicas de ensaio:
Tipos de partículas:
Visíveis/Fluorescentes
Esféricas/Alongadas
Pó seco/Via húmida
Tipos de correntes:
Continua ½ onda; continua onda completa; alternada
Métodos de magnetização:
Contínuo/residual
Longitudinal/transversal
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
o Vantagens:
Simples e rápido
Preparação simples
o Desvantagens:
Só detecta descontinuidades superficiais e sub-superficiais em peças e materiais
ferromagnéticos
Controlo por métodos radiológicos: mudança de atenuação da radiação electromagnética
Raios X:
Para ser usado no interior
Espessuras pequenas
Raios γ:
Para ser usado no exterior (muito perigoso)
Espessuras elevadas
Microondas
Térmica
o Aplicações:
Ensaio em soldadura
Navios, oleodutos, plataformas offshore
Peças fundidas
Produtos moldados, forjados, materiais compostos, plásticos
o Vantagens:
Pode ser utilizado em materiais metálicos e não metálicos, magnéticos e não magnéticos
Detecta defeitos internos
Sabe-se a forma do defeito
Bom para defeitos volúmicos
Detecta faltas de fusão lateral
Permite ficar com um registo dos resultados da radiografia
o Desvantagens:
Não se sabe a profundidade do defeito nem a posição
Não é seguro
Controlo por ultra-sons:
o Ultra-sons convencionais, ToFD, Phased Arrays, EMAT, Guided Waves
Um pulso ultra sónico é gerado e transmitido através de um transdutor especial, acoplado
ao material. Os pulsos ultra sónicos reflectidos por uma descontinuidade, ou pela superfície
oposta da peça, são captados pelo transdutor, convertidos em sinais electrónicos e
mostrados no LCD.
o Aplicações:
Medição de espessuras em materiais metálicos e não
metálicos
Avaliação de descontinuidades em soldaduras
Avaliação dos pontos de soldadura na indústria
automóvel
Estudos de fiabilidade na produção em serie de peças
fundidas
o Vantagens:
Sabe-se a localização do defeito
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
Detecta falhas planas
o Desvantagens:
Não se sabe o que é o defeito
Não detecta bem as falhas esféricas
Difícil ter técnicos especializados
Não fica nenhum registo – só fica a avaliação do técnico
Não dá para austeniticos nem materiais porosos
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
CTM (T) 25 Novembro 2010
ADESIVOS
Definições:
o Substancia capaz de manter materiais juntos por ligação superficial
o Materiais poliméricos com características Visco-Elásticas, que são colocados entre as superfícies dos
materiais a ligar (aderentes), realizando-se o processo de ligação com a respectiva “cura” do adesivo
através da alteração de propriedades físicas e/ou químicas.
Características Gerais:
o A ligação com adesivos, assemelha-se (em certos aspectos) às operações de brasagem de metais,
mas de campo de aplicação bastante mais alargado – permite ligações metais/não metais ou mesmo
entre não-metais
o Boa relação Custo/Desempenho – permite realizar juntas de ligação simples, resistentes e
económicas
o Utilização em Portugal tem vindo a aumentar – adesivos não-estruturais são os que têm maior
consumo
o Potencial existente na tecnologia dos adesivos está longe de ser atingido
Termos Gerais:
o Aderência
o Adesão
o Adesivo
o Linha de ligação
o Falha de coesão
o Cura
Principais vantagens:
o Barato
o Fácil de aplicar
o Não precisa de grande especialização do operário
o É capaz de ligar materiais sensíveis ao calor
o Liga todo o tipo de superfícies
o Fácil de obter no mercado
o Melhoria do aspecto de ligação
o Redução de peso (+/-)
o Bom isolamento eléctrico e acústico
Principais desvantagens:
o Linha de ligação grande
o Colas têm de ser muito fluídicas
o Tempo de colagem
o Pouca durabilidade
o Cálculo da junta não está no código (é preciso ter cuidado com as contas)
o As técnicas END não podem ser aplicadas
o Cuidado de limpeza – a superfície tem de ficar muito limpa
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
Exemplos de aplicação:
o Indústria aeronáutica:
Ligações por adesivo de uma asa em compósito à fuselagem do F-18
Ligações por adesivo propostas para o C-17
o Indústria automóvel:
Colagem de painéis estruturais e vidros
Blocagem de componentes de ligação mecânica
Vedação de juntas inacessíveis
Reparação e revestimentos superficiais especiais
o Produção de materiais compósitos
o Ligações entre Materiais diversos:
Corpo de uma bomba de alumínio fundido, ligados por adesivos a um interior em aço
