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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA
BACHARELADO EM FARMÁCIA
JOYCE MACHADO DOS SANTOS
Casos de intoxicações por alimentos e bebidas notificados em
Barra do Garças, Mato Grosso.
Barra do Garças - MT
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA
BACHARELADO EM FARMÁCIA
Casos de intoxicações por alimentos e bebidas notificados em
Barra do Garças, Mato Grosso.
Monografia apresentada ao Curso
de Farmácia do Campus
Universitário do Araguaia/UFMT,
como exigência para a conclusão do
curso.
ORIENTADOR: Prof. Drª ELIANE APARECIDA SUCHARA
Barra do Garças - MT
2019
BANCA EXAMINADORA
Orientador:
__________________________________________________
Profª. Drª. Eliane Aparecida Suchara
Examinadores:
________________________________________________
Prof. Dr. Olegario Rosa de Toledo
_______________________________________________
Profª. Drª. Karina da Silva Chaves
Agradecimentos
Primeiramente agradeço а Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao
longo de minha vida, е não somente neste período de faculdade, mas em todos os
momentos é o maior mestre que alguém pode conhecer.
А minha mãe Elizangela Machado Fernandes Santos e meu pai Joel Pinto
dos Santos, que me deram apoio, incentivo nas horas difíceis, de desânimo,
cansaço e por terem ajudado também na construção deste trabalho.
À Prof. Drª. Eliane Aparecida Suchara pela orientação e por ter tido paciência,
apoio, confiança e dentre várias outras coisas que não dá para explicar com
palavras como ela foi importante na elaboração deste trabalho.
E também aos meus amigos que de forma direta ou indiretamente fizeram
parte de tudo isso, me dando apoio e motivação. A todos o meu muito obrigado por
me acompanhar durante essa jornada.
Sumário
1. Revisão de literatura ............................................................................................. 7
1.1. Infecções ......................................................................................................... 9
1.2. Toxinfecção ..................................................................................................... 9
1.3. Intoxicação .................................................................................................... 10
1.3.1. Biológico ................................................................................................. 11
1.3.1.1. Originados por bactérias e suas toxinas ......................................... 12
1.3.1.2. Protozoários ........................................................................................ 12
1.3.1.3. Fungos ................................................................................................. 13
1.3.1.4. Toxinas naturais .................................................................................. 13
1.3.2. Químico ................................................................................................... 14
1.3.2.1. Aditivos intencionais .......................................................................... 15
1.4. Estudos epidemiológicos de DTAs ............................................................. 16
1.5. Vigilância Sanitária e Legislação................................................................. 17
2. CASOS DE INTOXICAÇÕES POR ALIMENTOS E BEBIDAS NOTIFICADOS EM
BARRA DO GARÇAS, MATO GROSSO ................................................................. 19
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 20
METODOLOGIA ....................................................................................................... 21
RESULTADOS .......................................................................................................... 23
DISCUSSÃO ............................................................................................................. 27
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 31
3. Normas para publicação do periódico .............................................................. 36
4. Título do periódico .............................................................................................. 47
5. Referências bibliográficas geral ........................................................................ 48
6. Anexo ................................................................................................................... 51
7
1. Revisão de literatura
As doenças de origem alimentar ou doenças transmitidas por alimentos
(DTAs) são decorrentes do consumo de alimentos ou água infectados com
microrganismos patogênicos (infecciosos, toxinogênicos ou infestantes). Toxinas de
microrganismos, substâncias químicas, itens nocivos ou que retenham naturalmente
estruturas tóxicas, isto é, doenças decorrentes de riscos biológicos, químicos ou
físicos presentes nos alimentos são também conhecidas como DTAs (GARCIA;
DUARTE, 2014; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018; VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2018;
AMARANTE et al., 2018). Estes agentes patógenicos em certas quantias podem
afetar a saúde pública, assim originando as DTAs (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).
Estas ocasionam mais de 250 tipos de doenças de origem alimentar (OLIVEIRA et
al., 2010; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018; MELO et al., 2018; SIRTOLI;
COMARELLA, 2018).
A DTA está relacionada à ingestão de alimentos ou água infectado por
bactérias, vírus, parasitas, toxinas, príons, agrotóxicos, produtos químicos e metais
pesados (ALMEIDA et al., 2013). Ela é classificada como: intoxicação, infecção e
toxinfecção alimentar (EDUARDO; KATSUYA; BASSIT, 2008; ALMEIDA et al.,
2013).
As DTAs se apresentam na maioria das vezes por sintomas gastrointestinais,
como náusea, vômito, dor abdominal e diarréia. Também podem apresentar dor de
cabeça, febre, alterações da visão, olhos inchados, entre outros. A forma com que
esses sinais clínicos apresentar-se-ão dependerá de acordo com o agente
etiológico, a quantidade de cepas infecciosas absorvidas, a toxina encontrada, a
quantidade de alimento contaminado consumido e também da resistência de cada
indivíduo (GARCIA; DUARTE, 2014; BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE, 2018).
Em adultos saudáveis boa parte das DTAs duram poucos dias e sem
implicações, porém para outras pessoas como crianças, idosos, gestantes e
doentes, podem ter impactos mais sérios, levando até a morte. No entanto
algumas DTAs podem ser mais sérias, trazendo implicações mais severas mesmo
para indivíduos saudáveis (BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE, 2018). Cada
8
organismo é diferente, sendo que alguns são mais debilitados, então mesmo que
para muitas pessoas nada ocorra, para outras os sintomas podem se manifestar.
As DTAs podem ser identificadas se porventura uma ou mais pessoas exibem
sintomas similares, depois de ingerir alimentos contaminados com agentes
patogênicos (OLIVEIRA et al., 2010; MONTEIRO, 2016; SILVA et al., 2017).
É apontado como um surto de DTA o momento em que duas ou mais
pessoas exibem em um período de tempo equivalente, sinais e sintomas parecidos
depois de consumir alimentos ou água contaminados com indícios epidemiológico
e/ou laboratorial (SCUCCATO et al., 2014; GARCIA; DUARTE, 2014; MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2018; VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2018). Porém, apenas um caso de
botulismo ou envenenamento químico pode ser suficiente para desencadear
ações correspondentes a um surto por causa da gravidade desses agentes
(VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2018).
Grande parte dos surtos está associada ao consumo de alimentos com boa
aparência, sabor e odor caracteristicos, ou seja ausente de alteração organoléptica
visível. Isso só acontece por que a porção infectante de patógenos alimentares
normalmente é menor que a quantidade de microrganismo deteriorante no alimento.
Com isso, prejudica a identificação dos alimentos causadores de surtos, sendo que
os indivíduos que consomem alimentos contaminados raramente conseguem
perceber sensorialmente o alimento fonte da DTA (OLIVEIRA et al., 2010).
Os alimentos manipulados nas residências têm muita influência no episódio
de surtos de DTA, por causa das falhas higiênicas na preparação e também por
contaminação cruzada por meio de utensílios e ambientes contaminados (NUNES et
al., 2017).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Vigilância Sanitária
(VISA) e Vigilância Epidemiológica (VE), devem ser notificadas quando se tem
denúncias de surtos de DTAs para que medidas sejam tomadas, assim como a
coleta de informações básicas para que se possa controlar o surto, diagnosticar a
doença e identificar o agente etiológico e a possível fonte de contaminação
(BERNARDES et al., 2018).
9
No Brasil, a vigilância epidemiológica de DTA (VE-DTA) acompanha os
surtos de DTAs e as ocorrências das doenças definidas em legislação específica.
Conforme os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN),
são notificados em média, por ano, 700 surtos de DTAs, com 13 mil doentes e 10
óbitos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).
Então se entende que para evitar ou amenizar os perigos das DTAs, é
necessário tomar providências preventivas e de controle envolvendo as boas
práticas de higiene, deve-se aderir na cadeia produtiva, nos serviços e
comercialização de alimentos, e nos domicílios, tendo em vista à melhoria das
condições sanitárias dos alimentos (BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE, 2018).
1.1. Infecções
Nos últimos anos, as infecções alimentares têm sido consideradas como um
problema de saúde pública, por causa dos episódios de contaminação por
microrganismos patológicos nos alimentos. Pode-se acontecer por métodos de
conservação inapropriados, falta de higienização adequada na manipulação e na
preparação apresentando-se mau cozimento (ANJOS et al., 2017).
