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Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

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Page 1: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

Page 2: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável
Page 3: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

3

O desafioContribuir com mudanças culturais que estimulem a

transformação da realidade e a qualidade de vida em

Divinópolis.

Algumas questões colocadas:

Quem deve ser envolvido? Quais as potencialidades

e problemas identificados e reconhecidos pelos mo-

radores? O que eles pensam, desejam e sonham? É

possível transformar sonhos individuais em uma pro-

posta coletiva?

Premissas importantes:

• Uso de métodos de pesquisa para conhecer o ce-

nário atual, investigar a percepção sobre a cidade e

monitorar o alcance dos resultados.

• Participação social, mobilização e diálogo entre os

vários segmentos da sociedade.

• Visão de longo prazo. O Plano de Trabalho

aqui condensado é apenas a primeira etapa da

transformação.

ÍNDICE

Apresentação 4

Envolvimento da sociedade 5

Mobilização 5

Formação da Rede de Referência Divinópolis Sustentável 6

Divinópolis no presente 7

Educação 9

Trabalho e economia 11

Segurança 12

Mobilidade 12

Saúde 12

Meio Ambiente 14

Olhar e refletir: como alcançar o desenvolvimento? 15

Investigação apreciativa 15

Construir: o plano de futuro de Divinópolis 16

A vida em torno do Rio Itapecerica 16

Espaço de diálogo com interlocutores estratégicos 18

Projetos 19

O futuro construído no presente 23

Governança 23

Passos futuros 25

Participantes do projeto 26

Ficha técnica 26

Page 4: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

4

Apresentação

O Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável é

fruto da produção coletiva de cidadãos que, motiva-

dos pela reflexão sobre os problemas e potenciais da

cidade em que vivem, ajudaram a construir uma pro-

posta de desenvolvimento local em que as questões

econômicas, sociais, ambientais e culturais estivessem

direcionadas à promoção da qualidade de vida das ge-

rações presentes e futuras.

Esta iniciativa integra o Pro-

jeto Cooperação para uma

Cidade mais Sustentável

do Arranjo Produtivo Local

de Fundição de Divinópo-

lis, Itaúna e Cláudio (MG),

uma das ações previstas

no Programa de Apoio à

Competitividade de Arran-

jos Produtivos Locais do

Estado de Minas Gerais,

financiado pelo Estado de

Minas Gerais, por meio do

Banco Interamericano de

Desenvolvimento (BID), e

realizado em parceria com o SEBRAE Minas Gerais,

Sistema FIEMG (Federação das Indústrias do Estado

de Minas Gerais, SESI, SENAI, Instituto Euvaldo Lodi

e Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais) e

com o Sindicato da Indústria da Fundição no Estado

de Minas Gerais (SIFUMG).

O Programa de Apoio à Competitividade de Arran-

jos Produtivos Locais do Estado de Minas Gerais tem

como objetivo aumentar a produtividade e a compe-

titividade das empresas envolvidas em Arranjos Pro-

dutivos Locais (APLs), que são aglomerações territo-

riais de agentes econômicos, políticos e sociais com

foco em um conjunto de atividades econômicas. Há

sete Arranjos Produtivos Locais do Estado de Minas

Gerais: Calçados (Nova Serrana), Móveis (Ubá), Ele-

troeletrônica (Santa Rita do Sapucaí), Biotecnologia/

Saúde Humana (Região Metropolitana de Belo Hori-

zonte – RMBH), Calçados e Bolsas (RMBH), Fundição

(Divinópolis, Itaúna e Cláudio) e Fruticultura (Jaíba).

O programa está estrutu-

rado em componentes que

contemplam o diagnóstico

da situação atual do APL, a

estratégia para seu desen-

volvimento e as atividades

a serem implementadas

em cada arranjo de acor-

do com as linhas apoiadas

pelo BID.

A construção do Plano de

Futuro para uma Divinópo-

lis Sustentável foi realizada

entre agosto e dezembro

2013, com a participação

de representantes dos diferentes segmentos da so-

ciedade – poder público, iniciativa privada e terceiro

setor –, e coordenada pelo Instituto de Tecnologia

e Desenvolvimento de Minas Gerais – Herkenhoff &

Prates. Esses atores, que hoje formam a Rede de Re-

ferência Divinópolis Sustentável, foram protagonistas

da proposta aqui apresentada.

Esperamos que ela, por seu caráter inovador e de

longo prazo, sensibilize mais e mais cidadãos e ins-

tituições, dando origem a um movimento que, por

meio de processos colaborativos, esteja compro-

metido com o desenvolvimento justo e sustentável

de Divinópolis.

Programa de Apoio à Competitividade de APLs do Estado de

Minas Gerais

Plano de Melhoria da Competitividade do APL

de Fundição de Divinópolis, Itaúna e

Cláudio – MG

Projeto Cooperação para uma Cidade mais

Sustentável do APL Fundição de Divinópolis, Itaúna e Cláudio – MG

Plano de Futuro para

uma Divinópolis Sustentável

Page 5: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

5

Envolvimento da sociedade

O projeto teve como princípio norteador a constitui-

ção de uma rede de atores, composta por represen-

tantes de organizações e movimentos da sociedade

civil, dos parceiros executores e financiadores do pro-

jeto, dos grupos produtores de fundição e das três

esferas de governo.

Essa rede está alicerçada em um processo de corres-

ponsabilidade, em que os atores são instigados a par-

ticipar de um grupo ativo na elaboração, desenvolvi-

mento e implementação de ações para o fomento da

sustentabilidade.

A metodologia pressupõe, ao final, uma rede de

atores comprometida com comportamentos éticos e

com o desenvolvimento justo e sustentável da cidade,

tendo como valores essenciais a união, a integridade

e a participação coletiva.

MOBILIZAÇÃO

Foram mobilizadas inicialmente para o projeto, por e-

-mail e telefone, aproximadamente 50 pessoas com

representatividade na comunidade local (poder públi-

co; indústrias e outras empresas; instituições de ensi-

no, religiosas e do terceiro setor; e demais agentes).

As indicações foram feitas pela assessoria direta da

presidência do Sindicato da Indústria da Fundição no

Estado de Minas Gerais (SIFUMG).

O sindicato teve um importante papel nesse processo.

Sensibilizou diretores e associados à entidade, fortale-

cendo a representação dos empresários de fundição,

cujo engajamento é fundamental para se repensar o

futuro da cidade. Também abriu portas para os de-

mais segmentos e iniciativas locais.

Cultural

Social

Divinópolis Sustentável

Ambiental

Econômica

Dimensões do Desenvolvimento

Sustentável

IEL/ FIEMG

Indústrias

Poder Público

Sociedade Civil

SIFUMG

Instituições de Ensino

Page 6: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

6

FORMAÇÃO DA REDE DE REFERÊNCIA DIVINÓPOLIS SUSTENTÁVEL

Entre agosto e dezembro de 2013, foram realizados

10 encontros do projeto. Nesse período, novos atores

passaram a compor o grupo, mobilizados pelos pró-

prios participantes. No total, 49 pessoas integraram

as atividades.

Instituições mobilizadas

Poder Público (municipal, estadual e federal) Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, PMD/Secretaria de Desenvolvimento, Câmara Municipal, Secretaria de Esporte e Juventude, Secretaria Municipal de Educação.

Empresas / Indústrias Jalice Comércio e Indústria de Metais Ltda., Formatar, Fulig – Fundição de Ligas Ltda., Xeque Mate, Prisminas Corretora de Seguros, Funfer – Fundição de Ferro Ltda., SEBRAE MG – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais, Totvs – Centro-Oeste de Minas, Gerdau, SESI Divinópolis, FIEMG – Regional Centro-Oeste, Fumil Ltda., FCA – Ferrovia Centro-Atlântica, Gazela Plastificadora.

Instituições de ensino FACED – Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis de Divinópolis, Prepara Cursos, Unifenas – Universidade José do Rosário Vellano, SENAI – Centro de Formação Profissional Anielo Greco.