Aplicação de adesivos para selar equipamento marítimo de transmissões rádio-antena
Tipos de Forças de Ligação:
o Ligações Primarias/Fortes (forças de carácter interatómico)
Ligações iónicas:
Tipo de forças de ligação química mais intenso que se pode obter
Baseia-se no fenómeno de electronegatividade
Ligações covalentes:
Tipo de forças que corre entre átomos com pequenas diferenças de
electronegatividade e que se encontram perto uns dos outros na Tabela periódica
Ligações metálicas:
Os átomos encontram-se, organizados numa determinada estrutura cristalina
sistematicamente repetida, e os electrões de valência de um determinado átomo
são atraídos pelos numerosos outros núcleos de átomos que o rodeiam
o Ligações Secundarias/Fracas (forças de carácter intermolecular)
Este tipo de ligação por
hidrogénio é muito
importante na resistência da
ligação entre as cadeias
moleculares, dos materiais
poliméricos formados por
mecanismos de adição,
como é o caso dos
termoplásticos
Atracção electrostática,
entre dípolos eléctricos
característicos das moléculas
Dipolos permanentes
Dipolos flutuantes
Principais Fenómenos Físicos:
o Adesão:
Conveniente preparação superficial das superfícies aderentes
Fluidificação da cola para molhagem adequada das superfícies aderentes – utilização de
solventes
Sistema de posicionamento e fixação dos componentes a ligar
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Aplicação/introdução do adesivo na junta a colar
o Coesão:
Adequada escolha/selecção do tipo de adesivo em função dos requisitos especificados para
a ligação
Equipamento, ciclo temporal e parâmetros termo-mecânicos de cura do adesivo
Preparação Superficial:
o O desempenho e durabilidade das ligações coladas, depende muito do tratamento de superfície
o Superfícies dos aderentes têm de estar bem preparadas para receber o adesivo, caso contrario as
propriedades da ligação serão indeterminadas
o Fractura na junta colada deve ocorrer no adesivo ou nos aderentes, nunca na interface
aderente/adesivo
É desejável, que sob
esforços de fadiga, as
fracturas ocorram a meio do
adesivo, no caso da ligação
de materiais metálicos, ou
nos aderentes, no caso da
ligação de materiais
poliméricos
É condição fundamental, que mais de 50% da factura sob esforços estáticos ocorra por
descoesão do adesivo ou dos aderentes
o Aumentar a afinidade química da superfície em relação aos primários e/ou adesivos, e promoção de
uma boa molhagem
o Produzir uma determinada topografia superficial no aderente, alterando desta forma o perfil da
superfície e aumentando a área de colagem
o Evitar a fragilização e/ou corrosão, ou aumento da susceptibilidade das superfícies para serem
atacadas pela atmosfera
o Substratos fortemente reactivos devem ser colados imediatamente após o tratamento ou pouco
tempo depois. Caso contrário deve ser aplicado um primário que seja compatível com o adesivo
aplicado. Uma superfície assim tratada pode ser mantida neste estado durante vários meses antes
de se proceder à colagem
o Remoção completa da camada superficial para prevenir a formação de “camadas frágeis”
Contaminantes típicos: pó, sujidades, gorduras, óleos e “dedadas”
Exemplo de outros contaminantes: filmes de óxido em substratos metálicos e agentes de
desmoldação utilizados no processamento de materiais compósitos
o Importante: Remover a menor quantidade possível de material da superfície
o Para aplicações de baixa responsabilidade é normalmente adequado:
Uma limpeza com base solvente ou uma lavagem com uma solução detergente
É igualmente importante a completa remoção dos agentes de limpeza, por exemplo
utilizando acetona
o É importante que após a limpeza das superfícies, se evite a recontaminação das mesmas, antes e
durante o processo de ligação
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
Técnicas de Tratamento:
o PRIMARIOS: actua como intermediário quando as superfícies são porosas – melhorar:
Resistência à corrosão das superfícies aderentes
Afinidade química da superfície dos aderentes ao adesivo
Flexibilidade, Resistência ao choque e ao arrancamento do adesivo
o SOLVENTES: usam-se quando os adesivos não fluem com facilidade (molhagem):
Meios eficazes par aumentar o fenómeno de molhagem/penetração da cola nos poros e
capilares dos aderentes
Capacidade de ser menos atraído pelos aderentes que as moléculas de cola
Dois grupos distintos:
Polares: agua, acetona.
