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1 Universidade Candido Mendes Instituto A Vez do Mestre Pós- Graduação Latu Sensu Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus um Problema Público de Saúde Autor: Humberto Henrique de Freitas Professor Gisele Brand Boa Vista – RR 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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Universidade Candido Mendes

Instituto A Vez do Mestre

Pós- Graduação Latu Sensu

Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus um Problema Público de Saúde

Autor: Humberto Henrique de Freitas

Professor Gisele Brand

Boa Vista – RR

2013

DOCU

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Universidade Candido Mendes

Instituto A Vez do Mestre

Pós- Graduaçao Latu Sensu

Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus um Problema

Público de Saúde

Autor: Humberto Henrique de Freitas

Monografia a ser apresentada ao

Instituto a Vez do Mestre como

requisito parcial para obtenção de

titulo de especialização em Saúde

da Família.

Orientadora prof:Gisele Brant

Boa Vista

2013

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Agradecimentos

Agradeço a minha família pelo suporte

educacional

E pelos professores da AVM pelo

suporte educacional

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Dedicatória

Agradeço por esta pesquisa a

minha esposa que sempre deu o

suporte e incentivo para nunca

desistir dos meus objetivos

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Resumo

A Hipertensão arterial e a Diabetes Mellitus compreendem um problema

publico de saúde, gerando diversas complicações e morbimortalidades se não

tratadas e acompanhadas. As transições demográfica, nutricional e

epidemiológica, identificadas no século passado, determinaram um perfil de

risco em que as doenças crônicas não transmissíveis, por serem altamente

prevalentes, de alto custo social e grande impacto na morbimortalidade da

população brasileira e do mundo, assumiram papel importante e impuseram

ônus crescente e preocupante para os governantes. Este estudo visa verificar

qual a contribuição do programa hiperdia e diabetes para acompanhamento de

pacientes em tratamento de hipertensão arterial e diabetes mellitus no Brasil, e

também Averiguar se com a entrada do programa houve melhor a adesão ao

tratamento de hiperdia e diabetes, além disso, constatar se houve índices

menores de desistência de tratamento, com a entrada do programa. Identificar

se com a descentralização do programa houve maior cobertura e controle e

tratamento dos hipertensos e diabetes. Este estudo baseia-se, em uma

pesquisa de revisão literária de forma que dar-se através de forma quantitativa,

onde vamos estar explanando sobre importância do programa hiperdia e

diabetes para pacientes em tratamento de hipertensão arterial e diabetes

mellitus. A Estratégia da Saúde da Família tem se revelado estratégia eficiente

na organização e prestação de serviços à saúde na atenção básica, pois suas

ações estão voltadas à promoção da saúde, prevenção de doenças.

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Metodologia.

Este estudo baseia-se, em uma pesquisa de revisão literária de forma

que dar-se através de forma quantitativa, onde o pesquisador ira enumerar e

investigar em outros trabalhos científicos publicados citam-se autores que

serviram de base para estar realizando a pesquisa: GOLÇALVES, FERREIRA;

FERREIRA, ALVES NORONHA HENRIQUE e FIGUEIREDO, onde vamos

estar explanando sobre importância do programa hiperdia e diabetes para

pacientes em tratamento de hipertensão arterial e diabetes mellitus.

O critério utilizado para realização da seleção desta pesquisa foi à leitura

dos resumos dos artigos científicos e demarcando e enumerando, os que

continham no contexto a definição e importância do programa hiperdia diabetes

e qual a sua contribuição para a melhoria da diabetes e hipertensão arterial. A

busca do referencial teórico e metodológico, não somente mas também essa

pesquisa, foi realizada através de dados do ministério da saúde, Conselho

Regional de Enfermagem de São Paulo, dados de algumas secretarias

municipais de saúde e também, em livros e revistas científicas e nas bases de

dados SciELO (Scientific Electronic Library On line) e LILACS (Literatura Latino

Americana e do Caribe em Ciências da Saúde).

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Sumário

Capitulo 1: Aspectos epidemiológicos hipertensão arterial e

diabetes mellitus ....................................................................pg. 10

Capitulo 2: Sedentarismo, maus hábitos de vida ............ pg. 14

Capitulo 3: O programa hiperdia na Estratégia da Saúde da

Família ........... pg.19

Capitulo4: A equipe multidisciplinar no programa

hiperdia.............. pg. 20

Capitulo 4.1: Projetos associados .........................pg. 25

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Introdução

Neste estudo vamos abordar a contribuição do programa hiperdia

inserido na Estratégia da saúde da família, para as doenças hipertensão

arterial e diabetes melitus.

As patologias citadas acima compreendem um problema publico de

saúde, gerando diversas complicações e morbimortalidades se não tratadas e

acompanhadas. As transições demográfica, nutricional e epidemiológica,

identificadas no século passado, determinaram um perfil de risco em que as

doenças crônicas não transmissíveis, por serem altamente prevalentes, de alto

custo social e grande impacto na morbimortalidade da população brasileira e

do mundo, assumiram papel importante e impuseram ônus crescente e

preocupante para os governantes O Plano de Reorganização da Atenção à

Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, conhecido como Hiperdia, foi criado

em 2002, pelo Ministério da Saúde, para acompanhamento dos portadores de

diabetes e hipertensão. A equipe de enfermagem desempenha um importante

papel na assistência aos usuários hipertensos ou diabéticos cadastrados no

Hiperdia. Foi criada em 1994, para a reorganização de serviços; favorecendo a

construção da saúde através de uma troca solidária e capaz de fortalecer a

participação comunitária, o desenvolvimento de habilidades pessoais e a

criação de ambientes saudáveis; tornando-se um excelente campo de cuidado

aos hipertensos e/ou diabéticos.

