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ISSN 0100-1485 Ano 12 Nº 57 Jun/Jul 2015 nOvas tECnOlOgias bEnEfiCiam a indústria nOvas tECnOlOgias bEnEfiCiam a indústria COtEQ 2015 COtEQ 2015 EntrEvista Aldo Cordeiro Dutra, assessor especial da presidência do INMETRO Aldo Cordeiro Dutra, assessor especial da presidência do INMETRO EntrEvista

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ISSN 0100-1485

Ano 12Nº 57Jun/Jul 2015

nOvas tECnOlOgiasbEnEfiCiam a indústrianOvas tECnOlOgiasbEnEfiCiam a indústria

COtEQ 2015COtEQ 2015

EntrEvista

Aldo Cordeiro Dutra,

assessor especial da

presidência do INMETRO

Aldo Cordeiro Dutra,

assessor especial da

presidência do INMETRO

EntrEvista

Capa57:Capa35 7/23/15 12:36 PM Page 1

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Sumário

4Editorial

Párabolas, quem diria, ainda atuais…

6Entrevista

O DNA da corrosão no Brasil

9Notícias do Mercado

10COTEQ 2015

Novas tecnologias beneficiam a indústria

24Cursos

Calendário 2015 – De Julho a Dezembro

34Opinião

Um Brasil de progressos em meio à criseErik Penna

C & P • Junho/Julho • 2015 3

A Revista Corrosão & Proteção é uma publicação oficialda ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão, fundadaem17 de outubro de 1968. É editada em parceria com aAporte Editorial com o objetivo de difundir o estudo dacorrosão e seus métodos de proteção e de controle e con-gregar toda a comunidade técnico-empresarial do setor.Tem como foco editorial compartilhar os principaisavanços tecnológicos do setor, tendo como fonte entidadesacadêmicas, tecnológicas e de classe, doutores mestres eprofissionais renomados do Brasil e do exterior.

Av. Venezuela, 27, Cj. 412Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892www.abraco.org.br

Diretoria Executiva – Biênio 2015/2016PresidenteDra. Denise Souza de Freitas – INT

Vice-presidenteEng. Laerce de Paula Nunes – IEC

DiretoresAécio Castelo Branco Teixeira – química uniãoAna Paula Erthal Moreira – A&Z ANÁLISES QUÍMICASFernando Loureiro Fragata – Consultor/InstrutorM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta – PETROBRASMaria Carolina Rodrigues Silva – EletronuclearEng. Pedro Paulo Barbosa Leite – PetrobrasSegehal Matsumoto – Consultor/Instrutor

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECEng. João Hipolito de Lima Oliver –PETROBRÁS/TRANSPETRODr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGSM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – Univ. Grenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRODra. Célia A. L. dos Santos – IPTDra. Denise Souza de Freitas – INTDr. Ladimir José de Carvalho – UFRJEng. Laerce de Paula Nunes – IECDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQDra. Zehbour Panossian – IPT

Revisão TécnicaDra. Zehbour Panossian (Supervisão geral) – IPTDra. Célia A. L. dos Santos (Coordenadora) – IPTM.Sc. Anna Ramus Moreira – IPTM.Sc. Sérgio Eduardo Abud Filho – IPTM.Sc. Sidney Oswaldo Pagotto Jr. – IPT

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo – SP – 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

Diretores e EditoresJoão Conte – Denise B. Ribeiro Conte

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design – [email protected]

GráficaAr Fernandez

Edição nº 57 de Junho/Julho de 2015ISSN 0100-1485

Circulação nacional – Distribuição gratuita

Esta edição será distribuída em agosto de 2015.

As opiniões dos artigos assinados não refletem a posição darevista. Fica proibida sob a pena da lei a reprodução total ouparcial das ma térias e imagens publicadas sem a prévia auto -ri zação da editora responsável.

Artigos Técnicos

18Corrosão de ímã permanente à basede Samário-Cobalto em meio aquoso

Por Neusvaldo L. de Almeidae Mauro Lúcio N. Luiz

31E se a relação de mistura de tintasbicomponentes não for obedecida?

Por Celso Gnecco

25Identificação da carburização emtubos HP para avaliação não

destrutiva ultrassônicaPor Ivan C. da Silva, Carla Beatriz F. doCarmo, Mateus Crusoé R. Rebello, Ygor

Tadeu B. dos Santos, Gustavo da S. Pereira,Diego Henrique S. Zanini,Claudia Teresa T. Farias

Sumário57:Sumário/Expedient36 7/23/15 1:31 PM Page 1

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m homem encontra-se em meio a um incêndio em um edifício. Com sérias dificuldadespara se desvencilhar da catastrófica situação, começam as tentativas para salvá-lo. Na primeirainvestida, seus amigos fazem de tudo para persuadi-lo a deixar o local pelas escadarias, mas ele

recusa-se, argumentando que Deus o salvaria. Pela janela do prédio, um grupo de bombeiros tenta res-gatá-lo com uma escada de longo alcance e, mais uma vez, ele nega o auxílio, reafirmando que Deus osalvaria. Com a apro ximação do fogo, o homem decide subir ao topo do prédio e, logo, um heli cópterotenta o dramático resgate, mas novamente ele rechaça a ajuda, insistindo que Deus mesmo o salvaria.E quando o fogo toma conta do edifício, ele acaba sucumbindo em meio às chamas. Ao chegar ao céu,encontra Deus e imediatamente se queixa de que Ele, o todo poderoso, havia traído sua fé ima culada eo abandonara justamente quando ele mais precisava. Depois de ouvi-lo pacientemente, Deus, em suainfinita sabedoria, retrucou: Primeiramente, enviei seus amigos para lhe aconselhar a escapar pelaescadaria do prédio e você se recusou. Sem perder a esperança, enviei um grupamento para resgatá-lo emais uma vez negou meu amparo. Por fim, enviei um helicóptero e, mesmo assim, você desprezou a

derradeira oportunidade que lhe ofereci…Esta parábola é a prova cabal de que essa técnica de narração

trans cende tem po e espaço e é capaz de nos entregar a mensagemcerta na hora certa. Basta, para isso, que façamos um rápido exercíciode imaginação e levantemos alguns dos véus que cobrem os múlti plossignificados que ela abarca.Atualmente, por exemplo, podemos lê-la como uma preciosa

lição sobre nossa inércia diante das agruras do momento econômicoem que estamos vivendo. Nem todas as pedras são de tropeço em

nosso caminho, muitas servem para pavimentá-lo de oportunidades e nos dar maior segurança a cada passo.É preciso identificá-las rapidamente e colocá-las em prática, deixando para traz conceitos arcaicos. A cria-tividade é o melhor meio para transpor nossos obstáculos. Recentemente pode ser observado nas redes sociais um vídeo de um caminhão basculante articulado

com duas caçambas lineares que funcionam em sequência, realizando a descarga com incrível eficiência,especialmente entulhos e similares, pela parte traseira do veículo. Vale a pena ver o show de tecnologia epioneirismo (youtu.be/4UzID9P1yhU). Outra sensação do momento são os food trucks que têm se popu-larizado nas cidades com a oferta de alimentação, porém já existem inovações como os adaptados parabanho e tosa de cães, para o atendimento em domicílio de cabeleireiros e manicures e para outras finali-dades. Os serviços têm recebido a aprovação dos clientes pela comodidade, preço e qualidade.É preciso quebrar os paradigmas enraizados dentro de nós, pois as inovações irão aflorar pela ação dos

visionários.

Coteq 2015 – A matéria de capa apresenta uma retrospectiva sobre os principais fatos ocorridos naConferência sobre Tecnologia de Equipamentos – Coteq 2015.A seção Entrevista traz revelações pioneiras do setor de corrosão relatadas por Aldo Cordeiro Dutra.A corrosão de ímã permanente à base de Samário-Cobalto é explorada por Neusvaldo Lira de Almeida.Ivan Costa da Silva nos fala sobre a identificação da carburização em tubos HP.E se a relação de mistura de tintas bicomponentes não for obedecida? Uma reflexão de Celso Gnecco.

Boa leitura!

Os editores

Parábolas, quem diria, ainda atuais…

Carta ao leitor

Nem todas as pedras são de tropeço

em nosso caminho, muitas servem

para pavimentá-lo de oportunidades e

nos dar maior segurança a cada passo

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Editorial57:Editorial36 7/22/15 8:46 AM Page 1

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AnuncioIntercorr:Intercorr 7/22/15 1:50 PM Page 1

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O DNA da corrosão no Brasil

A história do desenvolvimento tecnológico no Brasil está intimamente ligada à de um pequeno

grupo de pioneiros que difundiu a importância da prevenção, controle e combate à corrosão

Entrevista

trajetória de Aldo Cor dei -ro Dutra no desenvolvi-mento dos estudos da pre-

venção, controle e combate à cor -ro são foi marcada pelo pioneiris-mo na formação da comunidadetécnica do se tor. Foi um dosmem bros do grupo que fundou aAssociação Brasileira de Corro sãoe assu miu sua presidência vá riasve zes. Graduado em enge nhariame cânica em 1959, pela EscolaNacional de Enge nha ria, ingres -sou no curso de manuten ção deequipamentos de refina rias de pe -tróleo da Petrobras em 1960, de -dicando-se, desde então, às ati -vidades de inspeção e con tro lede corrosão em equipamentos.Atu al mente, exerce o cargo deassessor especial da presidênciado INMETRO.

Publicou cerca de cinquentaartigos em periódicos e foi co -autor do livro “Proteção Cató -di ca – Técnica de Comba te àCor rosão”. Produziu mais de300 relatórios técnicos sobrecor rosão, proteção an ti corrosi -va, inspeção de equipamentos, ediversas pesquisas nessas áreas.

A Revista Corrosão & Pro -teção conversou com Dutra so -bre alguns fragmentos da his tó -ria do estudo da corrosão noBrasil, revelando o início dapro fissionalização do setor, suasati vidades profissionais, os pri -mei ros eventos que estimula-

téc nicos americanos e não temosregistros de como a corrosão foiconsiderada por eles nesse período.Porém uma coisa é certa: havia aatividade de inspeção de equipa-mentos, a qual tem por objetivoava liar sua integridade. Durantees se trabalho de suporte à manu -ten ção dessas instalações, os ame -ricanos depa ra ram-se com proble-mas de corrosão, já que esta é aprincipal causa de deterioração dosequipamentos.

Em que fase os engenheiros etécnicos nacionais passaram aassumir o controle no combateà corrosão?Dutra – Depois da refinaria deMataripe, o CNP partiu para aconstrução de uma refinaria demaior porte, que foi a de Cu -batão, no Estado de São Paulo.Era uma refinaria para processar45 mil barris de petróleo por dia,inaugurada em 1954. Emboratenha sido construída e operadapor técnicos americanos, ela co -meçou a contar com apoio de téc-nicos nacio nais ain da na décadade 50, dentre os quais destacam-se os novos enge nheiros de refi-nação formados pela Petrobras,em curso criado pelo idealistaAntonio Seabra Moggi, ex-mem-bro do CNP, o qual tinha sidotransferido para a Petrobras. Tãologo esta unidade foi instalada,deu-se continuidade à forma ção

ram a difusão dos avanços tec-nológicos do setor da corrosão eas pri meiras ações para a for-mação da estruturação associa-tiva para a congregação de pro -fis sio nais desse segmento.

