sumÁrio - minionupucmg.files.wordpress.com · nesse ano de 2018, tenho as mais altas expectativas...
TRANSCRIPT
2
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA ............................................................... 3
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA................................................................................... 5
2.1 O Patrimônio e o Monumento através dos séculos ........................................ 5
2.2 A proteção dos monumentos ........................................................................... 8
3. CONTEXTO HISTÓRICO ....................................................................................... 10
3.1 A Revolução Francesa .................................................................................... 10
3.2 A Era Napoleônica ........................................................................................... 11
3.3 O Imperialismo do Século XIX ........................................................................ 13
3.4 A Primeira Grande Guerra .............................................................................. 14
3.5 A Sociedade das Nações ................................................................................ 16
4. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ ............................................................................. 17
5. POSICIONAMENTO DOS PRINCIPAIS ATORES ................................................. 18
5.1 República Francesa: ....................................................................................... 18
5.2 Reino de Itália: ................................................................................................. 18
5.3 República Helênica: ........................................................................................ 19
5.4 República Espanhola: ..................................................................................... 19
5.5 Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte: ........................................ 19
6. QUESTÕES RELEVANTES NA DISCUSSÃO ....................................................... 20
7. TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES ............................................. 21
8. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 23
3
1. APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA
Ademir Resende – Diretor do Comitê
Meus caros delegados, é com grande prazer que lhes dou as boas-
vindas à 19ª edição do Modelo Intercolegial das Nações Unidas (MINIONU).
Meu nome é Ademir Resende, tenho vinte anos e no nosso encontro em
outubro, estarei cursando o sexto período de Relações Internacionais. Além
disso, terei a honra de ser o Diretor da Conferência Internacional de Atenas
(CIA).
Em edições passadas do MINIONU, tive o privilégio de ser voluntário do
comitê The Bandung Conference (1955) e apesar de ser meu primeiro contato
com o projeto, fui muito bem acolhido por toda equipe que no decorrer do
evento me proporcionou diversas oportunidades de crescer em experiências
das mais diversas. Em 2017, confiaram a mim o cargo de Diretor Assistente do
comitê Conferência de Berlim (1885), nessa minha participação, pude me
inteirar melhor sobre os vários aspectos acerca do funcionamento e da
produção de conteúdo de um comitê e a complexidade que o MINIONU possui.
Nesse ano de 2018, tenho as mais altas expectativas para que a CIA possa
incrementar ainda mais meus conhecimentos e habilidades e garantir aos
senhores uma excelente simulação.
Caroline Braga – Diretora Assistente
Olá, senhoras e senhores delegados! É um prazer imenso fazer parte da
19ª edição do MINIONU como Diretora Assistente! Me chamo Caroline Braga,
tenho 19 anos e na data da nossa simulação estarei cursando o 3° período de
Relações Internacionais na PUC. Sou apaixonada por simulações e, por isso,
participei do 17° MINIONU, como delegada do Irã no CDH (2016), sobre
Intolerância religiosa e do 18° MINIONU, como voluntária da OTAN (1999),
sobre a Guerra do Kosovo. Também estou envolvida, há quatro anos, com o
Santa Mundi, simulação interna do Colégio Santa Marcelina. Estou muito
ansiosa para conhecer todos vocês e espero que a CIA (1931) seja uma
experiência inesquecível para nós!
Isabella Lopes – Diretora Assistente
4
Olá! Sou Isabella Lopes, tenho dezoito anos e,na décima nona edição do
MINIONU, serei diretora assistente da Conferência Internacional de Atenas
(1931). Atualmente curso Relações Internacionais pela PUC Minas e durante o
evento já estarei no quarto período.
Meu primeiro contato com o Modelo Intercolegial das Nações Unidas foi
no ano passado. Fui voluntária no comitê ACNUDH (2017) e me surpreendi
positivamente com a experiência. Esta, somada à minha grande admiração
pelo trabalho feito por toda a equipe, propiciou o aumento do meu interesse
pelos diversos temas que permeiam a ciência do meu curso, bem como, pela
simulação em si. Neste ano, apesar dos contrastes entre os comitês, espero
poder atuar de forma satisfatória e solícita. Tenho grande interesse pelas artes
e por história e aprecio a oportunidade de poder agrupar ambas as coisas e
ambientá-las nesta notável ocasião.
Espero que os senhores delegados possam aproveitar cada singelo
detalhe desta edição para ampliar seus conhecimentos, aptidões e contatos.
Além disso, espero que esta seja uma experiência agradável e motivadora e
que o conteúdo os cative. Aguardo ansiosamente!
Larissa Rocha – Diretora Assistente
Senhores delegados, sejam bem vindos. Meu nome é Larissa Rocha de
Souza Almeida, tenho vinte e um anos e durante a 19ª edição do MINIONU
estarei cursando o 5º período de Relações Internacionais aqui na PUC Minas.
Na última edição participei do projeto como voluntária de logística e posso dizer
que aprendi muito com o MINIONU. Por isso, quis voltar, mas dessa vez de
outro lado do programa: em um comitê interno. A Conferência Internacional de
Atenas é um dos comitês históricos desse ano e minha expectativa é que todos
venham prontos a debater acerca do restauro dos monumentos tão valorosos
para a cultura mundial. Até outubro!
5
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA
Esta parte do guia de estudos apresentará o tema “Conferência
Internacional de Atenas – A salvaguarda dos monumentos no âmbito
internacional” sendo a mesma separada em subtópicos. Cada subtópico
apresentará uma gama de conceitos que devem ser compreendidos pelas
senhoras e senhores delegados, servindo como alicerce de estudos para todas
as delegações.
Deste modo, uma vez que tais conceitos gerais forem entendidos, os
estudos específicos de cada delegação serão otimizados e a lógica do comitê
garantida.
No tocante à temática do comitê, a proteção e manutenção dos
monumentos é uma questão que vem sido levantada desde o fim da Revolução
Francesa e o prelúdio da internacionalização desse assunto só ocorreu no
período entre guerras justamente na Conferência Internacional de Atenas
(1931). Com a sucessão de conflitos que tomam a Europa no fim do século
XVIII, no século XIX e inicio do século XX, vários dos monumentos de culturas
e povos foram ameaçados e em alguns casos, completamente destruídos
(FUNARI, 2006).
