panamby magazine abril 2015
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015
PARQUE BURLE MARX: novidades na luta pela preservação
Panamby e Morumbi: ações positivas para a sustentabilidade
Cyrela suspende projeto no entorno
do Parque
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DIRETORES: Luiza Oliva ([email protected]) e Marcelo Santos ([email protected]) FOTOGRAFIA: Juliana Amorim CRIAÇÃO E ARTE: Adalton Martins e Vanessa Thomaz ATENDIMENTO AO LEITOR: Catia Gomes IMPRESSÃO: Laser Press PERIODICIDADE: Mensal CIRCULAÇÃO: Condomínios de alto padrão e comércio do Panamby JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiza Oliva MTB 16.935
PANAMBY MAGAZINE é uma publicação mensal da Editora Leitura Prima. PAnAMBY MAGAZInE não se responsabiliza pelos serviços, informes publicitários e produtos de empresas que anunciam neste veículo.
REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO: Al. dos Jurupis, 1005, conj. 94 – Moema – São Paulo – SP Tel. (11) 2157-4825, 2157-4826 e 98486-3000 – [email protected] – www.leituraprima.com.brM Tecnologia e Comunicação Ltda.
SUMÁRIO
FOTO DA CAPA: Juliana Amorim
06
CAPA Luta pela preservação continua
10 MEIO AMBIENTEAções positivas para a sustentabilidade
ANO 2 | Nº 13 | Abril 2015
16 AMIGOS DO PARQUE BURLE MARX
18 RESTAURANTETodo o charme da culinária italiana no
Market Place
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20 DESENVOLVIMENTO HUMANOnosso cérebro musical
22 DECORAÇÃOSala renovada
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EDITORIAL
Caro morador do PAnAMBY
Os moradores do Panamby estão se acostuman-
do ao som das motosserras. nos últimos seis
meses, o movimento SOS Panamby contabilizou
três terrenos desmatados para a construção de novos
empreendimentos imobiliários. O caso mais recente foi
o do terreno da rua Forte William, onde a Maxcasa ergue-
rá um condomínio com três torres e 236 apartamentos
(com áreas entre 68,5 a 74,7 metros quadrados). Ques-
tionada pelo movimento SOS Panamby sobre o desma-
tamento, a construtora argumentou que irá realizar no
próprio terreno a compensação ambiental das árvores
retiradas. “Vamos fi car vigilantes”, afi rma Roberto Del-
manto Jr., coordenador do SOS Panamby.
na matéria de capa desta edição, trazemos detalhes
do projeto da Maxcasa e também da mais recente vitória
do movimento em defesa do verde do entorno do Parque
Burle Marx: em março, o Ministério Público Federal emi-
tiu Recomendação à Secretaria do Verde e Meio Ambien-
te do Município de São Paulo, à Cetesb e ao Ibama para
que realizem vistorias no terreno da Cyrela, localizado en-
tre o estacionamento do Parque Burle Marx e a Marginal
Pinheiros, contemplando “a cobertura vegetal e fauna, a
existência de Áreas de Proteção Permanente, a existência
de espécies endêmicas ou ameaçadas de extinção, a im-
portância da área tendo em vista a sua proximidade com
o Parque Burle Marx, bem como no contexto das áreas
verdes remanescentes no município de São Paulo”. Tam-
bém recomenda ao Ibama que ratifi que as publicações
internacionais sobre a descoberta de um novo molusco
descoberto no terreno por dois biólogos da USP.
Há mais ainda a comemorar: a Cyrela manifestou, em
carta endereçada ao Fundo Imobiliário Panamby (Fundo
constituído em 1995 para operar a comercialização, a di-
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versos incorporadores, dos terrenos do recém-formado
bairro do Panamby, área de 715 mil metros quadrados),
sua desistência em relação ao projeto vizinho ao Parque.
na carta, a Cyrela elenca as difi culdades encontradas
para a legalização do projeto. “Em especial desde o início
de 2014, inúmeros atos de resistência a que sejam apro-
vados tais projetos têm sido verifi cados, em especial da
parte de vizinhos e do Ministério Público. Apesar de es-
tarmos convictos de termos direito a tais aprovações,
desde que sejam atendidas as exigências técnicas dos
órgãos competentes, fato é que o acirramento de posi-
ções tem evidenciado que não há possibilidade de serem
solucionados os atos de resistência em via amigável.” A
Cyrela ainda afi rma que continuará lutando para tentar
realizar os empreendimentos e que buscará seus direitos
“perante os terceiros que estão causando tal situação”.
O embate promete continuar e, segundo Delmanto, do
SOS Panamby, a luta pela desapropriação dos terrenos
que ameaçam o Parque segue cada vez mais forte.
nesta edição, confi ra a matéria de capa sobre o as-
sunto e conheça projetos de sustentabilidade desenvol-
vidos por escolas do bairro. Os moradores podem fazer
a sua parte participando de ações como a coleta de lixo
eletrônico, promovida pela Ecoação e pelo Instituto GEA,
que acontecerá no Morumbi e Panamby no dia 25 de abril.
Sabia mais lendo a reportagem que começa na página 10.
Boa leitura.
