steve gallagher - irresistível a deus

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    Irresistvel a DeusIrresistvel a Deus

    Steve Gallagher

    Digitalizado por Luis Carlos

    www.semeadoresdapalavra.net

    Nossos e-books so disponibilizados gratuitamente, com anica finalidade de oferecer leitura edificante a todos aqueles

    que no tem condies econmicas para comprar.

    Se voc financeiramente privilegiado, ento utilize nossoacervo apenas para avaliao, e, se gostar, abenoe autores,

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    SEMEADORES

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    PALAVRA

    e-books evanglicos

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    G158Gallagher, Steve.

    Irresistvel a Deus /Steve Gallagher, traduzido por Flvia Bastos -Rio de Janeiro; Graa, 2005.200 pp. 14x2 lcm.

    ISBN 85-7343-720-0.

    Traduo de: Irresistible to God Inclui bibliografia.

    1. Vida crist. 2. Humildade - Aspectos religiosos - Cristianismo. I. Ttulo.CDD-248.4

    IRRESISTVEL A DEUS

    Steve Gallagher,2003

    ORIGINAL: "Irresistible to God"Pure Life MinistriesP.O. Box 410 Dry Ridge, KY 41035(888) 293-8714 / (859) 824-4444

    Traduo: Flvio. Bastos

    Coordenao: Eber Cocareli

    Reviso:Original Claudia Lins

    Prova Magdalena Bezerra Soares

    Final Clia Cndido

    Superviso Elaine Nascimento

    Diagramao: Ilma Martins de Souza

    Capa: Graa Editorial

    Design Kleber Ribeiro

    Reservados todos os direitos de publicao

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    GRAA ARTES GRFICAS E EDITORA LTDA.Rua Torres de Oliveira, 271 - PiedadeRio de Janeiro - RJ - CEP: 20740-380Caixa Postal 3001 - Rio de Janeiro - RJ - 20010-974Tel.: (0xx21) 3899-5375/2594-1303 - Fax: (0xx21) 2591-2344

    AGRADECIMENTOS

    Agradecimento especial para Brad Furges e Linus Minsk, por suas contribuiesvaliosas para este livro.

    DEDICATRIA

    Eis para quem olharei, declara Jeov,para o pobre e abatido de esprito e que

    treme diante da minhapalavra.

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    Esta obra dedicada a Jeff e Rose Colon, santos irresistveis que se tmhumilhado perante Deus e doado a prpria vida para servir aos outros.

    SUMRIO

    INTRODUO..............................................................6

    PARTEUM: DEUSRESISTEAOORGULHOSO

    1. A natureza e o domnio do orgulho.........................92. A formao e o desenvolvimento do orgulho.......173. As diferentes formas do orgulho ..........................224. As faces do orgulho...............................................30

    5. Orgulho religioso..................................................396. A natureza destrutiva do orgulho..........................45

    PARTEDOIS: ASBNOSDAHUMILDADE

    7. Salvo pela humildade do Esprito.........................528. Submisso perante Deus.........................................599. Andando em humildade........................................6610. Servindo aos outros.............................................7211. Diminuir-se em humildade..................................78

    12. Santos irresistveis...............................................84BIBLIOGRAFIA............................................................91

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    maneira, este Ser aterrorizante parece abrandar Sua formalidade e termina Seudiscurso com um longo tom de pesar em Sua voz: Mas eis para quem olharei:

    para o pobre e abatido de esprito e que treme diante da minha palavra (Is66.2b).

    Que declarao surpreendente! O Todo-Poderoso olhando para um ser

    humano! A palavra hebraica para olhar (nabat) tem uma conotao muito maisforte do que sua similar em portugus. Ela significa olhar de forma concentrada,com respeito e adorao, para um objeto. Imagine esse Deus onipotente, cujoretorno terra causar o escurecimento do sol, a queda das estrelas dofirmamento e o abalo dos poderes do cu (Mt 24.29), sendo considerado p! Essaverdade simplesmente incompreensvel, contudo, est gravada nas SagradasEscrituras.

    Isaas no foi o nico a receber essa revelao sobre o Senhor. Muitossculos antes, Davi teve uma viso acerca dEle e registrou as seguintes palavras:

    Ainda que o SENHOR excelso, atenta para o humilde; mas ao soberbo,

    conhece-o de longe (Sl 138.6). Este verso reitera o que se encontra em Isaas 66,mas acrescenta uma verdade contrastante. Enquanto o Onipotente considera ohumilde, Ele naturalmente repele - volta-se contra - o orgulhoso. Assim, ocontato ntimo ou a verdadeira amizade entre o Poderoso e aquele que temcorao altivo impossvel.

    Tais declaraes refletem uma lei espiritual, algo como plantar e colher, quetrazem uma verdade para os que crem e tambm para os que no crem.Claramente, pessoas pretensiosas, que reduzem Deus qualidade humana, estoem terreno extremamente perigoso, porque Ele inimigo do orgulhoso (Tg 4.4).

    Infelizmente, a perspectiva de muitos crentes sobre a soberba tosuperficial, que os faz ignorar que, na prpria vida deles, esse sentimento esteja

    presente. Eles podem facilmente identific-lo em estrelas arrogantes de cinema,ricos esnobes, personalidades egostas dos esportes, ou ainda em colegas detrabalho verbalmente agressivos. Mas pergunte aos cristos se eles tm lutado

    para no serem orgulhosos, e a negao de muitos vir rapidamente: "Ah, no!Eu no!". Que pastor atualmente tem recebido em seu gabinete um membro daigreja ansioso e lamentando estar lutando contra a altivez?

    Reconhecendo ou no essa presena odiosa, o orgulho, de fato, cria razes

    dentro de todo corao humano. E um agente corrosivo que ir espalhar-se emnossa natureza pecaminosa e corroer nossa alma, se no for detectado.Certamente, h muita altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus (2Co 10.5).

    Este livro um guia que mostra o rduo, mas recompensador, caminho parafora da semente da soberba e para dentro dos verdes campos da humildade. Antesde se aproximar das regies abenoadas da simplicidade, o homem deve

    primeiro, corajosamente, fazer um exame de sua vida. Ele precisa ter a garantiade estar com toda a dimenso do orgulho exposta e lidar com isso para descobrirsua posio apropriada perante um Deus santo.

    Mesmo difcil e doloroso, como poder parecer muitas vezes, esse o nicocaminho para as bnos do Senhor. Essa a peregrinao que todo santo de

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    Deus tem feito. Apenas quando, honestamente, concentra-se na soberba daprpria vida quando voc est pronto para examinar a humildade. Sendo assim,esta obra est dividida em duas partes: a primeira, intitulada Deus resiste aoorgulhoso, e a segunda,As bnos da humildade.

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    Eis para quem olharei, declara o Senhor,para o pobre e abatido de esprito eque treme diante da minha palavra. Essa a pessoa que se torna irresistvel a

    Deus!

    PARTEUM

    DEUS RESISTEAO ORGULHOSO

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    Quase no h pgina nas Escrituras onde no esteja claramente escrito sobre aresistncia de Deus ao orgulhoso e a graa derramada ao humilde.1

    Agostinho

    Imagine, irmo, o que no para o pecado ter Deus como seu inimigo.2

    Jernimo

    To grande a maldade do pecado, que no h anjo ou qualquer virtude que seoponha a ele, mas o prprio Deus como seu Adversrio.3

    John Cassian

    UM

    A NATUREZA E O DOMNIO DO ORGULHO

    Embora o ministrio de Isaas tenha surgido durante a grande mudana queaconteceu no reinado de Uzias, o profeta no poderia estar preparado para atragdia que seus jovens olhos testemunhariam. O Senhor destruiu o velho rei

    com lepra, embora ele tenha lutado contra o mal da terra. O que este homemhonroso poderia ter feito para provocar tamanha execuo do julgamento deDeus?

    Uzias tinha apenas 16 anos quando sucedeu seu pai como rei sobre Jud.Ns ouvimos que o rapaz sincero deu-se a buscar a Deus nos dias de Zacarias[...], nos dias em que buscou o SENHOR, Deus o fez prosperar (2 Cr 26.5).Certamente, parecia que tudo ia bem para ele, que restaurou o rico comrcio danao, construindo o porto de Elate; subjugou os filisteus, amonitas e arbios;fortificou as cidades de Jud e formou um exrcito poderoso. Seu renome foiespalhado at a entrada do Egito, porque se fortificou altamente (2 Cr 26.8).

    Contudo, no auge da fama, da prosperidade e do poder conquistados, Uziasse tornou vtima de uma paixo humana que tem destrudo muitas vidas:

    Mas, havendo-se j fortificado, exaltou-se o seu corao at se corromper;e transgrediu contra o SENHOR, seu Deus, porque entrou no templo doSENHOR para queimar incenso no altar do incenso. Porm o sacerdote Azariasentrou aps ele, e, com ele, oitenta sacerdotes do SENHOR, vares valentes. Eresistiram ao rei Uzias e lhe disseram: A ti, Uzias, no compete queimar incenso

    perante o SENHOR, mas aos sacerdotes, filhos de Aro, que so consagradospara queimar incenso; sai do santurio, porque transgrediste; e no ser isso

    para honra tua da parte do SENHOR Deus. Ento, Uzias se indignou e tinha oincensrio na sua mo para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra ossacerdotes, a lepra lhe saiu a testa perante os sacerdotes, na Casa do SENHOR,

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    junto ao altar do incenso. Ento, o sumo sacerdote Azarias olhou para ele, comotambm todos os sacerdotes, e eis que j estava leproso na sua testa, eapressuradamente o lanaram fora; e at ele mesmo se deu pressa a sair, vistoque o SENHOR o ferira. Assim ficou leproso o rei Uzias at ao dia da suamorte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excludo daCasa do SENHOR; e Joto, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o

    povo da terra.2 Crnicas 26.16-21O que poderia ter afetado aquele respeitoso rei que o tenha feito

    transgredirperante seu Senhor? Que tipo de paixo poderia t-lo incitado a agirde maneira to presunosa com os assuntos sagrados do Altssimo? O que

    poderia ter causado sua queda do alto da glria e do poder humanos para serforado a viver o resto de seus dias como um idoso solitrio e recluso em umacasa separada? A resposta para cada uma dessas questes orgulho.

    A Bblia no deixa dvidas sobre a posio do Todo-Poderoso a respeito doorgulho. Salomo disse que olhos altivos so uma abominao para o Senhor (Pv

    6.17). Isaas escreveu que, quando o Senhor aparece, a arrogncia do homem abatida, sua altivez, humilhada, e s o Onipotente exaltado (Is 2.17). Jesusdeclarou que quem a si mesmo se exaltar ser humilhado (Mt 23.12a), e Tiagoafirmou queDeus resiste aos soberbos (Tg 4.6b). No livro de Salmos, o prprioDeus falou que Ele no suportar aquele que tem olhar altivo e corao soberbo(Sl 101.5b).

    Sem dvida, orgulho um dos assuntos mais proeminentes da SagradaEscritura, a qual utiliza pelo menos 17 palavras diferentes (e incontveisderivaes) para descrever essa doena espiritual. * Contudo, no importa que

    termo usado; h sempre uma conotao de altivez: algo superior, crescente,exaltado, ou sendo elevado. Assim, uma pessoa orgulhosa possui uma altaadmirao de si mesma e se coloca acima das demais sua volta. Esse conceitode auto-exaltao forma a base para a nossa definio de orgulho: Ter um sensoexagerado de sua prpria importncia e uma preocupao egosta com seusprprios direitos. a atitude que diz: "Eu sou mais importante que voc e, sefor necessrio, vou promover minha causa e proteger meus direitos s suascustas".

