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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite DESAFIOS E AVANÇOS NO DESENVOLVIMENTO DA PECUÁRIA DE LEITE FAMILIAR - PROGRAMA LEITE MAIS Vanderlei Bett 1 Simony M. B. Lugão 2 Joaquim R. Martins 3 1. Zootecnista e Médico Veterinário, Doutor em Zootecnia, IAPAR, [email protected] 2. Eng. Agrônoma, Doutora em Zootecnia, IAPAR, [email protected] 3. Eng. Agrônomo, Mestre em Agronomia, EMATER, [email protected] INTRODUÇÃO A pecuária leiteira no Brasil está mudando. Há algum tempo temos escutado que haverá redução no número de propriedades produtoras de leite no País. Pois bem, com a publicação dos resultados do Censo Agropecuário 2017 podemos verificar numericamente esta redução. No Censo Agropecuário de 2006, o Brasil tinha 1.349.326 estabelecimentos que se declaravam estar ligados a atividade produtiva de leite, já no Censo Agropecuário de 2017, o número de estabelecimentos passou para 1.171.190, uma redução de 13,2%. No mesmo período o número de animais ordenhados apresentou uma redução de 5,1%,

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

DESAFIOS E AVANÇOS NO DESENVOLVIMENTO DA PECUÁRIA DE LEITE

FAMILIAR - PROGRAMA LEITE MAIS

Vanderlei Bett1

Simony M. B. Lugão2

Joaquim R. Martins3

1. Zootecnista e Médico Veterinário, Doutor em Zootecnia, IAPAR, [email protected]

2. Eng. Agrônoma, Doutora em Zootecnia, IAPAR, [email protected]

3. Eng. Agrônomo, Mestre em Agronomia, EMATER, [email protected]

INTRODUÇÃO

A pecuária leiteira no Brasil está mudando. Há algum tempo temos escutado que

haverá redução no número de propriedades produtoras de leite no País. Pois bem, com a

publicação dos resultados do Censo Agropecuário 2017 podemos verificar numericamente

esta redução. No Censo Agropecuário de 2006, o Brasil tinha 1.349.326 estabelecimentos que

se declaravam estar ligados a atividade produtiva de leite, já no Censo Agropecuário de 2017,

o número de estabelecimentos passou para 1.171.190, uma redução de 13,2%. No mesmo

período o número de animais ordenhados apresentou uma redução de 5,1%, caindo de

aproximadamente 12,6 MI (IBGE, 2006) para 11,9 MI de animais (IBGE, 2018).

No entanto, a despeito destas reduções, a produtividade média das vacas aumentou

no período. Os valores variaram de 4,4 para 6,9 L de Leite/vaca/dia, um aumento de 57,4%, o

que proporcionou o consequente aumento da escala de produção nas propriedades, passando

de 40,9 L de Leite/dia para 70,4 L/dia, aumento de 72,1%.

O aumento na escala de produção, um dos fatores marcantes para ampliar as chances

de sucesso na atividade, proporciona a melhoria na receita da propriedade. A média de receita

apresentada no Censo Agro 2006 foi de aproximadamente R$545,00/mês, já o Censo Agro

2017 apresentou a receita de R$1.994,00/mês em média, um aumento de 266,1% na receita

dos estabelecimentos produtores de leite no País.

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

Quadro 1. Evolução da pecuária leiteira do Brasil, segundo Censo Agropecuário 2017

BrasilCenso Agropecuário

2006 2017 Variação (%)

Estabelecimentos 1.349.326 1.171.190 -13,2

Vacas ordenhadas 12.636.548 11.990.450 -5,1

Leite produzido (x1.000 L) 20.157.682 30.114.345 49,4

Valor (xR$1.000) 8.817.536 28.017.899 217,8

Receita por Propriedade/mês 545 1.994 266,1

Produção de Leite/Propriedade/dia 40,9 70,4 72,1

Produção de Leite/Vaca/dia 4,4 6,9 57,4Fonte: Censo Agropecuário IBGE 2006 e 2017

No estado do Paraná o cenário não difere muito daquele observado no País. Entre o

intervalo de tempo entre os Censos Agropecuários do IBGE, 27,2% dos estabelecimentos

pecuários do Estado deixaram a atividade leiteira (de 119.563 para 87.048 estabelecimentos),

ao mesmo tempo que o número de vacas ordenhadas aumentou 2,1%, item que difere da

tendência nacional.

A produtividade das vacas mostrou aumento significativo entre os dois Censos,

partindo de 5,7 para 10,5 L/vaca/dia, um aumento de 84,9%. O reflexo desta melhora

expressiva na produtividade foi o aumento na produção média em cada propriedade, que

saltou de 41,6 para 108 L/dia, um aumento na produção de 159,4% no período

A renda mensal em cada propriedade do Estado mostrou aumento ainda mais

expressivo, equivalente a 513,3% (de R$530,00 passou para R$3.250,00/mês). Este aumento

é explicado não somente pelo aumento da escala de produção, mas também pela melhoria do

preço médio pago pelas indústrias.

Os dados comparados entre os resultados dos Censos Agropecuários permitem inferir

que houve sim o abandono da atividade leiteira por um número considerável de produtores,

porém, estes produtores que desistiram eram os menos eficientes. Mesmo com a diminuição

do número de estabelecimentos, no País e Estado, e de vacas ordenhadas no País, houve

aumento dos índices de produtividade, uma vez que os produtores ineficientes e,

provavelmente, suas vacas de raças não especializadas, deixaram de figurar nos cálculos.

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

Quadro 2. Evolução da pecuária leiteira do Paraná, segundo Censo Agropecuário 2017

ParanáCenso Agropecuário

2006 2017 Variação (%)

Estabelecimentos 119.563 87.048 -27,2

Vacas ordenhadas 877.890 896.679 2,1

Leite produzido (x1.000 L) 1.816.426 3.431.041 88,9

Valor (xR$1.000) 760.686 3.395.029 346,3

Receita por Propriedade/mês 530 3.250 513,0

Produção de Leite/Propriedade/dia 41,6 108,0 159,4

Produção de Leite/Vaca/dia 5,7 10,5 84,9Fonte: Censo Agropecuário IBGE 2006 e 2017

Ao mesmo tempo, os estabelecimentos que permaneceram na atividade, tanto a

gestão por parte dos produtores quanto os animais, melhoraram suas eficiências, aumentando

a especialização e consequentemente, melhorando os índices para além percentuais de

desistência, ou seja, os produtores se profissionalizaram na atividade leiteira.

Aliado a especialização na atividade, a assistência técnica também deve evoluir para

poder contribuir com a necessidade destes estabelecimentos que carecem de uma ATER

periódica, continua, especializada em sistemas de produção leiteira e multidisciplinar,

principalmente naqueles estabelecimentos de pequeno e médio porte.

Desenvolvimento

O Programa Leite MAIS, sigla que significa Modelo de Assistência técnica de

Intensificação Sustentável de sistemas de produção de leite, atua visando a melhoria da

produtividade, da escala de produção e rentabilidade na atividade leiteira. Por conseguinte,

com mais recursos o produtor melhora a qualidade de vida familiar e abre espaço para a

sucessão na atividade (MARTINS et al., 2014).

O Programa Leite MAIS foi criado utilizando os resultados de pesquisas pelas áreas

de produção e nutrição do Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR e difundidos pelo

Instituto EMATER, que juntos coordenam o Projeto Redes de Referência para Agricultura

Familiar, cujo objetivo é acompanhar e orientar sistemas de produção, entre eles os sistemas

leiteiros, em diversas regiões do Paraná, estudos que geraram as “Referências para os

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

Sistemas de Produção de Leite” regionais (Plataforma de Boas Práticas para o

Desenvolvimento Sustentável. 2018).

A metodologia de trabalho do Programa Leite MAIS foi criada com a compilação de

técnicas existentes, algumas consagradas na atividade, que foram estudadas e publicadas por

diversas instituições de ensino superior do país e exterior. Estas técnicas foram adaptadas para

a utilização em propriedades leiteiras, testadas em propriedades referências com o

acompanhamento dos pesquisadores do IAPAR e extensionistas do EMATER e, após

validadas sua exequibilidade, são difundidas aos demais produtores. A união das diversas

técnicas validadas nestes estudos, visando o acompanhamento sistêmico da propriedade

leiteira, formaram o Programa Leite MAIS (BETT et al., 2016).

