turismo lisboa março
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TURIS
MODE
LIS
BO
A
SRGIO SILVA MONTEIRO
SECRETRIO DE ESTADO DAS OBRASPBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAES
ESTRATGIA DO PORTO DE LISBOA
MUDA SETE CIDADES
N. 111
MARO
2013
ndice LISBOA1199
OBSERVATRIODO TURISMO
DE LISBOA Fevereiro2013
No Interior
CENTRO DE ARTES E TECNOLOGIA DA FUNDAO EDP
UM NOVO CONE DA CIDADE
ENTIDADES REGIONAIS DE TURISMO
REESTRUTURAO APROVADA
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D E S T A Q U E S
Editorial 4 A nova lei sobre a reorganizao regional do Turismo acaba de ser aprovada. Tendo em conta
alguns pressupostos que o Governo definiu partida e de que no abdicou, a lei constitui uma
base de trabalho aceitvel, que mantm as condies necessrias para prosseguirmos o trabalho
de desenvolvimento turstico da cidade e da regio de Lisboa.
Nacional 5 O presidente da ANA Aeroportos de Portugal, Jorge Ponce de Leo, admitiu a possibilidade de
as taxas aeroporturias subirem, desde que o trfego cresa acima da taxa de inflao, apesar dos
limites fixados pelo Estado para o seu aumento nos prximos dez anos.
Entrevista 14 Entre a aposta no Turismo e a nova concesso de carga, a regio de Lisboa pode nunca
mais ficar na mesma. Em entrevista RTL, o secretrio de estado das Obras Pblicas,
Transportes e Comunicaes, Srgio Silva Monteiro, fala do projecto para o Porto de Lisboa e do
seu desenvolvimento.
Tendncias 19 Cada vez mais, indiscutvel a necessidade de os guias de viagem apostarem fortemente nos
canais digitais, de forma a estarem mais prximos do seu pblico, perceberem as suas
necessidades e corresponderem aos seus critrios de avaliao.
Entrevista 20 O novo Centro de Artes e Tecnologia da Fundao EDP pretende ter uma oferta cultural e
tecnolgica ao nvel das grandes cidades europeias, afirma o CEO da EDP, Antnio Mexia.
Observatrio23 Os resultados estatsticos da hotelaria da Cidade de Lisboa, da Grande Lisboa e da Regio,no ms de Fevereiro de 2013. O movimento no Aeroporto Internacional de Lisboa, o Mercado
de Cruzeiros e o Golfe na Regio.
Lisboa Vista de Fora31 Cada vez mais apaixonados por Lisboa, os meios de comunicao brasileiros tm vindo a destacar
a cidade em artigos que so verdadeiras declaraes de amor.
Tesouros32 Com base no trabalho de dinamizao desenvolvido pela Fundao Jos Saramago, a Casa dos
Bicos uma das principais referncias culturais da cidade de Lisboa.
Boletim Interno34 Lisboa recebe o maior festival gastronmico nacional inteiramente dedicado aos sabores do mar,
o Peixe em Lisboa, de 4 a 14 de Abril, no Ptio da Gal, Terreiro do Pao.
Market Place39 Lisboa surpreende quem a visita e quem nela habita pela multiplicidade da oferta que,
constantemente reinventada, adapta-se a todos os gostos e supera expectativas.
Notas Finais
50 Na entrevista que o secretrio de Estado Srgio Monteiro nos concedeu, nesta edio, soadiantados detalhes importantes sobre o plano de reestruturao do Porto de Lisboa,recentemente divulgado. Outro projecto estruturante para a zona ribeirinha o recm-
-anunciado Centro de Artes e Tecnologia, que a Fundao EDP pretende construir junto
ao Museu da Electricidade.
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A nova lei sobre a reorganizao regional do Tu-
rismo acaba de ser aprovada.
Tendo em conta alguns pressupostos que o Go-
verno definiu partida e de que no abdicou, a
lei constitui uma base de trabalho aceitvel, que
mantm as condies necessrias para prosse-
guirmos o trabalho de desenvolvimento turstico
da cidade e da regio de Lisboa.
Na continuidade deste processo e no quadro
agora criado continuaremos a pugnar para que
a soluo por ns sempre defendida seja con-
sagrada, isto , que a autonomia da rea Me-
tropolitana de Lisboa seja assegurada, mediante
delegao de competncias e de contrato direc-
to com a ATL, e que a entidade regional rena
todas as condies necessrias para um eficaz
desenvolvimento turstico da Regio.
Neste sentido, nosso desejo que todos se sin-
tam identificados com os futuros estatutos da
Entidade Regional de Turismo e, consequente-
mente, com os Corpos Sociais a eleger.
TENDO EM CONTA ALGUNS
PRESSUPOSTOS QUE O GOVERNO
DEFINIU PARTIDA E DE QUE NO
ABDICOU, A LEI CONSTITUI UMA
BASE DE TRABALHO ACEITVEL, QUE
MANTM AS CONDIES NECESSRIAS
PARA PROSSEGUIRMOS O TRABALHO
DE DESENVOLVIMENTO TURSTICO DACIDADE E DA REGIO DE LISBOA
No que diz respeito promoo internacional,
a lei nada mudou relativamente s compe-
tncias actuais do Turismo de Portugal.
Quanto ao futuro, o secretrio de Estado do
Turismo j anunciou o lanamento de um de-
bate sobre o modelo de promoo e elencou
as questes fundamentais.
Temos razes para acreditar que no deixar
que este processo se prolongue para alm
do Vero, altura em que a promoo de 2014
tem que ser lanada.
Como sempre, estamos disponveis para,
sem preconceitos, participar no debate e
num novo modelo de contratualizao que
aprofunde a parceria e a partilha de respon-
sabilidades.
O essencial para ns, que fique garantida
a participao dos privados e a promoo da
Marca Lisboa.
Estamos certos que o bom senso tambm
prevalecer neste processo.
REORGANIZAO REGIONAL DO TURISMO
NOVA LEI UMA BASE DE TRABALHO
E D I T O R I A L
Mrio MachadoPresidente Adjunto do Turismo de Lisboa
NOTA:O processo de elaborao da lei da reorganizao regional de Turismo foi complexo, com avanos
e recuos. Para o compromisso que a soluo final representa justo reconhecer a abertura do ministro
Miguel Relvas e o empenho do SET, Adolfo Mesquita Nunes.
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NACIONAL
A proposta de lei sobre a reestruturao das Entidades Regionais de
Turismo (ERT) foi aprovada na especialidade. Com estas alteraes, as
novas ERT passaro a ter competncias para promoo no mercado
interior alargado, que inclui o territrio nacional e as regies frontei-rias de Espanha, mantendo o Turismo de Portugal as competncias
originais para a promoo externa.
Nesta verso final, o diploma prev ainda a possibilidade de o Gover-
no contratualizar directamente com associaes, como a Associao
Turismo de Lisboa (ATL), o exerccio de competncias para determi-
nadas reas territoriais.
O diploma passa a consagrar, ainda, a paridade entre pblicos e pri-
vados nos colgios eleitorais das Entidades Regionais e confere poder
vinculativo aos pareceres dos futuros Conselhos de Marketing, presi-
didos por entidades privadas.
Relativamente promoo externa, o secretrio de Estado do Turis-
mo, Adolfo Mesquita Nunes, j anunciou que vai iniciar a discussosobre o tema, defendendo que a mesma ganhe dimenso e escala.
A propsito do diploma aprovado, o presidente da Confederao do
Turismo Portugus (CTP), Francisco Calheiros, afirmou que a correc-
o uma grande vitria para o Turismo e para o novo secretrio de
Estado, que fez uma entrada de leo. Fica esclarecido que a questo
da promoo externa no da competncia das Regies de Turismo
e, em Lisboa e Porto, fica aberta a possibilidade de haver contratuali-
zao directa com o Governo, acrescentou.
APROVADA
REESTRUTURAO DAS ENTIDADES REGIONAIS DE TURISMO
O presidente da ANA Aeroportos de Portu-
gal, Jorge Ponce de Leo, admitiu a possibi-
lidade de as taxas aeroporturias subirem,
desde que o trfego cresa acima da taxa
de inflao, apesar dos limites fixados pelo
Estado para o seu aumento nos prximos
dez anos.
O responsvel afirmou que previsvel
que o trfego efectivamente aumente, uma
vez que o contrato com a VINCI, tal como
TAXAS AEROPORTURIAS
PRESIDENTE DA ANA ADMITE AUMENTOest desenhado, no apenas o incentiva como
o impe. A maior garantia do sucesso da
privatizao foi o preo que atingiu, no por
ter chegado aos trs mil milhes de euros, mas
porque isso significa que s uma gesto mui-
to eficaz e eficiente pode conduzir o investidor
a ter o retorno esperado, explicou. S quem
est perfeitamente consciente de que capaz
de fazer crescer o trfego que vai fazer este
investimento, reforou Ponce de Leo, expli-
cando que o trfego ser avaliado anual-
mente.
Quanto privatizao, o presidente da ANA
considera que sai toda a gente a ganhar:
O pas, porque o trfego cresce, a econo-
mia nacional, porque esse um dos facto-
res essenciais para o crescimento da eco-
nomia e o investidor porque, seguramente,
com esse crescimento do trfego tem uma
melhor remunerao do capital investido.
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VOLVO OCEAN RACE
REGRESSO EM 2015 E 2018
A Volvo Ocean Race regressa capital portugue-
sa para mais duas edies, a realizar em 2015
e 2018.
O anncio oficial decorreu no Torreo Nascente
do Terreiro do Pao, numa cerimnia em que es-
tiveram presentes o secretrio de Estado do Mar,
Manuel Pinto de Abreu, o presidente da Cmara
de Lisboa, Antnio Costa, o director-geral da As-
sociao Turismo de Lisboa (ATL), Vtor Costa, a
presidente da administrao do Porto de Lisboa,
Marina Ferreira, o promotor Joo Lagos e o di-
rector de operaes da Volvo Ocean Race, TomTouber. O sucesso da escala em Lisboa, em
2012, foi incrvel, se pensarmos que foi a primei-
ra vez que a cidade recebeu o evento. Lisboa
um grande porto e cidade atlntica, a populao
deu as melhores boas-vindas aos velejadores e o
Race Village foi um plo de atraco, destacou
o COO da prova desportiva, Tom Touber, durante
o seu discurso.
Segundo um acordo entre a Cmara Municipal e
a ATL, ambas as partes tero de pagar, at me-
ados de 2018, quatro milhes de euros para a
passagem das duas prximas edies da regata
pela capital portuguesa.
Antnio Costa admitiu que a verba a investir
elevada, mas defendeu haver condies para
suport-la, distribuda ao longo dos anos, uma
vez que o impacto financeiro representa um in-
vestimento altamente compensador. O autarca
acrescentou que a realizao da escala da Volvo
Ocean Race em Lisboa, nas prximas duas edi-es, na medida em que se trata de uma das
maiores provas nuticas do mundo, representar
uma oportunidade nica para promover inter-
nacionalmente a capital portuguesa, a sua cul-
tura e patrimnio e, como tal, mais um marco
importante nesta cidade, eleita como centro de
grandes eventos.