Em relação às tecnologias decom bate à corrosão, como oBra sil se encontra em nível in -ter nacional?Aldo Dutra – Tanto no campo daciência como no da tecnologia,incluindo toda a área de proteçãoanticorrosiva, o Brasil está pratica-mente em pé de igualdade com ospaíses desenvolvidos do restante domundo. Vale a pena ressaltar queeste desenvolvimento come çou, deforma efetiva, com a im plantaçãoda indústria de petró leo no Brasil,particularmente após a criação e aentrada em operação da Petrobras.

Como teve início o estudo dacorrosão e de seus métodos deprevenção e con trole no Brasil?Aldo Dutra – O estudo da corrosãosurgiu no Brasil como ne ces sidadeda indústria do petróleo a partirda década de 50, quando o Paíspassou a ter refinarias. A primeiradelas foi uma de pe queno porteconstruída pelo Con selho Nacio -nal do Petróleo – CNP, no entornodo ano de 1950, em Mataripe, naBahia, re gião onde o petróleo foides coberto no Brasil. Ela foi total-mente construída e operada por

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Aldo CordeiroDutra

Entrevista57:Entrevista36 7/23/15 3:05 PM Page 1

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de pessoal especializado para anova indústria do petróleo noBra sil para atender à demandada exploração, da produção e dorefino do petróleo.

Em que fase a inspeção pas-sou a ser considerada fatorde terminante pa ra a preven -ção e controle da corrosão?Dutra – Primeiramente, a refina -ria de Cubatão, hoje denomina-da Refinaria Presi dente Bernar -des – RPBC, passou a ter umainspeção de for ma mais estrutu-rada e iniciou o treinamento deinspetores de equipamentos dapró pria unidade, a fim de queaprendessem com os americanos eformassem sua pró pria experiên-cia. Pouco tempo depois, a Pe tro -bras conseguiu tra zer um ameri-cano, para colaborar no aprimo -ramento da organização da ins -peção da refinaria. Foi o Mr.Tendy, um especialista que veioda refinaria de El Segundo, naCa lifórnia, Estados Unidos, quedeu uma excelente contribuiçãoao órgão de inspeção da RPBC.Com isso, os nossos inspetores co -meçaram a aprender também alidar melhor com os problemas decorrosão e de outras causas dedeterioração.

Quais foram as dificuldadesen contra das pelos técnicospa ra a apli cação eficiente dainspeção?Dutra – Com a formação de pes-soal especializado, a operação,tan to na área de exploração eprodução como no refino, cami -nhava bem, porém a atividadede ma nu tenção era muito precá -ria. Nessa época, a manutençãode uma forma geral era absoluta-mente incompatível com a com-plexidade de um amontoado denovos equipamentos não conheci-dos do pessoal do ramo de ma -nutenção no Brasil, tais como astorres de fracionamento, permu-

tadores de calor, fornos de aqueci -mento, va sos de pressão e muitosoutros, usa dos na explora ção epro dução de petróleo.

De que forma o senhor iniciousua participação nos estudos dacorrosão?Dutra – Fui aluno do terceiro Cur -so de Manutenção de Equi pa men -tos de Refinarias, em 1960, tendodepois sido incluído no quadro daRPBC, na Divisão de Inspeção deEquipamentos, co mo era meu dese-jo. Foi ali que, sob a firme orien-tação do enge nheiro Albary Eck -man Peniche, chefe da Divisão,realmente, iniciei minha capaci-tação técnica, aprendendo com osengenheiros de inspeção mais anti-gos e com os inspetores de equipa-mentos. No dia a dia, acompanha-va a ope ração das unidades do pro -cesso sob minha responsabilidadede inspeção. E, nas paradas, acom-panhava os inspetores mais experi-entes. Foi um período de ex tre mafelicidade profissional. Fi quei aliaté o dia 13 de maio de 1962,quando fui transferido para aDivisão de Inspeção de Equipa -mentos da refinaria Duque de Ca -xias – REDUC.

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Quais ações foram introduzi-das para o treinamento dostécnicos?Dutra – O Dr. Moggi percebeu agrande dificuldade que a Petro brasestava passando, com elevado custode manutenção e baixa eficiência eefetividade. Para solucionar essepro blema, ele criou um novo cursode formação de pes soal para essaárea, chamado Curso de Manu -ten ção de Equi pa mentos de Refi -na rias que foi estruturado em arti -culação com o Instituto Tecnologiade Aeronáu tica – ITA, em São Josédos Cam pos, ocasião em que foi in -cluída, no curso, a cadeira de cor -rosão. Esse assunto ficou sob a res -pon sa bilidade do professor do ITA,Mar co A. G. Ce cchin ni. O pri -meiro curso foi totalmente rea -lizado no ITA no ano de 1958.Em 1959, o curso foi transferidopara a refinaria Pre sidente Ber -nardes em Cubatão. Para a sua co -ordenação, foi contratado um es -pecialis ta americano, o en genheiroAlbert Francis Hollowell que, se -gundo fui informado, trazia umaexperiência de cerca de vinte anosna refinaria de Delaware, nos Es -tados Uni dos. Foi também um ex -celente professor na cadeira de ins -

Da esquer da para a direi ta: Aldo Maestrelli, Aldo Dutra e GeneralIremar, redi gin do a Ata de Fundação da ABRA CO, no Hotel Glória.

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peção de equipamentos. O profes-sor Cec chin ni continuou mi nis -trando essa ma téria no mês de ju - lho, ocasião de suas fé rias escolaresno ITA. Com isso, ele se deslocavapara Cubatão e cumpria muitobem sua missão, dando ex ce lentesaulas de corrosão, acompanhandouma apostila cui da dosamente pre -parada por ele.

Os seminários e cursos maisavançados sobre a corrosão sederam a partir de que época?Dutra – Em agosto de 1961, emminha plena atividade de ins peçãode equipamentos, aconteceu no Riode Janeiro o Primeiro Semináriodo IBP cujo tema foi a corrosão.Aproximadamente no final de1962, o Mr. Hollowell retornoupara os Estados Unidos e o exce-lente professor de termo dinâmicado nosso Curso de Manutenção,Candido Ribeiro To le do, foi convi-dado e aceitou as sumir a coorde-nadoria do curso a partir de 1963.Nessa condi ção, considerando quea REDUC já es tava definitiva-mente em ope ração, ele decidiutransferir o Cur so de Manutençãopara o Rio de Janei ro, nas de pen -dências da nova refinaria.

Quando o professor VicenteGentil começou a difundir oestudo da corrosão?Dutra – O professor Cecchini nãotinha condições de vir ao Rio deJa neiro ministrar o curso de cor-rosão. Foi então que o professor Vi -cente Gentil entrou em cena. Comapoio de Cecchini, o professorGen til preparou-se para sua novamissão da qual saiu-se muito bem,como se reconhece até hoje. Ele gos-tou muito da matéria e preparoutambém uma excelente apostila so -bre o assunto, seguindo o exem plodado por Cecchini.

De que forma foram estrutura-dos os cursos sobre corrosão?Dutra – Tomando conhecimentodo assunto, Aldo Maestrelli, fun-

cionário da Indústria Brasileira dePigmentos, uma empresa do setorde proteção anticorrosiva, procu -rou o professor Gentil e mos trou-lhe que os problemas da corrosãoeram muito importantes e quetranscendiam as fronteiras da Pe -trobras. Portanto, esse co nheci -men to deveria tam bém ser levadoaos profissionais dos de mais se to -res in dustriais. Assim, es ti mu ladope lo Maestrelli, Gen til apresentouo seu primeiro cur so de corrosão,destinado ao pú blico, apro xima -da men te em agos to de 1966. Mi -nistrado à noi te, o curso foi reali -zado na an tiga Escola de Quí -mica da Praia Vermelha, no Riode Janeiro.

O senhor participou desse pri -meiro curso?Dutra – Quando tomei conheci-mento desse curso, ele já haviaocor rido. Nessa época, eu es tava naDivisão de Material do De par -tamento de Transporte da Petro -bras (DETRAN), chefiando o Se -tor de Assistência Técnica, com amissão de implantar a atividadede inspeção de equipamentos nosterminais e oleodutos, subordina-dos ao novo departamento. Fiqueiatento para não perder o próximocurso que não deveria demorar,pois o sucesso do primeiro tinha si -do muito pro mis sor. O segundocur so aconteceu em de zembro de1966 na Escola de Quí mica daPraia Ver me lha. Ins crevi-me nocurso, pois precisava atualizar co -nhecimentos e aprender um pou comais sobre a corrosão. O curso foirealmente muito bom, especial-mente com a inigualável didáticado professor Gentil e a qualidadede sua apostila que foi distribuídaa to dos. Além dele, outros profes-sores de ram aulas, especialmente oprofessor Walter Mannheimer, daCOPPE/UFRJ, cujo tema foi acorrosão sob tensão fraturante. Asoutras aulas foram voltadas princi-palmente para a proteção anticor-rosiva por meio de revestimentos.

Qual foi a repercussão dessesprimeiros cursos?Dutra – No último dia de aula,com a platéia cheia, o entusias-mado aluno general Iremar deFi guei redo Ferreira Pinto, apo -sen ta do e colaborador de comis-sões técnicas do IBP, fez um de -sabafo: “Professor Gentil, o Se -nhor terminou o curso, tivemostanta coisa boa e agora vamosem bora e nada mais acontece? Éassim mesmo?” Não deixei o mo -mento passar e tomei a palavrapara sugerir a criação, no Brasil,de uma associação nos moldes daNational Associa tion of Corro -sion Engineers – NACE, dos Es -tados Unidos, da qual eu era as -sociado desde 1961. A ideia foibem aceita e tratamos de levar oassunto a sério e passamos a tra-balhar para fundar a nossa asso-ciação. Foi assim que, abrigadono IBP, criamos uma comissãocom esse objetivo, da qual parti -ci pava o professor Gen til, o AldoMaestrelli, o general Iremar e eu.Depois, na Comissão de Inspeçãode Equipamentos do IBP, daqual sou membro até hoje, propusa realização do V Seminá rio doIBP cujo tema proposto foi nova-mente a corrosão, repetindo o te -ma do seu primeiro seminário.

Qual foi a semente que deuori gem à ABRACO?Dutra – Durante o V Semináriodo IBP, rea li zado de 14 a18/10/1968, no Centro de Con -ven ções do Hotel Glória, no Riode Janeiro, o IBP fez, pela pri -mei ra vez, uma exposição empre-sarial as so ciada aos seus eventos.Foi uma proposta minha comoCo ordena dor da Co missão Orga -nizadora do Se mi nário. Nesseeven to, lan çamos a proposta decri ação da Associ ação Brasileirade Corrosão – ABRACO, apro -va da por aclamação na reuniãode encerramento do Seminário,no dia 18/10/1968. Foi essa aorigem da ABRACO.