Esta forma de estudar os sistemas de produção agropecuários surgiu no brasil em

1988, com a criação do Projeto Redes de Referência para Agricultura Familiar, que a partir

daqui será referido simplesmente como Projeto Redes, a partir de um convênio entre o Brasil

e a França, baseado na experiência do Institut de l’Elevage, visando a validação e

transferência de tecnologias viáveis para os sistemas de produção estudados. O Projeto Redes

foi criado com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis

para a agricultura familiar paranaense (IAPAR, 2018b), mas as metodologias que surgiram

desde então se aplicam nos mais diversos tipos de sistemas de produção, desde que

devidamente adaptado (LUGÃO et al., 2008).

O Projeto Redes de Referência ao iniciar o estudo de um sistema de produção, realiza

um levantamento prévio da região para conhecer os recursos naturais e caracterizar as

condições socioeconômicas, buscando com isso, a identificação dos principais sistemas de

produção, seja pela frequência com que ocorrem ou pelo seu potencial regional (IAPAR,

2018a), só depois o sistema que será estudado é escolhido.

O estudo inicia com a construção do “Marco Zero” da propriedade, que serão

utilizadas para estimar o grau de evolução possível para o sistema de produção estudado. A

partir destas informações iniciais, será construído o “Plano de coerência” (Figura 1). Este é

um planejamento de ações de curto prazo que servirá para a realização de um diagnóstico

aprofundado da propriedade e também para orientar a redução de perdas e a correção de

possíveis incoerências entre os objetivos dos agricultores e suas famílias frente ao sistema de

produção conduzido. O plano de coerência permite a ratificação e/ou retificação do

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diagnóstico inicial. O tempo médio de execução do Plano de Coerência é de

aproximadamente 12 meses (ALMEIDA et al., 2014).

Figura 1. Etapas necessárias para o estudo dos sistemas de produção.

Terminado este período inicial, pesquisadores, extensionistas e produtor partem para

a confecção do plano de longo prazo, que visa a melhoria do sistema de produção tendo em

vista a situação atual e a situação desejada pelo produtor e sua família, desde que possível de

ser atingida. Este plano de longo prazo pode durar de 4 a 8 anos, de acordo com o sistema de

produção estudado (IAPAR, 2018c). Em alguns casos, devido a grande complexidade nos

sistemas de produção leiteiros aliado à condição socioeconômica familiar, o tempo para

atingir a estabilidade da propriedade, tanto de uso do solo quanto do tamanho do rebanho,

pode se estender para além dos 8 anos.

Foi utilizando os resultados destes estudos de sistemas de produção leiteiro que o

IAPAR e o EMATER criaram o Programa Leite MAIS.

O Programa adota o seguinte itinerário técnico: planejamento forrageiro de verão e

inverno, produção de forragens com qualidade, conforto animal, nutrição de precisão, controle

reprodutivo, sanidade, criação de bezerras, qualidade do leite, adequação ambiental e gestão

de indicadores técnicos e econômicos. A prestação de assistência técnica é realizada por dois

profissionais, um da área de produção animal e outro de produção vegetal, que após

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

treinamento ministrado pelos pesquisadores do IAPAR, realizam visitas mensais às

propriedades, com duração de meio período e de forma alternada entre ambos, ou seja, num

mês a propriedade é visitada por um profissional da produção vegetal e no mês seguinte por

um da produção animal.

RESULTADOS

As análises dos resultados obtidos nas propriedades que estão sendo acompanhadas

na região Oeste Paranaense, incluindo os municípios de abrangência da BP3, foram feitas

durante dezesseis meses de atuação do projeto (fevereiro de 2017 a maio de 2018). O grupo

de propriedades estavam sob o convênio entre o IAPAR e o SEBRAE Regional Oeste,

incluídas no Programa SEBRAETEC, que custeava parte do trabalho da ATER privada que

aplicada a metodologia do Programa Leite MAIS. Este programa do SEBRAE incentiva os

setores de produção através da melhoria de processos, produtos, serviços através da

introdução de inovações, possibilitando o acesso subsidiado a serviços tecnológicos.