É com essa incerteza da sobrevivência de traços físicos da história que
emerge a importância de discutir sobre as definições de monumentos e de que
modo é possível a implementação de ações no sistema internacional em
defesa de tais marcas da humanidade. Além disso, é preciso debater também
sobre a posse de cada um desses monumentos, a atuação e as
responsabilidades dos países no que diz respeito a proteção e preservação dos
mesmos contra depredações, roubos e destruições que as vezes são
ocasionadas pelo próprio tempo.
2.1 O Patrimônio e o Monumento através dos séculos A ambição de deixar marcas da passagem humana por esse mundo é
notável desde pequenas pinturas rupestres encontradas em cavernas pelo
mundo, até a construção de monumentos gigantescos como as pirâmides do
Egito. O conhecimento humano atual desses dois conjuntos de obras em
questão deve-se essencialmente à preservação proporcionada pelas cavernas,
no caso das pinturas rupestres, ou da resistência de tais marcas que
6
sobrevivem por séculos graças a sua grande capacidade de suportar os mais
variados tipos de condições adversas, como é o caso das pirâmides. De toda
forma, uma quantidade incalculável de marcas de uma história, um povo ou
uma cultura acaba se perdendo pelo simples fato de não possuírem a proteção
adequada (DELGADO, 2003).
Nesse contexto de fragilidade e incerteza dos traços deixados por
civilizações, é que ocorre a intervenção da ação humana visando o resguardo
de tais marcas. Essa ação geralmente é intencionada ao repasse das marcas
de um povo às futuras gerações, são os chamados patrimônios.
Etimologicamente a palavra patrimônio vem do latim patrimoniu (patri, pai +
monium, recebido) e segundo o Dictionnaire de la langue française, a definição
de patrimônio diz respeito a um “Bem de herança que é transmitido, segundo
as leis, dos pais e das mães aos filhos” (CHOAY, 2001). Essas duas definições
apresentam o aspecto hereditário do patrimônio e fazem complemento à já
citada intenção de proteção das marcas humanas para gerações futuras, no
entanto essa primeira concepção do termo patrimônio está, em sua origem,
profundamente ligada à vida privada e apesar de ser um termo essencial para
os debates, não deve ser considerado como o termo guia já que mais adiante
será apresentado outros termos que se encaixam melhor no contexto do comitê
(CIA)(ABREU, 2005) (CHOAY, 2001).
Tendo conceituado patrimônio em seu sentido original, deve-se
apresentar um segundo conceito crucial, monumento. A expressão monumento
em strictu sensu, advém do latim e é derivado da palavra monere (memória,
lembrança). Em sua origem histórica, o monumento era erguido como um
marco funerário, pois o mesmo era a garantia da eternidade da passagem de
um individuo pela terra se opondo a fragilidade e rapidez da vida. Em outras
palavras, o monumento era uma construção à memoria de alguém. As
necrópoles, mausoléus e pirâmides são os melhores exemplos disso
(BURNETT, 1920) (CHOAY, 2001).
Com o passar do tempo, o conceito de monumento foi sofrendo
alterações até desenvolver-se no conceito contemporâneo, monumento
histórico.
7
A concepção de essencialidade da arte e das produções humanas
promovidas pelo renascimento e a ascensão de memórias artificias1
amplamente promovidas pela imprensa, acabaram alterando o sentido de
monumento. Hoje em dia, ao invés de ser um marco construído imediatamente
após a morte de alguém em honra à sua memória, o título de monumento
passou a representar grandes obras de arte e arquitetura que traziam consigo
aquilo que era essencial à uma cultura e os conhecimentos de um povo em
uma determinada época. Diferentemente da definição de monumento que havia
no passado onde a conclusão da criação de um monumento já implicava na
atribuição imediata do termo monumento ao mesmo, a consideração moderna
de o que é um monumento, só é dada algum tempo depois de sua criação.
Para que o termo monumento não fosse perdido em seu sentido original, a
nova concepção de monumento passou a ser denominada como “monumento
histórico” (CHOAY, 2001).
Por fim, o ultimo conceito a ser apresentado é o de patrimônio histórico
já que há uma lógica cronológica na disposição das apresentações dos
conceitos. A ideia de patrimônio histórico é extremamente contemporânea e
apesar de contar com os aspectos já definidos de patrimônio, o diferencial do
patrimônio histórico é o caráter público, pois o mesmo é destinado ao desfrute
de toda uma comunidade (FUNARI, 2006; CHOAY, 2001).
No intuito de aperfeiçoar a nossa compreensão de todo o guia, os
termos monumentos históricos e patrimônios históricos devem ser entendidos
como profundamente associado uma vez que sua lógica conceitual é muito
semelhante (CHOAY, 2001).
Mediante a toda essa conceituação acerca dos objetos em questão de
debate nesse comitê, passaremos agora a fazer uma explanação sobre os
ditos protetores que historicamente vem sendo os responsáveis por garantir a
preservação dos objetos supracitados.
1 Segundo Choay (2001), o termo memórias artificiais, aqui é referente à deturpações dos fatos reais,
visando muitas vezes romantizar um determinado momento ou até mesmo ridiculariza-lo. A impressa
acaba se tornando a grande responsável por criar essas memórias e difundi-las através dos jornais e outros
impresso.
8
2.2 A proteção dos monumentos No passado, os indícios da história global encontravam preservação em
alguns casos, de forma natural como já mencionado, nas cavernas e grutas, já
que dentro desses lugares o ambiente não sofria grande mudanças e eram
protegidos das intemperes. A sedimentação de areia e outros minerais se dava
de forma extremamente propícia para uma fossilização que não
comprometesse os objetos. Além disso, as cavernas e grutas foram os
primeiros abrigos dos seres humanos já que o isolamento da mesma
proporcionava um ambiente favorável onde era possível se proteger das
tempestades e de animais perigosos. Não obstante, é justamente nesses
abrigos naturais que são encontrados as marcas mais antigas da passagem
humana (MAGALHÃES; GOELDI, 2006).