Terceiro setor Sindicato dos Metalúrgicos, ACCCOM – Associação do Combate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas, ACID – Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Divinópolis, Rotary Divinópolis Oeste, Lions Candidés, ONG Lixo e Cidadania, CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas.

Outros agentes locais Loja Maçônica Centro-Oeste e Mestre Rangel, Ministério Público, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, TV Candidés, TV Alterosa, Francisco Imóveis.

21

1311 10 9

7 8 8

119

0

5

10

15

20

25Número de participantes por encontro

Page 7: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

7

Divinópolis no presente

O primeiro passo foi construir um diagnóstico atual

de Divinópolis. O trabalho foi realizado em duas eta-

pas. Inicialmente, foram levantados dados quantita-

tivos provenientes de fontes oficiais, como o IBGE, o

MEC/Inep e o DATASUS, com informações socioeco-

nômicas, demográficas, educacionais, de saúde e de

infraestrutura do município. Em seguida, foi realizado

um encontro de inserção no projeto com múltiplos

atores, sendo eles 21 representantes de diversas insti-

tuições da cidade. Esse foi um momento importante,

já que os participantes revelaram sua percepção sobre

a realidade, os problemas e os desafios de Divinópo-

lis, trazendo à tona questões como qualidade de vida,

meio ambiente, economia e desenvolvimento.

O cenário identificado nesse primeiro momento

constituiu o Marco Zero do Plano de Futuro, permi-

tindo que a elaboração das ações e projetos ocorra

da forma mais consciente e racional, com a compre-

ensão dos problemas e potencialidades do municí-

pio e da região.

A CIDADE

Em 1890, foi inaugurada em Divinópolis a Estação

de Henrique Galvão, pertencente à Estrada de Ferro

Oeste de Minas, criando condições de logística para a

instalação de indústrias de fundição. O Coronel Jove-

lino Rabelo com seu espírito pioneiro inaugurou, em

1920, a primeira fundição da cidade. A constituição

do Arranjo Produtivo Local, com polo em Divinópolis,

foi importante para o crescimento populacional, o de-

senvolvimento e a emancipação do município.

Na década de 1970, quando a indústria de fundição

enfrentou uma grave crise, o segmento de confecção

surgiu como uma alternativa de emprego, ganhando

relevância na economia local.

Atualmente, observa-se em Divinópolis uma infra-

estrutura urbana, social e econômica bem desen-

volvida, em parte devido à existência dos APLs de

Fundição, Confecção, Móveis e Cachaça, presentes

na região1. A seguir, são apresentadas algumas in-

formações para caracterizar brevemente a cidade de

Divinópolis na forma como ela foi reconhecida no iní-

cio do projeto.

193.974 habitantes

204.324habitantes

207.983habitantes

209.921 habitantes

213.277habitantes

213.016habitantes

215.247habitantes

226.345habitantes

80,0%

82,0%

84,0%

86,0%

88,0%

90,0%

92,0%

94,0%

96,0%

98,0%

100,0%

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

BRASIL MINAS GERAIS DIVINÓPOLIS

Crescimento populacional relativo em Divinópolis, Minas Gerais e Brasil – 2003 a 2013 Fonte: IBGE

1 Simone de Faria Narciso Shiki; RAPOSO, D. A.T.; MENDES, P. P. P. ARRANJO PRODUTIVO LOCAL COMO UMA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO: O ESTUDO DO SETOR DE CONFECÇÕES DE DIVINÓPOLIS. In: xv SEMINÁRIO SOBRE ECONOMIA MINEIRA, 2012, Diamantina. xv SEMINÁRIO SOBRE ECONOMIA MINEIRA, 2012.

Page 8: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

8

POPULAÇÃO

Na última década, Divinópolis apresentou uma

expansão populacional acentuada. Em 2003, sua

população era de 193.974 habitantes – 82,9% da

população atual, de 226.345 habitantes. O cresci-

mento foi de 1,6%, acima da média verificada no

estado de Minas Gerais (1,1%) e no Brasil (1,3%).

A população urbana representa 96,8% do total de

habitantes do município.

A maior parte da população (26,8%) possui idade en-

tre 20 e 39 anos. Comparando sua pirâmide etária

com a do estado de Minas Gerais, observa-se uma

forte concentração de homens e mulheres com idade

entre 30 e 54 anos, indicando um grande potencial de

mão de obra produtiva.

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM

Divinópolis encontra-se na 21ª posição do ranking do

estado de Minas Gerais e na 304ª no ranking nacio-

nal do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

– IDHM, composto de três dimensões: longevidade,

educação e renda. Em geral, todos os indicadores do

IDHM de Divinópolis apresentaram crescimento no

período analisado, embora o município tenha saído da

25ª posição no ranking estadual em 1991, atingindo

a 11ª colocação em 2000 e voltando à 21ª em 2010.

Comparando a evolução dos indicadores, chama a

atenção a alta pontuação obtida no item longevidade,

corroborada pela alta esperança de vida ao nascer, de

75,6 anos. Entretanto, o maior crescimento foi verifi-

cado no segmento educação, cuja pontuação era de

0,314 em 1991 e, duas décadas após, avançou para

0,702, com crescimento de 123,6%.

Comparando a evolução do IDHM de Divinópolis com

a dos municípios mineiros com os maiores índices de

desenvolvimento humano, verifica-se um comporta-

mento semelhante, embora alguns municípios, como

Nova Lima e Lagoa Santa, que em 1991 apresenta-

vam IDHM inferior ao de Divinópolis, tenham regis-

trado melhorias, atingindo a 1ª e a 9ª colocação, res-

pectivamente, em 2010.

0,535

0,686

0,764

0,636

0,706 0,753

0,765

0,827 0,844

0,314

0,554

0,702

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0,800

1991 2000 2010

IDHM IDHM RENDA IDHM LONGEVIDADE IDHM EDUCAÇÃO

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal por área – 1991 a 2010 Fonte: Atlas Brasil

Nova Lima (1º) - 0,813

Belo Horizonte (2º) 0,81Uberlândia (3º) - 0,789

Itajubá (4º) - 0,787

Lavras (5º) - 0,782

0,535

0,686 Divinópolis (21º)0,764

0,500

0,550

0,600

0,650

0,700

0,750

0,800

1991 2000 2010

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Divinópolis e outros municípios – 1991 a 2010 – Fonte: Atlas Brasil

0 a 4 anos5 a 9 anos

10 a 14 anos15 a 19 anos20 a 24 anos25 a 29 anos30 a 34 anos35 a 39 anos40 a 44 anos45 a 49 anos50 a 54 anos55 a 59 anos60 a 64 anos65 a 69 anos70 a 74 anos75 a 79 anos80 a 84 anos85 a 89 anos90 a 94 anos95 a 99 anos

Mais de 100 anos

Divinópolis

Homens Mulheres

Minas Gerais

Pirâmide etária de Divinópolis e Minas Gerais – 2010 – Fonte: IBGE

Page 9: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

9

O Coeficiente de Gini, parâmetro internacional usado

para medir a desigualdade de distribuição de renda,

oscila de 0 a 1 (quanto mais próximo do zero, me-

nor a desigualdade de renda daquela localidade). Em

1991, o Gini de Divinópolis era de 0,5388, abaixo do

verificado no estado de Minas Gerais (0,6188). Até

2010, o município reduziu sua desigualdade, atingin-

do o coeficiente de 0,4797, inferior ao estadual. Ain-

da assim, a redução da desigualdade, no período, foi

proporcionalmente menor que a de Minas Gerais.

EDUCAÇÃO

Dados de 2012 mostram que 81,1% dos alunos da

educação básica de Divinópolis estão matriculados

em escolas públicas, predominantemente, no ensino

fundamental e médio da rede estadual. Destaca-se o

número de matriculados no ensino profissionalizante,

que responde por 18,2% das vagas ocupadas por alu-

nos no ensino médio.

Considerando-se a população com idade superior

a 10 anos, apenas 21% não frequentavam a esco-

la, percentual inferior à média estadual, de 23%.

