[extra] dermatofuncional - módulo i

29
  Pro gr ama de Educação Continuada a Distância Curso de Fisioterapia Dermatofuncional  Al u no : EAD - Educação a Distância Parceria entre Portal Educação e Sites Associados

Upload: carla-rocha

Post on 01-Nov-2015

231 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

modulo 1

TRANSCRIPT

  • Programa de Educao Continuada a Distncia

    Curso de Fisioterapia

    Dermatofuncional

    Aluno:

    EAD - Educao a Distncia Parceria entre Portal Educao e Sites Associados

  • Curso de Fisioterapia Dermatofuncional

    MDULO I

    Ateno: O material deste mdulo est disponvel apenas como parmetro de estudos para este Programa de Educao Continuada, proibida qualquer forma de comercializao do mesmo. Os crditos do contedo aqui contido so dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.

    2 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

  • 3

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    SUMRIO

    - Noes de Histologia e Citologia

    - Sistema Linftico

    - Disfunes Estticas Corporais

    - Celulite ou Hidrolipodistrofia Ginide

    - Flacidez

    - Gordura Localizada e Obesidade

    - Estrias Atrficas

    - Quelides e Cicatrizes Hipertrficas

    - Acne

    - Rugas Faciais

    - Manchas (Hipercromias, Hipocromias e Discromias)

    - Tratamentos para as Disfunes Estticas Corporais

    - Carboxiterapia

    - Subcision

    - Criotermlise

    - Endermologia:

    - Vacuoterapia

    - Estimulao Muscular (Correntes Excitomotoras)

    - Ultra-som

    - Eletroforese

    - Eletrolipoforese

    - Microcorrentes

    - Eletroporao

    - Thermacool

    - Accent Pro

    - Manthus

    - Termoterapia

    - Intradermoterapia Corporal

    - Argiloterapia

  • 4

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    - Gesso Redutor

    - Drenagem Linftica

    -Tratamentos para as disfunes estticas faciais

    - Alta-Freqncia

    - Corrente Galvnica

    - Ionizao

    - Desincruste

    - Eletrolifting ou Galvanopuntura

    - Eletrlise ou Eletrocoagulao

    - Corrente Fardica (Eletroestimulao Muscular)

    - Vaporizao

    - Vacuoterapia

    - Pulverizao ou Nebulizao

    - Peelings

    - Microcorrentes

    - Mscaras Faciais

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

  • 5

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    MDULO I

    FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL CORPORAL

    Conceito

    Na forma da resoluo do COFFITO nmero 80, a fisioterapia uma cincia

    aplicada cujo objeto de estudo o movimento humano em todas as suas formas de

    expresso e potencialidade, quer nas suas alteraes patolgicas, quer nas suas

    repercusses psquicas e orgnicas, com o objetivo de preservar, manter, desenvolver ou

    restaurar a integridade de rgo, sistema ou funo.

    A fisioterapia dermato- funcional, tambm conhecida como fisioterapia esttica,

    no s trata a esttica do paciente mas ele como um todo, prevendo a recuperao fsico-

    funcional dos distrbios endcrino, metablicos, dermatolgicos e msculo- esqueltico. A

    fisioterapia dermato- funcional, compreende a arte de previnir e restaurar as alteraes

    patolgicas lanando mo de conhecimentos e recursos prprios, com os quais ,

    baseando-se nas condies psico- fsico-social, busca promover, aperfeioar ou adaptar

    atravs de uma relao teraputica, o indivduo a uma melhor qualidade de vida

    (resoluo 80)

    tica profissional

    O fisioterapeuta que escolhe trabalhar com a rea dermato- funcional no deve se

    afastar da sua formao bsica, nem do cdigo de tica da classe, o qual aponta os seus

    direitos e deveres.

    Ao fisioterapeuta cabe observar o cdigo de tica da classe, como consta no item I

    do artigo 7: dever exercer a atividade com zelo, probidade e decoro, e obedecer aos

    preceitos da tica profissional, da moral, do civismo e das leis em vigor, preservando a

  • 6

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    honra, o prestgio e as tradies de sua profisso. Cabe ressaltar que, de acordo com o

    tem IV do artigo 8: proibido ao fisioterapeuta, na sua rea de atuao, prescrever

    medicamentos ou praticar ato cirrgico. E ainda de acordo com o item I do artigo 26:

    proibido ao fisioterapeuta prestar ao cliente assistncia que, por sua natureza, incumbe a

    outro profissional.

    Ao profissional que no observa o cdigo de tica da classe, esto previstas penas

    de acordo com o artigo 32: Ao infrator deste cdigo so aplicadas as penas disciplinares

    previstas no artigo 17, da lei nmero 6.316, de 17 de dezembro de 1975, observadas as

    disposies do cdigo de transgresses e penalidade aprovado pelo Conselho Federal de

    Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

    Para uma correta aplicao dos conceitos de fisioterapia necessrio

    conhecimento profundo dos principais recursos utilizveis na rea dermato-funcional, bem

    como conhecimentos relevantes de anatomia, fisiologia, patologia, entre outros, o que leva

    o fisioterapeuta a avaliar profundamente o problema, alm de eleger o tratamento

    adequado.

    Para um emprego eficiente dos diversos recursos utilizados em dermato-funcional,

    o profissional que pretende trabalhar na rea deve rever alguns conceitos bsicos como:

    indicaes, contra-indicaes, dosagens mnimas e mximas permitidas, provveis efeitos

    adversos como alergias, queimaduras, por exemplo.

    O trabalho na rea de dermato-funcional multidisciplinar, pois, muitas vezes, o

    distrbio esttico est diretamente ligado a outros problemas sistmicos como, por

    exemplo, distrbios hormonais e circulatrios, que exigem interferncia mdica. Outros

    profissionais, como educadores fsicos e nutricionistas tambm podem fazer parte da

    equipe que assiste o paciente. Portanto, o trabalho em equipe se faz necessrio para que,

    juntos e integrados, possam interferir minimizando ou solucionando o distrbio do

    paciente, sem comprometer sua sade.