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Notícias do Mercado

Monitoramento de Corrosão

SpotOn LR+U é uma ferramenta de monitoramento que per-mite, entre outras ações, um acompanhamento muito preciso daespessura de tubulações: verificações frequentes da taxa de corrosãointerna, identificando ameaças à corrosão interna/externa e à erosão avários metros de distância, a partir da posição da sonda e monitora-mento remoto de ativos importantes.

Produzido pela A3 Monitoring, o sistema combina os benefíciosde spotOn U e LR. SpotOn U fornece medições frequentes e altasespessuras de tubos de precisão, enquanto SpotOn LR utiliza umasolução patenteada de monitoramento inovadora para facilitar a iden-tificação, a distância, de corrosão/erosão.

Esta solução pode ser aplicada em tubulações descobertas, iso-ladas, subterrâneas e subaquáticas.

Para mais informações: www.a3monitoring.com.

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AkzoNobel lança o Interseal® 1509

A unidade de negócios Protective Coatings da AkzoNobel, uma das empresas líderes mundiais emrevestimentos de proteção industrial com a marca International®, lança para a América do Sul mais umanovidade para os fabricantes de estruturas metálicas: o Interseal® 1509. Trata-se de um epóxi primer/acaba-mento com pigmentação anticorrosiva de fosfato de zinco, que possibilita alta espessura e boa resistênciamecânica, conferindo-lhe excelente propriedade de retenção em arestas, quinas e cantos vivos, além de umamelhor resistência na movimentação de peças.

O produto foi desenvolvido como um sistema de demão única, que oferece proteção anticorrosiva aoaço estrutural em ambientes nos quais a aparência estética é importante, como áreas secas internas ou ambi-entes externos com corrosividade até C3 (considerado um grau médio de corrosividade), de acordo com aNorma ISO12944.

“Por conta da composição do Interseal® 1509 que apresenta cura em até duas horas, o produto pos-sibilita a aplicação de demãos em um único dia e a fácil aplicação com diversos métodos, contribuímospara aumentar a produtividade de nossos clientes e agregar ainda mais qualidade aos seus produtos”, afir-ma Nigel Atkinson, Diretor Regional Protective Coatings América do Sul.

Para mais informações: [email protected].

Consultoria e auditoria para empresas de todos os portes

A Verdus é uma empresa brasileira de consultoria e auditoria associada à rede Integra International,a qual possui mais de 120 coligadas, presentes em 68 países. No mercado desde 2008, possui escritóriosem cinco cidades – São Paulo, Rio de Janeiro, São José dos Campos, Ribeirão Preto, São José do RioPreto e atende, principalmente, empresas de médio e pequeno porte.

O BPO (Business Process Outsourcing) ou Terceirização de Processos de Negócios é uma solução cadavez mais presente em empresas de todos os portes e segmentos no Brasil e no mundo.

Com profissionais altamente qualificados oferece uma ampla linha de serviços e soluções integradasnas áreas de Gestão Empresarial, BPO (Outsourcing), Auditoria, Impostos, e garante a seus clientes acredibilidade desejada, além de uma ótima relação custo-benefício.

Mais informações: www.verdus.com.br.

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COTEQ 2015

Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos – COTEQ2015 foi marcada pela apresentação de novas tecnologias. Oevento que ocorreu entre os dias 15 e 18 de junho em Cabo

de Santo Agostinho, Pernambuco, congregou o XXXIII CO -NAEND – Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos eInspeção, o 35° CONBRASCORR – Congresso Brasileiro de Cor -rosão, o 35° SEMINSP – Seminário de Inspeção de Equipamentos,a 19ª IEV – Conferencia Internacional sobre Evaluación deIntegridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales e a 9ªEXPOEQUIP – Exposição de Tecnologia de Equipamentos paraCorrosão & Pintura, END e Inspeção de Equipamentos.Considerado o principal meio de divulgação no Brasil de novas

tecnologias de ensaios não destrutivos, técnicas anticorrosivas, pin-turas, avaliação de integridade estrutural e seus resultados, a CO -TEQ 2015 contou com 722 participantes, dez eventos paralelos, 41expositores e dez patrocinadores, reunindo engenheiros, técnicos,consultores, pesquisadores e acadêmicos dessas áreas em um eventorealmente memorável.Os temas técnicos apresentados e debatidos traduziram os prin-

cipais avanços tecnológicos do setor. Os congressistas tiveram aopor tunidade de assistir explanações muito bem fundamentadas so -bre os mais variados assuntos que permeiam a prevenção, o controlee o combate à corrosão.A exposição empresarial trouxe as inovações do mercado com

produtos e serviços de última geração, mostrando que o setor con-tinua em plena evolução tecnológica. Como sempre, o evento pos-sibilitou também o agradável reencontro de antigos parceiros eestimulou o intercâmbio com novos membros da comunidade téc-nico-empresarial do setor.O evento foi também o palco da entrega do primeiro Prêmio

Eduardo Campos para o melhor trabalho técnico advindo de insti-tuições pernam bucanas de ensino. A escolha do nome da premiaçãofoi uma homena gem ao economista e político brasileiro EduardoHenrique Accioly Campos, que governou o Estado de Pernambucopor dois mandatos. Durante seu governo, Eduardo apoiou comfirmeza a realização da COTEQ e foi um grande entusiasta daevolução das Inspeções e dos Ensaios Não Destrutivos no Brasil. Oprêmio foi entregue por João Campos, estudante de en genharia daUniver sidade Federal de Pernambuco, filho de Eduardo Campos.A presidente da Associação Brasileira de Corrosão (ABRACO),

Denise Souza de Freitas analisou a COTEQ 2015 pelos funda-mentos que regem o evento, afirmando que foram alcançados osobjetivos principais: compartilhar conhecimentos e fomentar osetor. “As escolas técnicas e universidades também tiveram partici-pação efetiva e muito especial com a realização do primeiro Encon -tro Nacional de Estudantes (ENEST), onde os alunos foram envol -

O rápido avanço da tecnologia de equipamentos pôde ser comprovado nos quatrodias de exposições e debates que iluminaram intensamente uma plateia exigente

de profissionais e empreendedores do setor

Novas tecnologias beneficiam a indústria

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vidos em todo o universo de in -formações que permeiam o es -tudo das ações corrosivas, pre -parando-os para uma nova pro -fissão de uma forma lúdica ebem dinâmica”, explanou De -ni se Freitas.Há de se destacar também a

ilustre presença de Mike Farley,chairman do ICNDT (Interna -tional Committee for Non-Des -tructive Testing – Comitê Inter -na cional de En saios Não Des -tru tivos), en tidade sem fins lu -crativos de di cada ao desenvol -vimento in ter nacional da ciên-cia e prática de ensaios não des -trutivos em parceria com as as -sociações de END existentesem to do o mundo.

Novas tecnologiasNa versão de 2015, a CO -

TEQ trouxe à tona meca nis -mos de falhas que de mandammais atenção dos pro fissionaisde inspeção como a corrosãoace lerada pelo fluxo, tambémconhecida como FAC (FlowAc celerated Corrosion) e novastécnicas para avaliação da inte-gridade estrutural de equi pa -mentos como ensaios de flu ên -cia em amostras reduzidas, en -tre outros. As palestras sobre asas tecnologias voltadas aos me -canismos de controle da cor-rosão ace lerada pelo fluxo fo -ram muito comentadas. LuizFe li ppe, gerente de manuten -ção da Tractebel Energia, To -más D. S. Costa da Eletro brasEletro nuclear, Luis Rai mundoBorba da Silva da Bras kem,jun tamente com as coordena -doras He loisa Cunha Furta do,

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as matérias das palestras te nham sido interessantes, há ne cessida dede mais profissionais e es tudiosos da área levarem seus es tudos, seuscasos ou pesquisas bi bliográficas sobre revestimentos com tintaspara serem apresentados no evento. Também os fabricantes ou re -presentantes de equipamentos para preparação de su perfície e paraaplicação de tintas de vem mostrar mais seus produtos e tecnolo-gias”, alertou Gnecco.Ainda segundo ele, o saldo do evento foi muito positivo, pois a

maioria dos fabricantes de tintas deveria estar presente com suasmarcas, fazendo contatos para novos negócios. Espe ran çoso, eledestacou a grande afluência de estudantes de universidades que par-ticiparam assistindo palestras e apresentando estudos inte ressantessobre o tema corrosão. “Como o Fernando Fragata sempre lembra,é a nova geração de profissio nais das tintas e pinturas que está vindopor aí e estes eventos são importantes motivadores para a renovação

pes qui sadora do Centro de Pes -qui sas de Energia Elétrica (Ce -pel) da Eletrobras, e DeniseFrei tas, compuseram uma me -sa-redonda so bre o tema. “Estefórum multidisciplinar reuniuespecialistas em diversas áreasda engenharia para lançar a Prá -tica Recomen dada Abendi (As -so ciação Brasi lei ra de EnsaiosNão Destruti vos e Inspeção),“Aná li se de Fa lha em Equi pa -mentos Estáti cos e Tubula çõesper tencentes a ins talações in -dus triais PRe-002”, sa lientouHeloi sa Furtado.Outro profissional que tam-

bém ficou im pressionado pelasnovas tecnologias apresentadasno painel sobre a FAC foi Laer -ce de Paula Nunes, engenheirometalúrgico da IEC – Instala -ções e En genharia de Corrosãoe vice-presidente da ABRACO.“Um dos temas que me cha -mou bastante a atenção foi aquestão da FAC, de água prin-cipalmente. Na minha opinião,além desse assunto ser novo, eleesclareceu várias dúvidas dostéc nicos do setor e, por isso, foimuito de batido”, co mentou La -erce Nunes.

Revestimentos com tintasPara Celso Gnecco, gerente

de treinamento técnico das tin-tas Sumaré, o evento deixou al -go a desejar no quesito tintas epinturas. “Quanto aos assuntosso bre tintas e pinturas, em bo ra

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Denise Souza de Freitas,presidente da ABRACO

Abertura da exposição empresarial, da esquerda para a direita:Marcelino Guedes, James Ramirez, Laerce de Paula Nunes, CassiusCerqueira do IBP e José Luiz de França Freire

A exposição empresarial despertou o interesse de congressistas e visitantesque interagiram com as novidades técnicas apresentadas no evento

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Já a professora-doutora dequímica da Univer si dade Fe -deral do Rio de Janeiro (URFJ),Simone Louise Delarue CezarBrasil, aproveitou o evento pararevelar que a IN TER CORR2016 acontecerá em Búzios, RJ.Segundo ela, a escolha se deuprincipalmente em função docenário político-econômico eda maior proximidade do Rio

da comunidade tecno-científica da corrosão e proteção contra acorrosão”, pontificou Gnecco.

