orgãos sociais - credito-agricola.pt...ccam de silves – josé manuel guerreiro estiveira...

105

Upload: others

Post on 23-Mar-2020

13 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Orgãos Sociais ASSEMBLEIA GERAL CCAM da Lourinhã – José António dos Santos – (Presidente) CCAM do Alto Guadiana – Fernando Martins Carrilho CCAM do Minho – António Manuel de Abreu Dantas CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO CCAM da Costa Azul – Jorge Nunes – (Presidente) CCAM de Moravis – José Eduardo Tierno de Andrade Lopes CCAM de Silves – José Manuel Guerreiro Estiveira Gonçalves CCAM de Vale do Douro – Maximiano Pereira Correia CCCAM – Renato Manuel Ferreira Feitor REVISOR OFICIAL DE CONTAS Oliveira, Reis & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. representada pelo Sr. Dr. José Barata Fernandes COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES CCAM de Guadiana Interior – José Artur Estrela CCAM de Porto de Mós – Jorge Manuel da Piedade Volante CCCAM – Mário Dúlio de Oliveira Negrão CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO António Manuel Varela Afonso – (Presidente) Lino Duarte Viegas Afonso Eduardo Armando Jorge de Palhares Vieira

1

Listagem de Accionistas

Entidade Nº de Acções % Capital Social

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo 3.435.710 47,71819% Crédito Agrícola SGPS 3.528.000 49,00000% Confagri 187.500 2,60417% CCAM Açores 10 0,00014% CCAM Alcanhões 10 0,00014% CCAM Alcobaça 10 0,00014% CCAM Alenquer 10 0,00014% CCAM Algarve 10 0,00014% CCAM Alto Guadiana 18.000 0,25000% CCAM Arouca 10 0,00014% CCAM Arruda dos Vinhos 10 0,00014% CCAM Azambuja 10 0,00014% CCAM Bairrada e Aguieira 10 0,00014% CCAM Baixo Mondego 10 0,00014% CCAM Beja e Mértola 10 0,00014% CCAM Borba 10 0,00014% CCAM Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche 10 0,00014% CCAM Campo Maior 10 0,00014% CCAM Cantanhede e Mira 10 0,00014% CCAM Coimbra 10 0,00014% CCAM Coruche 10 0,00014% CCAM Costa Azul 10 0,00014% CCAM Elvas 10 0,00014% CCAM Estremoz, Monforte e Arronches 10 0,00014% CCAM Ferreira do Alentejo 10 0,00014% CCAM Fornos de Algodres 10 0,00014% CCAM Guadiana Interior 10 0,00014% CCAM Guimarães 10 0,00014% CCAM Lafões 20 0,00028% CCAM Lamego e Castro d’Aire 20 0,00028% CCAM Loures, Sintra e Litoral 10 0,00014% CCAM Lourinhã 10 0,00014% CCAM Mafra 10 0,00014% CCAM Minho 10 0,00014% CCAM Mogadouro e Vimioso 10 0,00014% CCAM Moravis 10 0,00014% CCAM Oliveira de Azeméis 10 0,00014% CCAM Paredes 10 0,00014% CCAM Pombal 10 0,00014% CCAM Póvoa do Varzim, Vila do Conde e Esposende 10 0,00014% CCAM Região de Bragança 10 0,00014% CCAM Região do Fundão e Sabugal 10 0,00014% CCAM S. Bartolomeu Messines e S. Marcos da Serra 10 0,00014% CCAM S. João da Pesqueira 10 0,00014% CCAM S. Teotónio 10 0,00014% CCAM Salvaterra de Magos 30.200 0,41944% CCAM Seia 10 0,00014% CCAM Silves 10 0,00014% CCAM Sobral de Monte Agraço 10 0,00014% CCAM Tarouca 10 0,00014% CCAM Terras de Miranda do Douro 10 0,00014% CCAM Terras de Viriato 10 0,00014% CCAM Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega 10 0,00014% CCAM Torres Vedras 10 0,00014% CCAM Tramagal 10 0,00014% CCAM Vagos 10 0,00014% CCAM Vale do Dão 10 0,00014% CCAM Vale do Douro 10 0,00014% CCAM Vale do Távora 10 0,00014% CCAM Vila Nova de Famalicão 10 0,00014% CCAM Vila Nova de Tazém 10 0,00014% CCAM Vila Verde e Terras do Bouro 10 0,00014%

Total 7.200.000 100,00000%

2

Senhores Accionistas,

Nos termos das disposições legais e estatutárias, o Conselho de Administração Executivo da CA Seguros submete à Vossa apreciação o seu

Relatório de Gestão, o qual dá conhecimento da forma como decorreu a sua actividade durante o exercício económico que terminou à data de 31 de Dezembro de 2007, bem como o Balanço, Ganhos e Perdas e demais

documentos de prestação de contas relativos ao mesmo exercício.

3

Relatório do Conselho de

Administração Executivo

4

SINTESE DOS PRINCIPAIS INDICADORES DE GESTÃO

Rubrica 2004 2005 2006 2007

Prémios Brutos Emitidos 64.784 61.856 65.442 68.516

Prémios Brutos Adquiridos 63.921 61.444 64.673 67.763

Custos com Sinistros / Prémios Adquiridos 60,9% 56,6% 59,5% 49,6%

Saldo Resseguro / Prémios Adquiridos 7,7% 9,5% 4,8% 10,3%

Investimentos 53.418 68.450 87.546 100.912

Provisões Técnicas 65.659 76.252 88.509 91.898

Investimentos / Provisões Técnicas 81,4% 89,8% 98,9% 109,8%

Resultados dos Investimentos 1.014 2.948 3.064 2.931

Activo Total 95.187 107.103 124.920 133.048

Capitais Próprios 12.276 15.993 19.144 23.463

Margem Solvência Disponível 14.469 16.978 19.575 24.521

Excesso de Margem de Solvência 4.489 6.847 8.964 13.401

Rácio de Solvência 145% 168% 184% 221%

Resultados Líquidos 1.302 3.313 3.763 4.206

Resultados Líquidos / Capitais Próprios 10,6% 20,7% 19,7% 17,9%

Resultados Líquidos / Prémios Adquiridos 2,0% 5,4% 5,8% 6,2%

Nº Apólices em Vigor no final do ano 187.073 216.031 249.519 280.698

Nº Clientes no final do ano 112.678 128.040 145.054 158.376

Nº Colaboradores no final do ano 105 106 112 125

Nº Apólices / Nº Colaboradores 1.782 2.038 2.228 2.246 Unidade: milhares de euros

5

1. Introdução A actividade seguradora tem vindo a ser objecto nos últimos anos e, nomeadamente em 2007, de um conjunto alargado de diplomas legislativos e normativo que, pese embora a sua importância, têm implicado para além das necessárias adaptações organizacionais, também, um elevado investimento em recursos técnicos, humanos e de sistemas de informação. Por outro lado, o pouco expressivo desenvolvimento da economia e, consequentemente, da massa segurável, associado ao efeito de uma concorrência acrescida e reforçada pelo estabelecimento de novas Seguradoras, tem mantido praticamente estagnado o montante total dos prémios de Seguros Não Vida no mercado nacional. Também, o comportamento do mercado de capitais com a sua ainda maior volatilidade no período de final do exercício provocou uma quase total absorção das mais valias potenciais acumuladas ao longo do ano. Os referidos factores externos e de mercado reforçaram a importância da permanente procura pelo aumento da eficiência dos recursos, dos métodos e dos meios, que mitiguem os impactos indesejáveis dos referidos factores mantendo-se o objectivo primordial pela prestação de um serviço de excelência ao Cliente. A capacidade técnica instalada e o contributo dado pelo Canal de Distribuição, composto pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM), nomeadamente, pelo envolvimento crescente das respectivas Direcções e Colaboradores na actividade de Bancasseguros Não Vida, reflectiram-se na confirmação do cumprimento dos objectivos orçamentados e nos Resultados do Exercício, consolidando a linha de reforço da solidez da Companhia e das respectivas garantias financeiras.

2. A Economia Depois de quatro anos de crescimento robusto do PIB, com preços em ritmos de crescimento moderados, spreads de crédito baixos, taxas de juro baixas e taxas de câmbio relativamente estáveis, a volatilidade nos mercados internacionais aumentou drasticamente a partir do segundo semestre de 2007, iniciando um novo ciclo, que na melhor das hipóteses será de abrandamento em toda a economia mundial. As condições nos

Quadro legal em evolução permanente

Mercado de Seguros Não Vida em estagnação

Mercado de Capitais com elevada volatilidade

Atingidos os objectivos de rendibilidade e de reforço da solidez financeira

Volatilidade nos mercados internacionais

6

mercados financeiros mundiais passaram de excepcionalmente favoráveis a muito menos estáveis e muito menos previsíveis. Apesar do clima tão volátil, é provável que a procura agregada se mantenha robusta nos países em desenvolvimento, sobretudo graças à sua forte dinâmica interna. Na verdade, o desempenho económico em muitas das economias em desenvolvimento foi excepcionalmente forte na primeira metade de 2007, superior mesmo às previsões iniciais. Entre os países em desenvolvimento manteve-se firme em 7,4% em 2007, após um crescimento igualmente forte de 7,5% em 2006, suportado pelo reforço continuado do Sul e Leste Asiáticos. Se excluirmos a China e a Índia, a actividade nos países de baixo e médio rendimento desceu 0,2pp para 5,7% em 2007. O crescimento mundial reduziu-se de 3,9% em 2006 para 3,6% em 2007, sendo que o abrandamento foi liderado pelos países da OCDE. O PIB neste grupo caiu 0,3 p.p. para 2,5% em 2007. O recuo foi mais sensível nos EUA, com o crescimento a diminuir de 2,9% em 2006 para 2,2% em 2007. Muito deste declínio resultou directamente da crise no mercado de crédito imobiliário – subprime. A partir do final de Julho de 2007, os mercados financeiros entraram numa situação de crise que a passagem do tempo veio a provar não ser nem temporária nem meramente financeira. As condições de crédito para todos os agentes económicos alteraram-se drasticamente, com impactos muito negativos nas empresas e nos particulares. Apenas os emitentes soberanos, especialmente dos países mais desenvolvidos, beneficiaram deste movimento em termos de custo de endividamento, já que foram o destino das poupanças de grande parte da comunidade de investidores internacionais, cuja aversão ao risco aumentou exponencialmente. Em 2008, espera-se que o crescimento mundial continue a abrandar, com o custo de capital a manter-se elevado para instituições financeiras, empresas e particulares. Uma procura doméstica fraca deverá manter o crescimento do PIB nos EUA abaixo dos 2%, enquanto o crescimento na Europa e Japão deverá continuar a ceder à pressão das suas moedas em apreciação. Em 2007, a economia portuguesa cresceu 1,9%, o que representa uma aceleração da actividade em 0,6 pontos percentuais relativamente ao ano anterior. Para esta evolução contribuíram o aumento do investimento empresarial e o comportamento mais dinâmico do sector exportador.

Desempenho forte nas economias em desenvolvimento ...

... mas desaceleração nos países da OCDE ...

... relacionada com a crise no mercado do crédito imobiliário

Em 2008, o crescimento mundial deve continuar a abrandar

A economia portuguesa cresceu apenas 1,9% ...

7

A dinâmica da economia portuguesa em 2007 foi marcada por factores internos e externos. A já mencionada crise financeira, a par das decisões de política monetária do Banco Central Europeu, levaram a um aumento muito significativo das taxas de juro de curto prazo. A este enquadramento restritivo acresce a política orçamental doméstica, também ela restritiva, focada na consolidação das contas públicas. De acordo com a estimativa de crescimento da Comissão Europeia para a área do euro, que aponta para um valor de 2,5% em 2007, continuou a registar-se no ano passado uma trajectória divergente entre a economia nacional e a média europeia, em 0,6 pontos percentuais, ainda que em menor grau que no ano de 2006. Fazendo uma análise em termos das principais componentes da despesa, verificou-se um aumento significativo do contributo da procura interna para o crescimento (num valor que ascendeu a 1,4 pontos percentuais, que compara com um contributo de 0,2 pontos percentuais em 2006). Para este facto contribuiu, em larga medida, o maior dinamismo do investimento (que nos últimos anos tinha apresentado uma variação negativa) em resultado da melhoria da confiança nos serviços e na indústria transformadora. O consumo privado manteve um ritmo de crescimento moderado (que resultou, em parte, do aumento da taxa de desemprego e da subida das taxas de juro de curto prazo). Relativamente ao consumo público, depois de uma queda de 0,7 por cento em 2006, registou uma variação real nula em 2007. No que respeita às exportações líquidas, estas contribuíram positivamente para o crescimento do produto (num valor de 0,6 pontos percentuais), verificando-se, contudo, uma desaceleração de 0,4 pontos percentuais face ao ano anterior. Esta evolução reflectiu, essencialmente, o menor dinamismo das exportações, num contexto de abrandamento do comércio mundial. As projecções apresentadas pelo Banco de Portugal apontam para a manutenção da recuperação da actividade económica em 2008, estimando-se um crescimento de 2,0 por cento, valor próximo do projectado pela Comissão Europeia para a área do euro. As exportações líquidas deverão diminuir ligeiramente o seu contributo para o PIB, reflectindo um menor dinamismo das exportações, enquanto que a procura interna, em particular o investimento empresarial, deverá apresentar uma evolução mais favorável. A situação do mercado de trabalho em Portugal continuou a deteriorar-se. A taxa de desemprego estimada para o terceiro trimestre de 2007 foi de 7,9 por cento da população activa, situando-se 0,5 pontos percentuais

... mantendo uma trajectória divergente com a Europa

O Banco de Portugal prevê a manutenção da recuperação económica em 2008

8

acima da observada em período homólogo. O fraco crescimento dos últimos anos e a reestruturação do tecido produtivo estiveram na origem do aumento do desemprego. A taxa de inflação, medida pela variação média anual do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), atingiu 2,4 por cento em 2007, o que representa uma diminuição de 0,6 pontos percentuais face ao ano anterior. Esta redução resultou do abrandamento dos preços dos bens energéticos, bem como do menor crescimento dos custos do trabalho por unidade produzida no sector privado e dos preços de importação dos bens de consumo. A redução significativa do contributo da componente energética para a taxa de inflação em 2007 reflectiu o efeito de base associado ao elevado aumento do preço do petróleo em euros no período homólogo de 2006. Em comparação com a média da área do euro, a inflação em Portugal foi superior em 0,3 pontos percentuais, diminuindo desta forma o diferencial que, em 2006, era de 0,8 pontos percentuais. As perspectivas para a economia portuguesa apontam para a manutenção da recuperação da actividade económica no período 2008-2009, acompanhada por uma descida da inflação para valores próximos de 2% no final do horizonte. Esta projecção traduz-se numa redução das necessidades de financiamento externo da economia portuguesa, que reflecte a inversão da trajectória de queda da taxa de poupança das famílias, bem como a continuação da redução das necessidades de financiamento das Administrações Públicas. As actuais projecções estão rodeadas por níveis de incerteza mais acentuados do que o habitual e apresentam riscos claramente descendentes sobre a actividade económica, associados no essencial ao enquadramento económico e financeiro a nível internacional.

3. O Sector Segurador Não Vida em 2007 O mercado de Seguros Não Vida registou em 2007 um aumento de 0,4% nos Prémios Brutos Emitidos, acentuando a tendência de desaceleração de anos anteriores. Descontada a inflação, e pelo terceiro ano consecutivo, esta evolução representou uma quebra real nos prémios, que foi este ano -2,0%, e implicou uma redução do peso dos prémios no PIB, o qual se reduziu de 2,83% em 2006, para 2,72% em 2007.

A taxa de inflação reduziu-se em 2007

Perspectivas de recuperação económica no período 2008-2009 ...

... mas com níveis de incerteza acentuados

Os Prémios Brutos Emitidos Não Vida reduziram-se 2,0% em termos reais em 2007...

9

Esta evolução reflecte as dificuldades da actividade económica em ultrapassar a fase de estagnação, mas é fundamentalmente consequência de um aumento do clima concorrencial na actividade seguradora, traduzido em reduções tarifárias nos dois principais ramos de mercado, Automóvel e Acidentes de Trabalho.

PRINCIPAIS INDICADORES DO MERCADO NÃO VIDA

Rubrica 2005 2006 2007

Prémios Brutos Emitidos (milhões euros) 4.308 4.361 4.380 Taxa crescimento PBE (nominal) 2,0% 1,2% 0,4% Taxa crescimento PBE (real) -0,3% -1,8% -2,0% Prémios / PIB 2,90% 2,83% 2,72% Prémios / Nº Habitantes (euros) 408 412 413 Quota Mercado Acumulada 5 maiores 57,61% 55,83% 54,28% Quota Mercado Acumulada 10 maiores 78,10% 76,68% 75,45% Fonte: Associação Portuguesa de Seguradores

No ano de 2007, o mercado manteve-se calmo no que respeita a operações de reestruturação de empresas, não se registando qualquer operação de fusão de Companhias de média e grande dimensão. Mantendo a tendência de anos anteriores, as maiores empresas continuaram a perder quota de mercado, confirmada pelo facto de as cinco maiores Companhias terem registado uma quebra de prémios de 2,3% e reduzido a sua quota de mercado conjunta para 54,3%, a partir dos 55,8% do ano anterior. Ao nível das dez maiores Companhias, a quota de mercado conjunta reduziu-se de 76,7% em 2006, para 75,5% em 2007. ESTRUTURA DA CARTEIRA NÃO VIDA

Rubrica 2005 2006 2007

Automóvel 46,4% 46,0% 44,4% Acidentes de Trabalho 18,1% 17,7% 17,4% Acidentes Pessoais 3,7% 3,9% 3,9% Doença 8,6% 9,4% 10,1% Riscos Múltiplos 12,5% 12,6% 13,2% Agrícola-Colheitas 0,7% 0,6% 0,5% Outros 10,1% 9,9% 10,6% Fonte: Associação Portuguesa de Seguradores

... reflectindo reduções tarifárias significativas em Automóvel e Acidentes de Trabalho

As maiores Companhias continuaram a perder quota de mercado em 2007

10

Na estrutura da carteira Não Vida, registou-se uma continuada redução do peso dos maiores ramos, Automóvel e Acidentes de Trabalho, os quais registaram quebras em termos reais representando agora 61,8% do total, quando em 2006 representavam 63,7%. Mantendo a tendência de anos anteriores, o Ramo Doença foi um dos que registou em 2007 uma das taxas de crescimento mais elevadas (+5,4%, em termos reais).

4. A CA Seguros em 2007 A legislação e normativo publicados, em 2006, sobre a actividade de mediação de seguros e implementada em 2007 constituiu uma tarefa de elevado peso administrativo mas com grande significado dentro do plano de autonomia das CCAM tendo sido inscritas, individualmente e com sucesso, a Caixa Central e a totalidade das Caixas Agrícolas na qualidade de Mediador de Seguros Ligado. Esta e outras alterações legislativas com especial impacto ao nível do desenvolvimento de sistemas de informação, nomeadamente, as resultantes da implementação da 5ª Directiva e do novo Plano de Contas, foram concluídas em tempo útil. Como factor de continuidade na reestruturação da carteira, foram lançados novos produtos e introduzidas novas coberturas correspondendo a uma segmentação orientada e centrada em soluções com mais elevada rendibilidade e persistência actuando-se, assim, também, directamente no incremento da produção nova e na contenção da taxa de erosão de carteira. Estas iniciativas foram conjugadas com um novo sistema de remuneração às CCAM e um plano de incentivos em paralelo acompanhados por uma comunicação permanente. A criação da Área de Organização e o desenvolvimento do tratamento da Informação de Gestão, em 2007, tiveram e têm como objectivo vir a dar suporte a um desenvolvimento mais integrado e a um funcionamento mais eficiente.

Os ramos Automóvel e Acidentes de Trabalho continuam a reduzir o seu peso no mercado Não Vida

Registo das CCAM como Mediadores de Seguros Ligados

Lançados novos produtos e introduzidas novas coberturas

Novo sistema de remuneração às CCAM

11

O conjunto de acções desenvolvidas contribuiu para um crescimento da actividade, superior ao do comportamento do mercado Não Vida e, consequentemente, para um aumento da quota de mercado por parte da CA Seguros.

4.1. Política de Subscrição e Produtos A política de subscrição é especialmente direccionada para o negócio de particulares e de PME, sendo suportada por normas de aceitação que privilegiam o conhecimento técnico e a avaliação do risco. A CA Seguros manteve em 2007 a sua política de subscrição de risco, e criaram-se novas soluções para determinadas necessidades e segmentos de mercado, sendo disso exemplo os Produtos CA Habitação, CA Acidentes Pessoais +, CA Protecção Jovem e CA Saúde Empresas.

4.1.1. Área Automóvel Na generalidade, a política de subscrição do Produto CA Automóvel manteve os objectivos principais estabelecidos em anos anteriores, mas com uma ênfase no reforço da competitividade em segmentos com menor sinistralidade, através da:

- contenção na aceitação de seguros de segmentos de Clientes e de tipos de veículos que se demonstrou actuarialmente estarem associados a elevados níveis de sinistralidade;

- dinamização da venda de seguros aos segmentos de Clientes com

menor sinistralidade, e promovendo a contratação da cobertura de danos próprios;

- adopção de preços mais competitivos para as zonas geográficas com

menor sinistralidade, e para a cobertura de danos próprios; - simplificação da venda, sem perder rigor na avaliação dos riscos,

uniformizando os planos de coberturas disponíveis por tipo de veículo e as regras de subscrição e racionalizando e automatizando continuamente os procedimentos.

