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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia Filiado à O BANCÁRIO O único jornal diário dos movimentos sociais no país Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB Hoje, em Brasília (DF) Edição Diária 7279 | Salvador, terça-feira, 22.08.2017 Presidente Augusto Vasconcelos Bancários frente a frente com a Fenaban Faltam poucos dias para o 4º Congresso da CTB Página 3 Página 4 Em entrevista exclusiva a O Bancário , o economista Luiz Carlos Bresser Pereira defende o nacionalismo como forma de enfrentar e derrotar Nacionalismo, a saída do país FOTOS: MANOEL PORTO ENTREVISTA BRESSER PEREIRA o neoliberalismo. O professor é autor do projeto Novo Desenvolvimentismo, uma proposta para a economia do Brasil. Página 2 Bresser lê O Bancário, referência no movimento Novo Desenvolvimentismo, projeto de Bresser Pereira, é uma resposta ao cenário de crises no país

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Page 1: Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB Hoje, em … · 2017-08-21 · Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB Hoje, em Brasília (DF) Edição Diária 7279 | Salvador,

www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia

Filiado à

O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

Reunião do Conselho de Representantes da AFBNBHoje, em Brasília (DF)

Edição Diária 7279 | Salvador, terça-feira, 22.08.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

Bancários frente a frente com a Fenaban

Faltam poucos dias para o 4º Congresso da CTB

Página 3

Página 4

Em entrevista exclusiva a O Bancário, o economista Luiz Carlos Bresser Pereira defende o nacionalismo como forma de enfrentar e derrotar

Nacionalismo, a saída do país

fotos: Manoel porto

ENTREVISTA BRESSER pEREIRA

o neoliberalismo. O professor é autor do projeto Novo Desenvolvimentismo, uma proposta para a economia do Brasil. Página 2

Bresser lê O Bancário, referência no movimento

Novo Desenvolvimentismo, projeto de Bresser Pereira, é uma resposta ao cenário de crises no país

Page 2: Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB Hoje, em … · 2017-08-21 · Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB Hoje, em Brasília (DF) Edição Diária 7279 | Salvador,

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 22.08.20172

Autor do projeto Novo Desenvolvimentismo, que aponta formas para o Brasil retomar o crescimento dentro de uma perspectiva de resgate do sentimento de nação, o economista Luiz Carlos Bresser Pereira defende uma boa dose de nacionalismo econômico para encarar o neoliberalismo.Ministro nos governos Sarney, FHC e Lula, ele diz que o desafio brasileiro hoje é saber se integrar à globalização de forma competitiva e soberana. Em entrevista exclusiva a O Bancário, Bresser Pereira condena a lógica meramente rentista do projeto neoliberal e afirma que o atual Congresso Nacional é um “grande ônus” à democracia brasileira.

ROGACIANO MEDEIROS [email protected]

Manoel porto

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Uma dose de nacionalismo

Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTE 879 DRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose Lima - Reg. MTE 4645 DRT-BA. Repórteres: Ana Beatriz Leal - Reg. MTE 4590 DRT-BA e Rafael Barreto - Reg. SRTE-BA 4863. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Salete Maso. Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

ENTREVISTA BRESSER pEREIRA

O BANCÁRIO – O Brasil necessita de uma nova Constituinte?

BRESSER PEREIRA – Acho que não. O problema do Brasil não está na Cons-tituição.

O BANCÁRIO – Como tocar o projeto Novo Desenvolvimentismo com um Con-gresso tão conservador?

BRESSER PEREIRA – Eu acho que nunca tivemos um Congresso tão ruim quanto este. Um sistema eleitoral que privi-legia os ricos e os deputados que se vendem aos ricos para se eleger. Um Congresso que tem sido um grande ônus para a democra-cia brasileira.

O BANCÁRIO – A reforma trabalhis-ta, que corta direitos dos trabalhadores, é uma ameaça ao projeto Novo Desenvolvi-mentismo, que como o senhor mesmo fa-lou, exige salários decentes e controle da inflação?