Luiza Oliva
Editora
www.panambymagazine.com.br
www.facebook.com/panambymagazine
6
CAPA
no último dia 7, os moradores do Panamby se
surpreenderam com a notícia publicada no jor-
nal O Estado de S. Paulo: em carta endereçada
ao Fundo de Investimento Imobiliário Panamby, a Cyrela
manifestou sua desistência do projeto de construção de
grandes torres no terreno entre a Marginal Pinheiros e o
estacionamento do Parque Burle Marx.
A comemoração foi grande, especialmente entre os
internautas que acompanham a página do Facebook
SOS Panamby. O advogado Roberto Delmanto Jr., coor-
denador do SOS Panamby, que se transformou em um
movimento em defesa do verde da cidade, pondera: “Foi
a vitória de uma batalha mas não da guerra. Enquanto o
terreno não for desapropriado não teremos sossego.” A
preocupação de Delmanto procede: a Cyrela é a proprie-
tária do terreno. Ele acrescenta: “Respeitamos o direito
de propriedade e de construir. Mas toda obra deve seguir
rigorosamente a legislação.”
Em relação ao projeto da Cyrela, em outubro do ano
passado, atendendo a um ofício do deputado estadu-
al Carlos Giannazi, a Cetesb atestou que nos lotes há
“afloramento natural de água subterrânea e presença de
A Cyrela desistiu de construir em seu terreno localizado entre o Parque Burle Marx e a Marginal Pinheiros.
No terreno, cientistas descobriram um novo caramujo. A área,
constantemente alagada, é ponto de encontro de outras espécies, como capivaras. A hora é de manter a luta
pela preservação, afirma Roberto Delmanto Jr., do SOS Panamby.
Fotos: Isabelle Vallantin
Luta peLa PRESERVAÇÃO CONtINua
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curso d’água parcialmente canalizada no lote 08, o que
acarreta na incidência de áreas de preservação perma-
nente – APPs”. A decisão da Cetesb confi rmou outro lau-
do, de 2006, realizado pelo antigo DEPRn (Departamen-
to Estadual de Proteção de Recursos naturais). Ou seja,
trata-se de área de APP, onde não é permitido construir.
Outra recente notícia impacta na necessária preser-
vação da área da Cyrela: a descoberta de uma nova es-
pécie de molusco, denominado adelopoma paulistanum.
A descoberta foi publicada na comunidade científi ca in-
ternacional, no Journal of Conchology, de Londres, e na re-
vista tentacle, dos Estados Unidos, sob o título uma nova
espécie descoberta em um parque urbano dentro da ter-
ceira maior cidade do mundo. Segundo o biólogo Dr. Luiz
Ricardo Lopes de Simone, responsável pela descoberta
com o Dr. Cláudio Mantovani Martins, a nova espécie é
endêmica, ou seja, só existe no bioma de mata atlântica
e brejos no Parque Burle Marx e em seu entorno. Para o
caramujo sobreviver, é necessário que a sua localidade-
-tipo seja preservada, informa Simone: “Posso afi rmar
que a construção de prédios, alterando-se o bioma nos
arredores do Parque Burle Marx, irá causar um risco con-
Segundo laudo da Cetesb, terreno da Cyrela tem “afl oramento natural de água subterrânea e
presença de curso d’água”. É área de APP, onde não é permitido construir.
PRESERVAR PARA PERPETUAR
Para o biólogo Gustavo Accacio, morador do Panamby, no
Brasil historicamente não se investe muito tempo e recur-
sos em pesquisas para conhecermos a fundo nossa biodi-
versidade. Segundo Accacio, na Mata Atlântica do estado
de São Paulo, cerca de 95% dos fragmentos de fl oresta
ainda existentes não tiveram um único inventário científi -
co de fauna, e os grandes remanescentes dos parques es-
taduais foram também pouco estudados. “Se considerar-
mos que já desmatamos mais de 90% da Mata Atlântica
ao longo de nossa história, é possível imaginar as cente-
nas ou milhares de espécies de animais que extinguimos
sem mesmo chegar a conhecer”, aponta.
O biólogo acredita que o caramujo descoberto na
área de brejo ao lado do estacionamento do Burle Marx
possa até ser encontrado em outras pequenas matas da
vizinhança ou ainda na área da Represa de Guarapiranga.
Espécies de distribuição mais restrita costumam estar
associadas a acidentes geográfi cos, tais como morros
isolados ou serras, ou ainda aos chamados encraves, ex-
plica Gustavo, que são pequenas manchas de ambientes
naturais dentro de grandes extensões distintas. Confor-
me Gustavo, os encraves geralmente são testemunhos
atuais dos ecossistemas existentes em períodos geoló-
gicos mais antigos. “De certa forma, o Parque Burle Max
e as outras manchas de mata que ainda encontramos na
margem esquerda do rio Pinheiros, não só no Panamby,
mas também no Morumbi, Butantã e Jardim Bonfi glioli,
são novos encraves, que guardam um testemunho da
fauna e da fl ora pré-existente na região metropolitana de
São Paulo. Devemos cuidar não só para que esses rema-
creto de colocar em ameaça de extinção essa nova es-
pécie endêmica de molusco que descobrimos. Como se
trata de uma espécie que só existe naquela localidade,
pelo que a ciência sabe até hoje, o seu risco de extinção é
altíssimo.” Simone, que é professor do Museu de Zoologia
da USP, frisa que qualquer intervenção na área deve ser
vedada, mesmo porque a nova espécie descoberta exige
mais estudos sobre sua reprodução, alimentação e vida.
nas duas fotos desta página, área de brejo no terreno da Cyrela.
