suframa - 28 de fevereiro de 2015

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Suframa Especial MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1010 anos 48 U m novo des afio se impõe à Zona F ranca de Manaus, após a conquista da prorrogação até 2073. Faltando apenas dois anos para completar meio século de atuação na região, o modelo criado para promover o desenvolvimento regional, pautado na preservação ambiental, tem como novas metas a consolidação do processo de desenvolvimento industrial, o progresso econômico efetivo da população, a manutenção do emprego e renda e, principalmente, o investimento em novas tecn ologias e no conhecimento voltado para área industrial. Mesmo em um ano marcado pelos o bstáculos i mpostos pela crise econ ômica, a ZFM se manté m em p é e pronta para d rib la r todas as dificuld ad es em nome do povo da Amazônia ZONA FRANCA DE MANAUS Mais 50 anos de N ovos desafios RICARDO OLIVEIRA

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Suframa - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1010

anos48

Um novo desafi o se impõe à Zona Franca de Manaus, após a conquista da prorrogação até 2073. Faltando apenas dois anos

para completar meio século de atuação na região, o modelo criado para promover o desenvolvimento regional, pautado na preservação ambiental, tem como novas metas a consolidação do processo de desenvolvimento industrial, o progresso econômico efetivo da população, a manutenção do emprego e renda e, principalmente, o investimento em novas tecnologias e no conhecimento voltado para área industrial. Mesmo em um ano marcado pelos obstáculos impostos pela crise econômica, a ZFM se mantém em pé e pronta para driblar todas as difi culdades em nome do povo da Amazônia

ZONA FRANCA DE MANAUSMais 50 anos de Novos desafi os

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2 MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015

A valorização da Zona Franca de Manaus através da Água A crise de abastecimento d’água no Sudeste do Brasil pode ser a carta na manga do Amazonas para atrair novos investimentos para o Polo Industrial de Manaus e consolidar, de vez, o modelo econômico.

Os especialistas questionam. Com a crise de abasteci-mento nos estados

do sudeste brasileiro, em de-corrência da seca nos princi-pais reservatórios d’água da região, não estaria surgindo aí, uma atrativo a mais para novas empresas investirem no Polo Industrial de Manaus? Não seria essa uma oportu-nidade para o Amazonas se consolidar no cenário brasilei-ro como um dos grandes es-tados economicamente ativo? Quais seriam as implicações para o uso da nossa água, em grande escala, destinada ao Polo Industrial?

Questões que vislumbram a oportunidade de desenvolver mais, por exemplo, a a indús-tria de bebidas, já estabele-cida no PIM e que poderiam transformar o estado no cen-tro industrial desse setor.

A água para fins industriais poderia ser, também, a“vedete” para o estabelecimento de no-vos nichos no DI.

Para o economista José Al-berto Lindolfo a oportunida-de existe, sim e, deveria ser avaliada pelas autoridades governamentais, setores da indústria e representações sociais e de meio ambiente. Mas, o fato da região dis-

por de água em abundância não quer dizer que esteja tudo garantido para que as empresas tenham confiança em se estabelecer no PIM, somente em virtude do abas-tecimento d’água.

A debandada industrial”

das fábricas estabelecidas no sudeste brasileiro, que en-contram, agora, dificuldades em virtude da falta d’água, depende de vários fatores. Valeria à pena a transfe-rência para o PIM? “Água é importante, sim, mas os interesses econômicos das industrias levam em conside-ração vários fatores como as distâncias dos grandes polos e investimentos realizados no sudeste, não apenas na estrutura da empresa, mas também, na geração de em-prego e renda. A transferên-cia pode ser urgente, mas vai influenciar nos índices de desemprego, podendo cau-sar uma crise devastadora na economia do sudeste e, por consequência, na economia nacional. Além de que pode, em última instância, gerar uma migração desproporcio-nal para o Amazonas, que teria que se adequar estru-turalmente, para poder dar conta dessa demanda. E, os impactos para o estado do

Amazonas valeriam a pena?”, disse o economista.

O certo é que água tem e, em qualidade para atender ao setor industrial, como explica o Superintendente do Servi-çõ Geológico do Brasil(CPRM), Marcos Oliveira. Várias fábri-cas de bebidas de refrigeran-tes estabelecidas no PIM são a prova de que a água da amazônia tem potencial para atender a indústria. “O insumo básico para as indústrias de São Paulo e do Amazonas é a água. Se não tiver água, o pro-cesso industrial pára. Tem um problema que a água daqui é ácida, mas dá pra corrigir isso e usam para esfriar caldeiras e, inclusive, serve para envazar bebidas. A água é boa, é pura e tem em grande quantidade, disse o superintendente.

Marcos indica que o Ama-zonas pode usar a abundância de água à seu favor, inclusive como marketing para chamar a atenção das indústrias. “Não temos só incentivo fiscal aqui no Amazonas. Temos oferta de água em abundância no ano inteiro, tanto no subsolo como também com água da chuva. Se pensarmos na me-trópole dos séculos XXII e XXIII, provavelmente, ela vai estar centrada aqui na Amazônia, por causa de seus recursos naturais”, analisou.

ConflitosHá muito tempo se fala so-

bre possíveis conflitos gera-dos pela falta d’água. Especia-listas indicam que no futuro, a água será considerada artigo de luxo, cara e essencial à vida. E, pensando nesse sentido, a Amazônia estará no centro dessas discussões. “Eu acho que a Amazônia não existiria conflitos pelo uso da água, em relação a estados vizi-nhos, porque temos recursos em abundância. Mas, já po-demos ver isso em relação ao Rio de Janeiro e São Paulo que estão disputando alguns me-tros cúbicos de água. Quando um tira, vai faltar para o outro em virtude da escassez do recurso”, disse Marcos.

Mas, mesmo sendo um fator de conflitos entre muitos po-vos, Marcos acredita que seria possível realizar uma transpo-sição das águas da Amazônia para atender ao abastecimen-to de outras regiões, sem pre-judicar os recursos hídricos locais. “Essa tranposição seria mínima, a retirada seria de 1% para atender, por exemplo, a necessidade do nordeste do Brasil”, disse.

O superintendente da CPRM explica que a chuva, no país vem da Amazônia. “ Os ventos empurram a umidade prove-niente do Oceano Atlântico para a Amazônia. Essa umi-dade entra na floresta com os ventos alísios, bate na Cordi-lheira dos Andes, faz a volta e alimenta as chuvas do sudeste

ÁGUAS: SP X AMSão Paulo precisa de 30

m cúbicos/segundo para o abastecimento da popu-lação.Essa é a produção do Cantareira.O Rio Ama-zonas despeja no Oceano Atlântico 200 mil m cúbi-cos por segundo,maior a demanada de SP.

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3MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015

A valorização da Zona Franca de Manaus através da Água do Brasil”, disse.

A região sudeste sempre terá defasagem de chuvas em relação a Amazônia, mas a nossa região sempre terá água em grande escala para abastecer, por exemplo, São Paulo. “A retirada de água para São Paulo seria mínima. São Paulo precisa de 30 me-tros cúbicos por segundo, que é o o Cantareira produz. O Rio Amazonas despeja no Ocea-no Atlântico 200 mil metros cúbicos por segundo. Se re-tirasse, não faria diferença nenhuma para a Amazônia. No mapa de distribuição de chuvas do país, podemos ver que, por exemplo, na Cabeça

do Cachorro (calha do alto rio negro/AM), chove 3 mil mm/ano. Mas, na região su-deste, especifi camente em São Paulo, chove metade da quantidade de chuvas que caem no Amazonas, está en-tre o limite de 1000 mm a 1300 mm por ano. Por si só, já mostra que a concentração de água está qui na Ama-zônia. Mas, a grande con-centração populacional se concentra em SP. Eu penso, que numa solução de longo prazo, vai ter que se pensar em equilibrar essa relação de oferta e demanda da água”, disse o superintendente da CPRM, Marcos Oliveira.

Ao longo da história, a água foi o fator primordial para o desenvolvimento e, também para a queda de civilizações e povos. Con-tam os historiadores que, em 2000 a.c., Petra, a ci-dade esculpida nas pedras e instalada no meio do deserto da Jordânia, era considerada o equivalente, hoje, a metrópoles como Nova Iorque e São Paulo, durante o Império Roma-

no e depois pelo domínio bizantino. Tudo porque foi estabelecida em cima de uma falha geológica, no meio do deserto, de onde brotava água em abundân-cia. Mas, dois terremotos ocorridos na região fecha-ram a falha geológica e a passagem da água cessou. A cidade, antes tão próspe-ra, foi abandonada para que o homem pudesse garantir sua sobrevivência.

Amazônia, o oásis do Brasil

Novos polos industriais podem ser desenvolvidos a partir da necessidade de utilização da água

A transferência de in-dústrias pode afetar nos índices de desemprego na região sudeste.

O potencial hídrico da região pode ser usado para fi ns industriais e servir como fator de desenvolvimento.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Marcos indica que água da Amazônia tem potencial industrial

DIVULGAÇÃO

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4 MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015 5MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015

SUPERAVIT PRIMÁRIO (economia feita para pagar juros da dívida pública) = 1,2% DO PIB(Produto Interno Bruto)Equivalente a R$ 66,3 BILHÕES

Deste valor: R$ 55,3 BILHÕES (meta para o governo) R$ 11 BILHÕES (estimativa de estados e municípios)

PIM sofrerá consequênciasde medidas econômicasNem bem o ano ini-

ciou, os brasileiros já tem que conviver com um novo fan-

tasma: aumento de tributos sobre combustíveis, produtos importados e, operações de crédito. A notícia, que desen-cadeou uma série de taxas de aumentos e apresentou a 2015 novos índices de infl ação, está gerando polêmicas e incerte-zas nos rumos da economia nacional. E, os amazonenses questionam se os impactos dessas medidas adotadas pelo Governo Federal vão prejudicar o Polo Industrial de Manaus, além infl uenciar na vida eco-nômica da população.