De acordo com um estudo realizado pela Pri-
ceWaterhouseCoopers Portugal, com base em
critrios internacionais de avaliao, o impactoeconmico da passagem da Volvo Ocean Race
pela capital portuguesa, em 2012, foi significa-
tivo, tendo produzido valores entre os 29,2 e os
34,4 milhes de euros, com um efeito econmi-
co directo de 16,4 milhes de euros e os efeitos
indirectos e induzidos a situarem-se entre os 13
e os 18 milhes de euros.
Estamos perante um dos cinco maiores acon-
tecimentos desportivos escala universal que,
at 2018, pelo menos, promover a imagem
do nosso pas pelos quatro cantos do mundo,
oferecendo uma exposio meditica nica e ini-gualvel, como alis ficou demonstrado aquando
da ltima edio, com a etapa de Lisboa a bene-
ficiar de um retorno meditico internacional de
72 milhes de euros, sem esquecer o impacto
econmico entre os 29 e 34 milhes de euros,
garantiu Joo Lagos, o promotor da escala portu-
guesa, lembrando tambm o sucesso de pblico,
com mais de 200 mil visitantes ao longo de 11
dias de escala da frota na Marina de Pedrouos.
Lisboa assegurou a sua presena na rota des-
ta regata, por mais duas edies, e ambiciona
tornar-se sede dos escritrios centrais do eventoa partir de 2021, quando cessar o contrato com a
cidade de Alicante (Espanha).
A primeira prova da 11. edio da Volvo Oce-
an Race teve incio em Novembro de 2011, em
Alicante (Espanha), e a stima etapa (de nove)
iniciou-se em Miami (Estados Unidos da Amri-
ca) e terminou em Lisboa, num evento que teve
a durao de dez dias.
THE TALL SHIPS RACES
ESCALA LISBOA EM 2016A Cmara Municipal de Lisboa aprovou um
protocolo entre o municpio e a Aporvela
Associao Portuguesa de Treino de Vela,
relativo organizao da regata The Tall
Ships Races 2016, em Lisboa.
Em Julho do ano passado, 49 grandes velei-
ros, com cerca de 2.500 jovens tripulantes
de 43 nacionalidades e mais de 200 volun-
trios, juntaram-se na capital portuguesa
para um festival nutico que decorreu du-
rante quatro dias e foi presenciado por mais
de 700 mil visitantes. Em 2016, quando se
celebra o 60. aniversrio do evento, a re-
gata volta a animar o Tejo e a cidade de
Lisboa. A regata The Tall Ships Races ocor-
re todos os anos nos mares da Europa e
organizada pela Sail Training International,
associao da qual a Aporvela membro
fundador e representante de Portugal. A ci-
dade de Lisboa recebeu a primeira The Tall
Ships Races em 1956, estando desde sem-
pre associada a este grande evento nutico.
No ano passado, a capital portuguesa ga-
nhou o trofu para a cidade que mais jovens
colocou a bordo de grandes veleiros durante
a regata, num total de 226, e a Aporvela foi
galardoada com o prmio de melhor orga-
nizao de treino de vela do ano.
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N A C I O N A L
ROTARY INTERNATIONAL
20 MIL CONGRESSISTAS EM LISBOA
LusdeOliveira
Mais de 20 mil congressistas, de 150 pases,
esto j inscritos para a conveno anual da
Rotary International, que decorre de 23 a 26
de Junho, no Pavilho Atlntico.
Subordinada ao tema Lisboa um Porto para
a Paz, prev-se que o encontro venha a gerar
um impacto de 80 milhes de euros sobre a
economia local.
Em 108 anos de servios humanitrios, esta
ser a primeira vez que Portugal organiza uma
conveno da Rotary International, salienta
Lus Miguel Duarte, presidente da Comisso
Anfitri da Rotary, acrescentando que se tra-
ta da maior conveno alguma vez realizada
em Portugal.
A erradicao da Poliomielite, doena respon-
svel pela paralisia e deformaes e que
potencialmente fatal, ameaando sobretudo
crianas na Nigria, Afeganisto e Paquisto,
a prioridade desta organizao humanitria.
A Europa encontra-se livre da Plio desde
Junho de 2002, mas a ameaa permanece
enquanto a doena no for erradicada a nvel
mundial, esclarece a organizao.
CTP
ALERTA TROIKAA Confederao do Turismo Portugus
(CTP) reuniu com os representantes do
Fundo Monetrio Internacional, da Comis-
so Europeia e do Banco Central Europeu,
num encontro com os Parceiros Sociais,
para demonstrar o potencial do Turismo como
motor de crescimento econmico e alertar
para alguns dos actuais problemas com que
os empresrios do sector se debatem.
O presidente da CTP, Francisco Calheiros,
defendeu a necessidade de implemen-tao de medidas de incentivo ao cres-
cimento econmico, reforando que s
com medidas concretas de estmulo ao
crescimento das empresas nacionais ser
possvel fazer crescer a economia e, simulta-
neamente, combater o nosso maior problema:
o desemprego.
Entre as vrias medidas apresentadas des-
taca-se a descida do IVA na restaurao e
no golfe, de forma a garantir a competi-
tividade face aos principais concorrentes.
A reviso do cdigo de IRC, que est em pre-
parao, dever, segundo a CTP, estabelecer
uma diminuio significativa do imposto, se
no mesmo a sua iseno, no caso de rein-vestimento dos lucros. Francisco Calheiros
relembrou ainda a questo vital do finan-
ciamento das empresas e alertou para a
importncia de dinamizar o capital de risco.
Outra das principais preocupaes da CTP
a imagem de Portugal como pas segu-
ro, que at aqui constitua um dos factores
diferenciadores do destino. Resultado da
actual conjuntura econmica e social, vi-
tal preservar essa imagem de estabilidade
social e importante no esquecer que mui-
tos sectores de actividade, entre os quais o
Turismo, dependem em muito dos merca-
dos externos. Francisco Calheiros reforou
que h que tentar minimizar, tanto quantopossvel, o impacto negativo e devastador
a todos os ttulos, de uma imagem de Por-
tugal como um pas instvel a nvel econ-
mico, poltico e social.
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N A C I O N A L
No ano em que assinalou o 25. aniversrio,a maior feira nacional de turismo foi visitada
por 65 mil pessoas, ultrapassando o marco de
um milho desde a sua primeira edio.
Em 2013, a BTL contou com 950 empresas
expositoras, 2.500 profissionais estrangeiros e
350 hosted buyers, nmeros que levam a or-
ganizao a fazer um balano extremamente
positivo do evento.
O sucesso desta edio foi marcado por uma
grande afluncia estrangeira, com a presena
de 36 destinos internacionais e um crescimen-
to de dez por cento em profissionais internacio-nais, que geraram mais de 2.500 reunies com
as empresas expositoras presentes na feira.
Segundo refere a organizao, em comu-
nicado, foram 198 as empresas presentes
na BTL que se inscreveram no programa
BTLBALANO POSITIVO
de Hosted Buyers, tendo todasestas empresas tido reunies
previamente agendadas com
compradores estrangeiros. Tam-
bm a aposta estratgica no Tu-
rismo Religioso, Golfe e Meetings
Industry (MI) teve assinalvel res-
posta ao nvel do programa espe-
cfico para Hosted Buyers, os quais
se deslocaram BTL em busca da
melhor oferta nacional dentro
destes segmentos, com destaque para o contri-
buto do Golf Show by BTL, com uma rea de ex-posio de 1.500 metros quadrados, dedicada
inteiramente a esta modalidade desportiva.
O crescimento da BTL na atractividade dos
profissionais estrangeiros emblemtica do
esforo conjunto que fazemos na promoo
de Portugal como destino turstico, assim
como de todo o universo lusfono. Para alm
da vertente profissional cada vez mais robus-ta, os operadores e agentes tm na BTL uma
oferta cada vez mais preparada e aliciante
para o grande pblico, considera Ftima Vila
Maior, directora de rea de feiras da FIL e res-
ponsvel pela BTL.
PRMIO WELCOME TO PORTUGALCANDIDATURAS ABERTASO prmio Welcome to Portugal tem o enor-
me mrito de se preocupar com a economia
regional e com a promoo do turismo por-
tugus, envolvendo as populaes locais e
promovendo o associativismo, afirmou Adol-
fo Mesquita Nunes, secretrio de Estado do
Turismo, durante a apresentao da 2. edio
do Prmio Welcome to Portugal, que abriu ofi-
cialmente as candidaturas deste ano.O representante do Governo salientou ainda
que qualquer prmio que envolva as popula-
es locais e promova o associativismo deve
ser acarinhado pois quanto mais associa-
es como esta fizerem pelo pas, e quanto
mais prmios como este houver, menos o Es-
tado ter de se envolver.
O presidente do subcomit do LIDE Turismo e
Gastronomia, que promove a iniciativa, tinha
j lanado um desafio, ao dizer que gostaria
que o Turismo estivesse mais vezes presente
no discurso dos nossos responsveis polti-
cos. Manuel Fernando Esprito Santo, que
tambm o lder da holding Esprito Santo Tu-
rismo, depois de se referir ao Prmio como
um desafio aos projectos de qualidade para
promoverem o turismo portugus no exte-
rior, considerou que a aposta de Portugal
neste sector fundamental, pois o turismo
cria empregos e riqueza e gera receitas fiscais,
que so fundamentais para o nosso pas.
As candidaturas ao Welcome to Portugal, que
pretende distinguir iniciativas pblicas e pri-
vadas com relevncia turstica, envolver as
populaes locais e ter impacto directo ou in-
directo na relao com os turistas, constituin-do assim um carto-de-visita internacional e
uma referncia que promova o Destino Portu-
gal, decorrem at 31 de Agosto.
O jri constitudo pelo Turismo de Portugal,
pela Associao da Hotelaria, Restaurao e
Similares de Portugal (AHRESP), pela Asso-
ciao Portuguesa de Agncias de Viagem e
Turismo (APAVT), pela Associao da Hotelaria
de Portugal (AHP), pela TAP, pelo subcomit
do LIDE Portugal, LIDE Turismo e Gastronomia,
e por representantes dos media partners, RTP
e Publituris.
O Prmio ser atribudo no dia 5 de Outubro,
no mbito do II Frum Empresarial do Algarve,
promovido pelo LIDE Portugal, e que este ano
se realiza nos dias 4, 5 e 6 de Outubro, em
Vilamoura.
PRMIOS HOSTELWORLDLISBOA TEMOS MELHORESHOSTELS DOMUNDOA capital portuguesa tem os qua-
tro melhores hostels do mundo, deacordo com a votao dos utiliza-
dores do portal de reservas Hoste-
lworld.
O Yes! Lisbon Hostel, o Home Lisbon
Hostel, o Travellers House e o Living
Lounge Hostel, lideram o ranking
dos Hoscars 2013, enquanto que, na
categoria de pequenos hostels (at
50 camas), o Lisboa Central Hostel
figura no Top 10, em oitava posio.
O Hostelworld um portal de re-
servas em hostels, disponvel em23 lnguas, que conta, actualmente,
com mais de 24 mil estabelecimen-
tos em 180 pases.