8
CAPA
nescentes sejam preservados e manejados adequada-
mente no sentido de manter (e se possível aumentar) a
biodiversidade nativa neles presente, mas também para
que sejam criados corredores de interligação, aprovei-
tando a arborização urbana e mesmo o paisagismo das
casas e condomínios. Isso pode aumentar muito a chan-
ce de perpetuação não só do caramujo do Burle Max, mas
também de muitas outras espécies que vêm se tornan-
do cada vez mais raras em nossa cidade”, atesta Accacio,
completando que as chuvas recentes voltaram a encher
de água o terreno do brejo onde, mesmo nas épocas de
maior seca enfrentada pela cidade, havia água. “É uma
área extremamente úmida, que atrai marrecos migrado-
res e outros animais, como capivaras e jacus”, fi naliza.
COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
novidades à parte, moradores do Panamby continuam
convivendo com terrenos desmatados para o lançamen-
to de novos empreendimentos. Segundo o SOS Panamby
foram três áreas com árvores cortadas nos últimos seis
meses. O mais recente, na rua Forte William, dará lugar a
um empreendimento da Maxcasa, o MaxHaus BLX. Aline
Fortunato, gerente de incorporação da empresa, garante
que o projeto atende a todas as exigências legais neces-
sárias para construção em áreas verdes. “A companhia
teve como prioridade desenvolver um empreendimento
com o máximo de área verde possível. O projeto conta
com uma taxa de ocupação de 14%, menor do que os
25% permitidos na legislação vigente, e possui apro-
ximadamente 60% de área permeável, número muito
maior do que os 20% solicitados por lei”, diz.
Além disso, a compensação ambiental que será rea-
lizada irá aumentar em cerca de 60% a quantidade de
árvores no terreno em relação ao número inicial e enri-
quecerá o ecossistema por meio do acréscimo de mu-
das secundárias e clímax (de porte maior), acrescenta
a gerente. “É importante ressaltar também que cerca de
20% do terreno, considerado um fragmento de vegeta-
ção nativa, está averbado em matrícula, o que garante
sua preservação”, explica Aline.
A gerente da Maxcasa diz que o projeto de compen-
sação foi desenvolvido de acordo com parâmetros para o
plantio. Todas as mudas de refl orestamento têm a locali-
zação de plantio pré-determinado em planta já aprovada
pelo Departamento de Parques e Áreas Verdes (Depave).
Haverá o plantio de 596 árvores, sendo 416 mudas de re-
fl orestamento mais 167 mudas DAP 5, além de 13 mudas
DAP 0,50 na calçada (n.R.: Dap signifi ca diâmetro à altura
do peito, é o diâmetro do caule da árvore à altura de, aproxi-
madamente, 1,30 m do solo). As sete espécies considera-
das em extinção serão transplantadas dentro do terreno.
“As espécies de mudas de refl orestamento serão clímax
e secundárias, de relevância ecológica maior do que a ve-
getação existente no local, o que ocasionará o enrique-
cimento da biodiversidade do terreno. Além disso, con-
forme deliberação do CCA (Câmara de Compensação
Ambiental), haverá a conversão de 3.912 mudas para o
FEMA (Fundo Especial do Meio Ambiente)”, arremata.
Biólogos alertam: construção de prédios com destruição do bioma no entorno do Parque
Burle Marx aumenta risco de extinção de espécies, inclusive de molusco recém-descoberto
no terreno, o Adelopoma Paulistanum.
10
Coleta de lixo eletrônico: parceria entre Ecoação e Instituto GEA.
MEIO AMBIEnTE
Desmatamentos, água escassa, ar poluído, difi -
culdades de mobilidade. Os problemas ambien-
tais enfrentados pelos moradores de uma gran-
de metrópole como São Paulo são imensos. Como cada
cidadão pode contribuir para termos uma cidade melhor
para viver? Para Adriana Jazzar, moradora do Panamby,
é possível cada um assumir uma vida mais sustentável
no que é possível. Adriana é geógrafa, mestre em Gestão
Ambiental na área de resíduos sólidos e diretora da Eco-
ação, empresa que atua na área de gestão e educação
ambiental. no próximo dia 25 de abril, a Ecoação, em par-
ceria com o Instituto GEA, estará coletando lixo eletrô-
nico em condomínios e escolas do Morumbi e Panamby.
Podem ser descartados todos os equipamentos eletro-
eletrônicos, isto é, aqueles que precisam ser ligados na
tomada para funcionarem. Preferencialmente, as coope-
rativas recebem computadores, impressoras, periféricos
e aparelhos de telefone celular. Mas também podem ser
entregues microondas, aparelhos de som, etc. Atenção:
Preservação do verde, economia de água, descarte correto de resíduos. Se queremos um bairro verde, com respeito ao meio ambiente, todas essas ações devem estar interligadas. No Panamby, há importantes iniciativas de educação para a sustentabilidade, especialmente nas escolas, visando educar as novas gerações.
ações positivas para a SUSTEnTABILIDADE
não serão aceitos pilhas nem lâmpadas fl uorescentes.