A meta do Governo Federal é aumentar o arrecadação em R$ 20,6 bilhões, gerados a partir do aumento tributário e, assim, ajustar as contas públi-cas, aumentando a confi ança na economia para incentivar novos investimentos. A tendên-cia, segundo o Governo Federal é diminuir a curva dos juros ao longo do ano, reestabelecendo o equilíbrio econômico.

No papel, as equações pa-recem indicar melhorias a partir de meados de 2015, com o equilíbrio da balança comercial. Mas, na prática, no bolso da população, signifi ca o encarecimento de produtos, aumento do custo de vida, da cesta básica alavancados pelo aumento na alíquota de

PIS e Contribuição para Fi-nanciamento da Seguridade Social (Cofi ns) para gasolina e diesel, que começou a ser cobrada no início de fevereiro. Isso sem falar sobre a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) CIDE, taxa sobe a venda dos combustíveis que voltará a vigorar em março, jogando o valor do litro de gasolina, nas refi narias, para o alto com um

acréscimo de para R$ 0,22 e de R$ 0,15 no litro do diesel.

CréditoPara o bolso do consumidor,

o aumento da alíquota do IOF de 1,5% para 3% vai encarecer o crédito. Isso sem falar dos 0,38% que incidem na abertura das operações de crédito. Mas, para o governo deve resultar no maior índice de arrecadação, em relação aos demais índices reajustados: R$7, 38 bilhões.

As medidas econômicas do Governo Federal, que alavancaram os preços dos combustíveis, importados e operações de crédito podem infl uenciar, negativamente, na atração de novos investimentos para o DI

SURPRESA“As empresas sempre

procuram se antecipar às novas políticas de novo governo, mas os níveis de variações nem sempre se igualam ao que o gover-no decide”, disse Erivaldo Lopes

As alíquotas das impor-tações, com um aumento de 9,25% para 11,75%, vão gerar a alta dos preços dos produtos importados, mas para o governo resultará num aumento estimado de arre-cadação de R$ 694 milhões. A

meta do índice é compensar a decisão do Supremo Tribu-nal Federal (STF) que excluiu o ICMS das importações.

Os setores atacadista e industrial serão equiparados no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), que

incidente sobre cosméticos. A meta do Governo é equa-lizar a tributação ao longo da cadeia de produção e distribuição desse setor e arrecadar R$ 381 milhões em 2015 e R$ 653 milhões em 2016.

Importações mais caras

Para os economistas, o governo está optando, cla-ramente, por uma política de contenção monetária de de contenção de demanda, “Ou seja, aplica sua política monetária contracionista objetivando reduzir a ofer-ta de moeda. O aumento da taxa de juros (SELIC) em geral se caracteriza como instrumento que desesti-mulam os investimentos no sector privado. Esse foi o caminho adotado pelo Governo”, analisou o eco-nomista Erivaldo Lopes.

Para o economista, a po-lítica econômica adotada pelo governo ainda vai ge-rar mais contenção daqui pra frente. “Para reduzir a demanda agregada e os nível dos preços, entrou em cena uma forte política monetária contracionista. Acredito em maiores res-trições de crédito por parte das instituições além do processo natural e seleção provocada pelos critérios que o banco central reco-menda”, disse.

Erivaldo Lopes indica que o aumento de pre-ços dos combustíveis vai afetar, drasticamente, o DI. “Vai gerar aumento da planilha de custos em to-dos os segmento, especial-mente indústria do DI bem como o próprio comércio. As empresas não fecharão, não deixarão de produzir ou vender, porém podem reduzir seus níveis de ati-vidades se jogarem para os preços dos produtos dado o

limite que o mercado lhes impõem”, analisou.

E, como o restante do Brasil, o Polo Industrial não estava preparado para en-frentar essa alavancada nos preços. “Não havia expectativa para tantas variáveis de subidas. As empresas sempre procu-ram se antecipar as novas políticas de novo governo, mas os níveis de variações nem sempre se igualam ao que o governo decide”, disse. No primeiro o mo-mento as empresa tenta-rão se adequar às novas medidas e,paralelamente farão seus estudos e aná-lises que as nortearão para possíveis tomadas de decisão”, avaliou Lo-pes completando que as novas medidas impostas pelo Governo Federal po-dem impactar na atração de novos investimentos para o DI. “ Podem in-fl uenciar negativamente, as mudanças nas políticas econômicas, ora animam os investidores da inicia-tiva privada ora lhe cau-sam dúvidas e incertezas. Essas medidas do governo federal devem provocar ao governo do Estado medi-das para tentar diminuir os impactos negativos nas empresas instaladas aqui e que geram emprego e renda. O próprio o governo adotará políticas públicas para que seu orçamento seja o mais adequado ao desejo da sociedade”, con-cluiu Lopes.

Cautela para evitar problemas

METAS PARA 2015

Outras medidas já anun-ciadas que devem impac-tar na vida dos brasileiros são as mudanças nos be-nefícios sociais, como

seguro-desemprego, au-

xílio-doença, abono sala-rial e pensão por morte, ainda sujeitas a análise do Congresso Nacional; su-bida dos juros do BNDES para o setor produtivo; alta

do IPI dos automóveis e suspensão da concessão dos repasses do governo ao setor elétrico que deve elevar o valor das contas de luz.

Luz e benefícios na berlinda

Para o Presidente da Federação dos Traba-lhadores nas Indústrias do Estado do Amazonas (FTIEAM), o desempre-go deve aumentar com as medidas do governo federal. “A Dilma disse que não ia mexer com o trabalhador e olha aí, as medidas impopulares que ela aplicou. São me-didas que trazem preju-

ízos para o trabalhador, para o consumidor, para a indústria. E, não estou falando só da indústria daqui, mas de todo país. Aqui, nunca mais nenhu-ma fábrica contratou. Muito pelo contrário, todo dia tem demissão. Uma aqui outra ali. O traba-lhador já entrou o ano com difi culdades e agora tem que enfrentar esse

medo do desemprego.Ainda não dá pra divul-gar uma porcentagem do número de desempregos. Nós só teremos um ce-nário sobre os número do desemprego nesses pri-meiros meses de 2015 em março, quando vamos fazer uma avaliação, mas o que estamos vendo é que a situação é séria”, disse Ricardo Miranda.

Federação prevê desemprego

Economistas advertem que as empresas e população devem ter cautela para evitar problemas.

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4 MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015 5MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015

SUPERAVIT PRIMÁRIO (economia feita para pagar juros da dívida pública) = 1,2% DO PIB(Produto Interno Bruto)Equivalente a R$ 66,3 BILHÕES

Deste valor: R$ 55,3 BILHÕES (meta para o governo) R$ 11 BILHÕES (estimativa de estados e municípios)

PIM sofrerá consequênciasde medidas econômicasNem bem o ano ini-

ciou, os brasileiros já tem que conviver com um novo fan-

tasma: aumento de tributos sobre combustíveis, produtos importados e, operações de crédito. A notícia, que desen-cadeou uma série de taxas de aumentos e apresentou a 2015 novos índices de infl ação, está gerando polêmicas e incerte-zas nos rumos da economia nacional. E, os amazonenses questionam se os impactos dessas medidas adotadas pelo Governo Federal vão prejudicar o Polo Industrial de Manaus, além infl uenciar na vida eco-nômica da população.

A meta do Governo Federal é aumentar o arrecadação em R$ 20,6 bilhões, gerados a partir do aumento tributário e, assim, ajustar as contas públi-cas, aumentando a confi ança na economia para incentivar novos investimentos. A tendên-cia, segundo o Governo Federal é diminuir a curva dos juros ao longo do ano, reestabelecendo o equilíbrio econômico.

No papel, as equações pa-recem indicar melhorias a partir de meados de 2015, com o equilíbrio da balança comercial. Mas, na prática, no bolso da população, signifi ca o encarecimento de produtos, aumento do custo de vida, da cesta básica alavancados pelo aumento na alíquota de

PIS e Contribuição para Fi-nanciamento da Seguridade Social (Cofi ns) para gasolina e diesel, que começou a ser cobrada no início de fevereiro. Isso sem falar sobre a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) CIDE, taxa sobe a venda dos combustíveis que voltará a vigorar em março, jogando o valor do litro de gasolina, nas refi narias, para o alto com um

acréscimo de para R$ 0,22 e de R$ 0,15 no litro do diesel.

CréditoPara o bolso do consumidor,

o aumento da alíquota do IOF de 1,5% para 3% vai encarecer o crédito. Isso sem falar dos 0,38% que incidem na abertura das operações de crédito. Mas, para o governo deve resultar no maior índice de arrecadação, em relação aos demais índices reajustados: R$7, 38 bilhões.

As medidas econômicas do Governo Federal, que alavancaram os preços dos combustíveis, importados e operações de crédito podem infl uenciar, negativamente, na atração de novos investimentos para o DI

SURPRESA“As empresas sempre

procuram se antecipar às novas políticas de novo governo, mas os níveis de variações nem sempre se igualam ao que o gover-no decide”, disse Erivaldo Lopes

As alíquotas das impor-tações, com um aumento de 9,25% para 11,75%, vão gerar a alta dos preços dos produtos importados, mas para o governo resultará num aumento estimado de arre-cadação de R$ 694 milhões. A

meta do índice é compensar a decisão do Supremo Tribu-nal Federal (STF) que excluiu o ICMS das importações.