  • 7

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Noes de Histologia e Citologia

    Tecido Epitelial

    O tecido epitelial pode ser classificado em: epitlio de revestimento e epitlio

    glandular.

    Tecido Epitelial de Revestimento

    Constitui-se por clulas intimamente ligadas, com quantidade mnima de material

    intercelular. Formam uma barreira que recobre as superfcies do corpo e o revestimento

    dos tubos e ductos que se comunicam com a superfcie, revestindo tambm cavidades

    naturais como a boca. O tecido epitelial uma barreira natural que impede a entrada de

    partculas inertes ou germes. Esse tecido avascular, sendo nutridos atravs do processo

    de difuso dos nutrientes atravs da membrana basal, que a conexo com o tecido

    conjuntivo subjacente. Portanto, para que o oxignio e os nutrientes possam chegar s

    clulas, eles devem se difundir pela substncia intercelular do tecido conjuntivo

    subjacente, a partir dos capilares deste.

    Tecido Epitelial Glandular

    Alm da funo de revestimento do organismo, tem como funo principal

    secreo.

    Podemos definir as principais funes do tecido epitelial:

    - revestimento de superfcies;

    - absoro;

    - secreo;

  • 8

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    - sensorial.

    Tecido Conjuntivo

    O tecido conjuntivo caracteriza-se por apresentar diversos tipos de clulas, que so

    separadas por abundante matriz extracelular, que so sintetizadas por elas e representado

    pelas fibras do conjuntivo e pela substncia fundamental amorfa. Banhando este material,

    est presente o lquido intersticial. As principais clulas que compe o tecido conjuntivo

    so: fibroblastos, macrfagos, clulas mesenquimatosas indiferenciadas, os mastcitos,

    plasmcitos, leuccitos e clulas adiposas.

    O fibroblasto, principal clula do tecido conjuntivo, responsvel pela produo e

    manuteno da matriz extracelular, sintetiza o colgeno, mucopolissacardeos e tambm

    fibras elsticas.

    Os macrfagos apresentam grande capacidade de pinocitose e fagocitose,

    removendo os restos celulares, bactrias e partculas inertes que penetram no organismo,

    podendo ser fixos ou mveis.

    As clulas mesenquimatosas indiferenciadas so capazes de originar qualquer

    outra clula do tecido conjuntivo.

    Os mastcitos esto situados em torno dos vasos sanguneos e possuem trs

    substncias ativas em seus grnulos: a heparina (anticoagulante), a histamina e a

    serotonina, mediadores qumicos do processo inflamatrios.

    Os plasmcitos so derivados de linfcitos, sendo responsveis pela produo de

    anticorpos.

    Os leuccitos, freqentemente encontrados no tecido conjuntivo, vindos do sangue

    por migrao atravs dos capilares e vnulas. A sua migrao aumentada quando h

    processo inflamatrio.

    A clula adiposa ou adipcito aumenta de tamanho medida que a gordura se

    acumula, tornando-se de aparncia globosa. Caracteriza-se pela presena de clulas com

  • 9

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    a funo de armazenar lipdeos (adipcitos), auxiliando na manuteno da temperatura

    corprea e na formao dos coxins adiposos, apresentando distribuio diferenciada em

    cada sexo particularmente. Acredita-se que evoluam dos fibroblastos, sendo

    especializadas em armazenamento de gorduras neutras, e esto em contato com a poro

    profunda da derme, sendo que o seu conjunto constitui a hipoderme, e so encontradas

    sobre a rede de colgeno.

    O material intercelular formado por substncia fundamental amorfa e fibras. As

    fibras so do tipo: colgenas, elsticas e reticulares, podendo existir mais de um tipo de

    fibras em um mesmo tecido.

    O tecido conjuntivo tem uma importante capacidade de regenerao, e varia tanto

    na forma quanto na funo. Os tecidos deste grupo desempenham as funes de

    sustentao, preenchimento, defesa, nutrio, transporte e reparao.

    Classificao

    Tecido Conjuntivo Propriamente Dito

    - Tecido conjuntivo frouxo: Nesse tecido no h predominncia de nenhum dos

    elementos constituintes e as fibras so desorganizadas, podendo ser chamado tambm de

    tecido areolar. Esse tecido apia e nutre as clulas epiteliais, podendo ser encontradas na

    pele, nas mucosas e nas glndulas. As clulas comumente encontradas so os

    fibroblastos e os macrfagos. um tecido de caracterstica delicada, flexvel e pouco

    resistente s traes, um exemplo o tecido subcutneo.

    - Tecido conjuntivo denso: Nesse tecido h a predominncia de fibras colgenas,

    sendo que as clulas mais numerosas so os fibroblastos. No tecido conjuntivo denso

    irregular os feixes formam uma trama tridimencional, que proporciona ao tecido resistncia

    s traes, como por exemplo na derme. No tecido conjuntivo denso regular, seguem uma

  • 10

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    organizao fixa, em resposta a traes exercidas num mesmo sentido, como por

    exemplo, nos tendes musculares.

    - Tecido conjuntivo de propriedades especiais: Podemos enquadrar aqui os tecidos:

    adiposo, elstico, reticular e mucoso.

    O tecido cartilaginoso e o tecido sseo tambm so classificados como tecido

    conjuntivo.

    Substncia Fundamental Amorfa

    A substncia fundamental amorfa caracteriza-se por preencher os espaos entre as

    clulas e as fibras do conjuntivo e, sendo de aspecto viscoso, podendo representar uma

    barreira penetrao de partculas estranhas no interior dos tecidos.

