revista fazendo a diferença

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Tecnologia a serviço da educação Como utilizar a inovação e a tecnologia em prol do empreendedorismo Edição nº 10 - 2012 B r a s i l www.juniorachievement.org.br

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10ª Edição

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Page 1: Revista Fazendo a Diferença

Tecnologiaa serviço daeducaçãoComo utilizar a

inovação e a

tecnologia em prol

do empreendedorismo

Edição nº 10 - 2012

B r a s i l

www.juniorachievement.org.br

Page 2: Revista Fazendo a Diferença
Page 3: Revista Fazendo a Diferença

Empresas Mantenedoras

Empresas Patrocinadoras de Projetos

EMPRESAS QUE ENXERGAM LONGE

B r a s i l

Empreendedorismo para transformar

Page 4: Revista Fazendo a Diferença

Conselho de FundadoresAndré Loiferman Construtora Brasília GuaíbaBolivar Baldisserotto MouraJayme Sirotsky Grupo RBSJorge Gerdau Johannpeter Grupo GerdauMarcelo Baptista Carvalho Ancar IvanhoeRaul Rosenthal Ladeira de Matos M2 ParticipaçõesSergio Carvalho Ancar Ivanhoe

Conselho ConsultivoPresidente: Jorge Gerdau JohannpeterGrupo Gerdau

Vice-Presidente: Robson Braga de Andrade CNIAntônio Carlos Valente Silva TelefônicaAron ZylbermanInstituto CyrelaCarlos Alberto Griner Suzano Papel e CeluloseFábio Colletti BarbosaGrupo AbrilFabio SchwartzmanKlabinFernando Xavier Ferreira TelefônicaFrancisco ValimOiGustavo Marin CitiJosé Claudio dos Santos Sebrae NacionalLuiz Eduardo Pereira Barretto Filho Sebrae NacionalPedro Melo KPMG

Comitê de BrandingMarcelo Baptista Carvalho Ancar Ivanhoe

Comitê de VoluntariadoJúlio Cesar Fonseca Oi

Conselho DiretorPresidente: André Loiferman Construtora Brasília Guaíba

Vice-Presidente: Marcelo Baptista Carvalho Ancar Ivanhoe

Janete Ana Ribeiro VazLaboratório SabinJosé Paulo Soares Martins Grupo GerdauPaulo Manso CabralSebrae – BAUlisses Tapajós Neto Ação Investimentos

Conselho FiscalJoão Carlos SilveiroRodrigo Moreira de Capistrano Ronaldo Veirano

Conselho de PresidentesHenrique LuzPricewaterhouseCoopers – JASPAmadeo CominSKF do Brasil – JASP José Antônio VerdiVerdi DesignPéricles DruckGrupo Habitasul – JARS Ivo HeringCia. Hering – JASC Sérgio Roberto ArrudaSENAI-SC – JASC Fernando LucenaGrupo Friedman – JARJAldo Ramon Brito de AlmeidaRCL Gestão Empresarial e Consultoria – JABAAntoine Yousef TawilCDL Salvador – JABA Eduarda BuaizGrupo Buaiz – JAES Maely Guilherme Botelho CoelhoMaely Arte e Publicidade Ltda. – JAES Ulisses Tapajós NetoAção Investimentos – JAAM Ocimar MelloniMasa da Amazônia – JAAM Carlos Luciano Martins RibeiroNovo Mundo – JAGO Alessandra LouzaFlamboyant – JAGO Paulo PennacchiGrupo Pennacchi – JAPRRodrigo da Rocha LouresSistema Fiep – JAPRMarco Antônio de Araújo SilvaSupermercados Santa Lúcia – JAAP Jaime Domingues NunesDomestilar Ltda. – JAAP Gilberto BagaioloPricewaterhouseCoopers – JAPEPaulo SalesAcumuladores Moura S.A. – JAPE João Claudino Fernandes JúniorClaudino S.A. – JAPIFrancisco Valdeci de Sousa CavalcanteFecomércio/Sesc/Senac-PI – JAPIAristides de Azevedo NewtonANewton Franchising – JAMG

Eugênio Pacelli MattarLocaliza – JAMG Luiz Coelho de BritoL. B. Construções Ltda. – JARRTelmo Jeferson SchmitzFaculdade Estácio Atual – JARR Jaqueline de Souza AraújoCiga – JAAC Janete Ana Ribeiro VazLaboratório Sabin – JADF Marco Antônio Vieira da Silva Jr.Gerdau – JADF Fabrízio DuailibeAJE – MA – JAMAMarco MouraFIEMA – JAMA Luciano PiquetParaí – JAPB Renato de Oliveira BorgesGerdau – JAAL José Carlos Lyra de AndradeSESI – JAAL Geraldo Salatiel Andrade SilvaGerdau – JACE Igor Queiroz BarrosoGrupo Edson Queiroz – JACE Diego Cabral Ferreira da CostaBest Western Hotel da Costa – JASERobson Santos PereiraFERSEG – JASE Ivanildo Pereira de PontesFIEPA – JAPA Neuza YamadaY. Yamada S.A. – JAPACláudio George MendonçaSebrae/MS – JAMSJulião Flaves GaunaGráfica Pontual – JAMSRenato Del CistiaElétrica Serpal – JAMT Marco Aurélio HollatzConstrutora Salas Ltda.– JAMT José Gomes da SilvaGerdau – JARO Carlos A. Machado de FrançaCETENE – JARO Erich Matos RodriguesGrupo Pinheiro Rodrigues – JARNJoão Hélio Costa da Cunha Cavalcanti JuniorSebrae/RN – JARNCarlos Wagno Maciel MilhomemInstituto Brasil Empreendedor – JATOEmerson LustosaEvolução Consultoria Empresarial – JATO

Diretora SuperintendenteWilma Resende Araujo Santos

Auditoria ExternaPricewaterhouseCoopers

Coordenação, Produção Editorial e Redação: Vanessa Siviero – MTB RS 832844179 Revisão: Giovana Colle Cauduro Impressão: Gráfica Graphoset Tiragem: 10 mil exemplares

A Revista Fazendo a Diferença é uma publicação da Junior Achievement Brasil:Rua D. Pedro II, 861 – 10º andar Sala 1002 – 90550-142 Bairro Higienópolis Telefone: +55 51 3025 9900 Fax: +55 51 3025 9901 [email protected]

Page 5: Revista Fazendo a Diferença

Edição nº 10 - 2012

A Junior Achievement

Grandes Parcerias

União de Sucesso

Educação Financeira

2,6 milhões de jovens beneficiados

Empresas que enxergam longe

Grandes resultados

Estimulando finanças responsáveis

INSTITUCIONAL

PROJETOS NACIONAIS

PARCERIAS INSTITUCIONAIS

MUNDO DOS NEGÓCIOS

Editorial .....................................................................................................06Palavra dos Presidentes .........................................................................07Institucional...............................................................................................08 Filosofia, Visão, Missão, Valores e Objetivos........... ...........................09Programas da Junior Achievement ........................................................10Entrevista Especial.....................................................................................12Especial... ...................................................................................................16

Projeto Nacional Oi .................................................................................22Projeto Nacional HP ................................................................................28Projeto Nacional Ultragaz ......................................................................30Projeto Nacional KPMG ..........................................................................32Projeto Nacional Suzano .......................................................................34Projeto Nacional GE................................................................................36Projeto Nacional Coca-Cola ..................................................................37Projeto Nacional Caterpillar & Ancar Ivanhoe ....................................38Projeto Nacional JP Morgan ..................................................................39Projeto Nacional Valid .............................................................................40Projeto Nacional Cyrela .........................................................................43Projeto Nacional Neoris .........................................................................45

Planejamento Nacional de Comunicação ............................................18Projeto Gerdau .........................................................................................20Sebrae Nacional ......................................................................................33Projeto Especial CIEE-RS ......................................................................42Parcerias Institucionais...........................................................................44IBGEN ........................................................................................................45

Especial .....................................................................................................24Projeto Nacional Citi ...............................................................................26Projeto Nacional HSBC ...........................................................................31Projeto Nacional MasterCard .................................................................41

EspecialDesenvolvendo o empreendedorismo

ESPECIAL

Projeto Especial ........................................................................................74Nexa Nacional .........................................................................................75Tecnologia e Inovação..............................................................................78Encontros Nacionais ...............................................................................80Especial Marcas “Made in Brazil” .........................................................82Especial Projeto Pesquisa Nacional ......................................................84Internacional ..............................................................................................86Demonstrações Financeiras de 2010 e de 2011 ..................................87

MultiplicadoresEmpreendedorismo para transformar,cases dos 27 Estados

REDE JUNIOR ACHIEVEMENT

JASP .................. 47JARS .................. 48JASC .................. 49JARJ ................... 50JABA ................... 51JAES .................. 52JAAM.................. 53JAPR .................. 54JAGO.................. 55

JAPE................... 56JAMG ................. 57JAPI .................... 58JARR .................. 59JAAP .................. 60JAAC ...................61JAMA.................. 62JADF .................. 63JAPB .................. 64

JAAL ................... 65JACE .................. 66JASE .................. 67JATO ................... 68JAMS .................. 69JAMT .................. 70JAPA .................... 71JARO .................. 72JARN .................. 73

Page 6: Revista Fazendo a Diferença

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EDITORIAL

Estamos apresentando os resultados de um esforço com-partilhado entre empresários, escolas e voluntários, cons-

truído por todos mas, especialmente, pela dedicação e com-prometimento de uma grande equipe profissional que compõe a Junior Achievement em cada um dos Estados do Brasil. Somos um bloco executivo trabalhando para o melhor futuro do País, inspirando e preparando jovens, por natureza inquie-tos, e em permanente atitude de iniciativa e inovação.

A Junior Achievement detém uma metodologia que faz su-cesso em 120 países. São milhões de voluntários participan-do deste movimento de transformação, legando seu próprio conhecimento. O trabalho é suportado integralmente por em-presas investidoras que percebem, em nossos programas, ferramentas de formação de empreendedores, capazes de construir um futuro pleno de civilidade e respeito.

Editar esta Revista é expressar um imenso agradecimento a todos os envolvidos e fazer renovar a energia necessá-ria para tocar adiante, em busca de novas metas. É, tam-bém, aumentar nossa capacidade de captação de recursos,

motivando novos investidores a entrar neste movimento virtuoso. A Junior Achievement reafirma seu compromisso com o “Empreendedorismo para transformar” e coloca a força de sua equipe para alavancar o envolvimento de empresários, voluntários, escolas e jovens estudantes.

Leiam com carinho, procurando perceber o quanto já foi construído nos 27 Estados: empresas ampliando seu papel social, com suas marcas reconhecidas; voluntários de cora-ção aquecido, agregando valor a suas carreiras profissionais; escolas sentindo-se apoiadas e integradas à sociedade ao colocar, em seus currículos, programas tão relevantes na in-trodução ao mundo dos negócios e ao mercado de trabalho; e, finalmente, jovens mais qualificados e conscientes do seu potencial para comandar o seu caminho.

Fazer crescer este processo até que realmente cause sólido impacto na sociedade é o nosso objetivo maior. Trabalhare-mos muito para que, ao final deste ano, tenhamos o mesmo orgulho de nosso trabalho, com mais 500 mil jovens partici-pando dos nossos programas.

Wilma Resende Araujo SantosDiretora Superintendente

Junior Achievement Brasil

voluntários, esc

Leiam com caconstruído nossocial, com sução aquecido, aescolas sentindcolocar, em setrodução ao mue, finalmente, jopotencial para

Fazer crescer eimpacto na socmos muito paraorgulho de nospando dos nos

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PALAVRA DOS PRESIDENTES

É com grande prazer que, mais uma vez, me dirijo à comu-nidade empresarial da Junior Achievement no Brasil para uma saudação. É também, com enorme satisfação, que vejo nossos objetivos e ideais se fortalecerem e disseminarem através de nossas ações nos 27 Estados brasileiros. Hoje, somos parte da história de mais de 2 milhões de estudan-tes, acolhidos em milhares de escolas no território nacio-nal. Nossos resultados comprovam o valor do esforço de cada um, potencializado pela união e sinergia da Rede Junior Achievement Brasil.Porém, se nossa trajetória é motivo de justificado orgulho, ainda há muito trabalho a ser feito neste País continental. Empreendedorismo, educação financeira e preparação para o mercado de trabalho, os temas centrais de nosso trabalho, agregam valor a indivíduos e nações, pois têm o potencial de emancipar trajetórias direcionando-as para a autonomia e o desenvolvimento, seja ele individual ou coletivo. Com respei-to, valores, ética e responsabilidade socioambiental, atuando nas escolas e complementando a educação de tantos jovens brasileiros, estamos contribuindo para a formação de cida-dãos preparados para assumir desafios e responsabilidades em um futuro cada vez mais complexo. É fundamental, portanto, que todos estejam cientes da extre-ma importância do nosso trabalho, do valor de nossa missão, de uma atuação que busque não só crescente qualidade e eficiência, mas também a dedicação e o comprometimento em cada decisão, em cada ação, no dia a dia de nossas operações. Lembrem-se, quando existe orgulho e prazer de trabalhar em uma organização, os resultados são conse-quências, e os eventuais obstáculos serão superados mais facilmente.Por fim, agradeço o envolvimento de todos, registrando o meu muito obrigado aos voluntários, às escolas e a todas as empresas que acreditam no valor de nossos projetos e programas e nos legam seu inestimável apoio. E, a cada um dos colaboradores da Junior Achievement de todo o País, com o desejo de que perseverem e obtenham êxito em seus objetivos, reforçamos que o sucesso é a garantia de um futuro melhor, mais feliz e mais próspero.

André LoifermanPresidente do Conselho Diretor

Junior Achievement Brasil

Um dos compromissos mais importantes de qualquer na-ção é a formação de novos líderes comprometidos com o desenvolvimento sustentável e com os valores da de-mocracia. Cada vez mais, a harmonia entre os temas econômicos, sociais, ambientais e culturais estabelece uma nova dinâmica na sociedade. Portanto, acredito que para que um país prospere é preciso estimular o empre-endedorismo ao máximo. Afinal, o empreendedor é um dos principais agentes sociais de qualquer nação. Ao correr riscos, ele promove o desenvolvimento, benefi-ciando toda a sociedade. E é essa atitude que devemos praticar desde cedo.Nesse contexto, tenho certeza de que a Junior Achievement é uma oportunidade única para todos. Os programas de-senvolvidos pela associação permitem dar uma educação empreendedora e inovadora aos jovens, desde o início de sua formação, dentro das escolas. Além disso, pelo envolvimento de voluntários em suas atividades, cria-se um ciclo virtuoso de transferência de experiências e de solidariedade entre os envolvidos. Muitos profissionais declaram o seu entusiasmo em participarem como volun-tários nos programas, pois eles percebem a importância do reaprender e prestam um serviço para esses jovens, transmitindo seus talentos e suas experiências.Além disso, os pais de jovens que participam dos pro-gramas da Junior Achievement, seguidamente, destacam como os seus filhos mudaram a forma de ver o mun-do, passando a ter uma visão mais consistente sobre os valores sociais, o papel e o funcionamento da atividade empresarial e, principalmente, o significado de um planeta sustentável. Além disso, esses jovens passam a ter mais segurança sobre os seus objetivos pessoais e profissio-nais. De forma especial, tornaram-se cidadãos e consumi-dores mais conscientes, com um forte sentimento de per-tencimento a uma sociedade globalizada e interdependente.Estes são os motivos que me fazem admirar e me dedicar aos programas desenvolvidos pela Junior Achievement. Te-nho certeza de que estamos contribuindo com a formação de novos e grandes líderes para o nosso Brasil.

Jorge Gerdau JohannpeterPresidente do Conselho Consultivo

Junior Achievement Brasil

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Fundada em 1919, nos Estados Unidos, a Junior Achievement é

a maior e mais antiga organização de educação prática em negócios, economia e empreendedorismo do mundo. Atualmente, está presente em 120 países, beneficiando 10 milhões de jovens ao ano. No Brasil, pos-sui unidades em todos os Estados e no Distrito Federal, com a atua-ção de 100 mil voluntários, conso-lidando a formação de uma cultura

Institucionalempreendedora dentro de uma pers-pectiva ética e responsável, já tendo atingido a marca de 2,6 milhões de alunos.Trata-se de uma associação educativa sem fins lucrativos, mantida pela inicia-tiva privada, cujo objetivo é despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na escola, estimulando o seu de-senvolvimento pessoal, proporcionando uma visão clara do mundo dos negó-cios e facilitando o acesso ao mercado de trabalho.

As atividades da Junior Achievement se desenvolvem através de progra-mas educativos aplicados junto aos estudantes, em parcerias com esco-las públicas e privadas, e com volun-tários dispostos a compartilhar suas experiências e conhecimentos. O sucesso da Junior Achievement é resultado da sinergia e da dedi-cação de todas as partes envolvi-das: empresas, escolas e alunos, tendo como principal vínculo os voluntários.

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FILOSOFIAA vida é um caminho, não um destino, e você é o arquiteto do seu caminho.

VISÃOConsolidar a cultura empreendedora, formando uma geração de lideranças nas áreas empresarial, educacional, social e política.

MISSÃODespertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na escola, e proporcionar uma visão clara do mundo dos negó-cios.

VALORESHonestidadeÉticaPerseverançaRespeitoSustentabilidadeCoragemSensibilidade

OBJETIVOSQUE OS JOVENS COMPREENDAMO valor da perseverançaA importância de objetivos clarosA necessidade de assumir riscosO compromisso com a sustentabilidadeQue a riqueza se criaQue a honestidade rende dividendosQue nós fazemos acontecer

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PROGRAMAS DA JUNIOR ACHIEVEMENT

Nossa Comunidade: examina as responsabilidades e oportunidades disponíveis para as pessoas, forne-cendo informações práticas sobre as empresas e as ocupações possíveis de serem encontradas dentro de uma comunidade.

Nosso Planeta, Nossa Casa: conscien-tiza os jovens sobre a importância do de-senvolvimento sustentável e do consumo consciente. Através de atividades aplica-das pelo voluntário ou pelo professor, em sala de aula, os alunos aprendem sobre a importância da preservação do meio am-biente e sobre seu compromisso com a responsabilidade socioambiental.

Introdução ao Mundo dos Negó-cios: apresenta aos jovens noções sobre economia de mercado e as funções básicas de uma empresa, além de possibilitar que os alunos desenvolvam um plano de carreira.

As Vantagens de Permanecer na Es-cola: mostra aos alunos a importância de continuar estudando, integrando conceitos de empregabilidade, educação e qualifica-ção.

Empresa em Ação: estimula os jovens a entender as principais características do sistema econômico e sua influência nos negócios. Também mostra as respon-sabilidades sociais de um negócio e o papel do governo na economia.

Nossos Recursos: os alunos reali-zam um empreendimento econômico que contempla a geração de riqueza e a preservação dos recursos humanos, naturais e de capital.

Mais Do Que Dinheiro: os alunos são encorajados a utilizar alternativas inovadoras de aprendizado sobre plane-jamento financeiro, enquanto exploram e aumentam suas aspirações profissionais.

Economia Pessoal: estimula os jovens a descobrir seu potencial e a explorar opções de carreira, como conseguir um emprego e o valor da educação.

Nosso Mundo: apresenta os as-pectos fundamentais do comércio in-ternacional, visualizando o papel das trocas internacionais.

Nossa Região: leva os jovens a re-fletir sobre os recursos necessários para os negócios e sobre o planeja-mento de negócios baseado em re-cursos.

Ensino

Funda

menta

l

Aprender a Empreender no Meio Am-biente: desenvolve nos alunos a cons-ciência sobre seu relacionamento com o meio ambiente e gera, desta forma, agentes de mudança com uma atitude de participação ativa e de compromisso com sua comunidade e seu entorno.

Empreendedores Climáticos: desen-volve nos alunos o entendimento sobre as mudanças climáticas, que têm origem a partir das ações dos seres humanos. O objetivo é inspirar responsabilidade e cooperação, ambas necessárias para impulsionar hábitos de desenvolvimento sustentável.

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Torneio de Decisões Empresariais: familia-riza os alunos com educa-ção financeira, concorrên-cia, tomada de decisões e trabalho em equipe, estimu-lando o desenvolvimento de estratégias vencedoras.

Globe – Global Lear-ning of the Business Enterprise: os estu-dantes constituem uma empresa, através da qual irão importar e exportar produtos para um grupo de jovens de outro país.

Mercado Internacional: fornece informações prá-ticas sobre os aspectos--chave da economia glo-bal, o que move o comér-cio internacional e como o comércio influencia o dia a dia das pessoas.

Vamos Falar de Ética: leva aos jovens reflexões sobre uma conduta ética em suas vidas profissio-nal e pessoal, contribuin-do para a compreensão de seu papel como cida-dãos.

Mese - Management and Economics Simulation Exercise: jogo que pos-sibilita aos jovens operar suas próprias empresas em um ambiente que reproduz o mercado de negócios.

Bancos em Ação: en-sina os princípios do se-tor bancário e apresenta os desafios de adminis-trar um banco em condi-ções competitivas.

Ensino

Médi

o

Miniempresa: proporciona uma ex-periência prática em negócios através da organização e da operação de uma empresa.O Programa é acompanhado por qua-tro profissionais voluntários das áre-as de Marketing, Finanças, Recursos Humanos e Produção.

Habilidades para o Sucesso: atende os alunos do Ensino Médio proporcionando aulas envolventes, academicamente enri-quecedoras e práticas de preparação para o mercado de trabalho e perspectivas de carreiras. São sete encontros conduzidos por um voluntário do mundo empresarial. Os principais objetivos de cada aula mostram as habilidades e o conhecimento que os alunos irão adquirir ao longo do Programa.

Nexa – Núcleo de Ex-Achievers: man-tém o vínculo dos ex-achievers com a Junior Achievement e com o empresaria-do, possibilitando desenvolvimento e cres-cimento pessoal e oportunizando novas experiências, informações e contatos que podem servir como base para a futura vida profissional dos jovens.

Atitude Pelo Planeta: apresenta e desenvolve conceitos relacionados ao desenvolvimento sustentável e à sus-tentabilidade; fornece condições para que os participantes possam refletir criticamente sobre os problemas so-cioambientais contemporâneos.

Liderança Comunitá-ria: ajuda os estudantes a desenvolver conheci-mentos e aptidões que lhes permitam destacar--se em suas comuni-dades. Apresenta con-ceitos do terceiro setor, de projetos sociais e de liderança.

Empresário-Sombra Por Um Dia: proporciona aos jovens a oportuni-dade de conhecer o dia a dia de um empresário. Durante um dia, estu-dantes acompanham os passos de um empresá-rio ou executivo na sua jornada de trabalho.

Finanças Pessoais: introduz a importância de tomar sábias decisões financeiras. Demonstra o valor do planejamento, o estabelecimento de me-tas e a importância de tomar decisões dentro do contexto das finanças pessoais.

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ENTREVISTA ESPECIAL

Tecnologia e inovação a serviço da educaçãoA tecnologia e a inovação são realidades que fazem parte do desenvolvimento de toda a sociedade. Estão presentes no dia a dia das famílias, na produção industrial, nos serviços e no comércio em geral. Educação, tecnologia e inovação são uma aliança necessária para criar uma transformação na sociedade. Para falar sobre este assunto, a Fazendo a Diferença foi buscar a palavra de dois especialistas, o Diretor-Presidente do Instituto 3M de Inovação Social, Marcelo Tambascia e o Presidente da HP no Brasil, Oscar Clarke. Confira, nas próximas páginas, o que eles dizem sobre o assunto

Oscar Clarke assumiu a presidência da HP Brasil no dia 3 de maio de 2011. Como ocupante do cargo, responde também pela Direção Geral da Divisão Enterprise Business Brasil, tendo sob sua responsabilidade a operação da área, relacionamentos estratégicos e o desenvolvimento de negócios. Clarke preside também o board de líderes da HP Brasil, alinhando as atividades das áreas de negócios da empresa. Seu objetivo principal será o de ampliar a liderança da HP no setor de TI do Brasil, e mantê-la nesse posto

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Fazendo a Diferença - Sabemos que tecnologia é um conceito bastante amplo, então seria interessante co-nhecer, genericamente, a sua defini-ção de tecnologia e qual é o valor percebido da tecnologia, para você ou para sua empresa.Marcelo Tambascia - Para a 3M, falar de tecnologia é falar de nossa existên-cia, é falar de nosso Core Business. Por mais de 100 anos a empresa vem atuando num modelo de desenvolvi-mento tecnológico aplicado em novos produtos. A percepção da tecnologia é aquela percebida pelo consumidor, em qualquer nível, que nota que o conheci-mento científico foi aplicado para trazer uma funcionalidade de valor para ele, ou seja, trazer uma solução para seus problemas. Muitas vezes, esses proble-mas podem até não terem sido ainda articulados, eles podem não terem sido percebidos. Quem poderia falar alguns anos atrás que queria usar um Post-it? Nem se imaginava numa facilidade dessas para a comunicação. Ou ago-ra, imagine-se na década passada, você poderia dizer naquele tempo que queria um tablet? Você nem sabia que ele existiria, e tem gente hoje que não vive sem ele. Esse é o papel da empre-sa líder em inovação no mercado em que atua. Tem que perceber, articular, desenvolver e colocar no mercado os produtos que trazem essas funcionali-dades, às vezes, nem percebidas.Oscar Clarke - Tecnologia para mim é um conceito bastante simples, que se resume em facilitar e melhorar a vida das pessoas, encurtar distâncias e possibilitar que pessoas do mundo todo possam se comunicar, trocar conheci-mento e experiências, a qualquer mo-mento. Na HP, um dos pilares de nossa estratégia de negócio está relacionado justamente à conectividade, ou seja, possibilitar que um número cada vez maior de clientes, pequenas, médias e grandes empresas criem, digitalizem, transformem e consumam informações seguras, a qualquer momento e em qualquer lugar.Fazendo a Diferença - Vivemos em uma época em que a evolução é in-tensa e constante. Qual foi a novida-de tecnológica que mais lhe impres-sionou nos últimos anos, e por quê?Marcelo Tambascia - Aqui as opções são muitas, desde novos medicamen-

tos, vacinas, antibióticos e terapia com células tronco até semicondutores. Mas para mim a grande revolução, e que, de certa maneira, apoia todas as demais é a internet. Esse meio de comunicação, tão veloz e abrangente, trouxe um novo estilo mental e colaborativo, antes nun-ca pensado.Oscar Clarke - Sem dúvida, temos acompanhado uma série de evoluções que revolucionaram e mudaram a forma das pessoas interagirem, se comporta-rem e fazerem negócio. Mas em minha opinião, destacaria o Cloud Computing. Essa tecnologia, que ainda está passan-do por um processo de amadurecimento e cuja adoção crescerá muito nos próxi-

tica da inovação. Se considerarmos que inovação é a tecnologia desenvolvida e aplicada em algum conceito que gere riqueza, nota-se claramente que o em-preendedorismo é que o faz o profissio-nal, no caso o empreendedor, enfrentar e superar os desafios que certamente virão. A importância fica clara quando vemos casos como do Steve Jobs que, de posse da tecnologia, e também com o aprimoramento dela, chegou a produ-tos revolucionários e de grande impacto na vida moderna.Oscar Clarke - Diria que o papel do empreendedor para a inovação tecno-lógica é fundamental e esse é um tema muito incentivado pela HP. Só para ci-tar um exemplo de como incentivamos essa questão, realizamos atualmente um projeto global chamado HP Catalyst. O objetivo dessa ação é transformar o ensino e a aprendizagem das áreas de ciências, tecnologia, engenharia e ma-temática, e incentivar os estudantes a utilizarem seu talento técnico e criati-vo para lidar com desafios sociais em suas comunidades e ao redor do mun-do. A HP funciona como um catalisador para as inovações que beneficiam o desempenho dos alunos, reunindo or-ganizações que trabalham de maneira independente, para criar uma rede glo-bal de consórcios.

Fazendo a Diferença - Como fomen-tar um ambiente educacional propí-cio à inovação, que traga a tecnolo-gia para o cotidiano da escola e do aluno?Marcelo Tambascia - O que podemos fazer nas escolas, além do ensino das disciplinas mais clássicas ligadas às ciências, é desenvolver um novo mo-delo mental que busque o empreende-dorismo. Um modelo que traga o desejo da sustentabilidade pessoal fundamen-tada no desafio do status quo e na busca de soluções não convencionais. No Instituto 3M de Inovação Social te-mos esse objetivo e já temos alguns projetos em curso para levarmos esse desafio às escolas públicas.Oscar Clarke - Um caminho que tem se revelado bastante eficaz são os projetos conjuntos realizados entre empresas e instituições educacionais. É uma forma de compartilharmos conhe-cimentos, experiências e fomentarmos a inovação entre os alunos. Ao trazer

mos anos, mudou o conceito de armaze-namento de dados, veio para quebrar pa-radigmas (tanto dos fornecedores quanto dos consumidores), tem trazido uma sé-rie de desafios (principalmente no que se refere à segurança da informação) e é um caminho sem volta e fundamental para a continuidade dos negócios.

Fazendo a Diferença - De que forma, em sua opinião, empreendedorismo e tecnologia se relacionam? Qual a importância do empreendedor para a inovação tecnológica, e vice-versa?Marcelo Tambascia - Tecnologia e em-preendedorismo se relacionam na prá-

Tecnologia para mim é um conceito bastante

simples, que se resume em facilitar e melhorar a

vida das pessoas, encurtar distâncias e possibilitar que

pessoas do mundo todo possam se comunicar, trocar

conhecimento e experiências, a qualquer momento.

Oscar Clarke Presidente da HP no Brasil

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safiada, com métricas claras e motiva-doras. Nesse ambiente, também deve se promover o trabalho colaborativo, pois na diversidade de equipes pode-mos encontrar soluções “fora da cai-xa”. O jovem profissional que chega às empresas, seja por programas de aprendizagem, estágio ou até trainee, se encaixa muito bem nesse mode-lo, pois ele está ávido por desafios e aberto a novas experiências práticas, já que tem uma bagagem teórica bem recente consigo.Oscar Clarke - Não existe uma res-posta fácil para esta pergunta. Em mi-nha experiência, sei que é muito impor-tante engajar estes jovens profissionais e possibilitar que eles participem de ações relacionadas à inovação. Entre-tanto, o modelo mais bem-sucedido é aquele que considera a experiência e o contexto de cada jovem valorizando sua participação no processo por meio da interatividade.

Fazendo a Diferença - Como as empresas de tecnologia e inova-ção enxergam o seu papel na so-ciedade atualmente? Qual o perfil ideal de profissional para este segmento?Marcelo Tambascia - O papel das empresas não é só buscar o desenvol-vimento tecnológico e o crescimento comercial nos mercados onde atuam, é também promover a riqueza em toda a cadeia de suprimento, incluindo o clien-te final. Sem nunca se esquecer da res-ponsabilidade socioambiental. O perfil ideal é do profissional cientificamente curioso, aquele que não se conforma com o estágio atual do conhecimento, que tem a iniciativa de mudar esta situ-ação, buscando soluções para desafios que temos.Oscar Clarke - Na verdade, essa res-posta vale não só para as empresas de tecnologia, mas para todas as organi-zações. Em minha avaliação, as gran-des corporações estão cada vez mais conscientes do seu papel na sociedade e da importância de participarem ativa-mente da construção de uma sociedade melhor, no lugar de delegarem esta fun-ção apenas para os governos. Na visão da HP, hoje, as grandes empresas estão em uma posição especial para desem-penhar funções muito maiores, no sen-tido de impulsionar mudanças sociais nunca vistas.