Um pouco mais adiante na história, alguns monumentos e patrimônios
históricos passaram a encontra proteção em grande parte graças aos
antiquários2, que visando o estudo e analise de outras civilizações, mantinham
armazenado alguns rastros humanos e, dentro das possibilidades e dos
conhecimentos técnicos, restauravam ou faziam a manutenção dos mesmos
(Figura 1). Os antiquários defendiam a proteção dos patrimônios, pois, eram
acima de tudo, uma prova viva e real da já mencionada passagem de uma
civilização pelo mundo e que tal passagem não poderia ser apagada ou
perdida, pois é composição da história mundial (CHOAY, 2001).
2 Segundo Momigliano (2014), os antiquários eram estudiosos que davam o foco de estudo à objeto em si
e não à história. Eles escreviam de forma sistemática, catalogando e coletando objetos, fazendo longos
trabalhos de descrição dos mesmos. A diferença entre os historiadores e os antiquários é que os
historiadores escreviam em ordem cronológica, dando foco ao tempo e as narrativas e não davam tanta
atenção aos objetos, já os antiquários protegiam, armazenavam e faziam a manutenção dos objetos e
artefatos apenas pro serem objetos e artefatos, não importando a história.
9
FIGURA 1: “Galeria de um antiquário” (Frans Francken The Younger
- óleo - 1615 - (Galleria Borghese (Rome, Itália))
(Fonte: WahooArt)
Além dos antiquários, é notável também o colecionismo, principalmente
por parte dos mecenas3 na Renascença, que financiavam os artistas da época
para que se pudesse, através de suas obras, fazer renascer a glória dos
antigos (CARLAN, 2010).
Dentro dessa vertente, os mecenas, principalmente duques e outros
membros da nobreza presente na península itálica, investiam seus lucros
adquiridos com o comércio e serviços bancários em produções artísticas que
são memoráveis até os dias atuais. Os Medici4 são considerados os patronos
das artes e foram grandes mecenas que financiaram talentos como os de
Michelangelo, Gian Lorenzo Bernini, Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel.
Como já mencionado, esses financiamentos eram estimulados pelos ventos do
renascimento que traziam consigo a ostentação de obras de arte tão belas
quanto as gloriosas obras do passado, porém não tão direcionadas ao cunho
religioso como ocorria na Idade Média, e sim na exaltação do homem
(Humanismo5). A Igreja também acabou aderindo à onda renascentista e foi,
assim como os Médici, grande responsável pela promoção da construção de
obras arquitetônicas e artísticas. (DA SILVA FERNANDES, 2004).
3 Mecenas 4 Medici 5 Humanismo
10
3. CONTEXTO HISTÓRICO
Nesse tópico serão apresentados alguns processos históricos decisivos
para a contextualização do comitê.
3.1 A Revolução Francesa As questões concernentes à defesa dos patrimônios só ganharam
atenção mais elevada no final do século XVIII, com a Revolução Francesa (a
partir de 1789). Durante a revolução, inúmeras igrejas, monumentos, estátuas
e castelos foram saqueados, queimados ou destruídos por completo. No
ímpeto de romper ligações com o passado monárquico, os revolucionários,
tendo tomado em 1789 a Bastilha, decidem naquele mesmo ano por destruí-la.
Na época, a prisão simbolizava a repreensão do Antigo Regime, já que muito
dos adversários do rei e da nobreza eram enviado para lá, sofriam punições e
torturas e muitas das vezes eram pessoas inocentes que tinham apenas
oposições politicas ao regime vigente. Além disso, a Bastilha tinha o enorme
potencial de munir as tropas revolucionárias contra as resistências
monárquicas. No entanto, o monumento em questão foi construído a partir de
1370 e foi parte significativa da história da França e da Europa que agora já
não existe mais.
FIGURA 2: Detalhe do Mapa Turgot de Paris KU 06 by Louis Bretez (16..–
1738) — Kyoto University Library
(FONTE: Licença de domínio público via Wikimedia Commons)
11
Foi nesse momento em que a expressão “monumento histórico” surge
pela primeira vez associada à preocupação de preservação dos monumentos
nacionais francês, em oposição à onda de vandalismo que assolou a França.
Esse vandalismo acabou por destruir muitos objetos representativos do
passado, em grande parte pertencentes ao clero e a monarquia tanto no
período feudal quanto no moderno, uma vez que, para os revolucionários,
remetia à ideia de um passado retrógrado e conservador. E nesse momento
também começa a discussão sobre a divisão entre monumento e monumento
histórico. Retomando o que já foi mencionado, enquanto um monumento é
criado, a priori, geralmente motivado por motivos comemorativos ou de
recordação, o monumento histórico é uma definição que é investida, a
posteriori, a um vestígio material do passado. Por toda Europa iniciou-se o
processo de questionamento de qual seria a definição de patrimônio ou
monumento, seja ele histórico ou cultural, e quais seriam as medidas para sua
proteção e manutenção. Também na mesma época, na própria França, houve
a instituição, por meio do Comitê de Salvação Pública (1792), dos primeiros
decretos jurídicos de defesa do Patrimônio Histórico Francês (ZANIRATO;
RIBEIRO, 2006).
3.2 A Era Napoleônica
Sendo uma parte vital da composição contextual no qual a Conferência
Internacional de Atenas (1931) se deu, a Era Napoleônica exerceu impacto
significativo na configuração do cenário internacional e incitou debates de
alta relevância para o nosso comitê.
A Era Napoleônica se iniciou ao fim das Guerras Revolucionárias, em
1799, e teve seu término com a abdicação imperador Napoleão Bonaparte,
em 1814/15. Esta época é marcada pelas mudanças sociais e políticas da
Revolução Francesa, por uma série de conflitos e acordos com outros
países europeus e, pela decorrente e breve hegemonia francesa.
