the sustainability of ethanol production from sugarcane

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The sustainability of ethanol production from sugarcane A sustentabilidade da produção de etanol a partir da cana José Goldemberg , Suani Teixeira Coelho, Patricia Guardabassi Resumo A rápida expansão da produção de etanol a partir de cana de açúcar no Brasil tem levantado uma série de questões sobre as suas consequências negativas e sustentabilidade. Os impactos positivos são a eliminação de compostos de chumbo na gasolina ea redução das emissões nocivas. Há também a redução das emissões de CO2, uma vez que o etanol de cana requer apenas uma pequena quantidade de combustíveis fósseis para sua produção, sendo, portanto, um combustível renovável. Esses impactos positivos são particularmente visível na melhoria das áreas metropolitanas da qualidade do ar, mas também em áreas rurais, onde a colheita mecanizada de cana crua está sendo introduzida, eliminando a queima da cana. Os impactos negativos tais como futuro da produção de etanol em larga escala a partir da cana pode levar à destruição ou danificação de áreas de alta biodiversidade, o desmatamento, a degradação ou danificação dos solos através do uso de produtos químicos e descarbonização do solo, recursos contaminação da água ou esgotamento, a concorrência entre alimentos e produção de combustível diminuindo a segurança alimentar ea um agravamento das condições de trabalho nos campos. Essas questões são discutidas aqui, com a finalidade de esclarecer os aspectos da sustentabilidade da produção de etanol a partir de cana de açúcar, principalmente no Estado de São Paulo, onde mais de 60% das plantações de cana do Brasil estão localizados e são responsáveis por 62% da produção de etanol. Introdução 1 Introdução O etanol é produzido através da fermentação de produtos agrícolas, tais como cana de açúcar, milho, trigo, beterraba e a

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The Sustainability of Ethanol Production From Sugarcane

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The sustainability of ethanol production from sugarcaneA sustentabilidade da produo de etanol a partir da canaJos Goldemberg , Suani Teixeira Coelho, Patricia GuardabassiResumoA rpida expanso da produo de etanol a partir de cana de acar no Brasil tem levantado uma srie de questes sobre as suas consequncias negativas e sustentabilidade. Os impactos positivos so a eliminao de compostos de chumbo na gasolina ea reduo das emisses nocivas. H tambm a reduo das emisses de CO2, uma vez que o etanol de cana requer apenas uma pequena quantidade de combustveis fsseis para sua produo, sendo, portanto, um combustvel renovvel. Esses impactos positivos so particularmente visvel na melhoria das reas metropolitanas da qualidade do ar, mas tambm em reas rurais, onde a colheita mecanizada de cana crua est sendo introduzida, eliminando a queima da cana. Os impactos negativos tais como futuro da produo de etanol em larga escala a partir da cana pode levar destruio ou danificao de reas de alta biodiversidade, o desmatamento, a degradao ou danificao dos solos atravs do uso de produtos qumicos e descarbonizao do solo, recursos contaminao da gua ou esgotamento, a concorrncia entre alimentos e produo de combustvel diminuindo a segurana alimentar ea um agravamento das condies de trabalho nos campos. Essas questes so discutidas aqui, com a finalidade de esclarecer os aspectos da sustentabilidade da produo de etanol a partir de cana de acar, principalmente no Estado de So Paulo, onde mais de 60% das plantaes de cana do Brasil esto localizados e so responsveis por 62% da produo de etanol.Introduo1 Introduo

O etanol produzido atravs da fermentao de produtos agrcolas, tais como cana de acar, milho, trigo, beterraba e a mandioca, entre outras. A grande maioria do etanol produzido no mundo a partir da cana, principalmente no Brasil, e de milho nos Estados Unidos (que juntos respondem por 35,4 milhes de metros cbicos, cerca de 72% da produo mundial) (UNICA, 2008; EIA, 2008) .

O Programa do lcool brasileiro (Prolcool) foi criado em 1975 com o objetivo de reduzir as importaes de petrleo produzindo etanol a partir da cana de acar. Produo de etanol subiu de 0,6 milho de metros cbicos a partir desse ano para 18 milhes de metros cbicos na temporada 2006/2007, com o aumento da produtividade agrcola e industrial.

No Brasil, o etanol usado em carros, como um intensificador de octanas oxigenado e aditivo para gasolina (mistura numa proporo de 20%, P-20, a 26%, L-26, de etanol anidro em uma mistura de gasolina com chamada), no dedicado motores de etanol hidratado ou em veculos flex rodando com at E-100. S no ano de 2003, a emisso de 27,5 milhes de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera foi evitada devido substituio de gasolina por etanol (Macedo, 2005).

Desde fevereiro de 1999, os preos do etanol no so mais controladas pelo Poder Pblico; etanol hidratado vendido por 60-80% do preo da gasolina com lcool em estaes de bombeamento, e hoje em dia etanol brasileiro competitivo internacionalmente com a gasolina a preos de Roterdo e no h subsdios aos produtores, devido a redues significativas nos custos de produo (Goldemberg et al., 2003 ; Coelho, 2005).

No entanto, a expanso da produo de etanol a partir da cana prevista no Brasil (especialmente Sa~o Paulo) para abastecer um mercado em expanso, bem como as exportaes para outros pases tem levantado preocupaes sobre a sua sustentabilidade.

Portanto aqui vamos discutir os aspectos da sustentabilidade da produo de etanol, ou seja, aspectos ambientais e sociais, bem como os critrios de sustentabilidade, como sugerido pela Comisso Cramer (Cramer et al., 2006).

2 Balano energtico da produo de etanol e uso

Para avaliar os mritos de substituio de gasolina por etanol, uma anlise do balano de energia e gases de efeito estufa (GEE) -avoided emisses tem que ser realizada atravs de anlise de ciclo de vida. Diferentes matrias-primas para a produo de etanol tambm deve ser comparado, em termos, bem como a sua eficincia no uso da terra (tC / ha / ano) (Larson, 2006). O que faz com que o etanol a partir da cana atraente como um substituto para a gasolina que , essencialmente, um tempo de combustveis renovveis gasolina derivada do petrleo no . O uso do etanol sugarcanebased no resulta em emisso lquida significativa de gases de efeito estufa (principalmente CO2). A razo para isso que o CO2 a partir da queima de etanol (e do bagao, 1 em caldeiras) lanamentos so reabsorvidos pela fotossntese durante o crescimento da cana de acar na temporada seguinte. Todas as necessidades de energia para a sua produo (calor e eletricidade) vm a partir do bagao e excesso de bagao usado para gerar eletricidade adicional a ser introduzida na rede.