BRESSER PEREIRA – A triste lógica do governo oportunista de Temer e a lógica do capitalismo financeiro rentista, das pessoas que vivem de lucros, juros, aluguéis e divi-dendos, não dos empresários. A lógica de-les, em relação ao Brasil, hoje, é muito sim-ples. Há uma crise, um desajuste, e quem vai pagar esse ajuste serão só os trabalhado-res. Eles próprios, os rentistas, não querem

pagar nada. É uma postura muito injusta e ineficiente. As perspectivas do Brasil são muito sombrias.

O BANCÁRIO – O nacionalismo se as-socia logo ao fascismo, mas o senhor não acha que hoje uma dose de nacionalismo é fundamental para derrotar o neolibera-lismo?

BRESSER PEREIRA – O nacionalismo econômico é fundamental. O que é mui-to ruim, péssimo, é o nacionalismo étnico, que deu origem ao nazismo, ao fascismo, produziu genocídio em vários lugares. Ago-ra, o nacionalismo econômico, a ideia de defesa de nação, de que o mundo é formado por estados nações, que competem entre si, que cada um tem de lutar por seus interes-ses, ao mesmo tempo em que precisam de um certo grau de colaboração em nível in-ternacional, isso é muito importante.

O BANCÁRIO – Em 1995, no governo FHC, o senhor apresentou um projeto de reforma do Estado, sob o título Da admi-nistração pública burocrática à gerencial. O que foi possível executar? O que o Estado brasileiro necessita para ser competitivo?

BRESSER PEREIRA – A reforma geren-cial é, a meu ver, a segunda reforma que o Estado capitalista faz na administração pú-blica. A primeira é quando passa do Estado patrimonialista para o Estado burocrático,

de Max Weber, que os países ricos realiza-ram no Século XIX e o Brasil realizou nos anos 30, com Getúlio Vargas. A reforma ge-rencial nos países ricos começou nos anos 80 e no Brasil nos anos 90. É indispensável para tornar mais eficiente os serviços públi-cos, como educação, saúde, Previdência e serviço social, fundamentais para o povo e que precisam ser supridos de forma eficien-te, a um custo relativamente baixo.

O BANCÁRIO – As elites nacionais, na imensa maioria, costumam confundir glo-balização com entreguismo. Essa teoria da dependência pode ameaçar o projeto Novo Desenvolvimentismo?

BRESSER PEREIRA – A globalização é um desafio que o Brasil tem. A gente tem três possibilidades. Uma é se fechar e tentar vol-tar para a substituição de importações. Tem gente que defende essa tese. Acho ridícula. A outra é a tese que quase todo mundo defen-de, de se integrar subordinadamente, acei-tando os conselhos, as recomendações, as pressões que os países ricos fazem sobre nós, de maneira passiva. A terceira possibilidade é se integrar à globalização competitivamen-te. É o Brasil decidir que vai ser excelente em certos setores, capaz de competir internacio-nalmente. Para isso é preciso ter uma taxa de câmbio correta, uma taxa de juros corre-ta, um equilíbrio no pacto econômico corre-to. É isso que temos de fazer, uma integração competitiva em nível internacional.

Bresser lança o projeto Novo Desenvolvimentismo

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o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, terça-feira, 22.08.2017 3EM DEFESA DOS DIREITOS

São 21 itens para resguardar os trabalhadores das ações dos bancos

ricardo stuckert

lula Marques

Bancários querem resposta sobre termo de compromissoRAFAEL [email protected]

Na cola da Fenaban

OS BANCáRIOS se reúnem, na quinta-feira, com a Fena-ban (Federação Nacional dos Bancos), para discutir o ter-mo de compromisso que visa a proteção ao emprego e aos direitos da categoria. O docu-mento foi entregue no dia 8 de agosto.

Ao todo, são 21 itens. Todos para resguardar os trabalhado-res de possíveis ações das em-presas, sobretudo com a nova legislação trabalhista e a tercei-rização irrestrita.

Para pressionar os bancos, é fundamental que as mobiliza-ções aumentem. Negociado so-bre o legislado, terceirização na

atividade-fim, contratos tempo-rários e jornadas estendidas são prejuízos que ferem a conven-ção coletiva.