Os profissionais de saúde envolvidos na SF programam e implementam

atividades de investigação e acompanhamento dos usuários com hipertensão

e/ou diabetes e devem ter a educação em saúde como prática constante no

seu cotidiano; desenvolvida, principalmente, através de palestras, visitas

domiciliares, reuniões em grupos e também de forma individual,

através das consultas médicas e de enfermagem.

Hipertensão arterial e diabetes é problema de saúde pública, neste

contexto verifica-se a então contribuição do programa hiperdia e diabetes para

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redução morbimortalidade associada a doenças cardiovasculares. Então neste

estudo vamos pontuar qual a contribuição e benefícios do programa hiperdia,

para os pacientes em tratamento de hipertensão arterial e diabetes (idealizado

e descentralizado pelo ministério da saúde). Este estudo visa verificar qual a

contribuição do programa hiperdia e diabetes para acompanhamento de

pacientes em tratamento de hipertensão arterial e diabetes mellitus no Brasil, e

também Averiguar se com a entrada do programa houve melhor a adesão ao

tratamento de hiperdia e diabetes, além disso, constatar se houve índices

menores de desistência de tratamento, com a entrada do programa. Identificar

se com a descentralização do programa houve maior cobertura e controle e

tratamento dos hipertensos e diabetes. Já o referencial teórico refere sobre a

Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM) onde, é apontado como os

principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, que por sua vez

constituem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira,

motivo pelo qual representam agravos à Saúde Pública, dos quais 60% a 80%

dos casos podem ser tratados na rede básica.

Portanto na primeira seção do texto vamos estar explanado, sobre a

característica epidemiológica das doenças estudadas, na segunda parte vamos

relatar sobre os hábitos de vida que favorecem o surgimento dessas doenças,

na terceira parte, vamos relatar sobre o programa hiperdia inserido na

estratégia da saúde da família na quarta parte do texto vamos falar sobre a

função da equipe multidisciplinar inserido no programa hiperdia e para finalizar

projetos que ajudam o hiperdia a melhorar o seu atendimento ao usuário.

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Desenvolvimento

Capitulo 1: Aspectos epidemiológicos hipertensão arterial

e diabetes mellitus

As transições demográfica, nutricional e epidemiológica,

identificadas no século passado, determinaram um perfil

de risco em que as doenças crônicas não transmissíveis,

por serem altamente prevalentes, de alto custo social e

grande impacto na morbimortalidade da população

brasileira e do mundo, assumiram papel importante e

impuseram ônus crescente e preocupante para os

governantes (GOLÇALVES, FERREIRA; FERREIRA,

ALVES, 2009).

O diabetes melito (DM), exemplo dessa situação, configura-se hoje

como epidemia mundial, representando grande desafio para os sistemas de

saúde de todo o mundo (GOLÇALVES, FERREIRA; FERREIRA, ALVES,

2009).

A prevalência de diabetes (DM) e hipertensão arterial HTA está

aumentando por causa do crescimento e do envelhecimento populacional,

maior urbanização, crescente prevalência da obesidade, sedentarismo

(GOLÇALVES, FERREIRA; FERREIRA, ALVES, 2009).

A transição epidemiológica decorre também devido a outros fatores

como a urbanização, o acesso a serviços de saúde, meios de diagnóstico e

mudanças culturais expressivas ocorridas nas últimas décadas. O

conhecimento da prevalência dos fatores de risco, principalmente os de

natureza comportamental: sedentarismo,dependência química tabaco, álcool e

outras drogas é fundamental, pois são sobre eles que as ações preventivas

podem ser custo efetivas, foi um dos motivos principais para a estruturação do

Sistema de Vigilância em saúde.

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Estima-se que, em 1995, o DM atingia 4% da população

adulta mundial e que, em 2025, alcançará o montante de

5,4%, visto que nos países em desenvolvimento será

observado em todas as faixas etárias, com predominância

para grupos etários mais jovens, em comparação aos

países desenvolvidos (GOLÇALVES, FERREIRA;

FERREIRA, ALVES, 2009).

Medidas de prevenção reduzem a morbimortalidade por DM, por isso

constituem prioridades para a saúde pública. Neste contexto prevenção

primaria, secundaria e terciaria para estas patologias (GOLÇALVES,

FERREIRA; FERREIRA, ALVES, 2009).

A prevenção primária protege indivíduos suscetíveis de desenvolver o

DM e tem impacto por reduzir ou retardar tanto a necessidade de atenção à

saúde quanto a de tratar as complicações da doença

(GOLÇALVES,FERREIRA; FERREIRA,ALVES, 2009).

Na rede pública de saúde, cerca de 80% dos casos de DM2 podem ser

atendidos predominantemente nos serviços de atenção básica, enquanto os

casos de diabetes tipo 1 (DM1) requerem de participação de especialistas

(GOLÇALVES,FERREIRA; FERREIRA,ALVES, 2009).

A Diabetes e hipertensão arterial são doenças crônicas. No entanto, o avanço

nos tratamentos e a compreensão da doença permitem aos diabéticos e aos

hipertensos levar uma vida praticamente normal. Muitas vezes, o cuidado com

a alimentação e a prática regular de exercício é suficiente para evitar a doença

ou para mantê-la controlada.