    Orgulho o princpio de governo das trevas e a influncia sobre o mundono-remido. Ele causa contenda nos lares, nos locais de trabalho, no cenrio

    poltico e, sim, at na comunidade crist (Pv 13.10).Orgulho estimula a competio acirrada entre pessoas de todas as esferas.

    Ele motiva as garotas a aparentarem atraentes e tentadas a parecer maisarrumadas que as outras em sua competio pela posio de "a mais charmosa detodas". Impossibilitadas de serem consideradas medianas, elas fazem tudo dentrodo seu alcance para se destacarem sobre suas rivais. Homens pretensiososcompetem entre si pelo seu fsico, por sua bravura, suas habilidades e posses.

    O orgulho acende as chamas do desejo que leva um pecador lascivodiretamente para a degradao. Um Dom Juan sente uma auto-exaltao de

    * A propsito, em uma frase, Jeremias usa muitos termos para descrever Moabe: Ouvimos falar da soberba [ga'own]de Moabe, que de fato extremamente soberba [ge'eh], da sua arrogncia [gobahh], do seu orgulho [ga'own], da suasobranceria [ga'own] e da altivez [ruwn] do seu corao Gr 48.29 -ARA).

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    excitamento quando acrescenta uma nova fmea s suas conquistas. Umestuprador alimenta seu ego monstruoso subjugando outros. Um exibicionistaenche-se de orgulho ao imaginar uma mulher vendo suas partes ntimas. Umaadltera sente-se a maioral ao pensar em roubar a afeio amorosa de um maridocompetitivo. Esse tipo de sentimento est por trs tambm da maior parte daviolncia que atinge nosso mundo. Um ego machucado leva um homem a matarsua esposa e seu amor. O orgulho tnico provoca um aumento do discursoinflamado contra grupos de pessoas que leva guerra. Membros de gangues derua rivais se envolvem em brigas e pegas de automveis em retaliao a ataques

    prvios de seus oponentes.

    Brigas de bares surgem de pequenas disputas. Muita hostilidade acontecesimplesmente porque as pessoas esto tentando ganhar o respeito dos outros e seradmiradas. Com certeza, o orgulho tem causado mais problemas, conflitos,sofrimento e tristeza nesse mundo do que qualquer outra paixo humana.

    Existe um denominador comum entre cada um desses cenrios: as pessoas

    esto tentando exaltar-se s custas de seus semelhantes ou esto fazendo o seumelhor para se proteger de outros que se exaltam s custas delas. Cada pedacinhodisso tem o cheiro horrvel e egosta da atitude de preocupar-se em ser oprimeiro.

    O REINODE DEUS

    Muito antes de Deus criar o homem, uma grande rebelio aconteceu no cuquando o querubim Lcifer disse a si mesmo: Eu subirei ao cu, e, acima das

    estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregao, meassentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens eserei semelhante ao Altssimo (Is 14.13,14).

    A mesma atitude pretensiosa que expulsou do cu o rei do orgulho ainclinao predominante deste mundo cado. Como nos diz a Sagrada Escritura:Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo est no maligno (1 Jo 5.19).Satans,

    agora, utiliza o orgulho para provocar inveja, raiva, perverso e uma longarelao de outros vcios comuns ao homem. Talvez, isso tenha motivado um

    ministro a escrever:O orgulho foi o pecado que transformou Satans, um anjo abenoado, em

    um demnio amaldioado. O diabo conhece melhor do que ningum ocondenvel poder desse sentimento. Existe alguma dvida, ento, que ele o usefrequentemente para contaminar os santos? Seu propsito se torna ainda maisfcil porque o corao do homem mostra uma tendncia natural por ele.4

    Quo espantosamente diferente o Reino de Deus, o qual governado peloCordeiro inocente que Se permitiu ser sacrificado em favor dos outros! Ele manso e humilde de corao (Mt 11.29). A mentalidade que guia aqueles que

    fervorosamente O seguem a despretenso. Indivduos assim preferem asnecessidades e desejos de outros sobre os seus prprios.

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    Leva um certo tempo at que um novo convertido ao Senhor se acostume aesse pensamento altrusta. Ao tentar viver pelos princpios do Reino dos cus,logo percebe que sua velha e egosta forma de pensar ainda est muito vivadentro de si. De fato, ele ainda tem uma natureza carnal que preenchida peloorgulho; sendo assim, encontra-se dividido entre a mentalidade de autopromoodesse mundo e os valores de auto-sacrifcio do Reino celestial.

    Certa vez, um amigo meu, lamentando sobre sua falta de habilidade paravencer essa serpente venenosa, comparou sua luta com o lanamento de umexplosivo na lateral de uma alta montanha. Seu esforo pode produzir um

    barulho temporrio, mas, uma vez que a fumaa seja dissipada, o grande monte permanece no lugar to formidvel como sempre. Assim como meucompanheiro, Charles Spurgeon compartilhava a mesma desesperana sobre essaluta quando escreveu:

    Orgulho to natural para homens cados, que brota no corao como ervadaninha em um jardim regado ou mato na beira de um riacho. E um pecado que

    invade e cobre todas as coisas, como a poeira das estradas ou farinha no moinho.Cada toque seu malvado. Voc pode caar essa raposa e pensar que a destruiu!Sua maior exultao a soberba. Pessoa alguma tem mais orgulho do queaqueles que imaginam que no o tem. O orgulho um pecado com milhares devidas; parece impossvel mat-lo.5

    Se esse sentimento to invasivo e indomvel no corao humano, muitospodem perguntar: "Para que lutar?". Certamente, Deus entende que essa umabatalha que no pode ser vencida. Para que se envolver em um briga na qual j sesabe, de antemo, que vai perder? No entanto, apesar dessa avaliao pessimista,

    devemos lutar contra o orgulho! A razo desse combate to urgente a prprianatureza demonaca. Em cada maneira que ela toma conta do carter de umapessoa, aumenta sua semelhana com Satans, o anjo cado, aquele que provocaos cristos a se promoverem, exaltarem-se, envaidecerem-se e protegerem-se scustas dos outros. Boa parte das aes diablicas da soberba tida como normal -como se isso aliviasse a responsabilidade dos cristos em combater sua influnciamaligna na vida de cada um deles.

    Embora seja verdade que sempre existir algum resqucio de orgulho, aalternativa para permitir-se permanecer em uma posio superior, com umaatitude mental que desafie Deus, inimaginvel para qualquer cristo sincero.

    Embora uma pessoa no possa erradicar totalmente todos os vestgios dessesentimento dentro de si, com certeza, ela pode avanar, admitindo earrependendo-se toda vez que ele se revelar.

    PROBLEMADETODOS

    Pessoas diferentes so assoladas por pecados distintos. Um homem podesentir-se destrudo pelo desejo sexual, enquanto outro no sente uma fortetentao nessa rea. Uma pessoa tem uma inclinao natural para a fofoca; outra,

    um temperamento explosivo. Cada ser humano est propenso a certos pecados,enquanto outros vcios no exercem atrao alguma em sua vida. A variedade ,

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    aparentemente, sem fim. Porm, todos lutam contra o orgulho porque ele umaparte inegvel da natureza cada.

    O orgulho to sutil, que muitos, na realidade, pensam que tm pouco ounada desse sentimento dentro de si. A verdade que ele possui a habilidade dedisfarar sua presena no corao do homem. De fato, geralmente, certo que,

    quanto mais a pessoa o tem dentro de si, menos ela sabe disso. Como Spurgeondisse, "ningum tem mais orgulho do que aqueles que imaginam que no tmnenhum".

    Assim como h diversas formas e incontveis variaes de pecado, omesmo acontece com a altivez. Durante a leitura desta primeira parte, apareceromuitos tipos desse sentimento, mas, com o intuito de ter um panorama geral,observaremos o caso de uma famlia fictcia.

    Bill Johnson extremamente satisfeitopor ter construdo, do nada, umtimo empreendimento sem a ajuda de pessoa alguma. Sua esposa, Nancy,

    alegra-se muito pelos quatro filhos e fala sobre eles para quem quiser ouvir. Aadolescente Gwen, de 17 anos, fica o tempo todo penteando seu cabelo loiro ecomprido em frente ao espelho. Logo depois dela, com 16 anos, vem Josh, que

    joga na defesa no time de futebol e conhecido por seus lances agressivos.

    Ricky, 13 anos, o comediante da classe e adora ser o centro das atenes.Suzy, extremamente tmida mesmo para uma garota de 12 anos, j construiu

    barreiras em torno de si mesma onde pessoa alguma consegue penetrar. Essa adescrio de uma tpica famlia americana.

    Ento, qual o grande crime em apreciar a admirao dos outros ou ser umpouco protetor? O orgulho, como qualquer outro pecado, nunca est satisfeito, eapenas uma frao dele j muito. A vaidade de Gwen pode parecer umainofensiva caracterstica adolescente, no entanto, se deixada de lado, irtransformar-se em um monstro horrvel de arrogncia que se manifestar na vidadela de vrias maneiras. Caso Suzy no aprenda a se tornar vulnervel aos outros,ela ir fechar-se cada vez mais em seu pequeno mundo, onde no haver lugar

    para quem quer que seja alm dela mesma.

    Nessa famlia existe um fator comum entre o tipo de orgulho predominanteem cada membro: a promoo e a proteo do poderoso ego. Se, um dia, eles setornassem crentes, iriam descobrir que o ego sua maior dificuldade para se

    tornarem como Cristo e que o principal responsvel o orgulho.As aes, as palavras e os pensamentos gerados pelo orgulho no so

    crimes sem vtimas. Quando uma pessoa orgulhosa, automaticamente, ela secoloca acima s custas de outras.

    Por exemplo, Bill no consciente de quanto seu desdm por seusempregados os tem machucado tantas vezes. Secretamente, ele se vangloria deser temido pelos outros.

    Nancy s quer falar sobre seus filhos, e sua notvel falta de interesse acercade outras crianas, geralmente, tem ofendido suas amigas e colegas de trabalho.

    Gwen quer ser adorada por todos os rapazes e tem pouca preocupao sobreoutras garotas que desejam receber ateno. Na verdade, j aconteceu de algumas

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    moas menos bonitas ficarem sem graa quando ela se gaba da ateno querecebe na frente delas.

    A determinao de Josh para ganhar, a qualquer custo, tem-no tornado umcompetidor violento, mesmo se isso significar machucar seriamente um outro

    jogador. O semblante de dor extrema de seu adversrio rapidamente esquecido

    enquanto ele volta para o campo.Ricky no est preocupado com o fato de que suas dirias performances

    humorsticas tm-se transformado em uma fonte de constante tristeza para sua professora, a qual tem estado ocupada demais tentando controlar um agitadogrupo de adolescentes.

    Mesmo a envergonhada Suzy, constantemente, tem machucado outras pessoas com a sua falta de ao aos seus gestos de afeio. Sua silenciosadeterminao de se proteger de ser magoada, no importa como, tem maisimportncia do que seus sentimentos.