A organização estrutural dos séculos XVIII e XIX confere características
que explicitam uma hegemonia cultural e imperialista para além da
exploração material às relações europeias (BROERS, 2001). Nesse
12
período, a França Napoleônica adotou o discurso missionário e o
racionalismo iluminista para tentativas expansionistas e posicionar-se
perante a rivalidade britânica (HAHN, 1992). Assim, essa legitimava sua
intrusão com a suposta condução de outros povos à civilização e progresso,
bem como, através da questão cultural (STUART, 1989).
Os debates suscitado pelo pensamento iluminista evocaram interesses
(secundários) que tendiam à exploração da ciência, antropologia, artes.
Apesar da confiança da França em sua suposta superioridade, o genuíno
interesse em conhecer, classificar e analisar as organizações sociais tendia
à necessidade de investigar a si mesmo. Essa necessidade somada à
valorização de observações empíricas foi materializada em forma de
expedições em territórios outros pelo governo francês (STUART, 1989).
Napoleão foi o maior responsável pela difusão das expedições6, pois
juntamente com suas tropas militares, eram enviados a várias regiões do
mundo estudiosos e arqueólogos amadores, como foi o caso da expedição
à Alexandria. traziam de volta do esquecimento ou do desconhecimento,
artefatos de importância incomensurável, como é o exemplo da Pedra
Roseta, encontrada pelas tropas napoleônicas em 1799, que foi vital para a
compreensão atual dos hieróglifos egípcios7 (CARLAN, 2010).
Há de se pautar ainda a grande influência clássica romana na França
em diversos setores, tal como visto na arquitetura do século 18 e na
literatura do século 17, por exemplo. A integração dessa influência na
cultura francesa tomou novos significados após a Revolução. As visitas de
estudiosos e arqueólogos em Roma, no período napoleônico, deram início
ao desenvolvimento dessa área (arqueologia) na região, porém, a
administração francesa em Roma é caracterizada por várias complicações.
6As Expedições Napoleônicas foram uma série de avanços regionais sistemáticos conduzidos durantes a
Era Napoleônica. Tais expedições estão profundamente ligas à forma em que as Guerras Napoleônicas
foram organizadas, ou seja, a Europa e outros territórios foram divididos em regiões e as incursões dos
exércitos eram coordenados por regiões. Geralmente, a estratégia era colocar algum governante pró-
Bonaparte no comando dos países, quando havia resistência, o uso da força era usado. Para além da parte
estratégica dessas incursões, o corpo formado das expedições era composto muitas vezes por especialistas
e estudiosos das áreas de história e arte, pois os mesmo eram responsáveis por reconhecer, proteger e
,caso necessário, realocar alguns patrimônios e monumentos históricos tidos como cruciais pra liderança
napoleônica (CHANDLER, 2009). 7Hieróglifos é uma palavra de origem grega, e basicamente significa “as (letras) sagradas esculpidas”. Os
egípcios acreditavam que os hieróglifos, ou melhor, suas letras esculpidas eram um presenta sagrado dado
a ele por Toth, deus da sabedoria (BAKOS, 2009).
13
Ademais, a França só teve monumentos resguardados a partir de 1887,
enquanto em Roma essa preocupação pode ser vista, pelo menos, desde
1462, por decreto papal (RIDLEY, 1992).
3.3 O Imperialismo do Século XIX O século XIX foi marcado por um forte desenvolvimento econômico-
industrial em toda Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Desse modo, tanto
os países capitalistas de primeira geração (que se industrializaram no século
XVIII), como França e Inglaterra, quanto os capitalistas de segunda geração
(que se industrializaram rapidamente no século XIX), em que se destacavam
Estados Unidos, Japão e a recém formada Alemanha, tinham o interesse de
expandir seu mercado consumidor, frente à concorrência no mercado europeu
(HOBSBAWN, 1977).
Com base nesse desejo, iniciou-se, na segunda metade do século, a
disputa imperialista entre os países europeus para estabelecer zonas de
influência política e econômica na África e na Ásia. Essa iniciativa foi
fundamentada pelo Darwinismo Social e amparada no discurso de missão
civilizadora, ou seja, que os povos europeus, biologicamente superiores aos
demais, estariam expandindo sua influência no intuito de levar a civilização e
cultura às raças menos desenvolvidas. Para além, essa ideologia teve forte
impacto nas características culturais dos países imperializados, uma vez que
se iniciou um processo de ocidentalização da cultura desses povos, de modo a
suprimir, inferiorizar ou até mesmo exterminar as culturas e tradições locais
(VAINFAS, 2010).
Dessa forma, os Estados Europeus, encabeçados pelas principais
potências da época (Inglaterra, França, Portugal, Bélgica, Holanda e
Alemanha), por meio da Conferência de Berlim, realizaram a partilha da África,
estabelecendo sua influência, seja pelo controle político direto do território, pelo
estabelecimento de protetorados ou por meio de companhias comerciais
privilegiadas. Sendo assim, tais países alcançaram seus objetivos de abastecer
novos mercados e de obter recursos naturais provenientes dos novos territórios
para obtenção de matérias-primas para seus produtos (VAINFAS, 2010).
A corrida imperialista europeia se desenvolveu de forma distinta no
continente asiático, configurando-se muito mais como a busca por intensificar
14
as relações comerciais com a China, historicamente conhecida por seu
mercado de especiarias. Nesse processo, destaca- se Portugal, devido à sua
influência na região pela ocupação de Macau (localizada no sudeste da China)
no século XVI e Inglaterra, pela sua expressão na área em razão de seu
protetorado indiano e da influência da Companhia das Índias Orientais, a qual
mantém fortes transações com a China. Todavia, o neocolonialismo europeu
na China enfrentou uma série de tensões comerciais, o que culminou nas duas
Guerras do Ópio, 1839-1842 e 1858, respectivamente (VAINFAS, 2010).
A Era Meiji no Japão foi também um fator determinante para as relações
internacionais asiáticas na segunda metade do século passado. A rápida
industrialização e as intensas obras de infraestrutura e modernização do país,
instituídas pelo xogunato da dinastia Tokugawa, fizeram com que o Japão
ascendesse como uma potência local. Dessa forma, o Império japonês
estabeleceu uma política de dominação na Ásia, desencadeando disputas
territoriais com a China pela Coréia, até então de posse chinesa, e com a
Rússia, que desejava conquistar a Manchúria e a Coréia(VAINFAS, 2010).
