T E X T O , COMUNICACIÓN Y C U L T U R A E N LOS RÍOS PROFUNDOS D E

JOSÉ MARÍA A R G U E D A S

Cuando José María Arguedas publicó en 1958 su novela Los ríos profundos era considerado ya como el más importante narrador peruano de tema indígena. Agua (1938), Yawar fiesta (1941), y Diamantes y pedernales (1954) configura­ban una visión del mundo andino desde su interior, tanto porque Arguedas co­municaba la percepción cultural nativa como porque lo hacía desde su fecundo trabajo sobre las formas lingüísticas del quechua. A l mismo tiempo que una po­derosa denuncia de la situación social aborigen, esos libros eran un retrato tierno y a veces idílico, pero también convulsionado y a veces violento, de la vida peruana indígena que, hasta antes de José. María Arguedas, no había tenido un autor mayor que la reelaborara en el texto literario.

Pero con la aparición de Los ríos profundos José María Arguedas demostró que su importancia era otra, menos obvia: no sólo la de haber descubierto un mundo nativo sino también la de revelar una nueva literatura, que él iniciaba con esta novela, clausurando el viejo indigenismo de buena voluntad y comen­zando la moderna lectura de ese mundo discordante que resultaba ser el más nuestro, el más próximo y propio. Con esta novela el universo indígena peruano ingresa a la literatura universal por medio de un texto fundamental, cuya calidad literaria fue d<e inmediato reconocida. Pero, sobre todo, con esta novela ese mis­mo universo se convierte en el lenguaje ficticio de una verdad irrefutable, aquella de la imaginación lírica y la denuncia moral, de la percepción mítica y la opción poética.

Por los años de la aprición de Los ríos profundos la crítica peruana hablaba de una narrativa " u r b a n a " y otra " r u r a l " , división topográfica que cedía el pre­dominio a la primera, en relación simétrica a las estadísticas. Sin embargo, preci­samente una novela como la de Arguedas demuestra que esa fue una distinción trivial. L o cierto es que Los ríos profundos no es únicamente novela acerca del mundo andino y provinciano, sino reformulación radical de los modelos que han configurado nuestra percepción nacional. E n este sentido, es un texto literario que actúa también como un texto de cultura. Más específicamente se podría de­cir que el texto dramatiza un "programa de cultura" como una alternativa de ficción.

E n este trabajo propongo un análisis formal de esta novela en su organización textual y en su estructuración semántica de la comunicación. Creo posible demostrar que el texto genera un sistema de comunicación peculiar, y, al mismo tiempo, que este sistema dramático y desgarrado reformula el sentido del texto. Creo que sobre el debate de la comunicación se organiza peculiarmente el relato.

Parto de la crítica moderna sobre la comunicación en literatura, lo que me exime de presentar la genealogía del tema y las variantes del modelo lingüísti­co en la teoría. Me limito aquí a describir cómo el propio texto formaliza su sis­tema de comunicación y cómo confronta los modelos que distinguen a los ha-

N R F H , X X X I L O S RfOS P R O F U N D O S 45

blantes. Por eso entiendo comunicación a base del esquema de las funciones de Jakobson y del esquema de los actantes en Greimas; todo ello desde la perspecti­va semiótica de aprehender la cultura como el intercambio y el procesamiento de la información, esto es, como la disputa social por la información.

E L N A R R A D O R P L U R A L

Los ríos profundos1 h a merec ido seria atención crítica en varios de sus aspectos f u n d a m e n t a l e s 2 . P e r o res ta todavía p o r hacer u n a l e c t u r a de su s i s tema de c o m u n i c a c i ó n , q u e es f u n d a m e n t a l a l a m i s ­m a p r o d u c c i ó n d e l t e x t o y q u e , c o m o v e r e m o s , i n f o r m a también a l a indagac ión p o r e l sent ido q u e m u e v e su e s c r i t u r a . L a n a t u r a l e z a d e l c o n f l i c t o p u e d e ser e n t e n d i d a e n esta n o v e l a c o m o e l d r a m a de u n a c o m u n i c a c i ó n , en p r i m e r lugar , e s t r a t i f i c a d a s o c i a l m e n t e ; y , e n segun­d o l u g a r , c o m o e l d r a m a d i s y u n t i v o de s istemas de c o m u n i c a r que s u ­p o n e n d i s t in tas series de transmisión, p r o c e s a m i e n t o y j e r a r q u i z a -c i ó n de l a in formac ión . P o r l o m i s m o , s o n m o d e l o s de p e r c e p c i ó n los q u e se d i s p u t a n en e l t e x t o e l e spac i o de l a c o m u n i c a c i ó n . O sea, se d i s p u t a n e l o r d e n de los h e c h o s , l a de f in ic ión de los hab lantes y e l l u g a r d e l su je to . E l d r a m a de l a c o m u n i c a c i ó n es l a f o r m a desgarrada de l a e x i s t e n c i a s o c i a l m i s m a : s o n m o d e l o s c u l t u r a l e s en c o n f l i c t o l os que generan este re la to d e l p a p e l de l os h a b l a n t e s . P r e c i s a m e n t e , Los ríos profundos p u e d e ser l e í d o , e n esta p e r s p e c t i v a , c o m o u n t e x t o de c u l t u r a 3 c u y a semios is , c u y a p r o d u c c i ó n de s e n t i d o , r equ ie re redé­f i n i r l a func ión de los actores de l a c o m u n i c a c i ó n 4 .

Narración y lectura: voces y funciones

E l " t e x t o s o c i a l " ( los c o n f l i c t o s é tn icos y de clase) y e l " t e x t o de c u l t u r a " ( los c o n f l i c t o s de l a i n f o r m a c i ó n ) 5 , se fundirán e n e l " t e x t o

JOSÉ M A R Í A A R G U E D A S , LOS ríos profundos, Buenos Aires, Losada, 1958. Cito por la cuarta edición en la Biblioteca Clásica y Contemporánea de esa editorial. Las páginas se dan en el texto.

2 Véanse especialmente los trabajos de Sara Castro-Klarén, Antonio Cornejo Polar (Los universos narrativos de José María Arguedas, Buenos Aires, 1976) y William Rowe (Mito e ideología en la obra de José María Arguedas, Lima, 1979). Una bibliografía de W. Rowe puede consultarse en el número especial de la Revista Peruana de Cultura, 1970, núms. 13/14 dedicado a Arguedas. Un estudio de la estrategia narrativa ha sido adelantado por

S A R A C A S T R O - K L A R E ' N en el capítulo " U n mundo cerrado" de su libro El mundo mági­co de José María Arguedas, Lima, 1973.

3 Véase B. A . U S P E N S K Y et al., "The semiotic study of cultures", en J A N V A N D E R E N G y M O J M I R G R Y G A R , Structure oftexts and semiotic of culture, The Hague, 1973.

4 Sobre semiótica de la cultura puede consultarse además École de Tartu, Travaux sur les systèmes des signes, Bruselas, 1976, y la edición de D A N I E L P. L U C I D , Soviet semio-tics, an anthology, Baltimore, 1977.

5 Sobre la noción de "texto" como práctica semiótica, véase J U L I A K R I S T E V A , El texto de la novela, Barcelona, 1974, así como su trabajo " L a productivité dite texte", Com­munication, 1968, núm. 11. Véase también J U R I L O T M A N , La structure du texte artisti­que, Paris, 1973 y W A L T E R D. M l G N O L O , Elementos para una teoría del texto literario,

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l i t e r a r i o " c o m o f o r m a dramática de l a a v e n t u r a i n f o r m a t i v a d e l suje ­t o . D e s d e l a p e r s p e c t i v a d e l a p r e n d i z a j e , de l a social ización n o m e n o s desgarradora , e l " r e l a t o " dará c u e n t a de l a exacerbac ión de l os c o n ­flictos; p o r q u e es l a s u b j e t i v i d a d de E r n e s t o , u n m u c h a c h o de c a t o r c e años , l a que p o n d r á a p r u e b a l a jerarquía y l a z o z o b r a de l os s i s temas . Y desde e l r e c u e n t o de estos p rocesos e l " d i s c u r s o " prolongará e l sen­t i d o d e l re la to a l e x t e r i o r i z a r e n u n t e x t o , a su vez e n c o n f l i c t o c o n su l ina je n a r r a t i v o , esta c o m p l e j a exp lorac i ón d e l sujeto y su a v e n t u r a c o n s t i t u t i v a 6 .

D e ahí que p a r a c o n t r o l a r las series de in formac ión d i s y u n t i v a y e n c o m p e t e n c i a , así c o m o p a r a re -escr ib i r e l re la to o r a l y t e m p o r a l c o n e l r e c u e n t o r e o r d e n a d o r que fija a l s e n t i d o c o m o lenguaje i n s c r i t o , e l N a r r a d o r de esta n o v e l a r e q u i e r a ser u n o y p l u r a l . E n e l espac io m a ­y o r d e l t e x t o , e l n a r r a d o r o c u p a e l presente de l a e s c r i t u r a : es e l " y o " d e l a u t o r , q u e establece y sitúa e l re la to c o n las e x t e r i o r i z a c i o n e s d e l r e c u e n t o y d e l b a l a n c e . E n u n segundo espac io i n c l u y e n t e , es e l " y o " tes t igo , que d a paso a l i n f o r m e , y c u y a func ión es a m p l i a r l o especí f i ­co c u l t u r a l e n las expans i ones d e l d i s curso y las prec i s i ones de l a de­n u n c i a . Y , e n f i n , e n l a d imens ión m i s m a d e l re la to es e l " y o " a c t o r , que s up on e a l n i ñ o p r o t a g o n i s t a y su a c t u a l i d a d a b i e r t a a l a c o n t e c i ­m i e n t o y su d r a m a t i c i d a d . S i e l p r i m e r n a r r a d o r r e s p o n d e p o r l a escr i ­t u r a de u n t e x t o , su a c t o de emis ión se c u m p l e c o m o l a enunc iac i ón ; y p r e s u p o n e en l a l e c t u r a u n a organización de sus mater ia les c o m o " n o v e d a d " , c o m o i n f o r m a c i ó n q u e requ ie re ser m e d i a d a , p r o c e s a d a y a f i r m a d a p o r l a a u t o r i d a d pro tagón i ca d e l lenguaje . S i e l segundo n a ­r r a d o r r e sponde p o r l a d i f e r e n c i a de u n a c u l t u r a , su p a p e l está en i l u s ­t rar esa enunciac ión c o m o " v e r d a d " . Y si e l t e r cero sos t iene , en c a m ­b i o , e l re la to c o m o e n u n c i a d o , qu i e re dec i r q u e su func ión se c u m p l e e n l a " f i c c i ó n " . A s í , este n a r r a d o r p l u r a l c o n s t r u y e u n a l e c t u r a siste­mát ica impl í c i ta : c o m o " a u t o r " r e m i t e a u n a d i f e r e n c i a , a l a c e r t i ­d u m b r e que re f iere e l " t e s t i g o " ; a m b o s c o i n f o r m a n u n " a c t o r " , c u y a l e c t u r a d i sc ierne e l p r o c e s o de aprend iza je (de in fo rmac ión ) que l o d i s t i n g u e 7 .

L a interacción de las voces narra t ivas es i n m e d i a t a , y has ta simultá­n e a , y a que e l t e x t o b u s c a in tegrar a los n a r r a d o r e s e n e l d i s c u r s o de su p r o p i o c o n f l i c t o . A l m i s m o t i e m p o , los t ipos de d i s c u r s o ( n o v e l a , i n f o r m e , biograf ía) actúan c o m o i n c l u s i o n e s ; y p u e d e n desplazarse

Barcelona, 1978. Una importante colección es la editada por C H A R L E S B O U A Z I S , Es sais de la théorie du texte, Paris, 1973

6 Sobre la distinción relato/discurso, véase G É R A R D G E N E T T E , "Discours du récit", en su Figures III, Paris, 1972. Una ilustrativa aplicación del modelo de Genette es la que hace C H R I S T I N E B R O O K E - R O S E en "Transgressions: A n essay-say on the novel novel novel " , en Contemporary literature, 19 (1978), 378-407.

7 Roland Barthes se refiere al acto comunicativo autor/lector en su estudio "Analyse textuelle de un conté de Edgard P o e " , en Sémiotique narrative et textuelle,éá. C. Chabrol, Paris, 1973, pp. 29-54; trad. esp. en Lingüística y literatura, ed. R. Prada Oropeza, Xalapa. México, 1978. Véase también M l C H E L C H A R L E S , Rhétorique de la lecture, Paris, 1977.

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de u n n a r r a d o r a o t r o . D e l m i s m o m o d o , l a l e c t u r a q u e los n a r r a d o r e s i m p l i c a n ( son , c l a r o , voces de u n m i s m o N a r r a d o r ) actúa c o m o l a c o n c i e n c i a más a m p l i a d e l t e x t o ; i n c l u y e a l m i s m o " y o a u t o r " q u i e n , s a b i a m e n t e , n o resuelve los c o n f l i c t o s , s i n o que se m o v i l i z a h a c i a su máscara de " a c t o r " (n iño ) para p o t e n c i a r l o s . E n f i n , l a " f u n c i ó n " es a q u í e l m o d o en q u e l a estrategia n a r r a t i v a s i g n i f i c a n a r r a d o r - l e c t o r . C i e r t a m e n t e , l a interacc ión es m a y o r : l a " b i o g r a f í a " , p o r e j e m p l o , s u ­p o n e u n a " v i d a d e l a c t o r " c o m o e s c r i t u r a ; y e l " d e s c u b r i m i e n t o ' ' u n a operac i ón d e l t e x t o p o r l a c u a l a l revelarse c o m o a u t o r ( adu l t o ) e l N a r r a d o r se entrega a l a suerte d e l c o n f l i c t o d e l a c t o r ( n i ñ o ) .

Ins i s to en esta p l u r a l i d a d sistemática d e l N a r r a d o r de Los ríos pro­fundos p o r q u e u n a p a r t e de l a cr í t i ca h a d i f u n d i d o l a i d e a de que A r -guedas fue p o c o m e n o s que u n e s c r i t o r " i n g e n u o " , y esta n o v e l a u n a * versión idílica y " r o u s s o n i a n a " de l a * natura leza 8 . L a verdad es más c o m p l e j a . También más i n t e r e s a n t e .

U n análisis más d e t a l l a d o de las operac i ones t e x t u a l e s d e l N a r r a d o r demostraría que en su p l u r a l i d a d r a d i c a s u c a p a c i d a d de c o n t r o l a r y d i s c e r n i r l a i n f o r m a c i ó n que está textuatizándose, transformándose e n d i s curso d e l r e l a t o . Y a en l a p r i m e r a página de l a n o v e l a v e m o s e l f u n c i o n a m i e n t o de esa p e r s p e c t i v a múlt ip le : E l " n a r r a d o r - t e s t i g o " l o es, e n p r i m e r t é r m i n o , de l a relación d e l l e c t o r y su t e x t o ; y , p o r e l l o , r equ iere a l e s c r ib i r e l t é rmino " c o l o n o s " i n t r o d u c i r u n a l l a m a d a a c l a ­r a t o r i a : " I n d i o s que p e r t e n e c e n a las h a c i e n d a s " . E s t a a c t i v i d a d de n o t a c i ó n dejará, e n l a m a y o r í a de los casos, e l m a r g e n d e l p i e de pági­n a y se introducirá en e l t e j i d o m i s m o d e l r e l a t o . L e e m o s ensegu ida : " E r a n p a r i e n t e s , y se o d i a b a n . S i n e m b a r g o , u n ex t raño p r o y e c t o c o n c i b i ó m i p a d r e , p e n s a n d o e n este h o m b r e . Y a u n q u e m e d i j o que viajábamos a A b a n c a y , nos d i r i g i m o s a l C u z c o , desde u n lejanísimo p u e b l o . Según m i p a d r e , í b a m o s de paso . Y o v ine a n h e l a n t e , p o r l legar a l a g r a n c i u d a d . Y conoc í a l V i e j o en u n a ocasión i n o l v i d a b l e " (7).

E l i n i c i o de este c a p í t u l o es, c o m o e l de o t r o s , u n a suerte de i n t r o ­d u c c i ó n . E l c ó d i g o re tór i co t i ene c o m o func i ón p r e d i s p o n e r y a ler tar l a r e cepc i ón d e l l e c t o r , y u n e s t u d i o de este c ó d i g o revelaría que e l t e x t o r e c o n o c e u n f i n o t raba jo estratégico de c o n t r o l de su i n f o r m a ­c i ó n a l a v i s t a de l a r e c e p c i ó n . P o r eso , estas i n t r o d u c c i o n e s ( c o m o a l i n i c i o d e l c a p í t u l o 6) r e q u i e r e n e l re l ieve de u n a de las tres voces n a ­rrat ivas y e l c o n c u r s o de las otras d o s . E n este c a s o , luego de l a n o t a ­c i ón q u e i n t r o d u c e e l " n a r r a d o r - t e s t i g o ' v e m o s q u e aparece e l " n a ­r r a d o r - a u t o r " desde e l r e c u e n t o : su t e x t o i n t r o d u c t o r i o es a l a vez u n a presentac ión d e l r e l a t o c o n s u m a d o y u n a de f in i c ión d e l carácter de l a acción ( " E r a n parientes , y se o d i a b a n " ) .

L o s t i e m p o s n a r r a t i v o s s o s t i e n e n l a fuente de l a in f o rmac ión desde

8 Algunos de los que han comentado esta novela sugieren que de ella se deduce una vi­sión irracionalista, es decir, una manipulación de mitos fabricados por el autor. Sin embar­go, la racionalidad del mito en el texto es evidente, como esperamos demostrarlo al final de este trabajo.

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las d i f erentes apar i c i ones d e l N a r r a d o r , l o q u e es también exp l í c i t o c u a n d o se t r a t a de prec i sar e l c o n t e x t o y su c o n s i g u i e n t e inclusión en e l r e l a t o . E n e l c a p í t u l o 4 , luego de l a i n t r o d u c c i ó n d e l " n a r r a d o r - t e s ­t i g o " sobre los h a c e n d a d o s , l e e m o s : " A b a n c a y está c e r c a d o p o r las t ierras de l a h a c i e n d a P a t i b a m b a . Y t o d o e l v a l l e , de sur a n o r t e , de u n a c i m a a l a o t r a , per tenece a las h a c i e n d a s " (44 ) . E l " n a r r a d o r - t e s t i ­g o " i n t r o d u c e a q u í e l t i e m p o presente p a r a f i jar l a n a t u r a l e z a d e l es­p a c i o ( c ó d i g o d e l lugar d u a l ) ; y p a r a p r o p i c i a r l a textual ización s i ­gu iente d e l espac io en e l t i e m p o n a r r a t i v o h i s tór i co : " E l p a r q u e de P a t i b a m b a estaba m e j o r c u i d a d o y era más grande q u e l a P l a z a de A r ­mas de A b a n c a y . . . L a casa tenía arquería b l a n c a . . . E n u n a e s q u i n a de l a h u e r t a había u n a pa jarera a l t a . . . L a j a u l a tenía var ios p i sos . . E s t a enumerac ión reve la l a a m p l i a m i r a d a d e l ' ' n a r r a d o r - a u t o r ' ' , c u y o r e c u e n t o i n c l u y e a l " a c t o r " , su m i r a d a r e c o n s t r u i d a e n e l t i e m p o p l u ­r a l y v i r t u a l q u e los l i g a . " Y o f u i m u c h a s veces a m i r a r desde l a r e j a " , sigue i n f o r m á n d o n o s este r e c u e n t o ; y " s ó l o u n a vez escuché desde ese s i t i o l a v o z de u n p i a n o " . V e m o s que e l " a u t o r " d i s c i e rne e n e l " a c t o r " u n a o c u r r e n c i a ; l a c u a l , de i n m e d i a t o , se a c t u a l i z a : " a l g u i e n t o c a b a " . E l " a c t o r " o c u p a enseguida e l t e x t o ; y e l espac io i n t e n s i f i c a su convers ión e n r e l a t o : " A p o c a d i s t a n c i a de l a casa -hac ienda e l ca­l le jón y a estaba c u b i e r t o de b a g a z o " , d o n d e e l a d v e r b i o t e m p o r a l a n u n c i a e l presente i n m e d i a t o . E n e f e c t o , e l r e l a t o se i m p o n e ( " E l s o l arde sobre l a m i e l s e c a " , 45 ) e n e l presente q u e r e c o b r a a i " a c t o r " . L a interacc ión n o es, s i n e m b a r g o , d e d u c t i v a : es simultánea; u n a o c u ­r r e n c i a , u n m o v i m i e n t o a l t e r n o q u e a n u n c i a , p o r c i e r t o , e l d r a m a d e l sujeto e n l a e s c r i t u r a 9 . V o l v e r e m o s sobre esto .

Paradigmas de la comunicación

L a re lac ión p o l a r entre V i e j o / v i a j e ( cap í tu lo 1: " E l V i e j o " , cap . 2 : " L o s v i a j e s " ) , que i n i c i a l a acc ión de l a n o v e l a , señala e l o r i g e n d e l c o n f l i c t o e n u n t e x t o que buscará rehacer e l s e n t i d o m i s m o de l a co ­municac i ón . E s t a d u a l i d a d a n u n c i a e l c ó d i g o de l a a m b i v a l e n c i a , que p o l a r i z a h a b l a n t e s , espac ios , g r u p o s , e n las d i s y u n c i o n e s d e l s e n t i d o i lus t radas p o r e l r e l a t o . E l V i e j o , e n e f e c t o , es e l p a r i e n t e p o d e r o s o que señorea desde e l C u z c o , e l c e n t r o a n t i g u o d e l s e n t i d o , e n l a dis ­tors ión a c t u a l i n t r o d u c i d a en e l m u n d o p o r e l p o d e r y su d i s t i n t a j e ­r a r q u i z a r o n y va lorac ión . E l p a d r e , e n c a m b i o , es e l errante (e l " l o ­c o " , e l que carece de l u g a r ) , y su dispersión es también u n s igno agó­n i c o de l a desarticulación d e l s e n t i d o g e n u i n o , e l q u e c o n s t r u y e u n a p e r c e p c i ó n a l t e r n a t i v a h o y s a n c i o n a d a .

9 Sobre el narrador véase la obra citada de J . K R I S T E V A , El texto de la novela; P E R C Y L U B B O C K , The craft of fiction, New Y o r k , 1921; y W A Y N E C B O O T H , The rhetoric of fiction, Chicago, 1961. Es interesante la discusión de L U D O M I R D O L E Z E L , *The typolo-gy of the narrator: Point of wiev in f i c t ion " , en To honor Román Jakobson, La Haya, 1967, t. 1, pp. 541-552. Véase también T Z V E T A N TODOROV,Poétique de laprose, Paris, 1971.

N R F H , XXXI L O S RÍOS P R O F U N D O S 49

E l i n i c i o de l a n o v e l a c o n e l regreso a u n C u z c o o c u p a d o p o r e l o p o n e n t e es de p o r sí e m b l e m á t i c o . E s t e r e t o r n o f r u s t r a d o a l paraíso p a t r i a r c a l ( " E l C u z c o de m i p a d r e . . . n o p o d í a ser ese",) es u n a f i ­gura q u e pres ide e l c o n f l i c t o c o n l a usurpación d e l lugar y l a s u b s t i ­tuc ión d e l s e n t i d o . E l lugar y e l s e n t i d o h a n s ido des terrados , y desde este e x i l i o e l t e x t o se produc i rá c o m o u n a revisión r a d i c a l de los m o ­delos en d i s p u t a . E l re la to d e l aprend iza j e permitirá a c t u a l i z a r esa d i s p u t a . E n este s e n t i d o , e l r e c o m i e n z o d e l m u n d o e n e l t e x t o s u p o n e que su exter ior izac ión c o m o i n f o r m a c i ó n es p u e s t a a p r u e b a p o r las reacc iones de u n n i ñ o .