O papel das empresas é não só buscar o desenvolvimento

tecnológico e o seu crescimento comercial nos

mercados onde atuam, como também promover a riqueza em

toda a cadeia de suprimento, incluindo o cliente final, nunca

se esquecendo da responsabilidade

socioambiental.Marcelo Tambascia - Diretor-Presidente do Instituto 3M de

Inovação Social

a Academia para mais perto do merca-do, criamos um ciclo virtuoso que tanto valoriza o pesquisador, quanto agrega valor às instituições.

Fazendo a Diferença - Como esti-mular a aprendizagem e a inovação tecnológica no ambiente de trabalho, sob a forma de ferramentas, proces-sos ou tecnologias empreendedo-ras, abrindo novas perspectivas de atuação e de inserção para jovens profissionais?Marcelo Tambascia - No ambiente de trabalho, temos diversas métricas para serem atendidas e precisamos saber equilibrar as estratégias de curto pra-zo e aquelas de médio e longo prazo. Uma estratégia de curto prazo garante o resultado do dia a dia e o retorno financeiro que pode ser aplicado na estratégia de longo prazo, sendo esta última a que dará sustentabilidade às empresas. Entendo que inovação pode estar inserida nas duas estratégias e, para isso, precisamos ter a equipe de-

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Fazendo a Diferença - É possível conciliar desenvolvimento tecnoló-gico e sustentabilidade?Marcelo Tambascia - Como promover a inovação tecnológica com justiça so-cial, proteção ao meio ambiente e cres-cimento econômico simultaneamente? É totalmente viável, e praticamos isso há um bom tempo. Na década de 70, a 3M lançou um programa, que nos nor-teia até hoje, chamado de 3P - Pollution Prevention Pays. Este programa volun-tário direciona para a eliminação de di-versos insumos potencialmente nocivos ao meio ambiente. A prática tem dado tão certo que, como diz o nome, ela se paga. Os investimentos nessa área sempre trazem novos processos indus-triais mais competitivos. O mesmo se aplica ao desenvolvimento social, que é o compromisso do Instituto que temos na 3M, trazendo novas tecnologias so-ciais com foco no desenvolvimento das comunidades onde atuamos.Oscar Clarke - Eu diria que é essen-cial. Essas duas vertentes precisam caminhar juntas. Aqui na HP, especi-ficamente, temos uma preocupação muito grande em ter o tema sustenta-bilidade em cada uma de nossas ações e nossas políticas nesse sentido são bastante rigorosas. Isso inclui desde a escolha dos nossos fornecedores (que precisam ser, necessariamente, res-ponsáveis ecologicamente falando) e das matérias-primas que serão utiliza-das em nossos equipamentos, inves-timentos focados no desenvolvimento de design sustentável para nossos pro-dutos, ações relacionadas à coleta de equipamentos obsoletos, reciclagem desses materiais e reinserção dessas matérias-primas. Cada vez mais as empresas terão o desafio de equilibrar o trinômio “pessoas, meio ambiente e lucratividade” e só se destacarão nes-se novo cenário aquelas que efetiva-mente conseguirem contemplar esses três importantes pilares.

Fazendo a Diferença - Como, em sua opinião, empresas, universidades e governo podem trabalhar juntos em prol de um melhor sistema nacional de inovação?Marcelo Tambascia - Já vi diversos movimentos na busca equilibrada des-te modelo e creio que esse é mesmo o caminho. Se você considerar que o papel da pesquisa na universidade é o de desenvolver o conhecimento, e o da

indústria aplicar esse conhecimento e traduzi-lo em produtos inovadores e que facilitam a vida da sociedade, pre-cisamos do governo para desenvolver marcos regulatórios e mecanismos de fomento à pesquisa, de uma maneira que venha impactar a sociedade como um todo. Ou seja, se cada um fizer a sua parte, o ciclo se completa. Além disso, há possibilidades diversas de parcerias que podem acelerar esse movimento e trazer resultados mais rapidamente.Oscar Clarke - Cada vez mais vive-mos num ecossistema no qual todas as peças estão conectadas e depen-dem umas das outras. Sendo assim, minha avaliação é que criar um melhor sistema nacional de inovação realmen-te depende de uma ação conjunta, na qual todos atuem com o mesmo ob-jetivo e caminhem na mesma direção. Nesse contexto, a missão do governo é investir em medidas que facilitem e incentivem o investimento de empre-sas no País, tratando o tema como prioridade; as universidades precisam estar alinhadas com as novas deman-das do mercado e precisam funcionar como fomentadoras de novas ideias e as empresas privadas, por sua vez,

também devem atuar em parceria com essas universidades, ajudando a fo-mentar a inovação entre os alunos.

Marcelo L. Tambascia é Engenheiro Químico formado pela Unicamp, com curso de extensão em Gerenciamento da Inovação Tecnológica, também pela Unicamp. Atua na 3M desde 1981, passando por diversas funções em Manufatura, Desenvolvimento de Produtos, Gerência de Tecnologia e, hoje, é Gerente do Grupo Técnico para o Mercado Industrial. Atua como Diretor-Presidente do Instituto 3M de Inovação Social desde 2009

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ESPECIAL

Fazendo a Diferença - Fale sobre sua trajetória: as principais conquistas e dificuldades enfrentadas ao longo de sua carreira. Francisco Valim - No princípio, eu queria ser professor. Fazia Engenharia, curso no qual só se discutia resistên-cia de materiais, física, cálculo, geolo-gia, topologia e não havia administração de gente. Acabei migrando para o curso de Administração de Empresas, no qual encontrei uma professora, chamada Car-mem Handel, que me serviu de mentora para a transição e comecei um mestrado acadêmico. A partir dali, acabei entrando no mundo empresarial por acidente, e tive uma ascensão de carreira vitoriosa. Mas o momento em que vi a luz nesse aspecto profissional foi quando encontrei alguém bem mais sênior, que me mostrou as possibilidades. Até aquele momento, eu não tinha clareza do que podia fazer e ter um mentor foi fundamental para en-xergar o mundo de outra forma. Apesar de o conhecimento estar disponível, é essencial essa função do mentor – que os pais até tentam fazer, mas às vezes deve ser alguém que consiga “dar um clique”. Hoje, é preciso tomar decisões muito cedo e quanto mais cedo o jo-vem encontrar uma pessoa que o ajude a “sair da névoa”, melhor. Isso para mim foi um momento importante, que definiu toda a minha carreira, a importância de estudar, de fazer cursos, de se aperfei-çoar e de evoluir. Durante um bom tempo você tem que botar ferramentas na caixa antes de começar a achar que sabe tudo. Até um ponto em que fica mais maduro na carreira, e começa a andar com as próprias pernas.

Fazendo a Diferença - Quais os principais desafios dos jovens em-preendedores, considerando a glo-balização?Francisco Valim - Hoje, vivemos em

Perfil EmpreendedorFrancisco Valim, CEO da Oi, fala sobre sua trajetória empreendedora, abordando temas importantes como tecnologia, sustentabilidade e globalização

um mundo sem fronteiras, mas a prin-cipal barreira que permanece é a lín-gua. A tecnologia consegue aproximar as pessoas a tal ponto, em qualquer lugar do mundo, que a qualquer mo-mento você pode saber o que está acontecendo – tanto remota quanto presencialmente. As distâncias, apesar de permanecerem as mesmas, foram encurtadas em relação ao tempo, que se despende para percorrê-las. No en-tanto, a língua permanece como uma barreira – e, em adição à língua, tam-bém a cultura, que é um aspecto muito importante neste modelo de globaliza-ção – e é, muitas vezes, motivo de fra-casso em diversas culturas de empre-sas. As culturas de países também se sobrepõem a das empresas em grande parte dos casos. O principal desafio dos jovens é entender que dificilmente se consegue aprender tanto uma lín-gua quanto a diversidade cultural de um país em livros. Isso requer uma vivência. A limitação a uma só língua, seja ela mais ou menos falada, não funciona. É importante entender tam-bém que não é suficiente ser capaz somente de se comunicar. É preciso

ser fluente. É preciso estar preparado não só para interagir em um idioma, mas também entender tudo o que está acontecendo, já que a língua tem co-notações culturais importantes.

Fazendo a Diferença - Como po-demos conscientizar os jovens da importância de se tornarem agentes de transformação, garantindo a sus-tentabilidade do planeta?Francisco Valim - Acredito que os jo-vens já têm sido agentes de transfor-mação. O conceito de sustentabilidade ainda é pouco explorado e conhecido. A noção que ainda se tem de sustentabili-dade é baseada no conceito do “green” (“verde”). Mas a sustentabilidade extra-pola isso, porque foca, além do ambien-te, também na empresa e na sociedade, que devem ser sustentáveis. Entender essas diversas frentes é absolutamente preponderante para que seja possível termos um mundo sustentável – não só sob a ótica do “verde”, mas sob a ótica da igualdade do tratamento, da valori-zação das pessoas, do reconhecimento do bom trabalho, de evitar trabalho es-cravo e infantil e de prestar dignidade.

Para Francisco Valim, o jovem empreendedor precisa ter muita vontade, persistência e arranjar fontes alternativas de capital

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Para mim, o coeficiente de sustentabili-dade, que possui todas essas variáveis e vetores, é medido pelo valor da vida humana. O principal indicador de sus-tentabilidade é saber quanto vale uma vida humana – o valor presente, o va-lor futuro e as formas pelas quais essa vida humana é preservada.

Fazendo a Diferença - De que manei-ra é possível fomentar um ambiente educacional propício à inovação, que traga a tecnologia para o cotidiano da escola e do aluno?Francisco Valim - Acho que as esco-las têm que passar por uma mudança radical. A internet é um catalisador im-portante do processo educacional. O ambiente de educação precisa se ade-quar e tornar-se efetivamente interativo, como a vida é hoje. Essa mudança pas-sa pela discussão sobre a forma como entendemos, atualmente, o aprendizado e a aquisição de conhecimento. Tenho percebido que a internet, apesar de ser algo que conecta todo o mundo, acaba trazendo uma visão muito superficial das coisas, sem muita profundidade. Nela, conseguimos ver tudo – mas ve-mos a casca de tudo. Esta é uma evo-lução que precisamos aprender a usar para podermos chegar à essência das coisas, e assim poder discutir essa es-sência trocando experiências e promo-vendo o debate. Atualmente, nada im-pede um jovem de participar ativamente em uma classe, morando e estudando no Brasil e, ao mesmo tempo, fazer um intercâmbio com alguém na Rússia, falando outra língua, discutindo aspec-tos culturais e problemas sociais. Se na minha faculdade cursei “Estudo de problemas brasileiros”, hoje é possível pensar no “Estudo de problemas das Américas”, ou “Estudo de problemas da Europa” – e toda a gama de assuntos que poderíamos estar discutindo com as pessoas diretamente envolvidas, que participam desses processos. As pare-des foram quebradas. Com tecnologia completamente possível e a custo bai-xíssimo ou zero é possível criar esses ambientes e gerar essas trocas. Hoje, ainda vejo pouco disso acontecendo. O intercâmbio ainda acaba representando a maior parcela desse processo, en-quanto poderíamos fazer isso de forma muito pouco cara e permitir que isso

pudesse acontecer de forma mais in-tegrada.

Fazendo a Diferença – Como as universidades e Governo podem tra-balhar juntos em prol de um melhor sistema nacional de inovação? Francisco Valim - No Brasil, a ino-vação ainda é um item de importação. As empresas e as universidades ain-da têm um vínculo muito pequeno e pouco claro no processo de inovação. Há uma distância muito grande entre a academia e a empresa – em outros países, isso já evoluiu bastante. O País, em minha opinião, fomenta a pesquisa através de programas como Capes e CPqD, mas ainda não está próximo o suficiente da empresa para gerar inova-ção. A China, por exemplo, fez isso de uma forma brilhante: pulverizou gente em todo o mundo, em áreas que acha-va importantes e interessantes. Depois, repatriou essas pessoas e investiu em suas carreiras. O país, que há poucos anos tinha vantagem competitiva exclu-sivamente por ter mão de obra barata, transformou-se, também, em pólo de tecnologia. O melhor exemplo foram as últimas Olimpíadas. A China foi o país com mais medalhas de ouro, su-perando, pela primeira vez, os Estados Unidos neste critério. Como alcançaram isso? Exportando gente, aprendendo nos principais pólos e repatriando esse conhecimento e essa capacitação. Esse é o desafio que o Brasil precisa enca-rar. É preciso fazer isso e só o governo é capaz de coordenar esse processo. As universidades e as empresas não

têm este alcance e amplitude. O Gover-no poderia definir áreas e investir neste desenvolvimento, não necessariamente pedindo dinheiro, mas dando o foco, criar os pólos de volta, em parceria com as empresas e universidades, para que possamos absorver mais conheci-mento e desenvolver mais tecnologia no Brasil. O Brasil ainda é um país ex-trativista, e não um país transformador e agregador de tecnologia. Ainda esta-mos em um modelo de exportação mui-to básico e precisamos agregar valor a ele – em um mundo que vai ficar cada vez mais competitivo para modelos de valor agregado.

Fazendo a Diferença - Que conse-lhos você daria aos jovens que cor-rem atrás de seus sonhos e querem iniciar um negócio?Francisco Valim - É preciso ter muita vontade, persistência e arranjar fontes alternativas de capital. É muito bom ex-perimentar a oportunidade do empreen-dedorismo desde cedo. Começar peque-no, fazer uma experiência aqui, aprender com defeitos ali. A internet é um desin-termediador e um potencial alavancador. É preciso acreditar muito. Como sabemos que um ou dois empreendedores – em cada dez – dão certo no processo de inovação, é preciso criar uma rede de segurança para garantir que estes ou-tros oito não fiquem em uma situação muito pior do que estavam antes de co-meçar. Acho que é justamente isso que incentiva o empreendedorismo, o novo negócio. No Brasil, ainda há muitas difi-culdades para um empreendedor iniciar seu negócio. Elas vão desde a formaliza-ção e burocratização do processo inicial, a impressionante burocracia para operar uma empresa, a quase impossibilidade de fechá-la e a pouca capacidade de financiamento. O ônus na arrancada é muito forte e o potencial risco é des-proporcional, até porque tudo é feito com capital próprio e o empreendedor precisa se descapitalizar muito. Há um desincentivo massificado com relação ao empreendedorismo, o que o dificulta por definição, e torna árduo para o jovem ou para qualquer pessoa o início de um empreendimento. Se isso fosse simplifi-cado, teríamos muitas oportunidades de empreender – dadas as características do brasileiro e da indústria do País.

O principal indicador de sustentabilidade é saber

quanto vale uma vida humana – o valor presente, o valor futuro e as formas pelas quais essa vida humana é preservada.Francisco Valim CEO da Oi

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Ampliar o reconhecimento e a visi-bilidade da Junior Achievement na

sociedade brasileira, possibilitando o crescimento no número de estudantes beneficiados no País. Foi com esse objetivo que a Junior Achievement buscou, em 2010, a realização de um amplo e profundo planejamento de comunicação. O trabalho foi realizado por um dos mais tradicionais grupos mundiais de comunicação, Ogilvy &

Mather. A O&M trabalhou como nossa agência parceira. A partir da observação da Reunião de Conselho da Junior Achievement e de briefing recebido da Superintendente da Junior Achievement Brasil, Wilma Resende Araujo Santos, a equipe de planejamento da Ogilvy, coordena-da pelo Vice-Presidente Luiz Augusto Cama, foi em busca de informações im-portantes sobre o Terceiro Setor no País

e os segmentos de interesse da Junior Achievement. Promoveu uma sondagem direta, qualitativa, com 50 empresas dos mais variados portes nos principais centros brasileiros, conversando com presidentes, diretores e responsáveis pelo setor de responsabilidade social. Para complementar o estudo, foram analisados os programas aplicados, a operação e informações das 27 unida-des estaduais do País, e feitas entre-

Junior Achievement lança novo posicionamento estratégico„Empreendedorismo para transformar‰ é, a partir de agora, a bandeira posicionadora da Junior Achievement nos 27 Estados do País

PLANEJAMENTO NACIONAL DE COMUNICAÇÃO

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A Junior Achievement é uma associação de empresários,

não governamental, que transforma jovens em empreendedores, para

transformar o País, na via da sustentabilidade

vistas com os dirigentes nacionais e locais.A partir de um conjunto de conclusões estratégicas, a Ogilvy partiu para o desenvolvimento de uma série abran-gente de recomendações – a primeira e principal a que tem como objetivo reposicionar a Junior Achievement com base no mais relevante de seus valores.Conforme a análise conclusiva da agência, a Junior Achievement propi-cia um ciclo que transforma, no qual todos os envolvidos se desenvolvem, afetam-se mutuamente, crescem e fa-zem crescer o ambiente e a socieda-de. O trabalho da Junior Achievement não somente transformará a vida dos jovens e impactará escolas e merca-do, mas – muito mais do que isso, si-multaneamente e em sequência - tam-bém oferecerá às empresas a oportu-nidade de receber cidadãos melhores e de desenvolver seus colaboradores através da atuação voluntária. Estes colaboradores se transformarão em pessoas melhores; para si próprios, para a empresa e para a comunidade. Completando este ciclo virtuoso, os jovens que passaram pelos programas serão agentes de transformação para toda a sociedade, para o País. Esta é uma notável base estratégi-ca exclusiva da Junior Achievement. Segundo a Ogilvy, com aprovação dos executivos e conselheiros da instituição, é preciso posicionar a Junior Achievement a partir deste valor de transformação que a diferen-cia, que torna palpável o seu trabalho e que fará as pessoas melhor perce-berem e acreditarem nos benefícios que ela entrega para a sociedade.Na trajetória do estudo de reposicio-namento, a Ogilvy também relembrou as opiniões do empresariado sobre o empreendedorismo e sobre a necessi-dade da atitude empreendedora para a

nação. “O que é ser um empreendedor para empresários?”, foi um dos ques-tionamentos levantados pela agência. E as conclusões foram:• O empreendedor é um agente de transformação.

• A Junior Achievement cria empre-endedores, desde jovens.

é uma associação de empresários, não governamental, que transforma jovens em empreendedores, para transformar o País, na via da sus-tentabilidade”.A proposta da Junior Achievement, se-gundo a agência, está em acordo com as necessidades reconhecidas pelo mercado, numa posição ao mesmo tempo realista e visionária. Isto torna sua promessa palpável e influenciado-ra no cotidiano daqueles que a expe-rimentam e transformam o ambiente e a sociedade. Dentro das recomendações, foi criado o tema que expressa o posicionamento: “Empreendedorismo para trans-formar”. J á a p r ovado e a do t a do p e l a Junior Achievement, está sendo incluí-do em todos os materiais institucionais da Associação. Será, também, tema de uma campanha nacional voltada para empresários e voluntários, criada pela Ogilvy. Para o lançamento desta cam-panha serão firmadas parcerias com veículos de comunicação em todo o Brasil.

• Eles vão transformar, para melhor, a empresa, a sociedade, o País.

Assim, o estudo concluiu que o traba-lho da Junior Achievement tem como essência “empreender” e “transfor-mar” e conceituou o seguinte posi-cionamento: “A Junior Achievement

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O voluntariado que faz a diferença

A expectativa é envolver 500 voluntáriosda Gerdau em 2012, beneficiando

15 mil alunos nos 27 Estados

Completando 18 anos em 2012, a parceria entre a Gerdau e a

Junior Achievement vem beneficiando jovens brasileiros através da participação dos colaboradores voluntários da empre-sa. Em 2011, a parceria foi desenvolvida em 26 Estados, através de programas com foco em empreendedorismo, pre-paração para o mercado de trabalho e combate à evasão escolar. A meta, em 2012, é envolver 500 voluntários e bene-ficiar 15 mil estudantes nos 27 Estados, através dos Programas Nosso Planeta, Nossa Casa, Introdução ao Mundo dos Negócios, As Vantagens de Permanecer na Escola, Vamos Falar de Ética, Miniem-presa e Empresário-Sombra Por Um Dia.Os colaboradores da Gerdau são moti-vados a participarem das iniciativas da Junior Achievement através do Instituto Gerdau, que é responsável pelas políti-cas e diretrizes da empresa na área de responsabilidade social e coordena o Programa Voluntário Gerdau.“A Gerdau tem como uma de suas po-líticas sociais o incentivo, a capacita-ção e o reconhecimento da atividade voluntária na sociedade. No que diz respeito aos seus colaboradores, isso é realizado de forma especial por meio do Programa Voluntário Gerdau”, afirma José Paulo Soares Martins, Diretor do Instituto Gerdau.

“Acredito que o voluntariado é um grande potencializador para se fazer mais e melhor, é uma das principais ferramentas para acelerar o crescimento e o desenvolvimento de uma nação. Se olharmos para os países mais desenvolvidos, é possível observar que grande parte possui um elevado número de voluntários. Mesmo que tenhamos diferentes culturas de trabalho, o ideal que move essas pessoas é o mesmo: motivação e compromisso com a cidadania. Esse é o maior valor do trabalho voluntário, é o desejo que move essas pessoas para auxiliar um terceiro e colaborar para o desenvolvimento social, fundamental para o crescimento de uma sociedade mais fortalecida e humana.”

Beatriz Johannpeter – Vice-Presidente do Conselho do Instituto Gerdau

PROJETO GERDAU

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Beatriz acredita que a melhor forma de garantir um maior número de voluntários é o reconhecimento da oportunidade de desenvolvimento pessoal e espiritual, através da gratificação pessoal. “O ca-minho nas empresas é obrigatoriamente através das lideranças. Um líder que en-tende os benefícios e transmite isso a sua equipe é decisivo para aumentar o engajamento de voluntários”, diz.A voluntária Vanessa Miranda, da área de Tecnologia da Informação da Ger-dau Açominas, ficou encantada com o resultado da aplicação do Programa As Vantagens de Permanecer na Escola, ressaltando a contribuição que oportuni-zou aos jovens, partilhando experiências vividas e expectativas de quando jovem: “Fico feliz por estar colaborando para dar oportunidade a vários adolescentes a fazerem um mundo melhor”.O aluno William Dias, da Escola Esta-dual Otacílio Marques Rosal Neto, da Paraíba, adorou participar do Programa Introdução ao Mundo dos Negócios, ao ter contato pela primeira vez com o mundo do empreendedorismo. “Mesmo em forma de brincadeira a gente apren-deu muito sobre ter um emprego ou abrir um próprio negócio.”“Eu tenho uma enorme satisfação quando participo dos programas da Junior Achievement. Os conteúdos são práticos e objetivos, e conseguem pas-sar para as crianças e jovens uma mensagem sobre diferentes e importan-tes temas, seja social ou do mundo em-preendedor. Quando termino a aplica-ção do programa, me sinto uma pessoa

diferente, com a satisfação em ter par-ticipado e a recompensa de uma nova experiência”, afirma Humberto Ladeira de Souza, voluntário da Gerdau Aço-minas em Ouro Branco, Minas Gerais. Para Humberto, que aplicou o Programa As Vantagens de Permanecer na Esco-la, com foco no combate à evasão es-colar, foi possível perceber dos alunos um retorno positivo. “Foi muito bom e estou preparado e esperando os próxi-mos programas”, finaliza. E para aqueles que ainda têm dúvidas sobre os benefícios do trabalho volun-tário, Beatriz Johannpeter finaliza: “A Junior Achievement possui diversos pro-gramas, com diferentes durações. Com certeza, existe um que vai ser adequado a sua disponibilidade. Não deixe de vi-venciar essa oportunidade”.

Estudantes de Goiás e voluntários da Gerdau em sala de aula. Em Goiás, 573 estudantes foram beneficiados pelo projeto em 2011

Para Beatriz Johannpeter, Vice-Presi-dente do Conselho do Instituto Gerdau, “o trabalho voluntário é uma excelente forma de potencializar e influenciar mu-danças, pois proporciona crescimento e aprendizado tanto para o voluntário quanto para quem recebe o trabalho do voluntário. Esse aprendizado gera um crescimento pessoal e profissional e, sem dúvida, pode ser muito importante para melhorar a educação dos indiví-duos, assim como o desempenho das organizações beneficiadas”. Desde 1994, o Grupo mantém uma parce-ria de sucesso com a Junior Achievement, pois acredita que atitudes empreendedo-ras transformam realidades, criam em-pregos e melhoram a qualidade de vida das pessoas.“Percebo que nossos voluntários gos-tam de doar seu tempo para auxiliar as comunidades vizinhas a enfrentar seus desafios sociais, mas também se sentem realizados e motivados quando entram em contato com a realidade dos estu-dantes e conseguem influenciá-los para serem mais empreendedores, traçarem objetivos, persistirem na busca do seu desenvolvimento para serem futuros pro-fissionais que contribuirão para o desen-volvimento de nosso País”, explica Be-atriz. Segundo ela, é visível a evolução do profissional que realiza atividades voluntárias. “Competências essenciais para um líder são desenvolvidas du-rante as atividades, como por exemplo: trabalho em equipe, comprometimento, flexibilidade intercultural e liderança”, complementa.

“Tenho orgulho em ser voluntária. Apoio diretamente os projetos da Junior Achievement em uma escola de Goiânia e Aparecida de Goiânia e os encontros me enriquecem como ser humano, pois são diferentes re-alidades e muitas expectativas. É muito bom saber que podemos contribuir com o desenvolvimento de crianças e jovens.”

Maria Valdirene – Voluntária - Gerdau Aços Longos Brasil

DEPOIMENTO

No Distrito Federal, voluntários da Gerdau mostram aos jovens conceitos sobre o mundo dos negócios

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PROJETO NACIONAL OI

Voluntários da Oi mostram aos jovens a importância da educaçãoDesde 2003, a parceria entre a Junior Achievement e a Oi vem tendo, como desafio, conscientizar os jovens sobre a importância da educação empreendedora e continuada. Voluntários da Oi nos 27 Estados, capacitados pela Junior Achievement, promovem anualmente, em sala de aula, discussões e debates direcionados ao empreendedorismo, à responsabilidade socioambiental e ao combate à evasão escolar. Participando dos programas da Junior Achievement, os alunos refletem sobre as atitudes do nosso cotidiano e discutem sobre ações positivas que podem ser adotadas. Esta conscientização faz com que os jovens entendam a importância da educação nas suas vidas profissionais e pessoais.Em 2011, o Projeto foi desenvolvido em dois ciclos, um no primeiro semestre, com o Programa As Vantagens de Permanecer na Escola e outro no segundo semestre, com o Programa Introdução ao Mundo dos Negócios. Mais de 10 mil alunos foram beneficiados pela iniciativa, que envolveu mais de 850 voluntários da Oi, que doaram mais de 7 mil horas de trabalho voluntário. Em 2012, o Programa escolhido foi o As Vantagens de Permanecer na Escola, que foi aplicado, no mês de maio, por voluntários da Oi, nos 27 Estados, beneficiando mais de 4 mil alunos, com o envolvimento de 382 voluntários. Estes voluntários vêm sendo destaque na aplicação dos programas da Junior Achievement. Conheça um pouco das histórias destas pessoas que doam seu tempo para levar aos jovens assuntos imprescindíveis em suas vidas:

No Distrito Federal, voluntário auxilia alunos no Jogo das Grandes Decisões Voluntários da Oi em Goiás e a Executiva Marisa Brandão

Voluntários da Oi em AlagoasStefano Toledo Ceccon, Gerente de Trade Marketing Sul, em aplicação do VPE

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Guilherme Napoleão, voluntário da empresa em Minas Gerais,

acha muito importante a participação dos colaboradores nas escolas, con-tribuindo para um mundo melhor. “As crianças saem da sala de aula com conceitos da realidade, da vida e da importância de permanecer estudan-do’’, relata. A voluntária Shirlei Menezes, também de Minas Gerais, confessa que sempre quis ser voluntária em uma escola. “Fui muito bem recebida pela Junior Achievement e pelos alunos”, comenta para, em seguida, complementar: “Adorei!”.No Pará, a voluntária Maria José da Costa Almeida achou a experiência em sala de aula gratificante. “Fico mui-to feliz pelo resultado por que conse-guimos alcançar o objetivo do Progra-ma e, com toda certeza, influenciamos na opção do aluno em permanecer em sala de aula”, afirma Maria, já dizendo que quer repetir a participação na pró-xima edição do projeto.Para Kátia Garbin, da Diretoria de Relações Institucionais com Estados e Municípios da Oi no Acre, a empresa é fundamental para auxiliar o papel do voluntário em sala de aula. “Nós conseguimos perceber a humanização da empresa e eu agradeço a Oi por nos dar a oportunidade de fazer a di-ferença na vida de outras pessoas”, diz, com satisfação. “Espero que cada estudante que participou das nossas jornadas tenha guardado as nossas palavras no coração, pois, dessa for-ma, estes alunos poderão sempre se lembrar da importância de não desistir

DEPOIMENTOS

“Essa foi a minha primeira ação voluntária, que foi de grande valia para meu cresci-mento pessoal e troca de experiência. Sim-plesmente gratificante!”.

Gilnicleide Linhares - Colaboradora da OI

“Aprendi a ouvir mais e falar menos, pude perceber que as crianças estão precisando muito dessa ajuda, desse conhecimento, para conhecer mais e entender o que vão querer ser no futuro!”

Ricardo Guimarães Silva -Colaborador da OI

“O trabalho desenvolvido pela equipe foi fantástico. A forma como foi abordado o assunto sobre como empreender teve mo-mentos muito esclarecedores e marcou al-guns alunos. Tenho certeza de que vão re-fletir sobre como organizar as suas vidas, na economia, na gestão de seus negócios, e, principalmente, em seus lares.”Alyckson Marlo Barbosa - Professor da Es-cola Arthur Da Costa e Silva - Vitória - ES

“Aprendemos as vantagens de estar em uma escola, aprender mais, ter sempre mais conhecimento. Aprendemos a im-portância de conquistar bons êxitos, de conquistar um ótimo emprego, com ótimo salário. Correr atrás daquilo que você quer e se esforçar para ter um ótimo futuro.”Thais Kethelen Dias Rocha - aluna da Esco-la Pandiá Calógeras - Belo Horizonte - MG

da escola e comprovar, no futuro, que valeu muito a pena estudar”, finaliza.No Distrito Federal, o colaborador Car-los César Santana da Silva conta que nunca havia tido contato com os jovens em sala de aula, mas que a metodolo-gia facilitou o desenvolvimento do Pro-grama. “Considero muito importante a parceria da Junior Achievement com a empresa”, afirma. Cleidison Diniz de Almeida, colabo-rador em Roraima, acredita que o co-nhecimento levado pelo Programa da Junior Achievement muda a trajetória de vida das crianças. “Tenho a certeza de que cada um sai da escola com pensa-mentos de se esforçar ao máximo para garantir o seu espaço no mercado de trabalho”, diz, com alegria.

É sempre muito prazeroso ser voluntário, eu aprendo muito a cada ciclo, em especial no As Vantagens de Permanecer na

Escola.Marcos Antônio Andrade

Colaborador da OI

Wallan, Danielle e Kelly foram voluntários em Minas Gerais Alunos e voluntários reunidos em Roraima

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Fazendo a Diferença - O que motiva o Citi a participar da Junior Achievement, estimulando, nos jovens, o empreen-dedorismo e desenvolvendo a educa-ção financeira seguramente extensi-va às famílias?

