aula: jornalismo econômico

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Professora: Paula Martins

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Page 1: Aula: Jornalismo Econômico

Professora: Paula Martins

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Bill Kovach e Tom Rosenstiel consideram que “a finalidade do jornalismo é fornecer informação às pessoas para que estas sejam livres e capazes de se autogovernar”.

Para que esse papel se viabilize é preciso que o receptor compreenda a mensagem.

As tarefas principais desse modelo de profissional são “checar se a informação é confiável e ordená- la de forma que o leitor possa entendê- la”

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O comportamento econômico influencia a vida das pessoas e elas precisam ser informadas para tomar as decisões certas em cada caso.

Guia de sobrevivência para a vida cotidiana sobre juros, inflação, impostos (tributo pago pelos contribuintes à administração fiscal), tarifas ou taxas públicas (licenças, taxa de lixo), preços, golpes, trambiques, empregos e salários.

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Abrange notícias relacionadas às atividades produtivas do país, região ou cidade onde se localiza o jornal, subdivididas em sub-editorias

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Macroeconomia - políticas de Estado para economia, comércio internacional, diretrizes nacionais e internacionais; câmbio e divisas, políticas de integração regional.

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Mercado Financeiro - indicadores financeiros, mercado de ações, bancos;

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Empresas - negociações entre empresas, balanços, expectativas de faturamento

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O Jornalismo Econômico diz respeito à atividade jornalística centrada na cobertura e debate de temas afetos à economia, negócios e finanças e tem uma larga tradição em nosso País.

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Com a abertura política (e também a econômica), esta modalidade do Jornalismo experimentou grande expansão, com o aparecimento de cadernos de economia nos jornais de informação geral, a consolidação de veículos especializados tradicionais e o surgimento de novos representantes e, sobretudo, a multiplicação de títulos de revistas focadas nesta temática.

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O jornalismo econômico só ganhou espaço próprio no noticiário brasileiro com a ditadura militar, deflagrada em 1964. Nessa época havia um desinteresse do governo em tornar públicos fatos políticos e, segundo Suely Caldas, forte empenho em “divulgar os feitos do ´milagre econômico` e da queda da inflação”.

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Antes da ditadura, a economia aparecia na imprensa de forma mais analítica do que noticiosa. Havia os jornais do comércio ou diários do comércio, que de comércio só tinham o título, pois cobriam os assuntos gerais, alguns até esporte e polícia.

Durante a década de 70, surgem as editorias de economia e, com essa nova estrutura, o jargão econômico.

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O jargão, de acordo com o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é a “gíria profissional”. Ou seja, é uma forma de especialistas se comunicarem e, portanto, não deveria ser usada na relação entre jornalistas e público. Mas o contexto em que o jornalismo econômico nasce no Brasil é propício a uma cobertura pouco explicativa. A ditadura constrói um discurso ideológico sustentado numa linguagem hermética e academicista.

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A evolução do jornalismo econômico, tornando-o mais acessível ao público, coincidiu com a redemocratização do país. A abertura passou a ter mais força, a partir de 1985, com o governo Sarney.

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O ápice desse processo, na opinião de Sidnei Basile, foi o confisco da poupança no governo de Fernando Collor de Mello, em 1990.

Toda a população, diretamente afetada, queria compreender o que tinha acontecido. Os jornalistas descobriram que havia um novo público na praça interessado em economia

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O uso de frases curtas e a economia de palavras.

Para verificar se a matéria está clara, é necessária a leitura do texto em voz alta.

Pedir para um repórter de outra editoria para ler e dizer se entendeu. O jornalista de economia está tão habituado com aquele linguajar, que os termos parecem normais.

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Usar recursos como quadros, gráficos, infográficos e fotografias para passar informações adicionais e facilitar a compreensão da matéria.

Nos telejornais, a utilização de recursos visuais não é unanimidade, mas é considerado o melhor recurso em matérias de economia para televisão é o uso de personagens, ou seja, entrevistar pessoas comuns afetadas por alguma medida ou decisão.

Criar e produzir séries de matérias.

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Gazeta Mercantil, Valor Econômico e Jornal do Commercio/RJ; as revistas Exame, Carta Capital, Isto É Dinheiro, Forbes, Amanhã e América Economia e os cadernos de economia dos principais jornais brasileiros.

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Alguns jornalistas que atuam nesta área também são bastante prestigiados, muitas vezes constituindo-se, no caso dos colunistas, em espaços nobres dos veículos, dada a sua enorme audiência: Luis Nassif, Joelmir Beting e Lilian Witte Fibe, dentre muitos outros, podem ser aqui mencionados como exemplos.

