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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O EMPREGO DAS NOVAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA Por: Leonora Maria da Silva Prata Orientador Profa. Adélia Araújo Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O EMPREGO DAS NOVAS TECNOLOGIAS COMO

FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA

Por: Leonora Maria da Silva Prata

Orientador

Profa. Adélia Araújo

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O EMPREGO DAS NOVAS TECNOLOGIAS COMO

FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Tecnologia

Educacional.

Por: Leonora Maria da Silva Prata

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3

AGRADECIMENTOS

.... à Deus, aos professores, aos

amigos e parentes, e a todos que de

alguma forma contribuíram para a

conclusão deste trabalho ......

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4

DEDICATÓRIA

..... dedico este trabalho aos meus pais e

minha avó, meu esposo Cláudio, minha

filha Thayssa, meus irmãos e a todos os

amigos que torceram e me deram força

para esta realização .......

RESUMO

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A introdução deste trabalho procura mostrar o emprego das novas

tecnologias como ferramenta para a Educação Básica, mostrando que ela vem

estando presente em quase todos os estudos. E que têm se dedicado a

analisar as condições da educação atual com o objetivo de melhorar as

perspectivas para um novo tempo marcado por essas novas transformações.

Em seus capítulos apresentamos como se compõe a educação básica

no Brasil. Mostrando os conceitos da Educação Básica e suas etapas.

Mostramos também as Novas Tecnologias, abrangendo os seus conceitos, os

vários tipos de Tecnologia e a utilização da Informática como ferramenta

Tecnológica a ser utilizada. E finalmente fazemos uma abrangência sobre o

tema Tecnologia e Educação, quando abordamos o tema da Tecnologia na

Aprendizagem, como se forma o Conhecimento e a Interatividade e como pode

ser constituída uma Sala de Aula Interativa.

Na conclusão procuramos mostrar como todos estes conceitos vêm se

concretizar, utilizando a informática como ferramenta tecnológica no ambiente

educacional.

METODOLOGIA

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6

A pesquisa básica de caráter exploratório terá como ferramenta para

coleta de dados, os textos de Pierre Levy (Cibercultura), Bernardo Sorj

([email protected]), Manuel Castells (Sociedade em Rede), Marta Relvas

(Fundamentos Biológicos da Educação), Marco Silva (Sala de Aula Interativa),

além dos artigos acadêmicos do campo da educação disponíveis na Web.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

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CAPÍTULO I - EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL 11

1.1 – Conceito de Educação Básica

1.2 – Etapas da Educação Básica

CAPÍTULO II - AS NOVAS TECNOLOGIAS 23

2.1– Conceito de Tecnologia

2.2– Tipos de Tecnologia

2.3– A Informática como ferramenta Tecnológica

CAPÍTULO III – TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO 36

3.1– Tecnologia na Aprendizagem

3.2– Conhecimento e Interatividade

3.3– A Sala de Aula Interativa

CONCLUSÃO 45

ANEXOS 49

BIBLIOGRAFIA / WEBGRAFIA 52

ÍNDICE 53

FOLHA DE AVALIAÇÃO 54

INTRODUÇÃO

O emprego das novas tecnologias como ferramenta para a Educação

Básica está presente em quase todos os estudos que têm se dedicado a

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analisar as condições da educação atual, objetivando as perspectivas para um

novo tempo marcado por essas novas transformações.

Neste trabalho, procura-se analisar qual o impacto dos avanços

tecnológicos sobre a Educação.

Mostra que estes avanços vêm de uma forma geral, influenciando na

sociedade como um todo. Novas tecnologias vêm surgindo a cada dia, desde

mídias de alta capacidade, à equipamentos e ferramentas de estudos e

pesquisa. E com a adoção dessas novas tecnologias o ambiente escolar fica

mais interativo e o professo se vê obrigado a modificar sua postura e inclusive

o seu planejamento de aula. Aula de informática deixou de ser o único

investimento das escolas de tecnologia, em muitas escolas hoje o computador

está sendo utilizado para aprendizagem de conteúdos de todas as disciplinas.

Com estas inovações tecnológicas, muitas escolas da rede municipal

de ensino desta cidade vêm tendo dificuldades de como articular com

professores, de diferentes formações e ideologias, a trabalhar com os alunos o

“ensinar a estudar”. E ainda, o desafio de como gerar no aluno o interesse

pelas aulas.

Por outro lado, sabe-se que, apesar do professor precisar englobar

todas as fases da tecnologia, a instituição de ensino tenta contribuir para que o

educador passe a apropriar-se cada vez mais desse processo tecnológico, a

fim de que possa se fortalecer e ampliar os seus métodos de ensino.

Torna-se urgente discutir uma educação escolar protagonista na

sociedade da informação, potencializando essas transformações em

instrumento de construção do conhecimento dos alunos, sabendo que o

conhecimento é construído na interação do sujeito com o seu meio e tudo que

está a seu redor.

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Torna-se essencial, também avaliar algumas formas de aplicação

destas tecnologias no tocante ao ensino do educador em determinada

instituição escolar, envolvendo suas formas de aplicações e pautado em

referenciais de diversos especialistas no tema.

Apresenta ou discute as características e o impacto das tecnologias

modernas na educação.

O primeiro capítulo, apresenta uma abordagem para o conhecimento e

o desenvolvimento da educação no Brasil, tanto na escola particular quanto na

pública.

Após a abordagem sobre a educação, o segundo capítulo vem mostrar

novas tecnologias, os seus conceitos e utilização da informática como

ferramenta tecnológica.

O capítulo terceiro ressalta a Tecnologia e a Educação, mostrando

como se desenvolve a capacidade humana do “saber”, o conhecimento através

da interatividade e a sala de aula interativa, onde o professor aplique seu

conhecimento e faça o educando participar ativamente das aulas, conduza a

bons resultados e estratégias metodológicas e utilize as ferramentas como

meio de ensino.

