20080703 nrs geota energiaambiente · a energia renovÁvel todas as diferentes formas energia...
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SeminárioA Política Ambiental no Sector Energético Português
Coimbra, 3 de Julho 2008
Energia e Ambiente: duas faces da mesma moeda
Guilherme Machado
Conteúdo
1. Energia e Ambiente: Duas faces da mesma moeda
2. Panorama energético e ambiental actual no Mundo, na Europa e em Portugal
3. Energia e Ambiente: Desafios para o Futuro
Conteúdo
1. Energia e Ambiente: Duas faces da mesma moeda
2. Panorama energético e ambiental actual no Mundo, na Europa e em Portugal
3. Energia e Ambiente: Desafios para o Futuro
Segurança do Abastecimento
SustentabilidadeAmbiental
Competitividade
Política Energética e Ambiental
Fornecimento energético às famílias e empresas a um custo
justo e razoável
Firmeza nas nossas metas ambientais de forma a não comprometer as gerações
vindouras
Manutenção da capacidade de suprir, em cada momento, as necessidades energéticas do
país
Hoje, nenhuma política económica destinada a promover a competitividade pode descurar as vertentes energética e ambiental e a sua relação muitas vezes conflitual
Conteúdo
1. Energia e Ambiente: Duas faces da mesma moeda
2. Panorama energético e ambiental actual no Mundo, na Europa e em Portugal
3. Energia e Ambiente: Desafios para o Futuro
Vivemos hoje um grave desequilíbrio entre Procura e Oferta de energia primária
� Apenas 1/6 da população mundial tem um sistema estruturado de acesso a energia, ou seja, “sem procura reprimida”
� 1/3 da população não tem acesso a energia primária
� Com a industrialização de outro 1/3 da população teme-se pela escassez de recursos para fazer face às suas necessidades e impõe-se um investimento colossal em infra-estruturas
Desapareceu a reserva de 8 a 10 milhões de barris/dia das décadas de 80/90
Prevê-se que em 20 anos os países em vias de desenvolvimento mais do que quadrupliquem as suas necessidades de energia primáriaNecessidades energéticas por região(1980-2030E; Mtoe)
Fonte: World Energy Outlook 2006 - Agência Internacional de Energia
Peso crítico de países como o Brasil, Rússia, Índia, e China
A forte pressão sobre a procura impõe-nos uma nova realidade – o fim da energia barata, e desta vez de forma estrutural e não, como no passado, conjunturalEvolução dos preços do petróleo(1990-2007; USD/boe)
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9920
0120
0320
0520
07
Real
Nominal
1º Choque Petrolífero
2º Choque Petrolífero
Fim da Energia Barata?
Fonte: BP Statistical Review of World Energy (2006); Reuters
A União Europeia continua a depender, hoje, em mais de 40% do petróleo, e em 25% do gás natural, para fazer face às suas necessidades energéticas…
Fonte: Comissão Europeia - Livro Verde para a Energia (2006)
Consumo de energia Primária na União Europeia(1990-2004)
Outros; 14%
Europa; 24%
Médio Oriente; 3%
África; 23%
Ex-União Soviética; 36%
… sendo que depende do exterior em mais de 70% deste consumo energético a partir de petróleo e gás naturalOrigem do Petróleo e Gás Natural consumidos na União Europeia(2005)
Ex-União Soviética; 32%
África; 20%
Médio Oriente; 25%Europa; 20%
Outros; 3%
Fonte: Comissão Europeia – Portal da União Europeia (2007)
Petróleo Gás Natural
Nestas condições, a Factura Energética da Europa, em especial em países como Portugal, com uma dependência externa acima da média, tende a agravar-se
Fontes de Energia Primária (2007; tep)
Renovável15%
Importada85%
Petróleo60%
Carvão11%
Gás Natural14%
Situação Energética em Portugal
Evolução do Saldo Importador de Energia
(2003-07; M€)
Fonte: DGEG