O monitoramento e o tratamento das informações geradas nas propriedades

atendidas, foi realizado pelo IAPAR, sob o convênio IAPAR/ITAIPU Binacional, sob o nome

Projeto IBITIBA, em seu Plano de Ação 7.

Nos resultados das propriedades que aderiram ao Programa Leite MAIS no projeto

IBITIBA, foram encontradas nítidas diferenças de comportamento. Devido a estas diferenças

detectáveis, foram possíveis classificar as propriedades em três categorias. Para as

propriedades, cujos proprietários aceitavam prontamente a implantação de novas tecnologias e

adotavam a maioria as orientações técnicas feitas pelos profissionais da ATER, foi dada a o

nome de propriedade de “Alta Adoção”. Para aquelas que realizavam parcialmente as

recomendações técnicas, foi dada a classificação de propriedade de “Média Adoção” e ainda

aquelas que realizavam poucas das recomendações técnicas, ou seja, apresentavam resistência

a aceitação das tecnologias apresentadas pelos técnicos da ATER, foram chamadas de “Baixa

Adoção”.

Devido a estas diferenças, na análise as propriedades foram reunidas em dois grupos.

No primeiro grupo estão as propriedades com Alta e Média Adoção, pois apresentaram menor

resistência a adoção das tecnologias apresentadas, e o segundo grupo os de Baixa adoção, cuja

resistência às mudanças foi maior.

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

a) Nível de adoção

O Programa SEBRAETEC foi encerrado em julho de 2018, após esta data haviam

produtores que assumiriam o valor subsidiado e permaneceriam com a ATER (Ativos),

haviam produtores que não queriam aumentar sua contribuição para pagar a ATER (Inativos)

e saíram do Programa, e ainda haviam produtores interessados em entrar no Programa Leite

MAIS (Novos). No Quando 3 estão quantificados os produtores em cada categoria, a partir de

agosto de 2018.

Quadro 3. Classificação dos produtores que a partir de agosto de 2018 são ativos e inativos na assistência técnica do Leite Mais.

Produtores Nº de produtores % de ProdutoresAtivos 77 74%

Inativos 23 22%Novos 4 4%

TOTAL 104 100%

Do total de produtores, 22% saíram da ATER do Programa Leite MAIS devido ao

término do projeto com a parceria do SEBRATEC. Sem o SEBRAETEC, a partilha do custo

da ATER passaria a ser de R$220,00 para o laticínio e R$220,00 para os produtores que, por

pertencerem ao regime familiar de trabalho e ainda estarem com baixa escala de produção,

consideram o valor alto, motivando a saída do projeto, mesmo sabendo que, ao deixarem a

ATER, a tendência é que deixem de executar práticas corriqueiras do sistema de produção

leiteiro que são de suma importância para a boa condução da atividade e gerência do sistema

(Figura 2).

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

Figura 2. Produção de leite de propriedades que são atendidas pelo Programa Leite MAIS e propriedades de deixaram a ATER. Fonte: BETT et al. (2016).

Em estudos anteriores verificamos que o grupo de produtores que deixa a ATER, em

curto prazo, voltam a escala de produção verificada no marco zero da propriedade.

Os dados mostram que, ao deixar a ATER, devido à alta complexidade do sistema de

produção de leite, o produtor não tem mais tempo para realizar atividade simples, tais como

medir a produção diária de leite das vacas, manejar corretamente o desenvolvimento ponderal

de novilhas, manejar corretamente a utilização do pasto e de insumos das rações. Todas estas

tarefas deixadas de serem feitas, levam ao gasto excessivo e ineficiente dos recursos,

causando queda na produtividade, diminuição da escala de produção e aumento nos custos de

produção.

Dos produtores que saíram a partir de agosto 2018, 83% eram classificados como de

baixa adoção da tecnologia e 13% como de média adoção (Quadro 4). Os produtores que tem

alta adoção a tecnologia nenhum saiu do projeto.

