o google quer mais

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EDITORA-COORDENADORA: SIMONE RIBEIRO / [email protected] QUA SALVADOR 20/7/2011 SEG PERSONA TER POP HOJE VISUAIS QUI CENA SEX CINE SAB LETRAS DOM SHOP atarde.com.br/caderno2mais PERFORMANCE BAILARINOS USAM AS DEPENDÊNCIAS DO PALÁCIO RIO BRANCO EM PARADOX, ESPETÁCULO QUE ESTREIA HOJE, ÀS 17 HORAS 5 E-MUSIC ESTILO MASHUP SERÁ CELEBRADO EM FESTA, SÁBADO, NO PORTELA CAFÉ 4 Mila Cordeiro / Ag. A TARDE TECNOLOGIA Empresa contra-ataca no campo das redes sociais e bate de frente com o Facebook com seu mais novo produto, o Google +, lançado no fim de junho O Google quer mais ilustração Gentil Agregar os diversos produtos oferecidos pelo Google em uma única página é a aposta da empresa em sua nova rede social PEDRO FERNANDES O Google precisava correr atrás do prejuízo. LÍder em diversos segmentos da vida digital, a em- presa ainda não conseguiu en- trar de fato no ramo das redes sociais, hoje dominado pelo Fa- cebook, que tem cerca de 750 milhões de usuários em todo O mundo. Suas primeiras tentativas, o Wave e o Buzz, foram totalmen- te fracassadas. O Orkut, tam- bém um produto com a chancela do Google, embora seja o mais usado no Brasil, não tem grande expressão global. Agora a empresa aposta no Google + (plus.google.com), lançado no fim do mês passado e que tem como proposta in- tegrar sua cartela de produtos (Picasa, Blogger, Gmail, Docs) em uma única plataforma de compartilhamento. Nessa fase de testes, em que opera apenas com membros convidados, já são mais de 10 milhões de usuários em pouco mais de duas semanas de fun- cionamento e cerca de 1 bilhão de itens são compartilhados por dia. Comparação Em uma primeira análise a rede social parece uma combinação do Twitter e do Facebook. Há um perfil no qual ficam expostas as atualizações do usuário e uma outra página (stream) na qual aparecem as atualizações dos seus contatos. Estes devem ser agrupados em diferentes círculos (amigos, famíla e o que mais você decidir) à medida que são adicionados. Na hora de compartilhar fotos, 2 links, é possível escolher para quais desses grupos enviar a mensagem. Essa é a principal diferença em relação ao Face- book, em que os grupos são criados depois. Ao contrário dos grupos da rede de Mark Zuckerber, os membros dos círculos não sa- bem como foram classificados. Supostamente tudo isso faz do Google + uma rede social com maior nível e privacidade. Por outro lado, dá para acom- panhar as atualizações públicas (não dirigida a círculos especí- ficos) sem a necessidade de aprovação do dono da página. Como no Twitter, é possível se- guir sem ser seguido. A tal privacidade também se desfaz com a possibilidade de algum membro de um círculo seu compartilhar suas atualiza- ções com membros dos círculos dele. Assim, as informações não ficam restritas ao grupo esco- lhido pelo usuário. Uma novidade potencial- mente divertida é a ferramenta hangouts (algo como encontro com os amigos em inglês). No bate-papo do Gmail, por exem- plo, é possível conversar por ví- deo com apenas um amigo por vez. Pelo Google + é possivel fazer uma videoconferência com vários contatos. Usuários O psicólogo Rogério Barros está sempre curioso em relação aos lançamentos do Google. Como consumidor de muitos produtos da empresa, a proposta de in- tegrar as contas era algo que ele já esperava que acontecesse. As- sim, ele testa a rede social desde o primeiro momento e destaca suas vantagens e temores. “Recebo as notícias de forma integrada num único perfil sem necessitar fazer novos logins ou ficar com muitas páginas aber- tas. O ponto negativo óbvio é o monopólio do Google. Criou-se um elo tão grande de depen- dência dessa empresa que, se ela falir, metade da minha vida documentada se perderá para sempre. Meu backup é o Go- ogle”, diz. O novo produto não agradou a designer Mariana Neri. Espe- cialmente pela falta de controle de quem pode segui-la. Ela re- conhece a vantagem de agregar produtos como agenda, busca, email, chat, reader, docs, mas não sente a necessidade de en- trar em outra rede social e rei- niciar todo o processo que isso envolve. “Acho que é mais a falta de paciência para adicionar todo mundo de novo, organizar os círculos e postar conteúdo em mais uma rede mesmo, se eu já uso o Facebook e o Twitter e meus contatos já estão de certa forma organizados lá e eu já tenho a minha rede formada”.

