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PROLAPSO GENITAL
Definição
Refere-se ao deslocamento das vísceras
pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato
genital;
Sistema de Fixação dos Órgãos
Pélvicos
Aparelho de Suspensão
Conjunto de ligamentos cuja principal função é manter as vísceras na posição correta
Aparelho de Sustentação
Dão suporte às vísceras abdominais e pélvicas resistindo aos aumentos de pressão intra-abdominal. Musculatura do AP
As fibras do levantador do ânus são em 70% do
tipo I, tônicas,vermelhas, resistentes à fadiga
que têm a função de sustentar o peso das
vísceras e 30% do tipo II, fásicas, brancas, de
explosão, com baixa resistência à fadiga que
têm a função de reforçar, adicionalmente, os
esfíncteres quando ocorrem valsalvas (aumento
da pressão intra-abdominal).
Fatores que alteram a manutenção da posição
dos órgãos pélvicos
Diminuição do tônus do aparelho de sustentação (gestação e hipoestrogenismo)
Colágeno
Proteína mais comum no organismo humano (30% do total protéico);
Há mais de 18 tipos conhecidos;
Mais estudados são tipo I, II e III;
Tipo I é o mais comum, dá resistência às
estruturas, está nos ligamentos, fáscias e
tendões;
Tipo II compõe as cartilagens, dá força aos
tecidos, não flexibilidade;
Tipo III encontra-se, geralmente, junto ao
tipo I prevalecendo onde se necessita de
boa flexibilidade (pele, aorta, pulmão,
útero, fáscias e ligamentos;
Quanto menor a resistência dos
ligamentos maior a chance de ocorrer o
prolapso genital;
Tecido conjuntivo excepcionalmente fraco X
músculos intactos pode ocorrer distopia;
Tecido conjuntivo forte e resistente
X
lesão muscular pode não ocorrer distopia;
Comprometimento neuromuscular
Lesão dos mm. Levantadores do ânus (partos
vaginais, principalmente os partos prolongados
ou de conceptos grandes).
Forças que tendem a impelir os órgãos
para fora de pelve
Estiramento por gravidez e parto (parto normal);
Esforço físico intenso e crônico (atividades
esportivas e profissionais);
Obesidade;
Doenças respiratórias;
Constipação intestinal;
Aumento da pressão intra-abdominal;
Decréscimo na qualidade e quantidade do
colágeno pelo hipoestrogenismo;
Tipos de Prolapsos
Cistocele = defeitos do compartimento anterior
(lesão da fáscia pubocervical) descida da bexiga
Retocelo = defeito do compartimento posterior
(ruptura do septo retovaginal);
Uretrocele = descida da uretra
Enterocele = descida do utero
Cistocele
Retocele
PROPALSO UTERINO
Prolapso Uterino
Epidemiologia
Estima-se que 50% das mulheres que tiveram
filhos tenham algum grau de distopia genital;
Destas, 10 a 20% são assintomáticas;
(Chiarapa, 2007)
Aumentando para 30 a 40% na menopausa;
(Netter;
Smith, 2005)
Rara em nulíparas (2%);
Pico da incidência entre 60 e 69 anos de idade
sendo o prolapso uterino responsável por 10 a
29% das indicações de histerectomia;
(Baracat, 2005)
Observação durante o esforço:
Grau 0 (zero) – posição normal
1º grau – descida da parede vaginal anterior até
o terço inferior da vagina;
2º grau – a parede vaginal atinge o intróito;
3º grau – a parede vaginal ultrapassa o intróito;
4º grau – exteriorização da parede vaginal
anterior mesmo em repouso;
Prolapso Uterino
1º grau – o colo atinge o terço inferior da
vagina;
2º grau – o colo fica ao nível do intróito vaginal;
3º grau – exteriorização de todo o corpo
uterino;
Observação durante o esforço:
Retocele
Leve – descida da parede vaginal posterior até
o terço inferior da vagina;
Moderada – a parede vaginal posterior atinge o
intróito;
Grave – ao esforço ultrapassa o intróito;
Em 1996, a Sociedade Internacional de
Continência (ICS), juntamente com a Sociedade
Americana de Uroginecologia e a Sociedade
Americana de Cirurgiões Ginecologistas
elaboraram uma nova classificação para avaliar
o prolapso genital e determinar com precisão a
lesão do assoalho pélvico e promover um
adequado reparo cirúrgico.
Defeitos em qualquer compartimento:
Sintomas:
sensação de peso ou “bola” na vagina (pressão vaginal ou pélvica);
desconforto;
distúrbios sexuais;
Obstrução infravesical
(quanto mais avançado o grau);
Defeitos do compartimento anterior:
incontinência urinária;
distúrbios de micção (polaciúria, hesitação, esvaziamento incompleto);
infecções urinárias recorrentes;
retenção urinária;
Defeitos do compartimento posterior:
distúrbios da defecação (sensação de
esvaziamento retal incompleto, necessidade de
manipulação digital para facilitar a defecação);
disquesias (dificuldade de evacuar);
quando há lesão do esfíncter externo do ânus
há incontinência anal;
Diagnóstico
Feito pelo exame ginecológico associado a
manobras de esforço.
Tratamento
Pacientes assintomáticos ou com pouca
sintomatologia:
-Exercícios para o assoalho pélvico;
-Reduzir, ao máximo, os fatores de risco;