Quadro 4. Porcentagens de adoção das tecnologias nos produtores que saíram do projeto de assistência Técnica do Programa Leite MAIS a partir de agosto 2018.

Nível de Adoção Da Tecnologias

Nº de produtores Inativos % de Produtores Inativos

Alta Adoção 0 0%

Média Adoção 3 13%

Baixa Adoção 20 87%

TOTAL 23 100%

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

Os dados do Quadro 4 confirma o que foi escrito no início deste capítulo, onde se

afirmou que os produtores que saem da atividade leiteira são os menos eficientes, pois são

estes que não possuem recursos para suportar as crises periódicas, e normais, do mercado do

leite brasileiro. Quando a crise financeira se apresenta mais acentuada, como é o caso da que

estamos vivendo atualmente, o produtor menos eficiente desiste da atividade.

No Quadro 5 estão classificados os produtores que irão permanecer no projeto partir

de agosto de 2018, em relação a adoção da tecnologia.

Quadro 5. Porcentagens de adoção das tecnologias nos produtores que irão permanecer no projeto de assistência Técnica do Programa Leite MAIS a partir de agosto 2018.

Nível de Adoção Da Tecnologias

Nº de produtores Inativos

% de Produtores Inativos

Alta Adoção 9 11%

Média Adoção 45 58%

Baixa Adoção 24 31%

TOTAL 78 100%

Dos produtores que decidiram por permanecer recebendo orientações técnicas

especializada do Programa Leite MAIS, 69% são produtores considerados de alta e média

adoção e o grupo de produtores considerados de baixa adoção representam 31%.

b) Produtividade e produção do rebanho

Na Figura 01 são apresentados os resultados da produtividade das vacas (L/dia) dos

grupos avaliados.

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

Figura 1. Produtividade do rebanho (L/vaca/dia) médio no período, para os grupos de produtores de Baixa e Alta/Média Adoção das orientações técnicas, no Oeste Paranaense. Fevereiro 2017 a maio de 2018.

No grupo de Alta/Média Adoção houve um incremento na produtividade dos

animais, saindo de 14,9 L/vaca/dia para 17,1 L/dia/dia, já o grupo de Baixa Adoção houve

redução da média de produtividade das vacas, a queda observada de 14,5 L/vaca/dia para 13,7

L/vaca/dia.

Este resultado na melhoria da produtividade do rebanho é decorrente do conjunto das

intervenções técnicas tais como: planejamento de forragem, manejo do pastejo e da fertilidade

das pastagens, associado a nutrição de precisão dos rebanhos das vacas lactantes.

No período inicial dos trabalhos da ATER ainda é realizada os ajustes no rebanho,

tais como secagem de vacas próximo ao parto, pouco produtivas e/ou com escore corporal

(ECC) baixo, no intuito de viabilizar economicamente a propriedade.

Dado ao pouco tempo de trabalho e a grande variação dos dados provocado pelos

estes ajustes iniciais, discutiremos os dados utilizando o valor da produção inicial e a média

obtida no período.

Observa-se que o grupo de maior adoção (Alta/Média adoção) teve um incremento

de 13,4% na produtividade, comparando o valor inicial com a média no período. Já o grupo

de Baixa adoção obteve incremento de 5,5%, também comparando o valor inicial com a

média no período.

Além de obter um incremento maior na produtividade das vacas que o grupo de

baixa adoção, o grupo de maior adoção apresenta maior estabilidade na produtividade ao

longo do período avaliado.

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

É difícil afirmar que nas propriedades com Baixa Adoção das orientações a tendência

é não melhorar a produtividade dos animais, visto que, pelos estudos realizados no Projeto

Redes, a estabilização de uma propriedade leiteira com ATER especializada em sistemas de

produção leiteira, somando-se os planos de coerência e de Longo prazo, ocorrerá em 5 a 9

anos, podendo se estender devido as particularidades de cada sistema de produção. Os estudos

indicam ainda que, quando menor for o nível de adoção, mais tempo se leva para atingir a

estabilidade da propriedade. Isso indica que, mesmo as propriedades de Baixa Adoção

poderão chagar a estabilidade, porém, num período de tempo mais longo.