Este trabalho considera-se um caminho para repensar a interatividade

na sala de aula, a modificação da postura do professor na sala de aula e o seu

planejamento escolar, a utilização do computador para aprendizagem de

conteúdos disciplinares, as dificuldades de articulação do professor de

diferentes formações, o trabalho com os alunos no “ensinar a estudar” e o

interesse pelas aulas.

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CAPITULO I

EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL

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“Educação engloba ensinar e aprender. E também algo

menos tangível, mas mais profundo: passar o

conhecimento, bom julgamento e sabedoria. A

educação tem nos seus objetivos fundamentais a

passagem da cultura de geração para geração”.

(Autor desconhecido)

Este capítulo tem como objetivo, mostrar a realidade da Educação

Básica no Brasil, trazendo uma visão geral dos conceitos da Educação Básica

e mostrando como estão divididas as suas etapas.

1.1 Conceito de Educação Básica

A educação básica no Brasil ganhou contornos bastante complexos

nos anos posteriores à Constituição Federal de 1988 e, sobretudo, nos últimos

anos.

A Constituição Federal de 1988, no capítulo próprio da educação,

criou as condições para que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

Lei nº 9.394/96, assumisse esse conceito já no § único do art. 11 ao assinalar

a possibilidade de o Estado e os municípios se constituírem como um sistema

único de educação básica.

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A LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996,

em seu art. 1º nos fala:

“A educação abrange os processos formativos que se

desenvolvem na vida familiar, na convivência humana,

no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos

movimentos sociais e organizações da sociedade civil e

nas manifestações culturais”. (Brasil, 1996, MEC –

LDB)

Partindo deste conceito, temos a consciência de que a Educação

está cada vez mais inserida na sociedade e consequentemente na vida infantil.

O conceito de educação básica foi ampliado a partir desta LDB,

pois a lei anterior estabelecia como básico o ensino chamado de primeiro grau.

Dessa forma, a nova lei considera como básica para um cidadão a formação

que engloba uma educação básica fundamental obrigatória de oito ou nove

anos contínuos e uma educação básica média, progressivamente obrigatória,

de três anos.

A LDB considera que a educação infantil corresponde ao ensino

realizado em creches e pré-escolas, o ensino fundamental corresponde ao

antigo “primeiro grau” e o ensino médio ao antigo “segundo grau” (separado da

formação profissional).

No entanto, a educação básica é um conceito, definido no art. 21 da

LDB como um nível da educação nacional e que congrega, articuladamente, as

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três etapas que estão sob esse conceito: a educação infantil, o ensino

fundamental e o ensino médio.

E em seu art. 22, a LDB estabelece os fins da educação básica:

“a educação básica tem por finalidades desenvolver o

educando, assegurar-lhe a formação comum

indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-

lhe meios para progredir no trabalho e em estudos

posteriores”. (Brasil, 1996, MEC – LDB)

A nova LDB instaurou o conceito de educação básica como direito

da cidadania e dever do Estado cobrindo três etapas seqüenciais da

escolarização: a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. E

os recursos vinculados devem ser voltados para a manutenção e o

desenvolvimento da educação.

Outro ponto é a focalização da política educacional no ensino

fundamental gratuito, obrigatório, presencial, na faixa etária de 7 a 14 anos.

Como se sabe a focalização é um modo de priorizar uma etapa do

ensino cujo foco pode significar o recuou, o amortecimento ou o retardamento

quanto à universalização de outras etapas da educação básica e a sua

sustentação por meio de recursos suficientes.

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Com isto concluímos que a educação básica compreende a etapa

da educação, desde a creche e pré-escola até a conclusão do ensino médio

ou formação profissionalizante, na faixa etária compreendida entre 0 a 14

anos.

1.2 Etapas da Educação Básica

No que diz respeito às etapas da educação básica, a LDB em seu

art. 23 nos diz:

“a educação básica poderá organizar-se em séries

anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular

de períodos de estudos, grupos não-seriados, com

base na idade, na competência e em outros critérios,

ou por forma diversa de organização, sempre que o

interesse do processo de aprendizagem assim o

recomendar” (Brasil, 1996, MEC – LDB)

Neste sentido, verificamos que a educação básica é basicamente

composta pelas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino

Médio, nas quais serão identificadas a seguir:

EDUCAÇÃO INFANTIL

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A Educação Infantil, parte integrante da Educação Básica, é uma

das áreas educacionais cuja demanda tem sido crescente.

“a educação infantil, primeira etapa da educação

básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral

da criança até seis anos de idade, em seus aspectos

físico, psicológico, intelectual e social, complementando

a ação da família e da comunidade”. (Brasil, 1996,

MEC – LDB)

Partindo deste conceito, e já que a Educação Infantil tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, ela

será portanto oferecida em creches e pré-escolas da rede pública ou privadas

de ensino.

Nesta fase, a criança viverá uma das mais complexas fases do

desenvolvimento humano em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e

social, complementando a ação da família e da comunidade, que será tanto

mais rica, quanto mais qualificadas as condições oferecidas pelo ambiente e

pelos adultos que a cercam.

Assim, para formar uma criança saudável e desenvolver sua

capacidade de aprender a aprender, sua capacidade de pensar e estabelecer

as bases para a formação de uma pessoa ética capaz de conviver num

ambiente democrático, é necessário o desenvolvimento de atividades que

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envolvam um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores

adequados a cada faixa etária.

A forma de avaliação, nesta fase dar-se-á mediante o

acompanhamento e registro do desenvolvimento sem o objetivo de promoção,

mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

ENSINO FUNDAMENTAL

“o ensino fundamental, com duração mínima de oito

anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por

objetivo a formação básica do cidadão”. (Brasil, 1996,

MEC – LDB)

O ensino fundamental é uma das etapas da educação básica no

Brasil. Sendo a matrícula é obrigatória para todas as crianças com idade entre

06 e 14 anos. A obrigatoriedade da matrícula nessa faixa etária implica na

responsabilidade conjunta dos pais ou responsáveis, pela matrícula dos filhos;

do Estado pela garantia de vagas nas escolas públicas; da sociedade, por

fazer valer a própria obrigatoriedade.

