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Edição de Dezembro / 2011

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DIREÇÃO & PRODUÇÃO:Francisco Lino

EDITOR RESPONSÁVEL:Francisco Lino

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Cláudio E. RostelatoMTB: 36.953

ARTE & DIAgRAMAÇÃO:Rafael Pedroso

COMERCIAL & PUBLICIDADE:Airton Martins Jr.

COLABORAÇÃO:Juraci B. Chagas

IMPRESSÃO & ACABAMENTO:Cipola Inteligência gráfica

POLITIKA COMUNICAÇÃO & MARKETINg LTDA.

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Padre, Missionário ou Santo? Quan-do se trata de Arlindo Vieira, é comum que opiniões se dividam, gerando ci-sões muitas vezes inconciliáveis. Em uma cidade marcada pelo catolicismo, já era hora de escrevermos sobre o maior lidere religioso que Capão Boni-to já teve: Padre Arlindo Vieira, ou me-lhor, o Santo Capão-Bonitense.

Sua trajetória exibe os traços de verdadeiros heróis. Situa-se entre os homens que deixaram suas marcas neste mundo e não apenas passaram por ele. Quem passava pela rua Gene-ral Carneiro, já notava no pequeno Ar-lindo Vieira sua vocação religiosa e sua preocupação com os mais humildes.

Numa época dominada pelo poder econômico e a política dos grandes coronéis, Padre Arlindo simbolizou a valorização dos mais pobres na Igreja Católica. Enfrentou o sol ardente, chu-vas e os campos íngrimes, para levar até os moradores da roça, a palavra de Deus, para manter viva sua fé.

Jamais se curvou aos poderosos, e aliou-se aos trabalhadores do campo, em defesa de melhores condições, de melhores salários. Com habilidade e inteligência mostrou a todos, ricos e pobres, que os ensinamentos católicos era uma forma de ascensão social.

Seus pais, Francisca e o Major Pe-dro Augusto Vieira, escolheram Capão Bonito para viver e aqui ele nasceu, brincando pelos campos que circunda-vam a nossa majestosa Matriz Nossa Senhora da Conceição.

A vocação sacerdotalArlindo Vieira nasceu no dia 19 de

julho de 1897, e desde menino dava sinais de vocação sacerdotal e coman-dava todas as orações familiares. Per-cebendo a forte vocação, seus pais o

Em Capão Bonito passei dias muito felizes em várias capelas. O povo da roça conserva grande apego a religião católica

CAPÃO BONITO 153 ANOS

Por Francisco Lino

O SAntOCApãO-BOnitenSe

SEPULTAMENTO DE PADRE ARLINDO VIEIRA, NA CIDADE DE DIOgO DE VASCONCELLOS - Mg (05/08/1963)

matricularam no colégio São Luis de Itu, onde foi adquirindo para seguir sua missão: multi-plicar a palavra de Deus.

Após sua passagem por Itu, Arlindo foi para o seminário de Botucatu, ordenando-se pa-dre em 1920. Sua dedicação, carisma e boa comunicação o transformaram no grande líder do grupo de seminaristas.

Sua primeira atividade como padre foi na cidade de Avaré, onde atuou por um ano, e logo seguiu para a Europa para rea-lizar o grande sonho de estudar na Universidade Gregoriana de Roma.

O Missionário do povoDepois de sua atuação mar-

cante na reforma de ensino em 1942, a convite do ex-ministro da Educação, Gustavo Capa-nema, Padre Arlindo encontrou sua destinação definitiva: pre-gar ao povo. De trem, ônibus, a cavalo, bicicleta e principal-mente a pé, percorreu os mais distantes rincões do interior brasileiro, especialmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais. A princípio, seu itinerário detinha-se também nas cida-des medias e grandes, mas seu “Dom Divino” fez com que se dedicasse aos lugares mais pobres, abandonados e esquecidos até mesmo pela própria Igreja católica, que reinava absoluta na época.

Foram mais de 20 anos de prega-ções levando a palavra de Deus. E foi por essas peregrinações que Padre Ar-lindo se encantou pelo povo da roça, encontrando um ambiente de fé viva e esperança, apesar das dificuldades que

ali imperava. Mesmo sem a presença de padres e igrejas, aqueles homens, mulheres e crianças da roça viviam diariamente o cristianismo, graça a vo-cação e a bondade do Santo Capão-Bonitense. O povo do campo cultuava as procissões, os longos sermões, os foguetórios em dias de Santo, a beleza das imagens e as cerimônias tocantes, outra especialidade de Padre Arlindo.

Suas missõesA terra natal de Padre Arlindo não

poderia ficar de fora de seu roteiro de peregrinação. Por aqui ele fez várias vi-sitas, dando preferência sempre às pe-quenas capelas dos povoados rurais.

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Sua primeira passagem missionária pela cidade foi em 1941, conforme conta um de seus relatos: “Tinham-me dito iria encontrar séria resistência por parte do povo da cidade, frio e indife-rente”, disse.

Depois de quase sete décadas, parece que o nosso povo ainda carre-ga tais adjetivos. Apesar da falta de entusiasmo, Padre Arlindo começou sua missõa com uma pregação calo-rosa na Igreja Matriz, com a presen-ça de 400 fiéis.

Em Capão Bonito, Padre Arlindo teve algumas desavenças com alguns espíritas, principalmente com José Maria Aliaga, que escreveu um artigo publicado na imprensa local, atacando o padre Missionário.

Em seu diário, Padre Arlindo falava de sua alegria de trabalhar na terra onde nasceu. “Em Capão Bonito pas-sei dias muito felizes em várias cape-las. O povo da roça conserva grande apego a religião católica”, falou.

A beatificaçãoAlém da vida dedicada às missões e

ao ensino brasileiro, Padre Arlindo tam-bém tinha dotes artísticos. Por muitos anos manteve um programa semanal e rádios cariocas, e foi articulista de grandes jornais da época, como o Di-ário de Notícias, onde se tornou amigo pessoal de Carlos Lacerda.

