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PREFEITURA MUNICIPAL DE CARAZINHO-RS SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, URBANISMO E OBRAS PÚBLICAS
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E ENGENHARIA
SISTEMA ALTERNATIVO DE TRATAMENTO DE
ESGOTO – Tanque séptico e Filtro Anaeróbio com
fluxo ascendente – EMEI Princesinha
Carazinho, RS, 30 de junho de 2014.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CARAZINHO-RS SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, URBANISMO E OBRAS PÚBLICAS
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E ENGENHARIA
APRESENTAÇÃO
OBRA: Tanque Séptico – Escola Municipal de Educação Infantil
Princesinha
LOCAL: Rua Miguel Albuquerque Barros, nº 21 – Bairro Princesa
MUNICÍPIO: Carazinho – RS
Atualmente na Escola Municipal de Educação Infantil Princesinha,
localizada no Bairro Princesa estão matriculados 184 alunos, e o sumidouro
que recebe a contribuição da escola está apresentando problemas de
entupimento e vazamento, o que produz mau cheiro nas proximidades da
Escola.
Como solução será proposto a construção de um tanque séptico para
atender a esta demanda, seguindo os critérios de dimensionamento e
construção estabelecidos na NBR 7229 – Projeto, construção e operação
de sistemas de tanques sépticos e da NBR 13969 – Tanques Sépticos –
Unidades de tratamento Complementar e disposição final dos efluentes
líquidos – Projeto Construção e operação.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
a. Tanque Séptico
Número de Pessoas atendidas:
Alunos 182
Funcionários 14
Professores 7
Monitores 1
TOTAL 204
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Contribuição Diária de Esgoto e Lodo fresco por tipo de prédio e
ocupante – Tabela 01 da NBR 7229/1993
Ocupante Prédio
Contribuição
de esgotos -
C
Lodo
Fresco
- Lf
Tenporário Escolas(externatos) e locais de longa
permanência 50 L 0,2 L
Carga diária de esgoto
Carga diária = Número de pessoas x Contribuição diária em Litro/pessoa
x dia
Carga diária = 204 pessoas x 50L/pessoa.dia = 10.200 Litros
Período de Detenção dos despejos, por faixa de distribuição diária –
Tabela 02 – NBR 7229/1993
Contribuição diária
(L)
Tempo de
detenção
(dias)
Tempo de
detenção
(horas)
Mais que 9000 0,5 12
Taxa de acumulação total de lodo(K), em dias, por intervalo entre
limpezas e temperatura do mês mais frio – Tabela 03 – NBR 7229/1993:
Intervalo
entre limpezas
(anos)
Valores de K por faixa de temperatura ambiente (t),
em °C
10 ≤ t ≤ 20
1 ano 65
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Dimensionamento do tanque séptico:
V = 1000 + N.(C.T + K.Lf)
V = 1000 + 204.(50.0,5 + 65.0,2)
V = 8752 L
Critérios segundo a NBR 7229/1993:
Profundidade Mínima = 1,5m;
Profundidade Máxima = 2,5m;
Diâmetro mínimo = 1,1m
Largura Mínima = 0,8m
Relação comprimento/largura mínima =
2:1
Relação comprimento/largura máxima =
4:1
Tanque Cilíndrico:
Altura adotada = 1,8m > 1,5m e < 2,5m - OK
Diâmetro = 2,5m >1,1m - OK
Tanque Prismático:
Altura Adotada = 1,8m > 1,5m e < 2,5m - OK
Comprimento Adotado = 1,5m > 0,8m - OK
Largura Adotada = 3,4m > 0,8m – OK e
largura/comprimento >2:1 e <4:1 – OK
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DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E ENGENHARIA
b. Filtro Anaeróbio
Número de Pessoas atendidas:
Alunos 182
Funcionários 14
Professores 7
Monitores 1
TOTAL 204
Contribuição Diária de despejos por tipo de prédio e ocupantes – Tabela
03 – NBR 13969/1997
Ocupante Prédio
Contribuição
de esgotos -
C
Lodo
Fresco
- Lf
Tenporário Escolas(externatos) e locais de longa
permanência 50 L 0,2 L
Carga diária de esgoto
Carga diária = Número de pessoas x Contribuição diária em Litro/pessoa
x dia
Carga diária = 204 pessoas x 50L/pessoa.dia = 10.200 Litros
Tempo de detenção hidráulica de esgotos (T), por faixa de vazão e
temperatura do esgoto (em dias) – Tabela 01 – NBR 13969/1997
Vazão – L/dia Tempo de dentenção
Temperatura abaixo de 15°C
Acima de 9000 0,75 dias
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Volume útil
Vu = 1,6.N.C.T
Vu = 1,6 . 204 . 50 . 0,75
Vu = 12240L
Critérios segundo a NBR 13969/1997:
Profundidade Máxima = 1,2m;
Altura Maxima Filtro de brita = 0,6m
Tanque Cilíndrico
Altura Adotada = 1,2m
Área = 12,240m³ / 1,2m = 10,2m²
Diâmetro = √(A.4/3,1415) = 3,6m
Tanque prismático
Altura adotada = 1,2m
Área = 12,240m³ / 1,2m = 10,2m²
Largura adotada = 1,5m
Comprimento adotado = 6,8m
MEMORIAL DESCRITIVO
3.1. Generalidades
A finalidade deste Memorial é de estabelecer normas e especificações
técnicas mínimas necessárias sobre os materiais e os serviços a serem
utilizados na execução do sistema de tratamento de esgoto alternativo que
deverão ser rigorosamente observados durante a execução do mesmo, junto à
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Escola Municipal de Educação Infantil Princesinha, situado no endereço
inicialmente citado.