Tem duração de 09 (nove) anos, iniciando-se aos 06 (seis) anos de

idade. Tem por objetivo a formação básica do cidadão, observando o

desenvolvimento da capacidade de aprender, a compreensão do ambiente

natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em

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que se fundamenta a sociedade, o desenvolvimento da capacidade de

aprendizagem, o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de

solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida

social

Atualmente, medidas legais estabeleceram que os alunos de 06

anos de idade já deverão estar matriculados no ensino fundamental, seja na

rede pública ou privada. Não é a toa que esse período é chamado de

fundamental.

Esta é a fase de alto desempenho cognitivo na criança, é o período

ideal para a construção de novas formas de perceber e compreender o mundo.

É também fundamental para a formação infantil em seus laços afetivos e

sociais.

É, portanto importante que os pais estejam atentos, tanto nessa

etapa quanto na anterior, ao tipo de escola e educação que querem para seus

filhos.

O ensino fundamental possui uma organização convencional que

acaba caracterizando-o em dois ciclos. O primeiro que corresponde aos

primeiros cinco anos, é desenvolvido, usualmente, em classes com um único

professor regente. O segundo ciclo corresponde aos anos finais, nos quais o

trabalho pedagógico é desenvolvido por uma equipe de professores

especialistas em diferentes disciplinas.

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Nos primeiros anos, as crianças e adolescentes são estimulados

através de atividades lúdicas, jogos, leituras, imagens e sons, principalmente

no primeiro nível. Através dos vários processos pedagógicos, busca-se

conduzir a criança ao conhecimento do mundo pessoal, familiar e social.

Nos anos finais, os adolescentes aprofundam os conhecimentos

adquiridos no ciclo anterior e iniciam os estudos das matérias que serão a base

para a continuidade no ensino médio

ENSINO MÉDIO

“o ensino médio, etapa final da educação básica, com

duração mínima de três anos, tem como finalidades: a

consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos

adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o

prosseguimento de estudos; a preparação básica para

o trabalho e a cidadania do educando, para continuar

aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com

flexibilidade a novas condições de ocupação ou

aperfeiçoamento posteriores; o aprimoramento do

educando como pessoa humana, incluindo a formação

ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e

do pensamento crítico; a compreensão dos

fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no

ensino de cada disciplina”. (Brasil, 1996, MEC – LDB)

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O Ensino médio no Brasil corresponde ao antigo Segundo Grau ou

Secundário. É meta importante dos governos brasileiros a ampliação do

atendimento ao Ensino Médio e a extensão da obrigatoriedade a esse grau de

ensino.

Peça essencial na formação do cidadão e do trabalhador, é o ensino

médio que vem qualificar e preparar o futuro adulto do país, mesmo quando

não é profissionalizante.

No desenvolvimento das habilidades humanas, a idade dos

estudantes do ensino médio é a fase da consolidação do pensamento abstrato

e da capacidade de pensar autônoma e criativamente. Fase, portanto,

imprescindível para a formação de cidadãos participantes, socialmente

responsáveis e criativamente engajados em tornar a vida melhor para si e para

todos.

Como etapa final da Educação Básica, no Ensino Médio o jovem

deve, mais do que dominar conteúdos, aprender a se relacionar com o

conhecimento de forma ativa, construtiva e criadora. Para isso, o currículo do

Ensino Médio ancora-se nos seguintes princípios pedagógicos: identidade,

diversidade e autonomia, interdisciplinaridade e contextualização.

É no final do ensino médio, que o Ministério da Educação aplica

como avaliação o ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, que tem como

principal objetivo, verificar as habilidades e competências dos estudantes, e

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para que o mesmo tenha uma auto-avaliação de seu desempenho antes do

temido vestibular.

A LDB disponibiliza como uma etapa complementar à Educação

Básica, a Educação de Jovens e Adultos e a Educação Profissional.

“a educação de jovens e adultos será destinada

àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de

estudos no ensino fundamental e médio na idade

própria. Os sistemas de ensino assegurarão

gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não

puderam efetuar os estudos na idade regular,

oportunidades educacionais apropriadas, consideradas

as características do alunado, seus interesses,

condições de vida e de trabalho, mediante cursos e

exames”. (Brasil, 1996, MEC – LDB)

A educação escolar de jovens e adultos no Brasil compreende

ações de alfabetização, cursos e exames supletivos nas etapas de ensino

fundamental e médio, bem como processos de educação à distância

realizados via rádio, televisão ou materiais impressos. Embora a Constituição

assegure o ensino fundamental público e gratuito em qualquer idade, a oferta

de serviços de escolarização de jovens e adultos é reduzida, situando-se em

patamares muito inferiores à demanda potencial.

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No entanto, a Educação de Jovens e Adultos, ao ser tratada como

parte do Ensino Fundamental, e ao deslocar o ensino supletivo como um

qualificativo e não mais um substantivo, possibilita, pelo menos, uma nova

leitura: a de que a educação de adultos traz uma especificidade própria,

considerando tratar-se de educandos que são portadores de múltiplos

conhecimentos.

Inclusive desafia a escola para aproveitamento e reconhecimento

destes saberes construídos em espaços não escolares, e que, por isso

mesmo, ela não pode ser considerada como uma simples reposição

condensada do ensino regular, idéia comum em relação ao ensino de

suplência.

“a educação profissional, integrada às diferentes

formas de educação, ao trabalho, à ciência e à

tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de

aptidões para a vida produtiva. O aluno matriculado ou

egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem

como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará

com a possibilidade de acesso à educação

profissional”. (Brasil, 1996, MEC – LDB)

A Educação Profissional é opcional e complementar à Educação

Básica, podendo ser cursada concomitante ou posteriormente à mesma.