Gustavo Marin - Eu acredito que a construção de uma sociedade melhor, de um mundo melhor para as futuras gerações, é função de todos: setor pú-blico, empresas privadas, entidades organizadas da sociedade civil e o cidadão comum. O Citi tem entre os seus princípios de negócio a premis-sa das finanças responsáveis, promo-vendo, sobretudo, o desenvolvimento do empreendedorismo entre jovens de baixa renda. A execução desses

ESPECIAL

A parceria entre a Junior Achievement e o Citi completou, em 2012, 15 anos de incentivo à educação financeira no País. Além do Bancos em Ação, Programa que já beneficiou mais de 65 mil estudantes brasileiros, o Citi é parceiro da Junior Achievement na realização do Concurso Saber Crescer, iniciativa de educação online, e do My Money Business, novo Programa que está sendo implantado em 2012. Na entrevista que segue, Gustavo Marin, CEO do Citi Brasil, fala sobre a importância de levar o tema educação financeira às escolas e sobre a parceria de sucesso com a Junior Achievement no Brasil

projetos exige parcerias com institui-ções que também estejam alinhadas com essas ações. É dentro desse contexto que atuamos em parceria com a Junior Achievement já há bas-tante tempo e em vários países. No Brasil, nosso trabalho com a JA tem se concentrado em projetos básicos de educação financeira, como o Pro-grama Bancos em Ação e o Concurso Saber Crescer. São projetos voltados para orientar as gerações mais jovens sobre o funcionamento do sistema fi-nanceiro e, indiretamente, promover a inclusão financeira responsável. Nos-so propósito é que esses jovens es-tejam preparados para gerenciar seus recursos e que repassem os conceitos apreendidos entre seus familiares e na

Eu diria que a tecnologia já faz parte das atividades diárias

das gerações mais jovens, mas ainda é subutilizada. O desafio

está em encontrar métodos de ensino que potencializem o uso da tecnologia na busca

pelo conhecimento e pelo desenvolvimento pessoal e

profissional.Gustavo Marin - CEO - CITI Brasil

Como estimular finanças responsáveis

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comunidade onde vivem. E, quem sabe no futuro, que possam investir em seu próprio negócio.

Fazendo a Diferença - O Concurso Saber Crescer proporciona aos jo-vens, através de ferramentas onli-ne, o aprendizado sobre educação financeira. Em sua opinião, quais mudanças podem ser esperadas, na próxima geração, como resultado do acesso à tecnologia na educação?

Gustavo Marin - Acho que a tecno-logia é uma ferramenta intrínseca a qualquer sistema de ensino moderno voltado para os jovens. Não é mais pos-sível imaginar educação de qualidade sem um computador ou conexão com a internet. A internet, com seu arsenal de informações, tornou-se uma grande aliada no acesso ao conhecimento e um espaço democrático de discussões. É preciso, no entanto, estar atento à qualidade dessas informações e saber fazer uso desse conteúdo. Entendo que o uso da tecnologia na educação é um processo sem volta e imagino que os

efeitos disso para as gerações futuras sejam bastante positivos, com jovens mais preparados, mais interessados pelo conhecimento e, principalmente, com mais espírito crítico.

Fazendo a Diferença - Em sua opi-nião, de que forma é possível ins-tigar nos jovens, ainda na escola, o interesse pelo tema tecnologia como recurso de desenvolvimento de um projeto, de um negócio e, até mesmo, de uma sociedade?

Gustavo Marin - Eu diria que a tecno-logia já faz parte das atividades diárias das gerações mais jovens, mas ainda é subutilizada. O desafio está em encon-trar métodos de ensino que potenciali-zem o uso da tecnologia na busca pelo conhecimento e pelo desenvolvimento pessoal e profissional. Na medida em que a tecnologia passar a fazer parte do ensino das diferentes disciplinas ou das atividades desenvolvidas na escola, e que faça isso de forma eficiente, não tenho dúvidas de que isso será um fator altamente enriquecedor para o aprendi-

zado dos alunos. Como dito na questão anterior, a tecnologia é um caminho sem volta. Aprimorar o uso que se faz dela é apenas questão de tempo.

Fazendo a Diferença - Há um es-forço dos bancos em oferecer um bom nível de tecnologia em prol da inclusão bancária. Qual a importân-cia de tratar deste assunto ainda na escola?

Gustavo Marin - Essa é uma ques-tão interessante. Nos últimos 15 anos, o Brasil vem passando por um pro-cesso de diminuição das diferenças sociais, por conta, principalmente, da adoção de políticas públicas e do crescimento da atividade econômica, com aumento da geração de emprego e da renda. É preciso destacar, no en-tanto, que a tecnologia tem acelerado esse processo e funcionado como uma ferramenta democratizadora, que minimiza as diferenças sociais. Mesmo nas camadas da sociedade de menor poder aquisitivo, é possí-vel perceber que a tecnologia está presente antes mesmo da ascensão financeira e social das famílias. As-sim, a tecnologia tem um papel im-portantíssimo no processo de inclu-são social e, consequentemente, na inclusão dessas pessoas no sistema financeiro. A bancarização é um dos pilares da cidadania. Mas, antes de ´bancarizar´, é preciso educar essas pessoas do ponto de vista financei-ro. Então, nada mais coerente de que esse processo se inicie na escola.

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PROJETO NACIONAL CITI

Vídeos do You Tube, jogos online, Facebook e Twitter são apenas al-

gumas das muitas ferramentas virtuais que têm chamado a atenção dos jovens da atualidade. Antenados a essa rea-lidade, o Citi e a Junior Achievement Brasil desenvolveram um projeto que combina tecnologia e aprendizado, o Concurso Saber Crescer. Em 2011, mais de 14 mil estudantes de oito Estados (GO, MG, PE, RS, SC, SP, PR e DF)

que participaram dos Programas Bancos em Ação, Miniempresa, As Vantagens de Permanecer na Escola e Economia Pessoal, tiveram a oportunidade de se cadastrar no site oficial da competição. Neste site, os alunos puderam respon-der a perguntas sobre os conteúdos dos programas, participar de fóruns de dis-cussão, assistir a vídeos de capacitação sobre educação financeira e se inscrever para participar de uma atividade presen-cial sobre o assunto.Todas as atividades da competição contaram pontos e, ao final, os alunos melhores colocados participaram, em São Paulo, da Final Nacional do con-curso, que reuniu, também, voluntários do Citi, que palestraram sobre o tema educação financeira. Na ocasião, os jo-vens finalistas tiveram como desafios provas presenciais, quizes e outros tes-tes de conhecimento sobre finanças e empreendedorismo. O primeiro lugar ficou com Rafael Re-sende Assis Silva, de Minas Gerais, que conquistou a melhor pontuação. “Parti-cipar do Concurso foi uma experiência que levarei para o resto da minha vida”, comenta Rafael, para depois comple-mentar: “Pena que não poderei partici-par novamente”.Em segundo lugar ficou a jovem Da-nielly da Silva Santos, de São Paulo e, em terceiro lugar, o estudante Jeferson Silva de Oliveira, do Distrito Federal. Jeferson afirma que as palestras foram muito interessantes. “Foi muito boa a experiência de entender mais conteú-dos e de conhecer pessoas de outros Estados”, diz.

Citi patrocina iniciativa de educação onlineA expectativa é beneficiar, em 2012, 15 mil alunos através do Concurso Saber Crescer

Junior Achievement e Citi lançam novo ProgramaEnsinar alunos do Ensino Médio a administrarem uma vida financeira de maneira responsável. Com este objetivo a Junior Achievement fir-mou uma parceria internacional com o Citi para implantar o Progra-ma MMBiz - My Money Business, beneficiando jovens de escolas públicas, através do voluntariado corporativo do Banco. O Programa ajuda a desenvolver habilidades nos jovens para que aprendam a analisar o uso do di-nheiro e para que estabeleçam bons hábitos que deverão ser car-regados para suas vidas adultas. Será aplicado em 2012 nos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, atendendo a mil alunos e contando com a participação de 80 voluntá-rios do Citi.

Em 2012, a meta é beneficiar 15 mil alunos de escolas públicas. Para sa-ber mais sobre o Concurso Saber Crescer, acesse o site: www.concursosabercrescer.org.br.

O mineiro Rafael Resende Assis Silva conquistou o primeiro lugar no Concurso.

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PROJETO NACIONAL CITI

Parceiros no Brasil desde 1998, a Junior Achievement e o Citi vem

desenvolvendo projetos para levar a educação financeira a estudantes por meio de aplicação de programas teórico-práticos, ministrados por vo-luntários com experiência nas áreas de negócios e finanças. O Bancos em Ação foi a primeira iniciativa desta parceria, que já beneficiou mais de 65 mil jovens no País. O Programa, que ensina estudantes a gerenciarem um banco em condi-ções competitivas, leva voluntários do Citi para as salas de aula para falar sobre os princípios do setor bancá-rio, linhas de investimento e crédito

Bancos em Ação leva educação financeira a estudantes brasileirosO Programa é aplicado, desde 1998, com sucesso em escolas públicas brasileiras

de curto e longo prazo, marketing e P&D. Em 2011, mais de 3.600 estu-dantes passaram pelo Programa em São Paulo, Pernambuco e no Distrito Federal, contando com a participação de mais de 80 voluntários do Citi em sala de aula.O Bancos em Ação não somente educa jovens sobre o setor bancário mas também os incentiva a se torna-rem melhores cidadãos e consumido-res mais inteligentes em um mundo globalizado.

Na foto os voluntários Luis Artur Sherer, Ronaldo Balestra Choze e Andréia Cristina da Silva e Sousa, do Distrito Federal

Os voluntários de Pernambuco Katarina Gouveia, Carlos Eduardo Klaus, Claudia Miranda e a colaboradora da JAPE Izabella Belarmino

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HP estimula inovação tecnológica entre estudantes Proporcionando um desafio empresarial, a HP estimula estudantes a desenvolverem conceitos inovadores que possam ter um impacto social signi ficativo

A parceria internacional entre a Junior Achievement e a HP con-

solidou, no Brasil e em mais 12 pa-íses, o Programa Social Innovation Relay, que possibilitou a estudantes, entre 15 e 18 anos, terem a experi-ência prática em desenvolvimento de projetos socialmente inovadores. Após participar de atividades presen-ciais ministradas por voluntários da HP sobre inovação social e responder um quiz sobre o assunto, os alunos obtive-ram o certificado de inovação social e produziram um projeto que foi submeti-do para avaliação de jurados colabora-dores da HP.Ao todo, 9.917 alunos foram benefi-ciados pela iniciativa internacional na Bulgária, China, Índia, Quênia, Romênia, Rússia, Eslováquia, África do Sul, Grã--Bretanha, Estados Unidos e Brasil. No Brasil, os Estados contemplados pela iniciativa foram São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, onde 737 estudantes de 11 escolas foram benefi-ciados.Em 2012, no Brasil, foram beneficiados mais de mil alunos, envolvendo a par-ticipação de cerca de 40 voluntários, distribuídos nos Estados de SP, RJ, ES e RS.Para Alexandre Borsato, voluntário da HP Alphaville, o projeto é excelente. “A interação com eles foi muito gratifi-

PROJETO NACIONAL HP

“Investir em iniciativas relacionadas à inclusão social e estimular jovens a desenvolver suas habilidades é algo que faz

parte do DNA da HP. Mais do que isso, está relacionado ao compromisso que temos com

a sociedade. Nesse contexto, o projeto Social Innovation Relay,

uma ação da HP em parceria com a Junior Achievement, é uma excelente maneira de incentivar alunos de escolas públicas a pensarem como inovadores sociais, criarem

conceitos de negócios, tomarem decisões e solucionarem problemas da vida real.”

Regina Macedo - Diretora de Comunicação Corporativa da HP

no Brasil

”Regina Macedo - Diretora de Comunicação

Corporativa da HP no Brasil

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Integrantes da Ecostyle recebem um netbook do voluntário André Farina

cante e comprovou que existem muitas oportunidades de realizarmos uma boa ação e ajudar na criação de um futuro melhor”, comenta.Segundo Carlos Alberto Simões de Lima, voluntário da HP Imigrantes, o projeto é de fundamental importância para a inserção do jovem no mundo profissional. “Ao me tornar parte deste programa, além de poder dividir com os jovens um pouco da minha experiên-cia de vida pessoal e profissional, pude também aprender com eles e conhecer um pouco sobre as suas dificuldades, ansiedades, frustrações, desejos e, o mais importante, poder identificar jo-vens com muito potencial e vontade de aprender e crescer”, diz, com alegria.

O Projeto HP no BrasilUm júri formado por colaboradores da HP foi responsável pela avaliação das ideias dos estudantes brasileiros, a fim de selecionar os melhores trabalhos para a final nacional.Em 2011, após avaliação de todos os projetos, a ideia vencedora foi a da equipe Ecostyle, desenvolvida pelos alunos do Colégio Estadual Piratini, de Porto Alegre. A segunda colocada foi a equipe Bill Gatas, do Colégio Villa Lo-bos, de São Paulo e a terceira coloca-da, a equipe Intteam, representante do Colégio Santa Família, de Porto Alegre.Trabalhando o conceito “transforman-do ideias em novas oportunidades”, a equipe Ecostyle desenvolveu um ino-vador instrumento de inclusão social

através da chiplife, uma pulseira com chip desenvolvida para portadores de necessidades especiais (visuais) no seu dia a dia. O projeto consiste em instalar chips em semáforos e nas pulseiras chiplife, através do sistema autoexpresso. As-sim, quando um deficiente visual se aproximar da faixa de pedestres, a pul-seira transmitirá um sinal sonoro e de vibração, indicando a possibilidade de travessia.Como prêmio, cada integrante da Ecos-tyle recebeu um netbook, entregue por André Farina, representante e voluntá-rio da HP e pela Superintendente da Junior Achievement Brasil, Wilma Re-sende Araujo Santos.

“Fico muito feliz de ter aceitado esse desafio e ter o apoio de pessoas tão importantes que aprovaram nossa ideia, dando um voto de confiança e reconhecimento”, diz Clarissa Cruz Pereira, integrante da equipe Ecos-tyle.Ao final da competição global, a equi-pe formada por estudantes da Rússia levou para casa o primeiro lugar, atra-vés da ideia que visa a desenvolver um conceito de negócio simples e sustentável, incentivando os cidadãos a fabricar e vender produtos criados a partir de resíduos recicláveis, criando um potencial de lucro na comunidade local e, também, reduzindo a quantida-de de material nos aterros.

O voluntário da HP, Tércio Viceconti, de São Paulo, realizou capacitação sobre inovação social no Colégio Internacional Anhambi Morumbi

Os achievers da Ecostyle e a Superintendente da Junior Achievement Brasil, Wilma Araujo Santos

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PROJETO NACIONAL ULTRAGAZ

A Ultragaz firmou uma parceria nacional com a Junior Achievement para bene-ficiar 13 Estados. Além de parcerias institucionais, a empresa levou para as salas de aula, em 2011, mais de 60 voluntários, que beneficiaram 997

Parceria de sucesso leva o tema empreendedorismo a 13 EstadosVoluntários da Ultragaz aplicaram programas da Junior Achievement em sala de aula, tratando de temas importantes para o futuro profissional dos jovens

estudantes através dos Programas As Vantagens de Permanecer na Escola, Nosso Mundo, Vamos Falar de Ética, Introdução ao Mundo dos Negócios, Economia Pessoal e Miniempresa.Para Daniela Gentil, Gerente de Sus-tentabilidade da empresa, a parceria é motivada pela seriedade e competên-cia da Junior Achievement. “Os progra-mas da Junior Achievement têm foco no empreendedorismo e são destina-dos aos jovens com poucas oportu-nidades, sendo que o principal obje-tivo é o desenvolvimento deles com foco no conhecimento dos negócios”, comenta.Segundo Daniela, a cada ano, a Ultragaz vem expandindo o patrocínio e o vo-luntariado para outros Estados. “Hoje, aumentou o número de funcionários vo-luntários e nossa intenção é que esta parceria cresça a cada ano e, com isto, esperamos como resultado um número cada vez maior de jovens beneficiados com programas educativos de qualida-de”, diz.Rosane Lima, Gerente de Recursos Hu-manos da Ultragaz, afirma que o traba-lho de voluntariado que vem sendo rea-lizado pelos funcionários da companhia nos programas da Junior Achievement

“Nossa intenção é que esta parceria cresça a cada ano e, com isto, esperamos como resultado um número cada vez maior de jovens beneficiados com programas educativos de qualidade.” Daniela Gentil – Gerente de Sustentabilidade da Ultragaz

“É um prazer conviver e trocar aprendizado com estes jovens. A educação faz parte da nossa missão de sustentabilidade, porque acreditamos que ela é a base de tudo, a base do Brasil do presente e do futuro.”

Rosane Lima - Gerente de Recursos Humanos da Ultragaz

retrata o espírito da Ultragaz de proxi-midade com as comunidades. “Nossos funcionários sempre foram engajados em nossos programas e ações sociais. O número de adesão aos programas de voluntariado na Ultragaz vem crescen-do a cada ano, e isto dá muito orgulho em trabalhar nesta empresa e continu-ar a apoiar uma organização como a Junior Achievement”, afirma ela para, em seguida, complementar: “É um pra-zer conviver e trocar aprendizado com estes jovens. A educação faz parte da nossa missão de sustentabilidade, por-que acreditamos que ela é a base de tudo, a base do Brasil do presente e do futuro”.

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O Programa inspira responsabilidade e cooperação, ambas necessárias para impulsionar hábitos de desenvolvimento sustentável

AJunior Achievement, através da par- .ceria internacional com o HSBC,

lançou, no Brasil, o Programa Empreen-dedores Climáticos, que tem como ob-jetivo desenvolver nos alunos do Ensi-no Fundamental o entendimento sobre as mudanças climáticas com origem a partir das ações dos seres humanos. “O Programa Empreendedores Climáti-cos busca levar conhecimento em rela-ção às mudanças climáticas até alunos de escolas públicas, conscientizando as

crianças brasileiras quanto à importân-cia do empreendedorismo sustentável e do consumo consciente de recursos naturais”, afirma Claudia Malschitzky, Executiva Sênior de Sustentabilidade do HSBC Bank Brasil e Diretora do Ins-tituto HSBC Solidariedade. Promovido em cinco encontros, o Pro-grama trabalha conceitos como meio ambiente, clima, tempo, efeito estufa, temperatura, elementos naturais e so-ciais, danos ambientais e biodiversida-de. “Para isso, nossos colaboradores são convidados a participar de capa-citações e agirem como multiplicadores nas escolas”, explica Claudia. O Projeto, desenvolvido nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, envolveu 28 colaboradores do HSBC. “Beneficiamos 382 alunos em 2011”, fi-naliza Claudia. Ao todo, 10 países da América Latina participaram do Projeto, que beneficiou, mundialmente, mais de 4.000 estudan-tes, através da participação de 284 vo-luntários.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

O HSBC firmou, mais uma vez, parceria mundial com a Junior Achievement para levar às salas de aula de 45 países o Programa Mais Do Que Dinheiro, que tem como objetivo apresentar aos alunos um tema que não é tratado nos currículos das escolas: a educação financeira. Através de atividades práticas sobre economia e negócios, ministradas pelos voluntários do HSBC, estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental exploram suas aspirações profissionais e opções de carreira.“Entrar em sala de aula me mostrou o quanto estes jovens são extremamente valiosos para o futuro do nosso País”, afir-ma Rogério Pereira Flores, Consultor de Serviços Financeiros do HSBC em Cuiabá, no Mato Grosso. Para o voluntário Este-vão Krucherski, de Curitiba, no Paraná, o projeto é excelente. “Além de levar conhe-cimento para as crianças, temos a opor-tunidade de aprender com elas”, comenta. Cristina Gama, por sua vez, resume a sua participação como voluntária, no Rio de Janeiro, como gratificante.Em 2011, através do projeto, 46 turmas foram beneficiadas, totalizando 1.115 es-tudantes atendidos por 98 voluntários de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso.

Mais Do Que Dinheiro leva o tema educação financeira a estudantes brasileirosDesde 2009, o HSBC é parceiro mundial da Junior Achievement no desenvolvimento do Programa que ensina aos jovens conceitos sobre o mundo dos negócios e consumo consciente

Claudia Malschitzky, Executiva Sênior de Sustentabilidade do HSBC Bank Brasil e Diretora do Instituto HSBC Solidariedade

Treinamento do Programa Empreendedores Climáticos, realizado em São Paulo, com a participação dos voluntários Damaris do Valle, Adriana Larguesa, Evellin Teles, Silvana de Almeida, Michelle Jesus e Fernando Jesus

Voluntários do HSBC de Curitiba, no Paraná, participam de treinamento

HSBC patrocina novo Programa

PROJETO NACIONAL HSBC

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Fazendo a Diferença - Em sua opinião, quais mudanças podem ser esperadas, na próxima geração, como resultado do acesso à tecnologia na educação?Pedro Melo - É natural percebermos que as novas tecnologias vieram para contribuir para o acesso à informação e ao conhecimento. Temos, hoje, ferra-mentas incríveis, que contribuem como instrumentos acessórios à educação e ao ensino. Estamos ainda tateando para encontrar as melhores formas de usá-las da maneira mais produtiva, mas

PROJETO NACIONAL KPMG

já fica evidente que nossos jovens têm uma aptidão especial para lidar com o que têm sido chamados de gadgets. Mas é certo, também, que o tempo da educação é diferente da evolução tec-nológica. O grande desafio é alinhar es-sas duas tendências para a formação das novas gerações. O que podemos esperar é que a próxima geração terá uma formação multidisciplinar mais in-tensa, uma habilidade para a comuni-cação e o relacionamento, mesmo que virtual, mais desenvolvida, o que nos trará dilemas em como conciliar aten-ção, conhecimento... Mas isso é prever o futuro. O que é possível é visualizar que já estamos passando por mudan-ças e, sem dúvida, a tecnologia nos colocará num outro patamar de conhe-cimento, de informação e terá impacto na formação de nossos profissionais. Fazendo a Diferença - De que forma é possível instigar nos jovens, ainda na escola, o interesse pelo tema tec-nologia como recurso de desenvolvi-mento de um projeto, de um negócio e, até mesmo, de uma sociedade?Pedro Melo - Acho que, até pelo pró-prio meio tecnológico, os jovens já es-tão instigados. É claro que há aqueles mais interessados, e estes tendem a desenvolver habilidades tecnológicas especiais. Para os demais, o grande desafio é mesmo a acessibilidade, es-pecialmente no Brasil, onde sabemos que a exclusão digital é uma realidade para milhões de pessoas. O desafio é promover a inclusão das pessoas, per-mitir que tenham acesso às facilida-des oferecidas pelas tecnologias. Para aqueles que já têm acesso, o ideal é que seus professores sejam curio-sos e tragam para a escola exemplos de como têm sido bem utilizadas as tecnologias para melhorar a própria educação, o empreendedorismo ou o mundo em que vivemos. Fazendo a Diferença - Quais os reflexos sentidos na KPMG em função da participação de seus

colaboradores como voluntários da Junior Achievement? Pedro Melo - Na realidade, não temos um indicador específico que monitore os impactos diretos no nosso negócio em função de tal participação. O que temos é a convicção de nossa respon-sabilidade em gerar valor também para a comunidade, e de que o exercício da cidadania faz de todos nós pessoas me-lhores e profissionais mais completos. Adicionalmente, nas ações de volunta-riado somos, muitas vezes, confrontados para além da nossa zona de conforto, e isso sempre nos desafia e enriquece. E são os nossos próprios profissionais que nos dão o seu depoimento de quan-to foi gratificante estar em contato com os estudantes, e da sua surpresa ao constatar que, além de ensinar, pude-ram também aprender. No final, é uma ação que também fortalece no nosso profissional o orgulho de fazer parte de uma empresa que está comprometida com as suas comunidades.

Tecnologia e educação

Para falar sobre a relação entre educação, tecnologia e informação, a Junior Achievement Brasil foi buscar a experiência de Pedro Melo, Presidente da KPMG no Brasil. Confira as palavras do Executivo e Conselheiro da Junior Achievement Brasil

Presidente da KPMG, Pedro Melo acredita que a tecnologia terá impacto na formação de profissionais

Com o objetivo de estimular o vo-luntariado corporativo e a educação empreendedora nas escolas, o Pro-jeto Nacional KPMG 2011 teve como meta beneficiar alunos dos Estados do Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pa-raná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e do Distrito Federal.Através das aplicações dos Pro-gramas Introdução ao Mundo dos Negócios, Economia Pessoal, As Vantagens de Permanecer na Esco-la, Miniempresa e Vamos Falar de Ética, o projeto beneficiou, em 2011, mais de 1.500 alunos, de 70 turmas, contando com a atuação de mais de 100 voluntários da empresa.

Voluntários da KPMG levam o empreendedorismo para as salas de aula

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SEBRAE NACIONAL

Fazendo a Diferença - Quais as principais barreiras que as médias e as pequenas empresas devem transpor hoje, no Brasil, para ino-varem em seus negócios? Luiz Barretto - A principal barreira é cultural, já que muitas pessoas ainda fazem negócios baseados apenas na experiência e têm resistência a mu-danças. Empresários que já têm negó-cios estabelecidos há cinco, dez anos percebem que o mercado está cada vez mais competitivo, mas talvez não saibam exatamente como se diferen-ciar. Atualmente, mais da metade dos novos negócios abertos no Brasil se dão por oportunidade, o que mostra um empreendedor mais qualificado. Aquele dono de negócio que não ino-

É preciso inovar!O Presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, falou a Fazendo a Diferença sobre as dificuldades e as oportunidades de inovação nas pequenas e médias empresas e sobre a importância do tema para os novos empreendedores

var irá perder competitividade e poderá colocar em risco a sua permanência no mercado.

Fazendo a Diferença - Como, em sua opinião, organizações, empresas, universidades e governo podem tra-balhar juntos em prol de um melhor sistema nacional de inovação? Luiz Barretto - As ações devem ser feitas em sintonia. O Sebrae, por exem-plo, tem programas com empresas e universidades para levar inovação para as micro e pequenas empresas. Um exemplo é o Programa ALI (Agen-tes Locais de Inovação), uma ação do Sebrae e do CNPq. Recentemente, o Governo Federal lançou o Programa Brasil Maior, que tem, entre as ações previstas, incentivos para a inovação, como liberação de recursos para pro-jetos de inovação e juros menores em financiamentos com o mesmo fim.

Fazendo a Diferença - De que forma, em sua opinião, empreendedorismo e tecnologia se relacionam? Qual a importância do empreendedor para a inovação tecnológica e vice-versa?Luiz Barretto - Investimento em tec-nologia é um grande aliado das micro e pequenas empresas. Um exemplo pode ser observado a partir de um estudo da Consultoria McKinsey, de maio de 2011, em que um site pode aumentar em 10% o faturamento de uma micro ou pequena empresa, ou ainda dobrar as exportações. Mas ain-da existe uma cultura de que inves-timentos deste tipo são muito altos, o que nem sempre é verdade. Atual-mente, o Sebrae possui um programa em conjunto com o Google, o Conecte seu Negócio, que possibilita a micro

Luiz Barretto é Presidente do Sebrae Nacional, en t i dade pa rce i ra da Jun io r Ach ievemen t desde 1994

ar inovação s empresas.

ALI (Agen-ma ação do ntemente, o o Programa e as ações a inovação, s para pro-

menores em mo fim.

que forma, ndedorismo am? Qual a edor para a ce-versa?nto em tec-o das micro m exemplo artir de um cKinsey, de m site pode ramento de mpresa, ou es. Mas ain-que inves-

muito altos, dade. Atual-m programa , o Conecte ita a micro

e pequenos empresários criarem seu próprio site com um custo de apenas R$ 30,00 ao ano.

Fazendo a Diferença - Como mos-trar a importância da inovação tec-nológica para os jovens profissio-nais que estão sendo inseridos no mercado de trabalho? Luiz Barretto - As universidades têm um papel fundamental neste processo, pois é onde os jovens profissionais são formados. A inovação deve ser apresentada como uma das soluções para aumentar a competitividade das empresas, mas não apenas a tecno-lógica, pois inovar também é adotar métodos e processos que resultem em maior competitividade. Isso inclui redução de desperdícios, adoção de procedimentos de logística mais ade-quados ao negócio etc.

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PROJETO NACIONAL SUZANO

Voluntariado em destaque na SuzanoPelo terceiro ano consecutivo a Suzano e a Junior Achievement levaram temas importantes sobre o mundo dos negócios para mais de 1.700 estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Ao longo de três anos de parceria, 177 voluntários da Suzano aplicaram, em sala de aula, três programas da Junior Achievement: As Vantagens de Permanecer na Escola, Introdução ao Mundo dos Negócios e Vamos Falar de Ética, beneficiando jovens de escolas públicas de diversas regiões em que a empresa está presente. O Diretor Executivo de Recursos Humanos da Suzano Papel e Celulose, Carlos Alberto Griner, também Conselheiro e voluntário da Junior Achievement Brasil, falou sobre a importância do voluntariado corporativo nas ações da empresa

Fazendo a Diferença - O que motiva a Suzano a participar dos progra-mas da Junior Achievement? Qual a importância desta parceria?Carlos Alberto Griner - Além dos be-nefícios que o projeto propicia para a comunidade, participar dos programas da Junior Achievement possibilita aos nossos voluntários a oportunidade de vi-venciar uma experiência que dificilmente teriam se não fosse por iniciativas como esta. Entrar em uma sala de aula e se relacionar com jovens de uma realidade social diferente daquela em que convi-vem e conseguir transmitir a mensagem proposta é um desafio que transcende o conhecimento técnico ou a vivência profissional. Trata-se de um exercício de cidadania, uma lição de vida. É por este motivo que é tão gratificante. Quem ex-perimenta uma vez quer voltar sempre. A proposta da Junior Achievement está alinhada com o compromisso da Suzano em promover o desenvolvimento social por meio da educação. Trata-se de uma parceria em que todos ganham: a empre-sa, os voluntários e a comunidade.

Fazendo a Diferença - Que mudan-ças podem ser esperadas, na pró-xima geração, como resultado dos esforços da educação para o empre-endedorismo?Carlos Alberto Griner - Um dos prin-cipais ganhos obtidos por este tipo de iniciativa é despertar a consciência do jovem para a cidadania. Ele passa a entender quais as consequências de suas ações e seu poder de in-fluência na comunidade. A troca de experiências entre os profissionais e os alunos também contribui para for-talecer a autoestima destes jovens, muitas vezes afetada pela condição e meio em que vivem. Eles sonham em estudar Engenharia, Medicina, Direi-to, entre outras profissões, e, durante o programa, têm a oportunidade de trocar experiências com estes profis-sionais e refletir sobre o que preci-sam para conquistar seus objetivos. De modo geral, promover a educação para o empreendedorismo resul-ta na formação de estudantes mais críticos e com uma visão de mundo mais ampla e inovadora, tornando-os cidadãos mais conscientes do papel a desempenhar na sociedade. Griner é um voluntário engajado nos programas da Junior Achievement

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Klabin e Junior Achievement firmam parceria de sucessoO Projeto Piloto beneficiará estudantes de São Paulo, Paraná e Santa Catarina

Fazendo a Diferença - Quais os reflexos sentidos na Suzano em função da participação de seus co-laboradores como voluntários da Junior Achievement? Carlos Alberto Griner - A experiên-cia em sala de aula estimula a prática de diversas competências que são es-senciais no mundo corporativo, como o planejamento, a liderança, o espírito de equipe, a habilidade em se comunicar com públicos diversos, entre tantas ou-tras. Possibilita, ainda, a integração en-tre profissionais que normalmente não têm contato no ambiente de trabalho, pois são de unidades ou departamen-tos diferentes. Todas estas caracterís-ticas são aplicadas nas atividades do dia a dia empresarial, contribuindo para o desenvolvimento de profissionais mais completos e para a promoção de um clima organizacional saudável e colaborativo. É uma oportunidade de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional.