O consumo direto de combustveis fsseis limitada a caminhes de transporte, mquinas para colheita e do uso de fertilizantes. Consumo indireto de combustveis fsseis baixo devido ao fato de que a matriz energtica brasileira baseada principalmente em energia hidreltrica (MME, 2007).

A Tabela 1 mostra o balano de energia e gases de efeito estufa da produo de etanol a partir de etanol de cana produzido a partir de cana de acar. Quando comparado com o etanol produzido a partir de outras matrias-primas, o etanol tem um balano de emisses de GEE muito favorvel, como mostrado na fig. 1.

Alm disso, a avaliao do ciclo de vida realizada pela Ekos Brasil, em 2006, mostra que para o etanol de cana substituindo uma parte da gasolina consumida na Sua, o balano energtico 5:6-1, uma vez que tambm considera a energia consumida no transporte de etanol (Rodrigues e Ortiz, 2006). Isso significa que, mesmo quando o etanol de cana exportado para outros pases, o saldo final de energia altamente positivo quando comparado a outras culturas.

Devido a este balano energtico positivo, o setor de acar / etanol evita emisses equivalentes a 13% de todo o sectors.2 industrial, comercial e residencial no Brasil, em 2003, 33,2 tCO2 equivalente foram evitadas, sendo 82,8% devido substituio da gasolina pelo etanol e 17,2%, devido ao uso do bagao de cana na cogerao de energia nas usinas, bem como o fornecimento de eletricidade excedente para a rede (UNICA, 2007). Este facto, juntamente com o uso de energia hidreltrica, responsvel pelas baixas emisses de carbono no pas (a maior parte da emisso de dixido de carbono do pas, 75% de todas as emisses nacionais, devido ao desmatamento da Amaznia Floresta) (MCT, 2004) .

Em contraste, como pode ser visto na fig. 1, a produo de etanol a partir do milho e de outras culturas requer importaes considerveis de combustveis fsseis em usinas de produo, resultando em balanos energticos que variam de quase zero para apenas um pouco maior do que um (USDA, 1995).

Para os processos de segunda gerao, o balano de energia para a produo de materiais celulsicos se espera que seja melhor do que os actuais mtodos de cana ou de milho (Larson, 2006).

3. Aspectos Ambientais

3.1. Air

3.1.1. Os impactos sobre a qualidade do ar

Prolcool foi criado com a finalidade de substituir parcialmente a gasolina devido aos altos preos do petrleo importado em 1975 e tambm para a revitalizao da indstria da cana (Moreira e Goldemberg, 1999).

Inicialmente, aditivos de chumbo foram reduzidas com a quantidade de lcool na gasolina foi aumentado e eles foram totalmente eliminados at 1991, o Brasil era ento um dos primeiros pases do mundo a eliminar o chumbo inteiramente de gasolina.

Os hidrocarbonetos aromticos (tais como benzeno), os quais so particularmente prejudiciais, tambm foram eliminados e o teor de enxofre tambm foi reduzido. Em carros de etanol puro, as emisses de enxofre foram eliminados. A simples adio de lcool, em vez de chumbo na gasolina comercial caiu o monxido de carbono total (CO), hidrocarbonetos e emisses relacionadas ao transporte de enxofre por nmeros significativos.

Devido mistura de etanol, as concentraes ambientes de chumbo na RMSP caiu de 1,4 mg / m3 em 1978 para menos de 0,10 mg / m3 em 1991, de acordo com a CETESB (Companhia Ambiental do Estado Sa~o Paulo), muito abaixo da padro de qualidade do ar de 1,5 mg / m3 (Coelho e Goldemberg, 2004).

Alm disso, as emisses de escape de hidrocarboneto de etanol so menos txicos do que os da gasolina, uma vez que apresentam reactividade atmosfrica menor. Um dos inconvenientes de combusto do etanol puro o aumento das emisses de aldedos em relao gasolina ou gasolina com lcool. As emisses totais de aldedos de motores a etanol so maiores que os da gasolina, mas deve ser observado que estas so predominantemente acetaldedo e da gasolina so principalmente formaldedos. Alm disso, as concentraes de aldedo ambientais em So Paulo apresentam nveis muito abaixo dos nveis de referncia encontrados na literatura.

Recentemente, as emisses de aldedos a partir de misturas de alto teor de etanol foram medidos no Brasil e atingir nveis baixos. Tipicamente, 2003 ano-modelo veculos brasileiros abastecido com a mistura de referncia para a certificao governamental (uma mistura com 22% v / v de etanol-E22) emitem 0,004 g / km de aldedo (formaldedo + acetaldedo), uma concentrao que de cerca de 45% de o limite estrito da Califrnia que necessrio apenas para formaldedo. Por outro lado, as emisses de aldedos no esto limitados a utilizao de etanol. A combusto de gasolina, diesel, gs natural e gs liquefeito de petrleo tambm gera aldedos tambm. Uso automotivo do leo diesel pode ser uma fonte mais importante de aldedos do que misturas gasolina-etanol. Os dados de medies de aldedos de veculos diesel mostram que as emisses de formaldedo (+ acetaldedo) so 5,6-40,2 maiores do que os de veculos movidos a E22 (Abrantes, 2003).

Concentraes ambientais de aldedos tambm foram medidos em Denver, CO, EUA, para os invernos de 1987-1988 atravs de 1995-96 (antes e depois da introduo do E10) e nenhuma diferena estatisticamente significativa foi observada para ambos os acetaldedos ambiente e formaldedos. Um estudo realizado pela California Air Resources Board previsto para E10 usa praticamente no houve aumento das concentraes de acetaldedo ambientais em 2003, em relao a 1997 (quando no foi utilizado E10). Alm disso, uma reduo de cerca de 10% do formaldedo, 30% de benzeno e 45% de 1,3-butadieno foi previsto. Em vez disso, o estudo da Califrnia identificados compostos aromticos e olefinas, constituintes bsicos de gasolina, como sendo o principal responsvel pela formao de formaldedo e acetaldedo no ar (Coelho et al., 2006). Alm do aumento de acetaldedo, h tambm a preocupao com o aumento em nitrato peroxiacetilo (PAN), concentrao, causado pela combusto do etanol em comparao com a gasolina. PAN um irritante ocular nociva para as plantas, que um subproduto da combusto.

Vrios estudos foram realizados para determinar o impacto de mistura de etanol a qualidade do ar. Um desses estudos, realizado na Califrnia, notei um pequeno aumento em acetaldedo e concentraes panela com misturas de etanol, bem como a concluso de um estudo realizado no Canad que os riscos de aumento dos poluentes aldedos so insignificantes (IEA, 2004). Alguns estudos concluram que os impactos sobre os nveis de poluio so bastante semelhantes de alto nvel (E85) e misturas de baixo nvel (IEA, 2004).