Seu poder de comunicação manifes-tou-se também como compositor de músicas sacras. Até hoje, quem acom-panha as missas da Matriz, aprecia suas composições, que já foram inter-pretadas inclusive pelo grupo musical “Flor do Panema”.

Os último dias de sua vida foram de-dicados ao povo do interior de Minas Gerais, principalmente na região de Mariana, hoje Diogo de Vasconcelos. Na igreja desta cidade, reunia verda-deira multidão para ouvir suas pala-vras. O amor por aquele povo era tão intenso, que sempre manifestava o seu grande desejo: o dia que tivesse que

partir, que fosse em meio aquele povo, e se Deus assim permitisse, enquanto rezava com ele. E assim foi: em 04 de agosto de 1963, logo após celebrar uma missa em homenagem ao santo padroeiro da cidade, caiu morto aos pés do altar. Suas últimas palavras fo-ram “quod ore sumpisimes”. A notícia chegou a Capão Bonito, e a população chorou e lamentou a partida do santo gameleiro.

Após sua morte, vários milagres fo-ram atribuídos a Padre Arlindo Vieira, os quais foram relatados pelo arcebis-po da cidade de Mariana (MG). Em 1985, o padre jesuíta Murilo Moutinho iniciou a coleta de depoimentos, docu-mentos e relatos sobre a vida e os pos-síveis milagres interceptados por Padre Arlindo. Tudo isso foi reunido em um li-vro, que será enviado ao Vaticano para o processo de sua beatificação.

INAUgURAÇÃO DO MONUMENTO EM HOMENAgEM À PADRE

ARLINDO VIEIRA EM CAPÃO BONITO

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9CAPÃO BONITO 153 ANOS

LOjiStA inveSte e ApOStAnO COMÉRCiO De C.BOnitO

A crise econômica do ano passado, definitivamente, já é página virada. Mesmo com as incertezas econômi-cas que assolaram o planeta, a eco-nomia brasileira parece ter reagido bem durante e agora, no pós-crise.

No natal, uma das épocas em que existe maior oferta de emprego no comércio, uma das principais lojistas de Capão Bonito, Alcione Freitas, proprietária da “Camarin Skill”, es-pera com expectativa o crescimento nas vendas e por isso, promoveu uma ampla reforma em sua loja. “A ex-pectativa é extremamente positiva. Acredito no mercado e na cidade”, destacou.

Para oferecer um espaço mais agradável e confortável a seus clien-tes, a empresária decidiu investir numa arquitetura mais moderna e

trouxe para Capão Bonito um modelo consagrado nas ruas da Orcar Freire em São Paulo.

HistóriaAlcione conta que começou na ati-

vidade há mais de 18 anos. Sua pri-meira loja foi inaugurada em 1992 no Calçadão “Vanessa Vaz Galvão”. Em seguida, mudou de endereço e mon-tou a “Camarin Skill” na principal rua comercial de Capão Bonito, a Floria-no Peixoto.

Em 2005, promoveu uma nova mu-dança na loja. Apesar de trocar de endereço novamente, continuou na mesma “Floriano Peixoto”, mas num espaço mais amplo e aconchegante. Neste ano, a estrutura física da loja passou por uma cirurgia plástica. A nova “Camarin Skill” foi inaugurada

no final do último mês de setembro e desde então, vem aumentando sua carteira de clientes e promovendo um verdadeiro efeito cascata nas de-mais boutiques de Capão Bonito, que tiveram que se adequar para não per-derem espaço.

MultimarcasSegundo ainda Alcione, a “Cama-

rin Skill” não é uma loja com produ-tos “caros”. “Nossos produtos são de qualidade e com preços acessíveis, comparados a qualquer loja popular de Capão Bonito”, afirmou.

Para atender as preferências do consumidor capão-bonitense, a em-presária contratou uma agência es-pecializada em pesquisa de mercado. Após a análise do levantamento, a loja investiu em produtos para todas as faixas etárias: infantil; teen/jo-vem/senhoras/senhores e até tama-nhos especiais.

Responsabilidade SocialO compromisso social também

está presente nos negócios da Ca-marin Skill. Todo ano a loja promove um desfile de modas que já virou tra-dição na cidade. “Vista-se de Calor Humano” é o tema do evento, onde toda a renda é revertida em pról do Centro de Assistência Social, enti-dade que há mais de 30 anos aten-de crianças de baixa renda de Capão Bonito.

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Berço de grandes músicos, Capão Bonito também se destaca na revela-ção de grupos musicais, mas nenhum se compara em empolgação e títulos como a saudosa Banda Marcial de Ca-pão Bonito, também conhecida como o “Furacão do Sudoeste Paulista”.

Em pouco mais de três anos de vida, conquistou dezenas de títulos regionais e estaduais e um vice-cam-peonato brasileiro no Rio de Janeiro, o suficiente para escrever seu nome na história. Criada pelo antigo Corpo de Bombeiros Voluntários e pelo ex-ve-reador Gilson Kurtz em 2004, no ano seguinte foi adotada pelo ex-prefeito Júnior Tallarico, que deu o “empurrão-zinho” que faltava para os jovens mú-sicos capão-bonitenses despontarem e encantarem todo o país.

CAPÃO BONITO 153 ANOS

Por Francisco Lino

A MAiOR De tODOS OS teMpOS

“Cinco, quatro, três, dois, um... Ca-pão Bonito!”. Foi com este refrão que a Banda Marcial anunciava, com mui-to orgulho, o nome da cidade mãe. Em cada lugar que chegava, o “Furacão” empolgava, não só pelo talento dos músicos e dançarinas, mas pela vibra-ção que transmitiam. Cidades dispu-tavam entre si uma vaga na agenda de apresentações da agremiação mu-sical, que também se destacou em diversos programas de Televisão. O sucesso era tanto que foi convidada para abrilhantar a cerimônia de encer-ramento da Copa TV TEM de Futsal e da Stock Car Brasil no autódromo de Interlagos em São Paulo.