Segundo Ana Maria Luz, presidente do Instituto GEA,
já foram realizadas cinco coletas semelhantes, nos bair-
ros dos Jardins, Vila Olímpia, Brooklin, Perdizes e Alto de
Pinheiros. “Tivemos excelentes resultados. A quantidade
coletada tem sido por volta de uma tonelada de mate-
riais eletrônicos a cada coleta. Estamos com grandes
expectativas para o dia 25, devido também à colabora-
ção da Ecoação. Temos certeza de que há muitos equi-
pamentos velhos guardados nas casas e nos escritórios
do Morumbi, e que vai haver uma mobilização positiva, já
que a destinação não pode ser melhor: tem-se a garantia
de que tudo será encaminhado para reciclagem, e ainda
vai gerar renda para quem precisa, que são os catadores
de materiais recicláveis”, explica Ana Maria.
O material doado pelos moradores será destinado à
Coopernova-Cotia, onde será processado, isto é, os com-
ponentes são separados, com ferramentas adequadas e
o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Em
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seguida, essas peças são vendidas para empresas certi-
ficadas (isto é, que têm licença de operação dos órgãos
ambientais para trabalhar com esse tipo de material).
“Alguns componentes são reaproveitados no Brasil. As
placas, depois de trituradas, são enviadas ao exterior
para serem recicladas, pois não dispomos dessa tecno-
logia no país”, informa a presidente do GEA.
Ana Maria reforça a importância de que esses equi-
pamentos não sejam jogados no lixo comum, pois pos-
suem, em seu interior, substâncias bastante tóxicas,
como chumbo, mercúrio, cádmio, fósforo e outras. “En-
quanto os equipamentos estão fechados, em uso, não
há problema de contaminação. Mas quando são abertos
ou quebrados, há possibilidade de que essas substâncias
vazem e contaminem não só o meio ambiente, mas as
pessoas também.”
Adriana Jazzar complementa a necessidade da popula-
ção se adaptar às exigências da lei federal 12.305/2010, que
instituiu a Política nacional de Resíduos Sólidos (PnRS).
Em 2014, a cidade de São Paulo elaborou o Plano de Geren-
ciamento Integrado de Resíduos Sólidos, justamente para
atender as demandas da lei federal. Conforme Adriana, o
plano de São Paulo prevê que até 2025 a cidade atenda
100% de sua população com a coleta seletiva de resíduos.
Entre em contato com a Ecoação para incluir seu
condomínio, escola ou empresa na coleta de lixo
eletrônico, dia 25 de abril, e divulgue a ação com
seus vizinhos, alunos e colaboradores.
[email protected] – Tel: 2809-4908
12
MEIO AMBIEnTE
A instalação de composteiras em residências e con-
domínios também é prevista no plano municipal. A pri-
meira ação nesse sentindo já começou: é o projeto Com-
posta São Paulo, que faz parte do programa municipal SP
Recicla, idealizado e executado pela Morada da Floresta.
De 10 mil inscritos, foram selecionados dois mil partici-
pantes que já receberam suas composteiras. Além de
fazer parte de uma comunidade on line de troca de co-
nhecimento e experiências, os participantes irão ajudar a
gerar informações que serão utilizadas para impulsionar
e fomentar a elaboração de uma política pública que es-
timula a prática da compostagem doméstica na cidade.
Incentivando a compostagem, é possível reduzir o lixo
enviado para aterros, além de estimular o plantio urbano,
já que o composto orgânico produzido pode ser utilizado
em hortas e em árvores da cidade.
Iniciativas como reciclar o lixo eletrônico e reapro-
veitar materiais orgânicos devem fazer parte de um
movimento mais amplo de sustentabilidade, acredita
Adriana Jazzar, da Ecoação. no Morumbi, que tem Pa-
raisópolis como vizinha, entre outras comunidades, há
a questão social envolvida, pondera: “Um bairro sus-
tentável não pode ter tantas diferenças sociais. Tudo
está interligado. O acúmulo de lixo em Paraisópolis, por
exemplo, tem aumentado muito os casos de dengue
na região.”
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no Porto Seguro, crianças registram dicas de economia e participam de desafi os para gastar menos água.
ECONOMIZANDO CADA GOTA
Para crianças pequenas, nem sempre é fácil entender
que a falta de água pode impactar também no seu co-
tidiano. O objetivo do Colégio Visconde de Porto Segu-
ro, em diversos projetos desenvolvidos com os alunos,
tem sido justamente fazer as crianças enxergarem que
elas fazem parte do processo e podem contribuir mes-
mo em pequenas ações. “Todos os anos desenvolve-
mos no colégio projetos para que os alunos entendam
grandes questões. Este ano, na Educação Infantil, qui-
semos trazer para a realidade deles a importância da
água e de economizar cada gota. Percebemos que eles
passaram a monitorar a família e a alertar um amigui-
nho que está desperdiçando água, por exemplo”, conta
Bianca Bujan Rodrigues Corsi, coordenadora pedagó-
gica do Infantil 5 ao 1º ano do Porto Seguro.