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N A C I O N A L
N A C I O N A LT E S O U R O S
A primeira coisa em que reparei quando me mudei para Lisboa, h 12 anos, foi
a luz. Lisboa uma cidade abenoada com um lindo sol a maior parte do ano.
fcil apaixonar-se por Lisboa. Ainda hoje, depois de dezenas de viagens de
avio, gosto de sentar-me janela para aproveitar a vista deslumbrante - a
aproximao do rio Tejo, a ponte 25 de Abril, o Aqueduto das guas Livres, at
o trnsito da Segunda Circular belo quando visto do cu!
Uma vez em Lisboa, impossvel fugir dos clssicos: os Jernimos, o Padro
dos Descobrimentos, os Pastis de Belm, o Fado em Alfama, o Castelo de So
Jorge, a Baixa Mas h muito mais para ver. Um dos meus programas favoritos
para as manhs de sbado visitar o Mercado da Ribeira, no Cais do Sodr.No h melhor lugar para comprar frutas e legumes frescos, mas o melhor
mesmo o servio. Qualquer Director de Marketing poderia aprender muito
sobre marketing relacional numa visita ao Mercado da Ribeira: os vendedores
sabem o nome dos clientes, dos seus lhos, as suas preferncias
Outra maravilha, normalmente deixada de fora dos guias tursticos, a Quinta
das Conchas, localizada no Lumiar. O parque de 24 hectares tem muito a oferecer
para adultos e crianas. Para os pais babados, como o meu caso, tambm
o stio ideal para brincar com os midos. A minha parte favorita a zona da
mata onde, por um momento, possvel esquecer que estamos dentro da cidade.
Se est procura de modernidade, Lisboa tambm a cidade ideal. O Parque
das Naes tem muito para oferecer, desde compras, restaurantes, o parque
com vista para o rio Mas o melhor desta zona certamente o Oceanrio, umdos melhores do mundo.
Se o que procura variedade cultural, um passeio entre o Martim Moniz, Baixa-
-Chiado e Bairro Alto revelar dezenas de restaurantes internacionais. mais
um dos encantos de Lisboa, poder experimentar o que o mundo da gastronomia
tem para oferecer, sem sair do prprio pas.
Mas antes de explorar a gastronomia internacional, imperativo provar o que
de melhor a gastronomia nacional tem para oferecer. Dizem que h mais de mil
formas de preparar o bacalhau! Parece tudo to apetitoso, que por vezes quase
esqueo que sou vegetariano!
Monumentos, vistas, histria, pessoas, gastronomia Lisboa tem de tudo, mesmo
os mais exigentes cam rendidos diante de tanta beleza. Como eu, que escolhi
Lisboa para ser a minha casa.
Lisboa, uma cidade multifunes
Sandeep MurthyIT & Product ManagerKonica Minolta Portugal
V I S E S
PRIMEIRO DESTINO EXTRAORDINARIAMENTEACESSVEL EM 2013
FORBES ELEGE LISBOA
Lisboa o primeiro de cinco destinos extraordinariamente
acessveis para este ano, segundo a revista Forbes.
Num artigo publicado no portal desta publicao norte-
-americana, pode ler-se que Lisboa rivaliza com a beleza
de muitas outras capitais europeias, sendo que ali pagar,
em mdia, menos 20 por cento no que diz respeito ao alo-
jamento.
O clima de incerteza socioeconmica que se sente em Por-
tugal o motivo apontado para os preos acessveis, uma
vez que significa que os hotis esto a oferecer maiores
descontos. Contudo, apesar da austeridade, a cidade con-
tinua sumptuosa, com o seu castelo bem conservado e in-
meros museus e galerias de arte.
As fachadas lisboetas, onde predomina o azulejo, so uma
das atraces da capital portuguesa referidas pela Forbes,
que recomenda, como a melhor pechincha de Lisboa, o
pastel de Belm, que pode custar entre 0,75 e 1,10 euros.
Para a Forbes, os restantes destinos extraordinariamente
acessveis para 2013 so o Quebeque (Canad), Roatn
(Honduras), Albuquerque (Novo Mxico Estados Unidos da
Amrica) e Riviera Nayarit (Mxico).
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10/5210 | TURISMO DE LISBOA
RETRATO ESTATSTICODE LISBOA
EM EBOOKNuma iniciativa pioneira, a C-
mara Municipal de Lisboa e a
Pordata editaram Retrato de
Lisboa, uma publicao que
compara os indicadores da
capital portuguesa, com os de
outras regies do pas.
No livro, disponvel em papel e
formato digital, so revelados
dados como, por exemplo, o
facto de 31,2 por centos dos
alunos do Ensino Superior estu-
darem em Lisboa, ou que a ca-
pital portuguesa recebeu, em
2011, 26,5 por cento das ses-
ses de espectculos ao vivo e
18,7 por cento das sesses de
cinema que se realizaram em
Portugal, entre outros.
Trata-se da primeira publicao
de estatsticas, sobre um muni-
cpio, a ser disponibilizada em
formato ebook.
LISBOA FILM COMMISSION
CRISTINA MATOS SILVA A PRIMEIRA COMISSRIA
ESTREIA
COMBOIONOCTURNOPARALISBOAA adaptao ao cinema do best-sel-
ler de Pascal Mercier, Comboio Noc-
turno para Lisboa, rodado na capital
portuguesa, j estreou nas salas decinema nacionais.
Protagonizado por Jeremy Irons, com
realizao do dinamarqus Bille August
e produo de Paulo Trancoso e Ana
Costa, o filme narra a histria de um
acadmico suo que viaja para Lisboa
em busca de respostas para um mist-
rio: a jovem que ele salvou do suicdio
desapareceu, deixando para trs um
livro escrito por um mdico portugus
durante o regime salazarista.
Do elenco constam ainda CharlotteRampling, Melanie Laurent, Bruno
Ganz, Jack Huston, August Diehl,
Christopher Lee e os portugueses
Beatriz Batarda, Marco dAlmeida e
Nicolau Breyner.
Cristina Matos Silva a primeira comissria da Lis-
boa Film Commission (LFC), cuja funo a de cap-
tar projectos internacionais para rodagens em Lisboa.
Licenciada em Comunicao, ps-graduada em Ges-
to Cultural nas Cidades e com dez anos de experi-
ncia no Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA),
Cristina Matos Silva junta-se assim a Rita Rodrigues,
comissria-executiva da LFC.
A Lisboa Film Commission foi oficializada em Outubro
de 2012, para atrair produo estrangeira e nacional
de filmes publicitrios, cinema, televiso ou fotografia
e que se materializa no balco Filmar em Lisboa, que
pode atribuir licenas em trs dias.
At ao momento, passaram pela Lisboa Film Com-mission mais de 200 processos 31 de produes
estrangeiras que englobam, entre outros, pedidos
de cedncia de salas para estreias de filmes ou sries,
mupis para divulgao de projectos e iseno de ta-
xas municipais sob a classificao de mrito cultural.
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11/52TURISMO DE LISBOA | 11
N A C I O N A L
A candidatura da Arrbida a Patrimnio Mundial da
UNESCO j foi entregue em Paris.Em comunicado, a Turismo de Lisboa e Vale do Tejo
(TLVT), que integrou a Comisso de Acompanha-
mento da Candidatura, destaca que a marca pa-
trimnio mundial uma oportunidade para fazer
crescer a notoriedade da Arrbida e da regio, assim
como um contributo e um valor acrescentado para
o Turismo.
O Turismo de Natureza de onde a Arrbida obser-
va o Sado, com a sua comunidade de golfinhos,
mas tambm o Tejo e o seu esturio, ser um dos
valores que contribuiro para a afirmao do Tu-
rismo na regio, refere a TLVT, reforando que a
candidatura apresentada desenvolve uma viso que
inclui os valores naturais, os valores culturais e os
valores imateriais.
ARRBIDA
PATRIMNIO MUNDIAL
TOP 5
Melhores Hotis do Mundo
1 Four Seasons Resort Hualalai at Historic
Kaupulehu, Kailua-Kona, Havai
2 Cape Grace, Cidade do Cabo, frica do Sul
3 Onyria Marinha Edition Hotel & Thalasso, Cascais,Portugal
4 Rudding Park Hotel, Harrogate, Reino Unido
5 The Upper House, Hong Kong, China
TOP 5
Melhores Hotis da Europa
1 Onyria Marinha Edition Hotel & Thalasso, Cascais,
Portugal
2 Rudding Park Hotel, Harrogate, Reino Unido
3 Four Seasons Hotel Istanbul
at Sultanahmet, Istambul, Turquia
4 Aria Hotel, Praga, Repblica Checa5 Hotel Belvedere, Riccione, Itlia
TOP 10
Melhores Hotis de Portugal
1 Onyria Marinha Edition Hotel & Thalasso, Cascais
2 Quinta Jardins do Lago, Funchal
3 The Residence Porto Mare - Porto Bay,
Funchal
4 Quintinha So Joo, Funchal
5 The Cliff Bay - Porto Bay, Funchal
6 Four Seasons Hotel Ritz, Lisboa
7 Sute Hotel Eden Mar - Porto Bay, Funchal
8 Four Seasons Country Club, Quinta do Lago
9 Pousada de Cascais, Cascais
10Aparthotel Sagres Time, Sagres
FONTE: Travellers Choice Hotels Awards
TRIPADVISOR
HOTEL MAIS LUXUOSODO MUNDO PORTUGUS
Depois de ter considerado Lisboa como a cida-
de com a melhor relao qualidade-preo do
mundo e a mais simptica da Europa, o portal
de viagens TripAdvisor elege o Onyria Marinha
Edition Hotel & Thalasso, localizado em Cascais,
como o melhor hotel da Europa e o terceiro
melhor do mundo.
O Travellers Choice Hotels Award 2013,
promovido pelo TripAdvisor com base na vota-
o dos internautas, posiciona o Four Seasons
Resort Hualalai (Havai) em primeiro lugar, se-
guido do Cape Grace (frica do Sul). Atribudos
pelo TripAdvisor, os scares da hotelaria so
decididos com base em milhares de crticas e
opinies que abrangem 650 mil hotis, num
ano, revistos por viajantes de todo o mundo.
Segundo dados da empresa, o TripAdivsor
inclui j cerca de 75 milhes de opinies de
utilizadores e visitado por 74 milhes de pes-
soas por ms.
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
12/5212 | TURISMO DE LISBOA
N A C I O N A L
Falta de poder de compra, elevado preo dos
combustveis e falta de recursos humanos,so os motivos indicados no ranking do Frum
Econmico Mundial para a perda de competi-
tividade do turismo portugus.