As dificuldades financeiras eram superadas pela garra e força de von-

tade dos componentes, que se organi-zavam para promover festas e outras atividades com objetivo único de ar-recadar fundos para a renovação de uniformes e instrumentos musicais. Vale destacar ainda a persistência e a dedicação do ex-maestro João Luiz Siqueira (Cuca), que não media es-forços para, regularmente, conduzir os ensaios e deixar a Banda sempre pronta para a próxima apresentação.

O espírito de união se comparava ao de uma verdadeira família. Mesmo nas apresentações mais modestas, o grupo não perdia a empolgação. Até os ensaios realizados na praça Cunha Bueno eram acompanhados por um grande número de espectadores. O repertório, composto por músicas po-

A saudosa Banda Marcial de Capão Bonito, carinhosamente chamada de Furacão do Sudoeste Paulista, além de ter deixado uma galeria de troféus e títulos, tam-bém deixou saudades.

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pulares acompanhado de coreografias bem sincronizadas pelas belas dança-rinas, era contagiante e atraía milha-res de admiradores.

A cada ano, o povo de Capão Bo-nito aguardava ansioso a chegada do aniversário da cidade, para acompa-nhar a grande sensação dos desfiles cívicos, a Banda Marcial de Capão Bonito, que aproveitava a data e o grande público da festa, para o lan-çamento oficial dos novos repertórios e coreografias. A última participação em desfile cívico da Banda, realizada no ano de 2007, mesmo após o en-cerramento da apresentação, uma multidão de admiradores acompanhou os jovens músicos da praça Rui Bar-bosa até a praça Cunha Bueno. Uma cena jamais vista na história musical do município. Outra passagem que marcou a história da banda foram as lágrimas e emoção de todos os com-ponentes quando ouviram o anúncio oficial do título de vice-campeã brasi-leira no Rio de Janeiro.

Mas, infelizmente, as adversidades políticas foram destruindo mais um

patrimônio cultural de Capão Bonito. As brigas entre o ex-maestro e um se-cretário do ex-prefeito Júnior Tallari-co, que não concordava com algumas posições do regente, foram desunin-do o grupo e desmotivando os jovens músicos. O então secretário chegou ao ponto de colocar seu cargo a dis-posição caso o maestro permaneces-se no comando da Banda.

Após uma reunião com os próprios componentes da Banda, que assim como a conhecida história do Impera-

dor Júlio César, que fora traído pelo próprio sobrinho Brutus – “... até tu, Brutus meu filho”-, que deu a apunha-lada final no assassinato do Impera-dor, o maestro foi demitido com aval daqueles que o tinham como líder e professor.

A Banda Marcial de Capão Bonito ganhou um novo maestro e uma nova denominação (Fênix), mas perdeu aquilo que a diferenciava das demais: a ALMA.

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Em apenas dois no comando do Executivo Municipal, o prefeito Júlio Fernando, com apoio do vice-prefeito Marco Citadini, da equipe de secretá-rios e da Câmara de Vereadores, tira o município do descrédito e conquista um grande volume de recursos públi-cos para Capão Bonito, investimentos estes que direcionam o município para um novo modelo de desenvolvimento sustentável.

O feito, resultado da opção do pre-feito Júlio Fernando por uma política administrativa austera e uma gestão baseada nos métodos da iniciativa pri-vada, reforça uma constatação e con-solida uma tendência. “A boa gestão é o nosso grande diferencial”, disse o prefeito.

Ao tomar posse, em janeiro de 2009, o prefeito e sua equipe, depara-ram com uma das piores equações fis-cais de Capão Bonito, com despesas desnecessárias e que aumentavam o custeio da máquina administrativa. Por causa desse desequilíbrio, a Prefeitura não tinha credibilidade com fornecedo-res, funcionários e principalmente com a população.

CAPÃO BONITO 153 ANOS

Por Francisco Lino

inveStiMentOS DA pRefeituRA pRepARAMCApãO BOnitO pARA O DeSenvOLviMentO

De janeiro de 2009 até agora, Júlio Fernando cortou gastos desnecessá-rios, pagou dívidas herdadas, regula-rizou os convênios com as entidades assistenciais e o pagamento de pre-catórios. Com isso, a Prefeitura forta-leceu a musculatura de investimentos em setores fundamentais como Saúde, Educação e Infraestrutura.

Balanço do biênio 2009/2010Com o choque de gestão empre-

endido pela atual administração, e o aumento da receita líquida, o prefeito Júlio Fernando conseguiu recuperar a frota municipal e consequentemente diminuir as despesas com conserto e manutenção de veículos.

Com a retomada da credibilidade junto aos governos Estadual e Federal, Júlio Fernando e Marco Citadini, com apoio político de deputados estadu-ais e federais, conquistaram também um grande volume de investimentos que estão gerando obras importantes como Pavimentações, construção do novo prédio da Vara do Trabalho, nova Unidade de Saúde na Vila Aparecida, entre outras.

investimentos na SaúdeO setor da Saúde de Capão Bonito

tenha sido talvez, o mais contemplado em aportes financeiros. Procurado por mais de 90% da população, o sistema de Saúde Municipal foi totalmente re-modelado e reorganizado.

Atualmente, a Prefeitura vem apli-cando mais de 20% da receita munici-pal em Saúde, o que comprova a preo-cupação do atual prefeito em melhorar “dia-a-dia” o atendimento no setor, que já recebeu novos equipamentos, promoveu reformas, reabriu novos postos de saúde na zona rural, melho-rou o atendimento e aumentou a pro-dução de medicamentos na Farmácia Municipal.