De diferente modo, o imperialismo no continente americano foi exercido
pelos Estados Unidos, após a consolidação do seu grande capital industrial e
se deu predominantemente de maneira a conquistar forte influência econômica
nos mercados dos demais países americanos. Tal comportamento foi
estabelecida pela Doutrina Monroe, do presidente Theodore Roosevelt, pela
política do Big Stick. A ação imperialista norte-americana ateve-se a grandes
fluxos comerciais de mercadorias e na disseminação das ideologias liberais e
do american way of life (VAINFAS, 2010).
3.4 A Primeira Grande Guerra Antes de tudo, é válido posicionar o conceito de propriedade cultural. De
acordo com John Henry Merryman (1986),
Um jeito de pensar sobre propriedade cultural – i.e.,
objetos de interesse artístico, arqueológico, etnológico ou
histórico – é como componentes de uma cultura humana
comum, quaisquer que sejam seus locais de origem ou
localizações presentes (...). Outro modo de pensar na
15
propriedade cultural é como parte de uma herança nacional
cultural (tradução nossa). 8
Dito isso, a herança nacional cultural de um país é precisamente seu
legado e sua história, daí a importância da salvaguarda dos patrimônios
culturais, de modo a manter intactos os traços que trouxeram civilizações ao
que são hoje.
No período da Primeira Grande Guerra a discussão sobre patrimônios
culturais e artísticos ainda não estava em pauta por causa, principalmente, do
caráter destrutivo a avassalador da guerra, na qual o objetivo central no
momento era sobreviver, pouco importando se uma catedral seria
bombardeada e reduzia a cinzas, por exemplo.
Merryman usa o conceito de necessidade militar no exemplo de uma
situação de guerra onde “a escolha entre salvar vidas humanas e salvar
monumentos insubstituíveis não é fácil” (MERRYMAN, 1986). No exemplo, ele
diz que quando uma tropa inimiga está atacando de uma das torres de uma
catedral, colocando em risco homens, a escolha mais fácil e segura a tais
soldados seria bombardear a catedral sem colocar os homens em perigo; em
contrapartida, o general poderia enviar alguns homens à torre para encontrar e
remover o atirador, o que provavelmente iria matá-los (MERRYMAN, 1986).
Toda essa gama de assuntos relativa às questões patrimoniais
ocasionou, no século XX, em uma série de debates que levavam em conta a
proteção desses bens históricos e culturais, no âmbito nacional e internacional.
Esses debates foram fomentados ainda mais depois de identificados os
estragos feitos pela Primeira Guerra Mundial. Com o assassinato do príncipe
do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, eclodiu na Europa um dos
mais devastadores conflitos ocorridos até então. A Primeira Guerra Mundial
(1914-1918) não só representou uma grande baixa no número de vidas
humanas, mas também foi responsável por perdas inestimáveis de patrimônios
históricos e culturais. Durante os quatro anos de conflito, edificações e obras
artísticas que foram bombardeadas ou queimadas, não só alguns dos
8 One way of thinking about cultural property-i.e., objects of artistic, archaeological, ethnological or
historical interest1-is as components of a common human culture, whatever their places of origin or
present location (…). Another way of thinking about cultural property is as part of a national cultural
heritage (MERRYMAN, 1986). Tradução feita pelo autor.
16
patrimônios notoriamente marcantes da história dos povos europeus foram
destruídos, como também o acervo patrimonial que compunha o cotidiano
(FERNANDES, 2010).
3.5 A Sociedade das Nações Com o fim do conflito e com a criação da Sociedade das Nações9 (SDN),
a Comissão Internacional de Cooperação Intelectual (CICI), que era um órgão
consultivo da SDN, reuniu esforços para convocar a Conferência Internacional
de Atenas em 1931, sendo essa a primeira conferência internacional a tratar
das questões de conservação artística e histórica dos monumentos (CHOAY,
2001).
É nesse contexto do Pós-Primeira Guerra Mundial que a preocupação
com a escolta dos patrimônios passa a ser entendida como um tema que
ultrapassa as fronteiras nacionais. A questão dos princípios nacionalistas em
associação às causas patrimoniais encontrou maior sucesso com o final da
primeira Grande Guerra, pois foi nesse momento que, a arquitetura, literatura,
pintura, música e escultura se tornaram parte constitutiva e essencial do
caráter simbólico de uma nação (HOBSBAWN, 2002). No entanto, com os
esforços internacionais, o debate sobre a conservação dos patrimônios foi
elevado das esferas nacionais para os debates internacionais como já
mencionado antes (ZANIRATO; RIBEIRO, 2006).
9 Sociedade das Nações
17
4. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ
Convocado pelo Comitê Internacional de Cooperação Intelectual, e
organizado pelo Escritório Internacional de Museus da Sociedade das
Nações10, a Conferência Internacional de Atenas ocorreu em Outubro de 1931
e foi a primeira conferência internacional formalizada de ampla participação das
nações a tratar da proteção dos patrimônios. A conferência nasceu no berço de
um órgão recomendatório da Sociedade das Nações e para tanto carregava
consigo o mesmo caráter de orientação. O objetivo da convocação da
conferência era potencializar as relações culturais entre os países assim como
debater as questões referentes aos patrimônios (CARTA DE ATENAS, 1999).
Nesse sentido, a Conferência de Atenas não foi a primeira a tratar sobre
o debate internacional de proteção patrimonial. Houveram tentativas anteriores,
tais como o Congresso Internacional sobre a Proteção de Obras de Arte e dos
Monumentos (realizado em 1889). Foi um evento relevante para que houvesse
intercâmbio de dados e para a constatação do estado em que se encontrava a
proteção dos patrimônios em vários países.