No Brasil, a hipertensão arterial e o diabetes são

responsáveis, de longe, pela primeira causa de

mortalidade e de hospitalizações, de amputações de

membros inferiores e representa ainda 62,1% dos

diagnósticos primários em pacientes com insuficiência

renais crônicos submetidos à diálise. Grande impacto

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econômico ocorre nos serviços de saúde, como

consequência dos crescentes custos do tratamento da

doença e, sobretudo das complicações, como a doença

cardiovascular, a diálise por insuficiência renal crônica e

as amputações de membros inferiores (SECRETARIA

MUNICIPAL DE SAÚDE; MUNICÍPIO DE PETROPÓLIS

RJ 2009).

Ao longo dos últimos trinta anos, houve uma mudança drástica do perfil

de morbimortalidade da população brasileira com grande predomínio das

doenças e mortes devidas às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT),

(SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE; MUNICÍPIO DE PETROPÓLIS RJ

2009).

Dentre elas o câncer e as doenças cardiovasculares. A

carga econômica dessas doenças produz elevados custos

para os sistemas de saúde e da previdência social devido

à mortalidade e invalidez precoces, sobretudo para a

sociedade, famílias e as pessoas portadoras. A doença

cardiovascular representa hoje no Brasil a maior causa de

mortes (SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE;

MUNICÍPIO DE PETROPÓLIS RJ 2009).

Medidas e ações para reduzir as doenças

cardiovasculares na população brasileira como

antitabagismo, as políticas de alimentação saudável,

promoção da saúde com ênfase na escola e as ações de

atenção à hipertensão e ao diabetes com garantia de

medicamentos básicos na rede pública (SECRETARIA

MUNICIPAL DE SAÚDE; MUNICÍPIO DE PETROPÓLIS

RJ 2009).

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Verificamos que a diabetes mellitus e da hipertensão arterial sistêmica

gera uma grande prejuízo para saúde publica, além disso, ocasiona uma

morbimortalidade muita alta. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma das

causas principais a levar a complicações como, por exemplo: acidente vascular

cerebral, infarto agudo do miocárdio e além da doença renal crônica terminal

Então se verifica cada vez mais essas doenças estão cada dia mais em nossos

cotidianos não só no Brasil, mas, no mundo todo, configura como uma

epidemia mundial devido a mudanças de vida sedentarismo mudando assim o

perfil epidemiológico, assim contribuindo para surgimento dessas doenças que

será um desafio os sistemas de saúde mundial.

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Capitulo 2: Sedentarismo, maus hábitos de vida, são os

pilares para desenvolvimento da hipertensão arterial e diabetes

mellitus

É importante observar que já existem informações e

evidências científicas suficientes para prevenir e/ou

retardar o aparecimento desses agravos e de suas

complicações, informações e evidências estas que devem

estar disponíveis para que pessoas e comunidades

tenham acesso e possam delas se beneficiar. No entanto,

não são ainda acessíveis a todos (GOLÇALVES,

FERREIRA; FERREIRA, ALVES, 2009).

. A coordenação do cuidado de uma doença crônica exige contato

regular e contínuo com o portador (GOLÇALVES, FERREIRA; FERREIRA,

ALVES, 2009).

. Os sistemas e tecnologia de informação e os registros

computadorizados permitem que a equipe cuidadora acesse informações e

dados clínicos do paciente de maneira ágil e oportuna, contribuindo para o

melhor gerenciamento do cuidado e o monitoramento dos resultados.

(GOLÇALVES, FERREIRA; FERREIRA, ALVES, 2009).

A disponibilidade de novas tecnologias e de sistemas de informação

como ferramentas para monitorar o cuidado ao portador de diabetes e de

hipertensão é muito importante para o sucesso dessa tarefa (SECRETARIA

MUNICIPAL DE SAÚDE; MUNICÍPIO DE PETROPÓLIS RJ 2009).

Portanto essas tecnologias são importantes e serão englobadas no

acompanhamento do paciente, ou seja, portador dessas doenças crônicas, isso

se dará através de formulários, prontuário de acompanhamento de pressão

arterial e o nível de glicemia.

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A Hipertensão Arterial é um problema de saúde comum que pode ter

consequências devastadoras, frequentemente permanecendo assintomática

até uma fase tardia de sua evolução. Os efeitos prejudiciais da pressão arterial

aumentam à medida que se eleva, não havendo um limite rígido definido para

distinguir seus níveis (NORONHA HENRIQUE, 2008).

A hipertensão aumenta o risco de complicações micro e

macrovasculares. O risco de eventos coronarianos aumenta aumentam as

complicações renais e retinianas. A diminuição de 10 mmHg na PAS em

diabéticos do tipo reduz em 12% qualquer complicação relacionada ao

diabetes, 11% de infarto de miocárdio e 13% das complicações

microvasculares e também diminui o risco de Acidente vascular cerebral.

O controle da Hipertensão arterial Á e da diabetes leva à redução do

risco de eventos cardiovasculares e da mortalidade seu controle deve ser

priorizado como uma das principais intervenções em diabéticos

A redução dos riscos devido ao controlem hipertensivo em diabéticos é

significativamente maior do que aquele na população geral com níveis

pressóricos similares.

. O Ministério da Saúde escolheu como limite para definir a HA o de igual

ou maior a 140/90 mmHg, acrescentando que este valor deve ser encontrado

em pelo menos duas aferições realizadas em momentos diferentes, em

indivíduo que não faça uso de medicação anti-hipertensiva (NORONHA

HENRIQUE, 2008).

O aumento da pressão arterial ocorre quando a relação entre débito

cardíaco e a resistência periférica total é alterada, sendo, característica

complexa determinada pela integração de múltiplos fatores genéticos,

ambientais e demográficos (GOLÇALVES, FERREIRA; FERREIRA, ALVES,

2009).