Os setores atacadista e industrial serão equiparados no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), que

incidente sobre cosméticos. A meta do Governo é equa-lizar a tributação ao longo da cadeia de produção e distribuição desse setor e arrecadar R$ 381 milhões em 2015 e R$ 653 milhões em 2016.

Importações mais caras

Para os economistas, o governo está optando, cla-ramente, por uma política de contenção monetária de de contenção de demanda, “Ou seja, aplica sua política monetária contracionista objetivando reduzir a ofer-ta de moeda. O aumento da taxa de juros (SELIC) em geral se caracteriza como instrumento que desesti-mulam os investimentos no sector privado. Esse foi o caminho adotado pelo Governo”, analisou o eco-nomista Erivaldo Lopes.

Para o economista, a po-lítica econômica adotada pelo governo ainda vai ge-rar mais contenção daqui pra frente. “Para reduzir a demanda agregada e os nível dos preços, entrou em cena uma forte política monetária contracionista. Acredito em maiores res-trições de crédito por parte das instituições além do processo natural e seleção provocada pelos critérios que o banco central reco-menda”, disse.

Erivaldo Lopes indica que o aumento de pre-ços dos combustíveis vai afetar, drasticamente, o DI. “Vai gerar aumento da planilha de custos em to-dos os segmento, especial-mente indústria do DI bem como o próprio comércio. As empresas não fecharão, não deixarão de produzir ou vender, porém podem reduzir seus níveis de ati-vidades se jogarem para os preços dos produtos dado o

limite que o mercado lhes impõem”, analisou.

E, como o restante do Brasil, o Polo Industrial não estava preparado para en-frentar essa alavancada nos preços. “Não havia expectativa para tantas variáveis de subidas. As empresas sempre procu-ram se antecipar as novas políticas de novo governo, mas os níveis de variações nem sempre se igualam ao que o governo decide”, disse. No primeiro o mo-mento as empresa tenta-rão se adequar às novas medidas e,paralelamente farão seus estudos e aná-lises que as nortearão para possíveis tomadas de decisão”, avaliou Lo-pes completando que as novas medidas impostas pelo Governo Federal po-dem impactar na atração de novos investimentos para o DI. “ Podem in-fl uenciar negativamente, as mudanças nas políticas econômicas, ora animam os investidores da inicia-tiva privada ora lhe cau-sam dúvidas e incertezas. Essas medidas do governo federal devem provocar ao governo do Estado medi-das para tentar diminuir os impactos negativos nas empresas instaladas aqui e que geram emprego e renda. O próprio o governo adotará políticas públicas para que seu orçamento seja o mais adequado ao desejo da sociedade”, con-cluiu Lopes.

Cautela para evitar problemas

METAS PARA 2015

Outras medidas já anun-ciadas que devem impac-tar na vida dos brasileiros são as mudanças nos be-nefícios sociais, como

seguro-desemprego, au-

xílio-doença, abono sala-rial e pensão por morte, ainda sujeitas a análise do Congresso Nacional; su-bida dos juros do BNDES para o setor produtivo; alta

do IPI dos automóveis e suspensão da concessão dos repasses do governo ao setor elétrico que deve elevar o valor das contas de luz.

Luz e benefícios na berlinda

Para o Presidente da Federação dos Traba-lhadores nas Indústrias do Estado do Amazonas (FTIEAM), o desempre-go deve aumentar com as medidas do governo federal. “A Dilma disse que não ia mexer com o trabalhador e olha aí, as medidas impopulares que ela aplicou. São me-didas que trazem preju-

ízos para o trabalhador, para o consumidor, para a indústria. E, não estou falando só da indústria daqui, mas de todo país. Aqui, nunca mais nenhu-ma fábrica contratou. Muito pelo contrário, todo dia tem demissão. Uma aqui outra ali. O traba-lhador já entrou o ano com difi culdades e agora tem que enfrentar esse

medo do desemprego.Ainda não dá pra divul-gar uma porcentagem do número de desempregos. Nós só teremos um ce-nário sobre os número do desemprego nesses pri-meiros meses de 2015 em março, quando vamos fazer uma avaliação, mas o que estamos vendo é que a situação é séria”, disse Ricardo Miranda.

Federação prevê desemprego

Economistas advertem que as empresas e população devem ter cautela para evitar problemas.

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6 MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015

ZFM continua atraindo interesse de indústrias

Entre 2004 e 2014 fo-ram aprovados pelo Conselho de Adminis-tração da Superinten-

dência da Zona Franca de Manaus( Suframa) um total de 2.664 projetos, dos quais 952 de implantação e 1712 de diversifi cação, ampliação ou atualização. De acordo com levantamento da Sufra-ma, as aprovações tiveram uma média de 242 projetos industriais ou de serviços autorizados a serem imple-mentados ou ampliados no Polo Industrial de Manaus. Números que, segundo a su-perintendência, demonstram que o modelo continua esti-mulando o interesse das in-dustrias nacionais e estran-geiras e, que por muito tempo, deve permanecer como uma das principais fontes de de-senvolvimento econômico do Amazonas, infl uenciando no aumento da geração de em-prego, renda e na elaboração de tecnologias aplicadas para a área industrial.

O PIM fechou o ano de 2014 com um faturamento de R$ 87, 2 bilhões (US$ 37 bilhões), ob-tendo um aumento de 4,47% , cerca de R$ 83,2 bilhões em relação ao ano de 2013. E, com 36 projetos aprovados

pelo CAS, que juntos somam investimentos de US$ 402 mi-lhões e geração de mais de mil empregos no Polo Industrial de Manaus (PIM) pelos próximos três anos. Já no desempe-nho de 2014 os segmentos produtivos que mais tiveram destaque foram os ramos de Eletroeletrônico (incluindo os Bens de Informática) que abo-canhou 49,26% do faturamen-to total do PIM (R$ 42,8 bilhões (US$ 18.2 bilhões). O setor de Informática teve um total de 16,51% do faturado e supe-rou o setor de Duas Rodas. Já este setor faturou R$ 13,6 bilhões (US$ 5.8 bilhões) ou 15,71% do total, seguido dos subsetores Químico (12,53%), Termoplástico (5,05%) e Me-talúrgico (4,59%). Os demais segmentos chegaram, juntos, a 12,85%.

Em 2013, 220 projetos fo-ram aprovados na reunião do CAS num total de US$ 3,5 bilhões considerado um montante 13,31% superior ao faturamento de 2012.Os Bens de Informática, tiveram um crescimento de 51,26%. No mesmo ano, setor de Duas Rodas também vol-tou a crescer: 2,83%. Já em 2012 o número de projetos aprovados foi de 268, com

investimentos aproximados a US$ 830 milhões.

Para a superintendência da Suframa, apesar da variação observada entre os últimos anos de investimentos e apro-vações de projetos, o modelo ZFM continua em ascensão. “É válido lembrar que o número reduzido de 2014 se deve ao fato de terem sido realiza-das apenas três reuniões do Conselho de Administração da SUFRAMA, enquanto que, por ano, tradicionalmente, a mé-dia é de seis reuniões. Perce-be-se, daí, que o interesse das indústrias em investir na Zona Franca de Manaus mantém-se em patamar elevado ao longo dos anos, principalmente por conta das vantagens compa-rativas do modelo ZFM que garantem competitividade e lucratividade para negócios nos mais diversos segmentos. Na avaliação da SUFRAMA, a tendência é que esse ambien-te propício para negócios só seja aprimorado, tendo em vista a recente prorrogação dos incentivos fi scais até o ano de 2073, o que confere maior segurança jurídica para os interessados em investir na região”, disse o superinten-dente em exercício da Sufra-ma, Gustavo Igrejas.

Com o advento da Copa do Mundo, a tradicional cor-rida pela compra de televi-sões que sempre permeia a realização desse evento, de quatro em quatro anos, elevou a demanda por apa-relhos de grande, médio e baixo custo, provocando o crescimento expressivo do interesse do mercado pe-las TV’s de Plasma e, em segundo lugar, pelas telas de LCD/ LED. A produção das telas de plasma cres-ceu 89,16% o que equivale em 1,8 milhão de unidades produzidas em 2014. De-vido a demanda do setor

de turismo, também foram signifi cativos os investi-mento do setor hoteleiro na compra de aparelhos de condicionadores de ar tipo split. O aumento de produ-ção no comparativo com 2013 foi de 23,74%. Tam-bém tiveram crescimento os setores de monitores de LCD para informática, re-ceptores de sinal GPS, forno micro-ondas, aparelhos de DVD/Blu-Ray e tablets. E, esses investimentos signifi -caram também uma média mensal de 122.026 postos de trabalho com mão de obra efetiva, temporária e

terceirizada.“Chegamos ao pico de 126 mil pessoas empregadas no primeiro quadrimestre, principal-mente devido à demanda gerada pela Copa do Mundo de futebol, mas enfrenta-mos uma redução destes números no fi m de ano, por conta do cenário econômi-co que continuou apresen-tando refl exos em diversos segmentos da sociedade. É preciso trabalhar forte este ano para que consi-gamos resgatar os níveis de geração e manutenção de empregos”, declarou, na época, Gustavo Igrejas.

2014 e a Copa do Mundo

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Em 2014 os segmentos mais produtivos foram eletroeletrônico

Com a prorrogação do modelo a tendência é que o cenário econômico con-tinue propício e atratativo para novos investimentos.