Crescimento superior ao mercado

Política de subscrição orientada para Particulares e PME

A política de subscrição no Produto CA Automóvel visou a dinamização da venda, a retenção dos melhores riscos e a simplificação de procedimentos

12

Em relação às apólices em vigor, foram adoptados critérios claros e justificados relativamente às apólices que apresentam maior frequência de sinistros, e tendo em conta a rendibilidade global do Cliente bem como se deu continuidade ao processo de manutenção dos melhores riscos em Carteira. Complementarmente, a CA Seguros continuou a atribuir a distinção “Volante de Prata” aos Clientes sem sinistros nos últimos 5 anos. Contando com o empenho crescente dos Colaboradores das CCAM, e com o elevado rigor na política de subscrição e na gestão da carteira, foi possível atingir em 2007 um maior crescimento dos Prémios Brutos Emitidos, sem aumentar a taxa de sinistralidade.

4.1.2. Área Acidentes e Doença No Produto CA Acidentes de Trabalho foi efectuado um grande esforço na angariação de novos Clientes e na fidelização dos actuais Clientes, tendo-se apostado numa redução das taxas de tarifação em diversos riscos, suportada por estudos actuariais rigorosos da sinistralidade dos últimos exercícios. Com o objectivo de se libertar cada vez mais as CCAM de tarefas administrativas, desenvolveram-se novas funcionalidades que permitem antecipar o processamento, melhorando significativamente o serviço ao Cliente e o nível de informação às CCAM. No que respeita à Área de Acidentes Pessoais, destaca-se o lançamento de um novo produto, o CA Acidentes Pessoais +, oferecendo uma maior protecção ao segmento de Clientes entre os quarenta e os setenta anos, e a inclusão de nova cobertura no produto CA Protecção Jovem, aumentando o nível de prestação de serviços a este segmento de Clientes do Crédito Agrícola. Relativamente ao Seguro CA Saúde, desenvolvido em parceria com a Médis, alargou-se o leque da oferta disponível através do lançamento do CA Saúde Empresas, direccionado ao segmento das pequenas e médias empresas, o que constitui um importante contributo para a fidelização dos Clientes neste segmento de mercado.

Em 2007 houve uma melhoria nos resultados do Produto CA Automóvel

Os prémios médios de Acidentes de Trabalho reduziram-se novamente em 2007

Libertação das CCAM de tarefas administrativas

Novos produtos e coberturas de Acidentes Pessoais

Lançado o CA Saúde Empresas

13

4.1.3. Área Agrícola Na Área Agrícola, continua a ter principal destaque o Seguro de Colheitas, ao abrigo do SIPAC (Sistema Integrado de Protecção contra as Aleatoriedades Climáticas), o qual continua a ter uma natural aceitação pelos Clientes do Crédito Agrícola que desenvolvem actividade económica no sector primário da economia. Reflectindo a vasta experiência recolhida pela CA Seguros neste Produto, a subscrição tem vindo a ser ainda mais especializada todos os anos, com uma adequada selecção e aceitação de riscos. O conhecimento do risco e das técnicas de peritagens aplicadas, reforçou a aposta no Sector Vitivinícola e, daí, terem-se concretizado novos contratos colectivos em zonas onde não era tradição a sua realização. Os trabalhos desenvolvidos no âmbito dos protocolos celebrados com o Instituto Superior de Agronomia e a Agroseguro-Espanha vieram reforçar a aposta nesse mesmo Sector de Actividade da Agricultura Portuguesa. Não obstante não se terem subscrito apólices em regime de co-seguro, o volume de prémios emitidos em 2007 superou o objectivo traçado para a Campanha atingido-se os 6,1 milhões de euros. No que respeita aos Produtos Incêndio Agrícola e Estufas foram realizados ajustamentos técnicos, estando previstas alterações significativas para a Campanha de 2008. Para o efeito, procura-se uma melhor adaptação destes Produtos às necessidades reais dos Agricultores tendo sido realizadas visitas técnicas e reuniões de trabalho com representantes nacionais destes mercados.

4.1.4. Área Patrimoniais e Responsabilidade Civil A subscrição debruçou-se sobre o estudo de novos produtos seleccionando segmentos de mercado e coberturas de maior rendibilidade. Em Responsabilidade Civil, deu-se especial relevo às coberturas de âmbito particular e dirigidas a segmentos jovens, como a Responsabilidade Civil Familiar, sobretudo em conjunto ou associadas ao seguro de Acidentes Pessoais. Os produtos de Responsabilidade Civil continuaram a registar

Aposta no sector vitivinícola

Montante de prémios do Seguro de Colheitas superou o objectivo

Introdução de adaptações nos Produtos Incêndio Agrícola e Estufas

Selecção de segmentos e coberturas de maior rendibilidade

14

elevados crescimentos na CA Seguros, muito superiores aos registados pelo mercado. Também por forma a integrar novas soluções criou-se um novo Seguro de Habitação com novas coberturas e opções sem franquia e reduziu-se a tarifa de algumas coberturas, para aumentar a competitividade do produto num ano de forte aposta do Grupo na angariação de Crédito Habitação. Seguindo a estratégia do Crédito Agrícola de concessão de crédito para a microgeração, preparou-se o Produto CA Energias Renováveis dirigido a equipamentos de captação de energia solar ou ainda a equipamentos de captação de energia eólica.

4.2. Desenvolvimento da Organização Comercial No desenvolvimento da sua estratégia, a CA Seguros assume como central a actividade de Bancasseguros, privilegiando a sua ligação ao Crédito Agrícola no âmbito de um quadro institucional de cooperação e de partilha de resultados, com o objectivo de prestar um serviço de elevada qualidade assegurando elevados níveis de protecção a todos os Clientes na Área dos Seguros Não Vida. A implementação desta estratégia passa por um incentivo a um maior envolvimento de todos os Colaboradores do Crédito Agrícola, cuja eficácia se revela no facto de o número de Balcões e de Colaboradores que comercializam seguros activamente terem novamente aumentado em 2007. No contexto do novo Regime Legal de Mediação de Seguros, a CA Seguros, como Seguradora responsável, registou no ISP, individualmente, 101 CCAM como Mediadores de Seguros Ligados, 199 membros do órgão de administração (Direcção) responsáveis pela actividade de mediação de seguros, e 195 membros do órgão de administração (Direcção) não responsáveis pela actividade de mediação de seguros. A CA Seguros procedeu, igualmente, à preparação de mais de 2.900 formulários de pessoas directamente envolvidas na actividade de mediação de seguros, isto é, Colaboradores das CCAM que à data da entrada em vigor do novo regime já, comprovadamente, preenchiam a qualificação necessária e exigível.

Remodelação do Produto CA Habitação, adaptando-o melhor às necessidades do Crédito Agrícola

Desenvolvimento de novo Produto CA Energias Renováveis

Estratégia assente num modelo de Bancasseguros, em ligação ao Crédito Agrícola

Maior envolvimento das CCAM e dos Colaboradores do Crédito Agrícola

Registo das CCAM como Mediadores de Seguros Ligados

15

Ainda em 2007, a CA Seguros aderiu, em colaboração com o Centro de Formação da Caixa Central, ao processo formativo disponibilizado, por via e-learning, pela Associação Portuguesa de Seguradores para a certificação dos novos Colaboradores das Caixas Agrícolas e com elevado sucesso. Este processo de Formação e Certificação contribuirá para um reforço das competências dos Colaboradores do Crédito Agrícola e para garantia da qualidade da informação prestada aos Clientes. Aposta-se em continuar a dar o apoio ao desenvolvimento da rede comercial através de formação e maior especialização, aumentando a capacidade comercial para novas etapas que se apresentem no futuro. No capítulo da organização comercial interna, o ano de 2007 visou consolidar o alargamento da rede comercial de apoio aos Balcões do Crédito Agrícola, permitindo desta forma um acompanhamento efectivo e regular a todo o Canal de Distribuição. O modelo de estabelecimento de objectivos às CCAM continuou apoiado em 3 vertentes: prémios comerciais emitidos, número de apólices de produção nova e prémios comerciais da produção nova, por família de Produto e ao nível de Balcão constituindo uma luz orientadora da acção comercial ao longo de todo o ano. Em termos de subscrição, há a destacar a implementação de medidas visando o controlo da sinistralidade e a maior consciência da rede para a Criação de Valor para o Grupo CA. Para reforço da actividade comercial foi concretizada a evolução do modelo de dinamização comercial, com a realização de diversas campanhas promocionais locais. Com o objectivo de libertar cada vez mais os Colaboradores das CCAM de tarefas administrativas, permitindo a sua maior dedicação à função comercial e ao serviço ao Cliente, preparou-se a opção de centralização, na sede da CA Seguros, da impressão e envio aos Clientes de toda a documentação relativa aos Contratos de Seguros. O ano de 2007 ficou ainda marcado pela implementação de um novo modelo de determinação das remunerações de mediação de seguros às CCAM, e com maior actualização. Com este novo modelo, introduziram-se claros incentivos para um maior enfoque nos Clientes e em Produtos mais rentáveis. O modelo inclui ainda um forte incentivo ao aumento da taxa de penetração no universo dos Clientes do Crédito Agrícola e do número médio de apólices por Cliente (Capitação).

Aposta no desenvolvimento da rede comercial através de maior formação e profissionalização

Reorganização da Área Comercial e das Regiões de Coordenação

Modelo de estabelecimento de objectivos

Maior consciência da importância de uma boa subscrição

Centralização na sede da impressão e envio de toda a documentação

Novo modelo de remuneração às CCAM...

... incentiva um enfoque nos Clientes e Produtos mais rentáveis

16

A implementação deste novo modelo garantiu o crescimento da taxa média de remuneração para o conjunto das CCAM e representou um crescimento de 17,7% em relação ao ano anterior tendo as remunerações de mediação pagas às CCAM registado um crescimento acumulado de 51,7%, nos últimos três anos. REMUNERAÇÕES DE MEDIAÇÃO PAGAS ÀS CCAM

Nota: índice de crescimento desde 2004

Reflectindo o forte crescimento do número de Clientes nos últimos anos, e o atingir de uma fase de maior maturidade, torna-se cada vez mais importante a medição e acompanhamento do fenómeno de erosão da carteira, resultante de anulações ou de não renovações dos Contratos de Seguro. Neste contexto, foram desenvolvidas novas métricas e indicadores para disponibilização às CCAM e iniciado um processo de informação e sensibilização dos Colaboradores para a necessidade de se orientarem cada vez mais os esforços para a fidelização e retenção dos actuais Clientes, complementarmente às actividades de angariação de novos Clientes e da venda de novos Contratos de Seguro. Esta mensagem que tem vindo a ser reconhecida por todos, será um dos vectores fundamentais de desenvolvimento da organização comercial nos anos de 2008 e seguintes.

As remunerações de mediação pagas às CCAM aumentaram 17,7% em 2007

Acompanhamento da evolução da carteira e da taxa de erosão ...

... vector essencial para a promoção da fidelização e retenção de Clientes

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2004 2005 2006 2007

2004

: Bas

e 10

0

17

4.3. Actividades de Marketing O ano de 2007 foi, sem dúvida, marcado ao nível do marketing pelo desenvolvimento e lançamento do Cartão CA Seguros. Com design inovador e distinto, o Cartão CA Seguros é, antes de mais, um Cartão Cliente, co-branded com a Caixa Central, multifuncional e válido em toda a rede Visa, com isenção de anuidade, flexibilidade de pagamentos e com a oferta de um seguro de uso fraudulento. A apresentação deste cartão permite aceder directamente a descontos em diversos produtos e serviços, resultando essas vantagens das parcerias estabelecidas com inúmeras entidades representando um valor acrescentado para todos os Clientes utilizadores do Cartão CA Seguros e contribuindo para a respectiva fidelização num conceito de assurfinance. Suportando a estratégia e potenciando a política comercial definida, renovou-se o Sistema de Incentivos, estruturado e orientado para os Colaboradores das CCAM. A adesão continuou a exceder as expectativas tendo sido um forte impulsionador das vendas. Para além disso, constituiu um excelente meio de ligação entre a CA Seguros e os Colaboradores das CCAM, através da comunicação permanente e personalizada por via electrónica. Do total de cerca de 3.500 Colaboradores do Crédito Agrícola, 2.248 efectuaram vendas em 2007 o que representa um crescimento de 4,1% em relação a 2006. A II Convenção Anual da CA Seguros contou com a presença dos Colaboradores das CCAM que atingiram os objectivos necessários para essa qualificação. As viagens no âmbito do sistema de incentivos distinguiram igualmente os Colaboradores das CCAM com melhor performance na venda de seguros. Unanimemente, os Colaboradores das CCAM participantes têm elogiado estas iniciativas e referem-nas como um dos factores mais motivantes para a contínua melhoria da sua performance comercial. Continuou a aposta nas acções de marketing local dando-se um apoio concreto à dinamização da actividade nas CCAM envolvidas. Na sua quase totalidade, os resultados alcançados deixaram rasto de entusiasmo nas CCAM envolvidas abrindo óptimas perspectivas para a realização de novas acções. Participou-se, também, ao nível das campanhas integradas com a participação do Departamento de Marketing da Caixa Central,

Lançamento do Cartão CA Seguros

Sistema de Incentivos estruturado e orientado para os Colaboradores do CA

Mais Colaboradores activos na venda de seguro em 2007

Convenção Anual e Viagens de Incentivos consideradas fortemente motivadoras

Apoio em Acções de Marketing Local

Presença nas Campanhas da Caixa Central

18

procurando-se capitalizar sinergias ao nível do cross-selling de Produtos Bancários e de Seguros. A Comunicação teve presença regular nos meios de informação do Grupo, incluindo: CA Notícias, CA Revista, Espaço Rural, Flash, Terra e Mar e Boletim da Caixa Agrícola do Guadiana Interior. Para uma maior visibilidade da marca e facilidade de acesso à informação, foi criada uma página na Internet e uma newsletter para os Colaboradores do Grupo CA. Contribuiu-se com uma participação activa no estabelecimento do Plano de Marketing do Grupo Crédito Agrícola para implementação durante o ano de 2008. Deu-se corpo ao lançamento de novos produtos, nomeadamente, CA Acidentes Pessoais + e CA Saúde Empresas em extensão ao CA Saúde Particulares que tem tido uma excelente aceitação. Organizou-se o 1º “Encontro de Colaboradores CA Seguros” com participação entusiástica dos Colaboradores, contribuindo para aumentar a coesão e o espírito de Equipa entre todos os participantes.

4.4. Evolução de Prémios e da Carteira de Seguros Os Prémios Brutos Emitidos ascenderam a 68,5 milhões de euros, um crescimento de 4,7% face ao ano anterior, com a continuada redução do peso do Seguro de Colheitas, cujos prémios se reduziram 9,8% em 2007. Excluindo o Seguro de Colheitas, que representa agora apenas 9,0% na carteira de seguros, os prémios dos restantes Produtos aumentaram 6,4%, enquanto o conjunto do mercado Não Vida cresceu apenas 0,4%.

Presença regular nos meios de informação do Grupo CA

Participação nos projectos do Grupo

Lançamento de novos Produtos

1º Encontro de Colaboradores CA Seguros

Os PBE atingiram 68,5 milhões de euros em 2007, um aumento de 4,7%

19

PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS

Produtos/Ramos 2006 2007 Var %

Valor % Valor % Acidentes Trabalho 14.131 21,6% 13.965 20,4% -1,2% Acidentes Pessoais 3.237 4,9% 3.693 5,4% 14,1% Saúde 141 0,2% 1.444 2,1% 924,1% Automóvel 27.822 42,5% 28.847 42,1% 3,7% Agrícola-Colheitas 6.813 10,4% 6.144 9,0% -9,8% Patrimoniais 11.560 17,7% 12.317 18,0% 6,5% Responsab. Civil 1.387 2,1% 1.718 2,5% 23,9% Diversos 351 0,5% 388 0,6% 10,5%

Total 65.442 100,0% 68.516 100,0% 4,7% Unidade: milhares de euros

No ano de 2007, o número de Apólices novas aumentou 10,5% comparativamente ao ano de 2006. Os Prémios anuais de Apólices Novas cresceram 8,2% relativamente ao ano anterior, com especial destaque para o Produto CA Saúde, que cresceu 253,3%, atingindo o valor de 1.761 mil euros em 2007. NÚMERO DE CLIENTES E DE APÓLICES EM 31 DEZEMBRO

A boa performance ao nível da Produção Nova teve um impacto positivo sobre a dimensão da carteira de seguros, que atingiu 281 mil apólices em vigor a 31 de Dezembro de 2007, um aumento de 12,5% em relação ao final de 2006. Da mesma forma, o número de Clientes com apólices em vigor aumentou 9,4%, de 145 mil para 159 mil, tendo-se verificado um aumento do número médio de apólices por Cliente, de 1,72 em 2006, para 1,77 em 2007.

O número de Apólices novas aumentou 10,5% em 2007

O número de Apólices em vigor no final do ano cresceu 12,5% e o número de Clientes aumentou 9,4%

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

2005 2006 2007

Nº ClientesNº Apólices

20

No Produto CA Automóvel, o número de apólices em vigor cresceu 13,2% desde o final do ano anterior, tendo o valor global dos prémios da carteira em vigor evidenciado um crescimento de apenas 8,3%, traduzindo o efeito da implementação de reduções tarifárias. A orientação da actividade comercial para os Produtos de venda mais simplificada, com o objectivo de incentivar a participação da generalidade dos Colaboradores das CCAM, traduz-se num peso cada vez mais crescente dos Produtos CA Acidentes Pessoais e CA Responsabilidade Civil. RANKING CCAM – PRÉMIOS EMITIDOS

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

Alcácer do Sal e ...

Açores

Sotavento Algarvio

Região de Bragança

Alcobaça

Guadiana Interior

Póvoa do Varzim...

Loures, Sintra e Litoral

Algarve

Costa Azul

mil euros

2007

2006

Nota: excepto Seguro de Colheitas No ranking de prémios comerciais emitidos, as CCAM da Costa Azul e do Algarve mantêm posição de destaque em 2007. Em 2007, as CCAM que registaram maior crescimento no volume de prémios emitidos, em termos absolutos, foram as de Salvaterra de Magos (+292 mil euros), Pombal (+263 mil euros), Baixo Mondego (+188 mil euros), Algarve (+166 mil euros) e Sotavento Algarvio (+154 mil euros). As dez CCAM com maior produção, apresentadas no gráfico, representaram 30,7% da produção total (30,3% em 2006), e as trinta CCAM com maiores montantes de prémios representaram 63,0% do total (62,3% em 2006), reflectindo o impacto de alguns processos de fusão. Ao mesmo tempo, o número de Colaboradores com produção aumentou de 2.160, em 2006, para 2.248 em 2007. O número de Colaboradores que produziram 25 ou mais apólices aumentou 6,5% face a 2006.

O número de apólices do Produto CA Automóvel aumentaram 13,2% em 2007

O número de apólices de venda simples cresceu fortemente em 2007

Ranking das maiores CCAM

Diversas CCAM com fortes crescimentos em 2007

O número de Colaboradores com produção aumentou em 2007

21

4.5. Cobrança de Prémios A CA Seguros aposta numa estratégia comercial de Bancasseguros, em integração com as CCAM, que constituem o único Canal de Distribuição. Dado que a maioria dos Segurados são simultaneamente Clientes das CCAM, cerca de 92% das cobranças de prémios são efectuadas por débito em conta automático em contas bancárias sediadas no Crédito Agrícola. As alterações introduzidas no sistema de cobrança de prémios em 2006, decorrentes do novo regime de pagamento dos prémios, obrigaram a uma antecipação das cobranças dos prémios, os quais têm de, pela lei, ser pagos até à data de início do período de cobertura de risco a que respeitam. Com o objectivo de melhoria contínua do sistema de cobranças, está em curso a revisão do processo para se reduzir o período de antecipação das cobranças e assegurar uma maior agilização e controlo, mas sem reduzir o seu elevado grau de eficácia. Prevê-se que estas alterações possam ser implementadas durante o primeiro semestre de 2008. As CCAM continuaram a desempenhar um papel essencial no acompanhamento das cobranças, dando um contributo fundamental para a manutenção das resoluções de contratos de seguro, por falta de pagamento do prémio, a um nível reduzido. INDICADORES DE COBRANÇAS

Rubrica 2005 2006 2007

Prémios Brutos Emitidos 61.856 65.442 68.516 Prémios em Cobrança (líquidos) 5.495 111 -1.315 Prémios por Cobrar 5.495 4.094 2.508 Cobranças Antecipadas 0 -3.983 -3.823 Ajustamento Recibos por Cobrar 378 1.100 433

Prémios por Cobrar / PBE 8,9% 6,3% 3,7%

Ajust. Rec. Cob. / Prémios Cobrar 6,9% 26,9% 17,3% Unidade: milhares de euros

A CA Seguros continua a oferecer aos seus Clientes a possibilidade de efectuarem o pagamento dos seus prémios de forma fraccionada, mensal, trimestral ou semestralmente, sem qualquer agravamento. Esta política está em vigor desde o início da actividade, em 1996, tendo a CA Seguros sido pioneira na introdução deste benefício.