C o m o e n Pedro Páramo de J u a n R u l f o , en l a c u l p a b i l i d a d d e l V i e ­j o s u b y a c e u n e s q u e m a m í t i c o : l a distorsión d e l espac io o r i g i n a l se deduce de l a distorsión d e l l íder . E l V i e j o " g r i t a c o n v o z de c o n d e n a ­d o " y " a l m a c e n a las f rutas de las h u e r t a s , y las deja p u d r i r " (7) . L a opos i c i ón entre ambas f iguras pa t r iar ca l es ( padre / t í o ) se r e p r o d u c e e n l a m i s m a conf igurac ión d e l l u g a r : sobre e l m u r o i n c a i c o de p i e d r a se h a l e v a n t a d o l a p a r e d b l a n c a h i s p á n i c a 1 0 . L a casa d e l V i e j o está " e n l a cal le d e l m u r o i n c a " (8) y h a s t a e l árbol d e l p a t i o es en e l la " b a ­j o y de ramas escuál idas" (9) . A l l í se p r o d u c e e l e n c u e n t r o c o n e l p o n ­go ( " i n d i o de h a c i e n d a que sirve g r a t u i t a m e n t e , p o r t u r n o e n l a casa d e l a m o " , i n f o r m a a p i e de página e l ' ' n a r r a d o r - t e s t i g o ' ' (9) , q u e será p a r a l e l o d e l e n c u e n t r o c o n e l m u r o i n c a i c o . E r n e s t o , e l " n a r r a d o r - a c ­t o r " , n o había c o n o c i d o , antes de esta v i s i t a a l C u z c o , a m b o s s ignos paradigmáticos de l a c o m u n i c a c i ó n .

C o n v e r t i d a o p r o b i o s a m e n t e en u r i n a r i o p ú b l i c o , l a ca l le d e l m u r o i n c a i c o se r e s t i t u y e e n l a c o m u n i c a c i ó n ; sus p iedras labradas se t r a n s ­f o r m a n e n l a p e r c e p c i ó n d e l n i ñ o : " T o q u é las p iedras c o n m i s m a n o s ; seguí l a l ínea o n d u l a n t e , i m p r e v i s i b l e , c o m o l a de los r í o s , e n q u e se j u n t a n l os b l o q u e s de r o c a . E n l a o s c u r a c a l l e , e n e l s i l e n c i o , e l m u r o parec ía v i v o , sobre l a p a l m a de m i s m a n o s l l a m e a b a l a j u n t u r a de las p iedras que había t o c a d o " (10 ) .

E s t e a c to de c o m u n i c a c i ó n se i n i c i a , así , c o m o u n r i t u a l de r e c o n o ­c i m i e n t o : e l n i ñ o t r a n s m u t a l a m a t e r i a c u l t u r a l ( u n m o n u m e n t o i n ­ca ico ) en m a t e r i a o r i g i n a l (los r íos tute lares de l a i n f a n c i a ) . D e este m o d o , e l o r d e n n a t u r a l se establece c o m o u n m o d e l o r e a l i z a d o , p l e ­n o , que n o só lo s u p o n e a l a " n a t u r a l e z a " o a l " p a i s a j e " , s i n o a u n a organización d e l s e n t i d o q u e i n c l u y e a l su jeto y a l m u n d o n a t u r a l c o ­m o u n a i n t e g r i d a d c o n t i n u a e n u n m o d e l o de c u l t u r a , e l c u a l , en e l t e x t o , será e s e n c i a l m e n t e u n m o d e l o de c o m u n i c a c i ó n . N o es c a s u a l , p o r e l l o , que E r n e s t o c o n f r o n t e a p a r t i r de este r i t u a l l os i n f o r t u n i o s d e l viaje p a t e r n o c o n l a p r o m e s a d e l lugar p a t r i a r c a l : " C u a n d o m i p a ­dre hacía f rente a sus e n e m i g o s . . . y o m e d i t a b a e n e l C u z c o . Sabía que a l f i n l legaríamos a l a gran c i u d a d " (11 ) . E s a p r o m e s a se h a f r u s t r a -

1 0 " L a pared blanca del segundo piso empezaba en línea recta sobre el muro", p.8. El estudio sobre el espacio y su estructuración en esta novela requeriría un trabajo aparte.

50 J U L I O O R T E G A N R F H , X X X I

do p e r o , e n c a m b i o , a través d e l r i t u a l f rente a l m u r o se h a a f i r m a d o u n a vinculación v e r i f i c a d o r a de l s ent ido e n t r e v i s t o . D e allí que se i m ­p o n g a , ensegu ida , u n diálogo de r e c o n o c i m i e n t o ( u n a n o m i n a c i ó n i d e n t i f i c a d o r a d e l e m i s o r y d e l des t ina tar i o ) en e l c ó d i g o de l a c o m u ­nicac ión m o d e l a d o r a , esto es, en el q u e c h u a o r i g i n a l :

Me acordé, entonces, de las canciones quechuas que repiten una frase patética constante: yawar mayu, río de sangre; yawar unu, agua sangrien­ta, puk'tik, yawar k'ochoa, lago de sangre que hierve; yawarwek'e,lágrimas de sangre. ¿Acaso no podría decirse yawar rumi, piedra de sangre, o puk'tik, yawar rumi, piedra de sangre hirviente? Era estático el muro, pero hervía por todas sus líneas y la superficie era cambiante, como la de los ríos en el verano, que tienen una cima así, hacia el centro del caudal, que es la zona temible, la más poderosa. Los indios llaman "yawar mayu" a esos ríos turbios, porque muestran con el sol un brillo en movimiento, semejante al de la sangre (...)

— ¡Puk'tik, yawar rumi! —exclamé frente al muro, en voz alta. Y como la calle seguía en silencio, repetí la frase varias veces (11).

E s t e b e l l o pasaje es s u f i c i e n t e m e n t e e x p l í c i t o . E l r i t u a l de l a c o m u ­nicac ión r e c l a m a l a enunc iac ión de los n o m b r e s i d e n t i f i c a t o r i o s , que son e l e m e n t a l e s ; o sea, l a cons t rucc i ón m i s m a de u n e n u n c i a d o p r i ­m e r o . D a r n o m b r e s i gn i f i c a aqu í f u n d i r esos e l e m e n t o s (agua, p i e d r a , sangre) en l a p a l a b r a r e v e l a d o r a de l a m u t u a i d e n t i d a d . L a c u l t u r a co ­m o i n f o r m a c i ó n , y c o m o fuente de l a in f o rmac ión , es capaz de re or­denar y r e s t i t u i r u n a p l e n i t u d d e l s e n t i d o en el ac to m i s m o de l a co ­muni cac i ón . T a m p o c o es casual que las tres voces de l N a r r a d o r se ce­d a n a q u í m u t u a m e n t e l a p a l a b r a .

D e s d e esta i n s t a n c i a m o d e l a d o r a , l a p e r c e p c i ó n de E r n e s t o p ro ce ­derá a r e o r d e n a r e i n t e r p r e t a r l a i n f o r m a c i ó n e n u n o r d e n d i f e rente de los hechos. ' T a p a — l e di je . C a d a p i e d r a h a b l a " (12), conc luye Ernes ­t o , y t r a t a de rev isar l a m i s m a in f o rmac ión de su p a d r e . E l m u r o , cree él , p o d r í a d e v o r a r a los señores avaros d e l C u z c o ; e l m o d e l o c u l t u r a l es también m o r a l , y l a d isyunc ión d e l b i e n y d e l m a l está p l a n t e a d a c o m o u n a l u c h a p o r l a i n f o r m a c i ó n ; esto es, c o m o l a d i s p u t a de siste­mas de c o m u n i c a r q u e s i g n i f i c a n de m o d o d i v e r s o . L a impos i c i ón d e u n p o d e r a n t i n a t u r a l h a d e c i d i d o , e n e l o r d e n s o c i a l , l a i n j u s t i c i a presente que es, en p r i m e r término , u n d e s o r d e n , u n a d e s - n a t u r a l i z a ­c i ó n . Y , s in e m b a r g o , l a c o n v i c c i ó n que emerge en E r n e s t o i m p o n e su p r o p i o s i s t e m a de convers i ones . C u a n d o ve l a c a t e d r a l , p o r e j e m p l o , l e e m o s : " E r a l a más e x t e n s a de cuantas hab ía v i s t o . L o s arcos apare­c ían c o m o e n e l c o n f í n de u n a s i lente p a m p a de las regiones h e l a ­d a s " ; y también : " E r a u n a i n m e n s a f a c h a d a ; parec ía t a n a n c h a c o m o l a base de las montañas q u e se e l evan desde las o r i l l a s de a lgunos l a ­gos de a l t u r a " ( 13 ) . O sea, o t r o m o n u m e n t o c u l t u r a l es i n c o r p o r a d o a l o r d e n de l a p e r c e p c i ó n n a t u r a l , desde d o n d e se m i d e n y v a l o r a n . T a m b i é n ante l a apelac ión q u e p e r c i b e e n l a f i g u r a de l a c a t e d r a l ( " N o era i m p o n e n t e , r e c r e a b a " ) , e l n iño n e c e s i t a r e s p o n d e r : " Q u i s e

N R F H , X X X I L O S RÍOS P R O F U N D O S 51

c a n t a r j u n t o a su única p u e r t a . N o deseaba r e z a r " (15). C o m o los i n d i o s , q u i e r e cantar u n h i m n o p e r o , a d v i e r t e , s in l l a n t o . R e v e l a d o r a m e n t e , este m o n u m e n t o hispánico está también h e c h o de p i e d r a ( " L l a m a ­m o s r o c a v i v a , s i e m p r e , a l a b á r b a r a " ) , nos i l u s t r a el " n a r r a d o r - a u t o r " , a h o r a o c u p a n d o e l " n o s o t r o s " de u n a c u l t u r a que d i s p u t a su i n f o r m a ­c i ó n ( 15 ) ; p e r o está h e c h o de u n a p i e d r a d i s t i n t a , a p a r e n t e m e n t e anó ­m a l a . E l r e c o r r i d o c o n s i g u i e n t e de o t r o s t e m p l o s n o hace s ino r e f o r ­zar esta d i s p u t a entre l a p i edras inca i cas y los m u r o s c o l o n i a l e s . E n e l p a l a c i o de H u a y n a C a p a c las p i edras " n o bul l ían, n o h a b l a b a n " (16) p o r q u e " e r a e l m u r o q u i e n i m p o n í a s i l e n c i o " . L a c o m u n i c a c i ó n h a s i ­d o , así, y a s a n c i o n a d a .

E l c o n f l i c t o n o es s i m p l e m e n t e entre los ob jetos indígenas y los hispánicos ; esta o p o s i c i ó n d e p e n d e , más b i e n , de l a p e r c e p c i ó n c u l t u ­r a l y de l o r d e n en que esos ob je tos se sitúan c u l t u r a l m e n t e . P o r e j em­p l o , el " c a n t o de l a María A n g o l a ( la c a m p a n a l egendar ia de l a cate­d r a l c u z q u e ñ a ) , a pesar de ser u n o b j e t o hispánico , f u n c i o n a en e l or ­d e n c u l t u r a l q u e e l n iño está s o s t e n i e n d o . A n t e su c a n t o , l e e m o s : " L a t i e r r a deb ía c onve r t i r se e n o r o e n ese i n s t a n t e ; y o también , n o só lo l os m u r o s y l a c i u d a d . . . " ( 1 6 ) ; p o r q u e " e l c a n t o se a c r e c e n t a b a , atrave­saba los e l e m e n t o s " . D e i n m e d i a t o , este " m e n s a j e " de l a c a m p a n a c o n v o c a en l a m e m o r i a a o tras c a m p a n a s de p u e b l o s indígenas: " P e n ­sé que esas c a m p a n a s deb ían de ser illas, re f le jos de l a « María A n g o ­l a » , que convertir ía a los amarus en t o r o s . D e s d e e l c e n t r o d e l m u n ­d o , l a v o z de l a c a m p a n a , hundiéndose e n los lagos , habría t r a n s f o r ­m a d o a las ant iguas c r i a t u r a s " ( 1 7 ) . E l pasaje es i l u s t r a t i v o : a n u n c i a e l s i n c r o n i s m o re l i g i o so i m p l í c i t o e n esta p e r c e p c i ó n q u e , p o r c i e r t o , es­tá h e c h a de e l e m e n t o s n a t i v o s y e l e m e n t o s hispánicos in tegrados e n u n mest iza je v a r i a b l e , p e r o c u y a organización n o de ja de ser básica­m e n t e a n d i n a . E n este caso , e l c a n t o p o d e r o s o de l a c a m p a n a hispáni­c a h a c o n v e r t i d o a los amarus ( serp ientes ) , e l e m e n t o q u e c h u a , en t o ­ros , e l e m e n t o h ispánico . L a convers ión p u e d e ser alegórica, p e r o l a expl i cac ión sigue s i e n d o mí t i ca , p r o p i a d e l p e n s a m i e n t o a n d i n o 1 1 . A l m i s m o t i e m p o , n o es m e n o s ev idente q u e este " c a n t o " e v o c a también a " m i s p r o t e c t o r e s , los a lca ldes i n d i o s " ( l 6 ) ; y ésta es o t r a i m a g e n t u t e ­lar d e l m u n d o s u s t a n t i v o q u e h a i n c o r p o r a d o también las c a m p a n a s a s u c o m u n i c a c i ó n mí t i ca . Y a v e m o s , p u e s , que n o es m e r a m e n t e l o 6 ' i n d í g e n a " y l o " h i s p á n i c o " l o q u e está e n d i s p u t a , s i n o dos órdenes que p u e d e n i n c o r p o r a r a s u p e r c e p c i ó n y m o d e l i z a c i ó n e l e m e n t o s de u n a y o t r a f u e n t e de i n f o r m a c i ó n . E l m i s m o Ernesto vivirá el con f l i c ­t o de d e f i n i r u n o r d e n en e l espac io d e l o t r o .

O t r o e m b l e m a de l a c o m u n i c a c i ó n , l a f i g u r a d e l p o n g o , q u e E r n e s -

1 1 Una importante contribución al análisis del pensamiento andino es la compilación de J U A N OSSIO, Ideología mesiánica del mundo andino, L i m a , 1973. Véase también N A T H A N W A C H T E L , La visión des vaincus, Paris, 1971, así como L U I S M I L L O N E S . "Sociedad in­dígena e identidad nacional " , en la fundamental compilación de C. Arróspide de la Flor et al, Perú: identidad nacional, L i m a , 1979.

52 J U L I O O R T E G A N R F H , XXXI

to h a d e s c u b i e r t o en e l C u z c o , n o es m e n o s i l u s t r a t i v o y dec i s ivo en este debate . Otras veces José María A r g u e d a s se h a d e t e n i d o en esta f i g u r a e x t r a o r d i n a r i a de l a o r f a n d a d indígena y de l a v i o l e n c i a d e l sis­t e m a de l a h a c i e n d a e n l a S i e r r a p e r u a n a 1 2 . L a humil lac ión que m a r ­ca su p a p e l de s iervo es negac ión de su m i s m a c o n d i c i ó n h u m a n a : "se p o d í a p e r c i b i r el e s fuerzo que hacía p o r apenas parecer v i v o , e l i n v i ­s ible peso que opr imía su resp irac ión" (21 ) . Después de l a exaltación i d e n t i f i c a t o r i a d e l p r i m e r p a r a d i g m a , e l n iño i n t e n t a c o m u n i c a r s e c o n el p o n g o :

Le hablé en quechua. Me miró extrañado. - ¿ N o sabe hablar? - l e pregunté a m i padre. —No se atreve —me dijo. A pesar de que nos acompaña a la cocina. E n ninguno de los centenares de pueblos donde había vivido con m i

padre, hay pongos. -Tayta —le dije en quechua al indio. — ¿Tú eres cuzqueño? -Manan —contestó. De la hacienda (17).

E l e m i s o r ape la al c ó d i g o c o m ú n d e l q u e c h u a p e r o e l des t inatar i o carece de u n p a p e l e n l a c o m u n i c a c i ó n , que l o distinguiría c o m o u n ser e s p e c í f i c o : su p a p e l de s iervo l o e x c l u y e d e l h a b l a m i s m a , que l o a te r ra . Y a u n c u a n d o r e s p o n d e d a c o m o su o r i g e n , en v e r d a d , su per te ­n e n c i a , a u n s i s tema e c o n ó m i c o , l a h a c i e n d a , base de su p a p e l d o m i ­n a d o . E l uso de l h a b l a le está vedado c o m o c o m u n i c a c i ó n d i s t i n t i v a . L a estratif icación soc ia l i m p o n e u n a distorsión d e l a c t o m i s m o de co ­m u n i c a r , e s tab le c i endo entre los h o m b r e s u n e jerc i c io d i f e r e n c i a d o d e l h a b l a : l a sanción de u n o s , l a manipulac ión de o t r o s . E n Los ríos profundos l a c o m p l e j i d a d de este c o n f l i c t o sustentará su p o d e r o s a de­n u n c i a d e l h a b l a u s u r p a d a .

E l V i e j o r e p r e s e n t a , c o m o es c l a r o , e l s i s t ema d o m i n a n t e u s u r p a ­d o r . Después de d o r m i r en su casa, y h a b i e n d o s ido h u m i l l a d o p o r e l V i e j o que los a lo jó e n l a c o c i n a , en u n lugar i n f e r i o r de l a casa, E r n e s ­to y su padre d e b e n todavía en f rentar a l p o d e r o s o señor, c u y o est ig­m a ( la avar ic ia ) es o t r a señal de su p o d e r d i s t o r s i o n a d o . Es te en f ren ­t a n ! i e n t o , r e v e l a d o r a m e n t e , es r esue l t o p o r E r n e s t o e n u n ac to de co ­m u n i c a c i ó n que él l o g r a d e f i n i r :

— ¿Cómo te llamas? —me preguntó el Vie jo , volviendo a mirarme. ( . . . ) —Me llamo como m i abuelo, señor, —le dije. — ¿Señor? ¿No soy t u tío? ( . . . ) —Es usted m i t ío . Ahora ya nos vamos, señor —le contesté. V i que m i padre se regocijaba, aunque permanecía en actitud casi

solemne (21).

1 2 El pongo es actor central de la bella parábola sobre el mundo al revés reordenado lue­go de la muerte, que Arguedas escribió sobre un cuento quechua: " E l sueño del pongo", en sus Relatos completos, Buenos Aires, 1974.

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O t r a vez los n o m b r e s d e f i n e n l a sus tanc ia de l a c o m u n i c a c i ó n . E n este caso n o só l o se establece u n a di ferenciación entre e l s i s tema de p a r e n t e s c o (que d e n o m i n a u n r e c o n o c i m i e n t o m u t u o ) y las m a r c a s de ob jet ivac ión de los h a b l a n t e s ( " s e ñ o r " ape la a l a i m p e r s o n a l i d a d d e l a c t o ) ; s ino q u e , sobre t o d o , e l a c to de c o m u n i c a c i ó n se establece c o m o u n a reiteración de su s i tuac ión, q u e aqu í p o d e m o s l l a m a r i d e n -t i f i c a t o r i a , y que s u p o n e p o n e r a p r u e b a las f u n c i o n e s c o m u n i c a t i v a s (precisadas p o r J a k o b s o n ) e n l a a u t o r r e f e r e n c i a l i d a d d e l a c t o m i s m o de c o m u n i c a r . E n este s e n t i d o , e l pasaje es e l o c u e n t e . E l e m i s o r (e l V i e j o ) y e l d e s t i n a t a r i o (e l n iño ) v a n a de f in i rse a través de esta s i t u a ­c i ó n i d e n t i f i c a t o r i a : a l a p r e g u n t a p o r su n o m b r e q u e le h a d i r i g i d o e l V i e j o (preguntar p o r e l n o m b r e es u n s igno de l a a u t o r i d a d d e l e m i s o r e n e l a c t o de l a c o m u n i c a c i ó n ) , e l n i ñ o r e s p o n d e c o n u n s u b t e r f u g i o ( rehusar e l n o m b r e p r o p i o es p o n e r e n cuest ión e l p a p e l d e l d e s t i n a ­t a r i o : r e m i t i r s e e n este caso a l n o m b r e d e l a b u e l o es ape lar a u n a a u t o r i d a d pat ron ímica s u p e r i o r ) . D e i n m e d i a t o , e l e m i s o r p e r c i b e que s u p a p e l h a s ido c u e s t i o n a d o p o r u n s u b d i s c u r s o q u e a l p a r e n t e s c o i m p o n e l a i m p e r s o n a l i d a d de l os sujetos hab lantes . A l a r m a d o , pre ­g u n t a p o r sí m i s m o , r e c l a m a ser d e f i n i d o n o c o m o " s e ñ o r " s ino co ­m o " t í o " , c o m o a u t o r i d a d f a m i l i a r y c o m o a u t o r i d a d d e l h a b l a . E n o t r o s u b t e r f u g i o q u e d e f i n e aún más l a ident i f i cac ión r e c u s a d o r a , e l n iño r e p l i c a c o n las dos categor ías : a c e p t a l a f a t a l i d a d d e l parentes ­c o ( " E s u s t e d m i t í o " ) y r e i t e r a s u d i s t a n c i a m i e n t o d e l sujeto ("se­ñ o r " ) . C o n l o c u a l este a c t o de c o m u n i c a c i ó n h a c o n v e r t i d o a l os su­j e t o s e n re f e rente p u e s t o a p r u e b a p o r su m u t u a i d e n t i d a d c o n f l i c t i -v a . Las otras f u n c i o n e s se r e s u e l v e n desde l a s ituación i d e n t i f i c a t o r i a , que es p r e v i a a l a e s t a b i l i d a d d e l c i r c u i t o p a r a l a transmisión de i n f o r ­m a c i ó n , p e r o c o m p l e t a e n s í m i s m a ; y e n este caso s i n so luc ión de c o n t i n u i d a d p o r q u e e l d e s t i n a t a r i o r e c h a z a e l p a p e l m o r a l de su e m i ­sor ante l a i n f o r m a c i ó n , l o h a s a n c i o n a d o c o n u n a i d e n t i d a d n o ge-n u i n a . S i ante e l p o n g o b u s c a b a él establecer esta ident i f i cac ión c o m o e l r e c o n o c i m i e n t o de u n p a p e l g e n u i n o de l os sujetos e n e l h a b l a , a n ­te su t í o , en c a m b i o , c o n v i e r t e esta ident i f i cac ión e n u n m e t a d i s c u r s o de r e c h a z o .

Revela la estratificación social y étnica el hecho de que esta estrategia se im­ponga como previa a la transmisión de mensajes, definiendo, tácitamente, la identidad valorativa de los sujetos. L o cual implica su valor social, su valor de fuente, su valor étnico y , por eso, su misma capacidad para cumplir la comunica­ción en uno y otro discurso en los distintos tipos de discurso que corresponde a la naturaleza de hablante que socialmente marca a cada sujeto. L a novela revela­rá justamente el drama de esos discursos en una tipología del habla estratificada, esto es, de la información mediatizada. Es obvio que la comunicación está situa­da socialmente pero que lo esté al punto de decidir una jerarquía valorativa de la información, una estimación sancionadora de los sujetos y una percepción nor­mativa del sentido, al punto de reforzar y reproducir las formas de la violencia estructural de una sociedad, es revelador de la persuasión crítica de esta novela, que nos conduce hacia el " texto social " con la convicción de su denuncia radi-

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cal. Esa denuncia cuestiona la misma existencia social desgarrada por su violencia constitutiva. Y no es sólo moral: está enraizada en las alternativas latentes en esa existencia social, y busca legitimar la capacidad de respuesta de una percepción no sólo andina, sino peruana; es decir, una percepción cuya base andina ha incor­porado una ampliación de información hispánica. Por ello, ver en Arguedas un autor indigenista o regionalista es empobrecer la calidad excepcional de su empresa, mucho más amplia y más fecunda. E n este sentido, José María Argue­das enfrentó en su escritura algunos dilemas que también el Inca Garcilaso de la Vega, Guarnan Poma de Ayala y César Vallejo habían hecho suyos. Definir un instrumento de la comunicación para transformar la comunicación, o sea, con­vertir a la escritura en una producción de comunicación reformulada, fue uno de esos dilemas que informan la tipología del texto que debieron reconstruir para su empresa. Por eso, Arguedas no sólo es el narrador peruano más valioso de este siglo, sino que su trabajo reformula las mismas relaciones de la literatura y la cultura en un texto que amplía sus funciones con el poder de sus convocaciones.