Apolares: tutuol, nafta.
Posicionamento e Fixação
o Aplicação de pressão:
Produção de uma espessura fina e
uniforme de cola
Promover a dispersão e a completa
molhagem de toda a superfície
Compensação de qualquer pressão
proveniente de libertação de gases que se desenvolvam durante a cura
Resolver problemas por imperfeições nas superfícies aderentes
Compensar a perda de solventes e quaisquer outras variações
dimensionais
Processos mais comuns:
o Aplicação de corpos mortos sobre a junta
o Aplicação de grampos e molas
o Aplicação de rebites, parafusos e soldadura
o Prensas mecânicas ou hidráulicas
o Autoclaves (fornos de temperatura e atmosfera
controlada com possibilidade de aplicação de
pressão)
Aplicação do adesivo na junta:
o Estado físico do adesivo é um critério de selecção - a sua forma de aplicação é influenciada pela sua
natureza:
Liquido
Pó
Filme sólido
Termo-fusíveis
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
o Selecção do método e do equipamento depende dos seguintes parâmetros:
Tipo de adesivo utilizado
Dimensão e configuração da montagem
Volume e taxa de produção
Requisitos de qualidade impostos a toda a montagem
o Sistema manual
o Sistema semi-automático e automático
Classificação:
o Aplicação
Adesivos Estruturais: permitem obter uniões capazes de suportar tensões elevadas durante
períodos longos, sem apresentar fluência apreciável ou perda de capacidade relevante
Adesivos Epóxidos (termoendurecíveis)
o Mais utilizados
o Melhor performance (Epóxidos modificados)
Adesivos Fenólicos (termoendurecíveis)
o Mais utilizados
o Boas características estruturais durante mais tempo (em ambientes húmidos
e corrosivos)
Adesivos de Poliimida (termoendurecíveis)
Adesivos Acrílicos (termoplástico)
o Boa performance
Adesivos de Poliuretano (termoendurecíveis)
Adesivos Não-Estruturais: não suportam tensões elevadas. O seu comportamento sob carga
não é importante. Permitem mobilidade relativa entre os aderentes, ou a flexibilidade do
conjunto
o Processo de Cura:
Reacção química:
Activados pela adição de um catalisador e/ou pela aplicação de calor.
Resistência mecânica da ligação obtida por reacções químicas durante a cura
Aplicação do catalisador pode ser feita pelo utilizador na altura de aplicação, ou pelo
fabricante (diminui o prazo de validade do produto)
Evaporação do solvente:
Atingem a resistência da ligação, após remoção do solvente. O líquido adesivo é
aplicado às superfícies aderentes, e deixa-se passar o tempo necessário para a
evaporação do solvente. Então, as superfícies aderentes são colocadas em contacto
Termo-fusíveis (hot-melt) ou de Arrefecimento após Fusão:
Após o adesivo ser aplicado às superfícies, e estas serem posicionadas na sua forma
final, à junta é aplicada pressão e calor. Estas juntas são posteriormente arrefecidas
até à solidificação do adesivo, e obtenção da resistência desejada. Estes adesivos
não são adequados para aplicações estruturais.