    Constitui o elemento no fibroso da matriz, na qual as clulas e outros

    componentes esto mergulhados. Apresenta aspecto incolor, transparente e opticamente

    homogneo, formado principalmente por proteoglicanas, cido hialurnico e

    glicoprotenas. Dentre as principais macromolculas, esto os mucopolissacardeos,

    tambm chamados de gliosaminoglicanos, que quando ligados covalentemente s

    protenas, so denominados proteoglicanas.

    Alm desses tambm composta por protenas fibrilares, ons e gua (originria do

    sangue).

    Os glicosaminoglicanos possuem a funo de sustentao, transportes

    moleculares, atuando tambm na produo do colgeno pelos fibroblastos, bem como seu

    arranjo tridimencional.

    Fibras Colgenas

    As mais freqentes do tecido conjuntivo, formadas por uma protena chamada

    colgeno, que proporciona o arcabouo extracelular. O colgeno a protena mais

  • 11

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    abundante do corpo humano, representando 30% do total. O colgeno classificado em

    cinco tipos, sendo os principais do tipo I, II, III. O tipo I o principal constituinte da pele,

    tendo, osso e paredes dos vasos, sendo sintetizado pelos fibroblastos, clulas do

    msculo liso e osteoblastos. O msculo liso tambm produz a do tipo III, enquanto a do

    tipo II produzida pelos condrcitos.

    As fibras colgenas proporcionam a fora tnsil dos ferimentos na fase da

    cicatrizao. O seu metabolismo, nos tecidos normais, consiste num equilbrio entre

    biossntese e degradao. So reabsorvidas durante o crescimento, remodelao,

    involuo, inflamao e reparo dos tecidos.

    Fibras Elsticas

    As fibras elsticas tm aparncia delgada, sem estriaes longitudinais,

    ramificando-se semelhante a uma rede de malha irregular, de cor amarelada. Seu

    componente principal a elastina, protena muito mais resistente que o colgeno, e a

    microfibrila elstica, formada por uma glicoprotena especializada. Suportam grandes

    traes.

    A elastina a protena mais resistente do organismo, sendo encontrada em

    pequena quantidade na pele, sendo sintetizada pelas clulas musculares lisas, clulas

    endoteliais, fibroblastos e condroblastos fibrocartilaginosos.

    A degenerao da elastina est relacionada ao envelhecimento, iniciando-se por

    volta dos trinta anos, ficando mais acentuada aos setenta, sendo caracterizado pela

    aparncia de cistos e lacunas, resultando na separao das fibras (microscopicamente).

    Fibras Reticulares

    As fibras reticulares so anastomosadas umas s outras, formando uma estrutura

    semelhante a uma rede. So curtas, finas e inelsticas, constitudas por um tipo de

  • 12

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    colgeno chamado reticulina. Formam os arcabouos internos das glndulas, sendo

    produzidos pelos fibroblastos.

    Sistema Tegumentar

    O sistema tegumentar constitudo pela tela subcutnea, juntamente com os

    anexos cutneos. O tegumento recobre toda a superfcie do corpo e constitudo por uma

    poro epitelial, a epiderme, e uma poro conjuntiva, a derme. Abaixo e em continuidade

    com a derme est a hipoderme, tela subcutnea, que embora tenha a mesma origem e

    morfologia da derme no faz parte da pele.

    Pele

    A pele multifuncional, sendo o segundo maior rgo do organismo, s perde para

    o esqueleto sseo, pesando aproximadamente 17 Kg e sua rea superficial chega a 2m2.

    A pele nico rgo do corpo que est totalmente exposto ao meio externo,

    representando12% do peso seco total do corpo humano com peso de aproximadamente

    4,5 quilos, revestido de grande complexidade.

    Um pedao de pele com aproximadamente 3cm de dimetro contm mais de 3

    milhes de clulas, entre 100 e 340 glndulas sudorparas, 50 terminaes nervosas e 90

    cm de vasos sanguneos.

    um rgo sensorial do corpo, responsvel pela recepo de estmulos tteis

    trmicos e dolorosos. O seu teor de gua de cerca de 70% do peso da pele livre do

    tecido adiposo, contendo perto de 20% do contedo total de gua do organismo.

    A superfcie da pele est coberta por uma delgada pelcula lquida que tende a

    acidez. Oferece uma grande superfcie de disperso calrica e de evaporao e por isso,

    desempenha importante papel na termo- regulao por meio de seus vasos e glndulas. O

    fluxo sanguneo pode ter uma grande variao. Sob condies normais, o fluxo cutneo

  • 13

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    de aproximadamente 400 mililitros (mL) por minuto. Funciona tambm como um vasto

    emunctrio e como fbrica de vitamina D e melanina que tem funo protetora contra os

    raios ultravioletas.

    Sendo uma barreira por excelncia, a pele no , contudo um rgo isolado,

    encontra-se associada a muitos sistemas, nomeadamente msculo-esqueltico,

    neurolgico, circulatrio, endcrino e imunolgico. Sendo continuada por mucosas que

    revestem o sistema respiratrio, digestivo e urogenital e suas aberturas exteriores (boca,

    nariz, nus, uretra e vagina), mas diferindo estruturalmente.

    Portanto a pele desenvolve um papel muito importante na fisiologia do corpo

    humano protegendo o resto do corpo das toxinas, do sol e de temperaturas extremas do

    nosso meio ambiente, ajudando o corpo a regular o calor, estabelecendo comunicao

    acerca do estado fsico e emocional e ainda, fornece a identificao atravs de um nico

    dedo.

    A pele responsvel pela proteo externa e interna do nosso corpo contra a

    invaso dos microorganismos ou outros agentes que possam prejudicar o bom

    desempenho do mesmo, mantendo a sua temperatura e protegendo-o dos pequenos

    traumas.