Novos desafi os, novas oportunidades. Modelo da Zona Franca de Manaus continua sendo o protagonista da economia

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7MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015

Setor de transporte de cargas cresce no PIM A cada ano o setor vem obtendo sucesso com o crescimento do volume de cargas das empresas do PIM.

Há mais de de 30 anos atuando no Distrito Industrial de Manaus, a Hebron

Transportes é uma das empre-sas do parque industrial que mais investe na qualidade e confiabilidade de seus servi-ços prestados à comunidade de Manaus.

Dividida nas áreas de ar-mazenagem, transporte e iça-mento com movimentação de carga, a empresa atende à maioria das indústrias do PIM. “A Hebron é uma empresa local de transporte urbano e também de movimentação e armazenagem de carga. Mais recentemente, com a entrada da área de remoção e iça-mento estamos atendendo a área de construtoras, gasodu-to, atuamos no consórcio da ponte e outros. Nós acompa-nhamos o PIM desde a Zona Franca de Manaus, desde o porto do centro e vivemos esse dia-a-dia do desenvolvimento do PIM”, disse o diretor da empresa, Arthur Ferreira.

Atualmente, a empresa atende aos demais fábricas do Polo com uma frota de 240 carretas, 35 cavalos, 30 caminhões, além da frota de guindastes. “Atuamos nos po-los de entrada e saída, nos portos, como o Chibatão e

o Super Terminais. Fazemos o trasporte das cargas para atender as empresas, com toda confiabilidade e segu-rança”, disse Arthur.

A Hebron transporta car-gas com capacidade até ate 2500 contêineres por mês( dependendo da época) e, mes-mo diante das dificuldades inerentes à própria região, a empresa se estabelece como uma das mais atuantes no PIM. “Do ponto de vista logístico, ainda enfrentamos os mesmo desafios de 30 anos atrás. Problemas com o trânsito, buracos, falta de estradas. Mas, vemos que o setor vem obtendo êxito na efetivação dos serviços, através da capa-cidade operacional crescente. Todos os anos observamos que há um aumento do volu-me de cargas e o volume de receita. Mas, esses problemas com infraestrutura não são privilégios nossos, não. Isso ocorre no Brasil inteiro, que precisa melhorar na parte de mobilidade e logística. Isso encarece mais, porque quebra mais e demora mais a entrega do produto. Tudo isso tem um custo”, disse Arthur.

A Hebron reúne hoje 125 funcionários, 80% na área operacional e 20 % na área administrativa. “ No trans-

porte um dos fatores inte-ressantes é a distância. O distrito foi a única opção que nós tínhamos. Fizemos um requerimento e investimos na área para poder criar esse pátio; construímos a área de estacionamento de carretas. Tudo isso só foi possível, na época, através do incentivo da Suframa. Deu certo valeu à pena investir. A concorrência existe, como em todo lugar. Mas, a capacidade de carga é grande e vem aumentando a cada ano. Houve um cres-cimento de 2005 a 2009, quando ocorreu uma explosão de compra de equipamentos por parte das indústrias. Mas, isso gerou uma necessidade de mão de obra para atender a essa área. Chegamos a fazer um acordo com o Sest/ Senat para a formação de motoristas-carreteiros para abastecer o mercado e, pos-teriormente, para atender a área de ônibus, que aca-bou absorvendo a mão de obra formada. Essa ainda é uma necessidade do setor”, disse Arthur.

Para o diretor, é necessá-rio uma maior união dos órgãos governamentais para buscar a formação especiali-zada. “Ainda se faz necessá-rio o treinamento de pessoal

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Para o Arthur, a Suframa exerce um grande diferen-cial para as indústrias do PIM.“Todas as indústrias são certificadas. Isso coloca o nosso padrão de qualida-de em nível mundial. Não podemos ver esse grau de qualidade nas indústrias dos polos de outras cida-des. A Suframa exerce um trabalho excelente e vem

evoluindo constantemente. Hoje, dispomos de um sis-tema mais ágil, mais rápido. A mercadoria já vem desta-cada para o PIM. Existe um controle para evitar fraude e isso tudo torna no trabalho mais qualitativo para nosso setor”, disse Arthur.

CriseApesar do crescimento do

volume de cargas, o setor está sendo impactado com a crise econômica brasi-leira. “Hoje, vemos uma redução a cada dia, do lu-cro obtido. Tivemos agora um aumento da gasolina, que está impactando no nosso custo e nos valo-res das taxas de entrada, que já aumentaram quase 200%”, concluiu.

O setor e os benefícios da Suframa

Setor enfrenta dificuldades, mas permanece em expanso no Polo Industrial de Manaus.

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Desenvolvimento das fronteiras com as ALC’s Com a instalação das Áreas de Livre Comércio as cidades de fronteira ganharam em desenvolvimento econômico.

Criadas para estimu-lar o desenvolvimen-to econômico das cidades fronteiriças

internacionais, as chamadas Áreas de Livre Comércio oferecem benefícios fiscais semelhantes aos concedidos pela Zona Franca de Manaus, como forma de integração dessas localidades com o restante do país.

Desde 1989, as Áreas de Livre Comércio (ALC’s), ins-taladas nas cidades de Taba-tinha (AM)/Letícia/Colômbia, Santana( AP), Guajará-Mirim (RO), Boa Vista e Bonfim (RR), Brasiléia, Epitaciolân-dia e Cruzeiro do Sul (AC) vem sendo beneficiadas com a aplicação de uma política de incentivos fiscais como incentivos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Com as ALC’s, as cidades beneficiadas conquistaram a qualificação nos processos de fiscaliza-ção de entrada e saída de mercadorias; fortaleceram o setor comercial e estimularam a abertura de novas empresas com, consequente, geração de empregos.

As vantagens das ALC’s não

param por aí, já que dentro dessa conjuntura de benefí-cios econômicos há também de investimentos em maté-ria-prima local e estímulo aos comércios atacadistas de produtos importados para atender à população.

TabatingaInstalada no ano de 1989, a

ALC de Tabatinha(AM), fron-teira com a cidade de Letícia, na Bolívia, surgiu como uma alternativa para regularizar e melhorar as relações comer-ciais na localidade. Com uma área de 20 km2 no perímetro da cidade e se estende faixa de superfície dos rios adjacen-tes, nas proximidades de seus portos. Abrange importação de mercadorias nacionais e estrangeiras. Suas atividades abrangem as importações de mercadorias nacionais e es-trangeiras, para consumo no município, influenciando na geração de emprego.

Macapá/Santana Criada em 1991, essa ALC

foi regulamentada pelo decre-to nº 517/1992 e implantada, oficialmente, em 1993. Loca-lizada em região de frontei-ra com a Guiana Francesa, abrange atividades importa-

ção nacional e estrangeira. São 220 quilômetros quadra-dos, com uma economia base-ada na agricultura, mineração, extração de madeira, pecuária e piscicultura.

Guajará-MirimCom uma área de 82,5 qui-

lômetros quadrados, a área de livre comércio de Guajará-Mirim, município de Rondônia que faz divida com a cida-de boliviana Guayaramirim, concentra suas atividades na agricultura, extrativismo mineral e pecuária.

Boa Vista e Bonfim (RR)Instalada para desenvolver

as regiões fronteiriças do nor-te, a Área de Livre Comércio de Roraima e Bonfim ajuda a melhorar as relações bilate-rais com os países vizinhos, como Venezuela e Guiana. Conta com incentivos fiscais para implantação de indús-trias que utilizem matéria-prima da Amazônia Ocidental e benefícios para a área do turismo de negócios.

Já as Áreas de Livre Co-mércio de Brasiléia, Epita-ciolândia e Cruzeiro do Sul (AC) foram usufruem regular-mente dos benefícios fiscais inerentes ao IPI. cidades ganharam em qualificação na fiscalização de mercadorias e fortalecimento comercial.

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9MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015

Batalhas políticas ajudaram a manter a ZFM em péAlvo constante de ataques e pressões políticas, a ZFM permanece firme e conquistas vitórias para chegar a 2073

Não é nada fácil a tarefa política de manter em pé o Polo Industrial de

Manaus, os empregos, a ren-da e todos os benefícios que o modelo de desenvolvimento econômico da Zona Franca vem oferecendo à população amazonense, ao longo dos anos. Sempre ameaçada por diversas linhas de interes-ses, principalmente, “ema-nados” do sudeste do país, a ZFM sempre conseguiu se safar das várias armadilhas montadas para brecar seu desenvolvimento.

O desafio travado pela bancada amazonense, em Brasília, sempre estampou e, continua estampando, as páginas dos principais jor-nais do país. E, se esses episódios ficam marcados na memória da população, imaginem como não per-meiam as lembranças dos políticos que lutaram pela prorrogação da ZFM, dri-blando constantes ataques, embates, articulações po-líticas e econômicas que sempre visavam questionar a continuidade ou não do projeto, diminuir a competi-tividade dos produtos locais, promover a guerra fiscal en-tre os estados e minimizar as vantagens que os incen-tivos fiscais oferecidos pelo Amazonas têm em relação à política econômica adotada por outros estados foram e, ainda continuam sendo, os obstáculos enfrentados para conquistar a prorroga-ção do modelo, agora válido até 2073.

Quem não se lembra de que o Supremo Tribunal Fe-deral (STF) julgou favorável ao Governo do Amazonas, de forma unânime, a Ação Dire-ta de Inconstitucionalidade (ADI) 310, 1990, ingressada pelo Estado contra decisão do Conselho Nacional de Po-lítica Fazendária (Confaz), de retirar do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) o direito de receber alguns produtos industrializados e semielaborados com incen-tivos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)? O Confaz não reconhecia a excepcio-nalidade da ZFM em receber mercadorias com isenções fiscais. Em decisão ministe-rial ficou garantido o direito do Amazonas de conceder incentivos fiscais sobre o ICMS, independente de con-vênios do Confaz.