. Principais fatores que determinam a variação da pressão arterial dentro

de uma população e entre outras populações incluem idade, sexo, índice de

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massa corporal e alimentação, principalmente consumo de sal. (GOLÇALVES,

FERREIRA; FERREIRA, ALVES, 2009).

O Diabetes Mellitus (DM) pode resultar de uma variedade

de condições que resultam em hiperglicemia, a qual pode

ser proveniente de transtornos heterogêneos tanto

genéticos (insuficiência na produção de insulina) quanto

clínicos (resistência ação da insulina) (NORONHA

HENRIQUE, 2008).

A classificação do Diabetes Mellitus é: tipo I, resultante

primariamente da destruição das células pancreáticas

produtoras de insulina; tipo II, resultante de graus

variáveis de resistência à insulina e de deficiência relativa

de secreção de insulina; o tipo gestacional, no qual ocorre

diminuição da tolerância à glicose; entre outras formas

decorrentes de defeitos genéticos associados ou do uso

de fármacos diabetogênicos. Enfatiza-se aqui o Diabetes

Mellitus tipo II que, segundo o Ministério da Saúde, é,

hoje, considerado parte da chamada síndrome

plurimetabólica ou de resistência à insulina e ocorre em

90% dos pacientes diabéticos. Este tipo de diabetes se

caracteriza por um início insidioso, com sintomas

inespecíficos, obesidade diagnosticada, especialmente de

distribuição abdominal, presente em cerca de 80% dos

pacientes, forte componente hereditário, idade maior que

30 anos, com prevalência crescente com a idade,

podendo chegar a 20% na população com 60 anos ou

mais, presença de sintomas clássicos de hiperglicemia

como poliúria e polidispepsia, evidências de complicações

crônicas micro e macro vasculares e não propensão à

cetoacidose diabética (NORONHA HENRIQUE, 2008).

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Uma predisposição genética para DM está frequentemente associada,

mas não é necessária (NORONHA HENRIQUE et al., 2008).

Já os fatores ambientais se mostram mais relevantes como, por

exemplo, a obesidade (presente em 80% dos pacientes como já mencionado),

presença de HA, sedentarismo, entre outros, que caracterizam condições de

risco1(NORONHA HENRIQUE et al., 2008).

. Uma glicemia de jejum maior que 126 mg/dl, seguida de uma medida

de glicose (1 hora depois), após a ingestão de 75 g de glicose anidra, maior ou

igual a 200 mg/dl, constituem diabetes (NORONHA HENRIQUE et al., 2008).

. A HA tem prevalência estimada em cerca de 20% da população adulta

(com idade maior ou igual a 20 anos) e o DM tem prevalência de 7,6% na

população de 30 a 69 anos (NORONHA HENRIQUE et al., 2008).

. A possibilidade de associação das duas doenças é da ordem de 50%, o

que requer, na maioria dos casos, o manejo de ambas em um mesmo paciente

(NORONHA HENRIQUE et al., 2008).

. Além disso, são consideradas doenças crônicas com história

prolongada e se inserem no grupo das Doenças e Agravos Não-Transmissíveis

(DANT) (NORONHA HENRIQUE et al., 2008).

Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus scomo no Brasil,

dado o período de transição epidemiológica em que se

encontra. Ressalta-se que os custos econômicos e sociais

delas decorrentes avolumam-se, seja devido à morte

prematura ou incapacitação definitiva de pessoas em

idade produtiva, ou ainda pela sobrecarga na demanda

por serviços assistenciais. Para a Vigilância

Epidemiológica das DANT, adota-se o modelo

epidemiológico de campo da saúde que reconhece a

multicausal idade para a determinação da saúde ou da

doença, considerando-as decorrentes de fatores

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relacionadas aos elementos biologia humanas ambiente,

estilo de vida e organização da atenção à saúde, e vem

fornecendo suporte às metodologias de monitoramento e

de intervenções visando à prevenção. (NORONHA

HENRIQUE et al, 2008).

Então, devido essas patologias descritas acima, o governo federal

idealizou programa hiperdia, pois foi introduzido ao o programa da saúde da

família instituído em 2001 com a criação do Plano de Reorganização da

Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, (SECRETARIA MUNICIPAL

DE SAÚDE; MUNICÍPIO DE PETROPÓLIS RJ 2009).

A necessidade de individualizar o tratamento da PA e as metas para os

pacientes com diabetes possivelmente será ratificada em futuro próximo.

Fatores como idade, presença de doença cardíaca preexistente ou nefropatia

e/ou fatores de risco para complicações micro ou macrovasculares devem ser

considerados ao se definirem as metas do tratamento anti-hipertensivo, já que

os riscos e benefícios diferem entre populações de diferentes características

genéticas, por isso verifica-se a importância de investir em prevenção primaria

e orientar a população de melhores hábitos de vida e boa alimentação para

evitar complicações de saúde que será ruim para o paciente e para o governo

que terá mais gastos.

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Capitulo 3 O programa hiperdia na Estratégia da Saúde da

Família

Segundo portaria GM/MS 235 em 20 de fevereiro de

2001, com o objetivo de estabelecer a organização da

assistência, prevenir e promover a saúde, através da

vinculação dos usuários à rede, a implementação de

programa de educação permanente em hipertensão,

diabetes e demais fatores de risco para doenças

cardiovasculares (SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE;

MUNICÍPIO DE PETROPÓLIS RJ 2009).

O plano de reorganização de atenção ao cliente com hipertensão arterial

e diabetes mellitus foi elaborado pelo Ministério da Saúde (MS) em 2001, com

o objetivo de reestruturar o atendimento aos portadores dessas doenças,

proporcionando um atendimento resolutivo e de qualidade na rede pública de

serviços de saúde.