    Podemos resumir ento, as funes da pele:

    - Base de receptores sensoriais, localizao do sentido do tato;

    - Fonte organizadora e processadora de informaes;

    - Mediadora de sensaes;

    - Barreira entre o organismo e o meio ambiente;

    - Fonte imunolgica de hormnios para diferenciao de clulas protetoras;

    - Proteo contra os efeitos da radiao, traumas mecnicos e eltricos;

    - Barreira contra materiais txicos e organismos estranhos;

    - Regulao da presso e do fluxo sangneo e linftico;

    - Regulao da temperatura;

  • 14

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    - Metabolismo e armazenamento de gordura;

    - Reservatrio de alimento e gua;

    - Importante na respirao;

    - Sintetiza compostos importantes como a vitamina D;

    - Barreira contra microorganismos.

    Constituies da Pele

    - Epiderme

    - Derme

    - Hipoderme (tecido subcutneo)

    Epiderme

    uma camada avascular derivada da ectoderme. constituda essencialmente por

    um epitlio estratificado pavimentoso queratinizado. Apresenta terminaes nervosas

    livres e clulas migratrias.

    A epiderme em geral descrita como constituda de quatro ou cinco camadas ou

    estratos, devido ao fato da camada lcida estar ou no includa s sendo observada em

    determinadas amostras de pele espessa. Pode-se observar da derme para a superfcie as

    seguintes camadas celulares:

  • 15

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Camada Germinativa (basal)

    Camada mais profunda formada por clulas cilndricas dispostas

    perpendicularmente (queratincitos basais) de intensa atividade mittica, sendo

    responsvel pela constante renovao da epiderme, fornecendo clulas para substituir

    aquelas que so perdidas na camada crnea. uma barreira permevel que d suporte a

    epiderme e estabelece a unio com a derme. Por reproduo d origem s camadas

    restantes da epiderme. Entre os queratincitos basais temos os melancitos, que formam

    os gros de melanina, que por sua vez transfere-se para queratincitos crneos atravs

    de prolongaes celulares (dendritos).

    Camada Espinhosa

    As clulas dessa camada possuem aspecto espinhoso, responsvel pela

    denominao dessa camada. constituda por clulas que se achatam medida que se

    exteriorizam, at perderem seus ncleos e transformarem-se em lminas acidfilas,

    anucleadas. Sua principal funo a manuteno da coeso das clulas da epiderme e,

    conseqentemente, a resistncia ao atrito.

    Camada Granulosa

    O citoplasma das clulas dessa camada caracteriza-se por conter grnulos de

    querato- hialina que parecem estar associados com o fenmeno de queratinizao dos

    epitlios.

    medida que os grnulos aumentam de tamanho, o ncleo desintegra, resultando

    na morte das clulas mais externas da camada granulosa. Assim, a camada granulosa

    formada por clulas que j esto em franca degenerao, cujos sinais so os grnulos de

  • 16

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    queratina ou de melanina que esto no seu citoplasma. O ncleo das clulas j apresenta

    sinais de atrofia e os filamentos que as uniam camada espinhosa, quase desaparecem.

    Camada Lcida

    Constituda por vrias camadas de clulas, achatadas e intimamente ligadas, das

    quais a maioria apresenta limites indistintos. Faixa mais profunda, compacta e acidfila,

    encontrada somente onde a camada crnea mais espessa, como a palma da mo e

    planta dos ps, podendo estar ausente em alguns lugares. As camadas granular e lcida

    constituem uma camada de transio, com importante funo de barreira entre o meio

    externo e interno, pois impede a sada de gua e a entrada de substncias exgenas.

    Camada Crnea

    Camada mais externa de vrias fileiras de clulas mortas, anucleadas e ricas em

    queratina. A partir do momento em que seu citoplasma for substitudo por uma protena

    fibrosa denominada queratina, estas clulas mortas so denominadas corneificadas,

    formando uma cobertura ao redor da superfcie do corpo que protegem o organismo

    contra agresses fsicas, qumicas e biolgicas e ajudando a restringir a perda de gua do

    organismo. As fileiras mais superficiais (capa descamativa) encontram-se em contnuo

    processo de descamao. As ceramidas so os principais componentes lipdicos

    intercelulares do estrato crneo, so fundamentais em sua funo de barreira e na

    capacidade retentora de gua. As clulas mais superficiais so continuamente eliminadas

    pelo atrito com a roupa, por exemplo, atravs de abraso, sendo constantemente

    substitudas por clulas provenientes de camadas mais profundas da epiderme, ocorrendo

    a renovao do estrato crneo em aproximadamente 14 dias. Embora a camada crnea

    seja de pequena espessura, sua capacidade de reteno hdrica conserva a superfcie da

    pele macia.

  • 17

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Derme

    Camada espessa de tecido conjuntivo sobre o qual se apia a epiderme,

    comunicando com a hipoderme. A derme est conectada com a fscia dos msculos

    subjacentes por uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a hipoderme. constituda por

    componentes de origem mesodrmica, tais como tecidos conjuntivos, vasos e nervos, bem

    como de origem ectodrmica, tais como pr- colgenos, agrupadas em fila por elastina,

    glucoprotenas no colagnicas, fibrilas e miofibrilas de sustentao. As principais clulas

    da derme so os fibroblastos, responsveis pela produo de fibras e de uma substncia

    gelatinosa, a substancia amorfa, na qual os elementos drmicos esto mergulhados. A

    epiderme penetra na derme e origina os folculos pilosos, glndulas sebceas e glndulas

    sudorparas. Encontramos ainda msculo eretor do plo, fibras elsticas, fibras colgenas,

    vasos sanguneos e nervos. disposta por armao formada de fibras de colgeno

    agrupadas em filas entrelaadas por elastina.