    DEUSRESISTEAOSORGULHOSOS

    Antes de irmos mais adiante, hora de encarar a realidade espiritual de queDeus Se mantm veementemente contra toda forma de orgulho, sendo um santoou um pecador.**

    As Sagradas Escrituras mostram-nos que Pedro admoestou os cristos daprimeira igreja crist:

    Semelhantemente vs, jovens, sede sujeitos aos ancios; e sede todos

    sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resisteaos soberbos, mas d graa aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixoda potente mo de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte, lanando

    sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vs. Sede sbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversrio, anda em derredor,bramando como leo, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti

    firmes na f. 1 Pedro 5.5-9H muitas verdades que podem ser aprendidas por meio da exortao desse

    sbio e velho apstolo. Para comear, essas palavras foram direcionadas para

    seus irmos cristos. Sim, o Altssimo resiste ao orgulho mesmo entre Seusfilhos! A punio que Davi recebeu quando realizou o censo do povo um bomexemplo disso (2 Sm 24.13). Qualquer atitude orgulhosa, motivo ou inteno noscoloca contra o Onipotente. Em outras palavras, quanto mais a pessoa tiver essesentimento em seu corao, mais ela experimentar a resistncia de Deus.

    Vamos encarar os fatos: nosso Criador insiste em ser o Mestre de Seu povo.Quando algum aceita Cristo, ele O recebe no apenas como seu Salvador, mastambm como Senhor.*** Quando esse novo crente, verdadeiramente, rende suavida e se entrega vontade do Todo-Poderoso, a opresso se torna luz, e ele se

    ** Sua oposio ao orgulho de um cristo muito diferente da oposio aos que no so salvos. Aqueles que noconhecem Deus no tm nada que fique entre eles e o julgamento.*** A expresso Senhor usada 7.750 vezes nas Escrituras, enquanto o vocbulo Salvador empregado apenas 37vezes. Isso mostra o peso extremo que a Palavra de Deus coloca sobre o senhorio de Cristo.

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    enche de alegria e paz. Contudo, seu caminho se torna mais difcil quando ohomem insiste em controlar o prprio destino (Pv 13.15). Quando ele determinaque vai controlar a prpria vida, encontra-se em discordncia com todo o Reinodos cus. Certa vez, algum disse: "Pense em ter tudo de Deus, Seus propsitos,Suas leis, Sua providncia, sim, e Seu amor, voltados contra ns".6

    O fato de sabermos que Ele resiste firmemente ao orgulhoso mostra quoprejudicial o pecado do orgulho.

    Pedro tambm mencionou o cuidado de Deus pelo Seu povo. importantelembrar que Ele quer purificar-nos de tudo aquilo que nos machuca ou impedeSeu relacionamento conosco. Por exemplo, muitos cristos no entendem quesuas oraes continuam sem respostas, porque eles se aproximam do trono do Paicom atitude arrogante, presunosa e insistente. Em seu orgulho insano, tentamdar ordens para o Poderoso como se Ele fosse seu ajudante! O Criador Se voltacontra esse tipo de atitude.

    Um ministro do Evangelho explica a oposio de Deus ao Seu prprio povoquando este presunoso:

    Est fora do cuidado amoroso para conosco; porque orgulho significarebelio, e rebelio a essncia do pecado; e pecado significa misria, runa emorte.7

    interessante notar tambm como a linha de raciocnio de Pedro o levou dotema do orgulho diretamente para a guerra espiritual. Houve inmeras ocasiesem que Satans destruiu crentes por meio do prprio orgulho deles; muitas estoregistradas nas Escrituras para orientar-nos, como, por exemplo, a transgressode Davi: Ento, Satans se levantou contra Israel e incitou Davi a numerar a

    Israel (1 Cr 21.1). O demnio mestre em persuadir uma pessoa a realizar avontade diablica, apenas apelando para o orgulho dele.

    Por isso, o apstolo Pedro avisou o povo para ser vigilante contra osataques malignos. O adversrio a besta maldosa que anda sobre a terra,

    procurando almas para se tornarem suas presas.

    No h dvida de que o orgulho uma doena horrvel da alma que trazsomente misria e destruio. Todo cristo deveria sentir-se na obrigao de selivrar do seu veneno maligno. Vamos considerar as seguintes palavras motivantesdo The pulpit commentary (O comentrio do plpito):

    O que temos ns para nos orgulharmos? Possui o pecador alguma razopara se envaidecer? Ele est caminhando em derredor para levar destruio.

    No um caminho, nem um projeto, certamente, para se vangloriar! Tem osanto alguma razo para demonstrar soberba? Claro que no. E pela graa deDeus que ele o que .No vem das obras, para que ningum se glorie [...] Fora,ento, com esse sentimento, a vaidade das riquezas, do poder, da sabedoria e da

    beleza do rosto de argila! Fora com a altivez de todo corao cristo e a soberbada casa de Deus e de todos os departamentos de trabalho cristo! Fora com oorgulho contra nossos irmos! Vamos seguir os passos dAquele que foi manso e

    humilde de corao.8

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    Senhor, eu quero essa paixo contra o orgulho em meu corao. D-me um

    desejo ardente de me livrar das poderosas amarras da soberba. Eu quero oolhar manso deJesus reinando em minha vida.Que assim seja, querido Senhor.

    Amm.

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    O orgulho leva a todos os outros vcios: a completa forma contra Deus [...] asoberba de cada indivduo compete com a de todas as pessoas.1

    CS. Lewis

    Pense no poder que transformou um inocente garoto de bochechas rosadas emum Nero ou um Himmler.2

    A. W. Tozer

    DOIS

    A FORMAO E O DESENVOLVIMENTO DOORGULHO

    A cultura americana est cheia do orgulho da vida: a beleza feminina

    glorificada de costa a costa; a capacidade fsica nos esportes est recebendoreconhecimentos sem precedentes; a engenhosidade humana na cincia e natecnologia exaltada; a nsia corporativa estimulada com slidosinvestimentos; os polticos so homenageados no pela sua integridade, mas porseu pragmatismo. No resta dvidas de que estamos sob a maldio darwinianada sobrevivncia do mais forte.

    Poucos dias aps o ataque terrorista ao "World Trade Center, o governadorda Flrida, Jeb Bush, insuflado pelo orgulho nacional, expressou o sentimento demuitos americanos quando disse: "Eles tentaram humilhar-nos, mas ns somosuma nao orgulhosa e nunca iremos rebaixar-nos somos um pas forte!". *

    A unidade nacional foi bombardeada com declaraes como: "Temosorgulho de sermos americanos!".

    Quase tudo em nossa cultura leva e incita ao orgulho do homem: oentretenimento, a propaganda, a mdia, o meio acadmico, os negcios e a vidadomstica.

    Agora, mais do que nunca, tudo voltado para a imagem e as conquistaspessoais.

    Isso, por sua vez, criou uma forte presso para derrotar o semelhante - ser

    mais inteligente, forte, capaz, atraente e saudvel.* Escrito de memria por um amigo. Isso no quer dizer que existe algo errado em expressar patriotismo sobre onosso pas.

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    PRIMEIRASLIES

    Em um ambiente como esse, que exalta e glorifica a conquista, a fora e abeleza, no demora muito a que as crianas aprendam que prazeroso serreconhecido e desagradvel ser criticado ou no ser notado. Elas so ensinadas ase sentirem orgulhosas de quem so e das habilidades que possuem. Essamentalidade reforada a cada estgio do desenvolvimento e durante a vidaadulta.

    Vejamos na escola, por exemplo.

    Como forma de motivao, a primeira coisa que os professores despertamem uma criana o seu orgulho, transmitindo a mensagem de que, se ela quiserser recompensada pelo sistema, ter de lutar para ser a melhor, precisarderrotar os outros e mostrar um esprito competitivo. Sob a perspectiva bblica,cada um desses termos uma manifestao demonaca do orgulho.

    Cedo na vida, a ambio e a vanglria se instalam nas crianas e soconsideradas motivos aceitveis para dar o melhor de si.** Os professores tentamdespertar e estimular o orgulho que j est dentro de cada criana. Em vez de serinstruda acerca dos princpios divinos que promovero a importncia dos outros,ela aprende que seu valor vem de superar o dos demais. A competio se torna amaneira de induzir os jovens a fazerem o melhor que podem. Eles soencorajados a se colocarem na posio de receber os aplausos dos homens, noimporta a que custo.

    Nosso pas uma nao de vencedores. Perdedores so renegados comocidados de segunda classe.*** Consequentemente, o valor de uma pessoa determinado pelas suas conquistas, em vez de ser por seu carter moral.

    Se um jovem demonstra interesse por uma profisso, ele estimulado a seinspirar em pessoas bem-sucedidas nesse campo: estudar sua vida, imitar suas

    prticas e seguir seus passos. As recompensas do sucesso - prazer, posses e poderesto sempre em primeiro lugar na sua mente. No deveria ser surpresa que omundo tenha promovido esses objetos como presentes vitais. Joo disse: Porquetudo o que h no mundo, a concupiscncia da carne, a concupiscncia dos olhos

    e a soberba da vida, no do Pai, mas do mundo (1 Jo 2.16). Este pensamentomundial o fora e o compele a trabalhar mais. Sobre tudo isso, essa determinaoem ser o melhor em sua rea deve vir acompanhada de uma atitude mental

    positiva.

    Que coisa maravilhosa esperar por aqueles que se recusam a aceitar osegundo lugar!

    ** dito a eles que no se satisfaam com menos do que a mais alta distino.*** No preciso dizer que os pais ou os professores devem fazer o mximo para inspirar as crianas a darem o melhor

    de si. Crianas precisam ser encorajadas a valorizar a qualidade do seu trabalho. esperado que eles estimulem osjovens a se envolverem em um campo de interesse. Contudo, a prtica atual de usar o orgulho como uma ferramentamotivacional no apenas desnecessria, como tambm perigosa.Alguns do campo acadmico tentam corrigir tal

    pensamento por meio de mtodos humanitrios, como, por exemplo, recusando-se a reprovar uma criana que notenha atingido os requerimentos mnimos necessrios.

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    Inacreditavelmente, essa mesma mentalidade vista tambm entre aquelesque esto estudando para serem ministros. As caractersticas divinas, tais comoamor, humildade e bondade, tendem a ser impacientemente deixadas de lado emfavor dos sinais aparentes de sucesso. comum os mais talentosos pregadoresserem colocados em pedestais. Consequentemente, nossos jovens almejam imitaraqueles que lideram igrejas maiores, com os programas de rdio mais populares,os que vendem mais livros e aqueles que tm maior posio de prestgio. Osalunos da escola bblica, rapidamente, aprendem que o sistema evanglicoamericano recompensador. Esse pensamento geral permeia muitas igrejas nosEstados Unidos.