O plano privilegia a abordagem conjunta e integrada da equipe

multiprofissional do PSF, quer seja do médico, do enfermeiro ou do cirurgião

dentista, tornando-se imperativo que esses profissionais desenvolvam ações

que possibilitem não só um trabalho multidisciplinar, onde cada profissional

realiza a sua avaliação, mas, também, uma avaliação interdisciplinar, onde

deverão ser traçadas conjuntamente as ações necessárias para a recuperação

e manutenção da saúde dos usuários portadores dessas doenças.

A estratégia Saúde da Família (SF), definida como um conjunto de

ações no primeiro nível de atenção está voltado para a promoção da saúde,

prevenção dos agravos, tratamento e reabilitação (SOUSA SOARES;

TOLSTENKO; MELLO, 2011).

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. Foi criada em 1994, para a reorganização de serviços; favorecendo a

construção da saúde através de uma troca solidária e capaz de fortalecer a

participação comunitária (SOUSA SOARES; TOLSTENKO; MELLO, 2011).

. O desenvolvimento de habilidades pessoais e a criação de ambientes

saudáveis; tornando-se um excelente campo de cuidado aos hipertensos e/ou

diabéticos1(SOUSA SOARES; TOLSTENKO; MELLO, 2011).

Os profissionais de saúde envolvidos na SF programam e

implementam atividades de investigação e

acompanhamento dos usuários com hipertensão e/ou

diabetes e devem ter a educação em saúde como prática

constante no seu cotidiano; desenvolvida, principalmente,

através de palestras, visitas domiciliares, reuniões em

grupos e também de forma individual, através das

consultas médicas e de enfermagem (SOUSA SOARES ;

TOLSTENKO; MELLO , 2011).

Assim, visando organizar a assistência ao hipertenso e/ou

diabético, o Ministério da Saúde, em 2001, lançou em

todo o país, o Plano de Reorganização da Atenção à

Hipertensão Arterial e ao Diabetes, materializado no

Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (HiperDia),

que constitui-se um sistema de cadastramento e

acompanhamento desses usuários, no qual os

profissionais de saúde são responsáveis pelo atendimento

aos pacientes e preenchimento desses dados.

(FIGUEIREDO et al., 2011).

Visa permitir o monitoramento dos pacientes e gerar informação para

aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e

organizada3. (FIGUEIREDO et al., 2011).

O Hiperdia representa uma ferramenta essencial para

instrumentalizar a prática de atendimento aos usuários

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hipertensos/e ou diabéticos, por gerar informes que

possibilitam o conhecimento da situação e mapeamento

dos riscos para potencializar a atenção a estas pessoas e

minimizar os fatores condicionantes de complicações das

doenças. (SOUSA SOARES; TOLSTENKO; MELLO,

2011).

A abordagem ao usuário deve ser multiprofissional e interdisciplinar, no qual

cada profissional realiza sua avaliação e posteriormente, em conjunto, traçam

as metas e desenvolvem as ações para recuperação e manutenção da saúde

(SOUSA SOARES; TOLSTENKO; MELLO, 2011).

Esta interação é fundamental para que as atividades possam ocorrer de

forma integrada e com níveis de competência bem estabelecidos, na realização

da avaliação de risco cardiovascular, medidas preventivas e atendimento aos

usuários (SOUSA SOARES; TOLSTENKO; MELLO, 2011).

Constitui-se em um instrumento de acompanhamento de usuários

hipertensos e/ou diabéticos, com as funções de vincular o paciente à Unidade

Básica de Saúde (UBS) (ESF) de sua referência (FIGUEIREDO et al., 2011).

Procurando realizar uma assistência contínua e de qualidade e fornecer

medicamentos de maneira regular (FIGUEIREDO et al., 2011).

. Para tanto, utilizam-se de fichas com vistas a realizar o cadastro e o

acompanhamento dos usuários, bem como fazer avaliação de risco entre os

pacientes cadastrados (FIGUEIREDO et al., 2011).

. O HiperDia é consolidado por intermédio dos

profissionais atuantes na estratégia Saúde da Família

(SF), que ao implementarem as ações aos usuários e

demonstrarem a importância que a Hipertensão Arterial

Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) apresentam,

instigam modelos de atenção mais responsáveis e

estimulam nos usuários o autocuidado, cor

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responsabilizando-os pela sua própria saúde.

(FIGUEIREDO et al., 2011).

Assim, o atendimento do hipertenso e/ou diabético exige

disposição dos profissionais, seriedade na execução das

ações e acima de tudo, o planejamento e organização da

assistência com base em protocolos estabelecidos pelo

Ministério da Saúde e disponibilizado a todos os

trabalhadores em saúde inseridos na SF3 (FIGUEIREDO

et al., 2011).

Ressalta-se que a base para o bom atendimento a pessoas portadoras

de doenças crônicas reside no fato de os trabalhadores manterem uma relação

de respeito para com os doentes (FIGUEIREDO et al., 2011).

Oportunizando assim, a troca de experiências, ponderando os pacientes

e proporcionando a tomada de decisão acerca da terapêutica mais adequada e

da maneira mais correta de efetivar o tratamento(FIGUEIREDO et al., 2011).

Neste sentido, os profissionais de saúde da SF, sobretudo

os enfermeiros e auxiliares e/ou técnicos de enfermagem,

que de fato, mantém uma relação mais próxima com os

hipertensos e/ou diabéticos, devem incentivar os usuários

a buscarem atendimento o mais precocemente possível,

identificando possíveis sequelas e/ou intercorrências e

incentivando a adesão ao tratamento (FIGUEIREDO et

al., 2011).