    Observa-se na derme duas camadas:

    - Camada papilar delgada, constituda por tecido conjuntivo frouxo, cuja funo

    aumentar a zona de contato derme-epiderme, trazendo maior resistncia pele. Possui

    suprimento sanguneo rico. Muitas papilas contm alas capilares, outras contm

    receptores sensoriais especializados que reagem a estmulos, como mudanas de

    temperatura e presso. Nesta camada h fibrilas especiais de colgeno, que se inserem

    na lmina basal e penetram profundamente na derme, essas possuem funo de prender

    a derme epiderme.

    Camada reticular mais espessa, constituda por tecido conjuntivo denso, com

    pequena vascularizao, sendo assim denominada pelo fato de que os feixes de fibras

    colgenas que a compem entrelaam-se em um arranjo semelhante a uma rede. Seus

    capilares so raros, sendo essa uma grande diferena em relao papilar.

    As fibras colgenas compreendem cerca de 95% do tecido conectivo da derme. Os

    feixes colgenos espessam-se da superfcie para a profundidade, sendo mais finos na

    derme papilar e mais grossos e entrelaados na derme reticular. Sua principal funo

    fornecer resistncia e integridade estrutural a diversos tecidos e rgos. Outro

  • 18

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    componente essencial a elastina, produzida por um precursor secretado pelos

    fibroblastos. Sendo organizada em fibras curtas e sobrepostas, responsvel pela

    elasticidade da pele.

    A elasticidade da pele tem um papel muito importante, pois, permite os movimentos

    do corpo. A tenso da elasticidade varia de direo conforme a regio do corpo e isto se

    deve variao da direo geral das fibras colgenas e elsticas da derme.

    A elasticidade da pele pode ser determinada pela orientao das linhas de fenda,

    ou linhas de Langer. Langer demonstrou que at em cadveres a pele est sujeita a

    tenses direcionadas de acordo com as linhas, que so as junes de inmeras fendas,

    sendo chamadas de linhas de fenda ou clivagem.

    Em leses paralelas a essas linhas, as cicatrizes so mnimas, ao contrrio, nas

    perpendiculares, podem aparecer retraes importantes, por conta das dilaceraes do

    colgeno da derme e desarranjo de suas fileiras. Por isso, o conhecimento das linhas de

    Langer, so de extrema importncia para o cirurgio, auxiliando-o a realizar incises

    esteticamente aceitas.

    Anexos da Pele

    Os plos, as unhas e as glndulas sudorparas e sebceas so considerados

    anexos da pele. Representam apenas 0,1% da superfcie total da pele.

    Hipoderme (Tela Subcutnea)

    A hipoderme um tecido sobre o qual a pele repousa, formada por tecido

    conjuntivo que varia do tipo frouxo ou adiposo ao denso nas vrias localizaes e nos

    diferentes indivduos.

    constituda principalmente por tecido adiposo disposto em lbulos limitados por

    divisrias de parede conjuntiva (colgeno e reticulina), que conferem proteo contra

  • 19

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    traumas mecnicos ou trmicos e, facilitam o deslizamento da pele sobre os planos

    subjacentes.

    A hipoderme conectada de forma frouxa a pele e a fscia dos msculos

    subjacentes, o que permite aos msculos contrarem-se sem repuxar a pele. No faz parte

    da pele, porm, a fixa s estruturas subjacentes.

    Os adipcitos presentes em abundncia na hipoderme, so clulas capazes de

    mobilizar e acumular, grandes quantidades de lipdeos, e constituindo-se no principal

    reservatrio energtico do organismo.

    Apresenta tambm boa vascularizao e inervao, desempenhando papel crucial

    na regulao do metabolismo celular.

    Vascularizao cutnea: constituda por vasos sanguneos e linfticos, dispostos

    pela derme e hipoderme, assegurando as funes de oxigenao, nutrio, distribuio e

    excreo. Possui papel fundamental na termoregulao, equilbrio tensional, defesa

    imunolgica.

    Inervao cutnea: muito abundante por toda a camada da pele, responsvel pela

    sensibilidade trmica, ttil e dor, bem como pela vasomotricidade, secrees de suor, e

    estmulos dos msculos piloeretores.

    formada por duas camadas. A camada superficial chamada de areolar e

    compe-se por adipcitos globulares e volumosos, onde os vasos sanguneos so

    numerosos e delicados.

    Abaixo da camada areolar existe uma lmina fibrosa, de desenvolvimento varivel,

    que a fscia superficial ou subcutnea. Esta separa a camada areolar da camada mais

    profunda, a camada lamelar, onde ocorre aumento de espessura no ganho de peso, com

    aumento do volume dos adipcitos.

  • Sistema Linftico

    Fisiologia do Sistema Linftico

    O sistema linftico se assemelha ao sistema sanguneo, que est intimamente

    relacionado anatmica e funcionalmente ao sistema linftico, mas o sistema linftico no

    possui um rgo central bombeador. A circulao linftica produzida por meio de

    contraes do sistema muscular ou de pulsaes de artrias prximas aos vasos

    linfticos.

    20 Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

  • 21

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    So trs as funes bsicas do sistema linftico: retorno do lquido intersticial para

    a corrente sangunea, destruio de microorganismos e partculas estranhas da linfa e

    respostas imunes especficas, como a produo de anticorpos. seu papel transportar as

    clulas mortas, as clulas imunocompetentes, as partculas inorgnicas, as protenas, os

    lipdeos, as bactrias, os vrus, os produtos do catabolismo.

    Ao passar pelos capilares linfticos o lquido intersticial recebe o nome de linfa. A

    linfa assemelha-se ao plasma sanguneo, diferenciando-se apenas por no apresentar

    clulas sanguneas, sendo constitudo principalmente por gua, eletrlitos e de

    quantidades variveis de protenas plasmticas que escapam do sangue atravs dos

    capilares sanguneos.