Nesse congresso, uma atenção especial foi dada a lei francesa de 1887,
que concedia poder ao Ministro da Educação de expropriar algum patrimônio
que pertencesse a um particular, em favor do Estado, caso o mesmo estivesse
em perigo. Foram debatidas as questões concernentes à restauração, pois
muitas das restaurações acabavam alterando o aspecto original das obras. Os
participantes discutiram questões principalmente no que dizia respeito aos
procedimentos que os restauradores deveriam adotar (convencionou-se que
era necessário apresentar um relatório detalhado sobre as obras antes e
depois da restauração, e que uma comissão ficaria responsável por avaliar o
trabalho feito). Foram ainda abordados temas como a preservação do entorno
dos monumentos públicos e a proteção dos monumentos em tempos de
guerra. Foi recomendado então a criação de uma convenção internacional e
que, para cada país, uma comissão designasse edifícios a serem protegidos
10 O Escritório foi criado, em 1926, pela a Comissão Internacional de Cooperação Intelectual, da
Sociedade das Nações e é fruto de um reconhecimento, por parte da comunidade internacional, da
relevância dos museus em atividades de cooperação internacional, também objetivando maior
conhecimento recíproco que auxiliasse na manutenção da paz, segundo Beatriz Mugayar Kühl, Docente
da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (LIGA DAS NAÇÕES, 2018).
18
em casos de conflito. Esse congresso foi relevante para o intercâmbio entre
países e palco de ensaio para reuniões posteriores, como a de Atenas.
5. POSICIONAMENTO DOS PRINCIPAIS ATORES
Abaixo encontra-se a posição dos principais atores envolvidos na
Conferência Internacional de Atenas (1931). É importante que os senhores se
atentem a essas questões, uma vez que diz respeito ao posicionamento de sua
delegação e de possíveis aliados.
5.1 República Francesa: Sendo o primeiro Estado a institucionalizar decretos jurídicos de defesa
do patrimônio histórico e cultural, a França tem sido vanguardista nos
debates concernentes às questões envolvendo monumentos. Com a
aprovação de leis objetivando a salvaguarda dos patrimônios, o governo
francês foi um dos primeiros países do mundo a estabelecer bases
jurídicas de expropriação de um bem particular, para que o mesmo
ficasse sob tutela do Estado, caso fosse ameaçado de dano severo ou
destruição por parte de seu portador. Para tanto, a França é a grande
articuladora nessa área temática, pois além de possuir maior experiência
com o tema, seu conjunto total de patrimônios é de porte elevado. Por
fim, é válido ressaltar que sua atuação gira em torno da manutenção da
paz junto a Sociedade das Nações, mas em uma posição de vitoriosa
tendo em visto o fim da Primeira Grande Guerra.
5.2 Reino de Itália: Considerada por muitos como herdeira das tradições da civilização
greco-romana, o Reino da Itália desempenha função primordial, pois
detém uma extensa lista de patrimônios que possuem cunho religioso,
cultural e histórico de grande valor para toda a Europa. Após seu
processo de unificação e sofrendo com as consequências da Primeira
Grande Guerra, é necessário o engajamento da Itália nas discussões
para que possa se concretizar planos de proteção do já mencionado
acervo italiano. É importante também levar em conta a recente situação
19
de concordância entre o Reino da Itália e a Igreja Católica, evidenciado
através do Tratado de Latrão11.
5.3 República Helênica: A Grécia foi pioneira no pensamento filosófico e desenvolveu
importantes bases nas ciências, na literatura, na arquitetura e nas artes
em geral O país também tem uma admirável habilidade de proteção e
manutenção de seus patrimônios. Mudou recentemente de regime
político e abandonou a monarquia constitucional. Agora precisa se
estabelecer como um regime estável, dando atenção à criação de um
sentimento de pertencimento e nacionalismo no âmbito interno, mas
também se afirmando em questões internacionais.
5.4 República Espanhola: Assim como a Grécia, a Espanha acaba de passar por uma troca de
regime. Nas eleições municipais foi rejeitada a volta da monarquia e se
instaurou a Segunda República Espanhola. A delegação deve agora
buscar projeção internacional de seu novo governo e se atentar à
defesa de seu acervo patrimonial.
5.5 Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte: Considerado como uma das nações vencedoras da Primeira Guerra
Mundial, o Reino Unido é uma liderança sobrevivente ao conflito na
Europa e tem agora um papel de atuação extremamente forte nos
comitês e debates que dizem respeito ao continente europeu. Sua
atuação é de proporcionar o melhor fluxo de informações possíveis para
que seja evitado um novo conflito.
11 O Tratado de Latrão foi um acordo firmado entre o Reino da Itália e a Santa Sé que reconheceu a
formação da Cidade Estado do Vaticano e colocou fim a Questão Romana. A Questão Romana por sua
vez foi a disputa de territórios entre o governo italiano e o papa, já que boa parte da Itália atual pertencia
aos chamados Estados Papais (PORTILHO,2011).
20
6. QUESTÕES RELEVANTES NA DISCUSSÃO
1. Qual a definição de patrimônio? E de Monumento?
2. Existe distinção dentre os patrimônios?
3. Como deve ser administrada a internacionalização dos patrimônios?
4. A propriedade do patrimônio é pública ou particular? Nacional ou
Internacional?
5. A propriedade do patrimônio pertence à sua cultura de origem ou o local
atual em que se encontra?
6. Caso não haja o devido cuidado com determinadas obras, quem são os
responsáveis por tomar as atitudes necessárias para que o patrimônio
seja salvaguardado?
7. Como fica a situação de patrimônios que os países não possuem
condições para mantê-los?
8. Qual a ação dos Estados para por fim no comércio ilegal e no mercado
negro de obras de arte?
9. No embate entre manter as especificidades e autenticidade de cada
patrimônio ou restaura-lo buscando prevenir sua destruição, qual deve
prevalecer?
10. Quais são as melhores maneiras de catalogar e registrar os
patrimônios? Um órgão central ou cada Estado deve o fazer
individualmente?
11. Qual foram os impactos causados pela Primeira Grande Guerra aos
monumentos? E no caso de haver ou guerra, de que forma agir?
21
7. TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES
A tabela a seguir se refere ao nível de demanda por participação das
delegações do comitê, em sendo organizada numa escala de 1 a 3. A
classificação não representa o nível de dificuldade ou importância, mas o quão
solicitada cada delegação será durante as discussões propostas no comitê.
LEGENDA:
– Representações pontualmente demandadas a tomar parte nas
discussões.
– Representações mediamente demandadas a tomar parte nas
discussões.
– Representações frequentemente demandadas a tomar parte nas
discussões.
República Francesa
Reino de Itália
República Helênica
República Espanhola
Reino da Noruega
Reino Unido da Grã-Bretanha e
Irlanda do Norte
Reino da Bélgica
Estado da Cidade do Vaticano
Reino da Suécia
República Portuguesa
República da Áustria
República Polonesa
22
Reino da Romênia
Grão-Ducado do Luxemburgo
Reino dos Países Baixos
Reino da Iugoslávia
República da Turquia
Reino da Hungria
Índias Orientais Neerlandesas
Reino do Egito
Canadá
Império Alemão
Índias Britânicas
Estado Livre Irlandês
União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas
República Soviética da China
Império do Japão
Estados Unidos Mexicanos
República Argentina
Estados Unidos do Brasil
Estados Unidos da Venezuela
23
8. REFERÊNCIAS
BROERS, Michael. Cultural imperialism in a European context? Political culture and cultural politics in Napoleonic Italy. Past & Present, n. 170, p. 152-180, 2001. VAINFAS, Ronaldo; FARIA, Sheila de Castro; FERREIRA, Jorge; SANTOS, Georgina dos. História: volume único. 2010. Editora Saraiva. WOOLF, Stuart. French civilization and ethnicity in the Napoleonic Empire. Past & Present, n. 124, p. 96-120, 1989. ABREU, Regina. Quando o campo é o patrimônio: notas sobre a participação de antropólogos nas questões do patrimônio. Sociedade e Cultura, v. 8, n. 2, 2005. Disponível em: < http://www.redalyc.org/html/703/70380203/> Acesso em: 19 de Fevereiro de 2018. BAKOS, Margaret Marchiori. Hieroglifos: historia e principios básicos. III jornada de estudos do Oriente Antigo: línguas, escritas e imaginários, p. 73. 2006. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=Ajl9rsTOU2gC&oi=fnd&pg=PA73&dq=Hier%C3%B3glifos+Eg%C3%ADpcios:+um+Curso+de+Introdu%C3%A7%C3%A3o+%C3%A0+Leitura+e+Decifra%C3%A7%C3%A3o+de+Textos+do+Antigo+Egito&ots=sMMHH2g6Eh&sig=2aXN4A5ilRMs2M8WgMazov_nN5I#v=onepage&q&f=false> Acesso em: 08 de Abril de 2018. BURNETT, Edward. Primitive Culture: Researches Into the Development of Mythology, Philosophy, Religion, Art, and Custom. Londres, Volume I. 1920. Disponível em: < https://archive.org/details/primitiveculture01tylouoft> Acesso em: 01 de Novembro de 2017. CARLAN, Claudio Umpierre; FUNARI, Pedro Paulo A. Patrimônio e colecionismo: algumas considerações. Revista Magistro, v. 1, n. 1, 2010. Disponível em: <http://publicacoes.unigranrio.com.br/index.php/magistro/article/view/1056/619> Acesso em: 04 de Novembro de 2017. Carta de Atenas. Cadernos de Sociomuseologia, v. 15, n. 15, 1999. Disponível em:< http://www.patrimoniocultural.gov.pt/media/uploads/cc/CartadeAtenas.pdf> Acesso em: 04 de Novembro de 2017. CHANDLER, David G. The campaigns of Napoleon. Simon and Schuster, 2009. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=hNYWXeVcbkMC&oi=fnd&pg=PR14&dq=The+Campaigns+of+Napoleon&ots=Qhcw71-2hp&sig=iraWcNnVuL4JfBDPQzZo-9W-9Eg#v=onepage&q=The%20Campaigns%20of%20Napoleon&f=false> Acesso em: 09 de Abril de 2018.
24
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. Unesp, 2001. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=Im-D_mGVBTEC&oi=fnd&pg=PA11&dq=a+alegoria+do+patrimonio&ots=80Onr8FtGM&sig=5fcp-GRgje_fs63sPYa3nljHRoU#v=onepage&q=a%20alegoria%20do%20patrimonio&f=false> Acesso em: 19 de Outubro de 2017. DA SILVA FERNANDES, Cássio. Aby Warburg entre a arte florentina do retrato e um retrato de Florença na época de Lorenzo de Medici. História: Questões & Debates, v. 41, n. 2, 2004. Disponível em: < http://seer.ufms.br/ojs/index.php/intm/article/viewFile/2687/2030> Acesso em: 23 de Janeiro de 2018. DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. História oral e narrativa: tempo, memória e identidades. Historia oral, v. 6, p. 9-25, 2003. Disponível em: < https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/819734/mod_resource/content/1/DELGADO,%20Lucilia%20%E2%80%93%20Hist%C3%B3ria%20oral%20e%20narrativa.pdf> Acesso em: 19 de Outubro de 2017. DUARTE JR, João Francisco. Por que arte-educação?. Papirus Editora, 1988. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=F9jTIVBsNWQC&oi=fnd&pg=PA9&dq=a+vida+do+homem+das+cavernas&ots=IRfCx68YUz&sig=aradCPlLkyXFuFWn89wWUpoN6Lg#v=onepage&q=a%20vida%20do%20homem%20das%20cavernas&f=false> Acesso em: 08 de Abril de 2018. FERNANDES, Adília. A grande guerra 1914 1918 na imprensa regional. O caso do distrito de bragança. 2010. Disponivel em: <http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/14708.pdf> Acesso em: 05 de Novembro de 2017. FLORENZANO, Modesto. República (na segunda metade do século XVIII–história) e Republicanismo (na segunda metade do século XX–historiografia). Culturas políticas: ensaios de história cultural, história política e ensino de história. Rio de Janeiro: MAUAD, 2005. Disponível em: < http://historia.fflch.usp.br/sites/historia.fflch.usp.br/files/Republica%20e%20republicanismo.pdf> Acesso em: 19 de Fevereiro de 2018. FUNARI, Pedro Paulo. Patrimônio histórico e cultural. Zahar, 2006. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=KwzuLPDH_DoC&oi=fnd&pg=PA7&dq=revolu%C3%A7%C3%A3o+francesa+e+patrimonio+historico&ots=QKMXR7k0Wg&sig=iQAKRqdY_oAWzyM_dlTN2Zyk_Zw#v=onepage&q&f=false> Acesso em: 01 de Novembro de 2017. FUZZI, Ludmila Pena. Revolução Francesa x Patrimônio. Patrimônio Cultural. 2010. Disponível em: < http://profludfuzzipatrimonio.blogspot.com.br/2010/04/revolucao-francesa-x-patrimonio.html> Acesso em: 01 de Novembro de 2017.