92% das cobranças são efectuadas por débito em contas bancárias no Crédito Agrícola

Prevê-se a revisão do processo de cobranças em 2008

As resoluções de contratos por falta de pagamento mantiveram-se a um nível reduzido

Oferece-se o fraccionamento mensal, trimestral ou semestral do prémio, sem qualquer agravamento

22

Em 2007, a rubrica “Ajustamento para recibos por cobrar” reduziu-se de forma significativa reflectindo, por um lado, o elevado esforço de recuperação de prémios com maior antiguidade concretizada até ao final do ano e, por outro lado, a anulação integral dos prémios remanescentes de apólices anuladas em exercícios anteriores através do “Ajustamento para créditos de cobrança duvidosa”.

4.6. Sinistralidade e Gestão de Sinistros

4.6.1. Sinistros Automóvel O ano marcou uma evolução positiva da taxa de sinistralidade no Ramo Automóvel, apesar do crescimento da carteira em número de apólices e da redução do prémio médio. Apesar do número de sinistros registados em 2007 ter aumentado relativamente aos dois últimos anos (acompanhando o crescimento da carteira), esse facto não prejudicou o investimento que tem vindo a ser realizado relativamente aos níveis de serviço que já vigoravam, nomeadamente, relativamente à velocidade de encerramento, pela diminuição do tempo médio de regularização dos processos. Este indicador de qualidade tem sido um importante factor na melhoria constante da prestação de serviço que é disponibilizada não só ao Cliente da CA Seguros como também a Terceiros Sinistrados e a todos os Prestadores e Fornecedores. SEGURO AUTOMÓVEL – PROCESSOS DE SINISTRO

Concretizou-se um elevado esforço de recuperação de prémios

A sinistralidade do Ramo Automóvel evoluiu de forma favorável em 2007 ...

... e a velocidade de regularização e encerramento dos processos de sinistro aumentou

O número de processos encerrados voltou a exceder o número de processos abertos, pelo quarto ano consecutivo

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

2002 2003 2004 2005 2006 2007

Processos AbertosProcessos Encerrados

23

Em 2007 manteve-se a política de análise, cálculo e rigorosa orçamentação e provisionamento de todos os sinistros o que permitiu a estabilização e consolidação deste indicador assegurando com elevado grau de fiabilidade e segurança o adequado provisionamento dos sinistros em curso. No final do ano, as Provisões para Sinistros no Seguro Automóvel ascendiam a 47,5 milhões de euros, o que representou um crescimento de 3,6% em relação às provisões constituídas no ano anterior, 45,9 milhões de euros. Este aumento de provisionamento é ainda mais significativo pelo facto de os sinistros pendentes de encerramento se terem reduzido 10,6%.

4.6.2. Sinistros Pessoais No Ramo Acidentes de Trabalho, destaca-se o aumento do número de sinistros ocorridos, a gravidade dos mesmos e o valor dos salários participados. No entanto, e apesar dos factores enumerados, o custo médio dos sinistros baixou comparativamente ao ano de 2006. Reflectindo o trabalho dos Gestores de Sinistros, do Serviço de Encaminhamento, Transporte e Acompanhamento de Sinistrados (SETAS) e do Médico Supervisor, e dando continuidade ao esforço de 2006, no sentido de uma eficaz recuperação dos sinistrados, reduziu-se em mais um dia a duração média dos dias de incapacidade temporária e aumentou o número de processos sem incapacidade. Contudo, o custo médio das incapacidades temporárias sofreu um aumento de cerca de 5% devido ao aumento do salário médio dos sinistrados, o qual cresceu 6% em 2007. Em termos de encerramento de processos, verificou-se uma melhoria significativa comparativamente ao ano de 2006, tendo-se reduzido o rácio de processos pendentes de encerramento de 36% em 2006, para 27% em 2007. De salientar que 60% dos sinistros mortais em Acidentes de Trabalho ocorreram em acidentes de viação, tendo sido accionada a cobertura in itinere, a qual constitui, cada vez mais, uma preocupação para o Mercado Segurador.

As provisões para sinistros Automóvel foram reforçadas em 2007, mesmo tendo reduzido o número de sinistros pendentes

Redução do custo médio dos sinistros de Acidentes de Trabalho ...

... e redução da velocidade de encerramento dos processos

24

A taxa de sinistralidade em Acidentes de Trabalho aumentou em 2007, mas este agravamento incorpora o impacto de um reforço expressivo das Provisões para Sinistros, incluindo, para além das Provisões para Sinistros Não Declarados e para Custos de Gestão de Sinistros:

- a não consideração de remaridação para os beneficiários viúvos(as) e o diferencial referente aos capitais de remição das pensões obrigatoriamente remíveis, de que resultou um reforço de 638 mil euros das Provisões para Sinistros e, ainda, pela constituição de IBNR de Pensões de 435 mil euros;

- a constituição de provisões para assistência vitalícia, que ascendeu

ao montante de 915 mil euros; - a constituição de provisões para cobertura dos pagamentos ao Fundo

de Acidentes de Trabalho, no montante de 806 mil euros. Relativamente aos Seguros de Acidentes Pessoais mantiveram-se em 2007 taxas de sinistralidade controladas. A CA Seguros tem apostado fortemente no desenvolvimento do SETAS para a prestação de um serviço de qualidade no atendimento e acompanhamento de Sinistrados. Este Serviço é transversal à Companhia, prestando assistência aos Ramos de Acidentes de Trabalho, Acidentes Pessoais e Automóvel. Em constante melhoria, procedeu-se ao desenvolvimento de um programa informático que permite efectuar o encaminhamento dos Sinistrados, com o objectivo de prestar os melhores cuidados médicos disponíveis. Neste sentido, foram realizados novos acordos de prestação de serviços médicos em zonas e regiões não cobertas, anteriormente, pela Rede Clínica da CA Seguros.

4.6.3. Sinistros Patrimoniais e Agrícolas No Seguro de Colheitas, o aumento da taxa de sinistralidade em 2007 deveu-se, principalmente, a um ano de extrema instabilidade climática, em que a principal causa de sinistros verificados foi o granizo, que provocou prejuízos consideráveis. Outro factor que contribuiu para o aumento da taxa de sinistralidade foi a contínua redução das tarifas praticadas neste Ramo.

As provisões para sinistros de Acidentes de Trabalho foram novamente reforçadas em 2007

Aposta forte no serviço de atendimento e acompanhamento de sinistrados ...

... e desenvolvimento da Rede Clínica

Factores climáticos provocam aumento de sinistralidade no Seguro de Colheitas ...

25

Nos Seguros de Comércio, o nível de sinistralidade voltou a reduzir-se em 2007, fruto de um ano mais favorável relativamente às coberturas de chuva e ventos fortes, e de um controlo eficaz quer na subscrição de novos negócios, quer na análise do risco em carteira. O ano pautou-se por uma forte informatização na gestão dos sinistros dos produtos Habitação, Comércio e Serviços e Responsabilidade Civil Geral. Esta informatização permitiu atingir melhores níveis de produtividade incluindo uma maior velocidade de encerramento dos processos de sinistro.

4.7. Gestão do Risco Específico de Seguros No âmbito da gestão do risco específico de seguros, a Companhia tem apostado no desenvolvimento de competências do Gabinete Técnico, constituído por quatro elementos, incluindo a Actuária Responsável. O Gabinete Técnico tem vindo a desenvolver as suas competências na avaliação dos riscos específicos de seguros, incluindo estudos de adequação de tarifas, de suficiência de provisões técnicas e outras, com recurso às melhores práticas actuariais e à implementação de modelos estocásticos no estudo do provisionamento de sinistros. A CA Seguros participou com sucesso no QIS 3 (Quantitative Impact Study 3), no âmbito do processo de consulta e de preparação para a implementação do futuro modelo de avaliação da adequação de solvência a nível europeu, conhecido por “Solvência II” e que contém muitas similaridades com o “Basileia II”, este aplicado ao Sector Bancário. A CA Seguros valoriza a forte parceria com as Resseguradoras com quem trabalha desde a sua fundação: Munich Re, Swiss Re, Mapfre Re, Partner Re, Secura Re e R+V Ruck, as quais mantiveram um rating mínimo de A (Standard & Poors), e com a corretora de resseguros PWS, sediada em Amesterdão.

... mas não afectam os outros Produtos Patrimoniais

Forte informatização da gestão de sinistros Patrimoniais

Desenvolvimento de competências do Gabinete Técnico ...

... na avaliação dos riscos específicos de seguros

Participação no QIS 3, no âmbito do Projecto Europeu “Solvência II”

A CA Seguros mantém parcerias com resseguradoras com rating igual ou superior a A (Standard & Poors)

26

SALDO DE RESSEGURO (EXCLUINDO COLHEITAS)

Rubrica 2005 2006 2007

Prémios Cedidos 7.276 7.516 9.329 Comissões -1.541 -1.026 -1.676 Variação PPNA, resseguro 9 211 -126 Custo com Sinistros, resseguro -1.015 -4.412 -282

Saldo Resseguro 4.729 2.289 7.245

Saldo Resseguro / PBE 8,9% 3,9% 11,6% Unidade: milhares de euros

Nota: não se inclui o resseguro de Colheitas, por este ter características muitos específicas.

A interpretação do Saldo de Resseguro em 2007 é influenciada pelos valores relativos ao Produto CA Saúde. Excluindo os efeitos deste Produto, os prémios de resseguro em 2007 foram de 7.891 mil euros (um aumento de 5,0%) e o saldo de resseguro de 6.550 mil euros, o que representa 10,7% dos Prémios Brutos Emitidos. Em relação aos resultados de Resseguro em 2007 há ainda a destacar a redução do custo de um sinistro de incêndio, compensando o anormalmente baixo saldo verificado em 2006 devido ao referido sinistro. Retirando-se também o efeito deste sinistro, o saldo de resseguro em 2006 seria de 4.619 mil euros (7,9% dos Prémios Brutos Emitidos) e em 2007 seria de 5.070 mil euros (8,3% dos Prémios Brutos Emitidos). A CA Seguros considera a Política de Resseguro como um instrumento fundamental da mitigação de riscos e de estabilização dos Capitais Próprios e dos Resultados da Companhia, contribuindo desta forma para a protecção dos interesses dos Segurados, Accionistas e do Crédito Agrícola.

Para o ano de 2007, foram contratadas as protecções de resseguro técnica e financeiramente adequadas aos riscos assumidos a ao capital disponível na CA Seguros.

4.8. Margem Técnica A Margem Técnica, calculada antes dos Custos por Natureza a Imputar e antes dos Rendimentos dos Investimentos Financeiros, registou um crescimento de 8,2%, reflectindo a melhoria global na Margem Após Sinistros.

Em 2007 o saldo de resseguro cresceu devido a redução de custo com sinistro de 2006

O resseguro mitiga os riscos e estabiliza os resultados

Protecção de resseguro adequada aos riscos assumidos

A Margem Técnica cresceu 8,2% em 2007

27

A Margem Técnica aumentou, representando 27,7% dos Prémios Adquiridos, enquanto em 2006 representava 25,6%. MARGEM TÉCNICA (INCLUINDO COLHEITAS)

Rubricas 2006 2007 Var %

Valor % Valor % Prémios adquiridos 64.673 100,0% 67.763 100,0% 4,8% Custos com sinistros -38.464 -59,5% -33.619 -49,6% -12,6% Margem após sinistros 26.209 40,5% 34.144 50,4% 30,3%

Saldo de resseguro -3.101 -4,8% -6.984 -10,3% 125,2% Outros custos e prov. téc. -195 -0,3% -1.994 -2,9% 922,6% Custos comerciais -5.547 -8,6% -6.373 -9,4% 14,9% Margem Técnica 17.366 26,9% 18.793 27,7% 8,2% Unidade: milhares de euros Nota: A Margem técnica não inclui a imputação dos Custos por natureza a imputar, nem os rendimentos dos investimentos financeiros.

Em 2007, a taxa de sinistralidade global reduziu-se de 59,5% para 49,6%, mas esta evolução ficou a dever-se parcialmente à redução do custo de um sinistro grave ocorrido em 2006, relativamente à provisão constituída. Sem o efeito desse sinistro, a taxa de sinistralidade teria sido de 55,9% em 2006 e de 51,0% em 2007. O aumento dos custos comerciais em 2007 reflecte o aumento, em 17,7%, das remunerações de mediação de seguros.

4.9. Investimentos e Riscos Financeiros Os Investimentos Financeiros cresceram 15,3%, traduzindo o efeito do aumento da actividade, da carteira de seguros e das provisões técnicas. A CA Seguros manteve a parceria com a CA Gest para gestão dos seus Investimentos Financeiros, a qual tem vindo a ser executada de acordo com os princípios claramente definidos pela CA Seguros, evitando a especulação de curto prazo e privilegiando uma estratégia de buy-and-hold tendencialmente conservadora, que assegura uma exposição mitigada ao Risco de Mercado, na sua componente de flutuação de valores dos activos financeiros.

A taxa de sinistralidade global decresceu significativamente

As remunerações de mediação de seguros aumentaram 17,7%

Investimentos Financeiros crescem 15,3%

Estratégia de Investimentos Financeiros conservadora, privilegiando o médio e longo prazo

28

INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Títulos 2006 2007 Var %

Valor % Valor % Participações Sociais 2.780 3,2% 3.133 3,1% 12,7% UP Fundos Acções 19.754 22,6% 19.914 19,7% 0,8% UP Fundos Obrigações 7.596 8,7% 7.728 7,7% 1,7% UP Fundos Imobiliários 0 0,0% 5.113 5,1% n.a. Obrigações Tesouro 48.480 55,4% 41.258 40,9% -14,9% Depósitos bancários 8.936 10,2% 23.766 23,6% 166,0%

Total 87.546 100,0% 100.912 100,0% 15,3% Unidade: milhares de euros

Neste contexto, as Obrigações do Tesouro continuam a ter um peso preponderante na carteira de investimentos, representando 41% do total. A exposição ao mercado accionista e a diversificação do Risco de Mercado é assegurada indirectamente através da detenção de unidades de participação nos fundos de investimento geridos pela CA Gest. Em 2007, o valor de mercado das Obrigações do Tesouro foi negativamente afectado pela subida das taxas de juro, tendo-se registado menos-valias não realizadas de 290 mil euros. Tendo em conta que a política da Companhia é deter estes títulos até à sua maturidade, estas menos-valias potenciais serão revertidas nos exercícios futuros. Os resultados financeiros, excluindo as menos-valias não realizadas que afectam directamente os capitais próprios mas não têm impacto sobre o resultado do exercício, ascenderam a 2.931 mil euros, enquanto que em 2006 haviam sido de 3.064 mil euros. RESULTADOS DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Diversificação de risco através dos fundos de investimento geridos pela CA Gest

A subida das taxas de juros afectou negativamente o valor de mercado das OT, mas essas menos-valias potenciais serão revertidas em anos futuros

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

2005 2006 2007

mil

euro

s

Mais-valias líquidasRendimentos

29

Os Resultados dos Investimentos Financeiros reduziram-se 4,3% em 2007, reflectindo a evolução negativa dos mercados accionistas, a qual provocou uma performance claramente desfavorável das unidades de participação dos Fundos geridos pela CA Gest, comparativamente a 2006. De referir o forte crescimento dos juros e outros rendimentos fixos, os quais permitiram manter praticamente o Resultado dos Investimentos Financeiros ao nível de 2006. Refira-se ainda que a CA Seguros não tem exposição directa ao Risco de Crédito nos seus investimentos financeiros, já que todos os títulos de dívida na sua carteira são emitidas por entidades públicas, destacando-se as Obrigações do Tesouro, emitidas pelo Estado Português. Finalmente, a Companhia não tem praticamente exposição ao Risco de Liquidez porque, por um lado, controla totalmente o ritmo de saída de cash-flows, onde se destaca o pagamento de indemnizações e despesas de sinistros e, por outro lado, praticamente a totalidade da carteira de investimentos é facilmente convertível em dinheiro, por ser constituída na sua quase totalidade por depósitos a prazo, Obrigações do Tesouro ou unidades de participação em fundos de investimento mobiliários.

4.10. Gestão Integrada do Risco e Controlo Interno A CA Seguros prosseguiu a implementação, em parceria com a Ernst & Young, do Projecto RADAR (Referenciar, Avaliar, Divulgar e Administrar Riscos), para a criação de um sistema de Gestão Integrada do Risco na Companhia, contando com o patrocínio do Conselho de Administração Executivo e com a participação dos Directores de topo e outros Quadros-chave da Companhia. O projecto de Gestão Integrada do Risco integra as seguintes linhas de desenvolvimento:

- concepção e implementação da Unidade de Gestão de Risco e da estrutura de Comités de Gestão do Risco;

- desenvolvimento de uma cultura interna de gestão de riscos e

promoção de um ambiente de controlo;

Os Resultados dos Investimentos Financeiros reduziram-se 4,3%, reflectindo a evolução negativa dos mercados accionistas

Muito reduzida exposição ao Risco de Crédito ...

... e ao Risco de Liquidez

Foi prosseguido o projecto de implementação de um Sistema de Gestão Integrada do Risco ...

... promovendo a cultura de risco e o ambiente de controlo...

30

- implementação de um sistema de gestão dos riscos operacionais, incluindo o levantamento e documentação dos processos de negócio, a identificação e avaliação dos riscos de forma integrada com os processos, e a identificação e implementação de controlos, iniciativas de mitigação de riscos e testes aos controlos;

- desenvolvimento de modelos internos de medição e avaliação do

risco específico de seguros, risco de mercado e risco de crédito, e implementação de modelos de capital económico;

- adaptação da Companhia às normas emitidas pela entidade de

supervisão, nomeadamente à Norma 14/2005-R de 29 de Novembro, e acompanhamento dos desenvolvimentos no sector relacionados com o projecto Solvência II.

Procedeu-se à selecção e instalação da solução informática para a gestão dos riscos operacionais (ARIS), e ao levantamento exaustivo e desenho dos processos operacionais da Companhia, com a identificação dos riscos associados e dos controlos existentes, tendo sido identificados mais de dois mil riscos. Este projecto contou com a colaboração muito activa da Auditoria Interna, a qual já iniciou a utilização desta aplicação informática, nomeadamente, do módulo ARIS Audit Manager, na programação e realização de testes à eficiência dos controlos identificados. Realizou-se ainda, no âmbito do Projecto de Gestão Integrada do Risco:

- um entity level assessment (identificação de controlos de alto nível),

através da realização de entrevistas estruturadas aos Directores de topo, resultando num conjunto de recomendações de acções de melhoria, a implementar no médio prazo;

- um roadmap para a transformação dos processos de Gestão de

Sistemas de Informação, com base numa análise SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats) e elaboração do plano de acções a desenvolver.

Ainda no âmbito da Gestão do Risco Operacional realizaram-se, em conjunto com a CA Serviços, diversos simulacros de desastre para testar o Plano de Continuidade de Negócios do Grupo CA, o qual já abrange o sistema operacional de seguros Cogen, com uma instalação paralela no Centro de Ermesinde. Todos os simulacros realizados tiveram um êxito total, tendo a passagem para a instalação paralela sido concretizada praticamente de forma instantânea, sem qualquer perda de informação.

... a gestão dos riscos operacionais...

... a implementação de modelos avançados de medição e gestão do risco...

... assegurando o cumprimento de normas legais

Levantamento exaustivo e desenho de processos, riscos e controlos

Estudos específicos dos controlos da alto nível e dos processos de gestão dos sistemas de informação

Foram realizados simulacros de desastre, com sucesso total, no âmbito do Plano de Continuidade de Negócio do Grupo CA ...

31

No início de 2008, realizaram-se diversas reuniões com a CA Serviços em preparação da segunda fase do Plano de Continuidade de Negócio, que será estendido aos restantes sistemas operacionais da CA Seguros.

4.11. Organização e Áreas de Apoio Efectuaram-se alguns ajustamentos na estrutura organizacional, implementou-se o novo modelo de Gestão Integrada e Desenvolvimentos dos Recursos Humanos, manteve-se um bom ritmo no desenvolvimento de aplicações informáticas de suporte do negócio, incluindo a Gestão Documental, lançou-se o Projecto Alexandria, relacionado com a reestruturação do sistema informacional da Companhia.

4.11.1. Estrutura Organizacional A estrutura organizacional da Companhia, baseada numa lógica de Produtos, mereceu ajustamentos micro- estruturais que tiveram como objectivo uma melhor adequação ao crescimento do negócio. Nesse contexto, a estrutura clarifica a responsabilidade e permite uma maior especialização em alguns Produtos que começaram a ter um papel de destaque na Carteira, como o CA Responsabilidade Civil e o CA Saúde. Seguindo o exemplo do trabalho previamente efectuado no âmbito do Produto CA Automóvel, foram desenvolvidos processos de controlo de qualidade em outros Produtos, cuja dimensão já justifica uma atenção particular nesta vertente. Simultaneamente, o desenvolvimento de plataformas informáticas comuns, na administração de Apólices e na gestão de Sinistros potenciou a estandardização de processos entre as diversas Áreas de Responsabilidade, ajudando à disseminação das melhores práticas dentro da Companhia. No decorrer do projecto de implementação de um Sistema de Gestão Integrada do Risco foi reconhecida a importância de desenvolver competências na CA Seguros, para fazer face ao crescimento e correspondente necessidades de maior controlo e de integração das soluções funcionais. Nesse contexto, foram desenvolvidos as unidades

... que continuará a ser desenvolvido em 2008

Implementação de diversos projectos estruturantes em 2007

Pequenos ajustamentos na estrutura organizacional ...