Em 2010, 35,7% da população de Divinópolis havia

iniciado um curso de nível superior e 10% o haviam

concluído; 45,2% não chegaram a completar o nível

fundamental e 19,1% não concluíram o ensino mé-

dio. Apesar disso, a comparação com os dados de

Minas Gerais revela um quadro positivo no município.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

(IDEB), que apura a qualidade das escolas públicas a

partir da incidência de reprovação e da proficiência

dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática, re-

vela uma evolução progressiva nos anos iniciais (1º ao

5º), entre 2005 e 2011. Enquanto o crescimento do

IDEB foi de 16,1% em Minas Gerais, em Divinópolis

chegou a 28%.

Nos anos finais (6º ao 9º), o crescimento

foi de 44,1% no município e de 30,8%

no estado. Considerando-se todo o en-

sino fundamental, as médias do municí-

pio são superiores às do estado, indican-

do que a qualidade da educação pública

apresenta condições mais favoráveis.

Um pequeno percentual de alunos tem

conhecimento básico e insuficiente em

Língua Portuguesa e Matemática ao fi-

nal do 5º ano do ensino fundamental, de acordo com

dados da Prova Brasil. Entretanto, para aqueles que

Modalidade Número de Alunos

Escolas Municipais

Escolas Estaduais

Escolas Privadas Total

Creche 1.655 0 1.162 2.817 Pré-Escola 3.801 0 1.007 4.808 Ensino Fundamental 9.265 13.420 3.814 26.499 Ensino Médio 0 6.723 1.066 7.789 EJA - Ensino Fundamental 822 633 14 1.469 EJA - Ensino Médio 0 2.121 87 2.208 Ensino Profissionalizante 0 0 1.818 1.818

Total 15.543 22.897 8.968 47.408 Distribuição de alunos da rede de educação básica – Fonte: Censo Escolar/INEP 2012

0,5388 0,5333

0,4797

0,6188 0,6159

0,5634

0,4500

0,5000

0,5500

0,6000

0,6500

1991 2000 2010Divinópolis Minas Gerais

Coeficiente de Gini – Divinópolis e Minas Gerais – 1991 a 2010 Fonte: IBGE

53,0%

45,2%

17,2%

19,1%

21,8%

25,7%

8,0%

10,0%

MINAS GERAIS

DIVINÓPOLIS

Fundamental incompleto Médio incompletoSuperior incompleto Superior completo

Nível de escolaridade – Fonte: Censo Demográfico do IBGE 2010

Page 10: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

10

completaram o 9° ano, o indicador é bastante eleva-

do, com 63% dos alunos com pouca ou quase ne-

nhuma competência para a resolução de problemas

matemáticos; 54% têm conhecimentos rudimentares

em leitura e interpretação de textos.

Divinópolis apresenta um recente crescimento da rede

de ensino superior, com um forte potencial para capa-

citação de mão de obra na região: 84,6% dos cursos

começaram a ser ofertados a partir do ano 2000, sen-

do 59,6% iniciados na última década. Há 4.911 vagas

em cursos presenciais, ofertadas por nove instituições

de ensino. Essas vagas estão distribuídas em 52 cursos

de 36 diferentes modalidades, em seis grandes áreas

do conhecimento.

Os dados oficiais estão em linha com os apontamen-

tos feitos pelos integrantes da rede de referência. Eles

destacaram que a alta qualidade da educação coloca

Divinópolis acima das médias do país.

O município conta com algumas faculdades que aten-

dem várias cidades do entorno, além de sediar a Fa-

culdade de Medicina da Universidade Federal de São

João Del Rey. Entretanto, para os participantes, falta

incluir educação ambiental nos currículos escolares,

bem como disseminar informações sobre o tema en-

tre os moradores, o que contribuiria para ampliar a

participação das famílias na educação dos filhos.

7% 9% 6% 9%

27% 27%48%

54%

40% 40%

38%31%

26% 24%8% 6%

Português Matemática Português Matemática

5º Ano 9º Ano

Insuficiente Básico Proficiente Avançado

% de alunos por nível de conhecimento em Língua Portuguesa e Matemática – Prova Brasil – Anos Iniciais e Finais – 2011 Fonte: INEP/MEC

55,3

66,4

3,94,5

4,65,1

4,64,6

5,5 5,8

3,63,8

4,14,4

2005 2007 2009 2011

Divinópolis - Anos iniciais Divinópolis - Anos finaisMinas Gerais - Anos iniciais Minas Gerais - Anos finais

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB – Anos Iniciais e Finais – Divinópolis e Minas Gerais – 2005-2011 – Fonte: INEP/MEC

Áreas de conhecimento Qde. de cursos % de alunos

Ciências sociais, negócios e direito 16 30,80%

Saúde e bem-estar social 14 26,90%

Engenharia, produção e construção 10 19,20%

Educação 7 13,50%

Ciências, matemática e computação 4 7,70%

Humanidades e artes 1 1,90%

Distribuição dos cursos de nível superior por área do conhecimento – Censo da Educação Superior 2012 Fonte: INEP/MEC

Page 11: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

11

TRABALHO E ECONOMIADivinópolis possui uma base econômica diversificada,

mais de 8 mil empresas que atuam nos mais distintos

setores da economia.

Cerca de 80% de sua população ocupada é assalaria-

da. O salário médio local é de 2,2 salários mínimos,

ou seja, R$ 1.491,60, pouco acima da média do esta-

do (R$ 1.416) e inferior à média nacional (R$ 1.507).

A maior parte dos indivíduos ocupados está na in-

dústria de transformação (20,7%), seguida pelo co-

mércio e reparação de veículos (20,2%), segmentos

fortemente impulsionados pelos polos de

Fundição e Vestuário. Um ponto destacado

pela rede de referência é o fato de a cida-

de possuir indústria, comércio e confecção

fortes, o que traz estabilidade econômica

ao município. Os dados apresentados nos

diagramas revelam a distribuição de em-

pregados por área da economia.

% de ocupados (pessoas com 10 anos de idade ou mais) por setor da economia

Setor Produção

Setor primário/agropecuário Café, feijão, milho, frutas (banana, mamão, maracujá e goiaba), pecuária de corte.

Setor secundário/ industrial e agroindustrial

Vestuário, calçados e artefatos de tecidos, metalurgia, papel e papelão, química, têxtil, bebidas, material elétrico, eletrônico e de comunicação e outras.

Setor terciário/comércio e serviços

Comércio varejista, de máquinas, equipamentos e insumos agrícolas, serviços nas áreas de educação, saúde e manutenção de veículos, entre outros.

Principais atividades econômicas por setor produtivo. Fonte: Anuário Estatístico Municipal

Informações gerais econômicas Número de empresas atuantes 8.012 Número de unidades locais 8.517 Número de pessoas ocupadas assalariadas 54.909 Número de pessoas ocupadas total 67.320 Salário mínimo médio mensal (Qtde.) 2,2 Salários e outras remunerações (R$ Mil) 868.860

Empresas, unidades locais, ocupação e salários Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas, 2011

•Administraçãopública,defesaeseguridadesocial:4.810

•Agricultura,pecuária,produçãoflorestal,pescaeaquicultura:3.427

•Água,esgoto,atividadesdegestãoderesíduosedescontaminação:752

•Alojamentoealimentação:3.982

•Artes,cultura,esporteerecreação:976

•Atividadesadministrativaseserviçoscomplementares:–3.130

•Atividadesfinanceiras,deseguroseserviçosrelacionados:1.717

•Atividadesmalespecificadas:5.726

•Atividadesimobiliárias:560

•Atividadesprofissionais,científicasetécnicas:3.515

•Educação:5.716

•Eletricidadeegás:421

•Indústriasextrativas:226

•Informaçãoecomunicação:1.380

•Outrasatividadesdeserviços:3.184

•Saúdehumanaeserviçossociais:5.052

Até 5%

•Indústriasdetransformação:23.562

•Comércio;reparaçãodeveículosautomotoresemotocicletas:23.076

De 5,1 a 20%

•Construção:9.142

•Serviçosdomésticos:7.663

•Transporte,armazenagemecorreio:6.080

De 5,1 a 10%

Page 12: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

12

SEGURANÇA

Segundo dados da Secretaria de Estado de Defesa

Social, Divinópolis foi a cidade com o maior aumento

percentual de crimes violentos em 2013, consideran-

do as 29 cidades mineiras com mais de 100 mil habi-

tantes. O mesmo se observou em relação aos crimes

contra o patrimônio. Nos dois anos anteriores, houve

um crescimento expressivo de mortes por homicídio,

ainda que o município se mantenha abaixo da média

de Minas Gerais.