Obras de infraestuturaPara atrair investimentos, novas em-

presas e promover um bom escoamen-to agrícola, o município precisa de uma boa infraestutura. Por isso, o prefeito Júlio Fernando criou o maior programa de pavimentação da história, atingindo a marca de R$ 4 milhões, exclusivos para esse serviço. Além disso, a Pre-feitura está em processo de aquisição

Município avança em vários setores e vira referência em ges-tão Pública no Estado de S.Paulo

Nova Praça na Vila Cruzeiro

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de novas máquinas e equipamentos para criar núcleos descentralizados de recuperação de estradas rurais, proje-to este inédito no município.

Reduzir o déficit habitacional tam-bém tem sido prioritário para a atual administração. Nos próximos dois anos, em parceria com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Ur-bano) vai entregar centenas de novas moradias e iniciar a construção de um novo conjunto no bairro Vila Maria.

palavras finaisAo ajustar as contas do município,

Júlio Fernando e Marco Citadini ga-rantem uma administração baseada no planejamento, e não no improviso. O equilíbrio fiscal traz a recuperação da capacidade de investimento, atrai o

interesse da iniciativa privada e facilita a obtenção de recursos no Estado e na União. O saneamento de Capão Boni-to – cuja credibilidade era zero– levou, por exemplo, a Caixa Econômica Fede-

ral (CEF) e a Erplan (Escritório Regio-nal) a credenciar a Prefeitura Municipal de Capão Bonito como uma referência em Gestão Publica no Estado de São Paulo.

Pavimentação na Avenida Massaichi Kakiaha

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16CAPÃO BONITO 153 ANOS

RojãoNas festas típicas das cidades da

região sudeste do Estado de São Pau-lo, um prato não pode faltar: o rojão. O nome, divertido, deve-se à semelhan-ça com o fogo de artifício, o rojão de vara. O prato, que data da época dos tropeiros, é uma mistura de carne de porco moída com temperos, amarrada com barbante num pedaço de madeira e depois assada. “Foi criado por famí-lias portuguesas que fundaram a cida-de de Ribeirão Grande (cerca de 200 quilômetros de São Paulo)”, explica o açougueiro João Cláudio Ferreira, o Balaio, um dos responsáveis por man-ter a tradição do rojão no estado.

Ferreira conta que a cidade de Ri-beirão Grande ficava na rota dos tro-peiros que vinham do Paraná. “Era ponto de parada para o descanso e refeições dos que vinham, principal-mente, de Curitiba para a feira de mulas, que acontecia em Sorocaba, ou para outros estados”, diz Ferreira. Em Ribeirão eles também preparavam comida para levar na viagem. “A carne tinha que durar, agüentar o transpor-te. Então, a melhor forma era moer e temperar com sal”, explica. Como na época não existia máquinas de moer, a solução era socar no pilão até ficar bem amassada. Para facilitar o trans-porte e o processo de assar, as famílias portuguesas amarravam a mistura com taboa (planta aquática muito comum

OS pRAtOS típiCOS DA RegiãO

na região). Nasceu o rojão. O prato, aos poucos, tornou-se po-

pular. Além dos tropeiros, passou a ser consumido pelas pessoas da pequena cidade que começava a se formar – Ri-beirão Grande tem oito mil habitantes. “Primeiro, o rojão virou presença certa nas festas de família, era sempre ser-vido em batizados e casamentos. O prato começou a fazer sucesso, os pe-didos foram aumentando e as famílias iniciaram a comercialização, mas de forma bem artesanal, socando a carne no pilão, e em poucas quantidades”, conta Ferreira, que faz parte da tercei-ra geração dos criadores do rojão.

Com a chegada da máquina de moer carne à região, Ferreira percebeu o potencial do prato e a importância de manter tal tradição. O primeiro passo foi aperfeiçoar a técnica de preparo. O pilão foi substituído pela máquina de

moer. A madeira onde a carne é amar-rada passou a ser tratada, torneada para evitar farpas, por exemplo. O bar-bante, que serve para amarrar a mistu-ra na madeira, também foi substituído, depois de alguns testes, por um fio de algodão, que não interfere no sabor da carne e pode ir ao braseiro.

Em 1995, com assessoria do Servi-ço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae), Ferreira registrou a marca Rojão no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (Inpi) e passou a comercializar os pro-dutos em outras cidades da região. Atualmente Ferreira emprega cinco

funcionários e fabrica cerca de 2 mil rojões por mês. “O pico acontece nos meses de junho e julho por causa das festas folclóricas”, afirma.

Bolinho de frangoQuem circula pelos bares,

botecos e lanchonetes de Ca-pão Bonito e Ribeirão Grande encontra algo em comum: o famoso Bolinho de Frango. Considerado um dos nossos

pratos típicos, o bolinho de fran-go também é presença garantida em quase todas as festas populares e reli-giosas da cidade.

Apesar de um vereador de Itapeti-ninga ter criado um projeto de Lei que assegura o bolinho de frango como

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patrimônio cultural de Ita-petininga, foi nas cidades de Capão Bonito e Ribei-rão Grande que ele ganhou fama. “O bolinho de frango não representa em nada Itapetininga”, disse um historiador local. Outras quituteiras locais afirmam que o Bolinho de Capão Bonito e Ribeirão Grande é diferente por ser enrolado nas mãos, diferentemente de Itapetininga que é feito numa concha.

De acordo ainda com alguns historiadores, a pri-

meira receita nasceu no distrito de Gramadinho, e até hoje o produto é co-mercializado em diversos pontos de venda às mar-gens da Rodovia SP-127. A massa do bolinho é fei-ta com farinha de milho e o recheio com frango desfiado temperado com cheiro verde e outras es-peciarias.

Turistas, visitantes e até antigos moradores que visitam Capão Boni-to e Ribeirão Grande não deixam se saborear e le-

Moacir de Almeida, proprietário de um dos bares mais tradi-conais de Capão Bonito, vende em média, 300 bolinhos de frango por dia“

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Logo que chegou a Capão Bonito, na década de 40, Oscar Kurtz come-çou a se destacar pela inovação e pioneirismo. Oscar nasceu no muni-cípio de Santa Isabel, Estado de São Paulo, e ainda muito jovem ingressou na Guarda Civil Estadual. Transferido para Capão Bonito, chegou causando impacto na cidade.