L a e x p e r i e n c i a d e l C u z c o s i g n i f i c a p a r a E r n e s t o l a c l a u s u r a de u n espac io p a t r i a r c a l l e g e n d a r i o , y e l r e c o m i e n z o d e l viaje errante que s u b r a y a su carácter de f i g u r a d e s p l a z a d a , de c o n c i e n c i a flotante, de ado lescente s in hogar y lugar s o c i a l m e n t e d e t e r m i n a d o s . (Has ta c i e r t o p u n t o , este e s q u e m a r e p r o d u c e l a biograf ía m i s m a d e l a u t o r 1 3 ). P o r o t r a p a r t e , l a af irmación de u n m o d e l o o r i g i n a l de p e r c e p c i ó n se re­m o n t a a l a i n f a n c i a de E r n e s t o , a su p r i m e r o r d e n a m i e n t o de l m u n d o en e l s i s t e m a de c o m u n i c a c i ó n p l e n a que l os c o m u n e r o s tute lares le h a n r e v e l a d o . E n el C u z c o , las pautas de esa f o r m a c i ó n son c o n f r o n ­tadas y a que d e b e n reso lver l a n u e v a i n f o r m a c i ó n s o c i a l m e n t e j erar ­q u i z a d a . D e l a m a n o de su p a d r e , c u y a p e r c e p c i ó n de " c a b a l l e r o " , de señor e m p o b r e c i d o , a s i m i l a e l n iño c o n sus pautas de n o b l e z a e idea ­l i s m o , resolverá e l c o n f l i c t o a f i r m a n d o su p r o p i a p e r c e p c i ó n ; y , s in d u d a , en l a i n m i n e n c i a de que su d e s t i n o s o c i a l requerirá d i s ce rn i r u n a respues ta cr í t ica y u n a o p c i ó n p a r t i c i p a n t e . C o m o se ve, n o es de u n " p e r s o n a j e " de n o v e l a que se t r a t a aqu í : se t r a t a , en el f o n d o , de l a mani festac ión d e l sujeto m u l t i d i m e n s i o n a l , de a q u e l " y o " que n o se p r o n u n c i a a sí m i s m o p e r o que de u n m o d o dec i s i vo se m a n i f i e s t a en l a a v e n t u r a c o n s t r u c t o r a y cr í t ica d e l t e x t o . A e l l o v o l v e r e m o s l u e g o .

L a c o m u n i c a c i ó n múlt iple (escuchar e l c a n t o de las cosas, n o m ­b r a r l a s , h a b l a r l e s , p e r o también i n t e r i o r i z a r l a s y d i s c e r n i r su sent ido c o m o u n a l f a b e t o d e s c o d i f i c a d o ) se abre e n u n espac io d o b l e , t ípica­m e n t e a m b i v a l e n t e . U n espac io d i c h o s o , o t r o de s u f r i m i e n t o . E l C u z ­co m i s m o es d o b l e : i n c l u y e los signos de u n a l f a b e t o f r a c t u r a d o y d o ­m i n a d o , y los s ignos d e l c ó d i g o d o m i n a n t e . " E n ningún s i t io deb ía su f r i r más l a c r i a t u r a h u m a n a " ( 2 4 ) , c o n c l u y e e l t e x t o . L o s m i s m o s ed i -

1 3 Los textos autobiográficos de Arguedas requerirían una lectura detallada. Véanse las noticias que él proporciona en "José María Arguedas", Historia y antología del cuento y la novela en Hispanoamérica, ed. A. Flores, 1959, pp. 503-504. Véanse también los textos de Arguedas reunidos por Juan Larco en su valiosa compilación crítica Recopilación de textos sobre José María Arguedas, La Habana, 1976, y sus intervenciones en Primer encuentro de narradores peruanos, Lima, 1969.

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f i c i os f o r m a n par te de u n d r a m a agón ico y p o l a r , i n c l u s o d e n t r o de l a l f a b e t o d o m i n a n t e : las iglesias de l a C o m p a ñ í a y l a c a t e d r a l , p o r e j e m p l o , m u t u a m e n t e atenúan sus e fectos . E n l a l e c t u r a de estos m o ­n u m e n t o s de las dos c u l t u r a s , e l padre y e l h i j o l e e n u n d i s curso cós ­m i c o , escato lóg ico y m o r a l ; y esta l e c t u r a está h e c h a desde u n a per ­c e p c i ó n que i n c l u y e las l e c c i ones d e l m u n d o a n d i n o y las ev idenc ias d e l m u n d o h ispánico , p e r c e p c i ó n que p o d e m o s l l a m a r a c u l t u r a d a pe­r o s in s u p o n e r en e l l a u n a aculturación h o m o g é n e a ( lo q u e sería u n mest i za je n i v e l a d o r de ambas fuentes c u l t u r a l e s ) , s ino más b i e n u n a p e r c e p c i ó n sincrética, q u e e n e l n iño par te de u n a estructuración de c a m p o s semánticos de est i rpe a n d i n a .

E L M O D E L O N A T U R A L Y E L M O D E L O SOCIAL

El canto del mundo

S i e l C u z c o (el " c e n t r o d e l m u n d o " p a r a l a c u l t u r a a b o r i g e n , e l l u ­gar sagrado) está u s u r p a d o p o r l a f i g u r a d e l a n t i - p a d r e , e l avaro , q u i e ­re dec i r que el s e n t i d o se h a v u e l t o m a r g i n a l y q u e su espac io só lo p u e d e ser l a e r r a n c i a . A l sal ir o t r a vez de l a c i u d a d , reaparece u n a f i ­g u r a n a t u r a l p r o t e c t o r a , c o n t r a p u e s t a a l a f i j eza o c u p a d a : e l m o v i ­m i e n t o l i b r e , p u r i f i c a d o r d e l r í o . S i g n i f i c a t i v a m e n t e , éste es e l A p u r i -m a c , D i o s que h a b l a ( 2 6 ) ; y , e n e f e c t o , su n o m b r e s u p o n e que e l m i s ­m o m u n d o que r e c o r r e es u n a e s c r i t u r a d o r m i d a , que el r í o d e s p i e r t a y e l v ia jero r e c i b e . E s c r i t u r a d e l m u n d o que se d e s d o b l a e n e s c r i t u r a de l a m e m o r i a : " L a v o z d e l r í o y l a h o n d u r a d e l a b i s m o p o l v o r i e n t o , el j u e g o de l a n ieve l e j a n a y las rocas q u e b r i l l a n c o m o espejos , despier ­t a n e n su m e m o r i a los p r i m i t i v o s r e c u e r d o s , l os más ant iguos sue­ñ o s " (26) . L o s r íos p r o f u n d o s c o r r e n e n ese f o n d o m í t i c o y o r i g i n a l d o n d e se a l i m e n t a l a p r o m e s a de c o m u n i c a c i ó n p l e n a que de f ine a l peregr ina je de l su je to . " L a v o z d e l r í o a u m e n t a ; n o ensordece , e x a l ­t a " , a f i r m a el t e x t o c o n su característica articulación de o b j e t o n a t u ­r a l (expresándose c o m o u n a l f a b e t o que e l i n t e r l o c u t o r rec ibe ) y suje­t o d e f i n i d o p o r e l a c t o f í s i co de ese r i t u a l c u m p l i d o . E l n o m b r e que s u s t a n t i v a 1 4 en q u e c h u a , l a t raducc ión que s u b r a y a esa s u s t a n c i a , y l a enunc iac ión q u e c o n v o c a a l o b j e t o c o m u n i c a n t e , s o n p a r t e de ese r i t u a l : " ¡Apurimac mayul ¡Apurimac mayu! r e p i t e n los n iños de h a ­b l a q u e c h u a , c o n t e r n u r a y algo de e s p a n t o " ( 2 6 ) .

E n e l espac io a b i e r t o ( cap . 2 , " L o s v i a j e s " ) , l uego de l a inmersión en el espac io c e r r a d o d e l C u z c o , d o n d e el u n i v e r s o s imbó l i c o de l a p r e n d i z a j e h a i n t e r i o r i z a d o las p r i m e r a s ev idenc ias , e l ' n a r r a d o r -

Véase el trabajo de L O T M A N y USPENSKIJ, '4Myth-name-culture'', en la antología citada de Daniel P. Lucid, pp. 233-252.

56 J U L I O O R T E G A N R F H , XXXI

t e s t i g o " r e c u e n t a l a bio-graf ía d e l " n a r r a d o r - a c t o r " . E s o s viajes s u p o ­n e n l a ausenc ia d e l h o g a r ( " M i p a d r e n o p u d o e n c o n t r a r n u n c a d ó n d e f i jar s u r e s i d e n c i a " ( 2 7 ) ; p e r o e l r e c u e n t o f i j a l a c o m u n i c a c i ó n p l e n a f a v o r e c i d a p o r u n m u n d o que n o cesa de h a b l a r : entre los árboles , " q u i e n b u s c a s o m b r a . . . r e posa b a j o u n árbol q u e c a n t a s o l o , c o n u n a v o z p r o f u n d a e n que los c ie los , e l agua y l a t i e r r a se c o n f u n d e n " ( 2 7 ) . L a dispersión de l a e r r a n c i a se m o d i f i c a , p o r e l l o , e n e l r e c u e n t o d e l s e n t i d o p e r c i b i d o e n este d iá logo r e a l i z a d o . E s in teresante q u e e l v i a ­j e a l C u z c o hab ía s ido d e c i d i d o p o r e l p a d r e p a r a c u m p l i r u n " p r o ­y e c t o " de v e n g a n z a c o n t r a e l V i e j o ; n o se nos d i ce cuál fue ese p r o y e c t o i n c u m p l i d o , p e r o en e l p l a n o s i m b ó l i c o d e l r e la to es p o s i ­b l e d e d u c i r q u e se c u m p l e , e n c a m b i o , e l a p r e n d i z a j e iniciático d e l h i ­j o , u n o de los orígenes d e l t e x t o r e c u s a d o r . L a i n c o r p o r a c i ó n de l a * m i s m a e r r a n c i a d e l p a d r e a l s ent ido d e l t e x t o i m p l i c a u n r e o r d e n a ­m i e n t o p r o f u n d o q u e l a ficción t r a b a j a . E s t a transmutación que e l t e x t o p r o d u c e se sost iene sobre o t r a , q u e e l a c t o r c u m p l e o s c u r a m e n ­t e : e n u n o de los p u e b l o s d o n d e se d e t u v i e r o n , u n o d o n d e o d i a b a n a l os forasteros , s o n s i t iados p o r e l s i l e n c i o h o s t i l de las gentes ; e l n i ñ o , e n respues ta , escr ibe u n o s carte les : "Clavé e n las esquinas unos car te ­les e n que m e despedía de los vec inos d e l p u e b l o , l os m a l d e c í a " ( 3 0 ) . O t r a v e z , c a n t a en u n a e s q u i n a p a r a u n a m u c h a c h a : " V a r i a s noches f u i a esa e s q u i n a a c a n t a r huaynos q u e jamás se hab ían o í d o en e l p u e b l o " ( 3 0 ) y también : " M e desahogaba ; vertía e l desprec io amargo y e l o d i o c o n que e n ese p u e b l o nos m i r a b a n , e l fuego de mis viajes p o r las grandes c o r d i l l e r a s , l a i m a g e n de t a n t o s r í os . . . " ( 3 1 ) . Estas expre ­siones de l a s o l e d a d , de l a c o m u n i c a c i ó n i n c u m p l i d a , s o n también resueltas en e l r e c u e n t o que res taura e l s e n t i d o e n las a r t i cu lac i ones d e l t e x t o .

E s t e c a n t o d e l m u n d o a través d e l h u a y n o se r e p r o d u c e en e l h u a y -n o guerrero q u e c a n t a n los i n d i o s (33) desa f iando a las aves de presa y sus ba ta l las . E l c a n t o i n t e r v i e n e , así, e n e l d r a m a de u n a n a t u r a l e z a a l a que b u s c a a s u m i r y reso lver : c o m u n i c a c i ó n que r e t o r n a sobre sí m i s m a , c i r c u l a r m e n t e , en u n e s q u e m a m í t i c o q u e r e a f i r m a u n o r d e n s u f i c i e n t e . E n c a m b i o , en e l p u e b l o d o n d e l os " n o t a b l e s " ( 3 2 ) m a t a n l o ­ros , e l n a r r a d o r t r a t a de a ler tar los y e s p a n t a r l o s , s in suer te . E s e v i d e n ­te que e l lugar d e l su jeto e n e l m u n d o n a t u r a l s u p o n e aqu í dos per ­cepc i ones d i s t i n t a s , dos ámbitos v i v i d o s p o l a r m e n t e . L a epifanía de l pasaje n o es só l o u n a transmutación mágica ( u n a p r o y e c c i ó n d e l de­seo q u e t r u e c a a l o b j e t o e n m e d i a d o r ) , s ino u n a p r e v i a c o m u n i ó n d e l sujeto e n e l o b j e t o ; es d e c i r u n r e c o r r i d o d e l o b j e t o i l u m i n a n d o a l su­j e t o . Ese r e c o r r i d o reve la l a c a p a c i d a d de u n a per cepc i ón p a r a r e c o n o c e r l a s u s t a n c i a d e l sujeto en su estado de exaltac ión, de d i c h a , que es u n a c o m u n i c a c i ó n e x t r e m a d a . A s í , l a r e p e n t i n a l u z de u n a es t re l la t r a n s f i g u r a n d o e l paisaje ( 34 ) , a n u n c i a n o só lo l a e m o c i ó n de l a b e l l e z a ( " M i c o r a z ó n latía c o m o d e n t r o de u n a c a v i d a d l u m i n o -s a " ( 3 4 ) , s ino también u n a t r a z a que n u t r e l a e f i c a c i a d e l c ó d i g o :

N R F H , XXXI L O S RfOS P R O F U N D O S 57

" 6 i L u c e r o grande , werak'ocha, l u c e r o g r a n d e ! ' , l l amándonos , nos a l ­canzó e l p e ó n ; sentía l a m i s m a exaltación ante esa l u z r e p e n t i n a " ( 3 4 ) . L a l u z , c o m o e l c a n t o , c o m o l a v o z , a l i m e n t a n l a c i r c u l a r i d a d mí t i ca que se establece entre e l re ferente y e l c ó d i g o p a r a l a e q u i v a l e n c i a s u s t a n t i v a entre e l n o m b r e y l a c o sa .

Pero e l espac io i n d i s t i n t o de l viaje debe cerrarse e n e l p r o g r a m a de l a n o v e l a : e l aprend iza j e r e q u i e r e u n a segunda i n s t a n c i a , más c o m p l e ­j a , más d i r e c t a m e n t e c o n f r o n t a d o r a de las categorías de l a s o c i a l i z a ­c i ó n . S i e l p r o g r a m a h a d e b i d o p l a n t e a r e l r e t o r n o a l p e r d i d o paraíso p a t r i a r c a l , y hacer exp l í c i t o e l ámb i t o d i s c o n t i n u o de l a enranc ia , de­be a h o r a prec i sar e l c o n f l i c t o más a m p l i o , e l r e l a t o de las per ipec ias de E r n e s t o en e l c o l eg io r e l i g i o so y de sus e x p l o r a c i o n e s d e l p u e b l o de A b a n c a y . " V i a j e " , " e s t u d i o s " , " r e b e l i ó n " y " p e s t e " s o n las g ran ­des ins tanc ias d e l p r o g r a m a que e l sujeto deberá reso lver desde e l re­l a t o d e l a p r e n d i z a j e , y que el t e x t o deberá a r t i c u l a r c o m o u n a lógica d e m o s t r a t i v a d e l c o n f l i c t o ; e n este caso , l a social ización será p u e s t a e n c o n f l i c t o p o r l a d i s p u t a de m o d e l o s a l t e rnat ivos que e l d r a m a de l a c o m u n i c a c i ó n m u e s t r a s e n s i b l e m e n t e . Después v e r e m o s que l a f o r m a ­c i ó n de l sujeto p r o p o n d r á , ante l a a m b i v a l e n c i a q u e d i s c i e rne en e l p r o g r a m a , u n o d i f e r e n t e , capaz de c u e s t i o n a r e l c o n t r a t o ( f a m i l i a r , r e l i g i o s o , e d u c a c i o n a l , n a c i o n a l ) q u e l a soc ial ización le i m p o n e . O t r o p r o g r a m a y u n c o n t r a t o a l t e r n a t i v o serán p r o d u c i d o s p o r e l t e x t o en l a decons t rucc i ón que hace d e l m o d e l o i n s t i t u c i o n a l i z a d o p o r l a so­c i e d a d n a c i o n a l y l os aparatos ideo lóg i cos d e l E s t a d o , y e n l a p a r a l e l a cons trucc ión de u n a o p c i ó n c u l t u r a l q u e es cr ít ica e i m p u g n a d o r a .

Código español, código quechua

D e m a n e r a característica, e l ' ' n a r r a d o r - t e s t i g o ' ' i n f o r m a d e l s i gn i ­f i c a d o q u e c h u a (o sea, n a t u r a l : sugiere f l o r y vue l o ) de A b a n c a y q u e , s i n e m b a r g o , a h o r a " E s u n p u e b l o c a u t i v o , l e v a n t a d o e n l a t i e r r a aje­n a de u n a h a c i e n d a " ( 3 6 ) . Y en e f e c t o , l a c o n d i c i ó n c a u t i v a d e l lugar , que r e p r o d u c e e l c a u t i v e r i o d e l p u p i l o e n e l i n t e r n a d o , y q u e hace eco a l c a u t i v e r i o d e l o r d e n t r a d i c i o n a l e n e l C u z c o , s u p o n e u n a serie de i n c l u s i o n e s de u n espac io c e r r a d o d e n t r o de o t r o espac io c e r r a d o . E n p r i m e r t é r m i n o , l a h a c i e n d a P a t i b a m b a r o d e a a l p u e b l o de A b a n -c a y : esto es, e l p u e b l o d e p e n d e de su s i s t e m a e c o n ó m i c o y s o c i a l , es t r i b u t a r i o de aquél . E n segundo t é rmino , e l i n t e r n a d o es u n espac io r e c l u i d o y es, además, u n c o l e g i o r e l i g i o s o . L a ig les ia es o t r o espac io r e g l a m e n t a d o y su v í n c u l o c o n e l c o l eg i o hace q u e a m b a s i n s t i t u c i o ­nes f u n c i o n e n c o m o aparatos ideo lóg i cos r e p r o d u c t o r e s d e l o r d e n pre - e s tab le c ido p o r e l s i s t e m a e c o n ó m i c o de l a h a c i e n d a ( semi - feu -d a l y p r e - c a p i t a l i s t a , a u t o r i t a r i o y p a t r i a r c a l ) ; o r d e n n a t u r a l i z a d o y s a n c i o n a d o c o m o l eg í t imo p o r l a s o c i e d a d n a c i o n a l y su E s t a d o re ­p r e s i v o 1 5 . Y a es ta d istr ibución d e l espac io f í s i co y s i m b ó l i c o i l u s t r a

Sobre la hacienda, la comunidad indígena y sus relaciones con la sociedad nacional,

58 J U L I O O R T E G A N R F H , XXXÍ

l a v i o l e n c i a de l a d o m i n a c i ó n . E l t e x t o p r e c i s a estos signos p a r a , e n ­segu ida , p o s t u l a r l a f i s u r a e n este e s p a c i o , su d e s g a r r a m i e n t o . P r i m e ­r o , a p a r t i r d e l espac io p o l a r , e l b a r r i o alegre de las ch icher ías ; segun­d o , desde l a a c t i v i d a d d i s o l u t i v a , n o c o d i f i c a b l e según e l c ó d i g o esta­b l e c i d o , que E r n e s t o y su rebeldía v a n a i n t r o d u c i r ; t e r c e r o , l a rebe ­l ión y l a peste serán otras subvers iones de ese espac io o f i c i a l .

L a i n t r o d u c c i ó n d e l ado lescente a l p u e b l o es s intomática : su p a ­dre le a n u n c i a que e l d i r e c t o r d e l c o l e g i o , e l p a d r e L i n a r e s , es " u n s a n t o , que es e l m e j o r o r a d o r sagrado d e l C u z c o y u n gran p r o f e s o r de Matemáticas y C a s t e l l a n o " ( 3 7 ) . S u a u t o r i d a d es r e l i g i o s a , o r a l , i n ­t e l e c t u a l y g r a m a t i c a l : r epresenta , así, l a i n s t i t u c i o n a l i d a d e t n o c e n -t r i s t a de l a c u l t u r a h i s p a n o - o c c i d e n t a l , e l p o d e r d e l espíritu y e l de l a l e t r a , l a p a l a b r a a u t o r i z a d a y l a lóg ica de l a e s c r i t u r a . E n c a m b i o , l a e s c r i t u r a c o m o serv i c i o de l a l e y a g o n i z a e n l a f i g u r a d e l n o t a r i o c u y a cortes ía de h i d a l g o p o b r e hace eco a l a hidalguía d e s a m p a r a d a d e l p a d r e ( q u i e n también había s ido " e s c r i b i e n t e " e n las hac i endas d e l V i e j o ) , u n a b o g a d o t r o t a m u n d o s q u e n o h a " o f i c i a l i z a d o " , o i n s ­t i t u c i o n a l i z a d o , s u pro fes i ón . L a c e r e m o n i a de l a c o m u n i c a c i ó n g e n t i l entre e l v i s i t a n t e i n o p o r t u n o (el p a d r e ) , q u e n o q u i e r e o f e n d e r , y las a tenc i ones d e l a n t i g u o a m i g o e m p o b r e c i d o (el n o t a r i o ) , a n u n c i a n e l c ó d i g o de l a cortes ía t r a d i c i o n a l , r e f i n a d o aqu í p o r e l d o l o r de u n a h o s p i t a l i d a d y u n a f e c to s in recursos .