6.4485.900
4.964
3.7993.108
2003 2004 2005 2006 2007
x2
Paralelamente e de forma indissociável à questão energética, estão as questões ambientais, cujas metas nos colocam exigentes desafiosProjecção da evolução das emissões mundiais de CO2 por sector(Gton CO2)
Fonte: International Energy Agendy (2006)
Total
Produção eléctrica
Transportes
Indústria
Residencial e Serviços
Outras
x2
Num cenário de Business as Usual, as emissões mundiais de CO2 poderão aumentar tanto como 100% no horizonte 2030 com graves consequências para as
economias e ecossistemas à escala global
Apesar de todos os esforços da Europa na contenção do problema das emissões de GEE, os primeiros resultados revelam uma evolução modesta no problema
Emissões de GEE per capita na EU-25 por estado membro – 1990 vs. 2004
Fonte: International Energy Agendy (2006)
Conteúdo
1. Energia e Ambiente: Duas faces da mesma moeda
2. Panorama energético e ambiental actual no Mundo, na Europa e em Portugal
3. Energia e Ambiente: Desafios para o Futuro
Produção Renovável
2020
20% consumo total
UE
Compromissos UE
Março 2007
Eficiência Energética
Redução 20%consumo total
UE
A
B
Em matéria de energia e ambiente colocam-se dois grandes objectivos, já ratificados ao nível da União Europeia
Em termos concretos, devemos concentrar-nos em dois objectivos – reduzir a dependência energética externa e aumentar a eficiência energética da economia
B
A
A redução da intensidade energética da economia, reduzindo perdas energéticas no consumo de forma transversal em todos os sectores de actividade, representa não só uma forma de defesa do nosso “occidental way of life” num contexto de fim da energia barata, mas abre também a oportunidade de repensar virtualmente todos os equipamentos consumidores de energia criando oportunidades de inovação na mudança de paradigma que a indústria nacional e europeia deve agarrar rumo a uma liderança global
A procura de um mix energético adequado, em particular apostando nos recursos endógenos nacionais e europeus – as energias renováveis, constitui uma alavanca fundamental para mitigar o impacto sobre a nossa economia da volatilidade e turbulência dos mercados energéticos tradicionais, reforçando a nossa competitividade
A ENERGIA RENOVÁVEL
Todas as diferentes formas energia primária disponíveis apresentam forças, mas também fraquezas
� As energias renováveis, pelo seu carácter volátil necessitam de backups na alimentação de um sistema e, pelo seu estágio de maturação tecnológica, estão ainda sujeitas a um grande risco regulatório por via da subsidiação que exigem
� O petróleo e o gás natural estão sujeitos a uma forte pressão na procura e com preços fortemente inflacionados nos últimos anos, juntando a esta característica a elevada instabilidade geo-política associada aos principais países produtores
� O carvão apresenta severas limitações relacionadas com a vertente ambiental exigindo ao longo dos próximos anos um esforço de I&D para mitigar o seu impacto ambiental
� A energia nuclear está a viver uma fase de transição para a nova geração tecnológica sendo ainda actualmente uma tecnologia dispendiosa e problemática para países de pequena e média dimensão como Portugal
Teremos então de conjugar as diferentes fontes energéticas à nossa disposição na Europa…
GGááss
NaturalNatural
CarvãoCarvão
EnergiaEnergia
NuclearNuclear
RenovRenovááveisveis
Dependência
Garantia de
Abastecimento
Reservas
Custo
Volatilidade
Emissões
NenhumaNenhuma tecnologiatecnologia cumprecumpre todos os todos os
objectivosobjectivos, mas a , mas a suasua conjugaconjugaççãoão
optimiza a optimiza a solusoluççãoão..
