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Luz, Pedro Henrique 2005 1

AGRÁRIAS

FZEA/USP

GRUPO DE PESQUISA

Prof. Dr. Pedro Henrique de Cerqueira LuzAGRÁRIAS/FZEA/USP

Engo Agrônomo MS Felipe Barros de Macedo

Pós Graduando da FZEA/USP


PROGRAMA

1) INTRODUÇÃO

2) ÁGUA NO SISTEMA SOLO x PLANTA x ATMOSFERA

3) MANEJO DA IRRIGAÇÃO PARA CANA CLIMA

CANA PLANTA X SOCA

ÉPOCAS

LÂMINA

4) FERTIRRIGAÇÃO COM VINHAÇA LEGISLAÇÃO

DETERMINAÇÃO DA LÂMINA

MONITORAMENTO

SISTEMAS DE APLICAÇÃO

5) Considerações finais


IRRIGAÇÃO E ENERGIA

“A irrigação consome menos de 1,4 % da capacidade de geração de energia no Brasil”

“Alimentar um brasileiro mensalmente com produtos irrigados consome a mesma energia de um microcomputador ligado 5 horas diariamente”


BALANÇO HÍDRICO REAL

ET= Evapotranspiração

AC=Ascensão Capilar DP= Drenagem Profunda

RO= Enxurrada

I= Irrigação P= Precipitação

AL

= P + I + AC – ET – RO - DP

AL = . L


Consumo de água (m3/t produto)

para produzir uma tonelada do

produto.

1200 100 150 2000 800 75 1400

Cana-de-açúcar = 85 t/há x 150 m3/t = 12750 m3/há ou 1275 mm


Extrato do Balanço Hídrico Mensal -

Dourados MS

-100

102030405060708090

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

DEF(-1) EXC



Diamantino MT

-100

-50

0

50

100

150

200


mm

DEF(-1) EXC



Maringá PR

-10

0

10

20

30

40

50

60

70


mm

DEF(-1) EXC


Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Araçatuba SP

-60

-40

-20

0

20

40

60


mm

DEF(-1) EXC


Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Recife PE

-100

-50

0

50

100

150

200

250

300

350


mm

DEF(-1) EXC


Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Garanhuns PE

-80

-60

-40

-20

0

20

40

60

80


mm

DEF(-1) EXC


RESULTADOS BHC – BRASIL – CANA - EXPANSÃO

P ETP ETR DEF EXC

mm Thornthwaite mm mm mmRio Verde 1707,0 1089,93 955,1 134,9 751,9

Catalão 1493,0 1049,87 888,0 161,9 605,0

Pirinópolis 1767,0 1093,72 936,0 157,7 831,0

Dourados 1404,0 1083,75 1083,4 0,4 320,6

Ivinhema 1612,0 1083,21 1080,0 3,2 532,0

Paranaíba 1456,0 1187,98 1105,1 82,9 350,9

Ponta Porã 1660,0 963,40 963,4 0,0 696,6

Diamantino 1617,0 1402,56 1119,5 283,1 497,5

Cáceres 1347,0 1438,10 1173,0 265,1 174,0

Uberaba 1589,0 1047,61 959,1 88,5 629,9

Capinópolis 1528,0 1146,67 986,2 160,5 541,8

Araçatuba 1172,0 1252,74 1099,7 153,1 72,3

Ribeirão Preto 1529,0 1099,46 1027,3 72,1 501,7

Fernandópolis 1216,0 1204,81 1052,7 152,1 163,3

Baurú 1170,0 1039,84 977,3 62,6 192,7

Jaú 1417,3 1077,04 1051,1 26,0 366,2

Araraquara 1332,0 1047,57 967,6 80,0 364,4

Maringá 1192,0 760,27 760,0 0,2 432,0

Umuarama 1618,8 1075,53 1075,5 0,0 543,3

Paranavaí 1507,8 1086,23 1085,6 0,6 422,2

Campo Mourão 1603,0 895,16 895,2 0,0 707,8

Recife 2457,0 1448,43 1285,6 162,8 1171,4

Garanhuns 869,0 935,23 746,7 188,5 122,3

Maceió 2168,0 1344,07 1208,8 135,2 959,2

Palmeira dos Índios 869,0 1310,73 791,5 519,3 77,5

PB João Pessoa 2130,0 1571,35 1238,3 333,0 891,7

RN Natal 1560,0 2921,09 1560,0 1361,1 0,0

PE

AL

GO

MS

MT

MG

SP

CidadesEstados

PR


ESTÁDIO CONDIÇÃO DE CRESCIMENTO

I Emergência até 10% de des. veg.