Fazendo a Diferença - Em sua opi-nião, a participação em programas de empreendedorismo jovem forma candidatos diferenciados para tra-balhar na Suzano?Carlos Alberto Griner - A participação

em programas desta natureza contri-bui para despertar o espírito empre-endedor e a visão global nos jovens, características que fazem parte dos �valores essenciais� da Suzano. Estes fatores são levados em consideração pela empresa ao selecionar seus jo-vens talentos.

Fazendo a Diferença - Como po-demos aumentar o contingente de voluntários?Carlos Alberto Griner - Oferecer pro-gramas bem estruturados, como os da Junior Achievement, é um fator que fa-cilita a adesão dos colaboradores na ação voluntária. É preciso, também, sensibilizar constantemente a lideran-ça e os colaboradores, demonstrando os ganhos desta experiência para a sociedade e para o próprio voluntário. Na Suzano, os gestores têm papel fun-damental na mobilização dos voluntá-rios. Além de incentivar as equipes, par-ticipamos ativamente das ações, indo até as escolas e vivenciando a experi-ência junto aos demais voluntários. Em 2010, lançamos o Portal do Voluntariado Suzano, um ponto de encontro online para ampliar e potencializar as ativi-dades voluntárias. A iniciativa tem se mostrado um importante canal de en-

Entrar em uma sala de aula e se relacionar com jovens de uma

realidade social diferente daquela em que convivem, e conseguir

transmitir a mensagem proposta, é um desafio que transcende o conhecimento técnico ou a

vivência profissional. Trata-se de um exercício de cidadania, uma

lição de vida.Carlos Alberto Griner

Diretor Executivo de Recursos Humanos da Suzano

gajamento, fomentando a cultura de fazer a diferença, estimulando o exer-cício da cidadania entre colaboradores, familiares e terceiros.

A Klabin, maior produtora, exporta-dora e recicladora de papéis do

Brasil, firmou parceria para levar, em 2012, conhecimentos sobre sustentabili-dade a estudantes de São Paulo, Para-ná e Santa Catarina. A meta do Projeto Piloto é beneficiar 560 alunos através do Programa Nosso Planeta, Nossa Casa.

As cidades atendidas pela parceria se-rão Angatuba (SP), Correia Pinto (SC), Otacílio Costa (SC) e Telêmaco Bor-ba (PR), todas cidades onde a Klabin possui fábricas. Nestas localidades, voluntários da empresa ensinarão os estudantes a terem consciência da res-ponsabilidade de cada um com o futuro

do Planeta.A Klabin foi fundada em 1899 e possui, atualmente, 17 unidades industriais no Brasil - distribuídas por oito Estados - e uma na Argentina.

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PROJETO NACIONAL GE

Através de uma parceria mundial com a GE, a Junior Achievement

desenvolveu, em 2011, um projeto nacio-nal nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com o objetivo de levar a estudantes do Ensino Fun-damental e Médio temas importantes sobre o mundo dos negócios.Ao todo, 1.496 alunos foram beneficia-dos pela parceria, que levou às salas de aula mais de 150 voluntários para ensinar aos jovens os conceitos dos Programas Nossa Região, Economia Pessoal, As Vantagens de Permanecer na Escola, Nosso Mundo, Mercado In-ternacional, Empresa em Ação e Atitu-

Voluntários da GE preparam jovens para o mundo dos negóciosColaboradores voluntários da GE aplicaram os Programas Nossa Região, Economia Pessoal, As Vantagens de Permanecer na Escola, Empresa em Ação, Atitude Pelo Planeta, Nosso Mundo e Mercado Internacional

DEPOIMENTOS

“Eu gostei muito desse Programa por que ele fala que eu posso crescer na vida e me ajuda a pensar no que eu vou fazer no futuro: posso ser um médico, um advogado ou um monitor da nossa região.’’

Erick Gabriel - Aluno

de Pelo Planeta. Em 2012, a expectativa é beneficiar 1200 alunos, distribuídos em três Esta-dos - SP, MG e RJ, através dos Progra-mas Nossa Comunidade, Introdução ao Mundo dos Negócios, Nosso Mundo, As Vantagens de Permanecer na Escola, Economia Pessoal, Empresa em Ação, Mercado Internacional e Vamos Falar de Ética.Confira o depoimento dos estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental que participaram do Programa Nossa Re-gião em Minas Gerais, aplicado pelos voluntários da GE.

Voluntários da GE de Minas Gerais ensinam aos jovens conceitos importantes sobre o mundo dos negócios

“O Programa nos ensinou sobre as regiões e seus recursos e mostrou onde devemos abrir o nosso negócio, se teremos prejuízo ou lucro e como calculá-los. Espero que eu possa participar de novo no ano que vem.’’

Leonardo B. - Aluno

“Eu gostaria que ano que vem eu pu-desse participar de outro programa da

Junior Achievement. E quando crescer es-pero poder trabalhar na GE.’’

Warley Eduardo - Aluno

“Aprendi muitas coisas com os voluntários. Eles foram muito pacientes com a gente e eu gostaria que eles voltassem na minha escola outras vezes para aplicar novos programas.’’

Marta Maria - Aluna

“Eu queria parabenizar a toda a equipe da GE, que se preocupou com os alunos e nos ajudou a ter noção de como os ne-gócios funcionam. Nestas cinco aulas eu recebi uma base sobre lucros, despesas, prejuízos, etc.”

Lucas Souza - Aluno

“A educação para os jovens sempre foi um dos focos de investimento da GE Foundation e a proposta de estímulo ao empreendedo-rismo da Junior Achievement apresenta um impacto social diferenciado. Seus progra-mas sempre trazem atividades diversas que permitem o envolvimento e a compreensão por parte dos jovens. Outra grande motiva-ção para investir na Junior Achievement é a possibilidade de envolvimento do trabalho voluntário. A GE, por meio de seu progra-ma global de voluntariado, GE Volunteers, oferece aos colaboradores diversas opor-tunidades de trabalho voluntário. Na GE, valorizamos o trabalho voluntário por três motivos: é bom para a comunidade, é bom para o voluntário e é bom para GE. Além de beneficiar as comunidades onde atuamos sabemos que o trabalho voluntário tam-bém desenvolve habilidades profissionais de nossos colaboradores, como liderança, trabalho em equipe e criatividade. Somente em 2010, foram mais de 90 mil horas de voluntariado realizadas em todo Brasil. A Junior Achievement é uma grande parcei-ra, em nível global e nacional, para a GE Foundation. Nossos voluntários estão dis-tribuídos por diversas cidades do País e ter um parceiro com estrutura para implemen-tação nacional dos projetos facilita muito nosso trabalho.”

Lorena De LimaGerente de Responsabilidade Social

Corporativa – América LatinaGE Foundation

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Parceria com a The Coca-Cola Foundation consolidou programa que possibilita a estudantes terem uma experiência prática no desenvolvimento de projetos de economia e negócios, tratando de temas fundamentais como a sustentabilidade

E E .scolas gaúchas tiveram a oportu-nidade de receber as aplicações do

Programa Aprender a Empreender no Meio Ambiente. O Programa, que tem como ob-jetivo estimular nos jovens a conscientiza-ção sobre o tema sustentabilidade, sele-cionou as propostas apresentadas pelas Escolas Estaduais de Ensino Fundamen-tal Coelho Neto e Dr. Emílio Kemp para representarem o Brasil no Concurso Um Mundo Melhor, que incentivou a geração de soluções para os problemas ambientais que ocorrem nas comunidades abrangidas pelo projeto. Ao todo, foram beneficiados 481 estudan-

PROJETO NACIONAL COCA-COLA

tes de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, de 25 turmas de sete escolas públicas.

As melhores ideias nacionaisA ideia vencedora da Escola Coelho Neto consistiu na elaboração de uma horta sustentável, construída através de resíduos recicláveis coletados na comu-nidade onde a escola está inserida. Na Escola Dr. Emílio Kemp, a ideia de uma Gincana Ecológica foi a vencedora. A proposta baseia-se na participação dos estudantes em uma capacitação ofere-cida por professores, em sala de aula, sobre problemas ambientais.

O Projeto mundo aforaAlém do Brasil, o Programa foi reali-zado em outros 15 países da América Latina. Aproximadamente, 6 mil alunos foram beneficiados por esta iniciativa. Na América Latina, as sugestões apre-sentadas contemplaram assuntos como gestão de resíduos, uso racional da água, consumo sustentável, reutiliza-ção e desenvolvimento de materiais e

brinquedos educativos concebidos por meio de processos de reciclagem. A ideia vencedora da iniciativa interna-cional foi o Projeto “Reciclando atitu-des, reciclamos a vida”, da Escola Nº 95 – Unión Europea, de Montevidéu, no Uruguai.

Estudantes aprendem sobre a importância da preservação ambiental

“Através do Programa, os estudantes tornaram-se mais conscientes sobre a importância do meio ambiente. Nós trabalhamos bastante sobre o tema em sala de aula, e este Programa nos ajudou a mostrar que sozinhos não temos forças, mas, juntos, conseguiremos mudar o futuro do Planeta.”

Professora Rose, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Ernesto Tocchetto, de

Porto Alegre/RS

Propagando a sustentabilidade

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Com o objetivo de possibilitar uma visão clara do mundo dos negó-

cios e facilitar o acesso ao merca-do de trabalho, a Junior Achievement Brasil desenvolveu, em parceria com a Caterpillar e com a Ancar Ivanhoe, um projeto que beneficiou, em 2011, 716 estudantes brasileiros dos Es-tados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Paraná.A parceria foi resultado de uma ação internacional da Junior Achievement, que atendeu a 7.200 estudantes de 10 países. Durante a realização do projeto, estu-dantes do Ensino Médio participaram

PROJETO NACIONAL CATERPILLAR & ANCAR IVANHOE

Estudantes vivenciam o mundo dos negóciosAtravés do Projeto Caterpillar & Ancar Ivanhoe, estudantes tiveram a oportunidade de gerenciar empresas, tomando decisões estratégicas de mercado

dos Programas Mese e Empresário-Sombra Por Um Dia. Os voluntários das instituições parceiras transmi-tiram conhecimentos do mundo dos negócios e partilharam suas experi-ências de mercado com os estudan-tes. O projeto envolveu voluntários da Caterpillar e da rede Ancar Ivanhoe.“O trabalho voluntário com jovens tem uma característica interessante, pois você pode perceber uma mudan-ça de atitude muito rápida neles. O voluntário consegue enxergar o be-nefício do trabalho dele para o jovem, através de uma mudança de atitude, na absorção de um conhecimento.Além disso, o trabalho voluntário é

uma forma necessária e concreta de desenvolvermos a nossa sociedade”, afirma o Co-presidente da Ancar Iva-nhoe, Marcelo Carvalho.Em sala de aula, os estudantes re-ceberam o conteúdo teórico sobre as organizações, suas partes e as inte-rações existentes entre estas, pauta-das em uma estratégia de mercado para atingir objetivos organizacionais. Depois desta fase, os alunos tiveram a oportunidade de gerenciar empre-sas, tomando decisões estratégicas e competindo com estudantes de ou-tras escolas. Em meio à competição, os jovens se divertiram e puderam ter uma ideia do que é o mundo organi-zacional, de uma maneira dinâmica e divertida.Ao final das etapas estaduais, cada Estado participante apontou o seu representante para a Final Nacional da competição. As equipes campeãs estaduais obtiveram duas premiações distintas: a participação no Programa Empresário-Sombra Por Um Dia e o passaporte para a Final Nacional para disputar prêmios de R$ 500,00 por estudante.Na Final Nacional, que foi realizada em um ambiente online, a equipe do Rio Grande do Sul, do Colégio Esta-dual Piratini, sagrou-se campeã na-cional da Competição Brasileira de Simulação de Negócios Caterpillar Ancar Ivanhoe. Em segundo lugar, ficou a equipe carioca do Projeto Is-mart e, em terceiro lugar, ficaram os paulistanos representantes do Institu-to Ana Rosa.Em 2012, a expectativa é beneficiar 2.500 jovens, através dos Programas Economia Pessoal e Mese, nos Esta-dos de SP, PR, RJ, RS, RN, DF, MT e RO, através do envolvimento de 150 voluntários.

Marcelo Carvalho, Co-presidente da Ancar Ivanhoe, motivou os estudantes que participaram da Final Estadual no Rio de Janeiro

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PROJETO NACIONAL JP MORGAN

A Junior Achievement Brasil firmou parceria nacional com o Banco

JP Morgan em 2012 para levar a 450 estudantes do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo o Programa As Vantagens de Permanecer na Escola. O Programa, aplicado por voluntários do banco, apresenta diversos concei-tos aos estudantes, permitindo que estes interiorizem valores e compor-tamentos que serão importantes para a sua formação. Os alunos descobrem a relação entre educação, opções de carreira, o alcance de metas e os ní-veis de renda em relação ao nível de educação formal das pessoas. O resultado é extremamente positivo, e demonstra que o objetivo do projeto de conscientizar os jovens sobre a impor-tância da permanência na escola está

sendo alcançado através da parceria. Durante o Programa, os jovens tam-bém realizam a atividade de planejar seu próprio orçamento, aprendendo a visualizar os custos que se têm men-salmente e as vantagens de perma-necer estudando. Os estudantes vi-venciam as dificuldades de viver e se sustentar independentemente, quando se possui uma baixa escolaridade.Em 2011, em Porto Alegre, uma das tur-mas da Escola Estadual Florinda Tubi-no Sampaio, contou com a presença de um voluntário ilustre na aplicação do Programa, o Vice-Presidente do Banco JP Morgan, Luiz Henrique Es-tima. “Estes meninos e meninas serão os futuros trabalhadores deste País. Vivemos, hoje, num ambiente no qual falta mão de obra qualificada e para que

Voluntários incentivam jovens a permanecer na escolaAtravés da parceria com o Banco JP Morgan, a Junior Achievement desenvolveu o projeto que mostra aos jovens a importância dos estudos para o futuro profissional

esta qualificação exista temos de, primei-ro, proporcionar conhecimento, seja ele através dos professores, livros, palestras ou ações focadas” comenta Estima.Estima destaca, ainda, que é impor-tante traçar objetivos e planejar como alcançá-los. “Acho importantíssimo conscientizar as crianças sobre o va-lor do estudo”.Para o executivo, o trabalho da Junior Achievement é de grande im-portância, principalmente quando se fala de ações junto a escolas públi-cas. “Quero agradecer a oportunida-de que vocês me proporcionaram, era algo que há muito tempo queria fazer, mas não sabia de que forma”.

O Vice-Presidente do JP Morgan, Luiz Henrique Estima, mostrou aos estudantes a importância dos estudos para a vida profissional

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Fazendo a Diferença - O que motiva a Va-lid a participar da Junior Achievement?José Roberto Mauro - Faz parte da história da Valid o envolvimento com ini-ciativas que motivam a educação e o em-preendedorismo. Procuramos desenvolver e apoiar programas para fomentar o co-nhecimento entre nossos colaboradores e entendemos que uma empresa que deseja estar presente no mercado por muito tem-po precisa olhar além e compreender que a responsabilidade em informar e contri-buir com a formação das pessoas não se limita aos muros da fábrica. Podemos dizer que a Junior Achievement chegou a Valid com uma visão muito parecida com a nossa.

PROJETO NACIONAL VALID

Valid investe no empreendedorismo jovemJosé Roberto Mauro, Diretor-Presidente da Valid, fala sobre a parceria da empresa com a Junior Achievement que beneficiará, em 2012, 540 estudantes, através da participação de 90 voluntários nos Estados de São Paulo, Pará e Rio de Janeiro

Fazendo a Diferença - Qual a impor-tância de levar aos jovens conceitos sobre o mundo dos negócios, estimu-lando o empreendedorismo?José Roberto Mauro - Os jovens são a matéria-prima do futuro. Serão eles os gera-dores de empregos, os empresários, aqueles que reinventarão o mercado ou atenderão aos seus requisitos com sabedoria. É preci-so que as iniciativas pública e privada este-jam atentas a dar oportunidades aos alunos de obter conhecimentos práticos.

Fazendo a Diferença - A participação voluntária contribui na formação dos colaboradores da Valid?José Roberto Mauro - Acreditamos que o trabalho é fonte da realização pessoal e queremos atrair e manter em nosso time profissionais que amam e se orgulham do que fazem. O voluntariado é a síntese do espírito do trabalhador Valid. Estimulamos cada vez mais o tema dentro da empre-sa, para ampliar a nossa capacidade de realização, aumentando a força da insti-tuição em fazer a diferença. Juntos, somos quase cinco mil pessoas. Temos muito o que realizar.

Fazendo a Diferença - A Valid é refe-rência quando se fala em tecnologia, na área de identificação digital. Na sua opinião, quais mudanças podem ser esperadas, na próxima geração, como resultado do acesso à tecnologia?José Roberto Mauro - Nosso negócio nasceu em um mundo analógico e se adaptou para continuar atendendo às necessidades de um mercado que usa a tecnologia como forma de melhorar seus produtos e serviços. A única coisa que esperamos como certa é a mudança. O mundo em que vivemos, hoje, mudará

muito e para melhor. Os jovens, que já usavam o computador para se alfabetizar, criarão as novidades ou se adaptarão ra-pidamente a elas. Em curto prazo, a con-vergência digital é o que mais mudará as relações humanas. Estamos reinventando a forma de comunicar, de comprar, de vi-ver. Em longo prazo, o céu é o limite. Fazendo a Diferença - Na sua opinião, de que forma é possível instigar nos jovens, ainda na escola, o interesse pelo tema tecnologia como recurso de desenvolvimento de um projeto, de um negócio e, até mesmo, de uma sociedade?José Roberto Mauro - Não basta ter um laboratório de informática nas escolas. Acredito que seja preciso adaptar a for-ma de lecionar para que a infraestrutura tecnológica esteja somada à metodologia de ensino e professores capacitados para que o aluno usufrua todo o potencial dos instrumentos e das informações que estão ao seu alcance. É importan-te que empresas e instituições como a Junior Achievement tenham espaço para contribuir cada vez mais com o modelo de educação, levando suas experiências para a formação de grande quantidade de alunos. Precisamos democratizar mais a tecnologia. A escola é o melhor lugar para multiplicar o acesso e a informação, já que ela tem este valor inestimável de transformar o aluno em cidadão.

Fazendo a Diferença - Que conselho o Sr. daria a um jovem que quer empre-ender no futuro?José Roberto Mauro - Vou parafrasear o mais simples e certeiro conselho, de Winston Churchill: “Nunca desista. Nunca. Nunca. Nunca.”

“É preciso deixar o legado do conhecimento empreendedor para que o mundo esteja repleto de cidadãos habilitados a participar e contribuir para um processo de transformação, tornando o País melhor.”

José Roberto Mauro – Diretor-Presidente da Valid

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PROJETO NACIONAL MASTERCARD

Introduzir junto a alunos do Ensino Mé-dio a importância de tomarem sábias

decisões financeiras é o objetivo do novo Programa lançado, mundialmente, em par-ceria com a MasterCard. O Programa Finanças Pessoais demonstra aos jovens o valor do planejamento e a importância de tomarem decisões dentro do contexto das finanças pessoais. Du-rante três encontros, voluntários da Mas-terCard examinam, junto com os estudan-tes, o papel do dinheiro na realização dos objetivos ao longo da vida, mostrando a importância de tomar sábias decisões em relação ao uso do dinheiro. Estão envolvidos na iniciativa, além do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Estados Unidos, Peru, Trini-dad e Tobago e Venezuela.

MasterCard leva educação financeira a estudantes brasileirosAtravés de uma parceria mundial com a Junior Achievement, 10 países receberão a aplicação do novo Programa Finanças Pessoais

A Superintendente da Junior Achievement Brasil, Wilma Resende Araujo Santos, participou de sensibilização para os co-laboradores da MasterCard em São Paulo. O Presidente da empresa no País, Gillber-to Caldart, também participou do encontro.

Fazendo a Diferença - Qual a impor-tância do investimento de empresas internacionais, como a MasterCard, na Junior Achievement, estimulando, nos jovens, o empreendedorismo e desen-volvendo a educação financeira?Gilberto Caldart - É de extrema impor-tância o trabalho de levar informações sobre educação financeira e empreen-dedorismo para os jovens, uma vez que eles são os futuros consumidores e a for-ça motriz para o processo de desenvolvi-mento socioeconômico brasileiro. A nossa parceria com a Junior Achievement nos permite investir e participar ativamente na educação financeira do País, de forma efi-ciente e com ações que realmente fazem a diferença.

Fazendo a Diferença - Em sua opinião, quais mudanças podem ser esperadas, na próxima geração, como resultado do acesso à tecnologia na educação?Gilberto Caldart - Podemos esperar por uma relação cada vez mais rápida e in-tegrada entre os jovens e a tecnologia. O conceito de presença e distância de-verá se alterar e as formas de ensinar e aprender também, levando um volume de informações muito maior, de forma mais rápida e diversificada aos estudantes, co-laborando, assim, para a formação de jo-vens mais preparados como profissionais e cidadãos.

Fazendo a Diferença - Para você, de que forma é possível instigar nos jovens, ainda na escola, o interesse pelo tema tecnologia como recurso de desenvolvimento de um projeto, de um negócio e, até mesmo, de uma socie-dade? Gilberto Caldart - Um dos caminhos é o estimulo aos programas educativos que orientem o uso das tecnologias para o desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens, levando informação para es-tudantes de escolas públicas e particula-res, do Ensino Fundamental à Faculdade. Como eu disse anteriormente, eles são o futuro e, nesse sentido, valem todos os esforços para termos cidadãos mais pre-parados e informados. Fazendo a Diferença - Qual a impor-tância de desenvolver, entre os cola-boradores da MasterCard, o espírito de voluntariado?Gilberto Caldart - A MasterCard compre-ende a importância do envolvimento dos colaboradores em ações de voluntariado. O Programa JA in a Day, em parceria com a Junior Achievement, é a prova disso. In-centivamos todos os nossos funcionários a se engajarem com seriedade e com-prometimento, desde a preparação, que envolve treinamento sobre o Programa, até o dia das aulas. Fazendo a Diferença - Diante do ce-nário atual, qual o papel das grandes corporações em relação ao desenvol-vimento sustentável da sociedade?Gilberto Caldart - As grandes corpora-ções desempenham um papel crucial no desenvolvimento econômico e social de um país. Por isso, é preciso que elas in-vistam cada vez mais no aperfeiçoamento de práticas sustentáveis em vários aspec-tos de seu negócio, desde seu processo de produção, passando pela gestão finan-ceira e pelo respeito à comunidade onde estão inseridas, aos seus funcionários e ao meio ambiente.

A Superintendente da Junior Achievement Brasil, Wilma Resende Araujo Santos, participou de sensibilização para os colaboradores da MasterCard em São Paulo. O Presidente da empresa no País, Gillberto Caldart, também participou do encontro

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PROJETO ESPECIAL CIEE-RS

“A parceria com a Junior Achievement tem contribuído significativamente

com a missão social do CIEE-RS de viabilizar a inserção de jovens no mer-cado de trabalho”. A frase de Cláudio Inácio Bins, Gestor de Relações Ins-titucionais do CIEE-RS, representa a importância do projeto que vem sendo desenvolvido, com sucesso, entre os jovens estagiários do Centro de Inte-gração Empresa-Escola do Rio Grande do Sul. Através do Programa Conectado Com o Amanhã, a Junior Achievement e o CIEE-RS proporcionam a estudantes do Ensino Médio e Superior possi-bilidades de desenvolver aptidões e

Café com RHA Junior Achievement Brasil e o CIEE-RS realizaram, em 2011, a 2ª edição do “Café com RH”, evento reservado ao público empresarial e aos profissionais da área de Recur-sos Humanos. O evento contou com a palestra de Antônio Celso Webber, economista com especialização em gestão, que abordou o tema “Afinal, onde estão os líderes?”. Em 2012, a palestrante do III Café com RH foi Dulce Magalhães, que tratou do tema “Caminhos para per-formance de maior sucesso e rea-lização”.“Tanto o Programa Conectado Com o Amanhã, destinado à capacitação de jovens em temas de empreen-dedorismo, cidadania e de plane-jamento de carreira, bem como, os eventos promovidos Café com RH e Colóquio têm viabilizado a discussão e proposição de estratégias para o desenvolvimento de estudantes, de empresários, e com benefícios para toda a sociedade”, comenta, Cláu-dio Inácio Bins, Gestor de Relações Institucionais do CIEE-RS.

Junior Achievement e CIEE-RS levam ao jovem o mercado de trabalho

habilidades que lhes fortalecerão para o mercado de trabalho. O Programa também tem como objetivo auxiliá-los no planejamento de suas carreiras, dar dicas sobre processos seletivos, orientação vocacional, motivação e habilidades para o trabalho. “Aprendi muito sobre o mundo do tra-balho e como fazer escolhas na vida. O Programa também me ajudou na escolha da profissão que quero se-guir e como devo organizar os meus objetivos”, comenta Luana Carvalho, estudante da unidade Rudi Hemb do Projeto Pescar.Em 2012, serão beneficiados 800 alu-nos, em mais de 30 aplicações.

O Programa Conectado Com o Amanhã desenvolve habilidades importantes para o futuro dos jovens profissionais

Estudantes aprendem sobre o mundo profissional de maneira lúdica e com atividades práticas

Dulce Magalhães é educadora, pesquisadora, escritora e palestrante.

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PROJETO NACIONAL CYRELA

Investindo na próxima geraçãoFazendo a Diferença - O que moti-vou o Instituto Cyrela a participar da Junior Achievement? Aron Zylberman - Para o Instituto Cyrela é muito importante aumentar a eficiência dos investimentos sociais. Não faz sentido cada organização criar os seus próprios programas, quando outras organizações já estão fazendo um excelente trabalho naquela mes-ma área de atuação. Identificamos na Junior Achievement um parceiro estratégico importante para o Instituto Cyrela. A Cyrela Brazil Realty já apoiou a Junior Achievement no passado, mas de uma forma pontual, não estratégica. É nossa intenção estabelecer uma par-ceria de longo prazo. O contrato atual é o primeiro passo de uma jornada que esperamos seja muito longa.

Fazendo a Diferença - Qual a im-portância de desenvolver nos co-laboradores da Cyrela o espírito de voluntariado?Aron Zylberman - Nós acreditamos que a maioria absoluta das pessoas é generosa e quer ajudar na construção de uma sociedade socialmente mais justa e ambientalmente equilibrada. Criar canais que facilitem a expres-são dessa generosidade é um dos nossos papeis. Os benefícios, para as pessoas e organizações que desen-volvem trabalhos voluntários, são bem conhecidos. Destaco o desenvolvi-mento individual de cada voluntário, o aumento no sentimento de pertencer, o fortalecimento do relacionamento entre colegas e a melhoria do clima da organização. Temos convicção de que nas trocas que ocorrem no traba-lho voluntário os maiores beneficiados são os doadores. No final do dia, todos ganham: a empresa, os voluntários e os donatários.

Fazendo a Diferença - Em sua opi-nião, a participação em programas de empreendedorismo jovem for-

mará candidatos diferenciados para trabalhar na Cyrela?Aron Zylberman - Acredito que sim; não só para trabalhar na Cyrela, mas para trabalhar em qualquer organi-zação preocupada com o desenvolvi-mento sustentável do seu negócio. Um dos fatores fundamentais para que uma pessoa seja produtiva e eficiente é a sua capacidade de trabalhar em equipe. O trabalho voluntário desenvolve essa habilidade. A capacidade de doar parte do seu tempo e talento para ações so-cioambientais é um indicador importan-te da personalidade do candidato. Entre dois candidatos igualmente qualifica-dos, disputando uma mesma posição na empresa, nós não hesitaríamos em utilizar como critério de desempate o histórico de trabalho voluntário desses jovens.

Fazendo a Diferença - Qual a impor-tância de desenvolver entre os es-tudantes o empreendedorismo com responsabilidade socioambiental?Aron Zylberman - Em 31/10/2011, a terra atingiu 7 bilhões de habitantes. A tarefa de construirmos uma sociedade onde todos possam ter acesso a uma vida minimamente decente é gigantes-ca. Se não formos capazes de fazê--lo, em um prazo relativamente curto, todos irão sofrer, ricos e pobres. Sem um batalhão de jovens empreendedores com consciência da sua responsabili-dade socioambiental, não venceremos os difíceis desafios do presente e das próximas décadas.

A Junior Achievement Brasil firmou parceria de sucesso com o Instituto Cyrela, que tem como objetivo levar os temas empreendedorismo, sustentabilidade e ética a jovens de Ensino Médio. O projeto beneficiará, em 2012, 1.225 estudantes de oito Estados (BA, MA, PA, PR, PE, RJ, RS e SP), contando com a participação de 148 voluntários do Instituto Cyrela, que aplicarão os Programas Miniempresa, Vamos Falar de Ética e Atitude Pelo Planeta. Aron Zylberman, Diretor-Executivo do Instituto Cyrela, falou para a revista Fazendo a Diferença sobre a importância da parceria

Aron Zylberman acredita em uma parceria de longo prazo com a Junior Achievement

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PARCERIAS INSTITUCIONAIS

A Junior Achievement Brasil e o Sebrae Nacional assinaram o Convênio

de Parceria que levará, neste ano, o Programa Miniempresa e o Programa Economia Pessoal a 15 mil estudantes nos 27 Estados. O Presidente do Con-

Sebrae Nacional & Junior Achievement Brasil assinam convênio de parceria

O Grupo Abril firmou parceria institucional com a Junior Achievement Brasil

Grupo Abril investe na educação empreendedora

Jorge Gerdau Johannpeter, Presidente do Conselho Consultivo da Junior Achievement Brasil, assina o Convênio que beneficiará 15 mil estudantes em 2012

selho Consultivo da Junior Achievement Brasil, Jorge Gerdau Johannpeter e o Presidente do Sebrae Nacional, Luiz Eduardo Barretto, fizeram a assinatura do convênio durante o Seminário In-ternacional Sobre Pequenos Negócios, que comemorou os 40 anos do Sebrae.Através da parceria com o Sebrae Nacional, a Junior Achievement trabalhará com os estudantes temas atuais que mostram o mundo competitivo dos negócios, seus benefícios e complexidades. É a manei-ra de contribuir para o desenvolvimento dos jovens e torná-los mais preparados para o mercado de trabalho. A sinergia entre a Junior Achievement e o Sebrae resultará no fortalecimento dos valores da ética, liderança, responsabilidade, cidadania e profissionalização.“Inserir a semente do empreendedo-rismo no currículo dos estudantes, a exemplo do que a Junior Achievement

faz em mais de 100 países, através do método ‘Aprender-Fazendo’, é trabalhar para construir um Brasil melhor, de cida-dãos mais qualificados e conscientes do seu papel social e ambiental”, afirma a Superintendente da Junior Achievement no Brasil, Wilma Araujo Santos.

Luiz Barretto, acompanhado de Wilma Araujo Santos, José Cláudio dos Santos, Jorge Gerdau Johannpeter e Carlos Alberto dos Santos, assina o Convênio de Parceria entre o Sebrae e a Junior Achievement

O Grupo Abril firmou parceria institucio-nal com a Junior Achievement Brasil

para contribuir com as ações da entidade em todo o País. Liderado por Roberto Ci-vita, Presidente do Conselho de Adminis-tração e Diretor Editorial da Abril S.A, e

por Fábio Barbosa, Presidente Executivo, o Grupo Abril é hoje um dos maiores e mais influentes grupos de comunicação e educação da América Latina. Ao longo de sua história, expandiu e diversificou suas operações, e hoje fornece conteúdo em multiplataformas. Fundado em 1950, por Victor Civita, como Editora Abril, o Grupo esteve presente nas principais transformações da sociedade brasileira. Hoje, a Abril publica 54 títulos, que che-gam a aproximadamente 28 milhões de

leitores. A Gráfica utiliza processos digi-tais e imprime cerca de 568 milhões de revistas por ano. O Grupo tem investido cada vez mais nas mídias digitais e está empenhado em contribuir para a difusão da educação.“É uma honra para a Abril apoiar o importante trabalho desenvolvido pela Junior Achievement em prol do empreen-dedorismo e, em especial, de preparação de jovens lideranças para todas as áreas de atuação”, afirmou Roberto Civita, em comunicado.