Ademais, deve guiar-se por princípios de ética profissional, às quais

pode ser entendida como um conjunto de normas morais pelas quais um

indivíduo deve orientar seu comportamento profissional(FIGUEIREDO et al.,

2011).

A Ética é importante em todas as profissões, e para todo

ser humano, para que o mesmo possa viver bem em

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sociedade6. Portanto, cabe aos profissionais de

enfermagem da SF conhecerem suas atribuições e

responsabilidades para com os hipertensos e/ou

diabéticos e responder positivamente às suas

necessidades de saúde, buscando melhorar suas

condições de vida. Diante da importância epidemiológica

que a HAS e o DM apresentam, do valor dos profissionais

de enfermagem na atenção aos doentes e, sabedores que

a ação conjunta dos gestores e trabalhadores em saúde,

solidificada em condutas éticas, podem transformar o

fazer e o sentir na SF, nesta pesquisa objetivou-se

conhecer as influências da política de atenção aos

hipertensos e/ou diabético nas práticas de profissionais de

enfermagem atuantes na Saúde da Família e na

observância de princípios éticos e de preceitos legais da

profissão (FIGUEIREDO et al., 2011).

Assim, há de se convir que a hipertensão arterial e o

diabetes mellitus são dois agravos debilitantes, que se

não tratados adequadamente, levam ao surgimento de

diversas outras doenças incapacitantes e que os

profissionais de enfermagem são fundamentais na

assistência aos usuários e que, a conscientização destes

profissionais acerca de sua importância na execução das

normas e rotinas do programa Hiperdia é essencial para o

planejamento adequado da atenção. (SOUSA SOARES;

TOLSTENKO; MELLO, 2011).

Os grupos do programa deverão conter de 16 a 35 pessoas conforme

área e micro áreas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

. A equipe reunir-se semana ou quinze dias, e se possível uma reunião

mensal ou bimestral com a coordenadora do programa (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2006).

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As reuniões deverão constar em ata. Os pacientes que frequentarem o

programa regularmente, terá direito às medicações de uso diário na dose certa

mensalmente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

Os exames solicitados pelo médico da equipe aos pacientes que

pertencem ao programa serão realizados prontamente pelo laboratório

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

Pacientes com pé diabético, sem condições econômicas, contarão com

calçados apropriados fornecidos pelo programa (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2006).

Haverá palestras educativas que terão um cronograma

anual. As palestras serão ministradas pelos médicos e

enfermeiros do PSF e outros profissionais convidados.

Sugiro que cada médico do PSF escolha um tema, que

deverá ser apresentado em todas as unidades básicas

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).

Tem se revelado estratégia da saúde da família com o s seus

multiprofissionais, eficiente na organização e prestação de serviços à saúde na

atenção básica, pois suas ações estão voltadas à promoção da saúde,

prevenção de doenças. Destaca-se, especialmente, a educação em saúde

como metodologia para alcançar os objetivos de controle de doença

hipertensão arterial e diabetes mellitus e seus agravos e para uma melhoria da

qualidade de vida através, das rodas de conversa, a facilidade no acesso a

medicamentos e insumos e consultas medicas, visitas domiciliares verificação

da pressão arterial e glicose assim, melhorando qualidade de vida,

respeitando-se os conhecimentos e cultura e aspectos de cada indivíduo.

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Capitulo 4: A equipe multidisciplinar no programa hiperdia.

Operacionalização do programa através do protocolo de atendimento do

plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e do diabetes mellitus

Equipe interdisciplinar - Atividades por profissional

Agente Comunitário de Saúde: Encaminhar à consulta de enfermagem

os indivíduos rastreados como suspeitos de serem portadores de hipertensão

e/ou diabetes e os já diagnosticados como portadores ( MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2001).

. Esclarecer à comunidade sobre os fatores de risco para as doenças

cardiovasculares, orientando-as medidas de prevenção. (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2001).

Rastrear a hipertensão arterial em indivíduos com mais de

20 anos, pelo menos uma vez ao ano, mesmo naqueles

sem queixas. Identificar, na população em geral, pessoas

com fatores de risco para diabetes tipo 2, ou seja: idade

ou superior a 40 anos; vida sedentária; hipertensão;

mulheres que tiveram filhos com mais de 4kg ao nascer e

pessoas que tem pais, irmãos e/ou outros parentes

diretos com diabetes. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).

Verificar o comparecimento dos pacientes diabéticos e

hipertensos e às consultas agendadas na unidade de

saúde. Perguntar, sempre, ao paciente hipertenso e/ou

diabéticos se o mesmo está tomando, com regularidade,

os medicamentos e se está cumprindo as orientações de

dieta, atividades físicas, controle de peso, cessação do

hábito de fumar e da ingestão de bebida alcóolica.

Registrar, em sua ficha de acompanhamento (em anexo),

os diagnósticos de hipertensão e diabetes de cada

membro da família. (COREN, 2005).

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As consultas de enfermagem serão agendadas (horário e datas pré-

determinado) (COREN, 2005).

Os pacientes deverão comparecer às consultas com o cartão de

inscrição, a carteira de acompanhamento, receitas e remédios que está

tomando, todos os resultados de exames realizados Busca ativa de faltosos.

Obs: Cada equipe de PSF conta com 6 ACS. (COREN, 2005)..

Técnico de Enfermagem: Verificar os níveis de pressão arterial, peso,

altura, índice de massa corpórea (IMC), circunferência abdominal, frequência

respiratória, frequência cardíaca, glicemia capilar ou plasmática (COREN,

2005)..