Outro episódio que mar-cou a briga política em torno da ZFM foi a decisão do Governo Federal em vetar a instalação de uma fábrica da Adidas no PIM. A Adidas tinha planos de produzir calçados esportivos dentro da Zona Franca de Manaus construindo a sua segunda fábrica própria no mundo, num projeto estimado em R$ 15 milhões em investimen-tos e a contratação de 800 empregos para a fabricação de três milhões de pares por ano. Mas, com a negativa do GF na aprovação de um processo produtivo básico (PPB) destinado à criação de um polo calçadista em Manaus, a empresa desistiu da instalação. Na época, o

receio era das multinacio-nais era que a confecção de sapatos em Manaus po-deria reduzir gastos com importação e as proteger da cobrança de taxas an-tidumping. Mas, em tese a implantação da fábrica iria provocar uma corrida das indústrias para região e uma onda de desemprego no se-tor nas regiões tradicionais na indústria calçadista, isto é, sudeste e sul do país.

A mais recente batalha esquentou, entre maio de 2011 e outubro de 2012, cenário político. Em 2011, O governo federal publicou a medida provisória número 534 para a inclusão dos tabletes na chamada “Lei do Bem”. A chinesa Foxconn, que monta o Ipad, da Apple, condicionava o início da pro-dução no país à concessão de incentivos fiscais que já eram oferecidos para outros produtos de informática. Com a medida de redução de impostos, os preços dos tabletes cairiam em 36%. São Paulo zerou o ICMS enquanto no Amazonas os incentivos eram de 18%. O que provocou o ajuizamen-to de uma Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADI 4635) no Supremo Tribu-nal Federal (STF), por parte do governo do Amazonas, para suspender lei e decre-tos paulistas. O Amazonas perderia o status do único estado brasileiro que possui legislação, através da cons-tituição federal, a condição de conceder incentivos fis-cais. Uma batalha que teve fim em 2012 quando o STF proibiu o Governo Federal de zerar o ICMS DOS Tablets.

Os políticos locais não es-quecem que essas batalhas, travadas em beneficio da ZFM, fortaleceram o modelo e deram mais segurança à população. O deputado fe-deral Pauderney Avelino (De-mocratas) lembra que no seu primeiro mandato, em 1991, a Zona Franca de Manaus vivia o pior momento de sua história, sofrendo com a política de abertura de mercados implantada pelo então presidente Fernando Collor de Melo, onde per-deu seus incentivos e um desemprego em massa to-mava conta do setor. “No período, de 100 mil empre-gos gerados, a Zona Franca de Manaus passou a contar com apenas 26 mil postos de trabalho”, lembra Pau-derney, que foi o relator da lei que modernizou a Zona Franca de Manaus, de 1991, que concedeu a isenção do IPI para empresas instala-das aqui.

Outro momento importan-te para a Zona Franca foi a criação do Polo de Compo-nentes da Zona Franca, em 2003, também proposta do deputado, que atualmente emprega mais de 40 mil pes-soas e centenas de empresas instalaram-se em Manaus. “Essas medidas deram nova vida à Zona Franca, gerando rapidamente mais de 100 mil empregos no setor. Outra importante conquista para o Amazonas, o fim da con-turbada relação fiscal que São Paulo praticava contra o Amazonas, em 2014. Por mais de 20 anos, o estado de São Paulo tributava o ICMS dos tributos de infor-mática produzidos na Zona Franca de Manaus em 18%, como se fossem importa-dos, prejudicando a venda

desses produtos para o se-gundo maior mercado con-sumidor da América Latina. Isso significava que se um tablete produzido no PIM, que custava R$ 1.000,00, fosse vendido para São Pau-lo, seria tributado em R$ 180”, disse.

A solução saiu em defini-tivo depois de uma reunião no gabinete de Pauderney, da qual participaram o então superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, o secretá-rio da Fazenda do Amazonas, Afonso Lobo, o prefeito de Manaus, Artur Neto, e o co-ordenador de Administração Tributária da Fazenda de São Paulo, José Clóvis Cabrera. Com o fim da Guerra Fiscal entre Amazonas e São Paulo, os produtos de informática tiveram redução de 6% no

ICMS, passando a serem tri-butados em 12%. “Era uma batalha que se arrasta por mais de 20 anos sem solução, acirrando a guerra fiscal entre Amazonas e São Paulo, e fi-nalmente conquistamos essa vitória. Entramos competiti-vos no maior mercado con-sumidor do Brasil, e um dos maiores da América Latina”, afirma Pauderney.

Antes da articulação, um tablet ou notebook produzido na Zona Franca vendido para São Paulo por R$ 1.000,00, era tarifado em 18% de ICMS, pagando R$ 180,00 de im-posto. Depois da Articulação, um tablet ou notebook pro-duzido na Zona Franca ven-dido para São Paulo por R$ 1.000,00, agora é tarifado em 12% de ICMS, pagando R$ 120,00 de imposto.

Memórias das lutas pela ZFM

Pauderney Avelino lembra da trajetória de articulações que ajudaram na prorrogação do PIM.

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Brasília foi o cenário de várias discussões e bata-lhas para manter a ZFM

Diversas foram as batalhas que trava-mos para manter a ZFM. Hoje, o modelo conquista mais 50 anos e continua a

desenvolver a região

Pauderney Avelino, deputado federal

“Nota-se um enten-dimento progressivo da sociedade brasi-leira sobre a impor-tância e a validade do modelo Zona Franca de Manaus. Isso fi-cou evidente no ano passado durante as discussões visando à prorrogação dos incentivos fiscais da ZFM, com apro-vação praticamente unânime do projeto legislativo e mani-festações positivas recebidas por parte de deputados e se-nadores de diversos Estados brasileiros ao longo de todo o processo. Um dos fa-tores que auxiliaram e muito na ampliação desse entendimento foi o fato de o Polo Industrial de Manaus (PIM) ter sido deci-sivo para a preser-vação da cobertura vegetal do Estado do Amazonas. A contri-buição direta para a conservação am-biental da região amazônica é, por si só, argumento que rechaça qualquer possível crítica à continuidade do mo-delo e tem feito do modelo Zona Franca de Manaus um proje-to de credibilidade e de referência, inclu-sive, em nível inter-nacional” (Gustavo Igrejas, Superinten-dente em exercício da Suframa)

Vitória da

ZFM

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Arthur NETO

Mais autonomia para a Suframa EM TEMPO - O que o se-

nhor destaca nesse meio século de Superintendência da Zona Franca de Manaus?

Arthur Virgílio - Sustentou a economia de nosso estado direta e indiretamente. Indiretamemnte, o inteiror do estado e o estado como um todo. Diretamente, a cidade de Manaus. Os empregos do comércio derivam do PIM, os empregos da construção civil eu são numerosíssimos também de-rivam do PIM. Tudo, enfim, que respira economia deriva da pro-dução que se processa no Polo Industrial de Manaus.

EM TEMPO - O senhor fez uma defesa muito forte da ZFM em Brasília. Como o senhor avalia seu período defendendo a ZFM?

Arthur Virgílio - Era meu dever fundamental de representante do Amazonas defender o ganha-pão essencial do meu povo, da minha gente. Então, eu não permitia que nada e nem ninguém tocasse na ZFM sem que minha voz se le-vantasse e, sem que eu fizesse alguma articulação política para congregar forças para enfrentar os eventuais perigos para a ZFM. Foi uma luta dura. Afinal de contas somos uma área de inserção e não é muito fácil mesmo para os esta-dos mais pobres compreenderem isso. Os estados mais ricos, às vezes, até se aproveitavam disso para procurar dividir os interesses dos estados periféricos como o nosso, um dos outros. Então, fico muito orgulho desse tempo. Foi um tempo de luta e espero que ou-tros parlamentares, agora, sigam

trilhando o mesmo caminho.Mas, há uma advertência que

deve ser colocada com clareza. A Zona Franca, durante 48 anos, tem sustentado tudo que se constrói nessa terra, repito direta ou indi-retamente. E, ao mesmo tempo, as elites políticas não foram capazes de criar, nesse quase 50 anos de existência da ZFM, uma alternati-va. Nada que substituísse a Zona Franca, porque o que queremos para ela é a eternidade, é que ela se perenize, que ela viva a vida inteira, que ela consolide polos cada vez mais fortes, como de duas rodas, áudio, vídeo. Quere-mos que ela evolua cada vez mais tecnologicamente. Queremos que, cada vez mais, se invista aqui em inovação, se invista em formação de mão de obra. Que se invista, enfim, na modernização e que ela seja contemporânea das práticas industriais de produção aqui.

Agora, que esse tempo político e econômico que a ZFM nos ga-rantiu — que já representa uma benção— que ele seja agora pre-miado com a biotecnologia sendo explorada, com a indústria do turis-mo crescendo, com outras formas de investimentos aqui. Temos mil possibilidades de obter recursos para a nossa gente. Manaus tem vocação para cidade mundial. Se é assim, Manaus pode perfeita-mente ser trabalhada, para médio e longo prazos, como uma cidade que seja um centro financeiro in-ternacional. Manaus pode crescer muito, mas é fundamental que não percamos mais tempo.