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Durante a Semana Global do Empre-endedorismo*, sete países foram con-templados, através da parceria com a Neoris, com o Programa Empresário-Sombra Por Um Dia. No Brasil, quatro estudantes de São Paulo e três do Rio de Janeiro foram beneficiados através da colaboração dos voluntários dentro da organização.Durante a aplicação do Programa, os

PROJETO NACIONAL NEORIS

Colaboradores da Neoris mostram o dia a dia empresarial a estudantes brasileirosDurante a Semana Global do Empreendedorismo, voluntários da Neoris receberam jovens na empresa, que participaram do Programa Empresário-Sombra Por Um Dia

jovens tiveram reunião com o Presiden-te, vídeo-conferência com o CEO da Neoris – com a participação de todos os países – e atividades com os vo-luntários.“Para nós, é motivo de muito orgu-lho, mais uma vez, estarmos com a Junior Achievement nesta iniciativa e, com isso, darmos nossa pequena contribuição para motivar estudan-

tes de todo o mundo a adentrar na indústria de tecnologia da informação, um mercado em plena ascensão e que oferece inúmeras oportunidades para o desenvolvimento de uma brilhante carreira profissional”, afirma Frederico Vilar, Presidente da Neoris do Brasil.Além do Brasil, Estados Unidos, Es-panha, Argentina, México, Chile e Co-lômbia participaram da aplicação do Programa Empresário-Sombra Por um Dia, juntamente com os voluntários da Neoris de cada unidade.*Saiba mais sobre a Semana Global do Empre-endedorismo nas páginas 78 e 79.

A Junior Achievement Brasil firmou, em 2011, uma parceria de sucesso com o IBGEN para fortalecer a equipe da Associação, que está participando de cursos de pós-graduação e MBA na faculdade.O IBGEN, por sua vez, promoveu, para alunos do Programa Miniempresa e do Programa Conectado Com o Amanhã, no Rio Grande do Sul, palestras sobre trajetória e desenvolvimento profissio-nal. Em 2011, foram beneficiados 500 alunos de 18 escolas, através de 25 palestras. Em 2012, a expectativa é beneficiar 600 alunos.

Parceria com o IBGEN beneficia estudantes gaúchos

Fundado em 1996, o IBGEN - Instituto Brasileiro de Gestão de Negócios, ini-ciou suas atividades atuando na Re-gião Sul do País, oferecendo cursos de pós-graduação, projetos de pesquisa e assessoria junto a empresas. Em 2005, iniciou suas atividades em Porto Alegre, onde, atualmente, possui mais de 1800 alunos frequentando seus cursos de graduação e pós-graduação.

Frederico Vilar, Presidente da Neoris

O Diretor do IBGEN, Márcio Pires, ministrou palestra para os estudantes participantes do Programa Conectado Com o Amanhã

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A Junior Achievement promove, nos 27 Estados brasileiros, um ciclo que transforma. Um ciclo no qual todos os envolvidos se desenvolvem, se afetam mutuamente, crescem e fazem crescer o ambiente e a sociedade onde vivem. O trabalho da Junior Achievement transforma a vida dos jovens e impacta escolas, oferecendo às empresas a oportunidade de receber cidadãos mais preparados para os desafios do mercado de trabalho e de desenvolver seus colaboradores através da atuação voluntária. Estes colaboradores se transformarão em pessoas melhores; para si próprios, para a empresa e para a comunidade. Completando o ciclo, os jovens transformados serão agentes de transformação para toda a sociedade, para o País.Este ciclo é promovido, com muita seriedade e dedicação, pelas 27 unidades estaduais da Junior Achievement no Brasil e nas próximas páginas você poderá conferir um pouco deste impactante e significativo trabalho.

Rede Junior Achievement Empreendedorismo para transformar

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São Paulo

Junior Achievement São Paulo reconhece as melhores miniempresas do EstadoA cerimônia de Formatura do Programa Miniempresa é inovadora, trazendo ao público um novo modelo de premiação

Resultados 2011Alunos: 14.152Voluntários: 1.472Escolas: 105

A Formatura de Miniempresas é um momento tradicional na vida dos

ex-achievers da Junior Achievement. Trata-se de uma celebração que fica marcada na memória de alunos, volun-tários, gestores escolares, coordenado-res e executivos das empresas. “É um acontecimento importante, que simbo-liza o trabalho realizado pelos volun-tários e pelos miniempresários. É uma festa que marca o encerramento de um ciclo vitorioso de muita experiência e aprendizado”�, comenta a Gestora de Projetos da Junior Achievement São Paulo, Júlia Miranda.Em 2011, a Junior Achievement São Paulo comemorou, pela sexta vez, o encerra-mento do Programa Miniempresa, ino-vando com um grande evento, chamado Prêmio Miniempresas. �“Não se trata ape-nas de uma mudança de nome, é uma mudança no conceito da cerimônia. Es-tamos acostumados a fazer uma forma-tura alegre, mas protocolar, e queremos deixar o encerramento deste ciclo mais leve, dinâmico e mais próximo do que os

jovens estão acostumados a vivenciar”�, conta o responsável pela Comunicação na JASP, Anderson Bueno.“O Miniempresa, em si, já tem uma grande importância. A festa de encer-ramento do Programa é um momento forte de congraçamento entre os envol-vidos e queremos deixá-la ainda mais importante, valorizando a premiação que já existia, dando a ela maior desta-que. A formatura pressupõe, para quem vê de fora, que apenas os achievers são homenageados, apesar de saber-mos que não é esta a realidade. Com o Prêmio queremos ampliar essa visão para todos os que direta ou indireta-mente tiveram contato com o Programa Miniempresa”�, afirma a Diretora Execu-tiva da JASP, Cibele Lara.Durante a cerimônia, eram entregues troféus contemplando as miniempresas – como fazem outras unidades esta-duais da Junior Achievement – com alguns critérios definidos. “A mudança mais importante é a forma como essa

premiação é conduzida e vista. �Antes, premiávamos as miniempresas de acor-do com o desempenho geral. A partir de agora, passamos a contemplar também as que podem não ter se destacado em todos os índices de aproveitamento, mas que têm um ou mais pontos fortes que se destacam frente às demais”�, explica a Gerente de Projetos, Daniella Jesus.O Prêmio Miniempresas teve sua pri-meira edição em grande estilo, tendo como convidado especial para a entre-ga do Prêmio o ator Murilo Rosa, além de outras atrações artísticas. A premia-ção aconteceu no Auditório Fiesp, no Centro Cultural Ruth Cardoso, local que é um dos cartões postais da cidade.

Achievers da ETEC Basilides de Godói durante a produção de relógios personalizados

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Rio Grande do Sul

DEPOIMENTOS

Resultados 2011Alunos: 22.406Voluntários: 547Escolas: 388

Não há como falar em comunicação, hoje, sem considerar a importância

das mídias sociais. Ainda mais quando o foco é a troca com um público jovem, em-preendedor, ligado em tecnologia e inova-ção. Com base nisso, a Junior Achievement Rio Grande do Sul encarou o desafio de in-vestir no fortalecimento de seus canais de comunicação pela internet, proporcionan-do um elo interativo com suas principais bases: alunos, voluntários e empresas.Foi necessário investir esforço e tra-balho para tornar as páginas da Junior Achievement RS nas mídias sociais mais populares. “É fundamental definir um res-ponsável pela interatividade, usar e-mail marketing para divulgar as páginas, incluir links nas apresentações e postar histórias boas e engraçadas”, instrui Jana Chla-pekova, voluntária em mídias sociais, que

Junior Achievement Rio Grande do Sul nas Redes SociaisNo Rio Grande do Sul, o Facebook e o Twitter têm sido usados de forma criativa, gerando interação com alunos e voluntários

auxiliou a JARS neste processo. A es-pecialista ainda complementa: “Todas as atividades devem ser coordenadas com a estratégia de comunicação da instituição”. O crescimento extraordinário conquis-tado em um pequeno espaço de tempo surpreendeu até mesmo a instituição. O número de pessoas que acessam a pá-gina da Junior Achievement Rio Grande do Sul no Facebook passou de 63 para 641, um expressivo aumento. O total de seguidores do Twitter também subiu de 319 para 715. Com isto, foi possível cap-tar depoimentos de voluntários, desen-volver campanhas envolvendo jovens e, até mesmo, agendar capacitações utilizando, exclusivamente, as Redes.A experiência contou, também, com a ajuda de voluntários internacionais. In-tegrante de um projeto mundial, a JARS

recebeu três profissionais da IBM vindos da Coréia do Sul, Japão e Eslováquia. Esta nova equipe respondeu pela cons-trução de um método de indicadores de acompanhamento e avaliação, assim como de um manual de boas práticas, hoje disponível no site da JARS. O traba-lho complexo, que compreendeu a análise do problema, estudo de ações, implanta-ção e assessoria técnica, foi desenvol-vido com sucesso em apenas um mês. O resultado positivo pode ser atribuído a um fator: o conteúdo postado nas mídias sociais ter sido considerado relevante pe-los leitores. Adriano Crippa, voluntário do Programa Miniempresa, “curte” a página da Junior Achievement. Para ele “é mais fácil saber as novidades da JARS pelo Facebook. Também posso comentar e elo-giar quando leio alguma coisa legal”, ex-plica o adviser. A JARS espera que cada vez mais voluntários pensem assim.

“É inegável a transformação rápida pela qual os jovens passam nessas 15 sema-nas de troca. Assim como é inegável o conhecimento que eu como adviser ganho com os achievers. Eles ensinam muito, aprendem muito. São 15 semanas intensas que mudam a vida de quem participa para sempre.”

Mauro Mendes Urban - Voluntário

“Desde 2008, eu e mais três pessoas for-mamos uma equipe de advisers e, desde então, nos mantemos unidos por um só objetivo, que é o desenvolvimento do traba-lhado voluntário aliado ao desenvolvimento do empreendedorismo.”

Ricardo Cipriani - Voluntário

“É muito prazeroso analisar e apoiar os achievers diante de todas as dificuldades que surgem no decorrer do Programa, dá uma saudade gostosa de um tempo muito bom e que mudou minha visão desse mundo.”

Marina Dora de Vargas - Voluntária

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Santa Catarina

Há cinco anos, a Junior Achievement de Santa Catarina deu início a

uma estratégia de atuação com re-sultados bastante positivos: atuar na formação de jovens aprendizes. Utili-zando os programas já desenvolvidos nas escolas, a ideia é contribuir com a preparação desses jovens que estão ingressando no mercado de trabalho. O projeto amplia o escopo de atuação da Junior Achievement, propiciando a expansão do alcance da instituição. “Trata-se de um público diferente, bas-tante interessado e já vocacionado. Da nossa parte, é uma forma de contri-buir ainda mais na preparação desses jovens que já estão experimentando novas responsabilidades inerentes ao mundo do trabalho”, ressalta o Diretor Executivo da Junior Achievement San-ta Catarina, Evandro Badin.

Formação de jovens aprendizes

A experiência vem sendo tão exitosa, que, em 2011, representou mais da me-tade do total de jovens beneficiados no Estado. Ou seja, dos 35 mil que parti-ciparam da Junior Achievement, 17,3 mil são jovens aprendizes. Os programas mais aplicados junto a este grupo são: Economia Pessoal, As Vantagens de Permanecer na Escola, Vamos Falar de Ética e Atitude Pelo Planeta. Vale ressaltar que a iniciativa engloba aprendizes em empresas e entidades associadas, bem como em instituições sociais. A entidade assistencial Prome-nor, por exemplo, que atende crianças e jovens carentes, contou com a partici-pação de 380 adolescentes. “O módulo é sobre ética e, por isso, extremamente proveitoso para o futuro, não só profis-sional como pessoal”, afirma a pedago-ga da instituição, Salete Maria Gama.

Os programas também são levados a empresas, como é o caso do Grupo Lince, de Gaspar, que atualmente conta com 90 jovens aprendizes que foram atendidos pela Junior Achievement. Parceiros como Senai, Senac, CIEE, Unimed Grande Florianópolis, Intelbras, Senior Sistemas, entre outros, têm ado-tado a mesma estratégia, ampliando o trabalho já desenvolvido em escolas da comunidade.

Jovens Aprendizes da Unimed aprendem sobre o mundo dos negócios em sala de aula

DEPOIMENTO

“O conhecimento é uma ferramenta pode-rosa que nos permite conquistar o mundo, por isso, não deixe escapar a oportunidade de realizar seus sonhos.”

Jaíne Cardoso - Aluna da aprendizagem industrial do Senai e participante do Pro-grama As Vantagens de Permanecer na

Escola

Resultados 2011Alunos: 37.592Voluntários: 1.203Escolas: 165

Contribuindo para a preparação de milhares de jovens, a iniciativa tem obtido sucesso ao longo dos anos

Page 50: Revista Fazendo a Diferença

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O exercício da ética e da cidadania são fatores muito importantes para

a construção de uma sociedade melhor. Por esse motivo, a Junior Achievement Rio de Janeiro, em parceria com o Info-globo e a Ancar Ivanhoe, e com o apoio técnico da Argilando, teve a iniciativa de levantar discussões sobre este tema através do Programa Vamos Falar de Ética. Durante o projeto, que beneficiou 4.873 alunos em 23 escolas, e contou com o apoio de 285 voluntários, jovens ca-riocas de instituições da rede pública e privada foram incentivados à refle-xão sobre ética na vida profissional e pessoal e a compreender melhor seu papel como cidadãos. Com o objetivo

Rio de Janeiro

Despertando a consciência ética nos jovens do Rio de Janeiro

de desenvolver o senso crítico e a con-sequência das atitudes de cada um, o Programa mostrou aos alunos o custo da falta destes valores para o nosso País. A iniciativa foi tão bem-sucedida, que recebeu destaque em diversos ve-ículos de comunicação, como o Canal Futura e o jornal O Globo.No Colégio Divina Providência, alunos do 3º ano do Ensino Médio receberam voluntários da empresa Lachmann para debater sobre os benefícios da condu-ta ética. A conversa foi bastante pro-dutiva. Para Margareth, professora de sociologia da instituição, a iniciativa é de grande relevância para a formação dos estudantes. “O projeto é muito im-portante. Logo que conheci a metodo-

Campanha da Junior Achievement promoveu debate sobre valores éticos com estudantes cariocas

logia disse para a coordenação: ‘Temos que fazer!’. A reflexão com os jovens sobre as atitudes e ações, bem como suas consequências na sociedade, é fundamental�”, afirma.Questionados sobre qual o limite da li-berdade de cada um na vida em socie-dade, os jovens chegaram a algumas definições, como as dos estudantes Luíza e Bruno. �Nossa liberdade vai até onde se inicia o direito do outro�, refletiu Luíza. Bruno, por sua vez, concluiu que “a liberdade termina quando paramos de fazer o bem à sociedade”.

DEPOIMENTOS

“Os jovens são ótimos, sabem muito sobre o momento atual de nossa sociedade. Durante o jogo, discutiram muito os valores entre eles e quais ações deveriam escolher”.�

André - Colaborador da Lachmann e voluntário

“�O certo e o errado convivem e os valores são escolhas diárias que cada um faz na construção de sua vida. Gosto do tema. Vou estudar ciência social”.�

Luiz Gustavo - Aluno e Diretor de Marketing da Miniempresa Mobileco S.A./E

Resultados 2011Alunos: 22.489Voluntários: 1.406Escolas: 135

Peças publicitárias do Programa Vamos Falar de Ética

Page 51: Revista Fazendo a Diferença

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Resultados 2011Alunos: 8.312Voluntários: 455Escolas: 38

„Lembro o primeiro dia que ouvi falar sobre a Junior Achievement

e soube que era algo que eu queria fazer”, relata Bruno De La Fuente, vo-luntário da Junior Achievement Bahia. Como grande admirador do empreen-dedorismo, Bruno, mesmo sem a ajuda financeira dos pais, fundou uma micro-empresa e, hoje, começa a realizar seus sonhos. “Por isso, faço meu papel sendo voluntário da Junior Achievement e mostrando que é possível a todos conquistarem seus objetivos através do empreendedorismo”, comenta. Thyago Imperial Caymmi teve a oportuni-dade de estagiar na Junior Achievement Bahia e conta que a experiência foi marcante em sua vida, especialmente pelo contato com o mundo dos negó-cios. “Participar da Junior Achievement me mostrou a importância da educação, que hoje é um dos principais alicerces da minha vida”, afirma.Já a jovem Larissa Rocha conheceu a

Histórias de sucesso na Bahia

Bahia

Bruno, Thyago, Larissa, Thiago e Alana contam como conheceram a Junior Achievement e o papel da Associação em suas vidas

Junior Achievement através da sua par-ticipação no Programa Miniempresa. “A dinâmica do Programa me fez mudar de postura, perceber aptidões e desenvol-ver habilidades voltadas para o ambien-te corporativo, que antes eu não fazia ideia de que seriam tão úteis”, conta. Hoje, Larissa permanece ligada a Junior Achievement, desta vez como voluntá-ria. “Ser voluntária e poder transmitir essa mesma percepção de ser empre-endedor na vida, independente de que carreira se siga, é mais uma realização que a Junior Achievement me permitiu”, agradece. O também voluntário Thiago Gomes Cunha conta que a sua participação na Junior Achievement foi um grande de-safio. “Em 2011, recebemos os represen-tantes da Junior Achievement no Con-sórcio Arena Salvador e mobilizamos estagiários e trainees, totalizando mais de 25 voluntários. Atendemos mais de 441 alunos de escolas que ficam no en-

torno da obra da Arena Fonte Nova”, diz, com satisfação. Segundo Thiago, “a meta é, até o final de 2012, chegarmos a mil alunos atendidos”, e complemen-ta: “a todo momento recebemos convi-tes das escolas do entorno para novas parcerias”. O Programa Miniempresa foi o que le-vou a então estudante Alana de Oli-veira a ingressar nas atividades da Junior Achievement. “Desde o início eu soube que a proposta tinha tudo a ver comigo e depois a minha paixão só cresceu e o relacionamento com a Junior Achievement se estreitou rapidamente”, relata Alana, que tam-bém participou do Nexa e estagiou na Junior Achievement Bahia. “Nes-se período, aprendi a ouvir a opinião dos outros, a conviver com diferentes pessoas, a ser mais tolerante, mais paciente e perdi a timidez de falar em público”. Hoje, Alana, com 23 anos, acaba de se formar em Administração de Empresas e pretende ingressar em uma pós-graduação em breve.

Alana (na primeira fileira à direita) participa de evento da Junior Achievement Bahia

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Há sete anos, a Junior Achievement Espírito Santo e a Apae – Asso-

ciação de Pais e Amigos dos Excep-cionais, do município de Cariacica, têm desenvolvido uma parceria de sucesso. Por meio do Programa Miniempresa, muitos alunos estão ampliando suas habilidades empreendedoras e sendo preparados para o mercado de trabalho. Além de promover a inserção dos estu-dantes no mundo dos negócios, o pro-jeto contribui para a inclusão social dos portadores de necessidades especiais.Os resultados obtidos durante a tra-jetória de aplicação do Programa têm sido bastante satisfatórios. Ao termina-rem sua participação no Miniempresa, os alunos são direcionados à qualifi-cação profissional e, posteriormente, a processos seletivos em empresas. O conhecimento recebido durante a ex-periência como achievers faz toda a diferença nestas horas, abrindo muitas portas para quem está em busca de emprego.

Diminuindo as diferenças no Espírito SantoParceria entre a unidade capixaba da Junior Achievement e a Apae gera oportunidades para pessoas portadoras de deficiência

Espírito Santo

Para Desirée Pesca, responsável pelo Programa Miniempresa na unidade e Coordenadora do Programa de Orien-tação para Vida e Trabalho da Apae – Cariacica, em 2006, o projeto parecia ser muito complexo em relação à defi-ciência intelectual dos pacientes da as-sociação. “Mas não poderíamos desistir. Hoje, o Programa é a base para quali-ficação e encaminhamento dos alunos para o mercado de trabalho, trazendo autonomia, capacitação e responsabi-lidade para os nossos estudantes com deficiência intelectual, tornando-os ci-dadãos de direitos e deveres”, afirma.Dos alunos que participaram do proje-to, e que conseguiram conquistar uma vaga de emprego, todos permanecem empregados e desenvolvem suas ativi-dades sem nenhuma dificuldade. Como no caso da Yara Alimentos, que rece-beu, por indicação da Apae, 12 funcio-nários com deficiências intelectuais, sendo 11 ex-participantes do Programa Miniempresa. Segundo a Coordenado-

ra de Recursos Humanos, Elen Casa Grande, “os novos funcionários, apesar de suas limitações, têm uma postura de responsabilidade, compromisso e escu-ta muito diferenciada”.

DEPOIMENTOS

“Fazer parte de projetos como esse é ter a chance de revelar as habilidades que você tem e tentar buscar chances para expandi-las. O Programa conseguiu nos mostrar o que é ser empreendedor.”Michael de Assis Matos – Participante do projeto em 2007, no qual desempenhou o

papel de Presidente da miniempresa Especialmente Artistas S.A./E

“Participar do Programa Miniempresa foi maravilhoso, me ajudou a conseguir este trabalho e estou muito feliz. Meu comporta-mento melhorou, fiquei mais tranquilo, ouço direitinho o que me pedem e depois faço da melhor maneira.”

Diogo Souza Silva – Participante do projeto em 2007

“Faz dois anos que trabalho na Yara Ali-mentos e agora estou no setor de arquivos. Posso dizer que o Miniempresa me orien-tou para esta atividade, pois lá fazíamos as coisas bem organizadas, aos poucos, até chegar ao final.”Fabiana Primo da Silva – Participante do projeto em 2009

Resultados 2011Alunos: 15.599Voluntários: 888Escolas: 65

No Programa Miniempresa, alunos da Apae ganham oportunidade de se qualificarem para o mercado de trabalho

Page 53: Revista Fazendo a Diferença

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Todos os anos, os programas da Junior Achievement Amazonas

transformam a vida de milhares de estudantes do Estado. Mesmo após o término das atividades em sala de aula, o vínculo formado entre a Junior Achievement e seus alunos não ter-mina, pois, com o Nexa, �– Núcleo de Ex-Achievers, eles têm a oportunidade de continuarem ligados aos trabalhos da unidade. Esta participação contribui mui-to para o desenvolvimento dos jovens, que vivenciam experiências únicas.Para a ex-achiever Franciney Costa Al-meida, o Nexa é importante para mos-trar aos jovens o trabalho em grupo. “�A experiência também me trouxe certo pensamento crítico sobre os problemas

Amazonas

Nexa abre novos horizontes para jovens amazonensesDando continuidade à trajetória iniciada com os programas da Junior Achievement, jovens do Nexa descobrem um novo mundo de oportunidades e experiências

sociais e ambientais da sociedade”, complementa. Segundo o estudante Jorge Michel, o Nexa é uma excelente oportunidade de conhecer pessoas e fazer contatos pro-fissionais. “Vivenciei experiências e situ-ações que, até então, eu não sabia que aconteciam e, com tudo que aprendi, sei que há ainda mais a aprender se quiser me tornar um bom profissional no mer-cado de trabalho”�, afirma. Durante a sua participação no Núcleo, Jorge organizou eventos, visitou empresas e também atuou como staff na Formatura de Miniempresas da Junior Achievement Amazonas.“Quando ingressei no Nexa, fiquei fasci-nada ao imaginar o quanto poderia fazer por pessoas que buscavam um sentido

para suas vidas e foi por meio do Pro-grama Miniempresa que percebi como posso influenciar pessoas para o bem”, relata a ex-achiever Rosevane Oliveira.Assim como Rosevane, Thaís Maia também recebeu muitos aprendizados importantes ao longo de sua participa-ção no Nexa. �“O Núcleo contribuiu muito para o meu desenvolvimento, pois trouxe desafios que pareciam ser impossíveis, mas que consegui superar. Dentro do Núcleo, conheci amigos que, hoje, são minha segunda família. Aprendi que a palavra responsabilidade é fundamental, assim como dizer sim às oportunidades que me aparecem, a expressar minhas ideias e criar trabalhos preocupando-me sempre com o meio ambiente e com a conscientização da sociedade”�, conta, com alegria, Thaís.Um dia, estes ex-achievers poderão pas-sar tudo que aprenderam nesta jornada a outros jovens, dando continuidade a uma importante trajetória de sucesso que ini-ciou com a Junior Achievement.

Resultados 2011Alunos: 8.288Voluntários: 81Escolas: 36

Equipe do Núcleo de Ex-Achievers do Amazonas reunida

Page 54: Revista Fazendo a Diferença

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O Top de Marketing da Junior Achievement Paraná foi criado em 2005, por

Renato Faria, chefe de marketing da Bosch e um dos voluntários da unidade paranaense. A iniciativa tem o intuito de estimular as estratégias de marketing inovadoras e de comprovada eficácia no Programa Miniempresa. O prêmio reconhece a valorização das ações de-senvolvidas não só para a divulgação da marca, mas também para o apoio às vendas, à criatividade, a cases de sucesso e à sustentabilidade. A JAPR instituiu o Top de Marketing em seu ca-lendário e, atualmente, esta é uma das premiações mais esperadas na forma-tura de várias regionais.

Paraná

Top de Marketing no Paraná incentiva estudantesA premiação, criada em 2005, estimula a criatividade e empenho de miniempresários

Organização dos jovens que passaram pelo Programa Miniempresa

A cada nova edição, os achievers se superam e conseguem surpreender, com seus cases e postura, tanto a equipe da Junior Achievement, quan-to os jurados. Por esse motivo, muitos dos participantes chegam até a re-ceber convites dos próprios julgado-res para trabalho ou estágio. Durante os últimos anos, o Top de Marketing conseguiu fazer com que seus partici-pantes se aprimorassem em diversos aspectos de suas vidas, como postura, oratória e lidar com o nervosismo. Li-ções aprendidas desde cedo e que fa-rão muita diferença no futuro daqueles que tiveram a coragem de representar sua miniempresa.

Resultados 2011Alunos: 100.057Voluntários: 1.231Escolas: 660

Uma das principais conquistas daJunior Achievement Paraná foi reali-zar, nos últimos quatro anos, um tra-balho de forma continuada com as coordenações regionais. Elas levam os projetos da Junior Achievement a dezenas de cidades do Estado, como Apucarana, Bandeirantes, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, entre outras. Esta possibilidade é resultado de uma parceria de sucesso com o Sesi-PR �– Serviço Social da Indústria.É graças ao apoio direto de empresas que enxergam longe que muitos estu-dantes conseguem ter acesso aos pro-gramas da Junior Achievement, como o Miniempresa. A adesão de empresas locais como mantenedoras da JAPR é imprescindível para dar início a projetos de expansão. Ao fornecer suporte ao Programa, as empresas não só ajudam através de recursos financeiros, como também por meio do envolvimento de seus colaboradores como voluntários. Uma das melhores consequências da realização do Miniempresa é o forta-lecimento do Nexa - Núcleo de Ex--Achievers. O Nexa promove atividades como visitas a empresas, participação em fóruns estaduais, nacionais e inter-nacionais, e a organização de even-tos, como o Nexação, entre outros. O Paraná conta com quatro Núcleos, que estão cada vez mais interagindo e par-ticipando das atividades propostas pelo Nexa Nacional.

Mapa de atuação das regionais da Junior Achievement Paraná

Page 55: Revista Fazendo a Diferença

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Resultados 2011Alunos: 13.845Voluntários: 741Escolas: 82

Em 2006, através do Programa Miniempresa, o jovem Yuri Nasci-

mento teve seu primeiro contato com a Junior Achievement Goiás. Na época, o rapaz cursava o 2º ano do Ensino Médio no Colégio Classe, em Goiânia. Durante o Programa, a miniempresa da qual Yuri foi o Diretor produziu potes de vidros enfeitados com biscuit. “O Pro-grama é ótimo, ele te dá uma visão ampla de como é uma empresa e das estratégias que devemos tomar para não termos prejuízos”, afirma.Como fruto de dedicação e de um olhar empreendedor aguçado, o jovem e seu grupo conquistaram dois prêmios na Feira de Miniempresas, vencendo nas categorias maior faturamento e maior rentabilidade. Para ele, participar do Programa foi um grande aprendizado, pois lhe oportunizou conhecer o mer-cado empreendedor, que antes desco-nhecia. Além disso, Yuri foi convidado a participar de outro programa da

Goiás

Jovem de Goiás é exemplo de determinaçãoCom bom desempenho, persistência e dedicação é possível alcançar o sucesso profissional

Junior Achievement, o Empresário--Sombra Por Um Dia. Por meio desta oportunidade, o jovem pôde conhecer melhor o trabalho desenvolvido pela empresa Mapah, que atua na área de prestação de serviços jurídicos, auditoria, consultoria, contabilidade e controladoria – segmento no qual Yuri já demonstrava interesse. “Eu pensava em prestar vestibular para Ciências Contábeis. Tinha a ideia de ser auditor público, prestar um con-curso”, conta. Com a participação no Empresário-Sombra Por Um Dia o rapaz confirmou sua vocação. “Foi uma das lições que a miniempresa me ensinou: traçar metas e objetivos para poder conquistar. Um de meus objetivos era entrar numa em-presa de auditoria”, relata. E foi o que aconteceu. Em 2009, Yuri conseguiu ser contratado como trainee da Mapah, em-presa na qual, hoje, exerce a função de semiencarregado.

A Junior Achievement Goiás firmou parceria com a Aiesec Goiânia para aplicação do Programa Nosso Mundo, com a participação de voluntários in-tercambistas da Alemanha, Argentina e Peru. Essa parceria é inédita no Bra-sil e tem como objetivo oferecer aos alunos uma visão mais ampla do mun-do e um pouco de como funcionam as relações entre países que geram o comércio internacional.

Rodney Guardia, Sócio-Diretor da Ma-pah e Vice-Presidente do Conselho Diretor da Junior Achievement Goiás, afirma que o principal objetivo da mi-niempresa é você ser o empreendedor da sua própria carreira. “Eu mesmo não tive essa chance. Penso que se tivesse tido, conseguiria ter trilhado meu cami-nho de uma forma menos tortuosa e chegado aos meus objetivos de uma maneira mais tranquila. Essa é uma vantagem competitiva que o Yuri teve”, explica Guardia.