25
HOBSBAWN, Eric. Nação e nacionalismo desde 1870. 2002. Disponivel em: < https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/hobsbawmeric-nac3a7c3b5es-e-nacionalismo-desde-1780.pdf> Acesso em: 04 de Novembro de 2017. LANARI, Raul Amaro de Oliveira. Um combate em dois fronts. 2014. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2237-101X2014000100354&script=sci_arttext&tlng=pt> Acesso em: 19 de Fevereiro de 2018. LE GOFF, Jacques. MEMÓRIA. História e memória. 2017. Disponível em: < http://ftp.editora.ufrn.br/bitstream/123456789/863/1/MEM%C3%93RIA.%20Hist%C3%B3ria%20e%20mem%C3%B3ria.%20LE%20GOFF%2C%20Jacques.%202008.pdf> Acesso em: 20 de Maio de 2018. LIGA DAS NAÇÕES. The Covenant of the League of Nations. Genebra: Liga das Nações Unidas, 1919. Disponível em: <http://avalon.law.yale.edu/20th_century/leagcov.asp> Acesso em: 8 de Janeiro 2018. MAGALHÃES, Marcos Pereira; GOELDI, PESQUISADOR DO MUSEU PARAENSE EMÍLIO. O Homem das cavernas de Carajás. Carajás: geologia e ocupação humana. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, p. 91-126, 2006. Disponível em: <http://static.recantodasletras.com.br/arquivos/1631453.pdf> Acesso em: 08 de Abril de 2018. MERRYMAN, John Henry. Two Ways of Thinking About Cultural Property. The America Journal of International Law. V. 80, n. 4, pp. 831-853, 1986. Disponível em: <http://www.yorku.ca/kdenning/+++3130%2020078/Merryman%20Two%20Ways%20of%20Thinking.pdf>> Acesso em: 18 maio de 2018. MOMIGLIANO, Arnaldo. História antiga e o antiquário. Anos 90, v. 21, n. 39, 2014. Disponível em:< https://search.proquest.com/openview/142f303846bb66e7dbdb4db577ed60a9/1?pq-origsite=gscholar&cbl=2040945> Acesso em: 08 de Abril de 2017. MURGUIA, Eduardo Ismael; YASSUDA, Silvia Nathaly. Patrimônio histórico-cultural: critérios para tombamento de bibliotecas pelo IPHAN. Perspectivas em ciência da informação, v. 12, n. 3, p. 65-82, 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/pci/v12n3/a06v12n3> Acesso em: 01 de Novembro de 2017. PELEGRINI, Sandra CA. Cultura e natureza: os desafios das práticas preservacionistas na esfera do patrimônio cultural e ambiental. Revista brasileira de história, v. 26, n. 51, p. 115-140, 2006. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01882006000100007&script=sci_arttext> Acesso em: 01 de Novembro de 2017.
26
PEREIRA, Gaspar Martins; ALVES, Jorge Fernandes; ALVES, Luís Alberto; MEIRELES, Maria Conceição. A Grande Guerra (1914-1918): Problemáticas e Representações. CITCEM. 2010. Disponível em: < http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/14682.pdf> Acesso em: 05 de Novembro de 2017. PORTILHO, Ana Cláudia. O ator santa sé na política internacional moderna. Proceedings of the 3rd ENABRI 2011 3 Encontro Nacional ABRI 2001, 2011. Disponível em: < http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000122011000100013&script=sci_arttext&tlng=pt> Acesso em: 08 de Abril de 2018. RESENDE, José Armando Zema de. A cooperação intelectual internacional da Sociedade das Nações e o Brasil (1922-1938): dinâmicas de um processo. 2013. Disponível em:< http://repositorio.unb.br/handle/10482/14343> Acesso em: 01 de Novembro de 2017. RIDLEY, Ronald T. The eagle and the spade: archaeology in Rome during the Napoleonic Era. Cambridge University Press, 1992. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=6CU9AAAAIAAJ&oi=fnd&pg=PR13&dq=The+eagle+and+the+spade:+archaeology+in+Rome+during+the+Napoleonic+Era&ots=lwcEJsDX_H&sig=UNVRlegR8cOC4pJekLoTPBfSOWs#v=onepage&q=The%20eagle%20and%20the%20spade%3A%20archaeology%20in%20Rome%20during%20the%20Napoleonic%20Era&f=false> Acesso em: 10 de Maio de 2018. SOUZA, Letícia Pumar Alves de. Por uma ciência universal: a atuação de intelectuais brasileiros no projeto de cooperação intelectual da Liga das Nações (décadas de 1920 a 1940). Simpósio Nacional de História-Anpuh, v. 26, p. 1-15, 2011. Disponível em: < http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300803039_ARQUIVO_TextoANPUH-2011.pdf> Acesso em: 04 de Novembro de 2017. VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa e seu eco. Estudos Avançados, v. 3, n. 6, p. 25-45, 1989. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141989000200003&script=sci_arttext> Acesso em: 10 de Fevereiro de 2018. ZANIRATO, Silvia Helena; RIBEIRO, Wagner Costa. Patrimônio cultural: a percepção da natureza como um bem não renovável. Revista Brasileira de História, v. 26, n. 51, p. 251-262, 2006. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01882006000100012&script=sci_arttext> Acesso em: 23 de Outubro de 2017.