Em relao a 2011, Portugal desceu dois luga-
res nesta lista encabeada pela Sua e pela
Alemanha devido facilidade destes pases
em criarem negcio e bom ambiente empre-
sarial , apresentando, como pontos positivos,
o nmero de quartos de hotel disponveis
per capita, a sustentabilidade ambiental dos
projectos e as infraestruturas areas. Desta-
que ainda, segundo este organismo, para asubida das receitas tursticas nacionais, que
passaram de 8,6 (2011) para 9,5 milhes de
euros, em 2012. O ranking posiciona Portugal
em 20. lugar, a nvel europeu, no que diz res-
peito regulao laboral do sector e, em 19.,
em termos de recursos humanos, culturais e
naturais. J quando se avalia o ambiente de
negcios e infraestruturas, o pas desce para
a 27. posio. Quanto poltica, Portugal
FRUM ECONMICO MUNDIAL
TURISMO PORTUGUS
PERDE COMPETITIVIDADE
ocupa o 49. lugar, melhorando a sua posi-
o no ranking no que diz respeito a questesambientais (15.). Em termos de segurana,
ocupa a 19. posio, os cuidados de sade
valem-lhe a 25. e, quanto sustentabilidade
e segurana e higiene Viagens e Turismo, o
pas posiciona-se em 29. lugar. Dos 140 pa-
ses avaliados, tendo em conta as infraestru-
turas para o transporte areo, Portugal ocupa o
34. lugar, subindo para o 22. posto no que diz
respeito ao transporte terrestre. Quanto a infra-
estruturas para o Turismo, sobe para a 16. po-
sio e, no que diz respeito a competitividade
e preos, sobe igualmente para a 13. posio.Ainda de acordo com as estatsticas, a Europa
continua a ser a regio lder de Viagens & Tu-
rismo, ocupando os cinco primeiros lugares. A
Sua est classificada no topo da lista, posio
que ocupa desde a primeira edio deste re-
latrio, em 2007. Alemanha, ustria, Espanha
e Reino Unido completam os cinco primeiros
lugares, enquanto a Frana e a Sucia esto
entre o top 10.
Segundo um estudo realizado pelo portal es-
panhol hoteles.com, o servio mais pedido por
turistas de todo o mundo, no acto da reserva
de alojamento, a ligao wi-fi gratuita nos
quartos.
A ligao internet sem fios transps os ou-
tros servios disponveis nos hotis, como o
estacionamento e os pequenos-almoos, tanto
para quem viaja em lazer como em negcios.
Os resultados desta anlise mostram que 34
por cento dos turistas posicionam a disponibili-
ESTUDO REVELA
WI-FI GRATUITO O SERVIO MAISPEDIDO PELOS TURISTAS
REQUALIFICAO RIBEIRADAS NAUS
INAUGURADA1. FASE
zao de wi-fi gratuito no topo dos requisitos,
na altura de escolher um hotel, quando viajam
por motivos de lazer. No caso das viagens de
negcios, o acesso ao wi-fi prioridade para
56 por cento dos inquiridos.
Apenas um em cada dez hspedes estaria dis-
posto a pagar para ter acesso internet num
hotel, acrescenta o estudo, segundo o qual
dois em cada trs turistas desejam que o wi-fi
seja um servio disponvel em todos os hotis
em 2013.
A Avenida Ribeira das Naus, entre o Cais
do Sodr e o Terreiro do Pao, oferece uma
nova rea de lazer na cidade, com a inau-gurao da primeira fase dos trabalhos de
requalificao deste troo de Frente Ribeiri-
nha. Trata-se de um projecto prioritrio da
Cmara Municipal de Lisboa financiado
pelo QREN que, apresentando contem-
poraneidade como sinnimo de qualidade,
convida ao usufruto deste espao pblico
por parte dos cidados. Uma nova rea pe-
donal beira-rio, a recriao de uma praia
fluvial existente na Lisboa pr-terramoto
, um jardim, a recuperao da Doca Seca
onde eram reabilitadas as Naus das Des-cobertas e do antigo Cais da Caldeirinha,
bem como as estruturas do Palcio Corte
Real, so os projectos que, desde j, de-
volvem aos lisboetas um troo muito im-
portante do rio e da Frente Ribeirinha. Em
execuo continuam as intervenes de
conservao e restauro na esttua eques-
tre de D. Jos I e no Arco da Rua Augusta.
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
13/52TURISMO DE LISBOA | 13
V I S E S
Neste momento , sobretudo, a base de partida para os meus de-
saos prossionais e o palco de muitas, e importantes, conversas
e reunies de trabalho.
Mas tambm a cidade onde me encontro, e perco, quando
percorro as avenidas modernas, ruas e ruelas antigas, visito os
monumentos (que apreendem a minha imaginao retirando-medo quotidiano) ou os jardins apaixonantes e recantos mgicos, que
me fazem sentir de forma inesperada.
uma cidade aberta, simptica, que espelha a forma generosa de
estar e acolher, to caracterstica dos portugueses.
Por estas e muitas outras razes, o turismo tem vindo a aumentar e j
so quase cinco milhes os estrangeiros de vrios cantos do mundo
que, anualmente, visitam a capital. Os novos turistas procuram
experincias genunas e a cidade transforma-se para lhes agradar.
Sabemos que uma cidade em evoluo, que se lanou no desa-
o de se modernizar e se reabilitar sem, contudo, perder a sua
identidade histrica.
Lisboa tem caractersticas impares e, tambm por isso, revela-se
apetecvel aos olhos dos investidores e empresrios que optam
por fazer negcios e xar residncia na cidade das sete colinas.
uma cidade segura. Est geogracamente bem localizada. Tem um
clima fantstico. Banhada por um rio. Tem, na sua proximidade,
as melhores praias da Europa. Uma gastronomia de excepo e
uma dimenso que permite s pessoas sentirem-se em casa.
Por conseguinte, esta seguramente uma oportunidade para pensar
e valorizar o nosso patrimnio imobilirio, para continuarmos a
apostar na reabilitao da cidade, na qualidade e diferenciao
da nossa oferta e, assim, transformar a nossa capital numa urbe
sustentvel e inteligente.
Activos importantssimos para, no futuro, Lisboa se destacar como
capital do turismo urbano e, desta forma, dinamizar o sector
imobilirio na nossa cidade.
Lisboa a minha cidade,aqui cresci e vivi
Pedro BarbosaDirector de ExpansoERA Portugal
A maior rede social do mundo est a desenvolver um motor de busca prprio
para pesquisa de hotis, com o objectivo de, em breve, comear a vender
quartos ou redireccionar reservas. O responsvel pelo departamento Travel
do Facebook, Lee McCabe, afirmou em entrevista ao portal HotelNewsNow.
com, que a companhia planeia desenvolver os seus acordos com o sector do
alojamento, uma vez que j trabalhamos bem com todas as grandes mar-
cas e tencionamos faz-lo tambm com hotis independentes. Lee McCabe
adiantou que a equipa ainda no chegou ao ponto de pensar sobre a forma
como se processaro as reservas e vendas. Segundo o responsvel, no se
chegar a esse ponto sem que os produtos actuais funcionem da melhor
forma possvel. O Facebook desenvolveu j dois produtos, o Nearby e o Graph
Search, com o intuito de atrair um maior fluxo de turistas aos hotis. O Nearby
est disponvel para utilizadores com dispositivos mveis e permite identificar
os hotis que se situam perto do utilizador, num dado momento, e acompa-
nhar a informao com comentrios e recomendaes de amigos. Quanto ao
Graph Search, est ainda em fase de testes, sendo que o seu funcionamento
semelhante ao do Nearby.
FACEBOOK
MOTOR DE BUSCA PARA HOTIS
EUROPA
OBSERVATRIO DE TURISMOSUSTENTVELO primeiro Centro de Monitorizao dos Observatrios do Turismo Sustentvel,
na Europa, foi inaugurado nas ilhas Egeias (Grcia) com a misso de acompa-
nhar os impactos ambientais, sociais e econmicos do turismo no arquiplago
e servir de modelo com vista ao alargamento do conceito a nvel nacional.
Criado pela Universidade do Egeu, em colaborao com a Organizao Mun-
dial do Turismo (OMT) e com o apoio do Ministrio do Turismo da Grcia,
o Centro monitorizar e implementar prticas de turismo sustentvel, em
estreita cooperao com os sectores do turismo pblico e privado no Egeu.
Para o secretrio-geral da OMT, Taleb Rifai, a criao deste Observatrio per-
mitir obter informao vital para melhor acompanhar o desenvolvimento da
sustentabilidade num dos principais destinos do Mediterrneo.
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
14/5214 | TURISMO DE LISBOA
ENTREVISTASRGIO SILVA MONTEIRO
SECRETRIO DE ESTADO DAS OBRAS PBLICAS,TRANSPORTES E COMUNICAES
PORTO DE LISBOAMAIS DE 80 POR CENTO DOINVESTIMENTO SER PRIVADO
RamondeMelo
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
15/52TURISMO DE LISBOA | 15
H QUASE UM ANO QUE
EM SEGREDO PREPARA O
PLANO QUE SE PROPE
MUDAR O ESTURIO DOTEJO. DIZ QUE PRECISO
DEVOLVER S PESSOAS O
ESPAO QUE OS GOVERNOS
OCUPARAM. REPETE A
PALAVRA OPORTUNIDADE.
ENTRE A APOSTA NO TURISMO
E A NOVA CONCESSO DE
CARGA, A REGIO DE LISBOA
PODE NUNCA MAIS FICAR
NA MESMA. EM ENTREVISTA
RTL, O SECRETRIO
DE ESTADO DAS OBRAS
PBLICAS, TRANSPORTES E
COMUNICAES, SRGIO SILVA
MONTEIRO, FALA DO PROJECTO
E DO SEU DESENVOLVIMENTO
Em que consiste a estratgia para o desen-
volvimento do Porto de Lisboa?
Na prtica estamos a arrumar todo o espao que
a Administrao Central reservou para si no estu-
rio do Tejo. E quando arrumamos esse espao
especializamos cada uma das reas de acordo
com o seu potencial natural. Tudo o resto funcio-na por domin. Lanamos uma nova concesso
para um terminal de carga de guas profundas no
nico local onde isso era possvel. Ao faz-lo cria-
mos tambm condies para um novo terminal
de cruzeiros e a necessria regenerao do meio
envolvente. Mas um projecto assim requalifica
vastas reas do domnio porturio da Margem Sul
at ao Montijo, em articulao com um vasto con-
junto de entidades e autarquias. Enormes zonas,
algumas das quais ao abandono. O que come-
ou por ser o aproveitamento das extraordinrias
condies naturais da Trafaria, acaba por ser umprojecto de profundssima regenerao urbana
e requalificao ambiental com um conjunto de
operaes em sete cidades. Estamos a falar de
uma oportunidade para milhares de pessoas. Va-
mos devolver o Tejo.
O plano ser alvo de concurso (s) pblico (s)?
Quais e quando?
Sim, claro. O primeiro concurso para a conces-
so da Marina do Tejo estar preparado para ser
lanado nas prximas semanas e seguir-se- o
lanamento do concurso para a concesso doterminal de cruzeiros de Santa Apolnia, que per-
mitir que Lisboa passe a ser ponto de partida
e de chegada de passageiros e no apenas de
escala.
No que respeita ao terminal de contentores da
Trafaria e ligao ferroviria, estamos a traba-
lhar com todas as entidades para que o con-
curso pblico internacional seja lanado at ao
final deste ano.
Quais sero as entidades envolvidas no in-
vestimento e quanto caber a cada umadelas?