II 10 a 80% de des. veg.

III 80 a 100 % de des. veg.

IV Maturação

V Colheita

BALANÇO HÍDRICO CULTURA

CULTURA QUALQUER

ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO


FASES DE DESENVOLVIMENTO

FENOLOGIA

ÁREA FOLIAR

IAF – Índice de Área Foliarm2 Folha

m2 Solo

Ex. Culturas – 4 a 5

Cana irrigada – 6

Pastagem – 3 a 4 - 5


IRRIGAÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR


DETRMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE CULTURA - Kc

I II III IVEstádios de Desenvolvimento

ETM

Kc =

ETo

0,5

1,0

1,5


Período total

I II III IV V de crescimento

tropical 0,4 - 0,5 0,7 - 0,85 1,0 - 1,1 0,9 - 1,0 0,75 - 0,85 0,7 - 0,8

subtropical 0,5 - 0,65 0,8 - 0,9 1,0 - 1,2 1,0 - 1,15 1,0 - 1,15 0,85 - 0,95

verde 0,3 - 0,4 0,65 - 0,75 0,95 - 1,05 0,9 - 0,95 0,85 - 0,95 0,85 - 0,9

seco 0,3 - 0,4 0,7 - 0,8 2,05 - 1,2 0,65 - 0,75 0,25 - 0,3 0,7 - 0,8

0,4 - 0,5 0,7 - 0,8 0,95 - 1,1 0,9 - 1,0 0,8 - 0,95 0,7 - 0,8

0,4 - 0,5 0,7 - 0,8 1,05 - 1,25 0,8 - 0,9 0,65 - 0,7 0,8 - 0,9

0,4 - 0,5 0,7 - 0,8 0,95 - 1,1 0,75 - 0,85 0,55 - 0,6 0,75 - 0,8

verde 0,3 - 0,5 0,7 - 0,9 1,05 - 1,2 1,0 - 1,15 0,95 - 1,1 0,8 - 0,95

grãos 0,3 - 0,5 0,8 - 0,85 1,05 - 1,2 0,8 - 0,95 0,55 - 0,6 0,75 - 0,9

seca 0,4 - 0,6 0,7 - 0,8 0,95 - 1,1 0,85 - 0,9 0,75 - 0,85 0,8 - 0,9

verde 0,4 - 0,6 0,6 - 0,75 0,95 - 1,05 0,95 - 1,05 0,95 - 1,05 0,65 - 0,8

0,4 - 0,5 0,7 - 0,85 1,05 - 1,2 1,0 - 1,15 0,95 - 1,1 0,8 - 0,95

0,3 - 0,4 0,6 - 0,75 0,95 - 1,1 0,85 - 1,0 0,8 - 0,9 0,7 - 0,8

0,4 - 0,5 0,7 - 0,8 1,05 - 1,02 0,85 - 0,95 0,7 - 0,75 0,75 - 0,9

1,1 - 1,15 1,1 - 1,5 1,1 - 1,3 0,95 - 1,05 0,95 - 1,05 1,05 - 1,02

0,3 - 0,4 0,7 -0,8 1,05 - 1,2 0,65 - 0,7 0,2 - 0,25 0,65 - 0,7

0,3 -0,4 0,7 - 0,75 1,0 - 1,15 0,75 - 0,8 0,3 - 0,55 0,75 - 0,85

0,3 - 0,4 0,7 - 0,8 1,0 - 1,15 0,7 - 0,8 0,4 - 0,5 0,75 - 0,9

0,4 - 0,5 0,75 - 0,85 1,05 - 1,2 0,9 - 1,0 0,6 - 0,7 0,8 - 0,9

0,4 - 0,5 0,7 - 1,0 1,0 -1,3 0,75 - 0,8 0,5 - 0,6 0,85 - 1,05

0,3 - 0,4 0,7 - 0,8 1,0 - 1,2 0,9 - 1,0 0,75 - 0,85 0,85 - 0,95

0,4 - 0,5 0,7 - 0,8 1,05 - 1,25 0,8 - 0,9 0,65 - 0,75 0,75 - 0,85

0,4 - 0,5 0,7 -0,8 0,95 - 1,05 0,8 - 0,9 0,65 - 0,75 0,75 - 0,85

0,3 - 0,4 0,7 - 0,8 1,05 - 1,02 0,65 - 0,75 0,2 - 0,25 0,8 - 0,9

0,3 - 0,4 1,5 - 1,2 0,85 - 1,05

contr erv 0,65 - 0,75