    Aps anos desta doutrina, a maioria dos jovens governada pela ambio,inveja e glria pessoal. William Law, escritor do sculo 16, levanta algumasquestes problemticas:

    Voc ensina uma criana a no permitir ser passada para trs e a almejardistino e aplausos; mas existe alguma idia de que ela continuar a agir da

    mesma maneira a vida toda? Agora, se um jovem deseja, at o momento, serum cristo que governa seu corao pelas doutrinas da humildade, sinto-meinclinado a saber em que tempo ele o far: ou se ele, de fato, ser assim

    porque ns o treinamos para o contrrio? Quo seca e pobre deve soar adoutrina da humildade para um rapaz estimulado por toda essa indstria daambio, inveja e imitao e pelo desejo de glria e distino! E se no

    para ele agir por esses princpios quando for um homem, porque ns oensinamos a ter essa atitude assim na sua juventude? [...]Deixemos aqueles que pensam que as crianas devem ser exploradas, se elasno foram assim ensinadas, considerar o seguinte: eles podem pensar que, sealgumas foram educadas pelo Altssimo ou por Seus santos apstolos, amente delas foi relegada mesmice e inutilidade? Ou eles podem acreditarque elas no foram instrudas nos princpios profundos da estrita everdadeira humildade? Talvez digam que nosso abenoado Senhor, que foio mais manso e humilde homem que esteve sobre a terra, foi impedido porSua humildade de ser o maior Exemplo de valor e aes gloriosas jamaisfeitas pelo homem? Podem dizer que Seus apstolos, os quais viveram nomesmo esprito humilde de seu Mestre, deixaram de ser teis e instrumentosde bno por todo o mundo? Apenas algumas reflexes como essas sosuficientes para expor todos os pobres argumentos de uma educao deorgulho e ambio.3

    O HOMEM DO POVO

    Em nossa sociedade, se voc quiser ser respeitado e admirado, ter de ser omelhor. O problema que nem todos podem ter esse adjetivo. Para cada pessoaque reconhecida por alguma conquista, h geralmente centenas de outras cujosesforos passam despercebidos.

    Assim como pais que premiam a boa ao e punem o mau comportamentode seus filhos, o orgulho tambm motivado por fatores positivos e negativos.

    Existe um trato velado que acompanha a promessa de recompensa para oconquistador: se ele no for bem-sucedido, no ser retribudo; ele no receber

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    Para lidar com o fato de ser magoada, a criana, que est fazendo apenasaquilo que lhe parece natural, gradualmente, desenvolve mecanismos de defesa,os quais, infelizmente, so os embries do orgulho que se originam na infncia,desenvolvem-se na adolescncia e aperfeioam-se na vida adulta.

    Nesse meio tempo, o jovem no tem noo alguma de que o alvo principal

    de espritos demonacos.

    Esses demnios so muito familiarizados com as rvores genealgicas,com todos os tipos de personalidades, pecados secretos, reas de egosmos eassim por diante. Na verdade, esses agentes da escurido vm alimentando o

    pecado e o orgulho nos membros da famlia antes mesmo de a criana nascer.Quando ela cresce e sofre as inevitveis dores da infncia, sem dvida, osdemnios esto presentes para mostrar como responder a esses sofrimentos. Oorgulho a resposta demonaca para a dor emocional. Em um mundo cado,

    escravo do pecado, onde. a soberba do homem exaltada, essas atitudescontrariamente divinas so cuidadosamente cultivadas enquanto o jovem segueem direo maturidade.

    UMPADROVITALCIO

    A vida uma longa jornada, feita de milhes de decises dirias. O rumo deuma pessoa pode ser alterado a qualquer momento, no entanto, quanto maislonge ela for a uma direo especfica, mais inclinada ir sentir-se em continuarnesse caminho. Assim como nos vcios ou em atividades sexuais, a paixo pelo

    orgulho pode dominar algum de tal maneira, que pode indicar o curso de suavida. Isso, na verdade, coloca-o em uma rotina que se torna crescentemente maisdifcil de ser quebrada.

    Esses considerados insanos pela sociedade, tipicamente, tm uma longahistria de decises tomadas que foram fortemente influenciadas pelo orgulho.Se a vida de cada um deles pudesse, de alguma maneira, ser examinada desde o

    princpio, algum provavelmente encontraria pontos cruciais ao longo docaminho onde eles fizeram escolhas que, posteriormente, solidificaram suainsanidade.

    O filme O coral de Natal habilidosamente mostrou, por meio dopatrocinador do Natal passado, como o jovem Ebenezer Scrooge tomou suadeciso fundamentada na nsia pelo dinheiro, at que se tornasse um amargo emiservel avarento.

    Toda pessoa hoje - seja jovem ou idosa - est seguindo algum curso de vidae o produto de um viver de decises dirias. As pessoas esto em constanteestado de transio; sempre alterando em pequenos graus seu trajeto para algumadireo. Consequentemente, seu orgulho est sempre crescendo ou diminuindo.A. W. Tozer declara o seguinte:

    Homens e mulheres so moldados por suas afinidades, modelados por suasafeies e poderosamente transformados pela arte de seu amor. No mundo no-regenerado de Ado, isso produz tragdias dirias de propores csmicas. Pense

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    no poder que transformou um inocente garoto de bochechas rosadas em um Neroou um Himmler. E Jezabel sempre foi a mulher amaldioada, cuja cabea ecujas mos os ces, mesmo que ela tenha merecido, recusaram-se a comer? No,algum dia, ela teve seus sonhos puros de menina e corou ao pensar no amorfeminino; mas logo ela se interessou por coisas ms, admirou-as e, finalmente,comeou a am-las. Ento, a lei da afinidade moral se tornou poderosa, e Jezabel,como barro nas mos do oleiro, transformou-se na coisa deformada e horrorosaque os eunucos atiraram pela janela.4

    Senhor, agora eu entendo mais claramente porque o orgulho se desenvolveudentro de mim. Ajuda-me a escapar do

    sistema mundano de recompensar esse sentimento soberbo.Eu no aceito a horrvel soluo demonaca para a doremocional. Eu quero sofrer como um valoroso soldado de

    Cristo; caso necessrio, parecer-me com Tua imagem e ser

    transformado da imagem do mal. Que assim seja, Senhor.Amm.

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    Existe um vcio do qual homem algum est livre; o que todo o mundo odeiaquando v em outra pessoa; e do que poucos, exceto os cristos, imaginam ser

    culpados [...] O vcio do qual estou falando o orgulho ou o autoconceito.'CS. Lewis

    O orgulho um vcio que invade to rapidamente o corao do homem, que, setivssemos de nos despir de todas as nossas culpas, uma a uma, teramos

    dificuldade, sem dvida, para lidar com ele.2

    Bispo Hooker

    TRS

    AS DIFERENTES FORMAS DO ORGULHO

    Quando Ado se rebelou no jardim do den, seu corao se corrompeuinstantaneamente. Como uma forma agressiva de cncer, uma rede elaborada deorgulho se formou dentro de seu corao e espalhou-se dentro de si. Agora,milhares de anos depois, aps incontveis geraes, tal sentimento possui um

    sistema de radar altamente desenvolvido que mantm constante observaosobre qualquer coisa que atravesse seu caminho. Consequentemente, essemecanismo aproveita toda oportunidade de se mostrar, promover e proteger seuhospedeiro. Assim, a vaidade mantm sua posio dentro do corao humanocom muito sucesso.

    Na essncia, o orgulho como um fiel co de guarda, sempre protegendoseu dono: o poderoso ego Quanto mais cheio de si mesmo algum estiver, mais

    presunoso ser. O cristo que no tiver permitido que o Senhor lide severamentecom sua personalidade cair nas garras da soberba. Todos os aspectos do viver -trabalho, diverso, relacionamentos, e vida espiritual - sero fortemente tentados

    por esse sentimento, o qual contamina os pensamentos, as palavras e as atitudes.Assim, tudo deve adquirir uma posio de subservincia ao seu desejo tirnico.Cristos no-envolvidos podem dizer que Jesus Cristo o Senhor da vida deles,mas a verdade que apenas o orgulho ocupa essa posio. Esse sentimento regeo corao desses cristos, consegue qualquer coisa que desejar e permite apenasas coisas que servem ao seu interesse. A submisso a Deus deixada do lado defora das barreiras erguidas pelo amor-prprio. O crente s ir submeter-se erender-se ao Onipotente tanto quanto a imodstia permitir.

    verdade. O orgulho uma caracterstica comum do corao humano, e

    todo ser humano, inclusive o crente, possui uma nica e vibrante personalidade.Assim, pessoas se exaltam e se guardam em muitas maneiras diferentes. Porexemplo, cada um dos seis membros da famlia Johnson elevado de uma

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    maneira distinta como indivduo. Para fazer um diagnstico melhor do egosmoque est dentro de cada um de ns, farei uma parada nas categorias bsicas(geralmente parecidas).*

    UMESPRITOSOBERBO

    Quando se pensa na palavra soberba,a imagem de um endinheirado esnoberapidamente vem mente. Contudo, a Bblia usa o termo para descrever qualqueratitude de ser melhor que os outros. Pessoa alguma precisa ser rica para sersoberba. Considerar-se mais esperto, bonito, forte ou capaz que os outros umaspecto desse tipo de arrogncia. Aquele que se exalta experimenta uma sensaode excitao.

    Bill Johnson o exemplo perfeito de altivez. Ele se considera superior apraticamente todos sua volta -certamente, muito longe dos zs-ningum quevivem contando o dinheiro do ms. Maior ainda o seu desrespeito pelos pobres

    "que deviam procurar algum trabalho decente e ser algum na vida!". Nointeressa o quanto ele tente disfarar, seu desdm pelos outros fica estampado emseu rosto. O salmista chamou isso de a soberba do perverso (Sl 10.4) ou decorao soberbo(Sl 101.5). Salomo simplesmente o classifica como olhar altivo(Pv 6.17).

    O arrogante encontra algo em si mesmo que ele considera digno de louvor eusa essa qualidade para se comparar favoravelmente com os outros. Por acreditarno melhor sobre si prprio, Bill no percebe suas caractersticas maisdesprezveis. Por exemplo, ele e um chefe muito exigente e utiliza o sarcasmo

    para manipular os outros para que faam aquilo que ele quer. A verdade queno h quem goste de trabalhar para ele. No maior desejo de pensar em seumelhor, essa crtica negativa convenientemente ignorada. Em vez disso, ele se

    parabeniza por sua grande tica profissional. Sim, verdade; ele maisambicioso que o Jim, o zelador que mora no final da rua. Entretanto, todos os queconhecem Jim adoram estar perto dele, o que Bill nem percebe. Aqueles que soarrogantes se exaltam, comparando suas foras com as fraquezas dos outros.

    Bill to presunoso em sua auto-avaliao, que fica indiferente opinioque os outros tm dele. Sua arrogncia insana no deixa espao para dvidas. Ele extremamente condescendente e d menos importncia quilo que os

    indivduos possam pensar dele. Bill despreza sua aprovao assim como suadesaprovao. Por causa de seu excessivo amor-prprio, ele no precisa do apoiode quem quer que seja.

    VAIDADE

    Em contraste com a autoconfiana exagerada de Bill, est aquele que,verdadeiramente, vive pela admirao dos outros. Cheio de vaidade, esseindivduo precisa da aprovao dos outros, deseja ser reconhecido e procura osaplausos.