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A Internet valoriza o Jornalismo Econômico, com o surgimento de sites especializados em negócios, economia e finanças, além daqueles que representam meras extensões (ainda que atualizadas e interativas) dos veículos e colunistas já mencionados.

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Jornalistas burocratas ou “papagaios”.

A influência que os clientes dos jornalistas e colunistas (que mantêm, em muitos casos - cada vez mais freqüentes - suas empresas de prestação de serviços) teoricamente poderiam ter na condução de seu trabalho, o que comprometeria a isenção de suas matérias e colunas.

Parceria entre veículos de comunicação e empresas comerciais (para não falar dos casos em que grupos empresariais detêm o controle explicito dos veículos) tenderia, segundo alguns analistas, a .reforçar esta dependência, contaminando definitivamente a cobertura na área.

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Nunca escreva uma matéria baseada em um press release.

É uma má idéia para qualquer tipo de matéria, mas alguns repórteres caem na tentação de utilizar a informação de relatórios empresariais sem investigar um pouco mais. Isso ocorre porque a informação nos relatórios e press releases já vem digerida. Sempre fale com várias fontes que entendem do assunto, tais como economistas, analistas e especialistas para achar a história escondida no press release.

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Faça como que os números tenham vida.

Ao utilizar números com exemplos do dia-a-dia você pode fazer com que a matéria seja mais interessante para o leitor. Por exemplo, ao invés de dizer “a construção da represa requer o trabalho de 288,000 homens”, diga “a construção da represa criará 150 novos empregos por um período de pelo menos um ano”.

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Procure o ângulo humano. Não fale apenas sobre números ou política em sua matéria. Procure identificar as pessoas mais afetadas pela empresa e suas ações, ou pela nova política em vigor. Conte a história do ponto de vista destas pessoas. Por exemplo, se a produção de leite diminuiu devido ao aumento do custo da alimentação do gado leiteiro, entreviste uma mãe com dificuldade em achar leite para seus filhos no supermercado.

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Entenda o que está por trás do estudo de um produto.

Sempre analise quem fez e pagou pelo estudo. Nem todos os estudos são puramente científicos. Mesmo que o estudo tenha sido realizado por cientistas ou especialistas, descubra se o laboratório é independente da empresa que produz o produto. Algumas empresas têm seu próprio laboratório ou contratam laboratórios para realizar estudos como parte de uma campanha publicitária. Procure sempre ouvir a opinião de especialistas ou laboratórios que têm um ponto de vista diferente daquele expressado pelo laboratório que conduziu o estudo.

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Conheça as pessoas da empresa.

Não esqueça de entrevistar e informar sobre os representantes da empresa. Investigue seu passado. Qual é sua experiência profissional? Tiveram sucesso em outras áreas? Fale com pessoas que trabalharam com elas no passado. Busque informação sobre sua personalidade.

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Conheça seu público. Dependendo da publicação para a qual você escreve, você pode chegar a precisar de informação mais detalhada sobre certas transações econômicas ou políticas em vigor. Saiba quê assuntos interessam mais ao seu público. Não tenha medo de perguntar coisas básicas durante uma entrevista e nunca saia de uma entrevista sem saber explicar informação de maneira tal que seu leitor entenda.

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Desenvolva uma lista de termos e definições (um glossário).

Quando você se deparar com um termo econômico desconhecido, investigue o significado e inclua o termo em seu glossário. Você pode sempre consultar a lista para garantir consistência nas definições de termos incluídos nas matérias.

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Mantenha seus próprios arquivos.

Mantenha arquivos sobre negócios e empresas de tal forma a criar sua própria biblioteca de consulta para futuras matérias. Inclua informação sobre empresas e sobre o passado de executivos.

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Bloomberg Reuters Amanhã América Economia Carta Capital Conjuntura Econômica Forbes Brasil Gazeta Mercantil Jornal do Commercio/RJ Business Week Financial Times Forbes Fortune The Economist Dinheiro Vivo

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Dinheiro Vivo Site sob a responsabilidade do jornalista Luís Nassif, um dos mais

importantes formadores de opinião do País e que abrange um elenco significativo de informações sobre economia e finanças. Destaque para o glossário de termos financeiros, o Guia Financeiro e o Boletim Eletrônico.(http://www.dinheirovivo.com.br)

Negócio Exame Site da revista Negócios Exame, editada pela Abril, que inclui as

matérias já publicadas, links, notícias on line e outras informações sobre economia e negócios. (http://www.negociosexame.com.br)

Laboratório de Finanças Site do Laboratório de Finanças da Faculdade de Economia e