MOBILIDADE

A rede de referência trouxe a percepção de que o

trânsito está cada dia mais caótico, sobretudo aos

sábados pela manhã. O gráfico a seguir revela que

a cada ano que passa a tendência é o aumento do

número de veículos transitando em Divinópolis. A re-

lação de habitantes por veículo passou de 3,35 em

2005 para 1,90 em 2012.

Os dados de mortes por acidentes em transportes

revelam um aumento expressivo da mortalidade nos

últimos anos. Em 2007, a taxa era inferior à de Minas

Gerais, equiparando-se a ela em 2011.

SAÚDE

A rede de atenção à saúde de Divinópolis é com-

posta por 482 estabelecimentos e 3.721 profissio-

nais. Observa-se um reforço da rede nos últimos

anos. Atualmente, a cidade possui 27 estabeleci-

mentos com atendimento ambulatorial e hospitalar

de alta complexidade e 149 com atendimento am-

bulatorial básico.

5,44,3

8,4

3,1

8,1 7,8

4,8

9,58,4

12

8,9

13,911,5

12,9

16,2

20,622,6 21,9 21,3 20,8

19,518,5 18,5

21,5

0

5

10

15

20

25

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Divinópolis Minas Gerais

Taxa de Mortalidade por homicídio (por mil habitantes) – 2000 a 2011 – Fonte: DATASUS

3,35habit/veículo 3,13

habit/veículo 2,90habit/veículo

2,54habit/veículo

2,17habit/veículo 2,02

habit/veículo 1,90habit/veículo

2005 2006 2007 2009 2010 2011 2012

Relação de habitantes por veículo – 2005 a 2012 Fonte: Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN)

21,2

25,6

13,6

24,222,8

17,619,7

17 17,319,9

24,4

24,2

1415,5

16,116,9

18,8

18,8 19,8 20,3 20,8 20,4 23,4

24,5

0

5

10

15

20

25

30

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Divinópolis Minas Gerais

Taxa de mortalidade por acidentes em transportes por 100 mil habitantes – 2000 a 2011 – Fonte: DATASUS

1.866 1.926

2.314 2.362 2.326

3.247

3.721

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Número de profissionais de saúde – 2007 a 2013 Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitala-res do SUS (SIH/SUS). Mês de referência: outubro/2013

Page 13: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

13

É visível o declínio gradual da mortalidade infantil, em decorrência de fa-

tores como melhoria da condição de vida populacional, saneamento bá-

sico, crescimento econômico e ampliação da atenção primária de saúde.

A Taxa de Mortalidade passou de 4,23% para 4,58% entre 2008 e

2013, com progressiva redução a partir de 2011.

Rede 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Ambulatorial - Básica 117 120 122 95 110 125 149 Ambulatorial - Média Complexidade 222 274 321 349 386 414 459 Ambulatorial - Alta Complexidade 20 20 20 20 21 21 23 Hospitalar - Média complexidade 6 7 7 7 7 7 8 Hospitalar - Alta complexidade 2 3 3 3 4 4 4 Total de estabelecimentos 234 287 335 361 399 430 482

Estabelecimentos de saúde no município – 2007 a 2013 – Fonte: Ministério da Saúde Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Mês de referência: outubro/2013

55

42 4138

45

31

37

24 23

37 38

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Número de óbitos infantis– 2007 a 2013 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Mês de referência: outubro/2013

2008 2009 2010 2011 2012 2013 TOTAL Algumas doenças infecciosas e parasitárias 16,67 - 9,09 16,67 33,33 14,29 13,79 Neoplasmas (tumores) 8,33 5,56 6,76 12,88 10,61 10 9,66 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte 16,67 7,69 - - 11,11 25 8,7

Doenças do sistema nervoso 25 11,11 - - 20 - 7,84 Doenças do aparelho respiratório 4,35 1,37 3,7 9,72 17,54 8,33 7,74 Doenças do aparelho circulatório 6,82 6,49 6,35 11,43 7,04 3,33 7,33 Doenças do aparelho geniturinário 4,88 2,17 9,68 9,52 7,32 5,26 6,36 Doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos e alguns transtornos imunitários - 20 - - - - 6,25

Algumas afecções originadas no período perinatal 5,26 23,08 - - 6,67 - 5,68 Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas 16,67 - - - 20 - 4,88

Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde - 11,11 20 - - - 3,92

Doenças do aparelho digestivo 4,92 2,9 3,7 2,35 5,56 4,26 3,87 Doenças da pele e do tecido subcutâneo - 11,11 - 4,35 5 - 3,85 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas - - - 6,67 6,67 - 3,39 Gravidez, parto e puerpério - - - 0,76 - - 0,12 Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas 6,9 - 2 4,17 1,92 2,44 -

Total 4,23 2,99 3,55 6,12 5,78 4,19 4,58 * Mês ref.: Outubro Taxa de Mortalidade e principais causas de mortes – 2007 a 2013 Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Mês de referência: outubro/2013

Page 14: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

14

MEIO AMBIENTE

Divinópolis possui quatro áreas de preservação e ma-

nutenção ambiental que, juntas, não somam 1% da

área total do município.

Estudo gravimétrico realizado pela Secretaria Munici-

pal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente e pela

Secretaria Municipal de Operações Urbanas e Defesa

Social, em parceria com a Fundação Estadual do Meio

Ambiente (FEAM) e com a concessionária de limpeza

urbana (ViaSolo), caracterizou que os resíduos muni-

cipais são compostos, majoritariamente, por matéria

orgânica, papel e plástico. Identificou-se, também, a

presença de panos, trapos, couro, borracha, vidro,

equipamentos eletrônicos e metais.

Segundo a percepção dos participantes da primeira

etapa, os resíduos provenientes do setor de confec-

ção, assim como o lixo eletrônico (computadores e

outras máquinas), não são reaproveitados. Uma das

soluções levantadas foi incentivar e garantir que cada

empresa desenvolva uma ação efetiva alinhada à Lei

de Resíduos Sólidos.

Unidade de preservação/proteção Local Área

(m²) % total do município Funções

Horto Florestal Municipal de Divinópolis

Distrito industrial 40.000 0,01

Produção de composto orgânico, germinação e enraizamento de mudas, viveiros de mudas e viveiros de espera de plantas ornamentais e arbóreas.

Parque Florestal do Gafanhoto Bairro Icaraí 150.000 0,02

Área federal de preservação permanente destinada a resgatar atributos da natureza, conciliando a proteção integral da flora, fauna e das belezas naturais, para utilização com objetivos educacionais, recreativos e científicos.

Parque Ecológico Municipal Prefeito Dr. Sebastião Gomes Guimarães

Região Central 210.000 0,03

Área de Proteção Ambiental e uso sustentável. Com área de lazer e Centro de Educação Ambiental.

Parque Linear Danilo Passos

Bairros Danilo

Passos e Vila Romana

135.000 0,02 Parque Linear – Área de proteção ambiental.

Áreas de preservação e manutenção ambiental Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente de Divinópolis/PMD 2012

93,7%

98,0%

2000 2010

Domicílios com coleta de lixo – Fonte: IBGE

Page 15: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

15

Olhar e refletir: como alcançar o desenvolvimento?

“...seres humanos são capazes de mais do que as escolas, os locais de trabalho, as organizações civis e os regimes políticos permitem.” (Richard Sennett, Juntos, p. 43).