    A vaidade reside na raiz das peties lacrimosas to comuns hoje em dia. ASagrada Escritura denuncia a orao de pessoas vaidosas que se recusam a

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    condenar o pecado, a astcia e a carnalidade. Por intermdio de Jeremias, porexemplo, o Senhor disse que elas curam a ferida da filha do meu povolevianamente, dizendo: Paz, Paz; quando no h paz (Jr 6.14). Judas, noversculo 16 de sua epstola, falou acerca daqueles que so aduladores de

    pessoas, e Paulo fez a seguinte declarao: Porque vir tempo em que nosofrero a s doutrina; mas, tendo comicho nos ouvidos, amontoaro para sidoutores conforme as suas prprias concupiscncias (2 Tm 4.3). Esses falsosmestres querem ser adorados mais do que se preocupam com o bem-estardaqueles que os ouvem.

    Porm, a vaidade no est limitada ao ministrio. Qualquer pessoa quedeseja receber a admirao dos outros est sujeita a ela. De fato, ela um dosgrandes problemas que assolam as mulheres hoje em dia, cuja beleza determina ovalor de cada uma delas em nossa cultura. A presso para ser adulada pode sermuito forte, especialmente para aquelas que precisam de ateno. No coincidncia que a mesa onde as mulheres passam sua maquiagem chamada de

    vaidade.**Atualmente, isso especialmente trgico no Corpo de Cristo, quando

    algumas garotas, querendo atrair os outros, vestem-se sem modstia mesmoquando esto dentro da igreja. Contudo, esse desejo de despertar a ateno dosrapazes, muitas vezes, leva-as ao caminho da promiscuidade. Visto que a igrejaesta abraando os padres do mundo, poucos parecem preocupados com issohoje em dia.

    A vaidade faz os indivduos viverem aprisionados pelo desejo deaprovao. Manter a excitao da aceitao exige que a pessoa esteja

    constantemente falando, parecendo e agindo da forma que os outros querem queela faa.

    A satisfao pessoal depende simplesmente do seu grau de aprovao:elogios trazem felicidade e realizao completa, enquanto que um comentriodesaprovador extremamente devastador. Talvez, esse tipo de atitude tenhalevado Deus (por intermdio de Isaas) a fazer-nos a seguinte admoestao: E aaltivez do homem ser humilhada, e a altivez dos vares se abater, e s oSENHOR ser exaltado naquele dia. [...] Afastai-vos, pois, do homem cujo

    flego est no seu nariz; porque em que se deve ele estimar? (Is 2.17-22).

    AUTOPROTEO

    Um indivduo com o orgulho de proteger a si mesmo tem grandesproblemas sendo vulnervel aos outros. Ele extremamente defensivo e fcil dese ofender. Essa pessoa se fortificou com um elaborado sistemadebarreirasemecanismosde proteo na tentativa de se manter longe de qualquer risco. Paraquem apresenta esse tipo de orgulho, por ser geralmente sensvel por natureza,quase sempre a menor ofensa ir lev-lo a se protegerde futuras mgoas. Assim,os muros de sua fortaleza pessoal ficam mais resistentes e se tornamimpenetrveis para qualquer outro intruso. Enquanto algumas categorias dasoberba so por si s ofensivas - assim como a vaidade e autopromoo -, essaforma de orgulho defensiva por natureza. Pessoas com esse tipo de sentimento

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    vem os outros como uma ameaa que ir humilh-las, rebaix-las ouenvergonh-las. Dessa maneira, elas se guardam dos ataques a qualquer custo.Tornando-se distantes, algumas se protegem da dor que outros possam causar.Elas so cuidadosas para no deixarem transparecer seus sentimentos mais

    profundos e sentem-se um pouco inseguras e medrosas quando as pessoas seaproximam delas. Outras se utilizam do sarcasmo para manter seus semelhantes distncia.

    A pequena Suzy, que tem apenas 12 anos de idade, j est permitindo queesse tipo de presuno se solidifique dentro dela. No errado ser cuidadosa,sensvel e introvertida. Essas caractersticas simplesmente fazem parte de suamscara como pessoa. O problema aparece quando ela, diferentemente de Jesus,d mais importncia para os seus sentimentos do que para as outras pessoas emsua vida. E fcil de simpatizar com algum como essa menina, at que se estejado outro lado do sentimento horrvel que emana dela quando se sente ameaada.

    O que mais assustador para uma pessoa com o orgulho da autoproteo (e

    para algum vaidoso tambm) sofrer alguma humilhao publicamente. Opensamento de ser rebaixado na presena de outros algo com o qual ela mal pode lidar. Contudo, o bom Mestre, quando falava acerca da questo de sepreocupar sobre o que as outras pessoas pensam, disse: E digo-vos, amigos meus:no temais os que matam o corpo e depois no tm mais o que fazer. Mas eu vosmostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder

    para lanar no inferno; sim, vos digo, a esse temei (Lc 12.4,5).

    ORGULHOINTOCVEL

    Uma pessoa intocvel algum que no suporta ser corrigida. Ela se tornanotavelmente tensa todas as vezes que admoestada sobre reas de sua vida que

    precisam de mudanas. O orgulhoso e tolo no aceitar reprovao. Salomosabiamente disse: O que repreende o escarnecedor afronta toma para si; e o quecensura o mpio recebe a sua mancha. No repreendas o escarnecedor, para quete no aborrea; repreende o sbio, e amar-te- (Pv 9.7,8).

    uma pena que algumas pessoas sejam to orgulhosas ao seremreprovadas, porque Deus costuma ser muito confrontador quando est lidando

    com aqueles que Ele ama. O escritor de Hebreus revelou como o Altssimo trataSeu povo: Filho meu, no desprezes a correo do Senhor e no desmaiesquando, por ele, fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama e aoitaa qualquer que recebe por filho (Hb 12.5b,6). A confrontao do pecado porquem de Deus um dos mtodos mais efetivos que o Senhor usa para fazer amudana necessria na vida de um cristo. Infelizmente, as pessoas no levam asrio o arrependimento do pecado, do egosmo, das prticas mundanas ou dasatitudes no-crists, at que o Onipotente mande um "Nat" para olh-las nosolhos e dizer-lhes a verdade sobre si mesmas. O cristo que muito altivo parareceber reprovao coloca-se em uma posio invivel para receber aquilo que o

    Pai tem de melhor para a sua vida; assim, ele amadurece pouqussimo. E comoSalomo disse: Mais profundamente entra a repreenso no prudente do que cemaoites no tolo (Pv 17.10).

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    ORGULHOSABE-TUDO

    Quem se torna altivo pelas coisas que sabe geralmente algum talentoso,inteligente e dotado de dons. Ele costuma achar que pode fazer qualquer coisa e,de muitas formas, pode! Ele no acredita no potencial dos outros por causa de

    sua alta considerao sobre si mesmo (seu ego incorrigvel), e pessoa alguma to capaz ou inteligente como ele. Essa uma das razes pelas quais ele nogosta de se submeter liderana dos outros; ele julga que poderia fazer umtrabalho melhor se estivesse frente. Tal atitude arrogante o torna rebelde

    perante seus superiores.

    O esprito altivo dessa pessoa faz com que ela considere as prpriasopinies muito mais importantes do que as dos demais. A verdade que elaadora sentir-se superior e tende a pensar que os outros tm pouco a lhe ensinar,desprezando as idias alheias. Tal atitude censurada nas Escrituras, conforme

    podemos observar na seguinte declarao de Salomo; Tens visto um homem que sbio a seus prprios olhos? Maior esperana h no tolo do que nele (Pv26.12), Isaas tambm advertiu: Ai dos que so sbios a seus prprios olhos e

    prudentes diante de si mesmos! (Is 5.21). Mais tarde, Paulo acrescentou:Ningum se engane a si mesmo: se algum dentre vs se tem por sbio nestemundo, faa-se louco para ser sbio. Porque a sabedoria deste mundo loucuradiante de Deus; pois est escrito: Ele apanha os sbios na sua prpria astcia (1Co 3.18,19).

    REBELIO

    Estudo algum sobre orgulho estaria completo se no tratssemos da questoda rebelio. Isso especialmente importante nos Estados Unidos, porque osamericanos tendem a ser muito independentes e extremamente rebeldes! Dealguma forma, eles adquiriram uma propenso demonaca de questionarautoridade - a prpria autoridade de Deus. As pessoas tendem a se submeter aoslderes somente o mnimo necessrio. Alguns, simplesmente, odeiam que algumdiga o que eles tm de fazer.

    Contudo, a submisso uma parte importante da vida crist. Os cristos so

    admoestados a se submeterem s leis dos homens (1 Pe 2.13,14; Rm 13.1-5), asesposas so orientadas a se sujeitarem aos seu maridos (1 Pe 3.1-5), osempregados so encorajados serem subservientes aos seus patres (1 Pe 2.18).Acima de tudo, os crentes so encorajados a se subordinarem s suas autoridadesespirituais: Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam porvossa alma, como aqueles que ho de dar conta delas (Hb 13.17a). Pedro disse:Semelhantemente vs, jovens, sede sujeitos aos ancios; e sede todos sujeitosuns aos outros e revesti-vos de humildade (1 Pe 5.5a).

    No necessrio dizer que a falta de submisso ao Todo-Poderoso outrafaceta dessa forma de altivez. Como esse um assunto importante, a rebelio

    espiritual ser abordada mais adiante.

    ORGULHOESPIRITUAL

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    Senhor, por favor, torna clara para mim toda forma de orgulhoque est dentro do meu corao. Expe cada uma delas pelo que elas so!

    Ajuda-me a ser mais consciente de como esse sentimento afeta meurelacionamento contigo e com os outros. Liberta-me! Amm.

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    O orgulho aumenta todos os nossos outros pecados, porque no nos podemosarrepender de nenhum deles sem, antes, deixarmos de ser orgulhosos.1

    Bblia da Vida Prtica

    No existe mnimo para o orgulho, no h limite para a soberba, medida quepossa alcanar a vaidade, temperana para a desobedincia nem vara ou rdea

    que seja confivel para guiar na incerteza e no temperamento irritante de falta derespeito e desdm.2

    W. Dinwiddle

    QUATRO

    AS FACES DO ORGULHO

    Inegavelmente, o orgulho tem sido uma das maiores causas da queda dohomem em todos os tempos. Enquanto h muitos versculos diretos sobre esseassunto nas Sagradas Escrituras, h muito a aprender com personagens bblicosque se viram nas armadilhas desse sentimento e caram por causa dele. Atransparncia do Senhor sobre o colapso espiritual do Seu povo escolhido umtestemunho brilhante de Sua humildade e submisso. Para o nosso bem, Eleclaramente nos mostra como Seu Esprito se ope soberba do homem. Emseguida, estudaremos a vida de trs personagens bblicos e suas argumentaescom Aquele que o mais Submisso de todos.

    MIRI: FAMILIARIDADE LEVA DESOBEDINCIA

    A irm mais velha de Moiss, Miri, certamente foi uma das mulheres maisproeminentes da histria de Israel. Sua coragem e seu raciocnio rpido aindaestavam atuando quando, ainda garotinha, ofereceu-se para procurar uma ama

    para a filha do Fara que tinha acabado de encontrar o beb, Moiss, no carrial, beira do rio. Logo, ela iria tornar-se uma leal ajudante de seu irmo mais novoenquanto ele encarava muitos desafios com os israelitas durante o xodo.Corajosamente, Miri permaneceu ao lado dele e nunca imaginou que poderia ser

    usada pelo maligno para se opor ao homem enviado por Deus para guiar oshebreus Terra Prometida.