Sensíveis à Pressão:
São formulações onde instantaneamente se obtêm ligações de baixa resistência
mecânica, após uma breve aplicação de pressão. Estes adesivos não são
considerados estruturais.
o Natureza:
Naturais
Semi-sintéticos
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Sintéticos
o Tempo de Cura:
Mais rápidos
Mais lentos
o Fases do Processo de Ligação:
1- Projecto adequado às especificações
2- Selecção do adesivo
3- Estabelecimento do processo de cura, em função das condições disponíveis (pode
implicar a modificação do adesivo escolhido)
4- Recolha de todas as peças a serem ligadas e armazenagem em “kits”
5- Verificação da folga de acordo com a tolerância da linha de colagem
6- Limpeza e preparação das superfícies, com eventual uso de primários
7- Aplicação do adesivo
8- União das peças
9- Processo de cura do adesivo
10- Procedimento de controlo de qualidade
o Questões a considerar:
a) Quais os materiais que se pretende ligar?
b) Quais os requisitos em serviço?
(1) Tipo de carregamento
(2) Gama de temperaturas de funcionamento
(3) Resistência química às condições ambientais e ataque químico
(4) Flexibilidade (caso seja um requisito importante, deve-se escolher um
adesivo cuja composição inclua um elastómero)
(5) Diferenças nas taxas de expansão térmica (é significativo, em termos de
definição da força de compressão a aplicar, durante o processo de cura)
(6) Problemas de toxicidade e emissão de cheiros
(7) Jogo de cores (depende dos requisitos de acabamento, e realiza-se através
da adição de pigmentos à resina)
c) Qual o método de aplicação mais adequado, para cada um dos adesivos escolhidos?
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
(1) O que depende do tipo de junta, forma de introdução do adesivo na junta, e
processo de cura
d) Os custos associados à ligação com adesivos são competitivos com as outras
tecnologias de ligação aplicáveis?
o Notas Finais:
É usual a tendência para escolher adesivos sobredimensionando-os, o que é errado, pois
normalmente existem adesivos adequados para a aplicação, mas mais económicos e/ou
mais fáceis de aplicar
Fornecedor dos adesivos tem normalmente formação suficiente, para fornecer informações
fiáveis acerca da escolha correcta do adesivo
o Parâmetros da CURA DOS ADESIVOS:
Espessura do filme adesivo na junta de ligação
Espaçadores
Filme adesivo
Reforços
Ciclo térmico de cura
A quente produz melhores resultados do que a frio
Métodos directos incluem fornos (até 450ºC), banhos líquidos (até 300ºC em óleos de
silicone) e prensas de pratos aquecidos
Métodos indirectos incluem aquecimento por resistência eléctrica, aquecimento por
radiação (p.e., radiação infravermelha), aquecimento por alta-frequência, aquecimento por
indução e activação por ultra-sons
A temperatura deve ser medida na interface aderente/adesivo, pois é nessa zona que
ocorrem os mecanismos de ligação, ou seja, adesão
Tempo de cura
Depende, de entre outros factores, do tipo de formulação do adesivo, pelo que é importante
seguir as recomendações do fornecedor
No entanto, pode-se afirmar que para que a junta colada tenha a vida esperada, é
necessário que o processo de cura não produza, nem ligações cruzadas em excesso (cura
demasiado prolongada) pois estas fragilizam a cola, nem em defeito (cura demasiado rápida)
pois tal facto torna a cola muito macia e sem resistência interna (coesão)
Pressão de contacto aplicada nos aderentes
Nos adesivos sensíveis à pressão activa o próprio processo de cura
o DIMENSIONAMENTO JUNTAS
Tipo de carregamentos:
Impacto
Tracção
Compressão
Corte
Clivagem
Arrancamento
Distribuição da Tensão na Zona Ligada:
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Regras a ser Respeitadas:
As cargas, para as quais a junta foi dimensionada, devem solicita-la de tal forma que
apenas dêem origem a uma combinação de tensões de Corte e
Compressão/Tracção. Esforços de Clivagem e Arrancamento, devem ser, pelo menos
minimizados
Esforços de Compressão são preferíveis face a esforços de Tracção
O dimensionamento da junta deve assegurar que, as cargas estáticas aplicadas não
excedem a capacidade de extensão visco-plástica do adesivo (tenacidade do
adesivo)
No caso da junta ser exposta a esforços de fadiga, a área de sobreposição da junta
deverá ser aumentada, minimizando assim a susceptibilidade de início de rotura por
descoesão no adesivo e/ou aumentando o período de serviço em condições de
segurança após início de descoesão
A Largura da junta é mais importante do que a Extensão/Comprimento de
sobreposição
Projecto da forma da junta deve ter em conta o espaço suficiente para o adesivo,
assim como os meios de introdução do adesivo na junta.