Contribuição para o setor elétricoA COTEQ 2015 conseguiu reunir entusiastas de inúmeras

empresas brasileiras e internacionais com foco em tecnologias esuas melhores práticas de ensaios não destrutivos que visamalcançar a melhoria contínua do desempenho operacional dosativos industriais. “Em particular para o setor elétrico, as tecnolo-gias apresentadas pelas empresas e pelos artigos técnicos de elevadonível de conheci mento divulgados trarão benefícios importantespara os ativos de geração elétrica. Como exemplo, as Usinas Ter -melétricas e Hidre létricas brasileiras, em inúmeros casos, encon-tram-se com tempo de operação acima dos 25 anos, tempo esse,previsto pela NR-13 (norma regulamentadora do Ministério doTrabalho que tem como objetivo condicionar a inspeção de segu-rança e operação de vasos de pressão e caldeiras) para uma avaliaçãode integridade estrutural criteriosa”, alertou Luiz Felippe.

COTEQ 2017 e INTERCORR 2016João Antônio Conte, diretor executivo da Abendi, anunciou du -

rante o evento que, depois de seis anos na Bahia e seis em Per -nambuco, o COTEQ 2017 ocorrerá no Rio de Janeiro. “Tenhocerteza de que até lá o país estará vivendo um cenário muito me -lhor”, afirmou Conte.

João Antônio Conte, diretorexe cutivo da Abendi

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de Janeiro, onde estão instala -das muitas das in dústrias deóleo e gás, a Petro bras, a Trans -petro e muitas universidades.Sobre a COTEQ 2015, Si -

mone Brasil fez coro com amai oria dos profissionais e em -pre sários presentes, parabe ni -zan do a organização que, apesarda atual conjuntura po lítica eeco nômica, conse guiu, maisuma vez, congregar exposito res,pa tro cina dores e, obviamente,o público.Ela ainda destacou a gran de

im por tância do apoio da Uni -versidade Federal de Per nam -buco (UFPE). “Além do su por -te fundamental da UFPE, eutambém gos taria de destacar aexcelente escolha do local doevento pelo fato de ter conse -guido agregar os participantesem um mesmo ambiente”, ob -servou Simone.

Experiência internacionalSegundo Mariano Semorile, gerente de Mecânica e Meta lurgia

do IRAM (Instituto Ar gen tino de Normalización), o EncontroMercosul de Norma lização em END reuniu representantes dasprincipais empresas do Brasil, da Argentina, do Uruguai e doParaguai.O objetivo principal foi trocar experiências, desenvolver idei as e

propor melhorias às práticas operacionais. O encontro ajudou adirimir dúvidas, pa dronizar algumas normas e adotar decisões maispontuais para questões que ainda seguem sem entendimento. A dis-cussão abarcou procedimentos e terminologias em métodos comoUltrassom, Radiografia, Emis são Acústica e Ensaio Vi sual. “Es te éum momento im por tan te para analisar cuidadosamente métodos eprocedimentos que assegurem um trabalho mais confiável e pro-porcionem maior segurança para as comunidades dos quatro paí -ses”, pon derou Semorile.

A questão dos compósitosMateriais compósitos são aqueles que possuem pelo me nos dois

componentes ou duas fases, com propriedades físicas e químicasnitidamente distintas em sua composição. Separa da mente, os cons -tituintes do com pósito mantêm suas características porém, quandomisturados, formam um composto com propriedades impossíveisde se obter com apenas um deles. Alguns exemplos são metais epolí meros, metais e cerâmicas ou polímeros e cerâmicas.

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gerou debates intensos en tre oscongressistas. “Um as pecto im -por tante a ser destacado dizrespeito ao fato da Con fe rênciasobre Tecnologia de Equipa -mentos propiciar o en contro deprofissionais de dife rentes insti-tuições, resultando em trocas deidéias importantes para a pes -quisa e desenvolvimento em ge -ral. Estão de para béns todos osmembros do Co mitê Organi za -dor pelo sucesso alcançado peloevento deste ano”, elogiou Fer -nan do Fragata, en ge nheiro quí -mi co e mediador da Sessão deRevestimentos da COTEQ.

Corrosão sob isolamentoUm dos problemas mais sé -

rios e comuns em unidades in -dustriais que possuem tubula -ções e equipamentos isolados éa corrosão sob isolamento. Tra -ta-se de uma corrosão ele tro -

A aplicação desses materiais compósitos que abrange desde sim-ples artigos utilizados no dia a dia até produtos de alta tecnologiafoi discutida durante o evento, causando grande im pacto em mui -tos dos profissionais presentes.

“De tudo o que foi discutido, o que me mar cou profundamentefoi essa questão do compósito que é um assunto muito novo.Pessoalmente, tenho experiências em metais. Percebi o impacto doscompósitos e a necessidade da indústria nacional relativa a com-pósitos. Os compósitos têm uma demanda crescente, um mercadoparticular, e não existem projetos de construção de equipamentoscom compósitos. Pouco se ensina e pouco se discute sobre equipa-mentos com essa origem. O mundo parece ser exclusivamente demetais. Resta ver o que amadurecerá das iniciativas que foram dis-cutidas aqui”, analisou o professor Tito Luiz da Silveira, da TitoSilveira Engenharia e Consultoria Ltda. (TSEC), para quem oevento pareceu mui to interessante como uma abertura para o queserá realizado nos próximos anos em termos tecnológicos.

Ponto de encontro para intercâmbio de ideiasA COTEQ é sempre um evento muito aguardado pelos profis-

sionais que trabalham nos diferentes setores das áreas de pesquisa,desenvolvimento e produção. Neste aspecto, a edição de 2015 não foidiferente. Apesar do momento difícil pelo qual passa a economiabrasileira, pode-se afirmar que o evento alcançou os objetivos deseja-dos. Os trabalhos apresentados foram de bom nível, fato este que

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quí mica que evolui silencio sa -mente sob o isolamento térmi-co ou materiais de proteçãopas siva como o concreto, comuma taxa de corrosão aceleradaquando comparada com a taxaque ocorre em tubulações semisolamento, expostas à atmos-fera. Devido à importância doassunto, foi realizada uma me -sa-redonda sobre corrosão sobisolamento. “Eu mesmo já tivea oportunidade de dizer quecor rosão sob isolamento pa reciadesleixo ou falta de cui dadocom as instalações, mas depoisde acompanhar a pales tra sobreesse assunto, pude cons tatarque em plantas industriais bemcuidadas é necessário que te nhaum foco muito gran de nesse as -sunto, caso contrário, corremoso risco de ter corrosão sob isola-mento quando menos espera -mos. Va le a pena ressaltar quecorrosão sob isolamento não éum assunto novo, mas da formaque foi apresentada aqui, comum gerenciamento adequado,tornou-se uma evolu ção signi-ficativa do tema”, testemu nhouLaerce Nunes.

Evento pioneiroO Encontro Nacional de

Es tudantes (ENEST) foi umdos eventos paralelos ocorridosdu rante o COTEQ e contoucom a participação de estudan -tes em um Quiz interativo reali -zado no final da programação.As perguntas do Quiz basea -ram-se nos trabalhos apresenta-dos no ENEST e os primeiroscolocados recebe ram prêmiosda organização.O primeiro lugar coube a

Izabella Kizzy Souza da Silvada Fa culdade dos Guararapes, osegundo, a Luan Mayk TôrresCosta da Universidade Federaldo Rio Grande do Norte(UFRN) e o terceiro, a Ygor Ta -deu Bispo dos Santos do Ins ti -tuto Federal da Bahia (IFBA).A vencedora do game do

ENEST disse que o encontro foi muito importante, pois possibili-tou a integração dos profissionais com os estudantes. “Apren demosmuito com as palestras. Todos ti nham muito a nos ensinar. Du rantea competição, dá um ner vosismo grande. As questões estavam comníveis bem diversificados. Então, quem prestou aten ção nas pales -tras, sabia as res postas”, ensinou Izabella Kizzy.O gerente de certificação da ABRACO, Ednilton Alves Pe rei ra,

foi um dos palestrantes do ENEST. Sua palestra teve como focoapresentar os efeitos no ci vos da corrosão e as principais técnicasanticorrosivas utilizadas atualmente.Entusiasmado, ele conta que esse foi o primeiro evento voltado

exclusivamente para estudantes de ensino técnico, superior e pós-gra duação. “O principal objetivo do ENEST foi o de proporcionaraos estudantes de escolas técnicas e universidades a oportunidade deadquirir novos conhecimentos nas áreas de corrosão, END, Sol -dagem e Inspe ção. Desta manei ra, buscou-se despertar nestes alu -nos o interes se para uma nova profissão”, es clareceu Pereira.Dentre vários assuntos apresentados, fo ram detalhados itens

como cor ro são eletroquímica, a im por tân cia e o custo da corrosão,pro blemas causados pelo pro ces so de corrosão e técnicas de pro-teção anticorrosiva, tais co mo, a pintura industrial, proteção catódi-ca e inibi dores de corrosão.Além disso, foi explicitada a importância da ABRACO no com-

bate à corrosão pelo desenvolvimento de diversas ati vi da des como acertificação de Ins petores de Pintura Indus trial, trei namento deprofissio nais, rea lização de eventos (congressos, seminários e work-shops na área de atuação da associação), elaboração de normas téc-nicas através do Comitê Brasileiro de Corrosão (CB-43) e auxíliona publicação de ma terial técnico.Laerce de Paula Nunes, di ante do entusiasmo dos estudantes,

disse que o ENEST ser virá como um importante ca nal para a divul-gação da cor rosão em universidades e es colas técnicas, com o obje-tivo de motivar os jovens. Simone Brasil considerou o encontro na -cio nal dos estudan tes uma ideia sensacional cuja implementaçãocontínua renderá muitos frutos no futu ro, ao fazer com que os

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Os congressistas tiveram a oportunidade de assistir explanações muitobem fundamentadas sobre os mais variados assuntos que permeiam aprevenção, o controle e o combate à corrosão

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Destrutivos e Inspeção – Aben di,João Antonio Conte, disse que osre sultados do evento supe raramas expectativas, apesar do cenáriobastante difícil, dos pro blemaseconômicos e prin cipal mente daretração in dustrial.“Todos nós da organização

da Abendi, ABRACO, do Ins -tituto Brasileiro de Pe tróleo, Gáse Biocombustí veis (IBP) e Asso -cia ção Brasilei ra de Enge nharia eCiências Mecâni cas (ABCM)sabíamos que realizar o eventoem um ce ná rio como esse seriamuito desa fiador, mas valeu ape na. Volto a ressaltar que osresultados nos surpreenderam,apesar do número de presentester sido menor que as ediçõesanteriores, devido à situação eco -nômica. Em termos de conteú-do, essa COTEQ trouxe temasque tocam muito a indústria ho -je”, afirmou Conte.

alunos co nheçam, inte ragindo com os pro fissionais da área, mais detodos esses segmentos do mercado tecnológicos.

ConclusõesO diretor executivo da As so ciação Brasileira de Ensaios Não

As sessões especiais debateram temas relevantes e contribuíram parareleitura de tecnologias já aplicadas e a introdução de outras inovadoras

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Artigo Técnico

Corrosão de ímã permanente à basede samário-cobalto em meio aquoso

erally have low corrosion resistancein various exposure environmentdue to large amounts of RE ele-ments in its composition andbecause these elements are electro-chemically very reactive. Sinteredmagnet of Sm-Co alloy immersedin water at a temperature between60 �ºC and 80 �ºC with approxi-mately 50 S/cm conductivity andpH 8 presented corrosion after sixmonths under these operating con-ditions. Some of them were com-pletely disintegrated. Originalmag nets were subjected to labora-tory tests to simulate the process ofcorrosion/disintegration observedand the surface with corrosion wascharacterized by X-ray diffraction,optical microscopy and scanningelectron microscopy. The analysisby X-ray diffraction identified cor-rosion products typically formed inaqueous solution, but of negligiblevolume. The studies showed thatinitially there was the corrosionprocess, but the disintegrationprocess was due to the hydrogen gaspressure formed in the cathodicreaction. As the material wasporous, the gas gradually accumu-lated in voids of the material caus-ing an increase in pressure capableof producing intergranular frac-ture in the material.

IntroduçãoOs elementos terras raras

(RE) estão entre os metais maisativos eletroquimicamente, oque significa dizer que os poten-ciais de corrosão são elevados ou,em outras palavras, que possuembaixa resistência à corrosão,quando comparados com metaiscomo o ferro e o níquel por

exemplo. Os potenciais de ele -trodo padrão destes elementos(RE3+/RE) são da ordem de- 2,6 V (EH) a - 2,0 V (EH) 1,enquanto que para o caso dofer ro, este potencial é de- 0,44 V (EH).

É relativamente bem conhe -cido da literatura que as ligas ter-ras raras-metais de transiçãoexibem forte interação com gáshidrogênio, principalmente por -que as fases ricas em terras raraspossuem grande afinidade pelohidrogênio. Elas podem absorverfacilmente quantidades significa-tivas de H2 à temperatura ambi-ente, mesmo em condições debaixa pressão parcial de hidro -gênio 2, 3. A este comportamentoinclusive, tem sido atri buída pelomenos em parte, a baixa resistên-cia à corrosão das ligas terrasraras-metais de transição 4. É fá -cil deduzir, portanto, que quantomaior a concentração de terrararas, menor a resistência à cor-rosão e vice-versa. No caso daliga Sm-Co, a concentração típi-ca de samário pode chegar a (30-35) % 5. Assim, quando possível,costuma-se adicionar algumacon centração de metais mais no -bre à liga, justamente para au -men tar a resistência à corrosão.

Os mecanismos de degrada -ção desta liga dependem do am -biente de exposição. Em ambi-entes marinhos, que são alta-mente contaminados com íonscloreto, as fases ricas em Sm e emSm2Co7, que são anódicas emrelação à matriz, sofrem corrosãopreferencial resultando na for-mação de pites. Já em ambienteindustrial, a corrosão é preferen-

Por Neusvaldo

Lira de Almeida

ResumoÍmãs de terras raras (TR)

apresentam em geral baixa resis -tência à corrosão em vários mei -os de exposição, devido a gran -des quantidades de elementosTR na sua composição e por queesses elementos são ele tro qui mi -camente muito reativos. Ímãssin terizados de liga Sm-Co tra-balharam imersos em água auma temperatura entre 60 �ºC e80 �ºC, com condutividade daordem de 50 µS/cm e pH deaproximadamente 8. Após cercade seis meses operando nestascondições, os ímãs apresentaramcorrosão, alguns deles desinte-graram-se completamente. Ímãsoriginais foram submetidos a en -saios de laboratório para simularo processo de corrosão/desinte-gração observado e a superfíciedos ímãs com corrosão foi carac-terizada por difração de raios-X,microscopia óptica e microsco -pia eletrônica de varredura. Asanálises por difração de raios Xidentificaram produtos de cor-rosão tipicamente formados emmeio aquoso, porém de volumepraticamente desprezível. Os es -tudos mostraram que houve ini -cialmente o processo de corro -são, mas a desintegração foi de -corrente da pressão do gás hi -drogênio formado na reação ca -tódica. Como o material eramuito poroso, o gás acumulava-se gradativamente nos vazios domaterial gerando um aumento depressão capaz de produzir fra -turas intergranulares no material.

AbstractMagnets rare earth (RE) gen-

Corrosion of permanent magnet based on samarium-cobalt in aqueous medium

Co-autor:

Mauro Lúcio

Nascimento Luiz

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cialmente na fase rica em Sm, lo -calizada no contorno de grãos,re sultando em um processo decorrosão intergranular 1.

Neste trabalho discute-se oprocesso de corrosão e desinte-gração de ímãs de liga Sm-Coem meio aquoso de condutivi-dade da ordem de 50 µS/cm epH de aproximadamente 8 auma temperatura que variavaentre 60 ⁰C e 80 ⁰C.

Parte experimentalAmostras de ímãs originais

tinham formato de bloco retan-gular com cerca de 5 cm dealtura e base quadrada com 1 cmde lado, cujo aspecto está mos -trado na figura 1. Uma análisevisual preliminar mostrou quealguns ímãs estavam completa-mente íntegros, sem evidênciasde quaisquer tipos de desgastes,

apenas com coloração escura,como mostra também a figura 1.Um segundo conjunto de ímãsapresentava aspectos distintos:alguns deles com desgaste acen-tuado, porém com a superfícielisa, sem produtos aparentes (fi -gura 2). Outros completamentefragmentados, mas também pra -ticamente, sem produtos sobre asuperfície. Embora esta últimaamostra estivesse desintegrada,os fragmentos mantiveram-seagrupados devido à atração mag-nética como mostra a figura 3.

Amostras foram submetidasà análise química quantitativa eà análise por fluorescência deraios-X, mas não foi possíveldeterminar a composição daliga. A análise por fluorescênciade raios-X indicou a presençade cobalto e de samário comopreponderante e teores menores

de zircônio e alumínio. Umaanálise semiquantitativa, pordispersão de energia (EDS), foirealizada no material, quantifi-cando-se apenas os elementosidentificados na análise por flu-orescência de raios-X. Os resul-tados obtidos estão mostradosna Tabela 1. Foi possível com-provar que era uma liga desamário-cobalto com teores daordem de 60 % de Co e 40 %de Sm, contendo ainda Zr e Al.

Amostras originais e comprocesso de desgaste iniciadoforam analisadas por dispersãode energia em um microscópioeletrônico de varredura, marcaFEI, modelo QUANTA 400,com objetivo de identificarconstituintes de eventuais pro-dutos de corrosão ou de conta-minantes adsorvidos na superfí-cie do material. As áreas anali -sadas e os resultados correspon-dentes estão apresentados nasfiguras 4 a 7. Do ponto de vistade corrosão, os contaminantesidentificados foram o enxofre e

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Figura 1 – Amostras de ímãs originais Figura 2 – Ímã com processo dedanificação, mas sem produtos decorrosão aparentes

Figura 3 – Ímã completamente desintegrado

Elementos ResultadosAlumínio – % Al 0,11Zircônio – % Zr 1,03Samário – % Sm 40,50Cobalto – % Co 58,36

TABELA 1 – RESULTADOS DAANÁLISE SEMIQUANTITATIVA

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Como o processo de corro -são e desintegração dos ímãsocorreu devido ao contato comágua à temperatura de 60 ºC,re alizou-se um ensaio de imer-são em água com o objetivo desimular as condições de expo -sição dos ímãs. Para isso, umaamostra original foi lixada, pe -sada e imersa em água destiladaa 60 ºC, durante 30 dias. A fi -gura 11 mostra aspecto de umcorpo de prova antes e após oensaio. Não foram observadasalterações significativas na su -perfície, além de uma discretaalteração de coloração. Comonão houve evidências claras daformação de produtos de cor-rosão na superfície, é razoávelsupor que o processo de desin-tegração do material não estavaassociado pelo menos, predo -mi nantemente, à reação catódi-ca de redução do oxigênio.

Análises por difratometriade raios-X

Fragmentos da amostra fo -ram desmagnetizados e analisa-dos por Difratometria de Rai -

me de superfície revelou umami croestrutura com fases dis-tintas e grande densidade depo ros típica de materiais produ -zidos pelo processo de sinteriza-ção. As figuras 8 e 9 mostram oaspecto do material obtido emmicroscópio óptico e em MEV,respectivamente. Observam-se,também, além da matriz, pelomenos duas fases identificadaspor EDS como fases ricas emzircônio, em samário e em co -balto como mostra a figura 10.

o cloro; o primeiro foi encon-trado apenas na amostra origi-nal, enquanto que o segundofoi identificado nas duas amos -tras. Portanto, provavel men te,es tes contaminantes não estari-am associados a processos decorrosão do material.

Seções transversais e longi-tudinais dos ímãs foram embu-tidas em resina fenólica, polidase avaliadas em microscópio óp -tico e em Microscópio Ele trô ni -co de Varredura (MEV). O exa -

Figura 4 – Amostra original. Regiões analisadas por EDS e resultadosencontrados

1 2 3

Área analisada C N O Mg Al Si S Cl Ca Co Sm1 24,30 6,73 23,93 0,10 0,16 5,41 0,29 0,18 24,9 14,002 24,49 6,83 22,92 0,07 0,20 5,33 0,21 0,28 0,26 22,6 16,823 27,09 6,28 24,41 0,21 5,33 0,28 24,36 12,03

Figura 5 – Amostra original. Regiões 1 e 2 mostradas na figura 4. Imagens obtidas com microscópio eletrônicode varredura

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en saio e a figura 13 mostra o as -pecto da amostra, após o en saio,completamente desinte gra da.

Discussão dos resultadosOs ímãs de Sm-Co são pro-

duzidos pelo processo de sinte -ri zação e apresentam três fasesdis tintas como mostrado na fi -gura 14. Uma matriz deSmCo5, pequenas quantidadesde Sm2Co7 como precipitadosde coloração cinza-escuro e, emmenores concentrações ainda,

realizado um ensaio que indu -zia a formação de hidrogênio nasuperfície da amostra. O ensaiofoi realizado em uma célula ele -troquímica, com eletrólito deNaCl 3 %, anodo de platina e oeletrodo de trabalho. Após 48ho ras de ensaio, submetido a umpotencial catódico de 1 V, obser-vou-se desintegração completado ímã, similar àquela que ocor-reu em uma das amostras estu-dadas. A figura 12 mostra umarepresentação esquemática do

os-X (DRX), buscando-se iden-tificar eventuais produtos decor rosão. Os resultados identi-ficaram hidróxido de samário(Sm(OH)3), produto formadotipicamente pelo contato comágua. Nenhum óxido ou sal dosmetais constituintes da liga foiencontrado. Isto está em con-cordância com o fato de que areação catódica predominantenão foi a de redução do oxi -gênio. Sendo assim, é razoávelsu por que o processo de corro -são foi governado pela reaçãocatódica de redução do hidro -gênio (com a consequente for-mação de H2). Como o materi-al é extremamente poroso, o gáshidrogênio poderia acumular-se nos vazios e produzir níveisde pressão suficiente para de -sin tegrar o material.