Proceder às anotações devidas em ficha clínica e na carteira de

controle do paciente. Orientar a comunidade sobre a importância das

mudanças nos hábitos de vida, ligadas à alimentação e à prática de atividade

física rotineira (COREN, 2005)..

Orientar as pessoas da comunidade sobre os fatores de

risco cardiovasculares, em especial aqueles ligados à

hipertensão arterial e diabetes. Agendar consultas e

reconsultas médicas e de enfermagem para os casos

indicados. Cuidar dos equipamentos (tensiômetros e

glicosímetros) e solicitar sua manutenção, quando

necessária. No horário do programa, os técnicos de

enfermagem deverão estar presentes na unidade básica e

atender somente aos pacientes do programa (NORONHA

HENRIQUE et al, 2008).

. Caso haja necessidade, os técnicos de enfermagem atenderão

juntamente com o enfermeiro; após a estratificação dos pacientes pelo médico

do PSF; os casos de hipertensão arterial de risco baixo (NORONHA

HENRIQUE et al, 2008).

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Após os atendimentos as fichas, atendidas pelos técnicos

deenfermagem, deverão ser revisto pelo enfermeiro e

pelo médico e obrigatoriamente deverá constar a

assinatura de ambos. Quando houver intercorrência no

tratamento, o técnico de enfermagem deverá encaminhar

para o enfermeiro (COREN, 2005).

Realizar juntamente com o enfermeiro o exame de rotina dos pés

diabéticos com monofilamento de nylon. Realizar o cadastro e o

acompanhamento do cliente em impresso próprio do hiperdia e encaminhar a

UAC modelo em anexo (COREN, 2005).

Enfermeiro: capacitar os técnicos de enfermagem e os agentes

comunitários e supervisionar, de forma permanente, suas atividades.

Realizar consulta de enfermagem (sistematização da Assistência de

Enfermagem SAE), abordando fatores de risco, tratamento não

medicamentoso, adesão e possíveis intercorrências ao tratamento

encaminhando o indivíduo ao médico quando necessário (COREN, 2005).

Mensalmente, todos os pacientes do programa hiperdia serão atendidos pelo

enfermeiro juntamente com o técnico de enfermagem quando necessário, após

estratificação dos pacientes realizados pelo médico (COREN, 2005).

Após os atendimentos, o médico responsável deverá assinar as fichas

de atendimento obrigatoriamente (COREN, 2005).

Orientar paciente quando a necessidade de parar de fumar e/ou beber;

praticar atividade física; perder peso e fazer dieta corretamente (COREN,

2005).

Evoluir o paciente: Estado geral do paciente; se

houver intercorrência desde a última consulta referida

pelo paciente e anotar na ficha: não existem complicações

relatadas, angina, IAM, AVE, pé diabético, amputação,

doença renal, retinopatia (fundo de olho alterado e/ ou

cegueira); se passou pelo hospital por outro motivo; qual o

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motivo. Estabelecer junto á equipe, estratégia que

possam favorecer a adesão (COREN, 2005)

Psicólogo: avaliação e tratamento de aspectos emocionais que interfiram

na qualidade de vida do paciente, seu nível de estresse e a adesão ao

tratamento global da hipertensão arterial e diabetes mellitus. (Plano de

reorganização de Atenção à hipertensão arterial e ao diabetes Mellitus Brasília

2002).

Atendimento a familiares, para facilitar as mudanças de hábitos de vida

do paciente. Contamos com a colaboração das profissionais alocadas no

CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e Saúde Mental. (Plano de

reorganização de Atenção à hipertensão arterial e ao diabetes Mellitus -

Brasília 2002)

Assistente Social: atendimento aos pacientes hipertensos/ diabéticos e

familiares, possibilitando a inovação e a adequação de modelos que viabilizem

melhor adesão ao tratamento instituído. (Plano de reorganização de Atenção à

hipertensão arterial e ao diabetes Mellitus - Brasília 2002)

Nutricionista: diagnostico nutricional, estabelecido após a anamnese

alimentar e o levantamento de dados antropométricos, bioquímicos e

identificação de sinais clínicos nutricionais. (Plano de reorganização de

Atenção à hipertensão arterial e ao diabetes Mellitus - Brasília 2002)

Avaliação da interação de alimentos e/ou nutrientes com medicamentos.

Obs: Contamos com a nutricionista Carla Soares de Campos Sartorelli

disponível para atividades educativas nos períodos noturnos. (Plano de

reorganização de Atenção à hipertensão arterial e ao diabetes Mellitus -

Brasília 2002)

Farmacêutico: participação em comitês para a seleção de medicamentos

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Promoção do gerenciamento do estoque, do armazenamento correto e

dispensação de médicas. (Plano de reorganização de Atenção à hipertensão

arterial e ao diabetes Mellitus - Brasília 2002)

Funcionário Administrativo (recepcionista)

Recepção do paciente: controle e agendamento de consultas e reuniões,

fluxograma para agendamento dos grupos a partir da estratificação, os clientes

serão estratificados conforme o grupo de risco a que pertencem (alto moderado

ou leve). (Plano de reorganização de Atenção à hipertensão arterial e ao

diabetes Mellitus - Brasília 2002)

Montagem do prontuário;

O prontuário do cliente será organizado de forma que contenha o

impresso do cadastro hiperdia, anamnese médica, sistematização da

assistência de enfermagem e a evolução diária. (Plano de reorganização de

Atenção à hipertensão arterial e ao diabetes Mellitus - Brasília 2002)

A liberação de medicamentos e exames laboratoriais

Os medicamentos serão dispensados conforme prescrição médica em

receituário próprio conforme modelo estabelecido. (Plano de reorganização de

Atenção à hipertensão arterial e ao diabetes Mellitus - Brasília 2002)

Os exames laboratoriais também serão solicitados em impresso próprio.