sem contr 0,85 - 0,9

Estágios de desenvolvimento da cultura Cultura

Banana

Feijão

Milho

Repolho

Algodão

Amendoim

Cebola

Ervilha (fr)

Pimenta (fr)

Batata

Arroz

Açafrão

Sorgo

Soja

Beterraba

Cana-de-açúcar

Fumo

Cítricas

Alfafa

Trigo

Melância

Tomate

Tabela - Coeficiente de Cultura (Kc)


Planejamento da cana-de-açúcar

PLANTIO x COLHEITA

CANA-DE-AÇÚCAR JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

INÍCIO

MEIO

FINAL

SOQUEIRA

PLANTIOCANA DE ANO E MEIO

CANA DE ANO

CANA DE INVERNO

COLHEITA

SAFRA DA CANA JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

INÍCIO 1

INÍCIO 2

INÍCIO 3

MEIO 1

MEIO 2

MEIO 3

FINAL 1

FINAL 2


RESUMO DO BALANÇO HÍDRICO PARA A

CANA-DE-AÇUCAR

USINA SÃO FRANCISCO - GO

Época de cortes Déf. Acum. após corte Def 30 dias após corte Lâmina Irrigação

Salvação

Abr 3 103 0,3 0

Mai 1 103 2,4 0

Mai 2 111 4,9 0

Mai 3 116 11,3 40

Jun 1 119 19,1 40

Jun 2 116 23,3 40

Jun 3 122 24,9 80

Jul 1 89 24,7 80

Jul 2 83 29,6 80

Jul 3 75 34,3 80

Ago 1 49 31,2 40

Ago 2 39 27,2 40

Ago 3 29 23,0 40

Set 1 9 8,6 0

Set 2 6 5,7 0

Set 3 3 2,9 0

Out 1 0 0,0 0

Out 2 0 0,0 0

Out 3 0 0,0 0


MANEJO DA IRRIGAÇÃO DE SALVAÇÃO

Deficiência hídrica cana soca - Manejo da irrigação - USF - Safra 2007

103 103

111116

119116

122

89

83

75

49

39

29

96

30 0 0

0,32,4

4,9

11,3

19,123,3 24,9 24,7

29,634,3

31,227,2

23,0

8,65,7

2,90,0 0,0 0,00

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

Abr 3 Mai 1 Mai 2 Mai 3 Jun 1 Jun 2 Jun 3 Jul 1 Jul 2 Jul 3 Ago 1 Ago 2 Ago 3 Set 1 Set 2 Set 3 Out 1 Out 2 Out 3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

110,0

120,0

130,0

Déf. Acum. após corte

Def 30 dias após corte

LÂMINA 0 mm LÂMINA 40 mm LÂMINA 40 + 40 mm LÂMINA 40 mm LÂMINA 0 mm


Experimento de irrigação e adubação para cana-de-

açúcar – Destilaria Miriri – UNIAGRO - Capim - PB

Pap

L0 L1 L2 L3

Outubro - 0 28 55 83

Novembro - 0 28 55 83

Dezembro 16 0 27 55 82

Janeiro 117 0 55 110 165

Fevereiro 37 0 13 27 41

Março 139 0 27 55 82

Abril 91 0 0 0 0

Maio 150 0 0 0 0

Junho 113 0 0 0 0

Julho 57 0 0 0 0

Agosto 48 0 0 0 0

Setembro 42 0 0 0 0

Totais 807 0 179 357 536

LÂMINA mm 807 986 1164 1343

Mês

Água aplicada pela irrigação

(mm)(mm)