L a separación ( cap . 3 : " L a d e s p e d i d a " ) , que se hace i n m i n e n t e , dividirá u n d iá logo a u t o s o s t e n i d o ( la c o m u n i c a c i ó n p a d r e - h i j o , que s u p o n í a u n y o c o m ú n , u n n o s o t r o s s u s t a n t i v o ) ; d iá logo que c o n l l e v a ­b a , a s i m i s m o , u n d o m i n i o a r m ó n i c o d e l m e d i o : " P o r q u e c u a n d o a n ­dábamos j u n t o s e l m u n d o era de n u e s t r o d o m i n i o , s u alegría y sus sombras i b a n de él h a c i a m í " ( 3 8 - 3 9 ) . D i e s t r a m e n t e , e l " n a r r a d o r -a u t o r " trasladará l a escena de l a d e s p e d i d a a l a p e r s p e c t i v a d e l p a d r e , s i gu iendo sus r eacc i ones f rente a l ' ' n a r r a d o r - a c t o r " . L a escena se p r o ­d u c e c u a n d o e l p a d r e c e l e b r a c o n e l h a c e n d a d o de C h a l h u a n c a su n u e v a asoc iac ión , c o n l o c u a l su p a r t i d a y l a d e s p e d i d a se a n u n c i a n a l m i s m o t i e m p o . C o n n o m e n o r des t reza , e l e p i s o d i o m u e s t r a a l padre y a l a m i g o en c o p a s : e l l o p o s i b i l i t a que e l h a b l a ingrese a o t r o t i p o de d i s c u r s o , más l i b r e y más a f e c t i v o . P o r eso , c u a n d o e l padre f i n a l m e n ­te l l o r a , l e e m o s : " E l c h a l h u a n q u i n o pre tend ió c o n s o l a r l o ; le h a b l a b a q u e c h u a , o f rec iéndo le todas las r e c o m p e n s a s y l o s m u n d o s que en e l i d i o m a de l os i n d i o s p u e d e n p r o m e t e r s e , h a s t a c a l m a r p o r u n ins tante las grandes a f l i c c i o n e s " ( 4 1 ) .

E l i d i o m a de los i n d i o s m u e s t r a a q u í u n o de sus rasgos : c o m u n i c a r ­se e n él es a c e n t u a r l a f u n c i ó n e x p r e s i v a p a r a m e j o r c o n v o c a r l a f u n ­c i ó n c o n n o t a t i v a o a p e l a t i v a . E l e m i s o r a c u d e a l q u e c h u a p a r a dec i r

JULIO COTLER, "Haciendas y comunidades tradicionales en un contexto de movilización política" en Realidad nacional, ed. J . Ortega, Lima, 1974, t. 1, pp. 335-365; La hacienda, la comunidad y el campesino en el Perú, Roberto G. Keith et al., Lima 1970; y El indio y el poder en Perú rural, Fernando Fuenzalida et al., Lima, 1970.

N R F H , XXXI L O S RÍOS P R O F U N D O S 59

más y r e c u p e r a r a l d e s t i n a t a r i o e n u n re ferente v e r n a l i z a d o c o m o e m o t i v i d a d . E s ev idente q u e e l q u e c h u a (por s u carácter de f u e n t e c o ­m í o r m a t i v a , p o r su reserva sus tant ivadora ) m a n i f i e s t a l a c o m u n i c a ­c i ó n que c o r r e s p o n d e a l p r i m e r p a r a d i g m a , a l m o d e l o d e l c o m u n i c a r n a t u r a l . S i e n d o u n a l e n g u a o r a l , y a l a vez u n a l e n g u a s o c i a l m e n t e m a r c a d a , su aparic ión se p r o d u c e c o m o u n d e s n u d a m i e n t o c u l t u r a l : r eve la e l " s e r n a t u r a l " , o r i g i n a l , de los h a b l a n t e s ; y p o r e l l o m i s m o , su func ión e x p r e s i v a es a l a vez a p e l a t i v a . E n e l q u e c h u a h a b l a u n " y o " q u e b u s c a enunc iarse c o m o u n " n o s o t r o s " : e n e l a c t o m i s m o de su p r e s e n c i a se m a n i f i e s t a l a ident i f i cac ión de l os h a b l a n t e s 1 6 . A h o r a b i e n , si parece ev idente q u e l a o r a l i d a d d e l q u e c h u a sost iene s u c o m u ­n i c a b i l i d a d v a l o r a t i v a , su fuente de i d e n t i d a d , n o es m e n o s c i e r t o e l h e c h o de q u e e n e l t e x t o e l q u e c h u a c u m p l e otras f u n c i o n e s c o m u n i ­cat ivas . E n p r i m e r t é rmino , p rovee u n o r i g e n l ingüíst ico , e t i m o l ó g i c o , c o m o u n r e p e r t o r i o s u b y a c e n t e d e l s e n t i d o ; esta f o r m a v e r b a l d e l sen­t i d o es, c l a r o , u n a f u e n t e t e x t u a l . E n segundo t é rmino , d e s d o b l a e l r e l a t o e n e l d i s c u r s o : e l t e x t o a c u d e a las m e d i a c i o n e s d e l q u e c h u a (en e l d iá logo y e n las canc iones ) n o só l o c o m o t e s t i m o n i o d e l m u n ­do indígena, s ino c o m o l a auto -expans ión d e l t e x t o desde s u bilingüis­m o . E n tercer t é rmino , e l q u e c h u a es u n a l e n g u a o r a l q u e a q u í posee , s i n e m b a r g o , o t r a e s c r i t u r a : e l a l f abe to d e l m u n d o . E n e f e c t o , esta ca ­racterística tradic ión l i t e r a r i a d e l m u n d o c o m o e s c r i t u r a ( t a n p r e s e n ­te e n l a l i t e r a t u r a l a t i n o a m e r i c a n a 1 7 ) , se sus tenta a q u í e n l a m a t e r i a l i ­d a d y l a c a l i d a d m o t i v a d a q u e e l t e x t o c o n f i e r e a u n a l e n g u a o r a l , q u e desde e l t e x t o d i c e las r e la c i ones d e l sujeto y su á m b i t o , s u s t a n t i v a n ­d o las i n t e r a c c i o n e s de los h a b l a n t e s e n su c u l t u r a .

P e r o s i esta f u e n t e de l a c o m u n i c a c i ó n c o m o g a n a n c i a d e l m u n d o se l i m i t a i a só lo a sus h a b l a n t e s , l a versión sobre las p o s i b i l i d a d e s de c o m u n i c a r q u e e l t e x t o p r o d u c e sería p a r c i a l . P r e c i s a m e n t e , l a e m p r e ­sa d e l t e x t o es q u e su versión b u s c a ser más c o m p r e h e n s i v a : l a l e n g u a q u e c h u a y l a l e n g u a c a s t e l l a n a se f u n d e n n o e n u n t e r ce r i d i o m a s i n o e n u n t e x t o pluril ingüe. E s t o q u i e r e d e c i r q u e sobre l a f u e n t e q u e ­c h u a y sus f u n c i o n e s i d e n t i f i c a d o r a y a p e l a t i v a , e l i n s t r u m e n t o caste-

1 6 Sobre el bilingüismo peruano es fundamental el trabajo de A L B E R T O E S C O B A R , J O ­S É M A T O S M A R y G I O R G I O A L B E R T I , Perú, ¿país bilingüe?, Lima, 1975. Véase también la compilación de Escobar, El reto del multilingüismo en el Perú, Lima, 1972 , y su libro Lenguaje y discriminación social en América Latina, Lima, 1972; A L F R E D O T O R E R O , El quechua y la historia social andina, Lima, 1974 ; S A R A C A S T R O - K L A R É N , "Mundo y pala­bra; hacia una problemática del bilingüismo en Arguedas'', Runa (Lima), 1977, núm. 6, p. 8.

1 7 El tema está por estudiar, tanto en sus vinculaciones con la tradición literaria como en sus posibles revisiones y actualizaciones. Es visible en Vallejo y Neruda, en Paz y Lezama, en Cortázar y Enrique Molina. La idea común de que la representación del mundo es una "na­turaleza", un "paisaje", en lugar de un modelo desde la escritura, ha impedido una mejor comprensión de la funcionalidad de esa representación. Las relaciones del objeto y del nom­bre son más interesantes que la transcripción un tanto "primitiva" que se le ha atribuido a Arguedas. Por lo pronto, William Rowe ha visto bien que la disyunción de Saussure entre el significante y el significado dentro del signo, no es pertinente en la escritura de Arguedas; véase su trabajo "Mito, lenguaje e ideología como estructuras literarias", Recopilación de textos sobre José María Arguedas, ed. J. Larco, pp. 257-283 .

60 j u l i o o r t e g a N R F H , XXXI

l l a n o ampliará sus f u n c i o n e s , g a n a n d o c o n e l l o l a r e s o n a n c i a y l a t e n ­sión de u n dec i r r e l i g a d o , de u n e s c r i b i r p r o d u c i d o c o m o p o l i f o n í a de u n espac io de c o n j u g a c i o n e s y d i s y u n c i o n e s ; u n espac io c u l t u r a l q u e es e m i n e n t e m e n t e t e x t u a l . E n su j u v e n t u d , J o s é María A r g u e d a s h a ­b í a p e n s a d o es c r ib i r e n q u e c h u a , y luego dec id i ó f a b r i c a r u n a l e n g u a c a s t e l l a n a q u e i n c o r p o r a r a c i e r tos r i t m o s s intácticos y c i e r t a e n t o n a ­c i ó n d e l q u e c h u a , q u e , e n e f e c t o , es e l s u b s t r a t o de s u t raba jo c o n e l l e n g u a j e 1 8 . P o r eso se p o d r í a dec i r q u e " n a d i e h a b l a " c o m o e n los l i ­b r o s de A r g u e d a s , p e r o q u e su lenguaje es d e l t o d o e q u i v a l e n t e ; p r i ­m e r o , u n a translación d e l q u e c h u a a u n c a s t e l l a n o s i n g u l a r ; después, u n cas te l lano m o d u l a d o y o r g a n i z a d o p a r a u n a p e r c e p c i ó n y reg is tro d e l d e c i r d i s t i n t o . D e allí que a lgunos l e c t o res h a y a n r e s e n t i d o , p o r e j e m p l o , e l d i s c u r s o de l a e m o t i v i d a d q u e las n o r m a s d e l cas te l l ano r e c o r t a n e n o t r o t i p o de d i s c u r s o , y q u e las d e l q u e c h u a e l a b o r a n más a b i e r t a m e n t e . P e r o este " d e c i r m á s " , esta entrega a l a enunc iac ión , a l a p o s i b i l i d a d de " d e c i r l o t o d o " , n o d e r i v a s ó l o de l a n e c e s i d a d de re­c o b r a r u n t i p o de d i s c u r s o e x p a n s i v o de las e m o c i o n e s , i m p l i c a u n a p e r c e p c i ó n c e n t r a l de esta n o v e l a : l a n e c e s i d a d de r e e l a b o r a r u n siste­m a de c o m u n i c a c i ó n p l u r a l . L a p r o d u c c i ó n m i s m a de l a e s c r i tura sos­t iene u n n u e v o t i p o de revelación c o m u n i c a t i v a . L a discusión acerca de si e l t e x t o l i t e r a r i o es c o m u n i c a c i ó n o p r o d u c c i ó n n o parece p e r t i n e n ­te en e l caso de l o s t e x t o s de A r g u e d a s : estos t e x t o s p o s t u l a n l a p r o ­d u c t i v i d a d t e x t u a l desde u n a ree laborac ión c o m u n i c a t i v a . T e x t o y c o m u n i c a c i ó n se e x p l i c a n m u t u a m e n t e , y m u t u a m e n t e s u s t e n t a n su d i f e r e n c i a Ht eraría y su i n c i d e n c i a c u l t u r a l 1 9 .

H e a q u í l a e m p r e s a o r i g i n a l de J o s é María A r g u e d a s : p r o d u c i r u n t e x t o sobre l a c o m u n i c a c i ó n , d r a m a t i z a n d o su e x i s t i r s o c i a l y r e e l a b o r a n d o su l a t e n c i a i d e n t i f i c a t o r i a . A d e m á s , p r o d u c i r l o c o n l os mater ia l e s d i s c o r d a n t e s de , j u s t a m e n t e , u n a s i tuac ión de f r a c t u r a e n l a c o m u n i c a c i ó n , de estratif icación d e l h a b l a y de v i o l e n c i a sobre l a l i b e r t a d de d e c i r . E l t e x t o genera así su pos tu lac i ón u tóp i ca : u n a co ­m u n i c a c i ó n r e a l i z a d a ; l a q u e d e n u n c i a e l d r a m a de h a b l a r en e l Perú,

1 8 Lo ha explicado el propio Arguedas en el Prólogo a Diamantes y pedernales, Lima, 1954. John Murra cuenta que Arguedas cambió sus planes de escribir en quechua ante la persuasión de su amigo, el mexicano Moisés Sáenz, que fue embajador en Perú durante el gobierno de Cárdenas ; en sus últimos años, Arguedas lamentó esa decisión temprana; ver J. Murra, "Introduction" a Deep river s, trad. de F. Horning Barraclough, Austin, 1978.

1 9 Un buen resumen de esta discusión es el de M A R C ZlMMERMAN, "Exchange and production: Structuralist and Marxist approaches to literary theory", Praxis (California), 1979, núm. 4, pp. 151-168. Véase también ROBERT ESCARPIT y CHARLES B O U A Z I S , Systèmes partiels de communication, Paris, 1972; P I E R R E M A C H E R E Y , Pour une théorie de la production littéraire, Paris, 1966. Plantean nuevas perspectivas los excelentes trabajos de J E A N B A U D R I L L A R D , Pour une critique de l'économie politique du signe, Paris, 1972, y J E A N - J O S E P H GOUX, Freud, Marx, économie et symbolique, Paris, 1973. Un aporte semiótico a partir de Greimas y Derrida es el de C H A R L E S B O U A Z I S , Littérarité et société. Théorie d'un modèle du fonctionnement littéraire, Paris, 1972, y del mismo Bouazis, "Le problème du système scientifique de la communication", en el libro citado de Escarpit y Bouazis, pp. 213-225.

N R F H , XXXI LOS RÍOS PROFUNDOS 61

e n c u a l q u i e r s o c i e d a d repres iva , agudizándolo c o n s u recusac ión de los órdenes de l a v i o l e n c i a 2 0 .

Función e identidad de los hablantes

U n a f o r m a e s p e c i a l m e n t e a g u d a de v i o l e n c i a es l a q u e se ejerce e n c o n t r a de l a c o m u n i c a c i ó n . S i hic iéramos u n a t ipo l og ía de l a v i o l e n ­c i a e n e l Perú (o, p a r a e l caso , e n A m é r i c a l a t i n a ) nos ver íamos o b l i ­gados a i n c l u i r este t i p o de v i o l e n c i a sobre l a c o m u n i c a c i ó n q u e A r g u e -das descubre , y q u e es c e n t r a l a su p e r c e p c i ó n de l a i n j u s t i c i a 2 1 . E n e fec to , luego de q u e e l ' ' n a r r a d o r - t e s t i g o " (cap. 4 : " L a h a c i e n d a " ) nos h a p r o p o r c i o n a d o u n a caracterización d e l h a c e n d a d o , y después de q u e las tres voces d e l N a r r a d o r h a n diseñado e l espac io c e r r a d o de A b a n c a y , l a a c t u a l i d a d de l a a c c i ó n nos e n f r e n t a c o n las c o n s e c u e n ­cias de l a estrati f icación:

Los indios y las mujeres no hablaban con los forasteros. -Jampuyki mamaya (Vengo donde t i , ¡madrecita!) —llamé desde algu­

nas puertas. - ¡Manan! ¡Ama rimawaychu! ( ¡No quiero! ¡No me hables!) —me

contestaron. Tenía la misma apariencia que el pongo del Viejo (.. .) - ¡Señoray, rimakusk'ayki! ( ¡Déjame hablarte, señora!) —insistía, mu­

chas veces, pretendiendo entrar en alguna casa. Pero las mujeres me mira­ban atemorizadas y con desconfianza. Y a no escuchaban n i el lenguaje de los ayllus; les habían hecho perder la memoria; porque yo les hablé con las palabras y el tono de los comuneros, y me deseo nocieron (45).

E l d iálogo es p a r a l e l o a l que E r n e s t o sostuvo c o n su t í o : l a s i t u a ­c ión , también aqu í , es i d e n t i f i c a d o r a . E n este caso , e l e m i s o r d e m a n ­da ser ident i f i cado c o n los s ignos del r e conoc imiento c on que él está ident i f i cando a l dest inatar io ; pero, c o m o antes frente a l p o n g o , l a

2 0 Acerca del "drama de hablar en el Perú", presento un análisis más amplio en mi ar­tículo "Crisis, identidad y cultura en el Perú", Perú: identidad nacional, ed. C. Arróspide de la Flor et ai, pp. 191-208; y en mi libro La cultura peruana: experiencia y conciencia, México, 1978.

2 1 Sobre la tipología de la violencia, véase J O H A N G A L T U N G , "Violence, pea ce, and pea ce research", Journal ofPeace Research (Oslo), 1969, núm. 3,167-191. Galtung presenta el concepto de "violencia estructural", la que se mide por el promedio de vida de los ciuda­danos de un país, y que se origina en la injusticia social. Además de ésta, los países latinoa­mericanos padecen estos otros tipos de violencia: la "legítima" (que usa el Estado, según la definición de Weber, y que es menos legítima en nuestros países porque su base no supo­ne un consenso auténtico); la represiva (que el Estado emplea, demostrando su ilegitimidad, y que se expresa mejor a través de la tortura institucionalizada); la institucional (que se ex­presa en lo que Althusser llama los aparatos ideológicos de Estado, y supone la práctica de la socialización como una forma ideológica de la represión); véase C A R L O S AMAT D E LEÓN, " L a distribución del ingreso familiar en el Perú", Socialismo y participación, L ima, 1978., núm. 2. pp. 9-41. En la lucha por la información que define al conflicto social desde la perspectiva de la cultura, es visible otro tipo de violencia: la descomunicación, que los me­dios de comunicación promueven al presentar información según los intereses de clase de la sociedad nacional y el aparato del Estado. Véase J U L I O O R T E G A y C E C I L I A B U S T A -M A N T E , "Para una tipología de la violencia", Sábado, "Unomásuno", México, 10 de enero de 1981.

62 J U L I O O R T E G A N R F H , X X X I

c o n v o c a c i ó n n o se c u m p l e . A ú n más , en este caso es r e c h a z a d a : estos i n d i o s se revelarán todavía más s o m e t i d o s que el p o n g o de l C u z c o . E l r e c h a z o de l a c o m u n i c a c i ó n equ iva le a l a pérdida de l a i d e n t i d a d ( " m e m o r i a " ) ; o sea, a l v a c í o c u l t u r a l de l a sumisión más v i o l e n t a que p u e d a imag inarse . S u s i l e n c i o n o es só lo l a f o r m a de su m i e d o : es a n ­tes l a m a r c a de su lugar s o c i a l .

A s í d e s c o n o c i d o , n o r e c o n o c i d o , E r n e s t o c o m p r u e b a que e l m o d e ­l o de l a c o m u n i c a c i ó n p l e n a (el h a b l a de los c o m u n e r o s ) h a s ido aquí d e s a r t i c u l a d o . E s t a f r a c t u r a de su p a p e l de e m i s o r p o n e en d u d a su p r o p i a i d e n t i d a d : vo lv ió a l p u e b l o , l e e m o s , " t e m i e n d o desconocer a las personas o que m e n e g a r a n " (45 ) . E n e l c o l e g i o , es i d e n t i f i c a d o co ­m o " l o c o " y " t o n t o v a g a b u n d o " . L a crisis de su p a p e l c o m u n i c a n t e r e p r o d u c e l a z o z o b r a de su i d e n t i d a d c u l t u r a l , de su p e r t e n e n c i a a u n o r d e n q u e carece de subs t ra to so c ia l s u f i c i e n t e y q u e , desde a h o r a , m a r c a su m a r g i n a l i d a d r a d i c a l . L a al ienación d e l n u e v o m e d i o se ex­presa a través de l a c o m u n i c a c i ó n , que es l a metá fora sensible de su d e s t i e r r o : " E n esos días de c on fus i ón y desasosiego, r e c o r d a b a el c a n ­t o de d e s p e d i d a que m e d e d i c a r o n las m u j e r e s , en el ú l t imo ayllu d o n d e residí , c o m o r e f u g i o , m i e n t r a s m i p a d r e vagaba p e r s e g u i d o .

H u y e n d o de parientes crueles ped i m i s e r i c o r d i a a u n ayllu que s e m b r a b a m a í z en l a más p e q u e ñ a y alegre q u e b r a d a q u e he c o n o c i ­d o . E s p i n o s de f lores ard ientes y e l c a n t o de las torcazas i l u m i n a b a n los m a i z a l e s . L o s jefes de f a m i l i a y las señoras, mamakunas de l a c o ­m u n i d a d , m e p r o t e g i e r o n y m e i n f u n d i e r o n l a i m p a g a b l e t e r n u r a en que v i v o " ( 4 5 - 4 6 ) .

S i A r g u e d a s se hub iese l i m i t a d o a o f r e cernos l a b e l l e z a d e l paisaje , imágenes c o m o éstas probar ían su e f i c a c i a p i c t ó r i ca ; p e r o pasajes co ­m o éste d e m u e s t r a n que e l m e d i o (su representación) desempeña u n p a p e l más i m p o r t a n t e en el t e x t o : f o r m a p a r t e d e l d r a m a , actúa co ­m o su r e s o n a n c i a . T a m p o c o se t r a t a de u n a m e r a a r c a d i a i n f a n t i l , n a ­t u r a l o e c o l ó g i c a : l a representación sost iene a q u í a u n m o d e l o de l a c o m u n i c a c i ó n . M o d e l o q u e c o n j u g a u n a e s c r i t u r a d e l m u n d o c o n u n h a b l a q u e t r a n s f o r m a a los hab lantes e n u n a f a m i l i a h u m a n a d e n t r o de u n a m o r a d a p l e n a . M o d e l o , p o r e l l o , a c t i v o , y p r o y e c t a d o c o m o u n a a c t u a l i d a d cr í t i ca frente a l o t r o m o d e l o de l a c o m u n i c a c i ó n de­p r i m i d a .

E n esta escena , que i l u s t r a e l p r i m e r m o d e l o , e l r e l a t o n o de ja de i n t r o d u c i r l a f r a c t u r a que de f ine a l su jeto ( la e r r a n c i a i n f a n t i l , e l des­t i e r r o a d o l e s c e n t e , l a búsqueda de u n a articulación s imból ica en e l a d u l t o ) . E l harahui ( canc ión ) de l a d e s p e d i d a , q u e los i n d i o s c a n t a n al n i ñ o , r eve la i n t e n s a m e n t e l a p l e n i t u d y e l d r a m a de esta c o m u n i c a ­c i ó n s u p e r i o r :

INo te olvides, mi pequeño, no te olvides! Cerro blanco, hazlo volver,

N R F H , XXXI L O S RÍOS P R O F U N D O S 63

agua de la montaña, manantial de la pampa que nunca muera de sed.

Halcón, cárgalo en tus alas y hazlo volver. Inmensa nieve, padre de la nieve, no lo hieras en el camino. Mal viento, no lo toques. Lluvia de tormenta, no lo alcances. ¡No, precipicio, atroz precipicio,

no lo sorprendas! ¡Hijo mío,

has de volver, has de volver! (46)

E s t a canc ión q u e c h u a , c u y o o r i g i n a l en esa l e n g u a se i n c l u y e , resu­m e b i e n l a c a l i d a d a p e l a t i v a d e l e m i s o r c o l e c t i v o de este h a b l a r mít i ­c o . L a func ión c o n n o t a t i v a , i m p e r a t i v a , que es u n r e c l a m o y u n c o n ­j u r o , s u p o n e el m u n d o h a b i t a d o p o r l a p r o y e c c i ó n d e l deseo (magia) , n o m b r a d o y h u m a n i z a d o en l a c e r e m o n i a e n u m e r a t i v a ( r i t o ) , apre­h e n d i d o p o r l a c i r c u l a r i d a d d e l i r / v o l v e r en el m i s m o ac to d e l c a n t o ( m i t o ) . ¿ Q u é dec i r de l a c a l i d a d e m o t i v a de t o d a esta s e c u e n c i a , de su r e f i n a m i e n t o y t e r n u r a ? Pocos autores h a n l o g r a d o esa pulsac ión , esa vibración c o m u n i c a t i v a . A l hacer s u y a esta canc i ón , el t e x t o h a b l a a través de u n a c u l t u r a .