As infecções são derivadas do consumo de alimentos que esteja contaminado
com os microrganismos vivos em quantidade suficiente para sobreviver diante das
principais barreiras protetoras do corpo, sendo prejudiciais à saúde, e assim se
multiplicando no interior do individuo que os consumiu, dando origem ao
aparecimento de sintomas (BRUM et al.,2015; NEVES, 2015; BIBLIOTECA
VIRTUAL EM SAÚDE, 2018). Ela se manifesta por meio da invasão das mucosas ou
as toxinas que atuam no intestino (enterotoxinas), onde criam um meio patológico
que causa a doença. Os principais gêneros bacterianas são: Escherichia sp;
Salmonella sp.; Shigella sp.; Yersinia sp.; Vibrio sp.; Brucella sp.; Clostridium
sp.(PINTO, 2019).
1.2. Toxinfecção
10
As toxinfecções são o resultado do consumo de alimentos que exibem
organismos nocivos á saúde e que liberam substâncias tóxicas como, por exemplo,
a cólera (Vibrio cholerae) (BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE, 2018).
As toxinfecções acontecem quando microrganismos patogênicos infectam o
alimento que será consumido, mesmo que esteja com aparência, odor e sabor
apreciáveis, apresentando carga microbiana capaz de degradar o alimento
possuindo capacidade de proporcionar efeitos nocivos a saúde dos consumidores
que apresentam susceptibilidade (SILVA et al., 2017).
1.3. Intoxicação
As intoxicações são um problema global de saúde, que também pode ser
chamada de envenenamento, sendo responsáveis por diversos chamados aos
centros de informações e assistência toxicológica em todo o mundo (AMORIM;
MELLO; SIQUEIRA, 2017).
As intoxicações alimentares acontecem quando um indivíduo consome alimentos
contaminados com substâncias tóxicas, assim como toxinas produzidas por
microrganismo, como bactérias e fungos como, por exemplo, o botulismo,
intoxicação estafilocócica e toxinas produzidas por fungos (BIBLIOTECA VIRTUAL
EM SAÚDE, 2018). Os sintomas serão por causa das toxinas e não devido aos
microrganismos (NEVES, 2015).
Elas são apontadas como uma das causas mais comuns de doença e morte nos
países em desenvolvimento. A maior parte dos relatos de intoxicação alimentar está
relacionado à contaminação bacteriana, principalmente em membros de bactérias
Gram negativas como Salmonella typhi, Escherichia coli e Pseudomonas
aeruginosa. Outras bactérias Gram positivas, incluindo Staphylococcus aureus e
11
Bacillus cereus, também foram apontadas como agentes causadores de doenças
transmitidas por alimentos ou deterioração de alimentos (MOSTAFA et al., 2018).
Os casos de intoxicações alimentares tem crescido nos últimos anos e pode
estar agregada a falta de informação da população a respeito dos riscos da
manipulação imprópria dos produtos alimentícios, ampliando o consumo de
alimentos preparados e pré-preparados. Os transtornos gastrointestinais são
sintomas mais comuns das doenças transmitidas por alimentos. Entretanto, ainda
podem ser analisados por distúrbios do sistema nervoso, do sistema circulatório, do
fígado e de outros órgãos (MACEDO et al.,2017).
As intoxicações decorrentes da ingestão de alimentos que estejam
contaminado com as toxinas, ainda que os microrganismos tenham sido excretados
a toxina presente no alimento causa a doença, onde provocam sintomas mais
comuns como vômitos e diarréias, porém, tudo depende do estado de saúde da
pessoa, podendo chegar ao óbito (BRUM et al.,2015).
As intoxicações podem ser classificadas de acordo com a sua natureza e são
normalmente agrupados em três tipos: biológicos, químicos e físicos.
1.3.1. Biológico
Os agentes biológicos que podem causar doenças nos seres humanos são -
bactérias, protozoários, parasitas, toxinas naturais e fungos, e a maioria deles são
transmitidos através de alimentos, causando especialmente, doenças
gastrointestinais (NEVES, 2015).
A microbiologia dos alimentos em geral esta ligada a três pontos essenciais: a
conservação dos alimentos pelo uso de microrganismos; a percepção e prevenção
de intoxicação e infecções produzidas pelo desenvolvimento de microrganismos e o
controle da passagem de doenças pelos mesmos. Além disso, a habilidade para que
12
um microrganismo sobreviva em um alimento vai depende de vários fatores
(DAMASCENO et al, 2018).
1.3.1.1. Originados por bactérias e suas toxinas
Pode-se entender como uma intoxicação alimentar quando alguns
microrganismos como, por exemplo, o Staphylococcus aureus, Clostridium botulinum
e Bacillus cereus podem ser a causa de doenças de origem alimentar, que é devido
a contaminação pelas exotoxinas (enterotoxinas) produzidas pela bactéria
(BRESOLIN; DALL'STELLA; FONTOURA-DA-SILVA, 2017; PINTO, 2019). As
intoxicações podem ser caracterizadas por náuseas, vômitos, dores abdominais e
diarreia (BRESOLIN; DALL'STELLA; FONTOURA-DA-SILVA, 2017).
O consumo de toxinas que são produzidas e liberadas durante a proliferação
de bactérias nos alimentos são considerados um perigo à saúde pública. Referindo-
se a um elemento termoestável, resistindo mesmo após o cozimento dos alimentos,
contribuindo com episódios de intoxicações (NEVES, 2015).
Alguns pontos como a higiene dos locais de venda, a água usada para a
manipulação dos alimentos e para a higienização dos utensílios, a forma de
conservação e a proteção contra vetores, são de grande importância e que devem
ser avaliados para evitar o desenvolvimento dos microrganismos (BRUM et
al.,2015).
1.3.1.2. Protozoários
Os protozoários também podem ser causadores de intoxicação alimentar.
Este tipo de intoxicação é geralmente assintomáticas e quando ocorrem alguma
sintomatologia, esta é comumente discreta e inespecífica, sendo que na maioria das
vezes não diagnosticada (NEVES, 2015).
13
Também podem causar infecções alimentares, como o
protozoário Entamoeba histolytica, no qual os sintomas são semelhantes aos
exibidos pela infecção alimentar provocada pelas espécies do gênero Shigella
(PINTO, 2019).
1.3.1.3. Fungos
Os fungos são microrganismos eucarióticos, multicelulares e filamentosos,
sendo capaz de provocar alterações no sabor e na qualidade de alimentos. Em
determinados casos essas alterações são esperados, como na fabricação de
queijos. Porém, em muitos outros, podem acarretar alterações indesejáveis,
produzindo sabores e odores desagradáveis, ocasionados por diferentes graus de
deterioração ou ainda trazer riscos à saúde humana e animal, devido à produção de
micotoxinas (MAZIERO; BERSOT, 2010; SOUZA et. al, 2017).
Essas micotoxinas são provenientes de metabolismos secundários
produzidos por fungos que proporcionam efeito tóxico ao organismo humano e
outros animais, que contaminam os alimentos com os quais entram em contato, em
qualquer etapa da produção, desde a colheita até o armazenamento. Dentre as
micotoxinas as que se sobressaem são as aflatoxinas (B1, B2, G1, G2 e M1); ácido
fusárico; fumonisinas (B1 e B2), ocratoxinas (A, B e C); patulina; zearalenona e o
tricotecenos (MAZIERO; BERSOT, 2010; SOUZA et. al, 2017).
1.3.1.4. Toxinas naturais
As proliferações de algumas algas microscopias (microalgas), marinhas ou de
água doce, tem a capacidade de provocar inúmeros efeitos que podem ser nocivos
(NEVES, 2015).
14
O contágio ocasional com biotoxinas em animais que são filtradores, assim
como moluscos bivalves, é capaz de causar intoxicações agudas. Em situações
como essas encontra-se microalgas do grupo das dinoflageladas. No entanto em
zonas tropicais exibem um fenômeno relacionado a microalgas bentônicas e
epifíticas (habitam sobre substratos como corais ou macroalgas): a ciguatera. As
microalgas passam toxina para peixes herbívoros, que assim passam para seus
predadores, então atingindo o cliente, sendo capaz de causar diarreia, vômitos,
náuseas intensas e dor abdominal, também neurológicos, como: parestesias,
ataxias, visão turva, e tonturas (NEVES, 2015).