Requisitos a Considerar:
a) Aumento da superfície de ligação, tendo em conta o tipo de esforços aplicados, e a
saturação da resistência ao corte
b) Utilização de reforços: aumenta a resistência à flexão, a resistência ao corte e à
tracção - aumento da superfície de ligação
c) Alinhamento dos esforços, de forma a evitar flexões que dão origem ao
aparecimento de esforços de Clivagem ou mesmo de Arrancamento
d) Evitar descontinuidades geométricas (através de utilização de superfícies
concordantes), usualmente originadas pela utilização de reforços, tendo como
objectivo a diminuição do efeito de concentração de tensões ao longo da junta
Tipos de juntas:
Juntas Topo a topo
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Juntas em “T” e canto
Critérios de Preferência em Juntas em Tubos
Principais tipos de defeitos:
o CONTROLO DE QUALIDADE:
Normas ASTM – ensaios Destrutivos:
Ensaio de tracção
Ensaio de corte
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Ensaio de arrancamento
Ensaio de clivagem
Ensaio de fluência
Ensaio de fadiga
Ensaio de impacto
Ensaios de durabilidade (previsão media): a avaliação dos adesivos não pode ser
feita com base no comportamento a curto prazo, mas considerando o
comportamento a longo prazo.
Inflamabilidade: deve ser testada, sob as condições limites de temperatura indicadas
pelo fornecedor, antes da implementação
Ensaios não destrutivos:
Emissão acústica
Ultra-sons
Termografia
Radiologia
Estanquicidade
Holografia
Precauções de segurança:
Os procedimentos a realizar, dependem dos seguintes factores:
o Frequência e duração da exposição
o Toxicidade dos materiais utilizados (adesivo e solvente ou qualquer outro
agente de cura utilizado)
o A temperatura a que as operações são realizadas
o A área da superfície de potencial evaporação exposta na estação de trabalho
Os principais procedimentos de segurança que se devem implementar, são:
o Higiene pessoal
o Equipamento adequado para combater o fogo
o Kit de primeiros socorros
o Boas condições de ventilação
o Uma bacia com um jacto de água corrente para lavar os olhos
o Os dispositivos de protecção devem estar em boas condições e devem ser
testados regularmente
o Perspectivas futuras:
Para Adesivos Estruturais:
A concepção e fabrico de equipamento para aplicação de adesivos
A criação de técnicas, metodologias e equipamentos de ensaio não-destrutivo
adequadas às necessidades específicas
Desenvolvimento de sistemas que permitam garantir estarmos na presença de uma
“tecnologia limpa”
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NORMALIZAÇÃO
Uso da Normalização:
o Para responder aos requisitos dos contractos de fabrico de produtos
o Obrigam a que a demonstração da conformidade de produtos só seja obtida através da utilização
das normas harmonizadas CEN ou equivalentes
3 Tipos de normas:
o Normas harmonizadas (Europa):
Referenciadas nas directivas do EU
Definem juntas
Níveis de qualidade para aço
o Normas de produto:
Funcionam como códigos de construção podem ser mencionadas nas directivas da UE ou
não
Recipientes sobre pressão
Estruturas metálicas
Abordam sempre o cálculo e a inspecção incluindo níveis de aceitação
o Normas Horizontais:
Suportam o fabrico de produtos
Utilização voluntaria ou obrigatória (caso sejam mencionados em contractos ou normas de
fabrico)
Inspecção visual – é a que prepara os inspectores visuais para o processo de
trabalho
Normalização em soldadura:
o Apresentação das NE mais usuais no fabrico de equipamentos com processos de soldadura por fusão
o Requisitos da qualidade na construção – qualidade da junta soldada
o Requisitos da qualidade – agrupamento de materiais, certificação de soldadores
o Requisitos da qualidade:
EPS – especificação de procedimentos de soldadura
QPS – qualificação de procedimentos de soldadura
RQPS – registos da qualificação de procedimentos de soldadura
certificação de operadores (soldadura e END) e coordenadores de soldadura
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Certificação de pessoal:
Aspectos gerais
Ensaios não destrutivos, TT e calibração/verificação (equipamentos):
Inspecções e testes após soldadura, END – regras gerais