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Diante deste conceito, concluímos que a organização da educação

básica é flexível para atender aos jovens e adultos e os portadores de

necessidades educativas especiais.

CAPITULO II

AS NOVAS TECNOLOGIAS

“Educamos de verdade quando aprendemos com cada

coisa, pessoa ou idéia que vemos, ouvimos, sentimos,

tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e

sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços

em que vivemos na família, na escola, no trabalho, no

lazer, etc.

(José Manuel Moran)

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Neste capítulo será abordado o tema das Novas Tecnologias,

mostrando os Conceito de Tecnologia, quais os Tipos de Tecnologia, a visão

da Informática como ferramenta Tecnológica e sua relação com a Educação

Básica.

2.1 Conceito de Tecnologia

A palavra Tecnologia é derivada da palavra grega techno - de

techné (Técnica), que significa arte ou habilidade, ou ainda uma melhor forma

e ou maneira de fazer, modificar ou transformar o ambiente natural social e

humano.

“uma técnica é produzida dentro de uma cultura, e uma

sociedade encontra-se condicionada por suas

técnicas”. (Levy, 1999, p.25)

Diante deste conceito, podemos dizer que as técnicas são

consideradas como as habilidades que o ser humano possui para desenvolver

algo dentro da sociedade ou cultura na qual ele vive.

Como a sociedade vai sofrendo modificações constantemente, o

homem vai transformando a sociedade e esta vai transformando o homem no

seu cotidiano do dia-a-dia.

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Neste sentido, podemos conceituar a Tecnologia como os meios ou

recursos que serão utilizados para a realização e o desenvolvimento de uma

determinada técnica.

A tecnologia pode ser entendida como um sinônimo para solução,

solução esta que pode ser aplicada a um problema ou a um conjunto deles.

Uma tecnologia em geral, conduz a soluções mais próximas

possíveis daquilo que se pretende resolver, ou seja, cada vez mais próxima do

seu ideal. Razões pela quais até hoje não se conheceu uma tecnologia

definitiva, eis que ela se aproxima cada vez mais do seu ideal.

“Muitas vezes, enquanto discutimos sobre os possíveis

usos de uma dada tecnologia, algumas formas de usar

já se impuseram”. (Levy, 1999, p.26)

Esta realidade nos leva a concluir que não existe tecnologia

absoluta, completa ou definitiva, e mostra que sempre tem sido possível

alcançar soluções cada vez melhores, no sentido de serem mais próximas da

solução ideal de um problema.

“o crescimento do ciberespaço não determina

automaticamente o desenvolvimento da inteligência

coletiva, apenas fornece a esta inteligência um

ambiente propício”. (Levy, 1999, p.29)

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Neste sentido, concluirmos que o crescimento e avanço tecnológico

estão a cada segundo sendo modificado, e com ele também vai sendo

modificado o ciberespaço. Levando-nos a refletir sobre a utilização destas

ferramentas tecnológicas, que para alguns, pode ser considerado como fácil

dominar uma determinada tecnologia, mas infelizmente o mesmo não se aplica

ao universo social e cultural como um todo.

A Tecnologia não causa mudanças apenas no que fazemos, mas

também em nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos

e no nosso relacionamento com o mundo

A educação, por exemplo, trabalha no universo da diversidade, das

individualidades, das subjetividades, das socializações. E estas

transformações sociais se processam rapidamente e a educação precisa

desse processo de mudança.

2.2 Tipos de Tecnologia

Como já vimos anteriormente, tecnologia são todos os recursos

utilizados para se empregar uma técnica, ou seja, podemos dizer que são os

meio que utilizamos.

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Podemos definir como tipos de tecnologia, todos os recursos

materiais e meios nos quais poderão ser utilizados para desenvolvimento de

uma metodologia educacional ou social eficaz.

Quando falamos de tipos de tecnologia eficaz, imediatamente nosso

pensamento nos conduz a imagem do computador como um todo, porém

esquecemos que existem tecnologias antigas que sempre foram utilizadas, e

que, no entanto foram sendo substituídas por novas tecnologias, cada vez

mais avançadas.

“O correio ou o telefone organizam relações recíprocas

entre interlocutores, mas apenas para contatos de

indivíduo a indivíduo”. (Levy, 1999, p.63)

Dentre os vários tipos de tecnologia, podemos citar alguns meios de

comunicação. Os meios de comunicação são instrumentos que nos auxiliam a

receber ou transmitir informação. Dessa maneira, eles nos ajudam a nos

comunicar um com o outro.

Existem diversos meios de comunicação como, por exemplo, o

correio comum, o telefone, a televisão, o rádio, o jornal, a internet, etc.

Porém, a Internet é um novo recurso tecnológico de comunicação,

que vem se agregando a uma longa lista de transmissão de voz e imagem, e

que também possibilita comunicarmos através de vários meios, como o chat, o

blog e o fotolog, msn, etc. Com isto, foi se modificando na sociedade a

utilização do telégrafo, telex, o fax, além dos outros citados anteriormente.

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Todos estes tipos de tecnologia citados poderão ser empregados no

campo da Educação Básica, além das mídias (som e imagens), o vídeo-

cassete, lousa, retroprojetor, quadro negro ou branco, giz, livros, carteira, ar

condicionado, jornais, revistas, dentre inúmeros outros meios.

No entanto, o computador com os seus mais altos recursos de

software e hardware, vem fazendo com que todos estes tipos tecnologias

sejam cada vez mais arquivados na memória da nossa sociedade e cultura.

Diante da evolução e crescimento tecnológico, à partir dos anos

80, as escolas começaram a ser equipadas por um vasto recurso tecnológico

como laboratórios de informática, Tv-escola, vídeo-escola, etc. E todo este

aparato tecnológico foi sendo inserido com o objetivo de ensinar, apoiadas em

máquinas, para melhorar as práticas pedagógicas.