Os mariscos, no entanto destacam-se por serem responsáveis por
intoxicações do tipo paralisante, determinado por quadro neurológico que acontece
entre cinco (5) a trinta (30) minutos depois da ingestão, originando dormência nos
lábios, gengivas e língua, seguida de formigueiro ou dormência nas extremidades
dos dedos das mãos e pés, e nas 4 a 6 horas posteriores nota-se continuação das
mesmas sensações para os braços, pernas e pescoço, dificultando os movimentos
voluntários, e ainda uma sensação de flutuação. Os mariscos também são
responsáveis por intoxicações neurotóxicas, amnésicas e diarreicas. Os cogumelos
é outro alimento considerado naturalmente tóxico. A Amanita phalloides é uma das
principais espécies que são responsáveis por 90% dos casos no mundo. A
intoxicação provocada por este tipo de cogumelo (A. phalloides) acontece em
diversos estágios. Primeiramente apresentam-se sintomas como náuseas, vômitos,
diarreia, dor abdominal, sendo capaz de aparecer hipotensão, desidratação e
distúrbios hidroeletrolíticos (NEVES, 2015).
Em alguns alimentos vegetais tem presença de tóxicos naturais, por exemplo
os glicosídios cianogênicos, que são compostos precursores do ácido cianídrico
(HCN), seriamente tóxico, encontrado na mandioca, na linhaça, no caroço de frutas
como pêssegos e cerejas, sementes de damasco e entre outras (NEVES, 2015).
1.3.2. Químico
15
Além dos riscos de natureza biológica, também se tem os perigos de natureza
química e física, assim como os metais pesados (chumbo, cromo, mercúrio e níquel)
que podem contaminar os alimentos na fabricação ou embalagens, onde suas
toxinas químicas ou bioquímicas tem capacidade de induzir a doenças
degenerativas, como o câncer, que levam até anos para serem detectadas (NEVES,
2015).
Os agentes químicos são aqueles ocorridos por meio de resíduos de
agrotóxicos empregados em lavouras, presença de antibióticos em animais
utilizadas para o tratamento, resquício de sanitizantes utilizados na indústria,
dosagem excessiva de aditivos, incorporação de materiais existentes nas
embalagens, geração de compostos tóxicos em alimentos (BERNARDES et al.,
2018)
1.3.2.1. Aditivos intencionais
Um agente químico comum hoje em dia são os agrotóxicos utilizados na
prevenção do ataque de pragas às lavouras e a perdas no armazenamento, porém
essas substâncias utilizadas comprometem a saúde tanto dos agricultores como da
população, de forma direta (durante a aplicação) ou indireta (por meio do consumo
de alimentos, com resíduos de veneno) (ROCHA; PIRES, 2017).
O fato deles serem a estratégia principal ainda para o controle e prevenção de
pragas, colocando o Brasil como os maiores consumidores no mundo. Fazendo com
que a utilização de agrotóxicos na produção agrícola e a contínua contaminação dos
alimentos estejam constantemente na preocupação no âmbito da saúde pública
(NEVES, 2015).
Uso de agrotóxicos causa insegurança alimentar e é capaz de ser prejudicial
à saúde mesmo depois de anos após a exposição, independente do grau de
toxicidade. Sendo consideradas mais vulneráveis aos agrotóxicos as crianças, por
apresentarem imaturidade enzimática, metabolismo e excreção de substâncias
16
tóxicas menos desenvolvidos. Os agrotóxicos na saúde das crianças pode causar
efeitos maléficos como dificuldade de concentração e processamento de
informações, redução da velocidade psicomotora, alterações na memória
gastrintestinais e dermatológicas, dificuldade de linguagem, contrações musculares
espontâneas, depressão, ansiedade, irritabilidade, cefaleia, lesão orofaríngea,
tremores, e alteração do desenvolvimento físico, emocional e cognitivo (ROCHA;
PIRES, 2017).
Nesta categoria os principais aditivos são: os organofosforados, os
carbamados e os hidrocarbonetos clorados, sendo que os organofosforados, inibem
a acetilcolinesterase (AChE),que é uma enzima responsável pela destruição da
atividade biológica do neurotransmissor acetilcolina (ACh) (NEVES, 2015).
Outros agentes químicos que se encaixam dentre os provocadores de
intoxicação alimentar são os aditivos alimentares, sendo que os principais são: o
glutamato monossódico, os sulfatos, o ácido nicotínico e o nitrito de sódio. Vários
estudos exibem reações adversas aos aditivos, seja ela aguda ou crônica, além de
reações tóxicas no metabolismo, provocadores de alergias, modificações no
comportamento e carcinogenicidade a longo prazo (NEVES, 2015).
1.4. Estudos epidemiológicos de DTAs
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declara as DTAs como uma grande
preocupação de saúde pública global e estima que, a cada ano, causem a
enfermidade de uma a cada 10 pessoas. As DTAs também podem ser fatais,
principalmente em crianças menores de 5 anos, provocando 420 mil mortes. Na
região das Américas, as patologias diarreicas são responsáveis por 95% das DTA
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).
A VE-DTAs no Brasil acompanha os surtos de DTAs e os casos das doenças
definidas em legislação específica. Segundo os dados do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN), são notificados em média, por ano, 700 surtos de
17
DTAs, com envolvimento de 13 mil doentes e 10 óbitos (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2018).
A Vigilância Epidemiológica é determinada pela Lei n° 8.080/9 como um
anexo de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual
ou coletiva, com a intenção de sugerir e adotar as medidas de prevenção e controle
das doenças ou agravos (SUVISA, 2018).
Os Centros de Informações e Assistência Toxicológica (CIATs) do Brasil são
um sistema de saúde encarregado em promover informações (dados) toxicológicos
ao público em geral e aos profissionais de saúde, orientando a conduta imediata,
diagnóstico e o tratamento dos indivíduos expostos e/ou intoxicados, tendo como
objetivo diminuir a morbimortalidade. O Brasil esta contando com cerca de 30
Centros de Informações e Assistência Toxicológica, no entanto, estudos com dados
epidemiológicos destes centros ainda estão em falta (AMORIM; MELLO; SIQUEIRA,
2017).
1.5. Vigilância Sanitária e Legislação
A fiscalização sanitária poderá averiguar as causas de risco à ocorrência de
DTAs, podendo destacar: falha na refrigeração dos alimentos; conservação
inadequada da matéria-prima e do alimento pronto; práticas inadequadas pelos
manipuladores, como a falta de higiene pessoal; matéria-prima contaminada;
higienização inapropriada de equipamentos e utensílios; armazenamento
inadequado; utilização de água, cuja potabilidade não é confiável – afinal qualquer
coisa que possa tornar a manipulação desses alimentos imprópria, tornando-o
passível de contaminação (BRUM et al.,2015).
Desta forma é necessário o melhoramento constante das ações de controle
sanitário na área de alimentos com a finalidade de monitorar e minimizar os riscos
ocasionados pela ingestão de alimentos infectados. Em função disso foram
18
aprovados, instrumentos legais importantes como as Portarias nº 1428/1993 e nº
326/1997 e as Resoluções - RDC nº 275/2002 e 216/2004 com a intenção de
colaborar para a qualidade na produção e na prestação de serviços na área de
alimentação (RICARTE; LAURO, 2017).
A resolução – RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001, da ANVISA, que visa
garantir a segurança de alimentos, tendo em vista a proteção a saúde da população
e a normatização dos padrões microbiológicos nos alimentos (MALLET et al., 2017;
BRASIL, 2001).
Na área de alimentos existem diversas resoluções, onde ao longo dos anos
as autoridades e organizações determinaram e trouxeram segurança e qualidade
para os alimentos, trazendo benefícios ao consumidor e garantido que não seja
prejudicado. Assim destacamos algumas legislações, porém nem todas foram
descritas neste trabalho.
19
2. CASOS DE INTOXICAÇÕES POR ALIMENTOS E BEBIDAS NOTIFICADOS
EM BARRA DO GARÇAS, MATO GROSSO.
Cases of food and drink poisoning reported in
Barra do Garças, Mato Grosso.
RESUMO
Objetivo: Analisar os casos de intoxicações exógenas por alimentos e bebidas notificadas no
município de Barra do Garças, MT. Metodologia: Realizou-se um estudo epidemiológico
descritivo e transversal através de fichas de notificação, entre os anos de 2008 a 2017.
Resultados: Foram notificados 232 casos, sendo 207 como alimentos e 25 bebidas. Do total,
foram verificados 31 possíveis surtos de intoxicação alimentar. O ano com maior número de
registros foi em 2010, com 83 casos. A faixa etária entre 18-59 anos (60,3%) e o sexo
masculino (51,3%) foram os mais acometidos. Verificou-se que a maior incidência foi nas
residências e os alimentos mais citados foram os fast-food (7,33%). Conclusão: Pode-se
verificar que a população jovem adulta masculina foi a que obteve mais registros no período
estudado. No entanto, uma pequena parcela dos casos de intoxicação alimentar são
notificados corretamente ficando longe da realidade deste problema.
Palavras chave: doenças alimentares, subnotificações, fast-food.