Este incremento de produtividade mostra que o potencial genético do rebanho é bem

maior do que os produtores acreditam e, por estarem subutilizando este potencial, estavam

alcançando baixa eficiência com o seu rebanho leiteiro. Os dados mostram que vacas bem

alimentadas, além de expressar o potencial genético produtivo, melhoram os indicadores

reprodutivos, reduzindo intervalo entre partos e, consequentemente, maior percentagem de

vacas lactantes do rebanho, aumentando a escala de produção de leite. Mas este indicador

(intervalo entre partos) só pode ser calculado após parições subsequentes das vacas.

A produção média nas propriedades dos grupos de produtores que tem Alta/Média

adoção das orientações técnicas subiu de 297 L/dia para 376 L/dia. Comparando o valor

inicial com a média obtida no período, obteve-se um aumento de 26,6% na produção diária

(Figura 2).

Nas propriedades dos produtores classificados como de Baixa Adoção das

orientações técnicas, houve aumento da produção média, que de 256 L/dia atingiu 284 L/dia

no período analisado. Quando comparamos o valor inicial com a média no período, o

incremento foi de aproximadamente 12,5% na produção diária.

Observa-se que os produtores que tem uma maior adoção tiveram um pouco mais

que o dobro de incremento na produção e com uma menor variação entre os meses. Os de

Baixa Adoção apesar do menor incremento, com certeza a produção foi beneficiada pela

ATER.

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

Figura 2. Produção média diária (L/dia) nas propriedades e média no período, para os grupos de produtores de Baixa e Alta/Média Adoção das orientações técnicas, no Oeste Paranaense. Fevereiro 2017 a maio de 2018.

c) Número de vacas lactantes, vacas adultas e percentagem de vacas lactantes em relação as

vacas adultas

O aumento de produção diária é reflexo do aumento da produtividade das vacas

lactantes, e também da melhoria da persistência da lactação decorrente de uma boa nutrição.

Outro indicador que afeta a produção diária é o número de vacas lactantes (VL).

Observa-se que a variação dos números de vacas lactantes durante o período avaliado foi

pequena para o grupo de produtores com Alta/média adoção, já para o grupo considerado de

Baixa Adoção, a variação foi bem maior. O grupo de Alta/Média Adoção obteve em média 22

VL e o grupo de Baixa, 19 VL (Figura 03).

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

Figura 3. Número de vacas lactantes (VL) por mês e média no período, para os grupos de produtores de Baixa Adoção e Alta/Média Adoção das orientações técnicas, no Oeste Paranaense. Fevereiro 2017 a maio de 2018.

A relação das Vacas Adultas/Lactantes (Vacas Totais/VT) nas propriedades, em

média ainda está aquém do desejado (Figura 04) para os dois grupos avaliados. O grupo de

Alta/Média adoção está com 71% das vacas adultas produzindo, porém, apresentando uma

distribuição melhor ao longo do período avaliado, quando comparado com o grupo de Baixa

adoção que tem somente 67% das vacas produzindo e desuniformemente distribuídas.

Figura 4. Número de vacas adultas (VT) e porcentagem de vacas lactantes no rebanho e média no período, para os grupos de produtores de Baixa Adoção e Alta/Média Adoção das orientações técnicas, no Oeste Paranaense. Fevereiro 2017 a maio de 2018.

A baixa percentagem de vacas lactantes leva a diminuição da receita, quando

comparada ao potencial de produção diária com o rebanho existente. Seria interessante para

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

um maior retorno financeiro da atividade que, das vacas adultas do rebanho, em torno de 80%

a 83% estivessem em lactação. A melhoria destes indicadores não foi gerada a curto prazo,

enquanto esta relação entre vacas Lactantes/Totais é um índice que se ajusta no tempo. Não é

possível tecnicamente, com o rebanho existente, alterar este índice rapidamente pois é

dependente de múltiplos fatores: alimentação ajustada, reprodução, passando pela sanidade e

manejo adequado.

d) Resultado financeiro com a assistência técnica (ATER) do Programa Leite MAIS

O aumento de produção nas propriedades que participam do programa de ATER

gerou maior renda com a venda do leite. Na Figura 5 são mostradas as receitas médias

mensais com a venda do leite, das propriedades que tem Baixa Adoção e Alta/Média adoção

das orientações técnicas preconizadas pelo programa Leite MAIS.

Figura 5. Receita Bruta do Leite por mês (R$/Mês) e média no período, para os grupos de produtores com Baixa Adoção e Alta/Média Adoção das orientações técnicas, no Oeste Paranaense. Fevereiro 2017 a maio de 2018.

A Receita Bruta do grupo de produtores com Alta/Média adoção das orientações

técnicas saiu do R$10.579,37/mês R$12.252,26/mês, obtendo a média de R$12.977,25/mês

durante o período avaliado. Comparando o valor inicial com a média, houve um incremento

de 22,7%. No mesmo período, no grupo de produtores com Baixa Adoção a receita bruta saiu

de R$9.255,24/mês para R$9.350,27/mês, sendo a média de R$9.594,00/mês no período, com

aumento de 3,2%.

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

A maior adoção das orientações técnicas possibilitou uma receita bruta média 35,9%

maior quando comparado ao grupo de Baixa Adoção. Em todos os meses estudados, a receita

com a venda do leite foi maior para o grupo de Alta/Média adoção e com menores oscilações

durante o período avaliado, quando comparado com o grupo de Baixa Adoção.

Na Figura 6 são apresentados os valores do custo da alimentação das vacas adultas.

O custo da alimentação do grupo de produtores com Alta/Média adoção das orientações

técnicas saiu do R$4.312,64/mês para R$6.574,52/mês, em média de R$6.246,98/mês,

durante o período avaliado. Quando comparamos o valor inicial com a média no período, o

aumento no gasto foi de 44,8%. Em relação ao grupo de produtores com Baixa Adoção, o

custo com alimentação saiu de R$3.932,45/mês para R$5.584,76/mês, com média de

R$5.070,00/mês, aumento de 28,9% do valor inicial comparado com a média de gasto. Este

maior custo da alimentação do grupo de produtores de Alta/Média Adoção possibilitou uma

maior produção de leite, associado a uma melhor condição corporal dos animais (ECC),

menor intervalo entre parto (IEP), além de uma melhor sanidade do rebanho. Em análise

econômica, o que é mais importante é o lucro, podemos gastar mais, desde que o incremento

da produção seja maior e, consequentemente, a receita seja compensatória.

Figura 6. Custo da alimentação das vacas adultas (R$/mês) e média no período, para os grupos de produtores com Baixa Adoção e Alta/Média Adoção das orientações técnicas, no Oeste Paranaense. Fevereiro 2017 a maio de 2018.

Em sistemas leiteiros a alimentação é o item do custo de produção com maior peso,

representando de 40% a 60% do custo total da atividade. Segundo Nascif et al. (2017) o custo

da alimentação do rebanho não pode passar de 55% em relação a receita bruta.

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

Na Figura 7 são apresentadas as percentagens do custo da alimentação das vacas

totais em relação a receita bruta com a venda do leite.

Figura 7. Percentagem do custo da alimentação das vacas totais (VT) em relação a receita bruta (RB) mensal e média no período, para os grupos de produtores com Baixa Adoção e Alta/Média Adoção das orientações técnicas, no Oeste Paranaense. Fevereiro 2017 a maio de 2018.

A percentagem do custo da alimentação do grupo de produtores com Alta/Média

adoção das orientações técnicas saiu do 41% para 54%, obtendo a média de 48% durante o

período avaliado, com um incremento de 17,1%, ou 7 pontos percentuais. No mesmo período,

no grupo de produtores com Baixa Adoção a percentagem do custo da alimentação saiu de

42% para 60%, com média de 53%, aumento de 26,2% com relação à média do período, ou

seja, 11 pontos percentuais. A maior adoção das orientações técnicas possibilitou uma

redução na percentagem do custo de alimentação em relação a receita bruta de 9,43% para o

grupo de Alta/Média Adoção, quando comparado ao grupo de Baixa Adoção e também com

menores oscilações durante este período avaliado.