... visando a clarificação de responsabilidades e maior especialização

Implementação de processos de controlo de qualidade em diversos Produtos

Desenvolvimento das unidades de Organização, Gestão do Risco e Auditoria Interna

32

Auditoria Interna e criadas as unidades de Gestão do Risco e de Organização. No âmbito do mesmo projecto, o trabalho de levantamento e desenho de processos e identificação de riscos fez ressaltar a necessidade da Companhia preparar o caminho para uma estrutura organizada em função dos principais processos operacionais, tendo já sido iniciado o processo de reflexão interna que irá suportar este projecto de transformação, a decorrer nos próximos anos.

4.11.2. Recursos Humanos e Formação O quadro da CA Seguros aumentou de 112 Colaboradores para 125, passando a integrar alguns Colaboradores que se encontravam em prestação de serviço através de empresa externa. Este reforço centra-se em funções técnicas e operacionais, relacionadas com o crescimento do negócio. No entanto, os “Custos com o pessoal” cresceram apenas 5,3%. Continua a evidenciar-se um equilíbrio entre as participações masculina e feminina, com uma estrutura etária que continua a ser bastante jovem (87% dos Colaboradores têm menos de 40 anos) e com elevadas habilitações, traduzida no facto de 62% dos Colaboradores terem, pelo menos, o grau de licenciatura. A Companhia promove activamente o desenvolvimento interno dos Colaboradores, criando condições para a rotatividade interna e procurando, sempre que possível, preencher as novas funções através da promoção de Colaboradores. O novo modelo de Gestão Integrada e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, baseado em Competências iniciou-se no vector da Avaliação. Todos os Colaboradores foram submetidos a um processo de avaliação de desempenho, tendo em consideração o grau de cumprimento dos objectivos. O processo de avaliação suporta a identificação das necessidades de Formação e de desenvolvimento dos Colaboradores. Os passos seguintes da implementação desta nova abordagem, serão os da Remuneração, Formação, Treino e Desenvolvimento das Pessoas, conectando de forma mais eficaz o desenvolvimento de Recursos Humanos com a estratégia da Companhia.

A caminho de uma estrutura organizada por processos

Número de Colaboradores cresceu, em funções operacionais

Colaboradores jovens e com elevadas habilitações

Aposta na rotatividade e promoção interna dos Colaboradores

Novo modelo de Gestão Integrada e Desenvolvimentos dos Recursos Humanos

33

A Área de Formação teve vários tipos de intervenção incluindo acções ao nível dos Balcões das CCAM na abordagem técnico-comercial, acções de Formação técnico-operativas de seguros, programas de integração de novos Colaboradores das CCAM com formação em Bancasseguros (FORBASIC), programas de reciclagem de Colaboradores das CCAM com Formação em Bancasseguros (SABERES+) e acções de integração / Formação de novos Colaboradores ou com rotação de funções. A CA Seguros proporcionou 2.729 horas de Formação aos Colaboradores da Companhia e 1.075 horas aos Colaboradores das CCAM.

4.11.3. Desenvolvimentos Informáticos Nos desenvolvimentos na Área de Sistemas de Informação, em 2007, tiveram peso significativo os relacionados com as infra-estruturas. Assim, aproveitando a necessidade de rejuvenescer grande parte dos equipamentos, foram reformuladas as infra-estruturas de suporte a ambientes de produção e de testes. Esta reformulação teve, também, em linha de conta, a necessidade de integrar estas estruturas na próxima fase do desenvolvimento do Plano de Continuidade de Negócio (PCN) do Grupo Crédito Agrícola. Foi desenvolvida uma nova aplicação de impressão para a documentação produzida pelo sistema operacional de seguros Cogen, melhorando vários aspectos, nomeadamente, o controlo que passou a ser centralizado e permitindo que as CCAM possam enviar os documentos não urgentes para impressão (envelopagem e expedição) central. A nível das aplicações operacionais de negócio foram introduzidos vários desenvolvimentos, nomeadamente: criação de produtos; implementação do módulo de sinistros de vários produtos na plataforma Cogen/SOS; desenvolvimento dos interfaces Simulador/Cogen; redesenho do reporte para o Ficheiro Nacional de Matrículas; e as resultantes da implementação da 5ª Directiva, da Lei da Mediação e do novo Plano de Contas. Deve ser ainda realçada a continuação da colaboração com a CA Serviços, quer a nível da infra-estrutura de suporte ao Cogen e a nível das comunicações, quer na realização e coordenação de vários simulacros do PCN.

Diversas acções de Formação ...

... no total, cerca de 3.800 horas de Formação

Enfoque no desenvolvimento das infra-estruturas

Nova aplicação para a impressão centralizada de toda a documentação produzida pelo Cogen

Vários desenvolvimentos e melhorias

34

Foi ainda iniciado o processo de implementação das recomendações resultantes do levantamento da organização da Área e dos processos de Sistemas de Informação efectuado pela Ernst & Young, no âmbito do Projecto de implementação da Gestão Integrada do Risco e do Controlo Interno, visando a redução dos riscos operacionais e a melhoria generalizada dos controlos nesta Área. Relativamente à solução operacional de seguros Cogen, a Companhia tem continuado a apostar no seu desenvolvimento, através da introdução contínua de melhorias e novas funcionalidades, não existindo quaisquer planos imediatos ou a médio prazo para a sua substituição, dada a sua capacidade para suportar carteiras e volumes de transacções várias vezes superiores aos actuais. Esta aplicação informática ficará integralmente amortizada no ano de 2009, mas a expectativa é de que a sua vida útil ultrapassará largamente esse prazo, não se justificando por isso um elevado esforço de investimento.

4.11.4. Gestão Documental A Gestão Documental na CA Seguros, que se pode considerar ao nível das soluções mais avançadas que se podem encontrar no mercado, continuou a contribuir de forma decisiva para uma elevada produtividade, bem como para a redução dos prazos de tratamento dos documentos e aumento do nível global dos serviços internos e dos prestados a Clientes e Sinistrados. Foram distribuídos internamente em formato digital 621.500 documentos (2,2 milhões de folhas de papel), o que representou um aumento de 25%, reflectindo o crescimento do negócio e a integração de novas Áreas. Também os faxes são classificados e enviados em formato digital para as áreas de destino, sem serem impressos em papel. Durante o ano de 2007, as CCAM passaram a dispor de mais linhas de acesso para o envio de faxes, evitando períodos de espera, e em regime gratuito. A entrada em produção de uma nova versão do aplicativo de Gestão Documental, trouxe também níveis de segurança e fiabilidade à classificação dos documentos, diminuindo ainda mais o número de possíveis erros humanos no encaminhamento dos documentos, fruto de verificações e validações automáticas introduzidas no processo.

Início da implementação das recomendações do estudo dos processos de Sistemas de Informação

A aplicação Cogen ficará integralmente amortizada em 2009, mas a sua vida útil prolongar-se-á para além desse ano

A gestão documental contribui para o aumento da produtividade e da qualidade

Crescimento de 25% no volume de documentos digitalizados e tratados

Mais linhas de recepção de faxes e envio gratuito

Nova versão do aplicativo de Gestão Documental

35

4.11.5. Gestão da Informação Considerando a elevada importância de efectuar a revisão global da estrutura lógica e tecnológica das bases de dados, implementar um DataWarehouse integrado e desenvolver Datamarts especializados para as diversas necessidades de gestão, informação e controlo do negócio, foi lançado o Projecto Alexandria, suportado por uma nova unidade de negócio, denominada por Núcleo de Gestão de Informação (NGI). A principal missão do Núcleo de Gestão de Informação passa pela promoção de actividades e tecnologias que melhorem e potenciem a utilização de informação sobre o negócio, quer no acompanhamento do mesmo quer no apoio à tomada de decisão. A visão é oferecer à CA Seguros e seus parceiros um acesso facilitado, adequado e atraente a um dos seus mais valiosos activos, a informação. No âmbito do Projecto Alexandria, foi completada a primeira Linha de Trabalho, cujo objectivo foi a avaliação e selecção das opções tecnológicas para a infra-estrutura do DataWarehouse nas vertentes do Armazenamento de Dados, Carregamento, Auditoria e Exploração da Informação. Merece ainda destaque o trabalho efectuado na revisão e reestruturação da Intranet a qual, a prazo, se tornará numa verdadeira Central de Informação da Companhia. Neste contexto, foram desenvolvidos os sistemas de informação de Suporte ao Novo Modelo de Remunerações às CCAM, e da Evolução e Controlo da Carteira. No âmbito do sistema de Informação de Gestão e Contabilístico, merece destaque o projecto de implementação do novo Plano de Contas para as Empresas de Seguros, no âmbito do qual foram integradas novas dimensões de informação dentro do sistema contabilístico.

4.12. Custos Operacionais Os “Custos por natureza a imputar”, excluindo as remunerações de mediação de seguros, registaram um aumento de 5,0% em 2007, o que representa uma desaceleração do crescimento destes custos, que no ano anterior haviam aumentado 13,5%. O aumento nos “Custos com o pessoal” em 2007, demonstra uma

Lançamento do Projecto Alexandria, para revisão global da estrutura lógica e tecnológica das bases de dados

Promover o acesso facilitado, adequado e atraente à Informação

Seleccionada a solução tecnológica para a infra-estrutura do DataWarehouse

Revisão e reestruturação da Intranet

Implementação do novo Plano de Contas para as Empresas de Seguros

Os Custos por Natureza a imputar aumentaram 5% em 2007 ...

36

estabilização da massa salarial. O crescimento verificado nesta rubrica de 5,3% inclui os efeitos decorrentes do Acordo Colectivo de Trabalho, do aumento de Colaboradores e da evolução de carreiras. Os “Fornecimentos e serviços externos” incluem diversas despesas relacionadas com a implementação de exigências legais normativas, no que diz respeito à adopção das Normas Internacionais de Contabilidade e à implementação do projecto de Gestão Integrada do Risco. No seu conjunto, as despesas relacionadas com estes projectos geraram um custo adicional de 610 mil euros em 2007. CUSTOS POR NATUREZA A IMPUTAR

Rubricas 2006 2007 Var %

Valor % Valor % Custos com o pessoal 4.827 31,6% 5.082 31,6% 5,3% Forn. serviços externos 7.031 46,0% 7.359 45,8% 4,7% Impostos e taxas 834 5,5% 877 5,5% 5,2% Amortizações 2.382 15,6% 2.532 15,8% 6,3% Outros custos 223 1,5% 213 1,3% -4,5%

Total 15.297 100,0% 16.063 100,0% 5,0% Unidade: milhares de euros

Em concordância com as recomendações do Revisor Oficial de Contas e do Auditor Externo, a Companhia alterou em 2007 o critério de contabilização das despesas com o desenvolvimento dos sistemas informáticos, os quais estavam a ser reconhecidos integralmente em custos e passarem este ano a ser reconhecidos no Activo, com um prazo de amortização de três anos. Esta alteração é justificada pelo facto de estes desenvolvimentos incorporarem nos sistemas de informação novas funcionalidades, novos produtos e melhorias diversas, com impacto positivo esperado na geração de benefícios económicos, nos exercícios futuros. Em consequência, as “Amortizações do exercício” aumentaram em cerca de 150 mil euros, resultantes dos investimentos efectuados em desenvolvimentos dos sistemas informáticos, nomeadamente, Cogen, Gestão Documental e no Sistema de Controlo de Qualidade da Produção (SCQP).

... incluindo o impacto de adaptações a exigências legais e normativas

Despesas com o desenvolvimento de sistemas informáticos passaram a ser capitalizadas

37

CUSTOS OPERACIONAIS

Rubrica 2006 2007

Custos Aquisição 11.526 12.672 Custos Administrativos 6.145 6.419 Custos Gestão Sinistros 3.254 3.447 Custos Gestão Investimentos 115 177

Custos Operacionais 21.040 22.715

Custos Oper. (s/ Remunerações Mediação) 15.298 16.063

Custos Oper. (s/ Remun. Med.) / PBE 23,4% 23,4% Unidade: milhares de euros

Reflectindo os aspectos referidos, os “Custos operacionais” registaram um aumento de 8,0% em 2007, mas esse aumento ficou a dever-se essencialmente ao forte crescimento das “Remunerações de mediação de seguros”. Excluindo essa rubrica, os “Custos operacionais” cresceram apenas 5,0%. O rácio de “Custos operacionais” (excluindo “Remunerações de mediação de seguros”) sobre “Prémios brutos emitidos” não aumentou em 2007, não obstante a descida do prémio médio das Apólices em carteira.

4.13. Resultados Os “Resultados antes de impostos” situaram-se em 5,6 milhões euros, o que representa um crescimento de 11,1% relativamente ao ano anterior e constituiu o melhor resultado de sempre da CA Seguros. A evolução favorável da exploração explica-se integralmente pela melhoria das Margens Técnicas, já que o contributo dos rendimentos financeiros para o Resultado não aumentou em 2007. O “Imposto sobre lucros do exercício”, 1.441 mil euros, incorpora o efeito da revisão dos “Activos por impostos diferidos”.

EVOLUÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO

Custos operacionais aumentam por efeito do crescimento das remunerações de mediação de seguros

Resultados Antes de Impostos cresceram 11% ...

... potenciado pela melhoria na exploração técnica.

A CA Seguros registou um Resultado Líquido de 4,2 milhões de euros

38

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

2004 2005 2006 2007

mil

eu

ros

O “Resultado líquido” apurado é de 4,2 milhões de euros, valor que excede o resultado do ano anterior em 11,8%.

4.14. Situação Patrimonial A situação patrimonial da CA Seguros registou uma evolução favorável, traduzida num continuado aumento dos Capitais Próprios e numa melhoria do nível do cumprimento das Garantias Financeiras.

4.14.1. Activo No Activo, os “Investimentos financeiros” registaram um crescimento de 15,3%, aumentando o seu peso no total de 70,1% em 2006, para 75,8% em 2007. Na rubrica de “Devedores”, têm um peso significativo os créditos sobre o IFAP, resultantes da comercialização do Seguro de Colheitas, e reflectindo os dilatados prazos de pagamento que têm sido praticados por aquele organismo público.

A situação patrimonial continuou a evoluir de forma muito positiva

Aumentou o peso dos Investimentos Financeiros

39

ACTIVO

Rubricas 2006 2007 Var %

Valor % Valor % Imobilizado fixo 6.111 4,9% 5.277 4,0% -13,6% Investimentos financeiros 87.546 70,1% 100.912 75,8% 15,3% Prov. Técnicas resseguro 7.363 5,9% 4.451 3,3% -39,5% Devedores 19.794 15,8% 19.757 14,8% -0,2% Acréscimos e diferimentos 4.106 3,3% 2.651 2,0% -35,4%

Total 124.920 100,0% 133.048 100,0% 6,5% Unidade: milhares de euros

O “Imobilizado fixo” registou uma redução de 13,6%, traduzindo o facto do grande esforço de investimento ter sido efectuado nos primeiros anos de actividade da Companhia, na solução informática operacional de seguros, e de relativamente a esse investimento termos uma perspectiva de vida útil esperada ainda elevada, o que justifica o menor peso dos investimentos efectuados nos anos mais recentes, e também em 2007. Os “Acréscimos e diferimentos” incluem “Activos por impostos diferidos”, no montante de 1,4 milhões de euros.

4.14.2. Passivo No Passivo, o peso das “Provisões técnicas” situa-se em 81,1% do total do Passivo, tendo registado um ligeiro aumento no ano de 2007. A CA Seguros manteve uma política de elevada prudência ao nível do provisionamento, tal como em anos anteriores, e comprovada pela libertação de provisões relativas a sinistros ocorridos em anos anteriores, o que justificou o reduzido crescimento desta rubrica em 2007, em apenas 3,6%. As “Provisões para sinistros” do ramo Acidentes de Trabalho foram cautelarmente reforçadas, com especial ênfase para as responsabilidades decorrentes das obrigações futuras com a assistência vitalícia.

Menor investimento em imobilizado fixo, justificado pela vida útil esperada ainda elevada do sistema operacional de seguros

As Provisões Técnicas representam 81% do Passivo

As Provisões para Sinistros foram reforçadas em 3,1 milhões de euros

40

PASSIVO

Rubricas 2006 2007 Var %

Valor % Valor % Empréstimo Subordinado 4.000 3,8% 4.000 3,7% 0,0% Provisões Técnicas 85.737 81,1% 88.846 81,4% 3,6% Credores 14.664 13,9% 15.580 14,2% 6,2% Diversos 237 0,2% 319 0,3% 34,6% Acréscimos e diferimentos 1.138 1,1% 840 0,8% -26,2%

Total 105.776 100,0% 109.585 100,0% 3,6% Unidade: milhares de euros

A “Provisão para riscos em curso” aumentou de 1,2 milhões de euros em 2006 para 2,3 milhões de euros, reflectindo o elevado esforço de provisionamento efectuado relativamente aos sinistros ocorridos no ano de 2007, em particular, nos Ramos Automóvel e de Acidentes de Trabalho.

4.14.3. Capitais Próprios A CA Seguros fechou o exercício de 2007 com um montante de Capitais próprios de 23,5 milhões de euros, valor que excede o valor registado em 2006, de 19,1 milhões de euros. Esta evolução positiva é explicada fundamentalmente pelo “Resultado líquido do Exercício”, 4,2 milhões de euros, o mais elevado registado pela Companhia desde o início da sua actividade. CAPITAIS PRÓPRIOS

Rubricas 2006 2007 Var %

Valor % Valor % Capital Social 18.000 100,0% 18.000 100,0% 0,0% Reservas 882 4,9% 1.257 7,0% 42,5% Resultados transitados -3.501 -19,5% 0 0,0% 0,0% Resultado do exercício 3.763 20,9% 4.206 23,4% 11,8%

Total 19.144 106,4% 23.463 130,4% 22,6% Unidade: milhares de euros

No final de 2007, os Capitais Próprios representavam 130% do valor do “Capital social”, quando no final de 2006 a taxa de cobertura era de 106%.

A Provisão para Riscos em Curso aumentou 1,1 milhões de euros

Os Capitais Próprios aumentaram de 19,1 milhões de euros em 2006, para 23,5 milhões de euros em 2007

41

4.15. Garantias Financeiras e Solvência As responsabilidades relativas aos Segurados encontram-se devidamente asseguradas em 31 de Dezembro de 2007, quer ao nível da representação das Provisões Técnicas, quer ao nível da Margem de Solvência, em que a taxa de cobertura aumentou de 185% em 2006, para 221% em 2007. Os Activos elegíveis para a representação das Provisões Técnicas asseguravam uma grau de cobertura destas de 130%. GARANTIAS FINANCEIRAS

Rubrica 2005 2006 2007

Provisões Técnicas 76.252 88.509 91.898

Activos Representativos Provisões Técnicas 91.897 104.515 123.705

Activos Repres. / Provisões Técnicas 121% 118% 135%

Margem Solvência Necessária 10.131 10.611 11.120

Margem Solvência Constituída 16.978 19.575 24.521

Excesso de Margem de Solvência 6.847 8.964 13.401 Taxa Cobertura Margem de Solvência 167,6% 184,5% 220,5% Unidade: milhares de euros

4.16. Governo da Sociedade O Conselho de Administração Executivo da CA Seguros é constituído por três gestores executivos, profissionais de seguros com um mandato de três anos, renovado em 2006. O Conselho Geral e de Supervisão, constituído por quatro representantes de CCAM e um representante da Caixa Central, reúne, regra geral, uma vez por mês, para se discutirem e tomarem decisões estratégicas, e para acompanhamento dos diversos projectos, actividades operacionais e do controlo orçamental, com a participação do Conselho de Administração Executivo. São também mantidos contactos regulares com o Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central e o Conselho de Administração Executivo da Caixa Central, e promovidas reuniões de carácter regional e nacional com as CCAM, para informação sobre os resultados da Companhia, andamento

Cobertura total das Garantias Financeiras exigidas pelo ISP

O Conselho Geral e de Supervisão reúne mensalmente

...e regularmente com a Caixa Central e com as CCAM

42

de projectos, análise da produção e da sinistralidade, entre outras informações. O Conselho de Administração Executivo promove mensalmente uma Reunião de Quadros com os quadros superiores responsáveis de todas as Áreas da Companhia, com o objectivo de promover a eficiência integrada e os conhecimentos da Companhia e do Grupo e das suas actividades, bem como dos resultados de exploração do mês anterior. É efectuada, pelo menos, uma reunião geral com todos os Colaboradores, onde o Conselho de Administração Executivo apresenta as actividades desenvolvidas, os resultados da Companhia e outras informações relevantes. O Conselho de Administração Executivo realiza, também, anualmente, uma reunião com os principais Parceiros e Prestadores de Serviços para informação sobre a evolução da Companhia e desenvolvimento das relações de parceria em torno dos objectivos da CA Seguros.

5. Proposta de Aplicação dos Resultados O Resultado Líquido do exercício é positivo em 4.206.423,13 Euros, propondo-se a transferência de 420.642,31 Euros para Reserva Legal, 3.260.163,82 Euros para Outras Reservas e o pagamento de Dividendos aos Accionistas, no montante de 525.617,00 Euros.