Um artigo recente (Jacobson, 2007) chama a ateno para os potenciais efeitos negativos do etanol contra os veculos a gasolina sobre o cncer e mortalidade em os EUA, mas no considera os benefcios da reduo dos hidrocarbonetos aromticos na atmosfera devido ao uso do etanol. O documento tambm no leva em considerao o efeito de materiais em suspenso (SPM) e outros compostos orgnicos volteis (VOCs), que tambm so reduzidos devido ao uso do etanol (Saldiva, 2007).

Hoje em dia, NOx e COV (frequentemente referido como hidrocarboneto) podem ter aumento insignificante ou mesmo nulo com etanol. A tecnologia moderna permite o controle do veculo NOx eficiente, reduzindo ao ozono troposfrico. Dependendo das caractersticas do motor, reduo da emisso de gases de compostos orgnicos volteis, precursores potentes do smog fotoqumico e substncias nocivas, tambm pode ser realizado.

Um estudo australiano muito abrangente (Apace Research Ltd., 1998) descobriram que o uso de E10 diminuiu as emisses de hidrocarbonetos em 12%, as emisses nocivas de 1-3 butadieno de 19%, o benzeno em 27%, tolueno por 30% e xileno por 27 %. O risco de carcinogenicidade foi diminuda em 24%. As emisses de CO foram reduzidos em 32%.

Os efeitos mais evidentes de reduo da poluio associados s misturas contendo at 10% de etanol por volume (E10 misturas) incluem a reduo das emisses de CO, hidrocarbonetos nocivos (tais como o benzeno e 1-3 butadieno que so conhecidos cancergenos), xidos de enxofre (SOx) e PM . No entanto, catalisadores modernos ajudam significativamente na reduo das emisses (Coelho et al., 2006). Emisses relacionadas ao transporte de CO foram drasticamente reduzidos: antes de 1980, quando a gasolina era o nico combustvel em uso, as emisses de CO foram superiores a 50 g / km e diminuram para menos de 1 g / km em

2000 O uso de misturas de E10 para reduzir as emisses de CO prejudiciais inverno tem provado ser uma estratgia muito eficaz nos EUA. Testes no Centro Nacional de Controle de Emisses Veiculares e Segurana no documento Colorado State University uma reduo de 25-30% das emisses de CO quando os automveis queimar E10. importante notar que o CO, alm de ser um importante de poluentes do ar, por si s, tambm contribui para a formao de smog fotoqumico. Portanto, a reduo de CO pode realmente contribuir para a menor formao de ozono troposfrico (Coelho et al., 2006).

3.1.2. As emisses atmosfricas em cana e etanol

3.1.2.1. Emisso para a atmosfera no processo de produo de etanol. Como j mencionado, todas as necessidades de energia no processo de acar / etanol so fornecidos pelo bagao de cana (30% de cana de acar em peso). No passado, o bagao foi queimado em caldeiras de forma muito ineficiente. No entanto, caldeiras antigas de baixa presso (21 bar) esto sendo substitudos por outros novos e mais eficientes (at 80 bar) e novas plantas tm caldeiras de alta eficincia. Emisso de caldeiras de bagao so, principalmente, PM e NOx. Estas emisses so controladas pela Agncia Estadual de Meio Ambiente Sa~o Paulo (CETESB) e, recentemente, uma nova resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Resoluo CONAMA, 382/2006) estabeleceu limites para tais poluentes, como mostra a Tabela 2.

3.1.2.2. As emisses atmosfricas, devido queima da cana. A queima da cana antes da colheita uma prtica utilizada para facilitar a colheita manual dos caules e tambm repelir animais peonhentos, como aranhas e cobras. Por outro lado, a queima de cana pode danificar o tecido de clulas-tronco da cana, e, assim, aumentar o risco de doenas na cana, destruir material orgnico, danificar a estrutura do solo, devido a um aumento da secagem, e aumentar os riscos de eroso do solo. Mtodo de colheita da cana queimando tambm resulta em riscos de sistemas eltricos, ferrovias, rodovias e reservas florestais. Alm destes impactos, h emisses atmosfricas prejudiciais, tais como CO, CH4, compostos orgnicos no metnicos e PM. A queima da cana tambm responsvel pelo aumento da concentrao de oznio troposfrico em reas produtoras de cana. No entanto, os estudos existentes no relatou uma relao direta entre a queima da cana e danos sade (Smeets et al., 2006). Por outro lado, estudos realizados no Brasil pela Universidade de Sa~o Paulo Medical School, conduziu concluso de que a poluio do ar a partir da queima de biomassa provoca danos ao sistema respiratrio, aumentando as doenas respiratrias e internaes hospitalares. Crianas e idosos so os mais afetados, eo efeito semelhante ao de pessoas expostas s emisses industriais e de veculos nas reas urbanas (Canc-ado et al., 2006). Os resultados tambm mostram que os efeitos na sade so determinadas no apenas por elevados nveis de poluio, mas tambm pela durao do tempo de exposio (Bates e Koenig, 2003).

De acordo com Macedo (2005), as consequncias para a sade da queima de bagao de cana foi tema de muitos trabalhos em 1980 e 1990 (no Brasil e em outros pases); mas estes estudos no foram capazes de concluir que as emisses so prejudiciais sade humana. A Tabela 3 apresenta os problemas de sade relacionados com as emisses atmosfricas. O Brasileira de Pesquisa Agropecuria (EMBRAPA), juntamente com a Universidade de Sa~o Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e ECOFORC- A (uma ONG local) realizou uma pesquisa para avaliar as doenas respiratrias crnicas em algumas regies do Sa~o Estado de So Paulo, que so produtores de cana de acar, bem como alguns outros que no so. A concluso foi que Ribeira~o Preto, no meio da regio produtora mais importante do Estado, tem o mesmo risco de doenas respiratrias como a Atibaia, onde no existem plantaes de cana e tem uma boa qualidade do ar (Miranda et al. de 1994, em Macedo, 2005).

Alm da reduo das emisses de poluentes locais, a colheita mecanizada de cana crua tambm reduz as emisses de carbono, evitando a emisso de 183,7 kg de carbono por ano por quilmetro quadrado (Cerri, 2007).

Colher prticas, que resultam em poluio do ar intensa queima, esto sendo eliminados, resultando em benefcios energticos de mecanizao devido a maiores excedentes de eletricidade que pode ser produzido a partir de subprodutos da cana correspondentes a 30% a mais em termos de disponibilidade de biomassa (Lei Estadual 11241 / 2002). Alm disso, prticas de colheita queima so controlados / autorizado pelo Secretrio de Estado Sa~o Paulo de Meio Ambiente de acordo com as condies atmosfricas. Figo. 2 mostra o calendrio para a eliminao progressiva da colheita manual em Sa~o Paulo.