O t r o es el m o d e l o de l a c o m u n i c a c i ó n de l a s o c i e d a d d o m i n a n t e , e s tab lec ido p o r l a s o c i e d a d n a c i o n a l y r e p r o d u c i d o p o r los aparatos de estado que c o n t r o l a n l a clase g o b e r n a n t e y sus delegados y a l iados . L a p r i m e r a escena e n e l c o l eg io i l u s t r a ese s i s t e m a :

— ¡El dueño de Auquibamba! —decían los internos. — ¡El dueño de Pati ! — ¡El dueño de Yaca! Y parecía que nombraban a las grandes estrellas(47).

A l s u p r i m i r los n o m b r e s de los h a c e n d a d o s y p r e s e n t a r l o s p o r su d o m i n i o sobre l a p r o p i e d a d , el t e x t o m u e s t r a a g u d a m e n t e el f u n c i o ­n a m i e n t o p o r e l q u e se i d e n t i f i c a este m o d e l o de l a c o m u n i c a c i ó n . S i el a n t e r i o r se basa e n l a p r o p i e d a d c o l e c t i v a , éste se basa en l a p r o p i e ­d a d s e m i f e u d a l . E n lugar de n o m b r e s de p r o p i o s su i d e n t i d a d requ iere de los n o m b r e s d e l p o d e r , su i d e n t i d a d está en l a pirámide de l a soc ie ­d a d y de l l enguaje . E s t e d e s c u b r i m i e n t o d e l o r d e n e s t a b l e c i d o se h a ­ce a través de su s i s t e m a de procesar l a in f o rmac ión , y t i e n e , desde l a per cepc i ón de E r n e s t o , su c e n t r o e m i s o r en l a f i g u r a d e l Padre D i r e c ­t o r , c u y a presentac ión en el t e x t o es u n análisis de su p a p e l c o m u ­n i c a t i v o .

E l Padre Director empezaba suavemente sus prédicas. Elogiaba a la Virgen con palabras conmovedoras; su voz era armoniosa y delgada, pero

64 J U L I O O R T E G A N R F H , X X X I

se exaltaba pronto. Odiaba a Chile y encontraba siempre la forma de pasar de los temas religiosos hacia el loor de la patria y de sus héroes. Predicaba la futura guerra contra los chilenos. Llamaba a los jóvenes y a los niños para que se prepararan. . . Y así, ya exaltado, hablando con violencia, re­cordaba a los hombres sus otros deberes. Elogiaba a los hacendados; decía que ellos eran el fundamento de la patria, los pilares que sostenían su r i ­queza. Se refería a la religiosidad de los señores, al cuidado con que conser­vaban las capillas de las haciendas y a la obligación que imponían entre los indios de confesarse, de comulgar, de casarse y vivir en paz, en el trabajo humilde (47).

E l pasaje es e x p l í c i t o : éste es u n e m i s o r q u e s u m a l a a u t o r i d a d d e l d i s curso re l i g i oso y d e l d i s c u r s o o f i c i a l y es ta ta l a l de l a a u t o r i d a d es­pec í f i ca . E s u n e m i s o r p r i v i l e g i a d o : su d i s c u r s o es e l de l a ideo l og ía d o m i n a n t e , de allí q u e sea j e r a r q u i z a d o r , n o r m a t i v o y s a n c i o n a d o r desde e l s i s t ema . D e allí también que su f o r m a sea l a v i o l e n c i a . P o r l o demás , l a s u m a de e l ementos e n esta escena ( a u t o r i d a d e s , h a c e n d a ­dos , i g l es ia , co leg io ) a n u n c i a l a a c t i v i d a d a l t a m e n t e c o d i f i c a d a de los aparatos ideológicos en l a pequeña c i u d a d p r o v i n c i a n a que f u n c i o n a c o m o u n m o d e l o c o n d e n s a d o de l a s o c i e d a d n a c i o n a l . Pero s i e l Padre D i r e c t o r s o l a m e n t e fuese u n representante " n e g a t i v o " de l a c u l t u r a d o m i n a n t e , e l t e x t o perdería l a e s p e c i f i c i d a d d e l c o n f l i c t o ; o c u r r e , más b i e n , que este o p o n e n t e p r i v i l e g i a d o es u n a f i g u r a a m b i g u a : es u n a figura p a t r i a r c a l c u y o p a p e l m o r a l y c u y a a u t o r i d a d en l a i n f o r ­m a c i ó n deberán todav ía ser puestos a p r u e b a . S o n las o p c i o n e s f rente a l d e s a r r o l l o c o n f l i c t i v o d e l r e la to l o q u e decidirá l a c a p a c i d a d r e s o l u ­t i v a , y l a d imensión ética, de los m o d e l o s e n d i s p u t a .

E l ú n i c o espac io a b i e r t o d e n t r o d e l espac io c e r r a d o de A b a n c a y (el b a r r i o de H u a n u p a t a ) , i n t r o d u c e n u e v o s s ignos en e l debate (cap. 5 : " P u e n t e sobre e l m u n d o " ) . E s u n b a r r i o v i n c u l a d o a l m e r c a d o , d o n d e están las chicherías . E s p a c i o a n t i o f i c i a l , e n él se c o n j u g a n i n d i o s , c h o ­los y m e s t i z o s : b a r r i o " a l e g r e " , lugar de intermediac ión étnica y so­c i a l , es u n espac io de a c t i v a c o m u n i c a c i ó n . E n t r e l os i n d i o s siervos y c a m p e s i n o s y los m e s t i z o s y señores de l a c i u d a d , este lugar es u n ter ­cer á m b i t o s o c i a l : n o parece señalar u n a m e r a i n s t a n c i a de transición entre u n o y otro estrato étnico y soc ia l ; parece, más b ien , u n estrato p r o p i o : e l que c o r r e s p o n d e , p r e c i s a m e n t e , a l a intermediac ión y a l i n t e r c a m b i o , a l a c u l t u r a p o p u l a r d e l m e r c a d o ; e n p a r t e , a l estrato c h o l o de l a s o c i e d a d p e r u a n a 2 2 . E s r e v e l a d o r e l que este espacio c u l ­t u r a l a b r a u n a de las a l ternat ivas d i n a m i z a d a s p o r e l c o n f l i c t o : l a re ­b e l i ó n de las c h i c h e r a s . También es in teresante q u e sean las mujeres , c u y o p a p e l i n t e r m e d i a r i o es más i n t e n s o , quienes l l e v e n a cabo esa r u p t u r a d e l s i s t e m a .

P o r l o p r o n t o , e l c a n t o es a q u í u n a p r i m e r a f o r m a c o m u n i c a t i v a .

2 2 F R A N C O I S B O U R R I C A U D , "Iridian, mestizo and cholo as symbols in the Peruvian system of stratification", en Ethnicity, theory and experienve, ed, N . Glazer y D. P. Moyni-han, Cambridge, Mass., pp. 380-387; M. D A V I S , J R . , Indian integration in Peni, 1900-1948, Nebraska, 1974.

N R F H , XXXI L O S RÍOS P R O F U N D O S 65

L o s viajeros p i d e n a los músicos h u a y n o s de sus reg iones , p e r o a l ser i n t e r p r e t a d o s a d q u i e r e n e l r i t m o de l a música de A p u r i m a c . L o s r i t ­m o s , las e n t o n a c i o n e s , son d i s t i n t o s según los p u e b l o s , y señalan l a ident i f i cac ión r e g i o n a l , que es u n a m a r c a m u y fuer te en u n a s o c i e d a d d e s a r t i c u l a d a n a c i o n a l m e n t e . I n c l u s o e n los h u a y n o s de reg iones des­c o n o c i d a s , es p e r c e p t i b l e e l carácter d e l lugar , q u e actúa c o m o v e r d a ­dero e m i s o r . A s í , las mest i zas sólo c a n t a b a n h u a y n o s " d e l a t i e r r a d o n d e c recen l a caña de azúcar y los árboles f r u t a l e s " ( 5 0 ) , y a través de sus voces u n paisaje d i s t i n t i v o se m a n i f i e s t a . N o t o r i a m e n t e , los " i n ­d ios de h a c i e n d a " n o c o n c u r r e n a este l u g a r : " D e s e a b a h a b l a r c o n e l los y n o p e r d í a l a esperanza . P e r o n u n c a los e n c o n t r é " ( 5 1 ) , se n o s i n ­f o r m a ; l a d o m i n a c i ó n que los s e n t e n c i a a l s i l enc i o es también u n cer­c o f ís ico que les i m p i d e acceder a este espacio de af irmación y r e c o ­n o c i m i e n t o .

E n c a m b i o , e n e l espac io d e l c o l eg io y ba jo l a a u t o r i d a d d e l D i r e c ­t o r , padre s imbó l i co de l s i s t e m a , e l sujeto requ iere p a r t i c i p a r e n u n r i t u a l de representac iones y e n m a s c a r a m i e n t o s q u e s o n e l p r o c e s o de u n r e c o n o c i m i e n t o s u s t i t u t i v o y d i f e r i d o . A través de este r i t u a l b u s ­cará a f i rmarse l a i n d i v i d u a l i d a d , e l " y o " c o m o u n a m a r c a d i f e r e n c i a -d o r a sobre e l " n o s o t r o s " . Y este p roceso de l a i d e n t i d a d n o p o d r á darse s ino en u n c l i m a de v i o l e n c i a : de a u t o v i o l e n c i a y de v i o l e n c i a m u t u a . E l sujeto se r e c o n o c e r á , de ese m o d o , en l o s acc identes y t o r ­m e n t o s de u n " y o " s i empre c o n f r o n t a d o . E l s e n t i m i e n t o de c u l p a , l a humil lac ión , e l e n m a s c a r a m i e n t o , convertirán a l a c o m u n i c a c i ó n e n u n l a b e r i n t o , e n u n a t r a m p a . D e allí e l t o r m e n t o de E r n e s t o : l os c ó d i ­gos e n t r a n e n c r i s i s , y su s u b j e t i v i d a d h e r i d a e x a c e r b a l a i n f o r m a c i ó n que rec ibe y q u e l o c o n f r o n t a . P o r l o m i s m o , su c o n d u c t a se hará ex ­traña: sus c ó d i g o s s o n o t r o s , y l a p e r c e p c i ó n de las a u t o r i d a d e s d e l c o l eg io y de var ios de sus c o m p a ñ e r o s n o logrará s i t u a r , hacer l e g i b l e , ese c o m p o r t a m i e n t o " d e s a d a p t a d o " .

Y a los juegos adolescentes s o n u n s ín toma de l a v i o l e n c i a la tente d e l d i s curso o f i c i a l : u n a p e l e a f r a n c a entre " c h i l e n o s " y " p e r u a n o s " ; y , en última i n s t a n c i a , u n a máscara de l a i d e n t i d a d . " Y l o s o d i o s n o cesaban , se c o m p l i c a b a n y e x t e n d í a n " ( 5 5 ) , r e sume e l t e x t o . U n a víct i ­m a señalada de esta v i o l e n c i a será P a l a c i o s , c u y o o r i g e n c a m p e s i n o se d e l a t a e n su f a l t a de c o n t r o l d e l i n s t r u m e n t o de d o m i n i o , l a e s c r i t u ­r a : " L e í a p e n o s a m e n t e y n o entendía b i e n el c a s t e l l a n o " ( 5 7) . O t r a v í c ­t i m a es e l P e l u c a , e l c o b a r d e , q u i e n a l o p t a r p o r e l a i s l a m i e n t o " e x a s ­peró a los i n t e r n o s . Y l o a t a c a r o n , u n a n o c h e en e l p a t i o i n t e r i o r " ( 6 3 ) . E s interesante l a razón p a r a a t a c a r l o : " — Y a n o n o s o y e e l P e l u c a — se q u e j a r o n v a r i o s " ( 6 3 ) , o sea, esta v i o l e n c i a es u n a f o r m a de c o m u n i c a ­c i ó n d i s t o r s i o n a d a . A p a r t i r de l a c u l p a b i l i d a d de las experiencias eró­t icas c o n u n a d e m e n t e q u e , p o r c i e r t o , n o h a b l a , esta v i o l e n c i a c u l m i ­n a e n acusac iones y desgarramientos que a f l igen a l su jeto y l o l l e v a n a l a r r e p e n t i m i e n t o . E l Padre D i r e c t o r c o n o c e b i e n estas e x p i a c i o n e s r e c u r r e n t e s : " se sintió m u y sat i s fecho de l s o l l o z o i n t e n s o de los

66 J U L I O O R T E G A N R F H , XXXI

a l u m n o s " ( 6 4 ) . E s p r e v i s i b l e , p o r l o demás, l a m i s m a división d e l espa­c i o d e n t r o d e l c o l e g i o : h a y u n p a t i o e m p e d r a d o " d o n d e cantábamos huaynos j o c o s o s y a l egres " (65 ) , y o t r o o s curo a d o n d e c o n c u r r e l a de­m e n t e . F r e n t e a esta e x p e r i e n c i a d e l eros c o m o i m p u r e z a y , sobre t o ­d o , ausenc ia de c o m u n i c a c i ó n , E r n e s t o l e v a n t a l a i m a g e n de o t r a r e l a ­c i ó n , basada en u n dar y c o m u n i c a r p l e n o s : " a l g u n a . . . q u e p u d i e r a a d i v i n a r y t o m a r p a r a sí mis sueños , l a m e m o r i a de m i s viajes , de los r íos y montañas que había v i s t o . . . " ( 6 5 ) . E l p a t i o o s c u r o i m p l i c a u n espacio perverso , c o n t a m i n a d o , q u e h iere a l su jeto y l o separa y a i s l a : " a l a h o r a en que vo lv ía de a q u e l p a t i o , a l a n o c h e c e r , se desprendía de m i s ojos l a m a t e r n a l i m a g e n d e l m u n d o . Y l l egada l a n o c h e , l a s o l e d a d , m i a i s l a m i e n t o , seguía c r e c i e n d o " ( 6 6 ) . D e s a m p a r a d o de su i d e n t i d a d , de u n a c o m u n i ó n m a t e r n a l , sobre él se c i e r n e c o m o l a c u l ­p a esa separación de las fuentes tute lares q u e m o d e l a n su i n f o r m a ­c i ó n . P o r l o t a n t o , su c u l p a es de o t r o o r d e n : n o es re l i g i osa s ino m í ­t i c a ; es c o n t r a e l o r d e n n a t u r a l q u e h a " p e c a d o " .

E s t a separación de las fuerzas sustentadoras le e v o c a de i n m e d i a t o e l a b a n d o n o que p a d e c i ó de n i ñ o : " L o r e c o r d a b a , l o r e c o r d a b a y re ­vivía e n los instantes de gran s o l e d a d ; p e r o l o q u e sentía d u r a n t e aque l las noches d e l i n t e r n a d o , era e s p a n t o , n o c o m o s i h u b i e r a v u e l t o a caer en e l va l le t r i s te y a is lado de L o s M o l i n o s , s ino e n a b i s m o de hiél, c a d a vez más h o n d o y e x t e n s o , d o n d e n o p o d í a l legar n i n g u n a v o z , ningún a l i e n t o d e l r u m o r o s o m u n d o " (67) .

E s , pues , l a c o m u n i c a c i ó n c o n ese r e m i t e n t e i n c e s a n t e , e l " r u m o r o ­so m u n d o " , l o que se h a f r a c t u r a d o . L o s d o m i n g o s , E r n e s t o b u s c a esas voces y b a j a e n p o s d e l r í o entre las p l a n t a s q u e " c a n t a n c o m o s o n a j a s " ( 6 7 ) . S o b r e e l gran r í o h a y u n b e l l o p u e n t e , " c o n s t r u i d o p o r los e spaño les " : " Y o n o sabía s i a m a b a más a l p u e n t e o a l r í o . P e r o a m b o s despe jaban m i a l m a , l a i n u n d a b a n de f o r t a l e z a y de h e r o i c o s sueños . Se b o r r a b a n de m i m e n t e todas las imágenes plañideras, las dudas y los m a l o s r e c u e r d o s .

Y así , r e n o v a d o , v u e l t o a m i ser, regresaba a l p u e b l o ; subía l a cues­t a c o n pasos firmes. I b a c o n v e r s a n d o m e n t a l m e n t e c o n m i s viejos amigos l e janos : d o n M a y w a , d o n D e m e t r i o P u m a y l l y , d o n P e d r o K o k c h i . . . que m e c r i a r o n , que h i c i e r o n m i c o r a z ó n semejante a l s u y o " (68 ) .

E s t e a c t o de puri f i cac ión r i t u a l r e s t i t u y e l a c o n v i c c i ó n d e l m o d e l o n a t u r a l c o m o p a r a d i g m a de u n a c o m u n i c a c i ó n s u p e r i o r , d o n d e l a for ­mación básica se h a c u m p l i d o y desde donde l a información es perc i ­b i d a . Desde aquí deberá levantarse el m i s m o fu turo : el sujeto, se nos d i c e , " D e b í a ser c o m o e l gran r í o : c r u z a r l a t i e r r a , c o r t a r las ro cas ; pasar , i n d e t e n i b l e y t r a n q u i l o , entre los bosques y montañas ; y en t rar a l m a r , a c o m p a ñ a d o p o r u n gran p u e b l o de aves q u e cantarían desde l a a l t u r a " ( 6 8 ) . E s l a c o n v i c c i ó n de u n a c u l t u r a , c o n su r a c i o n a l i d a d p r o ­p i a , t a n legít ima c o m o o t r a c u a l q u i e r a , l a q u e se p r o p o n e a q u í u n a t o p o l o g í a de su s e n t i d o .

N R F H , XXXI LOS RÍOS PROFUNDOS 67

Desde esta p e r s p e c t i v a i n t e r i o r i z a d a , e l " n a r r a d o r - t e s t i g o ' ' r e t o r n a ( cap . 6 : " Z u m b a y l l u " ) p a r a d r a m a t i z a r en su i n f o r m e l a l e n g u a de ese m o d e l o : o t r a vez u n a discusión lingüistica sobre e l q u e c h u a y su m a ­nifestación d e l l ogos . A h o r a se n o s p r e s e n t a u n r e p e r t o r i o de i n s t r u ­m e n t o s de esta c o m u n i c a c i ó n s u s t a n t i v a d o r a , q u e i n c l u y e n l a música , l a voz y l a l u z . E n este r e p e r t o r i o de m e d i a d o r e s mág i cos , q u e r e c i ­b e n , t r a n s m u t a n y p r o y e c t a n e l deseo de l a c o m u n i c a c i ó n p l e n a , se s i ­túa el t r o m p o , e l z u m b a y l l u , c o m o f i gura d e l j uego r i t u a l y e l deseo t r a n s f i g u r a d o r . O b j e t o i n i c i a d o r de u n diálogo n u e v o , l i b e r a d o r , e l mágico t r o m p o r e n u e v a e l e spac i o , l o hace p r o p i c i o , y r e s t i t u y e u n a c o n d i c i ó n o r i g i n a l a los jugadores o ce lebrantes . " E l c a n t o d e l zum­bayllu se p r o p a g ó c o n u n a c l a r i d a d extraña; parec ía tener agudo f i -l o " ( 7 4 ) ; " E l canto d e l zumbayllu se i n t e r n a b a en e l o í d o , av ivaba e n l a m e m o r i a l a i m a g e n de los r í o s " ( 7 5 ) . A n t e r o , e l m u c h a c h o que h a f a b r i ­cado e l t r o m p o , es l l a m a d o el " M a r k a s k ' a " , p o r sus l u n a r e s ; su s ingu la ­r i d a d "algún p o d e r tenía , a l g u n a a u t o r i d a d i n n a t a " ( 7 7 ) l o d i s t ingue d e l g r u p o , de m o d o p a r a l e l o a l a s i n g u l a r i d a d de E r n e s t o , q u e es c a l i ­f i c a d o de " p o e t a " y escr ibe cartas de a m o r p o r encargo de sus c o m ­pañeros , m a r c a de su p r o p i a a u t o r i d a d e s c r i p t u r a l . T a m b i é n los t r o m ­p o s t i e n e n su p r o p i a m a r c a : " E s t a n o c h e te haré u n zumbayllu espe­c i a l . T e n g o u n winku, c h o l o . L o s winkus c a n t a n d i s t i n t o . T i e n e n a l ­m a " , le d ice A n t e r o a E r n e s t o ; y e l t e x t o añade a p i e de página q u e winku s i gn i f i ca " D e f o r m i d a d de los ob je tos que deb ían ser r e d o n -d o s " ( 7 8 ) . I n c l u s o los t r o m p o s r e c o n o c e n esta m a r c a des cent rada , d i s f o r m e .

U n a c a r t a de E r n e s t o p a r a l a n o v i a de A n t e r o derivará h a c i a o t r a c a r t a , d i r i g i d a a las m u c h a c h a s campes inas de l a i n f a n c i a c o m u n i t a ­r i a . " ¿ Y si ellas s u p i e r a n leer? ¿Si a ellas p u d i e r a y o e s c r i b i r l e s ? " ( 8 1 ) , se p r e g u n t a e l " n a r r a d o r - a c t o r " . " S i y o p u d i e r a e s c r ib i r l e s , m i a m o r brotar ía c o m o u n r í o c r i s t a l i n o ; m i c a r t a p o d r í a ser c o m o u n c a n ­t o . . . " L a e s c r i t u r a n o r e e m p l a z a a l a c a n c i ó n , a l a v o z . " ¡Escribir! E s c r i b i r p a r a ellas era inútil , i n s e r v i b l e " ; deber ía , se d i c e , esperarlas e n los c a m i n o s y c a n t a r . S i n e m b a r g o , l o i n t e n t a : e n q u e c h u a unas p a l a b r a s , e n cas te l l ano ( i m p l i c a n d o u n a t raducc ión) e n s e g u i d a . C o m o e n e l huarahui de l a d e s p e d i d a , aqu í los s e n t i m i e n t o s se d i c e n c o n los n o m b r e s m e d i a d o r e s d e l m u n d o n a t u r a l . E s t a exal tac ión c o m u n i c a t i ­v a l o p o n e n u e v a m e n t e en c o n t a c t o i n t e n s o c o n l a c e r t i d u m b r e d e l p r o p i o m o d e l o : l l o r a de e m o c i ó n , y se s iente p o s e í d o p o r " u n seguro o r g u l l o " ( 8 2 ) . P u e s t o a p r u e b a , e l m o d e l o de u n a c u l t u r a a l i m e n t a a l sujeto c o n su reserva de c o m u n i c a c i ó n p r o t e c t o r a , q u e todav ía debe­rá ser d r a m a t i z a d a p o r o t r o s r i t os de l a social ización e n l a c u l t u r a d o ­m i n a n t e en l a c u a l , n e c e s a r i a m e n t e , e l sujeto deberá in te rnarse p a r a a m p l i a r sobre e l l a su m o d e l o o r i g i n a l que irá así f o r j a n d o su v a ­l i dez u n i v e r s a l , s u l e g i t i m i d a d a l t e r n a t i v a . U n r i t o es l a l e c t u r a e n voz a l t a ( " F u e r o n esas l e c turas públicas las que m e d i e r o n p r e s t i ­g i o " 82), del Manual de Carreño, u n a de las codi f i cac iones más siste­máticas d e l m o d e l o de c o n d u c t a hispánico t r a d i c i o n a l ; o t r o r i t o es e l

68 J U L I O O R T E G A N R F H , XXXI

desaf ío y l a p e l e a . E s a esta a l t u r a que E r n e s t o es m a r c a d o desde l a codif icación más u s u a l : le l l a m a n " i n d i e c i t o " y " c h o l i t o " (83). T a m ­bién a esta a l t u r a , e l t e x t o v a c o n v i r t i e n d o a l ' r e la to d e l a p r e n d i z a j e ' e n ' n o v e l a d e l a r t e ' : este r e t ra to d e l a r t i s t a ado lescente a n d i n o n o es m e n o s e x p l o r a t o r i o que a q u e l o t r o d e l ado lescente irlandés; a u n q u e aqu í l a " c o n c i e n c i a de m i r a z a " n o está " i n c r e a d a " : ex is te c o m o u n a f o r m a r e a l i z a d a , si b i e n s o c i a l m e n t e n e g a d a . N u e s t r o ar t i s ta se c o n ­frontará c o n V a l l e , e l " i n t e l e c t u a l " d e l r e l a t o , " e l único l e c t o r d e l C o l e g i o " ( 8 4 ) , p e r o c u y o l e n g u a j e " ' ' a t i l d a d o ' ' , " a causa de sus l e c t u -r a s " ( 8 5 ) , l o revelerá c o m o u n m a n i p u l a d o r f r i v o l o d e l lenguaje . E n l a n o c h e p r e v i a a l c o m b a t e c o n R o n d i m e l , que V a l l e h a c a l i f i c a d o de " n u e v o d u e l o de las r a z a s " ( 8 6 ) , de n u e v o l a c o m u n i c a c i ó n d u a l se o f rece a E r n e s t o , p e r o su o p c i ó n es c i e r t a m e n t e p r e v i s i b l e : " P o r l a n o c h e , e n e l r o s a r i o , quise e n c o m e n d a r m e y n o p u d e . L a vergüenza m e ató l a l e n g u a y e l p e n s a m i e n t o .