Como o custo da alimentação representa um percentual alto em relação a receita

bruta, este indicador (Custo da Alimentação/RB) deve ser bem trabalhado. Por isso, a

produção de volumosos durante o ano, tanto em quantidade como em qualidade, deve ser

tecnicamente e economicamente trabalho com eficiência, associado a nutrição de precisão.

Outro fator de grande impacto no custo de produção da alimentação do rebanho é a utilização

de ração comercial. Quando comparado com a utilização da matéria prima como ingredientes

das rações, tais como farelo de soja e silagem de grãos úmidos de milho ou silagem de milho

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

reidratado, as rações formuladas na propriedade ficam de 20 a 30% mais baratos, além de

terem uma qualidade nutricional bem superior.

Na Figura 8 são apresentados os valores calculados pela subtração dos gastos com

alimentação da receita obtida com a venda do leite das propriedades estudadas, que

chamaremos neste trabalho, arbitrariamente como “Margem Bruta Incompleta”.

A Margem Bruta incompleta do grupo de produtores com Alta/Média adoção das

orientações técnicas saiu do R$ 6.266,73/mês para R$ 5.677,74/mês, sendo a média de R$

6.730,27/mês durante o período avaliado, com um incremento de 7,4%, tomando-se em

consideração o valor inicial e a média no período. No grupo de produtores com Baixa Adoção

a margem saiu de R$5.322,79/mês para R$3.765,51/mês, com média de R$4.522,89, com

uma redução na margem em relação à média de 15%. A maior adoção das orientações

técnicas possibilitou um incremento da margem, mesmo com um custo de alimentação mais

elevada (Figura 6), um incremento na média de 48,8% a mais que o grupo de Baixa Adoção.

Em todos os meses estudados, a margem bruta incompleta foi maior para o grupo de

Alta/Média adoção e com menores oscilações durante o período avaliado, quando comparado

com o grupo de Baixa Adoção.

Figura 8. Margem bruta incompleta (Receita bruta menos o custo de alimentação em R$/Mês) e média no período, para os grupos de produtores de Baixa Adoção e Alta/Média Adoção das orientações técnicas, no Oeste Paranaense. Fevereiro 2017 a maio de 2018.

Estes resultados econômicos mostram que, mesmo existindo melhoras promovidas

pelos ajustes nos sistemas de produção convencionais, a implantação completa e adoção da

metodologia do Programa Leite MAIS, e a nutrição de precisão por consequência, pode

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Desafios e avanços da cadeia produtiva do leite

promover o aumento da renda nas propriedades. Uma boa nutrição além de aumentar a renda,

tem resultados positivos nos indicadores zootécnicos, tais como: melhoria os indicadores

reprodutivos e melhoria na higidez do rebanho (redução de uso de medicamentos).

Estes dados mostram o quanto é importante para os sistemas leiteiros, e

principalmente de agricultores familiares, uma ATER multidisciplinar, periódica,

especializada e contínua.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O sistema de produção leiteiro é um dos mais complexos da pecuária. As multitarefas

exigidas para fazem o produtor escolher quais atividades são prioritárias em sua visão,

deixando as demais em segundo plano. Sem o conhecimento técnico, o produtor pode incorrer

no erro de relegar tarefas e atividades que são mais simples, porém que são de suma

importância para a evolução do sistema. Por este motivo, o trabalho da Assistência Técnica

auxilia o produtor a executar todas as tarefas do sistema, de forma organizada e eficiente.

O Programa Leite MAIS tem por objetivo principal aumentar a rentabilidade da

atividade leiteira pelo ajuste sistêmico da produção, e por este motivo é um Programa que

atua com a multidisciplinariedade que o sistema leiteiro exige. Baixar custo através da

produção e utilização eficiente das forrageiras, manter o bom desenvolvimento ponderal de

bezerras e novilhas, produzir rações que atendam às exigências nutricionais dos animais em

produção e em crescimento, orientar o bom manejo do rebanho e da ordenha, entre as outras

inúmeras tarefas corriqueiras da atividade devem ser encaradas, e são, como as mais

importantes para a melhoria da eficiência da produção no sistema, transformando sua

propriedade em uma empresa produtora de leite e animais.

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