Os serviços deverão ser executados de acordo com a boa técnica e sob
supervisão de responsável técnico. Os materiais a serem utilizados deverão ser
de boa qualidade e de acordo com os padrões mínimos de exigências das
normas técnicas existentes.
A obra deverá ser executada em obediência ao projeto e especificações
das instalações sanitárias apresentado, seguindo as dimensões definidas em
planta baixa e detalhes construtivos do projeto hidrossanitário, interligando a
rede, após o tratamento, na rede pluvial existente, localizada na rua Assis
Brasil.
A limpeza da fossa deve ser efetuada anualmente, garantindo assim um
bom funcionamento do sistema como um todo.
3.2. Especificações
A colocação de materiais e/ou instalação de aparelhos deverão seguir o
projeto anexo, as indicações e procedimentos recomendados pelos fabricantes
dos equipamentos e as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas
técnicas.
As obras a serem executadas serão especificamente de:
Localização: dos sumidouros ou poços negros existentes, da rede de
tubulação de esgoto existente, das caixas de gordura existentes e caixas
de inspeção de esgoto doméstico;
Abertura, esgotamento e desativação adequada, com aterramento com
solo limpo, e posterior compactação do aterro do sumidouro existente;
Abertura de valas e instalação de nova rede de tubulações de esgoto do
prédio existente até os equipamentos de tratamento de esgoto;
Abertura e instalação dos equipamentos caixas de inspeção, fossa
séptica e filtro anaeróbio;
Instalação dos equipamentos;
Construção das alvenarias das caixas de inspeção;
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Aterramento das tubulações, de modo adequado, para os trechos das
tubulações novas instaladas e para o trecho das tubulações existentes
que não serão desativadas;
Repavimentação adequada dos locais alterados;
Sinalização do local e modos de segurança para evitar acidentes no local
durante a obra, visto que provavelmente as obras serão executadas
simultaneamente ao período de funcionamento da creche;
Abertura de acesso para máquinas e equipamentos, de modo que não
comprometa o trânsito nas ruas adjacentes ao terreno e nem o acesso
de alunos e funcionários à creche;
Limpeza do local durante a obra;
Limpeza no fim da obra, com destinação adequada dos resíduos gerados
3.3. Serviços iniciais
Primeiramente será realizada a locação da obra e do sumidouro
existente, das tubulações existentes e dos demais equipamentos que serão
alterados, preservados ou desativados. O local de trabalho da obra deve estar
limpo, caso não esteja deverá ser realizada a limpeza do local assim como
providenciada a destinação adequada dos resíduos.
O canteiro de obras deverá estar delimitado, com sinalizações e
instrumentos adequados, de forma a proibir o tráfego de veículos e a
circulação de pessoas não autorizadas no local.
3.4. MOVIMENTAÇÃO DE TERRA
3.4.1. Escavação do solo
Os serviços de escavação serão realizados com retroescavadeira, que
fará a retirada do material na área onde será instalado o tanque séptico e o
filtro anaeróbio, assim como as valas de intalação das tubulações e caixas de
inspeção. O volume a ser removido será equivalente ao volume do tanque
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acrescido de 20% de modo a facilitar a instalação do mesmo, as dimensões a
serem obedecidas estão indicadas no prjeto anexo.
A escavação deve seguir as cotas dos equipamentos definidos em
projeto e das tubulações já existentes, apresentando ainda o fundo em nível e
aptos a receberem as tubulações novas a serem assentadas com o caimento
mínimo de 2%, devendo estas apresentar largura máxima de 2 vezes o
diâmetro do cano, o que corresponderá a aproximadamente 30 cm. As
tubulações devem ser assentadas em solo compactado, de modo que cada
tubo seja perfeitamente acomodado na base, sem ocorrência de vazios entre o
cano e a base.
As escavações para instalação das caixas de gordura e das caixas de
inspeção deverão corresponder ao tamanho das caixas, conforme o projeto em
anexo, podendo no ter no máximo 0,50 m a mais para cada lado de caixa
construída.
3.4.2. Aterramento do sumidouro existente e dos novos
equipamentos instalados
O aterramento do sumidouro existente deverá ser de solo limpo, sem
pedras ou pedregulhos e livre de matéria orgânica. Para melhor compactação
do solo e evitar desnivelamentos.