INVESTIGAÇÃO APRECIATIVA

O projeto foi estruturado segundo a inovadora me-

todologia de Investigação Apreciativa, que propõe a

implementação e o gerenciamento de mudanças por

meio da busca das potencialidades de um sistema

quando ele está em seu estado mais eficaz e capaz,

em termos econômicos, sociais, ecológicos e humanos.

A técnica busca usar a identificação de sonhos e de

potenciais como mecanismo para criar novas formas

de transformação social. Ela permite explorar, ao má-

ximo, o potencial humano de colaboração.

O foco da Investigação Apreciativa não é o proble-

ma, mas as possibilidades das forças e oportunida-

des existentes na comunidade, a partir das quais se

pode construir um futuro desejado, e não reativo a

problemas existentes e que decorrem de situações do

passado. A comunidade deixa, assim, de ser percebi-

da como um problema a ser resolvido e passa a ser a

própria solução.

Foram usadas técnicas de intervenções inclusivas e

participativas, que realçaram as melhores contribui-

ções das pessoas e das

suas práticas. A meto-

dologia baseou-se em

um processo de cola-

boração, que permitiu

ao grupo identificar e

entender as fortalezas

da dinâmica social local,

seu potencial, as me-

lhores oportunidades e as esperanças de futuro das

pessoas, utilizando a força de todo o sistema na cons-

trução de um futuro desejado por todos para uma

Divinópolis mais sustentável.

O trabalho foi desenvolvido em quatro módulos, que

representam cada uma das etapas da Investigação

Apreciativa – Descoberta, Sonho, Planejamento e

Destino –, ao longo de 10 encontros.

DESCOBERTA Onde estamos?

SONHO Aonde

queremos chegar?

PLANEJAMENTO Como chegar?

DESTINO Aonde

podemos chegar?

Processo coletivo e

participativo

Descoberta

• Inserção do Projeto

• Marco Zero

• Mobilização de atores de todos os segmentos

Sonho

• Cenário da cidade de Divinópolis identificado e reconhecido pelos cidadãos

• O que o grupo pensa, deseja e sonha para a cidade

Planejamento

• Formação em elaboração de projetos

• Planejamento estratégico

• Construção do Plano de Futuro

Destino

• Evento de apresentação pública do Plano de Futuro

• Avaliação do projeto pelo grupo

Page 16: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

16

Construir: o plano de futuro de Divinópolis

O Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

começou a ser desenhado a partir da configuração

dos atores em rede, na etapa de mobilização e en-

gajamento, e do Marco Zero, um momento em que

foram abordadas questões sobre sustentabilidade

e percepções sobre a cidade com os participantes

do projeto.

As percepções sobre a cidade e as atividades iniciais

permitiram a descoberta dos ativos já existentes no

município.

O mapeamento das potencialidades e realizações lo-

cais foi essencial para que o Plano de Futuro não so-

breponha nenhuma atividade às já existentes, mas, ao

contrário, que contenha ações que sirvam de apoio

àquelas já realizadas.

Esse momento foi importante também para que o

grupo descobrisse seus ativos internos, que formam

o grande ativo da Rede de Referência Divinópolis Sus-

tentável, no qual reside a intersetorialidade de suas

redes e a interdisciplinaridade de seus conhecimentos.

A partir da descoberta dos ativos e potenciais inter-

nos existentes na sociedade, foi possível partir para o

mapeamento dos sonhos do grupo, segundo passo

da Investigação Apreciativa.

A VIDA EM TORNO DO RIO ITAPECERICA

Ao longo do processo de refinamento dos sonhos e

seu correlacionamento com as descobertas feitas, to-

dos os tópicos apontados como ideais a serem con-

quistados pelo município giraram em torno de um

tema central: a revitalização do Rio Itapecerica.

Como é possível ver na foto ao lado, a relação entre

os moradores da cidade e a saúde do rio é de total

Principais iniciativas no

município

Divinópolis 100+20

Plano Diretor do Município

Projeto Cidade Tecnológica

SOS Rio Itapecerica

Empresas | Governo | Entidades de classeEducação | Tecnologia

Publicidade e ComunicaçãoMobilização Social

Conhecimentos e redes

INTER-DISCIPLINARIDADE e

INTERSETORIALIDADE

ATIVO DO GRUPO

Page 17: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

17

interdependência. O Rio Itapecerica representa ora

um elemento simbólico de um tempo em que a cida-

de era mais amigável para seus moradores, ora resul-

tado da soma de ações em diversas frentes: educação

para a sustentabilidade, adequação das indústrias às

normas ambientais de efluentes, cumprimento dos

contratos relativos ao tratamento de água e de es-

goto, ações de cuidado e revitalização das margens

do rio, outorgas para o uso da água, recuperação da

saúde da calha do rio, entre outros não menos im-

portantes. Ora, ainda, representação direta ou indire-

ta dos sonhos da população de ter rios despoluídos,

água e esgoto tratados, mais responsabilidade social

e ambiental das empresas, coleta seletiva eficaz do

lixo doméstico, usina de tratamento do lixo, ruas de

lazer para a população, ruas arborizadas, educação

de qualidade e para todos, saúde pública de quali-

dade, promoção de cidadania, mais espaços verdes e

espaços de entretenimento público.

O sonho do “Rio Itapecerica revitalizado” foi recor-

rente entre os integrantes do grupo, que chegaram a

ele ou dele partiram por meio de alguns pressupostos

básicos: tratamento do esgoto da cidade, que é quase

totalmente despejado no rio; educação da popula-

ção para a cidadania; mobilização da população para

cumprimento dos compromissos firmados, seja entre

cidadãos, entre governo e cidadãos (Plano Divinópolis

100+20) ou, ainda, entre governo e empresas (con-

trato de tratamento de esgoto com a COPASA).

A saúde do Rio Itapecerica é de fundamental impor-

tância para a cidade de Divinópolis, na medida em que

o rio é responsável por 84,6% da produção de água

da cidade. Apesar de representar a principal fonte de

água da população e da indústria local, o rio também

é o principal corpo receptor de esgoto. São lançados

nele, diariamente, mais de 43 mil m³ de esgoto.

A maior parte dos domicílios (87,3%) está ligada à

rede geral de esgoto sanitário municipal; 0,7% deles

despejam diretamente no rio ou em um lago. O siste-

ma de esgotamento sanitário de Divinópolis conta com

oito pequenas estações de tratamento (ETEs), compos-

tas de reatores anaeróbios seguidos ou não de filtros,

instaladas nas seguintes localidades: Bairro Santa Cruz

– Distrito de Santo Antônio dos Campos; Residencial

Lagoa dos Mandarins; Bairro Santa Tereza; Comunida-

de Rural de Buritis; Bairro Nova Fortaleza; Bairro Jardi-

nópolis; Bairro Candidez; e Bairro Primavera. Algumas

edificações não estão ligadas à rede coletora de esgo-

tos, utilizando fossas sépticas ou lançando seus esgo-

tos diretamente no curso d’água mais próximo.

Rios despoluídos, esgoto e água tratados, mais responsabilidade social e ambiental

das empresas, coleta seletiva eficaz do lixo doméstico, usina de tratamento do lixo.

Educação para o trânsito, transporte público eficiente, corredor específico para

ônibus, ciclovias, transporte coletivo elétrico, ruas de lazer para a população,

ruas arborizadas.

Educação de qualidade e para todos, implantação de políticas sociais específicas

e eficazes, saúde pública de qualidade, promoção da cidadania, atratividade para

grandes empresas, capacidade de investimento das empresas, mão de obra

capacitada, segurança para viver.

Centros de convenções, mais espaços culturais, mais espaços verdes, espaços de entretenimento público, oficinas de artes

para pessoas de baixa renda.