Algumas classes estão organizando desafi os. As
21 crianças da sala da professora Roberta Lima tenta-
ram passar um dia com um galão de 5 litros de água.
Já os alunos da turminha da professora Ariadina Her-
rero experimentaram lavar as mãos com um copo de
água. “Com materiais concretos, como o galão e o
copo, as crianças têm mais facilidade para visualizar
a quantidade que estão consumindo e como cada
pouquinho que economizarem é importante”, comen-
ta Bianca. O registro de dicas de economia de água,
através de cartazes produzidos pelos alunos com fo-
tos de suas iniciativas, foi o projeto desenvolvido pela
classe de Ana Karina Clemente. “A criança se enxer-
ga como parte do processo. Acreditamos que ações
como essas ajudam-na a obter um aprendizado para
a vida toda. É uma preocupação mais ampla, com a
natureza de maneira geral e também um olhar cuida-
doso para o próximo”, completa a coordenadora.
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MEIO AMBIEnTE
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AGENTES AMBIENTAIS EM FORMAÇÃO
A Kinder Kampus está implantando um grande projeto
de sustentabilidade, que recebeu o nome de Pachama-
ma (termo com o qual os povos andinos denominam a
Mãe Terra). “nosso principal objetivo é inserir a susten-
tabilidade, com todas suas complexidades e valores,
em toda a escola, em todos os setores, atividades, pro-
cessos e projetos. Acreditamos que a sustentabilidade
vai muito além da coleta seletiva e economia de água.
Queremos formar verdadeiros agentes de transforma-
ção socioambiental”, afi rma Lívia de Campos Ribeiro,
engenheira ambiental e diretora da Reconectta, em-
presa que dá assessoria ao projeto da escola.
Entre as ações, estão as de minimizar impactos ne-
gativos provenientes do uso de materiais, água e ener-
gia elétrica e gerenciar corretamente os resíduos, vi-
sando a redução, reutilização, reciclagem e destinação
adequada. Depois de calcular quantos copos descartá-
veis eram gastos por semana e em um mês na escola,
as crianças trocaram os descartáveis por canecas. Lívia
explica que o trabalho não se limita apenas ao consu-
mo de recursos naturais, biodiversidade e lixo. Os alunos
DESENVOLVER VALORES
no Colégio Anglo Morumbi, ações para conscientiza-
ção ambiental e social fazem parte da rotina dos alu-
nos. Segundo a coordenadora pedagógica do Ensino
Fundamental séries fi nais, Débora Oliveira, os estudan-
tes estão envolvidos com a coleta de lacres de latinhas
de refrigerantes para a troca por uma cadeira de rodas,
que será doada para uma instituição a ser escolhida.
A coleta seletiva é estimulada com cestos apro-
também participam de projetos como feiras de trocas,
inclusive de uniformes. “Os alunos estão cada vez mais
se tornando cidadãos conscientes e multiplicadores.
Para nós, sustentabilidade é um valor amplo e comple-
xo. Buscamos relações mais sustentáveis, cultura de
paz, respeito a diversidades”, completa Lívia.
priados instalados por todo o colégio. Há também um
coletor próprio para pilhas e baterias, que são envia-
das pelo colégio para a Drogaria São Paulo. As crianças
ainda contribuem com livros, doados para creches e
orfanatos da região. As iniciativas fazem parte do pro-
grama Líder em mim, desenvolvido pela companhia
americana FranklinCovey, voltado para o aprendizado
de valores e competências fundamentais para a vida.
na Kinder Kampus, canecas no lugar dos descartáveis.
Coleta seletiva é estimulada no Anglo Morumbi.
15
MÃO NA MASSA
Os alunos do Ensino Médio
do Colégio CPV estão en-
volvidos com o Projeto Inte-
rAÇÃO e Sustentabilidade,
uma aplicação prática dos
conceitos ensinados em
sala de aula. O Projeto é formado por miniprojetos,
todos inter-relacionados. Os alunos irão montar cis-
ternas para captação da água da chuva. A monta-
gem de fi ltros será realizada para que a água cap-
tada tenha melhor qualidade. Um sistema de com-
postagem será construído visando a reciclagem dos
produtos orgânicos gerados nos vários setores do
Colégio, como cantina e jardins. O produto obtido
será utilizado como adubo. Verduras e especiarias
serão plantadas na horta comunitária e utilizadas
na cantina. A horta será regada com a água da chuva
recolhida e fi ltrada e adubada com o adubo orgâni-
co produzido na compostagem. “Quando percebem
a aplicação prática dos conteúdos aprendidos em
aula, os alunos se envolvem de maneira signifi cati-
va com as propostas, e passam a entender melhor
o porquê dessa aprendizagem. O ambiente escolar
torna-se mais agradável e os conteúdos são apren-
didos de modo diferenciado”, explica Flávio Augusto
Antonietto, diretor pedagógico do CPV.
