1ªaula do cap09 centro de massa

34
Introdução Determinação do Centro de Massa, Centro de massa e simetrias, 2 a Lei de Newton/sistema de partículas. Velocidade/Aceleração do centro de massa Referência: Halliday , David; Resnick, Robert & Walker, Jearl. Fundamentos de Física, Vol 1. Cap. 09 da 7 a . ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. Tipler , Paul. Física, Vol 1 cap. 08. 4 a . ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. 1ºAula – Cap. 09 Sistemas de partículas

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Page 1: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

• Introdução• Determinação do Centro de Massa,• Centro de massa e simetrias,• 2a Lei de Newton/sistema de partículas.• Velocidade/Aceleração do centro de massa

Referência:• Halliday, David; Resnick, Robert & Walker, Jearl. Fundamentos de Física, Vol 1.

Cap. 09 da 7a. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. • Tipler, Paul. Física, Vol 1 cap. 08. 4a. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

1ºAula – Cap. 09Sistemas de partículas

Page 2: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Movimento do Centro de Massa

O movimento dos sistemas acima é muito complicado, mas o centro de massa descreve uma parábola como uma partícula.

Page 3: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

O movimento dos sistemas acima é muito complicado, mas o centro de massa descreve uma parábola como uma partícula.

Movimento do Centro de Massa

Page 4: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

O movimento dos sistemas acima é muito complicado, mas o centro de massa descreve uma parábola como uma partícula.

Movimento do Centro de Massa

Page 5: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

O movimento dos sistemas acima é muito complicado, mas o centro de massa descreve uma parábola como uma partícula.

Movimento do Centro de Massa

Page 6: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

☺Há um ponto, denominado centro de massa do sistema, que se move

como se toda a massa do sistema estivesse concentrada nele, e as forças externas atuantes sobre o sistema estivessem agindo exclusivamente

sobre ele.☺O movimento de qualquer corpo, ou qualquer sistema de partículas, pode

ser descrito em termos do movimento do centro de massa.m1

m2

x

y M = m1 + m2

A coordenada do centro de massa é Xcm dada por:

m1 x1 + m2 x2Xcm = _______________________

m1 + m2

Centro de Massa

Page 7: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Cálculo do centro de massa

21

2211

mmxmxmxCM +

+= Média ponderada das posições, tendo as massas como pesos

Exemplos:

(a)2

2121

xxxmm CM+

=⇒= xxCM

121 xxmm CM(b) ≈⇒>> x

xCM

(c) Em geral, o centro de massa é um ponto intermediário entre x1 e x2:

2CM1 xxx <<

Lm

LmmxCM 32

320

=×+×

=xxCMm

x=02mx=L

2/3 1/3

Page 8: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

m 0 m 4 kg 4m 3 m 0 kg 2

m 0 m 0 kg 1

333

222

111

=========

yxmyxm

yxm

m 9.0m 421

402310

m 3.2m 421

442010

=++

×+×+×=

=++

×+×+×=

CM

CM

y

x

Exemplo de cálculo de centro de massa de um sistema de partículas

Page 9: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Centro de Massa: É a posição média de toda a massa do corpo ou sistema. Num corpo homogêneo e simétrico o centro de massa está no centro geométrico.

Page 10: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

m

m

m

2m

m

CM

1/3

2/3

⇒⇒Baricentro do triângulo:

Interseção das medianas

Exemplo: partículas de massas iguais formando um triângulo

Page 11: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Centro de massa e simetrias:

Note que o centro de massa pode cair numa região onde não há massa!

• Se um corpo possui um ponto, uma linha ou um plano de simetria, o CM situa-se nesse ponto, linha ou plano.

CM

Centro de simetria

Note que para que um ponto, linha ou plano seja de simetria, é preciso que, para cada elemento de massa, exista um outro igual na posição simétrica em relação ao ponto, linha ou plano.

Planos de simetria

Linhas de simetria

CM

Page 12: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

CENTRO DE GRAVIDADE de um corpo é o ponto de aplicação do seu peso. Corpos que admitam eixos de simetria, o centro de gravidade localiza-se na interseção destes eixos.

Num campo gravitacional uniforme o CM coincide com o CG.

CENTRO DE GRAVIDADE

Page 13: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Para placas planas e homogêneas o centro de gravidade pode ser determinado através da equação:

A1 x1 + A2 x2 A1 y1 + A2 y2Xcg = _______________________ Ycg = _____________________

A1 + A2 A1 + A2

x

y

x1 x2x

y

A1

A2

Page 14: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Placas planas e homogêneas:

Determine as coordenadas ( xcg, ycg) do centro de gravidade da placa plana e homogênea da figura indicada.