2.3 A Informática como ferramenta Tecnológica

“A informática representa a possibilidade de

armazenar, organizar e processar uma quantidade

enorme de informação num espaço ínfimo e numa

velocidade que praticamente elimina o tempo,

revolucionando a capacidade humana – e das

máquinas – de trabalhar com a informação”. (Sorj,

2003, p.36)

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Ao contrario do que muitos imaginam, a informática é um dos mais

antigos recursos tecnológicos que vem cada vez mais se desenvolvendo com

todos os seus mais altos recursos de software (programas) e hardware

(máquinas), que a cada dia vem sendo substituídos por outros cada vez mais

potentes e eficazes.

“Os primeiros computadores (calculadoras

programáveis capazes de armazenar os programas)

surgiram na Inglaterra e nos Estados Unidos em 1945.

Por muito tempo reservados aos militares para cálculos

científicos, seu uso civil disseminou-se durante os anos

60. Já nessa época era previsível que o desempenho

do hardware aumentaria constantemente”. (Levy, 1999,

p.31)

Os computadores daquela época eram grandes máquinas que

funcionavam para efetuar cálculos científicos, estatísticas e tarefas de

gerenciamentos das grandes empresas. Eram muitos frágeis e necessitavam

ficar isoladas e bastante refrigeradas.

Por volta dos anos 70, houve a virada fundamental. Foram

desenvolvidos e comercializados os microcomputadores, onde os transistores

foram substituídos pela tecnologia de circuitos integrados (associação de

transistores em pequena placa de silício). Além deles, outros componentes

eletrônicos foram miniaturizados e montados num único CHIP, que já

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calculavam em monos segundos e as informações eram armazenadas em

pequenos chips eletrônicos.

A partir daí, dizemos que os computadores entraram na sua quarta

geração. Encontram-se nesta geração os que caracterizam-se por circuitos

integrados em longa escala, LSI ( produzidos pela Intel ). O processo de

miniaturização continuou e foram denominados por escalas de integração dos

circuitos integrados.

Já no final de 75, entramos na quinta geração e as aplicações para

eles são muito especiais e incluem laboratórios e centro de pesquisa

aeroespacial como a NASA, empresas de altíssima tecnologia, produção de

efeitos e imagens computadorizadas de alta qualidade, entre outros. Eles são

os mais poderosos, mais rápidos e de maior custo.

“Do ponto de vista do equipamento, a informática reúne

técnicas que permitem digitalizar a informação

(entrada), armazená-la (memória), tratá-la

automaticamente, transportá-la e colocá-la à disposição

de um usuário final, humano ou mecânico (saída)”.

(Levy, 1999, p.33)

Com a evolução destes equipamentos, também surge o

desenvolvimento de diversos dispositivos e aplicativos necessários para o

perfeito funcionamento dos mesmos, no qual definiremos alguns:

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MEMÓRIA = chamamos de memória, os dispositivos onde são

armazenadas as informações. Estas informações podem ser gravadas ou

armazenadas em discos magnéticos, cartões perfurados, fitas magnéticas,

discos óticos, circuitos eletrônicos, cartões com chip, etc. Seus avanços tem

vem evoluindo desde o início da informática para uma direção de maior

capacidade de armazenamento, e conseqüentemente o seu tamanho também

vem cada vez mais diminuindo.

INTERFACES = O conceito de Interface se expressa pela presença

de uma ou mais ferramentas para o uso e movimentação de qualquer sistema

de informações, seja ele material, seja ele virtual. Pode significar um circuito

eletrônico que controla a interligação entre dois dispositivos hardwares e os

ajuda a trocar dados de maneira confiável.

PROGRAMAS/SOFTWARE = Um programa de computador é uma

coleção de instruções que descrevem uma tarefa a ser realizada por um

computador. O termo pode ser uma referência ao código fonte, escrito em

alguma linguagem de programação, ou ao arquivo que contém a forma

executável deste código fonte.

A partir dos mais diversos e variados programas/software e de

diversas interfaces, é que podemos digitalizar uma informação, um som, uma

imagem e estes são codificados digitalmente, podendo ser transmitidas,

copiadas sem a perda de sua qualidade.

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“O computador, então, não é apenas uma ferramenta a

mais para a produção de textos, sons e imagens, é

antes de mais nada um operador de virtualização da

informação”. (Levy, 1999, p.55)

Com o avanço e aumento dos computadores, novos programas e

sistemas cada vez mais desenvolvidos com características cada vez mais

complexas e juntamente a este crescimento, se desenvolve uma outra área: a

área de redes eletrônicas e juntamente com ela, surge a rede mundial de

computadores.

Foi no início dos anos 90, que foi elaborada uma forma de acesso a

documentos via rede de computadores interna ou remota e no final dos anos

90, os protocolos e métodos criados começavam a ser utilizados, surgindo

assim a WWW (World Wide Web), ou apenas Web. A Web foi criada seguindo

uma arquitetura com padrões abertos e independentes no topo da Internet e

com isto, incorporou as características de ser um ambiente distribuído e de

multiplataformas.

A internet é uma rede de computadores baseadas em protocolos,

que é a linguagem de mais baixo nível, nas quais transitam as informações que

são trocadas entre os computadores.

“A cada minuto que passa, novas pessoas passam a

acessar a Internet, novos computadores são

interconectados, novas informações são injetadas na

rede. Quanto mais o ciberespaço se amplia, mais ele

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se torna ‘universal’, e menos o mundo informacional se

torna totalizável”. (Levy, 1999, p.111)

A internet mudou o ritmo da comunicação, possibilitando o envio de

mensagens simultaneamente a um número de pessoas em qualquer lugar do

mundo, facilitou a enorme localização da informação, passou a concentrar um

acervo cultural digitalizável.

Pessoas sem conhecimento de programação podem usar as

funções de correio eletrônico, participar de conferências, ou até mesmo

consultar hiperdocumentos dentro de uma mesma rede, bastando saber clicar

nos botões os escolher os menus corretos.

“Aprendizagens permanentes e personalizadas através

da navegação, orientação dos estudantes em um

espaço do saber flutuante e destotalizado,

aprendizagens cooperativas, inteligência coletiva no

centro de comunidades virtuais, desregulamentação

parcial dos modos de reconhecimento dos saberes,

gerenciamento dinâmico das competências em tempo

real ... esses processos sociais atualizam a nova

relação com o saber”. (Levy, 1999, p.111)

Com a utilização de todos estes recursos tecnológicos que a

Informática nos oferece, poderemos enriquecer a gama de atividades dentro

da nossa Educação Básica, como meios de desenvolvimento metodológico,

para o trabalho com alunos no que diz respeito ao “ensinar estudar” e ainda

gerar um maior interesse pelas aulas.

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Além da Internet, existem vários softwares educativos, CD-ROMs

com imagens e simulações realistas e detalhadas, que também poderão ser

disponibilizadas. Gravações digitalizadas e discursos históricos, jogos, software

de cenários para que os alunos entendam como funciona um negócio.

Todas essas evoluções socioculturais e tecnológicas do mundo

atual geram incessantes mudanças nas organizações e no pensamento

humano, revelando um novo universo no cotidiano das pessoas. Isso exige

independência, criatividade e autocrítica na obtenção e seleção de

informações, assim como na construção do conhecimento.

O uso dos recursos computacionais possibilita a sistematização, a

busca de informações e a construção de produtos porque o computador

facilita, o tratamento da informação, permite a correção de erros de forma

incansável, dispõe de recursos para a documentação da produção e fornece o

feedback para quem está produzindo os materiais. Isso facilita o acesso à

pesquisa e a troca de idéias, o que possibilita a construção do conhecimento

em conjunto.

A informática, como recurso tecnológico no processo de

aprendizagem, pode acontecer de duas formas: com a função de tornar mais

fáceis as rotinas de ensinar e aprender, que nesse caso, o computador é

utilizado como máquina de ensinar, repetindo, portanto, os mesmos esquemas

do ensino tradicional; e com a função de organizar os ambientes de

aprendizagem nos quais os alunos são encorajados para resolverem situações

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problema, e o professor tanto identifica e respeita o estilo de pensamento de

cada um, quanto os convida a refletirem sobre o seu pensar.

Neste sentido concluímos que a informática vem adquirindo cada

vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento

de aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de forma rápida

entre nós. Por isso, a educação vem passando por mudanças estruturais e

funcionais frente a essa nova tecnologia.

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CAPITULO III

TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

“Antes de ensinar alguém a ler, tem-se que lhe ensinar

a ler o mundo ...”.

(Paulo Freire)

Neste capítulo abordaremos o tema da Tecnologia e Educação,

onde faremos um breve histórico sobre a Tecnologia na Aprendizagem, o

Conhecimento e Interatividade, e também a Sala de Aula Interativa.

3.1 Tecnologia na Aprendizagem

“Conhecer e aprender o processo da aprendizagem

tornou-se um grande desafio para os educadores.

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Atualmente é necessário compreender que as

interações perpassam por aspectos biológicos,

psicológicos, sociais, e o ambiente dessa

especificidade e a sala de aula, porque este espaço

está sendo dessacralizado pela relevância das novas

tecnologias no desenvolvimento do comportamento dos

aprenderes. É preciso, portanto, recodificar esse lugar

de forma a promover maior convergência dessas

tecnologias como interfaces possíveis de manutenção

das aprendizagens”. (Relvas, 2008, p.9)

A tecnologia na aprendizagem está afinada com o universo lúdico da

criança. Da mesma forma que é compelida a se concentrar nas brincadeiras

propostas pelos games, e de cuja concentração depende a vitória ante o

desafio proposto. A receita adotada nos programas com fins pedagógicos

também exige da criança o seu completo envolvimento.

Neste sentido, para alcançar o seu objetivo, o pedagogo lança mão

daquilo que é mais latente no ser humano, ou seja, a sua tendência natural

para a competição. No entanto, o faz de modo salutar e construtivo.

“... memória tem sua origem etimológica no latim e

significa a faculdade de reter e/ou readquirir idéias,

imagens, expressões e conhecimento. É o registro de

experiências e fatos vividos e observados, podendo ser

resgatados quando preciso. Isso faz com que a

memória seja a base da aprendizagem, pois com as

experiências que possuímos armazenadas na memória,

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temos a oportunidade de mudar o nosso

comportamento. Ou seja, a aprendizagem é a

aquisição de novos conhecimentos e a memória é a

fixação ou retenção desses conhecimentos

adquiridos”. (Relvas, 2008, p.52)

Por isso, vale dizer, que uma nova maneira de produzir

conhecimento vem se instalando com o computador e as mais avançadas

tecnologias, colocando a possibilidade de aprender fazendo.

Uma mudança qualitativa no processo de ensino-aprendizagem

acontece quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas

as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais,

lúdicas e corporais.

Este tema também nos chama a atenção para o uso conveniente

dos instrumentos que a tecnologia tem oferecido para a educação, no que se

inclui um acompanhamento contínuo do desenvolvimento dos recursos.

Por isso, cabe à escola buscar da mesma fonte os meios para

discernir o seu papel enquanto pólo de referência de formação, organização e

disseminação do conhecimento, não com a disposição somente de usufruir as

novas tecnologias, mas, também, de se remodelar administrativa e

pedagogicamente, quando necessário for, e a cada etapa conseguir enfrentar

os novos desafios que lhe serão apresentados sempre.

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Para todos esses desafios será também exigido que o professor se

aproprie de novas competências para fazer bom uso destas tecnologias e à

escola cabe enfrentar esses novos desafios.