A ZFM haverá de ser imortal. Haverá de um dia, sequer depen-

der de incentivos. Haverá de ter práticas que a torne competitiva pelos ganhos de competitividade e, não por estar ela amparada em incentivos fiscais, que hoje são necessários, mas que já foram mais importantes e, que ama-nhã poderão, nem sequer serem importantes, porque com a aber-tura econômica que é inevitável, o mundo está se tornando, ele próprio, uma zona fraca. A minha ideia é que, primeiro, saibamos fortalecer a zona franca, segundo criar alternativas econômicas que, ao lado dela, mostre o Amazonas. E, que o estado não coloque mais todos os seus ovos num cesto só. Que a gente diversifique. Inclusive, aproveitando até os incentivos da Zona Franca para a área de bio-tecnologia, o que a biodiversidade nos oferece.

EM TEMPO - Nesse atual momento da Suframa, em que estamos com um superintendente interino, e o governo ainda de-cidiu quem será o superintende, de fato. O senhor considera essa situação preocupante?

Arthur Virgílio - A Suframa deve ser dirigida tecnicamente e, não, politicamente. E, ao mesmo tempo, ela deve ser redimen-sionada pelo governo federal. Porque hoje em dia ela se limita a pagar folha, luz, água, gás, te-lefone e mais nada. Ela não tem recursos para investimentos. O contingenciamento, agora mais do que nunca com a crise eco-nômica que está aí, numa época em que o Brasil precisa fazer seu superávit primário. Neste ano ele

não alcançará a meta de 1,2% programados como proporção do PIB. Nessa hora nós temos que per-ceber a necessidade do superávit primário, sim. Mas, não em 100% dos preços públicos cobrados às empresas e que são, portanto, dinheiro feito aqui mesmo, são dinheiro extra orçamentário.

Por que que eu entendo que não se dá para pegar todo o dinheiro da Suframa e entregar para sua superintendência investir, como se fazia no Governo do Presidente Fernando Henrique, na Amazônia Oriental e na Amazônia Ocidental inteira? Porque ela não é única autarquia que recolhe preços públi-cos. Tem várias outras. Se tivesse que abrir essa exceção de liberar os 100% dos recursos da Suframa, outras viriam no caudal e isso dificultaria a formação dos superá-vits primários, que são essenciais para manter estável a economia brasileira. Ela que está correndo risco de instabilidade muito grave. Como já disse não vai alcançar, neste ano, a meta programada do PIB. O que eu devo dizer é que deveria haver um acordo entre o segmento politico da nossa região e o Governo Federal. Seria razoável é liberar 30%, 40% ,50%, 60% desse recurso, mas deve liberar. Para que a Suframa volte a in-vestir em obras estruturantes na região. Para que ela volte, inclu-sive, a fortalecer a nossa aliança com os estados vizinhos, para que eles não fiquem indispostos com o nosso modelo.

Temos que lutar muito para que a maior parte possível desses re-cursos oriundos de preços públicos

pagos à Suframa seja eles repar-tidos entre os estados da região, para investimentos em obras “in-fraestruturantes”, em portos, em pequenos aeroportos, estradas vicinais, obras de drenagem, de infraestrutura e por aí a fora.

Há muito tempo as decisões relevantes estão concentradas em Brasília. Nessa hora em que comemoramos os 48 anos Sufra-ma, que devem ser comemorados, sim, deveríamos fazer algumas reivindicação, como por exem-plo, pedir que o arbitramento do processo produtivo básico(PPB) nasça, realmente, aqui. Que ele seja sancionado, seja aprovado pelo núcleo Governo Federal, sem dúvida. Mas, que ele nasça aqui. Hoje, não há a menor gerência da Suframa na formação do processo que leva PPB. Nós teríamos que ser responsáveis, claro. Perguntamos: Por que temos o conselho? Por que temos tanta variedade de autoridades trabalhando os PPb’s? Porque se acontecer alguma coi-

sa que ameace alguma indústria consolidada noutro lugar do país e, se nós não temos tradição nessa indústria aqui, é logico que essa indústria não venha para cá, que nós preservemos outros locais do país. Por outro lado, se nós pudemos trabalhar os PPB’s que facilite a nossa vida econômica, que facilite a geração de em-prego aqui, que não prejudique nenhuma outra região, que sirva para consolidar o nosso ciclo de produção, nós podemos avançar sem atropelar os outros estados brasileiros, para não quebrarmos a harmonia e para mostrarmos a todos que queremos uma ZFM e um PIM, portanto, harmônicos com o Brasil. Mas, não termos nenhu-ma gerência sobre a elaboração dos PPB’s, é complicado e isso diminui a atuação da Suframa. Um modelo de desenvolvimento exitoso como é a ZFM deveria ter o reconhecimento sob a forma de mais autonomia, por parte do Governo Federal.

Suframa deve ganhar mais autonomia nos próximos 50 anos

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Qualidade e tecnologia em análises clínicas para o PIMLaboratório possui estrutura própria nas empresas para oferecer conforto e praticidade para empresa e funcionários

Compreendendo prin-cípios e valores fundamentais um profundo respeito à

vida humana e à ética pro-fissional numa extensão dos serviços prestados a socie-dade manauara através da comunidade médica, o Centro de Pesquisa e Diagnósticos Especializados(CPDE) busca aperfeiçoar, ainda mais, as principais técnicas aplica-das no atendimento à aná-lises clínicas para atender da melhor forma possível os moradores de Manaus.

No Distrito Industrial mantém 70 unidades de atendimentos.“Mantemos vários convênios com em-presas do Distrito Industrial em empresas para atender as demandas do Polo Industrial de Manaus, oferecendo con-forto e segurança tanto às empresas quanto aos funcio-nários”, disse a gerente geral do CPDE, Lucy Tavares.

Por isso, entre os principais convênios firmados com o DI estão os atendimentos re-alizados na Moto Honda da Amazônia, Pionnerr do Brasil e Whirlpool. “ O desenvolvimen-to contínuo e a necessidade de mais espaço determinaram a ocupação de postos de cole-tas nas empresas do Polo In-dustrial. Pois os empresários têm se conscientizado sobre a importância do bem estar do funcionário para o aumento da produtividade e investido em programa especializados para a promoção e prevenção da saúde”, disse Lucy.

Em toda a sua história, o Laboratório tem apresentado um crescimento continuado, qualitativo e quantitativo. Conta hoje com aproximada-mente 80 funcionários, com com nível superior (graduação e pós graduação, doutorado), técnicos em formação nas áreas de Farmácia, Bioquími-ca, Generalista e Biomedicina. “Um Programa de Qualidade Global, iniciado há 15 anos, tem gerado modificações notáveis no sentido de apri-morar o atendimento aos nossos clientes, sem a perda dos valores tradicionais do laboratório (beneficio univer-sidade) aos funcionários em todos os segmentos”, disse Lucy Tavares.

ServiçosNos últimos anos, vários

serviços foram implantados ou ampliados, tais como: Aná-lises de Hormônios da Ti-reoide, Fertilidade, Doenças Infecciosas, Monitoração de Drogas Imunossupressoras e Drogas de abuso, Hema-tologia, Bioquímica Clini-ca, Imunologia, Uro-análi-se, Parasitologia, Citologia Oncotica, Microbiologia e Genética Médica.

Nas seções tradicionais do Laboratório CPDE também ocorreram mudanças, com a introdução de modernos analisadores automatizados para as doenças auto-imune, genética médica, bioquími-ca clinica, doenças infeccio-sas, entre outros serviços. “No decorrer dos anos com

o avanço da Tecnologia o CPDE substituiu os tubos de ensaio, pipetas, frascos de desproteinização, funis de separação, balões volumétri-cos, provetas , pelos terminais de computadores e códigos de barra, robôs pipetadores e impressoras a laser”, sa-lientou Lucy Tavares.

Lucy destaca que, sempre preocupados em oferecer um melhor serviço aos clientes, o laboratório iniciou há cerca de 22 anos o intercâmbio com a SBAC (Sociedade Brasilei-ra de Análises Clinica) com referência do Controle de Qualidade Externo - Padrão Excelente (20 anos). “ Nos é enviado os teste, somos avaliados através dos nos-sos profissionais que parti-cipam da avaliação. O CPDE está sempre investindo em desenvolvimento de tecnolo-gia e por decorrência deste investimento, assistimos a um aumento vertiginoso no numero de procedimentos diagnósticos hoje disponível a população Manauara.En-tendemos que a tecnologia muda com grande velocidade. Métodos e processos tornam-se obsoletos rapidamente, sendo substituídos por ou-tros, novos, melhores, mais rápidos. Então recentemente além dos Congressos que os nossos bioquímicos partici-pam foram também enviados para participarem de um Con-gresso Mundial em Chicago (EUA), para trazerem novas tecnologias em análises la-boratoriais”, disse.

FOTOS: DIEGO JANATÃ

Hoje é um grande desafio, para o prestador destes serviços, acompanhar essa evolução se não estiver to-talmente conectado a evo-lução tecnológica e ainda ter que manter os preços acessíveis aos pacientes. “Para o médico que assis-te aos pacientes, também constitui um grande de-safio manter-se informa-do quanto aos processos disponíveis, sua utilidade, suas características, onde obtê-los e, após terem sido realizados, como in-terpretar os resultados.

No Laboratório CPDE, temos tido, permanente-mente, preocupação com todos estes aspectos”, destacou a médica.

HistóricoO Laboratório CPDE, teve

seu inicio em 1990, a partir da associação de profissio-nais da área de saúde com especialidade em análises clínicas. “Apesar de todas as dificuldades enfrentada no ato de sua formação o CPDE teve crescimento constante. Para diversifi-car o atendimento, criamos

novas unidades, oferecen-do maior comodidade aos pacientes. Hoje o CPDE está situado na Rua Ra-mos Ferreira, no Centro; na avenida Tarumã, na Praça 14; na Djalma Batista, na Torre médica do Shopping Millenium; na avenida Má-rio Ipiranga Monteiro( anti-ga Recife), na Clinimagem, onde mantemos um posto de coleta próximo ao 28 de agosto, clinica de Urologia (posto de coleta). Em bre-ve estaremos no Shopping Manauara e Cidade Nova I”, disse a médica.

Novas tecnologias no mercado

Mais espaço determinaram a ocupação de postos de coletas nas empresas do Polo Industrial

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Com a prorrogação dos incentivos da Zona Franca de Manaus até 2073, a indústria mundial terá mais confiança em investir na região e gerar emprego e renda para a população

Com 48 anos de instalação, o Modelo Zona Franca de Manaus ainda continua sendo atrativo para as indústrias que buscam investir e crescer, cada vez mais, em todo

o Brasil. O modelo oferece um amplo conjunto de oportunidades para investimento, que passam desde projetos voltados às vocações naturais da região até o polo de duas rodas. Setores produtivos e rentáveis dentro de um cenário de benefícios fiscais que fortalece o modelo, oferecem vanta-gens e garantem o retorno dos investimentos.

A empresa que aqui se instalar tem a vantagem de contar com uma mão de obra produtiva, posi-cionamento estratégico no mercado continental e o apelo ambiental de estar em solo amazônico, marca por si só, já abre caminhos para que os produtos sejam aceitos em larga escala no mer-cado internacional. Além disso, as indústrias dão como contrapartida a possibilidade de geração de emprego e renda, contribuindo para o desen-volvimento econômico da população.

ONDE INVESTIREletroeletrônicos e bens

de informáticaOs segmentos de eletroe-

letrônicos continuam sendo o mais tradicional do DI. Incluin-do os bens de informática que representam o maior centro de fabricação de produtos da América do Sul, exercendo papel estratégico na produção para o mercado nacional. Todos os televisores e aparelhos de áudio que circula no país e 35% dos te-lefones celulares são produzidos aqui. O setor representa, tam-bém, a maior participação na geração de emprego e renda.

Polo de Duas rodasÚnico do país, o Polo de Duas

Rodas é considerado o maior da América Latina em quanti-dade e produção. Detém, atu-almente, mais de 70 empresas instaladas no parque indus-trial, entre fabricantes de bens fi nais, componentes e peças. Possui o maior nível de aden-samento da cadeia produtiva da ZFM e emplaca, todos os anos, os maiores índices de regionalização e nacionaliza-ção de insumos.

Produtos QuímicosConsiderado o terceiro setor

mais produtivo do PIM, com maior faturamento global, o segmento de Polo Químico, oferece as maiores oportuni-dades de negócios e investi-mentos. Produção de cimento, bebidas não alcoólicas, produ-tos de limpeza, fi lmes, papéis fotográfi cos estão inseridos nesse setor. Marcas mundiais como Coca-Cola e Pepsi Cola, são os destaques do setor.

Polo RelojoeiroCom grande destaque nos

anos 90, a fabricação de relógios encabeçava o fatu-ramento e era considerado o primeiro segmento em produ-ção do PIM. Após uma breve recuada, o polo volta a cres-cer e se tornar representativo em termos de investimentos, com excelente faturamen-to e produtividade. Exporta para Canadá, Japão, Estados Unidos e Europa.

Indústria deComponentesConsiderada uma excelen-

te oportunidade de investi-mentos, já que o PIM busca expandir e verticalizar suas cadeias produtivas com a fabricação de componentes, partes e peças destinadas a subsetores industriais, já ins-talados no parque industrial. A vantagem do custo benefício para o investidor é grande e o setor ainda tem grande demanda de fabricação de partes e peças destinadas a industria química, plástica, naval, mecânica e metalúrgica.

Polo NavalLevando em consideração

a vocação natural da região, o parque de fabricação do Polo Naval conta hoje com 300 estaleiros instalados de pequeno, médio e grande por-te, voltadas principalmente a construção de balsas, empur-radores, embarcações de fer-ro, alumínio, fi bra e embarca-ções regionais, direcionando grande parte da fabricação ao mercado regional.

O potencial de crescimento da setor vem de encontro com os investimentos do Governo

Federal com a construção de hidrovias e portos. Também cresce a demanda para a fa-bricação de embarcações de esporte e lazer.

MedicamentosO setor se consolida a partir

da fi xação do Processo Pro-dutivo Básico (PPB) para pro-dução de medicamentos na Zona Franca de Manaus. Com o PPB dos medicamentos, 180 tipos de produtos poderão ser produzidos no PIM.

Bebidas não alcoólicasA indústria de concentra-

dos e de bebidas garantem o crescimento do setor, que exerce impacto socioeconô-mico na capital e interior do Amazonas com a ge-ração de dois mil empre-gos formais e conta com elevados níveis de aquisi-ção de insumos agrícolas locais, sobretudo o guaraná. As beidas energéticas, como novo nicho de mercado, tam-bém abrem espaço para investimento no PIM.

QUER INVESTIR VEM PARA A ZONA FRANCA DE MANAUS…VEM!

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QUER INVESTIR VEM PARA A ZONA FRANCA DE MANAUS…VEM!

INCENTIVOSUma vez instaladas no

modelo, as indústrias re-cebem incentivos de:

• Isenção do imposto de importação, que permite que empresas atuem como montadoras usando tec-nologia internacional;

• Isenção do imposto de exportação;

• Isenção do im-posto sobre produtos industrializados (IPI);

• Desconto parcial, for-necido pelo governo es-tadual, no imposto de cir-

culação de mercadorias e serviços (ICMS);

• Isenção por dez anos, fornecido pelo município, de IPTU, da taxa de licença para funcionamento e da taxa de serviços de limpeza e conservação pública.

COMO INVESTIRPara investir no Polo

Industrial de Manaus ou no Distrito Agropecuário da SUFRAMA, o inves-tidor deve elaborar um projeto técnico-econô-mico, apresentando as características do ne-gócio proposto, além de um plano de efetivação e crescimento. Podem apresentar projetos em-presas de grande porte, microempresas, peque-nas empresas, pessoas jurídicas, fi rmas indivi-duais e fi rmas mercantis individuais. Mas, a pro-postas devem se adequar ao modelo da ZFM.

As empresas de gran-de porte devem elaborar projeto técnico-econô-mico pleno. Já as em-presas de microempre-sa, pequenas empresas, pessoas jurídicas, fi rmas individuais e fi rmar mer-cantis individuais devem apresentar projetos sim-plifi cados, destinados a organizações com neces-sidades de Importação

até o limite máximo de US$ 200.000,00 (duzen-tos mil dólares) e com re-ceita bruna anual igual ou inferior a R$ 433.755,14 (no caso das microem-presas e fi rmas individu-ais) e a R$ 2.133.222,00 (no caso das empresas de pequeno porte e fi rmas mercantis individuais).

As empresas de grande porte, com necessidade anual de importação supera US$ 200.000,00 e a receita bruta anual deve ser superior a R$ 2.133.222,00, também necessitam de um pro-fi ssional habilitado no Conselho Regional de Economia( Corecon) para assinar o projeto.

Os projetos devem ser encaminhados para SU-FRAMA, em meio mag-nético, à Superintendên-cia Adjunta de Projetos (SPR) e será analisado pela Coordenação-Geral de Análise de Projetos Industriais, vinculada à SPR, que avaliará os as-

pectos técnico-econômi-cos e a documentação necessária da empresa. Apenas após essa análi-se, o projeto estará apto para ser submetido ao Conselho de Administra-ção da SUFRAMA (CAS).

Após aprovaçãoApós a aprovação pelo

CAS será realizada a pu-blicação na resolução no Diário Ofi cial da União, a empresa passará a ser acompanhada pela Coor-denação-Geral de Acom-panhamento de Projetos Industriais da SUFRAMA, unidade administrativa responsável pelo apoio à instalação e ao fun-cionamento da empresa e também pela análise e pelo cumprimento dos Processos Produtivos Bá-sicos (PPBs) em sinto-nia com o Ministério de Desenvolvimento, Indus-tria e Comércio Exterior (MDIC) e com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Até 2073 a expectiativa é que novos polos indus-triais se estabeleçam e evoluam no PIM.

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MOTO HONDA DA AMAZÔNIA

Valorizar o ser humano é prioridade na

A Moto Honda da Amazônia investe cada vez mais nos PNE´s, seguindo a fi losofi a de que o ser humano deve ser o alvo do desenvolvimento dentro e fora da indústria.

Reconhecida mundial-mente pela qualida-de em seus produtos, gestão e pioneiris-

mo, a Moto Honda da Ama-zônia é uma das indústrias que mais investe na inclu-são social de portadores de necessidades especiais no Polo Industrial de Manaus. Presente no PIM desde 1971, a empresa que atualmente produz mais de 20 milhões de unidades, compreenden-do-se como a maior fabri-cante de motos do Brasil, possui hoje, no seu quadro funcional 408 colaboradores que apresentam defi ciên-cia física, motora, auditiva,visual ou múltipla.

“A Moto Honda da Amazônia busca sempre cumprir com a politica vigente na comunida-de onde atua e, por isso, não poderia deixar de atender a legislação enquanto aos pro-grama para Portadores de Ne-cessidades Especiais(PNE´s). Praticamos, inclusive, um nú-mero além da cota exigida pela legislação. Entendemos que nossa missão vai muito além do cumprimento legal a aplicação da Filosofi a da empresa que, principalmente, está fundamentada no Res-peito pelo Indivíduo”, disse o Gerente de Relações Institu-cionais da Moto Honda da Amazônia, Mário Okubo.