Page 15: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Placas planas e homogêneas:

)ba()ba2(

3hycm +

+=

A ordenada “y” do centro de massa de uma placa triangular, homogênea e de espessura constante é igual a um terço da altura (figura). Mostre que a ordenada do centro de massa de uma placa trapezoidal, homogênea e de espessura constante, em função da altura h do trapézio e de suas bases a e b pode ser dada por:

Page 16: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

x

y

A1 A2

x2

Placa Plana com orifício:

21

2211cg AA

xAxAx

−=

21

2211cg AA

yAyAy

−−

=

Page 17: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Placa Plana com orifício:

21

2211cg AA

xAxAx

−=

21

2211cg AA

yAyAy

−−

=

A figura mostra uma placa metálica uniforme P de raio 2R da qual foi retirado um disco de raio R. pelo processo de estampagem, em uma linha de produção industrial. Localize o centro de massa "CM" usando o sistema de coordenadas xymostrado.

Resp. a) xcm = R/3, ycm = 0.

Page 18: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

rcm = L/2

∫= dm.xM1xcm

Comprimento L e massa M

dx

λ = M/L

Se um corpo consiste de uma distribuição contínua de massa, podemos dividi-lo em porções infinitesimais de massa dm e a soma transforma-se numa integral:

• xcm

Centro de massa de corpos contínuos uniformes

Page 19: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Centro de massa de corpos contínuos uniformes

∫∑ →==

xdmM

xmM

xN

iiiCM

111

Se um corpo consiste de uma distribuição contínua de massa, podemos dividi-lo em porções infinitesimais de massa dm e a soma transforma-se numa integral:

∫→ ydmM

yCM1

∫→ zdmM

zCM1

Se além disso o corpo tiver densidade uniforme:

⇒== dVVMdVdm ρ

⎪⎪⎪

⎪⎪⎪

=

=

=

zdVV

z

ydVV

y

xdVV

x

CM

CM

CM

1

1

1

Integrais triplas!Não precisaremos por enquanto.

Page 20: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Silbury Hill – Inglaterra(4600 anos atrás)

∫= zdVV

zCM1

Centro de massa de corpos contínuos uniformes

Page 21: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Silbury Hill – Inglaterra(4600 anos atrás)

Exemplo: Centro de massa de corpos contínuos uniformes

Page 22: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

• 2a Lei de Newton para um sistema de partículas.

• Velocidade do centro de massa,

• Aceleração do centro de massa.

• Centro de massa e velocidade constante.

Referência:• Halliday, David; Resnick, Robert & Walker, Jearl. Fundamentos de Física, Vol 1.

Cap. 09 da 7a. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. • Tipler, Paul. Física, Vol 1 cap. 08. 4a. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

Movimento do Centro de Massa

Page 23: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

2a Lei de Newton para um sistema de partículas:

Considere um sistema de partículas cujas massas são m1, m2, ., mn, e sejam v1, v2, ..., vn, respectivamente,suas velocidades num certo instante. Neste instante, o centro de massa possui velocidade vCM dada por uma média ponderada das velocidades das partículas do sistema:

21

2211CM mm

vmvmv

+

+=

quantidade de movimento total do sistema

movimentodequantidadev)mm( CM21 =+

A quantidade de movimento de um sistema de partículas é igual à quantidade de movimento do centro de massa, considerando que toda a massa do sistema está concentrada nele.

Page 24: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

• Considere duas partículas de massas m1 e m2 em uma dimensão:

⎪⎪⎩

⎪⎪⎨

+=

+=

)(2122

22

2

)(1212

12

1

ext

ext

FFdt

xdm

FFdt

xdm

Note como distinguimos forças internas (F1←2 e F2←1) de forças externas (F1(ext) e F2

(ext)).

)(2

)(112212

22

221

2

1extext FFFF

dtxdm

dtxdm +++=+⇒ ←←

Da 3a lei de Newton, F1←2= - F2←1

)()(2

)(12

22

221

2

1extextext FFF

dtxdm

dtxdm =+=+⇒

F1(ext) F2

(ext)

F1←2 F2←1

Somando-se as equações termo a termo:

F(ext) é a força externa resultante. As forças internas se cancelam.

1R21

2

11 Fdt

xdmam =⇒

2a Lei de Newton para um sistema de partículas:

Page 25: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

• Considere duas partículas de massas m1 e m2 em uma dimensão:

⎪⎪⎩

⎪⎪⎨

+=

+=

)(2122

22

2

)(1212

12

1

ext

ext

FFdt

xdm

FFdt

xdm

Note como distinguimos forças internas (F1←2 e F2←1) de forças externas (F1(ext) e F2

(ext)).