ABSTRACT:
Objective: Analyze the cases of exogenous food and drink poisoning reported in the
municipality of Barra do Garças - MT. Methods: A descriptive and cross-sectional
epidemiological study was carried out through notification sheets between 2008 and 2017.
Results: A total of 232 cases were reported, of which 207 were food and 25 drinks. Of the
total, 31 possible occurrences of food poisoning were verified. The year with the highest
number of records was in 2010, with 83 cases. The age range between 18-59 years (60.3%)
and the male (51.3%) were the most affected. It was verified that the highest incidence was in
the residences and the foods most cited were fast food (7.33%). Conclusion: It can be verified
that the young adult male population was the one that obtained the most records in the studied
20
period. However, a small portion of food poisoning cases are reported correctly staying away
from the reality of this problem.
Keywords: eating disorders, underreporting, fast food.
INTRODUÇÃO
A incidência de doenças referentes à ingestão de alimentos vem crescendo
anualmente1 e estas doenças representam um dos grandes problemas de saúde pública
2,3,4,5,7,
afetando países tanto de baixa economia quanto de alto desenvolvimento econômico³. As
doenças transmitidas por alimentos (DTA) atingem 1 em cada 4 moradores nos EUA a cada
ano8 e na região das Américas, as patologias diarreicas são responsáveis por 95% das
DTAs7. No Brasil, as doenças infecciosas do trato digestivo e parasitárias corresponderam a
9,2% do total de casos de mortalidade9,10
.
As DTAs são uma importante causa de morbimortalidade no mundo, estando
relacionadas à situação de saneamento e condições inadequadas da água para o consumo
humano, hábitos impróprios de higiene individual e a ingestão de alimentos contaminados,
entre outros6,7
. Quanto da ocorrência por meio da contaminação dos alimentos, esta pode ser
desde no seu plantio, na utilização demasiada de agrotóxicos, de mãos mal higienizadas e pelo
solo e água contaminados, ou ainda no instante do consumo do produto, com o
armazenamento e refrigeração incorreta. Essas contaminações alimentares podem ocorrer por
agentes químicos e biológicos11,10
, sendo os principais agentes contaminantes as bactérias,
vírus e protozoários4. Subjetivamente as doenças de origem alimentar são classificadas em
três tipos: infecções, intoxicações e toxinfeções alimentares12
.
As intoxicações alimentares ocorrem quando os perigos biológicos que estão no
alimento produzem toxinas no mesmo, onde após serem consumidos causam o aparecimento
dos sintomas. Nestas circunstâncias os microrganismos não são os que originam aos sintomas
e sim as suas toxinas17,12,10
. Também pode ser considerado uma intoxicação quando há
contaminação por agrotóxicos presentes no alimento10
.
O perfil epidemiológico de enfermidades transmitidas por alimentos apresentou
mudanças, por causa da expansão dos mercados de consumo, a globalização econômica,
21
alterações dos hábitos alimentares e aumento no consumo de alimentos industrializados ou
produzidos fora do lar9,10
. Porém, a maioria dos casos de DTAs não são registrados1 ou não
são propriamente notificados, devido ao fato de que os primeiros sintomas estimulados pelos
microrganismos patogênicos são geralmente leves, levando o individuo a não buscar ajuda
médica16
. Também a subnotificação das ocorrências de intoxicações assintomáticas ainda são
muito frequentes, especialmente devido ao fato que os alimentos geralmente não alteram seu
gosto, odor ou aparência apresentando condições normais e os sintomas na maioria das vezes
são amenos, fazendo com que as pessoas só procurem alguma ajuda quando esses são
agravados. E quando ocorre a procura por ajuda médica, geralmente a causa da intoxicação
alimentar não é identificada10
.
Estudos a respeito das intoxicações exógenas são importantes, para expressar a
proporção do problema nos municípios e apontar possibilidades para a ação dos serviços de
vigilância sanitária, formação de bancos de dados com informações e medidas de controle da
sociedade para intervenção nos estragos causados. Geralmente, a vigilância sanitária
juntamente com a vigilância epidemiológica são responsáveis pelas informações das
intoxicações, utilizando-se o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)15
.
No entanto, os dados referentes às intoxicações alimentares são pouco relatados, além de
existirem poucos artigos abordando esse problema. Portanto, o objetivo deste estudo foi
analisar os casos de intoxicações exógenas por alimentos e bebidas registradas no município
de Barra do Garças, em Mato Grosso ( MT).
METODOLOGIA
Foi desenvolvido um estudo epidemiológico descritivo e transversal realizado no
município de Barra do Garças, no período de 2008 à 2017. Este município está localizado na
região do Médio Araguaia a 550 km de distância de Cuiabá (MT) e aproximadamente 380 km
de Goiânia (GO)19
e a população estimada é de 60.661 habitantes32
. Os municípios próximos
são Araguaiana, General Carneiro, Nova Xavantina e Pontal do Araguaia em Mato Grosso e
Aragarças, estado de Goiás. Devido a distância até as capitais, a rede municipal de saúde de
Barra do Garças atende também pacientes destes municípios próximos para procedimentos de
rotina quanto para casos de urgência e emergência19
.
22
Os dados de origem alimentar foram obtidos a partir do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN) que são fornecidos pela Vigilância Epidemiológica do
município de Barra do Garças. Os dados para alimentos e bebidas são notificados da mesma
ficha do SINAN, portanto há alguns registros envolvendo bebidas alcoólicas. Embora a ficha
de notificação seja bem extensa, observou-se que o preenchimento das mesmas foi parcial.
Encontrou-se um número alto de casos com informações incompletas, em branco ou ignorado
em campos das fichas do SINAN. Considerando a importância do tema, optou-se por
trabalhar os dados observados, desconsiderando os casos onde a informação foi ignorada.
Como critérios de inclusão, foram utilizados apenas os dados fornecidos pelo SINAN
registados através do preenchimento das fichas de notificações de intoxicação exógena e na
classificação geral do grupo do agente tóxico apenas os casos identificados como alimentos e
bebidas. Foram excluídos os demais grupos de agentes tóxicos de notificação para intoxicação
exógena.
As variáveis estudadas foram: número de notificações, data da ocorrência (mês e ano),
faixa etária, gênero, gestante, raça, escolaridade, local de moradia, zona de exposição, local de
ocorrência, agente toxico, surto, tipo de exposição, circunstância, exposição decorrente do
trabalho, tempo da exposição, houve hospitalização, classificação, evolução. Nas variáveis
sobre a escolaridade, os grupos foram reagrupados em analfabeto, ensino fundamental
completo ou incompleto, ensino médio completo ou incompleto, ensino superior completo ou
incompleto e ignorado.
Os dados brutos estavam dispostos em planilhas e foram lançados no programa do Epi
Info, versão 7.2.2.16 para formação do banco de dados e posterior analise estatística. Foi
considerado de significância estatística o valor p-associado inferior ou igual a 0,05.
O presente estudo segue os princípios éticos e faz parte de projeto aprovado no comitê
de ética da Universidade Federal de Mato Grosso sob o CAAE 34892914.3.0000.558
23
RESULTADOS
No período estudado foram notificados 232 casos de intoxicação exógena, onde o agente
tóxico foi identificado como alimentos e bebidas. Dentro destes, 207 casos foram
classificados como alimentos e 25 bebidas (sendo 24 casos de bebidas alcoólicas). O ano que
teve maior incidência no geral foi 2010 com 83 casos. Sendo identificados 31 possíveis surtos
durante o período estudado, representando 32,75% dos casos notificados e estes envolveram
de 2 a 6 pessoas no máximo (Tabela 1).
Tabela 1: Número de casos de intoxicação, isolados e associados a surtos, segundo o ano de
estudo, no período de 2008 a 2017.
Casos de
intoxicação/
Ano
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
Isolados 14 10 83 11 2 7 5 25 46 29 232
Associados a
surtos* 0 4 42 7 0 0 0 7 8 8 76
Número de
surtos 0 2 16 2 0 0 0 3 4 4 31
Na tabela 2 está apresentada a distribuição da frequência relativa das Intoxicações
exógenas por alimentos e bebidas notificados por gênero segundo a faixa etária, a
escolaridade, raça e o local de moradia. Prevaleceram os casos na faixa etária entre 18-59
anos, sexo masculino, escolaridade de ensino fundamental, raça branca e situação no mercado
de trabalho de empregado não registrado, na região urbana. Cerca de 48,7% das notificações
foram do sexo feminino e constatou-se somente 2 casos de gravidez.