o Inspecção visual
o Teste radiográfico
o Teste de ultra-sons
o Teste das partículas magnéticas
o Teste macro e microscópico
o Ensaio penetrante (geral)
Tratamento de aquecimento pós soldadura
Calibração e validação
Níveis de qualidade e detalhes das juntas (materiais, processos)
Detalhes das juntas (em função do produto) e classificação de imperfeições de soldadura
Aspectos gerais:
Simbologia
Codificação de processos
Termos e definições
Tolerâncias (produto)
Posições de soldadura
Varões de construção civil
Consumíveis
Aspectos gerais
Classificação
Ensaios destrutivos
Ensaios não destrutivos – critérios de aceitação
Requisitos de ambiente, saúde e segurança
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AULA PRÁTICA DE 13 DEZEMBRO E AULA TEÓRICA DE 14
EXERCICIOS DE EXAME: DIAGRAMA DE SHAEFFLER, TEMPERATURA DE PRÉ-
AQUECIMENTO E ADESIVOS
Diagrama de Shaeffler
Ni[eq][%] = %Ni + 30x.(%C) + 0.5.(%Mn)
Cr[eq] [%]= %Cr + %Mo + 1.5.(%Si) + 0.5.(%Nb)
1º - calcula-se o cromio e o niquel equivalente dos metais de adição
2º - marca-se os pontos no Diagrama de shaeffler
3º - calcula-se o cromio e niquel equivalente para a guia e a placa de apoio e marca-se no diagrama
4º - sabe-se que a contribuição da Guia é 9vezes maior que a da placa, logo, traça-se uma recta da guia a placa e
marca-se o ponto 0.9 da placa.
5º - traça-se uma recta do metal A, do metal B e do metal C até ao ponto anterior.
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
6º - marca-se os pontos correspondestes às taxas de diluição da alinea a) e b)
25% Desta alínea é para a justificação NÃO ESQUECER!! O uso deste diagrama é importante quando de tem
materiais dissimilares, pois ajuda na escolha do material de adição.
e) Taxa de diluição de 80% (A-A): o melhor material de adição é o METAL B, pois é o que
contem 10% de Ferrite
f) Taxa de diluição de 20% (B-B): o melhor material de adição é o METAL C
Problemas dos Aços Inox: (Tipo de material e processo de soldadura)
Precipitação dos carbonetos de crómio devido ao excesso de carbono – sensitização
Fissuração a quente:
o Razão penetração/largura é muito grande
o Processo de soldadura com grande entrega térmica – gera um Grão Grande – Fissuração a quente
o Formação de filmes líquidos – sulfuretos e fosforetos de ferros têm alto ponto de fusão, crescimento
do grão dá-se da zona de ligação para dentro e empurra os filmes líquidos para dentro, como já todo
o cordão solidificou menos os filmes que foram empurrados para o meio gera-se uma fissura.
Formação de fase sigma (fase dura e frágil) quando existe muita ferrite (mais de 10% de ferrite já não é
aconselhado)
Minimizar a Fissuração a Quente:
Procura-se austenite e Ferrite – dissolver melhor o fósforo
Estruturas austero ferríticas – mais dúctil acomoda melhor as tensões e tem um grão mais pequeno
Fase sigma dá-se quando existe +10% de Ferrite – logo só se quer materiais que fiquem entre os 5 e os 10%
Não esquecer 3 causas para a fissuração 3 remédios!
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Temperatura de Pré-Aquecimento
a) (justificação muito importante NÃO ESQUECER) Pré aquecimento – para que não haja fissuração a frio:
a. Para que haja um arrefecimento lento
b. Para que a % de martensite seja menor
c. Hidrogénio ter tempo de migrar para a superfície
d. Quanto maior as temperaturas, menor as tensões
1- Calcular o carbono equivalente para o tubo interior e para o tubo exterior
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
Ceq = C + Mn/6 + (Cr+Mo+V) /5 + (Ni+Cu) /15
Tubo interior -
Tubo exterior -
2- Determinação da ESCALA de Carbono equivalente
Junta Topo a Topo
Penetração e Desalinhada (escolhe-se a desalinhada porque é a pior condição)
SAS
Nível de hidrogénio ELEVADO - Escolhe-se sempre o pior “cenário”
3- Calcular ESPESSURA COMBINADA
ti - espessura da estrutura adjacente ao cordão de soldadura
n – numero de peças adjacentes ao cordão de soldadura
4- Calcular ENTREGA TÉRMICA
5- Marcar os pontos no diagrama e tirar a temperatura de pré aquecimento
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Qual a temperatura a usar quando se tem duas?