)(2

)(112212

22

221

2

1extext FFFF

dtxdm

dtxdm +++=+⇒ ←←

Da 3a lei de Newton, F1←2= - F2←1

)()(2

)(12

22

221

2

1extextext FFF

dtxdm

dtxdm =+=+⇒

F1(ext) F2

(ext)

F1←2 F2←1

Somando-se as equações termo a termo:

F(ext) é a força externa resultante. As forças internas se cancelam.

1R21

2

11 Fdt

xdmam =⇒

2a Lei de Newton para um sistema de partículas:

Page 26: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

( ) )(2

22112

extFdt

xmxmd=

+⇒=+ )(2

22

221

2

1extF

dtxdm

dtxdm

Usando aDefinição:

21

2211

mmxmxmxCM +

+= tal que

2

2

2

2

21)( )(

dtxdM

dtxdmmF CMCMext =+=

onde M=m1+m2 é a massa total do sistema.

O sistema age como se toda massa estivesse concentrada no ponto xCM (centro de massa)

2

2)(

dtxdMF CMext = Em particular, se F(ext)=0, a velocidade do CM é

constante.ctev

dtdx

CMCM ==

2a Lei de Newton para um sistema de 2 partículas

F1(ext) F2

(ext)

F1←2 F2←1

F(ext)M⇒

xCM

2211CM21 xmxmx)mm( +=+

2a Lei de Newton para um sistema de partículas:

Page 27: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Exemplo em que o centro de massa tem velocidade constante

Dois patinadores no gelo (sem atrito com o chão) encontram-se inicialmente a uma distância de 12 m. Eles puxam as extremidades de uma corda até se encontrarem. Em que ponto eles se encontram? O resultado depende das forças exercidas por eles?

Só há forças internas ao sistema ⇒ O centro de massa tem velocidade constante.

m=80 kg m=60 kg

⇒=+

×+×= m 1,5m

60806012800

CMxOs patinadores se encontrarão a 5,1 m da posição inicial do patinador da esquerda, não importam as forças exercidas por eles.

Page 28: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Movimento do centro de massa.

Page 29: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Movimento do centro de massa.

Page 30: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Movimento do centro de massa.

Page 31: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Movimento do centro de massa.

Um projétil é disparado sobre um campo horizontal, comuma velocidade inicial de 24,5 m/s sob um ângulo de 36,9º. No ponto mais elevado da trajetória o projétilexplode e se divide em dois fragmentos de massas iguais. Um deles cai na vertical até o solo. Em que ponto outro fragmento atinge o solo?

Resp. R = 58,8 m e x = 1,5R = 88,2 m.

Page 32: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

2

2)(

dtdM CMext rF =

⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪

=++++++

=

=++++++

=

=++++++

=

=

=

=

N

iii

N

NNCM

N

iii

N

NNCM

N

iii

N

NNCM

zmMmmm

zmzmzmz

ymMmmm

ymymymy

xmMmmm

xmxmxmx

121

2211

121

2211

121

2211

1

1

1

L

L

L

L

L

L

∑=

=⇒N

iiiCM rm

Mr

1

1

2

2

2

2

22

2

221

2

1

)(

dtdM

dtdm

dtdm

dtdm CMN

N

ext rrrrF =+++= L

O sistema responde à resultante das forças externas como se a massa total M estivesse toda concentrada no centro de massa.

2a Lei de Newton para um sistema de partículas

Generalização para 3 dimensões:

Page 33: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

Considere a situação ao lado, em que uma patinadora empurra um corrimão (força F) e adquire velocidade e energia cinética no processo. Nessa situação:

a) Energia (muscular) é gasta pela patinadora, que se transforma em energia cinética. Há apenas transferência de energia entre partes do sistema, não entre o sistema e o ambiente externo.

b) A situação envolve um sistema de partículas e não uma partícula apenas: as diferentes partes da patinadora movem-se diferentemente.

Para analisar essa situação, utilizamos a 2a lei de Newton para um sistema de partículas, em que este é substituído por toda sua massa concentrada no Centro de Massa

dtdM CM(ext) vF =

Forças externas e mudanças de energia interna:

Page 34: 1ªAula do cap09 Centro de Massa

O trabalho realizado pela força no centro de massa ao deslocá-lo de uma distância d se traduz numa mudança da energia cinética da patinadora:

KFd Δ=φcos

mecEUKFd

Se parte do trabalho é utilizada para aumento de energia potencial (p. ex., a patinadora sobe uma rampa), o resulta se generaliza:

Δ=Δ+Δ=φcos

intcos EEFd mec

Essa energia foi perdida pela patinadora, que despendeu energia interna na mesma proporção:

Δ−=Δ=φ

Forças externas e mudanças de energia interna: