a classe operaria - nº 49, março de 2013

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Ano 87, sétima fase, nº 49, março de 2013 A DÉCADA EM QUE O BRASIL COMEÇOU A MUDAR 2003 - 2013 Aldo Rebelo: Copa é um sonho de todo país Leia também

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Jornal do Partido Comunista do Brasil, sétima fase, nº 49, março de 2013 http://www.pcdob.org.br/

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Page 1: A CLASSE OPERARIA - nº 49, março de 2013

Ano 87, sétima fase, nº 49, março de 2013

A DÉCADA EM QUE O BRASIL COMEÇOU A MUDAR

2003 - 2013

Aldo Rebelo:Copa é um sonho

de todo país

Leia também

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EDITORIAL

O Brasil cresceu lenta-mente em 2012 – fe-

chou o ano com um aumento do PIB (soma de tudo aquilo que o país fez durante o ano) de 0,9%, indicando uma lentidão contrária às neces-sidades do país e do povo, que precisa do crescimento acelerado para ter empre-gos, valorização do trabalho e distribuição de renda.

O pequeno crescimento econômico tem consequên-cias políticas e a oposição neoliberal se aproveita dele para criticar a política eco-nômica do governo. Tudo isso precisa ser visto com cuidado. A oposição esconde o mau desempenho da eco-nomia sob Fernando Henri-que Cardoso quando, na crise mundial de 1998 e 1999 (su-ave diante da atual, que á a pior desde 1929) o Brasil pa-rou, crescendo apenas 0,04% em 1998 e 0,25% em 1999.

Mesmo com o mundo desmoronando, em 2012 o PIB esbarrou em 1%. É medí-ocre mas não pode ser rejei-tado. Corresponde à criação de algo em torno de 20 bi-lhões de dólares em riqueza nova, que se soma aos 2,08 trilhões de dólares de 2011. Esse valor novo acrescentado à riqueza nacional é o equi-valente a quase meia Bolívia (PIB de 51 bilhões de dólares em 2009), e isso não é pouco.

Além disso, os dados tri-

mestrais de 2012 indicam um PIB em crescimento – avan-çou 0,1% de janeiro a março do ano passado, 0,2% de abril a junho, 0,4% de julho a se-tembro e 0,6% de outubro a dezembro. Mostra uma ten-dência nítida de ascensão, e o resultado ruim do ano reflete o mau resultado do primeiro semestre que, por sua vez, foi consequência do forte corte orçamentário promovido pelo governo logo depois da posse de Dilma, no início de 2011.

Há uma lição embutida nestes números – quando o governo se rende às pressões e aceita aplicar mesmo que parcialmente o receituário conservador (redução nos investimentos e nos gastos públicos, aumento dos juros e câmbio flutuante), a eco-nomia trava. Para deslan-char, precisa justamente do contrário: mais investimen-to público, menos juros e vi-gilância sobre o câmbio para manter o real num valor que ajude produção nacional e reduza a concorrência de produtos importados.

Os brasileiros apostam no desenvolvimento e precisam dele. E esperam que o gover-no, longe de ser apenas um xerife da economia, seja um participante ativo na promo-ção do crescimento nacional e do fortalecimento da ativi-dade produtiva no país.

As lições de um PIB pequeno

CHARGE

EM FEVEREIRO...

MALI

EXPEDIENTE

Proletários de todos os países, uni-vos! Classe Operária, jornal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). In Memoriam de João Amazonas Secretário Nacional de Comunicação: José Reinal-do Carvalho Redação: José Carlos Ruy (editor). Jornalista res-ponsável: José Reinaldo Carvalho. Diagramação: Andocides Bezerra Contato: R. Rego Freitas, 192 - São Paulo - SP - CEP: 01220-010 Tel.: (11) 3054-1800 E-mail: [email protected] www.vermelho.org.br/classe

...O papa Bento XVI anuncia sua renúncia, no dia 28. Diz que está sem forças, devido à idade, para continuar à frente da Igreja, que deixa envolta em escândalos, com acusações de pedofilia, lavagem de dinheiro, e de costas para demandas contemporâneas.

MALI na guerra, quem sofre mais é o povo

Arquivo

A guerra no Mali é uma guerra da fome da qual o imperialismo se

aproveita para salvaguardar seus interesses.

Em toda a região do Sahel (na África Ocidental, que inclui o Mali) a crise da fome já dura alguns anos. Foi agravada pela seca severa que atinge a região; já afeta a 15 milhões de pesso-as; só no Mali, são mais de 4,3 milhões que sofrem pela fome e pelos conflitos.

Em março de 2012, o Exér-cito derrubou o presidente Amadou Toumani Touré, acu-sado de fracassar no combate aos rebeldes do norte do país.

Em resposta o Movimento Na-cional para Libertação da Aza-wad (MNLA) - o norte do Mali - declarou a independência, agravando a crise com o norte tomado por grupos armados e religiosos fundamentalistas.

Este foi o contexto da inter-venção imperialista no país. A França mandou soldados para lá, em janeiro, a pretexto de ajudar o governo, mas há mais interesses envolvidos. A Fran-

ça depende do urânio do vizi-nho Niger, cujas minas em Arlit são exploradas pela francesa Areva. É o que garante as luzes acesas na França onde 75% da energia elétrica é produzida em usinas nucleares, e 30% do urâ-nio consumido nelas vem do Niger. Instabilidade e conflitos no Mali podem vazar para os países vizinhos, colocando em risco a exploração de urânio da qual os franceses dependem.

Uma guerra da fome E o imperialismo se aproveita: a França está lá.

A raiz do conflito é a fome, agravada pela seca, e que afeta

a 15 milhões na região

MARXISMO

O PCdoB inspira-se na filo-sofia do proletariado - a

herança de Marx, Engels, Lê-nin. O pensamento marxista surgiu da luta dos operários contra a exploração capitalis-ta, desvendou os mistérios do funcionamento desse siste-ma, e explicou aos trabalha-dores a necessidade de lutar contra ele por que uma socie-dade justa e capaz de atender às necessidades de todos pos-sa nascer: o socialismo.

O marxismo ensina que em sociedades divididas em classes, os que mandam vive do trabalho dos que produ-zem as coisas úteis.

No capitalismo a força de trabalho é uma mercadoria que o trabalhador vende ao patrão em troca de um salá-rio, uma relação monetária que esconde a exploração. Com seu trabalho, os operá-rios produzem os bens úteis e o lucro do patrão, na forma da mais valia, que é a essência da exploração capitalista.

Marx descobriu esse me-canismo e o explicou aos trabalhadores, fundando um pensamento científico que orienta a luta pelo futuro mais avançado.

Essa é o fundamento da luta de classes que, do chão

de fábrica e das fazendas, espraia-se pela sociedade na luta pela conquista do poder político com o objetivo de co-locar limites à ganância capi-talista.

É a ciência mais avança-da de nosso tempo, que os trabalhadores precisam es-tudar para compreender as contradições da sociedade capitalista e iluminar a luta pelo socialismo. Para ajudar neste esforço, nas próximas edições A Classe Operária vai publicar alguns tópicos para ajudar o estudo desta ciência necessária, surpreendente e de classe.

A filosofia do Partido Comunista do Brasil

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Quem se lembra de como estavam o Brasil e os brasileiros há dez

anos quando, em janeiro de 2003, Luís Inácio Lula da Sil-va tomou posse na presidên-cia da República, consegue avaliar - e valorizar - o tama-nho da mudança vivida pelo país desde então.

Lula recebeu a presi-dência do tucano Fernan-do Henrique Cardoso com a economia parada, o povo empobrecido e sem empre-go e o Brasil posto de joe-lhos perante os países ricos. As autoridades estrangeiras tratavam o governo brasilei-ro de cima para baixo, dan-do ordens que o governo de FHC prontamente cumpria, mesmo que prejudicassem o país e seu povo, privatizando empresas estatais estratégi-cas, desmontando o Estado, perseguindo os sindicatos e o movimento social.

Foram anos de perdas sa-lariais, de corte de direitos sociais, de invenção do fator previdenciário que reduz o valor das aposentadorias, de falta de investimento em saúde, educação, estradas, produção de energia elétri-ca (que levou ao apagão de 2001 porque o governo, obe-decendo a ordens do FMI, não construiu as hidrelétri-cas necessárias) e por aí vai. Entre 1995 e 2002 os salá-rios tiveram queda de 11,2%!

18,5 milhões de empregosIsso mudou. O Brasil re-

cuperou sua soberania e or-gulho nacional e hoje é um dos países que dá as cartas no FMI. Reencontrou o ca-minho do crescimento eco-nômico, que fortalece a na-ção e aumenta o bem estar do povo.

Sob os governos demo-cráticos e populares de Lula (2003-2010) e Dilma (desde 2011) o Brasil criou 18,5 mi-lhões de empregos com cartei-ra assinada. O salário mínimo teve aumento real de 70,7% e o salário real médio dos traba-lhadores cresceu 21%.

Ao contrário do que ocor-ria nos tempos de FHC, de-

pois de 2003 o econômico e o social passaram a andar jun-tos e o Brasil deu o exemplo a um mundo que se afunda na crise capitalista mostran-do a importância de crescer e ao mesmo tempo valorizar o trabalho e os salários.

Foram criadas assim as condições para o Brasil en-frentar a pior crise capitalis-ta desde 1929 e, ao contrário dos países ricos, manter o crescimento. E resgatar da miséria, nestes mais de 40 milhões de pessoas que vi-viam na pobreza, aconteci-mento inédito na história do país e que desperta a admira-ção do mundo.

Muita coisa foi feita nes-tes dez anos. O protagonis-

CAPA

Os dez anos em que o Brasil começou a mudarDesde 2003 o Brasil reencontrou o caminho do crescimento e da auto estima

“Vamos entrar na história como um dos países que eliminou de seu território a pobreza extrema, a miséria”

“Esta década possui um alto valor simbólico para as forças populares e democráticas. Sim, temos muito que comemorar!”

Sob Fernando Henrique, os salários caíram 11,2%! Com Lula

e Dilma o salário mínimo teve aumento real de 70,7%

VOCAÇãO PARA CRESCER

Arquivo

LULA passa faixa de presidente para a primeira mulher eleita mandatária no Brasil

Dilma Rousseff, presidenta do Brasil Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB

PCdoB

Eron, deputado federalReforço na

Câmara dos Deputados: Eron Bezerra é o novo deputado federal comunista, que assumiu o mandato em 11 de fevereiro.

Tocantins: nova direção Em fevereiro o PCdoB de Tocan-tins renovou sua direção. Para a presidência foi eleita Fátima Dourado, primeira mulher no cargo no Estado.

O Partido Comunista do Brasil prepara-se para a

realização, neste ano, de seu 13ºCongresso, previsto para ocorrer em São Paulo, em novembro. Este foi o tema da reunião da Comissão Políti-ca do Partido Comunista do Brasil ocorrida no dia 22 de fevereiro, em São Paulo.

Segundo Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, o temário do Congresso será de-finido em março, pelo Comitê Central. O dirigente comunista vê 2013 como “um ano-chave que concentra fatores externos e internos definidores de ten-dências e perspectivas tendo em vista as eleições gerais de 2014”. Ele prevê que o Congres-so do PCdoB terá dois temas principais: o balanço da ati-vidade partidária nos últimos quatro anos e uma atualização

da perspectiva do Partido para o Brasil; o outro tema será um balanço político e da crise eco-nômica, de 2009 até a situação atual. “Devemos debater sobre essa crise que se alonga e que principais se acentua”. Será também fundamental analisar os 10 anos de governos progres-sistas, populares e democráti-cos, iniciado em 2003, com a vitória de Lula e com a eleição da presidenta Dilma Rousseff, disse. Em sua opinião, a maior conquista política desta déca-da é a ascensão das forças de-mocráticas, progressistas e de esquerda ao centro do poder nacional, com crescente apoio popular, e a continuidade da ação com a eleição da primeira mulher à presidência da Re-pública, comprometida com o avanço das mudanças iniciadas em 2003.