* Não confirmados
24
Tabela 2- Perfil dos casos notificados de intoxicação por alimentos e bebidas segundo
gênero, faixa etária, escolaridade, raça e local de moradia. N=232
PARÂMETROS Feminino Masculino Total
na %
b n % N %
FAIXA ETÁRIA (anos)
0-17 32 52,5 29 47,5 61 100
18-59 67 47,9 73 52,1 140 100
Acima de 60 12 41,4 17 58,6 29 100
Ignorado 2 100 0 0 2 100
Total 113 48,7 119 51,3 232 100
ESCOLARIDADE
Analfabeto 0 0 2 100 2 100
Ensino médio 32 49,2 33 50,8 65 100
Ensino fundamental 37 50,7 36 49,3 73 100
Ensino superior 5 38,5 8 61,5 13 100
Ignorado 39 49,4 40 50,6 79 100
Total 113 48,7 119 51,3 232 100
RAÇA
Branca 69 45,4 83 54,6 152 100
Parda 41 59,4 28 40,6 69 100
Preta 2 25 6 75 8 100
Ignorado 1 33,3 2 66,7 3 100
Total 113 48,7 119 51,3 232 100
LOCAL DE MORADIA
Urbana 110 49,5 112 50,5 222 100
Rural 2 40 3 60 5 100
Periurbana 0 0 1 100 1 100
Ignorado 1 25 3 30 4 100
Total 113 48,7 119 51,3 232 100
a número de casos;
b porcentagem
25
Quanto aos alimentos, a maioria das notificações foram os produtos considerados
como fast-food (cachorro quente, comida enlatada, hambúrguer, pastel, pizza, salgado,
sanduiche) com 7,3% dos casos, seguido por queijo 1,29%, bolo e sorvete 0,86%, maionese
0,86%, carne de porco 0,43% dos casos. Dentro dos alimentos considerados fast-food, 75%
dos casos foram notificados em ambiente externo e 58,8% eram do gênero feminino,
observando-se uma diferença significativa (p=0,0483) em relação aos casos ocorridos em
ambiente externo e nas residências. Além disso, também foi observado a associação de
agentes tóxicos somente em 0,86% dos casos, entre dois alimentos (mortadela e goiaba)
(0,43%) e um caso entre duas bebidas alcoólicas (0,43%).
Já em relação às bebidas foram notificados 10,3% dos casos e estavam relacionados a
bebida alcoólica, dentro disso em 66,7% dos casos foram acometidos pelo sexo masculino e
33,3% pelo sexo feminino. Foi notificado em 0,43% dos casos a ingestão de suco (laranja).
Na avaliação da distribuição mensal dos casos, o mês com maior número de
notificações foi junho (16,4%), seguido por julho (12,9%) (Figura 1). Verificou-se que as
residências (33,2%) e o ambiente externo (12,9%) foram os locais com maior índice de
intoxicação na faixa etária entre 18-59 anos (Tabela 3). Já em relação ao gênero pode-se
verificar que no total a maior parte dos intoxicados foram do sexo masculino, porém
observou-se que nas residências o grupo feminino apresentou maior número (36,28%) de
casos.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Nº
de
cas
os
Mês
Masculino
Feminino
Figura 1: Distribuição dos casos de intoxicação por alimentos e bebidas por gênero
segundo os meses do ano.
26
Tabela 3- Distribuição dos casos notificados de intoxicação por alimentos e bebidas
segundo local de ocorrência, faixa etária e gênero.
Parâmetros
Local de ocorrência
Residência Ambiente
Externo Outros Total
na %
b n % n % n %
Faixa etária
0-17 24 39,3 5 8,2 32 52,5 61 100
18-59 45 32,1 21 15 74 52,9 140 100
Acima de 60 8 27,6 4 13,8 17 58,6 29 100
Ignorado 0 0 0 0 2 100 2 100
Total 77 33,2 30 12,9 125 53,9 232 100
GÊNERO
Feminino 41 36,3 13 11,5 59 52,2 113 100
Masculino 36 30,2 17 14,3 66 55,5 119 100
Total 77 33,2 30 12,9 125 53,9 232 100
Em relação à zona de exposição 102 casos foram registrados na zona urbana. Sobre a
via de exposição 89,22% dos casos foram pela via digestiva. Nas circunstâncias da exposição
notificou-se 50,43% ingestão de alimentos e bebidas, 14,22% com uso habitual, 3,45% com
abuso, 2,59% acidental e 0,43% ambiental. Segundo as fichas analisadas as intoxicações,
somente em 0,43% a exposição foi decorrente do ambiente de trabalho. De acordo com o tipo
de exposição à maioria dos casos foram notificados como aguda única com 52,6%, em
seguida aguda repetida com 7,75%, aguda sobre crônica 0,86% e crônica com 0,43%.
A maioria dos casos não precisou ser hospitalizado (82,75%) e uma pequena parte foi
necessária a hospitalização (12,5%). Quanto à classificação final verificaram-se mais
ocorrências onde foram confirmadas as intoxicações (61,45%) , seguido pela exposição
(10,8%) somente. Já quanto à evolução, houve cura sem sequela em 71,1% dos casos e cura
com sequela em 0,86%. No período estudado não houve óbito notificado.
a número de casos;
b porcentagem
27
DISCUSSÃO
O perfil epidemiológico das DTAs no Brasil é pouco conhecido e carente21,2,22,3
.
Apenas alguns estados ou municípios possuem estatísticas e informações publicadas a
respeito dos agentes etiológicos causadores de DTAs mais frequentes, alimentos mais
comumente implicados, população de maior risco e aspectos contribuintes21,2,22
. Poucos casos
são notificados aos órgãos de inspeção de alimentos e as agências de saúde, assim as
informações existentes não apresentam a verdadeira magnitude do problema3. A
subnotificação e as falhas na investigação ainda afetam a geração de informações que
direcionem a identificação laboratorial dos prováveis agentes implicados e a caracterização
epidemiológica dos surtos27
. E isso possivelmente não acontece apenas nos casos de surtos,
mas também em intoxicações isoladas. E assim como relatado anteriormente pode-se observar
a mesma dificuldade neste estudo, onde há poucos casos notificados.
Em 8 anos de estudo em Barra do Garças foram encontrados 232 casos de intoxicações
de origem alimentar e em período aproximado em outras localidades foram registrados: em
Palmares - PE nos anos de 2006 à 2013 foram 903 casos de DTA 23
; em Campina Grande-PB
no ano de 2005 houve 162 casos de intoxicações alimentares30
; no período de 2007 a 2012,
foram notificados 141 casos de intoxicações exógenas por alimentos e bebida no estado de
Roraima24
; em Recife-PE, no ano de 2005, foram registrados 580 casos de DTA25
e em Santa
Catarina no período de 1994 até 2001 foram notificados 15516 casos de DTA26
.
Quanto aos surtos: no período de 2006 a 2013 foram notificados e registrados 12
surtos de DTA na Zona na Mata Sul de Palmares – PE23
; no ano de 2005, foram registrados
51 surtos na cidade de Recife25
; no município de Porto Alegre no período de 2003 a 2011
foram notificados 190 surtos33
; no estado de São Paulo-SP entre 2008 a 2010 foram
notificados 1.831 surtos de DTA e notou-se que 1.097 (60%) dos surtos apresentaram até
cinco casos registrados27
. No entanto, este trabalho apresenta apenas os prováveis surtos
ocorridos no período de 2008 a 2017, não se obteve a investigação com a comprovação dos
possíveis surtos notificados. Ainda que se faça uma investigação de surtos de DTA, a maioria
dos casos o agente é ignorado, o que é grave. A investigação tem com certeza falhas, seja pela
ausência de treinamento, pelo atraso na notificação, pela falta de cooperação das vitimas do
surto, etc26
.
28
Países desenvolvidos como Estados Unidos, Canadá e União Europeia, conseguem
fazer mapeamento de surto mais rápido e na maioria dos casos são detectados o alimento e o
microrganismo que provocou o surto, e também a origem deste alimento por meio do
processo de rastreabilidade. Além disso, a notificação as autoridades quando há uma DTA
envolvendo um individuo é obrigatória28
. A importância em realizar a investigação de surtos é
pela necessidade de impedir a fonte de transmissão e acabar com o perigo de propagação da
doença para outros indivíduos, diminuir magnitude do problema e determinar parâmetros de
controle e prevenção de posteriores surtos. Em uma investigação de surto por água ou
alimentos é importante que seja rápido a identificação a causa, pois são consumidos em larga
escala29
.