Ensaio para induzir aformação de hidrogênio

Para investigar a hipótese deque o processo de desintegraçãodos ímãs foi consequência daformação e acúmulo de hidro -gênio nos poros do material, foi

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Área analisada C N O Mg Al Si P Cl Co Sm1 9,73 1,24 25,14 0,07 0,66 1,19 38,77 23,212 8,29 0,89 10,03 0,13 0,58 0,19 47,37 32,513 9,83 1,52 7,38 0,05 0,26 0,22 48,54 32.2

Figura 6 – Amostra com danificação. Regiões analisadas por EDS osresultados encontrados

12 3

Figura 7 – Amostra com danificação. Aspecto das regiões 1 e 2 mostradas na figura 6. Imagens obtidas commicroscópio eletrônico de varredura

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uma fase rica em Sm nos con-tornos de grãos 6.

Os mecanismos de degrada -ção desta liga dependem doam biente de exposição. Em am -bientes marinhos, que são alta-mente contaminados com íonscloreto, as fases ricas em Sm eem Sm2Co7, que são anódicasem relação à matriz, sofremcor rosão preferencial resultan-do na formação de pites. Já emam biente industrial, a corrosãoé preferencialmente na fase ricaem Sm, localizada no contornode grãos, resultando em umprocesso de corrosão intergra -nu lar 1. Com portamentos simi-

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ve ter sido consumido na su per -fície do material, sem que te nhaformado óxidos metálicos co -mo demonstrou a análise pordifração de raios-X.

Uma das características domaterial estudado é ser poroso eextremamente frágil; o simplesefeito mecânico resultante daatração entre dois ímãs era sufi-ciente para produzir a fragmen-tação das amostras. Anali san does ta desintegração, apenas doponto de vista dos pro cessos decorrosão, não houve formaçãode produtos para justificar au -mento de volume in terno econ sequentemente ge rar pres -são suficiente para de sintegrar omaterial (o ensaio de imersãotambém não apontou formaçãode produtos de corrosão). As -sim, uma possível explicaçãopa ra a fragmentação do materi-al é de que o gás hi drogênio,formado na reação ca tódica, foiacumulando-se gra dativamentenos vazios do material, que eraextremamente poroso, gerandoum aumento de pressão capazde produzir fra turas no materi-al provavelmente intergranu-lares. De acor do com a literatu-ra, isto po de ocorrer mesmopara bai xas pressões parciais de

lares ocorremcom relativafre quência emvários outrossis temas me tal/meio. Al gu -mas li gas po -dem, por exem -plo, apre sentarre sis tência àcor rosão porpi te em ambi-ente industriale ser susceptí -vel a este tipode corrosão emambiente mari -

nho e vice-versa.Neste estudo, análises por

difratometria de raios-X dosprodutos de corrosão identifi -caram apenas hidróxido de sa -mário. Isto pode ser um indica-tivo de que o ambiente de ex -posição era água natural apa -rentemente, sem ou com baixaconcentração de contaminan -tes. Outro fato importante nes -sa análise foi a ausência de óxi-dos e de sais nos produtos ana -li sados, o que reforça a citaçãode que a reação catódica pre-dominante foi a de redução dohi drogênio. Provavelmente, ooxi gênio dissolvido na água de -

Figura 8 – Aspecto micrográfico do material dosímãs mostrando microestrutura muito porosa,característica de material produzido pelo processode sinterização

Figura 9 – Região observada com microscópioeletrônico de varredura, mostrando a porosidadeda microestrutura

Figura 10 – Matriz e fases identificadasna microestrutura do material

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Figura 11 – Amostra de ímã submetida ao ensaio de imersão em água destilada à temperatura de 60 ºC.Esquerda, antes do ensaio. Direita, após o ensaio

hidro gênio. Para comprovar es -ta hipótese, foi realizado umen saio para in duzir a formaçãode hidro gê nio. Após 48 ho ras,foi observada a completa desin-

tegração do material com ca -rac terísticas si milares as de umadas amostras estudada comomos tram a fi gu ra 13. Dentre asmedidas adotadas para evitar

ou minimizar os processos decorrosão destes materiais, o usode revestimentos metálicos ouorgânicos tem sido uma delas.

ConclusõesCom base nos resultados

das análises e dos ensaios reali -zados, concluiu-se que danifi-cação dos ímãs de samário-co -balto foi de terminada por umprocesso de corrosão pela água,cuja rea ção catódica predomi-nante foi a de formação de gáshidro gê nio. Como o materialera muito po roso, o gás hidro -gênio pene trou o material e,acumulando-se nos vazios, cri -ou níveis de pres são suficientespara provocar a desintegraçãodo material, que era caracteris-ticamente frágil.

Figura 12 – Representação do ensaio para gerarhidrogênio na superfície do ímã

Figura 13 – Aspecto do imã após o ensaio deindução de hidrogênio, mostrando a desintegraçãocompleta do material

Figura 14 – Microestrutura da liga magnética SmCo5 1

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Neusvaldo Lira de AlmeidaMestre em Metalurgia e Materiais pelaEscola Politécnica da USP. Chefe doLaboratório de Corrosão e Proteção – IPT.

Mauro Lúcio Nascimento Luiz

Mestre em Metalurgia e Materiais pelaEscola Politécnica da USP. Gerente deprodução Linha Magnetron – Cebrace.

Contato com o autor: [email protected]

Malik M, Szymura S, Ohashi K.Elec trochemical corrosion characteristicsof RETiCo11 compounds. Journal ofAlloys and Compounds 217 (1995)268-272.

6. Bala H, Malik M, Szymura S. Progressin the Understanding and Preventionof Corrosion, vol. 2, Institute ofMaterials, 1993 p. 1255.

Trabalho apresentado durante a 13ªConferência sobre Tecnologia deEquipamentos.

As informações e opiniões contidas nestetrabalho são de exclusiva responsabilidadedo(s) autor(es).

Referências bibliográficas1. Gurrappa I. The corrosion behavior ofSmCo5 permanent magnets in differentenvironments. Materials Chemistryand Physics 78 (2003) 719–725.

2. Bala H, Malik M, Szymura S, OhashiK. Electrochemical corrosion character-istics of RETiCo11 compounds. Journalof Alloys and Compounds 217(1995) 268-272.

3. McGuiness Jr., Harris I, Scholtz U,Nagel, H. apud Lukin A, Bala H,Rabinovic, Yu. M, Szymura S,Zhuravlyev A. Hydrogen embrittle-ment failure of (Sm, Dy, Gd)Co5 per-manent magnets. Engineering FailureAnalysis, Vol. 5 No.4, pp.317-321,1998.

4. Lukin A, Bala H, Rabinovic, Yu. M,Szymura S, Zhuravlyev A. Hydrogenembrittlement failure of (Sm, Dy,Gd)Co5 permanent magnets.Engineer ing Failure Analysis, Vol. 5No.4, pp.317-321, 1998.

5. Bala H, Szymura S. apud Bala H,

Calendário 2015 – De Julho a Dezembro

1 Turma somente aos sábados2 Curso Intensivo (para alunosnão aprovados no curso regular

ou como revisão paraprova de qualificação)

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Atenção: Calendário sujeito a alterações

Cursos

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Artigo Técnico

Identificação da carburizaçãoem tubos HP por avaliaçãonão destrutiva ultrassônica

by promoting a reduction of themain mechanical properties. Inthis work, the nondestructiveultrasonic testing was used in theanalysis of three specimens takenfrom a furnace in operation. Abackpropagation neural networkwas employed to recognize micro -structural changes.

IntroduçãoFornos de pirólise são equi -

pamentos da indústria petro-química utilizados para a pro -du ção de etileno a partir docraqueamento térmico de hi -dro carbetos como a nafta, napre sença de etano vapor. Os tu -bos que constituem as serpenti-nas de tais fornos onde são uti-lizados para produzir ou pro -cessar mais co mu mente o eti -leno a condi ções severas de tra-balho chegando a temperaturassuperiores a 1000 ºC e pressõesde até 4 MPa 1,2,3,4,5,6.Dentre os materiais utiliza-

dos nestes fornos, destacam-se asligas HP por possuírem ótimaspropriedades, principalmente re -sistência mecânica em tempera -turas elevadas além da resistência

à corrosão e consequentementeresistência à carburização 7.A carburização é uma forma

de degradação que ocorre emaltas temperaturas pela difusãodo carbono do meio para omaterial. A partir da deposiçãode coque no interior dos tubosdas serpentinas ocorre um supe -raquecimento que destrói a ca -mada de passivação, responsávelpela proteção do material, favo -recendo assim a difusão de car-bono para a matriz. O carbonoprovoca a precipitação de carbe-tos generalizados na matriz cujosefeitos principais são diminuiçãoda ductilidade e tenacidade daliga diminuindo a vida útil demáquinas e equipamentos 8.A formação dos carbetos leva

ao empobrecimento de cromona matriz do material alterando,principalmente, as característicasmagnéticas do material que pas -sa gradualmente de paramagné -ti co a ferromagnético. Predomi -nan te mente até o momento, osensaios não destrutivos magnéti-cos são empregados para inspe -ção das serpentinas de fornos depirólise 1. O ensaio ultrassônico,

Por Ivan Costada Silva

ResumoOs tubos empregados em

fornos de pirólise são de aço ino -xidável da classe HP, com a ma -triz totalmente austenítica, o quepossibilita trabalho em altas tem-peraturas com espessura de pare-des menores. Devido à carburi -zação, tem-se a formação de car-betos de cromo e o consequente-mente empobrecimento desteele mento na matriz promovendouma redução das principais pro-priedades mecânicas. Neste tra-balho, o ensaio não destrutivoul trassônico foi utilizado na aná -lise de três amostras retiradas deum forno em operação com au -xílio de Redes Neurais artificiaispara relacionar alterações micro -es truturais.

AbstractThe pyrolysis furnace tubes are

stainless steel HP class with thefully austenitic matrix whichallows working at high tempera-tures with smaller wall thickness.Due to the carburization it hasbeen the chromium carbides pre-cipitation and therefore the deple-tion of this element in the matrix

Identification of carburization in HP tubes with ultrasonic nondestructive evaluation

Co-autores:Carla BeatrizFagundes doCarmo,Mateus CrusoéRocha Rebello,Ygor TadeuBispo dos Santos,Gustavo da SilvaPereira,Diego HenriqueSampaio Zanini,Claudia TeresaTeles Farias

Figura 1 – Princípio do uso da FFT para observação de alterações na microestrutura de um material

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amplamente empregado na ca -rac terização não destrutiva dema teriais, tem seu uso limitadodevido à elevada atenuação dosinal provocada pela estruturados tubos (austenítica) que sãofundidos por centrifugação.Con tudo, para os casos em quehá a possibilidade de obtençãodo eco de fundo da parede inter-na, pode-se empregar esta técni-ca associada ao processamentodo sinal por meio da transforma-da discreta de Fourier (DFT) edas redes neurais artificiais(RNA), como alternativa com-plementar ao ensaio magnético.Nas próximas seções deste tra-balho, serão feitas uma brevedescrição da análise espectral desinais ultrassônicos e das redesneurais para reconhecimento depadrões, descrição da metodolo-gia utilizada, juntamente com osresultados obtidos e conclusões.