6. Perspectivas para o ano de 2008 No campo comercial, a CA Seguros irá continuar a apoiar a estratégia de promoção e de venda cruzada concebida para o Grupo e o lançamento e dinamização da comercialização dos Produtos Não Vida nos Balcões da rede da Caixa Central em perspectiva de abertura nos mercados geográficos de Lisboa e Porto. No aspecto de Produtos, ir-se-á dar continuidade à segmentação e ao desenvolvimento de novas soluções promovendo a diferenciação pelas coberturas em detrimento da competitividade pelo factor preço.

Promovem-se mensalmente Reuniões de Quadros...

... uma reunião geral anual com todos os Colaboradores ...

... e uma reunião geral anual com os principais Parceiros

Novos Balcões da Caixa Central

Diferenciação de produtos pelas coberturas

43

Na Formação de Colaboradores das CCAM, dinamizar-se-á, em parceria com o Centro de Formação do Departamento de Recursos Humanos da Caixa Central, a utilização da plataforma de e-learning da Associação Portuguesa de Seguradores para a actualização de conhecimentos por parte da generalidade dos Colaboradores com funções de comercialização de seguros, processo já em utilização para os novos Colaboradores do Grupo CA e com elevados resultados. Com os projectos em curso e, nomeadamente, os relacionados com a Gestão da Informação e da Organização, pretende-se o aumento da eficiência da estrutura e dos processos e procedimentos facilitando o percurso para a via da Qualidade e da Excelência. Relativamente à área de Gestão do Risco e Controlo Interno dever-se-á dar continuidade às sólidas bases de implementação já em curso. Apesar do muito reduzido número anual de reclamações será desenvolvido um novo sistema de registo para avaliação periódica da qualidade do serviço e detecção de necessidades de alteração ou adequação de procedimentos. Continuará a ser dado um apoio inequívoco à necessária colaboração com as Comissões Interfuncionais e aos Projectos do Grupo Crédito Agrícola pela importância que, directa e indirectamente, aportam para o desenvolvimento da Venda Cruzada e da Bancasseguros. Atendendo à actual dimensão da Companhia e da carteira, proceder-se-á à reavaliação das alternativas de organização interna tendo em vista uma maior segregação de funções e um aumento da eficiência e da qualidade de prestação de serviços ao Canal e ao Cliente. A preparação para o Solvência II constituirá nas suas diversas vertentes uma orientação nas acções a desenvolver e nas decisões a tomar.

7. Agradecimentos Antes de finalizar este Relatório, o Conselho de Administração Executivo apresenta o seu reconhecimento às Entidades e Pessoas que deram o seu importante contributo directo ou indirecto para os resultados obtidos no exercício, nomeadamente:

Aposta continuada na Formação dos Colaboradores das CCAM

Promoção da Qualidade e Excelência

Avaliação de qualidade e níveis de satisfação de Clientes e Terceiros

Apoio às Comissões Interfuncionais e Projectos do Grupo CA

Reavaliação da organização interna

44

- O Instituto de Seguros de Portugal pela disponibilidade e pelo apoio recebidos nas respostas às questões específicas que se colocaram;

- À Associação Portuguesa de Seguradores pela colaboração

verificada;

- Aos Resseguradores e Corretores de Resseguro pelo apoio recebido;

- Aos Accionistas, à Caixa Central e às CCAM pela forma como sempre corresponderam às exigências decorrentes do exercício da actividade e à Confagri pelo estreitamento da cooperação mútua;

- Aos Clientes do Crédito Agrícola que também depositaram a sua

confiança na CA Seguros;

- Aos Órgãos Sociais, pela proximidade e disponibilidade como o Conselho Geral e de Supervisão e o Revisor Oficial de Contas acompanharam de perto a actividade da Empresa;

- Aos Órgãos Sociais e Colaboradores da Caixa Central e Caixas

Agrícolas pelo envolvimento no desenvolvimento da actividade de Bancasseguros;

- À FENACAM, Empresas do Grupo Crédito Agrícola, nomeadamente

CA Informática, CA Serviços, CA Gest, CA Consult e aos Departamentos da Caixa Central, pela colaboração recebida;

- Aos Colaboradores da CA Seguros pela forma directa da sua

participação empenhada e do contributo para o desenvolvimento da Empresa e da sua imagem.

Lisboa, 7 de Março de 2008 O Conselho de Administração Executivo António Manuel Varela Afonso (Presidente) Lino Duarte Viegas Afonso Eduardo Armando Jorge de Palhares Vieira

45

Demonstrações Financeiras

2007

46

BALANÇOS GERAIS

31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Montantes expressos em Euros)

2006

Activo Amortizações Activo Activo

Notas bruto e ajustamentos líquido líquido

Anexo 2 2 923 638 2 923 638 0 0

Investimentos em empresas do grupo e associadas:

Partes de capital em empresas associadas 46 e Anexo I 3 132 540 - 3 132 540 2 780 202

Outros investimentos financeiros:

Acções, outros títulos de rendimento variável e

unidades de participação em fundos de investimento 46 e Anexo I 32 755 480 - 32 755 480 27 350 334

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 46 e Anexo I 41 257 802 - 41 257 802 48 479 752

Depósitos em instituições de crédito 46 23 765 872 - 23 765 872 8 935 995

Total dos investimentos 44 100 911 694 - 100 911 694 87 546 283

Provisão para prémios não adquiridos 33 2 034 010 - 2 034 010 1 908 071

Provisão para sinistros 33 2 416 940 - 2 416 940 5 454 816

Total das provisões técnicas de resseguro cedido 4 450 951 - 4 450 951 7 362 887

Por operações de seguro directo

Outros devedores 26 e 47 4 577 209 432 786 4 144 424 5 661 098

Por operações de resseguro

Outros devedores 1 110 140 - 1 110 140 -

Por outras operações

Empresas participadas e participantes - - - -

Outros devedores 26 e 47 15 587 040 1 084 374 14 502 666 14 132 418

Subscritores de capital 14 - - - -

Total dos devedores 21 274 389 1 517 159 19 757 230 19 793 516

Imobilizações corpóreas e existências Anexo 2 30 245 730 24 968 160 5 277 570 6 110 063

Depósitos bancários e caixa 72 - 72 666

Total dos outros elementos do activo 30 245 802 24 968 160 5 277 642 6 110 729

Juros a receber 48 823 584 - 823 584 954 053

Outros acréscimos e diferimentos 48 1 827 367 - 1 827 367 3 152 362

Total dos acréscimos e diferimentos 2 650 951 - 2 650 951 4 106 415

Total do activo 162 457 426 29 408 958 133 048 468 124 919 830

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

PROVISÕES TÉCNICAS DE RESSEGURO CEDIDO

DEVEDORES

OUTROS ELEMENTOS DO ACTIVO

ACTIVO

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

INVESTIMENTOS

2007

O Anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2007.

47

BALANÇOS GERAIS

31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Montantes expressos em Euros)

PASSIVO Notas 2007 2006

Capital 14, 15 e 49 18 000 000 18 000 000

Reservas de reavaliação:

Reavaliação regulamentar 49 886 050 773 317

Reservas:

Reserva legal 49 292 598 30 675

Outras reservas 14 e 49 77 801 77 801

Resultados transitados 49 0 -3 501 492

Resultado líquido do exercício 49 4 206 423 3 763 414

Total do capital próprio 23 462 871 19 143 715

Passivos subordinados 4 000 000 4 000 000

Provisão para prémios não adquiridos 33 13 869 641 13 396 640

Provisão para sinistros:

De acidentes de trabalho 33 21 437 062 18 125 612

De outros ramos 33 50 955 901 52 768 847

72 392 963 70 894 459

Provisão para desvios de sinistralidade 33 260 522 211 507

Outras provisões técnicas 33 2 322 783 1 234 081

Total das provisões técnicas 88 845 909 85 736 687

Outras provisões 26 318 682 237 422

Total das outras provisões 318 682 237 422

Depósitos recebidos de resseguradores 50 0 0

Por operações de seguro directo

Outros credores 51 4 499 418 5 054 682

Por operações de resseguro

Outros credores 426 737 1 110 039

Estado e outros entes públicos 51 3 245 637 3 483 016

Outros credores 51 7 408 865 5 016 554

Total dos credores 15 580 657 14 664 292

Acréscimos e diferimentos 48 840 348 1 137 715

Total do passivo 109 585 597 105 776 115

Total do capital próprio e do passivo 133 048 468 124 919 830

O Anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2007.

48

DEMONSTRAÇÕES DE GANHOS E PERDAS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Montantes expressos em Euros)

Notas

Prémios brutos emitidos 41 e 52 68 515 862 65 442 024

Prémios de resseguro cedido 52 ( 10 722 027) 57 793 835 ( 9 246 573) 56 195 452

Provisão para prémios não adquiridos (variação) 52 ( 752 591) ( 768 770)

Provisão para prémios não adquiridos, parte dos resseguradores (variação)52 125 939 ( 626 652) ( 210 687) ( 979 456)

57 167 183 55 215 995

Rendimentos de outros investimentos

Outros 2 855 277 2 197 660

Ganhos realizados em investimentos 257 174 3 112 450 909 001 3 106 660

46 1 460 267 1 260 815

19 223 130 985

Proveitos técnicos 61 759 123 59 714 455

Montantes pagos

Montantes brutos 53 ( 35 728 123) ( 30 215 501)

Parte dos resseguradores 53 4 637 356 ( 31 090 767) 2 031 838 ( 28 183 663)

Provisão para sinistros (variação)

Montante bruto 53 ( 1 336 380) ( 11 502 499)

Parte dos resseguradores 53 ( 3 036 478) ( 4 372 858) 2 924 273 ( 8 578 226)

( 35 463 625) ( 36 761 889)

Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro (variação) ( 1 088 702) 508 233

Custos de aquisição 54 ( 12 676 688) ( 11 525 491)

Custos de aquisição diferidos (variação) 279 590 183 043

Custos administrativos 54 ( 6 415 619) ( 6 144 742)

Comissões e participação nos resultados de resseguro 2 011 418 ( 16 801 299) 1 400 261 ( 16 086 929)

Custos de gestão dos investimentos 54 ( 177 514) ( 115 200)

Perdas realizadas em investimentos 54 ( 181 948) ( 359 462) ( 42 233) ( 157 433)

46 ( 1 398 422) ( 2 064 457)

- 42 125

( 49 016) ( 42 808)

Custos técnicos ( 55 160 525) ( 54 563 159)

Resultado da conta técnica do seguro não vida 6 598 598 5 151 296

Menos-valias não realizadas de investimentos

Outros custos técnicos, líquidos de resseguro

Provisão para desvios de sinistralidade (variação)

Custos de exploração líquidos

Custos com investimentos

Proveitos dos investimentos

Mais-valias não realizadas de investimentos

Outros proveitos técnicos, líquidos de resseguro

Custos com sinistros, líquidos de resseguro

Prémios adquiridos líquidos de resseguro

CONTA TÉCNICA DO SEGURO NÃO VIDA 2007 2006

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

49

DEMONSTRAÇÕES DE GANHOS E PERDAS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Montantes expressos em Euros)

Notas

6 598 598 5 151 296

Rendimentos de outros investimentos

Outros - - 853 853

46 - -

5 280 19 061

Proveitos não técnicos 5 280 19 913

Custos de gestão de investimentos 54 - -

46 - -

55 ( 777 754) ( 1 234 681)

Custos não técnicos ( 777 754) ( 1 234 681)

28 20 291 469 439

28 ( 136 802) ( 116 512) ( 126 241) 343 198

Dotação ou utilização da reserva de reavaliação

regulamentar

( 1 441 344) ( 1 319 103)

Resultado líquido do exercício 4 206 423 3 763 414

802 790

Imposto sobre o rendimento do exercício

( 61 846) 46 e 49

Proveitos e ganhos extraordinários

Custos e perdas extraordinários

Outros proveitos

Custos com investimentos

Menos-valias não realizadas de investimentos

Outros custos, incluindo provisões

Resultado da conta técnica do seguro não vida

Proveitos dos investimentos

Mais valias não realizadas de investimentos

CONTA NÃO TÉCNICA 2007 2006

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

50

Anexo às Demonstrações

Financeiras 2007

51

CONSTITUIÇÃO E ACTIVIDADE A Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, S.A. (Companhia) foi constituída em 1995 e dedica-se ao exercício da actividade de seguros para todos os ramos técnicos “Não Vida” (com excepção dos ramos Crédito e Cauções), para a qual obteve as devidas autorizações por parte do Instituto de Seguros de Portugal. A actual designação social foi adoptada no ano de 2006, em substituição da anterior designação social, Rural Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA, com o objectivo de reforçar a associação ao grupo financeiro Crédito Agrícola, a que a Companhia pertence. Tradicionalmente, os ramos técnicos mais importantes, em termos de volume de prémios, são os seguros de colheitas, automóvel e acidentes de trabalho, que representaram em 2007 aproximadamente 69% da produção da Companhia. A Companhia tem a sua sede em Lisboa, tendo como principal canal de distribuição os balcões das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM). As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas para as Empresas de Seguros, aprovado pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP). As notas cuja numeração se encontra ausente não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. 1. BASES DE APRESENTAÇÃO As demonstrações financeiras anexas foram preparadas com base nos livros e registos

contabilísticos da Companhia, mantidos de acordo com os princípios definidos no Plano de Contas para as Empresas de Seguros, publicado no Diário da República n.º 127/94, IIº Suplemento, 3ª Série, de 1 de Junho de 1994, e com base na Norma n.º 14/95-R e outras normas específicas emanadas pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP).

3. PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras

são as seguintes: a) Princípio da especialização de exercícios Os proveitos e os custos são reconhecidos contabilisticamente em função do período em

que ocorrem as transacções que lhes estão subjacentes, independentemente do momento em que se efectuam as cobranças e os pagamentos.

Dado os prémios serem registados como proveitos no momento da emissão ou renovação

das respectivas apólices e os sinistros quando são participados pelos segurados, é necessário efectuar certas periodificações de proveitos e custos. Estas periodificações afectam, basicamente, as seguintes rubricas:

i) Provisão para prémios não adquiridos Reflecte a parte do prémio emitido antes do encerramento do exercício ainda não

incorrida à data do balanço, com o objectivo de compensar os encargos futuros decorrentes dos contratos de seguro. É determinada, para cada contrato em vigor,

52

por aplicação do método pro-rata temporis aos prémios brutos emitidos. Ao montante calculado são deduzidos custos diferidos relativos a remunerações de mediação e outros custos de aquisição. Em 31 de Dezembro de 2007, os custos de aquisição diferidos representavam cerca de 18% dos prémios não adquiridos.

ii) Provisão para riscos em curso Destina-se a fazer face às situações em que os prémios processados não sejam

suficientes para pagar as indemnizações e custos imputáveis aos respectivos ramos técnicos. Esta provisão é calculada para o seguro directo, com base nos rácios de sinistralidade, de cedência, e de despesas, e na rentabilidade dos investimentos, de acordo com o definido pelo ISP.

iii) Provisão para sinistros Reflecte a estimativa das responsabilidades da Companhia por sinistros pendentes

de liquidação à data do balanço, bem como das responsabilidades globais relativas aos sinistros já ocorridos e não declarados (IBNR) até à data das demonstrações financeiras. No ano de 2007, não foi constituída qualquer provisão para IBNR no ramo automóvel, devido ao facto de os estudos actuariais terem revelado que o valor das provisões constituídas ao nível dos processos de sinistro excede o valor expectável dos custos com sinistros ocorridos e não declarados. No que se refere aos outros ramos técnicos, foi utilizada uma percentagem de 4%, com excepção de: Habitação e Comércio e Serviços, onde foi considerada uma percentagem de 15%; e Acidentes de Trabalho, conforme explicado a seguir.

No que se refere ao ramo acidentes de trabalho, a provisão para sinistros inclui as

seguintes provisões: - Provisão matemática Tem por objectivo registar as responsabilidades da Companhia por sinistros

ocorridos até à data das demonstrações financeiras, que envolvam pagamentos de pensões vitalícias, já homologadas pelo Tribunal do Trabalho ou com acordo de conciliação já realizado, e também a estimativa das responsabilidades por pensões relativas a incapacidades permanentes, referentes a sinistros já ocorridos e que se encontrem pendentes de acordo final ou sentença. Esta provisão é calculada sinistro a sinistro, mediante tabelas e fórmulas actuariais estabelecidas para o ramo pelo ISP.

Esta provisão destina-se também a fazer face às responsabilidades por pensões

relativas a potenciais incapacidades permanentes, de sinistrados que se encontravam hospitalizados à data das demonstrações financeiras ou que nessa data apresentavam incapacidades temporárias parciais.

A 31 de Dezembro de 2007, esta rubrica inclui ainda: (i) uma provisão de

1.073.712 Euros, destinada a fazer face a responsabilidades com provisões matemáticas relativas a sinistros já ocorridos, que ainda não se encontram registadas especificamente e a eventuais aumentos de responsabilidades relacionadas com revisões futuras de incapacidades permanentes parciais; (ii) uma provisão de 915.524 Euros, destinada a fazer face a eventuais acréscimos de custos com assistências vitalícias.

53

De acordo com a legislação vigente, a responsabilidade inerente ao aumento anual das pensões é assumida pelo Fundo de Acidentes de Trabalho (FAT). A Companhia efectua o pagamento integral das pensões, sendo posteriormente reembolsada pela parcela correspondente ao FAT. A gestão do FAT é da responsabilidade do ISP, sendo as receitas deste fundo constituídas por contribuições efectuadas pelas seguradoras e pelos próprios segurados do ramo acidentes de trabalho. Neste contexto, foi também constituída uma provisão matemática no montante de 806.553 Euros, para cobertura das responsabilidades futuras da Companhia, relativamente às contribuições anuais a serem efectuadas ao FAT, em anos futuros.

- Provisão para outras prestações e custos Destina-se a fazer face aos encargos futuros a incorrer com indemnizações por

salários perdidos, assistência ambulatória e outras despesas hospitalares, referentes a sinistros do ramo acidentes de trabalho ocorridos no ano ou em anos anteriores.

- Provisão para sinistros ocorridos e não declarados (IBNR) Destina-se a fazer face a indemnizações por salários perdidos e encargos com

assistência ambulatória e hospitalar relativos a sinistros do ramo acidentes de trabalho ocorridos e não declarados. Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo desta provisão, 1.452.353 Euros, adicionado ao saldo da provisão para outras prestações e custos, 3.690.342 Euros, e à provisão para custos de gestão de sinistros, 331.350 Euros, corresponde a 39,2% dos prémios brutos do ramo acidentes de trabalho emitidos no exercício.

iv) Provisão para desvios de sinistralidade É calculada para o risco de fenómenos sísmicos, de acordo com o definido pelo ISP.

Esta provisão apenas poderá ser utilizada quando o valor dos custos com sinistros, líquidos de resseguro, seja superior a 1,13‰ do capital retido e desde que tenham decorrido dez anos desde o início da sua constituição.

v) Provisões técnicas de resseguro cedido São determinadas aplicando os critérios descritos acima para o seguro directo, tendo

em consideração as percentagens de cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados em vigor.

vi) Provisão para recibos por cobrar Tem por objectivo reduzir o montante dos recibos por cobrar ao seu valor estimado

de realização, sendo calculada sobre o valor total dos recibos emitidos e não cobrados em 31 de Dezembro de 2007, deduzidos dos correspondentes prémios de resseguro cedido, comissões, impostos e provisão para prémios não adquiridos associados, e tendo em conta um coeficiente médio de incobrabilidade determinado com base em dados históricos dos anos de 2005 e 2006. Os recibos emitidos e não cobrados à data das demonstrações financeiras estão reflectidos na rubrica "Recibos por cobrar" (Nota 47).

54

vii) Remunerações de mediação de seguros Reflecte as remunerações de mediação de seguros pagas a mediadores de seguros

(Notas 43 e 54). b) Investimentos financeiros Os investimentos financeiros compreendem os “Investimentos em empresas do grupo e

associadas” e os “Outros investimentos financeiros”, conforme Norma 23/2003-R, do ISP. (Nota 22A)

São consideradas empresas associadas aquelas sobre as quais a Caixa Central de Crédito

Agrícola Mútuo, C.R.L. (CCCAM) detém o poder de domínio ou de controlo, ou exerce uma influência significativa sobre a sua gestão e política financeira.

Não foram preparadas demonstrações financeiras consolidadas, dado o efeito da

consolidação não ser significativo para as demonstrações financeiras da Companhia em 31 de Dezembro de 2007.

Os investimentos financeiros, incluindo os relativos a empresas associadas, registam-se

de acordo com os seguintes critérios: - Os títulos cotados são valorizadas ao mercado, de acordo com as cotações de uma

bolsa oficial de valores mobiliários à data do balanço, ou quando esta data não for dia de bolsa, do último dia de negociação em bolsa que a precede, desde que os títulos tenham obtido cotação nos últimos 90 dias.

- As unidades de participação em fundos de investimento são valorizadas ao

respectivo valor patrimonial à data do balanço. - As acções não cotadas são valorizadas de acordo com o valor que proporcionalmente

lhes corresponde nos capitais próprios da respectiva empresa, de acordo com o último balanço que se encontre disponível.

- As obrigações não cotadas são valorizadas ao custo de aquisição, se emitidas

durante o exercício, ou valor nominal, se emitidas em exercícios anteriores. As mais e menos-valias potenciais que resultem da aplicação dos critérios acima

referidos, são reflectidas na carteira de títulos por contrapartida das rubricas de ganhos e perdas “Mais-valias não realizadas de investimentos” e “Menos-valias não realizadas de investimentos”.