Para o tubo interior, (Ceq=0.55) tem-se uma temperatura entre os 200 e os 250º, considera-se 230ºC
Para o tubo exterior, (Ceq=0.48) tem-se uma temperatura entre os 150 e os 200ºC, considera-se 190ºC
Escolhe-se a temperatura mais alta. RESPOSTA: temperatura de Pré-Aquecimento é de 230ºC
b) Utiliza-se a expressão empírica de determinação de aspectos
metalúrgicos resultantes do ciclo térmico em soldadura por
fusão de aços de baixa liga:
Onde T0 é a temperatura calculada na alínea anterior, Tf é a
temperatura de fusão dada no enunciado, a entrega térmica
também já foi calculada, o Y é a distância a linha de fusão, e
pronto tem-se tudo para calcular TP que é a temperatura
máxima atingida na periferia do “Colar Exterior”
Adesivos
Uma outra alternativa ao caso prático proposto no Grupo 1, é a utilização da tecnologia dos adesivos para realizar o
componente do trem de aterragem, por via de ligação de um Tubo Interior com um Colar Exterior ambos em liga de
alumínio AA6056-T6. Esta ligação encontra-se representada na figura seguinte, sendo identificada como ”Junta
Colada”.
Nota: Para efeitos de cálculos, considere o colar com uma espessura uniforme de 40mm.
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a) (4valores) Sabendo que a junta colada está sujeita a um binário segundo o eixo axial, Ma, de separação entre
os dois componentes (Tubo interior e Colar exterior), de valor máximo: Ma=10KN.m, e uma força axial, Fa,
de separação entre os dois componentes (Tubo interior e Colar exterior) de valor máximo: Fa=50KN, e
considerando um coeficiente de segurança de n=2.5, determine qual dos seguintes adesivos deve
seleccionar? Justifique a sua decisão e apresente todos os cálculos.
Valores mínimos de… Resistência ao corte [MPa] Resistência à tracção [MPa]
Adesivo 1 5 20
Adesivo 2 10 30
Adesivo 3 30 35
b) (1valor) Proponha uma geometria para eventuais reforços, tendo em vista aumentar o nível de confiança da
ligação colada. Esboce a solução.
Resposta à alínea a)
Para escolher o adesivo apropriado, tem de se calcular a tensão de corte mínima,
para saber qual é a resistência do adesivo ao corte.
Área de corte:
Força Resultante:
Força (MA):
E assim temos que a tensão de corte é:
Olhando para a tabela com os adesivos, o mais apropriado será o ADESIVO 2 com Resistência ao corte de 10MPa. O
adesivo 1 não pode ser porque a resistência ao corte é mais baixa que a mínima, e a do adesivo 3 já é demasiado
superior.
Resposta à alínea b) – já está assinalada na figura.
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Anexos
Soldadura de aços inoxidáveis:
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Problemas de soldabilidade dos aços inoxidáveis:
Defeitos introduzidos durante a soldadura
Defeito no plano:
o Falta de fusão (FDF)
o Falta de penetração (FDP)
o Fissuras
Defeito volumétrico:
o Poros
o Inclusão de escória
o Inclusão de tungsténio
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CTM – 4ºano 1º semestre 2010/2011 (SB e MG)
Estes defeitos podem ser detectados através de END
Falta de fusão pode ocorrer devido a:
Energia de soldadura é baixa – intensidade de corrente baixa ou
velocidade elevada
Consumível não era apropriado, diâmetro excessivo
Utilização de um chanfro que não era o correcto
Falta de penetração pode acontecer porque:
Energia de soldadura baixa – intensidade de corrente baixa ou
velocidade elevada