Variedade = SP79.1011

Adubação = AC1 (44 kg de N e 41 kg de K2O)

AC2 (137 kg de N e 148 kg de K2O


Tabela 3. Médias do número de colmos (NC), comprimento de colmos

(CC), peso do colmo (PC), número de internódios (NIC) e diâmetro de

colmos (DC), em função da lâmina total de água aplicada (Pap + irrigação)

e doses de adubação de cobertura (AC)

LT* NC CC PC NIC DC

(mm) nº ha-1

(cm) (g) nº C-1

(mm)

807 67315 170,66 980,00 19 19,00

986 75647 187,67 890,00 20 21,33

1164 73981 217,67 913,33 22 23,67

1343 62407 208,67 890,33 22 24,67

Média 69838 A 196 A 918,42 A 21 A 22,17 A

807 79723 204,00 1006,67 19 21,00

986 86759 222,00 1071,67 22 22,00

1164 91204 251,33 1148,38 24 25,67

1343 76963 229,67 1083,33 22 25,00

Média 83662 B 227 B 1077,5 B 22 A 23,42 A

AC2 (305 kg ha-1

)

AC1 (85 kg ha-1)


LT* RC °Brix POL PCC RBAÇ RBAL

(mm) (t ha-1

) (%) (%) (%) (t ha-1

) (m3 ha

-1)

807 65,67 18,67 16,00 13,00 8,67 6,00

986 68,67 19,67 18,00 14,00 9,67 6,67

1164 68,00 19,67 17,33 14,23 9,67 6,67

1343 55,67 19,33 17,00 14,00 8,00 5,67

Média 64,50 A 19,08 A 17,75 A 13,75 A 9,00 A 6,25 A

807 82,33 19,00 15,67 13,33 10,67 7,67

986 92,67 20,00 18,00 14,67 13,67 9,67

1164 104,00 18,67 16,67 13,33 14,33 10,00

1343 85,00 18,67 16,67 13,67 11,66 8,33

Média 91,00 B 19,33 A 17,08 A 13,83 A 12,58 B 8,91 B

AC1 (85 kg ha-1

)

AC2 (305 kg ha-1

)

Tabela 4. Médias de rendimento médio de colmos (RC), °Brix, POL, PCC,

rendimento bruto de açúcar (RBAÇ) e de álcool (RBAL), em função dos

regimes de irrigação e doses de adubação de cobertura (AC).


Setor sucroalcooleiro:

- grande produção de efluentes: 10 a 12 l

vinhaça/tcana moída

- experiência pioneira no uso dos efluentes;

- vinhaça: - nutrientes presentes

- sem metais pesados

- baixo teor de sódio - Na

- substituição plena da adubação com K

Cenário atual do uso da

vinhaça - BRASIL


Cenário atual do uso da

vinhaça

Dados gerais do Setor Sucroalcooleiro

Safra 2003/2004PARÂMETRO

São Paulo Centro Sul Norte e Nordeste Brasil

Área Cultivada - ha 2.745.344 4.156.771 1.121.567 5.278.338

Produção de cana - t 218.906.942 299.049.686 59.145.054 358.194.740

Produtividade - t/ha 79,74 71,94 52,73 67,86

Produção de Álcool - m³ 8.291.644 12.030.575 1.561.748 13.592.323

Produção de Vinhaça - m³ 107.791.372 156.397.475 20.302.724 176.700.199

Teor K2O - kg/m³ 1,90 1,80 2,40 1,90

Área Irrigada atual - ha 439.965 568.718 84.595 653.313

REGIÃO

Fontes: AGRIANUAL 2004; Rosenfeld (2003); Nunes et al. (2004)