Simultaneamente as mais e menos-valias potenciais são transferidas de ganhos e perdas

para a rubrica de “Reservas de reavaliação – reavaliação regulamentar” do capital próprio, utilizando como contrapartida a rubrica “Dotação ou utilização da reserva de reavaliação regulamentar”.

As “Reservas de reavaliação – reavaliação regulamentar” são utilizadas enquanto

apresentarem saldo. A partir do momento em que este se esgote, as menos-valias não realizadas ficam reflectidas na demonstração de ganhos e perdas.

55

c) Imobilizações corpóreas O imobilizado corpóreo encontra-se registado ao custo de aquisição, deduzido das

correspondentes amortizações acumuladas. As amortizações são calculadas com base no método das quotas constantes, por

duodécimos, de acordo com taxas fiscalmente aceites como custo, as quais correspondem às seguintes vidas úteis estimadas:

Anos de vida útil Equipamento administrativo 8 Máquinas e ferramentas 5 - 8 Equipamento informático 4 Material de transporte 4 Instalações interiores 10 Software 3 - 10 Outro equipamento 8 d) Imobilizações incorpóreas A Companhia capitalizou nesta rubrica despesas com a sua constituição e instalação,

formação do pessoal dos balcões das CCAM, estudos de estratégia e benfeitorias em edifícios arrendados.

Estas despesas foram registadas ao custo de aquisição, sendo amortizadas pelo método

das quotas constantes, por duodécimos, num período de três anos, encontrando-se totalmente amortizadas à data de 31 de Dezembro de 2007.

e) Estimativa para férias e subsídio de férias Os encargos com férias e subsídio de férias dos empregados são registados quando se

vence o direito aos mesmos. A respectiva estimativa encontra-se registada na rubrica "Acréscimos e diferimentos" do passivo (Nota 48).

f) Conversão de saldos e transacções em divisas Os activos e passivos em divisas são convertidos para Euros às taxas de câmbio

divulgadas pelo Banco de Portugal na data das demonstrações financeiras. Os proveitos e custos relativos a diferenças cambiais geradas pelas transacções em divisas registam-se no período em que ocorrem. As diferenças cambiais originadas pela actualização cambial dos activos e passivos expressos em moeda estrangeira, à data das demonstrações financeiras, são também reflectidas na demonstração de ganhos e perdas.

g) Pensões complementares de reforma Em conformidade com o contrato colectivo de trabalho (CCT) vigente para o sector

segurador, a Companhia assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados admitidos no sector até 22 de Junho de 1995, data da entrada em vigor do novo CCT, prestações pecuniárias para complemento das reformas atribuídas pela Segurança Social. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente com o número de anos de serviço do trabalhador, aplicada à tabela salarial em vigor à data da reforma.

56

A cobertura das responsabilidades com os complementos de pensões de reforma do pessoal no activo, é assegurada por apólices de seguro Protecção Poupança Investimento (PPI), contratadas junto da Crédito Agrícola Vida, S.A., e de um Fundo Futuro Clássico da Futuro – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SGFP, cujo vencimento corresponde à data de reforma dos colaboradores abrangidos.

h) Impostos diferidos

Com a autorização do ISP, e na condição de serem aplicados todos os ajustamentos decorrentes do normativo constante na Directriz Contabilística nº 28, a Companhia adoptou desde o exercício de 2004 a contabilização de impostos diferidos (Notas 29, 48, 49 e 57).

4. TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA

Em 31 de Dezembro de 2007, a Companhia não tinha qualquer saldo expresso em moeda estrangeira.

6. PARTES DE CAPITAL EM EMPRESAS ASSOCIADAS

A composição desta rubrica é a seguinte:

2006

Percentagem de

participação

Capitais próprios

Resultado do Exercício

Custo de aquisição

Valor de balanço

Valor de balanço

Crédito Agrícola Vida, S.A. (Rua Castilho, 233/ 233 A)

10% 31 259 727 4 418 408 1 041 600 3 125 973 2 773 634

RuraBela – Consultores e Serviços, S.A ( Avª Duarte Pacheco, 19)

20% 32 837 5 334 9 986 6 567 6 567

31 292 564 4 423 742 1 051 586 3 132 540 2 780 201

2007

Os valores de 2007 da empresa Rurabela, SA respeitam ao ano de 2006.

57

7. NÚMERO MÉDIO DE TRABALHADORES

Durante os exercícios de 2007 e de 2006 a Companhia teve, em média, 125 e 112 trabalhadores ao seu serviço, respectivamente, distribuídos pelas seguintes categorias profissionais:

Categoria Profissional 2007 2006

Director Coordenador 2 2 Director de Serviços 7 5 Subdirector 2 - Chefe de Serviços 5 6 Chefe de Secção 8 7 Sub-Chefe de Secção 18 17 Escriturários 43 41 Assistentes Comerciais 8 10 Programador Informática 1 1 Operador de Informática 1 2 Escriturário / Estagiário 18 13 Técnico de Grau IV 1 - Técnico de Grau II 1 - Técnico de Grau I 3 1 Técnico Regularizador de Sinistros 7 7

125 112

8. CUSTOS COM PESSOAL

Nos exercícios de 2007 e de 2006, a composição dos custos com o pessoal é a seguinte:

2007 2006

Remunerações dos órgãos sociais 569 742 558 420

Remunerações do pessoal 3 564 575 3 235 233

Encargos sobre remunerações 829 673 757 251

Prémios e contribuições para pensões 985 133 553

Indemnizações contratuais 2 904 42 701

Outros 114 064 99 384

5 081 942 4 826 542

58

10. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Ver informação apresentada no Anexo 2. Em 31 de Dezembro de 2007, as despesas de constituição e instalação encontram-se

totalmente amortizadas. 14. ACÇÕES SUBSCRITAS NO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2007, o capital social encontra-se totalmente subscrito e realizado

pelos seus accionistas. 15. CARACTERÍSTICAS DAS ACÇÕES REPRESENTATIVAS DO CAPITAL

SOCIAL Em 31 de Dezembro de 2007, o capital social encontra-se representado por sete milhões e

duzentas mil acções nominativas, integralmente subscritas e realizadas, com o valor nominal de 2,5 Euros cada.

Em 31 de Dezembro dos anos de 2007 e 2006, os accionistas da Companhia são os seguintes:

2007 2006

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. 3 435 710 6 963 710

Crédito Agrícola SGPS 3 528 000 -

Confagri, C.R.L. 187 500 187 500

Caixas de Crédito Agrícola Mútuo 48 790 48 790

7 200 000 7 200 000

Número de acções

17. PASSIVOS SUBORDINADOS O saldo desta rubrica corresponde a um empréstimo subordinado concedido em 23 de

Dezembro de 2002 pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L., no montante de 4.000.000 Euros, o qual vence juros à taxa Euribor a um ano, acrescida de 1 ponto percentual e não tem prazo de reembolso definido. O reembolso deste empréstimo será efectuado de uma só vez, com pré-aviso de cinco anos por parte da Companhia à Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L., ou mediante acordo prévio do Instituto de Seguros de Portugal, sendo dispensado neste caso o pré-aviso acima referido.

59

19. OUTROS COMPROMISSOS FINANCEIROS De acordo com os estudos actuariais efectuados pela Crédito Agrícola Vida, S.A. em 2007, as

responsabilidades por serviços passados do pessoal no activo admitido até 22 de Junho de 1995 (data de entrada em vigor do novo contrato colectivo de trabalho), relativas a complementos de pensões de reforma, calculadas com referência a 31 de Dezembro de 2007, ascendiam a 796.643 Euros. Estas responsabilidades referem-se a 13 colaboradores.

No cálculo das responsabilidades acima referidas, foi considerado o tempo de serviço no

sector segurador prestado pelos trabalhadores anteriormente à sua admissão na Companhia, não obstante este ser atribuível aos anteriores empregadores, nos termos do Contrato Colectivo de Trabalho para o Sector Segurador.

As responsabilidades foram calculadas com base no método Unit Credit Projectado, utilizando as seguintes hipóteses de cálculo:

- Tábua de mortalidade TV 88/90 - Taxa de rendimento do Fundo 4,0% - Taxa técnica de juro 3,0% - Taxa de crescimento das pensões 2,5% - Taxa de crescimento salarial 3,0% Para fazer face a estas responsabilidades, a Companhia dispunha de apólices de seguro

Protecção Poupança Investimento (PPI), contratadas junto da Crédito Agrícola Vida, S.A., cujo valor em 31 de Dezembro de 2007 ascendia a 701.954 Euros, e ainda de um fundo Futuro Clássico da Futuro – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SGFP no montante de 274.918 euros.

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os prejuízos fiscais apurados nos exercícios de 2002 e 2003 podem ser deduzidos aos

eventuais lucros fiscais que se verifiquem nos seis exercícios seguintes. Em 31 de Dezembro de 2007, os prejuízos fiscais reportáveis eram os seguintes:

Exercício fiscal de dedução Prejuízo Ano limite

2002 2 331 220 2008

2003 2 091 053 2009

4 422 273

Os prejuízos fiscais dos exercícios de 2002 e 2003, correspondem ao resultado apresentado nas declarações fiscais entregues para esses exercícios, incorporando o efeito das correcções à matéria colectável decorrentes da verificação já efectuada pelas autoridades fiscais.

60

22. INVENTÁRIO DE TÍTULOS E PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS Ver informação apresentada no Anexo 1. 22A. AVALIAÇÃO DE DETERMINADOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS AO

JUSTO VALOR A 31 de Dezembro de 2007, os investimentos financeiros, incluindo os relativos a empresas

associadas, registam-se de acordo com os critérios do ISP conforme disposto no capitulo III da Norma Regulamentar nº 23/2003-R de 26 de Dezembro:

- Os títulos cotados são valorizadas ao mercado, de acordo com as cotações de uma

bolsa oficial de valores mobiliários à data do balanço, ou quando esta data não for dia de bolsa, do último dia de negociação em bolsa que a precede, desde que os títulos tenham obtido cotação nos últimos 90 dias.

- As unidades de participação em fundos de investimento são valorizadas ao

respectivo valor patrimonial à data do balanço.

Tipo de Instrumento Financeiro Valor de Balanço

Justo Valor

Títulos de Rendimento Fixo

Obrigações do Tesouro 16/06/2014 5 018 200 5 018 200

Obrigações do Tesouro 15/07/2009 9 725 527 9 725 527

Obrigações do Tesouro 15/07/2008 11 894 432 11 894 432

Obrigações do Tesouro 15/06/2012 5 153 250 5 153 250

Obrigações do Tesouro 15/10/2015 2 475 709 2 475 709

Obrigações do Tesouro 15/04/2021 4 800 120 4 800 120

Obrigações do Tesouro 15/04/2011 1 697 482 1 697 482

Greek Government Bonds 20/08/2011 493 080 493 080

41 257 802 41 257 802

Unidades de participação em fundos de Investimento Raiz Tesouraria 3 874 599 3 874 599

Raiz Europa 8 189 310 8 189 310

Raiz Global 7 812 137 7 812 137

Raiz Conservador 3 913 293 3 913 293

Raiz Rendimento 3 853 229 3 853 229

Patrimonio Crescente 5 112 912 5 112 912

32 755 480 32 755 480

Total 74 013 282 74 013 282

As acções não cotadas são valorizadas de acordo com o valor que proporcionalmente lhes corresponde nos capitais próprios da respectiva empresa, de acordo com o último balanço que se encontre disponível.

61

23. INVESTIMENTOS, IMOBILIZADO CORPÓREO E INCORPÓREO

(Movimentos Ocorridos no Exercício) Ver informação apresentada no Anexo 2. Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica “Outras imobilizações corpóreas” corresponde

essencialmente a custos com a aquisição e implementação do software utilizado pela Companhia, o qual está a ser amortizado ao longo de um período de seis anos a partir da data de entrada em funcionamento de cada módulo.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, foram capitalizados diversos custos com

desenvolvimento de aplicações informáticas da Companhia, que vinham sendo considerados como custo total no exercício, nos anos anteriores.

No período findo em 31 de Dezembro de 2004, foi reavaliada a vida útil do software de

produção da Companhia ,tendo-se alongado o período de vida útil em 6 anos, partindo de 1 de Janeiro de 2004, e utilizando o método das quotas constantes.

As amortizações deste activo foram recalculadas a partir de 1 de Janeiro de 2004, utilizando-

se o método das quotas constantes, o que resultou no reconhecimento de amortizações no valor de 1.471.851 Euros no período findo em 31 de Dezembro de 2007. Sem a alteração decorrente da revisão da vida útil do software de produção da Companhia, teriam sido reconhecidas em 2007, amortizações inferiores, sendo a diferença de 627.514 Euros.

24. REAVALIAÇÃO DO ACTIVO

Imobilizações Corpóreas Investimentos Total

Saldo em 31.12.2006 - 773 317 773 317

Aumentos - 3 757 705 3 757 705

Diminuições - 3 644 972 3 644 972

Saldo a 31.12.2007 - 886 050 886 050

Reserva de Reavaliação

62

25. RESERVA DE REAVALIAÇÃO Na rubrica “Reserva de reavaliação” são contabilizadas as reavaliações legais e regulamentares

da actividade seguradora. As mais e menos-valias fiscais a apurar aquando da venda dos investimentos, de acordo com o

art.º 43 da CIRC, resultam da diferença entre o valor de aquisição e o valor de venda. As reavaliações regulamentares são efectuadas de acordo com os critérios valorimétricos dos

investimentos e do seu cálculo resultam mais e menos-valias potenciais não realizadas, contabilizadas em rubricas específicas do plano de contas, não constituindo os montantes apurados, matéria tributável em sede de IRC, conforme a alínea b) do art. 21 do CIRC.

26. MOVIMENTO NAS CONTAS DE AJUSTAMENTOS E OUTRAS

PROVISÕES Durante os exercícios de 2007 e 2006, o movimento nas rubricas de provisões não técnicas foi

o seguinte:

Saldo Aumentos Reduções Saldo

inicial (Nota 55) (Nota 28) Utilizações final

Ajustamentos de recibos por cobrar 1 100 466 - ( 667 681) - 432 786

Ajustamentos de créditos de cobrança

duvidosa 540 433 917 750 - ( 373 810) 1 084 374

Provisão para outros riscos e encargos 237 422 81 260 - - 318 682

1 878 321 999 010 ( 667 681) ( 373 810) 1 835 841

Saldo Aumentos Reduções Saldo

inicial (Nota 55) (Nota 28) Utilizações final

Ajustamentos de recibos por cobrar 378 226 722 240 - - 1 100 466

Ajustamentos de créditos de cobrança

duvidosa 722 920 202 122 ( 384 609) - 540 433

Provisão para outros riscos e encargos 241 422 - ( 4 000) - 237 422

1 342 568 924 362 ( 388 609) - 1 878 321

2007

2006

Em 31 de Dezembro de 2007, a “Provisão para outros riscos e encargos” destina-se a fazer

face a contingências decorrentes da actividade da Companhia, nomeadamente as resultantes de acções judiciais.

Na mesma data, os “Ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa” incluem 623.090

Euros respeitantes ao provisionamento integral de prémios em dívida remanescentes de apólices já anuladas, 294.660 Euros respeitantes a pedidos de reembolsos de sinistros, correspondendo a 88% do valor total dos reembolsos emitidos e ainda 166.623 Euros respeitantes a saldos correntes de resseguro.

63

28. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Estas rubricas apresentam a seguinte composição:

2007 2006

Custos e perdas:

Dividas Incobráveis - 106

Quotizações - 53

Multas e penalidades 10 433 10 953

Correcções relativas a exercícios anteriores:

. Regularizações de remunerações das CCAMs - 441

. Outras 51 790 22 475

Outros custos e perdas extraordinários

. Regularização de saldos de resseguro - 50 914

. Regularização de saldos de fornecedores - 34 266

. Outros 74 580 7 033

136 803 126 241

Resultados extraordinários ( 116 512) 343 197

20 291 469 438

Proveitos e ganhos:

Correcções relativas a exercícios anteriores:

. Outras regularizações - 2 176

Redução de provisões - 388 609

Ganhos em imobilizações corpóreas 12 750 30 746

Outros proveitos extraordinários:

. Outros 7 541 47 907

20 291 469 438

64

29. PROPORÇÃO EM QUE O IMPOSTO SOBRE OS LUCROS INCIDE SOBRE

OS RESULTADOS CORRENTES E SOBRE OS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 foi apurado um valor estimado de imposto de 1.441.344 Euros. Foi também calculado um montante de imposto diferido no valor de 1.301.819 Euros, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios. Este valor reflecte a utilização de prejuízos fiscais apurados em exercícios anteriores e o imposto diferido apurado no exercício (Nota 57). O imposto sobre os lucros estimado para 2007, desagrega-se da seguinte forma:

Imposto do exercício 1 441 344

Imposto diferido ( 1 301 819)

Imposto sobre os lucros 139 525 33. PROVISÕES TÉCNICAS As provisões técnicas apresentam a seguinte composição:

2007 2006

Custos de

Montante aquisição Valor Valor

calculado diferidos líquido líquido

Provisão para prémios não adquiridos 16 921 538 ( 3 051 897) 13 869 641 13 396 640

Provisão para sinistros 72 392 963 - 72 392 963 70 894 459

Provisão para riscos em curso 2 322 783 - 2 322 783 1 234 081

Provisão para desvios de sinistralidade 260 522 - 260 522 211 507

91 897 806 ( 3 051 897) 88 845 909 85 736 687

65

33.1 PROVISÃO PARA PRÉMIOS NÃO ADQUIRIDOS Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Ramos Técnicos

Prémios diferidos

Custos de aquisição diferidos

Valor líquidoResseguros

cedidosValor líquido

Automóvel 8 396 484 ( 1 475 075) 6 921 409 - 6 921 409

Incêndio e outros danos 4 393 796 ( 807 242) 3 586 554 ( 1 097 540) 2 489 013

Acidentes de trabalho 1 573 185 ( 268 503) 1 304 683 - 1 304 683

Acidentes pessoais e doença 1 152 238 ( 221 728) 930 510 ( 64 839) 865 672

Responsabilidade civil geral 595 477 ( 117 904) 477 573 ( 14 111) 463 462

Marítimo 34 304 ( 6 861) 27 443 - 27 443

Transportes 24 395 ( 4 254) 20 141 - 20 141

Diversos 751 660 ( 150 332) 601 328 ( 857 520) -256 193

16 921 538 ( 3 051 897) 13 869 641 ( 2 034 010) 11 835 630

Ramos Técnicos

Prémios diferidos

Custos de aquisição diferidos

Valor líquidoResseguros

cedidosValor líquido

Automóvel 8 357 947 ( 1 329 663) 7 028 284 - 7 028 284

Incêndio e outros danos 4 190 839 ( 766 613) 3 424 226 ( 1 189 931) 2 234 294

Acidentes de trabalho 1 552 381 ( 283 887) 1 268 494 - 1 268 494

Acidentes pessoais e doença 936 950 ( 187 390) 749 560 - 749 560

Responsabilidade civil geral 460 837 ( 92 167) 368 669 ( 21 382) 347 288

Marítimo 30 685 ( 6 137) 24 548 ( 13 739) 10 809

Transportes 20 406 ( 3 570) 16 835 - 16 835

Diversos 618 902 ( 102 878) 516 023 ( 683 019) -166 996

16 168 947 ( 2 772 307) 13 396 640 ( 1 908 071) 11 488 569

Seguros directos

2007

2006

Seguros directos

66

33.2 PROVISÃO PARA SINISTROS Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Ramos Técnicos Seguros directosResseguros

cedidos Líquido

Acidentes de trabalho:

Provisão matemática 15 963 017 - 15 963 017

Provisão para outras prestações

e custos 3 690 342 - 3 690 342

Provisão para gestão de sinistros 331 350 - 331 350

Provisão para IBNR 1 452 353 - 1 452 353

21 437 062 - 21 437 062

Outros ramos:

Automóvel 46 651 043 ( 1 559 405) 45 091 638

Incêndio e outros danos 1 144 439 ( 357 215) 787 223

Acidentes pessoais e doença 739 253 ( 25 265) 713 988

Responsabilidade civil geral 299 205 - 299 205

Marítimo 465 920 ( 314 924) 150 996

Transportes 16 250 - 16 250

Diversos 10 - 10

49 316 119 ( 2 256 809) 47 059 310

Provisão para gestão de sinistros 997 855 - 997 855

Provisão para IBNR 641 927 ( 160 131) 481 796

50 955 901 ( 2 416 940) 48 538 961

72 392 963 ( 2 416 940) 69 976 023

Ramos Técnicos Seguros directosResseguros

cedidos Líquido

Acidentes de trabalho:

Provisão matemática 13 466 192 - 13 466 192

Provisão para outras prestações

e custos 3 090 673 - 3 090 673

Provisão para gestão de sinistros 247 974 - 247 974

Provisão para IBNR 1 320 773 - 1 320 773

18 125 612 - 18 125 612

Outros ramos:

Automóvel 43 424 381 ( 1 509 695) 41 914 687

Incêndio e outros danos 4 858 685 ( 3 427 983) 1 430 702

Acidentes pessoais e doença 714 832 - 714 832

Responsabilidade civil geral 183 593 ( 260) 183 333

Marítimo 474 839 ( 314 924) 159 915

Transportes 15 409 - 15 409

Diversos 5 - 5

49 671 744 ( 5 252 862) 44 418 883

Provisão para gestão de sinistros 995 169 - 995 169

Provisão para IBNR 2 101 933 ( 201 954) 1 899 979

52 768 847 ( 5 454 816) 47 314 031

70 894 459 ( 5 454 816) 65 439 643

2007

2006

67

A “Provisão matemática” de seguros directos do ramo acidentes de trabalho inclui os

seguintes montantes: 2007 2006 - Respeitante a pensões já homologadas ou com acordo de conciliação já realizado 6.490.812 4.758.770 - Respeitante a processos já enviados a tribunal mas com desvalorização apenas determinada pela Companhia 3.027.221 2.894.853

- Provisão para potenciais pensões a atribuir a sinistrados com processos clínicos em curso 6.444.984 5.812.570

15.963.017 13.466.193

Em 31 de Dezembro de 2007, as provisões matemáticas foram calculadas de acordo com as bases técnicas previstas na norma regulamentar n.º 15/2000-R, de 23 de Novembro.