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Matéria sobre o Google +

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Page 1: O Google quer mais

EDITORA-COORDENADORA: SIMONE RIBEIRO / [email protected]

QUASALVADOR20/7/2011

SEG PERSONATER POPHOJE VISUAISQUI CENASEX CINESAB LETRASDOM SHOP

atarde.com.br/caderno2mais

PERFORMANCE BAILARINOSUSAM AS DEPENDÊNCIAS DOPALÁCIO RIO BRANCO EMPARADOX, ESPETÁCULO QUEESTREIA HOJE, ÀS 17 HORAS 5

E-MUSIC ESTILO MASHUP SERÁ CELEBRADOEM FESTA, SÁBADO, NO PORTELA CAFÉ 4

Mila Cordeiro / Ag. A TARDE

TECNOLOGIA Empresa contra-ataca no campo das redessociais e bate de frente com o Facebook com seu maisnovo produto, o Google +, lançado no fim de junho

O Googlequer mais

ilustração Gentil

Agregar os diversosprodutos oferecidospelo Google emuma única páginaé a aposta daempresa em suanova rede social

PEDRO FERNANDES

O Google precisava correr atrásdo prejuízo. LÍder em diversossegmentos da vida digital, a em-presa ainda não conseguiu en-trar de fato no ramo das redessociais, hoje dominado pelo Fa-cebook, que tem cerca de 750milhões de usuários em todo Omundo.

Suas primeiras tentativas, oWave e o Buzz, foram totalmen-te fracassadas. O Orkut, tam-bémumprodutocomachancelado Google, embora seja o maisusado no Brasil, não tem grandeexpressão global.

Agora a empresa aposta noGoogle + (plus.google.com),lançado no fim do mês passadoe que tem como proposta in-tegrar sua cartela de produtos(Picasa, Blogger, Gmail, Docs)em uma única plataforma decompartilhamento.

Nessa fase de testes, em queopera apenas com membrosconvidados, já são mais de 10milhões de usuários em poucomais de duas semanas de fun-cionamento e cerca de 1 bilhãode itens são compartilhados pordia.

ComparaçãoEm uma primeira análise a redesocial parece uma combinaçãodo Twitter e do Facebook. Há umperfil no qual ficam expostas asatualizações do usuário e umaoutra página (stream) na qualaparecem as atualizações dosseus contatos.

Estes devem ser agrupadosem diferentes círculos (amigos,famíla e o que mais você decidir)à medida que são adicionados.Na hora de compartilhar fotos,

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links, é possível escolher paraquais desses grupos enviar amensagem. Essa é a principaldiferença em relação ao Face-book, em que os grupos sãocriados depois.

Ao contrário dos grupos darede de Mark Zuckerber, osmembros dos círculos não sa-bem como foram classificados.Supostamente tudo isso faz doGoogle + uma rede social commaior nível e privacidade.

Por outro lado, dá para acom-panhar as atualizações públicas(não dirigida a círculos especí-ficos) sem a necessidade deaprovação do dono da página.Como no Twitter, é possível se-guir sem ser seguido.

A tal privacidade também sedesfaz com a possibilidade dealgum membro de um círculoseu compartilhar suas atualiza-ções com membros dos círculosdele. Assim, as informações nãoficam restritas ao grupo esco-lhido pelo usuário.

Uma novidade potencial-mente divertida é a ferramentahangouts (algo como encontrocom os amigos em inglês). Nobate-papo do Gmail, por exem-

plo, é possível conversar por ví-deo com apenas um amigo porvez. Pelo Google + é possivelfazerumavideoconferênciacomvários contatos.

UsuáriosO psicólogo Rogério Barros estásempre curioso em relação aoslançamentos do Google. Comoconsumidor de muitos produtosda empresa, a proposta de in-tegrar as contas era algo que elejáesperavaqueacontecesse.As-sim, ele testa a rede social desdeo primeiro momento e destacasuas vantagens e temores.

“Recebo as notícias de formaintegrada num único perfil semnecessitar fazer novos logins ouficar com muitas páginas aber-tas. O ponto negativo óbvio é omonopólio do Google. Criou-seum elo tão grande de depen-dência dessa empresa que, seela falir, metade da minha vidadocumentada se perderá parasempre. Meu backup é o Go-ogle”, diz.

O novo produto não agradoua designer Mariana Neri. Espe-cialmente pela falta de controlede quem pode segui-la. Ela re-conhece a vantagem de agregarprodutos como agenda, busca,email, chat, reader, docs, masnão sente a necessidade de en-trar em outra rede social e rei-niciar todo o processo que issoenvolve.

“Acho que é mais a falta depaciência para adicionar todomundo de novo, organizar oscírculos e postar conteúdo emmais uma rede mesmo, se eu jáuso o Facebook e o Twitter emeus contatos já estão de certaforma organizados lá e eu játenho a minha rede formada”.