Cenário atual do uso da vinhaça

REGIÃO/ESTADO Cana planta TCH Cana soca TCH

m3/há t/há m

3/há t/há

Araçatuba 370,0 100,0 355,0 69,7

Assis/Pres. Prudente 240,0 124,8 205,0 85,7

Jaú 150,0 84,0 150,0 64,2

Piracicaba 272,4 94,9 294,8 77,3

Ribeirão Preto 353,5 97,7 225,0 75,5

São José do Rio Preto - 120,0 270,0 85,9

SÃO PAULO 300,1 99,9 270,0 75,4

CENTRO-SUL 290,5 97,2 252,9 75,1

NORDESTE/LESTE 257,1 75,7 247,6 62,7

BRASIL 273,8 93,7 250,3 72,2

Fontes: IDEA - Nunes et al. (2004)


2- LEGISLAÇÃO

CRITÉRIOS E

PROCEDIMENTOS

A) ÁREAS FERTIRRIGADAS

B) ARMAZENAMENTO TRANSPORTE E

APLICAÇÃO

C) PLANO DE APLICAÇÃO

D) CARACTERIZAÇÃO DO SOLO


2- LEGISLAÇÃO: CRITÉRIOS E

PROCEDIMENTOS

ESPECIFICAÇÕES

- Distanciar > 50 m das APPs protegidas por terraços de segurança

- Áreas com declividade > 15% práticas conservacionistas: erosão, infiltração, contenção, parcelamento da aplicação


- APPs e RESERVA LEGAL, CURSOS D`ÁGUA

- RESERVATÓRIOS, CANAIS MESTRES,

- INDICAR COM CORES AS ÁREAS FERTIRRIGADAS: INTERVALOS DE 150 m3/ha


-RESPEITAR AS CONDIÇÕES DE LOCALIZAÇÃO

-DEVERÃO SER “IMPERMEABILIZADOS”

-PRAZO A SER DEFINIDO PARA OS

RESERVATÓRIOS ATUAIS

2- LEGISLAÇÃO: CRITÉRIOS E

PROCEDIMENTOS


-INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO:

4 poços sendo 1 a montante e 3 a jusante

Norma NBR 13.895 “Construção de Poços de

Monitoramento e Amostragem”

- Análise semestral da água dos poços de monitoramento

NOTA: Os poços de monitoramento serão dispensados se:

Instalação de Sistema de Drenagem de Líquidos


CANAIS DE USO “PERMANENTE” PARA O TRANSPORTE

DA VINHAÇA:

-IMPERMEABILIZAÇÃO:

-PRAZO A SER DEFINIDO PARA OS EXISTENTES

-LIMPEZA DA VINHAÇA REMANESCENTE


TRANSPORTE DA VINHAÇA


DISTRIBUIÇÃO DA

VINHAÇA

Fonte: IDEA – NUNES et al. (2004)

FORMA DE DISTRIBUIÇÃO (%)

REGIÃO/ESTADO

CANAIS CAMINHÕES

Araçatuba 100,0 0,0

Assis/Pres. Prudente 95,6 4,1

Jaú 67,5 32,5

Piracicaba 62,5 37,5

Ribeirão Preto 92,8 7,2

São José do Rio Preto 26,9 73,1

SÃO PAULO 76,6 23,4

CENTRO-SUL 80,9 19,1

NORDESTE/LESTE 100,0 0,0

BRASIL 82,5 17,5


CANAIS OU CONDUTOS LIVRES

TRANSPORTE DE VINHAÇA

CONSTRUÇÃO NO SOLO

FLUXO GRAVITACIONAL

BAIXO CUSTO - $

VINHAÇA: CORROSÃO E ABRASÃO

SISTEMA VIÁRIO

PERDA DE ÁREA DE CANA

PERDAS POR INFILTRAÇÃO

ALTIMETRIA


A) PEAD – Polietileno de Alta Densidade

B) MANTA ASFÁLTICA

C) CONCRETO


- Espessura = 1,0 a 2,0 mm

- Rolo de 6 x 100 m

-Menor quantidade de emendas

-Ancoragem na superfície


- Rolo de 1,0 x 10,0 m

- Maior quantidade de emendas = 1250/km

- Ancoragem na superfície ou no talude do canal

- Problemas com elevadas temperaturas

- Baixa resistência a perfuração

- Facilidade de reparo


-Necessidade de “acertos” no talude dos canais

-Regularização da superfície

-Sistema de ancoragem no talude – complicada

-Mão de obra x material: solo x cimento

-Queima de cana


- CONCRETO COM RESISTÊNCIA fck-11

- UTILIZA BRITA Nº 2 – pó de pedra

- IMPERMEABILIZAÇÃO:

RR-2C – USADO EM PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA

ELASTRON


VIDA ÚTIL = ?