RIO ITAPECERICA REVITALIZADO

8,4%3,2%

0,1%

87,3%

0,7%0,1% Não tinham banheiro nem

sanitário

Fossa rudimentar

Fossa séptica

Outro

Rede geral de esgoto oupluvial

Rio ou lago

Vala

Destinação do esgoto sanitário domiciliar – Fonte: Censo Demográfico 2010

Outro destino0,2%

Queimado/enterrado na propriedade

1,8%

Coletado por serviço de limpeza

98,0%

Destinação do lixo domiciliar – Fonte: Censo Demográfico 2010

Page 18: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

18

De acordo com o presidente da CO-

PASA, Ricardo Simões Campos, em

entrevista à imprensa em 13/08/2013,

até 2016 serão instaladas três estações

com capacidade para tratar 100% do

esgoto coletado. Em encontro com o

grupo, o gerente regional e a analista

de programas comunitários da COPA-

SA confirmaram a conclusão de parte

dessas instalações.

Outro fator que contribui para a po-

luição do Rio Itapecerica é o despejo

de lixo domiciliar. Ainda que o Censo

Demográfico aponte que 98% das

residências destinam o lixo à coleta

municipal, o lixo se revela após cada

cheia do rio.

O cenário reforça as demandas por

infraestrutura básica, cumprimento do

contrato entre a prefeitura e a COPA-

SA e conscientização da população.

ESPAÇO DE DIÁLOGO COM INTERLOCUTORES ESTRATÉGICOS

Para fortalecer o entendimento da Rede de Referên-

cia Divinópolis Sustentável sobre a situação do rio e

apoiar um planejamento mais efetivo, foram trazidos

interlocutores estratégicos que, ao longo dos encon-

tros, responderam às perguntas que mais geravam in-

quietação no grupo. Os convidados indicaram cami-

nhos, desafios e a situação de alguns projetos, além

de apresentarem aspectos por vezes desconhecidos.

Esse diálogo foi fundamental para delimitar as ações

no âmbito do Plano de Futuro.

A realização das entrevistas possibilitou ao grupo

compreender ainda mais o cenário atual de Divinó-

polis, principalmente no que diz respeito às ações

existentes e às que precisam ser feitas em direção à

revitalização do Rio Itapecerica.

Foi consenso entre os representantes da COPASA e

da Defesa Civil, por exemplo, a necessidade de ações

para a educação ambiental e cidadã da população. A

má destinação de resíduos sólidos, seja na rede de es-

goto, seja nas ruas que desembocam diretamente no

rio e em seus afluentes, foi apontada como obstáculo

para a saúde do rio. Adicionalmente, acarreta maiores

custos à COPASA e à Prefeitura e aumenta as chances

de enchentes em épocas de chuva.

Consequência do despejo de lixo no rio Fonte: http://www.g37.com.br

Nome Entidade

Evandro Araújo Divinópolis 100+20 [Comunicação – Prefeitura Municipal de Divinópolis]

Dreyfus Rabelo Coordenador da Defesa Civil e secretário municipal de Operações Urbanas – Prefeitura Municipal de Divinópolis

Jairo Gomes Viana Representante da SOS Rio Itapecerica

José Elísio Apresentação Projeto Cidade Tecnológica

Jussara Manata Analista de Programas Comunitários do Distrito do Alto Pará - COPASA

Ronaldo Dias Gerente do Distrito do Alto Pará – COPASA

Page 19: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

19

PROJETOS

O cruzamento das etapas de Descoberta e Sonho

levou à definição do principal objetivo do grupo:

construir uma cidade melhor e sustentável, a partir

das ações éticas e apartidárias, que prezam a diver-

sidade e a cidadania, e na qual todos os integrantes

compartilham o interesse por uma causa comum

(uma cidade melhor e mais sustentável). O grupo

é composto, inicialmente, pela Rede de Referência

Divinópolis Sustentável.

O grupo constituiu uma Plataforma Cidadã Online

– Divinópolis Sustentável – que se sustenta em cin-

co pilares, cada qual com uma coordenação própria.

Essa plataforma tem como princípio somar forças,

estimulando a colaboração e a cidadania, de modo

transversal e complementar às ações já existentes. O

objetivo é apoiar a manutenção constante da Rede de

Referência Divinópolis Sustentável e a mobilização de

novos integrantes em torno da criação e manutenção

de uma plataforma que amplie o conhecimento e a

educação e que ofereça meios para que a população

possa se engajar nas mudanças.

Para cada um dos cinco pilares foi desenhado um pla-

no de ação. No caso da ação “Estudo e Pesquisa”,

uma das linhas de atuação foi separada, com relação

à investigação sobre a população ribeirinha. Além

desses, foram desenhados um plano de ação geral

para desenvolvimento de uma plataforma cidadã e

um plano mobilizador do próprio grupo. Assim, o Pla-

no de Futuro contempla oito ações estruturadas em

projetos, apresentados a seguir.

Atila Alves e Costa

Elson Penha Silva

Fernando Leite Alvim

Hélcia Veriato Teixeira

Jairo Gomes Viana

Maria Ângela dos Santos Oliveira

Netty Assunção

Pâmella Gabriela Oliveira Pugas

Paulo Roberto Ramos

Ricardo Ferreira de Oliveira

Sônia Diniz Borges Cunha

Wander Luiz Pio de Sena

Integrantes da Rede de Referência Divinópolis Sustentável

Page 20: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

20

Ação 1 Desenvolvimento de uma plataforma cidadã

Plano de Ação

O quê? Elaboração e manutenção de uma plataforma cidadã para envolvimento e mobilização da população divinopolitana em busca de uma cidade sustentável.

Por que? Para criar uma cidade melhor e mais sustentável.

Como?

Por meio de ações de pesquisa, estudo, campanhas de postura, divulgação de dados de contratos públicos, divulgação de casos locais e de eventos relacionados para educar, conscientizar e mobilizar a população. Por meio de articulações intersetoriais.

Quando começa? Novembro de 2013.

Quanto tempo dura esta ação? Indeterminado.

Onde será realizada? Na cidade de Divinópolis.

Quanto custa? R$ 50.000,00 a R$ 200.000,00.

Quem são os responsáveis? Wander Pio e Netty Assunção.

Observações Esta ação abrigará os outros cinco itens contidos nesse plano de ação.

Ação 2 Estudos e pesquisas de ações e projetos

Plano de Ação

O quê? Realizar pesquisa das ações e projetos socioambientais existentes em Divinópolis.

Por que? Possuir diagnóstico do que já é realizado, alimentando a Plataforma Cidadã e direcionando esforços para atividades ainda não existentes.

Como? Montar um projeto de pesquisa; escolher os bolsistas que farão levantamento; desenvolver metodologia para a pesquisa; buscar informações; montar diagnóstico.

Quando começa? Janeiro de 2014.

Quanto tempo dura esta ação? Seis meses a um ano.

Onde será realizada? Na cidade de Divinópolis.

Quanto custa? Considerando dois bolsistas, aproximadamente R$ 600,00 por mês, mais transporte.

Quem são os responsáveis? Pâmella Pugas, FACED, por meio do Núcleo de Pesquisas Aplicadas – NUPEC.

Observações O custo da ação está diretamente relacionado à quantidade de bolsistas e ao tipo de trabalho que será realizado. #pesquisaDivinópolisSustentável

Ação 3 Estudos e pesquisas sobre perspectivas da população ribeirinha

Plano de Ação

O quê? Realizar pesquisa com a população ribeirinha do Rio Itapecerica buscando identificar seu perfil e conhecimento sobre práticas sustentáveis.

Por que? Possuir perfil para direcionar ações da campanha de postura com este público.

Como? Montar um projeto de pesquisa; escolher os bolsistas que farão o levantamento; desenvolver metodologia para a pesquisa; buscar financiamento; fazer pesquisa de campo; montar perfil.

Quando começa? Março de 2014.

Quanto tempo dura esta ação? Um ano.

Onde será realizada? Na cidade de Divinópolis - População que vive às margens do rio (amostragem).

Quanto custa? Considerando dois bolsistas, aproximadamente R$ 600,00 por mês, mais transporte.