Em 2007, por se ter considerado que as provisões registadas especificamente para

potenciais pensões a atribuir a sinistrados com processos clínicos em curso, no montante de 3.649.194 Euros, poderiam estar insuficientes, a Companhia reforçou esta provisão no montante de 2.795.790 Euros, o qual foi determinado a partir da projecção de dados históricos. Desta forma, em 31 de Dezembro de 2007, a provisão total para potenciais pensões a atribuir a sinistrados com processos clínicos em curso ascendia a 6.444.984 Euros.

A provisão para sinistros de seguros directos do ramo automóvel (não incluindo as

provisões para sinistros não declarados e para custos de gestão de sinistros) tem a seguinte composição, por ano de ocorrência dos sinistros:

2007 2006

2007 12 109 837 -

2006 7 126 798 11 979 411

2005 7 343 216 8 754 014

2004 8 451 650 9 332 159

2003 3 959 158 4 537 219

2002 2 843 276 3 562 175

2001 2 279 536 2 558 989

2000 2 180 063 2 247 262

1999 310 393 405 545

1998 47 117 47 605

1997 - -

46 651 043 43 424 381

Relativamente ao ramo automóvel, em 31 de Dezembro de 2007, o limite mínimo obrigatório para as coberturas de responsabilidade civil de danos materiais e responsabilidade civil de danos corporais, ascendem respectivamente a 600.000 Euros, e 1.200.000 Euros.

68

A provisão para sinistros ocorridos e não declarados (IBNR) dos “Outros ramos” apresenta a seguinte composição:

Ramos Técnicos Seguros directosResseguros

cedidos Líquido

Automóvel 35 585 - 35 585

Incêndio e outros danos 543 223 ( 141 359) 401 864

Acidentes Pessoais e doença 43 956 ( 18 658) 25 297

Responsabilidade civil geral 16 929 ( 113) 16 816

Marítimo 830 - 830

Transportes 1 404 - 1 404

Diversos - - -

641 927 ( 160 131) 481 796

Ramos Técnicos Seguros directosResseguros

cedidos Líquido

Automóvel 1 646 344 - 1 646 344

Incêndio e outros danos 404 404 ( 201 729) 202 676

Acidentes Pessoais e doença 36 973 - 36 973

Responsabilidade civil geral 11 791 - 11 791

Marítimo 1 085 ( 47) 1 038

Transportes 1 153 - 1 153

Diversos 183 ( 178) 4

2 101 933 ( 201 954) 1 899 979

2007

2006

Em conformidade com a Circular nº 28/2004, de 17 de Novembro, do ISP, foram constituídas explicitamente provisões para custos de gestão de sinistros, as quais apresentam a seguinte decomposição:

2007 2006

Ramos Técnicos Seguros directos Seguros directos

Acidentes de trabalho 331 350 247 974

Automóvel 863 255 836 390

Incêndio e outros danos 59 000 84 762

Acidentes pessoais e doença 56 300 51 009

Responsabilidade civil geral 18 100 21 163

Marítimo 600 1 194

Transportes 400 543

Diversos 200 109

1 329 205 1 243 143

69

33.3 PROVISÃO PARA RISCOS EM CURSO

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta provisão apresenta a seguinte composição:

Ramos Técnicos 2007 2006

Automóvel 1 476 825 1 221 074

Acidentes pessoais e doença 737 757 13 007

Diversos 108 201 -

2 322 783 1 234 081

A “Provisão para riscos em curso” é calculada para o seguro directo, com base nos rácios de sinistralidade, de cedência, de despesas e da rentabilidade dos investimentos, de acordo com o definido pelo ISP. O reforço desta provisão no ano de 2007 reflecte o crescimento dos rácios de sinistralidade dos ramos acidentes de trabalho e automóvel, associado a uma política de provisionamento com elevada prudência.

34. PROVISÃO PARA SINISTROS (Relativa a Sinistros Ocorridos em

Exercícios Anteriores) Ver Anexo 5. 34.A DISCRIMINAÇÃO DOS CUSTOS COM SINISTROS

Ver Anexo 7 e Nota 53. 36. INVESTIMENTOS - MÉTODOS VALORIMÉTRICOS Todos os investimentos estão valorizados de acordo com o princípio do valor actual, conforme

referido em maior detalhe nas Notas 3.b) e 22 A. Os rendimentos são especializados em função do período decorrido até 31 de Dezembro de

cada ano. 40. DISCRIMINAÇÃO DE ALGUNS VALORES RELATIVOS AO SEGURO

DIRECTO POR RAMOS Ver anexo 6.

70

41. RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios de 2007 e 2006, os prémios brutos emitidos ascenderam a 68.515.862 Euros e

65.442.024 Euros, respectivamente, e dizem respeito exclusivamente a contratos celebrados em Portugal.

Segundo a norma nº 4/2003-R do ISP, os segmentos de mercado relatáveis, são os que

representam no mínimo 10% dos prémios totais aí comercializados.

a) Os valores por segmentos, são:

Ramos não Vida

Acidentes de Trabalho Automóvel Colheitas Outros

Prémios brutos emitidos 68 515 862 13 965 099 26 991 130 6 144 147 21 415 486 Prémios de resseguro cedido ( 10 722 027) ( 464 948) ( 678 592) ( 1 393 275) ( 8 185 213) Prémios brutos adquiridos 67 763 271 13 944 295 26 952 593 6 144 147 20 722 236 Resultado dos Investimentos 2 814 833 572 955 1 107 382 252 080 882 417 Custos com sinistros brutos 37 064 503 11 061 588 17 023 644 4 544 132 4 435 139 Custos de exploração brutos 18 812 717 3 661 278 7 380 350 1 628 677 6 142 412 Resultado técnico 6 598 598 ( 1 408 321) 2 771 642 491 909 4 743 368

Activos afectos à representação das provisões técnicas

123 705 291 28 153 625 75 405 186 454 360 19 692 120 Provisões técnicas 88 845 909 19 394 106 54 156 473 326 324 14 969 005

Ramos não Vida

Acidentes de Trabalho Automóvel Colheitas Outros

Prémios brutos emitidos 65 442 024 14 130 457 26 272 139 6 813 412 18 226 017 Prémios de resseguro cedido ( 9 246 573) ( 450 003) ( 623 210) ( 1 730 230) ( 6 443 130) Prémios brutos adquiridos 64 673 258 14 075 052 26 103 595 6 813 412 17 681 199 Resultado dos Investimentos 2 146 437 456 724 861 359 404 833 423 520 Custos com sinistros brutos 41 718 000 12 518 177 17 818 059 3 053 282 8 328 482 Custos de exploração brutos 17 487 190 3 801 924 6 713 021 1 635 208 5 337 037 Resultado técnico 5 151 296 ( 1 392 616) 2 294 252 1 552 933 2 696 727

Activos afectos à representação das provisões técnicas

104 515 947 22 527 386 41 958 626 10 881 543 29 148 391 Provisões técnicas 85 736 687 19 394 106 54 156 473 326 324 11 859 783

2007

2006

71

b) Relativamente à informação por segmento geográfico, todos os valores são originados pela actividade em Portugal:

2007

Portugal

Prémios brutos emitidos 68 515 862 Prémios de resseguro cedido ( 10 722 027) Prémios brutos adquiridos 67 763 271 Resultado dos Investimentos 2 814 833 Custos com sinistros brutos 37 064 503 Custos de exploração brutos 18 812 717 Resultado técnico 6 598 598

Activos afectos à representação das provisões técnicas

123 705 291 Provisões técnicas 88 845 909

2006

Portugal

Prémios brutos emitidos 65 442 024 Prémios de resseguro cedido ( 9 246 573) Prémios brutos adquiridos 64 673 258 Resultado dos Investimentos 2 146 437 Custos com sinistros brutos 41 718 000 Custos de exploração brutos 17 487 190 Resultado técnico 5 151 296

Activos afectos à representação das provisões técnicas

104 515 947 Provisões técnicas 85 736 686

43. REMUNERAÇÕES DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS As remunerações de mediação de seguros processadas durante os exercícios de 2007 e 2006,

ascenderam a 6.652.431 Euros e 5.730.448 Euros, respectivamente (Nota 54). A Companhia utiliza como canal de distribuição exclusivo as CCAM, tendo promovido a sua

inscrição no ISP como mediadores de seguros ligados. No ano de 2007, a Companhia introduziu um novo modelo de cálculo das remunerações de

mediação de seguros a pagar às CCAM, reforçando as componentes associadas à majoração por reduzida sinistralidade, e por elevadas taxas de penetração e capitação no universo dos Clientes do Crédito Agrícola.

72

44. AFECTAÇÃO DOS INVESTIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as rubricas de investimentos apresentavam a seguinte

composição de acordo com a respectiva afectação:

Rubricas (contas 22 e 241)Livres

(conta 23) Total

Investimentos em empresas do grupo e associadas 3 125 973 6 567 3 132 540

Outros investimentos financeiros 97 779 154 - 97 779 154

100 905 127 6 567 100 911 694

Rubricas (contas 22 e 241)Livres

(conta 23) Total

Investimentos em empresas do grupo e associadas 2 773 634 6 567 2 780 202

Outros investimentos financeiros 84 766 081 - 84 766 081

87 539 716 6 567 87 546 283

2007

Seguro não Vida

2006

Seguro não Vida

45. OUTRAS INFORMAÇÕES Com o objectivo de facilitar a leitura das demonstrações financeiras da Companhia em 31 de

Dezembro de 2007, foram preparadas notas adicionais às obrigatórias, as quais se encontram detalhadas abaixo (Notas 46 a 58).

73

46. INVESTIMENTOS A composição desta rubrica é a seguinte:

Investimentos em empresas do grupo e associadas: 2007 2006

- Partes de capital em empresas associadas (Nota 6) 3 125 973 2 780 202

Outros investimentos financeiros:

- Unidades de participação do Fundo Raiz Tesouraria 3 874 599 3 806 458

- Unidades de participação do Fundo Raiz Rendimento 3 853 229 3 790 125

- Unidades de participação do Fundo Raiz Global 7 812 137 7 713 408

- Unidades de participação do Fundo Raiz Europa 8 189 310 8 151 318

- Unidades de participação do Fundo Raiz Conservador 3 913 293 3 889 026

- Unidades de participação do Fundo Patrimonio Crescente 5 112 912 -

- Obrigações do tesouro 41 257 802 48 479 752

74 013 282 75 830 087

Depósitos a prazo:

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. 9 930 000 3 821 000

CA Gest, SA 13 835 872 5 114 995

23 765 872 8 935 995

100 905 127 87 546 283

O Fundo Raíz Tesouraria é um fundo de investimento mobiliário aberto de tesouraria, gerido

pela CA Gest, SA (uma entidade do Grupo Crédito Agrícola). Os Fundos Raíz Rendimento, Raíz Conservador, Raíz Europa e Raíz Global são fundos de

investimento mobiliário abertos, também geridos pela CA Gest, SA. O Fundo Património Crescente é um fundo de investimento imobiliário fechado, gerido pela

Sociedade Gestora do Fundo Primeiro Imobiliário, SA. Em 31 de Dezembro de 2007, as Obrigações do Tesouro detidas pela Companhia obtiveram

rendimento à taxa média anual 4,39%. Os depósitos a prazo existentes em 31 de Dezembro de 2007 rendiam juros à taxa anual de

4,20% para 5.000.000 Euros, 3,30% para 4.930.000 Euros, 5,50% para 5.000.000 Euros e 5,30% para 8.776.872 Euros, 3,90% para 59.000 Euros, e venciam-se durante o mês de Janeiro de 2008.

74

As mais e menos-valias potenciais geradas nos exercícios de 2007 e 2006 e as correspondentes movimentações da “Reserva de reavaliação” foram as seguintes:

Valias não realizadas de investimentos Mais-valias Menos-valias Valor líquido

Conta técnica do seguro não vida 1 460 267 ( 1 398 422) 61 846

Conta não técnica - - -

1 460 267 ( 1 398 422) 61 846

Dotação da reserva de reavaliação regulamentar 61 846

Valias não realizadas de investimentos Mais-valias Menos-valias Valor líquido

Conta técnica do seguro não vida 1 260 815 ( 2 064 457) ( 803 643)

Conta não técnica 853 - 853

1 261 667 ( 2 064 457) ( 802 790)

Dotação da reserva de reavaliação regulamentar 802 790

2007

2006

75

47. DEVEDORES A composição desta rubrica é a seguinte:

2007 2006

Devedores por operações de seguro directo:

. Recibos por cobrar 2 508 215 4 094 197

. Reembolsos de sinistros a receber -

- Reembolsos não emitidos 1 537 496 1 375 372

- Reembolsos emitidos e não recebidos 531 499 1 291 996

. Por operações de resseguro 1 110 140 -

3 179 135 2 667 368

5 687 350 6 761 565

Devedores por outras operações:

. Bonificações a receber do IFADAP 14 470 696 14 129 846

. Retenção de Imposto Rendimento de Capitais 479 241 439 623

. Outros 637 103 103 382

15 587 040 14 672 851

21 274 389 21 434 416

Provisão para recibos por cobrar ( 432 786) ( 1 100 466)

Provisão para créditos de cobrança duvidosa

- Reembolsos ( 294 660) ( 373 810)

- Outros ( 789 714) ( 166 623)

( 1 517 159) ( 1 640 899) 19 757 230 19 793 516

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica “Recibos por cobrar”, no montante total de 2.508.215 euros, inclui:

2007 2006

Prémios a cobrar em Co-seguro 832 158 832 158

Prémios cobrados em Janeiro do ano seguinte 200 019 1 682 827

Outros Prémios devidos referentes ao seguinte 266 011 56 365

Prémios do Seguro de Colheitas 1 052 993 627 069

Outros 157 034 895 778

2 508 215 4 094 197 Em 31 de Dezembro de 2007, o “Ajustamento para recibos por cobrar” ascende a 432.786 Euros, reflectindo o impacto das regras de cálculo, definidas através da Norma n.º 16/2006-R, de 28.12.2006, do ISP.

76

Em 31 de Dezembro de 2007, a antiguidade dos saldos da rubrica “Reembolsos emitidos e não

recebidos” era a seguinte:

2007 2006

Menos de 30 dias 177 016 100 147

Entre 31 e 90 dias 9 043 10 161

Entre 91 e 180 dias 11 514 19 521

Entre 181 e 365 dias 13 524 57 736

Mais de 365 dias 320 401 1 104 431

531 498 1 291 996

Os reembolsos emitidos até 31 de Dezembro de 2007, e não cobrados até meados de Fevereiro de 2008, foram integralmente provisionados na rubrica “Ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa”, pelo montante de 294.600 Euros.

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica “Bonificações a receber do IFADAP” corresponde às

bonificações processadas relativas às Campanhas do ramo Colheitas dos anos de 2006 e 2007, e uma parte das relativas aos anos de 2004 e 2005.

48. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS A composição destas rubricas é a seguinte:

Activo 2007 2006

Juros de Obrigações do Tesouro 823 584 954 053

Acertos de prémios do ramo Acidentes de Trabalho 200 000 200 000

Acertos de prémios do Ramo Doença - 84 334

Rendas e alugueres 34 573 34 573

Activos por impostos diferidos 1 366 740 2 668 560

Outros custos diferidos 226 053 164 894

2 650 951 4 106 415

Passivo

Custos com a implementação de software - -

Estimativa para férias e subsídio de férias (Nota 3.e) 658 749 593 018

Passivos por impostos diferidos - 50 888

Outros 181 600 493 809

840 348 1 137 715

A explicação do valor dos “Activos por impostos diferidos” e “Passivos por impostos diferidos” encontra-se detalhada na Nota 57. Os acertos de prémios respeitam à previsão dos prémios comerciais a emitir apenas em 2008, relativos ao ano de 2007.

77

49. MOVIMENTO NAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO

O movimento nas rubricas do capital próprio, durante os exercícios de 2007 e de 2006, foi o seguinte:

Capital Reavaliação Legal Livres Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 18 000 000 1 385 844 30 675 77 801 ( 6 814 713) 3 313 221 15 992 828

Transferência do resultado de 2005 - - - - 3 313 221 ( 3 313 221) -

Cobertura de prejuízos - - - - - - -

Dotação da reserva de reavaliação - ( 612 527) - - - - ( 612 527)

Activo para impostos diferidos - - - - - -

Resultado do exercício de 2006 - - - - - 3 763 414 3 763 414

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 18 000 000 773 317 30 675 77 801 ( 3 501 492) 3 763 414 19 143 715

Transferência do resultado de 2006 - - - - 3 501 492 ( 3 763 414) ( 261 922)

Cobertura de prejuízos - - - - - - -

Dotação da reserva de reavaliação - 112 734 261 923 - - - 374 656

Activo para impostos diferidos - - - - - - -

Resultado do exercício de 2007 - - - - - 4 206 423 4 206 423

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 18 000 000 886 050 292 598 77 801 - 4 206 423 23 462 872

Reservas Resultados transitados

Resultado do exercício

Os resultados transitados negativos até 31 de Dezembro de 2006, ascendiam a 3.501.492 Euros, tendo sido totalmente recuperados nesse exercício. Em 31 de Dezembro de 2007, os capitais próprios adicionados do montante do empréstimo subordinado concedido pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, 4.000.000 Euros, ascendiam a 27.462.871. Euros, correspondendo a cerca de 152,6% do capital social. De acordo com a legislação em vigor, uma percentagem não inferior a 10% dos lucros líquidos de cada exercício deverá ser transferida para a reserva legal, até à concorrência do capital. Esta reserva só pode ser utilizada para aumentar o capital ou para cobertura de prejuízos.

50. DEPÓSITOS RECEBIDOS DE RESSEGURADORES A Companhia fez a entrega dos depósitos que detinha de resseguradores durante o exercício

de 2006, não havendo, no exercício de 2007, qualquer constituição de novos depósitos.

78

51. CREDORES A composição desta rubrica é a seguinte:

2007 2006

Co-Seguradores 676 183 1 072 135

Recibos de prémios recebidos antecipadamente 3 823 236 3 982 547

4 499 418 5 054 682

Resseguradores:

. PWS International 211 218 678 814

. Mapfre - 62 872

. Mondial Assistance 157 320 143 028

. ERC Frankona - ( 19 890)

. Swiss Reinsurance - 124 107

. Munchener - 272 747

. Outros resseguradores 58 199 ( 151 640)

426 737 1 110 039

Estado e outros entes públicos:

. Imposto do selo 541 099 580 181

. Taxa para o Serviço Nacional de Bombeiros 1 041 023 1 350 749

. Taxa para o Instituto Nacional de Emergência Médica 63 273 62 913

. Taxa para o FAT 30 758 29 052

. Taxa para o ISP 79 534 76 033

. Taxa para o Fundo de Garantia Automóvel 543 752 530 254

. Contribuição para o Fundo de Calamidades 641 834 648 383

. Impostos retidos na fonte 213 981 126 875

. Contribuições para a Segurança Social 90 383 78 575

3 245 637 3 483 016

Credores diversos:

. Fornecedores - conta corrente 333 072 531 714

. Contas correntes das CCAM 3 829 264 2 958 409

. Outros credores 31 266 25 676

. Sinistros a pagar 499 981 343 055

. Saldo conta Depósito à Ordem (cheques em trânsito) 2 715 282 1 157 700

7 408 865 5 016 554

15 580 657 14 664 292

O valor da rubrica “Contas correntes das CCAM” respeita na sua quase totalidade às remunerações de mediação de seguros a pagar às CCAM, relativas ao segundo semestre de 2007, apuradas à data de 31 de Dezembro de 2007, e entretanto pagas durante os meses de Janeiro e Fevereiro de 2008. Todos os montantes registados nas rubricas de “Credores” se encontram dentro dos prazos legais ou contratuais previstos para o seu pagamento.