CalendárioAntes da reunião de quinta-

feira, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban se encontram amanhã, para tratar sobre a cláusula 62 da CCT, de realocação e requalificação profissional. Comissão de Saúde no Trabalho (5 e 27/09 e 7/11), Segurança Bancária (11/09, 4/10 e 14/11), Igualdade de Oportunidades (18/09, 11/10 e 23 e 28/11) e prevenção de conflitos (21/09 e 18/10) também são temas de discussões específicas.

Frente lança portal pela democracia brasileiraA INTERNET hoje é um espaço de forte aglutinação social. Por isso, as mobilizações em favor do país se multiplicam na rede. Agora, a Frente Povo Sem Medo acaba de lançar um portal cujo endereço é vamosmudar.org.br para debater estratégias pela restauração da democracia no país e por um novo programa social brasileiro.

Através de cinco eixos: de-mocratização dos territórios e meio ambiente; democratiza-ção da economia; democrati-zação do poder e da política; um programa negro, feminis-ta e LGBT e a democratização da comunicação e da cultura, qualquer cidadão brasileiro pode contribuir com propostas para um novo país.

Além disso, eventos serão

marcados em espaços públi-cos para reunir os mais de 27 movimentos sociais, coletivos

e sindicatos de trabalhadores, além de qualquer colaborador, para aperfeiçoar os argumen-

tos. O primeiro já tem data marcada. Será em São Paulo, no sábado.

Entreguismo. Vale sofre uma nova privatizaçãoAS EMpRESAS públicas sofrem um verdadeiro golpe do governo Temer. A Vale é a bola da vez.

O governo já anunciou que 84,4% dos acionistas concor-daram em trocar as ações pre-ferenciais por ordinárias, o que representa a venda do controle acionário direto exercido pe-los fundos de pensão da Previ (Banco do Brasil), Funcef (Cai-xa) e Petros (Petrobras).

Os 53% das ações nacionais serão entregues ao setor finan-ceiro e ao capital estrangeiro, que já possui 47% do controle da empresa. A atitude remon-

ta o governo de FHC quando a antiga Companhia Vale do Rio Doce começou a ser privatiza-da. Agora, Temer vai pulverizar de vez a presença dos fundos de pensão nacionais, prejudicando inclusive os bancários.

“Os funcionários do BB e da Caixa, participantes da Previ e da Funcef, perdem ótima opor-tunidade de assumirem a direção da Vale, que representa percen-tual importante dos investimen-tos desses fundos. Vamos de-nunciar”, assegura o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos.

FHC vendeu a Vale a preço de banana. Governo Temer segue o passo

Movimento lança site e promove debates sobre situação do país e um projeto de aprofundamento da democracia

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 22.08.20174

SAQUE

CONGRESSO DA CTB

A expectativa é de participação de 1.200 sindicalistasRAFAEL [email protected]

Desafios dostrabalhadores

HISTÓRIA Na essência, a caravana de Lula pelo Brasil, iniciada no Nordeste, tem a intenção de mostrar à socieda-de, com clareza, os dois projetos em disputa hoje no país. De um lado o neoliberalismo de Temer, Dória, Aécio, Alckmin, Janot, Moro, Dallagnol e companhia, sem nenhum compro-misso com o povo. Do outro a democracia social defendida pelas forças progressistas, conscientes do papel histórico de priorizar o Estado a serviço dos que mais necessitam. E nin-guém melhor do que Lula para essa tarefa.

GRITANTE Só não enxerga quem é “míope”. Uma rápida comparação entre as fotos de Lula na caravana pelo Nordeste, iniciada na Bahia, com outra qualquer de um ato da direita, revela a gritante diferença. O ex-presidente tem o apoio incon-dicional justamente daqueles que mais precisam da proteção do Estado. São as vítimas seculares das elites nativas, sempre submissas, insensíveis, burras, alienadas, entreguistas.

NACIONAL O começo da caravana pelo Nordeste já é o su-ficiente para comprovar a liderança de Lula. A passagem pela Bahia tem sido apoteótica e a tendência é seguir na mesma pe-gada. O roteiro inclui todo o Brasil. Essa conversa de que ele só é querido pelos nordestinos é mais uma mentira da mídia comercial. As pesquisas demonstram que o ex-presidente tem larga preferência na corrida presidencial em todas as regiões. Claro, com maior vantagem no Nordeste.