Quanto ao gênero, foi observado na literatura uma maior incidência do gênero
feminino30,17,24,23
. No município estudo encontrou-se uma diferença pequena entre os gêneros,
sendo maior no sexo masculino, assim como relatado em dados estatísticos no Brasil
analisados no período de 2007 a 201731
. Segundo os dados do IBGE, Barra do Garças tem
uma distribuição bem equilibrada entre o sexo feminino (50,2%) e o masculino (49,8%)32
. No
entanto a população flutuante no período de férias pode ter influenciar esse resultado,
considerando o período de maior ocorrência de casos.
Na literatura é observada uma variação das faixas etárias que apresentaram maior
prevalência de DTA. Sendo, entre 1 à 4 anos27
, 10 à 19 anos23
, 15 à 50 anos26
, 20 à 29 anos30
,
20 à 39 anos24
, e entre 20 à 49 anos17,23,25,33
. Em Barra do Garças, a faixa de 18 à 59 anos foi
a mais frequente. Essa idade é a mais exposta por causa dos hábitos de vida, no qual
geralmente são realizadas fora de casa, assim como em restaurante, lanchonetes e redes de
“fast-food”33
. Também essa faixa está ligada a idade escolar e produtiva, na qual esta
estudando e/ou trabalhando e comem fora de sua residência, tendo maior possibilidade de
contaminação23
. Porém, a maioria das notificações do município em estudo ocorreram em
residências, assim como observado em outros estudos1,17,18,21,26,27
. Assim, embora a maior
parte dos indivíduos geralmente relacionam a ocorrência de DTHA (doenças de transmissão
hídricas e alimentares) a ingestão de alimentos fora de casa, indícios epidemiológicos
sugerem que muitos casos estão agregados a falhas na preparação dos alimentos nas
residências18
. Em relação a via de exposição a via digestiva foi a que teve maior ocorrência,
por ser a via usual.
29
Isso mostra que ainda existe falta de cuidado na preparação doméstico dos alimentos,
seja por desconhecimento, seja por não se dar a devida importância. É normal que nos
domicílios, por exemplo, guardar o que sobra do almoço para a janta. Outra falha praticada é
de reaquecer as sobras do almoço, o aquecimento não alcança a temperatura mínima
necessária para a destruição de microrganismos. Falhas como falta de higiene no
condicionamento e manuseio dos alimentos também são comuns26
. A falta de programas de
educação em segurança alimentar dirigidos à população provavelmente esta ligada aos dados
estatísticos. Boa parte da população não conhece as condições necessárias para uma adequada
preparação de alimentos, incluindo o armazenamento (locais, temperatura, tempo de
armazenamento) e especialmente desconhece os riscos que podem estar agregados a alimentos
contaminados21
.
Quanto ao agente responsável pela ocorrência, este não é especificado geralmente
devido à ausência de diagnóstico laboratorial30
. E com relação aos tipos de alimentos que são
mais notificados, pode-se destacar na literatura: carne30
, laticínios17
, maionese e produtos à
base de ovos18
, alimentos mistos27
, entre outros. Já no município estudados foram notificados
na maioria dos casos os alimentos considerados como fast-food, seguido por queijo, bolo e
sorvete, maionese e carne de porco.
Quanto às bebidas alcoólicas, houve poucos casos neste trabalho, provavelmente por
não ser uma ficha especifica para intoxicação alcoólica, mas a possíveis casos associados a
alimentos. No entanto, na literatura em Maringá-PR encontrou-se 338 registros por
intoxicação alcoólica nas fichas de notificação do CCI/HUM no período de 2003 a 2007, onde
a faixa etária predominante encontrou-se entre 17 e 18 anos, além disso, a maioria dos jovens
eram do sexo masculino36
, assim como apontado neste estudo.
Em relação à distribuição mensal o maior número de casos está relacionado
provavelmente ao período de férias e temporada de praia na região do Araguaia, onde um
grande número de turistas visita a região estudada. Em Campina Grande-PB no ano de 2005
os meses de janeiro e junho se destacaram. Janeiro, é o mês de férias para a maioria da
população, assim permanecem mais tempo em casa ou fazendo atividades recreativas,
também este mês corresponde a um período do ano em que a temperatura média favorece o
crescimento microbiano nos alimentos e em junho pode ter sido por ser uma época do ano
onde se tem as festas juninas, no qual há diversos comidas à base de milho são feitas, e este é
um grão de fácil contaminação30
. Em Santa Catarina no período entre 1994 a 2001, 33% dos
30
casos aconteceram nos 3 meses mais quentes do ano (dezembro, janeiro e fevereiro). Com
isso, nota-se claramente a importância do fator ambiental para evolução das DTAs, visto que
calor e umidade é um meio favorável para a reprodução de microrganismos26
. No município
de Barra do Garças a temperatura média anual é considerado alta, portanto um clima quente é
encontrado o ano todo.
A zona urbana teve predominância nas notificações como na literatura26,30,23
. E isto
acontece devido ao fato que apenas uma parte pequena de pessoas afetadas por esse tipo de
intoxicação busca atendimento médico. Acredita-se que as populações rurais fazem uso de
plantas medicinais, o que é capaz de impedir a procura de serviços de saúde por parte desses
indivíduos30
.
Para a evolução dos casos, como neste estudo, observa-se a maioria das intoxicações
evoluíram para a cura sem sequela30,24
e ausência de óbito30
. No entanto, foi observado no
estado de São Paulo-SP, entre 2008 a 2010, com 33.534 casos de DTA, nove óbitos e
letalidade de 0,02%27
. Já no Brasil, entre 2000 a 2017, houve um número de doentes de
239.164 de DTA, 186 casos de óbitos e uma taxa de letalidade de 0,08%34
.
Na literatura há relatos de Fichas de Inquérito Coletivo incompletas ou com
informações inconsistentes, também são aspectos que dificultam a análise dos prováveis
agentes, sendo capaz de comprometer os dados analíticos, já que interrompem o
encaminhamento laboratorial35
. Também muitos casos de DTHA passam despercebidos, isto
é, não revelado ou investigado18
. Neste estudo, como limitação foram observados dados
inconsistentes e com significativa quantidade notificada como ignorado, dificultando a analise
correta dos resultados, talvez devido da falta de treinamento da equipe da saúde ou a falta de
interesse dos indivíduos atendidos. Números baixos de casos de DTA pode ser provavelmente
pela escassez de orientações dirigidas a população, para que sejam registrados pelos órgãos
competentes de fiscalização e de controle das DTAs23
.
No Brasil, ainda é pequena a coleta de dados epidemiológicos e há carência de
investigação laboratorial, colaborando com a deficiência de informações sobre este tipo de
intoxicação30
. Através deste levantamento de dados, observa-se que os casos de intoxicação
alimentar mesmo sendo um grande problema para a saúde publica, ainda não recebem a
devida atenção. A população não procura auxílio médico e muitas vezes quando procuram
não ocorre à notificação corretamente, seja por desinteresse do indivíduo acometido ou pelo
atendente de saúde pública, ou até mesmo pela falta de conhecimento de ambas as partes.
31
Portanto, caracteriza-se como ponto forte deste trabalho a divulgação desta problemática, a
contribuição para uma melhor preparação dos profissionais envolvidos e maior
conscientização da população.
CONCLUSÃO
As analises realizadas demostram que as principais circunstâncias acometidas durante
a o período estudado neste município foram relacionadas a população de 18 a 59 anos, no
ensino fundamental, pela via digestiva, aos alimentos considerados fast-food e o principal
local de ocorrência foram as residências. Assim, é necessário ter mais informação voltada à
população, provavelmente devido a falta de conhecimento voltado a educação alimentar.
Quanto aos casos envolvendo bebidas, a maioria das notificações envolveu bebidas alcoólicas.
Portanto é importante que se tenha campanhas e ferramentas para ajudar na prevenção
e conscientização dos riscos a saúde associado à ingestão de alimentos e bebidas. Também
destaca-se a importância de preparar e incentivar uma notificação completa pelos
profissionais envolvidos.
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MS, 2010.
23. Marinho GA et al. Perfil epidemiológico das Doenças Transmitidas por Alimentos e seus
fatores causais na região da Zona da Mata Sul de Pernambuco. Journal of Health Sciences.
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25.Chang K. Surtos de doenças transmitidas por alimentos em Recife, 2005. Recife: Fundação
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de curso – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde,
Departamento de Saúde Pública, Curso de Medicina, Florianópolis. 2002.
27. Oliveira MEB, Barata RCB. Surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos no Estado de
São Paulo, 2008-2010. BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista (Online). 2013; 10(109): 18.
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na produção de alfaces. 2018.
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transmitidas por água e alimentos; investigação de surtos: normas e instruções. In: Vigilância
35
epidemiológica das doenças transmitidas por água e alimentos; investigação de surtos: normas
e instruções. 2008.