Quem são os responsáveis? Grupo de Estudos "Educação para a Diversidade" – FUNEDI.

Observações O custo da ação está diretamente relacionado à quantidade de bolsistas e ao tipo de trabalho que será realizado. #pesquisaDivinópolisSustentável

Page 21: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

21

Ação 4 Divulgação de casos de sustentabilidade, locais ou não

Plano de Ação

O quê? Pesquisar e divulgar boas práticas e casos interessantes de sustentabilidade em Divinópolis e em outros lugares.

Por que? Para criar estima pela cidade, estimular novas práticas entre a população.

Como? Buscar, fazer curadoria e divulgar casos. Criar um banco de dados de práticas sustentáveis. Divulgar por meio de posts ou campanhas.

Quando começa? Setembro de 2013.

Quanto tempo dura esta ação? Indeterminado.

Onde será realizada? Na cidade de Divinópolis.

Quanto custa? Trabalho voluntário da Rede de Referência Divinópolis Sustentável.

Quem são os responsáveis? Fernando Leite Alvim.

Observações #casosustentavelDivinópolisSustentável

Ação 5 Divulgação de dados públicos e de contratos

Plano de Ação

O quê? Solicitar contratos à Prefeitura e aos órgãos prestadores de serviços para estudá-los e divulgar as datas das entregas mais importantes.

Por que? Para levar a capacidade de gestão das questões de interesse público a todos os cidadãos.

Como? Analisando os contratos, fazendo o relacionamento com os seus signatários, entendendo os contratos e o que deve ser cobrado (data e principais entregas), entendendo o que já está sendo feito, disponibilizando essa informação de forma clara para a população por meio de posts e da criação de “contratômetros”.

Quando começa? Novembro de 2013.

Quanto tempo dura esta ação? Indeterminado.

Onde será realizada? Na cidade de Divinópolis.

Quanto custa? Trabalho voluntário da Rede de Referência Divinópolis Sustentável.

Quem são os responsáveis? Wander Pio de Sena e Netty Assunção.

Observações #contratometroDivinopolisSustentável

Ação 6 Promover e divulgar eventos relacionados à sustentabilidade

Plano de Ação

O quê? Promover eventos, campanhas e ações voltadas a temas ecológicos e de sustentabilidade.

Por que? Sensibilizar, incentivar e cativar o cidadão divinopolitano para que ele exercite sua consciência socioambiental.

Como? Desenvolver cronograma de eventos anual, destacando as datas ecológicas; articular eventos com setores sociais envolvidos na temática a ser discutida; realizar eventos.

Quando começa? Janeiro de 2014.

Quanto tempo dura esta ação? Periódica, com articulação mensal.

Onde será realizada? Na cidade de Divinópolis.

Quanto custa? Relacionado à demanda de cada evento.

Quem são os responsáveis? Maria Angela Oliveira e Pâmella Pugas.

Observações Para a efetividade desta ação é primordial a parceria com outros segmentos (captação de recursos).

Page 22: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

22

Ação 7 Campanha de postura | Chamada da população para a ação

Plano de Ação

O quê? Campanha educativa para mobilizar os cidadãos para pôr em prática posturas cidadãs, seja em direitos seja em deveres, em Divinópolis.

Por que? Para ajudar na formação de uma consciência cidadã, onde cada um exercite os seus direitos e deveres cotidianamente.

Como? Identificando ações que possam engajar a população e transformando-as em campanhas de chamada para ação.

Quando começa? Dezembro de 2013.

Quanto tempo dura esta ação? Indeterminado.

Onde será realizada? Na cidade de Divinópolis.

Quanto custa? Trabalho voluntário da Rede de Referência Divinópolis Sustentável.

Quem são os responsáveis? Maria Angela Oliveira e Netty Assunção.

Observações #campanhadeposturaDivinópolisSustentável

Ação 8 Mobilizar o grupo e receber novos parceiros

Plano de Ação

O quê? Realizar constantemente a mobilização do grupo e a recepção de novos membros.

Por que? Para manter o grupo ativo e impulsionar o seu potencial transformador.

Como? Utilizando soluções tecnológicas de rede e/ou CRM.

Quando começa? Setembro de 2013.

Quanto tempo dura esta ação? Indeterminado.

Onde será realizada? Na cidade de Divinópolis.

Quanto custa? Trabalho voluntário da Rede de Referência Divinópolis Sustentável.

Quem são os responsáveis? Wander Pio de Sena.

Observações Iniciativa transversal aos planos de ação do grupo.

Page 23: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

23

O futuro construído no presente

A partir de setembro de 2013, os sonhos dos cidadãos

envolvidos no projeto Cooperação para uma Cidade

mais Sustentável do APL de Fundição de Divinópolis

passaram do imaginário individual para um levante

coletivo em prol de uma cidade melhor para se viver.

Ao longo dos encontros, esses desejos puderam ser

materializados em um plano objetivo de intervenção.

Durante a elaboração do plano, algumas das linhas

de ação desenhadas pelo grupo já saíram do papel,

como o levantamento de boas práticas sustentáveis

e até mesmo a criação de eventos de diálogo para

melhor compreensão da realidade que se deseja mu-

dar. Assim, os integrantes da rede de referência se

habituaram a elencar e compartilhar entre si práticas

sustentáveis divinopolitanas.

Os responsáveis por cada linha de ação já têm se reu-

nido para estudar as melhores formas de colocá-las

em prática. Membros do poder público e da COPASA

têm sido contatados para ouvir as dúvidas e questões

das pessoas que participam da rede de referência.

A partir de dezembro de 2013, Divinópolis Susten-

tável ocupará as redes sociais, onde ficará incubada

por alguns meses até se transferir para a sua própria

Plataforma Cidadã. Nesse processo, as principais li-

nhas da ação do Plano de Futuro terão um ano para

serem colocadas em prática, transformando, assim,

a realidade da cidade de forma efetiva, por meio do

trabalho de um grupo forte, comprometido e inde-

pendente.

Os projetos aqui descritos são apenas o começo de

um processo de desenvolvimento pautado pela sus-

tentabilidade e legitimado pela participação social.

GOVERNANÇA

As características da Rede de Referência Divinópolis

Sustentável resultaram em um coletivo responsável

pela definição das principais linhas de ação contidas

no Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável,

o qual se divide entre coordenadores de ações, mobi-

lizadores e componentes da rede de referência. Todo

o coletivo se apoiará na realização das iniciativas pro-

postas para cada linha de ação, sendo o coordenador

apenas o principal responsável por aquela atividade.

A Rede de Referência Divinópolis Sustentável não é

um grupo fechado, pelo contrário, é um coletivo or-

gânico aberto a novos participantes. Para isso, o gru-

po entende que é necessário promover:

• A elevação do conhecimento entre os divinopoli-tanos (educação e cidadania).

• A sensibilização, mobilização e engajamento da população para a cidadania e a sustentabilidade.

• A articulação intersetorial.

Page 24: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

24

Atribuições> Rede de Referência – No âmbito da articulação e levantamento de demandas e oportunidades de ação, garantir a sustentabilidade do projeto com o compro-misso de manter um cenário favorável ao diálogo, de garantir a integração e a cooperação intersetorial e de ampliar a rede, agregando novos participantes. Apoiar a execução de todas as linhas de ação e da Plataforma Cidadã Divinópolis Sustentável.

> Conselho de Coordenação – No âmbito da ges-tão das ações realizadas, coordenar a rede, acompa-nhando o andamento das atividades de cada coorde-nadoria e o resultado geral do projeto. Comparecer às reuniões do grupo, estimular parcerias com outras partes interessadas.

> Mobilizador – Criar agenda de atividades internas, sempre em consonância com o responsável pela Co-ordenação da Agenda de Eventos. Relacionar-se com todos os participantes, conciliar agendas, buscar a in-tegração do grupo e as melhores formas para atrair as pessoas para os encontros.