CANAL DE CONCRETO COM 7 ANOS


COMPARAÇÕES

TIPO DE REVESTIMENTO VARIÁVEL CONCRETO PEAD MANTA

ASFÁLTICA

Operacionalidade de construção alta Média/alta baixa

Qualidade da mão de obra média média elevada Necessidade de mão de obra baixa média alta Manejo de recalque do canal simples complicada complicada

Limpeza – safra fácil mediana difícil Necessidade de manutenção baixa média alta Perda de área de cana-de-açúcar menor maior maior Custo total – R$/m linear * 46,50 43,84 55,10 *Fonte: USJ – março 2005


CONSIDERAÇÕES

GERAIS

VIDA ÚTIL DO MATERIAL DE IMPERMEABILIZAÇÃO

CUSTO: TENDÊNCIA DE AUMENTO

PERDA DE ÁREA DE CANA

IMPLICAÇÕES NO SISTEMA VIÁRIO E MANEJO DE

TRATOS E COLHEITA


ALTERNATIVAS AO CANAL

TRANSPORTE VIA “CAMINHÃO”

- ÁREAS “DISPERSAS”

- FLEXIBILIDADE “IMEDIATA”

- NOVAS ÁREAS – RÁPIDA EXPANSÃO

- APLICAÇÃO NO INÍCIO DE SAFRA

-LIMITAÇÃO DE CUSTO:

INVESTIMENTO

DISTÂNCIA ECONÔMICA

- SISTEMA VIÁRIO - ADEQUADO

- VINHAÇA “ALTO TEOR DE K”

- PERÍODOS DE CHUVA


ALTERNATIVAS AO

CANAL

REDE ADUTORA – CONDUTOS FORÇADOS

A) FIXA

TRANSPORTE:

ENTERRADAS

CASA DE BOMBAS – RECALQUE FIXO

INVESTIMENTO - CUSTO FIXO “ALTO”/ÁREA

TUBULAÇÃO: RESISTENTE PARA USO COM VINHAÇA

RPVC, INOX, ALUMÍNIO, SAC-41 TRATADO, PEAD/PP, ETC.



B) “MÓVEL” OPERAÇÃO SIMULTÂNEA COM:

CONJUNTO MOTOBOMBA DESLOCÁVEL

EQUIPAMENTO DE APLICAÇÃO – CARRETEL

ENROLADOR

MONTAGEM DA REDE – FRENTE DE APLICAÇÃO

INVESTIMENTO - CUSTO FIXO “DILUÍDO/ > ÁREA”

TUBULAÇÃO: ALUMÍNIO:

LEVE – TRANSPORTE

PN ELEVADA = 170mca

ALTERNATIVAS AO CANAL



B) “MÓVEL”

-Necessidade de mudança da rede de tubos

-Mão de obra para transporte

-Manejo dos tubos – “amassamento”

-Vida útil


APLICAÇÃO DA

VINHAÇA

CARACTERIZAÇÃO DA VINHAÇA

CARACTERIZAÇÃO DO SOLO

DOSAGEM

PLANO DE APLICAÇÃO


APLICAÇÃO DA VINHAÇA

NO MÍNIMO 2 (DUAS) AMOSTRAGENS POR SAFRA

PARÂMETROS:pH; resíduo não filtrável total; dureza;

condutividade elétrica; nitrogênio Kjeldhal total; sódio;

cálcio; potássio; magnésio; sulfato; fosfato total; DBO e

DQO

Análise do Teor de K2O (kg/m3) da vinhaça semanalmente


APLICAÇÃO DA VINHAÇA

- AMOSTRA COMPOSTA

- 4 SUB-AMOSTRAS

- GLEBA HOMOGÊNEA < 100 há

- ESQUEMA DE COLETA

- GEO-REFERENCIADA

- PROFUNDIDADE – Camada de 0 a 80 cm

-LABORATÓRIO:

SELO DO PROGRAMA DE QUALIDADE


120° 120°

120°

Ponto

geo-referenciado

1

2 3

4


ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO

- Al = alumínio total;

- Ca – cálcio;

- Mg = magnésio;

- SO4 = sulfato;

- H = hidrogênio dissociável;

- K = potássio;

- M.O. = matéria orgânica;

- CTC = capacidade de troca catiônica;

- pHCaCl2 = potencial hidrogeniônico e

- V% = saturação por bases


APLICAÇÃO DA

VINHAÇA

[(0,05 x CTC – Ksolo) x 3744 + 185]

V = ─────────────────────

Kvinhaça

V = volume em m3 de vinhaça a ser aplicado por hectare;

CTC = Capacidade de Troca Catiônica, expressa em cmolc/dm3 a pH 7,0

Ksolo ou Ks = concentração de potássio – K+ no solo em cmolc/dm3

185 = quantidade em kg de K2O/há extraído pela cana-de-açúcar por corte;

Kvinhaça ou Kv = concentração de K+ na vinhaça, expressa em kg de K2O/m3


DOSAGEM DE VINHAÇA

CRITÉRIOS:

EQUILÍBRIO DE BASES NA CTC

CAPACIDADE DE EXTRAÇÃO DE

POTÁSSIO PELA CANA-DE-AÇÚCAR

TEOR DE K2O DA VINHAÇA


AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO

B) PROPORÇÃO DE CÁTIONS NA SATURAÇÃO POR

BASES

20%

15%

5%

60% Ca

Mg

K

H

V% Ca (%) Mg (%) K (%)

40 28 9 3

50 35 11 4

60 40 15 5

70 48 16 5

McLean (1976)

Vitti (1997)


SIMULAÇÃO: fertilidade x dose

CTC Ksolo K% CTC Kvinhaça Equação

cmolc/dm3 cmolc/dm3 % kg K2O/m3 m3/há

3,0 0,035 1,2 2,0 308

3,0 0,115 3,8 2,0 158

3,0 0,225 7,5 2,0 -48

3,0 0,45 15,0 2,0 -469

5,0 0,035 0,7 2,0 495

5,0 0,115 2,3 2,0 345

5,0 0,225 4,5 2,0 139

5,0 0,45 9,0 2,0 -282

7,5 0,035 0,5 2,0 729

7,5 0,115 1,5 2,0 579

7,5 0,225 3,0 2,0 373

7,5 0,45 6,0 2,0 -48

10,0 0,035 0,4 2,0 963

10,0 0,115 1,2 2,0 813

10,0 0,225 2,3 2,0 607

10,0 0,45 4,5 2,0 186


SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

DA VINHAÇA

MODALIDADE DE DISTRIBUIÇÃO (%)

REGIÃO/ESTADO ASPERSÃO CAMINHÃO

Montagem Direta Carretel Enrolador Na Lavoura Com Carretel

Araçatuba 0,0 100,0 0,0 0,0

Assis/Pres. Prudente 0,0 95,9 0,0 4,1

Jaú 9,7 57,9 24,8 7,7

Piracicaba 6,1 56,4 0,0 37,5

Ribeirão Preto 7,2 85,6 7,2 0,0 São José do Rio Preto 5,9 21,0 0,0 73,1

SÃO PAULO 6,7 69,9 9,9 13,5

CENTRO-SUL 24,0 56,9 9,2 9,9

NORDESTE/LESTE 100,0 0,0 0,0 0,0

BRASIL 30,3 52,2 8,4 9,1

Fontes: IDEA - Nunes et al. (2004)

76,6 23,4


SISTEMAS DE APLICAÇÃO

DE VINHAÇA

MÉTODOS DE IRRRIGAÇÃO A) SUPERFICIAL

SULCOS DE INFILTRAÇÃO

B) ASPERSÃO

MONTAGEM DIRETA

CARRETEL ENROLADOR COM CANHÃO

CARRETEL ENROLADOR COM “BARRA IRRIGADORA”