15
MUDANÇA DE CULTURA
A Escola da Vila criou uma campanha
interna, Economize água hoje e Eco-
nomize energia hoje, com dicas sobre
como economizar água e energia em
todos os setores da escola. Há carta-
zes com mensagens como apague a luz
antes de sair e No bebedouro, use um
copo e evite o desperdício. Os banheiros
foram equipados com álcool gel e redutores de água
nas torneiras. nas cantinas, nada de louças, só pratos
e copos descartáveis, e os lanches estão sendo pla-
nejados para serem consumidos sem o uso de supor-
tes que demandem limpeza.
no plano pedagógico, foram suspensos na Educa-
ção Infantil o uso de tinta, argila e quaisquer outras
propostas que impliquem o uso da
água. Os professores estão supervisio-
nando o uso dos bebedouros e desen-
volvendo programas de mudança de
hábito dos pequenos, que usualmente
desperdiçam muita água nestes locais.
Para os maiores estão previstas
ações para mudança de conduta dos
alunos e aprofundamento temático nos projetos de
estudo. “A Escola entende que estas medidas de eco-
nomia são parte de uma mudança de cultura e devem
permanecer para a formação de um cidadão mais
responsável e participante dos problemas coletivos”,
afi rma Pérola Setton Sadka, gerente de comunicação
da Escola da Vila.
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RESTAURAnTE
Abbraccio oferece ambiente agradável e cardápio com releitura de clássicos da culinária italiana.
Market Place oferece uma nova opção em
culinária italiana, o Abbraccio Cucina Italiana,
localizado no 1º piso do shopping. no Abbrac-
cio, as tradicionais receitas italianas ganham um toque
moderno. Saborosas massas podem ser acompanhadas
por carnes, frangos e pescados. O pão italiano chega à
mesa quentinho, para ser saboreado com azeite tempe-
rado com ervas.
O cardápio conta ainda com pizzas individuais, sala-
das e antepastos. Destaque para o Antipasto Selezione,
com calamari, bruschetta pomodoro e mozzarella mari-
nara. Entre as sobremesas, mini cannoli, tradicional mas-
sa italiana crocante recheada com creme de ricota, tira-
misu e torta zuccoto.
todo o charme da culinária italiana nO MARKET PLACE
A ambientação do Abbraccio remete ao clima italia-
no, com garrafas de vinho dispostas em móveis inspira-
dos em antigas residências da Itália. A iluminação dá ao
restaurante um clima aconchegante. O Abbraccio inova
com o conceito de cozinha aberta, que permite aos clien-
tes acompanhar a preparação de seus pratos.
no Ore Felici, como é chamado o happy hour do Ab-
braccio, a casa oferece 50% de desconto em bebidas
selecionadas (exceto vinhos, garrafas e cervejas impor-
tadas). O Abbraccio pertence ao grupo Bloomin’Brands,
que também é dono do Outback Steakhouse. Além
da qualidade dos pratos, a casa aposta na hospita-
lidade, cordialidade e atendimento caloroso como
diferenciais.
O
Abbraccio Shopping Market Place – Avenida Dr. Chucri Zaidan, 902 – Piso 1Capacidade: 277 lugares – www.abbracciorestaurante.com.br – Tel: 5181-3318 e 5181-3511
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DESEnVOLVIMEnTO HUMAnO
Ouvir música em casa benefi cia toda a família. Ouça música com seu(s) fi lho(s), ouça música durante a gravidez, crie um momento musical como
rotina diária. Por exemplo, ouça 10 minutos de música antes de dormir, coloque música instrumental durante a refeição, cante com as crianças
durante alguns minutos todos os dias...
NOSSO CÉReBRO MUSICAL
Elvira Souza Lima
Quase cinco décadas de pesquisas da neuroci-
ência revelam que temos um cérebro musical.
De fato, a música tem um impacto forte e du-
radouro no desenvolvimento do cérebro e na formação
de redes neuronais que dão suporte para vários tipos de
aprendizagem durante a vida toda e, além disso, exercem
um papel importante na saúde física e mental.
A música é uma manifestação cultural encontrada em
diversas formas nos vários períodos da história da huma-
nidade, em todas as sociedades e em todas as culturas.
O cérebro que hoje temos foi um cérebro que se desen-
volveu criando música. Isto nos fez, também, uma espécie
muito sensível à arte musical. A música está presente na
vida do ser humano desde o acalanto até os rituais e fes-
tas, passando pelas brincadeiras infantis. A presença da
música ao longo dos milênios contribuiu para a constitui-
ção de áreas no cérebro que respondem instantaneamen-
te aos componentes musicais, tais como ritmo, intensida-
de, tonalidade, altura, linha melódica e harmonização.
Música nos conecta a nós mesmos e nos conecta aos
outros. As partes musicais do cérebro estão próximas às
partes de memória e estão conectadas com o sistema
emocional.
O QUE AS PESQUISAS SOBRE CÉREBRO
E MÚSICA REVELAM
Estudar um instrumento na infância impacta direta-
mente as capacidades de leitura e de expressão verbal
e desenvolve o raciocínio matemático e o pensamento
espacial e temporal. Com isto, crianças que têm uma
educação musical de qualidade apresentam melhores
resultados na escola.