79

52. PRÉMIOS ADQUIRIDOS A composição desta rubrica da demonstração de ganhos e perdas é a seguinte:

Ramo técnico Seguro directoResseguro

cedido Total

Acidentes de trabalho 13 965 099 ( 464 948) 13 500 151

Acidentes pessoais e doença 5 130 615 ( 1 507 293) 3 623 322

Automóvel 26 991 130 ( 678 592) 26 312 538

Colheitas 6 144 147 ( 1 393 275) 4 750 872

Incêndio e outros danos 12 219 814 ( 4 815 414) 7 404 400

Marítimo 101 792 - 101 792

Transportes 126 461 ( 5 759) 120 703

Responsabilidade Civil Geral 1 671 408 ( 140 972) 1 530 436

Diversos 2 165 396 ( 1 715 775) 449 621

68 515 862 ( 10 722 027) 57 793 835

Provisão para prémios não adquiridos ( 752 591) 125 939 ( 626 652)

67 763 271 ( 10 596 088) 57 167 183

Ramo técnico Seguro directoResseguro

cedido Total

Acidentes de trabalho 14 130 457 ( 450 003) 13 680 454

Acidentes pessoais e doença 3 373 004 ( 57 524) 3 315 480

Automóvel 26 272 139 ( 623 210) 25 648 929

Colheitas 6 813 412 ( 1 730 230) 5 083 182

Incêndio e outros danos 11 494 066 ( 4 828 020) 6 666 046

Marítimo 65 321 - 65 321

Transportes 121 815 - 121 815

Responsabilidade Civil Geral 1 344 174 ( 145 000) 1 199 174

Diversos 1 827 637 ( 1 412 585) 415 051

65 442 024 ( 9 246 573) 56 195 452

Provisão para prémios não adquiridos ( 768 770) ( 210 687) ( 979 456)

64 673 255 ( 9 457 259) 55 215 995

2007

2006

80

53. CUSTOS COM SINISTROS A composição desta rubrica da demonstração de ganhos e perdas é a seguinte (ver Anexo 7):

Ramo técnicoSeguros directos

Resseguros cedidos Líquido

Montantes pagos:

. Acidentes de trabalho 7 308 307 - 7 308 307

. Acidentes pessoais e doença 923 516 ( 441 197) 482 318

. Automóvel 13 569 878 ( 293) 13 569 585

. Colheitas 4 054 012 ( 1 241 196) 2 812 816

. Incêndio e outros danos 5 861 699 ( 2 951 572) 2 910 126

. Marítimo 30 567 - 30 567

. Transportes 54 277 - 54 277

. Responsabilidade Civil Geral 480 428 ( 3 097) 477 331

. Diversos - - -

32 282 684 ( 4 637 356) 27 645 328

Custos de gestão imputados (Nota 54) 3 445 440 - 3 445 440

35 728 123 ( 4 637 356) 31 090 767

Variação da provisão para sinistros:

. Acidentes de trabalho 3 244 139 - 3 244 139

. Acidentes pessoais e doença 36 639 ( 43 923) ( 7 284)

. Automóvel 1 548 720 ( 49 711) 1 499 010

. Colheitas 15 192 ( 77 066) ( 61 875)

. Incêndio e outros danos ( 3 617 092) 3 206 806 ( 410 286)

. Marítimo ( 9 768) - ( 9 768)

. Transportes 949 - 949

. Responsabilidade Civil Geral 117 687 194 117 881

. Diversos ( 86) 178 92

1 336 380 3 036 478 4 372 858

37 064 503 ( 1 600 878) 35 463 625

2007

81

Ramo técnicoSeguros directos

Resseguros cedidos Líquido

Montantes pagos:

. Acidentes de trabalho 6 467 215 - 6 467 215

. Acidentes pessoais e doença 594 364 - 594 364

. Automóvel 13 136 468 ( 2 632) 13 133 836

. Colheitas 2 565 962 ( 546 892) 2 019 070

. Incêndio e outros danos 3 762 813 ( 1 476 172) 2 286 641

. Marítimo 23 726 ( 767) 22 958

. Transportes 41 489 - 41 489

. Responsabilidade Civil Geral 364 731 ( 917) 363 814

. Diversos 4 558 ( 4 458) 100

26 961 325 ( 2 031 838) 24 929 488

Custos de gestão imputados (Nota 54) 3 254 176 - 3 254 176

30 215 501 ( 2 031 838) 28 183 663

Variação da provisão para sinistros:

. Acidentes de trabalho 4 522 128 - 4 522 128

. Acidentes pessoais e doença 320 575 - 320 575

. Automóvel 2 928 004 96 626 3 024 630

. Colheitas 22 384 3 831 26 215

. Incêndio e outros danos 3 781 054 ( 3 023 954) 757 100

. Marítimo 26 384 ( 290) 26 094

. Transportes ( 5 189) - ( 5 189)

. Responsabilidade Civil Geral ( 93 137) ( 307) ( 93 444)

. Diversos 296 ( 178) 118

11 502 499 ( 2 924 273) 8 578 226

41 718 000 ( 4 956 110) 36 761 890

2006

82

54. CUSTOS IMPUTADOS A composição dos “Custos por natureza a imputar” é a seguinte:

2007 2006

Custos com o pessoal (Nota 8) 5 081 942 4 826 543

Fornecimentos e serviços externos:

Trabalhos especializados 2 837 702 2 100 451

Rendas e alugueres:

Aluguer de edifícios 411 454 409 352

Aluguer de circuitos telefónicos 63 358 112 455

Outras rendas e alugueres 17 308 13 387

Comunicações 525 553 513 880

Conservação e reparação 1 497 945 2 210 634

Publicidade e propaganda 712 601 583 444

Deslocações, estadas e despesas de representação 448 268 44 484

Material de escritório 98 585 56 482

Quotizações 90 288 57 437

Seguros 123 856 153 086

Contencioso e notariado 215 572 210 161

Outros 316 720 577 918

7 359 209 7 043 169

Impostos e taxas 877 467 834 415

Amortizações do exercício:

Imobilizações incorpóreas (Anexo 2) - 9 941

Imobilizações corpóreas (Anexo 2) 2 531 841 2 371 700

2 531 841 2 381 641

Remunerações de mediação de seguros (Nota 43) 6 652 431 5 730 448

Juros suportados:

Juros de depósitos de Resseguradores - -

Comissões de administração de valores 212 371 223 394

6 864 801 5 953 842

22 715 261 21 039 609

No ano de 2007, a rubrica de “Trabalhos especializados” inclui despesas referentes a contratos de serviços de auditoria, informática, rede nacional de médicos, análises de risco, prevenção e segurança. As “Despesas de conservação” respeitam a montantes suportados com a manutenção e reparação do edifício, de equipamento informático e administrativo e de viaturas.

83

No final dos exercícios de 2006 e 2007, estes custos foram imputados por funções, da seguinte forma:

2006

Conta técnicaConta não

técnica Total Total

Custos de aquisição 12 676 688 - 12 676 688 11 525 491

Custos administrativos 6 415 619 - 6 415 619 6 144 742

Custos gestão dos investimentos 177 514 - 177 514 115 200

Custos com sinistros (Nota 53) 3 445 440 - 3 445 440 3 254 176

22 715 261 - 22 715 261 21 039 609

2007

55. OUTROS CUSTOS, INCLUINDO PROVISÕES A composição desta rubrica da demonstração de ganhos e perdas é a seguinte:

2007 2006

Dotação da provisão para recibos por cobrar ( 667 681) 722 240

Dotação da provisão para créditos de cobrança duvidosa 999 010 202 122

Juros suportados 266 681 219 965

Serviços bancários 179 743 90 352

777 754 1 234 681 56. SITUAÇÃO LEGAL De acordo com a legislação vigente, as seguradoras devem dispor, em cada exercício

económico, de um património não comprometido (margem de solvência) e de um fundo de garantia (um terço da margem de solvência) que representem certas percentagens e montantes mínimos legalmente estabelecidos. De acordo com a legislação vigente, as seguradoras que tenham uma insuficiência de margem de solvência devem submeter às autoridades competentes um plano de recuperação tendo em vista restabelecer a sua situação financeira, existindo sanções em caso de incumprimento destes dispositivos.

À data de 31 de Dezembro de 2007, os elementos constitutivos da margem de solvência da

Companhia cumpriam a legislação vigente sobre esta matéria, verificando-se um excesso de cobertura da margem de solvência de 13.401,074 Euros, o que corresponde a uma taxa de cobertura da margem de solvência a constituir, de 220,5%.

84

57. IMPOSTOS A Companhia está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Colectivas (IRC) e correspondente Derrama, o que corresponde a uma taxa agregada de imposto de 26,5%.

Os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais podem ser objecto de revisão e

correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos, ou pelo período de reporte dos prejuízos fiscais. As declarações fiscais dos anos de 2005 e 2006 já foram sujeitas a revisão sendo que apenas a de 2007 poderá ainda vir a ser sujeita a revisão.

O Conselho de Administração Executivo entende que as eventuais correcções resultantes de

revisões e inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras da Companhia, em 31 de Dezembro de 2007.

De acordo com o referido na Nota 29, foi reconhecido no exercício um encargo relativo à

reversão de imposto diferido activo, no valor de 1.301.819 Euros. O montante apurado em imposto diferido, bem como do activo reconhecido no exercício,

apresenta-se nos seguintes quadros: a) Reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente:

TotalOperações na

D.R.Reavaliação Outras

2007 2007 2007 2007

I - Imposto do Exercício 1 441 344 1 441 344 - -

II - Gastos (proveitos) de impostos do exercício reconhecidos neste exercício e anteriormente reconhecidos como impostos diferidos provenientes de: - - - -

III - Gastos (proveitos) de impostos não reconhecidos anteriormente como impostos diferidos:

Reporte de prejuízos ( 1 105 568) ( 1 105 568) - -

Impostos diferidos com origem em diferenças temporárias ( 196 251) ( 247 139) 50 888 -

Total III ( 1 301 819) ( 1 352 707) 50 888 -

IV - Imposto diferido ( II +/- III ) ( 1 301 819) ( 1 352 707) 50 888 -

V - Imposto corrente ( I +/- IV ) 139 525 88 637 50 888 -

Movimentações noutras rubricas do Capital Próprio

85

b) Decomposição dos activos e passivos por impostos diferidos:

2007 2006

I Activos por impostos diferidos

Prejuízos fiscais 4 422 273 9 957 392

Provisões e ajustamentos não aceites fiscalmente 299 216 134 184

Diferimento de tributação por capitalização de custos 464 141 -

Diferimento de tributação das Mais Valias Financeiras 222 198 -

Provisões e ajustamentos não aceites fiscalmente de anos anteriores - 522 374

Total I 4 721 488 10 091 576

Activos por impostos diferidos de prejuízos Fiscais ( x 25%) 1 105 568 2 489 348

Activos por impostos diferidos de provisões e ajustamentos não aceites fiscalmente ( x 26,5%) 261 172 35 559

Activos por impostos diferidos de provisões e ajustamentos não aceites fiscalmente de anos anteriores ( x 27,5%) - 143 653

Total 1 366 740 2 668 560

II Passivos por impostos diferidos

Diferimento de tributação das Mais Valias Financeiras - ( 192 030)

Total II - ( 192 030)

Passivos por impostos diferidos (total II x 26.5%) - ( 50 888)

86

c) Decomposição dos impostos relativos a resultados líquidos do exercício, reservas livres e

resultados transitados:

ResultadosResultados Transitados

Movimentos noutras

rubricas dos capitais próprios

Totais

Resultados, reservas livres e resultados transitados antes de impostos (contabilistico) 5 647 767 - - 5 647 767

Diferenças definitivas ( 38 301) - - ( 38 301)

Resultados, reservas livres e resultados transitados antes de impostos (fiscais) 5 609 466 - - 5 609 466

Resultados, reservas livres e resultados transitados líquidos de impostos (contabilistico) 4 206 423 - - 4 206 423

Imposto do exercício 1 441 344 - - 1 441 344

Impostos diferidos 1 301 819 - - 1 301 819

Imposto corrente 139 525 - - 139 525 58. CONTINGÊNCIAS Encontra-se pendente de decisão judicial uma acção contra a Companhia, interposta por um

ex–membro do Conselho de Administração, na qual é pedida uma indemnização no montante de 1.311.519 Euros. As decisões dos Tribunais na 1ª Instancia e na Relação foram favoráveis à Companhia.

O processo encontra-se em fase de recurso no Supremo Tribunal da Justiça, sendo opinião do

corpo jurídico da Companhia, não só que não há bases, de facto ou de direito, que permitam fazer neste momento uma estimativa das responsabilidades finais, mas também que a acção deverá vir a ser julgada totalmente improcedente por este tribunal.

87

ANEXO 1

INVENTÁRIO DE TÍTULOS E PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS A 31.12.2007

(Montantes expressos em Euros)

DESIGNAÇÃO QuantidadeMontante do valor nominal

% do valor nominal

Preço médio de aquisição

Valor total de aquisição unitário Total

1 - TÍTULOS DE EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS

1.1 - Nacionais

1.1.4 - Partes de capital em empresas associadas

Rurabela, S.A. 2 000 5.00 20.00 4.99 9 986 3.28 6 567

Crédito Agrícola Vida, SA 210 000 5.00 10.00 4.96 1 041 600 14.89 3 125 973

sub-total 212 000 1 051 586 3 132 540

total 212 000 1 051 586 3 132 540

2 - OUTROS TÍTULOS

2.1 - Nacionais

2.1.1 - Títulos de rendimento fixo

2.1.1.1 - De dívida pública

Bilhetes do Tesouro

Obrigações do Tesouro 16/06/2014 5 000 000 5 000 000 100.00 103.33% 5 166 285 100.36% 5 018 200

Obrigações do Tesouro 15/07/2009 9 750 000 9 750 000 100.00 102.22% 9 966 850 99.75% 9 725 528

Obrigações do Tesouro 15/07/2008 11 950 000 11 950 000 100.00 100.23% 11 977 557 99.54% 11 894 433

Obrigações do Tesouro 15/06/2012 5 000 000 5 000 000 100.00 109.64% 5 481 800 103.07% 5 153 250

Obrigações do Tesouro 15/10/2015 2 650 000 2 650 000 100.00 100.05% 2 651 357 93.42% 2 475 710

Obrigações do Tesouro 15/04/2021 5 200 000 5 200 000 100.00 99.75% 5 187 083 92.31% 4 800 120

Obrigações do Tesouro 15/04/2011 1 750 000 1 750 000 100.00 97.13% 1 699 775 97.00% 1 697 483

sub-total 41 300 000 41 300 000 42 130 706 40 764 724

2.2 - Estrangeiros

2.1.1 - Títulos de rendimento fixo

2.1.1.1 - De dívida pública

Bilhetes do Tesouro

Greek Government Bonds20/08/2011 500 000 500 000 100 99.93% 499 646 98.62% 493 080

sub-total 500 000 500 000 499 646 493 080

2.1.2.3 - Unidades de participação em fundos de investimento

Raíz de Tesouraria 514 664 7.53 3 874 342 7.53 3 874 599

Raíz Europa 1 675 939 4.89 8 191 321 4.89 8 189 310

Raíz Global 1 518 217 5.14 7 810 619 5.15 7 812 137

Raíz Conservador 702 919 5.57 3 914 347 5.57 3 913 293

Raíz Rendimento 641 948 6.00 3 853 100 6.00 3 853 229

Património Crescente 461 500 10.84 5 001 875 11.08 5 112 912

sub-total 5 515 188 32 645 605 32 755 481

total 47 315 188 75 275 958 74 013 285

3 - TOTAL GERAL 47 527 188 76 327 544 77 145 825

Valor de balanço

88

ANEXO 2

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS E IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS a 31.12.2007

(Montantes expressos em Euros)

Saldo Inicial Aumentos Amortizações do exercício

RUBRICAS Valor Bruto Amortizações Aquisições

Transferências e abates Alienações Reforço Regularizações

Saldo Final (valor líquido)

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Despesas de constituição e instalação 2 524 659 2 524 659 -

Despesas de investigação e desenvolvimento 85 697 85 697 -

Despesas em edifícios arrendados 313 282 313 282 -

Trespasses -

Outras imobilizações incorpóreas -

Imobilizações em curso -

Adiantamentos por conta -

sub-total 2 923 638 2 923 638 - - - - - -

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Equipamento administrativo 386 060 283 252 6 663 24 847 84 624

Máquinas e ferramentas 134 736 126 721 2 122 5 894

Equipamento informático 2 095 215 1 633 345 145 145 189 221 417 795

Instalações interiores 48 661 20 950 4 869 22 842

Material de transporte 821 895 451 373 245 300 163 880 155 859 223 767 384 035

Equipamento hospitalar -

Outras imobilizações corpóreas 25 197 524 20 076 538 1 328 411 2 087 017 4 362 381

Imobilizações em curso 18 150 5 167 23 317 -

Adiantamentos por conta

sub-total 28 702 242 22 592 179 1 730 686 187 197 155 859 2 531 841 - 5 277 570

Total 31 625 880 25 515 817 1 730 686 187 197 155 859 2 531 841 - 5 277 570

89

ANEXO 5

DESENVOLVIMENTO DA PROVISÃO PARA SINISTROS RELATIVA

A SINISTROS OCORRIDOS EM EXERCÍCIOS ANTERIORES E DOS SEUS REAJUSTAMENTOS (CORRECÇÕES)

(Montantes expressos em Euros)

RAMOS/GRUPOS DE RAMOS

Provisão para sinistros em 31/12/N-1

Custos com sinistros *

montantes pagos no exercício

Provisão para sinistros * em

31/12/NReajustamentos

(1) (2) (3) (3)+(2)-(1)

VIDA

NÃO VIDA

ACIDENTES E DOENÇA 18 928 426 4 376 898 14 480 292 ( 71 236)

INCÊNDIO E OUTROS DANOS 5 347 851 3 273 863 241 255 ( 1 832 734)

AUTOMÓVEL

-RESPONSABILIDADE CIVIL 44 803 602 4 966 301 34 388 260 ( 5 449 042)

-OUTRAS COBERTURAS 1 103 514 532 850 488 293 ( 82 371)

MARÍTIMO, AÉREO E TRANSPORTES 474 969 81 587 449 920 56 538

RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL 235 802 225 590 148 518 138 306

CRÉDITO E CAUÇÃO - - - -

PROTECÇÃO JURÍDICA - - - -

ASSISTÊNCIA 114 - 5 ( 109)

DIVERSOS 182 - - ( 182)

TOTAL 70 894 459 13 457 087 50 196 543 ( 7 240 829)

TOTAL GERAL 70 894 459 13 457 087 50 196 543 ( 7 240 829)

* Sinistros ocorridos no ano N-1 e anteriores

90

ANEXO 6

DISCRIMINAÇÃO DE ALGUNS VALORES POR RAMOS EM 2007

(Montantes expressos em Euros)

RAMOS/GRUPOS DE RAMOS

Prémios brutos

emitidos

Prémios brutos

adquiridos

Custos com sinistros brutos*

Custos de exploração

brutos*Saldo de resseguro

SEGURO DIRECTO

ACIDENTES E DOENÇA 19 095 714 18 859 622 12 120 593 4 847 081 1 226 978

INCÊNDIO E OUTROS DANOS 18 363 961 18 161 004 7 163 935 5 354 299 3 426 911

AUTOMÓVEL

- RESPONSABILIDADE CIVIL 19 989 896 19 987 745 12 857 835 5 390 974 459 747

- OUTRAS COBERTURAS 7 001 234 6 964 848 4 165 809 1 989 376 168 841

MARÍTIMO, AÉREO E TRANSPORTES 228 253 220 645 80 589 67 106 18 346

RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL 1 671 408 1 536 768 674 315 463 614 145 330

CRÉDITO E CAUÇÃO - - - - -

PROTECÇÃO JURÍDICA 195 451 189 251 124 65 418 146 929

ASSISTÊNCIA 1 956 490 1 829 498 1 478 630 348 1 383 479

DIVERSOS 13 455 13 890 ( 174) 4 501 7 230

TOTAL 68 515 862 67 763 271 37 064 503 18 812 717 6 983 792

RESSEGURO ACEITE - - - - -

TOTAL GERAL 68 515 862 67 763 271 37 064 503 18 812 717 6 983 792

* Sem dedução da parte dos resseguradores

91

ANEXO 7

DISCRIMINAÇÃO DE CUSTOS COM SINISTROS EM 2007

(Montantes expressos em Euros)

RAMOS/GRUPOS DE RAMOS

Montantes pagos -

prestações

Montantes pagos - custos de gestão de

sinistros imputados

Variação da provisão para

sinistros

Custos com sinistros

(1) (2) (3) (4)=(1)+(2)+(3)

SEGURO DIRECTO

ACIDENTES E DOENÇA 8 231 823 607 993 3 280 778 12 120 593

INCÊNDIO E OUTROS DANOS 9 915 711 850 124 ( 3 601 900) 7 163 935

AUTOMÓVEL

- RESPONSABILIDADE CIVIL 10 354 675 1 393 510 1 109 649 12 857 835

- OUTRAS COBERTURAS 3 215 202 511 535 439 071 4 165 809

MARÍTIMO, AÉREO E TRANSPORTES 84 844 4 565 ( 8 819) 80 589

RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL 480 428 76 199 117 687 674 315

CRÉDITO E CAUÇÃO - - - -

PROTECÇÃO JURÍDICA - 124 - 124

ASSISTÊNCIA - 1 381 96 1 478

DIVERSOS - 9 ( 182) ( 174)

TOTAL 32 282 684 3 445 440 1 336 380 37 064 503

RESSEGURO ACEITE - - - -

TOTAL GERAL 32 282 684 3 445 440 1 336 380 37 064 503

92

Certificação Legal das

Contas

93

94

95

96

Relatório do Auditor Externo

97

98

99

Relatório de Actividades do Conselho Geral

e de Supervisão

100

101

102

Parecer do Conselho Geral

e de Supervisão

103

104