A ENERGIA RENOVÁVEL
… sendo que as energias renováveis, únicas verdadeiramente endógenas, pelas suas características particulares, terão de receber um grande impulso
Dependência
Emissões Garantiade Abastecimento
Emissões Reservas
Custo
Essenciaispara o
cumprimento das metas ambientais
e de segurança de
abastecimento Volatilidade
A ENERGIA RENOVÁVEL
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2000 2010 2020 2030
… que poderá ser tanto mais importante quanto se perspectiva um aumento da sua competitividade, na dimensão custo, face às tecnologias convencionais
Fonte: Comissão Europeia – World Energy Technology Outlook 2050 (2006)
Custo de investimento(€/kWe)
Custo energia primária(€/boe)
Centrais Solar Fotovoltaico
Microgeração SolarFotovoltaico
Biomassa
Eólica On-shore
Eólica Off-shore
Carvão (CCS)
Gás Ciclo Combinado (CCS)
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1995 2005 2015 2025 2035
Petróleo
Gás Natural
Sol, água, vento
Convergência de custos de investimento
Aumento das energias fósseis vs. Gratuidade do Sol, Vento e Água
A ENERGIA RENOVÁVEL
Em termos concretos, devemos concentrar-nos em dois objectivos – reduzir a dependência energética externa e aumentar a eficiência energética da economia
A
B A redução da intensidade energética da economia, reduzindo perdas energéticas no consumo de forma transversal em todos os sectores de actividade, representa não só uma forma de defesa do nosso “occidental way of life” num contexto de fim da energia barata, mas abre também a oportunidade de repensar virtualmente todos os equipamentos consumidores de energia criando oportunidades de inovação na mudança de paradigma que a indústria nacional e europeia deve agarrar rumo a uma liderança global
A procura de um mix energético adequado, em particular apostando nos recursos endógenos nacionais e europeus – as energias renováveis, constitui uma alavanca fundamental para mitigar o impacto sobre a nossa economia da volatilidade e turbulência dos mercados energéticos tradicionais, reforçando a nossa competitividade
B EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Ao longo dos últimos 30 anos, a Europa conseguiu alcançar uma marca impressionante no que aos ganhos de eficiência energética diz respeito…
Através da melhoria
contínua de tecnologias e
comportamentos a Europa
alcançou uma marca dramática de ganhos de eficiência energética
Evolução das fontes de energia primária no consumo Europeu- Papel dos “negajoules” (Ganhos de eficiência energética)
Fonte: Comissão Europeia – Livro Verde da Energia (2006)
B EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
… No entanto, até 2020 ainda estaremos a desperdiçar cerca de 20%+ do nosso consumo energético, mesmo considerando melhorias tecnológicas BAU
Fonte: European Commission - Action Plan for Energy Efficiency (2006)
� O Sector da Transformação Energética, responsável por 1/3 do nosso consumo energético primário, tem uma eficiência média de 40%, mas novas tecnologias podem trazer-nos até aos 60% no futuro
� O Consumo Doméstico oferece um potencial de mais de 25% de ganhos eficiência somente no que diz respeito às novas regras de eficiência na construção de edifícios residencias (p.e. isolamento térmico) e através da utilização de electrodomésticos melhorados
� O Consumo no Sector Terciário oferece um potencial acima dos 30% através da implementação de sistemas de gestão da energia em Edifícios Comerciais
� O Consumo Industrial, responsável por cerca de 20% do consumo energético total, tem um potencial de melhoria estimado nos 25% onde os equipamentos periféricos e a iluminação oferecem os principais ganhos de eficiência
� O Sector dos Transportes oferece também importantes ganhos de eficiência, estimados nos 25%, onde a mudança para diferentes modos de tráfego desempenham um importante papel
Combined overall saving
potential of 20%+ over a Business as
Usual Scenario
trough 2020
Virtualmente, todos os equipamentos consumidores de energia estão em cima da mesa – uma oportunidade formidável para a inovação europeia
Exemplo – Equipamentos domésticos
Ao longo dos próximos meses os equipamentos domésticos estarão sob escrutínio com o objectivo de se estabelecerem novos standards de eficiência energética
Fonte: European Commission - Action Plan for Energy Efficiency (2006)
B EFICIÊNCIA ENERGÉTICA