JAGO traz voluntários intercambistas para aplicação de programa

Yuri Nascimento (à direita) e o Conselheiro da JAGO, Rodney Leandro Guardia

Page 56: Revista Fazendo a Diferença

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Ao ser voluntário de um programa da Junior Achievement, um profissional compartilha seu tempo, paciência, co-nhecimento e carinho. Em troca, muito também é recebido. Três voluntários da Junior Achievement Pernambuco conta-ram para a revista Fazendo a Diferença sobre suas experiências na aplicação dos programas que têm transformado a vida de milhares de jovens no Estado.A história de Ana Cristina Azevedo, arquiteta especializada em gestão de projetos, com a Junior Achievement teve início em 2006, assim que ela começou a trabalhar na Hebron. “A minha empresa sempre se preocupou em apresentar a Junior Achievement e recrutar voluntários para os programas. Fui incentivada a par-ticipar por um colega que, na época, tam-bém era voluntário. Até hoje agradeço a ele por ter me convencido a participar”, relata.Ana aplica há cinco anos o Programa Mi-niempresa. “�Conheci jovens incríveis, com histórias de vidas mais incríveis ainda. Só quem participa e se entrega pode viver as emoções que o projeto oferece. Apren-di muito mais do que ensinei”, garante. Para ela, participar da aplicação dos pro-gramas a fez evoluir como pessoa. “�Fiz a diferença na vida de, no mínimo, 100 jovens e eles fizeram toda a diferença na minha”, declara.Gustavo Simoni, colaborador da Hemo-brás, conheceu a Junior Achievement em 2005, quando participou pela primeira vez

Pernambuco

do Programa Miniempresa. Ele afirma que muitos talentos podem ser descobertos por meio dos programas. “O jovem de hoje é uma pedra preciosa que falta lapi-dação. A cada ano me surpreendo com a capacidade deles para criar novos produ-tos e inovar, encontrando soluções para os problemas com espírito de equipe e profissionalismo”, diz. O colaborador do Banco Santander, Wellington Passos, teve seu primei-ro contato com a Junior Achivement após ter sido convidado pelo Executivo do Banco na região, Carlo Mantovani, para conhecer o projeto. Wellington, juntamente com outros colegas, foi apresentado a Associação por Rosane Schereschewsky, Diretora Executiva da Junior Achievement no Estado. “Fiquei encantado com o Programa Miniempre-sa e fechamos naquele momento duas turmas de advisers”, relembra. Desde então, ele foi adviser por três anos consecutivos e, na última assembléia do Conselho da Junior Achievement, foi eleito Conselheiro Fiscal para o biênio 2011/2012. “Aprendi que tempo é uma questão de prioridade e apesar do dia a dia corrido que minha atividade profissional impõe, não poderia deixar de dedicar um pouco do meu tempo para fazer algo novo que possa fazer a diferença para a vida de alguém. Voluntariado para mim é isso, é nisso que acredito e é isso que me faz bem”�, conclui.

Voluntários transformam histórias de vida em Pernambuco

Os benefícios de ser achieverA experiência de participar dos programas da Junior Achievement é uma grande oportunidade para aqueles que estão começando a pensar no mercado de trabalho. Para Jully Neves, 18 anos, as lições mais valiosas que pôde tirar do Progra-ma Miniempresa, do qual participou em 2009, foram aprender a trabalhar em grupo e a valorizar princípios como ética e empreendedorismo. “�A Junior Achievement foi decisiva na escolha do meu curso superior. Meu desejo em fazer Administração de Empresas era grande, porém minha escolha final foi tomada durante o Programa Miniempresa�”, conta a ex--achiever, que hoje cursa Adminis-tração de Empresas na Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco. A ex-achiever, Izabella da Sil-va, 19 anos, também conheceu a Junior Achievement através do Mi-niempresa. A identificação com o trabalho foi tanta, que hoje Izabella trabalha na unidade de Pernambuco, auxiliando a gestão de projetos e o Nexa. “Eu considero a presença da Junior Achievement na minha vida como um divisor de águas. Conse-gui desenvolver meu modo de agir de uma forma que a escola não ti-nha conseguido. No lugar da timidez colocou-se a proatividade, e, desde então, modifiquei minha forma de agir. Passei a acreditar nos sonhos que eu tinha, e, principalmente, pas-sei a acreditar em mim. Descobri que a condição financeira e social não podiam ser obstáculos na mi-nha vida�”, relata a estudante de Administração pela Universidade de Pernambuco.

Em sua trajetória, a Junior Achievement Pernambuco, com o apoio de voluntários, conseguiu mudar a história de milhares de jovens

Ana Cristina, voluntários e achievers da Gincana de Miniempresas da JAPE

Resultados 2011• Alunos: 7.177• Voluntários: 481• Escolas: 71

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Desde a adolescência, o sonho do jovem Táiguel era ter sua própria

empresa. Aos 12 anos, ele deu início à carreira de designer de acessórios, aprendendo com uma vizinha alguns truques básicos sobre a produção de bijuterias. No entanto, apesar do em-penho para ver seu trabalho prospe-rar, faltava ao menino empreendedor conhecimentos sobre o mundo dos negócios.No princípio, Táiguel se dedicava a pro-duzir peças mais simples, pois acredi-tava que vendendo seus acessórios a preços baixos conseguiria mais vendas e, consequentemente, maior lucro. Com o tempo, o rapaz começou a enfrentar grande resistência do mercado, devido à simplicidade de suas bijuterias. Como tentativa de reverter a situação, ele resolveu mudar a matéria-prima, qua-lidade e preço de seus produtos. No

Minas Gerais

Jovem de Minas Gerais monta o seu próprio negócioCom os ensinamentos da Junior Achievement, Táiguel Barreiros Rievers abriu o seu atelier

entanto, a iniciativa não teve um bom resultado, e Táiguel passou a ter muito prejuízo, uma vez que vendia suas pe-ças a prazo. A situação começou a mudar quando, em 2010, o jovem teve a oportunidade de participar do Programa Miniempre-sa, realizado pela Junior Achievement Minas Gerais. Sobre a experiência, o ex-achiever afirma que não foi fácil. “Definindo o Programa em uma pala-vra, para mim, seria �superação�. Enfren-tei muitas dificuldades ao trabalhar em equipe. Os outros achievers, por não terem a experiência que eu tinha, eram mais lentos para fabricar as bijuterias. Minha vontade era fazer tudo sozinho, mas tive que aprender a trabalhar em equipe”, conta. Hoje, ele aplica os conceitos adqui-ridos no Programa e afirma que sua participação no Miniempresa lhe trouxe

segurança e conhecimento de merca-do. Além disso, o Programa também foi decisivo para a escolha profissional do rapaz, que busca ser um bem-sucedido empresário na área da moda. “Aprendi muito com o Programa, principalmente a trabalhar em equipe e ser mais pa-ciente no ambiente de trabalho. Ganhei experiência prática e teórica para admi-nistrar meu próprio negócio e pude ter a certeza de que estou no caminho certo para minha realização profissional”,� re-lata o jovem empresário, que, hoje, tem 18 anos.Após a participação no Programa Mi-niempresa, Táiguel integrou-se ao Nexa - Núcleo de Ex-Achievers. No Núcleo, teve a oportunidade de participar dos eventos da Junior Achievement Minas Gerais e atuar como adviser junior em uma das turmas de Miniempresa em Belo Horizonte, consolidando todo o conhecimento que adquiriu durante sua participação no Programa.Atualmente, o jovem designer tem seu próprio atelier, em um bairro da Zona Sul de Belo Horizonte. Lá, ele vende os acessórios e as semi-jóias que produz para grifes renomadas no mercado da moda. “Tenho planos para expandir meu mercado e diversificar meus pro-dutos”, finaliza o determinado jovem, que conseguiu realizar o sonho de ser empresário.

Resultados 2011Alunos: 14.124Voluntários: 764Escolas: 159

No próprio atelier, o jovem designer posa junto as suas criações

Page 58: Revista Fazendo a Diferença

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“Produto Destaque” e de segundo melhor empreendedor. E são as premiações que os motivam a conquistar novos objetivos e planejar novas ações. “Amigos foram feitos e lições foram aprendidas. É com muita satisfação, que, hoje, eu posso di-zer que faço parte de uma nova geração de empreendedores”, conta Matheus Go-dinho, Diretor de Produção.

tantes nomes do empreendedoris-mo. “Os valores adquiridos, a troca de cultura e a cumplicidade com outros participantes são incríveis”, relata Yuri Ribeiro participante do Findinexa.Para 2012, o tema do Findinexa Brasil é “O sonho que te move” e as metas são ambiciosas: o even-to tem como objetivo reunir mais de 250 jovens empreendedores no Piauí.

Piauí

Entre os dias 10 e 15 de outubro de 2011 aconteceu, em Luís Correia, no Piauí, a 3ª edição do Findinexa Bra-sil, evento internacional voltado a jovens empreendedores. Ao todo, 140 jovens de 10 Estados brasileiros e de mais cinco países participaram de workshops, palestras, debates e ati-vidades voltadas ao desenvolvimento do espírito empreendedor. “Começamos com um sonho de ter um evento através do qual pode-

ríamos colocar em prática toda a teoria e as práticas aprendidas nos programas da Junior Achievement e, dessa forma, nasceu o Findine-xa Brasil”, explica Letício Dantas, Diretor-Geral do evento.A vontade indescritível de apren-der é o que move os participantes. Durante todo o evento, além de absorver conhecimento, os jovens compartilharam experiências pes-soais e profissionais com impor-

O evento, que teve sua 1… edição em 2009, é referência em desenvolver o empreendedorismo entre os jovens

Findinexa Brasil completa quatro anos de sucesso

Miniempresários do Piauí mostram criatividade e espírito empreendedorPresente no Piauí desde 2003, a Junior Achievement vem desenvol-vendo um trabalho de aprimoramento pessoal e profissional de jovens estu-dantes no Estado. Um exemplo disso é a aplicação do Programa Miniempre-sa, que proporciona a estudantes do 2º ano do Ensino Médio a experiência prática em economia e negócios. Como exemplo do sucesso do Programa no Estado, pode-se destacar a miniem-presa Focus Light S.A./E, que desen-volveu seu produto de forma criativa e inovadora, utilizando artigos reciclados para criar belas luminárias.A miniempresa participou da 9ª Feira de Miniempresas, ocorrida na Praça de Eventos do Teresina Shopping, e con-quistou os títulos de “Empresa Inovação”,

Resultados 2011• Alunos: 3.176• Voluntários: 197• Escolas: 45

Miniempresa Focus Light conquistou a atenção do público

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Roraima

Resultados 2011Alunos: 7.136Voluntários: 142Escolas: 28

Entender o papel da livre iniciati-va foi a prioridade do ex-achiever

Diogo Silva Santos, aos 16 anos. En-quanto muitos jovens aproveitavam o tempo livre depois da aula, ele pensa-va na próxima ação de marketing para aumentar as vendas da Miniempresa Mania Hot Dog S.A./E. Hoje, com 22 anos, o ex-achiever se divide entre as responsabilidades de radialista, jorna-lista e produtor de projetos sociocul-turais, além das ações voluntárias na Junior Achievement Roraima.Diogo participou do Programa Miniem-presa em 2005, quando teve suas pri-meiras experiências na área de comu-nicação, “divulgávamos nosso produto na rádio da escola, investimos tanto em publicidade que resultou na demanda três vezes maior que a oferta”, comen-ta. Atualmente, além de trabalhar na produção do Grupo Criart Teatral, um projeto sociocultural voltado para crian-ças e adolescentes da periferia, Diogo

também trabalha em programas de rá-dio e TV. “Meus amigos me chamam de Diogo Multimídia”, conta, aos risos.Mesmo com a agenda cheia, é voluntário assíduo da Junior Achievement Roraima há quatro anos e já aplicou todos os pro-gramas. Diogo também participa do Ne-xa-RR desde 2008. “Todos os programas da Junior Achievement são essenciais na qualificação dos alunos, mas tenho preferência pelo Programa As Vantagens de Permanecer na Escola, que mostra, desde cedo, que a educação é a base do sucesso”. O acadêmico do 2º semes-tre do curso de Sistemas de Informação produz, por hobby, spots publicitários em casa, mas planeja abrir sua própria pro-dutora em dois anos. Exemplos como o de Diogo confirmam a importância da Junior Achievement na formação de jovens empreende-dores com consciência social. Se-gundo o Presidente do Conselho Di-retor da JARR, Luiz Coelho de Brito,

Junior Achievement Roraima forma jovem empreendedor Diogo Silva Santos divide seu tempo atuando como radialista, jornalista, produtor e voluntário da Junior Achievement

“a Junior Achievement tem sido, sem dúvida, um laboratório para formação de uma geração empreendedora, sen-do a maior contribuinte de jovens com um caráter adaptado sobre os valores e princípios éticos”. E é qualificando jo-vens para serem profissionais éticos e preparados, que a Junior Achievement contribui para a sociedade brasileira. “Jamais um Estado ou País se desen-volve sem ter o seu povo qualificado. E a Junior Achievement tem realizado o seu papel no Estado de Roraima”, finaliza o Presidente do Conselho Consultivo da JARR, Alexandre Re-mor.

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Amapá

H á nove anos no Amapá, a Junior Achievement já contri-

buiu para a qualificação de milhares de estudantes. Mas tão importante quanto estimular o desenvolvimento destes alunos, é acompanhá-los em seu processo de crescimento pro-fissional e pessoal. Por esse moti-vo, a JAAP reconhece a importância do Nexa – Núcleo de Ex-Achievers. No Estado, estes jovens estão tra-balhando a todo vapor em ativida-des de capacitação, trabalhos so-cioambientais e encaminhamento para o mercado de trabalho.E foi pensando como jovens empre-endedores conscientes que o Nexa--AP decidiu alertar a população ma-capaense sobre a poluição ambiental. Na ação, os ex-achievers mostraram os danos que o descarte inadequado de garrafas pet pode causar à na-tureza, e que a reciclagem pode se tornar uma fonte de inclusão social

Nexa do Amapá incentiva a consciência ambientalUnidos por uma sociedade melhor e ecologicamente mais saudável, jovens investem na divulgação da importância dos cuidados necessários para a preservação do meio ambiente

e de renda. Atualmen-te, mais de um milhão de garrafas plásticas são despejadas no lixo, todo mês, em Macapá e apenas 15% chega às lixeiras públicas.Como forma de ajudar a melhorar esta situa-ção e a contribuir com a sociedade, o Nexa--AP resolveu coope-rar com o trabalho da Oficina de Fabricação de Vassouras, parte do projeto Reciclap, criado pela Promo-

toria do Meio Ambiente de Macapá. A iniciativa contempla os Carapirás (catadores de lixo) e os detentos e ex-detentos pertencentes a Asade – Associação de Amparo aos Detentos e Ex-Detentos. Como forma de prepa-ração, os participan-tes do Nexa recebe-ram capacitação no Auditório do Sebrae, com o Coordenador de Educação e For-mação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e visitaram empresas ecologica-mente corretas. Os jovens também realizaram uma sen-sibilização junto à população na Praça Floriano Peixoto, no Bairro Central. O ob-jetivo era arrecadar

uma grande quantidade de garrafas pet e reciclá-las, de modo a serem transformadas em vassouras ecologi-camente corretas. Ao mesmo tempo, a comunidade foi incentivada a se conscientizar sobre o tema e a com-prar os produtos da oficina, dispo-níveis em supermercados e lojas de Macapá.

Parceria com o Senac capacita estudantesAo se tratar de desenvolvimento pro-fissional e pessoal, receber qualifica-ção é uma grande oportunidade de crescimento. Ainda mais em áreas de grande relevância nos dias de hoje, como a informática. Por isso, em par-ceria com o Senac, 20 alunos, as-sociados ao Nexa Amapá, receberam capacitação em informática empresa-rial, com utilização de planilhas de Excel, Word e Windows, no laborató-rio de informática do Senac, para a preparação profissional destes jovens para o mercado de trabalho.

Resultados 2011Alunos: 5.326Voluntários: 266Escolas: 39

Os alunos do Nexa, Juvandilson e Felipe, na separação e limpeza das garrafas pet para iniciar os trabalhos de confecção de vassouras

Seguindo a trilha no km 09, zona leste de Macapá, o Nexa vivencia a reutilização dos recursos naturais para a formação de adubos

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Resultados 2011Alunos: 888Voluntários: 30Escolas: 4

Acre

Investir no futuro do País é acreditar que é possível desenvolver, em crian-

ças e jovens, o espírito empreendedor. A Junior Achievement não só prepara os estudantes para o mercado de tra-balho, como desenvolve a cidadania, disseminando valores como ética e sustentabilidade. Para os empresários do Acre, a Junior Achievement é uma iniciativa inovadora, que veio para transformar as comunidades, trazendo um novo tempo, de atitudes que fazem a dife-rença na educação e na própria cultu-ra do Estado. A participação de empre-sas e organizações como Sebrae-AC, Uninorte, Araújo, Fiat Comauto e Ciga é essencial para o sucesso dos pro-gramas da unidade. Os empresários têm consciência da importância de

Empresários e voluntários fazem a diferença no AcrePor meio da participação da comunidade empresarial e de voluntários engajados, a Junior Achievement Acre está transformando o futuro dos jovens

sua contribuição, pois se trata direta-mente de um investimento no futuro da sociedade e de milhares de jovens.De acordo com a Executiva Luzia Maria Soares de Oliveira, no 1º semestre de 2011, três Programas foram aplicados no Estado: As Vantagens de Permane-cer na Escola, em parceria com a Oi, Nosso Mundo e Economia Pessoal. Segundo os voluntários, os estudantes que participaram dos programas dizem estar mais preparados para o mercado de trabalho, sabendo da importância dos estudos, do valor da educação, do papel das trocas internacionais, dos benefícios e da complexidade do comércio global. “O trabalho continua com perseverança, dedicação e muita emoção, sempre acreditando no que fazemos”, complementa Luzia.

�“Apesar de saber que seriam os alu-nos que aprenderiam a cuidar de seu próprio dinheiro, e conheceriam o co-mércio internacional, eu aprendi mais do que eles”�, conta a voluntária Ana Leila da Silva Lopes. “Além de ter sido voluntária, pude também ser reconhe-cida e obter o certificado para incluir no meu currículo como um diferencial”�, finaliza.

“A oportunidade de falar da nossa experi-ência de não ter desistido da escola traz uma alegria muito grande e o desejo de que cada aluno que esteve conosco não desista também. Espero que cada criança que participou das nossas aulas tenha guardado as palavras no coração, pois, dessa forma, elas poderão sempre se lembrar da importância de não desistir da escola e comprovar, no futuro, que valeu muito a pena estudar.”Kátia Garbin – Diretora de Relações Insti-tucionais da Oi e voluntária no Programa As Vantagens de Permanecer na Escola

DEPOIMENTO

Estudantes do Acre aprendem sobre o mundo dos negócios de

forma lúdica e divertida

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Maranhão

Participar de um dos programas da Junior Achievement é mais do que

uma experiência positiva na vida de um estudante. É um processo transforma-dor, que vai além do desenvolvimento de habilidades intelectuais e acadêmi-cas. O achiever passa por um aperfei-çoamento simultâneo de valores pes-soais e profissionais. Nos últimos anos, a vida de muitos jovens maranhenses vem sendo mudada por meio da oportu-nidade de participar dos programas da JAMA, em especial, o Miniempresa.E quem pode comprovar a revolução de valores são aqueles que mais convi-vem com estes jovens: os familiares. As mães dos ex-alunos são as mais em-polgadas com as conquistas dos filhos após a participação nos programas da Junior Achievement. Um exemplo disso é a arte-educadora Maria de Fátima Pal-meira Moreira, mãe de Saulo Nunes, ex--aluno do Programa Miniempresa, atual Gestor Operacional da JAMA e associado do Nexa-MA. Maria de Fátima afirma que muitas mudanças ocorreram na vida do fi-lho com a entrada na Junior Achievement. “Saulo ficou mais confiante para seguir em frente e superar suas metas; sem falar que cultiva, desde então, excelentes ami-zades com jovens igualmente idealistas e comprometidos em fazer a diferença na

Descobrindo novos caminhos no MaranhãoFamiliares de ex-achievers atestam a revolução na vida dos filhos após programas da Junior Achievement

sociedade por meio do trabalho voluntário e de sua própria profissão”, conta.Outra mãe que reconhece uma grande evolução no filho, o ex-achiever Maurí-cio Silva, é Benedita Costa da Silva. Em 2009, Maurício participou do Programa Miniempresa pelo IFMA – Instituto Fe-deral do Maranhão. “Entre as muitas mudanças nele estão assumir mais res-ponsabilidades, falar melhor em público e, uma das mais importantes, conciliar os fundamentos empreendedores com a criatividade, além de ajudar as outras pessoas com o trabalho voluntário”, afir-ma. A mãe do jovem também ressalta a potencialização de qualidades como a persistência e o aumento da rede de con-tatos do filho. “Se relacionar bem com as pessoas é a chave para o sucesso, tanto profissional como pessoal”, reflete Be-nedita. Segundo o próprio Maurício, par-ticipar do Nexa tem um sentido especial em sua vida, pois, além da oportunidade de desenvolvimento o núcleo funciona como uma segunda família.

Resultados 2011Alunos: 2.593Voluntários: 92Escolas: 16Benedita e Maurício. Expandir a rede de

contatos é um dos benefícios trazidos pela Junior Achievement

Saulo com a mãe, Fátima. A JAMA despertou mais confiança e vontade de ajudar ao próximo

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Com base na nova proposta do Ministério da Educação, em todo

País, diversas escolas estão adotan-do a educação inclusiva. A medida busca incentivar a integração de es-tudantes deficientes em instituições de ensino comuns. Pensando nisso, a Junior Achievement Distrito Fede-ral está dando um passo no caminho que procura diminuir as diferenças. Em busca da inclusão de jovens por-tadores de necessidades especiais em seus programas, a unidade tem elaborado materiais para atender es-tudantes deficientes.A iniciativa da JADF teve início após se identificar a exclusão de alunos com deficiência visual na aplicação de programas com materiais didáticos impressos à tinta que, até então, só tinham sido trabalhados junto a estu-dantes com visão normal. Partindo daí, verificou-se a possibilidade de envol-ver estes alunos especiais em proje-tos; sendo escolhido, para começar, o

Distrito Federal

Distrito Federal promove respeito às diferenças A unidade investe em material especial para portadores de deficiência e incentiva a inclusão social

Programa Nosso Planeta, Nossa Casa. Após a constatação de uma demanda inicial, foram impressos exemplares em braille do Programa e criados áudio--books para alunos totalmente cegos ou com visão subnormal. Algumas escolas de Brasília e do Gama já estão sendo atendidas, assim como a Associação de Amigos de Deficien-tes Visuais, que possui uma biblioteca especializada, além de livros em áudio. O Presidente da associação, José Ber-nardo da Silva, também deficiente vi-sual, ao tomar em mãos um exemplar em braille do Programa, fez elogios à qualidade do material. “A impressão é ótima. Dá vontade de não parar de ler”, afirmou. Um dos parceiros do projeto é o Centro de Ensino Médio Setor Leste, responsável pela impressão, que possui, a título de comodato, uma impressora em braille, conquista do Rotary Club Centenário de Brasília. Os primeiros exemplares foram patrocinados pelo Instituto Sabin.

Resultados 2011Alunos: 15.807Voluntários: 298Escolas: 64

Ampliando este projeto de inclusão, a Junior Achievement Distrito Fede-ral também identificou a necessidade de atender deficientes auditivos. Para isso, existem monitores que utilizam a linguagem em libras. O retorno da iniciativa tem sido ótimo, tanto que a instituição CEAL, que atende crianças, adolescentes e adultos, demonstra inte-resse na aplicação de todos os progra-mas. Além dessa organização, escolas da rede pública têm alunos com defi-ciência auditiva, tanto no Ensino Fun-damental, quanto no Médio. O projeto inclui o atendimento progressivo a es-ses estudantes, cidadãos que merecem conhecer os programas de empreende-dorismo, meio ambiente e ética.

O Presidente da AADV, José Bernardo da Silva

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Ter a chance de vivenciar por um dia a realidade de quem está no tão

sonhado mundo dos negócios. É exa-tamente isso o que está acontecendo com centenas de jovens em João Pes-soa, na Paraíba. Por meio do Progra-ma Empresário-Sombra Por Um Dia, da Junior Achievement, estudantes do Ensino Médio de escolas públicas têm tido acesso a empresas trilhando este caminho. “Foi a experiência mais incrí-vel da minha vida”, diz Fabíola dos San-tos Pereira, que acabou fazendo a sua escolha profissional depois de ter sido ‘sombra’ de um empresário da constru-ção civil. “Percebi que engenharia era o que eu queria para a minha vida e nem sabia disso”, conta a estudante entusiasmada.A Junior Achievement Paraíba levou 100 jovens de escolas públicas de João Pessoa para dentro das empresas. Eles

Paraíba

Jovens da Paraíba descobrem talentos em um diaAcompanhando o dia a dia de empresários, estudantes paraibanos descobrem vocação profissional

acompanharam de perto a rotina de profissionais de diversas áreas, como arquitetura, hotelaria, administração, comunicação e marketing. O objetivo deste projeto é oportunizar aos alunos mais do que o contato direto com a re-alidade de trabalho, é fazê-los conhecer um pouco da vida e trajetória profissio-nal de alguns dos maiores empresários e executivos do Estado. Segundo a consultora de empresas em recursos humanos, Verônica Fagundes,

o Empresário-Sombra Por Um Dia é uma chance única de garantir aos jo-vens escolhas mais seguras. “É profun-damente injusto esperar que alguém de 16, 17 anos saiba o que vai fazer por toda a sua vida. O projeto ajuda a definir o perfil profissional desses estudantes”, diz Verônica. A consulto-ra também afirma que a maioria das empresas está insatisfeita com os seus colaboradores. “Em parte, porque estes profissionais também estão insatisfeitos com a carreira que escolheram. Eles não tiveram como experimentar antes, o que acabou sendo a profissão deles”, explica. Para o Diretor-Presidente da Metal & Tal e Presidente do Conselho Consultivo da Junior Achievement Paraíba, Luciano Pi-quet, o Programa é também uma porta de entrada de muitos participantes para o mercado de trabalho. “Temos vários exemplos de ‘sombras’ que surpreende-ram e acabaram contratados. O talento foi captado já nesta experiência e tenho certeza de que isto será decisivo para o futuro desses jovens”, destaca. Piquet ainda ressalta que a JA é a ponte que liga a escola ao mercado de trabalho, o presente ao futuro. “Com o Empresário-Sombra, os jovens são apresentados ao mercado por empresários e grandes executivos. É maravilhoso saber que a Junior Achievement existe e que faz isso pelos jovens”, finaliza.

Resultados 2011Alunos: 2.125Voluntários: 42Escolas: 5

Confraternização do Programa Empresário-Sombra Por Um Dia

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Alagoas

Na busca pelo desenvolvimento pro-fissional e pessoal dos jovens ala-

goanos, a Junior Achievement do Estado

Parceria de sucesso em Alagoas contribui para a formação de jovens empreendedores

tivas como as da Associação são de grande relevância para fazer a diferen-ça na realidade de muitos estudantes. Os programas da unidade contribuem para transformar e inovar, sendo o pon-to de partida para jovens com espírito empreendedor, que possuem vontade de vencer na vida.Como resultado da parceria com a Junior Achievement, voluntários da Jaraguá já aplicaram, na cidade de Marechal Deodoro, o Programa As Vantagens de Permanecer na Escola – que desafia o estudante a pensar em seu futuro de forma concreta e eficaz, nunca desistindo do ensino. “�Sinto que estamos apenas no começo da ca-minhada, mas acredito que esta seja uma parceria que já deu certo”�, finali-za Joel de Augusto.

Parceria com a Escola SesiA Junior Achievement Alagoas, junto com a Escola Sesi, promoveu a aplicação do Programa Nossos Recursos, que tem como objetivo realizar um empre-endimento econômico que contemple a preservação dos recursos humanos, naturais e de capital. Dentro deste conceito, três turmas do 5º ano, num total de 92 alunos, puderam entrar em contato com temas como: reciclagem, re-cursos renováveis, recursos naturais e tantos outros assuntos que envolvem sustentabilidade. Foram dez semanas de muita criatividade e conhecimento, que proporcionaram às crianças uma visão mais clara sobre os problemas ambientais e o que pode ser feito para melhorar a saúde do Planeta.A Escola Sesi de Maceió é parceira da Junior Achievement Alagoas desde 2007, quando foram aplicados os Programas Introdução ao Mundo dos Negó-cios e Miniempresa.

Resultados 2011Alunos: 5.680Voluntários: 110Escolas: 13

Parceria entre a Junior Achievement Alagoas e a Jaraguá Equipamentos Industriais do Nordeste leva aos jovens o Programa As Vantagens de Permanecer na Escola

tem como aliada a Jaraguá Equipamen-tos Industriais do Nordeste. A empresa, que faz parte do Grupo Garcia-Jaraguá, atua há mais de 50 anos na área de bens de capital, contribuindo, ao longo de sua trajetória, para o crescimento e transformação da sociedade brasileira.Segundo o Gerente de Melhoria Contí-nua, Treinamento e Desenvolvimento da Jaraguá, Joel de Augusto, o tempo de considerar como investimento apenas a compra de equipamentos já passou. �“Uma empresa se constroi com pesso-as e precisamos investir no desenvolvi-mento delas”, afirma. O Gerente disse, ainda, que, hoje, a boa gestão de pes-soal é um dos fundamentos básicos da filosofia da Jaraguá.Seguindo estes princípios, a empresa as-sinou parceria com a Junior Achievement Alagoas, pois compreende que inicia-

Através da Junior Achievement e do voluntariado corporativo, estudantes descobrem as vantagens dos estudos para o futuro profissional

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Resultados 2011Alunos: 2.839Voluntários: 126Escolas: 12

Ceará

Poder ver o crescimento e sucesso de seus beneficiados é uma realiza-

ção para a Junior Achievement. No Ce-ará, um destes exemplos gratificantes é o jovem Vinícius Santos, de 20 anos. Desde 2006, ele segue uma carreira de sucesso na unidade do Estado, tendo participado do Programa Miniempresa, como achiever e adviser, e do Empresá-rio-Sombra Por Um Dia. Quando ingres-sou na Junior Achievement, Vinícius era estudante do Colégio Farias Brito. Hoje, cursa a faculdade de Administração de Empresas na Universidade Federal do Ceará, ocupando o cargo de Técnico de Expedição na usina cearense da Ger-dau – empresa líder na produção de aços longos nas Américas e uma das maiores fornecedoras de aços longos especiais no mundo.

Comemorando conquistas no CearáPor meio da participação em programas da Junior Achievement, jovens se destacam e comemoram suas conquistas

De acordo com Vinícius, o mais impor-tante em sua trajetória como achiever e adviser foi a filosofia “arquiteto do meu caminho” e “fazer a diferença”. Para o jovem, elas podem ser aplica-das tanto em âmbito pessoal quanto profissional. “A oportunidade me per-mitiu vivenciar experiências de negó-cio na prática, utilizando de uma me-todologia diferenciada, que estimula o empreendedor que existe dentro de cada um”, afirma.Outra história que merece destaque é a do estudante de Eletrotécnica do IFCE - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Ygor de Olivei-ra, de 18 anos. Premiado como Achiever Destaque, o jovem participou da últi-ma edição do Programa Miniempresa. A Kmizetas, empreendimento do qual fez parte, contou com o maior número de participantes – ao todo, 20 – e se destacou pela maior arrecadação de valores em tributos e em comerciali-zação dos produtos. “A experiência me permitiu descobrir como funciona uma empresa. Isso foi muito importante para mim, pois, hoje, estou aplicando as técnicas na empresa da minha família, como, por exemplo, a forma de se admi-nistrar o dinheiro”, conta o estudante.Este é o trabalho da Junior Achievement, qualificar jovens empreendedores e abrir novos horizontes que os permi-tam crescer e se desenvolver não só como profissionais, mas como pessoas. “Ao estar presente pela primeira vez na Formatura do Programa Miniempre-sa, pude perceber o quão importante é esta instituição. Ela faz a diferença na vida dos estudantes brasileiros, ensinando-os não somente a sonhar, mas, principalmente, como transformar estes sonhos em realidade”, relata o membro do Conselho Consultivo da Junior Achievement Ceará, Igor Queiroz.