MetodologiaForam utilizadas três amos -

tras de ligas de aço da família HPretirados em serviço de serpenti-nas de fornos de pirólise, emdiferentes tempos de operação. Aamostra 1 apresentava-se semcarburização, a 2, levemente car-burizada e a 3, severamente car-burizada.O preparo das amostras para

observação no microscópio ópti-co começou a partir da extraçãode parte selecionada seguida de:embutimento, lixamento, poli-mento e ataque químico. Aextração das amostras foi realiza-da através de corte e embutimen-to a frio.As granulações das lixas uti-

lizadas foram 100, 220, 320,400, 500 e 600. Posteriormentefoi feito um polimento de pastade diamante de 6, 1 e 0,25 µm.Seguido de um ataque químicode Água Régia (10 ml de HNO3,20ml de HCl e 60ml de H2O)saturada com CuCl2.Em cada corpo de prova, fo -

ram coletados sinais em dife ren -

Figura 2 – Análise microscópica da amostra 1. a) Parede externa. b)Centro da parede. c) Parede interna. Amostras atacadas por imersãoem água régia saturada com CuCl2 com aumento de 300x

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tes posições. Os sinais de ul tras -som foram adquiridos de mo doa conter somente o eco de fundo.Cada sinal foi digitalizado com2500 pontos a uma taxa deamos tragem de 100 Ms/s. AFFT dos sinais foi implementadano Matlab®, a Figura 1 mostra afundamentação do método ondealterações na microestrutura domaterial provoca alterações nãomen suráveis no domínio dotem po, mas perceptíveis no do -mínio da frequência.O conjunto de entrada para

cada amostra foi montado com200 sinais, num total de 600para as três amostras. A rede deveclassificar em três categorias con-forme o estado de carburização:Amostra 1, Amostra 2 e Amostra3. Os sinais foram divididos daseguinte maneira: 60 % paratreinamento da rede; 20 % paravalidação; 20 % para teste. Arede foi treinada de modo a aper-feiçoar, ao máximo, os seus resul-tados de classificação.

Análise e interpretação dosresultadosPrimeiramente, foi feita

uma macrografia com o intuitode se verificar a presença de car-burização na secção transversaldo tubo que apresentou omaior grau de carburização.Verificou-se, por meio da dife -renciação de cores, a regiãomais carburizada da parte inter-na do tubo até mais que a me -tade da secção em direção àpar te externa.Após a macrografia, obteve

se microscopia ótica da amostra1, estas mostram a matriz emtrês posições diferentes no cor -po de prova (parede externa,meio e pa rede interna) do tubo.Verifi cou-se a precipitação decarbetos de cromo alongada. Afração vo lumétrica destes pre-cipitados per manece constanteao longo de toda espessura depa rede de monstrando não ha -ver carburi zação, conforme as

Figura 3 – Análise microscópica da amostra 2. a) Parede externa. b)Centro da parede. c) Parede interna. Amostras atacadas por imersão emágua régia saturada com CuCl2 com aumento de 300x

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Figuras 2 (a), (b) e (c).A Figura 3 mostra a mi cro -

estrutura da Amostra 2 queapresenta precipitação de carbe-tos de cromo mais arredonda-dos próximos a parede interna,indicando carburização, Figura3 (a). No cen tro da parede, oscarbetos apresentam uma mor-fologia alon gada com fração vo -lumétrica menor o que a regiãoda pare de interna, Figura 3 (b).Porém, na Amostra 3, esti-

ma-se uma carburização carac-terizada como severa devido àmorfologia que os seus precipi-tados possuem. Nas três amos -tras metalográficas, observa-seum aumento da fração volu mé -trica dos precipitados de cromoem relação às amostras anteri-ores. Verifica-se, na Figura 4 (b),a presença de carbetos obser-vadas no centro da amostrademons trando a severidade doprocesso de carburização.A Figura 5 mostra os espec-

tros de frequência médio dos200 sinais de eco de fundo cole-tados para cada amostra. Ob -ser va-se que a Amostra 3, se -veramente carburizada, apre-senta um espectro médio maislargo, com componentes de fre-quência menores do que asencontradas nas demais amos -tras. As amos tras 1 e 2 apresen-tam componentes de frequên-cia muito se melhantes. As fre-quências centrais dos espectrosdas amostras 1 e 2 estão próxi-mas da frequência central dotransdutor (1 MHz). Na amos -tra 3 (severamente carburiza-da), as componentes de baixafrequência possuem maior am -plitude (0.5 MHz).Foram testados dois conjun-

tos de entrada, o primeiro com50 componentes de frequênciae o segundo com 100. Ob -servou-se que os resultados sãopróximos, mas o treinamentocom 100 componentes apresen-tou resultados médios relativa-mente melhores. Mes mo du -

Figura 4 – Análise microscópica da amostra 3. a) Parede externa. b)Centro da parede. c) Parede interna. Amostras atacadas por imersão emágua régia saturada com CuCl2 com aumento de 300x

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rante o treinamento não foipossível ajustar os pesos sinápti-cos para uma classifica ção100 % correta. As etapas deteste e validação apresentaramum desempenho geral de 13 %e 10 % respectivamente. Ob -serva-se que, nestas etapas, oserros de classificação entre os

estados extremos não carburiza-do e severamente carburizadofoi de 2,5 %. Já a confusão, naAmostra 2, foi inferior a 3 %,sendo 0,8 % em relação aamostra severamente carburiza-da. Durante a etapa de teste, 7(1,9 %) sinais provenientes daamostra severamente carburizada

foram erroneamente classificadoscomo não carburizados, porém,durante a validação, o er ro foi deuma amostra (0,8 %.).

ConclusõesOs sinais ultrassônicos obti-

dos durantes as inspeções doscorpos de prova em aço HP,após processamento digital pormeio da Transformada Discretade Fourier, foram alimentadosem uma RNA com o intuito deencontrar uma única caracterís-tica para cada estado de carbu -ri zação. A Rede Neural, nestecaso, mostrou-se bastante efi-ciente na classificação destesestados de degradação, comomostradas nas análises micro-gráficas. O acerto médio darede acima de 90 % demonstraa eficiência da RNA e da análiseultrassônica que, aliada as téc-nicas de processamentos desinais, podem ser mais uma fer-ramenta de inspeção não des -trutiva. Porém, novos testesdeverão ser feitos a fim de con-solidar a técnica ultrassônica nainspe ção de equipamentoscomplexos como tubos HP.

Referências bibliográficas1. Silva, I. C., “Avaliação da Carburi -

Figura 5 – Espectro das médias das FFT das amostras

Tabela 1 – Matriz de Confusão da Rede Neural Artificial

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Claudia Teresa Teles FariasPossui graduação em Química Industrialpela Universidade Federal da Bahia(2000), mestrado em EngenhariaMetalúrgica e de Materiais pelaUniversidade Federal do Rio de Janeiro(2002) e doutorado em EngenhariaMetalúrgica e de Materiais pelaUniversidade Federal do Rio de Janeiro(2006). Atualmente é Professora Titulardo Instituto Federal de Educação, Ciênciae Tecnologia da Bahia (IFBA), CampusSalvador. Coordenadora do Grupo dePesquisas em Ensaios Não Destrutivos(GPEND) e do Laboratório de InspeçãoNão Destrutiva I (LABIND I) do IFBA.Tem experiência na área de Engenhariade Materiais e Metalúrgica, com ênfaseem Corrosão e Ensaios Não Destrutivos.Também é Coordenadora do ComitêRegional de Ensaios Não Destrutivos(COREND) Seção Bahia. Atualmente, émembro do Comitê editorial do COTEQ,do Comitê Cientifico do CONAEND &IEV, além de integrar o Grupo Regionalde Inspeção (GRINSP/NE).

Contato com o autor:[email protected]

Ivan Costa da SilvaFormado em Engenharia Industrial Elétricapelo CEFET "CSF" RJ. Possui doutoradoem Engenharia Metalúrgica e de Materiaispela Universidade Federal do Rio de Janeiro(2006). Atualmente é professor doDepartamento de Automação e Sistemas, doInstituto Federal da Bahia, campusSalvador, onde desenvolve trabalhos depesquisa na área de ensaios não destrutivos econtrole de processos industriais.

Carla Beatriz Fagundes do CarmoGraduanda em Engenharia Elétrica peloInstituto Federal de Educação, Ciência eTecnologia da Bahia (IFBA). BolsistaVoluntária no Grupo de Pesquisa deEnsaios não-destrutivos(GPEND) no IFBA.

Mateus Crusoé Rocha RebelloGraduando em Engenharia mecânica peloInstituto Federal Federal de Educação,Ciên cia e Tecnologia da Bahia (IFBA).Bol sista Voluntária no Grupo de Pesquisade Ensaios não-destrutivos(GPEND) noIFBA.

Ygor Tadeu Bispo dos SantosAtualmente é graduando em EngenhariaIndustrial Mecânica do Instituto Federalda Bahia. Estagiário do Laboratório deEnsaios Ultrassônicos (LEUS), integrantedo grupo de pesquisa em ensaios nãodestrutivos (GPEND).

Gustavo da Silva PereiraAtualmente é graduando em EngenhariaMecatrônica na UNIFACS –Universidade Salvador. Estagiário noLaboratório de Ensaios Ultrassônicos(LEUS) do Instituto Federal da Bahia(IFBA), pertencente ao Grupo dePesquisa em Ensaios Não Destrutivos(GPEND).

Diego Henrique Sampaio ZaniniAtualmente graduando em EngenhariaMecatrônica pela Universidade Salvador- UNIFACS. Estagiário do Laboratóriode Ensaios Ultrassônicos (LEUS) doInstituto Federal da Bahia - IFBA.Participante do Grupo de Ensaios NãoDestrutivos (GPEND)

zação em aços HP por Ensaio nãoDes tru tivo Magnético.” Tese deDoutora do em Engenharia Meta -lúr gica e de Materiais, COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, 2006.

2. Silveira, T. L. and Le May, I.,“Reformer Furnaces: Materials, Da -ma ge Mechanisms, and Assessment”The Arabian Journal for Scienceand Engineering 31 2C, pp. 99-119, 2006.

3. Silveira, T. F., Silveira, T. L.,Almeida, L. H. e Moreira, M. F.,“Microestru tura de tubos de forno depirólise desativado após 91.000h deoperação – Resultados da metalo-grafia ótica.” In: 6º Conferênciasobre Tecnologia de Equipamen -tos. Salvador, 2002.

4. Silva, I. C., Rebello, J. M. A.,Bruno, A. C., Jacques, P. J.,Nysten, B. and Dille, J.,“Structural and magnetic character-ization of a carburized castaustenitic steel.” Scripta Materialia59, pp. 1010–1013, 2008.