De acordo com a fig. 2, em 2007, 40% da cana foi colhida verde no Estado de Sa~o Paulo, e em 2010 isso vai chegar a 50%. Esta Lei foi promulgada somente no Estado de Sa~o Paulo, mas h uma forte presso para estend-lo a outras regies produtoras de cana no pas.

Em 2007, a Secretaria Paulo Sa~o do Meio Ambiente e UNICA (Sugarcane Agro Industry Association) assinaram um acordo ambiental voluntria, que visa premiar as boas prticas no setor de cana. Cerca de 140 usinas (78% das usinas associadas UNICA) j aderiram a este acordo.

Uma das principais diretrizes deste acordo o de antecipar o calendrio para a queima da cana phase-out. No Estado de Minas Gerais, onde a expanso da cana est ocorrendo, um grupo tcnico da Secretaria de Meio Ambiente est a preparar uma lei para eliminar progressivamente a queima da cana. O Estado de Minas Gerais j fez uma Ambiental-Zoneamento Ecolgico, que uma das ferramentas utilizadas para avaliar os riscos ambientais e as reas vulnerveis. As regies do Tringulo Mineiro e Alto Parana' pareciam ser as regies mais adequadas para as culturas de cana de acar, no s por causa do solo de alta qualidade, mas tambm devido infra-estrutura logstica j existente (Sepu' lveda, 2007).

3.2. gua

3.2.1. A disponibilidade de gua

A gua utilizada de duas formas na produo de cana e etanol:

O uso da gua para a produo de cana-de-: a evapotranspirao (transpirao que ocorre nas folhas, correspondendo s perdas de gua, maior evapotranspirao significa maiores perdas) de cana de acar est estimada em 8-12 mm / toneladas de cana ea precipitao total requerido pela cana Estima-se 1500-2500 mm / ano, o que deve ser espalhada uniformemente em todo o ciclo de crescimento (Macedo, 2005). O uso da irrigao de culturas muito pequena no Brasil, principalmente na regio Nordeste, devido s condies climticas. A produo de cana principalmente no resto do Brasil de sequeiro. Quase toda a regio Sa~o Paulo sugarcaneproducing no faz uso de irrigao (Matioli, 1998). Assim, ao contrrio de outras partes do mundo, a irrigao da cana um problema menor no Brasil (Rosseto, 2004).

O uso da gua para a cana para converso do etanol: a converso de cana para etanol requer grandes quantidades de gua. O consumo total de gua foi calculado como sendo de 21m3 / tonelada de cana em 1997, dos quais 87% foi utilizado em quatro processos: lavagem da cana, o condensador / multijactos em evaporao e vcuo, arrefecimento de fermentao e arrefecimento lcool condensador. No entanto, a maior parte da gua utilizada reciclada, como discutido mais tarde (Macedo, 2005).

O consumo de gua e disposio para uso industrial tm diminudo substancialmente nos ltimos anos, de cerca de 5.6m3 / tonelada de cana coletadas em 1990 e 1997 para 1.83m3 / tonelada de cana em 2004 (valores a partir de uma amostragem em Sa~o Paulo). O nvel de reutilizao de gua muito alta, e a eficincia do tratamento de libertao mais do que 98%.Alm disso, um processo de lavagem a seco de cana est substituindo o processo de lavagem da cana molhado padro, o qual utiliza gua de 5m3 / tonelada de cana. O processo de lavagem a seco recicla a maior parte da gua, o que representa um muito menor uso de gua lquida (Macedo, 2005).

Prticas agrcolas modernos incluem a reciclagem das guas de lavagem e cinzas para as culturas atravs fertirrigao, em conjunto com o vinhoto (poluente subproduto da destilao do etanol).

3.2.2. A poluio da gua

Os problemas ambientais relacionados com a qualidade da gua, que resultam de irrigao (gua de escoamento, com nutrientes e pesticidas, eroso) e uso industrial, no foram relatados em Sa~o Paulo. Neste sentido, a Embrapa classifica a cana como Nvel 1 (nenhum impacto na qualidade da gua). Relativamente s questes de guas residuais, no h o problema de os poluentes orgnicos e inorgnicos.

3.2.2.1. Poluentes orgnicos. Os principais efluentes lquidos da produo de etanol so a vinhaa e as guas residuais utilizados para a limpeza de talos de cana.

Disposio da vinhaa representa o impacto potencial mais importante devido s grandes quantidades produzidas (0.011-0.014m3 perm3 de etanol), as suas altas cargas orgnicas (demanda bioqumica de oxignio e demanda qumica de oxignio) e seu pH de 4-5 (Rodrigues e Ortiz, 2006 ).

Os custos de eliminao so elevados, principalmente no nordeste do Brasil, e os vinhaa foram lanados em rios, poluindo a gua em cada poca da colheita. Hoje em dia, tal disposio proibida em todo o pas e fertirrigao usa vinhaa nos canaviais em conjunto com guas residuais.

Alm disso, uma srie de estudos sobre a lixiviao e possibilidades de contaminao de guas subterrneas com vinhaa indicam que h, em geral, no h impactos danosos para aplicaes de menos de 30,000m3 de vinhaa / km2. A norma tcnica da CETESB (2005), que regulamenta todos os aspectos relevantes, a saber, reas de risco (proibio), reas permitidas e tecnologias adequadas. Maneiras de reduzir a quantidade de poluentes orgnicos em efluentes incluem a remoo mecnica de partculas em suspenso, tratamento aerbico, anaerbico tratamento e reciclagem (Smeets et al., 2006).

3.2.2.2. Poluentes inorgnicos. Agroqumicos tais como herbicidas, insecticidas, acaricidas, fungicidas, maturadores e desfolhantes so alguns dos contaminantes inorgnicos aplicveis na produo de etanol. Existe legislao federal adequada, incluindo as regras e regulamentos de produo para uso e descarte de materiais:

Lei Federal 7082/89, o Decreto Federal 4074/02 e Sa~o Paulo a Lei Estadual 4002/84 (Tomita, 2005). Alm disso, o consumo de pesticidas por quilmetro quadrado em canaviais menor do que na cultura dos citros, milho, caf e soja, da o baixo uso de inseticidas e fungicidas.

Pesquisas genticas permitiram a reduo de doenas da cana atravs da seleo de variedades resistentes, como o vrus do mosaico, a fuligem da cana e ferrugem, e da cana vrus folha amarela. Modificaes genticas (na fase de teste de campo) tambm produziram plantas resistentes a herbicidas, fungos e o escaravelho da cana (Macedo, 2005). Na verdade, existem mais de 500 variedades comerciais de cana.

