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Gestão de Ricos nas Emergências Ambientais Envolvendo Incêndios Florestais no Contexto das Mudanças Climáticas
Belo Horizonte, 17 de outubro de 2016
Rodrigo Bueno BeloDiretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais
“A Diretoria de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais tem por finalidade planejar,coordenar e promover ações destinadas a prevenir e combater as queimadas sem controle eincêndios florestais, minimizar os efeitos da seca, inundações e tempestades no Estadocompetindo-lhe...”
“II - coordenar, supervisionar e realizar treinamentos técnicos de brigadas voluntárias,contratadas e de parceiros para o combate a incêndios florestais nas áreas protegidas e áreas derelevante interesse ecológico dentro do Estado, priorizando as áreas protegidas estaduais e suaszonas de amortecimento, em articulação com a Diretoria de Áreas Protegidas do IEF;”
“IV - coordenar e planejar as ações previstas em legislação específica relativas à Força TarefaPrevincêndio;”
“IX – articular-se com instituições públicas ou privadas, nacionais ou internacionais, e com asociedade civil organizada.”
Atribuições da Dir. de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais
As unidades de conservação estaduais (UCs) mineiras somam 2.092.951,39 hectares e são o focoprioritário das ações do Programa Previncêndio:
UCs de Proteção Integral
• 38 Parques Estaduais.................................................................. 474.098,88ha• 11 Monumentos Naturais............................................................... 8.581,79ha• 11 Estações Ecológicas.................................................................... 2.874,65ha• 04 Refúgios Estaduais de Vida Silvestre........................................ 22.292,76ha• 02 Reservas Estaduais Biológicas.................................................. 10.050,94ha
UCs de Uso Sustentável
• 14 Áreas de Proteção Ambiental............................................. 1.499.538,19ha• 02 Florestas Estaduais..................................................................... 4.538,87ha• 01 Reservas Estaduais de Desenvolvimento Sustentável............. 60.975,31ha
Unidades de Conservação Estaduais em Minas Gerais
Comparativo 2016 x média históricaJaneiro a setembro
Média histórica (2011
a 2015)2016 2015 %
Área queimada interna
28.521,70 8.852,03 ? - 68,9%
Nº ocorrências interna
310 346 ? + 11,7%
Área queimada entorno
12.024,25 5.837,31 ? - 51,4%
Nº ocorrências entorno
162 195 ? + 20,5%
*Dados de área queimada em 2016 são parciais.
Incêndios florestais por classe de tamanho em 2016
Classe de tamanho (ha)Quantidade de
ocorrênciasPorcentagem (%)
< 5,99 275 63,8%
6 a 9,99 30 6,9%
10 a 49,99 73 16,9%
50 a 99,99 21 4,9%
100 a 299,99 21 4,9%
300 a 499,99 06 1,4%
500 a 999,99 03 0,7%
> 1.000 02 0,5%
*Dados parciais.
Criada pelo Decreto 44.043/2005, e atualmente regida pelo Decreto 45.960/2012, a ForçaTarefa Previncêndio – FTP, é uma importante articulação do Estado composta por:
• Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD;
• Instituto Estadual de Florestas – IEF-MG;
• Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG;
• Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais – CBMMG;
• Polícia Civil de Minas Gerais – PCMG;
• Coordenadoria Estadual de Defesa Civil – CEDEC.
Estas instituições compõem a Coordenação Geral e atuam conforme suas atribuiçõesinstitucionais nos incêndios florestais em unidades de conservação do Estado de Minas Gerais,tendo à frente o Secretário de Estado de Meio Ambiente, em parceira com entidades dasociedade civil organizada, além do ICMBio e IBAMA.
A Força Tarefa Previncêndio
• Atividades preventivas Ação Ambiental Comunitária Previncêndio;
• Cursos de formação de brigada de prevenção e combate a incêndios florestais.
• Campanhas publicitárias.
• Apoio às UCs na elaboração dos Planos Integrados de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais.
• Monitoramento de focos de incêndio por satélite e aéreo.
• Unidades operacionais em Curvelo, Januária, Belo Horizonte e Diamantina.
• Contratação de brigadistas SEMAD dispostos nas UCs Estaduais.
• Contratação anual de aviões de combate.
• Convênios com a PMMG para gerenciamento da Esquadrilha Guará.
• Brigadas voluntárias apoiadas pelo programa Previncêndio.
• Orçamento anual entre 12 e 30 milhões de Reais.
Principais atividades
Juiz de Fora
Uberlândia Base Curvelo
Montes Claros
Sub Base Diamantina
Belo Horizonte
Sub Base Januária
Distribuição das aeronaves
N
Situação hipotética
Varginha
G03, G04, G05 e G06
O cenário de alterações climáticas severas
Os incêndios florestais são fenômenos naturais que se concentram nas estações secas, invernono hemisfério sul e verão no hemisfério norte. Eles estão intimamente ligados à baixa umidaderelativa do ar (< 30%) e à temperatura elevada do ambiente (> 30°C). O ciclo abaixo mostraporque tendem a se agravar com o aumento das temperaturas.
Desmatamentos
Aumento de temperatura
Má distribuição das chuvas
Combustíveis mais susceptíveis
Incêndios florestais
Helicópteros, brigadistas, aviões, tratores, caminhões 4 x 4, retardantes, sopradores costais,motobombas, capacitações múltiplas... Todos são recursos importantes e, especialmente noBrasil, ainda muito necessários, em face de sua escassez.
Então, por que países com recursos abundantes investidos nessa parafernália não estão obtendoresultados com melhora consistente na contenção dos incêndios?
• Porque os incêndios estão piores• Porque existem mais agentes causadores• Porque existem interesses conflitantes• Porque involuntariamente ampliamos as condições para os grandes incêndios• Porque o clima está a favor dos incêndios
Sem genialidade alguma, podemos concluir que precisamos mudar de estratégia!
Em 2015 foram gastos 52% dos recursos do serviço florestal americano na prevenção e nocombate aos incêndios florestais. Em 1995, essa porcentagem era de 15%.
Armas cada vez mais potentes... Perdas cada vez maiores
O ciclo do fogo
As ocorrências de incêndio florestal são fenômenos naturais, agravados em intensidade equantidade pela ação humana. Ao moldarem a paisagem atual, milhões de anos atrás, osincêndios queimavam em épocas adequadas.
Através do fogo ocorre a renovação da vegetação com a adaptação dos biomas.
ESTAÇÃO CHUVOSA
nov/abr
ESTIAGEM
mai/outVEGETAÇÃO
SECA
ago/out
FOGO NATURAL
out/nov CHUVAS
nov/abr
REBROTA
nov/jan
AMBIENTES SAUDÁVEIS
Um desafio ampliado
Ao quebrarmos a natureza do ciclo, os incêndios ganham intensidade em dias mais quentes ecom umidade do ar mais baixa. Mesmo espécies que se adaptaram ao fogo não suportamtemperaturas tão levadas em consequência do cruzamento de múltiplos fatores favoráveis àocorrência do fogo.
ESTAÇÃO CHUVOSA
nov/abr
ESTIAGEM
mai/outVEGETAÇÃO
SECA
ago/out
FOGO ANTRÓPICO
jul/outCHUVAS
nov/abr
REBROTA PARCIAL
nov/jan
AMBIENTES FRAGILIZADOS
Os investimentos em combate a incêndios florestais crescem no mundo todo. Então tivemos umadiminuição das áreas atingidas?
Países com recursos humanos, materiais e financeiros bastante superiores aos nossos jáperceberam que os incêndios não são controláveis. Começaram a surgir, a partir de então (décadade 60), práticas de manejo dos combustíveis, através da supressão do combustível por corte e porfogo. O manejo com fogo é uma alternativa viável, barata e que se aproxima mais do ciclo natural,ainda que precise ser executado em período diferente desse ciclo.
Quanto mais tempo levamos para nos definir sobre quais atitudes adotar, mais áreas verdesperdemos, mais recursos investimos apenas para conter os incêndios, sem nenhum em melhoraou implantação de infraestrutura sustentável ou da recuperação de áreas florestais.
Mais uma vez a definição de como faremos a administração de nossas unidades de conservaçãopesará mais que os recursos que disponibilizarmos para combater incêndios.
Alternativas possíveis