E n t o n c e s , m i e n t r a s t e m b l a b a de vergüenza, v i n o a m i m e m o r i a , c o ­m o u n re lámpago , l a i m a g e n d e l Apu K ' a r w a r a s u . Y le hablé a él, c o ­m o se e n c o m e n d a b a n los escolares de m i a l d e a n a t i v a , c u a n d o tenían q u e l u c h a r o c o m p e t i r en carreras y e n p r u e b a s de v a l o r .

— ¡Só lo tú , Apu y e l ' M a r k a s k ' a ' ! —le di je— ¡Apu K ' a r w a r a s u , a t i v o y a ded i car te m i p e l e a ! " ( 8 7 ) .

L a " v e r g ü e n z a " parece aqu í u n a e m o c i ó n de l n u e v o c ó d i g o , de raíz c r i s t i a n a , c u y a i m p o t e n c i a es v e n c i d a c o n l a exaltación de l o t r o c ó d i g o , a p e l a n d o a l cerro t u t e l a r y a l a d e m a n d a mágica de u n a p r o ­t e c c i ó n . " L o s i n d i o s —añade n u e s t r o i n f o r m a n t e — i n v o c a n al K ' a r w a ­rasu únicamente en los grandes pe l i g ros . A p e n a s p r o n u n c i a n su n o m ­bre e l t e m o r a l a m u e r t e d e s a p a r e c e " (87 ) . U n h o m b r e más fuerte que l a m u e r t e : l a p r o y e c c i ó n de l deseo , l a de f in ic ión mágica , se c u m p l e en el i n t e r i o r de l c ó d i g o de esta c u l t u r a t r a d i c i o n a l que m o d e l a a u n a co­m u n i c a c i ó n mít i ca . P o r eso, a l f i n a l , o t r a c e r e m o n i a de puri f icación se i m p o n e : el t r o m p o c a n t a " p o r t o d o s sus o j o s " (94) y E r n e s t o le h a ­b l a d i r e c t a m e n t e : "— \Ay,zumbayllu, zumbayllul ¡ Y o también b a i l a ­ré c o n t i g o ! " (94 ) . Tras l a d a n z a , l a restitución de l n o s o t r o s e n r i q u e c i ­do se h a p r o d u c i d o : " ¡Nadie es m i e n e m i g o ! ¡Nadie , n a d i e ! " (94) . E l j u e g o a d q u i e r e u n s e n t i d o m a y o r , c u l m i n a en su verdadero des t inata ­r i o , e l n o s o t r o s s o l i d a r i o . " E l so l a l u m b r a b a p a r a él s o l o , esa mañana. E l m u n d o r e d o n d o , c o m o u n juguete b r i l l a n t e ardía en sus m a n o s . ¡Era de él! Y n o s o t r o s part ic ipábamos en l a d i c h a de sent i r lo due ­

ñ o " (96 ) . D e este m o d o parabó l i co , p o r l a c o m u n i c a c i ó n r i t u a l i z a d a , el m o d e l o de l a c u l t u r a a n d i n a i n c o r p o r a a los hab lantes de l a o t r a c u l t u r a en el c onsenso a m p l i a d o .

La subversión del discurso

P e r o antes de t en tar e l d iseño de esas a m p l i a c i o n e s , e l t e x t o r e q u i e ­re t odav ía reso lver u n a p r u e b a e x t r e m a de las re lac iones de a m b o s

N R F H , XXXI L O S RÍOS P R O F U N D O S 69

m o d e l o s : l a subversión de las ch i cheras ( cap . 7 : " E l m o t í n " ) . E l m o ­t ín se h a p r o d u c i d o p o r q u e l a R e c a u d a d o r a ( d e p e n d e n c i a estata l de comerc ia l izac ión y captac ión de i m p u e s t o s ) que c o n t r o l a l a d i s t r i b u ­c i ón de l a sal h a o c u l t a d o este p r o d u c t o esenc ia l p a r a l o s negoc ios de las chicherías . A l parecer , otras resonancias s o n pos ib l e s e n esta rebe ­l ión p o p u l a r p o r l a sa l . T r a d i c i o n a l m e n t e , antes de l a c o n q u i s t a espa­ñola , l os indígenas de los val les i n t e r a n d i n o s c o n t r o l a b a n las salinas de l a c o s t a ; l a usurpación p o r e l E s t a d o de ese c o n t r o l es o t r a e x p o ­l iación de l a c u l t u r a n a t i v a . P o r o t r a p a r t e , l a sal es u n e l e m e n t o esen­c i a l de l a c u l t u r a p o p u l a r , n o só lo de l os negoc i os de las chicherías , y , de a l g u n a m a n e r a , es u n e l e m e n t o c o l e c t i v o , c u y a usurpación se reve­l a a n t i n a t u r a l . ¿ N o es, p o r ú l t i m o , u n e m b l e m a s u s t a n t i v o , terrestre y d i s t i n t i v o ? S i n d u d a , esta d e n s i d a d s imból ica subyace a q u í , señalando a u n a c u l t u r a i n t e r m e d i a r i a c u y a rebeldía es u n a suerte de r e c u p e r a ­c i ó n . N o es casua l que ésta sea u n a rebel ión de las m u j e r e s , de las m a ­dres. P e r o , antes , estamos ante u n m o t í n m u y e s p e c í f i c o , y e n e l c u a l E r n e s t o , y e l m i s m o t e x t o , ganará u n a part ic ipación c o m u n i c a t i v a , que y a sabemos es u n a f o r m a de d i c h a , y q u e será a h o r a u n a f o r m a de cr ít ica.

E s a c u l t u r a i n t e r m e d i a r i a es l a de los c h o l o s : su l e n g u a q u e c h u a los i d e n t i f i c a en su o r i g e n a n d i n o p e r o su c a p a c i d a d de respues ta les d a m a y o r m o v i l i d a d i n c l u s o q u e a los m e s t i z o s , más d e p e n d i e n t e s d e l sis­t e m a o c c i d e n t a l i z a d o . " L a v i o l e n c i a de las mujeres m e e x a l t a b a . S e n ­tía deseos de pe l ear , de avanzar c o n t r a a l g u i e n " ( 9 8 ) , d e c l a r a el n a r r a ­d o r , ante el espectáculo de las mujeres que h a n o c u p a d o l a p l a z a , el c e n t r o d e l espacio o f i c i a l . Se t r a t a , en p r i m e r lugar , de u n a r u p t u r a de ese espacio y , c o n s e c u e n t e m e n t e , de su c o m u n i c a c i ó n reg lada : " L a s ees suavísimas d e l d u l c e q u e c h u a de A b a n c a y só lo parec ían a h o r a n o ­tas de c o n t r a s t e , e s p e c i a l m e n t e escogidas, p a r a q u e f u e r a más d u r o el go lpe de los son idos gutura les que a l c a n z a b a n a todas las paredes de l a p l a z a " (98 ) . E s este ac to m i s m o de l a subversión d e l s i s t e m a de co ­municac ión es tab l e c ido l o q u e e x a l t a a l m u c h a c h o . O t r a simetría: los de l a R e c a u d a d o r a s o n c a l i f i c a d o s de " l a d r o n e s " y , c o m o tales , su c u l p a s o c i a l es c o m p a r a b l e a l a " a v a r i c i a " de los señores cuzqueños . S o n cu lpas m o n s t r u o s a s que d i s t o r s i o n a n e l p r e c a r i o e q u i l i b r i o de l a e x i s t e n c i a s o c i a l , y que a n u n c i a n u n a distorsión p r e v i a y m a y o r , e l s i s tema de d o m i n a c i ó n de castas y de clases. P o r eso, las mujeres de­m a n d a n l a m u e r t e de los c u l p a b l e s . E n e l d r a m a , l os p r o t a g o n i s t a s se vue lven a d e f i n i r p o r su p a p e l c o m u n i c a t i v o :

Cuando volvieron a repetir el grito, yo también lo coreé. E l "Markask 'a " me miró asombrado. —Oye, Ernesto, ¿que' te pasa?— me dijo. —¿A quien odias? — A los salineros ladrones, pues —le contestó una de las mujeres (99).

S u m a r s e a l n o s o t r o s s u b l e v a d o equiva le a ceder l a p a l a b r a a l a res­pues ta c o m ú n . E n c a m b i o , c u a n d o e l P a d r e i n t e n t a so f o car l a re -

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b e l i ó n ape la , a c u d i e n d o al q u e c h u a , a o t r a fuente d e l n o s o t r o s : "—. . . N o , h i j a . N o o fendas a D i o s . L a s a u t o r i d a d e s n o t i e n e n l a c u l ­p a . Y o te d igo en n o m b r e de D i o s " ( 9 9 ) . E l c ó d i g o de l a religión co ­m o a u t o r i d a d de l a in formac ión ("— ¡ N o m e retes , h i j a ! ¡ O b e d e c e a D i o s ! " ) , s a n c i o n a también a l a c o m u n i c a c i ó n s u b l e v a d a , c u y o o r i g e n es c o m u n a l : " E n los p u e b l o s de i n d i o s las mujeres g u a r d a n s i l e n c i o c u a n d o los h o m b r e s c e l e b r a n r e u n i o n e s s o l e m n e s . E n las fiestas f a m i ­l i a res , a u n en los c a b i l d o s , los i n d i o s h a b l a n a gr i tos y a u n m i s m o t i e m p o . C u a n d o se observan desde a fu er a esas asambleas p a r e c e n u n a reunión de gente desa forada . ¿Qu ién h a b l a a quién? S i n embargo ex i s te u n o r d e n , e l p e n s a m i e n t o l l ega a su d e s t i n o y los c a b i l d o s c o n ­c l u y e n e n a c u e r d o s " ( 102 ) .

Al l í las mujeres n o c u m p l e n el p a p e l act ivo que a h o r a demuestran, y que se centra en torno a u n a d i r igente p o p u l a r , doña F e l i p a . Ba jo su c o n d u c c i ó n , las mujeres asa l tan l a R e c a u d a d o r a y e m p i e z a n a r e ­p a r t i r l a sa l . P r o n t o l a rebel ión d e l a t a su carácter p o p u l a r : " E n t o n c e s , u n a de las mest i zas e m p e z ó a c a n t a r u n a d a n z a de c a r n a v a l ; e l g r u p o l a c o r e ó c o n la v o z más a l t a " ( 1 0 3 ) . E l c a r n a v a l e v i d e n c i a e l sesgo c u l t u ­r a l , que es a u n t i e m p o c r i t i c o y f e s t i v o , u n a respues ta p r o p i a a los i n ­su l tos y ataques de los ve c inos . F r e n t e a l a c a s a - h a c i e n d a , " L a s m u j e ­res l e v a n t a r o n l a v o z , aún más, j u n t o a l a s r e j a s " ( 1 0 4 ) . Y y a j u n t o a las rancherías donde v iven los i n d i o s más pobres, y donde antes Ernesto había fracasado a l intentar hab lar a las mujeres , las rebeldes l o g r a n h a ­cerlas sa l i r para el reparto de l a sa l : " v i n i e r o n las mujeres, d u d a n d o aún, c a m i n a n d o m u y d e s p a c i o " ( 1 0 5 ) . " L a s i n d i a s rec ib ían l a sa l , la b e n d e c í a n c o n sus m a n o s , se volvían a sus c h o z a s , y se e n c e r r a b a n " . L a rebe l ión h a l o g r a d o , has ta c i e r t o p u n t o , f r a c t u r a r su s i l enc io y su p á n i c o . L a c o m u n i c a c i ó n ganada se e x p r e s a c o m o subversión r a d i c a l : " U n a sangre d i chosa que se derramaba l ibremente en aque l hermoso día en que l a muerte , s i l l egaba , habría s ido t rans f igurada , convert ida en t r i u n f a l e s t re l la " (106).

P e r o l a rebelión fracasa: l a represión es i n m e d i a t a . E n otra c o m u n i ­cación p l e n a , c o n u n a m u j e r m a t e r n a l que l o protege, Ernesto vive el d r a m a agudizado de su aprendizaje : l a ternura protectora de l a mujer desconoc ida, l a a m a r g u r a de l a derrota p o p u l a r . V i v e también las nue­vas evidencias de su p a p e l protagónico en el d r a m a de c o m u n i c a r ; el " M a r k a s k ' a " l o a n u n c i a así: " — M e has hecho h a b l a r — di jo . T o d o lo que p ienso a solas l o he cantado. N o sé p o r qué, c on t igo se abre m i pensamiento , se desata m i l engua . Es que n o eres de acá, los a b a n q u i -nos n o son de con f ia r . . . " (115).

. V e m o s has ta qué p u n t o e l e m i s o r , test igo y a c t o r d e l d r a m a , se h a c o n v e r t i d o e n e l d e s t i n a t a r i o : e n e l t e x t o q u e i n s c r i b e u n t e s t i m o n i o más v a s t o , u n a a c c i ó n más a m p l i a ; y d o n d e los h a b l a n t e s r i n d e n e l d i s c u r s o q u e los c o n s t i t u y e .

L a l i c e n c i a de estas a m p l i a c i o n e s d e l d e c i r só lo p u e d e n ser penadas p o r e l s i s t e m a , e l Padre D i r e c t o r así l o d e c l a r a : " — E s m i deber sagra-

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d o . Has seguido a l a i n d i a d a , c o n f u n d i d a p o r e l d e m o n i o . ¿ Q u é has h e c h o , qué h a n h e c h o ? Cuéntale a D i o s , j u n t o a su a l t a r " ( 1 1 6 , c a p . 7: " Q u e b r a d a h o n d a " ) . E l i n t e r r o g a t o r i o , l a c o n f e s i ó n , m u e s t r a n a l s i s tema i n s t i t u c i o n a l procesando l a in fo rmac ión desde su c o n d e n a . " S i eres i n o c e n t e n o j u z g u e s " , adv ier te e l P a d r e ; y s e n t e n c i a : " — E r e s enfermo o estás enfermo. O te h a n i n s u f l a d o a lgo de su i n m u n d i c i a , ¡ A r r o d í l l a t e ! " ( 1 1 7 ) . " 4 E1 cast igo y los rezos m e habían empequeñec i ­

d o " , c o m p r u e b a e l n a r r a d o r , su d isyunc ión c o n e l s i s t e m a se h a p r o ­d u c i d o . N o s i n agon ía : " L a v o z de l os i n t e r n o s , l a v o z d e l P a d r e ; l a voz de A n t e r o y de S a l v i n i a , l a canc ión de las m u j e r e s , de las aves e n l a a l a m e d a de C o n d e b a m b a , repercut ían, se m e z c l a b a n e n m i m e m o ­ria; c o m o u n a l l u v i a des igua l caían sobre m i s u e ñ o . L a l u z d e l s o l sue­le aparecer e n m e d i o de las l luv ias d i spares ; fu lge p o r algún v a c í o de las n u b e s , y e l c a m p o resa l ta , b r i l l a e l agua , l o s árboles y las yerbas se a g i t a n , i l u m i n a d o s ; e m p i e z a n a cantar l os pájaros . E l h o m b r e c o n t e m ­p l a , i n d e c i s o , e l m u n d o así d i s p u t a d o , s a c u d i d o p o r e l s o l y las nubes tenebrosas q u e se p r e c i p i t a n " ( 1 1 8 ) .

L o s m o d e l o s se h a n m a n i f e s t a d o e n su ambigüedad, e n s u p o l a r i ­d a d ; y también e n sus a p r o x i m a c i o n e s y a m p l i a c i o n e s . Y e n esta pági­n a d e c i s i v a se s o b r e i m p o n e n c o m o u n d r a m a : e l m o d e l o de l a c o m u ­nicac ión e n e l m u n d o soc ia l es e l de las voces d i s p u t a d a s , e l m o d e l o de la comunicac ión en el m u n d o n a t u r a l es el de l a l u z que i m p o n e u n orden armónico . A m b o s modelos están a h o r a yuxtapuestos : debajo de l s o c i a l , c o m o l a p o s i b i l i d a d de s u r e o r d e n a m i e n t o , está e l d e l m u n ­do n a t u r a l . T a l vez e l m u n d o es u n a d i s p u t a de a m b o s , p e r o l a única a l t e r n a t i v a de su s e n t i d o r a d i c a e n q u e e l m o d e l o n a t u r a l r e f o r m u l e y sustente a l m o d e l o s o c i a l . E l d e s o r d e n a n t i - n a t u r a l de éste es u n ver­dadero m u n d o a l revés; y su i m p o s i c i ó n u n escándalo de i n j u s t i c i a . Pero e n l a interacc ión de a m b o s órdenes se h a n generado márgenes, zonas d i n a m i z a d o r a s de u n a vía a l t e r n a q u e p o d r í a t raba jar , p o r e j e m p l o , c o n su rebe l ión , u n a m o d i f i c a c i ó n de l o s términos de l a d o ­minac ión . E s e debate n o p o d r á ser resue l to e n e l n i v e l d e l r e l a t o , p e r o sí será re f o r m u l a d o en e l s e n t i d o f i n a l d e l t e x t o m i s m o .

Si es evidente que en la práctica social peruana sólo podemos reclamar que las culturas nativas no sean vistas como un "problema indígena" por resolverse en un "mestizaje" nivelador y una "integración" a la "v ida nacional " (nivelación e integración que sólo refuerzan los términos desiguales de la dominación que ejer­ce la sociedad nacional a través de su sector moderno); no es menos evidente que en sus novelas José María Arguedas ha postulado la legitimidad intrínseca de la cultura andina —que es ciertamente un proceso de información no-nivelada— demostrando, a la vez, la violencia ejercida sobre ella por la cultura occidentaliza-da, pero —y ésta es la más aguda indagación de su obra—, también explorando esas zonas mixtas donde las polaridades son resueltas sincréticamente y ya desde otra práctica social. Así, estas novelas no reemplazan a la antropología, sino que levantan un dramático texto literario-cultural que es al mismo tiempo denuncia y revelación, crítica y poesía. U n texto que reelabora la pluralidad de un sentido firmemente enraizado y socialmente zozobrante. E l proyecto, así, de una cultu­ra pluralista, donde varias naciones y minorías coexistan en paridad, no es simple

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utopía: es el dilema más actual de la cultura hispanoamericana, y la forma mo­derna de nuestra cultura política 2 3 . E n los textos de Arguedas ese proyecto se adelanta con una alternativa andina: la existencia generadora de un modelo ge­nuino, capaz de humanizar y enriquecer con su capacidad de comunicación al modelo supuestamente civilizador.

T E X T O , MITO Y S U J E T O

Ritual y mediación

L u e g o de l m o t í n , l a r e c o m p o s i c i ó n d e l s i s t e m a d o m i n a n t e buscará todav ía u n a recod i f i cac ión d e l espac io ( cap. 8: " Q u e b r a d a h o n d a " ) , desde e l aparato r e l i g i o s o , p r i m e r o , y desde el p o l i c i a l después. E s t a # práct ica m u e s t r a sens ib lemente l a " terr i tor ia l i zac ión" que el s i s tema i m p o n e . R e c o b r a n d o l a p a l a b r a púb l i ca , el P a d r e se d ir ige a l p u e b l o p a r a p r o c l a m a r en el s u f r i m i e n t o u n i v e r s a l u n a conc i l iac ión supra-so-c i a l d e l m i s m o o r d e n i n j u s t o , y t e r m i n a r e c l a m a n d o a su a u d i t o r i o l a exp iac i ón de l l l a n t o c o m ú n ( 1 2 0 ) . U n a segunda rebel ión se p r o d u c e en E r n e s t o : r e h u s a n d o a r r o d i l l a r s e , h u y e . Y p o r m e d i o d e l n u e v o i n s t r u ­m e n t o m e d i a d o r , el t r o m p o layk a (bru jo ) que A n t e r o h a h e c h o p a r a él, l a c o m u n i c a c i ó n subv ier te sus p r o p i o s órdenes : c a n t a el t r o m p o y " e l z u m b i d o fue haciéndose más i n t e n s o , p e n e t r a b a en el o í d o c o m o u n l l a m a d o que b r o t a r a de l a p r o p i a sangre d e l o y e n t e " ( 1 2 4 ) ; ante l o c u a l " ¡ N o habrá e s c a r m i e n t o ! " , c e l e b r a él, c o m o si l a voz de l t r o m p o m á g i c o l i b e r a r a también a l a f u g i t i v a d o ñ a F e l i p a . E s t e t r o m p o a d ­q u i e r e o t r o t i p o de m e d i a c i ó n : es " m e z c l a de ángel c o n b r u j o s " ( 1 2 5 ) y c o n n o t a l a v i d a a f e c t i v a de A n t e r o y E r n e s t o . P o r eso, se c o n v i e r t e en m e n s a j e r o m á g i c o : " S i l o hago b a i l a r , y s o p l o su c a n t o h a c i a l a d i rec ­c i ó n de C h a l h u a n c a , ¿llegaría h a s t a los o í d o s de m i p a d r e ? " ( 1 2 6 ) . A n ­t e r o r e s p o n d e p l a n t e a n d o u n v e r d a d e r o e s q u e m a de l a n u e v a c o m u n i ­c a c i ó n : " T ú le hab las p r i m e r o e n u n o de sus o jos , le das t u encargo , le o r i entas a l c a m i n o , y después c u a n d o está c a n t a n d o soplas despac io h a c i a l a d i recc ión que qu ieres ; y sigues dándo le t u encargo . Y el z u m b a y l l u c a n t a a l o í d o de q u i e n te e s p e r a " ( 1 2 6 ) . E l r i t u a l de este a c t o de c o m u n i c a c i ó n mágica, p r o y e c t a d a p o r e l o b j e t o m e d i a d o r , es caracter íst ico de l a c u l t u r a t r a d i c i o n a l , só lo q u e a q u í e l mensaje es l a reaf irmación d e l su je to : " D i l e a m i p a d r e q u e es toy res i s t i endo b i e n " ; y u n desaf ío a l d i s curso antagón i co : " ¡Que venga a h o r a e l P a d r e c i t o D i r e c t o r ! " ( 1 2 7 ) .