De estatura alta, ostentava um es-tilo galã, e com o uniforme de Guarda Civil, logo chamou a atenção das mo-cinhas da cidade, ainda mais quando fazia manobras radicais com sua Har-ley Davidson 1.200 cc, pela praça Rui Barbosa.

Alguns anos depois já se tornou in-terventor de Capão Bonito - prefeito da época que era nomeado pelo go-vernador -, substituindo o ex-prefeito Virgílio Lírio de Almeida.

Já casado com Áurea Barreto, Os-

CAPÃO BONITO 153 ANOS

Por Francisco Lino

OSCAR KuRtZ:

O pRefeitO Que feZ O

futuRO pReSente

car Kurtz não se quietava e queria sempre criar e inovar. Foi ele quem trouxe a primeira motocicleta, o primei-ro da cidade a pilotar um avião, e por aí adiante.

Oscar foi um autodidata, adorava ler e se debruçava em livros sobre os assuntos que o envolvia no momento. Para pilotar um avião, ele leu dezenas de livros e revistas e aplicava as técni-cas corretamente na prática.

As inovações de Oscar também atingiram o setor de comunicação. Foi ele que trouxe o primeiro transmissor de TV, realizando o sonho de milhares de capão-bonitenses de assistir a tão propagada telinha. Como um bom co-rintiano, cedia sua própria casa para dezenas de outros fanáticos assistirem os jogos do Timão. Seguindo os passos do pai que era engenheiro, ele também estudou, por conta própria, engenha-

ria eletroeletrônica. Com isso, ganhou fama montando vitrolas até para em-presas estrangeiras.

Como político, teve um dos melho-res currículos de Capão Bonito. Assu-miu a prefeitura pela primeira vez em 1945, depois em 1952 a 1956, e pela terceira vez entre 1963 a 1968, mesmo ano de seu falecimento.

Alguns capão-bonitenses se recor-dam que na tarde de seu falecimento, estranhamente a cidade foi tomada por besouros. Coincidência ou alguma mensagem?

políticaDurante sua primeira passagem

pelo Executivo Municipal novamente deu lições de pioneirismo e inovação. Como na época não havia operado-res de máquina de terraplanagem, ele próprio se encarregou de desvendar os segredos dos equipamentos recém-comprados pela prefeitura.

Ao invés de ir para Zona Rural fa-zer política, Oscar chegava pilotando uma daquelas máquinas. Em algumas vicinais até hoje permanece os “dese-nhos” do prefeito inovador.

Mesmo tendo uma grande populari-dade eleitoral, Oscar perdeu duas elei-ções consecutivas. Em 1957, a eleição municipal foi uma das mais acirradas da história, com direito de até citação num jornal de grande circulação.

Disputavam o cargo de prefeito Oscar Kurtz e seu ex-aliado Faustino Cesarino Barreto, que decidiu enfren-tar o ex-companheiro graças à uma manobra política do saudoso jornalista José Carlos Tallarico, considerado até hoje, um dos mais habilidosos políti-cos de Capão Bonito. Mas a disputa não era para ser com esses persona-

Oscar foi um auto-didata, adorava ler e se debruçava em li-vros sobre os assun-tos que o envolvia no momento

OSCAR KURTZ EM PRONUNCIAMENTO NA CÂMARA MUNICIPAL (DÉCADA DE 60)

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gens. Faustino era um aliado de Os-car, mas concorreu com ele por causa de uma suposta “fofoca” do saudoso jornalista José Carlos Tallarico. Dizem os mais antigos, que o então cônego Luis, chefe da paróquia naquela épo-ca, reuniu várias lideranças políticas para apoiarem a candidatura de Oscar. Nessa reunião não foram convidados nem Faustino Cesarino Barreto e nem o jornalista José Carlos Tallarico. De-pois disso, Tallarico convenceu Barreto a disputar as eleições, dizendo que ele foi traído por não ser convidado para reunião.

Para vencer as eleições para utilizou uma estratégia agressiva contra Os-car. Foram dezenas e dezenas de dis-cursos pesados, com ofensas e críticas pessoais. Mas, antes mesmo de encer-rar a campanha eleitoral, Barreto teve a candidatura cassada, pelos próprios insultos praticados contra Kurtz.

Em plena praça pública, Faustininho, chamou Oscar de “barba-de-bode” – uma espécie de capim considerado praga no campo. Mesmo cassado, Bar-reto venceu o pleito sem registro. Esse

fato fez com que a Justiça Eleitoral Es-tadual realizasse uma nova eleição em Capão Bonito, e novamente Barreto venceu. Desta forma, se desenrolou uma das maiores disputas eleitorais de todos os tempos em Capão Bonito.

Na eleição seguinte, em 1960, lá es-tava novamente Oscar Kurtz concor-rendo. Naquele pleito, concorreu com um jovem médico, boa pinta e bom orador que retornava ao município de-pois de anos estudando medicina em Curitiba e em São Paulo. Raul ven-ce as eleições, mas antes mesmo de completar dois anos de governo, falece num acidente automobilístico.

Com a morte inesperada de Raul Venturelli, acontece uma nova eleição. Concorreram neste pleito, Oscar Kurtz e o comerciante Joaquim Aleixo. Des-ta vez, Oscar Kurtz vence as eleições tendo como o vice Abib Elias Daniel, que depois veio a tornar prefeito de Capão Bonito, e um dos políticos mais populares da nossa história.

Prefeito por quatro mandatos, que trouxe as primeiras máquinas para obras de urbanização, criando praças

e abrindo novas ruas e avenidas. Foi na época de Oscar, que a tradicional fonte luminosa da praça Rui Barbosa ganhou fama, devido aos movimentos sincroni-zados entre água, luz e música.