Cerca de 80 por cento corresponde a investimen-
to privado. No que refere s entidades pblicas,
as maiores responsabilidades esto associadas
construo do acesso ferrovirio ao novo terminal
de contentores da Trafaria, ligando-o rede ferro-
viria nacional, plataforma logstica do Poceiro
e Rede de Transporte de Mercadorias (RTM) que
ligar os portos portugueses Europa, bem como
a construo do acesso rodovirio ao terminal.
Quanto tempo demoraro as obras e qual o
calendrio de execuo?
O plano vasto, abrange sete concelhos do es-
turio do Tejo e h intervenes que se iniciam
de imediato, sobretudo as que esto ligadas re-
qualificao das frentes ribeirinhas. Mas tambm
os trabalhos de requalificao ambiental devem
arrancar quase de imediato. Alguns dos projectos
mais longos podero ter um prazo de execuo
no terreno, passadas todas as fases de aprovao
concursal e ambiental, de cerca de quatro anos,
sendo que alguns trabalhos de requalificao am-
biental tero uma execuo mais clere.
AUMENTAR O NMERODE ESCALAS E COLOCARLISBOA NO TOP 10 DOSPORTOS EUROPEUS
Em que medida o novo terminal de cruzei-
ros de Santa Apolnia permitir desenvolver
este produto turstico?
Temos o objectivo de fazer crescer o nmero de
escalas e colocar Lisboa no top 10 dos portoseuropeus, quando actualmente estamos no 25.
lugar. E temos de saber aproveitar todos os navios
que passam hoje em guas portuguesas e pura
e simplesmente seguem viagem. Isso no ser
possvel sem uma infra-estrutura habilitada para
os nmeros de que estou a falar. O projecto de
Carrilho da Graa ser a porta da cidade para o
mar. Criando condies para fazer de Lisboa um
HomePort. Este factor especialmente relevante,
pois aumenta a estadia mdia na cidade e po-
tencia o desenvolvimento de negcios e servios
associados actividade dos cruzeiros. O Governoe o Turismo de Lisboa conhecem bem a impor-
tncia destes movimentos.
Quando se afirma que o terminal de conten-
tores da Trafaria ser um dos mais moder-
nos do mundo, o que significa na prtica?
preciso ter em conta que 60 por cento do co-
mrcio externo da Unio Europeia j passa pela
nossa zona econmica exclusiva. E, semelhana
do que acontece com os cruzeiros, estes navios
passam ao largo do pas. A Trafaria tem condies
nicas para atrair este comrcio. E as suas condi-es naturais permitem desenhar um dos mais
modernos terminais do mundo, de comprovada
sustentabilidade ambiental. E permita-me que
fale sobre esta matria. Porque falar de requa-
lificao ambiental falar de descontaminao
dos solos, tratamento de guas e regenerao
do esturio, enquanto premissa indissocivel de
todo o plano.
A Trafaria tem condies nicas no pas e raras
na Europa para este projecto. Vamos fazer este
investimento onde faz sentido.
Tratando-se de uma infra-estrutura deep-
sea, tal como o Porto de Sines, no podero
vir a ser concorrentes, como a oposio j
referiu?
No podemos confundir concorrncia entre ter-
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
16/5216 | TURISMO DE LISBOA
Questionado sobre as condies que a Marina
do Tejo oferecer, qual o espao que ocupar,
e qual o valor do investimento, Srgio Silva
Monteiro armou tratar-se de um investimento
focado numa oferta turstica de excelncia.
O concurso para a concesso da Marina do
Tejo ser lanado nas prximas semanas e
compreende a requalicao das Docas de
Pedrouos e do Bom Sucesso e de mais de 125
mil metros quadrados nas reas envolventes.
A nova marina oferecer 380 lugares de
amarrao, ter capacidade para receber
mega-iates e permite a realizao de grandes
eventos nuticos internacionais, mobilizando
um investimento privado que ultrapassar os
150 milhes de euros.
Tambm neste projecto prosseguiu estamos
a colocar ao servio da economia aquele que
foi j um investimento pblico recente e que
acolheu uma prova nutica internacional.
Temos de dar a estes investimentos susten-
tabilidade para o futuro. Se no cuidarmos
de integrar as docas de Pedrouos e do Bom
Sucesso num projecto de requalicao que
esteja obrigado a manter e a explorar aqueleinvestimento durante um conjunto de anos,
os contribuintes sero chamados a sustentar
estas infra-estruturas, que algo que queremos
evitar, salientou.
Marina do Tejo
oferta turstica
de excelncia
minais com concorrncia entre portos. A Trafaria
concorre com Roterdo, Valncia e Barcelona. Se
no agarrarmos esta oportunidade, o mercado
procurar alternativa para continuar a tirar partido
do alargamento do Canal do Panam.
O que acontece que o porto de carga em Lisboaesgotou a sua capacidade. Para faz-lo crescer,
teramos de ocupar o Terreiro do Pao. Acontece,
igualmente, que as condies operacionais so
deficientes, causando fortssimos prejuzos aos
agentes econmicos.
Com o projecto da Trafaria, Lisboa passar a dispor
de dimenso e de operacionalidade. Passar a
oferecer aos exportadores nacionais uma alterna-
tiva no apenas ao terminal deep-seade Sines,
mas tambm aos portos espanhis e aos portos
do norte da Europa. Tal como aconteceu em Es-
panha com Algeciras, o reforo da capacidade
resultar num aumento do mercado.
ACESSO FERROVIRIOAO TERMINAL DA TRAFARIA
Em funo desta obra, tero que ser cons-
trudas novas acessibilidades? Quais, de que
natureza e onde?
Est prevista a construo do acesso ferrovirio
ao novo terminal de contentores da Trafaria. A
Rede de Transporte de Mercadorias (RTM) liga-
r os portos portugueses Europa. A prioridade
do investimento pblico est na ligao rede
ferroviria, uma vez que este projecto tem uma
fortssima componente de valorizao ambiental
do territrio.
Veja que a Trafaria diariamente atravessada
por mais de 700 movimentos de camies, sem
que ningum parea muito preocupado com essa
questo ambiental. A ligao ferroviria que ser-
vir o terminal de contentores retirar essa pres-
so sobre aquela localidade, porque grande parte
desse movimento ser transferido para a ferrovia.
Com base no plano agora apresentado, a
margem norte do Tejo ficar reservada a
cruzeiros e nutica de recreio, aguardan-
do o terminal de Alcntara uma posio do
Tribunal Constitucional. Qual tem sido a rea-
o das diversas entidades, nomeadamente
autrquicas?
Este projecto foi apresentado e discutido com di-
versas entidades e continua a s-lo, seja com as
autarquias envolvidas na estratgia de desenvol-
vimento do Porto de Lisboa, comeando, em pri-
meiro lugar, por ser discutido dentro do Governo
e com a Troika, logo que tommos posse, atra-
vs do Plano Estratgico de Transportes 2011-
2015, aprovado pelo Conselho de Ministros e
publicado no Dirio de Repblica em Novem-
bro de 2011.
Ouvindo a grande maioria das entidades dos
agentes do sector turstico, do sector porturio,
seja por parte das associaes destes sectores,
ou pelos trabalhadores das administraes
porturias, ou dos trabalhadores dos terminais,
mesmo das organizaes no-governamentais
e das prprias autarquias, que tm dado nota
pblica das suas posies , entendemos que a
estratgia faz sentido e foi acolhida junto das
pessoas e dos sectores. E tem acolhimento por-
que faz sentido.
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
17/52TURISMO DE LISBOA | 17
E N T R E V I S T A
Mais de mil milhes
de euros de investimento
A estratgia para o desenvolvimento doPorto de Lisboa pressupe mais de mil
milhes de euros de investimento em
que, no mnimo, 80 por cento desse in-
vestimento ser realizado por privados.
Este invest imento ter tambm um im-
pacto posit ivo na empregabil idade. Os
prprios sindicatos percepcionaram
isso desde o primeiro momento.
sobretudo ao nvel do trabalho por-
turio, dos agentes de navegao, tran-
sitrios, empresas de logstica, agentes
de viagens, operadores tursticos, ho-
telaria, reparao naval, manuteno,
vigilncia e escritrios, entre outros,
que se prev um incremento dos postos
de trabalho.
A maioria dos concelhos da margem sul no
se ops ao plano, os sindicatos do sector j o
apoiaram publicamente e at a Assembleia
Municipal do Barreiro aprovou por unani-
midade uma moo de apoio. As maiores
dificuldades de aceitao esto mesmo naCmara de Almada?
Estamos perante um plano que especializa ge-
ograficamente o Porto de Lisboa de acordo com
as condies naturais de cada rea. A requalifica-
o ambiental ser transversal ao esturio, mas
a margem sul do Tejo ser beneficiada com im-
portantes investimentos. A margem sul fica com
os investimentos com maior impacto directo na
empregabilidade. Estamos a falar de postos de
trabalho, de reanimao do comrcio tradicional
e da melhoria das condies de vida. Este projec-
to uma oportunidade para as populaes quenenhuma autarquia pode ou quer desperdiar. a
oportunidade que todos os concelhos da margem
sul reclamam h dcada. A prpria sede da Admi-
nistrao do Porto de Lisboa e de Setbal mudar
para o outro lado do rio.
NOVO POSICIONAMENTODE LISBOA
As infra-estruturas que vo ser criadas em
Lisboa tornaro o destino competitivo com
a oferta de outras cidades concorrentes? Emque medida? Qual ser o novo posiciona-
mento de Lisboa?
Lisboa espera, este ano, a visita de cerca de 560
mil passageiros de cruzeiro. Noventa por cento
destes passageiros no embarcam, nem desem-
barcam no Porto de Lisboa. Os terminais existen-
tes no tm capacidade para receber adequada-
mente o movimento de turn around.A nova Gare
de passageiros vai dar uma resposta enquadrada
e funcional. Por outro lado, a nova Marina do Tejo
permitir oferecer um servio de excelncia na
rea da nutica de recreio. No queremos mais
parques de estacionamento, como as actuais
docas de recreio, queremos servios e qualidade
para quem nos visita. E queremos, sobretudo, a
requalificao de toda uma zona que se encontra
degradada.
Qual o destino que vai ser dado aos terrenos
entre Sta. Apolnia e a Matinha na sequn-
cia da deslocalizao da actividade porturia
actual?
Essas reas sero devolvidas cidade e s pesso-
as, permanecendo rea dominial da Administra-
o do Porto de Lisboa. Essas reas passaro a terusos associados ao desenvolvimento do projecto
ncora dessa rea da cidade, que o terminal
de Cruzeiros. Ser predominantemente afecto ao
lazer e a actividades ligadas ao turismo, servios e
nutica de recreio. Para devolver o rio s pessoas
preciso tambm que as pessoas, a comunidade
e os agentes econmicos respondam a este repto
e melhorem a sua relao com ele. Como tenho
dito, o investimento nas zonas desocupadas de
usos dedicados carga depende das pessoas edos agentes econmicos. O Governo deu o sinal
cidade e aos agentes econmicos sobre qual o
futuro do Porto de Lisboa em ambas as margens
e estes tm reagido com entusiasmo e vontade
de fazer.
Quantos concelhos so abrangidos por este
plano e como ser feita a interligao entre
eles?