E s t a s a rmas mágicas ( c o m o e l r o n d í n de R o m e r o , a través de c u y a música " e l m u n d o se nos a c e r c a b a de n u e v o " 1 3 4 ) , s o n tácitamente c o n f r o n t a d a s c o n las o t ras , las de l a p o l i c í a q u e s o f o c a los últ imos rastros de l a rebe l ión y pers igue a d o ñ a F e l i p a . L a v i o l e n c i a de l a re -

2 3 E N R I Q U E MAYER, "Consideraciones sobre lo indígena", en Perú: identidad nacio­nal, op. cit, pp. 79-108. S T É F A N O VÁRESE, Las minorías étnicas y la comunidad nacional, Lima, 1974, y Defender lo múltiple: nota al indigenismo, Oaxaca (México), 1978, mimeogr.

N R F H , XXXI LOS RÍOS PROFUNDOS 73

presión t r a s t o r n a e l o r d e n n a t u r a l c o m o u n a convuls ión que n o só lo se e x p l i c a en términos h u m a n o s s ino q u e c o m p r o m e t e a fuerzas cós ­micas :

Algún mal grande se había desencadenado para el internado y para Abancay; se cumplía quizá un presagio antiguo, o habrían rozado sobre el pequeño espacio de la hacienda Patibamba que la ciudad ocupaba, los últi­mos mantos de luz débil y pestilente del cometa que apareció en el cielo, hacía sólo veinte años. " E r a azul la luz y se arrastraba muy cerca del suelo, como la neblina de las madrugadas, así transparente", contábanlos viejos. Quizá el daño de esa luz empezaba recién a hacerse patente. "Abancay, dice, ha caído en maldición", había gritado el portero, estrujándose las manos. " A cualquiera ya pueden matarlo . . ." (136)

L o i m p o r t a n t e aqu í es que e l " f e n ó m e n o n a t u r a l " ( e x t r a o r d i n a r i o , p a r a l a c u l t u r a t r a d i c i o n a l ) sea e m p l e a d o p a r a b u s c a r u n a exp l i cac ión a l a v i o l e n c i a . Y e l l o es así p o r q u e e l h a b l a n t e c o l e c t i v o ( " c o n t a b a n los v i e j o s " ) só lo p u e d e apelar a su c u l t u r a p a r a e x p l i c a r s e e l sesgo i n ­sól ito d e l a c o n t e c i m i e n t o , n o o t r a c o sa hab ía h e c h o G u a r n a n P o m a de A y a l a c u a n d o se ex p l i c ó l a c o n q u i s t a c o m o u n c a t a c l i s m o 2 4 . L a r u p t u r a d e l o r d e n n a t u r a l d e n u n c i a l a v i o l e n c i a r e p r e s i v a : es p o r e l la que esa f i s u r a se p r o d u c e .

" D e s c o n c e r t a d o s y a n h e l a n t e s " ( 1 3 6 ) , l os es tud iantes r e a c c i o n a r o n c o n u n a exaltac ión i m p r e c i s a , s in p o d e r c o n t r o l a r u n a in f o rmac ión que los d e s u b i c a . E l H e r m a n o negro es eje de o t r o e j e m p l o : su d o m i n i o d e l h a b l a n o está en contrad i c c i ón c o n su c o l o r ( 1 3 9 ) , p e r o esta m a r c a n o l o sitúa, s i n e m b a r g o , j u n t o a los o t ros s ignados p o r d i s t i n t o s gra­dos d e l m e s t i z a j e , y a que este H e r m a n o f o r m a p a r t e de l a ideo log ía d o m i n a n t e . T a m b i é n e l o r d e n d o m i n a n t e p u e d e d e c i d i r sobre e l o t r o c o n s u p r o p i a m a g i a : entre e l ob j e to " b r u j o " (el t r o m p o h í b r i d o ) y l a b e n d i c i ó n cató l i ca (que i m p a r t e e l H e r m a n o ) se p r o d u c e u n a l u c h a de l a información en dos dist intos modelos . " ¡ Y a n o es b ru j o , enton­ces! ¡ Y a está b e n d i t o ! " ( 1 4 0 ) sentenc ia P a l a c i t o s , e l m u c h a c h o campe ­s ino , e x p r e s a n d o esa d i s p u t a . O sea, l a c o l o n i z a c i ó n que e l m o d e l o i m ­pone , a través de sus aparatos, extravía l a natura leza c u l t u r a l de los objetos mágicos . N o obstante, l a l u c h a n o cesa: l a manifestación de sus términos es u n a de sus f o r m a s . A n t e l a d u d a de s i e l t r o m p o es o n o es b r u j o luego de l a b e n d i c i ó n , R o m e r o p r o t e s t a : " ¡ A l g o h a de te -n e r ! " ( 1 4 0 ) . Y e l n a r r a d o r r e s u m e : " E n su a l m a h a y de t o d o . U n a l i n ­d a niña, l a más l i n d a q u e e x i s t e ; l a f u e r z a d e l ' C a n d e l a ' ; m i r e c u e r d o , lo que era laykya; l a b e n d i c i ó n de l a V i r g e n de l a c o s t a . ¡ Y es winkul L o harás b a i l a r a s o l a s " ( 1 4 0 - 1 4 1 ) . E s t e pasaje es u n p r o g r a m a sintético de esa c u l t u r a p l u r a l q u e e l t e x t o e l a b o r a : e l o b j e t o " m e s t i z o " , u n obje ­to i n t r o d u c i d o e n l a c u l t u r a a n d i n a desde f u e r a , y c o l o n i z a d o p o r e l l a ,

2 4 J U A N O S S I O , op. cit., supra. R O L E N A A D O R N O , "Paradigms lost: A Peruvian iri­dian surveys Spanish colonial society" , Studies in the Anthropology of Visual Communica-tion, Spring, 5 (1979), pp. 78-96.

74 J U L I O O R T E G A N R F H , XXXI

es, e n v e r d a d , u n i n s t r u m e n t o p r o l i f e r a n t e (winku: m a r c a d o p o r s u f o r m a p r o t u b e r a n t e , no d e l t o d o r e d o n d a ) ; esto es, u n s igno h e t e r o d o ­x o , capaz de s igni f i car u n a y o t r a c u l t u r a , i n c o r p o r a r datos de u n a y o t r a f u e n t e , y , c o n f r o n t a n d o i n c l u s o l a f u e r z a de l a o t r a c u l t u r a , c a ­p a z de rea f i rmarse en su m a r c a d i f e r e n c i a l .

Así, este s igno abre u n p r o c e s o de c o m u n i c a c i ó n d e f i n i d o 1) p o r su f o r m a o c c i d e n t a l m o d i f i c a d a p o r l a m a t e r i a a n d i n a y su variación d e s c e n t r a d a , 2) p o r su func ión a n d i n a ritual, y 3) p o r su i n c o r p o r a ­c i ó n de datos de l a c u l t u r a hispánica. E s t e carácter p l u r a l r e f u e r z a l a práct i ca c u l t u r a l de l a s o c i e d a d a n d i n a , a l r e a f i r m a r s u p e r s p e c t i v a c o ­m o eje de part ic ipación e i n c o r p o r a c i ó n . E n e l t e x t o , además, este p r i n c i p i o p l u r a l p r o p o n e l a a l t e r n a t i v a de u n a p r o d u c t i v i d a d que separa , d i s c i e rne y re l i ga , desde los o p e r a d o r e s t e x t u a l e s , c o n s t r u y e n ­d o así e l lugar d e l t e x t o ( p l u r i d i m e n s i o n a l ) e n l a p o s i b i l i d a d d e l suje­t o (múlt ip le ) .

L a discusión sobre los ob je tos m e d i a d o r e s es a s i m i s m o u n i n f o r m e sobre e l r i t u a l c o m u n i c a t i v o :

—Abancay tiene el peso del cielo. Sólo tu rondín y el zumbayllu pueden llegar a las cumbres. Quiero mandar un mensaje a m i p a d r e . . .

— E l agua también sirve —me dijo Romero. Ahí está la del Colegio; viene desde un manantial. . . Habíale poniendo la boca sobre el chorro.

—No creo, Romerito. No puedo creer. L a cordillera es peor que el ace­ro. S i gritas, rebota la voz.

—Pero el agua filtra hasta en la piedra alaymosca. ¿No has visto que de los precipicios de roca gotea agua?

- ¿ P o r dónde va a entrar el agua a la casa en que m i padre, a esta hora, quizá se pasea?

— ¡Buen cholo forastero eres! ¿Tu sangre acaso no es agua? Por ahí le habla al alma, el agua, que siempre existe bajo la tierra. (147, cap. 9: " C a l y canto")

E s t a revisión d e l c a n a l de l a c o m u n i c a c i ó n m u e s t r a d i s t i n t o s grados de c e r t e z a d e n t r o de u n a c u l t u r a i n t e r m e d i a r i a que l os asume s i n c o n ­flicto. R o m e r o y Pa lac i os i n f o r m a n q u e l a l a t a e n e l r o n d í n impedir ía l a transmisión d e l mensa je : le q u i t a n , p o r eso , l a lámina d e s n u d a n d o l a m a d e r a . E s t e e p i s o d i o r e f u e r z a las c o n v i c c i o n e s d e l n a r r a d o r c o n n u e v a i n f o r m a c i ó n y e n u n " n o s o t r o s " c u l t u r a l m e n t e l i gado y p l u r a l . " S i l a v o z d e l winku n o te h a l l e g a d o , a q u í v a u n c a r n a v a l " , d i j e , p e n ­s a n d o en m i p a d r e , m i e n t r a s R o m e r o t o c a b a su r o n d í n , " ¡Que q u i e r a v e n c e r m e e l m u n d o e n t e r o ! ¡ Q u e q u i e r a v e n c e r m e ! ¡No p o d r á ! " ( 1 4 8 ) . E l mensa je d e l a c t o c o m u n i c a t i v o es l a c o m u n i c a c i ó n m i s m a , esto es, e l r e c o n o c i m i e n t o de las fuentes que d a n f o r m a c u l t u r a l a l su je to .

P e r o a u n l a i d e n t i d a d c u l t u r a l r e c o n o c e l a estratificación s o c i a l e n su i n t e r i o r : A n t e r o y E r n e s t o c o m p a r t e n e l c ó d i g o c u l t u r a l , p e r o su p o s i c i ó n de clase n o es l a m i s m a ; l o q u e se e v i d e n c i a e n sus d i s t in tas a c t i t u d e s ante e l m o t í n . L o s c o l o n o s (los i n d i o s de hac ienda ) de A b a n c a y están so met idos b r u t a l m e n t e : " A q u í parece que n o los de -

N R F H , X X X I LOS RÍOS PROFUNDOS 75

j a n l legar a ser h o m b r e s " ( 1 5 5 ) , observa E r n e s t o , q u i e n n o h a visto u n a sumisión semejante . " — Y o , h e r m a n o , s i los i n d i o s se l e v a n t a r a n , los iría m a t a n d o , f á c i l " ( 1 5 6 ) , c o n f i e s a A n t e r o , l o q u e espanta a E r n e s t o , p o r q u e su a m i g o sí h a s ido capaz de c o n m o v e r s e c o n l a situación de tales co lonos . " T ú no puedes entender, p o r q u e n o eres d u e ñ o " (156), ex­p l i c a A n t e r o .

D o ñ a F e l i p a , en c a m b i o , es l a f i g u r a c o n t r a p u e s t a a l P a d r e D i r e c ­t o r : su m a r g i n a l i d a d , su fuga , le c o n f i e r e n u n a d imensión h e r o i c a . A l m i s m o t i e m p o , su c o n d i c i ó n de l íder i m p u g n a d o r só lo parece p o s i b l e en esa m a r g i n a l i d a d . H a c i a e l la se d e s p l a z a l a or ientac ión d e l mensa je : " E n el c a n t o de l zumbayllu le enviaré u n mensa je a d o ñ a F e l i p a , i L a l lamaré! Q u e venga i n c e n d i a n d o los cañaverales, de q u e b r a d a en que ­b r a d a , de b a n d a a b a n d a de l r í o . ¡El P a c h a c h a c a l a a y u d a r á ! " ( 157 ) . L o s signos de l r í o ( " e l r u i d o de sus aguas se e x t i e n d e c o m o o t r o u n i ­verso en el u n i v e r s o " ( 1 5 2 ) , y d e l c a n t o de l a c a l a n d r i a ( " l a m a t e r i a de que es toy h e c h o " 1 5 8 ) , s o n o t ros i n s t r u m e n t o s de l a c o m u n i c a c i ó n n a t u r a l que r e cusan ( p o d e r o s a m e n t e , a pesar de su e n t i d a d v u l n e r a ­ble ) a los i n s t r u m e n t o s d e l represor .

La transgresión mítica

L a persecusión de d o ñ a F e l i p a h a t r a n s t o r n a d o a l p u e b l o , o c u p a d o a h o r a p o r las t r o p a s . P e r o es más p r o f u n d o e l d e s o r d e n que se d e r i v a de l a v i o l e n c i a : " A los m u e r t o s de l a g u e r r a n i l a m a d r e l u n a los c o m ­padece . N o l l o r a p o r e l l os , d i c e n . N i en l os d ientes d e l cadáver su l u z a l u m b r a . . . E n los c a m p o s d o n d e h a h a b i d o g u e r r a los huesos h a n de p a d e c e r h a s t a e l d ía d e l j u i c i o " ( 1 7 5 , c a p . 1 0 : " Y a w a r m a y u " ) . E l t e m o r p o r l a suerte de l a m u j e r r ebe lde n o hará s ino a g u d i z a r e l c o n ­traste entre l a v i o l e n c i a y los signos d e l s e n t i d o , a h o r a d r a m a t i z a d o s p o r l a a l a r m a : " e l r i t m o era aún más l e n t o , más t r i s t e ; m u c h o más tristes e l t o n o y las pa labras . L a v o z a g u d a ca ía en m i c o r a z ó n , y a de sí a n h e l a n t e , c o m o u n r í o h e l a d o " . Y , e n s e g u i d a : " ¿ P o r qué en los r íos p r o f u n d o s , en estos ab i smos de r o c a s , de a rbus tos y s o l , e l t o n o de las c a n c i o n e s era d u l c e , s i endo b r a v o e l t o r r e n t e p o d e r o s o de las aguas, teniendo los prec ip i c i o s ese semblante aterrador?" (181). C o n los signos d e l lenguaje d e l m u n d o , e l t e x t o i n t e r r o g a l a d i s c o r d i a d e l d i s ­c u r s o s o c i a l .

O t r a c o n f r o n t a c i ó n se h a p r o d u c i d o entre e l h a b l a l imeña de los h i ­jos de los je fes m i l i t a r e s l legados c o n l a t r o p a , y e l r e c o n o c i m i e n t o d e l n a r r a d o r y u n a r p i s t a i n d i o . S i este r e c o n o c i m i e n t o r e m i t e a l o r i ­gen , l a p r e s e n c i a de los nuevos m u c h a c h o s r e m i t e al d e s t i n o s o c i a l c o n f l i c t i v o . E l n a r r a d o r resiste l a p r e s e n c i a de l os m i l i t a r e s , a quienes p e r c i b e c o m o algo " n o n a t u r a l " ( 2 0 2 , c a p . 1 1 : " L o s C o l o n o s " ) , co ­m o " d í s f r a z a d o s " ( 2 0 3 ) . E s t a i n t r o d u c c i ó n d e l o r d e n n a c i o n a l en e l p u e b l o r e v e l a , p o r l o demás , s u p e r t e n e n c i a a ese o r d e n , l o c u a l des-

76 J U L I O O R T E G A N R F H , XXXI

c o n c i e r t a a E r n e s t o , que r e c h a z a los r i t o s soc iales d i n a m i z a d o s p o r l a p r e s e n c i a de los forasteros . I n c l u s o R o m e r o h a c e d i d o a esa d e p e n ­d e n c i a d e l p u e b l o a u n s i s t ema d e v a l u a d o r :

—No hay discusión —decía. E n la costa saben más que nosotros; tienen más adelanto en todo.

Dejó de tocar su rondín varias noches. . . —Casi te avergüenzas del huayno, ¿no? —le pregunté. -¿Será eso? - d i j o (211).

P e r o n o se t r a t a de u n d u a l i s m o s i m p l e , s ino de u n a más a c t i v a c o n f r o n t a c i ó n d e l sujeto q u e , ante l a invasión d e p r e s o r a , se i d e n t i f i c a p o r p r i m e r a vez c o n l a c o m u n i d a d de A b a n cay , a l a que ve en p e l i g r o de ser t r a s t o c a d a p o r u n o r d e n a n t i n a t u r a l . A n t e esta z o z o b r a m a y o r , Ernes to decide enterrar su t r o m p o (212) que después rescatará, p o r ­q u é " A h o r a habrá a p r e n d i d o quizá otros tonos, ya que h a d o r m i d o b a j o l a t i e r r a " ( 2 1 8 ) .

S i e l m o t í n de las ch i cheras fue u n a subversión d e l o r d e n s o c i a l , l a p r e s e n c i a de l a peste será u n a subversión d e l o r d e n n a t u r a l . E n l a p r i ­m e r a , r e c l a m a n d o l a sa l , las mujeres h a n d e n u n c i a d o e l carácter i n j u s ­t o d e l d o m i n i o estata l y su o r d e n r e p r e s i v o . E n l a segunda , los c o l o ­n o s invadirán e l p u e b l o r e c l a m a n d o d e l o r d e n re l i g i oso u n a a y u d a d i ­v i n a q u e e l los , desde su c u l t u r a , c r e e n matará a l a peste . E n a m b o s c a ­sos , l a part ic ipación d e l n a r r a d o r será a c t i v a : v i v i e n d o l a rebel ión co ­l e c t i v a p r i m e r o , v i v i e n d o l a m u e r t e c o l e c t i v a después .

E l t e x t o h a p r o d u c i d o estas dos metáforas decisivas d e l c o n f l i c t o de l a c o m u n i c a c i ó n en los dos ó r d e n e s ; y , a l h a c e r l o , d e d u c e u n a re ­lac i ón i n q u i e t a n t e entre u n a y o t r a . E n p r i m e r t é rmino , las a u t o r i d a ­des r e c h a z a n l a p o s i b i l i d a d de l a pes te , i n c l u s o en e l c o l e g i o , c o m o si pus iese e n cuest ión esa m i s m a a u t o r i d a d . R o m e r o de ja ver e l sesgo de ese r e c h a z o : "— ¡Cuentos ! . . . D e s d e l a l l egada d e l r e g i m i e n t o i n v e n t a n e n l o s b a r r i o s esos c u e n t o s . ¡Que l a peste h a de v e n i r , que los c h ú ñ ­enos , que el 6 y ana b a t a l l a ' ! " ( 2 1 4 - 2 1 5 ) . E s t a d u d a sobre l a in f o rmac ión c u e s t i o n a sobre t o d o al e m i s o r c o l e c t i v o : a l p u e b l o de esos b a r r i o s . A h o r a bien, ¿por qué R o m e r o v i n c u l a l a l legada del regimiento represor y las no t i c ias o rumores apocalípticos? Es evidente, pues, que para el emisor p o ­p u l a r el desorden del m u n d o soc ia l (la imposic ión de l a violencia) se traduce en e l caos del m u n d o n a t u r a l ( la peste que amenaza a todos); deducción que pertenece a l a lógica de l a percepción trad ic ional , y sobre e l la el texto genera­rá su p r o p i a estructuración. R o m e r o vuelve a rechazar las evidencias p a r a rehusar esa lógica: " N o hay peste en ningún sit io . L a s chicheras se defienden o se vengan, ¡Ojalá las zurren de n u e v o ! " (217). Y cuando muere l a demente, u n a m u j e r reza en q u e c h u a : " ¡ H a sufr ido , h a sufr ido ! C a m i n a n d o o sen­

t a d a , h a c i e n d o o n o h a c i e n d o , h a s u f r i d o . ¡ A h o r a le pondrás l u z en su m e n t e , le harás ángel y l a harás cantar e n t u g l o r ia , G r a n Se ­ñor . . . ! " ( 2 1 9 ) . E s u n m u n d o a l revés l o q u e c o n c l u y e c o n su m u e r t e ;

N R F H , XXXI LOS RÍOS PROFUNDOS 77

u n m u n d o d o n d e vivió c o n d e n a d a a l a f a l t a d e l h a b l a : en el o t r o m u n d o , u n o r d e n se habrá r e s t i t u i d o , y e l l a hablará.

E l n a r r a d o r p a r t i c i p a d e l desgarramiento d e f i n i t i v o q u e se c i e r n e : su m i s m a v i d a está en p e l i g r o , y l a exal tac ión de s u p a p e l de mensaje ­r o , de i n t e r m e d i a r i o entre u n o y o t r o o r d e n , b u s c a dar f o r m a a l s e n t i ­do de esta m u e r t e r i t u a l i z a d a p o r l a c u l t u r a a b o r i g e n . U n a i m a g e n i n ­d i a de l a m u e r t e se l e v a n t a : " L e s gusta h a b l a r m u c h o de l a m u e r t e , a i n d i o s y m e s t i z o s ; también a n o s o t r o s . P e r o o y e n d o h a b l a r en que ­c h u a de e l l a , se a b r a z a cas i , c o m o a u n f a n t o c h e de a lgodón , a l a m u e r t e , o c o m o a u n a s o m b r a h e l a d a q u e a u n o l o o p r i m i e r a p o r e l p e c h o , r o z a n d o e l c o r a z ó n , sobresa l tándo lo ; a pesar de q u e l lega co ­m o u n a h o j a de l i r i o suavísima, o de n i e v e , de l a n i eve de las c u m b r e s , d o n d e l a v i d a y a n o e x i s t e " ( 2 2 6 ) .

L a l e n g u a q u e c h u a , o t r a vez , d i ce más : a h o r a , c o n j u r a el t e r ro r de l a m u e r t e , e n c o n t r a n d o sus símiles n a t u r a l e s . S i e l " n o s o t r o s " que se e n u n c i a en este pasaje n o c o r r e s p o n d e a i n d i o s n i a m e s t i z o s , ¿a quién s u p o n e ? O b s e r v e m o s que q u i e n se r e s p o n s a b i l i z a p o r ese e n u n ­c i a d o es e l " n a r r a d o r - t e s t i g o " , aquél que se a p r o x i m a más a l a super­f i c ie de l a l e c t u r a . Parece , p o r e l l o , verosímil que ese n o s o t r o s i n c l u y a a l " a u t o r " y a los l ec tores de l a c u l t u r a o c c i d e n t a l i z a d a p o r q u e ense­g u i d a d i s t i n g u e ( c o m o u n i n f o r m a n t e ) que o t r a c o sa es h a b l a r de e l la en q u e c h u a (que p r e s u p o n e n o c o n o c e m o s ) . P o r u n a vez e l N a r r a d o r se h a s e p a r a d o de su " a c t o r " ( m e s t i z o , h í b r i d o , p l u r a l ) , y h a supuesto u n a l e c t u r a desde " e l o t r o l a d o " de l a página, a l q u e h a y también que i n c o r p o r a r a l d r a m a . L a i m a g e n de l a m u e r t e se c o m p l e t a c u a n d o el " a c t o r " i m a g i n a l a s u y a p r o p i a : "Bajaría p o r l a c u e s t a de t i e r r a r o j a , de H u a y r a l a ; c o n esa a r c i l l a n o b l e mode lar ía l a f i g u r a de u n p e r r o , p a ­r a que m e a y u d a r a a pasar el r í o que separa ésta de l a o t r a v i d a . Entraría t i r i t a n d o a m i p u e b l o ; s in u n p i o j o , c o n el p e l o r a p a d o . Y mor i r ía en c u a l q u i e r casa que n o fuera aquélla en que m e c r i a r o n o d i á n d o m e p o r q u e era h i j o a jeno . T o d o el p u e b l o cantaría tras el pe­q u e ñ o féretro en que m e llevarían a l c e m e n t e r i o . L o s pájaros se acer­carían a l o s m u r o s y a los a r b u s t o s , a c a n t a r p o r u n i n o c e n t e " ( 228 ) . Q u e es, c i e r t a m e n t e , u n a m u e r t e i n d i a , c o n su r i t u a l y su re integra ­c i ó n a l c a n t o d e l m u n d o .