PIVÔ REBOCÁVEL


FLEXIBILIDADE DE APLICAÇÃO

FACILIDADE DE MANEJO NO CAMPO

OPERA EM DIFERENTES RELEVOS

ULTRAPASSA OBSTÁCULOS – TERRAÇOS

ADEQUAÇÃO PARA APLICAÇÃO DE

EFLUENTES

DOSAGENS = AMPLA FAIXA (7 a 50 mm)

CARRETEL ENROLADOR


CARRETEL ENROLADOR


CUSTO – R$ 2,0 A R$ 3,0/mm APLICADO

CUSTO DE IMPLANTAÇÃO –

FAIXA DE R$ 1.700,00 A 3.000,00/ha

CONSUMO DE ENERGIA

SUJEITO A AÇÃO DO VENTO

EFICIÊNCIA DE APLICAÇÃO

UNIFORMIDADE

ADEQUAÇÃO PARA BAIXAS LÂMINAS – LEGISLAÇÃO

CARRETEL ENROLADOR


PIVÔ REBOCÁVEL

IRRIGA VÁRIAS ÁREAS POR SAFRA;

PIVÔS – 4 a 8 LANCES (2,5 a 16 ha)

LÂMINAS A PARTIR DE 6,5 mm

REDUÇÃO DOS CUSTOS FIXOS/ÁREA;

REDUÇÃO DO CUSTO DE MÃO DE OBRA


PIVÔ REBOCÁVEL

REQUER SISTEMA VIÁRIO COMPATÍVEL

“LAY OUT” DOS TALHÕES ADEQUADO

RELEVO PLANO/SUAVEMENTE ONDULADO

SISTEMA DE REDES ADUTORAS/CANAIS

CONJUNTO MOTOBOMBA


“BARRA IRRIGADORA”

FAIXA DE 36 a 54 m

ALTURA DA BARRA REGULÁVEL

ASPERSOTRES COM REGULADORES DE PRESSÃO

FACILIDADE DE ADAPTAÇÃO NO CARRETEL


“BARRA IRRIGADORA”

RELEVO SUAVE – Dd < 4%

REGULARIZAÇÃO DA SUPERFÍCIE

DIFICULDADE EM CANA PLANTA

HISTÓRICO RECENTE – POUCOS DADOS

NÃO PULA TERRAÇO


EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA – 95%

REDUÇÃO DA MÃO DE OBRA

FERTIRRIGAÇÃO

NECESSIDADE DE ELEVADO INVESTIMENTO

TREINAMENTO DE MÃO DE OBRA


MAIOR EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA

REDUÇÃO DO CUSTO/mm APLICADO

INDICADO PARA IRRIGAÇÃO “PLENA”

CUSTO ELEVADO POREM CAINDO EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS

DE ASPERSÃO

ATUALMENTE O CUSTO É DE R$ 5.000,00/há

AUMENTO DA LONGEVIDADE DO CANAVIAL – 8 A 10 ANOS


CONSIDERAÇÕES FINAIS

FERTIRRIGAÇÃO COM VINHAÇA, ATUALMENTE É UMA TÉCNICA CONSAGRADA NO BRASIL, POIS FORNECE NUTRIENTES (K2O) PARA A CANA CONSIDERANDO-SE OS ASPECTOS AMBIENTAIS.

A IRRIGAÇÃO DE SALVAÇÃO ESTÁ EM FASE DE CRESCIMENTO, COM A EXPANSÃO CANAVIEIRANO CENTRO-OESTE.

A IRRIGAÇÃO PLENA DA CANA ESTÁ VINCULADA COM CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS E ECONÔMICAS PARA POSSIBILITAR SEU CRESCIMENTO.


AGRÁRIAS/FZEA/USP – Pirassununga - SP

Tel. 19 – 3565.4195 ou 3565.4036 ou 9784.5913

E- mail – [email protected] ou [email protected]

mailto:[email protected]

mailto:[email protected]

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