    Os vasos linfticos so divididos em superficiais e profundos. Os superficiais

    passam atravs da fscia superficial e os linfonodos so usualmente encontrados onde as

    grandes veias superficiais se anastomosam com as profundas. Os vasos profundos

    geralmente seguem as veias profundas, que via de regra caminham com as artrias.

    Capilares Linfticos

    A rede linftica origina-se nos capilares linfticos. Os capilares so os menores

    vasos condutores linfticos e possuem clulas endoteliais que sobrepem em escamas,

    formando microvlvulas que se tornam prvias, permitindo sua abertura ou fechamento,

    conforme o afrouxamento ou a trao dos filamentos de proteo. Quando ocorre a trao,

    os filamentos permitem que a gua, partculas, pequenas clulas e molculas de protenas

    penetrem, formando a linfa. No interior dos capilares esse lquido no pode voltar aos

    espaos intercelulares por causa da presso no interior dos capilares, que fora as bordas

    das clulas endoteliais a se juntarem, fechando a vlvula, impedindo o refluxo da linfa.

    Existem alguns capilares linfticos nas vilosidades intestinais, chamados de vasos

    lcteos, auxiliando na absoro de gordura no trato digestivo.

    A rede capilar linftica rica em anastomoses, principalmente na pele, onde os

    mesmos so dispostos de forma superficial e profunda, em relao rede capilar

  • 22

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    sangunea. Nos vasos linfticos e ductos, ocorre de forma diferente. Nos capilares

    linfticos, os espaos intercelulares so bem mais amplos, possuindo "fendas" entre as

    clulas parietais, permitindo que as trocas lquidas entre o interstcio e o capilar linftico se

    faam com extrema facilidade no s de dentro para fora, como de fora para dentro do

    vaso (Duque, 2000).

    Pr-Coletores

    Os pr-coletores se assemelham estruturalmente ao capilar linftico, com a

    diferena de o cilindro endotelial interno ser coberto por um revestimento de tecido

    conjuntivo, acompanhado de elementos elsticos e musculares, que proporcionam aos

    vasos, propriedades fsicas de alongamento e contratilidade. Em certos pontos prolongam-

    se juntamente com as clulas endoteliais, para o lmem do vaso, formando as vlvulas ao

    contrrio dos vasos linfticos iniciais os quais no possuem vlvulas. Seu trajeto

    sinuoso, possuindo fibras colgenas e sua membrana basal mais desenvolvida.

    Coletores

    Os coletores linfticos so vasos mais calibrosos que correm longos percursos sem

    se anastomosar. Apresentam uma estrutura semelhante s veias de grande calibre, sendo

    o seu revestimento composto de trs camadas: tnica ntima, tnica mdia e tnica

    adventcia.

    - Tnica ntima: mais interna, onde h fibras elsticas dispostas longitudinalmente.

    - Tnica mdia: compe a maior parte da parede do coletor, formada por

    musculatura lisa arranjada em forma de espiral, seguindo a contratilidade do vaso.

    - Tnica adventcia: a mais externa e espessa de todas, formada por fibras

    colgenas dispostas longitudinalmente, entre as quais existem fibras elsticas e feixes de

    musculatura longitudinal.

  • 23

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Os elementos da camada interna so freqentemente orientados de forma

    longitudinal, enquanto os da camada central formam uma espiral slida e, por isso,

    parecem estar dispostos de forma circular.

    Tanto os vasos superficiais ou profundos, possuem numerosas vlvulas bivalvares,

    sendo os espaos compreendidos entre cada vlvula chamados de linfangions. Este

    possui contratilidade prpria, configurando a unidade motriz do sistema linftico,

    assemelhando-se a bomba cardaca.

    Esse corao do sistema linftico impulsiona a linfa por: contrao da musculatura

    lisa da parede dos vasos, de seis a sete vezes por minuto e por estiramento reflexo dos

    vasos, atravs do enchimento do vaso, causando uma distenso que impulsiona a linfa

    atravs da vlvula para o prximo segmento.

    A motilidade dos linfangions tambm so influenciados por outras aes paralelas:

    - Bombeamento do sistema arterial;

    - Bombeamento dos msculos;

    - Movimentos respiratrios;

    - Peristaltismo intestinal;

    - Drenagem linftica;

    - Presso externa promovidas por enfaixamento e contenso elstica.

    Linfonodos

    Tambm conhecidos como gnglios ou nodos linfticos. So formaes localizadas

    ao longo dos vasos do sistema linftico e so em nmero de 600 e 700 ao todo. Podem ter

    diferentes formas, tamanho e colorao, podendo estar em grupos ou isolados. O gnglio

    formado por uma cpsula conjuntiva perifrica que se adere ao tecido adiposo.

    Normalmente esto localizados na regio anterior s articulaes. Possuem a

    funo de transportar a linfa em direo s cadeias ganglionares, filtrando suas impurezas

  • 24

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    e produzindo linfcitos. A preservao do organismo contra qualquer agresso de

    substncias estranhas, atravs de uma reao imunolgica muito complexa, sua funo

    essencial.

    Os gnglios esto envoltos por uma cpsula fibrosa e em seu interior possuem

    septos conjuntivos que os dividem em lobos. A parte interna, que o parnquima,

    formada por dois tipos de estruturas: a cortical, na periferia e a medular, mais

    internamente.

    As clulas que constituem o gnglio so: clulas reticulares e as linfides.

    - Reticulares: com a funo de fagocitose e pinocitose.

    - Linfide: contm a memria imunolgica, essencial em reaes imunolgicas. So

    to especializadas que podem reagir diretamente ou atravs de anticorpos.

    A linfa infiltrada no seio marginal ou subcapsular, contendo linfcitos e

    macrfagos, sendo transportada em seguida por canais at o seio medular, onde a linfa

    recaptada pelos vasos eferentes que surgem no hilo.

    Os vasos que chegam ao linfonodo so mais numerosos e mais finos (linfticos

    aferentes), do que os que saem (linfticos eferentes), por conta disso o fluxo nessa regio

    lento. A linfa que chega ao linfonodo percorre numerosas cavidades, os seios linfticos,

    onde as impurezas so retidas e passam para a linfa.

    Os principais grupos de linfonodos esto na axila, virilha, pescoo, perna e em

    outras regies mais profundas do corpo.

    Os nodos linfticos, no caso de infeco, contribuem para impedir que o processo

    infeccioso se dissemine ou provoque perturbaes em outros pontos do organismo,

    retendo os restos de microorganismos e dendritos de clulas mortas nos nodos. Esses

    restos celulares so destrudos por clulas especializadas atravs da fagocitose.

    O aumento do volume e da sensibilidade dos nodos linfticos, localizados prximos

    rea comprometida, conhecido popularmente como ngua. Que nada mais do que

    um congestionamento da linfa por sobrecarga do trabalho das clulas dos nodos.

  • 25

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Outra funo de extrema importncia dos linfonodos a deteco de clulas

    tumorais, na tentativa de impedir o processo de metstase, que a disseminao dessas

    clulas cancerosas para o resto do corpo. Sendo por esse motivo que o estudo do sistema

    linftico durante o tratamento cirrgico e radioterpico do cncer essencial.

    Circulao Linftica

    As circulaes linfticas e sanguneas esto intimamente relacionadas. Os capilares

    linfticos so dotados de alta permeabilidade, permitindo a passagem de protenas,

    cristalides e gua.

    O fluxo da linfa lento, por volta de trs litros de linfa penetram no sistema

    cardiovascular em 24 horas. Isso se deve ao fato de que ao contrrio do sistema

    cardiovascular, o sistema linftico para fluir depende de foras externas e internas do

    organismo, como a gravidade, os movimentos passivos, a massagem ou a contrao

    muscular, a pulsao das artrias prximas aos vasos, o peristaltismo visceral e os

    movimentos respiratrios.

    A linfa, ao ser absorvida pelos capilares linfticos, transportada para os vasos pr-

    coletores e coletores, passando atravs de vrios linfonodos, a linfa em seguida filtrada

    e devolvida circulao sangunea, at atingir os vasos sanguneos. Os vasos superficiais

    e profundos do membro superior fluem em direo aos linfonodos axilares. E os vasos

    superficiais e profundos do membro inferior fluem para os linfonodos inguinais superficiais.

    A linfa de todo o organismo retorna circulao sangunea atravs de dois grandes

    troncos: o ducto torcico e o ducto linftico direito. O ducto torcico recebe a linfa vinda

    dos membros inferiores, do hemitrax esquerdo, e metade esquerda do pescoo e da

    cabea, alm do membro superior esquerdo. Ele formado pela juno dos troncos

    intestinais, intercostais descendentes e lombares, se origina na cisterna do quilo, uma

    dilatao situada anteriormente segunda vrtebra lombar, onde desembocam os vasos

    que recolhem o quilo intestinal.

  • 26

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    O ducto linftico direito recolhe a linfa proveniente do membro superior direito, do

    hemitrax direito, do pescoo e da cabea. Este ducto formado pela unio dos troncos

    subclvio, jugular direito e broncomediastinal direito.

    Toda a linfa coletada filtrada pelo sistema linftico e lanada na corrente

    sangunea, recomeando o seu circuito como plasma sanguneo.

    As molculas pequenas vo, em sua maioria, diretamente para o sangue, sendo

    conduzida pelos capilares sanguneos, e as grandes partculas alcanam a circulao

    atravs do sistema linftico. Mesmo macromolculas passam para o sangue via capilares

    venosos, sendo que o maior volume do fluxo venoso faz com que, no total, o sistema

    venoso capte muito mais protenas que o sistema linftico.

    O transporte da linfa pode ser explicado pela hiptese de Starling sobre o equilbrio

    de foras. Uma dessas foras a presso de filtrao (presso hidrosttica nos capilares

    menos a presso hidrosttica do lquido intersticial), e a outra fora o gradiente de

    presso osmtica atravs da parede capilar ( presso coloidosmtica do plasma menos a

    presso coloidosmtica do lquido intersticial). Sendo esta uma fora de entrada, e como a

    presso coloidosmtica do lquido geralmente desprezvel, o gradiente equivale

    presso onctica. A gua, rica em elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas, ao

    deixar a luz do capilar arterial, desemboca no interstcio, onde as clulas retiram os

    elementos necessrios ao seu metabolismo e eliminam os produtos de degradao

    celular. Em seguida, o lquido intersticial, atravs das presses exercidas, retoma a rede

    de capilares venosos.

    Vrias presses so responsveis pelas trocas atravs do capilar sanguneo:

    - Presso hidrosttica: a presso que impulsiona do fluido pela membrana capilar,

    em direo ao interstcio. A presso mdia no capilar arterial de cerca de 30 mmHg e no

    capilar venoso de 15 mmHg. A presso hidrosttica intersticial a que tende a movimentar

    o fluido de volta para os capilares. Quando um indivduo fica em p, a presso hidrosttica

    aumenta nos membros inferiores e diminui na cabea.

    - Presso osmtica: originada pela presena de molculas proticas no sangue e

    no fluido intersticial. A presso osmtica movimenta o fluido do interstcio em direo o

    capilar. Seu valor mdio de 28 mmHg nos extremos dos capilares. A presso osmtica

  • 27

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    intersticial representa a fora oposta, que tende a retirar fluido dos capilares. Seu valor

    mdio de 6mmHg nos extremos dos capilares.

