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Londrina, 5 de novembro de 2014 Nº 1.324 Universidade Estadual de Londrina Depois de quase 20 anos de pesquisa, a UEL lança o Atlas Linguístico do Brasil, um projeto que reuniu 27 universidades brasileiras. Foram ouvidas 1.100 pessoas de 250 cidades do Oiapoque ao Chui. No Paraná, os estudos foram coordenados pela professora Vanderci de Andrade Aguilera, do Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas do CCH. Págs. 4 e 5 O português e seus diferentes falares

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Page 1: Notícia 1324

Londrina, 5 de novembro de 2014 • Nº 1.324

Universidade

Estadual de Londrina

Depois de quase 20 anos de pesquisa, a UEL lança o AtlasLinguístico do Brasil, um projeto que reuniu 27 universidadesbrasileiras. Foram ouvidas 1.100 pessoas de 250 cidades doOiapoque ao Chui. No Paraná, os estudos foram coordenadospela professora Vanderci de Andrade Aguilera, do Departamentode Letras Vernáculas e Clássicas do CCH. Págs. 4 e 5

O português e seusdiferentes falares

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2 NOTÍCIA - 5 de novembro de 2014

EXPEDIENTE

• Redação:Chico Amaro, José de Arimathéia, Mirian Peres da Cruz e Pedro

Livoratti.

• Diagramação/Editoração: Moacir Ferri e Nadir Chaiben.

• Fotógrafos: Beatriz Botelho, Daniel Procopio e Gilberto Abelha.

UEL – Campus Universitário – CP. 6001 – CEP 86051-990 – Londrina – PR

Telefones: (43) 3371-4361 – 3371-4115 - [email protected]

OPINIÃO

Universidade

Estadual de Londrina• Coordenadora: Ligia Barroso• Chefe da Divisão de Jornalismo: Irene Fonçatti• Editor: Celso Mattos

COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Reitora: Berenice Quinzani Jordão

Vice-Reitor: Ludoviko Carnasciali dos Santos

MARIA NILZA DA SILVA*

GUILHERME SOUZA COSTA**

Dez anos após a implantação dosistema de cotas, nos dias 22 e 23

do mês passado, a Universidade Estadu-al de Londrina (UEL) realizou o I Semi-nário de Articulação das Ações Afir-mativas no Estado do Paraná. Partici-param representantes das Instituiçõesde Ensino Superior do Estado, dos mo-vimentos sociais negros, quilombolas,indígenas e deficientes físicos. O even-to teve como objetivo o debate, a ava-liação e a definição de perspectivaspara o fortalecimento das políticas deação afirmativa para o avanço do pro-cesso de inclusão social.

A abertura do evento contou com apalestra “As políticas públicas e asações afirmativas no Ensino Superior”,proferida por Mário Lisbôa Theodoro,assessor legislativo do Senado Federale ex-secretário adjunto da SEPPIR.Theodoro discursou sobre a importân-cia das afirmações afirmativas para oacesso, inclusão e permanência dosnegros, indígenas, quilombolas e mino-rias étnico-raciais nas universidadespúblicas do país. Estavam presentes areitora da UEL, Berenice QuinzaniJordão e a pró-reitora de Graduação,Angela Maria de Sousa Lima, que secomprometeram a abrir ainda mais osdiálogos para a expansão das políticasde inclusão e para que estudantes dediferentes origens e grupos sociais te-nham acesso à Universidade.

Durante encontro foi realizado umdiagnóstico das Ações Afirmativas nas

“Muitos aindaacreditam que o fatode incluir estudantes

de escola públicaestariam incluindotambém os negros,

contudo, foi ressaltadopor todos os

palestrantes que sem orecorte cor/raça, os

negros têm a suainclusão prejudicada.O racismo presente na

sociedade brasileirainterfere no acesso dos

grupos maisdiscriminados”

Seminário discuteAções Afirmativas no Paraná

O evento teve como objetivo o debate, a avaliação e a definição de perspectivas para o fortalecimentodas políticas de ação afirmativa para o avanço do processo de inclusão social

instituições no Brasil e no Paraná. Oprofessor Marcelo Tragtenberg, da Uni-versidade Federal de Santa Catarina,apresentou a realidade das cotas no Bra-sil e apontou um avanço na inclusão deestudantes pertencentes a grupos histo-ricamente excluídos no Ensino Superiorpúblico e privado. Contudo, ressaltouque nem sempre as IES coletam deforma adequada os dados relativos àvariável cor/raça, o que dificulta umdiagnóstico mais preciso.

NEGROS - O professor JairoQueiroz Pacheco, da UEL, mostrou asituação das ações afirmativas para ne-gros e indígenas no Paraná. O destaqueficou para a ausência das vagas destina-das aos negros na maioria das universi-dades estaduais. Muitos ainda acreditamque o fato de incluir estudantes de escolapública estariam incluindo também osnegros, contudo, foi ressaltado por todosos palestrantes que sem o recorte cor/raça, os negros têm a sua inclusão preju-dicada. O racismo presente na socieda-de brasileira interfere profundamente noacesso dos grupos mais discriminados.

O evento contou ainda com mesasredondas, fóruns, apresentações artísti-cas e a elaboração de uma agenda paraorganizar a formação de uma rede inter-institucional de ações afirmativas noParaná. Estavam em discussão: a ne-cessidade de uma maior integração comas instituições de Ensino Básico, aimplementação do ensino de cultura afro-brasileira também no Ensino Superior, aampliação do número de vagas pelo sis-tema de cotas, do número e valores debolsas e auxílios, além da inclusão dos

programas de permanência, que evitama evasão dos estudantes cotistas nasuniversidades. Entre os mais de 120participantes, estavam presentes repre-sentantes de Núcleos e Estudos Brasi-leiros, pró-reitorias de graduação, repre-sentantes de coordenações de progra-mas e projetos que atuam com açõesafirmativas nas universidades estaduaise federais do Paraná.

Os representantes das Instituiçõespúblicas de Ensino Superior e dos movi-mentos sociais contribuíram muito parao sucesso do evento. Praticamente to-dos ressaltaram que as políticas de açãoafirmativas estão incluindo aqueles quedurante décadas estiveram excluídosdo Ensino Superior no Brasil,notadamente, negros e índios. As AçõesAfirmativas estão contribuindo para queo ensino superior tenha a representa-ção de todos os grupos que compõem asociedade brasileira. Um dos aspectosque mais chamou a atenção foi a parti-cipação dos movimentos sociais, emespecial dos quilombolas, que lutammuito para ter acesso à educação bási-ca. Suas escolas longínquas impedemcentenas de crianças a ter acesso aoseu direito à educação.

O I Seminário de Articulação dasAções Afirmativas no Estado do Paranáfoi uma realização do Núcleo de EstudosAfro-Brasileiros NEAB, da ComissãoUniversidade para os Índios – CUIA edo Laboratório de Cultura e EstudosAfro-Brasileiros – LEAFRO em parce-ria com a Faculdade Latino-Americanade Ciências Sociais – FLACSO e contoucom a colaboração da Pró-reitoria de

Graduação (Prograd) e dos programasOBEDUC/Ciências Sociais, Programade Acesso e Permanência - PROPE edo Inventário Patrimônio de Londrina –IPAC.

*Diretora do Núcleo de Estudos Afro-Brasi-leiros (NEAB)

**Mestrando em Ciências Sociais

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5 de novembro de 2014 - NOTÍCIA 3PÓS-GRADUAÇÃO

MIRIAN PERES DA CRUZ

O estudante Rafael Campos de Bar-ros, do programa de pós-gradua-

ção em Ciências Biológicas, do Centrode Ciências Biológicas (CCB), percorrequilômetros de distância para ter acessoao objeto de pesquisa. Ele vai até oParque Nacional do Iguaçu, com o obje-tivo de coletar exemplares de uma famí-lia específica de besouros que habitam odossel das árvores. Mais encontrado emáreas tropicais, eles pertencem à famíliaCerambycidae, cujo nome popular éserra-pau. Apenas essa família de be-souros reúne ao todo cinco mil espéciesno Brasil. Somadas são aproximada-mente 350 mil espécies de besouros nomundo. Só o território nacional abrigacerca de 30 mil deles.

O objetivo do estudo é determinar adiversidade de serra-paus em árvoresde diferentes alturas, de 15 e 30 metros.A pesquisa está sendo realizada há umano. Os insetos são capturados comuma armadilha luminosa, que permane-ce nos pontos de coleta durante 40minutos. Elas são instaladas a partir das18 horas, devendo permanecer até amadrugada, período de atividades dosserra-paus. “As armadilhas são içadasaté o topo das árvores, sendo que ascoletas são realizadas em noites quen-tes, em especial durante a lua nova”,explica Rafael Campos. O parque contacom torres de observação que são usa-das durante o levantamento.

Ele é chamado de serra-pau porqueamputa os galhos das árvores para sealimentar. O serra-pau participa de vá-rios processos ecológicos, além dapolinização, a predação de semente,herbivoria e decomposição de matéria

Pesquisa investiga besouros serra-pauO objetivo do estudo é descrever os besouros popularmente chamados de serra-pau.

Eles são da família Cerambycidae que habitam o dossel das matas, formado por árvores de até 30 metros.O besouro é considerado um bioindicador, que mostra a qualidade ambiental da região

orgânica. O estudo em dossel apresen-ta grande importância enquanto campode pesquisa, porque é um ecossistemade ampla diversidade de espécies. Oestudante conta ainda que não há pes-quisas com o uso desse tipo demetodologia no Paraná. Por sua vez,Rafael Campos destaca o intercâmbioconstante com pesquisadores de cen-tros de pesquisa do Rio de Janeiro, RioGrande do Sul e São Paulo.

O aluno descreve as principais fun-ções dos besouros na natureza: “Elessão polinizadores, decompositores dematéria orgânica no caso dos insetosmaiores que se alimentam de madeiraem decomposição”, diz. Rafael acres-centa ainda que a presença dos insetossó ocorre mediante a existência dedeterminados tipos de árvores. Porisso, segundo ele, a espécie é classifi-cada como um bioindicador, isto é,revela o nível de preservação ambientalda localidade.

O professor Carlos Eduardo deAlvarenga, do Departamento de Biolo-gia Animal e Vegetal (BAV), do CCB,

e orientador da pesquisa, fala sobre oineditismo do estudo. “Há poucas cole-tas realizadas no dossel das florestas,por isso poucos estudos são realizadosneste ambiente”, observa. OCerambycidae é uma das principaisfamílias da ordem Coleoptera. Os ser-ra-paus serão montados em alfinetesentomológicos e identificados de acor-do com a literatura pertinente e porcomparação com coleções de outrasinstituições.

Segundo o professor, inúmeras espé-cies desconhecidas pela ciência habitamo dossel das matas. “Na fase adulta, onicho deles é no alto das árvores, o quedificulta o acesso. Em geral as coletassão feitas em nível do solo”, observa oprofessor. Conforme reforça CarlosEduardo, a família dos serra-paus é es-sencial na natureza. “Ele tem toda umafunção na natureza. Por isso, é impor-tante pesquisar esses insetos para sabero que ocorre na região. Afinal, são infor-mações que servirão de base para futu-ras pesquisas, mas primeiro é indispen-sável conhecer a nossa biodiversidade”,

Departamento de Biologia Animal e Vegetal –CCB - Fone: (43) 3371-4247

Serviço:

Os serra-paus são bioindicadores,cuja função é preservaro equilíbrio ambiental

Carlos Eduardo, professor orientador: “Obesouro serra-pau tem uma função

importante na natureza”

Exemplares desta espécie vão fazer parte do acervo do Museude Entomologia do CCB

Os dois exemplares maiores de serra-pau encontrados noParque Nacional do Iguaçu, um macho e uma fêmea

“Eles são polinizadores edecompositores de matéria orgânica”,

diz o estudante Rafael Campos

É chamado de serra-pau porque eleamputa os galhos das árvores para se

alimentar

conclui. Vale destacar que também foiregistrada a primeira ocorrência para oBrasil de uma espécie do gêneroAntodice, anteriormente só observadana Argentina.

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4 NOTÍCIA - 5 de novembro de 2014

Atlas revela variações do pO Projeto Alib – Atlas Linguístico do Brasil – ouviu 1.100 pe

entre elas a UEL, única estadual. No PMIRIAN PERES DA CRUZ

Como se chama a ponta roxa no cacho da banana? Mangará,

umbigo ou coração?Ou ainda mangai,

pêndulo ou atémesmo buzo dabanana? NoParaná, os ter-mos mais usa-dos pelos falan-tes são coraçãoe flor. Esses sãoexemplos que re-

velam o tamanhoda diversidade da

Língua Portuguesafalada de norte ao sul

do país. É justamente oque mostra o “Atlas

Linguístico do Brasil”, tam-bém chamado de Projeto Alib,

que reúne os primeiros resulta-dos da iniciativa. São o Volume 1 –

Introdução (210 páginas) e Volume 2– Cartas Linguísticas (368 páginas).A obra foi publicada pela Editora da

Universidade Estadual de Londrina (Eduel),com tiragem inicial de mil exemplares. O obje-

tivo foi mapear a realidade do “português brasilei-ro” falado no Brasil, além de analisar a variaçãolinguística do ponto de vista dos níveis fonético-fonológico, morfossintático, léxico-semântico epragmático-discursivo. O Alib começou em 1996,e após quase 20 anos, trata-se do primeiro Atlaslinguístico brasileiro. E sem dúvida se posicionacomo a maior fonte depesquisa da área. Por en-quanto, são alvo da pes-quisa as 25 capitais dopaís, exceto o DistritoFederal e Palmas.

O projeto conta com umComitê Nacional responsá-

vel pela rede de apoio formadapor colaboradores de todo os

estados. No Paraná, o Alib é coor-denado pela professora Vanderci de

Andrade Aguilera, do Departamentode Letras Vernáculas e Clássicas (CCH),

da UEL. Só as Equipes Regionais do estadopercorreram ao todo mais de 113 mil quilôme-

tros, o que representa 40,95% do território nacional.A equipe ficou responsável por 17 localidades, além de outras

39 no estado de São Paulo e duas no Amapá. O grupo também contribuiucom a aplicação de inquéritos (entrevistas) nos estados de Manaus e Amazonas.

Do total de 1.100 entrevistas, a equipe da UEL realizou 330 delas.VARIAÇÃO – Fica evidente o ineditismo de um projeto como esse que, inclusive,

envolveu 27 universidades brasileiras de todas as regiões do país. “O Atlas terá um valorhistórico incrível daqui a 30 anos, porque é o retrato da realidade do português falado hoje,mostrando como o brasileiro fala do Oiapoque ao Chuí”, diz a professora Vanderci. Aprofessora ressalta ainda o valor didático das cartas linguísticas, recurso importante quefacilita a distribuição da variante da língua em diferentes capitais.

O atlas visa ainda explicar o fenômeno dos diferentes “falares”. É o que revela aprofessora Vanderci Aguilera, destacando que toda variação tem razão histórica. É o

caso, segundo ela, do R retroflexo, popu-larmente chamado de R caipira, por exem-plo, das palavras “porta”, “porco”, “por-teira”. Nesse caso, a língua se vira paratrás, conforme informa a professora. “OAtlas mostra o caminho desse R, que partede São Paulo para o norte do estado, alémdo sul de Minas Gerais, sobe até a Bahia.Na Bahia, até 1963, ele foi documentado,mas hoje não existe mais, porque a formapadrão do norte e nordeste que é o R glotal(da glote) predomina”, afirma a professo-ra Vanderci.

Ainda segundo ela, além do fatorlinguístico, a receptividade dos informan-tes também chamou a tenção dos pesquisa-dores ao longo do levantamento. “Em todosos lugares, nós tivemos apoio para encon-trar e selecionar os informantes, obrigato-riamente nascidos na localidade, com esco-laridade até o Ensino Fundamental, de 18 a30, e de 50 a 35 anos”, diz Vanderci.

Sem dúvida, há exemplos que deixaainda mais evidente a variação linguísticano país. É o caso do “brinquedo feito devaretas cobertas de papel que se empina aovento por meio de uma linha”. É o papa-gaio ou pipa no norte, também chamado decangula em Macapá e Belém, ou curica emSão Luis. Já nas capitais Natal e JoãoPessoa, o brinquedo também é chamadode coruja, já em Fortaleza, Maceió, Aracajue Salvador, é conhecido como raia. “Oobjetivo é acabar com o preconceitolinguístico, de que nós falamos o R feio,que o nordestino fala errado, ou que oamazonense fala engraçado, ou até mesmo

PESQUISA

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PESQUISA 5 de novembro de 2014 - NOTÍCIA 5

Atlas Linguístico: investigação in loco

O “Atlas Linguístico do Brasil” pode ser encon-trado na Livraria da Eduel, no Campus Universitário,ao preço de R$ 390,00. Mais informações pelostelefones (43) 3371-4683 ou 3371-4691 e tambémpelo e-mail: [email protected].

Serviço:

Sem dúvida, a produção do “AtlasLinguístico do Brasil” exigiu investigação inloco, que contou com uma extensa rede decolaboradores. Ao todo foram entrevistadosinformantes de 250 cidades. O desafio ago-ra, conforme o cronograma do projeto, é aanálise dos informantes do interior. Outrasduas professoras também autoras do “AtlasLinguístico do Brasil” falaram ao jornal No-tícia sobre o Projeto Alib. São as pesquisa-doras Jacyra Andrade Mota e Suzana AliceMarcelino da Silva Cardoso. Elas são daUniversidade Federal da Bahia (UFBA)

Segundo Jacyra Mota, os próximos vo-lumes vão mostrar o perfil das demais regi-ões. “São formas do falar que se referem aomesmo objeto, ao mesmo referente, que nãotínhamos conhecimento”, aponta a profes-sora. Para ela, o Alib mostra inúmeras vari-antes que eram pouco conhecidas. O quesignifica dizer que são variantes inéditas daLíngua Portuguesa. A professora acrescen-ta ainda que a maioria dos dados será usadana atualização dos dicionários brasileiros.

O projeto surge também como fonte delocalização e descrição do português fala-do, que por sua vez, abarca as regiões maisremotas do país. “É um mapeamento darealidade linguística do Brasil, com a possi-bilidade de identificar áreas distintas dofalar, embora falemos todos o mesmo idi-oma. Pela primeira vez nós mapeamos oBrasil do norte ao sul, mas decidimos traba-lhar primeiro os dados das capitais maisantigas do país”, diz Jacyra.

Outro desafio do Atlas reside na neces-sidade de dissipar o preconceito linguístico.“Há regiões em que predominam determi-nadas denominações, e até a maneira de se

construir a frase é diferente. O preconcei-to linguístico não se sustenta porque nãoexiste o melhor falar ou o pior falar”,afirma a professora Suzana Alice Cardo-so. Ela observa ainda que há localidadesque conservam formas antigas do Portu-guês, as quais foram desaparecendo emoutras locais. A professora cita ainda ainfluência de outras línguas no idiomaPortuguês, como as línguas indígenas,africanas, e por fim as línguas de imigra-ção. Além da evolução e mudanças queocorrem na língua ao longo do tempo.

A professora Suzana Alice destaca aindaa participação da Universidade Estadual deLondrina e da Eduel na produção e elabora-ção do Atlas. “Foi muito relevante a maneiracomo a Eduel interpretou o sentido e signi-ficado do Atlas, sem dúvida, assegurou apublicação da obra”, diz a professora Suzana.Vale destacar que o estudo recebe apoiofinanceiro do Conselho Nacional de Pesqui-sa e Desenvolvimento (CNPq), Coordena-ção de Aperfeiçoamento de Pessoal de NívelSuperior (Capes) e Fundações de Pesquisa,no caso da UEL, a Fundação Araucária.

Também são autores da obra Maria So-corro Silva de Aragão (UFPB), Mário RobertoLobuglio Zágaria (UFJF), Maria do SocorroSilva de Aragão (UFPB), Aparecida NegriIsquerdo (UFMS), Abdelhak Razky (UFPA),Felício Wessling Margotti (UFSC) e CléoVilson Altenhofen (UFRGS).

que o carioca fala como malandro. O fatoé que a diferença existe, e isto faz a belezada língua”, afirma Vanderci.

O fato é que por conta da imensavariação linguística encontrada no país, omesmo objeto recebe nomes distintos con-forme a região. A bala de chupar, porexemplo. Há lugares em que ela é chamadade caramelo (Cuiabá), queimado (Salva-dor); já outras localidades é bombom, ouconfeito. O semáforo é chamado de sinal(norte e nordeste), de sinaleira (sul daBahia), e farol (sudeste).

Vanderci Aguilera: “O Atlas terá um valor histórico incrível daqui a 30 anos”

“O objetivo é acabar

com o preconceito

linguístico, de que

nós falamos o R

feio, que o

nordestino fala

errado, ou que o

amazonense fala

engraçado, ou até

mesmo que o

carioca fala como

malandro.

O fato é que a

diferença existe,

e isto faz a beleza

da língua”

Suzana Alice: “A participação da UEL e daEduel foram fundamentais nesta pesqui-

sa”

Jacyra Andrade Mota: “É um mapeamentoda realidade linguística do Brasil”

ortuguês falado do Oiapoque ao Chuissoas de 250 cidades brasileiras, inclusive 25 capitais. A iniciativa inédita reúne 27 universidades brasileiras,araná, os estudos são coordenados pela professora Vanderci de Andrade Aguilera, do CCH

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6 NOTÍCIA - 5 de novembro de 2014 TECNOLOGIA

MIRIAN PERES DA CRUZ

Inovação. Essa é a palavra de ordemdo mercado produtivo formado por

setores sempre ávidos por novos produ-tos e serviços. De olho nessa tendência,a UEL abre cada vez mais espaço parapesquisas inovadoras, com potencial cri-ativo. Sem dúvida, esse é o caso daAgência de Inovação (Aintec), que éresponsável pelo desenvolvimento deideias criativas, com foco noempreendedorismo inovador a partir dacriação de empresas de basetecnológica.

O fato é que são ideias e inventos queirão resultar em produtos que chegarãoaos consumidores com a proposta de seraplicável ao dia-a-dia. É o caso da lumi-nária decorativa produzida a partir deresíduos têxteis sintéticos. A técnica defusão de resíduos foi criada por profes-sores e 14 estudantes dos cursos deDesign de Moda e Design Gráfico, doCentro de Educação, Comunicação eArtes (CECA). O material também seráusado na confecção de outros produtos.É a busca pela ampliação do ciclo devida dos materiais, visando eliminar odesperdício. A ideia é dar destino corre-to para as sobras de tecidos de empresado setor da indústria têxtil de Londrina.

Para a estudante Luana Bortoletto,do 2º ano do curso de Design de Moda,o material é a oportunidade de produçãode produtos diferenciados. “O material ébem rico, por isso é possível fazer novosprodutos a partir dele. O que seria lixopara algumas pessoas se transforma emnovos produtos”, aponta a aluna. Ela citaainda a parceria com estudantes do cur-so de Química, o que possibilitou aviabilização do produto.

O professor Cláudio Pereira deSampaio, do Departamento de Design(CECA), destaca a contribuição da ini-ciativa para a formação dos futurosprofissionais. “Eles saem da Universi-dade com a consciência de que a maté-ria-prima não precisa ser apenas nova.O objetivo é reduzir o impactoambiental”, diz. Sem dúvida, o projeto“O processo de fusão como técnica dereaproveitamento de resíduos têxteis sin-téticos” se posiciona como inovação dossetores de meio ambiente, produtos deconsumo e design.

Outra novidade atende à demanda dosetor de tecnologia na área de produtosde consumo e microbiologia. A EideeDesign/Intuel criou o Suporte paraSmartphone. O design do produto pro-duzido em policarbonato favorece a uti-lização do aparelho em posição horizon-

Ideias criativasTécnica de fusão de resíduos, suporte para smartphone, antibiótico para controle

do greening e fotômetro digital são algumas das ideias inovadoras desenvolvidas na UEL

tal e vertical. A proposta é a maiorcomodidade ergonômica para o usuário.O produto tem 55 milímetros por 40, alémde sete milímetros de espessura. “É umproduto barato para uso em larga escala.Só é preciso agora viabilizar o molde deinjeção”, informa Ricardo Dantas, daEidee Design.

“GREENING” – O desenvolvimen-to do antibiótico para o controle do“greening” em laranja é outro exemplode inovação tecnológica ligado ao setoragrícola. O greening está entre as doen-ças mais graves que afeta os citros.Hoje, o único controle da doença é ocorte das plantas doentes. A doençaaparece em um ramo ou galho, sendoque as folhas começam a apresentarfolhas de coloração amarela pálida, commanchas irregulares.

As pesquisas são desenvolvidas noLaboratório de Ecologia Microbiana,do Centro de Ciências Biológicas(CCB), com aplicação para os setoresde biotecnologia e microbiologia. Deacordo com a estudante Ane Simionato,do programa de pós-graduação emMicrobiologia, conforme resultados detestes realizados foi possível controlara bactéria a partir do efeito antibióticoe também pela indução da resistênciada planta.

Outro invento também diz respeito àindústria alimentar e ao setor agrícola. Éo “Fotômetro digital para detecção defraudes no leite por adição de água,” que

surge como tecnologia de quantificaçãoda água no leite. A ideia é identificar opercentual de água no leite no caso desuspeita de fraude. “Esperamos que ouso do equipamento acabe com as frau-des no leite”, diz o professor José Ale-xandre de França, do Departamento deEngenharia Elétrica, do CTU.

Todos as inovações descritas estive-ram na última edição da “Feira da Ideiae Inovação”, realizada na UEL no mêspassado, cujo objetivo foi mostrar o po-tencial tecnológico de pesquisadores dasinstituições de ensino e pesquisa da re-gião. A iniciativa da Aintec tambémincentiva a geração de conhecimentocientífico desde a graduação.

A estudante Luana Bortoletto, do curso de Designde Moda e o professor Cláudio Sampaio: técnica de

fusão de resíduos

Ane Simionato, mestranda em Microbiologia: “O greening está entre as doenças

mais graves que afeta os citros”

Fotômetro digital para detecção de fraudes no leite por adição de água

Suporte parasmartphonedesenvolvidopela EideeDesign/Intuel

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5 de novembro de 2014 - NOTÍCIA 7ACONTECE

Livraria EDUEL

3371-4683 - 3371-4691ou pelo e-mail: [email protected]

Entre em contato - saibaa política de descontos

PRATELEIRAEDUEL

Estão abertas as inscrições para o curso de “Patologização do Fracasso Escolare Medicalização do Ensino”, que será realizado nos dias 6, 13, 20 e 27 deste mês, noperíodo da manhã, no auditório do Programa de Desenvolvimento Educacional(PDE), uma iniciativa do Departamento de Educação da UEL. O curso analisa oprocesso que transforma comportamentos sociais em questões individuais e biológi-cas. Os participantes deverão refletir sobre a idealização da educação e seus efeitosno fracasso escolar. A proposta é discutir os efeitos da busca pela precocidade e daprevenção dos problemas de aprendizagem centrada no aluno. Além disso, buscatraçar um diagnostico sobre a escolarização de crianças com autismo e psicoseinfantil. As inscrições custam R$ 50,00 e podem ser feitas até o dia 16 de novembro,no endereço: www.uel.br/eventos. Informações pelo telefone (43) 9696-8817 ou (43)8478-0068 ou pelo e-mail: [email protected].

Mostra de PesquisaO Departamento de Geociência

(CCE) realiza nos dias 14 e 15 destemês, o XII Encontro de Ensino de Geo-grafia, Mostra de Estágios e de Pesqui-sas, que será realizado simultaneamenteao I Fórum Paranaense de FormaçãoDocente. As atividades serão realiza-das das 8 às 22h30, no Anfiteatro doPrédio do Programa de DesenvolvimentoEducacional (PDE) e salas do Centro deCiências Exatas (CCE) da UEL. Osdois eventos pretendem promover a tro-

Simpósio de PortuguêsEstão abertas as inscrições para o

Simpósio SIPLE 2014 (Sociedade In-ternacional de Português Língua Es-trangeira), que será realizado nos dias6 e 7 deste mês, no Centro de Línguase Ciências Humanas (CCH) da UEL.Os interessados podem se inscreverno site: www.siple.org.br/. O evento évoltado para professores e pesquisa-dores da área; estudantes das áreasde Letras, Linguística, Linguística Apli-cada e Educação; professores atuan-tes no ensino de português; autores de

materiais e recursos didáticos para oensino de Português para Falantes deOutras Línguas (PFOL); instituiçõeseducacionais e editoriais. O SIPLE2014 abordará o tema “O CaráterPluricêntrico da Língua Portuguesa eas Práticas Avaliativas”. A programa-ção conta com mesas-redondas, con-ferências, sessões de comunicaçõesorais, apresentações culturais e lança-mento de livro. As informações estãodisponíveis na página http://www.siple.org.br/.

Psicologia HospitalarEstão abertas as inscrições para o Curso de Psicologia Hospitalar direcionado a

psicólogos e estudantes do 3°, 4º e 5° anos do Curso de Psicologia. O curso apresentaum conteúdo teórico-prático da psicologia clínica inserida na instituição hospitalar,enfermarias e ambulatórios. A iniciativa é do Serviço de Psicologia do HospitalUniversitário (HU) da UEL, juntamente com o Grupo de Trabalho e Transmissão emPsicologia Hospitalar. O curso tem duração de um ano com aulas teóricas realizadasmensalmente aos sábados, no Ambulatório de Especialidades (AEHU). As aulaspráticas serão realizadas no HU. As atividades têm início em 28 de março de 2015.Interessados podem se inscrever pelo no site: www.sistemasweb.uel.br. As inscri-ções custam R$ 60,00. O investimento será de 10 parcelas de R$ 280,00. Maisinformações pelos telefones (43) 3371-2351 ou 3371-5711.

Fracasso Escolar

ca de experiências entre os alunos degraduação e pós-graduação e profissio-nais de diferentes instituições e níveis deensino. Também visa contribuir paramelhoria da formação profissional doprofessor de geografia do ensino fun-damental, médio e superior. A inscri-ção custa R$ 20,00 e pode ser feita nosite: www.sistemasweb.uel.br. Aprogramação completa pode seracessada no endereço facebook.com/xiiencontrodeensinodegeografia.

Neste estudo, Maria José Ferreira Ruiz apre-senta as lutas travadas pelos “trabalhadoresprofessores” e pelos “trabalhadores pobres debairros periféricos”, em defesa da escola públi-ca gratuita e da gestão democrática da educa-ção, que ocorreram em Londrina, no Estado doParaná, entre os anos 1983 e 2010. Embora otrabalho esteja focado no Paraná, tomado comocaso exemplar de estudo, as movimentaçõesocorreram em âmbito nacional, envolvendodiversas cidades e instituições públicas de ensi-no.

Convém observar também que essas movi-mentações, como greves, paralisações e outrasatividades foram particularmente densas e con-centradas na década de 1980, quando se apre-sentaram combinadas com a luta contra aditadura militar e a favor do Estado de Direito.Como conclusão de sua pesquisa, Maria Josésustenta que a “luta dos trabalhadores foi im-

portante para a expansão do ensino fundamental na rede pública e determinante parao estabelecimento legal-formal da gestão democrática na escola pública”.

Maria José Ferreira Ruiz é docente da Universidade Estadual de Londrina e atuano curso de Pedagogia e no Mestrado em Educação. Doutora em Educação pelaUNESP/Marília, Mestre em Educação pela UEL e graduada em Pedagogia, nessamesma Instituição.

Novos lançamentos da EDUEL

Esta obra mostra o encantamento de umacriança ao perceber que brincar ao ar livre, debaixo de árvores, é muito mais divertido do queas brincadeiras dentro da casa. A obra mostratambém como essa criança convence os adul-tos a plantar árvores pela vizinhança. Como semostra no livro, “parece que foram plantadasalegrias e não só árvores”. Trata-se, pois, deum livro cuja temática é absolutamente atual epertinente. A autoria é de Eduardo Alberto daSilva e as ilustrações são de Bruna Scalco.

Neste livro Maria Siqueira Santos mostra queO poder alquímico das sensações é uma alegoriadas ideias acerca do fluído magnético expressaspor F. A. Mesmer em finais do século XVIII.Uma narrativa histórico-ficcional, pois trata-sede uma pesquisa historiográfica apresentada deforma ficcional. Por meio da fábula, a autorarevela o desenrolar das ideias a respeito domagnetismo que povoaram os espíritos ilustra-dos daquele final de século.

O personagem narrador é Ferragus, umaemulação do Ferragus balzaquiano da História dosTreze, que conheceu Mesmer em Paris, quandoo médico austríaco esteve na capital do reinofrancês para apresentar e divulgar aos médicos efilósofos sua grande descoberta: o magnetismoanimal. Maria Siqueira Santos é mestre emHistória Social pela Universidade Estadual de Londrina, graduada em História pelamesma universidade e em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista.

O menino que queria ganhar árvores

O poder alquímico das sensações

A democratização da escola pública no Estado do Paraná

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8 NOTÍCIA - 5 de novembro de 2014 EDUCAÇÃO

TIAGO JUNGO*

O foco principal do Museu de Ciênciae Tecnologia (MCT) é disseminar

conceitos de ciência e tecnologia noâmbito escolar, ao mesmo tempo em queinveste na aproximação da Universidadecom jovens do Ensino Fundamental eMédio. O Museu foi criado em 2003 pormeio de convênio entre a UEL, Funda-ção Vitae de Apoio à Cultura, Educaçãoe Promoção Social e o Instituto deTecnologia e Desenvolvimento Econô-mico e Social (Itedes). O Museu recebemais de 10 mil visitas por ano.

Hoje, o MCT integra o “Guia deCentros e Museus de Ciência”, da Asso-ciação Brasileira de Centros e Museusde Ciência (ABCMC). A equipe tam-bém visa divulgar os fenômenos básicosda natureza em escolas de Londrina eregião. São atividades como “Experi-mentos de Física” e “Show da Química”.“Academicamente falando, o Museupropicia aos estudantes a possibilidadede vivenciar diversas experiências quevão além dos limites da sala de aula”,destaca Eliana Bueno, diretora do Mu-seu de Ciência e Tecnologia.

“Já vivenciei uma experiência, aquino museu, com deficientes auditivos.Até então não havíamos recebido alunoscom esse tipo de necessidade. Conduzi-mos nossas mini-aulas com a ajuda deuma tradutora e ao final vimos os olhosdeles brilharem. Isso falou muito mais doque palavras”, comenta a diretora. Atu-almente, o MCT conta com mais de 20aparelhos para experimentos, cujo papelé a interação direta com os visitantes.São recursos que servem de apoio parademonstrações práticas de conceitos,muitos deles presentes no cotidiano. É ocaso da “Base Giratória” e da “Bobinade Tesla que reproduzem, respectiva-mente, a dinâmica de rotações, e a gera-ção da luz. No entanto, a atração quemais chama a atenção é o “Gerador deVan de Graaff”. A máquina eletrostáticaproduz alta voltagem através do atrito. Oresultado é a sensação curiosa de arre-piar os cabelos!

Conforme reforça a secretária doMCT, Samira Prioli Jayme, as atividadessão direcionadas de acordo com a faixaetária. “Quando recebemos crianças daeducação infantil, “O Show da Química”se volta às formas corretas de lavar amão. No caso dos adolescentes, ficamoscom a questão da sexualidade”. Ela con-ta ainda o caso do estudante do Ensino

Museu investe na difusão da ciência e tecnologiaO Museu de Ciência e Tecnologia, da UEL, visa popularizar a tecnologia entre os jovens e aproximar

a Universidade do Ensino Fundamental e Médio, recebendo mais de 10 mil visitas por ano

Eliane Bueno, diretora do MCT: “Aqui osestudantes vivenciam experiências que

vão além da sala de aula”

Médio que planejava prestar o vestibularpara o curso de Ciências da Computa-ção, e após a visita ao Museu, o jovemresolveu tentar a graduação em Física.“As experiências aumentaram o interes-se dele pela área”, diz Samira. Paragarantir a oferta de atividades, o Museuconta com nove estagiários que são es-tudantes da UEL, dos cursos de Químicae Física, do Centro de Ciências Exatas(CCE), além de alunos do ProgramaInstitucional de Bolsa de Iniciação àDocência (PIBID).

OBSERVATÓRIO – O Museuabriga também o Observatório Astronô-mico, instalado no Campus, além doPlanetário de Londrina, localizado nocentro da cidade como projeto de exten-são. Com uma agenda estimada em maisde mil visitas por mês, o MCT segue comatendimentos normais até o recesso definal de ano, sem novas datas para even-tos de grande porte. Recentemente, oMCT recebeu a 11ª Semana Nacional de

As visitas ao Museu de Ciência e Tecnologia(MCT) devem ser agendadas com antecedênciapelo telefone (43) 3371-4805.

Serviço:

O Gerador de Van de Graaff produz alta voltagem através do atrito

Base Giratória reproduz a dinâmica de rotações e a Bobina de Tesla reproduz a luz

Show da Quimica chama atenção dos estudantes

Ciência e Tecnologia. No Paraná asatividades foram ofertadas em 53 cida-des. No caso da UEL, a iniciativa contoucom o apoio da Secretaria de Estado daCiência, Tecnologia e Ensino Superior(SETI), Pró-reitoria de Extensão

(Proex), PIBID e Secretaria Municipalde Educação de Londrina. *Estagiário docurso de Jornalismo, na COM.