O estudo de música desenvolve habilidades linguísti-
cas, inclusive na aprendizagem de línguas estrangeiras e
habilidades motoras, uma vez que tocar qualquer instru-
mento exige destreza e precisão de movimentos.
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lian
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Elvira Souza Lima é pesquisadora em desenvolvimento humano, com formação em neurociências, psicologia, antropologia e música. Possui doutorado pela Sorbonne (Paris), com pós-doutorado na Stanford University (EUA), cursos no Collège de France e na École
Pratique de Hautes Études (Paris). Contato: [email protected] – www.elvirasouzalima.net
Estudar música e praticar constantemen-
te um instrumento tem um efeito posterior no
processo de envelhecimento, prevenindo al-
guns declínios próprios da idade, entre os quais
se destacam as perdas cognitivas, de memória
espacial, perdas na fl exibilidade e rapidez nos
processos mentais.
Além disso, em qualquer idade, a prática mu-
sical atua no controle da ansiedade, aumenta a
confi ança e segurança, libera químicas no cére-
bro que fazem a pessoa se sentir bem. É de des-
taque, também, o impacto que a música exerce
nos processos de memória do ser humano.
Por tudo isto, uma das melhores coisas que
podemos fazer pelos nossos fi lhos é colocá-
-los para estudar um instrumento musical
desde pequenos.
CD foi inspirado nas pesquisas sobre música e seu
impacto no desenvolvimento e funcionamento do cé-
rebro, tanto de crianças como de adultos. Cada canção
é apresentada em três versões: voz e instrumentos,
somente a voz e somente instrumentos. Desta forma,
favorece a formação de memórias musicais, ativando
diferentes áreas do cérebro a cada versão. Eu canto, eu
me encanto pode ser ouvido no carro, em casa, propi-
ciando um momento de interação entre pais e fi lhos.
Direção musical: Lívio TragtenbergProdução musical: Fábio Tagliaferri
Voz: Juliana Lima Dehne
VOCÊ SABIA
Que na 26a semana de gravidez, o bebê já está com o
sentido da audição formado e responde aos estímulos so-
noros do meio ambiente? Ou seja, que ele já ouve música e
forma memórias musicais?
Que os efeitos do estudo de música no cérebro perma-
necem por muito tempo, às vezes pela vida toda?
Que a música organiza e modifi ca funções do próprio
corpo, desde o batimento cardíaco em bebês prematuros
até a reorganização de movimentos em pessoas com mal
de Parkinson?
Que aprender música, seja cantar em um coral ou tocar
um instrumento, educa a atenção da criança e cria compor-
tamentos de disciplina?
Que para ler e escrever, o cérebro utiliza áreas cerebrais
que são exercitadas pela prática musical? E que as crianças
que estudam música têm maior facilidade para aprender a
ler e a escrever e, também, apresentam melhores resulta-
dos em outras matérias do currículo?
Que a música tem o poder de mudar rapidamente nosso
humor e nosso estado emocional?
PARA OUVIR E CANTAR COM OS FILHOS
CD concebido por Elvira Souza Lima favorece
desenvolvimento infantil
Para conhecer:
https://www.youtube.com/user/interaliacultura
https://www.youtube.com/watch?v=kX8bVJVSksk
https://www.youtube.com/watch?v=IUmOPFgDFvE
Para comprar: [email protected]
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DECORAÇÃO
Ter uma sala aconchegante não é privilégio de
quem usufrui de um espaço maior e com mais
orçamento para investir na decoração. Mesmo
em um espaço pequeno, é possível transformar o am-
biente obtendo mais personalidade e comodidade.
Errar na proporção dos móveis, misturar estilos e afe-
tar a circulação no ambiente são apenas alguns dos er-
ros comuns que acontecem e que podem ser evitados.
“Que decoração é gosto, ninguém discute e devemos
sempre respeitar o estilo de cada um. Mas é fundamen-
tal ter bom senso para não transformar o projeto da sala
em um local cansativo e desagradável”, orienta Solange
Guerra, profi ssional especializada em reformas e decora-
ção de interiores há 18 anos.
Para a decoradora, tudo precisa ser analisado nos mí-
nimos detalhes antes de colocar a mão na massa – isso
inclui saber exatamente o tamanho do espaço, as neces-
sidades, o estilo que se deseja imprimir, a quantidade de
peças decorativas e onde serão as áreas de circulação.
“não adianta somente ter peças bonitas na sala. É im-
portante arrumá-las de maneira a conversarem entre si,
havendo conexão e harmonia no ambiente”, orienta.
Respeitar a proporção do mobiliário é regra essencial.
nada de peças enormes em espaços pequenos, atrapa-
lhando a circulação. Desse modo, é fundamental ter em
mãos o projeto do ambiente e certifi car-se do tamanho
exato das peças. “Uma dica para nada fi car no caminho é
pensar em como acontecerá a entrada e saída do espa-
ço. O ambiente tem um fl uxo e nenhum móvel pode fi car
no meio”, diz Solange.