Para alm dos projectos j referidos, o plano pas-
sa pelo desenvolvimento da nutica de recreio,
do apoio e modernizao de muitos ncleos deapoio actividade piscatria que esto sem apoio
h muitos anos, e passa tambm pela libertao
e regenerao de espaos ribeirinhos para usufru-
to das populaes em sete dos concelhos servi-
dos pelo Porto de Lisboa: Almada, Seixal, Barreiro,
Alcochete, Lisboa, Oeiras e Vila Franca de Xira.
Este plano aproveita o melhor de cada localizao
e d complementaridade a todo este esturio.
AS TAXAS NA PORTELAIRO CRESCER
CERCA DE 5 CNTIMOSPOR DIA DE ESTADIA
Est muito ligado ao sucesso do processo de
privatizao da ANA Aeroportos de Portu-
gal. O Contrato de Concesso permite uma
subida de taxas aeroporturias no aeroporto
de Lisboa, ainda que tenha uma limitao
mxima. Em que medida que este poss-
vel aumento das taxas aeroporturias po-
der influenciar o fluxo turstico em Lisboa?
A capital portuguesa pode tornar-se menos
concorrencial?
Tenho lembrado que o valor pago pelo vencedor
tem um modelo de crescimento que s vivel
trazendo mais passageiros para o Aeroporto de
Lisboa. Quanto mais passageiros, melhor para o
concessionrio. E quanto maiores as taxas, me-
nos passageiros. do interesse do concessionrio
manter as taxas competitivas.
S para termos uma ideia das ordens de gran-
deza que estamos a abordar quando falamos de
possveis aumentos de taxas, posso esclarecer
que opackde aeroportos em que est includo
Lisboa, envolve tambm a Madeira, os Aores
e Beja e que est estabelecido que, no conjun-
to destes aeroportos, a evoluo da receita por
passageiro tem de ser feita ao nvel da inflao
at 2017 e ficar abaixo da inflao (-0,5 por cen-
to) no perodo 2017-2022. Ora, de acordo com as
melhores projeces de que dispomos, as taxas
do Aeroporto de Lisboa iro crescer no mximo,
mesmo que reflectido directamente no passagei-
ro, cerca de cinco cntimos por dia de estadia.
Em seu entender, o aumento das taxas aero-
porturias poder condicionar o movimento
das companhias areaslow cost no aeropor-
to de Lisboa?
Por norma, as companhias low costutilizam ser-vios com menor grau de exigncia, o que poder
conduzir a taxas diferenciadas para nveis de ser-
vio diferentes. O novo regime de regulao eco-
nmica confere gestora aeroporturia suficiente
flexibilidade para fazer utilizao desta faculdade,
dado que s o aumento de trfego poder condu-
zir adequada remunerao do capital investido.
Repito:s com mais passageiros que oaccio-
nista pode recuperar o capital investido. Esta a
melhor garantia que o Estado e o sector turstico
podem ter. Acresce que a operao low costest
por vezes associada a regimes de incentivos que,
por princpio, esto associados ao crescimento do
trfego ou melhor rentabilizao das infra-es-
truturas aeroporturias. No se v, assim, qual-
quer razo, bem pelo contrrio, para admitir que
este tipo de operao fique prejudicado.
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
18/5218 | TURISMO DE LISBOA
VINCI QUER TORNAR LISBOA
NO SEU HUBPRINCIPALO Governo e a VINCI assinaram recentemen-
te o acordo para a privatizao da ANA. O
que destaca desta operao?
O mais importante que a valorizao da empre-
sa s pode ser feita por um crescimento signifi-
cativo do trfego. A operao acaba por ser um
contributo muito efectivo para o desenvolvimen-
to da economia portuguesa. Mas tambm pelas
possibilidades conferidas ANA de exportar o seu
know how. So novas oportunidades de carreira
internacional para os quadros portugueses e mes-mo para os nossos agentes econmicos, que vo
ser beneficiados pela expanso do novo accionis-
ta da ANA para diferentes geografias.
A VINCI manifestou j a inteno de tornar
Lisboa no seu principal hub. Na sua opinio,
a capital portuguesa est dotada das infra-
-estruturas necessrias para responder a
este investimento?
O futuro accionista da ANA tem salientado que ir
transformar Lisboa e a ANA no que pode ser cha-
mado o seu hubde competncias para o negcioaeroporturio. Este grupo lder mundial em con-
cesses rodovirias e pretende s-lo no domnio
aeroporturio. Para este crescimento exponencial,
precisam muito da competncia e know howdos
quadros da ANA e do seu volume de trfego, que
um pr-requisito em qualquer processo de con-
cesso de aeroportos.
Tambm no que se refere ao hubenquanto placa
giratria de uma companhia area, est vincada a
disponibilidade do novo accionista para conceder
TAP as melhores condies para uma operao
eficiente de hub, isto , tecnicamente, a redu-o do Tempo Mnimo de Conexo, factor que
determina a competitividade de um aeroporto
enquanto hub.
Ora, tendo em conta que a funo hubconstitui
o elemento essencial e o nico sem restrices
estruturais, como o caso da demografia ou a
economia de uma estratgia de crescimento,
julga-se que sero realizados os investimentos,
de resto j planeados e previstos no Contrato de
Concesso, necessrios para o efeito.
Estamos longe de reabrir a discusso sobre a ca-
pacidade mxima da Portela. Ela est longe de
estar esgotada e o mercado disse isso mesmo
no processo de privatizao. Se a Portela estives-
se esgotada como em tempos se quis fazer crer,
nenhum investidor se predisporia a apresentar as
propostas nos montantes e com os projectos es-
tratgicos que foram apresentados. O Aeroportode Lisboa ainda servir o Turismo de Lisboa por
muitos e bons anos.
TAP: SOBREVIVNCIANO EST AMEAADAEM SITUAES NORMAIS
O Governo acabou por cancelar o processo
de privatizao da TAP. Est ameaada a so-
brevivncia da empresa no curto prazo?
A privatizao da TAP no foi concluda com su-cesso porque as condies impostas pelo Gover-
no no caderno de encargos no foram integral-
mente cumpridas, nomeadamente no que diz
respeito demonstrao da capacidade financei-
ra do comprador.
A TAP continuar a manter a operao actual no
curto prazo, no estando, em situaes normais,
em causa a sua sobrevivncia.
O que quer dizer com a expresso em situ-
aes normais?
As empresas apenas tm presente e futuro se
mantiverem uma relao de confiana com os
seus clientes. A base da confiana a estabili-
dade da relao, ou seja, estar disponvel para
operar todos os dias. As greves minam esta re-
lao de confiana entre empresas e clientes, co-
locando, no caso especfico da TAP, uma pressoadicional sobre a sua tesouraria. No est, obvia-
mente, em causa o direito greve. Est sim, em
causa, a sobrevivncia da nossa empresa, caso
haja greves prolongadas ou repetidas. Porque o
Estado no pode (nem entende que deva) injec-
tar fundos na empresa.
Est nos planos do Governo relanar o pro-
cesso de privatizao da TAP no curto prazo?
Como tem vindo a ser referido publicamente, o
Governo est apostado em estabilizar a tesoura-
ria da empresa, condiosine qua nonpara queela possa voltar a estar debaixo de um processo
de privatizao.
Os assessores contratados pelo Estado que se
mantm do processo anterior esto a fazer
uma nova avaliao das condies de mercado.
Esta recolha de informao de extrema utili-
dade para a deciso do timing e modelo para
o lanamento de novo processo de privatizao.
O que importa sublinhar, por ora, que o Go-
verno reconhece a grande importncia da TAP
no contexto econmico geral e para o sector
do Turismo em particular, e que est firme-
mente empenhado na procura da melhor
soluo estratgica para a companhia, dando-
-lhe todas as condies para aumentar a sua
contribuio para a economia nacional, com
especiais implicaes no sector do Turismo.
E N T R E V I S T A
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
19/52TURISMO DE LISBOA | 19
Num mundo 2.0, o turista exige respostas r-
pidas e acessveis a partir de qualquer ponto
e a qualquer hora, quer seja via PC, tablet
ou smartphone. E, mais do que sonhar com
experincias inesquecveis no destino, o in-
ternauta privilegia as opinies de outros utili-
zadores, fotografias e vdeos partilhados, que
influenciam, de forma determinante, a toma-
da de deciso.
Conscientes desta realidade, os principais
guias de viagem internacionais j marcam
TENDNCIAS
GUIAS DE VIAGEM
A APOSTA NO ONLINEPROCURAR UM DESTINO TURSTICO E PLANEAR UMA VIAGEM EST, NOS DIAS QUE CORREM, DISTNCIA
DE UM SIMPLES CLIQUE. CADA VEZ MAIS, INDISCUTVEL A NECESSIDADE DE OS GUIAS DE VIAGEM
APOSTAREM FORTEMENTE NOS CANAIS DIGITAIS, DE FORMA A ESTAREM MAIS PRXIMOS DO SEU
PBLICO, PERCEBEREM AS SUAS NECESSIDADES E CORRESPONDEREM AOS SEUS CRITRIOS DE AVALIAO
presena no digital e a maioria est repleta
de informaes, fotos e mapas, semelhana
das respectivas verses impressas. No entan-
to, surpreendentemente, para sites que ofere-
cem informaes sobre viagens, muitos no
disponibilizam ainda verses mveis, embora
alguns tenham j desenvolvido aplicaes ou
verses iBook.
o caso do Lonely Planet, do Frommers, do
Rough Guides e Traveldk, que no tm verso
mobile mas disponibilizam aplicaes para
iPhone e Android. J o TripAdvisor, detecta au-
tomaticamente o acesso atravs de telemvel
e reestrutura a visualizao da pgina para
mais fcil navegao.
Alguns, como o caso do Traveldk, tm aindano sitea possibilidade de criar um guia per-
sonalizado para o destino seleccionado pelo
utilizador que, posteriormente, pode ser gra-
vado num documento PDF, para mais tarde
consultar ou imprimir.
Outros, apostam tambm na partilha de opi-
nies sobre os destinos, atravs de bloggers.
So exemplo o Frommers e o Lonely Planet,
em que o fundador e co-fundador, respecti-
vamente, partilham activamente as suas ex-
perincias pessoais e cativam os visitantes a
conhecer novos locais.A aposta nas redes sociais , igualmente, pr-
tica comum na maioria dos guias de viagem,
com especial destaque para o Lonely Planet
que conta com mais de um milho de fs.
Mas, apesar de todos os guias de viagem
online oferecerem informaes e ferramen-
tas teis, nem todos exploram o potencial
interactivo da internet, para dele retirarem o
mximo proveito.
O simples facto de criar um site, uma pgina
numa rede social, como o Facebook, ou fazer
parte de uma comunidade de partilha como o
YouTube, no suficiente. necessrio estar
presente, criar envolvimento com o pblico,
fazer parte da sua vida. Afinal de contas, a
primeira impresso sobre um destino quase
sempre feita online.
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
20/5220 | TURISMO DE LISBOA
Em que consiste o Centro de Artes e Tecnolo-
gia que a Fundao EDP projecta para Belm
e como surgiu a ideia de o erguer?