13º Congresso ocorrera este ano

PCdoB pelo Brasil

Partido vai debater o quadro nacional e a crise mundial

mo o popular foi fundamen-tal para alcançar as vitórias já obtidas e lutar por mais avanços. A integração con-tinental se fortaleceu e uma realidade contra o papel no-civo e avassalador dos EUA sobre os países da América do Sul e do Caribe.

Movimento social não é caso de políciaOs sindicatos e as centrais

sindicais foram fortalecidos e os movimentos sociais dei-xaram de ser caso de polícia - agora são interlocutores importantes do governo, o que é um avanço democráti-

co enorme: nesta década de mudanças o povo passou a ter voz, e forte!

O Brasil vive hoje a me-lhor fase de sua história. A mudança começou em 2003 e passos muito importantes foram dados. A luta contra a miséria é só um começo, disse recentemente a pre-sidenta Dilma Rousseff. É um grande começo, que re-conhece a responsabilidade do Estado, e do governo, nessa luta por mais mudan-ças para tornar o Brasil mais justo e avançado. E o rumo com o qual o país se reen-controu desde 2003!

Devolução de mandatoA Assembléia Legislagtiva do Ma-ranhão devolveu, em fevereiro, simbolicamente, os mandatos dos parlamentares Sálvio Dino, Benedito Buzar e Kleber Leite, cassados em 1964.

2,5 milhões no carnavalEste ano o carnaval de Olinda (PE) bombou: a cidade recebeu 2,5 milhões de foliões, o dobro de 2012, com muita festa e sem danos ao patrimônio histórico.

Ameaça de morteO prefeito Laerte Caires, de Cor-rentina (BA), e o ex-prefeito Nilson Rodrigues, ambos do PCdoB foram ameaçados de morte por grupos de oposição inconforma-dos com a posse de Caires, que aconteceu por decisão da Justiça.

Royalties para a educaçãoO prefeito de Contagem (MG), Carlin Moura, anunciou projeto de lei destinando à educação os royalties do petróleo que o município vier a receber.

RENATO Rabelo

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ENTREVISTA

Acesse também o portal da esquerda bem informada www.vermelho.org.br

Saiba mais sobre o PCdoB e filie-se: www.pcdob.org.br

Os desafios atuais do Ministério O Ministério tem por fi-

nalidade levar a prática do esporte, como educação, la-zer, entretenimento e alto rendimento, a toda a popula-ção brasileira, principalmente às crianças e aos jovens. Mas nós nos deparamos com dois grandes desafios, que são os eventos da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. São não apenas os dois maiores even-tos esportivos do planeta, mas também dois acontecimen-tos de repercussão mundial. A Copa trata do esporte mais universal, que é o futebol, e as Olimpíadas reúnem as moda-lidades de alto rendimento em todo o planeta. O Brasil tem hoje uma economia muito for-te. Nós buscamos construir a infraestrutura esportiva para a Copa, em 12 Estados, me-lhorar a mobilidade urbana, melhorar a infraestrutura ae-roportuária, cuidar da segu-rança pública, da segurança das delegações, dos turistas.

O que há é muito traba-lho, e nós estamos traba-lhando com muita dedicação, muita disciplina, para que o Brasil faça os dois eventos de acordo com as expectativas do mundo e do Brasil.

A relação com a FIFAA FIFA é uma entidade

que tem todo o sucesso em organizar e disciplinar um esporte tão universal como o futebol. A FIFA tem mais nações associadas do que a própria ONU. Ela consegue resolver problemas geopolí-ticos que a ONU não conse-gue. Como é o caso da rela-ção entre Israel e a Palestina. A ONU não conseguiu resol-ver, mas a FIFA administrou de forma satisfatória.

E o governo tem uma preocupação diferente, uma preocupação com o interesse público e o interesse nacio-nal. Mas tanto a FIFA quanto o governo têm o interesse em fazer da Copa do Mundo um sucesso.

Quando os interesses não coincidem, nós conversamos. O governo sempre vai procu-rar fazer prevalecer o interes-se da população brasileira e o interesse do nosso país.