Outra dica é defi nir o estilo decorativo da sala. Espa-
ços modernos podem abusar de móveis com pés palito,
cores vivas e espelhos na parede. Mas se a proposta for
trazer um ar contemporâneo ao ambiente, o truque é
apostar em uma peça antiga em meio às novas. Já sa-
las de estilo clássico fi cam bonitas com a presença de
SALA REnOVADAQuer uma sala confortável e elegante?
Acompanhe as dicas para reformar com planejamento e critérios.
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Tons claros e materiais resistentes na sala reformada por Solange Guerra.
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cortinas encorpadas (como veludo e jacquard), móveis
de época e quadros de molduras rebuscadas. Espaços no
estilo provençal devem recorrer a cristaleiras e estantes
espelhadas no fundo, além de detalhes fl orais e moldu-
ras nas janelas. Só tome cuidado com o posicionamento
dos espelhos, para que não haja refl exão excessiva de luz.
E atenção aos tapetes: eles devem fi car, pelo menos, 20
centímetros embaixo de cada móvel.
Um dos itens que também infl uencia no sucesso de
uma reforma é a elaboração de um bom projeto de ilu-
minação. O ponto de partida é a distribuição dos móveis
com a iluminação do forro de gesso. “O que está embaixo
tem que estar em sintonia com o que há em cima”, afi rma
Solange Guerra. O dimensionamento da iluminação pode
valorizar um projeto como também pode prejudicá-lo, dei-
xando o ambiente cansativo e pesado. Pontos estraté-
gicos para valorizar a decoração podem ser posiciona-
dos, por exemplo, em cortineiros, prateleiras, nichos e
frisos embutidos no forro de gesso. “Estes recursos na
iluminação irão trazer aconchego e elegância ao am-
biente”, arremata a decoradora.
Para qualquer reforma, Solange Guerra faz um aler-
ta: analisar e considerar a relação preço/qualidade nos
itens adquiridos. “Muitas vezes, um preço baixo pode
signifi car dor de cabeça futura com problemas de ga-
rantia, fabricação e defeitos no produto.”
neste projeto de reforma, Solange Guer-
ra indicou materiais resistentes e de fácil
limpeza diária. O piso recebeu porcelanato
polido off white no piso, o sofá retrátil tem
tecido impermeável, as cadeiras são em
couro ecológico e a mesa de jantar com
tampo de vidro branco. “Gosto de projetos
em que predominam os tons claros, para obter ambientes mais clean e modernos.
Prefi ro abusar nas cores das almofadas e dos objetos decorativos, que são mais
fáceis de trocar do que um piso ou o tom de uma parede, por exemplo”, fi naliza.
Solange Guerra
www.solangeguerra.com.br
Tel: 2305-0366 e 99292-6002
ANTES E DEPOIS
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DECORAÇÃO
Amazônia Móveiswww.amazoniamoveis.com.br
D&D Shopping – Piso Térreo – Tel: 3043-9026
Brentwoodwww.brentwood.com.br
D&D Shopping – Piso Térreo – Tel: 5105-1470
Breton Actualwww.breton.com.br
D&D Shopping – Piso Superior – Tel: 5506-5248
By Kamywww.bykamy.com
D&D Shopping – Piso Térreo – Tel: 3043-9166
Casa Fortaleza Home & Offi cewww.casafortaleza.com.br
D&D Shopping – Piso Boulevard Loja 117 – Tel: 2344-1140Piso Térreo Loja 245 -Tel: 3043-6043
Gallery by Formatowww.formatomoveis.com.br
D&D Shopping – Piso Térreo – Tel: 3043-9423
Natuzzi Editionswww.natuzzieditions.com.br
D&D Shopping – Piso Superior – Tel: 5505-1699
Sierra Móveiswww.sierrasp.com.br
D&D Shopping – Piso Superior – Tel: 5102-3222
Banco Stone, da linha noveau da Sierra. Tem estrutura em madeira
maciça guajuvira e assento em granito artifi cial.
Da Gallery By Formato, sofá modular Liverpool, confeccionado em madeira tauari e revestido
em suede na cor cinza, com espuma densidade 30 e percintas italianas.
Cadeira Charles Miller, em madeira de carvalho. Brentwood.
Papel de parede vinílico, francês, Anguille big croco galuchat. Casa Fortaleza.
Tapete Bambu Silk, desenvolvido na Índia, de fi bra de bambu, macio e suave, disponível em dois tons de
cinza e diversos tamanhos. Casa Fortaleza.
Poltrona Ícaro com acabamento em fi bras naturais e couro. Amazônia Móveis.
BOAS DICAS PARA DEIXAR SUA SALA MAIS ACONCHEGANTE.
TODAS AS LOJAS SÃO DO D&D.
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Sofá de três lugares da natuzzi Editions, com design clássico, ressaltado pelas costuras nos encostos e assentos.
Sofá de três lugares da natuzzi Editions, com design clássico, ressaltado pelas costuras nos encostos e assentos.
Sofá Bauer, da Breton Actual, com estrutura em fi bra sintética lisa na cor avelã mesclada, acabamento em pintura eletrostática cor marrom e revestimento em
tecido poliéster solaris.
Tapete Zegna nepalês, disponível em medidas sob encomenda: feito em lã e seda,
as matérias-primas realçam o design na composição em alto e baixo relevos. By Kamy.
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