Más i n t r i g a n t e es l a m a r c h a de l os c o l o n o s h a c i a e l p u e b l o , que e l n a r r a d o r (223 s.) prevé y u n f u g i t i v o a n u n c i a ( 2 3 6 ) . E n esa m a r c h a h a y , en p r i m e r l u g a r , u n a f u e r z a subvers iva : los guardias i n t e n t a n i m p e d i r que c r u c e n el r í o pues se les c o n s i d e r a y a apestados , p e r o el los v e n c e n l a r e s i s t enc ia . U n a expl i cac ión asegura que " E l c o l o n o es c o m o g a l l i n a ; p e o r . M u e r e n o más , t r a n q u i l o . P e r o es mald i c ión l a peste . ¿Quién m a n d a l a peste? ¡Es mald ic ión ! ¡Inglesia, i n g l e s i a , m i s a , P a d r e c i t o ! ' están g r i t a n d o . . . " ( 2 3 6 ) . F i n a l m e n t e ingresan al p u e b l o ( " L o s c o l o n o s subían, v e r d a d e r a m e n t e c o m o u n a m a n c h a de c a r n e r o s , de mi les de c a r n e r o s " ( 2 3 9 ) , y e l Padre dirá u n a m i s a p a r a e l l os . E r n e s t o l o i n ­t e r r o g a :

78 J U L I O O R T E G A N R F H , XXXI

— ¿Dirá usted un sermón para los indios? —Los consolaré. Llorarán hasta desahogarse. Avivaré su fe en Dios.

Les pediré que a la vuelta crucen la ciudad rezando. —Irán en triunfo, Padre, así como vienen ahora, subiendo la monta­

ña (241).

E p i s o d i o a m b i g u o , d o n d e e l s i s t e m a d o m i n a n t e parece r e f o r z a r s e : t a n t o p o r l a neces idad d e c o m u n i c a r s e e n su aparato re l ig i oso q u e re ­v e l a n los c o l o n o s , c o m o p o r l a a u t o r i d a d r e c o n s t r u i d a d e l D i r e c t o r , t r i u n f a l en su p a p e l . Y , s i n e m b a r g o , desde l a c u l t u r a indígena f u n c i o ­n a u n a percepc i ón d i s t i n t a , q u e se e x p l i c a y r e s p o n d e a su m o d o a l a a m e n a z a de l a peste ; esto es, c o m o a u n a " m a l d i c i ó n " , c o m o a u n d e s o r d e n c ó s m i c o que d e b e n c o n j u r a r . L a m i s a es par te d e l r i t u a l q u e saben deberán p o n e r en práct ica : su desaf ío a l a m u e r t e p a r a l legar a l a i g l es ia y p e d i r l a m i s a , a n u n c i a l a i m p o r t a n c i a dec is iva que e l los o t o r g a n a su p a p e l de p a r t i c i p a n t e s de u n a c e r e m o n i a c o n j u r a t o r i a . S u l u c h a c o n t r a l a peste f o r m a p a r t e de u n a práct ica mí t i ca p a r a res­tab le cer u n e q u i l i b r i o v i t a l f r a c t u r a d o . P o r eso, luego de l a m i s a , r e co ­r r e n las calles g r i t a n d o " f u e r a p e s t e " . Y , " l e j o s y a de l a p l a z a , desde las cal les , a p o s t r o f a b a n a l a pes te , l a a m e n a z a b a n " ( 2 4 2 ) . A esto parece haberse r e f e r i d o E r n e s t o a l a n u n c i a r que volverán los c o l o n o s " e n t r i u n f o " . M i e n t r a s m a r c h a de regreso a l C u z c o , e n v i a d o p o r e l Padre a casa d e l V i e j o , E r n e s t o prevé l a cu lminac ión de ese t r i u n f o : " L l e g a ­r ían a H u a n u p a t a , y j u n t o s allí , cantarían o lanzarían u n gr i t o f i n a l de harahui, d i r i g i d o a los m u n d o s y mater ias d e s c o n o c i d o s q u e p r e c i ­p i t a n l a r eproducc i ón de l os p i o j o s , e l m o v i m i e n t o m e n u d o y t a n l e n ­t o de l a m u e r t e . Quizá e l g r i t o alcanzaría a l a madre de l a f i ebre y l a penetraría, hac iéndola esta l lar , convirt iéndola en p o l v o i n o f e n s i v o q u e se esfumara tras los árboles. Quizá" (242 s.).

A l f i n a l , e l n a r r a d o r n o só l o h a p a r t i c i p a d o de los hechos de l m u n ­d o f r a c t u r a d o p o r el caos de l a e n f e r m e d a d ; s ino que h a h e c h o s u y a l a p e r c e p c i ó n mít i ca a b o r i g e n , l a que i n c o r p o r a n d o el r i t u a l ca tó l i co a l s u y o p r o p i o r e sponde p o r e l e q u i l i b r i o d e l m u n d o desde su z o z o ­b r a n t e c o n j u r o c o n t r a l a m u e r t e . R e s p u e s t a más dramática p o r ven i r de u n g r u p o f e r o z m e n t e d e s p o s e í d o . A l i n c o r p o r a r s e ai m i t o , el m i s ­m o t e x t o d isuelve l a a m e n a z a de l a pes te : "estaría. . . a t e r i d a p o r l a o rac i ón de los i n d i o s , p o r los cantos y l a o n d a f i n a l de los harahuis"; y el n a r r a d o r así l o c o n f i r m a : " S i los c o l o n o s , c o n sus i m p r e c a c i o n e s y sus c a n t o s , habían a n i q u i l a d o a l a f i e b r e , quizá, desde l o a l t o de l p u e n t e l a vería pasar a r ras t rada p o r l a c o r r i e n t e , a l a s o m b r a de los árboles . Iría p r e n d i d a de u n a r a m a . . . E l r í o l a llevaría a l a G r a n S e l ­v a , país de l o s m u e r t o s " ( 2 4 4 ) . L a f o r m a c o n d i c i o n a l só lo m a t i z a el a c t o f i n a l de l a e s c r i t u r a : l a expuls ión de l a m u e r t e , su d e s t i e r r o ; a c to de restitución de l a fuente mí t i ca que i n f o r m a y n u t r e el f i n a l a b i e r t o d e l t e x t o . F i n a l de l r e l a t o y r e c o m i e n z o d e l su je to , e l t e x t o c o n c l u y e c o m o u n a cu lminac ión c í c l i ca : a b r i e n d o o t r o i n i c i o .

E l m i t o es, p o r t a n t o , e l p r i n c i p i o o r d e n a d o r d e l s i g n i f i c a d o d e l

N R F H , XXXI LOS RÍOS PROFUNDOS 79

m u n d o , y e l c o n o c i m i e n t o aparece c o m o l a articulación de u n a c o n ­c i e n c i a mí t i ca , o sea, de u n a f o r m a q u e c o n f i r m a a q u e l s i g n i f i c a d o . E n e l debate d e l r e l a t o , esa c o n c i e n c i a se e l a b o r a p r o y e c t a n d o su práct ica analógica, b u s c a n d o i n f o r m a r l a d i s c o r d i a entróp ica d e l m u n ­do a n t i n a t u r a l , i n c o r p o r a n d o y s eparando e l e m e n t o s , r e f o r z a n d o , en f i n , su p e r c e p c i ó n p a r a r e t o r n a r a l c i c l o m í t i c o r e - e s t r u c t u r a d o .

E n e l i n m a n c n t i s m o p a n teísta de esa p e r c e p c i ó n , q u e s u p o n e l a re ­velación de l a e x p e r i e n c i a e n l a c o m u n i ó n c o n e l m u n d o n a t u r a l , p o ­d e m o s ver que l a e x i s t e n c i a s o c i a l aparece c o m o u n a n a t u r a l e z a caí ­d a , d e s l i g a d a , u n a t r a n s f e r e n c i a se h a p r o d u c i d o , c o n su énfasis de c u l p a c ó s m i c a , d e l o r d e n re l ig ioso ca tó l i c o a l o r d e n panteísta a n d i n o . E s t e c o m p l e j o s i s tema panteísta, que es también u n c o n j u n t o i d e o -a f e c t i v o , está h e c h o , p o r c i e r t o , de u n a c on jugac i ón de e l ementos a veces d ispares , y requeriría u n e s t u d i o aparte . U n o es, a p a r e n t e m e n ­t e , e l p a n t e í s m o de l a c u l t u r a p o p u l a r ; o t r o e l q u e se m u e s t r a en e l p r o t a g o n i s t a y su p e r c e p c i ó n p u e s t a e n c o n f l i c t o , q u e debe r e o r d e n a r i n f o r m a c i ó n d i spar . Y , además, e l t e x t o m i s m o r e s p o n d e a esta u n i ­d a d panteísta d e l p r i n c i p i o c r e a d o r y l o c r e a d o , a l p r o d u c i r u n m o v i ­m i e n t o textual para le lo ; en efecto, c o m o hemos visto , el texto es u n a s u m a de narradores que p o s t u l a n u n s u j e t o ; e n esa s u m a h a y o t r a : l a b iograf ía p e r s o n a l y c u l t u r a l d e l m i s m o a u t o r , c u y a m a y o r o m e n o r f i d e l i d a d a l a fábula n o v iene a l caso , p e r o c u y a articulación t e x t u a l es f u n d a m e n t a l p a r a u n a n o v e l a q u e d e m a n d a a l a " f i c c i ó n " ser u n a f o r m a s u s t a n t i v a de l a " v e r d a d " . D i c h o de o t r o m o d o , e l r a d i c a l i s m o d e l t e x t o p o n e en tensión a l género , a l d i s c u r s o q u e c o n o c e m o s c o m o " l i t e r a r i o " . Biograf ía y c u l t u r a s o n , p u e s , e s c r i t u r a e x t r e m a d a p o r su re -escr ib i r c u l t u r a l . N o en v a n o e l t e x t o se f o r m u l a c o m o u n a v e r d a ­dera " i n v e n c i ó n " d e l su je to . L a p o s i b i l i d a d d e l sujeto se entrega a esa a v e n t u r a p e l i g r o s a que es l a suerte d e l t e x t o e n s u c o te j o de los m o d e ­los y los c ó d i g o s . L a u n i d a d a r t i c u l a t o r i a y d i s y u n t i v a q u e e l t e x t o pone en práctica l o t ransforma en u n p r o g r a m a condensado de la c u l ­t u r a p l u r a l . P e r o , sobre t o d o , e n u n i n s t r u m e n t o c u y o p r i n c i p i o o r d e ­n a d o r es c o n v e r t i r a su p r o p i o s i s t e m a l a p e r c e p c i ó n l i t e r a r i a y c u l t u ­r a l d e l l e c t o r . E s a práctica s u p o n e l a part ic ipac ión d e l lenguaje m i s m o en u n d i s c u r s o t r a n s l i t e r a r i o , r e - c o d i f i c a d o p o r e l t e x t o . S i e l m i t o es e l p r i n c i p i o o r d e n a d o r e n l a c u l t u r a t r a d i c i o n a l , e l t e x t o l o es e n esta l e c t u r a de las t r a n s f o r m a c i o n e s de l a c u l t u r a re - es c r i ta . Y a esto m i s ­m o p r e s u p o n e e l r e b a s a m i e n t o d e l género , e x c e d i d o p o r las a r t i c u l a ­c i ones d e l t e x t o m i t o - p o é t i c o .

N o carece de interés c o m p r o b a r q u e las c o r r e l a c i o n e s establec idas p a r a e l m i t o p o r Lévi-Strauss p o d r í a n ser seguidas e n esta n o v e l a . L a s p r o p i e d a d e s f o r m a l e s d e l m i t o , e f e c t i v a m e n t e , están en e l t e x t o r e p r o ­d u c i e n d o l a cris is del sistema de parentesco (el h i j o ajeno, que es u n h i j o errante, los sucesivos padres autor i tar ios frente a l padre real , des­terrado, y los padres y madres equivalentes , en l a c o m u n i d a d ) ; siste­m a que aparece c o m o otro con f l i c t o de l a pérdida de l sentido; y es-

80 J U L I O O R T E G A N R F H , XXXI

tan, en f i n , reproduc iendo a s i m i s m o las es t ruc turas lingüísticas y f o r ­males d e l t e x t o . O sea, s o n c o r r e l a c i o n e s para le las , y a que a q u í e l m i ­t o t r a d i c i o n a l , ese r e l a t o que d r a m a t i z a las re lac iones de n a t u r a l e z a y c u l t u r a , aparece d e n t r o de u n a fábula más a m p l i a y c o m p l e j a . L o i n ­teresante está, entonces , en e l h e c h o de q u e l a f o r m a m i s m a d e l t e x t o tome del m i t o su elaboración del s ign i f i cado .

D e s d e l a perspec t i va d e l m o d e l o a c t a n c i a l ( P r o p p , Lévi-Strauss, G r e i m a s ) podríamos p r o p o n e r e l esquema del discurso en l a nove la : S u j e t o — H i j o ; O b j e t o — C o m u n i c a c i ó n ; E m i s o r — C u l t u r a a n d i n a ; D e s ­t i n a t a r i o — C u l t u r a hispánica; A d y u v a n t e — M u n d o n a t u r a l ; O p o n e n t e — P o d e r . E n o t r o s e n t i d o , e l " s u j e t o " a c t a n c i a l es e l " s u j e t o " s imbóli ­c o , y l o es a través de sus ac tuac i ones c o m o h i j o , a p r e n d i z , r e b e l d e , a g o n i s t a y , e n f i n , a r t i s t a . Q u e e l " o b j e t o " de l a estructuración semán­t i c a de l a c o m u n i c a c i ó n sea l a " c o m u n i c a c i ó n " m i s m a , i n d i c a b i e n e l carácter a u t o r r e f e r e n c i a l de l a a v e n t u r a de este d i s c u r s o , p r o c e s o y b ú s q u e d a , e l ob je to se sus tenta a sí m i s m o , p o n e a p r u e b a su e f i c a ­c ia , c o n t r o l a los estados en trópicos y genera, en su d r a m a , la s i g n i f i ­c a c i ó n d e l su je to . E l e m i s o r es a q u í u n u n i v e r s o semántico f o r m a l i z a ­d o p o r e l t e x t o y , l o m i s m o , e l d e s t i n a t a r i o : sus re lac iones c o n u n a e f e c t i v a e tno log ía de a m b o s órdenes supondr ía o t r a discusión; s o n sus re lac i ones en l a c o m u n i c a c i ó n p r o d u c i d a p o r e l t e x t o l o q u e a q u í se r e f o r m u l a . E l c o n f l i c t o d e l a d y u v a n t e y e l o p o n e n t e es más e x p l í ­c i t o , y m a r c a l a m a y o r subversión d e l s e n t i d o que e l t e x t o p r o ­m u e v e .

E l análisis semántico de A . G r e i m a s 2 5 nos p e r m i t e a m p l i a r estas o b ­servac iones . L a s re lac iones r e m i t e n t e / d e s t i n a t a r i o (eje de l a c o m u n i ­c a c i ó n , m o d a l i d a d d e l saber) , m u e s t r a n que l a c a p a c i d a d d e l sujeto p a r a d i s c e r n i r su func ión se de f ine e n e l c o n f l i c t o c u l t u r a l q u e re­q u i e r e re cor rer antes de p e r c i b i r l a a l t e r n a t i v a de u n s i s tema a c t i v o d e n t r o de o t r o . L a s re lac i ones s u j e t o / o b j e t o (eje d e l desear, m o d a l i ­d a d d e l p o d e r ) , m u e s t r a n q u e l a búsqueda de l a c o m u n i c a c i ó n de­m a n d a a l sujeto l a exacerbac ión d e l deseo , su p r o y e c c i ó n , y e n e l l o e l r e d e s c u b r i m i e n t o de su p r o p i a p e r c e p c i ó n . L a s re lac iones a d y u v a n ­t e / o p o n e n t e (eje de l a part i c ipac ión , m o d a l i d a d de d e m a n d a r ) , m u e s ­t r a n , p o r ú l t i m o , que e l r e c o n o c i m i e n t o de l a i d e n t i d a d p l u r a l se d a e n l a a c t i v i d a d de inclusión d e l su j e t o , y en su p u e s t a a p r u e b a de a m ­bos m o d e l o s ; c o n l o c u a l su p a r t i c i p a r es u n a d e n u n c i a y u n a o p c i ó n f rente a l p o d e r desde u n a razón " n a t u r a l " , m í t i c a , cr í t ica .

L a ampl iac ión que p r o p u s o L o t m a n d e l m o d e l o de l a c o m u n i c a ­c i ó n de J a k o b s o n nos p e r m i t e o t r o acceso a l c o m p l e j o c o m u n i c a t i v o en nuestro t e x t o . E n e f e c t o , según e l m o d e l o de J a k o b s o n l a d i r e c ­c i ó n más característica de l a c o m u n i c a c i ó n es d e l Y o a l Él : u n a f u e n ­te r e m i t e u n mensaje a u n r e c e p t o r . Según L o t m a n , este t i p o de d i -

2 5 A . J . G R E I M A S , Sémantique s truc tura le, Paris, 1966; J E A N - C L A U D E C O Q U E T , Sémiotique littéraire. Contribution a l'analyse sémantique du discours, Paris, 1973 ; J U L I A K R I S T E V A , Polyloque, Paris, 1977.

N R F H , X X X I LOS RÍOS PROFUNDOS 81

rec c i ón d o m i n a en n u e s t r a c u l t u r a ( supone p o c o s emisores y m u c h o s d e s t i n a t a r i o s ) , p e r o o c u l t a o t r o t i p o : l a c o m u n i c a c i ó n d e l Y o a l Y o , e n l a q u e e l r e m i t e n t e y e l d e s t i n a t a r i o s o n e l m i s m o . E s t e segundo m o d e l o de auto - comuni cac i ón es más ev idente e n l a " s o c i e d a d t r a d i ­c i o n a l " , y p r e s u p o n e u n a m a y o r a c t i v i d a d e s p i r i t u a l que e l p r i m e r o . L a s soc iedades c u e n t a n c o n a m b o s m o d e l o s , a u n q u e es c l a r o que el p r i m e r o p r e d o m i n a : l a h i s t o r i a d e m u e s t r a q u e las c u l t u r a s más viables s o n aque l las d o n d e a m b o s sistemas c o m p i t e n s i n l ograr i m p o n e r s e u n o sobre o t r o , c o n c l u y e L o t m a n . E s n o t o r i a l a vec indad de l a per ­c e p c i ó n c u l t u r a l de A r g u e d a s a esta re f l ex ión .

L o t m a n observa , además, c ó m o en el m o d e l o a u t o - c o m u n i c a t i v o , que i n c l u y e al " n o s o t r o s " de l a c u l t u r a " t r a d i c i o n a l " , e l n i v e l de c o n ­t e n i d o p u e d e t rans fo rmarse en u n n i v e l de expres ión . Y esto es p r e c i ­samente l o que o c u r r e c o n el t r a t a m i e n t o m í t i c o en Los ríos profun­dos. L o c u a l n o i n d i c a que el mensaje sea d e s p r o v i s t o de su d e n s i d a d semántica , s ino que el re la to l o d e s p l a z a de c o n t e x t o (desde l a c u l t u ­r a a n d i n a l o m o v i l i z a , exteriorizánelolo, a l a estructuración t e x t u a l ) ; y en ese m o v i m i e n t o , l a n o c i ó n c u l t u r a l de l m i t o se h a t r a n s f i g u r a d o en el ob j e t o t e x t u a l de u n a serie c o n f i g u r a d o r a . E s t o es, e n u n s in tagma q u e el t e x t o p r o d u c e en su práctica c o n s t r u c t i v a d e l su jeto y descons­t r u c t o r a d e l m u n d o p r e v i s t o p a r a ese s u j e t o 2 6 .

L a p o d e r o s a d e n u n c i a soc ia l de l t e x t o n o hace s ino acentuarse en su organización mít i ca . P o r q u e las o p o s i c i o n e s b ina r ia s que el m i t o i n c o r p o r a de l a s o c i e d a d se f u n d e n en él, p e r o a l a vez esas o p o s i c i o ­nes se m u e s t r a n en l a expl i cac ión que p o n e en práct ica l a c u l t u r a t r a ­d i c i o n a l p a r a reso lver los c o n f l i c t o s . I n c i d e n c i a d e l m i t o , y al m i s m o t i e m p o derivación mí t i ca d e l p r o p i o t e x t o en su o p c i ó n f i n a l : entre ­gándose a l m i t o , el t e x t o a n u n c i a que su saber ú l t imo se d a en t a n t o f o r m a de l s e n t i d o c u l t u r a l m e n t e r e s t i t u i d o .

N o es u n sujeto e s c i n d i d o el que se d e d u c e d e l t e x t o , s ino u n suje­t o d r a m a t i z a d o p o r l a in formac ión que p r o c e s a , y p o r su búsqueda de u n a c o m u n i c a c i ó n s u s t e n t a d o r a . Es p r o b a b l e que l a s o c i e d a d p e r u a n a n o r e c o n o z c a l a l e g i t i m i d a d de este su je to p l u r a l que se p r o p o n e i n ­c o r p o r a r l a a u n debate sobre su er ror p r o f u n d o y p lantear l e u n a a l t e r n a t i v a g e n u i n a . Es i n c l u s o p o s i b l e que l a s o c i e d a d n a c i o n a l l o c o n d e n e c o m o sujeto e s c i n d i d o y s in l u g a r . P e r o el a c t o de l a n o v e l a , y el d e l su jeto en e l la , es u n ac to p l u r a l y a l t e r n a t i v o d e n t r o de u n or­d e n s o c i a l c u y a manipulac ión c o m u n i c a t i v a es u n ac to e n f e r m o . P o r eso, l o q u e al c o m i e n z o l l a m a m o s el d r a m a de l su jeto en l a e s c r i t u r a es su r a d i c a l c u e s t i o n a m i e n t o de l p r o g r a m a soc ia l y su c o n t r a t o . S i el p r o g r a m a se d e n u n c i a en su a m b i v a l e n c i a , e l c o n t r a t o es re cusado p o r l a r u p t u r a m i s m a que s u p o n e u n diseño a l t e r n a t i v o . D e l a crít ica de l p r o g r a m a se susc i ta l a rebel ión , de l a r u p t u r a d e l c o n t r a t o se genera

2 6 J U R I J L O T M A N , " T W O m o deis of communication in the system o í culture" , Trudy, 4 pp. 227-243, y "Culture and information" , Dispositio, 1976, núm. 1, pp. 213-215, ade­más del trabajo colectivo con B . A . Uspensky ya citado.

82 J U L I O O R T E G A N R F H , XXXI

o t r o e s p a c i o , e l q u e e s c r i t o p o r e l r í o y e l c a n t o e n e l m u n d o n a t u r a l es r e - e s c r i t o p o r e l t e x t o e n l a r e c o n s t r u c c i ó n de o t r o l e n g u a j e : e s p a ­c i o d e l a o t r e d a d d o n d e l a s u b v e r s i ó n d e l s u j e t o i n s c r i b e u n a c o m u n i ­c a c i ó n f e c u n d a , u n a c o m u n i d a d p o s i b l e .

T h e U n i v e r s i t y o f Texas , A u s t i n .

J U L I O O R T E G A