A ESF tem se revelado estratégia eficiente na organização e prestação de

serviços à saúde na atenção básica, pois suas ações estão voltadas à

promoção da saúde, prevenção de doenças. Destaca-se, especialmente, a

educação em saúde como metodologia para alcançar os objetivos de controle

de doença e dos possíveis agravos e para uma melhoria na qualidade de vida,

respeitando-se os conhecimentos e aspectos de cada indivíduo. Além disso,

faz o acompanhamento do paciente através de visitas domiciliares da equipe

multidisciplinar, neste mesmo sentido, faz pedidos de exames complementares

que é de suma importância para a evolução e prognostico bom da doença.

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Capitulo 4.1 Projetos Associados:

Atividades físicas (grupo movimento) Tratamento odontológico, Hortas

Comunitárias Controle de peso adulto, Controle de peso infantil (Plano de

reorganização de Atenção à hipertensão arterial e ao diabetes Mellitus -

Brasília 2002)

Concluindo, a cronicidade da Hipertensão Arterial e do Diabetes Mellitus

gera grande impacto econômico na sociedade brasileira. Os gastos públicos

com o tratamento das complicações destas patologias comprometem a busca

pelo modelo preventivo (NORONHA HENRIQUE et al, 2008).

. O atendimento em nível municipal através das unidades de Rede

Básica de Saúde é fundamental para o desenvolvimento das estratégias que

possibilitem a atenção a um quantitativo significativo de portadores (NORONHA

HENRIQUE et al, 2008).

Podemos notar então, que para trabalhar com o programa hiperdia é

essencial a inter-relação multiprofissional, que passou de individualista, para

compartilhamento dos casos para dar uma melhor resolutividade aos casos

através do compartilhamento de funções no programa, ou seja, troca de

informações entre os profissionais ACS enfermeiro, psicólogo e o medico.

Como das avaliações feitas pela equipe não só pelo enfermeiro, mas pela

equipe multiprofissional vai melhorar a adesão cada vez mais frequentes da

população ao acompanhamento do HIPERDIA, entendendo que não é apenas

uma consulta médica ou de enfermagem ou uma medicação que vai melhorar

sua saúde, mas sim mudanças no estilo de vida, que se constrói a partir do

momento em que nós profissionais de saúde, enquanto educadores de saúde

ensina cada dia, se possível repetindo 100 vezes a mesma informação até

promovermos autonomia aquele individuo.

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Considerações finais

A ESF tem se revelado estratégia eficiente na organização e prestação

de serviços à saúde na atenção básica, pois suas ações estão voltadas à

promoção da saúde, prevenção de doenças. Destaca-se, especialmente, a

educação em saúde como metodologia para alcançar os objetivos de controle

de doença e dos possíveis agravos e para uma melhoria na qualidade de vida,

respeitando-se os conhecimentos e aspectos de cada indivíduo. Além disso,

faz o acompanhamento do paciente através de visitas domiciliares da equipe

multidisciplinar, neste mesmo sentido, faz pedidos de exames complementares

que é de suma importância para a evolução e prognostico bom da doença.

Podemos notar então, que para trabalhar com o programa hiperdia é

essencial a inter-relação multiprofissional, que passou de individualista, para

compartilhamento dos casos para dar uma melhor resolutividade aos casos

através do compartilhamento de funções no programa, ou seja, troca de

informações entre os profissionais ACS enfermeiro, psicólogo e o medico.

Como das avaliações feitas pela equipe não só pelo enfermeiro, mas pela

equipe multiprofissional vai melhorar a adesão cada vez mais frequentes da

população ao acompanhamento do HIPERDIA, entendendo que não é apenas

uma consulta médica ou de enfermagem ou uma medicação que vai melhorar

sua saúde, mas sim mudanças no estilo de vida, que se constrói a partir do

momento em que nós profissionais de saúde, enquanto educadores de saúde

ensina cada dia, se possível repetindo 100 vezes a mesma informação até

promovermos autonomia aquele individuo.

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Referencial teórico

1. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Plano de reorganização da atenção

à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus.Brasília (DF): Secretaria de

Políticas de Saúde; 2001

2. BRASlL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde.

Departamento de Atenção Básica. Manual de Operação. HIPERDIA -

Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e

Diabéticos. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

3. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde.

Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério

da Saúde, 2006a.

4. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde.

Departamento de Atenção Básica. Hipertensão Arterial Sistêmica para o

Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006b.

5. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM - SP, 2005

6. FERREIRA, MARCIA, GONÇALVES; FERREIRA CELMA ALVES

LUCIA ROCHA. Características epidemiológicas de pacientes

diabéticos da rede pública de saúde - análise a partir do sistema

Hiperdia, Arq Bras Endocrinol Metab vol.53 no. 1 São Paulo Feb. 2009.

7. FIGUEIREDO JÚNIOR, ADOALDO Gomes et al. Programa hiperdia: do

preconizado ao realizado – interfaces com a ética na enfermagem,

revista de saúde publica, 2011.

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8. NORONHA HENRIQUE et al. Hipertensão Arterial e Diabetes

Mellitus:Um estudo sobre programa de atenção básica. Rev. enferm.

UERJ, Rio de Janeiro, 2008.

9. PREFEITURA MUNICIPAL DE PETROPOLIS. Secretaria municipal de

Saúde, Programa hiperdia, 2011

10. SOUSA SOARES; TOLSTENKO; MELLO. Programa hiperdia: desafios

vivenciados por profissionais de enfermagem da estratégia saúde da

família. 14º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem –

CBCENF, 2011.