Vinícius desenvolveu seu espírito empreendedor e hoje trilha um caminho de sucesso

Para o empresário Igor Queiroz, a Junior Achievement contribui para transformar

sonhos em realidade

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Sergipe

A Junior Achievement Sergipe foi fun-dada em 10 de outubro de 2005,

e, de lá pra cá, tem mudado a vida de alunos e voluntários sergipanos. Mes-mo com sua trajetória recente no Es-tado, a unidade já possui um histórico de sucesso. Muitos dos que passaram por ela não só marcaram a história da JASE, como também são exemplos de pessoas que fizeram a diferença. A melhor recompensa para quem tra-balha investindo no futuro dos jovens é vê-los atingindo o sucesso. Hugo Lobão foi o primeiro ex-achiever da Junior Achievement Sergipe a tornar-se empresário. Presidente de uma miniem-presa em 2006, ele aproveitou todas as oportunidades e desafios proporciona-dos pela fabricação e comercialização de camisetas customizadas. Hoje, Hugo é estudante de arquitetura e dono de duas empresas: uma no ramo de de-coração, que abriu em sociedade com a mãe, e outra de aluguel de materiais para eventos. Segundo ele, foram os en-sinamentos da Junior Achievement que o incentivaram a aventurar-se no mundo dos negócios. �“Na abertura da minha se-gunda empresa, aquele passo a passo inicial que aprendi no Programa Miniem-presa tornou-se realidade. Além disso, quero registrar que a JASE, naquela época, me incentivou a ter muita respon-

Uma trajetória de sucesso em SergipeHá sete anos no Estado, a Junior Achievement vem transformando vidas

sabilidade para garantir a credibilidade ao cliente”, conta.Outro exemplo de sucesso é Paulo Hen-rique Sarmento, colega de Hugo no Pro-grama Miniempresa. Sobre a experiên-cia, o ex-achiever e estudante de Direito relata que o desafio lhe ensinou muito sobre a importância da organização e planejamento no mundo dos negócios. Estagiário de advocacia, Paulo já traba-lhou com juízes e, hoje, sonha em mon-tar seu próprio escritório. Para isso, o jo-vem diz que utilizará os conhecimentos adquiridos com a Junior Achievement. “Percebo claramente a problemática da administração nesse ramo, pois se trata de administrar uma empresa, tendo pre-ocupações com todas as áreas, e não somente com um setor. Sempre se pode contratar um administrador, mas o dono deve supervisionar tudo,� afirma.Tão importante quanto os alunos que participam dos programas são aqueles que levam o conhecimento aos estudan-tes. Diego da Costa foi o primeiro em-presário a inscrever-se como voluntário da unidade sergipana. O tempo passou, e Diego acompanhou tão de perto o tra-balho que se tornou o atual Presidente do Conselho Diretor da JASE. �Há mais de seis anos, a associação apresentou para o setor empresarial o verdadeiro espírito voluntário. “Acredito muito no

empreendedorismo como um hábito positivo. Tive a satisfação de conhecer muitos jovens estudantes apresentando noções de economia, negócios e admi-nistração. É uma honra fazer parte des-ta família. Obrigado por existir!”�Mas nada do que foi relatado anterior-mente teria acontecido se não fosse pelo espírito empreendedor e solidário de um homem: José Tomaz Vasconcelos (1946 – 2010), principal responsável pela fundação da Junior Achievement no Es-tado. Empresário de sucesso, ele reuniu amigos em um almoço tipicamente ser-gipano e, ao final da refeição, já havia conseguido os primeiros mantenedores da JASE. Como Presidente do Conselho Consultivo, levou a bandeira da associa-ção para todos os cantos, acompanhou de perto todas as atividades, deixando seu exemplo em tudo o que fez. Até pouco tempo, antes de seu falecimento, mesmo não sendo mais o Presidente, José mantinha um interesse vívido pela Junior Achievement, da mesma forma como vívida permanece sua presença em todos os que tiveram a sorte de conhecê-lo.

Resultados 2011Alunos: 780Voluntários: 24Escolas: 5

José Tomaz (à direita de Jorge Gerdau), o responsável pela fundação da JASE

Hugo Lobão (centro), o primeiro ex-achiever a tornar-se empresário, brinda ao sucesso

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Despertar o espírito empreende-dor nos jovens, ainda na escola,

e proporcionar uma visão clara do mundo dos negócios. Esse é o princi-

Tocantins

Estudantes do Tocantins participam de programas da Junior AchievementA parceria firmada entre a Junior Achievement e a Secretaria Estadual de Educação leva aos estudantes da rede pública conceitos como ética, empreendedorismo e liderança comunitária

Em 2011, técnicos da Seduc do Pro-grama de Evasão Escolar e da Co-ordenação de Programas e Projetos de Ensino Médio, junto com a Dire-toria Regional de Ensino de Palmas, foram capacitados para a aplicação dos programas nas salas de aula. Nas escolas, no contraturno das ati-vidades, foram aplicadas as práticas destes programas, tarefas elaboradas e executadas pelos alunos com o acompanhamento de técnicos. “�Estamos ansiosos para ver o resultado dessa metodologia, ver nossos alunos com espírito empreendedor e preparo adequado para enfrentar o mercado de trabalho, cada vez mais competitivo”�, afirmou a Diretora Regional de Ensino, Maria Marlene Porto.

pal objetivo de uma parceria firmada entre a Junior Achievement Tocantins e a Secretaria Estadual da Educação. Em 2011, cerca de dois mil alunos da rede pública de ensino foram capa-citados com o intuito de promover e estimular o empreendedorismo, so-bretudo o protagonismo juvenil, que é uma das políticas públicas aplicadas pelo governo. “Já foi feito um mapeamento das es-colas que serão atendidas pelo pro-jeto. Foram contempladas unidades que oferecem Ensino Fundamental e Médio de toda a Capital”�, explicou o Secretário da Educação do Tocantins, Danilo de Melo Souza.Os programas da Junior Achievement que estão em execução trabalham com as vantagens de permanecer na escola, a ética e a liderança comuni-tária, temáticas que atendem às po-líticas de promoção dos direitos dos adolescentes contemplados. “Este projeto é mais uma oportuni-dade que os nossos alunos têm de desenvolver a autoestima e o em-preendedorismo. O estímulo desses dois exercícios permite que o estu-dante melhore a sua aprendizagem, tornando-o um cidadão mais flexível para os desafios da vida�”, destaca a Subsecretária de Educação Básica, Marciane Machado.

Para Marciane Machado, Subsecretária de Educação Básica, os programas da Junior Achievement desenvolvem a autoestima e o empreendedorismo

A Diretora Regional de Ensino, Maria Marlene Porto, acredita que a Junior Achievement prepara os jovens para enfrentar o mercado de trabalho

Resultados 2011Alunos: 3.861Voluntários: 104Escolas: 17

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Mato Grosso do Sul

Resultados 2011Alunos: 5.258Voluntários: 158Escolas: 29

Há cinco anos, a Junior Achievement do Mato Grosso do Sul tem sido

parceira da Escola de Educação Infantil e de Ensino Fundamental Gappe, em Campo Grande, oferecendo suporte à instituição e promovendo a aplicação de programas como Introdução ao Mun-do dos Negócios e Nossos Recursos. O reflexo desta parceria entre a unidade e a escola foi visível durante o desen-volvimento do projeto Empresa Júnior, que recebeu apoio integral de pais, pro-fessores e alunos. A Empresa Júnior teve início há treze anos, a partir da necessidade de um professor de matemática do 6º ano da Gappe de ensinar números deci-mais aos seus alunos de uma manei-

Jovens vivenciam oportunidades de negócios no Mato Grosso do SulEmpresa baseada em programas da Junior Achievement é modelo de sucesso em escola de Campo Grande

ra criativa. Para atingir este objetivo, foi criado o projeto através do qual os alunos iriam simular uma empre-sa. Com o passar do tempo, a inicia-tiva foi ganhando espaço e noções de empreendedorismo começaram a ser abordadas. No entanto, a grande dificuldade dos professores era en-contrar uma maneira criativa, simples e prática de envolver os alunos e fa-vorecer a aprendizagem. E foi exata-mente neste contexto que surgiu a parceria com a Junior Achievement.Por meio dos programas da unidade sul-mato-grossense, aplicados ao longo desses três anos, a Escola Gappe tem preparado seus alunos para o futuro. A Junior Achievement fomentou a ideia já

existente na instituição, mostrando um panorama claro do mundo dos negó-cios. Com esta parceria, muitos jovens têm sido levados a se tornarem empre-endedores desde cedo. A iniciativa da escola é anual e mo-vimenta os intervalos dos estudantes. A forte consciência ambiental que os alunos adquiriram após a aplicação dos programas da Junior Achievement tam-bém é destaque. “Estamos trabalhando com muito cuidado e respeito com o meio ambiente, e é por isso que deci-dimos utilizar materiais reciclados para fazermos alguns produtos”, afirma a aluna Sara Martins Xavier.Pa ra a Ge ren t e Execu t i va daJunior Achievement Mato Grosso do Sul, Lucilene Couto, a educação finan-ceira deveria ser uma disciplina pontual em todos os ambientes escolares, pois contribui para a formação de cidadãos críticos e responsáveis, que entendam o funcionamento e organização de uma empresa, assim como da sociedade. “A ideia do empreendedorismo sustentável deve começar desde cedo�”, explica.

Com o projeto Empresa Junior, os alunos colocam em prática os ensinamentos da Junior Achievement

Aprendendo brincando: crianças se divertem e descobrem o mundo dos negócios

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Em 2012, a Junior Achievement Mato Grosso, juntamente com as em-

presas mantenedoras, comemora sete anos de existência e os mais de sete mil alunos atendidos no Estado. E como “presente” pelo importante trabalho de estímulo ao empreendedorismo jovem, sua área de atuação foi ampliada, abrangendo, também, a Capital do Es-tado, Cuiabá. Ao longo de sua trajetória, a unidade sempre valorizou o papel dos volun-tários, considerando-os heróis, pois, sem eles, colocar os projetos em prá-tica seria impossível. “Eles deixam o conforto de sua família para orientar jovens que, em alguns casos, neces-sitam lutar pelos resultados da própria vida e não só da Miniempresa. Não há legado mais importante para o Brasil do que a educação, e nossos voluntá-rios fazem parte desse processo”, afir-ma o Presidente do Conselho Diretor, Renato Del Cistia. Depoimentos comprovam que o apoio dá resultados: muitos alunos afirmam

Construindo sonhos no Mato GrossoHá sete anos no Estado, a Junior Achievement devolve esperança e capacidade de sonhar aos jovens estudantes

que não tinham mais vontade de so-nhar, de tanto ouvir dos próprios pais que sonhos não devem ser levados a sério. No entanto, graças à participação nos programas da Junior Achievement e o contato com profissionais com mais experiência, a capacidade de sonhar de muitos jovens foi devolvida. “Os vo-luntários doam, além do próprio tempo, experiência, amor e compreensão para a formação destes jovens, incentivando o resgate dos sonhos de cada um”, ex-plica o Presidente do Conselho Consul-tivo, Marco Aurelio Hollatz.Um dos destaques do Programa Mi-niempresa é o ex-achiever Alessandro Gardin que, em 2006, aos 16 anos, participou do projeto. Para ele, a pas-sagem pela Junior Achievement foi tão impactante que, em 2010, já graduado em Recursos Humanos, retornou para atuar como voluntário. O ex-achie-ver – e hoje adviser – afirma que a oportunidade é uma honra, sendo também uma forma de retribuir um pouco tudo que a Junior Achievement proporcionou e vem proporcionando em sua vida. “Sou muito grato pelas duas oportunidades que tive: como achiever e como adviser”, conclui Alessandro.

Resultados 2011Alunos: 2.017Voluntários: 163Escolas: 20

Para o ex-achiever Alessandro, ser voluntário é uma forma de retribuir o que a Junior Achievement lhe proporcionou

Mato Grosso

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Pará

Desde a sua criação, o Nexa Pará- �Núcleo de Ex-Achievers atua nas aplicações

dos programas da Junior Achievement e na participação em feiras e eventos. “Fazer parte do Nexa é adquirir experiência a cada dia e estar em contato com o compromisso da transformação social”�, afirma Janayna Galvão, estudante de Engenharia de Pesca e Serviço Social e ex-achiever no Pará.O Nexa Pará também par ticipou ativamente da 4ª fase do Projeto Sustentabilidade, promovido pela

Nexa Pará promove ações no Estado e cria Nexa ItineranteAlém do envolvimento em atividades como aplicação de programas, organização e participação em eventos, o Núcleo de Ex-Achievers paraenses vai mais longe, levando os ensinamentos da Junior Achievement ao nordeste do Estado por meio do Nexa Itinerante

Junior Achievement Brasil em parce-ria com Gerdau, Oi e Santander. O ob-jetivo desta fase do projeto foi aprovei-tar o espírito de liderança dos jovens que já passaram pelos programas da Junior Achievement, e transformá-los em multiplicadores do tema sustenta-bilidade. Para tratar deste importante tema junto aos jovens, foi realizado um concurso entre todos os núcleos de ex-achievers do País, do qual a unidade paraense foi campeã com o projeto Plantando Sonho e Colhendo Qualidade de Vida, que consistiu na criação de uma horta comunitária.O Núcleo também criou o Nexa Itine-rante, promovido na região nordeste do Estado. Por meio dele, 241 alunos da localidade de Sirituba, interior de Baca-rena, e 1.419 alunos da Escola Estadual Presidente Kennedy tiveram acesso aos programas da Junior Achievement. “Com o Nexa Itinerante, temos a opor-tunidade de conhecer a realidade social de algumas comunidades tradicionais de nossa região, além de compreen-der seus costumes, contribuindo com a educação de muitos jovens ribeirinhos e realizando um intercâmbio cultural�”, finaliza Janayna, com satisfação.

Resultados 2011Alunos: 9.340Voluntários: 288Escolas: 23

Para Janayna, fazer parte do Nexa é viver novas experiências a cada dia

PARCERIA

Parceria leva empresários para as salas de aula

A Junior Achievement Pará vem desen-volvendo um importante trabalho no município de Abaetetuba. Tendo a ACA – �Associação Comercial de Abaetetuba como mantenedora, a unidade já apli-cou diversos programas em instituições de ensino da cidade. Os voluntários são empresários locais, que reservam parte de seu tempo para compartilhar expe-riências com alunos da rede pública e privada. Maria de Jesus, da empresa Mariarte, é a Diretora Coordenadora do programa e, segundo ela “a educação é capaz de transformar os jovens, pelo espírito do empreendedorismo, tornando-os capa-zes de serem responsáveis pelo próprio futuro”.

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Rondônia

Buscando disseminar a filosofia e as práticas da sustentabilidade, a

Junior Achievement desenvolveu o Pro-grama Nosso Planeta, Nossa Casa. O ob-jetivo é conscientizar os jovens de todo o País sobre a importância da preservação do Planeta Terra e transformá-los em ver-dadeiros multiplicadores da cultura do uso sustentável dos recursos naturais.A Junior Achievement Rondônia, com o apoio de voluntários da Gerdau, levou o Programa aos alunos do Colégio Obje-tivo, ensinando que empreendedorismo e consciência ecológica não são valo-res opostos, mas sim complementares. De acordo com o voluntário Ananias Pimentel, a experiência de mostrar aos jovens a importância do desenvolvimen-to sustentável foi algo muito gratificante. “Acredito que ações voluntárias, como a que realizamos nesta parceria entre a Junior Achievement e a Gerdau, podem mudar conceitos, pessoas e o mundo!”.José Gomes da Silva, também colabora-dor da Gerdau e voluntário, afirma que

Alunos de Rondônia aprendem sobre sustentabilidadeAtravés do Programa Nosso Planeta, Nossa Casa estudantes descobrem como contribuir para a preservação do meio ambiente e a ter atitudes de consumo sustentável

os alunos já se engajaram na causa. “Foi uma experiência fantástica. Tivemos a oportunidade de perceber o envolvimen-to das crianças em lutar por um mundo melhor, sem poluição e desmatamento, e com coleta seletiva”�, relata.Programas como o Nosso Planeta, Nossa Casa não só contribuem para o desenvolvimento pessoal dos estudan-

tes, por torná-los cidadãos mais cons-cientes, como também para o futuro da sociedade e do Planeta. “Tenho certeza que hoje foi plantada uma sementi-nha nos alunos, pois se trata de uma aprendizagem significativa, que traz esperança. Esperamos que eles prati-quem o que foi aprendido”, conclui a professora do Colégio Objetivo, Larrubia Alves.

DEPOIMENTOS

“Precisamos cuidar do nosso Planeta, reciclar, economizar energia e água, res-peitar a todos, comprar com consciência, gerar menos lixo e nos preocuparmos com o nosso Planeta.”Julia – Aluna do 4º ano do Colégio Objetivo

“Aprendi que nós precisamos preservar o meio ambiente e temos que respeitar a todos, economizar água e energia, e reci-clar o que pudermos para preservar o meio ambiente.”

Naiara – Aluna do 4º ano do Colégio Objetivo

“Eu entendi por que é importante econo-mizar água e eletricidade, ter criatividade para reutilizar materiais e colaborar com as pessoas.”

Giovana – Aluna do 4º ano do Colégio Objetivo

Resultados 2011Alunos: 678Voluntários: 12Escolas: 6

Alunos do Colégio Objetivo em aplicação do Programa Nosso Planeta, Nossa Casa

Voluntários da Gerdau ensinando a importância de um mundo sustentável

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Resultados 2011Alunos: 5.499Voluntários: 152Escolas: 32

Determinação, criatividade, espírito empreendedor e a experiência ad-

quirida com a participação no Programa Miniempresa. Esses são os elementos que proporcionaram ao jovem Eduardo Ícaro a oportunidade de ter sua própria empresa: a Sh�ten Cosplay, que confeccio-na roupas e acessórios para Cosplayers (pessoas fãs, em geral, de quadrinhos, games e desenhos animados japoneses, que se caracterizam como os persona-gens destes segmentos).O con ta to de Eduardo com a Junior Achievement deu-se em 2008, quando o rapaz cursava o 2º ano do En-sino Médio no Colégio Contemporâneo.

Criatividade e liderança no Rio Grande do NorteCom os ensinamentos da Junior Achievement, o jovem Eduardo ¸caro monta negócio de sucesso

Ele participou da Miniempresa Eco Act S.A./E, que produziu camisetas estampa-das. “No Programa, aprendi como se or-ganiza uma empresa, como gerenciar o trabalho em grupo e descobri habilidades que não sabia que tinha, como com tra-balhos manuais. Além disso, foi mostrado pelos voluntários que, em uma empresa, sempre deve existir um líder para guiar o grupo. Na minha miniempresa, apesar de ocupar o cargo de funcionário, também desempenhei o papel de líder e consegui fazer a diferença”, relata.A ideia de trabalhar com um nicho do mercado não tão explorado, como o do universo cosplay, veio da sugestão de um amigo, Vinícius, hoje sócio de Edu-ardo. “Até então, eu não sabia o que era um cosmaker (quem fabrica as fantasias), mas perguntei ao Vinícius, que me expli-cou do que se tratava. Quando aceitei participar da sociedade, levei comigo o plano de negócios da empresa pratica-mente pronto, pois percebi o potencial da oportunidade”, conta.A relação de Eduardo Ícaro com a Junior Achievement não terminou com o Programa Miniempresa. O jovem também participou de outros programas da Asso-ciação, como o Mese, Nosso Mundo, Em-presa em Ação e Empresário-Sombra Por Um Dia. Além disto, Eduardo é Gerente de RH do Nexa Rio Grande do Norte, e foi voluntário na aplicação do Programa Introdução ao Mundo dos Negócios.

Hoje, o rapaz cursa Direito na Univer-sidade Estácio de Sá e sonha em alçar novos voos, como investir na área do Direito Empresarial e diversificar o ramo de atuação da Sh�ten Cosplay. Sobre a relação entre a vocação dos jovens e os ensinamentos da Junior Achievement, Eduardo é enfático: “não importa a área profissional na qual os achievers queiram atuar, pois estes jovens estão participan-do de programas que vão desenvolver e aprimorar habilidades que serão úteis para toda a vida”.

Além de ser um jovem empresário, Eduardo continua atuando ativamente na Junior Achievement

A fantasia do personagem Darth Vader, de Star Wars, ganhou uma versão para bebês com a Sh�ten Cosplay

A semelhança entre o produto e os personagens mostra a qualidade e seriedade do trabalho desenvolvido pelo ex-achiever

Rio Grande do Norte

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PROJETO ESPECIAL

A Pan American School, escola in-ternacional que segue o currículo

americano e tem a língua inglesa como idioma oficial, desenvolve, pelo terceiro ano consecutivo, uma parceria de su-

Pan American Schoolincentiva o empreendedorismo entre crianças e jovensAtravés da parceria com a Junior Achievement Brasil, crianças e jovens aprendem sobre o mundo dos negócios de maneira lúdica e divertida

cesso com a Junior Achievement Brasil para levar temas relevantes sobre o mundo dos negócios para crianças e jovens em idade escolar.No primeiro semestre de 2012, foram

beneficiados alunos do Ensino Médio com a aplicação do Programa Sucess Skills (Habilidades para o Sucesso) e ainda alunos do Ensino Fundamental com os Programas Our Nation (Nos-sa Nação) e Nossa Região. As apli-cações terminaram no final de junho, quando os alunos finalizaram o ano letivo.Em 2011, foram introduzidos os Pro-gramas Our Region (Nossa Região) e JA Global Marketplace (Mercado Internacional) em português, e os Programas Our Families (Nossas Fa-mílias), Our Community (Nossa Co-munidade) e Our City (Nossa Cidade) em inglês, com a participação de vo-luntários fluentes no idioma. Juveni Schoons, que aplicou o Pro-grama Mercado Internacional, conta que foi voluntária a pedido de sua filha, estudante da escola. “Participar do Programa da Junior Achievement foi um grande privilégio, foi um mo-mento no qual pude me colocar no lugar dos alunos e retornar a pensar a vida de uma forma simples, como deve ser”, afirma. Para Auri Rodrigues, voluntário do Programa Our Region, “o Programa despertou nos alunos o interesse por outros conhecimentos, ausentes na maioria dos currículos escolares, mas fundamentais para o futuro pro-fissional de cada um. Investimos em enriquecimento de alunos que, cer-tamente, devolverão à sociedade em futuro próximo”.Para reconhecer a participação de voluntários como Juveni e Auri, o Presidente do Conselho Diretor da Junior Achievement Brasil, André Loiferman, importante incentivador do projeto, participa, anualmente, da entrega de certificados na Pan Ame-rican School, agradecendo o envolvi-mento destes profissionais no projeto. Os estudantes fazem uma apresen-tação, lendo cartas escritas por eles para dizer aos voluntários o quanto gostaram das aulas e de tudo o que aprenderam com os programas.

André Loiferman, Presidente do Conselho Diretor da Junior Achievement Brasil, entregou os certificados aos voluntários Roberto Decourt e Emanuel Dabah

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Percebendo a importância de desen-volver as lideranças empresariais,

políticas e sociais, a Junior Achievement está investindo no desenvolvimento de jovens que estão construindo o futuro do Brasil, levando a eles valores essen-ciais como a ética e a sustentabilidade. Este trabalho é desenvolvido através do Nexa – Núcleo de Ex-Achievers, criado em 1997, em Porto Alegre/RS, com o objetivo de fomentar o empreendedoris-mo jovem. O Nexa é formado por jovens que par-ticiparam dos programas de Ensino Mé-dio da Junior Achievement e decidiram continuar integrados à Associação. O principal objetivo do Núcleo é intensifi-car e manter o vínculo entre os chama-

NEXA NACIONAL

Nexa desenvolve empreendedorismo jovem em 15 EstadosCom 1.800 associados envolvidos em todo o País, o Nexa fomenta o espírito empreendedor e desenvolve as lideranças que estão construindo o futuro do Brasil

dos ex-achievers, a Junior Achievement e o empresariado, possibilitando o cres-cimento pessoal e oportunizando aos jovens novas experiências, informações e networking para a vida profissional.Hoje, com o apoio do Nexa Nacional, coordenado pela Junior Achievement Brasil, o Núcleo de Ex-Achievers está fortemente desenvolvido em 15 Estados (RS, PR, RJ, ES, MG GO, MT, PE, RN, PI, MA, PA, AP, AM, RR), onde 1.800 asso-ciados participam de atividades como visitas a empresas, palestras com em-presários e executivos, participação em congressos internacionais, cursos de aperfeiçoamento, debates e grupos de estudos. A meta é, até o final de 2012, implantar o Nexa também em São Pau-

lo, Mato Grosso do Sul e Rondônia.“O Nexa Nacional tem como objetivo impulsionar e expandir o Nexa pelo Brasil”, afirma o Gestor responsável pelo projeto, Eraldo Fonseca. Segundo Eraldo, o Nexa Nacional garante um nível de qualidade para o desenvol-vimento dos Núcleos, permitindo que cada unidade estadual tenha liberdade de realizar seus eventos. “Existem di-retrizes anuais de atividades a serem realizadas dentro da Rede”, explica Eraldo. “Esperamos, com o sucesso do projeto, que o modelo, criado no Brasil, seja exportado e adaptado para outros países e, assim, promover atividades e intercâmbios entre os Núcleos desses países”, finaliza.

OBJETIVOS DO NEXA NACIONAL

• Fundar o Nexa em todos os Estados.• Constituir uma rede nacional do Nexa.• Padronizar os processos da Rede Nexa.• Garantir o cumprimento do papel da Junior Achievement, como responsável pela atuação da Rede Nexa.• Gerenciar o trabalho do Nexa Regio-nal.• Desenvolver mecanismos e ferra-mentas para a gestão do Nexa.• Estabelecer canais de comunicação entre os Núcleos.• Identificar cases de sucesso e repli-car (benchmark).• Implantar diretrizes traçadas pelo Conselho Consultivo.• Estabelecer cronograma e meta na-cional.• Promover a participação do Nexa Estadual em eventos nacionais e in-ternacionais.

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Em 2012, importantes projetos na-cionais e internacionais estão

envolvendo membros do Nexa dos 15 Estados do País. O Nexação será uma destas iniciativas, realizada a partir de um torneio empreendedor entre as miniempresas. O objetivo do evento é despertar o espírito empreendedor, liderança e solidariedade entre os achievers, bem como promover a in-tegração entre as miniempresas e os membros do Nexa no País. Outra importante ação que envolverá os Núcleos do País será o Concur-so Sustentabilidade Nexa, promo-vido com o objetivo de aproveitar o espírito de liderança dos jovens que já passaram pelos programas da Junior Achievement, buscando

transformá-los em multiplicadores da temática da sustentabilidade.Todas as unidades da Rede Nexa Nacional desenvolverão e executarão um projeto sustentável. Em 2011, na 2ª edição do CSN, foram desenvolvidas 50 ações que beneficiaram cinco mil pessoas diretamente e mais de 15 mil de forma indireta. O Nexa-Pará, com o Projeto Acqua Pará, foi o grande vencedor do Con-curso, recebendo como premiação uma inscrição para o FIE 2012. O 2° lugar, que ficou com o Nexa-AM, re-cebeu uma inscrição para o Findinexa Brasil 2011 e o 3º lugar, conquistado pelo Nexa-PI, recebeu 50% da inscri-ção para o Findinexa Brasil 2011.O Findinexa Brasil é um fórum para

NEXA NACIONAL

Nexa desenvolve projetos de empreendedorismo com responsabilidade socioambiental pelo PaísConcurso Sustentabilidade Nexa, Nexação e Findinexa Brasil são alguns dos projetos que movimentam ex-achieversem todo o País

jovens empreendedores, entre 15 e 24 anos de idade, que possuem a vonta-de de serem grandes empreendedo-res. Realizado nos últimos três anos em Luís Correia, no Piauí, o evento, que começou com representantes de três Estados, reunirá, em 2012, jo-vens empreendedores de 20 Estados brasileiros e, ainda, contará com a presença de representantes de cinco países. Este crescimento comprova que o Findinexa já é referência em eventos internacionais de empreen-dedorismo jovem. O tema do Findinexa Brasil 2012 é: “O sonho que te move”. A ideia é conhecer qual o sonho que cada participante tem, os sonhos que pro-movem crescimento, que promovem dúvida, indagações, trazem esperan-ça e movimentam a vontade de fazer.Acesse o site www.findinexabrasil.com.br para saber como participar.

O Findinexa Brasil reuniu, em 2011, no Piauí, 142 jovens empreendedores de 11 Estados brasileiros e de mais cinco países

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A capital gaúcha sediou, em 2012, a 3ª edição do PDCN – Programa de De-

senvolvimento Gerencial e Capacitação do Nexa, que reuniu 21 jovens empreen-dedores de 12 Estados brasileiros na sede do CIEE-RS. O evento, que teve como apoiadores a Gerdau, o CIEE-RS e a Egali Intercâmbio,

reuniu Gerentes-Gerais do Nexa e suas equipes para alinhar práticas, discutir pro-cessos, planejar ações e trocar experiên-cias. Durante dois dias, os ex-achievers participaram de palestras, seminários de capacitação, painéis e oficinas. No último dia do evento, foi promovido o Painel de Empreendedorismo, que contou com a

NEXA NACIONAL

Nexa Nacional promove encontro de capacitaçãoA terceira edição do PDCN reuniu jovens de 12 Estados em Porto Alegre

Membros do Nexa e os painelistas José Paulo Soares Martins (Instituto Gerdau), André Loiferman (Brasília Guaíba), Gabriel Gonçalves (Egali Intercâmbio) e Laura Milano (Trópico)

presença dos empreendedores André Loiferman, Presidente da Brasília Guaíba, José Paulo Soares Martins, Diretor do Instituto Gerdau, Gabriel Gonçalves, Ge-rente de RH da Egali Intercâmbio e Laura Milano, proprietária de franquias da Trópi-co. Os painelistas contaram sobre suas trajetórias de sucesso. Após o encerramento do PDCN, os Ge-rentes-Gerais e suas equipes se juntaram a estudantes de 10 Estados, formando a delegação do FIE – Fórum Internacional de Empreendedores, realizado em Córdo-ba, na Argentina, que contou com o apoio da Planalto Transportes e Egali Intercâm-bio.Ao todo, mais de 600 pessoas vindas de 12 países (Argentina, Brasil, Uruguai, Peru, Venezuela, Guatemala, México, EUA, Ale-manha, França, Indonésia e Paraguai) par-ticiparam do evento, que tem como obje-tivo desenvolver as aptidões dos jovens e suas atitudes empreendedoras, fortale-cendo valores como empreendedorismo e ética. O Brasil foi destaque pela sua energia, garra e alegria em todas as ativi-dades desenvolvidas. Veja o destaque do Brasil nas atividades do FIE:1° Lugar – Expresarte2° Lugar – Expresarte3° Lugar – Volta ao Mundo4º Lugar – Feira de Miniempresas4º Lugar – Café da Manhã Internacional

A Egali Intercâmbio é uma empresa jovem, com pouco mais de quatro anos de merca-do que, assim como a Junior Achievement, iniciou sua expansão pelo Rio Grande do Sul. Nos últimos três anos, a empresa de intercâmbio vem crescendo, assim como a Junior Achievement, que expandiu suas unidades entre os anos de 2000 e 2005. No início de 2009, a Egali contava com quatro escritórios e irá terminar 2011 com 42 unida-des em 15 Estados brasileiros e três bases no exterior, em Londres, Dublin e Sydney.A Egali Intercâmbio busca ser diferente de outras empresas do setor, pois não traba-lha com franquias, o que garante um maior controle do processo do aluno, asseguran-do a qualidade do serviço prestado. Mas o maior diferencial da Egali está nas pessoas.