    - Presso de filtrao: calculada pela diferena entre as presses hidrosttica

    capilar e osmticas, sendo no extremo arterial igual presso positiva de 8 mmHg,

    produzindo assim uma ultrafiltrao. No extremo venoso, corresponde a presso negativa

    de 7 mmHg, produzindo a reabsoro. Assim sendo, 90% do fluido filtrado reabsorvido,

    o restante absorvido pelo sistema linftico.

    - Presso tissular: a presso exercida sobre o fluido livre nos canais tissulares.

    negativa na maioria dos tecidos. A presso tissular total o resultado da soma da presso

    hidrosttica tissular e da presso do tecido slido. negativa na maioria dos tecidos,

    quando o interstcio abre as junes endoteliais atravs dos filamentos de ancoragem.

    Podendo ser positiva quando os msculos de contraem, comprimindo os linfticos iniciais.

    Grande parte do lquido dos tecidos na extremidade arterial do leito capilar retorna

    circulao sangunea atravs das extremidades venosas dos capilares e das vnulas ps-

    capilares. Aproximadamente dez a vinte por cento, entretanto, so conduzidos por um

    sistema de finos capilares linfticos, atravessando um ou mais grupos de linfonodos e

    finalmente vasos linfticos maiores antes de retornarem ao sistema venoso.

    Para que a movimentao da linfa ocorra de forma significativa, depende de

    diversas foras. O aumento da permeabilidade do capilar sanguneo, aumentando o

    volume e a presso intersticial, leva formao de mais linfa, o que conseqentemente,

    proporciona um aumento da permeabilidade capilar venosa, juntamente com o

    extravasamento de lquido e de protenas, levando tambm, ao aumento da entrada da

    linfa dentro do capilar linftico. As mudanas de temperatura, como seu aumento ou

    hipotermia, agem da mesma forma, aumentando o volume de lquidos intersticiais e o fluxo

    da linfa. No interstcio, as macromolculas proticas fracionam-se, adquirindo maior poder

    osmtico, atraindo mais lquido para o interstcio e potencializando os mecanismos

    formadores de linfa.

    A quantidade de lquido nos espaos intersticiais depende da presso capilar, da

    presso do lquido intersticial, da presso onctica, da permeabilidade dos capilares, do

    nmero de capilares ativos, do fluxo linftico e do volume total de lquido extracelular. A

  • 28

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    relao entre as resistncias pr- capilares e ps- capilares venular tambm importante.

    Alteraes em alguns destes parmetros leva a variaes no volume do lquido intersticial.

    O excesso de lquido no interstcio fator determinante do que classificamos como

    edema.

    A quantidade anormal de lquido nos espaos intercelulares ou nas cavidades do

    organismo, o que definimos por edema. O edema uma conseqncia do aumento nas

    foras que tendem a mover os fluidos do compartimento intravascular ao intersticial. As

    principais causas que podem levar formao de edema so: aumento da presso

    hidrosttica, diminuio da presso osmtica, obstruo da drenagem linftica e aumento

    da permeabilidade vascular.

    Fisiopatologia

    A fisiopatologia do sistema linftico caracterizada pela formao de edema, o qual

    de extrema importncia para a rea dermato - funcional.

    Falar de edema ainda contraditrio, no se sabe ainda os mecanismos profundos

    que levam a formao do edema, e seu sinais clnicos ainda so contraditrios. Alguns

    sinais aparecem noite outros, logo pela manh, sendo este mais raro, mais evidente ao

    levantar. A atividade fsica favorece a sua eliminao, mas em alguns casos o mais

    indicado o repouso.

    O edema o resultado do desequilbrio entre o aporte lquido retirado dos capilares

    sanguneos pela filtragem e a drenagem desse lquido. O estado fisiolgico obtido

    quando as vias de drenagem so suficientes para evacuar o lquido trazido pela filtragem,

    ocorrendo uma constante renovao do lquido intersticial, onde as clulas do corpo

    podem retirar os elementos necessrios ao seu metabolismo. Se esse processo no for

    interrompido, o edema certamente no aparecer.

    Quando o aporte de lquido filtrado, e o sistema de drenagem linftico insuficiente,

    no respondendo a essa demanda, ocorre um desequilbrio. Os tecidos se enchem de

  • 29

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    lquido, as presses intrateciduais aumentam e a pele se distende. O tecido apresenta-se

    inchado, ocorrendo o edema.

    Esse tipo de edema de origem vascular, o sinal caracterstico o de godet, ou

    seja, uma presso aplicada com o dedo o deprime, e ao retirar a presso, a depresso

    persiste.

    Outro tipo de edema totalmente diferente acontece quando a rede de evacuao

    insuficiente, enquanto o aporte por filtragem normal, no apresentando o sinal de godet.

    Esse edema de origem linftica.

    Edema por Aumento de Aporte Lquido

    O edema de origem vascular pode aparecer em conseqncia da presso

    hidrosttica, pelo aparecimento das varizes, as flebites, a insuficincia cardaca,

    diminuio da presso onctica e alterao da parede vascular.

    Edema Produzido por Defeito de Drenagem

    Esse defeito leva a formao do linfedema e pode ser por: agenesia (defeito do

    desenvolvimento), hipoplasia (diminuio da atividade), de origem hereditria ou adquirida,

    incontinncia valvular e obstruo linftica.

    ------------------- FIM DO MDULO I --------------------

    Conceito tica profissional Noes de Histologia e Citologia Tecido Epitelial de Revestimento Classificao Substncia Fundamental Amorfa Fibras Colgenas Fibras Elsticas Fibras Reticulares

    Sistema Tegumentar Pele Camada Espinhosa Camada Granulosa Camada Lcida Camada Crnea Derme

    Anexos da Pele Sistema Linftico Fisiologia do Sistema Linftico Capilares Linfticos Pr-Coletores Coletores Linfonodos Circulao Linftica

    Fisiopatologia Edema por Aumento de Aporte Lquido Edema Produzido por Defeito de Drenagem