Administração da USP. Traz links úteis, informações técnicas sobre finanças, notícias e artigos. Oferece, também, acesso aos sites de 120 companhias abertas.(http://www.labfin.com.br)

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iPIB Site que disponibiliza informações sobre as maiores empresas brasileiras e permite

busca aos principais executivos destas empresas.(http://www.ipib.com.br)

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior O site deste Ministério abrange material relevante sobre a sua área de atuação,

destacando as informações sobre Tecnologia Industrial, Política Industrial, Comércio Exterior, Balança Comercial e legislação pertinente, além de publicações e links. Tem um cantinho específico para a imprensa, com releases e outros materiais. Merece visitas demoradas e frequentes. (http://www.mdic.gov.br)

  Banco Central do Brasil Site do Banco Central, autarquia federal que tem como objetivo " a) zelar pela

adequada liquidez da economia; b) manter as reservas internacionais do País em nível adequado; c) estimular a formação de poupança em níveis adequados às necessidades de investimento do País; e d) zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do Sistema Financeiro Nacional.". Além de farto material institucional, descreve o Sistema Financeiro Nacional, traz dados, estatísticas, publicações e pesquisas e legislação pertinente.(http://www.bcb.gov.br)

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FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos Site da FINEP, uma agência federal que tem como objetivo financiar o

desenvolvimento da ciência e da tecnologia brasileiras, com foco principal no desenvolvimento tecnológico e na inovação. A partir do site, pode-se consultar a Biblioteca Virtual de Competitividade (uma parceria com o Programa Prossiga, do CNPq), que reúne sites do Brasil e do exterior que disponibilizam informações relevantes sobre inovação tecnológica. Traz, além de notícias, links etc legislação ampla sobre C & T no Brasil.(http://www.finep.gov.br)

Banco Mundial Site desta importante e nem por isso menos contestada organização internacional

que possibilita acesso às informações em vários idiomas (inclusive o Português), destacando os seus relatórios , noticiário, publicações e links.(http://www.worldbank.org)

On News Site que oferece notícias sobre economia e finanças pessoais, além de um glossário

sobre termos da área e outras informações.(http://www.onnews.com.br)

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CEPE - Centro de Pesquisa em Economia Internacional

O site traz um número significativo de artigos, bibliografia e links sobre Economia Internacional.(http://www.cepe.ecn.br)

Economia Clara Blog da jornalista Luciana Seabra

http://economiaclara.wordpress.com/

Organization for Economic Cooperation and Development – OECD

Site desta organização internacional, que abrange noticiário, documentos sobre áreas importantes da economia e comércio internacionais e links selecionados. (http://www.oecd.org)

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Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros – IBEF

Site do IBEF, que reúne os executivos de finanças do País, e que apresenta material institucional e notícias de interesse na área de finanças. (http://www.ibef.com.br)

Luiz Carlos Bresser Pereira Economista e professor dr. Luiz Carlos Bresser

Pereira, da Fundação Getúlio Vargas/ São Paulo, disponibiliza, em seu site, além de informações pessoais, um conjunto de artigos e papers já publicados. Sua especialidade é Economia e Teoria Política. Contato: [email protected] (http://www.bresserpereira.ecn.br)

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Ernesto Lozardo Professor de Moedas e Bancos, Política

Econômica e Economia Monetária na Fundação Getúlio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo, desde 1977. Na sua home-page, na FGV/SP, podem ser encontrados artigos e trabalhos publicados.Contato: [email protected] (http://www.fgvsp.br/academico/professores/Ernesto_Lozardo/index.htm)

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  BASILE, Sidnei. Elementos de Jornalismo Econômico. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

CALDAS, Suely. Jornalismo econômico. São Paulo: Contexto, 2003.

COYLE, Diane. Sexo, drogas e economia: uma introdução não-convencional à Economia do século 21. Trad. Melissa Kassner. São Paulo: Futura, 2003.

DINES, Alberto. O papel do jornal: uma releitura. 6. ed. São Paulo: Summus, 1986.

KOVACH, Bill; ROSENSTIEL, Tom. Os elementos do jornalismo: O que os jornalistas devem saber e o público exigir. Trad. Wladir Dupont. São Paulo: Geração Editorial, 2003.

LACHINI, Cláudio. Anábase: história da Gazeta Mercantil: o jornal que fez a última revolução da Imprensa brasileira no século XX. São Paulo: Lazuli, 2000.

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: princípios de micro e macroeconomia. 2. ed. Campus: Rio de Janeiro, 2001.

QUINTÃO, Aylê-Salassié Filgueiras. O Jornalismo Econômico no Brasil depois de 1964. Rio de Janeiro: Agir, 1987.

WOLF, Mauro. Teorias das comunicações de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2003.