De acordo com Marzabal et al. (2004) em Macedo (2005), o consumo de agrotxicos na produo de cana menor do que nas lavouras de caf. Por outro lado, a cana utiliza mais herbicidas por quilmetro quadrado do que o caf. Figo. 3 compara a mdia da quantidade de agrotxicos consumidos em diferentes culturas.

Alm disso, entre as grandes culturas (reas maiores que 10,000km2) do Brasil cana utiliza menores quantidades de fertilizantes que o algodo, caf e laranja, e equivalente a cultura da soja a esse respeito. A quantidade de fertilizante utilizada tambm pequena em comparao com as culturas de cana em outros pases (48% a mais usada na Austrlia) (UNICA, 2007).

No entanto, alguns pequenos produtores de frutas se queixam de que os herbicidas utilizados nas culturas em questo se espalham de avies esto prejudicando as rvores de fruto (Souza, 2007). O fator mais importante a reciclagem de nutrientes atravs da aplicao de resduos industriais (vinhaa e torta de filtro), considerando os limitantes condies topogrficas, de solo e de controle ambiental. Assim, foram observados aumentos substanciais na produtividade e no teor de potssio do solo. Nutrient reciclagem est sendo otimizado e utilizao de lixo ainda est para ser implementada.

3.3. O uso da terra

3.3.1. Expanso da cana

A Tabela 4 mostra a expanso esperada da produo de etanol no Brasil, mas deve-se notar que nem todos os projetos podem ser implementados. A maior ameaa representada pela expanso da quantidade de terra cultivada para energia ou qualquer outro uso a converso irreversvel de ecossistemas virgens. O desmatamento, por exemplo, faz com que a extino das espcies e dos seus habitats ea perda de funes do ecossistema. Estudos revelam que a destruio em larga escala de florestas pode afetar o ciclo hidrolgico eo clima, reduzindo a precipitao regional e aumento das temperaturas.

No Brasil, a expanso da cana limitada pela qualidade do solo, precipitao pluviomtrica (como j discutido) e da logstica.

A cana no uma cultura particularmente exigente em termos de solo, adaptando-se razoavelmente em solos de fertilidade mdia e alta porosidade / permeabilidade dos solos mais arenosos-. Solos mais frteis implicar em maiores nveis de produtividade e / ou menor demanda por fertilizantes e corretivos, mas so mais caros. As reas da regio Nordeste, que exigem recursos financeiros para fins de irrigao so mais problemticas, tendo em vista os investimentos iniciais considerveis eo custo da energia utilizada na irrigao. As reas de expanso de cana com maior potencial futuro so aqueles que combinam as trs condies mencionadas acima, com perspectivas de uma evoluo positiva em termos de logstica. Entre as reas que se destacam no curto prazo so Tringulo Mineiro (MG), a noroeste de Sa~o Paulo Estado, Mato Grosso do Sul, Estado Goia' s e norte da Esp'rito Santo. A mdio prazo, h potencial para o desenvolvimento nas reas de oeste da Bahia, sul do Estado Maranha~o e sul do Estado do Tocantins. Ateno deve ser dada, no entanto, reas em que a precipitao pluviomtrica praticamente zero para 3-5 meses por ano, os investimentos em irrigao de salvamento exigente. Nestes casos, a um custo mais baixo de terra pode compensar o custo adicional de irrigao, o qual precisa de ser tomado em conta para cada caso especfico. A maior parte da Amaznia no adequado por motivos agrcolas, alm do fato de que isso levaria a mais desmatamento indesejvel.

O problema poderia ser uma presso indireta por causa da expanso de culturas / gado reas existentes nas regies acima. Mais expanso nas culturas de cana existentes est a ter lugar em terras degradadas e de pastagens (Lora et al., 2006). Figo. 4 mostra onde novas usinas esto sendo instaladas. Figo. 5 mostra o percentual de lavouras de cana nos municpios brasileiros. A luz manchas cinzentas representam os municpios com pequena porcentagem de lavouras de cana (at 20%) e os pontos negros representam municpios com at 85% das lavouras de cana em seu territrio.

Terra no Estado de Sa~o Paulo est ficando mais caro; os custos aumentaram, em mdia, 113,66% de 2001 a 2006, com regies como Ribeira~o Preto, Bauru e Franca, mostrando um crescimento na faixa de 160-170%. No entanto, no a falta de infra-estrutura nesses estados para entregar a produo de etanol para os centros de consumo ou portos para exportao (Brito, 2007). Uma grande parte das condies Brazilhas para apoiar economicamente a produo agrcola, preservando vastas reas florestais com diferentes biomas. De 1955 a 2006, a rea de cana no Brasil cresceu de forma constante a partir de 10.000 a 60,000km2. Deste total, o estado produtor de cana-de-mais importante Sa~o Paulo, com uma rea de 19,000km2 em 1993, que aumentou para 42.700 km2 em 2006 (19% da rea total do estado) que est sendo usado para as culturas de cana de acar. Em 2006, 34.500 quilmetros quadrados foram colhidas, metade dedicada produo de etanol ea outra metade para o acar. Uma expanso de 8.200 km2 de plantaes de cana est ocorrendo atualmente no estado (IEA, 2007).

A legislao ambiental brasileira baseada no Cdigo Florestal Nacional (Lei Federal 4771/65) ea Lei do Crime Ambiental (Lei Federal 9605/98); h tambm legislao para projetos de licenciamento e recuperao. A reserva legal de 80% necessrio para propriedades rurais na Amaznia, 35% no Cerrado da Amaznia (savanas) e 20% para o resto do pas, incluindo Sa~o Paulo.

Assim, plantaes de cana (ou outras culturas) em Sa~o Paulo deve garantir pelo menos 20% de cobertura florestal em rvores nativas (ou reflorestada com rvores nativas), e Sa~o Paulo Decreto Estadual 50.889 de 16 de Junho de 2006, estabelece regras para o execuo da reserva legal no estado. Sa~o Paulo tambm tem exigncias especiais sobre a manuteno de matas ciliares para o licenciamento ambiental, uma vez que existe, na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, um programa especial financiado pelo Banco Mundial / Global Environment Facility (GEF), lanado em 2005, na recuperao de o 10,000km2 de matas ciliares.

3.3.2. Concorrncia do terreno: etanol contra culturas alimentares

Nos anos 1970 e 1980, o etanol causou uma mudana nos padres de uso da terra de culturas alimentares para a cana. Em Sa~o Paulo, de 1974 a 1979, a expanso substitudo as culturas alimentares. O milho e o arroz tiveram a maior queda, com a rea plantada com reduo de 35% (Santos, 1982, em ESMAP, 2005). O uso atual das terras agrcolas em Sa~o Paulo mostrado na figura. 6.