A ideia do Centro de Artes e Tecnologia nasceu
com o objectivo de transformar ocampusda Cen-
tral Tejo num renovado plo cientfico e cultural,
colocando ao dispor das comunidades artstica,
cientfica, cultural, educativa e dos cidados em
geral, um espao com uma localizao privilegia-
da na cidade de Lisboa. Com esse objectivo, pen-
smos substituir os armazns e outros edifcios
existentes actualmente, sem valor arquitectnico,
por um novo Centro que permitir ampliar e com-
plementar a actividade que hoje desenvolvida
no Museu da Electricidade.
Relativamente ao projecto inicial, quais
foram as alteraes efectuadas de modo a
estar de acordo com o novo PDM?
O projecto sofreu os ajustes necessrios para in-
corporar os comentrios e sugestes das diversas
entidades envolvidas no processo de licencia-
mento, salvaguardando-se nomeadamente o
adequado afastamento do Museu da Electri-
cidade e a manuteno da largura do passeio
ribeirinho.A construo proposta para o Centro de
Artes tem configurao varivel, atingindo, na sua
cota mxima, uma altura de 12,65 metros, ligei-
ramente superior ao valor de dez metros estabe-
lecido no PDM, mas claramente inferior ao das
construes existentes, que atingem 18,89 me-
tros no seu ponto mximo. A extenso do novo
edifcio ser idntica das construes existentes,
FUNDAO EDP
CENTRO DE ARTES E TECNOLOGIAO NOVO CENTRO DE ARTES E TECNOLOGIA DA FUNDAO EDP PRETENDE TER UMA OFERTA CULTURAL
E TECNOLGICA AO NVEL DAS GRANDES CIDADES EUROPEIAS, CONTRIBUINDO DESTA FORMA PARA
REVITALIZAR A ZONA DE BELM, UM DOS LOCAIS MAIS EMBLEMTICOS DA CIDADE, AFIRMA O CEO
DA EDP, ANTNIO MEXIA, ESTIMANDO O INVESTIMENTO EM 20 MILHES DE EUROS
ENTREVISTA
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
21/52TURISMO DE LISBOA | 21
mas o seu desenho permitir que a nova constru-
o deixe de ser vista como uma barreira fsica.
Estes pontos, que se traduzem numa clara me-
lhoria do actual sistema de vistas e numa relao
mais harmoniosa quer com o Museu da Electrici-
dade, quer com toda a envolvente, conjugados
com a mais-valia que um equipamento com esta
ambio traz para a cidade, permitiram que a C-
mara Municipal de Lisboa o considerasse, ao abri-
go do PDM, como de excepcional importncia.
Em que ponto se encontra o projecto, o que
falta para o viabilizar e quando ser inaugu-
rado?
Neste momento, est a decorrer a fase de debate
pblico promovido pela Cmara Municipal de Lis-
boa, em sequncia da deliberao do respectivo
Executivo em 20 de Fevereiro ltimo. Estimamos
que a construo possa ser iniciada em meados
deste ano e assim inaugurar o Centro at ao final
de 2014.
UM PROJECTODIFERENCIADOR
Qual o objetivo do projecto e de que forma
poder alargar e contribuir para o enriqueci-
mento da oferta turstica de Lisboa?
O Centro pretende ter uma oferta cultural e tec-
nolgica ao nvel das grandes cidades europeias,
contribuindo desta forma para revitalizar a zona
de Belm, um dos locais mais emblemticos da
cidade.
Este projecto integra o Plano Estratgico de Turis-
mo de Lisboa 2011-2014 e ir, com certeza, com-
plementar a oferta existente, criando um novo
fluxo turstico que ir beneficiar toda esta zona.
Quais so as caractersticas deste projecto e
de que forma se diferencia de outros espa-
os culturais?
Este projecto , em si, diferenciador. Seja pelo seu
O projecto do novo Centro assinado por
Amanda Levete, uma arquitecta britnica
com uma carreira prestigiada. Recentemente,
ganhou o concurso para a nova galeria e a
reabilitao do Victoria and Albert Museum,
em Londres, e tem neste momento, entre ou-tros, um importante projecto em parceria com
o artista plstico Anish Kapoor, em Itlia.
O Centro vai procurar atrair o mais diver-
sicado tipo de pblicos, contando para
isso com trs espaos distintos onde sero
desenvolvidas actividades e exposies de
natureza cultural e tecnolgica. O pblico
mais jovem no ser esquecido, uma vez que
existir um espao exclusivamente dedicado
ao funcionamento de um servio educativo.
Adicionalmente, o Centro contempla um
espao de apoio s exposies e um res-taurante, com vista privilegiada para o rio
Tejo, algo que, hoje em dia, essencial para
a dinamizao dos museus e centros de arte
contemporneos.
Trs espaos distintosFAZEMOS
DA EXCELNCIA CULTURAL
E DA CONTEMPORANEIDADE
ARTSTICA E TECNOLGICA
UMA DAS MARCAS
DA NOSSA IDENTIDADE
O edifcio do novo Centro de Artes e Tecnologia da Fundao EDP ser um cone que, por si s, atrar pessoas para a zona ribeirinha
e melhorar a relao entre a cidade e o rio
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
22/5222 | TURISMO DE LISBOA
E N T R E V I S T A
projecto arquitectnico, pela sua localizao ni-
ca. No entanto, a grande caracterstica diferencia-
dora deste projecto encontra-se na possibilidade
de conjugar uma programao diversa, seja cul-
tural ou tecnolgica, quer no Centro em si, quer
no actual Museu da Electricidade.
A Fundao EDP pretende, assim, contribuir para
um pas melhor preparado e apto a responder
aos desafios do sculo XXI e para uma sociedade
mais criativa, culta e cosmopolita. Por isso, faze-
mos da excelncia cultural e da contemporanei-
dade artstica e tecnolgica uma das marcas da
nossa identidade. Por outro lado, este Centro vai
apostar numa programao de nvel internacio-
nal, o que ser tambm um factor claramente
diferenciador.
De que forma complementar o Museu da
Electricidade?
O Museu da Eletricidade um dos equipamentos
culturais mais emblemticos de Portugal e um
dos mais visitados em 2012 teve mais de 200
mil visitantes e vai continuar de portas abertas
durante as obras. Aps a abertura do Centro ter
uma programao prpria, reforando as reas da
cincia e tecnologia.
INVESTIMENTODE 20 MILHES DE EUROS
Qual o montante do investimento?
Estimamos que o investimento seja aproximada-
mente de 20 milhes de euros.
Trata-se de um projecto cujo investimen-
to s da EDP ou h mais entidades en-
volvidas?
O projecto ser um investimento da Fundao
EDP que, como do conhecimento pblico,
financiada pela EDP.
ESPERADOS MAISDE 200 MIL VISITANTES
Prev-se que a entrada seja gratuita
semelhana do que feito no Museu da
Electricidade?
A Fundao procurar que o Centro seja aces-
svel a todos os pblicos e ao maior nmero
de visitantes possvel, pelo que ir adequar apoltica de acessos a esse objectivo, em fun-
o da programao especfica que vier a ser
implementada.
No projecto, de que forma a relao com
o rio Tejo vai ser potenciada?
Com a construo do Centro de Artes, a rea
exterior da zona de interveno ser aumen-
tada de forma significativa. Actualmente, a
rea exterior de 1.600 metros quadrados e
com a implementao do Centro ser de nove
mil metros quadrados, ou seja, quase seis ve-
zes maior.
Assim, pretendemos criar um novo espao
pblico, que aproximar a cidade do rio. A for-
ma como este projecto se envolve no espao,
permitindo que as pessoas usufruam no s
Este projecto em si diferenciador. Seja pelo
seu projecto arquitectnico, pela sua localiza-
o nica. No entanto, a grande caracterstica
diferenciadora deste projecto encontra-se na
possibilidade de conjugar uma programao
diversa, seja cultural ou tecnolgica, quer no
Centro em si, quer no actual Museu da Elec-
tricidade. A Fundao EDP pretende, assim,
contribuir para um pas melhor preparado e
apto a responder aos desaos do sculo XXI
e para uma sociedade mais criativa, culta e
cosmopolita. Por isso, fazemos da excelncia
cultural e da contemporaneidade artstica e
tecnolgica uma das marcas da nossa identi-dade, arma Antnio Mexia. Por outro lado,
este Centro vai apostar numa programao
de nvel internacional, o que ser tambm um
factor claramente diferenciador.
Caractersticas
do projecto
do interior mas tambm do exterior, crtica
para o seu sucesso.
Qual a afluncia anual esperada?
Como referi, o actual Museu da Electricidade
teve em 2012 mais de 200 mil visitantes e
acreditamos que este nmero ser largamen-
te ultrapassado.
O edifcio vocacionado para a cultura e o lazer e criar uma experincia nica, desafiando a relao entre o espao pblico exterior e a prpria construo
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5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
23/52TURISMO DE LISBOA | 23
OBSERVATRIO
DADOS FEVEREIRO 2013
DO TURISMO DE LISBOA
ANLISES
DESTA EDIO
EVOLUO
DOS MERCADOS
Dados da Hotelaria Cidade de Lisboa Grande Lisboa Regio de Lisboa
AEROPORTOS E CRUZEIROS
INFOGOLFE
NDICES POR REGIO
Os dados contidos nesta edio doObservatrio do Turismo de Lisboa
podem ser consultados na sua versointegral em: www.visitlisboa.com
SINAIS POSITIVOS NA HOTELARIADE QUATRO ESTRELASNo ms de Fevereiro, destaque para o
comportamento positivo da hotelaria de
quatro estrelas que regista de forma favorvel
os ndices de Ocupao, Average e RevPar. O
mesmo no se verifica com os hotis de trs
estrelas que registam valores negativos em
todos os indicadores. J a hotelaria de cinco
estrelas, acompanha a tendncia dos hotis de
quatro estrelas e sobe em Ocupao e RevPar
em Lisboa, Grande Lisboa e Regio.
O Golfe regista um franco crescimento com uma
variao positiva de 10,3 por cento nos resultados
por voltas realizadas por dia, quando comparado
com o ms homlogo do ano passado. Por sua
vez, os Cruzeiros registam uma tendncia nega-
tiva quer no ms em causa, quer no acumula-
do dos dois primeiros meses deste ano, quando
comparado com os mesmos perodos em 2012.
NDICE LISBOA (VTQD-96): 1199
Este ndice baseado no valor mdio dos acumulados de Vendas Totais por QuartoDisponvel do ano de 1996, ano zero da InfoGest Lisboa Cidade.
1700
1600
1500
1400
1300
1200
1100
1000
900
DEZ 96 JAN 97 JAN 98 JAN 99 JAN 00 JAN 01 JAN 02 JAN 03 JAN 04 JAN 05 JAN 06 JAN 07 JAN 08 JAN 09 JAN 10 JAN 11 DEZ 11 JAN12 DEZ12 JAN13
10001003
1081
1358
1288
15291605
14321341
1533
1311
1491
1485
1481
1271
1199
-
5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
24/5224 | TURISMO DE LISBOA
Segundo um estudo realizado pela Comisso Europeia, cerca de 75 por
cento dos europeus est a planear gozar frias em 2013, dentro do seu
pas ou noutro destino na Europa, embora 34 por cento admita que os
planos sero adaptados actual conjuntura econmica. O Eurobarmetro
conclui que o desempenho do Turismo na Unio Europeia, durante este
ano, vai continuar a demonstrar resultados semelhantes ao de anos
anteriores.A anlise aponta Espanha que rene 12 por cento das escolhas , Itlia
(8 por cento) e Frana (51 por cento), como os destinos preferidos para
frias, em 2013, os mesmos que figuravam no topo da preferncia dos
europeus no ano passado. J para 51 por cento dos inquiridos, a opo
recai sobre fazer frias no prprio pas.