HerdeirosOscar também tinha a fama de na-

morador, inclusive, suspeita-se que tenha deixado herdeiros fora do casa-mento, e que esse suposto filho tam-bém herdou o sangue político do pai.

Outro descendente que ainda segue os passos de Oscar, é o ex-vereador Gilson Kurtz Filho de Nicéia Kurtz e José Lopes, Gilson foi eleito em 2004, atuando na legislatura 2005-2008. Nesses quatros anos, se afastou do Legislativo para atuar como secretário de Indústria e Comércio, onde trouxe projetos importantes para o município como o Posto do Sebrae, e o uma área de 7 alqueires para a criação de um novo Distrito Industrial. Gilson deixou a pasta de Indústria e Comércio para assumir a secretaria de Turismo, Es-porte e Lazer.

PREFEITO E OPERADOR DE MÁQUINAS

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social CHÁCARA DO WILSON - 14/11/2010

3º LUAL SERTANEJO

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gATAS NA BALADA

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22CAPÃO BONITO 153 ANOS

O RáDiO De piLHA,O ApitO e O CeLuLAR

Zé Melo, o vigoroso beque do ELI-TE F.C., e gráfico da tipografia do também Zé Tallarico, nos confiden-ciou que só veio tomar conhecimento da existência da Copa do Mundo de Futebol em uma tarde, na arquibanca-da de madeira do campo do Ipiranga A.C., junto a uma aglomeração que ouvia, nas mãos do Pedro Braz das Chagas, o primeiro radinho de pilha que vira na vida.

Os locutores lá da Suécia direcio-navam, para nossa imaginação, a imagem que conseguíamos criar. Que contraste com os dias atuais! Hoje, pode-se ver essas imagens ao vivo e em cores, em tempo real, sem preci-sar da imaginação para ver jogadores que fingem cantar o Hino Nacional, rezar, e até jogar. Isto tudo, em telas de televisão na dimensão que você desejar e que seu bolso ou cartão de crédito suportar.

Recentemente, um amigo que tra-balhou em uma gráfica de um grande banco e hoje atua em vendas de uma multinacional. Participando recente-mente como representante da mesma na Feira Internacional Cards 2010, adiantou que esse evento apresentou as novas tendências tecnológicas e entre elas, a Mobile Payment. Com esta nova tecnologia, os bancos pre-tendem extinguir os serviços gráficos

(o que milhões de árvores agradecem, pois cada talão de cheque elimina 15 árvores), e que, dentro de dois ou três anos, o futuro operacional bancário se dará inteiramente pelo celular.

É fantástico o poder desse apare-lhinho que mal cabe na palma da mão, mas que propicia se contatar em tem-po real com quem e sobre o que se queira. O que posso dizer eu, então, que já tinha como espantoso os saltos tecnológicos que colocam literalmen-te em nossas mãos celulares que se conectam na internet, enviam e-mails, fotografam e enviam fotos? Isso é meio mágico, principalmente para quem viveu um tempo de comunica-ção, em que, para falar com Itapeti-ninga recorríamos a uma Central Tele-fônica situada na “Rua Direita”. Quem não tinha telefone usava as cabines, e as telefonistas faziam a conexão com Itapeva e, de lá, partia a ligação para o telefone com quem se desejava fa-lar retornando a ligação para Capão Bonito.

Era um tempo romântico e lá no centro telefônico, as telefonistas e as pessoas que esperavam para com-pletarem suas ligações ficavam in-teiradas de muitas informações, pois dependendo da localidade chamada, tinha-se que gritar para ser ouvido. Nesse tempo, o posto telefônico era

chefiado por D. Luiza Carvalho. Coin-cidentemente, um outro importante ponto da comunicação, o Correio e Telégrafos, que ficava num casarão com porão na rua Quintino Bocaiu-va, também chefiado por uma mu-lher, D. Antonieta Nogueira de Lima, esposa do Sr. Lúcio. Como se nota, desde aquele tempo as mulheres já detinham a logística da comunicação, principalmente D. Luiza, que contava com um importante reforço dado por seu esposo, o Didi, que trabalhava no Correio. Profundo conhecedor do Código Morse, era quem operacio-nalizava as mensagens telegráficas e formava com D. Luiza “o casal 20” das Comunicações em nossa cidade.

Os guichês do Correio pareciam te-las de televisão, pois enquanto a gen-te aguardava a correspondência (às vezes com expectativa e ansiedade, quando se tratava de encomenda de

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livros escolhido em catálogo e pe-dido pelo Serviço de Reembolso Postal), assistia a intensa movi-mentação interna dos funcioná-rios: Sr. Rivadávia, Jango Dias, Zé Lisboa, Simão, Jando e Didi. Numa dessas cenas lembro do Didi com um indisfarçável sorriso, contente, e eu poderia hoje afir-mar com segurança que seus de-dos ainda estavam quentes pela notícia que teclara.

Colava as fitinhas com as abre-viadas letras do telegrama, lacra-va e ele mesmo ia entregar. Cer-tamente o destinatário era algum político, e mais ainda, era sempre má notícia.

Mas o Didi se destacou mesmo foi no futebol. O filho do Sinhô an-dou tentando cercar no gol. Mas, onde brilhou intensamente e mar-cou sua presença nos campos de futebol, foi como o árbitro Armó-dio de Carvalho. Era um árbitro que não ligava para intempéries. Com sol ou chuva ele mantinha os times em campo, mesmo que

tivesse que usar guarda-chuva, como contam algumas pessoas do seu círculo de amizades. A presença dele em campo era uma garantia para os jogos em nossa cancha.

Com a discrição adquirida em seu ofício, nunca deixou transpa-recer aos visitantes, mesmo nas decisões mais complicadas, a sua condição de torcedor fanático das cores capão-bonitenses.

Não é por acaso que em quase todos os jogos que apitava, ele saia na foto compondo e refor-çando o nosso esquadrão.