INCOMpARáVEL Engana-se quem pensa que o povo é bobo. Enquanto o ex-presidente Lula é ovacionado por onde passa, recebido, ou melhor, carregado pelas multidões na ca-ravana pelo Nordeste, Dória, no esforço de se tornar conhe-cido no país, amarga “ovada”, escrachos de todos os tipos e até humilhação. No Piauí, por exemplo, a Câmara Municipal rejeitou, por ampla maioria, a concessão do título de cidadão de Teresina ao tucano.

REVOLTANTE O processo de desnacionalização posto em prática pelo golpismo neoliberal não se limita à economia e à cultura. Também desmonta qualquer iniciativa de seguran-ça nacional. Agora mesmo, o governo Temer acaba de cortar 30% das verbas destinadas ao Prosub (Programa de Desenvol-vimento de Submarino com Propulsão Nuclear). Praticamen-te inviabiliza o projeto mais estratégico da Marinha brasilei-ra. Entreguismo revoltante.

NESTA semana, acontece o 4º Congresso Nacional da CTB e o Seminário Internacional “A cri-se econômica global e o mun-do do trabalho” no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador.

Amanhã, ocorre a recepção da delegação internacional. Na quinta-feira, às 9h30, começam os debates com a palestra do embai-xador Celso Amorim sobre “Glo-balização, direitos e democracia”.

Às 14h, a mesa sobre “A cri-se capitalista e os impactos no mundo do trabalho” conta com o presidente da Federação Sin-dical Mundial, nascido no Cabo

Oriental, Mzwandile Michael Makwayiba, o diretor da Fun-dação Maurício Grabois, Sérgio Barroso, o membro da Comis-são Executiva da CGTP-IN em Portugal, Augusto Praça, e o di-retor da OIT Brasil, Peter Pos-chen. Às 18h30, tem a abertura oficial do Congresso com apre-sentação do documento às 19h e a sessão solene, às 20h.

Na sexta-feira, o dia começa com painéis sobre “Signos e sig-nificados da construção da CTB”, “A luta emancipacionista e o tra-balho” e “As contrarreformas e os desafios do movimento sindi-cal”. As atividades finalizam com o lançamento do livro “O golpe do capital contra o trabalho”, de Umberto Martins, às 20h15.

O sábado está reservado para a apresentação do balanço, do pla-no de lutas e da eleição e posse da nova direção da CTB Nacional.

A COpA Intercategoria de Futsal Femini-no chegou ao fim. Depois de 24 jogos e 146 gols, 8 times inscritos e 158 atletas, a final aconteceu domingo, no Ginásio de Esporte, ladeira dos Aflitos.

A equipe D6D7/Camaçari foi a campeã, jogando contra o Santo Antônio. Na outra partida, a equipe do ABF/Bancários ficou com o terceiro lugar em cima do Facies.

Com os destaques do campeonato, a se-

D6D7/Camaçari vence o futsal femininoleção foi montada com Vandinubia Dan-tas (D6D7 - melhor goleira), Geisa Barreto (Santo Antônio - ala direita) e Laís Helena (ABF/Bancários - melhor ala esquerda).

A fixa que se destacou foi Priscila Santa-na, jogadora do time campeão D6D7. A me-lhor pivô foi Raylane Piedade, do Facies. O melhor técnico e a artilheira do campeona-to foram do D6D7, Fabio Gouveia e Nadiele de Santana, com 13 gols.

O CAMpEONATO de Futebol Society do Sindicato dos Bancários da Bahia está pegando fogo. No domingo, dois jogos fecharam a rodada. E só foram goleadas.

O time Cartola foi goleado por 5 a 2 pelo Dolar. No segundo jogo, a equipe Revelação não tomou conhecimento do time Cash marcando 6 gols sem tomar nenhum.

Rodada do Society

jaílton rodrigues

D6D7/Camaçari vence o Santo Antônio e leva o trofeú do futsal para casa