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    O captulo 11 do livro de Nmeros relata que Moiss, obedecendo sinstrues do Senhor, escolheu 70 ancios para assistir o povo e julg-lo. Essa foia delegao de autoridade que Jetro, seu sogro, anteriormente tinha-lhe orientado.Moiss, cansado de suportar toda a carga do povo, sentiu-se aliviado por outroscom quem dividia a responsabilidade. Porm, Miri, que claramente se enfureceuao pensar em perder o poder que havia conquistado como sua confidente,comeou a atac-lo.

    Podemos ver que falaram Miri e Aro contra Moiss (Nm 12.1). evidente que era ela quem estava instigando tal atitude pelo fato de sermencionada primeiro e de ter sido a nica punida por Deus.Porventura, falou oSENHOR somente por Moiss?, ela questionou. No falou tambm por ns?Perguntas assim to diretas revelam que a proximidade de Miri com seu irmomais novo a cegou para a realidade de que a caminhada de Moiss com Deus eramuito mais profunda que a dela. O Senhor falava com eleface a face (x 33.11).Embora ela ainda fosse uma profetisa e tenha permanecido ao lado do Senhor at

    este momento, enquanto outros abertamente se rebelavam contra Ele, Miricometeu o terrvel erro de se focar na humanidade de seu irmo. Seu orgulho eseu esprito faltoso a posicionaram contra a autoridade do Todo-Poderoso.

    Jesus disse a Seus discpulos: E, assim, os inimigos do homem sero osseus familiares (Mt 10.36). No de surpreender que este seja um problemaentre associaes de homens de Deus. Por ser difcil de ver, no dia-a-dia, o queacontece na vida pessoal com o Altssimo, mais fcil os colaboradoresconcentrarem-se na liderana natural. A camada de mistrio que cerca os lderescristos desfeita por aqueles que esto prximos a eles. No h profeta semhonra, a no ser na sua ptria e na sua casa (Mt 13.57b).

    Parece ter havido duas razes para Miri levantar-se contra Moiss. Aprimeira era que, como irm dele, ela tenha sido exaltada na frente de mais de 1milho de pessoas. Ter uma posio de honra to invejada entre o povo afetousua espiritualidade. H um antigo ditado popular que diz a seguinte verdade:

    O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe totalmente". Por essarazo, Paulo orientou Timteo a no colocar pessoas na posio de lideres torapidamente:No seja nefito, para no suceder que se ensoberbea e incorrana condenao do diabo (1 Tm 3.6 - ARA).

    O segundo fator contribuidor pode ser encontrado na seguinte passagem:No falou [Deus] tambm por ns? Como profetisa, Miri, provavelmente, deveter proferido a Palavra do Senhor em diversas ocasies. Talvez, isso a tenhalevado a pensar que ela estava no mesmo patamar que seu irmo mais novo. Otelogo e reformador protestante francs Joo Calvino comentou:

    Eles se orgulham do dom de profecias, que, ao contrrio, deveria ter-lhestrazido modstia. Mas a depravao da natureza do homem to grande, que elesno s abusam dos dons de Deus dados ao irmo que eles desprezam, comotambm exaltam com glorificao sacrlega os prprios dons em vez de o Autordesses dons.3

    interessante que a seguinte afirmao seja feita a respeito de Moiss: Eera o varo Moiss mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a

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    foi condenada a permanecer fora do arraial por uma semana inteira, com muitotempo para se arrepender.

    Evidentemente, essa humilhao atingiu o efeito desejado, pois ns nuncamais lemos sobre ela exaltando-se novamente. Com toda certeza, tal afirmao verdadeira:Porque o Senhor corrige o que ama e aoita a qualquer que recebe

    por filho (Hb 12.6).

    SAUL: REBELIOCOMOOPECADODAFEITIARIA

    Uma ilustrao muito clara das devastadoras conseqncias que o orgulhopode causar na vida de algum e at mesmo no Reino de Deus pode ser vista navida de Saul, o primeiro rei de Israel. Esse governante, que, sem dvida,comeou seu reinado no caminho certo, era pequeno prpria vista. QuandoSamuel disse-lhe que gostaria de orden-lo rei sobre o povo, ele respondeu:

    Porventura, no sou eu filho de Benjamim, da menor das tribos de Israel? E a

    minha famlia, a menor de todas as famlias da tribo de Benjamim? Por que,pois, me falas com semelhantes palavras? (1 Sm 9.21). Mais tarde, quando ovelho profeta tentou coro-lo rei, ele se escondeu.

    Porm, a humildade de Saul rapidamente comeou a desaparecer quando oSenhor lhe deu algumas vitrias retumbantes sobre os inimigos de Israel. O

    primeiro sinal de que ele estava tornando-se orgulhoso surgiu quando ele,presunosamente, ofereceu sacrifcios a Deus, em vez de esperar, como Samuel otinha instrudo. O Altssimo reprovou e ameaou Saul por intermdio do profeta,mas permitiu que o governante confuso permanecesse em seu cargo. O

    comentrio do plpito mostra a importncia do processo de testes do Senhor:Deus prova Seus servos e no lhes mostra o Seu favor completo nem Suaconfiana at que eles tenham sido testados. Abrao foi provado e encontradofiel, assim como Moiss, Davi e Daniel. O patriarca, inclusive, no era sem

    pecado, nem Moiss. Certa vez, Davi pecou gravemente. Mas todos eles semostraram puros de corao e confiveis. Saul desperta a ateno no AntigoTestamento por ser algum que, chamado para ocupar uma alta posio noservio do Todo-Poderoso e testado inmeras vezes, ofendeu o Senhor muitasocasies e foi, alm de tudo, rejeitado e destitudo. A questo na qual o rei foitestado a mesma de antes. Ele obedeceria voz do Senhor e reinaria como Seu

    comandante, ou ele seria como os reis das tribos e naes vizinhas e usaria opoder do qual tinha sido investido de acordo com sua prpria vontade e seuprazer?5

    Muitos anos se passaram, e mais vitrias militares foram conquistadas.Naquele momento, tinha chegado a hora de testar novamente o carter do dspotateocrata e dar-lhe uma oportunidade de se render. Depois de lembrar a Saul,solenemente, que Deus o tinha escolhido como rei, Samuel disse a ele quedestrusse o povo amalequita: Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destritotalmente tudo o que tiver, e no lhe perdoes; porm matars desde o homemat a mulher, desde os meninos at aos de peito, desde os bois at as ovelhas edesde os camelos at aos jumentos (1 Sm 15.3). Centenas de anos antes, esses

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    amargos inimigos de Israel foram avisados do julgamento que viria, mas nuncase arrependeram de sua insensatez.

    O clice da iniqidade estava cheio. Eles haviam cruzado a linha; o tempode cumprir a profecia havia chegado (x 17.14). Era responsabilidade de Saulaniquilar completamente a nao adversria.

    Apesar dos avisos pessoais de Deus, Saul preferiu escolher obedecerparcialmente, no se dando conta de que a obedincia parcial , na verdade,desobedincia. Em vez de seguir as ordens divinas de destruir cada criatura, ele

    poupou o rei - como um trofu individual para ser exibido - e alguns animais paraalimentar seus soldados famintos. Ento, para aumentar ainda mais o furor da irado Senhor, ele deu uma festa para comemorar a vitria e construiu ummonumento para si mesmo! Diz um comentarista:

    Antes de ser elevado dignidade real, Saul se considerava incapaz decarregar um fardo to pesado. Depois dos grandes sucessos militares, ele ficou

    cheio de arrogncia e reinou de maneira abertamente desafiadora s condiessobre as quais Jeov o investiu no cargo.6

    Quando Samuel encontrou o rei, imediatamente confrontou-o sobre suadesobedincia. Com um rancor profundo, Saul exagerou em sua obedincia eminimizou seus erros. Em uma reao tpica de quem est iludido, Saul seconvenceu de que se encontrava motivado por boas intenes. Em sua cabea,tinha respondido o chamado do Todo-Poderoso. O fato de ter poupado umhomem e um grande grupo de animais era apenas um detalhe comparado a tudoaquilo que ele havia feito corretamente. "Dessa forma carnalmente enganosa, oscoraes acreditam estar desculpando-se dos mandamentos de Deus sua prpria

    maneira", explicou um ministro.7

    O olhar penetrante do srio profeta deve ter dado uma bela sacudida nasfantasias sanguinrias de Saul. O querido ancio, que havia perdido muitas noitesem agonizantes intercesses pelo rei rebelde, no o poupou da repreenso:

    Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, no foste por cabea das tribos deIsrael? (1 Sm 15.17a). Com esta pergunta pungente, Samuel atravessoucompletamente o corao desapontado do rei. Como Miri, o rei Saul corrompeu-se pelo poder e considerou-se muito mais do que, na verdade, era. Ele tambmformou uma falsa impresso do seu relacionamento com o Pai. Mas o cordeiro

    berrante e o temeroso rei Agague depunham contra ele.Saul esqueceu-se de que sua tarefa era apenas ser um agente visvel de Deus

    para o Seu povo. Foi o Altssimo quem o colocou naquela posio, deu-lhe favorperante os olhos daquela nao e concedeu-lhe as vitrias sobre os inimigos deIsrael. Um reino longo e prspero estaria esperando por ele caso aquelegovernante tivesse simplesmente escolhido obedecer aos mandamentos de Deus.Infelizmente, Saul no fez mais do que o mnimo necessrio para conseguir isso.Alm disso, em vez de andar no temor do Senhor, era mais zeloso para construire promover seu prprio reino longe do Onipotente. Grande ao seu prprio pontode vista, aquele rei abandonou seu chamado de autoridade, delegado pelo Todo--

    poderoso sobre a tribo de Israel.

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    Deve ter sido uma cena apavorante quando Samuel proferiu aquelaspalavras imortais, que tm desafiado muitos cristos ao longo dos sculos: Tem,porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifcios como em quese obedea a palavra do SENHOR? Eis que o obedecer melhor do que osacrificar; e o atender melhor do que a gordura de carneiros. Porque arebelio como o pecado de feitiaria, e o porfiar como iniqidade e idolatria.

    Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele tambm te rejeitou a ti, paraque no sejas rei (1 Sm 15.22,23).

    Matthew Henry afirma:

    Aquela humilde, sincera e conscienciosa obedincia vontade de Deus mais agradvel e aceitvel para Ele do que gordura queimada e sacrifcios. muito mais fcil trazer um bezerro ou cordeiro para ser queimado sobre o altar doque transformar todo pensamento altivo em obedincia a Deus e suavontade.8

    Dessa forma, podemos ver que o maior pecado de Saul contra o Onipotenteno era tanto o fato de ele no ter cumprido meticulosamente cada detalhe quelhe tinha sido ordenado. No, o verdadeiro problema era que, em seu corao, elese havia exaltado contra o Pai, rejeitado a Palavra do Senhor e tinha, de fato,deixado de segui-lO. Tudo isso estava descoberto ao grande Investigador dasalmas de quem criatura alguma pode esconder-se (Hb 4.13).

    Podemos aprender muitas lies com a vida de Saul, e a primeira delas que a obedincia ao Senhor uma questo do corao. Embora aquele rei tenhavivido ostensivamente em sujeio a Deus, essa provao exps a verdadeiracondio de seu corao. Saul, como muitos cristos professos, apenas praticou

    aqueles atos de aparente penitncia que pareciam confirmar sua espiritualidadepara os que estavam sua volta. Secretamente seguindo os anseios do seucorao, ele - como os fariseus da poca de Jesus -desejou a glria dos homensaos invs da glria que vem do Pai (Jo 12.43).