Figo. 6 mostra que o crescimento da cana no parece ter um impacto nas reas de alimentos, uma vez que a rea utilizada para a produo de alimentos no diminuiu. A expanso no estado est ocorrendo sobre reas de pastagens.

Alm da expanso da rea de cana, o aumento na produo de etanol no estado tambm foi devido ao crescimento da produtividade global (agrcola e industrial) no pas. O Brasil atingiu uma mdia de produtividade agrcola da cana de cerca de 6.500 ton / km2. No estado de Sa~o Paulo a produtividade pode ser to elevada quanto 10,000-11,000 tonelada / km2. Uma melhoria de 33% no Estado de Sa~o Paulo desde o Prolcool comeou pode estar relacionado com o desenvolvimento de novas espcies e para a melhoria das prticas agrcolas.

Alm disso, melhorias genticas permitem que as culturas so mais resistentes, mais produtivas e melhor adaptadas s diferentes condies. Tais melhorias permitiram o crescimento da produo de cana, sem expanso excessiva do uso da terra.

Recentemente, h planos para aumentar reas de cana em Sa~o Paulo Estado em 50% at 2010, um processo que est a ser seguido de perto pelas autoridades de licenciamento ambiental. As avaliaes existentes mostram que pode haver espao para ele, sem impactos ambientais significativos (Coelho et al, 2006;. Macedo, 2005).

Excluindo-se as reas urbanas e de infra-estrutura, o Estado de Sa~o Paulo tem 220,000km2, distribudas conforme mostra a Tabela 5 Conforme mencionado, a expanso da cana no perodo de 2002-2006 ocorreu em Sa~o Paulo, principalmente em terras anteriormente utilizadas para a alimentao do gado (Lora et al., 2006), portanto, no pressionar as culturas alimentares. Tambm por causa do sistema de rotao usada para as lavouras de cana, durante cada poca de colheita de 20% da safra de cana de acar removido e substitudo por outras culturas como feijo, milho, amendoim, etc A fim de permitir a recuperao do solo, esta prtica, ser usada em todo o pas. Considerando-se a substituio de reas de gado, importante notar que o nmero de animais nas pastagens atualmente tem densidades muito baixas no Brasil (100 cabeas / km2), quando comparado com a mdia dos pases desenvolvidos. Alm disso, como mencionado no Quadro 1, em Sa~o Paulo, populao bovina tem vindo a aumentar, mesmo com a reduo de pastagens, aumentando a densidade de 128 cabeas / km2 (2004) para 141 cabeas / km2 (2005) (Lora et al., 2006), que ainda muito baixo. Assim, no Brasil, h grandes reas de pastagem, que podem ser utilizadas para a expanso da cana, como mostrado na Tabela 6.Box 1-Expanso para Cerrado (savana brasileira).

No Brasil, o cultivo de cana para etanol est aumentando a presso agrcola, que tambm foi aumentado, a fim de atender a crescente demanda por acar e soja nos mercados de alimentos e alimentos para animais. A expanso da produo de cana substituiu pastagens e pequenas fazendas de culturas variadas.

As plantaes de acar e produo de etanol expandiram predominantemente em reas antes utilizadas para a criao de gado, como o gado confinado principalmente criao de gado e em uma pequena escala para novas pastagens (que podem incluir florestas desmarcado).

Deve-se considerar que 50% do cerrado no adequada para o plantio de cana de acar ou tem baixa aptido para isso. Esta regio (24% do territrio) tem sido amplamente utilizada para a agricultura e criao de gado ao longo dos ltimos 40 anos. De fato, a expanso das lavouras de cana em reas cobertas por vegetao de cerrado tem sido muito pequena at agora, e substituiu outras coberturas que tinham substitudo anteriormente o cerrado (geralmente pastagens) (Macedo, 2005). Apesar da previso existente de expanso das reas de cana at 850 mil quilmetros quadrados (NIPE / Unicamp, 2005), considerando que muito menos do que as reas atualmente utilizadas para o gado (2,37 millionkm2), as previses mais conservadoras indicam 120,000km2 at 2020 . Entretanto, no Estado de Sa~o Paulo, a expanso da cana foi principalmente sobre reas de pastagens, com densidade pecuria 128-140 cabeas por quilmetro quadrado. Por outro lado, no Brasil, a densidade de 100 cabeas / km2, com uma grande rea para a expanso da cana, sem pressurizao florestas nativas (Lora et al., 2006).

3.4. solo

A sustentabilidade da cultura aumenta devido a proteco contra a eroso, compactao e perdas de umidade e adubao correta. No Brasil, h solos que tm vindo a produzir cana por mais de 200 anos, com cada vez maior rendimento. CETESB estabelecem os padres que devem ser seguidos por potencialmente emisses poluentes liberados por qualquer tipo de atividades. Abaixo est a CETESB P4.231 Tcnico Rule (2005), que estabelece:

As reas sensveis em que o uso da vinhaa continua a ser proibida.

Normas para armazenamento de vinhaa de acordo com a Norma NBR 7229-ABNT.

Todas as reas que antes eram usadas para a eliminao da vinhaa (reas de sacrifcio) deve ser imediatamente fechada, e depois que eles devem ser avaliados de acordo com os procedimentos da CETESB no. 023/00 / C / E. Os resultados devem ser comparados com os padres estabelecidos pela CETESB no. 014/01 / E e uma directiva do Ministrio da Sade 518/04.

Para qualquer rea, pelo menos quatro poos de monitoramento devem ser instaladas de acordo com a norma ABNT / NBR13.895 e CETESB-06.100, para verificar padres de pH, dureza, sulfato, mangans, alumnio, ferro, nitrato, nitrito, amnia, Kjeldahl nitrogen14 , de potssio, de clcio, de slidos dissolvidos, condutividade e fenis.

A responsvel legal contratada por trabalhar para a empresa usina de acar, em seguida, realizar o monitoramento, envio das amostras para exame num laboratrio acreditado, que ir determinar se as amostras de cumprir as normas da CETESB.

De acordo com a Smeets et al. (2006), a preveno da eroso do solo e esgotamento de nutrientes pode ser reduzida por meio de procedimentos especiais de gesto relacionados com a eroso, evitando plantaes em solos marginais e vulnerveis, ou com alta declividade, o monitoramento da qualidade do solo eo equilbrio de nutrientes.

A cultura da cana no Brasil de fato bem conhecido por sua perda relativamente pequena eroso do solo, principalmente quando comparado com soja e milho (Macedo, 2005).