Para Mário Okubo o objetivo do programa de inclusão de pessoas com defi ciência, não teve como foco somente o cumprimento legal, mas ofere-cer oportunidades iguais para todas as pessoas, cumprindo com isso a Filosofi a da em-presa. “ Esses colaboradores recebem treinamentos e parti-cipam do quadro de evolução, ou seja são promovidos como os demais trabalhadores. Não há distinção dentro do nosso

quadro de colaboradores para essas pessoas. Além disso, eles participam dos treina-mentos, são avaliados na mes-ma política e tem as mesmas oportunidades que os demais colaboradores”, disse Okubo.

Mário explica que o prédio da fábrica está totalmente preparado para receber esses colaboradores, independente do número de vagas ofere-cidas pela empresa. “Temos toda estrutura necessária para atender a esses cola-boradores. Temos rampa de acesso, elevador específi co, bancada própria. Cumprimos com todas as determinações quanto a estrutura física para oferecer a esses colabora-dores, dentro da fi losofi a de nossa empresa, sem que haja distinção entre os funcioná-rios”, disse Okubo.

A Honda mantém políticas semelhantes em outros paí-ses, quanto a implementação do programa de inclusão de pessoas com defi ciência . “À exemplo de como ocorre em Manaus, fi zemos benchma-rking em outras unidades da Honda no Japão”, disse.

Moto Honda da AmazôniaA fábrica de motocicletas

da Moto Honda da Amazônia é um dos maiores empreendi-mentos do Polo Industrial de Manaus. Composta por um complexo processo produtivo para o desenvolvimento de ferramentas e dispositivos ne-cessários para a fabricação de motocicletas, hoje, a Honda conta com duas unidades na mesma planta.

A Honda Tecnologia da Amazônia Indústria e Comér-cio é responsável pela fabrica-ção e manutenção de moldes e ferramentas de produção. Já a Honda Componentes da Amazônia responde pela fa-

bricação de componentes e subconjuntos (escapamento, rodas, guidões e peças para chassis, entre outros).

Em sua planta, a empresa também produz quadriciclos e motores estacionários. A empresa é a segunda maior fabricante de veículos auto-motores do País, na fabrica-ção de carros, caminhonetes, ônibus, caminhões, tratores, motocicletas, embarcações e aeronaves. Produz 27 mode-los de motocicletas nacionais, de 100 a 1000cc, além de quadriciclos e motores esta-cionários. Na linha de impor-tadas são 9 modelos de até 1.800 cilindradas.

Prêmio Ser HumanoCumprindo sua fi losofi a de

valorizar o ser humano, a Moto Honda da Amazônia sempre busca melhorar a qualidade de vida das pessoas. Em virtude dessa política de valorização, a Moto Honda da Amazônia conquistou o Prêmio Ser Hu-mano promovido pela Asso-ciação Brasileira de Recursos Humanos-ABRH, seccional Amazonas. O prêmio é uma forma de difundir para a so-ciedade amazonense a impor-tância da atividade de Gestão de Pessoas, ao disseminar o conhecimento do mundo do trabalho e desenvolver pes-soas e organizações.

Ao incentivar o desenvolvi-mento de práticas criativas e aplicáveis que valorizam as pessoas dentro e fora das organizações, o prêmio cons-cientiza a sociedade sobre a necessidade de políticas de trabalho com valorização no ser humano. “ A empre-sa não busca prêmios.Bus-camos sempre estar aliados com políticas que melhorem a qualidade de vida de nossos colaboradores”, disse Okubo.

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15MANAUS, SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015

MOTO HONDA DA AMAZÔNIA

Valorizar o ser humano é prioridade na

Valorização da mao de obra é uma das priori-dades da empresa que aposta nos programas de inclusão social

FOTOS: DIVULGAÇÃO

• Respeito pelo indi-víduo

• Oferecer produtos da mais alta qualidade, a um preço justo

Política de Gestão

• Manter sempre o so-nho e o espírito jovem

• Valorizar as teorias, as ideias e o tempo

• Amar o seu tra-balho e valorizar a comunicação

• Criar, constante-mente, um fl uxo de tra-balho harmonioso

• Ter sempre em men-te os valores da pesqui-sa e da perseverança

Filosofi a da empresa

A Honda acredita que além de bons produtos, a empresa deve manter a imagem e a reputa-ção de uma marca que, a cada dia, conquista mais a confi ança da so-ciedade.

Por isso, a empresa oferece um pacote de soluções - assistência técnica, garantia, peças de reposição e valor de revenda - como parte implícita da compra.

Sonhos que vão além dos produtos

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Primeiro galpão será inaugurado em Janeiro/2016 com investimento de R$286 milhões

Hines lança terceiro Distribution Park em Manaus

Já se encontra em obras adiantadas o terceiro Distribution Park da Hi-nes em Manaus. O Dis-

tribution Park Manaus III, lo-calizado na Avenida dos Oitis (dentro do Distrito Industrial 1), tem a assinatura da Hines – empresa privada que está há 16 anos no Brasil – e representa um investimento de R$ 286 milhões.

Localizado no Distrito In-dustrial 1 junto das princi-pais indústrias de Manaus, o empreendimento está a 4 km dos portos e a 14 km do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Composto de 3 galpões que totalizam uma área de 133 mil metros quadrados, com módulos que variam de 3.440 metros qua-drados a 7.440 metros qua-drados, o Distribution Park Manaus III está preparado para receber várias empre-sas industriais e logísticas.

De acordo com o diretor de Projetos de Hines, Jeremy Smi-th MRICS, o Distribution Park Manaus III tem duas principais vantagens em redução de cus-tos operacionais. “A primeira delas é a economia em esca-la das empresas, que terão toda a parte de administração, segurança e manutenção do parque rateado com as demais locatárias do espaço”. “E a segunda é a possibilidade de não investir capital em imó-vel e sim no próprio negócio, o que é mais rentável para as empresas”.

Além das economias men-cionadas acima, este empre-endimento possui mais um diferencial que trará redução de custo de energia para seus ocupantes. O projeto de ilumi-

nação natural do DP Manaus III deverá gerar aproximada-mente 30% de economia no consumo de energia elétrica para o inquilino. A cobertura possui abertura para ilumina-ção com placas de telhas pris-máticas que potencializam a entrada de luz, mas prote-gendo o interior da incidência direta de radiação solar.

Outra característica que se destaca neste projeto é o sistema Firestone de telhado que aplica uma camada de borracha sobre a telha metá-lica melhorando a efi ciência e diminuindo a probabilidade de infi ltrações, o que deve se comprovar como uma excelen-

te solução para a cidade de Manaus que possui um alto índice de chuvas.

As instalações elétricas também se sobressaem pela infraestrutura projetada que propicia ao inquilino a interli-gação em média tensão entre os módulos caso o mesmo alugue 2 ou mais, inclusive com uma única medição via concessionária. Esta infra-estrutura também permite a instalação mais rápida do inquilino por não precisar fazer adaptações quando da

sua ocupação. Além disso, as subestações são maiores e dispõe de espaço físico com previsões de acréscimo de po-tência através de instalação de transformadores extras.

O Distribution Park Manaus III conta com 120 docas para carga e descarga com sistema de niveladoras eletromecâni-cas, 152 vagas para carretas e 403 vagas para carros, além de 116 vagas conversíveis que podem ser utilizadas para estacionamento de carros, carretas ou convertidas em docas adicionais.

O empreendimento inclui o mais moderno sistema de pre-venção e combate a incêndio. São sprinklers, hidrantes, ex-tintores portáteis, detectores de fumaça em locais específi -cos que acionam alarmes nas indicações iniciais de fumaça. Além de circuito interno de TV, circuito de alarme perimetral com e sistema de portaria com controle de segurança. Todo este sistema é monitorado por uma central de segurança do condomínio.

Disponível para locação imediata, o primeiro galpão, com 40.000 m², estará pronto para ocupação em janeiro de 2016 e os demais até maio do mesmo ano. O preço ini-cial de locação é de R$ 24 por metro quadrado.

O empreendimento será operado no sistema de con-domínio e incluirá gerencia-mento supervisionado, segu-rança, manutenção e limpeza das áreas comuns. Nas áre-as comuns existem espaços destinados a lazer, descanso, refeições e vestiário para os motoristas das empresas ins-taladas e de terceiros.

VANTAGENS Redução de custos operacionais, economia em escala das em-presas e segurança e manutenção do parque rateado com as demais locatárias do espaço com a nova instalação

A Hines é uma empresa privada voltada para in-vestimentos imobiliários, desenvolvimento e geren-ciamento de propriedades. No seu portfólio estão 1.163 propriedades que representam, aproxima-damente, 36 milhões de metros quadrados de edi-

fícios comerciais, áreas de uso múltiplo, industriais, hotéis, além de grandes projetos de comunidades e desenvolvimento urbanos.

No mercado imobiliário brasileiro desde 1998, a Hines já desenvolveu mais de 2,1 milhões de metros quadrados de edifícios

comerciais classe A, gal-pões industriais e edifícios residenciais, além de ge-renciar mais de 1 milhão de metros quadrados de propriedades próprias e de terceiros.

A Hines está presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Amazonas.

investimentos em Manaus

Novo parque apresenta estrutura que não deixa a desejar aos grandes centros.

Novo parque com segu-rança, supervisão e lim-peza nas áreas comuns.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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