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Migração SísmicaMigração Sísmica

Migração Sísmica Bruno Mendes


Sismograma vs Seção Migrada Qual a diferença?


Imaginemos uma situação bem simples...

Radar

x1 , v1

x2 , v2 É possível descrever em cada instante qual era a posição correta do carro?

Sim, se supusermos que a aceleração foi constante no percurso!

Mas como são calculadas essas posições?

Através da equação do movimento :

2

0 0 2

a ts s v t


...e outra mais complexa.

t1 t2 t3 t4

t5

t6

t7

t8

t5

t6

t7

t8

Fluxo de Calor = Φ

É possível obter a temperatura nos pontos interiores da placa por meios dos dados periféricos ti e Φ ?

Sim, se supusermos a condutividade térmica k constante em cada camada.

Mas como são calculados esses limites?

Utilizando a Equação do Calor :T

kt x


Sendo assim é possível mapear refletores em sub-superfície que refletiram as ondas detonadas por uma certa fonte através apenas dos sinais detectados na superfície?

Sim, utilizando para isso a equação da onda:

2 2 2

2 2 2 2

( , , ) ( , , ) 1 ( , , )( , , )

( , )

u x z t u x z t u x z tfonte x z t

x z v x z t

“O processo pelo qual um certo dado, ou condição de contorno, é usado para obter-se soluções específicas de uma equação é chamado de migração.”

No caso da sísmica a condição de contorno usada é o sismograma e o processo é chamado de migração sísmica.


SISMOGRAMA

MIGRAÇÃO


Mas como um dado coletado no decorrer do tempo em apenas um linha do domínio que deseja-se observar pode nos dar o posicionamento correto das reflexões, ou dos locais onde ela ocorreu?

Pensemos...

1) Desejamos descobrir superfícies refletoras em subsuperfície.

Extrapolação do campo de onda em profundidade

2) Mas para isso precisamos descobrir em que posição em subsuperfície essa reflexão foi gerada.

3) E em que momento esta reflexão ocorreu.


Mas até quando eu devo extrapolar o campo? Que critério eu devo usar para preencher ou montar a minha seção migrada através dessa dado extrapolado?

Estabelecimento de uma condição de imagem

Idéia Central

Se um dado sinal em um dos traços do meu dado bruto foi adquirido em um tempo tdr por quanto tempo ele deve ser extrapolado em profundidade para que ele retorne a posição na qual a reflexão foi gerada?

Textrapolação = tdr - tpropagação

Condiçao de Imagem

?Tempos de trânsito

da onda direta


A Migração Sísmica pode ser dividida em classes quanto a forma da resolvermos a equação da onda:

. Por rotações de fase usando a equação da onda no domínio da frequência

(F-K, Phase Shift, PSPI, Split-Step,...)

. Por discretizações da equação da onda usando ou elementos finitos ou diferenças finitas (RTM,...)

. Pela resolução da equação da onda na sua forma integral (Método de Kirchhoff ou Migração Kirchhoff)


... quanto a dimensão: 2D ou 3D

... quanto ao uso de modelo de velocidade: em tempo ou em profundidade

. PSDM - ... Depth Migration e PSTM - ... Time Migration

. Pre-stack (Pré-empilhamento)

. Pos-Stack (Pós-empilhamento)

. Registro de Múltiplas Fontes

... quanto ao modo como manipularmos as familias de tiro comum:


... quanto a dimensão: 2D


3D


... quanto ao uso de modelo de velocidade:

em tempo

em profundidade


... quanto ao modo como manipulamos os sismogramas:

Pos-stack Migration

Consiste na migração de um único dado por linha sísmica oriundo de processos matemáticos realizados sobre o sinal bruto (famílias de tiro comum) e da obtenção das chamadas seções zero offset através do empilhamento de famílias CMP, ou seja da migração após o empilhamento.

Neste processo a necessidade dos dados sofrerem processamentos digitais (CDP, NMO, etc) para que esta soma se de com o critério de minimizar-se ao máximo a razão sinal ruído do sismograma final.

CMP1(x1,t), CMP2 (x2, t),... , CMPn (xn, t)

Stack

Seção Zero Offset

MIG(x,z)Migration


Pre Stack Migration - Migração Pré-Processamento:

Consiste na migração dos dados sísmicos antes destes serem empilhados e, portanto, sofrerem processamentos digitais.

CMP1(x1,t), CMP2 (x2, t),... , CMPn (xn, t)

Migration

MIG(x,z) Stack

MIG1(x1, z=0,t), MIG2 (x2, z=0,t),... , MIGn (xn, z=0,t),


Pós Pré


Registros de Múltiplas Fontes

O registro de múltiplas fontes é uma técnica de empilhamento de familias de tiro comum que simula o registro de uma detonação de várias fontes, simultaneamente ou com atraso, gerando um só sismograma, o chamado SUPERSISMOGRAMA.

Em termos de migração sísmica é considerada um método misto, já que há empilhamentos antes de depois da migração (respectivamente pos stack e prestack migration).

Arranjo fonte-receptor

( )p f t

x0

xf

Diferentes tipos de detonação dependentes do atraso dado por.

Com x0 = 1º tiroe p

constante

0p Com xf = 1º

tiro e p constante

0p

0p

Sem delay

Com delay


Sismograma sintético de um único tiro na posição x = 500 no interior do modelo Marmousi.


Registro de múltiplas fontes no modelo Marmousi.

+ + ...

Atrasos nulosArranjo fonte-

receptor

x0

xf

0p


Há ainda a possibilidade de simular através dos dados brutos um experiência ainda mais ousada: A síntese de ondas planas em subsuperfície, acima de um determinado objetivo, técnica conhecida como Migração Orientada ao Alvo (ou iluminação controlada).

Esta técnica surgiu dos trabalhos pioneiros de Berkhout na década de 80 que supôs num livro sobre síntese de frentes de onda, publicado na mesma época que era possível dar um passo além:

Sintetizar não uma onda plana, mas um traço, um arco, um único ponto em superfície, numa técnica intitulada Common Focus Point.

Mas essa é uma ooooutra história...


OBRIGADO PELA

ATENÇÃO!

“Se você não conseguir tirar do seu sofrimento algo que o torne mais forte e mais sábio, ele não terá valido de absolutamente nada.”

Fábio Fantozzi Oficial do Exército Brasileiro


Modelo de velocidade típico da Bacia do Solimões.

Velocidade (m/s)

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