Os novos estádiosA construção de novos es-

tádios não é apenas por uma exigência da FIFA. Eu creio que o conceito de estádio multiuso, onde não há ape-nas partidas de futebol, mas espaços culturais, espaços

para eventos, congressos, feiras, alguns com hotéis, ba-res, restaurantes, shopping centers, é um conceito mais atual, mais contemporâneo. E esses estádios no Brasil – e creio que na Rússia – vão ser construídos com esse concei-to mais atual, que é bom para os usuários.

O legado da CopaHá dois tipos de legado.

Um é o material, que o país

acrescenta à sua infraestru-tura esportiva em equipa-mentos, em capacidade de oferecer esporte tanto educa-cional quanto de alto rendi-mento para a sua população. O outro legado é intangível, é imaterial, é a valorização da prática da atividade física e do esporte como prática de saúde.

Consultorias internacio-nais calculam que Copa e Olimpíadas juntas, no Bra-

A Copa é um sonho de todo paísEm fevereiro o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, falou dos desafios da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 em entrevista à rádio Voz da Rússia, da qual a Classe Operária reproduz, aqui, os principais trechos

O legado material da Copa do Mundo serão ganhos para a infraestrutura,

como estádios para uso em esportes e outras atividades culturais

ALDO REBELO

Arquivo

ALDO Rebelo inspeciona a construção de estádio em Cuiabá, MT

CORINTHIANS

A morte do jovem torcedor boliviano Kevin Beltrand

Espada no Estádio Jesús Ber-múdez, em Oruro (Bolívia), em 20 de fevereiro, durante o jogo entre San José, da Bolí-via, e Corinthians, pela Liber-tadores, não foi um acidente: foi um crime. Ele foi vítima de um rojão lançado a partir da torcida corintiana.

A punição contra o Corin-thians foi severa: os jogos se-guintes na Libertadores, em que tivesse mando de jogo, seriam de “portões fechados”, sem torcida. Isso abriu um debate intenso. Quem é o res-ponsável pela segurança nos

estádios? Só o Corinthians? E o San Jose, cuja torcida também levou rojões? E a policia boli-viana, que não conseguiu fazer cumprir a regra que proíbe a entrada de artefatos explosivos em estádios de futebol?

Este debate precisa envol-ver outro aspecto, que é funda-mental: a guerra que passou a envolver o esporte. A ferocida-de das disputas retrata o culto da violência e a disparidade so-cial no capitalismo.

O corintiano mais famo-so, o ex-presidente Lula, foi ao ponto: os estádios devem ser “uma casa de espetáculo e não uma casa de violência”.

Quem tem culpa na morte de Kevin?

O que ler

História comunista

A Classe Operária está mu-dando, para atender melhor a decisão de fazer de nosso jornal um instrumento de estruturação partidária e difusão das ideias e pro-postas do Partido. Volta a usar seu título histórico - A Classe Operária. O novo formato, adotado em 2008, completa cinco anos. Neste período, deu um salto na circulação mensal: passou

de 5 mil exemplares em 2006 para a média atual de 250 mil, desde 2010.As mudanças busca enfren-tar o desafio de atender às demandas estaduais e municipais do Partido, e contribuir para a forma-ção política e cultural dos trabalhadores, e fomentar o debate e a reflexão sobre os problemas de nosso povo.

O capital, de Karl MarxEm março a Editora Boi-tempo lança uma nova tradução desta obra fun-damental, que já teve duas traduções no Brasil (1967 e 1984). Sua atualidade é reconhecida cada vez mais neste período de grave crise do capitalismo.

A vida dos trabalhadoresO romance Domingos sem Deus, de Luiz Ruffato, venceu o Prêmio Casa de las Américas, em Havana. Conta histórias de gente pobre, de brasileiros que deixam suas cidades, em busca de vida melhor. E que enfrentam a dura vida de trabalhar, traba-lhar, trabalhar.

Mudanças n´A Classe Operária

sil, vão criar mais de 3,6 milhões de empregos, vão acrescentar 0,4% – só a Copa do Mundo – ao PIB brasilei-ro até 2019, vão melhorar a qualidade da nossa engenha-ria civil, do setor de serviços, como turismo, hospedagem e transporte.

E a Copa do Mundo é um sonho de todo país.

Leia a integra da en-trevista em www.verme-lho.org.br, 14 de feverei-ro de 2013.