30. Almeida CF et al. Perfil epidemiológico das intoxicações alimentares notificadas no
Centro de Atendimento Toxicológico de Campina Grande, Paraíba. Revista Brasileira de
Epidemiologia. 2008; 11: 139-146.
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32. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidade de Barra do Garças. [acesso
em 2018 out. 04].Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mt/barra-do-
garcas/panorama
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de Porto Alegre no período de 2003 a 2011. 2013.
34. Brasil. Ministério da Saúde. Surtos de doenças transmitidas por alimentos no Brasil.
Brasília. 2018.
35. Faúla LL, Soares ACC, Dias RS. Panorama dos surtos de doença de transmissão alimentar
(DTA) ocorridos em Minas Gerais, Brasil, no período de 2010 a 2014. Gerais: Revista de
Saúde Pública do SUS/MG. 2017; 3(1): 86-95.
36. Oliveira MLF, Arnauts I. Intoxicação alcoólica em crianças e adolescentes: dados de um
centro de assistência toxicológica. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. 2011; 15(1):
83-89.
36
3. Normas para publicação do periódico
Diretrizes para Autores
Instruções para colaboradores
A Revista de APS – Atenção Primária à Saúde – (impressa e on line) é uma
publicação científica trimestral do Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em
Saúde (NATES), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com
a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e Rede de Educação
Popular em Saúde, e tem por finalidades: sensibilizar profissionais e autoridades da
área de saúde em APS; estimular e divulgar temas e pesquisas em APS; possibilitar
o intercâmbio entre academia, serviço e movimentos sociais organizados; promover
a divulgação daabordagem interdisciplinar e servir como veículo de educação
continuada e permanente no campo da Saúde Coletiva, tendo como eixo temático a
APS.
1. A revista está estruturada com as seguintes seções: Artigos Originais; Artigos de
Revisão; Artigos de Atualização; Relato de Casos e
Experiências; Entrevista; Tribuna;Atualização Bibliográfica;Serviços; Notícias.
A seção “Artigos Originais” é composta por artigos resultantes de pesquisa científica,
apresentando dados originais de descobertas com relação a aspectos experimentais
ou observacionais, voltados para investigações qualitativas ou quantitativas em
áreas de interesse da APS. “Artigos originais” são trabalhos que desenvolvem
críticas e criação sobre a ciência, tecnologia e arte das ciências da saúde, que
contribuam para a evolução do conhecimento humano sobre o homem e a natureza
e sua inserção social e cultural. (Devem ter até 25 páginas com o texto na seguinte
estrutura: introdução; material ou casuística e métodos, resultados, discussão e
conclusão).
A seção “Artigos de Revisão” é composta por artigos nas áreas de “Gerência,
Clínica, Educação em Saúde”. Os “artigos de revisão” são trabalhos que apresentam
sínteses atualizadas do conhecimento disponível sobre matérias das ciências da
37
saúde buscando esclarecer, organizar, normatizar, simplificar abordagens dos vários
problemas que afetam o conhecimento humano sobre o homem e a natureza e sua
inserção social e cultural. Têm por objetivo resumir, analisar, avaliar ou sintetizar
trabalhos de investigação já publicados em revistas científicas. (Devem ter até 20
páginas com texto estruturado em introdução, desenvolvimento e conclusão).
A seção de “Artigos de Atualização” é compostapor artigos que relatam
informações atuais ou novas técnicas das áreas cobertas pela publicação. (Devem
ter até 15 páginas com texto estruturado em introdução, desenvolvimento e
conclusão).
A seção de “Relato de Casos e Experiência” é composta por artigos que relatam
casos ou experiências, explorando um método ou problema através do exemplo. Os
relatos de casos apresentam as características do indivíduo estudado, com
indicação de sexo, idade e podem ser realizados em humanos ou animais,
ressaltando sua importância na atuação prática e mostram caminhos, condutas e
comportamentos para sua solução. (Devem ter até 8 páginas com a seguinte
estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão).
As demais seções são de responsabilidade dos Editores para definição do tema e
convidados: Entrevista - envolvendo atores da APS; Tribuna – debate sobre tema
polêmico na APS, com opinião de especialistas (2 páginas); Atualização
bibliográfica – composta de lançamentos de publicações, resenhas (1 página) e
resumos de dissertações ou teses (2 páginas), de interesse na
APS; Serviços informa sobre eventos e endereços úteis; Notícias –informa
sobreeventos ocorridos, portarias ministeriais, relatórios de grupos de trabalho, leis
de interesse na APS.
2. A submissão dos trabalhos é realizada online no
endereço: http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/about/submissions#onlineSubmission
s.O (s) autor (es) deve (m) se cadastrar usando E - mail válido, respondendo de
forma ágil às mensagens eletrônicas recebidas, podendo aí acompanhar o processo
de avaliação. Os artigos devem ser elaborados utilizando o programa “Word for
38
Windows”, versão 6.0 ou superior em formato doc ou rtf, letra “Times New Roman”
tamanho 12, espaço entre linhas um e meio, com o limite de páginas descrito entre
parênteses em cada seção acima citada. Devem vir acompanhados de ofício de
encaminhamento (anexado em documento suplementar no Passo 4 da submissão
em http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/about/submissions#onlineSubmissions) cont
endo nome dos autores e endereço para correspondência, e-mail, telefone, fax e
serem endereçados à revista. Neste ofício, deverá ser explicitada a submissão
exclusiva do manuscrito à Revista de APS, bem como declaração formal da
contribuição de cada autor (segundo o critério de autoria do International Committee
of Medical Journal Editors, autores devem contemplar todas as seguintes condições:
(1) Contribui substancialmente para a concepção e planejamento, ou análise e
interpretação dos dados; (2) Contribui significativamente na elaboração do rascunho
ou na revisão crítica do conteúdo; e (3) Participei da aprovação da versão final do
manuscrito). Ao trabalho que envolver pesquisa com seres humanos será exigido
que esta tenha obtido parecer favorável de um Comitê de ética em pesquisa em
seres humanos, devendo o artigo conter a referência a esse consentimento, estando
citado qual CEP o concedeu, e cabendo a responsabilidade pela veracidade desta
informação exclusivamente ao (s) autor (es) do artigo.
3. Os trabalhos devem obedecer à seguinte sequência de apresentação:
a) título em português e inglês; deve ser conciso e explicativo, representando o
conteúdo do trabalho. Não deve conter abreviaturas
b) a identificação dos autores, filiação institucional e contato devem ser digitadas
no SEER, cadastro dos autores. O manuscrito dever ser submetido no SEER
sem autoria.
c) resumo do trabalho em português em que fiquem claros a síntese dos
propósitos, os métodos empregados e as principais conclusões do trabalho;
d) palavras-chave – mínimo de 3 e máximo de 5 palavras-chave ou descritores do
conteúdo do trabalho, apresentadas em português de acordo com o DeCS –
39
Descritores em Ciências da Saúde da BIREME- Centro Latino Americano e do
Caribe de Informação em Ciências da Saúde – URL: http://decs.bvs.br/
e) abstract – versão do resumo em inglês;
f) key words – palavras-chave em inglês, de acordo com DeCS;
g)artigo propriamente dito, de acordo com a estrutura recomendada para cada tipo
de artigo, citados no item 1;
h) figuras (gráficos, desenhos, tabelas) devem ser enviadas no corpo do texto, no
local exato de inserção na definição dos autores; serão aceitas fotografias em
preto e branco. Todas as figuras deverão ser apresentadas em preto e branco
ou escalas de cinza;
i) referências: Em conformidade com os “Requisitos Uniformes para Originais
submetidos a Periódicos Biomédicos” conhecido como Estilo de Vancouver,
elaborado pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas –
ICMJE disponível em: <http://www.icmje.org> e
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed> (ingles) e <http://w
ww.bu.ufsc.br/ccsm/vancouver.html> (português)..
1. Não são aceitas notas de rodapé. O conteúdo das mesmas deve ser inserido
no corpo do artigo;
2. Citações no texto: as citações de autores e textos no corpo do manuscrito
serão numéricas, de acordo com ordem de citação, utilizando o estilo
“Vancouver” ou “Requisitos Uniformes para Originais submetidos a Periódicos
Biomédicos”.
Ex: Citando autor: Vasconcelos1:
Citando texto: “A educação em saúde é o campo de prática e conhecimento do
setor saúde que se tem ocupado mais diretamente com a criação de vínculos
entre a ação médica e o pensar cotidiano da população.”1:243 (indica-se o nº da
referencia : e a pagina)
40
Todas as referências citadas no texto, incluindo as de quadros, tabelas e gráficos
deverão fazer parte das referências, apresentadas em ordem numérica no final
do artigo.