A terra a ser empregada no reaterro e aterro das valas das tubulações,
vala dos tanques e vala de cobertura do novo sumidouro/vala, deverá ser
limpa, livre de matéria orgânica e de torrões. E principalmente não pode
possuir materiais cortantes e nem pedras e pedregulhos.
A compactação deve ser apropriada, principalmente onde serão
instalados os equipamentos de maior fragilidade, como tubulações e os
tanques.
As tubulações de PVC deverão ser inseridas no solo à profundidade
mínima de 60 cm, quando instaladas em área de tráfego de veículos, e de
40 cm nas demais áreas.
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Todas as tubulações enterradas deverão ser assentes em leito de areia
com espessura mínima de 10 cm, e recobertas com 20 cm de areia. O restante
das valas poderá ser preenchido com solo natural, não orgânico, destorroado e
compactado.
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3.4.3. Lastro de Brita
No fundo da vala escavada, antes de assentar o fundo de concreto
armado, deverá ser feito um lastro de brita de modo a melhor acomodar o
fundo do tanque e do filtro a serem executados em concreto, abrangendo uma
área de 17m², com 5cm de espessura.
3.5. CAIXAS DE INSPEÇÃO
Seão quadradas e seguirão as dimensões indicadas em projeto.
O revestimento das paredes serão feito com reboco impermeável.
A altura da alvenaria deverá satisfazer a necessidade do caimento dos
trechos de tubulação, sobrando no mínimo 10cm acima do nível do solo para
cada parede de cada caixa.
A base da caixa será de concreto, correspondendo à 5cm de altura,
estando assente sobre lastro de brita. A alvenaria deverá ser executada com
tijolos maciços, devendo toda a sua construção obedecer aos critérios
estabelecidos em norma, no que diz respeito aos materiais e as técnicas,
devendo esta também ser adequadamente impermeabilizada.
A tampa da caixa de inspeção deverá ser em concreto armado, com
alças metálicas que permitam a sua remoção.
Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema, devem ser
respeitadas no mínimo as seguintes condições:
a distância entre dois dispositivos de inspeção não deve ser
superior a 25,00 m;
a distância entre a ligação do coletor predial com o público e o
dispositivo de inspeção mais próximo não deve ser superior a
15,00 m; e
os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto
de bacias sanitárias, caixas de gordura e caixas sifonadas,
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medidos entre os mesmos e os dispositivos de inspeção, não
devem ser superiores a 10,00 m.
Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de tubulações
enterradas devem ser feitos mediante o emprego de caixas de inspeção ou
poços de visita.
As caixas de inspeção devem ter:
profundidade máxima de 1,00 m;
forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno
mínimo de 0,60 m, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar
formação de depósitos.
3.6. TUBULAÇÕES
As tubulações de esgoto deverão obedecer a declividade mínima de 2%,
devendo ser executadas conforme a prescrição das normas vigentes e
especificações do fabricante.
Em toda a rede serão utilizados tubos em PVC rígido soldável.
3.7. FOSSA SÉPTICA E FILTRO ANAERÓBIO
As paredes, o fundo e a tampa deverão ser executados em concreto
armado com resistência mínima de 20MPa com adição de aditivo
impermeabilizante, de modo que as paredes e o fundo sejam totalmente
estanques, tendo estas espessuras de 15cm, e a tampa de 5cm. Já o fundo
falso, apresentará 10cm de espessura, com furos de 2,5cm espaçados a cada
10cm nos dois sentidos.
O tanque séptico e o filtro anaeróbio terão dimensões conforme o
dimensionamento apresentado no memorial de cálculo e plantas anexas serão
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duas aberturas superiores para inspeção e limpeza no tanque séptico e quatro
no filtro anaeróbio, com tampas removíveis.
O esgotamento tanto do tanque séptico, quanto do filtro anaeróbio
deverá ser realizado a cada 12 meses.
3.8. SERVIÇOS FINAIS
Após a instalação da tubulação, do tanque séptico e do filtro anaeróbio,
será feito o reaterro com o mesmo material escavado, sendo este compactado
manualmente em camadas de no máximo 20cm.
3.9. TRANSPORTE DE MATERIAL ESCAVADO
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O material escavado que não for utilizado no reaterro assim como os
resíduos provenientes da limpeza inicial deverão ser removidos e depositados
em local adequado.
3.10. DISPOSIÇÃO FINAL
Após passar pelo processo de desinfecção, o esgoto será lançado na
rede de drenagem pluvial existente.
4. ORÇAMENTO
O orçamento Global detalhado por serviço será apresentado no anexo a
seguir.
5. CRONOGRAMA
O Cronograma de execução da Obra será apresentado no anexo a
seguir.
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Renato Süss
Prefeito
Sr. Roberto Klein
Secretário de Planejamento, Urbanismo e Obras Públicas
Eng.ª Leticia de Carvalho Somavila – CREA/RS: 191974