3.5. biodiversidade

Impactos diretos da produo de cana sobre a biodiversidade so limitados, porque as novas culturas de cana so estabelecidos principalmente em pastagens. Como mencionado, estas reas esto longe de biomas importantes, como a Floresta Amaznica, Cerrado, Mata Atlntica e Pantanal (Smeets et al., 2006). De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, h 10,000km2 de matas ciliares degradadas em Sa~o Paulo; Desse total, 1500km2 esto no sector do acar / etanol como mostra a Tabela 7.

Deve-se ressaltar que, neste estudo 7,4% dessa rea ainda estava coberta por lavouras de cana, possivelmente porque o ciclo de cana-de 4-5 anos estava sendo concludo. A implementao de reas ribeirinhas, como mencionado, alm da proteo das fontes de gua e crregos, pode promover a restaurao da biodiversidade a longo prazo.

Durante a queima da cana, alguns animais que no podem fugir do fogo morrer; Infelizmente, em geral, esses animais no so capazes de retornar vida selvagem e so enviados para zoolgicos.

4. Aspectos Sociais

4.1. impactos sociais

Quanto impactos socioeconmicos do agronegcio, o mais importante em relao a gerao de emprego e renda para uma ampla gama de programas de capacitao workface, com a flexibilidade para suportar as caractersticas locais que utilizam tecnologias diferentes. Tambm deve ser lembrado que a indstria promove economias substanciais em moeda estrangeira, evitando importaes de petrleo, e os negcios eo desenvolvimento tecnolgico de uma grande indstria de equipamentos.

O cumprimento das condies de trabalho 'com Organizao Internacional do Trabalho (OIT) e responsabilidade social so parcialmente implementado em Sa~o Paulo.

Legislao trabalhista do Brasil bem conhecido por seus avanos na proteo dos trabalhadores; o sindicato desenvolvido e desempenha um papel fundamental nas relaes de trabalho. Para a cana, os aspectos especficos de relaes de trabalho na agricultura so melhores do que outros setores rurais, com empregos formais sendo principalmente em Sa~o Paulo. Em comparao com a brasileira de 40% taxa de empregos formais dizer, as atividades agrcolas do setor sucroalcooleiro tm agora uma taxa de 72,9% (de 53,6% a de 1992), atingindo 93,8% em Sa~o Paulo (2005) e apenas 60,8% no regio nordeste norte /.

No entanto, os problemas locais ainda existem. No Estado de So Paulo, nas ltimas trs temporadas (2004-2007), foram notificados 19 casos de morte de trabalhadores. Strong publicidade tem sido dada a essas questes, mas parece que esses casos podem ser isolados por causa das condies de trabalho nas lavouras de cana de acar parece ser melhor do que em outros setores rurais.

4.2. Jobs

Em Sa~o Paulo, (cortadores de cana) os salrios dos trabalhadores no-especializados correspondem a 86% dos trabalhadores agrcolas em geral, e 46% dos trabalhadores industriais. A renda familiar mdia desses trabalhadores foi maior do que a renda dos 50% de todo brasileiro

famlias. Os empregos formais diretos na indstria esto agora a aumentar em nmero (18% entre 2000 e 2002) e chegou a 764.000 em 2002, enquanto os empregos na agricultura diminuiu. Pessoas tendo estudado por menos de 4 anos representam 37,6% dos trabalhadores, com 15,3% sendo analfabetos (4% no centro-sul).

Isto significa que os trabalhadores da indstria da cana so cada vez mais qualificados e recebem salrios mais altos. No que diz respeito criao de emprego, para cada 300 milhes de toneladas de cana produzida, cerca de 700 mil postos de trabalho so criados. No incio de 1990, havia 800 mil empregos diretos no setor sucroalcooleiro; o que significa que para cada 1Mt de cana produzido e processado, houve 2.200 empregos diretos (73% na agricultura) e 660 empregos indiretos (considerando apenas a produo de equipamentos e manuteno, insumos qumicos e outros); no northnortheast, trs vezes mais do que no centro-sul (Macedo, 2005).

Em Sa~o Paulo Estado, a mesma legislao que estabeleceu a colheita mecanizada de cana crua obrigatria inclui um programa de requalificao profissional para os trabalhadores rurais que utilizaram a colheita da cana e foram substitudos por colheita mecnica. Em 2007, cerca de 40% da cana em So Paulo Statewas colhida sem queima (Fig. 2) e todos os trabalhadores envolvidos recebeu esta re-qualificao. Na verdade, esta uma questo importante porque durante a poca de colheita atual (2007/2008) usinas esto enfrentando dificuldades na contratao de mo de obra qualificada para operar as mquinas para colheita mecnica.

Por outro lado, a maior parte do trabalho em expanso Sa~o Paulo Estado em 2005 era devido ao sector do etanol. Dos 114 novos postos de trabalho no Estado de Sa~o Paulo, 89 foram no setor de etanol, o que corresponde a 75% (O Estado de Sa~o Paulo, 2007).

Em relao ao tamanho dos produtores de cana no Brasil, quase 75% da terra da cana de propriedade de grandes produtores. No entanto, existem tambm cerca de 60.000 pequenos produtores das regies Centro-Oeste-sul, organizados em cooperativas, com um poder de negociao aumentar. Um sistema de pagamento baseado no teor de sacarose na cana de acar tem sido usada desde h muito tempo e tem promovido o crescimento significativo da produtividade agrcola.

Apesar do fato de que a maioria dos produtores de cana so muito grandes, h duas situaes diferentes. Em Sa~o Paulo State, na maioria dos casos a rea de cana plantada pertence a grandes produtores. Situao diferente encontrada no Estado Parana' (regio sul, uma das maiores produtores de cana do pas), onde a maioria dos produtores de cana so pequenos e so membros de cooperativas.

Alm dos benefcios sociais existentes neste sector, h outras questes socioeconmicas. O investimento necessrio para a criao de emprego no setor de cana muito menor do que em outros setores industriais, como mostrado nas figuras. 7 (esquerda) e (direita). A criao de um posto de trabalho em etanol indstria agro requer, em mdia, de US $ 11.000, enquanto um trabalho na indstria qumica e petroqumica custa 20 vezes mais. Alm disso, a taxa de empregos por unidade de energia produzida de 152 vezes maior na indstria do etanol do que na indstria do petrleo.

4.3. Os salrios, distribuio de renda e propriedade da terra

No centro-sul, a renda das pessoas que trabalham nas lavouras de cana maior do que nas culturas de caf, citros e milho, mas menor do que nas culturas de soja (altamente mecanizada, com empregos mais especializados). No Norte-Nordeste, a renda na cultura da cana maior do que no caf, arroz, banana, mandioca (mandioca) e as culturas de milho, o equivalente renda na cultura dos citros, e menor do que em lavouras de soja. No entanto, o pagamento sempre com base na quantidade de cana colhida.