Regras para entrada de autores ver
em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed&part=A32352
A seguir são apresentados alguns exemplos de referências:
Artigo de Periódicos
Com até seis autores:
Motta MG. Programa Médico de Família de Niterói: avaliação da assistência pré-
natal na Região Oceânica. Rev APS. 2005 jul./dez; 8(2):118-22. .
Najar AL, Peres FF. A divisão social da cidade e a promoção da saúde: a
importância de novas informações e níveis de decupagem. Ciên Saúde Coletiva.
2007 maio/jun;12(3):675-82.
Aquino NMR, Sun SY, Oliveira EM, Martins MG, Silva JF, Mattar R. Violência sexual
e associação com a percepção individual de saúde entre mulheres. Rev Saúde
Pública. 2009 dez; 43(6):954-60.
Com mais de seis autores
Hallal AH, Amortegui JD, Jeroukhimov IM, Casillas J, Schulman CI, Manning RJ, et
al. Magnetic resonance cholangiopancreatography accurately detects common bile
duct stones in resolving gallstone pancreatitis. J Am Coll Surg. 2005 Jun; 200(6):869-
75..
Livro
Autoria própria
Birman J. Pensamento freudiano. Rio de Janeiro:Jorge Zahar; 1994. 204p.
41
Oguisso T, Schmidt MJ, organizadores. O exercício da enfermagem: uma
abordagem ético-legal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007.
Sem autoria
Análise do desempenho hospitalar: III Trimestre. Rio de Janeiro: CEPESC; 1987.
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Capítulo de Livro
Vasconcelos EM. Atividades coletivas dentro do Centro de Saúde. In: Vasconcelos
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Dissertação e Tese
Caldas CP. Memória dos velhos trabalhadores [dissertação]. Rio de Janeiro: Instituto
de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 1993. 245f.
Teixeira MTB. Sobrevida de pacientes com câncer de estômago em Campinas,
SP [tese]. Rio de Janeiro: Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do
Rio de Janeiro; 2000. 114f.
Trabalhos de Congressos, Seminários, Simpósios, etc.
Mauad NM, Campos EM. Avaliação da implantação das ações de assistência
integral à saúde da mulher no PIES/UFJF. In: 6º Congresso Brasileiro de Saúde
Coletiva, 2000, Salvador. Resumos. Salvador: Associação Brasileira de Pós-
graduação em Saúde Coletiva; 2000. p.328, ref.1101.
Publicações governamentais:
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complementares no SUS. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
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Horizonte: UFMG; 1997. 44p.
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Minas Gerais. (Brasil). Decreto n. 17.248 de 4 de julho de 975. Minas Gerais, Belo
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informação a turistas começa domingo. Jornal do Brasil ( JB Ed.) 1999 abr. 15,
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Polgreen PM, Diekema DJ, Vandeberg J, Wiblin RT, Chen YY, David S, Rasmus
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after femoral artery catheterization: a case-control study. Infect Control Hosp
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http://www.journals.uchicago.edu/ICHE/journal/issues/v27n1/2004069/2004069.w
eb.pdf
4. Os artigos são de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
5. A revista aceita trabalhos em português, espanhol e inglês.
6. Há necessidade que os autores explicitem eventuais conflitos de interesse que
possam interferir nos resultados (em documento suplementar)
7. Em trabalhos que envolvam financiamentos, estes devem ser citados no final do
artigo antes das referências.
8. Avaliação por pares: os artigos recebidos são protocolados pelo SEER (Sistema
eletrônico de editoração de revistas) ficando na fila de submissões como não
designados. A diretora executiva faz a triagem, se insere como editora e faz a
solicitação de avaliação a dois avaliadores entre os editores associados e Conselho
Editorial, em conformidade com as áreas de atuação e especialização dos membros
e o assunto tratado no artigo, dessa forma o artigo entra no SEER em avaliação.
Todos os artigos são submetidos à avaliação de dois consultores, de instituição
diferente do(s) autor (es) em um processo duplo cego, que os analisam em relação
aos seguintes aspectos: adequação do título ao conteúdo; estrutura da publicação;
clareza e pertinência dos objetivos; metodologia; clareza das informações; citações
e referências adequadas às normas técnicas adotadas pela revista e pertinência a
linha editorial da revista. Os avaliadores emitem seus pareceres no sistema,
44
aceitando, recusando ou recomendando correções e/ou adequações necessárias.
Nesses casos, os artigos serão devolvidos ao(s) autor(es) para os ajustes e reenvio;
e aos consultores para nova avaliação. Em caso de recomendação de reformulação
do artigo, o autor deverá fazer as modificações e enviar, junto com o artigo
reformulado, uma carta ao parecerista informando, ponto por ponto, as modificações
feitas (essa deverá ser anexada em documento suplementar no SEER). O resultado
da avaliação é comunicado ao(s) autor(es) e os artigos aprovados ficam disponíveis
para publicação em ordem de protocolo. Não serão admitidos acréscimos ou
modificações após a aprovação.
9. A submissão dos trabalhos é on line no endereço:http://www.aps.ufjf.br. O (os)
autor (es) deve (m) se cadastrar usando E - mail válido, respondendo de forma ágil
às mensagens eletrônicas recebidas, podendo também acompanhar o processo de
avaliação. Após o cadastramento deverá anexar o manuscrito seguindo as
instruções contidas nesse mesmo endereço.
Itens de Verificação para Submissão
Como parte do processo de submissão, autores são obrigados a verificar a
conformidade da submissão com todos os itens listados a seguir. Serão devolvidas
aos autores as submissões que não estiverem de acordo com as normas.
1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação
por outra revista; caso contrário, justificar em "Comentários ao Editor".
2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word, OpenOffice ou
RTF (desde que não ultrapasse os 2MB)
3. Todos os endereços de páginas na Internet (URLs), incluídas no texto
(Ex.: http://www.ibict.br) estão ativos e prontos para clicar.
4. O texto está em espaço 1,5; usa uma fonte de 12-pontos; emprega itálico ao
invés de sublinhar (exceto em endereços URL); com figuras e tabelas
inseridas no texto, e não em seu final.
45
5. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos
em Diretrizes para Autores, na seção Sobre a Revista.
6. A identificação de autoria deste trabalho foi removida do arquivo e da opção
Propriedades no Word, garantindo desta forma o critério de sigilo da revista,
caso submetido para avaliação por pares (ex.: artigos), conforme instruções
disponíveis em Assegurando a Avaliação por Pares Cega.
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Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para
os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras
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conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As
submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos
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por outra revista; caso contrário, justificar em "Comentários ao Editor".
2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word, OpenOffice ou
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3. Todos os endereços de páginas na Internet (URLs), incluídas no texto
(Ex.: http://www.ibict.br) estão ativos e prontos para clicar.
4. O texto está em espaço 1,5; usa uma fonte de 12-pontos; emprega itálico ao
invés de sublinhar (exceto em endereços URL); com figuras e tabelas
inseridas no texto, e não em seu final.
5. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos
em Diretrizes para Autores, na seção Sobre a Revista.
6. A identificação de autoria deste trabalho foi removida do arquivo e da opção
Propriedades no Word, garantindo desta forma o critério de sigilo da revista,
46
caso submetido para avaliação por pares (ex.: artigos), conforme instruções
disponíveis em Asegurando a Avaliação por Pares Cega.
Política de Privacidade
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47
4. Título do periódico
Revista APS - Atenção Primária à Saúde
ISSN: 1516-7704 (impressa)
ISSN: 1809-8363 (on line)
Qualificação Qualis: B5 na CAPES
Cadastrada na ABEC - Associação Brasileira de Editores Científicos
Endereço postal: NATES/UFJF / Revista de APS - Atenção Primária à Saúde
Campus da UFJF - Bairro Martelos - Cep: 36.036-900
Juiz de Fora - M.G.
Telefone: (32) 32293830
FAX: (32) 32293832
E-mail: [email protected]
Site: http://www.aps.ufjf.br.
48
5. Referências bibliográficas geral
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AMARANTE, Jarbas Freitas et al. Resistência aos antimicrobianos de bactérias obtidas de carpas (Cyprinus carpio) cultivadas em sistema semi-intensivo. Ciência Animal Brasileira, v. 19, n. 1, p. 1-7, 2018.
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MELO, Eveny Silva de et al. Doenças transmitidas por alimentos e principais agentes bacterianos envolvidos em surtos no Brasil. PUBVET, v. 12, n. 10, p. 1-9, 2018.
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