> Coordenador de Estudo e Pesquisa – Estar aten-to às demandas relativas a fontes de conhecimento sobre a cidade. Realizar pesquisas sobre sustentabili-dade e segmentos específicos da população, buscan-do identificar seu perfil e conhecimento sobre práticas sustentáveis. Montar projetos de pesquisa; escolher os bolsistas que farão levantamento; desenvolver me-todologia para pesquisa; buscar financiamento; fazer pesquisa de campo; montar perfil e divulgar dados.

> Coordenador de Divulgação de Boas Práticas em Sustentabilidade – Coordenar atividades de busca, curadoria e divulgação de casos interessantes. Criar um relacionamento aberto com a população, estando acessível para receber indicações de casos. Alimentar o banco de práticas sustentáveis e mantê-lo atualizado. Criar posts para divulgação.

> Coordenador de Divulgação de Contratos e Da-dos Públicos – Relacionar-se com órgãos públicos e privados, coordenar a solicitação de contratos a estes órgãos, o estudo e a apuração das principais entregas. Criar material de comunicação compreensível para a população, transformar os dados de contratos em um “contratômetro” e divulgar essas informações.

> Coordenador de Promoção e Divulgação de Eventos – Buscar eventos relacionados à Sustenta-bilidade em Divinópolis e criar a agenda de eventos do grupo. Alimentar e comunicar ao grupo a agenda conjunta de eventos. Articular parcerias com outras instituições para a realização de eventos (COPASA, FIEMG, faculdades, Prefeitura, etc.).

> Coordenador de Campanha de Postura – Iden-tificar problemas coletivos e as melhores formas de resolvê-los via mobilização social. Coordenar o dese-nho de ações para a solução de tais problemas, criar campanhas, estabelecer articulações e divulgar via Plataforma e redes sociais.

Conselho de Coordernação

Todos os coordenadores

Mobilizador

Wander Pio de Sena

Coordenador de Estudo e pesquisa

Pâmella Pugas

Coordenador de Divulgação de Boas

Práticas em Sustentabilidade

Fernando Leite Alvim

Coordenador Divulgação de

Contratos e dados públicos

Wander P. de Sena e Netty Assunção

Coordenador de Promoção e

divulgação de eventos

Pâmella Pugas e Maria Angela

Oliveira

Coordenador de Campanhas de Postura

| Chamada para a Ação

Netty Assunção e Maria Angela

Oliveira

Page 25: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

25

Passos futuros

Espera-se que o grupo continue se reunindo, atraindo

interessados e atuando em prol da construção de uma

Divinópolis Sustentável, visando ao fortalecimento da

rede de referência e à consolidação da Plataforma Ci-

dadã Divinópolis Sustentável, em que os cinco pilares

de ação poderão se desenvolver plenamente.

O grupo já tem definida sua agenda de 2014, esta-

belecendo o compromisso de promover encontros

mensais, todas as últimas quartas-feiras do mês, das

13h00 às 15h00.

Encontros

Mês Dia Hora O quê

Janeiro 07, terça-feira 14h às 17h Encontro de avaliação do projeto

29, quarta 13h às 15h Encontro do grupo Fevereiro 26, quarta 13h às 15h Encontro do grupo

Março 26, quarta 13h às 15h Encontro do grupo Abril 30, quarta 13h às 15h Encontro do grupo Maio 28, quarta 13h às 15h Encontro do grupo Junho 25, quarta 13h às 15h Encontro do grupo Julho 30, quarta 13h às 15h Encontro do grupo

Agosto 27, quarta 13h às 15h Encontro do grupo Setembro 24, quarta 13h às 15h Encontro do grupo Outubro 29, quarta 13h às 15h Encontro do grupo

Novembro 26, quarta 13h às 15h Encontro do grupo Dezembro 17, quarta 13h às 15h Encontro do grupo

CRONOGRAMA

RESPONSÁVEIS

LINHAS DE AÇÃO

PLATAFORMA CIDADÃ DIVINÓPOLIS SUSTENTÁVEL

Entender a cidade

Coordenação de estudo e

pesquisa

Pâmella Pugas

A partir de janeiro 2014

Coordenação de divulgação

de dados públicos

Wander Pio de Sena e Netty

Assunção

A partir de novembro 2013

Sensibilizar o cidadão

Promoção e divulgação de

eventos

Pâmella Pugas e Maria Angela

Oliveira

A partir de janeiro 2014

Coordenador de Divulgação de Boas

Práticas em Sustentabilidade

Fernando Leite Alvim

A partir de setembro 2013

Praticar cidadania

Campanhas de postura |

Chamada para ação

Netty Assunção e Maria Angela

Oliveira

A partir de dezembro 2013

Page 26: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

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Participantes do projeto

Afonso Gonzaga

Anderson Willian dos Santos

Átila Alves e Costa

Annita de Lima Franca

Antônio Carlos Pereira

Adriano Guimarães Parreira

Antonio Maria Claret Ribeiro

Anderson Saleme

Bernadete Campolina

Carlos Moacir Meira Aguiar

Carlos Raimundo Rocha

Cida Valério

Cristiano Jácome

Dreyfus Rabello

Evandro Araújo

Elson Penha Silva

Fabiana de Cássia Lima

Fabio Silva Rocha

Fernando Leite Alvim

Guilherme Dionísio

Helcia Veriato

Jairo Gomes Viana

Janua Coeli S. Nogueira

João Cordeiro dos Santos

Josiane Ligia da Silva

José Elisio Batista

Jussara Pereira Manata

Lilian Fernanda Silva

Lucas de Sena Silva

Marcia Maria Martins França

Marcos Fábio Ferreira

Marcos Vinícius Pereira

Marcos Vilela

Mariana Domingos

Maria Ângela dos Santos Oliveira

Marina Angélica C. Oliveira

Mônica Rodrigues Ramalho

Netty Assunção

Pâmella Pugas

Patrícia Medeiros Amaral

Paulo César

Paulo Roberto Ramos

Rafael Baía Capanema

Ricardo Henrique Alvim

Ricardo Ferreira

Ronaldo Augusto Dias

Tânia A. Silva Oliveira

Túlio Pereira de Sá

Sônia Diniz Borges Cunha

Wander Luiz Pio de Sena

Ficha técnicaEquipe gestora da FIEMG

Afonso Gonzaga

Simone Pinto Lopes

Equipe gestora do SIFUMG

Afonso Gonzaga

Equipe gestora da EGL

Roseli Carvalho Dias

Equipe técnica da Herkenhoff & Prates

Direção Técnica

Cristina Bellia Margoto

Guilherme Alberto Rodrigues

Mário Herkenhoff

Concepção e Coordenação Geral

Francisca Schaich Prates

Natalia Menhem

Coordenação Técnica de Projeto

Camila Montevechi Soares

Danielle Helena Burgarelle

Articulação com a comunidade e facilitação

Camila Montevechi Soares

Danielle Helena Burgarelle

Natalia Menhem

Coordenação de Monitoramento e Avaliação

Carmelita Zilah Veneroso

Comunicação

Coordenação e edição

Inez de Oliveira – IF Comunicação

Revisão

Maria Inês Caravaggi e Abgail Cardoso

Projeto gráfico

Simone Chacham

Page 27: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

Rua Alvarenga Peixoto, 1408, sala 1304 Santo Agostinho - Belo Horizonte Minas Gerais - Brasil - CEP 30180 212 Tel: + 55 31 3292 [email protected] www.hpconsultores.com.br

Com 30 anos de atuação no mercado, a Herkenhoff & Prates (H&P) é uma empresa de consultoria que solidificou experiências em monitoramento e avaliação de projetos, diagnósticos e pesquisas, responsabilidade social empresarial e sustentabilidade, gestão e recursos humanos. Por meio de sua equipe técnica multidisciplinar, composta por espe-cialistas, mestres e doutores e por consul-tores ad hoc, a H&P é capaz de atender às demandas dos seus clientes de forma custo-mizada, com agilidade, segurança e eficácia.

Page 28: Plano de Futuro para uma Divinópolis Sustentável

Execução

Entidade de Governança Local

Realização