O estudo adianta ainda que, em 2012, sete em cada dez europeus viajou
em frias e, 88 por cento, f-lo no seu pas ou em Estados-membro da
Unio Europeia. Quanto aos motivos pelos quais no viajaram, 46 por
cento dos entrevistados apontou razes financeiras.
Ainda em 2012, 88 por cento dos europeus que viajaram em frias
desfrutaram de, pelo menos, quatro dormidas algures na Europa dos 27. O
Sol e a Praia constituram as principais razes indicadas para frias (40 por
cento), seguidas por visitas a familiares e amigos (36 por cento).
A Comisso Europeia destaca o facto de o Turismo ser um dos poucos
sectores que continua a crescer e a criar emprego, apesar da instabilidadeeconmica. A propsito dos resultados do Eurobarmetro, o vice-presidente
da Comisso Europeia, Antonio Tajani, afirmou que com 75 por cento dos
europeus a planear fazer viagens de frias este ano, as perspectivas de
contribuio do Turismo para a economia so promissoras. O responsvel
considerou ainda que estas so boas notcias, tanto mais que o sector
do Turismo formado por muitas empresas de pequena dimenso e este
facto pode enviar um forte sinal, a outros sectores de actividade, de que
possvel sair da crise econmica.
Fonte: Comisso Europeia
Fonte: TP/INE (Dados provisrios)
Valor Variao %TotaisHspedes 226.370 0,0%Dormidas 457.416 -0,8%
Proveitos () 26.571.961 -7,3%
Evoluo dos Principais Indicadores de HotelariaAcumulado Janeiro de 2013rea Metropolitana de Lisboa (NUTS II)
FRIAS EM 2013
TENDNCIAS
Fonte:ECM,
TourMIS
Evoluo dos Mercados - DormidasOutras Cidades Europeias - 2013
Valor Variao % PerodoBerlim 1.490.110 9,6% JanGotemburgo 217.480 2,9% JanHamburgo 610.059 7,3% JanHelsnquia 230.652 -5,3% JanMadrid 2.009.020 -10,1% Jan-Fev
Munique 824.297 8,7% JanTaline 181.142 3,2% JanZagreb 131.800 7,7% Jan-Fev
-
5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
25/52TURISMO DE LISBOA | 25
O B S E R V A T R I O
No ms em anlise, a hotelaria de trs estrelas demonstra sinais negativos nos
trs ndices de referncia (Ocupao, Average e RevPar).
Em Fevereiro foi registado um aumento mdio na Ocupao da Cidade de Lis-
boa na ordem dos 7,1 por cento, com apenas os hotis de trs estrelas a descer
para -4,5 por cento. A hotelaria de cinco e quatro estrelas sobem neste indica-
dor, respectivamente, em 10,6 e 11,2 por cento.
No ms em anlise, o Preo Mdio por Quarto Vendido (Average) aumentou 0,4
por cento nas unidades de quatro estrelas, mas registou um decrscimo de 3,3
e 8,9 por cento na hotelaria de trs e cinco estrelas, respectivamente. O Preo
Mdio por Quarto Disponvel regista um aumento mdio de 7,2 por cento, que se
reflecte em subidas nas unidades de cinco e quatro estrelas em, respectivamente,
0,8 e 11,7 por cento, e na descida da hotelaria de trs estrelas para -7,7 por cento.
CIDADE DE LISBOA
A amostra tem como base a totalidade do universo de hotis da Cidade de Lisboa, fixa e composta por unidadesFull Servicee Residenciais independentemente da suadata de abertura.Os nmeros utilizados neste estudo so os seguintes:- a dimenso das unidades;- a totalidade dos quartos e camas ocupados indicados pelas unidades;- as receitas de quartos, a preos correntes, sem IVA e sem pequeno-almoo;- as receitas totais da operao, a preos correntes, sem IVA, sem receitasextraordinrias ou de operaes finaceiras.
Fevereirode 2013 Total
Hotis da Amostra 15 37 21 73
Quartos Amostra 3.313 6.122 2.134 11.569
Representatividade (em quartos) 82,7% 75,8% 70,1% 76,3%
2013 2012Variao 13/12
% PP P/N 48,60% 50,89% -4,5% -2,29 52,32% 47,03% 11,2% 5,29 43,68% 39,51% 10,6% 4,17
Sntese 49,16% 45,90% 7,1% 3,26Acumulado de Janeiro a Fevereiro
45,31% 48,69% -6,9% -3,38
47,76% 45,55% 4,9% 2,21 39,03% 40,58% -3,8% -1,54
Sntese 44,82% 44,90% -0,2% -0,08
Ocupao Quarto em Fevereiro
2013 2012Variao 13/12
% P/N 40,47 41,86 -3,3% -1,39 58,24 58,02 0,4% 0,22 103,91 114,02 -8,9% -10,11
Sntese 66,62 66,58 0,1% 0,04Acumulado de Janeiro a Fevereiro
41,93 42,38 -1,1% -0,45 57,40 58,51 -1,9% -1,11 107,96 116,19 -7,1% -8,23
Sntese 67,05 68,17 -1,7% -1,13
Preo mdio por Quarto Vendido - (Average) em Fevereiro
2013 2012Variao 13/12
% P/N 19,67 21,31 -7,7% -1,64 30,47 27,29 11,7% 3,18 45,38 45,04 0,8% 0,34
Sntese 32,75 30,56 7,2% 2,19Acumulado de Janeiro a Fevereiro 19,00 20,64 -7,9% -1,64 27,41 26,65 2,9% 0,76 42,14 47,14 -10,6% -5,00
Sntese 30,05 30,61 -1,8% -0,56
Preo mdio por Quarto Disponvel - (RevPar) em Fevereiro
90%85%80%75%70%65%60%55%50%45%40%35%30%
Ocupao
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
201120122013
HOTIS DE TRS ESTRELAS A DESCER
9590
8580
75
7065
6055
50 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Average201120122013
908580757065605550454035302520
RevPar
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
201120122013
-
5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
26/5226 | TURISMO DE LISBOA
908580757065
605550454035302520
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
95
90
8580
7570
6560
55
50 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
O B S E R V A T R I O
Esta amostra tem como base a totalidade do universo de hotis da Grande Lisboa, fixa e composta por unidadesFull Servicee Residenciais independentemente da suadata de abertura.Os nmeros utilizados neste estudo so os seguintes:- a dimenso das unidades;- a totalidade dos quartos e camas ocupados indicados pelas unidades;- as receitas de quartos, a preos correntes, sem IVA e sem pequeno-almoo;- as receitas totais da operao, a preos correntes, sem IVA, sem receitas extraordin-rias ou de operaes financeiras.
Fevereiro de 2013 Total
Hotis da Amostra 24 49 29 102
Quartos Amostra 4.416 7.800 2.862 15.078
Representatividade (em quartos) 80,6% 76,0% 67,8% 75,4%
Em linha com a Cidade, os resultados da actividade turstica denotam avanos em
Fevereiro, quando comparados com os registados no mesmo ms do ano anterior.
Destaque para a hotelaria de quatro estrelas, que semelhana do registado na
cidade e regio de Lisboa, assinala crescimento positivo em todos os ndices de
referncia (Ocupao, Average e RevPar).
AMOSTRA COMPOSTA COM BASE NAS UNIDADES DOS MUNICPIOS DE LISBOA, OEIRAS, CASCAIS, SINTRA E MAFRA
GRANDE LISBOA
2013 2012Variao 13/12
% PP P/N 47,82% 47,35% 1,0% 0,47 47,55% 43,86% 8,4% 3,69 41,41% 37,50% 10,5% 3,92
Sntese 45,80% 42,90% 6,8% 2,90Acumulado de Janeiro a Fevereiro
44,17% 44,72% -1,2% -0,55
43,18% 41,91% 3,0% 1,27 36,21% 38,33% -5,5% -2,11
Sntese 41,34% 41,53% -0,5% -0,19
Ocupao Quarto em Fevereiro
2013 2012Variao 13/12
% P/N 40,81 41,59 -1,9% -0,78 56,54 55,87 1,2% 0,67 104,94 112,04 -6,3% -7,09
Sntese 66,24 65,35 1,4% 0,89Acumulado de Janeiro a Fevereiro
42,31 42,37 -0,1% -0,06 55,73 56,64 -1,6% -0,92 108,51 114,42 -5,2% -5,90
Sntese 66,47 67,32 -1,3% -0,84
Preo mdio por Quarto Vendido - (Average) em Fevereiro
2013 2012Variao 13/12
% P/N 19,52 19,69 -0,9% -0,18 26,89 24,50 9,7% 2,38 43,46 42,01 3,5% 1,45
Sntese 30,34 28,04 8,2% 2,31Acumulado de Janeiro a Fevereiro 18,69 18,95 -1,4% -0,26 24,06 23,74 1,4% 0,32 39,29 43,85 -10,4% -4,56
Sntese 27,48 27,96 -1,7% -0,48
Preo mdio por Quarto Disponvel - (RevPar) em Fevereiro
A Ocupao registou um aumento de 10,5, 8,4 e 1 por cento, nas unidades
de cinco, quatro e trs estrelas, respectivamente. J o Average avanou em
mdia 1,4 por cento, com quebra de 6,3 e 1,9 por cento na hotelaria de cinco
e trs estrelas, respectivamente. Relativamente ao RevPar, verifica-se uma
tendncia positiva, em mdia, de 8,2 por cento.
RevPar
90%85%80%75%70%65%60%55%50%45%40%35%30%
Ocupao
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
201120122013
QUATRO ESTRELAS EM DESTAQUE
201120122013
201120122013
-
5/24/2018 Turismo Lisboa Mar o
27/52TURISMO DE LISBOA | 27
908580757065605550454035302520
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
95
9085
8075
7065
60
5550
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
201120122013
O B S E R V A T R I O
Esta amostra tem como base a totalidade do universo de hotis da Regio de Lisboa, fixa e composta por unidades Full Service e Residenciais independentemente dasua data de abertura.Os nmeros utilizados neste estudo so os seguintes:- a dimenso das unidades;- a totalidade dos quartos e camas ocupados indicados pelas unidades;- as receitas de quartos, a preos correntes, sem IVA e sem pequeno-almoo;- as receitas totais da operao, a preos correntes, sem IVA, sem receitas extraordin-rias ou de operaes financeiras.
Fevereirode 2013 Total
Hotis da Amostra 25 66 57 145
Quartos Amostra 4.593 9.660 4.655 18.909
Representatividade (em quartos) 78,9% 72,6% 52,5% 67,4%
No ms em anlise, registam-se sinais positivos em todas as unidades no que