O Didi é uma pessoa formidá-vel, faz parte e tem muito para contar da história da nossa ci-dade, mas isso fica bem melhor com o Faia em sua interessante coluna, ou com algum professor que queira ensejar aos seus alu-nos a imperdível oportunidade de pesquisar como foram tênues os Meios de Comunicação em Ca-pão Bonito naquela época.

ARMODIO DE CARVALHO (DIDI)

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COnSuMiDOReS vãO àS COMpRAS e COMeRCiAnteS pRevêeM MeLHOR nAtALConsumidores vão às compras e

comerciantes prevêem melhor Na-tal da história

Quem caminha pela região co-mercial de Capão Bonito observa, além das novas fachadas e vitrines, um grande número de consumido-res antecipando às compras de fim de ano. Com isso, comerciantes e lojistas apostam num Natal próspe-ro para as vendas.

“Sem dúvida 2010 será o me-lhor ano da história do comércio de Capão Bonito”, afirmou um comer-ciante de aparelhos eletrônicos.

Os investimentos em publicidade e a retomada de promoções como sorteio , somam-se a um cresci-mento contínua graças ao bom de-sempenho da economia brasileira e da melhora do poder aquisitivo do Brasileiro.

O aumento da renda do consumi-dor, a queda nos índices de desem-prego e o maior acesso ao crédito estão facilitando os negócios, se-gundo o administrador de empre-sas Ronaldo Oliveira.

Para melhorar a qualidade dos serviços de atendimento e não per-derem espaço para a concorrência, muitas lojas e boutiques da cidade promoveram reformas e adequa-ções, como as boutiques Medida Exata e Camarin Skill. Ambas mo-dernizaram suas instalações e a nova decoração tem atraído novos consumidores.

emprego temporárioA temporada de contratação de

final de ano tsmbém já chegou. Lo-jistas e abriram mais de 100 vagas para o provimento das necessi-dades do Natal e Final de Ano. A principal faixa etária das pessoas contratadas é de 18 a 40 anos. De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas, 25% dos funcionários costumam ser efetivados.

Os salários variam entre R$ 500 e R$ 1 mil. O valor depende da fun-ção e da quantidade de vendas rea-

lizadas por loja. As maiores neces-sidades das lojas são balconistas, caixas, empacotadores, estoquis-tas, fiscais de lojas e repositores.

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Por Francisco Lino

veReADOR enCOntRA nA CuniCuLtuRA uMA nOvAALteRnAtivA De RenDA pARA pRODutOReS RuRAiS

O desenvolvimento econômico de Capão Bonito tem sido a principal bandeira de atuação do vereador Braz Lucchi. Além de reunir e organizar os pequenos e médios madeireiros do mu-nicípio, e criar a Cooperativa Madeirei-ra, que já possui contratos de forneci-mento com duas gigantes do setor de reflorestamento: Fibria e Suzano, ele também está buscando alternativas de renda para os pequenos produtores ru-rais, e encontrou na criação de coelhos a solução.

Depois de estudar e se aprofundar no assunto, o vereador capão-boni-tense promoveu diversas reuniões nas comunidades rurais do município, e or-ganizou um grupo que já soma mais de 30 criadores de coelho.

Para garantir a venda do produto, Braz Lucchi e um grupo de cuniculto-res, participou de uma reunião com o proprietário do frigorífico Coelho Real em São Paulo, considerado referência no setor, onde formalizaram um con-trato de fornecimento de 3 mil cabe-

ças/mês. A primeira entrega de coe-lhos está prevista ainda para esse mês à um preço de R$ 4,80 em média.

Nos últimos anos, a produção e o consumo da carne de coelho cresceu mais que 400%, segundo a Associação Paulista de Criadores de Coelho. A carne está no cardápio de pelo menos dezenas de restaurantes e supermer-cados de todo o Brasil, que consomem até 95% da produção nacional. A es-colha pelo coelho se deve ao retorno rápido e a resistência do animal, isso sem contar a facilidade do manejo.

Hoje, uma matriz, que custa R$ 40, gera 48 filhotes por ano. Há dez anos, uma fêmea produzia 24. As melhores raças na Espanha atingem até 60 fi-lhotes de coelho, símbolo exemplar de fertilidade.

O interesse dos consumidores pela carne de coelho, devido ao sabor e baixo teor de colesterol, deve engor-dar a margem de lucro dos criadores, que estão entusiasmados com a nova atividade.

Abatedouro próprioAlém de conseguir um contrato de

garantia para o venda do animal, Braz Lucchi foi até o Estado do Rio Grande do Sul para conhecer as instalações da Chácara Recanto do Vale, no mu-nicípio de Lajeado, que abriga o úni-co abatedouro de coelhos do Estado. A intenção do vereador é criar uma estrutura similar em Capão Bonit0 e agregar valor ao preço da carne, que pode passar de R$ 4,80 para até R$ 16,00 com o abate próprio.

Para construir o abatedouro, Lucchi conseguiu uma emenda do deputado Devanir Ribeiro junto ao Governo Fe-deral, para a liberação de R$ 150 mil. O projeto técnico será elaborado em parceria com a Prefeitura Municipal e a área de construção, doada pelo pró-prio vereador, será nas margens da ro-dovia SP-250, que liga Capão Bonito à Guapiara.

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uMA pitADA De CuLtuRA

FRAGMENTOS DE UM EVANGELHO APÓCRIFO(Jorge Luis Borges)

3-Desventurado o pobre de espírito, porque sob a terra será o que agora é na terra.4-Desventurado aquele que chora, porque já tem o hábito miserável do pranto.5-Felizes os que sabem que o sofrimen-to não é uma coroa de glória.6-Não basta ser o último para ser algu-ma vez o primeiro.7-Feliz aquele que não insiste em ter razão, porque ninguém a tem ou todos a tem.8-Feliz aquele que perdoa aos outros e aquele que perdoa a si mesmo.

9-Bem-aventurados os mansos, porque não condescendem com a discórdia.10-Bem-aventurados os que não têm fome de justiça, porque sabem que nossa sorte, adversa ou piedosa, é obra do acaso, que é inescrutável.11-Bem-aventurados os misericor-diosos, porque sua felicidade está no exercício da misericórdia e não na esperança de um prêmio.12-Bem-aventurados os de coração puro, porque veem Deus.13- Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, por-que lhes importa mais a justiça que seu destino humano.14-Ninguém é o sal da terra, ninguém, em algum momento de sua vida, não o é.15-Que a luz de uma lâmpada se ascenda, ainda que nenhum homem a veja. Deus a verá.16-Não há mandamento que não possa ser infringido, e também os que digo e os que os profetas disseram.17-Aquele que matar pela causa da justiça, ou pela causa que ele acredita ser justa, não tem culpa.18-Os atos dos homens não merecem nem o fogo nem os céus.19-Não odeies teu inimigo, porque, se o fazes, és de algum modo seu escra-vo. Teu ódio nunca será melhor que tua paz.24-Não exageres o culto da verdade; não há homem que no final de um dia não tenha mentido com razão muitas vezes.25-Não jures, porque todo juramento é uma ênfase.26-Resiste ao mal, mas sem assombro

e sem ira. A quem te ferir na face direi-ta, podes oferecer a outra, sempre que não te mova o temor.27-Não falo de vinganças nem de perdões; o esquecimento é a única vingança e o único perdão.28-Fazer o bem a teu inimigo pode ser obra de justiça e não é árduo; amá-lo, tarefa de anjos e não de homens. 29-Fazer o bem a teu inimigo é o me-lhor modo de satisfazer tua vaidade.30- Não acumules ouro na terra, por-que o ouro é o pai do ócio, e este, da tristeza e do tédio.31-Pensa que os outros são justos ou se-rão, e, se não for assim, não é o teu erro.32-Deus é mais generoso que os ho-mens e os medirá com outra medida.33- Dá o santo aos cães, atira tuas pé-rolas aos porcos; o que importa é dar.34-Procura pelo prazer de procurar, não pelo de encontrar...39- A porta é a que escolhe, não o homem.40- Não julgues a árvore por seus frutos nem o homem por suas obras, podem ser piores ou melhores.41-Nada se edifica sobre a pedra, tudo sobre a areia, mas nosso deve é edifi-car como se fosse pedra a areia...47-Feliz o pobre sem amargura ou o rico sem soberba.48-Felizes os valentes, os que acei-tam com ânimo similar a derrota ou as palmas.49-Felizes os que guardam na memória palavras de Virgílio ou de Cristo, por-que estas darão luz a seus dias.50-Felizes os amados e os amantes e os que podem prescindir do amor.51-Felizes os felizes.

Por Juraci Braz das Chagas

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ISMAEL

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O paradigma de que vice-prefeito é um cargo de expectativa está sendo quebrado em Capão Bonito.

Natural de Capão Bonito, Marco Citadini faz parte de um novo modelo de vices-prefeito. Habilidade para a política não lhe falta. Além da função pública, comanda um conjunto empre-sarial que reúne hotel, laticínio, negó-cios imobiliários e um jornal. Mas há anos também se dedica às questões políticas e se tornou uma voz impor-tante na defesa dos interesses de Ca-pão Bonito nos governos Estadual e Federal, por isso, é hoje um dos mem-bros mais atuantes do Conselho Es-tadual de Orientação ao Saneamen-to Básico, e sua presença também é constante nas reuniões deliberativas do Condersul (Consórcio de Desen-volvimento das Regiões Sul e Sudes-te de São Paulo).

Indicado pelos municípios que for-mam a Bacia Hidrográfica do Alto Pa-ranapanema, Citadini é o único vice-prefeito dos 17 membros que compõe o Conselho Estadual. Das propostas apresentadas nas reuniões mensais

Por Francisco Lino

uM viCe AtuAnte

do grupo que fiscaliza e regula as ações da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo), duas são de sua auto-ria: prolongamento das redes de água e esgoto de 20 para 45 metros e vin-culação das tarifas sociais concedidas pelas concessionárias a um programa social do Governo Estadual ou Fede-ral. As indicações feitas por ele bene-ficiam diretamente o consumidor de baixa renda.

Marco Citadini também tem uma participação efetiva no Condersul (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Sul e Sudeste do Esta-do de São Paulo). Para dividir tarefas e responsabilidades com o prefeito Júlio Fernando, Citadini ganhou espa-ço no consórcio e foi dele a indicação de reeleger o prefeito de Itapeva, Luiz Cavani, na presidência do grupo que reúne prefeitos do Sudoeste Paulista, com exceção apenas do vice-prefeito de Capão Bonito.

Ele afirma que a divisão de tarefas entre o prefeito e o vice, aumenta a representatividade do município em

reuniões e discussões de interesse público. “O importante é que o mu-nicípio esteja sempre representado”, afirmou.

Na Prefeitura, Citadini atua como um verdadeiro conciliador e articula-dor dos assuntos mais espinhosos. Graças a sua experiência na iniciativa privada, está conseguindo solucionar um velho problema de legalização dos terrenos cedidos aos empresários que ali se estabeleceram, e que se arras-tava desde 1992.

Oficialmente, os vice-prefeitos não têm funções definidas no governo, la-cuna esta que permite distorções. Na história de Capão Bonito, são raros os episódios em que o vice teve partici-pação ativa na administração munici-pal. A fama era de que recebiam sem trabalhar, mas o atual vice-prefeito está mudando essa realidade, e com-provando que o cargo não é apenas de expectativa, mas sim de que gera expectativas de uma melhor qualidade de vida da população que representa.

O paradigma de que vice-prefeito é um cargo de expectativa está sendo quebrado em Capão Bonito.“

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CAPÃO BONITO 153 ANOS

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