Mills manter mais de 600 escolas, 200 creches e unidades de 300 unidades de atendimento ambulatorial (Smeets et al., 2006). De acordo com Barbosa (2005) em Smeets et al. (2006), uma amostra de 47 unidades base de Paulo Sa~o mostrou que 'mais de 90% fornecer assistncia mdica e odontolgica, transporte e seguro de vida coletivo, e mais de 80% fornecer refeies e assistncia farmacutica. Mais de 84% tm programas profitsharing, acomodaes e unidades de cuidados de dia '. Indicadores de Balano Social para 73 empresas (CENBIO, 2006) mostram que os fundos equivalentes a 24,5% da folha de pagamento so utilizados para fins como programas de participao nos lucros (6,72%), alimentos (6,54%), cuidados de sade (5,9%), sade e segurana ocupacional (2,3%), e educao, capacitao e desenvolvimento profissional (1,9%). Os trabalhadores em Sa~o Paulo recebe, em mdia, os salrios que eram 80% superiores aos de trabalhadores titulares de outros trabalhos agrcolas. Suas rendas tambm foram maiores do que 50% das pessoas no setor de servios e 40% das pessoas na indstria (Macedo, 2005).

Na verdade, salrios Nordeste Em geral, so muito mais baixos. No entanto, um estudo recente sobre a indstria da cana informa que os salrios de operrios de cana passou de R $ 310 (US $ 144,2) para R $ 365 (US $ 169,8), o que representa um aumento de 17,74% (CENBIO, 2006). Estes nmeros so positivos, porque atualmente o salrio mnimo brasileiro foi de R $ 350 (US $ 163,5) por ms em 2006 (DIEESE, 2006). Isto importante porque a agricultura, o nvel de escolaridade mdia no norte-nordeste equivalente a metade do nvel (anos na escola) do centersouth.

Smeets et al. (2006) discutem esta questo. Assim, coefficient3 de Gini para o setor de cana e produo de etanol baixo em comparao com os setores mdios e outros nacionais. A Tabela 8 resume as caractersticas principais da cana trabalhadores do setor, em comparao com outros setores.

4.4. As condies de trabalho

O governo brasileiro assinou recomendaes da OIT, que probem formas mais precrias de trabalho infantil e definem a idade mnima de 18 anos para trabalhos duros. Alm disso, o Brasil tem intensificado fiscalizao das condies de trabalho no setor sucroalcooleiro (Rodrigues e Ortiz, 2006). No entanto, a fiscalizao ainda no suficiente e alguns trabalhadores direito violaes foram relatadas, e no apenas na regio nordeste. Em 2006, a fiscalizao do Ministrio Pblico Brasileiro foi mais rigorosa, o que resultou em mais de 600 multas em Sa~o Paulo State (Primeira Pa' revista gina, dezembro de 2006). As inspees foram focados em condio de trabalho e as questes ambientais.

Os relatrios existentes informar que algumas usinas no respeitam o direito do trabalho no Estado de Sa~o Paulo e que ainda h um longo caminho a percorrer (Fernando Ribeiro, secretrio-geral da UNICA em um relatrio por Barros (2005)). O mecanismo de compensao famlia pela perda de renda familiar do trabalho infantil, onde os pais so compensados pelos custos de educao. Este mecanismo calculado para aumentar os custos do etanol em 4% (Smeets et al., 2006). A Tabela 9 mostra que, mesmo com esses incentivos, 3% dos trabalhadores no sector da produo de cana e etanol so menores de 17 anos.

Apesar das melhorias nas condies de trabalho alcanadas na ltima dcada, mais progresso ainda necessria.5. critrios de sustentabilidade

De fato, h preocupaes sobre a sustentabilidade dos biocombustveis nos pases mais desenvolvidos. As concluses de um seminrio realizado em Delhi em 2005 (Shanker e Fallot, 2006) pelo GEF do Banco Mundial mostrou que os biocombustveis podem oferecer uma alternativa sustentvel e de carbono neutro para combustveis derivados do petrleo, desde que as salvaguardas ambientais so postas em prtica, bem como ocorre a gesto sustentvel da terra. Isso excluiria, por exemplo, a produo de biocombustveis a partir de terra floresta desmatada e biocombustveis, com reduo negativa de emisso de GEE. Os potenciais impactos negativos no solo, gua e biodiversidade, no caso da plantao de monoculturas em grande escala tambm devem ser considerados. Reconheceu-se que o papel dos biocombustveis na mitigao das alteraes climticas tambm uma questo de gesto de recursos naturais, a degradao do solo, da biodiversidade e guas internacionais.

O Worldwatch Institute (2007) discutiu uma srie de propostas de normas e procedimentos de certificao para os biocombustveis e as questes relacionadas com o comrcio, que tm uma forte ligao com alimentar e florestal commodities, questes associadas regulao da OMC.

Em 2007, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial) informou que eles esto comeando a certificao voluntria para a cana e etanol (Lobo, 2007), a ser implementado no segundo semestre de 2008.

Os princpios incluem questes ambientais, sociais e trabalhistas, com indicadores qualitativos e quantitativos, como as emisses de carbono e balano energtico.

Macedo (2005) tambm discute vrios aspectos da produo de cana de acar e converso em etanol, bem como as questes de sustentabilidade relacionadas a ele.

De acordo com o Worldwatch Institute (2007), 'a questo das barreiras comerciais para os biocombustveis foi trazida luz, no caso de exportao de etanol brasileiro para a Europa, que tem tarifas em vigor para produtos derivados do acar'. No entanto, boicotes contra as empresas de petrleo relacionados aos direitos humanos e excesso ambiental comum. Vrios pases exportadores de biocombustveis tm expressado preocupao sobre as implicaes comerciais de um esquema de certificao de biocombustveis rigorosa, considerando-se que ele pode criar barreiras comerciais para as exportaes dos pases em desenvolvimento e pode ser usado por pases (pases industrializados) importadores para proteger suas indstrias de biocombustveis domsticos (Coelho , 2005).

Smeets et al. (2006) discutiram a sustentabilidade da produo de etanol no Brasil, comparando legislaes brasileira e holandesa e analisar as perspectivas para a certificao da produo de etanol no Brasil.

Ns mostramos os resultados da comparao na Tabela 10. Biomassa e biocombustveis comrcio contribuir para o desenvolvimento rural, permitindo que a renda e a criao de empregos adicionais para os pases em desenvolvimento, contribuindo para a sustentabilidade dos recursos naturais, colaborando com GHGes de reduo de emisses de uma forma eficaz em termos de custos e diversificando as necessidades de combustvel do mundo.