5. Silva, I. C., Silva, L. L., Silva, R.S., Rebello, J. M. A. and Bruno, A.C., “Carburization of ethylenepyrolysis tubes determined by mag-netic measurements and geneticalgorithm.” Scripta Materialia 56,pp. 317–320, 2007.

6. Silva, I. C., Silva, R. S., Rebello, J.M. A., Bruno, A. C. and Silveira,T. F. “Characterization of carbur-ization of HP steels by nondestruc-tive magnetic testing.” NDT&EInternatio nal 39, pp. 569–577,2006.

7. Staszczak, E. J.,Rebello, J. M. A.,Carvalho, M. B., “Análise dainspeção ultra-sônica de aços HK 40utilizados em fornos de plantas deprocessamento de petróleo”In: IIIPan-American Conference forNon destructive Test ing. Rio deJaneiro, 2003.

8. Moreira, M. F., Silveira, T. L.,Almeida, L. H. e Ferreira, L. A.M., “Carburação de ligas resistentesao calor em atmosfera composta porhidrogênio e metano.” In: 6º Confe -rência sobre Tecnologia de Equipa -mentos. Salva dor, 2002.

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Orientação Técnica

E se a relação de mistura de tintasbicomponentes não for obedecida?

Enquanto es tão separados oscomponentes não tem funçãone nhuma. A tin ta é formada so -mente após a mistura dos doiscomponentes e por isso a re -lação entre estas quan tidades éimportante para que o produtofinal possa ter as propriedadespara a qual ele foi idealizado.

Misturas fora da proporçãopoderão resultar em tintas comproblemas. Na Figura 1, sãoob servadas três situações quepo dem ocorrer:• se a proporção de mistura forrespeitada a tinta será bemformada e as propriedadesserão mantidas (isto é o ideal);

• se a proporção de mistura forfeita com excesso de compo-nente B que geralmente é o

agente de cura ou catalisador,a tinta pode resultar dura equebradiça;

• se a proporção de mistura forfeita com excesso de compo-nente A, o componente base,a tinta resultará mole, pega-josa e demorará para curar.

Engano comum causado porerro ao apanhar as tintas noestoque

Recomenda-se treinar o pes-soal que prepara tintas a prestaratenção no momento da pre pa -ração, pois misturas fora dapro porção resultam em tintascom problemas de secagem, deendu recimento e fora das pro -prie dades idealizadas no projetoda tinta.

Por CelsoGnecco

A maioria das tintas anticor-rosivas como as epóxi e as poli-uretânicas são bicomponentes,ou seja, são fornecidas em duasembalagens, cujos conteúdos de -vem ser misturados momentosantes da sua utilização. A mistu-ra deve ser feita seguindo a re -lação indicada na ficha técnicaou nos rótulos das tintas.

A relação de mistura doscomponentes tem que serrespeitada

O químico formulador detintas estuda e determina aquan tidade de resina básica quecoloca na embalagem do com -ponen te A e calcula a quanti-dade de agente de cura quedeve colocar no componente B.

A re lação entre estas quan tidades de tinta é importante para que o produto final

possa ter as propriedades para a qual ele foi idealizado

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Figura 1 – Influência das quantidades de componentes nas propriedades da tinta

Gnecco57:Cristiane43 7/22/15 9:00 AM Page 1

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Por exemplo, se o pintormisturou o componente A deuma tinta com o componente Bde outra tinta, a proporção po -derá ser alterada e o resultado étinta com problemas, comomostrado na Figura 2.

Uma boa sugestão é amarrarcom fita crepe o componente Bjunto com o seu componente Aformando um kit. Desta manei -ra, no momento de buscar astintas no almoxarifado, evita-sea retirada errada de componen -tes e a possibilidade de compro-meter a pre paração da tinta,per dendo duas tintas.

A homogeneização ou a agi -

tação de cada componente deveser feita com todo o cui dado,com agitadores adequados e res -peitando a relação de mistura re -comendada pelo fa bricante.

Nun ca julgue que isto é umaper da de tempo, porque a apli-cação de uma tinta com mis turafora da proporção gera rá muitaperda de tempo, prejuízos comdesperdício de ma terial, gastocom mão de obra extra e atrasona entrega do serviço.

Embalagens (formato) detintas bicomponentes paraproporção 1:1 e frações

Em proporções 1:1 são usa -

das duas embalagens galões quesão preenchidas totalmente, per-fazendo a quantidade de 3,6 li -tros cada uma. Uma tinta comproporção 1:1 só pode ser vendi-da em quantidade mínima de 2galões, ou 7,2 litros, como mos -trado na Figura 3a.

Nas tintas em proporções fra-cionadas como 2:1, 3:1, 4:1, …,o conteúdo das duas embala-gens totalizam 1 galão, comopode ser visto na Figura 3b. Naembala gem do componente A,há es paço vazio para receber aquantidade do componente Bcalculado para completar umga lão ou 3,6 litros. Por isso, es -tas tintas são chamadas de “ga -lão a completar”.

A preparação de tintasbicomponentes paragrandes áreas

Se a área for grande e a tintaserá consumida toda, é só mistu-rar a totalidade do conteúdo daembalagem do componente Bcom o A e homogenei zar, tantose a proporção for 1:1 ou fraçõescomo mostrado na Figura 4.Para áreas maiores ain da, é con-veniente usar baldes de 18 litros(5 galões) para proporção 1:1 ebaldes e galões para proporçõesfracionadas.

Figura 3 – Formatos de embalagens nas proporções 1:1 e fracões

Figura 2 – Consequência da mistura errada dos componentes

Gnecco57:Cristiane43 7/22/15 9:00 AM Page 2

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A preparação de tintasbicomponentes parapequenas áreas

Há necessidade de pintarapenas uma pequena área, pou -ca tinta deverá ser preparada.Por isso, uma parte do compo-nente A deverá ser misturadacom a par te equivalente docomponente B, mantendo aproporção.

Por exemplo, se a proporçãoé 1:1, o pintor utilizará umame dida do componente A parauma medida igual do compo-nente B, como pode ser visto naFigura 5a.

Se a proporção é de 3:1, o

Figura 4 – Preparação da tinta, com mistura completa dos dois componentes

Celso GneccoEngenheiro, Gerente Treinamento Técnicoda Sherwin-Williams do Brasil –Unidade Sumaré

Contato com o autor:[email protected]

Figura 5 – Preparação de pequenas quantidades em que a tinta não será usada completamente

pintor poderá utilizar três me -didas de componente A parauma medida igual de compon-tente B como pode ser visto naFigura 5b.

Em ambos os casos, a mis-tura preparada estará na pro-porção e as quantidades queres taram nas embalagens doscomponentes A e B tambémestarão na proporção e poderãoser utilizadas posteriormente. Ésó manter as embalagens bemfechadas.

É conveniente que sejamusados copos graduados de po -lipro pileno ou balanças digitaispara a preparação das tintas.

O uso de balanças digitais émais rápido e preciso, mas ama neira mais usada nas oficinasou no campo, por ser mais ba -rato e prático, são os copos gra -duados (medida volumétrica).

Gnecco57:Cristiane43 7/22/15 9:00 AM Page 3

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Opinião

ada vez que as pessoas en -contram uma boa descul-pa, abrem mão de um óti -

mo resultado. Digo isso porquehá muita gente falando de crise,às vezes até utilizando o jargão“tempos difíceis” para justificaros maus resultados.Será que as coisas estão real-

mente difíceis pra todo mundo?A resposta é não.Há muito progresso e em -

presas ampliando os negócios,ga nhando dinheiro e crescendonor malmente em 2015.Não se apegue apenas às no -

tícias ruins para explicar as metasnão atingidas, aliás, o mercadoes tá recheado de empresas comresultados expressivos. No mêspassado, enquanto alguns shop-pings reclamavam da crise, apli -quei um treinamento num deles,em Pernambuco, que registrouum crescimento de dois dígitosno primeiro trimestre do ano.Enquanto algumas organiza-

ções demitem, outras contratam,atuam em vários turnos e fazemhoras extras. Segundo a ANFA -VEA, a venda de carros novoscaiu 19,2 % no período de ja -neiro a abril de 2015 em com-paração a 2014, mas saiba que aToyota, Hyundai, Jeep e Hondaestão se dando muito bem. Parase ter uma ideia, enquanto algu-mas montadoras demitem oudão férias coletivas, a Toyotaven deu 56,7 mil automóveis eco merciais leves (incluindo im -portados), 7 % a mais no mesmoperíodo do ano passado. AHonda em meio à crise lançou outilitário-esportivo HR-V. Hoje,

Erik Penna

Um Brasil de progressos em meio à crise“Todo o progresso acontece porque as pessoas ousam ser diferentes”

Harry Millner

Erik PennaPalestrante motivacional, especialista em vendas, consultor e autor dos livros “A DivertidaArte de Vender” e “Motivação Nota 10”.Con ta to: www.erikpenna.com.br

os funcionários fazem hora extra para atender o mercado, atualmentetem fila de espera de até 120 dias nas concessionárias e as vendas damarca aumentaram 15 % no primeiro quadrimestre de 2015. Outramarca asiática, a Hyundai, chega a operar em três turnos e, assimcomo a Honda e a Toyota, não adotou medidas de corte de produção,nem férias coletivas.Acompanhei também o expressivo crescimento da Estrela Fran -

quias, rede de lojas Barriga Verde/Caverna do Dino, vendendo cadavez mais no ramo de moda infantil. O que dizer então do setor deserviços, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), cresceu maisde 4 % com destaque ao segmento de seguros, que segundo a SUSEP,teve crescimento de 22,4 % no primeiro trimestre do ano em com-paração a 2014.Pesquisas apontam ainda crescimento nos setores de beleza, tec-

nologia, artigos de papelaria, comércio eletrônico, atacadista e ali-mentos, com grande destaque para o agronegócio.Sei que enfrentamos dificuldades e não estamos vivendo em época

de vacas gordas, mas não se iluda pensando que todas as empresas esetores estão fracassados, que só temos péssimos desempenhos e quetudo está perdido. A reflexão que fica é: analise esse contraste de per-formances e pense sobre o que será que estas organizações estão fazen-do para crescer em meio à turbulência. Com certeza não ficam pa -radas reclamando da crise, mas ao contrário, estão se reinventando,inovando processos e produtos, revendo seus diferenciais, capacitandosuas equipes, repensando o mix ofertado ao mercado, criando novasparcerias, adequando e aperfeiçoando seus produtos, descobrindooutros nichos, qualificando-se na prestação de serviço para atuar comexcelência e investindo em diferentes canais de divulgação para atrairmais clientes em tempos difíceis.As dicas acima são alguns dos caminhos que podemos trilhar ao

invés de ficarmos apenas resmungando e nos escondendo atrás dasagruras econômicas.E lembre-se: a palavra chave agora é inovar. Para se ter uma ideia

de como isso é vital, em 1973 a Exame/FGV elaborou um rankingcom as 500 maiores empresas do Brasil. Atualmente, 77 % dessasorganizações simplesmente desapareceram conforme aponta um estu-do da Fundação Dom Cabral.

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Opinião57:Opinião40 7/22/15 1:16 PM Page 1

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