3.2 Conhecimento e Interatividade

A construção de habilidades e competências desde a escola tem

sido apontada como de fundamental importância para a formação com

qualidade dos indivíduos.

Cada aprendizado além de preparar para etapas subseqüentes do

currículo escolar deverá contribuir para que o aluno seja capaz de mobilizar

suas aquisições escolares fora da escola, em situações diversas, complexas e

imprevisíveis.

“... As novas tecnologias interativas renovam a

relação do usuário com a imagem, com o texto, com

o conhecimento. São de fato um novo modo de

produção do espaço virtual e temporal mediado.

Elas permitem o redimensionamento da mensagem,

da emissão e da recepção”. (Silva, 2002, p.11)

Como o avanço tecnológico de maior repercussão foi o

desenvolvimento dos ambientes telemáticos, foi através dele também que a

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informação sob o formato digital pode ser compartilhada por um número de

usuários tão grande. E com isto, aumentou a extensão do atendimento e

conexões, e a capacidade de processamento dos gerenciadores das redes.

Entretanto, a palavra compartilhar não é suficiente para que se

possa avaliar o potencial desses ambientes. Neles, os usuários podem

interagir a ponto de construir, concomitantemente, produtos de informação,

textos, sejam eles pictóricos, alfanuméricos, sonoros ou um amálgama desses.

“... interatividade [...] buscaram expressar a novidade

comunicacional de que o computador ‘convencional’ é

macro paradigmático, diferente da televisão monológica

e emissora. A passagem dos velhos computadores

movidos por complicadas linguagens de acessos

alfanuméricas para os atuais, onde se ‘clica’ com um

mouse e abrem-se ‘janelas’ múltiplas, móveis, ‘em

cascata’ na tela do monitor, permitindo ao usuário

adentramento e manipulação fáceis, foi certamente,

determinante para formulação do termo interatividade ”.

(Silva, 2002, p.14)

Interatividade é um conceito que quase sempre está associado às

novas mídias de comunicação. A Interatividade pode ser definida como uma

medida do potencial de habilidade de uma mídia permitir que o usuário exerça

influência sobre o conteúdo ou a forma da comunicação mediada.

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Porém ainda há a perspectiva sociológica do termo que seria: “a

relação entre duas ou mais pessoas que, em determinada situação, adaptam

seus comportamentos e ações uns aos outros”.

A interatividade portanto, nada mais é do que a troca de

informações e conhecimentos constantes entre pessoas, podendo ocorrer

entre alunos e professores, alunos com alunos e até mesmo por comunidades

em busca de meios de maior interação, levando ao conhecimento coletivo.

3.3 A Sala de Aula Interativa

“... A sala de aula interativa seria o ambiente em que o

professor interrompe a tradição do falar/ditar, deixando

de identificar-se com o contador de histórias, e adota

uma postura semelhante a do designer de software

interativo”. (Silva, 2002, p.23)

Os espaços de aprendizagem não se restringem mais à relação

fechada entre professores e alunos em sala de aula, a tecnologia traz uma

nova forma de se fazer educação a partir de informações disponíveis no

ciberespaço.

Nesse contexto, as comunidades virtuais surgem como uma nova

modalidade de ensino, onde a aquisição de conhecimento acontece de forma

horizontal, ou seja, a oportunidade de intercâmbio de informações pode

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acontecer principalmente de alunos para alunos, pois o conhecimento está à

disposição de todos, podendo, assim, acontecer uma participação efetiva de

todos para todos.

De forma que aquela visão tradicional de ensino, em que o professor

é quem transmite o conhecimento e o aluno recebe passivamente cai por terra,

e têm-se agora alunos e professores que colaboram dinamicamente para a

produção de conhecimentos.

“... O aluno, por sua vez, passa de espectador passivo

a ator situado num jogo de preferências, de opções, de

desejos, de amores, de ódios e de estratégias,

podendo ser emissor e receptor no processo de

intercompreensão. E a educação pode deixar de ser

um produto para ser tornar processo de troca de ações

que cria conhecimento e não apenas o reproduz”.

(Silva, 2002, p.23)

É importante destacar também, o tema: “Sala de Aula Interativa”.

Pois atualmente, as tecnologias de comunicação e informação transformam o

nosso cotidiano permanentemente, e não se tem mais a confiança do saber

atualizado, não há mais como pensar em conhecimento como certezas ou

verdades que durem para sempre.

Cada vez mais, novas informações chegam muito rápidas e o

professor deve estar atualizado, e esse atualizar-se, deverá ocorrer com

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extraordinária agilidade, através da aprendizagem constante em várias áreas

do conhecimento.

Deve-se procurar saber de tudo um pouco, pois as informações

deslocam-se velozmente por todo o mundo e as pessoas bem informadas

acompanham intensamente essas alterações.

Dessa forma o professor que não atualiza constantemente seus

conhecimentos, conseqüentemente não conseguirá estabelecer um ambiente

harmonioso para a produção do conhecimento nas aulas que ministra.

O professor tem um grande leque de opções metodológicas, de

possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um

tema, de trabalhar com os alunos presencial e virtualmente, e

conseqüentemente, de avaliá-los.

Partindo desta opinião, é fundamental que cada docente procure

encontrar uma forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e

procedimentos metodológicos. Mas também é importante que se ele se amplie,

e que aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal, grupal e as

de comunicação audiovisual e telemática.

E aliado ao computador como uma ferramenta tecnológica e

importante para a produção de conhecimento, este docente pode criar uma

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página pessoal na Internet, como espaço virtual de encontro e divulgação, um

lugar de referência para cada matéria e para cada aluno.

No entanto, a página pessoal torna-se importante como referência

virtual, e como ponto de encontro permanente entre ele e os alunos. Podendo

até mesmo ser aberta a qualquer pessoa ou só para os alunos, dependendo

de cada situação vivenciada, ampliando o alcance do trabalho do professor, de

divulgação de suas idéias e propostas, ou até mesmo de contato com pessoas

fora da escola.