    Um outro ponto chave nessa histria que ser fiel nas pequenas coisas dodia-a-dia muito mais importante do que fazer grandes atos para Deus. De fato,o Senhor nunca usar uma pessoa de uma maneira grandiosa at que ela tenhaaprendido as lies dirias de submisso. As palavras de Samuel so verdadeiras:obedincia melhor do que sacrifcio.

    Provavelmente, a maior lio que podemos aprender da grande queda deSaul a importncia de andarhumildemente com o Senhor. Aquele governantehavia sidopequeno aos [prprios] olhos uma vez, mas, gradualmente, tornou-seimenso em sua prpria percepo. Quando uma pessoa assim, rapidamentetoma para si os crditos das coisas boas que acontecem em sua vida, porque oCriador Se torna pequeno em sua mente. Assim, ela se exalta e recusa-se aglorificar a Deus (Rm 1.21). Por outro lado, aquele que se v pequeno aos

    prprios olhos enxerga o Altssimo em todas as coisas e gil para lhe dar aglria devida. Pessoas humildes no se consideram como tal.

    Uma lio final tirada dessa narrativa bblica que um exame adiadoendurecer um corao no-arrependido. Embora Saul tenha sido rejeitado comorei, ele continuou no cargo ainda por muitos anos, persistindo em seu orgulho e

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    tornando-se mais cruel e insano. O Onipotente, no entanto, lidou com Saul comoEle trata todo aquele que tem o corao endurecido e se recusa a se humilhar: Elefoi muito paciente. Contudo, inevitvel que qualquer pessoa que se exalta sejahumilhada, embora o julgamento aparente geralmente no ocorra durante umlongo perodo. Aps o Senhor rejeitar Saul, Samuel imediatamente ungiu Davi

    para ser o novo rei de Israel. Entretanto, a mudana, de fato, no ocorreu logo.Eventos que tomam lugar no reino espiritual, geralmente, demoram a seconcretizar no mundo fsico. Depois desse incidente, o Todo-Poderosoabandonou Saul para o demnio, que o atormentou pelo resto de sua miservelvida. Sua insanidade crescente finalmente o levou demncia. Tudo isso poderiater sido evitado se ele, simplesmente, tivesse-se humilhado e obedecido aoCriador. O texto de Provrbios afirma: O homem que muitas vezes repreendidoendurece a cerviz ser quebrantado de repente sem que haja cura (Pv 29.1)

    NAAM: ENSINADOPELOSSERVOS

    Passados aproximadamente 200 anos, surgiu, na regio da Sria, um grandehomem chamado Naam, que era de muito respeito por serum valente deguerra. Ele, que era um heri nacional e estava acostumado a ser tratado comreverncia e considerao, construiu essa imagem por ter agido bravamente eobtido muitas conquistas no campo de batalha. Podemos imaginar quantas vezesele retornou para ser aclamado pela multido em Damasco depois de conquistargrandes vitrias para sua nao. Naam era muito especial, literalmente falando.Contudo, quando tudo parecia estar indo bem, ele notou uma marca branca emsua pele: os primeiros sinais de lepra!

    Mal sabia ele que o Onipotente, o Senhor de Israel, j tinha determinadouma srie de acontecimentos que lhe dariam algo mais maravilhoso do quequaisquer riquezas e toda fama que o mundo j lhe havia oferecido: oconhecimento de Deus. A histria, na verdade, comeou algum tempo antes,quando as tropas srias haviam seqestrado uma garotinha judia e levaram-na

    para a Sria a fim de servir a esposa de Naam. Simpatizando com a condio deseu novo senhor, a jovem escrava mencionou que havia um profeta em Israel que

    poderia sar-lo. O grande general, desesperado por um milagre de cura, foiforado a receber instrues de uma criada! Esse foi o primeiro de muitosdegraus que aquele orgulhoso guerreiro estava descendo.

    Em uma grande demonstrao de pompa e arrogncia, o poderoso homemaparece com seu grupo de soldados e chega ao humilde lar do profeta Eliseu.

    Naam era acostumado com a atitude de seus subalternos - como este profeta judeu - de se curvarem ante a sua presena, em sinal da mais profundareverncia. Para sua surpresa, Eliseu sequer saiu da casa para cumpriment-lo.Em vez disso, enviou seu servo com uma simples mensagem: Vai, e lava-te setevezes no Jordo, e a tua carne te tornar, e ficars purificado (2 Rs 5.10b). Ocomentrio do plpito descreve sua reao:

    O general srio tinha imaginado uma cena bem diferente. "Pensava eu que

    ele sairia a ter comigo, por-se-ia de p, invocaria o Nome do Senhor, seu Deus,moveria a mo sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso". Naam tinhaimaginado uma grande cena, onde ele seria o personagem central, o profeta

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    descendo, provavelmente com uma varinha mgica, com os ajudantesposicionados ao redor, os transeuntes parando para observar - uma invocaosolene da deidade, um poder mgico movendo-se em suas mos, e a curaimediata, ocorrida nas ruas da cidade, diante dos olhos dos homens, no

    barulhento centro da cidade [...] Em vez disso, ele foi orientado a voltar comotinha vindo, cavalgar cerca de 32km at o rio Jordo, geralmente lamacento ou,

    pelo menos, sem cor, e banhar-se, sem qualquer pessoa para ver, exceto seusprprios ajudantes, sem importncia, pompa ou circunstncia ou glria alguma.9

    Por causa de sua grandiosa imaginao de como aconteceria sua cura,Naam ficou extremamente furioso com esse tratamento: No so, porventura,Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as guas de Israel?No me poderia eu lavar neles e ficar purificado?, ele se indignou (2 Rs 5.12a).Esse foi um momento crucial. Se tivesse permitido que a raiva afetasse suaresposta, ele poderia ter feito algo sem pensar, como tentar agredir Eliseu, que

    poderia facilmente clamar fogo do cu para destruir toda a sua tropa (2 Rs 1.9).

    Porm, alguns dos servos vieram falar-lhe e ponderaram com ele: Meu pai, se oprofeta te dissera alguma grande coisa, porventura, no a farias? Quanto mais,dizendo-te ele: Lava-te e ficars purificado (2 Rs 5.13b).

    Nada disso fez sentido para a mente racional de Naam, mas, mesmo assim,sua grande necessidade o fez humilhar-se e obedecer s palavras daquele profetaque tanto o havia desrespeitado. Ele fez a viagem de duas horas at o rio Jordo ese lavou sete vezes. Depois de ter mergulhado a stima vez no rio sujo, conformeo homem de Deus havia prometido, a lepra tinha desaparecido totalmente. Assimcomo o nico leproso purificado que voltou para agradecer a Jesus, Naamretornou a Samaria para expressar sua gratido a Eliseu. Dessa vez, no haviaqualquer indcio de ego insuflado ou do desdm soberbo que ele havia mostradoanteriormente. Ele era um homem mudado que, naquele momento, haviaexperimentado a bno da humildade.

    H um grande nmero de coisas importantes que podemos aprender dessaexperincia humilhante de Naam. A mais bvia que, quando ele tinha tudocaminhando da forma esperada, no sentiu a necessidade de procurar umrelacionamento com o Altssimo, e isso no diferente hoje, mesmo com oscrentes. A ausncia de problemas tende a deixar as pessoas orgulhosas e auto-suficientes. Ento, em Sua misericrdia, o Senhor permite que a adversidade

    acontea em nossa vida para que tenhamos sempre a conscincia da necessidadede Sua ajuda (Sl 119.67,71).

    tambm interessante como o altivo general srio teve de receberconstantemente orientaes de seus escravos. Primeiro, a pequena escrava disse-lhe onde procurar pelo poder de cura. Eliseu mandou seu escravo, Geazi, dar asinstrues da restaurao. Por ltimo, quando Naam ficou nervoso, seu prprioservo teve de lhe mostrar a sabedoria necessria para decidir o que fazer. O fatoda questo a verdade que servos tm muito mais facilidade de entender oSenhor, pois o Reino de Deus fundamentado na servido. Eles tm uma singelaforma de pensar que os ricos e poderosos no compreendem.

    Podemos observar tambm como a maneira de Deus agir muito diferenteda do homem. O Senhor deu a Naam uma simples tarefa para executar:Lava-te

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    e ficars purificado. Em nosso orgulho, queremos fazer alguma coisa que nostorne merecedores daquilo que estamos pedindo a Deus. "Se eu jejuar por 40dias, certamente, Deus ir libertar-me," a maneira que geralmente pensamos.Mas pensar dessa forma perder totalmente o foco da questo central:desenvolver a humildade e uma dependncia do Senhor. Indivduos imaturos,autocentrados, em geral, querem fazer algo grande que eles possam apontar comoa razo para a orao atendida. Em vez de dar a glria a Deus, a pessoa a clama

    para si. No caso de Naam, se lhe tivesse sido pedido que fizesse algoextraordinrio a fim de receber a cura, ele teria voltado para a Sria to arrogantecomo sempre e mais longe ainda do Altssimo.

    Finalmente, os sete mergulhos de Naam no rio Jordo na frente de toda atropa uma linda ilustrao de como o Senhor ajuda as pessoas a se rebaixarem.Cada vez que ele mergulhava, aproximava-se mais um pouquinho doconhecimento do Todo-Poderoso. Depois de receber toda a gua dos setemergulhos, ele estava suficientemente humilde para que enxergasse O mais

    humilde de todos. Isso, simplesmente, no seria possvel se no experimentasseessas humilhaes repetidas. Esse o caso dos cristos hoje em dia. Quando oSenhor permite que uma pessoa seja humilhada de alguma forma, o Seu desejo sempre que ela tenha um conhecimento maior de Jesus.

    Muitos poderiam pensar que seria impossvel para um homem egosta eorgulhoso como Naam aproximar-se de Deus. Contudo, o Senhor sabeexatamente como atender necessidade de cada um. No caso de Naam, foramnecessrias as ordens de trs escravos e muitos mergulhos no rio Jordo paraquebrant-lo! Mas esse era um homem que estava sendo atrado para o Senhor.

    Um homem orgulhoso humilhando-se uma coisa maravilhosa no Reino deDeus.

    Querido Pai, eu vejo o orgulho agindo nessas trs vidas. Eudesejo que o Senhor me faa mergulhar sete vezes ou at meponha fora do campo por uma semana, mas, por favor, nodeixe que meu orgulho saia tanto de controle que o Senhor

    tenha de me punir como fez com Saul.Amm.

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    O cobioso levanta contendas, mas o que confia no Senhor prosperar.Salomo - Provrbios 28.25

    O orgulho um artista maravilhoso. Ele aumenta o pequeno, embeleza o feio, honra odesonrado e faz o homem pequeno, feio e desrespeitoso parecer grande, belo e digno

    aos seus prprios olhos. Dizem que Accio, o poeta, que era um ano, retratou-se comosendo alto e de belo porte. Na verdade, ele faz com que o homem que tem um corao

    demonaco aparente a si mesmo ser um santo.'D. Thomas

    CINCO

    ORGULHO RELIGIOSO

    Exceto por alguns poucos isolados perodos na histria bblica, adesobedincia e a rebelio foram as principais caractersticas dos judeus. Isso se

    manifestou primeiro em sua participao na idolatria inaceitvel das naes pags que estavam ao redor deles depois de se terem instalado na TerraPrometida. O seu exlio na Babilnia trouxe um fim a tudo isso - mais uma vez,eles clamaram pelo Todo-Poderoso. Mas no muito tempo antes, uma fverdadeira em Deus foi substituda por rituais mortos. Em um determinado

    ponto, o Senhor os confrontou sobre sua falta de sinceridade na adorao, quandoEle disse que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lbios, mehonra, mas o seu corao se afasta para longe de mim, e o seu temor paracomigo consiste s em mandamentos de homens, em que foi instrudo (Is 29.13).Essa foi uma acusao grave contra eles, pois exps que, mesmo naqueles dias

    iniciais, os judeus tinham-se tornado descrentes, mudando sua realidade internacom Deus para outra de religiosidade sem verdade.

    Quando Jesus apareceu em cena centenas de anos mais tarde, umformalismo frio havia tomado conta do judasmo. Em vez de manter a Lei fora daadorao sincera ao Senhor, os fariseus ficaram satisfeitos em manter sua fachadareligiosa. Jesus colocou o dedo na ferida quando disse: E fazem todas as obrasafim de serem vistos pelos homens, pois trazem largos filactrios, e alargam as

    franjas das suas vestes (Mt 23.5). Tudo relacionado s suas cerimnias, seja usaramuletos, seja recitar longas preces em pblico, era realizado com o propsito defazer com que parecessem espirituais para aqueles que estavam sua volta. Sua"f" foi to corrompida pelo orgulho e pela hipocrisia, que, de maneiraaparentemente exasperada, Jesus exclamou: Como podeis vs crer, recebendohonra uns dos outros e no buscando a honra que vem s de Deus? (Jo 5.44).

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    Em outras palavras, no lugar de viverem para agradar ao Senhor - a atitudenatural que vem da f genuna -, os fariseus construram um sistemafundamentado na prpria glria e no orgulho. Eles eram to altivos, que no

    puderam ver que o Deus encarnado estava sentado frente deles.

    No h dvida de que os fariseus * e seus similares "cristos", os judeus

    convertidos, apareceram muitas vezes na mente dos escritores do NovoTestamento, sendo mencionados mais de cem vezes.

    Sua presena formou a base da vida religiosa do primeiro sculo. Um dosmaiores esforos da primeira igreja crist foi romper com a superficialidade do

    judasmo. Claramente convencidos de que a verdadeira religio uma questo docorao, os que escreveram o Novo Testamento, repetidamente, exortaramaqueles cristos a lutarem pela presena real do Altssimo na vida deles, em vezde se acomodarem com uma v religiosidade caracterizada pelo legalismo e poratos vazios de devoo.

    Apesar disso, como a Igreja tem-se desenvolvido nos ltimos dois milnios,o Evangelho de Jesus Cristo tem-se espalhado por todo o mundo. A semente doverdadeiro cristianismo tem crescido ao mesmo tempo em que as "sementes" dahipocrisia, ou seja, aqueles que esto satisfeitos com uma forma aparente decristianismo em vez de uma realidade interna. A Igreja ps-moderna desenvolveua prpria forma de dissimulao, feita sob medida para a vida americanamoderna. Embora nossas congregaes evanglicas no tenham ministrossegurando talisms e longas franjas pendendo de suas roupas, criamos a nossaforma de farisasmo. O orgulho religioso est to ativo hoje quanto h dois milanos.

    NFASENAAPARNCIA

    A primeira e mais bvia caracterstica dos fariseus era que eles estavammuito mais preocupados com a maneira com que pareciam para os outros do quecomo pareciam para Deus. Com preciso milimtrica, Jesus lhes mostrou qualera o seu esprito:

    Ai de vs, escribas e fariseus, hipcritas! Pois que limpais o exterior docopo e do prato, mas o interior est cheio de rapina e de iniqidade. Fariseucego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que tambm o exterior

    fique limpo. Ai de vs, escribas e fariseus, hipcritas! Pois que sois semelhantesaos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, masinteriormente esto cheios de ossos de mortos e de toda imundcia. Assim,tambm vs exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estaischeios de hipocrisia e de iniqidade. Mateus 23.25-28

    Nessa denncia agressiva, Jesus exps a raiz da hipocrisia daquele povo:Porque amavam mais a glria dos homens do que a glria de Deus (Jo 12.43).Jesus utilizou a palavra grega hipcrita - usada no mundo grego para descreveratores que atuavam em alguma pea - como o termo ideal para descrever a falsa

    piedade dos fariseus. O mundo judeu era o seu palco, e esses atores religiosos* Para simplificar, esse termo est empregado em senso geral para descrever todos os hipcritas religiosos dos temposde Jesus.

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    tinham uma habilidade nata para representar o papel de "escolhidos de Deus". Asua platia judia buscava neles direo e acreditava que estava sendo liderada

    pelo caminho correto. O problema era que, assim como um ator influente deHollywood pode ter um papel reescrito para que aparea melhor em um filme, osfariseus tinham transformado suave e gradualmente a devoo a Deus em umsistema religioso que recompensava a piedade aparente e ignorava a verdadeirainteno. Como disse Jeremias, eles recusaram a palavra do SENHOR, e a falsa

    pena dos escribas a transformou em mentira (Jr 8.8,9). Ezequiel coloca isso demaneira ainda mais clara: Os seus sacerdotes transgridem a minha lei (Ez22.26a). A transformao aconteceu to gradualmente, que quase ningum

    percebeu.

    De maneira mais branda, o mesmo fenmeno est acontecendo na Igrejamoderna nos Estados Unidos. Embora ela tenha seus perodos de verdadeirosavivamentos, esse fogo est gradualmente se extinguindo por causa do egosmo edo secularismo. As pessoas naturalmente preferem o percurso mais fcil, mas

    esse o largo caminho que leva destruio (Mt 7.13). Existem muitos crentessinceros que so devotos do Altssimo e orientados por Ele, mas outros tmescolhido um viver mais fcil e tm tentado encaixar o cristianismo dentro do seucotidiano. Em outras palavras, como os fariseus, eles tm-se tornado atoresreligiosos profissionais que esto espiritualmente vazios. De fato, muito maisfcil exagerar no distanciamento de Deus do que, na verdade, lutar contra o

    problema propriamente dito.

    Jesus advertiu Seus discpulos sobre a contaminao da falsaespiritualidade:Acautelai-vos, primeiramente, do fermento dos fariseus, que ahipocrisia (Lc 12.1b). A melhor analogia, hoje em dia, para esta admoestaoseriam as placas que encontramos nas estradas: "Cuidado! Ateno! Pare!Perigo! Afaste-se!". Para o bom Mestre ter usado um termo to forte comoacautelai-vos, isso mostra que Ele considerava a hipocrisia extremamente

    perigosa. A hipocrisia muito arriscada porque:

    Refora o amor-prprio da pessoa. Acontece automaticamente quando algum altivo e tem dificuldade de

    perceber. Substitui uma falsa espiritualidade. Leva a uma posterior decepo e desiluso.

    Impede que a pessoa veja sua necessidade de se arrepender e mudar. Encoraja mais o temor do homem do que o de Deus. Exalta os resultados visveis enquanto cega as pessoas em relao sconseqncias eternas.

    Deveria ser claro que a verdadeira condio espiritual de um homem no determinada por uma auto-avaliao otimista. Ele no de Deus simplesmente

    porque se considera assim, nem devoto porque enganou os outros para quepensassem que ele . A realidade da sua situao espiritual fundamentadaapenas sobre uma coisa: como o Altssimo o v. Jesus declarou: Eu sou aqueleque sonda as mentes e os coraes. E darei a cada um de vs segundo as vossas

    obras (Ap 2.23b). O escritor do livro de Hebreus disse que no h criaturaalguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas esto nuas e patentes aosolhos daquele com quem temos de tratar (Hb 4.13). Tudo o que fazemos em

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    segredo e o que pensamos (incluindo nossas motivaes secretas) so clarasdiante do Senhor. Aqueles que no tm uma realidade do Reino do Pai seenganam pensando que sua animosidade, seu desejo, sua avareza, suaautopiedade e inveja so problemas insignificantes. Mas, apesar disso, tudo revelado claramente no telo do Cu (como se existisse um) diante do Deussanto. Eles podem convencer a si mesmos e persuadir os outros, afirmandoandarem retamente no caminho do Senhor, mas isso no necessariamente averdade.

    NFASEEMASPECTOSSECUNDRIOSDALEI

    Jesus resumiu o verdadeiro fundamento da religio quando falou: Amars oSenhor, teu Deus, de todo o teu corao, e de toda a tua alma, e de todo o teu

    pensamento. Este o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante aeste, : Amars o teu prximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos

    dependem toda a lei e os profetas (Mt 22.37-40). Qualquer crente sincero (antesou depois do Calvrio), que tenha conscientemente decidido seguir honestamenteessas regras de vida, deve saber que esses so os grandes e os primeirosmandamentos. Ele entende que aquele que no ama no conhece a Deus,

    porque Deus amor(1 Jo 4.8 - ARA). Sendo assim, sua vida tomada de grandedevoo pelo Poderoso e seriamente envolvida em ajudar, de alguma maneira,os necessitados.

    Embora eu tenha certeza de que os fariseus auto-enganados pensavam queamavam o Senhor e os outros verdadeiramente, eles viviam para si mesmosacima de tudo. Amor pelo Altssimo sempre representa na vida diria a devoo

    aos outros, atendendo s suas necessidades (1 Jo 4.20). Considerando que esseslderes religiosos judeus estavam acostumados com sacrifcios pessoais, elessimplesmente evitavam a realidade das leis, enfatizando a observao estrita aosaspectos secundrios. Eles davam mais destaque aos pontos menores e reduziama importncia dos dois grandes mandamentos. Consequentemente, com odecorrer dos anos, eles deixaram de adorar o Pai e comearam a realizar umritual morto.

    Um exemplo disso acontecia quando eles, cuidadosamente, pesavam osfragmentos de cominho e extraam com a maior preciso o dzimo para ofertar ao

    Senhor. Jesus lhes chamou a ateno dizendo: Ai de vs, escribas e fariseus,hipcritas! Pois que dais o dizimo da hortel, do endro e do cominho edesprezais o mais importante da lei, o juzo, a misericrdia e a f; deveis, porm,

    fazer essas coisas e no omitir aquelas. Condutores cegos! Coais um mosquito eengolis um camelo (Mt 23.23,24).

    Os fariseus dos nossos dias no pesam meticulosamente, mas ainda evitamos fundamentos do cristianismo: amar a Deus e o prximo. Como exemplo dissohoje em dia, h a maneira como alguns ressaltam demasiadamente a importnciada doutrina, como se isso fosse o ponto supremo da f crist. Muito da desunio eda rivalidade orgulhosa presentes no cristo do sculo 21 um resultado direto

    daqueles que discutem questes doutrinrias com qualquer um que tenha umaopinio diferente.

  • 8/7/2019 Steve Gallagher - Irresistvel a Deus

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    Porm, um crente maduro e humilde entende que existe uma distino entreos fundamentos da Lei e opinies sobre conceitos de menor impor