Egali intercâmbio é exemplo de empreendedorismo jovem de sucessoCerca de 20% de seus colaboradores passa-ram por programas da Junior Achievement, in-cluindo um dos sócios da empresa, Guilherme Reischl, que foi Gerente-Geral do Nexa entre 2000 e 2002. Além dele, outros seis geren-tes e coordenadores da Egali passaram pela Junior Achievement em algum momento de suas carreiras.Em função disso, podemos dizer que muitos dos valores repassados pela Junior Achievement fazem parte da constru-ção da Egali Intercâmbio e permeiam o dia a dia da empresa, mostrando o valor que o jovem tem dentro da organização. Atitudes como “vestir a camiseta”, “vontade de fazer acontecer” e “ser responsável pela sua área” são atitudes extremamente valorizadas e são ligadas à filosofia da Junior Achievement: A

vida é um caminho, não um destino, e você é o arquiteto do seu caminho.Recentemente, a Egali Intercâmbio foi reco-nhecida pela Revista Amanhã e pelo Great Places to Work como uma das 30 melhores empresas para se trabalhar no Rio Grande do Sul. Além disso, a empresa foi escolhida como Melhor Empresa para Talentos Jovens. Essa conquista mostra que o trabalho da Junior Achievement gera resultados!Para a Egali, apoiar a Junior Achievement é muito mais do que ser socialmente respon-sável. Fazer parte da Junior Achievement é poder retribuir para a organização pela dife-rença que ela fez na educação e formação de milhares de jovens brasileiros, inclusive dos jovens que tornaram a Egali a agência de intercâmbio que mais cresce no Brasil.

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Aconteceu, na sede da Rede Glo-bo São Paulo e com a coordenação

da Endeavor, a fundação do Conselho da Semana Global do Empreendedo-rismo. A iniciativa tem como objetivo difundir o tema empreendedorismo no mundo todo, promovendo ações duran-te uma semana.

SEMANA GLOBAL DO EMPREENDEDORISMO

O Conselho tem como desafio definir a agenda para o empreendedorismo no País, que prioriza as áreas de inovação, capacitação e mentalidade empreendedora

A Junior Achievement, que traba-lha com o tema empreendedoris-mo o ano todo, contribui para o fortalecimento da Semana nos pa-íses que participam do movimento.O Conselho Nacional da Semana é composto por Endeavor, Sebrae, Junior Achievement Brasil, Anpro-

A Semana Global do Empreendedo-rismo acontece, simultaneamente, em mais de 100 países. No Brasil desde 2008, mais de seis milhões de pesso-as participaram de cinco mil ativida-des – o que faz da Semana brasileira a maior do mundo, com três premia-ções internacionais. “Um Brasil com maiores e melho-res empreendedores” é o tema que

Junior Achievement Brasil no Conselho da Semana Global do Empreendedorismo

Os números da Semana Global do Empreendedorismomobiliza uma rede de mais de 500 or-ganizações em todos os Estados para desenvolver atividades que inspirem, conectem, informem e capacitem em-preendedores durante a Semana Glo-bal. “Embora o Brasil tenha a maior ativida-de empreendedora entre os países do G20, a edição mais recente da pesqui-sa GEM (Global Entrepreneurship Mo-

tec, Aliança Empreendedora, Cona-je, Ashoka, Ar temísia, Brasil Júnior e Organizações Globo. Coube ao Conselho a definição de uma agenda para o empreendedoris-mo no País, que prioriza as áreas de inovação, capacitação e mentalidade empreendedora.

nitor) mostra que o País está entre os últimos colocados nos rankings de inovação e educação empreende-dora” afirma Juliano Seabra, Diretor da Endeavor, organização líder da Semana Global. “Acreditamos que a Semana pode contribuir efetivamen-te com a melhoria das condições empreendedoras no País, e, por isso, definimos prioridades de ataque.”

Estudantes do Amapá assistem à palestra de Paulo Cesar Fernandes

Jovens do Nexa do Pará assistem, atentos, à palestra sobre empreendedorismo

Em Goiás, estudantes foram sombras de executivos da Sama S.A. Minerações Associadas

No Amazonas, 110 jovens do Nexa assistiram às palestras de Ocimar Melloni, Diretor Presidente da Masa da Amazônia, Luis Bacellar, Consultor da Ação Investimentos e Jander Cavalcanti, do IEL

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Despertar o espírito empreendedor com base na criatividade e ino-

vação. Esse foi o objetivo do trabalho realizado, no 1º semestre de 2012, com 50 estudantes na edição piloto do Pro-grama Miniempresa, desenvolvido pela Junior Achievement Rio Grande do Sul e coordenado pela Junior Achievement Brasil. Participaram do projeto piloto os alunos do 2º ano do Ensino Médio do colégio Província de São Pedro, com a miniempresa MundiMenu S.A./E e da escola Florinda Tubino Sampaio, com a miniempresa Shikitu S.A./E. Todo o trabalho foi desenvolvido com foco na inovação.Cada turma contou com quatro advisers, que trabalharam aspectos diferentes da empresa: RH, produção, marketing e finanças. O Programa foi desenvolvido em 15 encontros, ao final dos quais as turmas criaram, produziram, divulgaram e comercializaram algum produto. A MundiMenu S.A./E comercializou a tra-dução de cardápios, acessados através

Programa Miniempresaaposta na inovação

de QR-Codes, enquanto que a Shikitu S.A./E produziu bolsas customizáveis, através de um sistema de nós que pode ser refeito pelo próprio cliente.Denise Casagrande, que atua há 30 anos na área de gestão de RH e, atual-mente, é uma colaboradora do Grupo Gerdau, tinha um objetivo, como volun-tária da miniempresa de inovação, ao decidir se envolver com trabalho volun-tário: queria poder trabalhar com jovens e passar a eles, de forma prática, sua experiência e os conceitos que nortea-ram sua carreira profissional e sua vida pessoal. Para ela, a experiência é desa-fiadora. “Trabalhar com jovens é um de-safio encantador. Eles são os nativos digitais, já nasceram conectados, mas essa conexão não é pessoa-pessoa. Eles têm uma relação diferente com o mundo, inquieta. Desenvolver um pro-jeto com foco no empreendedorismo e inovação com uma geração absoluta-mente inquieta é uma condição extre-mamente desafiadora”, conta.

Advisers do Colégio Província de São Pedro

Além de Denise, participaram, como vo-luntários, José Antônio Verdi, Presidente da JARS e empreendedor em design, Denise Pilar, PhD e pesquisadora da SAP Labs para inovação em interface com usuários, Giulio Palmitesa, Coor-denador do Design Center da UNISI-NOS, Felipe Frosi, CEO da Learn4Fun, empresa de tecnologia educacional e ex-achiever, Sandro Cortezia, Diretor de Inovação da Assespro, maior asso-ciação do setor de TI do Brasil e sócio diretor da Venti, consultoria em inteli-gência de negócios, Marco Chiela, pro-fissional de design, Heitor Rodrigues e João Zaffari, ambos diretores do Nexa--RS e empreendedores da I9, agência de eventos.

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Os executivos das 27 unidades es-taduais da Junior Achievement

estiveram reunidos em Porto Alegre, na sede do CIEE-RS, em 2011, para discutir estratégias e para apresenta-ção de resultados. O PDGI – Progra-ma de Desenvolvimento Gerencial e Integração é o evento mais impor-tante da Rede Junior Achievement no País.No primeiro dia do evento, Filippe Barros, da Edelman Arbora, promoveu um workshop de captação de recur-sos com o grupo todo. O segundo dia do encontro iniciou com a apresen-tação do Planejamento Nacional de Comunicação, realizada pelo Vice--Presidente da Ogilvy, Luiz Augusto Cama.Na parte da tarde, Cama liderou o Painel Empreendedorismo para Trans-formar, que contou com a participação dos empresários André Loiferman (Brasília Guaíba), Ricardo Felizzola (Altus), José Paulo Soares Martins (Gerdau), Antônio Tigre (Grupo RBS) e Gilberto Bagaiolo (PwC).Após o Painel, Gilber to Bagaiolo e Bruno Barros, da PwC, apresen-taram a ferramenta de uniformiza-ção e consolidação das demons-trações financeiras das unidades da Junior Achievement.Para encerrar o evento, a Dra. Ana Maria Rossi, especialista em trata-mento de stress, apresentou a pales-tra Alto Desempenho e Equilíbrio: O Grande Desafio. Em 2012, o evento aconteceu entre os dias 11 e 13 de julho, em Belo Ho-

ENCONTROS NACIONAIS

Evento nacional reúne Executivos das 27 unidades em Porto AlegreO PDGI Programa de Desenvolvimento Gerencial e Integração é o momento mais importante da Rede Junior Achievement no País

Apoiadores PDGI 2012

Filippe Barros, da Edelman Arbora, falou sobre estratégias de captação de recursos

Empresários falaram sobre temas importantes, como a necessidade de o empresariado influenciar na formação do jovem, gerando qualificação profissional

rizonte. O primeiro dia do encontro consistiu em um circuito vivencial coordenado pela By Top. No dia 12 de julho, Alexandre Castro, da House Consultoria, apresentou o workshop “Liderando a Eficiência, Comunicação e Feedback”. E no último dia, além

do Painel com Empresários, acon-teceram as palestras “Avaliação de Impacto de Projetos Sociais”, com Maria Cecília Prates e “Branding e Assessoria de Imprensa”, com Prís-cilla Duarte, Gerente de Comunicação Corporativa da Localiza.

www. fokav ideos.com.br

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ENCONTROS NACIONAIS

Liderada por Jorge Gerdau Johannpeter, aconteceu, no dia 17 de novembro de 2011, em São Paulo, a Reunião de Con-

selho da Junior Achievement Brasil, encontro que é promovido, anualmente, com o objetivo de discutir os rumos do empreen-dedorismo no País. O evento, que aconteceu durante a Sema-na Global do Empreendedorismo, contou com a presença do Presidente, André Loiferman (Brasília Guaíba), de membros do Conselho Diretor, Marcelo Carvalho (Ancar Ivanhoe), José Pau-lo Soares Martins (Instituto Gerdau), Janete Vaz (Laboratórios Sabin), e Ulisses Tapajós (Ação Investimentos) e do membro do Conselho de Fundadores, Raul Rosenthal.Representando o Conselho Consultivo, estiveram presentes Gustavo Marin, CEO do Citi no Brasil, Carlos Alberto Griner, Diretor Executivo de Recursos Humanos da Suzano Papel e Celulose e Iêda Novais, Diretora Corporativa da KPMG.Luiz Cama, Vice-Presidente da Ogilvy & Mather apresentou, durante o encontro, o Planejamento Nacional de Comunica-ção, e Gilberto Bagaiolo, Presidente do Conselho Diretor da Junior Achievement Pernambuco e Sócio-Responsável pelas atividades da PwC na Região Nordeste do Brasil, apresentou a ferramenta de uniformização e consolidação das demonstra-ções financeiras das unidades da Junior Achievement.Além disso, presidentes das unidades estaduais de todo o País apresentaram ao grupo seus resultados e cases de sucesso em educação empreendedora. Em 2012, a Reunião de Conselho acontece no dia 18 de outu-bro, no Maksoud Plaza, em São Paulo.

Jorge Gerdau lidera encontro nacional de empresáriosA Reunião de Conselho da Junior Achievement Brasil reuniu Conselheiros de todo o País para debater os rumos do empreendedorismo no País

“Nos precisamos criar empreendedorismo”, afirma Jorge Gerdau Johannpeter durante o encontro

Gustavo Marin, CEO do Citi no Brasil, fala sobre a importância do voluntariado corporativo

Carlos Griner, Diretor de RH da Suzano, fala sobre a força da Junior Achievement em termos de enga-jamento de voluntários

Raul Rosenthal, empresário fundador da Junior Achievement Brasil e ex-Presidente da JASP, foi um dos participantes do encontro

José Paulo Soares Martins, André Loiferman e Jorge Gerdau Johannpeter em momento de reflexão

Empresários de todo o País reunidos para debater os rumos do empreendedorismo

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ESPECIAL Marcas “Made in Brazil”

Marcas brasileiras conquistando o mercado internacional

Desde que começou a viajar o mun-do a trabalho, no final da década

de 80, Angela Tamiko Hirata não se conformava em ver que os produtos do Brasil não tinham o mínimo de desta-que - tampouco reconhecimento - no mercado internacional. Em uma de suas primeiras viagens aos Estados Unidos, Angela surpreendeu-se com o grande consumo de café, vendo que o café colombiano era considerado o melhor e estava muito bem posiciona-do. Ao mesmo tempo, o café brasilei-ro, que tem excelentes marcas locais, não tinha nenhum destaque, e não era nem aos menos considerado. Um dos motivos para isto é que o café bra-sileiro, até então, era vendido apenas como commodity, e não como produto de valor agregado que valorizasse a marca “made in Brazil”. Situação si-milar foi observada com os calçados brasileiros, presentes em tantos mer-cados externos, mas sem ênfase algu-ma dada às marcas brasileiras. Desde então, Angela, que é filha de imigrantes japoneses, mas brasileira orgulhosa, passou a ter uma obses-são: emplacar a frase “Made in Brazil” nos cinco continentes. Ela não tinha ideia de como faria isso. No entanto, prometeu a si mesma que alcançaria seu objetivo.Estudiosa e comprometida, Angela sempre recebeu muitas propostas de trabalho. Em 40 anos de carreira, tra-balhou em grandes empresas, como Dinners Club do Brasil, Calçados Aza-léia e Cia. Hering, ocupando postos de responsabilidade.Em meados do ano 2000, recebeu a proposta da presidência da Alpargatas para assumir a direção de comércio internacional da empresa, com foco em internacionalizar os produtos e marcas da empresa. Finalmente, che-gara a oportunidade que esperava: desenvolver o mercado mundial. Após negociação da sua estratégia de in-ternacionalização, assumiu o cargo de Diretora Executiva, tornando-se a pri-meira mulher, na empresa centenária, a integrar a diretoria da Alpargatas. Em três meses, foi criada a estratégia de marketing para levar as marcas e produtos da Alpargatas mundo afora, com foco na marca Havaianas. Com uma equipe de 12 profissionais, Angela

Angela Hirata está por trás do sucesso das Havaianas no exterior e, hoje, atua como defensora das marcas “Made in Brazil”

Angela Hirata é responsável pelo sucesso das sandálias Havaianas no mundo todo. Conheça a história de sucesso desta empreendedora brasileira que tem orgulho em levar o „Made in Brazil‰ mundo afora

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iniciou seu trabalho pelas capitais da moda: Paris, Milão, Londres e Nova York. “Conseguir aceitação e visibilidade nas capitais da moda era essencial. Entrar em outros países seria consequência”, explica ela.Em pouco mais de um ano, as sandá-lias Havaianas passaram a ser consu-midas por franceses, italianos, ingleses e americanos. Hoje, as sandálias Ha-vaianas estão em cinco continentes, e o “Made in Brazil” é notado por todos que as usam.O fato de Angela ter focado o trabalho na marca e nos produtos Havaianas ocorreu por ela enxergar um grande nicho de mercado, pois não havia ne-nhuma outra marca de sandálias de dedo no mercado internacional até então. O trabalho dela, com sua equi-pe, foi o de posicionar a marca nos melhores pontos de venda, mundo afora. “Foi uma missão muito árdua, contamos tanto com o trabalho dos distribuidores em cada país, quanto com o trabalho das pessoas daqui, desde os que confeccionam o produto até os que planejam as estratégias de mercado, sempre acreditando no es-pírito empreendedor de cada membro da equipe”. Valorizar os produtos nacionais, muni-dos de identidade própria que expres-sem a brasilidade, sempre foi um obje-tivo em potencial, no qual a executiva Angela Tamiko Hirata apostou suas fi-chas. Queria tornar aqueles produtos desejáveis nos mercados estrangeiros. Com equipe muito motivada e ciente de suas metas, Angela observou que era possível realizar e entregar o re-sultado acordado com os acionistas.Além do trabalho em equipe, Angela destaca a importância do respeito às diferentes barreiras culturais encontra-das nos países em que se pretende inserir um produto. Também é neces-sário estudar os potenciais mercados – os já consolidados e os em ascen-são. Outro conselho dado por Hirata é trabalhar a marca no topo da pirâmide: “No início, não podemos vender gran-des volumes, e sim pequenos, mas bem posicionados”. Ela completa: “A valorização em países formadores de opinião vai se refletir no aumento do consumo interno”.Seu mais recente desafio foi a profis-

sionalização da empresa e valorização da marca Camicado, que culminou na recente bem-sucedida aquisição pelo Grupo Renner. Hoje, retoma a direção de sua empresa Suriana, junto com seus sócios Rodrigo Scaff e Renato Almeida Prado. Como sempre, busca atingir ousados objeti-vos, como desafiar a moda brasileira a proteger o ecossistema da maior flo-resta do mundo, a floresta amazônica. Outros focos são quebrar o paradigma de que no Brasil não se produz vinho de qualidade e posicionar a cachaça como objeto de desejo nos mercados internacionais. O projeto relacionado à moda, chama-do Amazon Life, visa ajudar popula-ções indígenas, ribeirinhas e caiçaras. Tudo para deixar claro que a Amazô-nia, além de ser um patrimônio da hu-manidade, tem forte potencial fashion. Amazon Life é uma grife voltada ao desenvolvimento sustentável dessa re-gião, às margens do rio Amazonas. A Suriana pretende apresentar ao mundo a herança cultural desses povos, por meio de artigos de moda. São bolsas confeccionadas na Itália, com laminados de borracha natural da Amazônia.Já no setor de bebidas, seu mais recen-te desafio é contribuir nas estratégias para a valorização do vinho nacional e da cachaça no mercado estrangeiro. No caso dos vinhos, trata-se do pro-jeto Wines of Brasil, que consiste em mostrar que o vinho produzido aqui tem qualidade, e é digno de concorrer com os produzidos na Califórnia, no Chile e na Argentina. Para isso, Hirata explica: “vamos posicionar a bebida no melhor ponto de venda, chegar aos sommeliers de prestígio, pois são eles que recomendarão os vinhos aos ho-téis, restaurantes e outros pontos de consumo de renome”.Hoje, existe um grande mercado consu-midor que se destaca: Hong Kong. Nes-ta cidade, que hoje é porta de entrada comercial da China, acontecem leilões de vinhos raros, que superam até mes-mo os famosos leilões da Inglaterra. O próprio Brasil poderia crescer muito no consumo dos vinhos domésticos, a exemplo da Alemanha, onde o consu-mo da bebida é o dobro da quantidade lá produzida.

Angela observa que o maior obstáculo para alcançar o sucesso internacional com as marcas brasileiras de vinhos é o paradigma de que o Brasil não produz vinho de qualidade. “Temos que mostrar que o nosso vinho tem qualidade, prin-cipalmente os espumantes, que hoje já são reconhecidos até mesmo pelos mais exigentes consumidores america-nos. Os nossos principais concorrentes são os vinhos do novo mundo: os ca-lifornianos, australianos, sul-africanos, chilenos e argentinos”.Finalmente, em relação às cachaças, o desafio da Suriana no mercado interna-cional é de mudar o foco dos esforços: até hoje, a cachaça foi exportada sem uma real estratégia de marketing que valorizasse os atributos qualitativos e históricos do produto. Um projeto que contenha esta estratégia integrada po-deria, na visão de Angela e de seus sócios, mudar o cenário internacional e levar o produto “cachaça” a sua posi-ção merecida. Podemos ver um exem-plo bem-sucedido deste tipo de estra-tégia no case da tequila, que hoje é consumida em todo o mundo e carrega consigo a imagem do México, de forma muito positiva. Este projeto da cachaça inicia-se com foco num produto bastan-te exclusivo e tradicional, a Cachaça do Barão, produzida na cidade de Araras, desde o século 19. Angela finaliza a sua fala destacando que é preciso ter três elementos bási-cos num negócio:RAZÃO – que sustente a empresa e traga boa rentabilidade.SENSIBILIDADE – para detectar o que o mercado busca e traduzir tais atribu-tos em produtos e serviços.EMOÇÃO – surpreender na apresen-tação dos produtos, pois a venda está muito atrelada à emoção.

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Dando sequência à pesquisa de impacto dos progra-mas, a Junior Achievement Brasil realizou a maior

pesquisa junto ao público jovem do Brasil, dentro do tema de empreendedorismo.A pesquisa foi realizada junto a mais de 74.500 jovens de 25 Estados brasileiros. Além de servir como uma fer-ramenta de gestão em nível nacional e estadual, tem o mérito de traçar um perfil do jovem no que tange a ca-racterísticas empreendedoras e interesse por empreender.A aplicação dos questionários de avaliação de impac-to segue uma mesma lógica para praticamente todos os programas aplicados pela Junior Achievement no Brasil. Primeiro, avalia-se a compreensão de conceitos especí-ficos de cada programa, depois, o grau de concordância dos alunos em relação à consecução de objetivos da Junior Achievement com a aplicação do programa, e, fi-nalmente, os jovens identificam o seu grau de interesse empreendedor e a sua associação com características empreendedoras. Estes dois últimos blocos de perguntas são, também, apli-cados junto a jovens com perfil socioeconômico similar aos dos alunos da Junior Achievement, mas que nunca participaram de programas da Associação. Os resultados do grau de interesse empreendedor e das características empreendedoras são comparados entre ex-alunos e este grupo de controle, para então ponderar os resultados.Aplicada desde 2006, a pesquisa vem demonstrando con-sistência em seus resultados ao longo dos anos. Desta-

ESPECIAL Projeto Pesquisa Nacional

Junior Achievement promove a maior pesquisa brasileira de empreendedorismo com o público jovemMais de 70 mil jovens participaram da pesquisa que traça o perfil destes estudantes no que diz respeito as suas características empreendedoras

ca-se o fato dos programas terem êxito em:• Introduzir conceitos do mundo dos negócios aos jo-vens.• Trabalhar fortemente a visão de futuro, a vontade de ter objetivos e a compreensão do mundo do trabalho.• Influenciar o grau de interesse empreendedor, especial-mente no que tange à autoestima e confiança na capaci-dade empreendedora.• Desenvolver características pessoais encontradas nos empreendedores.Veja alguns destaques dos resultados da pesqui-sa do Programa Miniempresa, o “carro-chefe” da Junior Achievement:• Em relação ao grau de interesse empreendedor, os alu-nos do Miniempresa tiveram médias superiores compara-do ao grupo de controle; as chances de abrir sua própria empresa no futuro, a facilidade de abrir uma empresa própria no futuro e sobre as chances de sucesso caso abram uma empresa no futuro.• Em relação às características empreendedoras, os itens em que os alunos do Miniempresa pontuaram acima do grupo de controle foram: autoconfiança, capacidade de planejamento, criatividade, iniciativa, tenacidade, assumir riscos, alta necessidade de realização e não acreditar em fatalismo.• Em relação aos objetivos da Junior Achievement o Progra-ma obteve resultados positivos, demonstrando uma boa iden-tificação dos alunos com a Junior Achievement. (Gráfico I).

Gráfico I

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No que tange à satisfação, a avaliação de alunos, profes-sores e voluntários também se mostra bastante consis-tente ao longo dos anos, com pequena variação, dentro da margem de erro da pesquisa. O grau geral de satisfação é considerado bom. Segundo a pesquisa de 2010, é possível aumentar a satisfação des-ses públicos desenvolvendo os canais de comunicação da Junior Achievement com os mesmos, especialmente

os contatos telefônicos.Estados participantes da pesquisa:Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Es-pírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.

Satisfação Geral– 2007 a 2010.Gráfico II

A pesquisa nacional revela o grau empreendedor dos jovens que passam por programas como o Miniempresa, carro-chefe da Junior Achievement no Brasil

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INTERNACIONAL

O Projeto Social Estrela Guia, de-senvolvido por líderes comunitá-

rios voluntários e representado pela empreendedora social Denise Nas-cimento, foi selecionado para repre-sentar o Brasil, junto com mais cinco projetos da Junior Achievement, na Fi-nal Global do FERD Award 2011, even-to promovido pela Junior Achievement Young Enterprise e que aconteceu em Oslo, na Noruega. A premiação, patrocinada pelo FERD, conglomerado norueguês que opera nas áreas de indústria, finanças e imó-veis, premia os empreendedores que, através de suas empresas e organiza-ções, criaram um impacto social posi-tivo em vários campos de atividades. Todos os participantes foram ex-alunos da Junior Achievement e participaram de programas de empreendedorismo e educação em algum lugar do mundo.

Projeto Estrela Guia representa o Brasil no FERD AwardA premiação foi entregue em Oslo, na Noruega, durante o JA Company of The Year 2011

O Projeto Estrela Guia teve início com o Programa Liderança Comunitária, que proporciona a estudantes a experiência de criar e de operar uma organização comunitária. “O Programa nos ensinou a sermos líderes comunitários e empre-endedores de sucesso. Cada jornada é um novo aprendizado”, afirma Denise Nascimento. Em agosto de 2008, através da parti-cipação de voluntários da Gerdau em Barão de Cocais, no interior de Minas Gerais, foi fundada a instituição Estrela Guia, que oferece a crianças, a jovens e a idosos carentes da comunidade ati-vidades como aulas de computação, re-forço escolar e cursos de capacitação profissional. “À medida que fomos construindo juntos o Projeto, através da metodologia do Li-derança Comunitária, lançamos mão de uma figura de guarda-chuva, que é uma

conotação dada ao projeto que busca reduzir as diferenças sociais, buscando sempre o desenvolvimento das pesso-as para que estas tenham condições de melhorar de vida”, relata Flávio Santos Pereira, voluntário da Gerdau Barão de Cocais.Para Flávio Lima, também voluntário da empresa, o trabalho foi importante para compartilhar com as pessoas os apren-dizados de dentro e de fora da Gerdau. “Foi importante poder sentir a felicidade estampada no rosto das pessoas com o qual nos relacionamos e a alegria pelo que fizemos em prol do Projeto Estrela Guia”, conta. O Projeto concorreu com mais cinco projetos: Paradigm Initiative Nigeria, que trabalha com jovens carentes ni-gerianos; Unicus AS, que busca opor-tunidades de carreira para pessoas com a síndrome de Asperger, na No-ruega; Port Mokha, que oferece opor-tunidade de sustento para produtores de café no Iêmen; Vireo Corp, que promove mudanças sociais ambiental-mente responsáveis nos países árabes; e Young Care Sweden, da Suécia, que busca empregar jovens como consulto-res sociais em asilos. O projeto sueco, representado pelos ex-achievers Oscar Lundin e Benjamin Kainz, foi o grande vencedor da compe-tição, que reuniu 34 países. A mineira Denise Nascimento e o CEO do FERD, Johan. H. Andresen

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Examinamos as demonstrações financeiras da Associação Junior Achievement do Brasil (a “Entidade”) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de de-zembro de 2011 e as respectivas demonstrações do superávit, das mutações do patrimônio social e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras

A administração da Entidade é responsável pela elaboração e adequada apresen-tação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para pequenas e médias empresas - Pronunciamento Técnico CPC PME - “Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas” e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demons-trações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção

Parecer dos auditores independentesAos Conselheiros e Administradores AssociaçãoJunior Achievement do Brasil

de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demons-trações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstra-ções financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Com-panhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Opinião

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Associação Junior Achievement do Brasil em 31 de dezembro de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis para pequenas e médias empresas.

Porto Alegre, 15 de junho de 2012.

PricewaterhouseCoopersAuditores Independentes

CRC 2SP000160/O-5 “F” RS

Fábio Abreu de PaulaContador CRC 1MG075204/O-0 “S” RS

Ativo 2011 2010

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 343.891 689.372

Valores a receber 16.416

Outros ativos 4.707

343.891 710.495

Não circulante

Imobilizado 94.791 119.477

Intangível 11.148 17.927

105.939 137.404

Total do ativo 449.830 847.899

Passivo e patrimônio social 2011 2010

Circulante

Fornecedores 2.317 77.539

Obrigações trabalhistas e sociais a recolher 57.331 54.358

Obrigações tributárias a recolher 9.363 11.933

Provisão para repasses 33.675 114.024

Receitas diferidas 289.991 42.212

Adiantamentos de patrocínios 128.985

Outros passivos 5.379 673

527.041 300.739

Não circulante

Provisão para contingências 40.000

Patrimônio social

Ajustes de avaliação patrimonial 15.952 20.681

Superávits (déficits) acumulados (93.163) 486.479

(77.211) 507.160

Total do passivo e do patrimônio social 449.830 847.899

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DE 2010 E DE 2011

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2011 2010

Receita das atividades 1.579.540 2.557.704

Custos das atividades (1.492.272) (2.347.634)

Superávit bruto 87.268 210.070

Despesas operacionais

Despesas gerais, administrativas e promocionais (738.736) (793.268)

Outras despesas operacionais, líquidas 31.920 (36.750)

(706.816) (830.018)

Déficit operacional (619.548) (619.948)

Despesas financeiras (7.242) (3.413)

Receitas financeiras 42.419 81.582

Receitas financeiras, líquidas 35.177 78.169

Déficit líquido do exercício (584.371) (541.779)

Ajuste de avaliação

patrimonial

Superávits(déficits)

acumulados

Total

Em 31 de dezembro de 2009 1.023.529 1.023.529

Adoção do custo atribuído do ativo imobilizado

25.410 25.410

Em 1º de janeiro de 2010 25.410 1.023.529 1.048.939

Realização do ajuste de avaliação do ativo imobilizado ao custo atribuído pela depreciação

(4.729) 4.729

Déficit líquido do exercício (541.779) (541.779)

Total do resultado abrangente do exercício (4.729) (537.050) (541.779)

Em 31 de dezembro de 2010 20.681 486.479 507.160

Realização do ajuste de avaliação do ativo imobilizado ao custo atribuído pela depreciação

(4.729) 4.729

Déficit líquido do exercício (584.371) (584.371)

Total do resultado abrangente do exercício (4.729) (579.642) (584.371)

Em 31 de dezembro de 2011 15.952 (93.163) (77.211)

Fluxos de caixa das atividades operacionais 2011 2010

Déficit líquido no exercício (584.371) (541.779)

Ajustes para reconciliar o déficit líquido no exercício para o caixa provido pelas atividades operacionais

Depreciação e amortização 33.570 31.779

Provisão de impairment 5.685

Reversão de provisão para contingências (31.920) 40.000

1.650 77.464

Redução (aumento) nos ativos

Reclassificação de títulos e valores mobiliários para caixa e equivalentes de caixa

897.064

Valores a receber 16.416 (16.416)

Outros ativos 4.707 28.281

Aumento (redução) nos passivos

Fornecedores (75.222) 70.193

Obrigações trabalhistas e sociais a recolher 2.973 12.042

Obrigações tributárias a recolher (2.570) (7.552)

Provisão para repasses (80.349) 114.024

Receitas diferidas 247.779 42.212

Adiantamentos de patrocínios 128.985

Outros passivos 4.706 673

Pagamento de contingências (8.080)

Caixa líquido aplicado nas atividades operacionais (343.376) 676.206

Fluxos de caixa das atividades de investimentos

Aquisições de ativo imobilizado e intangível (2.105) (21.929)

Caixa líquido proveniente das atividades de investimentos (2.105) (21.929)

Aumento (redução) líquido(a) de caixa e equivalentes de caixa (345.481) 654.277

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 689.372 35.095

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 343.891 689.372

Aumento (redução) líquido(a) de caixa e equivalentes de caixa (345.481) 654.277

Demonstrações do superávit (déficit) - Exercícios findos em 31 de dezembro

Demonstrações das mutações do patrimônio social

Demonstrações dos fluxos de caixa - Exercícios findos em 31 de dezembro

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DE 2010 E DE 2011

Carlos Gobert de Oliveira - Contador - CRC RS 43.049

As Demonstrações Financeiras estão à disposição

no site da Junior Achievement Brasil: www.juniorachievement.org.br

Page 89: Revista Fazendo a Diferença

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