Para alcançar o objetivo de uma “Sala de Aula Interativa”, é

fundamental que professores e alunos tenham um espaço, além do presencial,

de encontro e visibilização virtual, para que a sala de aula seja também uma

troca de conhecimentos , permitindo que o aluno também faça por si mesmo.

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CONCLUSÃO

Dentro da realidade da Educação Básica no Brasil, foram

apresentados os seus conceitos e a divisão de suas etapas como Educação

Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. E que tem como etapa

complementar da Educação Básica, a Educação de Jovens e Adultos e a

Educação Profissional.

Verificamos que na Educação Infantil, a criança vive uma das mais

complexas fases do desenvolvimento humano, tanto em seus aspectos físico,

psicológico, intelectual e social, como no complemento da ação familiar e da

comunidade, qualificando as condições oferecidas pelo ambiente e pelos que a

cercam.

Já no Ensino Fundamental, percebemos que esta é a fase de alto

desempenho cognitivo da criança, neste período podemos construir novas

formas de perceber e compreender o mundo, sendo fundamental para a

formação infantil em seus laços afetivos e sociais.

E é no Ensino Médio, que o jovem deve, mais do que dominar

conteúdos, aprender a se relacionar com o conhecimento de forma ativa,

construtiva e criadora, de forma que o seu currículo nos princípios pedagógicos

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da identidade, diversidade e autonomia, interdisciplinaridade e

contextualização.

Concluímos que o crescimento e avanço tecnológico são

modificados constantemente, e com ele também vai sendo modificado o

ciberespaço. Levando-nos a refletir sobre a utilização destas ferramentas

tecnológicas tanto no campo social como educacional.

O computador com os seus mais altos recursos de software e

hardware, vem fazendo com que outras tecnologias sejam cada vez mais

arquivadas na memória da nossa sociedade e cultura.

Através da informática, surgiram as redes, e com ela a internet, que

veio modificar o ritmo da comunicação onde mensagens podem ser enviadas

simultaneamente a um número de pessoas em qualquer lugar do mundo,

facilitando também a enorme localização da informação.

Através destes recursos tecnológicos que a Informática nos oferece,

podemos enriquecer as atividades dentro da Educação Básica, como meios

de desenvolvimento metodológico. Incentivando o aluno a “ensinar estudar” e

ainda gerar um maior interesse pelas aulas, possibilitando à sistematização, a

busca de informações, a construção de produtos e facilitando o acesso à

pesquisa e a troca de idéias, tornando a construção do conhecimento em

conjunto.

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No processo de aprendizagem, ela ainda tem a função de tornar

mais fáceis as rotinas de ensinar e aprender, e com a função de organizar os

ambientes de aprendizagem nos quais os alunos são encorajados para

resolverem situações problema, e o professor tanto identifica e respeita o estilo

de pensamento de cada um, quanto os convida a refletirem sobre o seu

pensar.

Concluímos que a informática vem adquirindo cada vez mais

relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de

aprendizagem e sua ação no meio social vem aumentando de forma rápida

entre nós. Por isso, a educação vem passando por mudanças estruturais e

funcionais frente a essa nova tecnologia.

Porém cabe à escola buscar os meios para discernir o seu papel

enquanto pólo de referência de formação, organização e disseminação do

conhecimento. Não apenas usufruindo as novas tecnologias, mas de se

remodelar administrativa e pedagogicamente.

Também será necessário que o professor se aproprie de novas

competências para fazer bom uso destas tecnologias, deve estar atualizado, e

isto deverá ocorrer com extraordinária agilidade, através da aprendizagem

constante em várias áreas do conhecimento, e à escola deverá enfrentar esses

novos desafios.

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Verificamos que com o desenvolvimento dos ambientes telemáticos,

a informação sob o formato digital pode ser compartilhada aumentando as

conexões, e a capacidade de processamento dos gerenciadores das redes.

Concluímos que a interatividade é a relação entre duas ou mais

pessoas que, em determinada situação, adaptam seus comportamentos e

ações uns aos outros. Que os espaços de aprendizagem não se restringem

mais a professores e alunos em sala de aula, a tecnologia traz uma nova forma

de se fazer educação a partir de informações disponíveis no ciberespaço.

Também com as comunidades virtuais surgem uma nova

modalidade de ensino, onde a oportunidade de intercâmbio de informações

pode acontecer principalmente de alunos para alunos, pois o conhecimento

está à disposição de todos, podendo, acontecer uma participação de todos

para todos.

E finalmente, para se alcançar o objetivo de uma “Sala de Aula

Interativa”, professores e alunos precisam ter um espaço, além do presencial

de encontro e que a sala de aula seja uma ampla troca de conhecimentos,

permitindo que o aluno também faça por si mesmo.

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ANEXOS

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BIBLIOGRAFIA

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2008.

- SILVA, M. Sala de Aula Interativa. Rio de Janeiro, 2002

-AYRES, M.A.L.F.A. Como Produzir uma monografia passo a passo ... siga

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

(EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL) 11

1.1 – Conceito de Educação Básica 11

1.2 – Etapas da Educação Básica 14

CAPÍTULO II

(AS NOVAS TECNOLOGIAS) 23

2.1 – Conceito de Tecnologia 23

2.2 – Tipos de Tecnologia 26

2.3 – A informática como ferramenta Tecnológica 28

CAPÍTULO III

(TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO) 36

3.1 – Tecnologia na Aprendizagem 36

3.2 – Conhecimento e Interatividade 39

3.3 – A Sala de Aula Interativa 41

CONCLUSÃO 45

ANEXOS 49

BIBLIOGRAFIA / WEBGRAFIA 52

ÍNDICE 53

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Título da Monografia: O EMPREGO DAS NOVAS TECNOLOGIAS COMO

FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA

Autor: LEONORA MARIA DA SILVA PRATA

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: