rede cap1

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/1 Redes de Computadores e a Internet D e browsers Web de telefones ceittlares a cafes que oferecem acesso seta. fio a Internet, de redes domes- tleas corn acesso d.e banda larga a infra-estruturas tradi.cionais de TI em ambientes de traba1ho corn PCs interligados cm rede, carros em rede, redes de sensores ambientais, Internet inter -planetaria — quando acharnos que as redes de computaci.ores ja estiio praticamente presentes em toda parte, novas aph- cacOes comecam a ser d.esenvolvidas para ampliar ainda mais o alcance das redes existemcs hojc! Este livro lornece uma introducao moderna ao carnpo dinamico das redes•de comptuadores, apresentando us princr- plus e o entendimento prAtico de que voce precisani para utiii.zar nao apenas as redes d.e. hoje, mas tambem is de anianha. 0 primeiro capit.ulo apresenta urn panorama de redes de computadores e da Internet. Nosso objetivo e ' .pintar urn quadro amplo qUe nos permita ver a florcsta por entre as arvores. Cobriremos urn terreno bas- tante extenso neste capitulo de introducao e discutiremos vArias pecas . de uma rede de computadores, sem perder de vista o quadro geral. Este capitulo lanca as fundacOe.s para o restante do livro. 0 panorama geral de redes de computadores que apresentaremos ncste capitulo sera estruturado como eg,tte. ApOs aprese.ntarmos brevemente a terminologia e 05 coneeitos fundamentals, examinaremos prime- ramente Os componentes basicos de hardware e .software que compOem uma rede. Partiremos da periferia ( a rede e examinaremos us sistemas finals e apheacoes de rede executados vela. Consideraremos us servi- cos de transports fornecidos a.essaS aplicacOes. Em seguida exploraremos o cerne de urna rede de compu- I adores exami.nand.o as enlaces e comutadores que transportam. dados, bem como as redes de acesso e meios fisicos clue conectani sistemas finals no nticleo da rede. Aprenderernos que a Internet e uma rede de redes e ubservaremos como essas redes se con.ectam umas corn as outras. ApOs concluirmos essa revisdo sobre a periferia e 0 ancleo de uma rede de computadores, adotaremof, tuna visa() mais ampla e mais abstrata na segunda metade deste capitulo. Examinaremos as causas do ..ur,1 -;o de transferencia de dados e das pe:rdas em urna rede de computadores c forneceremos modelo.-; qn.ti it aJ tivo.s simples para o atraso ft- In-a-firm modelos que levam em coma atrasos de transmissao, prof) , lila. Depois apre.sentaremos al.guns principios fundamentals de arquitetura cm redes de comptu.4,ku, saber: protocolos em cantadas e modeles de servico. Finalmente, encerraremos este eapaulo , ., i ,, ,,, t b--- bistOrico da computaciio en] rede.

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Page 1: Rede Cap1

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Redes de Computadores e a Internet

De browsers Web de telefones ceittlares a cafes que oferecem acesso seta. fio a Internet, de redes domes-tleas corn acesso d.e banda larga a infra-estruturas tradi.cionais de TI em ambientes de traba1ho corn PCs interligados cm rede, carros em rede, redes de sensores ambientais, Internet inter-planetaria —

quando acharnos que as redes de computaci.ores ja estiio praticamente presentes em toda parte, novas aph-cacOes comecam a ser d.esenvolvidas para ampliar ainda mais o alcance das redes existemcs hojc! Este livro lornece uma introducao moderna ao carnpo dinamico das redes•de comptuadores, apresentando us princr-plus e o entendimento prAtico de que voce precisani para utiii.zar nao apenas as redes d.e. hoje, mas tambem is de anianha.

0 primeiro capit.ulo apresenta urn panorama de redes de computadores e da Internet. Nosso objetivo e '.pintar urn quadro amplo qUe nos permita ver a florcsta por entre as arvores. Cobriremos urn terreno bas-tante extenso neste capitulo de introducao e discutiremos vArias pecas .de uma rede de computadores, sem perder de vista o quadro geral. Este capitulo lanca as fundacOe.s para o restante do livro.

0 panorama geral de redes de computadores que apresentaremos ncste capitulo sera estruturado como eg,tte. ApOs aprese.ntarmos brevemente a terminologia e 05 coneeitos fundamentals, examinaremos prime-

ramente Os componentes basicos de hardware e .software que compOem uma rede. Partiremos da periferia ( a rede e examinaremos us sistemas finals e apheacoes de rede executados vela. Consideraremos us servi-cos de transports fornecidos a.essaS aplicacOes. Em seguida exploraremos o cerne de urna rede de compu-I adores exami.nand.o as enlaces e comutadores que transportam. dados, bem como as redes de acesso e meios fisicos clue conectani sistemas finals no nticleo da rede. Aprenderernos que a Internet e uma rede de redes e ubservaremos como essas redes se con.ectam umas corn as outras.

ApOs concluirmos essa revisdo sobre a periferia e 0 ancleo de uma rede de computadores, adotaremof, tuna visa() mais ampla e mais abstrata na segunda metade deste capitulo. Examinaremos as causas do ..ur,1 -;o de transferencia de dados e das pe:rdas em urna rede de computadores c forneceremos modelo.-; qn.ti it aJ tivo.s simples para o atraso ft-In-a-firm modelos que levam em coma atrasos de transmissao, prof) ,

lila. Depois apre.sentaremos al.guns principios fundamentals de arquitetura cm redes de comptu.4,ku, saber: protocolos em cantadas e modeles de servico. Finalmente, encerraremos este eapaulo , .,i ,, ,,,t b---

bistOrico da computaciio en] rede.

Page 2: Rede Cap1

ISP Local

Recie corporativa

Servidor Lo (au sistema Mal)

actor Comutador -1 de pacotes

m Estacti-, base Enlace de satelite

Redes de computadores e a Internet

1.1 0 que é. a Internet?

Neste livro, usamos a Internet publics , uma rede de computadores especifica, como o vefculo principal para discutir as : red.es de.computad.ores e seus protocolos. Mas o que e a Internet? Gostariamos de poder defini-lLt em urna tiniea fraS.e que VOCe pudesse repetir para seus familiares e amigos, mas infelizmente a Internet C nitrito .complexa e esta sempre mudando,..tanto no quc se referea seus componentes. de. hardware e software quanta aos servicos que oferec.e.

1 1 1 Uma descried° detalhada da rede

Em vez de. darmos tuna definicao em uma rinrca frase, tentaremos uma abordagem mais descritiva. Ha dais modos de fazes isso: urn (ides e descrever a Internet em detalhes, isto e, os componentes basicos de hardware c software que a forrnam., outro e descrever a Internet como uma infra-estrutura de rede que prove servicos para aplicacoes distribuidas-. Comecaremos corn a descricao detalhada, usando a Figura 1.1 para ilustrar nossa•discussiro.

Figura 1.1 Alguns campmates da Internet

Page 3: Rede Cap1

Capitulo 1 Redes de computadares e a Internet

A Internet publica e uma rede de computadores mundial, isto e, uma rede que interconecta milhOes de equipamentos de computacao em todo o mundo. N5o faz muito tempo, esses equipamentos eram primor-dialmente PCs tradicionais de mesa, estacetes de trabalho corn sistema Unix e os chamados servidores que armazenam e transmitem informacOes, como paginas Web e mensagens de e-mail. Porem, sistemas finais que nao sao componentes tradicionais da Internet, como agendas digitais (PDAs), TVs, computadores por-tateis, telefones celulares, automOveis, equipamentos de sensoriamento ambiental, telas de fotos, sistemas domesticos eletricos e de seguranca, cameras Web e ate mesmo torradeiras estao sendo cada vez mais conec-tados a Internet [BBC, 2001]. Realmente, o termo rede de computadores esta comecando a soar urn tanto desatualizado, dados os muitos equipamentos nao tradicionais que estao sendo ligados a Internet. No jar-gao da Internet, todos esses equipamentos sao denominados hospedeiros ou sistemas finals. Em janeiro de 2003, havia mais de 233 rnilli0es de sistemas finals usando a Internet, e esse ntimero continua a crescer rapidamente [ISC, 2004].

Sistemas finais sao conectados entre si por enlaces (links) de comunicacao. Na Secao 1.4, veremos que ha muitos tipos de enlaces de comunicacao, que sao constituidos de diferentes tipos de meios fisicos, entre eles cabos coaxiais, fios de cobre, fibras &leas e ondas de radio. Enlaces diferentes podem transmitir dados em taxas diferentes, sendo a taxa de transmissan de um enlace medida em bits por segundo.

Em geral, sistemas finais nao sao interligados diretamente por urn tinico enlace de comunicacao. Em vez disso, sao interconectados indiretamente per equipamentos intermediarios de comutacao conhecidos como comutadores de pacotes. Urn comutador de pacotes encaminha a informacao que esta chegando em urn de seus enlaces de comunicacao de entrada para urn de seus enlaces de comunicacao de saida. No jar-gao das redes de computadores, o bloco de informacao e denominado pacote. Hg comutadores de pacotes de todos os tipos e formas, mas os dais mais proeminentes na Internet de hoje sao roteadores e comuta-dores de camada de enlace (switches). Esses dois tipos de comutadores encaminham pacotes a seus desti-nos finks. Examinaremos detalhadamente roteadores no Capitulo 4 e comutadores de camada de enlace no Capitulo 5.

A seqtiencia de enlaces de comunicacao e comutadores de pacotes que urn pacote percorre desde o sis-tema final remetente ate o sistema final receptor e conhecida como rota ou caminho atraves da rede. Em vez de prover urn caminho dedicado entre sistemas finais comunicantes, a Internet usa uma tecnica conhe-cida como comutacao de pacotes, que permite que varios sistemas finais comunicantes compartilhem ao mesmo tempo urn caminho ou partes dele. As primeiras redes de comutacao de pacotes, criadas na decada de 1970, sae os ancestrais mais antigos da Internet de hoje. A exata quantidade de trafego na Internet de hoje e urn assunto que gera certa controversia [Odylsko, 2003], mas, de acordo corn estimativas conserva-doras, a taxa mensal de trafego em redes de longa distancia dos Estados Unidos e de aproximadamente 100 mil terabytes por mes, corn a quantidade de trafego praticamente dobrando a cada ano.

Sistemas finais acessam a Internet por meio de Provedores de Servicos de Internet (Internet Service Providers — ISPs), entre eles ISPs residenciais como AOL ou sua empresa local de telefonia ou cabo; ISPs corporativos, ISPs de universidades e ISPs come o T-Mobile, que prove acesso sem fio em aeroportos, hoteis, cafes e (intros locals pnblicos. Cada ISP e uma rede de comutadores de pacotes e enlaces de comunicacao. ISPs proveem aos sistemas finais uma variedade de tipos de acesso a rede, incluindo acesso por modem dis-cado de 56 kbps, acesso residencial de banda larga como modern de cabo coaxial ou DSL (linha digital de assinante), acesso por LAN de alta velocidade e acesso sem fio. ISPs tambem proveern acesso a provedores de contend°, conectando sites Web diretamente a Internet. Para permitir comunicacao entre usuarios da Internet e possibilitar a usuarios acesso mundial ao contend° da Internet, esses ISPs de nivel mais baixo sao interconectados per meio de ISPs de nivel mais alto, nacionais e internacionais, como AT&T e Sprint. Ilm ISP de nivel mais alto consiste em roteadores de alta velocidade interconectados corn enlaces de fib, a &lea de alta velocidade. Cada rede ISP, seja de nivel mais alto ou mais baixo, e gerenciada de forma Independen-te, executa o protocolo IP (ver adiante) e obedece a certas convencoes de norneacao c cndereeo,

Examinaremos ISPs e sua interconexao mais detalhadamente na Secao 1.5.

Page 4: Rede Cap1

Redes de computadores e a Internet

Os siste Inas finals, os co.mutadores de pacore• e °turas pecas da Internet cxecutam protocolos clue con-

trolam o envio e o recebimento de inforrnaeoes dcntro da Internet. 0 TCP (Transmission Control. Protocol — Protocol° de Controle de Transmissao) e o IP (Internet Protocol — 'Protocol° da Internet) sao dois dos protocolos mais importances cla Internet. aprorocolo IP especifica o :format° dos pacotes que sac) enviados e recebidos entre rotead.ores e sistemas finals. Os principais protocolos da Internet si o conhecid.os coletiva-mente comer TCP/IP. Cornccaremos a ex.aminar protocolos neste.capttulo de introducao. Mas isso sO urn comeco grande parte desteliVro trata de protocolos de redes de c putadores

Dada a importancia de protocolos para a Internet, e ad.equado que todos concordem sobrc 0 que eada urn dos protocolos faz. E aqui que os padrOes entram em ack). PadrCies da Internet sari desenvolvidos pela IETF (Internet Engineering Task Force — Forca de Trabalho d.e Engenharia de 'Internet) [IETF, 20041. Os docurnentos padronizados da 'EETF'sao derrominados RFCs (request for comments — pedido de comenta-rigs). Os R.FCs comecaram como solicitacOes gerais de comentarios (por isso o nome) para resolver prohle-MaS de arquitetUra que a precursora .da Internet enfrentava. Os RFCs tendem a ser bastante tecnicos e dela-Ih.ados. Delinem protocolos corn° 'ICP, IP, HiTTP (para a Web) e SMT.P (Protocol° Simples de Transfesencia de Correio— Simple Mail Transfer Protocol) (para e-mail padronizado). A IETF tambem padronizou quais protocolos devern ser executaclos par urn hospedeiro da Internet IRE:C., 1.12:. RFC 11231 e por um roteador da Internet [RFC 18121. Existem mais .3.5.00 RUCs. Outros organismos tan-them especificam padrOes para conthonentes de rede, mais notavelmente para enlaces de rede. 0 lEEE• 802 LAN/MAN Standards Committee [IEEE, 802,20041, por exempt°, especifica us padrOes da Ethernet. c Wi-Ft sem ho.

A Internet ptiblica (isto•e, a rede global de redes discutida anteriormente) e a retie a que normalmente nos referimos como a Inter net: •Tambeni ha muitas reties privadas, tail como redes corporativas mentais. CLOS h0SpOk ETOS 1150 podem trocar mensagens coin hospedeiros que esta0 fora cla rede privada menus que as mensagens passers por dispositivos denominados firewalls. que restringem o fluxo de men-sagcns para dents° c para fora da rude). Essas redes privadas .silo frequentemente denominad.as intranets, pois usam o mesmo tip() de hospedeiros, roteadore.s, enlaces e protocolos da Internet pUblica.

1.1.2 Uma descrietio do servieo

A discussa° anterior identificou nitrites dos componentes que formam a Internet. Agora dci.xan mos de lado a descricao dos mecanismos c adotarcmos uma visa° mais abstrata, orientada para servico:

fk 'Internet permits que aplicaeoes distribuidas que exec-warn ern seus sisternas t tlapictri

dados entre si. Entre essas aplicaceies estao a .navegacao na Web, mensagem instantatica. audio c video cm tempo real, telcfonia pela Internet, jogos distribuidos, compartilhamento ti arquiv, ■s

peer-to-peer (P2P), login remote), correio 'eletrOnico e mais, muito mais. Vale enfatizar Litre a Web

nao e tuna rede isolada, teas apenas tuna das muitas aplicacOes distribuidas que ut cos de comunicacao providos pela Internet.

.A Internet prove. dots servicos a seas aplic-acOes distribuidas: urn servieo confiavel orient para conexao c urn servico nao eontlavel nao orientado para conexao. De ma n.el ra a (,

conliavel orientado para con.ex'ao garante que os dados ltransmitidos de uma origem I ul t

sejarn. finalmente entregues ao destinatario em ord.ein c completos. 0 servico nao It -h- )

orientado para conexao naci ()Effete nenhuina garantia quanta a entrega fltlrrl. C c Hu iii a

aplicacao distribuida usa urn oil autro desse.s dois servicos (Inas .nao .mhos).

..Atualmente, a Internet nao prove urn servieo que ofcreea garantias (want° ao para levar os dados da origem ao destino. E, menos que voce aumente a iiltizt

dispositivo de acesso a sett provedor scrvicos de :Internet, hoje nao 1 ,,,Ithadat- obter um servico inelhor (por exemplo, atrasos uma situaca° tin(

menle es norte-american.os) acham est:ranha. EXaillinalCMOS as pesquisas mat - 1 I

Internet clue visam a muclanea dessa sittracao no Capitulo 7.

Page 5: Rede Cap1

Carat'le 1 Re.des de tompittnlottis I (1 11.11.VA It t'.1

ffi

Esta seguncla descricao da Internet — islo e, em terms dos servicos a •

trihuidas — 6 muito importante. Cada vez. mats, os avancos na tecnologia do!,; E ,nnp, i HI( cstao sendo guiados pelas necessidades de novas aplicacoes. Portanto, e importantu que a Internet 6 uma infra-estrutura na qual novas aplicacbes est.ao constantemenn 114-

disponibilizad.as. •

Acahamos de apresentar dual descric,:bes da Internet: uma delas diz respeito a s us componetnt..Th ;-,.[ -

ware c software, e a outra, aos servieos que ela oferece a aplicacoes distribuidas. Mas talvez vocc LI

confuso sobre o que e a Internet. 0 que e comutacao de pacotes, TCP/IP e service) orientado para cow \, que sao roteadores? *le tipos de enlaces de corrtunicacao estao presentes na Internet? 0 que e uma d.ist:.ribuida? Como tuna torradeira ou urn sensor de variacOes meteorolOgicas pode ser ligado a Internet? `')e: voce esta um. pottco assust.ad.o corn tudo isso agora, nao se preocupe — a finalidade dente livro e the aprese•, tar Os mecanismos da Internet e tambem OS principios que determinam como e por que ela funciona. Explicaremos esses term.os e questoes importantes nas secbes e nos capitulos subsequentes.

1.1.3 0 que é um protocolo?

Agora clue ja entendemos urn pouco o clue é a Internet, varnos considerar uma outra palavra fundamen-

tal usacia ern recles de computadores: protocolo. 0 que e urn protocolo? 0 que urn protocolo faz? Como reco-

tihrcer um protocolo?

Uma analogic! humana Provavelmehte e mais fact] entender a ideia de um protocolo de rede de computadores considerando

primeiramente algumas analogias humanas, ja que executathos protocolos o tempo todo. Considere o que voce faz quando quer perguntar as horas a alguem. - Urn dialogo comum e ilustrado na Figura 1.2.

Tempo Tempo Tempo

Figura 1.2 Urn protocolo humano e um protocolo de rede de computadores

Page 6: Rede Cap1

Redes de computadores e a Internet

0 protocolo humano (ou as boas maneiras, ao menos) ordena que, ao iniciarmos tuna .comunicacao corn outra pessoa, prim.eiramente a cumprimentemos (o pri.rnciro "oi" da Figura 1.2). A resposta comum para urn "oi" e urn outro "oi.". lmplicitamente, tomamos a resposta cordial "oi" como uma inclicacao de que podernos prossegui.r e perguntar as horas. Ulna resposta diferente ao "oi" initial (tal como "Nao me pertur-be!", "I don't speak Portuguese!" ou alguma resposta impublicavel) poderia indicar falta de vontade ou inca-pacidade de comunicacao. Nesse.caso, o protocolo humano seria nao perguntar que horas sao. As vezes, nao recebemos nenhurna resposta para uma pergunta, caso em que norrnalmente desistimos de perguntar as horas a pessoa. Note que, no nosso protocolo humano, ha mensagens especificas que enviamos e acOes.espe-cificas que realizarnos em reacao as respostas recebidas ou a outros eventos (como nenhirma resposta apps certo tempo). e claro que mensagens transmitidas e recebidas e acOes realizadas quando essas mensagens sao enviadas ou recebidas ou quando ocorre.m outros eventos desempenham urn papel central em urn protoco-lo humano. Se as pessoas executarem protocolos diferentes (por exemplo, se uma pessoa tern boas manei-ras, mas a outra nao; se uma delas entende o conceito de horas, mas a outra nao), os protocolos. nao inte-ragem e.nenhum trabalho util pode ser realizado. 0 mesmo e valid° para redes — e preciso que duas (ou mais) entidades comunicantes executem o mesmo protocolo para que uma tarefa sea realizada.

Vamos considerar uma segunda analogia humana. Suponha que voce esteja assistindo - a urna aula (sobre redes de computadores, por exernplo). 0 professor esta falando monotonamente sobre protocolos e voce esta eonluso, Etc Ora e pergunta; "Alguma clUvida?" (uma mensagem que e transmitida a todos os alu-nos e recebida por todos os que ndo cstdo dormindo). Voce levanta a mao (transrnitinclo uma mensagem implicita a) professor). 0 professor percebe e, corn urn sorriso, diz "Sim..." (uma mensagem transmitida, ilicentivando-c) a fazer seta pergunta — professores adoram perguntas) e voce entao faz sua pergunta (isto e, transmite sua mensagem an professor). 0 professor olive (recebe.sua mensagem) e responde (transmite ulna resposta a voce). uma vez, percebemos gue a transinissao e a Tecepcdo de mensagens e urn con-junto de acOes convencionais, realizadas quando as mensagens sao enviadas e recebidas, sao o cpracdo desse protocol() de pergunta e resposta.

Protocolos de rede Um protocolo de rede e semelhante a urn protocolo humano; a Unica diferenca e que as entidades que

trocam mensagens e realizam acoes sao componentes de hardware ou software de algum equipamento (por exemplo, computador, roteador ou outro equipamento habilitado para rede). Todas as atividades na Internet que envolvem duas ou mais entidades remotas comunicantes sao governadas por urn protocolo. Por exemplo, protocolos implementados em hardware nas placas de interface de rede de dois computadores conectados fisicamente controlam o fluxo de bits no (cabo' entre as duas placas de interface de rede; protocolos di con.- trole de congestionamento em sistemas finais controlam a taxa corn que os pacotes sao transmitido‹, cFore

a origem e o destino; protocolos em roteadores determinam o caminho de urn pacote da Ionic desi trio. Protocolos estao em execucao por toda a Internet e, consequentemente, grande parte. desto tivro arts de protocolos de rede de computadores.

Como exemplo de urn protocolo de rede de computadores corn o qual voce provavant.lac: L.11:1

liarizado, considere o que acontece quando fazcmos uma requisicao a urn servidor Web. di-1 4I - tamos o URL de urna pagina Web no browser. Isso e mostrado no lado dircito da I it,111,i o computador enviara uma mensagem de requisicao de conexao ao servidor Wei) (

,:..t 0 servidor receberd essa mensagem de requisi p )7.1. de cdo de conexao e retorniwi tunil conexao. Sabendo que agora esta tudo cert.() para requisitar o document° ,][.of t,I

o nome da pagina Web que quer buscar naquele servidor coin it tn:1 r11,'11,-,Iye III (.; FT. Fol lira _ , ~ ,irlor

retorna a pagina da Web (arquivo) para o computador.

Dados o exemplo humano e o exem,plo d.r. rede '1I t' ;lc; a(.01:‘,; icA

quando essas mensagens sao enviadas e recebidas sao o elentemc), I idamentats para a deliutic,i0 ilt-. rrnr

protocolo:

Page 7: Rede Cap1

Rode corporativa

Capitulo 1 Reties de computndore5 e n Ittie1110

Um protocol() defin.e (2 ormato e a ordem this mensogens trocadas entre duas ou mais

tes, here cotno us acacs realizadas na trartsmissCio c/au no recebimento de uma mensagem OH

A In e as redes. de computadores em geral fazem use intenso de protocolos. pos de protocolos sao usados para realizar diferentes tarefas de comunicacao. A medida que for avancitildi, ni iri tura deste livro, voce percebera que alguns protocolos sao simples e diretos, enquanto out:ros sao xos e intelectualmente profundos. Dominar a area de redes de computadores equivale a entender o (pH , por que existem e como funcionam os protocolos de rede.

1.2 A periferia da Internet Nas secees anteriores, apresentamos uma d.escri.cao da Internet e de protocolos de rede fazendo

analogias corn nossos atos. Agora passaremos a tratar corn urn pouco mais de profundidade os componen-tes de uma rede de computadores (e da Internet., em particular). Nesta secao, comecamos pela periferia de uma rede e examinamos os componentes coin Os quais estamos mais familiarizados -- a saber, os compu-tadores que usamos diariamente. Na seek) seguinte, passaremos da periferia para o micleo da rede e estu-daremos comutacao e roteamento em redes de computadores. Entao, na Sec-ao 1.4, discutiremos as ligacOes fisicas que transmitcrn ns sinais enviados entre computadores e comutadores.

1.2.1 Sistemas finals, &ernes e servidores

No jargao de redes de computadorcs, os computadores conectados a Internet sao usualmente denomi-nados sistemas finais, porque estao na periferia da Internet, corm ilustrado na Figura 1.3.

Figura 1.3 Interacito entre sistemas finis

Page 8: Rede Cap1

Redes de computadores a a Internet

Entre es sistemas finals da Internet estao computadores de mesa (per exemplo, PCs de mesa, Macs, estacOes de trabalbo UNIX), servidores (per exemplo, servidores Web e de e-mail) e computatkirc meveis

(por exemplo, computadores portatels, PDAs e telefones cam conexoes sem fie a Internet). Akin do mais, unt ntimer0 calla vcz major cle equipamentos alternatives come terminals elientes e eletreeletrenices fIbinplanet, 20021. Web TVs c transcepteres1Nesbittl, cameras cligitais, eletrod.ornestices, equipamentes de pis() de fabrica c senseres ain.bientais estao sendo ligados a Internet come sistemas finals (ver Barra lateral).

Sistemas finals tambem sao denorninados hospedeires (hosts) porque hospedam (into e, executain) pre-gramas do aplicacao, tais come urn programa de browser da Web, urn programa de servidor da Web, um

programa leitor de e-mail ou um servidor de e-mail. Neste livro, utilizaremos os termos hospedeiros c sis-tealas finais come sinanimos. As vezes, sistemas finals sac) ainda subdivididos em (JEWS categorias: clientes e servidores. Informalmente, clientes costumam ser PCs de mesa ou 'navels, PDA.s e assim per diantc, ao passe que servidores tendem a ser maquinas mats poderosas que. arm.azenam e di.stribuem paginas Web, video em tempo real, retransmissao de e-mails e assim per diant.e.:

No context() de software de :redo ha ainda uma outra clefinicRo de cliente e c e servidor, a qual. nos wk.- riremes em Cede o livro. Urn programa cliente e urn programa clue funciona em urn sistema final, que sob-clla c recebe urn service de urn programa servidor, que Itmeiona em urn entre sistema final. Esse mode. lo 'cliente-servider, • que estudaremos detalbadamente tie Capitulo .2 e, sem duvida, a estrwura mins prederninante para aplicacOes ela Internet.. N Web, 0 c-mai I. a transferencia de arquivo, o login remote (per

exemplo. Telnet), us grupos de discussao c muitas outros aplicacacs populates adotam e model() ientC-ser-rider. Lma vez que urn programa cliente normalmente recta cm urn computador e o programa servidor, cm mitre, aplicacees cliente-servidor de Internet sae, per definicao, aplicacoes distribuidas. 0 programa

cliente e o programa servider interagem eriviandamensagens urn para o (nitre pela Internet. Nesse nivel de abstracao, es reteaderes, enlaces r outros componemes da Internet funcionam come uma caixa-pro que transferemensagens entre os componentes distribuidos, comunicantes, de -um.a aplicacao da interne!. l'sse

o nivel de abstracao rcprcsemade na Figura 1.3.

Nern teclas as aplicacees da Internet de hole consiste.m em programas puramente chentes qic i meta-geta corn programas puramente servidores. Por exemplo, em aplicacOes. P2P* dc compartilliamcnie d arquivos populates, conic) o KaZaA, a aplicacile P2P no sistema final do usuario funciona comer tun pr ma chente c tambem come urn programa scrvidor. () programa que executa em urn par (pea) (iste e, na maquina de urn usuarie) funciona come urn cliente quando requisita urn arquivo de outro par, e otsra-

ma funciona come urn servidor quando envi.a urn arquivo para outro par. Na telefonia per Interne!. as dtias

partes comunicantes interagern come pares; uma parte nao requisita service da outra em nenhum scntido. Examinaremos detalhadamente as semelhaneas e diferencas entre arquiteturas cliente-scrvidor e P.n' no

Cap-Julio 2.

1.2.2 Service nao oriented() pare tonexiio e service oriented°, pare conexao

Sist.emas finais usam a Internet para se comunicar entre si. Especificamente, programLe, de si; ii ttetis

usam os services da Internet para enviar mensagens uns aos outros. Os enlaces, reteaderc, ottt oMpo-

nentes d.a Intern.et proveem Os metes paratransportar essas mensagens entre os progra n d,. Si tr rt, t f 111,t

Mas quais sae as caracteristicas dos services de comunicacae que a Internet prove

Redes TCP/IP c, ern particular, an-Hemet, oferecem dais firms de services as atilt( finais: servicos nao orientados para conexao a servicos orientados para conexaty L n profisfie-a (lc desenvolvimento clue esta criande uma aplicacao de Internet (per exemplo. WM 11.)lic.sacAo de e • 1,1-11, t.ie

transfertncia de arquivo, de Web ou de telefonia pela Internet) Cleve program-la vila usar UM de doic services, que sera() deseritos agora •resumidam.ente. (Hes serao discutidos corn Halite mats dadl

Capitulo 3, que tram de pretecoles da eamada de transports.)

* Le-se 'peer-to-peer'. (N. do R.T.)

Page 9: Rede Cap1

Capitulo 1 Redes de tomptiultiorils ii lit ∎ ,[481

Urn Coniunto Impressiononte de Sistemus Finais do Internet

Nao fez muito tempo, as sistemas finals conectados a Internet eram primordialrnente computadorc s tt(.1iii,

noisy coma maquinas de mesa e serviclores de groade capacidade. Desde a final do clecada de 1990 oto I

urn amplo leque de equiparnentos e dispositivos interessantes, coda vez mais &versos, vem sendo conectodo

Internet. A caracteristica comurn desses equipamentos e que des precisam enviar e receber dodos digitais de;

para, outros equipamentos. Tend°, em vista a onipresencct do Internet, seas protocotos born definidos (padroni-

zados) e a disponibiliclade cornercial de hardware capacitaclo para eta, e natural user suet tecnologia para inter-

conectar esses equipamentos,

Alguns deles parecern ter sido criados exclusivarnente para cliversOa. Urn cornputador de mesa utilizando IF

corn recurso de moldura de foto iCeiva, 2004] boixa fotos <ligitais de um serviclor remote e °present° em um

dispositivo que parece Lima moldura tra&cional de fotografia; uma torradeira do Internet baixa informacoes

rnetearolOgicas de urn servidor e grave uma imagem da previsoo do tempo do dia em questa° (por exempla,

nuiplacia, coin sol) na sua torrada matinal {BBC, 2001}. Outros dispositivos fomecem informacoes uteis came

ras Web apresentam as condicaes meteorotagicas e de trafega ou fazem monitoramento pare fornecer uma lora-

lizacc5o de interesse; rnoquinas de lavar roupas conectadas a Internet podem ser monitoradas remotamente par

mere de um browser e gerarn e-mail quando terminarn de laver uma cargo de roupo. Telefones cefulares que uti-

tizam IP permitern facit navegacao pela Web e transmissoo de e-mails e rnensagens. Uma nova (fosse de siste-

mas de sensoriamento em recle promete revolucianar a modo coma observamos e interagimos corn nosso

arnblente. Redes de sensores incorporadas ao ambiente fisico permitern a monitoracao de edificios, ponies e

outras estruturas construtdos pelo ser humanolagamai, 20011; de atividade sistrica [CISN, 2004], de habitats

de vide sdvagerniMainwaring, 20011; de estuarios de rios [Baptista, 2003]; de func5es biomedicasiSchwiebert,

20011; de yentas e acidentes rneteorafOgicos no camada atmosferica mais baixo 'CASA, 20041– e

barn essos informacoes pore usuarios rernotos. 0 Center for Embedded Networked Sensing do UCLA I'SFNS,

2004] e um Centro de °enact e Tecnologia do NSF alio meta e utilizer tecnologia de rede de u;i1,,ores in( or

parades em aplicacOes cientificas e socials critical.

Serviro orientado para conexao Quando uma aplicacdo usa a service orien.tado para conexao, a programa cliente e o programa servi- (quo residem em sistemas finals dikrentes) enviain pacotes de cont role urn para o outro antes de reme-

nacotes corn os dodos reais que deverdo ser transferidos. Esc procedimenta, denominado apresentacdo, o cliente e a servidor, permitindo que so preparem para um.a rajada de pacotes. Uma vez concluido a

Faocedimento de apresentacao, diz-se quo lot estabelecida tuna conexao entre as dois sistemas finais.

E intcressante notar quo esse procedimeuto initial. do apresentacao se assemelha ao protocolo usado na iteracflo ent.re seres hunnanos. A troca de 'ais' que vimos na Figura 1.2 O. um exempla de protocolo humane

(le apresentacao (mesmo quo as duas pessoas nao estejam literaimente trocando urn aperto de moos). No case imeracdo pela Web lambem mostrada na Figura 1.2, as duas primenas mensagens trocaclas tambeni sao

mensagens de apresentacao. As duas monsagons subscottentes — a mensagem GET e a mensagein de resposta (..4.nitendo o arquivo — incluern dodos reais c s to enviadas somentc apas a conexao ter sido estabelecida.

Par que se utiliza a terminologia service erientado paw cottexao e nao simplesmente service de con :van?

terrninologia deve-se -ao fate de que sistemas finais sao conectados de maneira muito !lyre. Em part i

ular, somente as prOprios sistemas finals estAo cientes dessa conexao; os comutadores de pacotes dent ro

41a Internet ficarn completamente alheios a ela. Na verdade, uma conexao na Internet nada mais e do quo buffers alocados e variaveis de estado nos sistemas finais; os comutadores de pacotes intervenientes non

mantem nenhuma informacao de estado de conexao.

Page 10: Rede Cap1

Redes de computadores e a Internet

Os servicos orientados para conexao providos pela Internet vem conjugados corn diversos outros ser-vicos, inclusive transferencia de dados confiavel, controle de fluxo e controle de congestionamento. expressao transferencia de dados confiavel quer dizer que uma aplicacao pode confiar que a conexac entregara todos os seus dados sem erro e na ordem certa. A confiabilidade na Internet e conseguida por meic da utilizacao de confirmacoes e retransmissoes. Para ter uma ideia preliminar de como a Internet implemen to o servico de transporte confiavel, considere uma aplicacao que tenha estabelecido uma conexao entre sistemas finais A e B. Quando o sistema final B recebe urn pacote de A, envia uma confirmacao; quando sistema final A recebe a confirmacao, sabe que o pacote correspondente foi definitivarnente recebido Quando o sistema final A nao recebe uma confirmacao, presume que o pacote enviado nao foi recebido poi B e, por conseguinte, o retransmite. 0 controle de fluxo garante que nenhum dos lados de uma conexac sobrecarregue o outro enviando demasiados pacotes muito rapidamente. Veremos no Capitulo 3 que Internet implementa o servico de controle de fluxo utilizando buffers de envio e de recebimento nos siste• mas finais comunicantes. 0 servico de controle de congestionamento da Internet ajuda a evitar que eh trave. Quando um comutador de pacotes fica congestionado, seus buffers podem transbordar e pode ocor rer perda de pacotes. Nessas circunstancias, se todo par de sistemas finais comunicantes continuar a trans mitir pacotes para a rede o mais rapido que puder, ocorrera um travamento e poucos pacotes chegarao ac

seu destino. A Internet evita esse problema forcando sistemas finais a reduzir a velocidade em que envian pacotes a rede durante periodos de congestionamento. Sistemas finais sao alertados da existencia de con gestionatnento intenso quando param de receber confirmacoes para os pacotes que enviaram.

12n fa iza nestc texto que, embora o servico orientado para conexao da Internet venha conjugado con servicos de transfer-meta de dados confiavel, controle de fluxo e controle de congestionamento, essas tre: caracteristicas nao sao, de modo algum, componentes essenciais de urn servico orientado para conexao. Uri tipo diferente de rede de computadores pode prover urn servico orientado para conexao as suas aplicacOes sen conjuga-lo corn uma ou mais dessas caracteristicas. Na verdade, qualquer protocolo que execute apresentacac entre as entidades comunicantes antes de transferir dados e urn servico orientado para conexao [Iren, 1999]

0 service orientado para conexao da Internet tern urn nome — Protocolo de Controle de Transmissac (Transmission Control Protocol — TCP). A versa() inicial do protocolo TCP e definida no RFC 793 da Interne [RFC 793]. Entre os servicos que o TCP prove a uma aplicacao estao transporte confiavel, controle de fluxo controle de congestionamento. 0 protocolo prove uma abstracao de corrente de bytes, entregando de mode confiavel uma corrente de bytes do remetente ao receptor. F importante notar que uma aplicacao precisa si preocupar somente corn os servicos fornecidos; nab precisa se preocupar corn o mod© como o TCP implemen to confiabilidade, controle de fluxo ou controle de congestionamento. NOs, e claro, estamos muito interessa dos em como o TCP implementa esses servicos, e abordaremos esses tOpicos detalhadamente no Capitulo 3.

Servito nao orientado pare conexao Nao ha apresentacao mUtua no servico nao orientado para conexao da Internet. Quando urn lado

uma aplicacao quer enviar pacotes ao outro lado, o programa remetente simplesmente os envia. Como na( ha procedimento de apresentacao mtitua antes da transmissao de pacotes de dados, os dados podem se entregues mats rapido, o que Lorna o servico nao orientado para conexao ideal para aplicacOes simple orientadas para transacao. Mas, como tambem nao ha nenhuma transferencia confiavel de dados, uma font nunca sabe corn certeza quais pacotes chegaram ao destino. Alem disso, o servico nao orientado para cone xao da Internet nao prove controle de fluxo, nem controle de congestionamento. 0 servico de Internet nai orientado para conexao e denominado Protocolo de Datagrama do Usuario (User Datagram Protocol — UDP), cuja definicao pode ser encontrada no RFC 768.

A maioria das aplicacOes mais conhecidas da Internet usa TCP, o servico orientado para conexao d Internet. Entre essas aplicacOes estao: Telnet (para login remoto), SMTP (para carrel() eletrOnico), FTP (par transferencia de arquivos) e HTTP (para a Web). Nao obstante, UDP, o servico nao orientado para conexa∎ da Internet, e usado por intimeras aplicacOes, inclusive por inumeras aplicacOes de multimidia que estal

surgindo, como telefone por Internet e videoconferencia.

Page 11: Rede Cap1

Capitol° 1 Redes de computadores e a Internet

1.3 0 . nticleo -da rede

\ pos. termos examinado os sistemas finais e o modelo de servico de transporte lint•a•Cia clay lot€:1.11.,.- 1.)J l.3, agora examinaremos mais profundamente o interior da rede. Na proximo secac). e..11“..1;:treitto cla .cede. — a n-ialha de roteadores que interconecta os sistemas finals da Internet. A Figura 1.1

nticl:eo da rede coralinhas continuas e sombreaclas:

1.3.1 (Outgo() de circuitos e comutacdo de pacotes t o duos abordagens fundamentals para montagem de urn ntIcleo de rede: comutaeao de circuitos e

innutacao de pacotes. Em redes de comutacao de circuitos, os recursos necessarios ao longo de urn cami- (buffers, taxa de transmissAo de enlaces) para prover comunieacao entre os sistemas finais sao reserva-

pelt) perlodo da sessao de comunicacao. Em redes de comutacao de pacotes, esses recursos nao sac) reser-. los; as mensagens de uma sessao usam os recursos por demanda e, como consequencia, poderao ter de

vcral (isto e, entrar na fila) para conseguir acesso a urn enlace de comunicacao. Como simples analogia, dois restaurantes — urn que exige e outro que nao exige nem aceita reserva. Se quisermos it ao

dattrante que exige reserva, teremos de passar pelo aborrecimento de telefonar antes de sair de casa. Mas, pawl° chcgarmos la, poderemos, em principio, ser imediatamente atendidos e servidos. No restaurante

exige reserva, nao precisaremos nos dar ao trabalho de reservar mesa, porem, quando la chegar- , talvez tenharnos de esperar.

igura 1.4 0 nkleo da rede

Page 12: Rede Cap1

12 Redes t1e cornputadores e a Internet

As onipresentes red.es de telelonia sao exemplos de red.es de comutacao de circuitos: •onsiders 0 que acontece qua.ndo uma pessoa quer enviar a (antra uma informacao (por voz ou por fax) por meio de urna cede telefonica. Antes que o retucleine possa enviar a informacao, a rede preeisa estabelecer uma conexao e.ntre o remetente e o destinapirio contrario da conexao clue discuiimos na seca° anterior, essa tuna concio forte, na qual os romnradores existentes no caminho entre o remetentpe o destinatario man-Lem o estado dessa conexao No iar,2,ao da telefortia i essa conexao e denominad.a circuito. Quando a rede estabelece o circuito, Limber lo-wvva Ulna taxa de •tran.smissao constante nos enlaces da rede duran.tc o periodo da conexAo. Visit) quo foj rk. scrvacia largura de banda para . essa . conexao remetente-d.estinatario, o remetente pock I ransferir dados .10 destinatario a urna taxa constants garantida.

II*, a Internet c a quintessencia das redes de cOrnutaca° de pacotes. Considere o que ocorre (viand.° urn sistema•final quer enviar inu pacote a outgo sistemafinal pela Internet. Como acontece na comuracao de circuitos, o p.o trarismiticlo .por•Linfa serie de enlaces de conmnicacao. Mas, na corn-maga° de paco-tes, o pacote e-enviado t rede Sem reservar nenhuma largura de panda. Se urn dos enlaces estiver conges-tionado porcine °turps pacotes precisam ser transmitidos pelo enlace ao mesmo tempo, enta° nosso pacote tern de esperar cm urn buffer na eXtremidade de origem do enlace de transmissao e sofrera urn atraso. A Internet faz 0 melhor esfofo Ora entregar os dados prontamente, nuts nit° da netihuma garantia.

Nem sodas as redes tie telecomunicacao podem ser classifieadas exatamcntc como reeks de comutacao de circuitos puras ou redes de comutaeao de pacotes puras. Nao obstante, essa classificacao fundamental em redes de coin utacao de pacotes e de comutacao de circuitos C. urn excelente porno de. partida para a com-preensao d.a tecnologia dc redes de telecomunicacao.

Comm* de circuitos Este livro sabre redes de com.putadores, Internet e connitagao de pacotes. c nao: s.obre red.es telefOni-

cas e comutacao de cireultos. Mesmo assim, E. importante entender por que a 'Internet e outras redes de corn-putadores usam cornutarao de paeotes..e -nao a tecnologia mais tradicional de commacao de circuitos utili- zada nas redes telefOnicas. Pot- essa razaio, emuninaremos agora resumidamente a comutacao de circuitos.

A Figura 1.5 ilustra until cede de comutacao de circuitos. Tessa red.e, os quatro comutadores de circui-tos estao interconectad.os por quatro enlaces. Cada urn desses enlaces tern n circultos, de inodo que cada um pock suportar n conexoes simultancas. Cada urn dos siste.mas finals (por exempt°, PCs e estacOes de traba-Iho) esta conectado diretameme a urn dos eirnuitos. Quando dois sistcmas finals querein se comunicar, a rede estabelece tuna conexao dedicada entre os dois sistemas finals. (E. claro que tam.hem sab possiveis chamadas em conferencia entre mais de Bois equipamentos. Mas, para simplificar, por enquanto winos supor clue haja somente dois sistemas finals para cada conexao:)Assim, para que 0 sistema final A envie mensagens ao sistema final B, a rede dove primeiramente reservar .urn circuito ern cada dais enlaces. Como cada enlace tern n circuitos, para mkt enlace usado pela conexao esta Pica corn urna fra-cab i.ln da largura de Panda do enlace durante o periodo da conexao.

Multiplexaciio em redes de comutocao de circuits Urn circuito 6 iniplementado cm iilii enlacepor multiplexacao por &visa° de frequencia (frequency-

division multiplexing — FORA) ou por multiplexacao por divisao de tempo (time-division multiplexing — TD:N4). Corn 1: DM, o espectro de. ficctoencia de urn enlace e compartilhado entre as conexoes estabelecidas atraves ckssc enlace. Especificamente, o enlace reserva tuna ban.cla de frecinencia para coda conexao duran-te o period° da ligacao. Em redcs telefonicas, a largura dessa 1:,,ancla de frequf:mcia normalmente e. 4 Idlz (isto C, 4 mil Hertz on 4 mil cielos poi segundo). EstacOes de radio FM tambem usam MIA para compartilhar espectro de freqUencia entre 88 MHz e 108 MHz.

Page 13: Rede Cap1

Conexao fim-a-fim entre sistemas finals A e 8, usando urn "circuito" em cada urn dos enlaces

Cada enlace consiste em n " circuitos" (TDM ou FDM)

Capital° 1 Re. des de torn utudores e a Internet

Sistema final B

Legenda:

Figura 1.5 Uma rede simples de co utacao de circuitos composta . de qu tro comutadores de circuito e quatro enlaces

Em um enlace TDM, o tempo e dividido em quadros de duraciio fixer, c cada quadro i, dividido em um anicro fixo de compartimemos (slots). Quando estabelece uma conexao por mcio de um enlace, a red(' (fedi

a.cone.xao urn. compartimento de tempo cm cada quadro. Esses compartimentos rvados para 0 uso

cxclusivo dessa conexao .e urn dos compartirnemos de tempo (em cada quadri)) fica disponi:ye] para trans-

mitir Os dados dela.

A Figura 1.6 ilustra as tecnicas FDM e TDM para urn enlace de rede especifico que suporta ate quatro circuitos. Para FDM, o dominio de freqUencia e segmentado em quatro faixas, cada um.a corn largura de banda de 4 kHz. Para TDM, o dominio de tempo e segmentado em quadros, cada urn corn quatro compar-imentos de tempo; a cada circuito e designado o mesmo compartimento dedicado nos quadros sucessivos I. DM. Para TDM, a taxa de transmissao de urn circuito e igual a taxa do quadro multiplicada pelo rnner° de bits em urn companimento, Por exem.plo, se o enlace transinite 8 mil quadros por segundo e cada corn-partimento consiste em 8 bits, entao a taxa de transmissao de urn circuito e 64 kbps.

Os defensores da comutacdo de pacotes semprc argumentararn que com.utacao de circuitos 6. desperdi-eio, porque os circuitos dedi.cados (learn ociosos durant.e periodos de sikucio. Por exemplo, quando um

dos participantes de uma conversa telefOnica Ora de falar, os recursos ociosos da cede (bandas de freqUal-

•ias ou compartimentos nos enlaces ao bongo cla rota da conexao) nao podem ser usados por outras Com-- Noes em curso. Para um own) exemplo de comer esses recursos podem ser subutilizados, consiclere tern mdiologista que usa uma rede de commacao de circuitos para acessar remotamente um.a seric de. radiogra-has. Etc estabelece uma conexao, requisita uma im.agem, examina-a e, em seguida, solicita uma nova ima-gem. Recursos de rede sac) d.esperdicados durantc o period() em que o radiologista examina a imagcm. Defensores d.a comutacao de pacotes tambem gostam de destacar que cstabelecer circuitos c reser-var larguras de faixas fits-a-fim e complicado e exige software complexo de sinalizac,:ao para coordenar a

operacRo dos comutadores ao longo do caminho fim-a-fim.

Page 14: Rede Cap1

odes de computadores e a Internet

Enlace Frequencia •

y

TDM

Compartimento Quadro ..• • - • ...stee,••••••••••a• o•a04, • 4,4' 4.4,4''4'1144 Tempo

Legenda:

os compaftimentos de nomero "2"

n par transrniw)r/recepter especif ico

Figura 1.6 Com FDM, coda circuit° dispoe continuamente de uma fragio do largura de banda. Com TDM, coda circuito disprie de toe a largura de banda periodicamente, durante breves intervalos de tempo (isto é, durante compartimentos de tempo)

Antes de encerrarmos esta discussio sobre comutacao de circuitos, vamos examinar um exemplo num, rico gin' devera esclarccer melhor o assunto. Vamos considerar o tempo que levamos para enviar urn arquii, de 640 Milts do sistema final A ao sistema final .8 por tuna rede de cornutacoo de circuitos. Suponha que todc os enlaces da rale useni D NI de. 2•4. co m pa it in-K-1-11os e ten ham tuna taxa de 1,536 Mbps. Suponha tambei que urn circuit() Icva 500 milissegundris para scr arivado antes que A possa cornecar a transmit o orquivo.1...m quanto tempo o arquivo sera enviado? Cada I:in:Mtn tern tuna taxa d transmissao de (1,5] M bps)/24 kfips; portant°, demorarj (6.-40 kbils)/64 kbps = .10 segundos para transmitir o arquivo. esses 10 segundos adicionamos o tempo de ativa(ao do circuito, resithanclo 10,5 segunclos para o envii Observe que o tempo de transmissao c indcpetiticate In uumcro de en laces: o tempo de transmissao ser 10 segundos it o circuito Find-a-fim passasse poi- tun on per urea cenrena de enlaces. (0 atraso real film.; fim tambern Orel ui o alias° de propagacao; ye . 1.0.)

Comutaclio de pacotes

Vimos na See5o 1.1 clue aplicacOes trocam mensagcns dc,..cinpenhar sua tarcfa. Niensagens podei cooler qualquer caracteristica que o projetista protocolo qu•ira. Poclem desempenhar uma funcAo c controls. (por exemplo. as mensagens 'of no nosso rap [0 de comunicaeao entre pessoas) ou podem cot ter dados, tfil come Ulna me.nsagcm dc e-mail, tuna imagem iPF G ou um arquivo de riudio MP3. Em red( de computadorcs moclernas, o originador Lap-Lica irsiougas cm porcOes de dodos menores den( minadas paemes. Entre origern e (lest in°. coda um desses pacol percorre enlaces de comuoicacAo ecomt tad.ores de pacote (lilt dins tipos principals de conurt.idon.--, pacotes: roteadores comutadores d camada de enlace). Pacotes sac) transmit idos par cada enlace de coil unicacao a uma taxa igual a de tram rnissao total do enlace. A maioria dos cotruttadore.s de prRiiit's ormazena e reenvia Os pitcOles nas entracL dos enlaces, numa tecnica conhccida como armaztria-c-reenvia C (le OCOTCLO coal a qual o eonnitador de\ reeeber 0 pacote linen° antes de poder comecer ran,,In ir I primeiro bit do pacote para o enlace de said: Asstm. c'Qmutadores de pacotes introduzern urn cn'asc armazenagcm c reenvio no entrada de cada enL cc ao longo da rota do pacote. Esse atraso e proporeional ao comprimento do pacote cm bits. Em partici lar; se urn pacote consist cm L bits c dove ser um enlace de saicla de R bps, entan o atraso d armazenagem e ree.ovici ilo comulador LIR segundos.

Page 15: Rede Cap1

Reties de romputurEnte , n I ft r ft t Capitulo 1

Legenda: D

Multiplexacao estatistica

Fila de pacotes esperando por urn enlace de saida

Ethernet 10 Mbps

C

1,5 Mbps

Pacotes

Figura 1.7 (ornate* de pacotes

A cada comutador de pacotes estao ligados varios enlaces. Para cada urn destes, -0 comutador de paco-ws tern urn buffer de saida (tambem denominado fila de saida), que armazena pacotes prestes a serem cnviados pelo roteador para aquele enlace. Os buffers de saida desempenham urn papel fundamental na cornutaeao de pacotes. Se um pacote que esta chegando precisa ser transmitido por um enlace, mas o encon-tra ocupada con-i• a transrnissao de. outro pacote, deve aguardar no buffer de saida. Desse modo, alem dos i.trasos de armazenagem e reenvio, os pacotes sofrem atrasos de fila no buffer de saida. Esses atrasos sao variaveis e dependem. do grau de congestionamento da rede. Como o espaco do buffer 6 bunt), um pas tue cute esta chegando pode encontra-lo completamente lotado de outros pacotes que etat.) esperando transut is., s:io. Nesse caso, ocorrera uma perda de pacete um pacote que esta chegando ott um dos quc I ila e descartado. Voltando a analogia do restaurants apresentada anteriormente nesta seeds. 0 atraso dc c analogo ao tempo gasto no bar do restaurants esperando uma mesa, enquanto a • ri 1 c per_a c pa(.7ote e analo- ga a ouvir da garcom -que -devemos- desistir porque ja ha muitas pessoas ali.

A Figura 1.7 ilustra uma rede simples de comutacao de pacotes. Nessa figura e nas subsequentes, paco-tes sao representaclos por placas tridimensionais. A largura de uma placa representa o numero de bits no pacote. Nessa figura todos os pacotes tern a mesma largura, portanto, o mesmo tamanho. Suponha que os sisternas Finals A .e B estejam enviando pacotes ao sistema final B. Os sistemas finais A e B primeiramente enviaraa seus pacotes por enlaces Ethernet 10 Mbps ate o primeiro comutador de pacotes, que vai direcio-na-los para .0 enlace de 1,5 Mbps. Se 'a taxa de chegada de pacotes ao comutador for maior do que a taxa coin que a comutador pode reenviar pacotes pelo enlace de saida de 1,5 Mbps, ocorrera congestionamento, pois os pacotes fortuarao uma fila no buffer de saida do enlace antes de ser transmitidos para o enlace.

\a nos considerar agora quanto tempo demora para enviar urn pacote de L bits de urn sistema final para outro por uma rede de camutacao de pacotes. Suponha que haja Q enlaces entre os dois sisternas finais, cada urn corn taxa de R bps. Adrn:ita que atrasos de fila e de propagacao fim-a-fim sejam despreziveis e que riao hala estabelecimento ,de conexao, Primeiramente o pacote deve ser transmitido Ora o prirnei to enlace qui.' Sc origina do sistema final A, o que leva L/R segundos. Em seguida, ele tern de ser transmitido pot- cada am dos Q — I: enlaces remanescentes, isto -e, deve ser'armazerrado e reenviado Q — 1 vczes, Poriartto, o atraso total

Comutactio de pacotes versus comutaclio de circuitos: muhiplexacoo estatistica

Agora que ja descrevemos comutacao de pacotes e comutacao de circuitos, vamos comparar as duas. Opositores da comutacao de pacotes frequentemente argumentam que ela nao e adequada para servicos de

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Redes de computadores e a Internet

tempo real (por exemplo, ligacoes telefOnicas e videoconferencia) por causa de seus atrasos fim-a-fim variaveis e imprevisiveis (que se devem principalmente a atrasos de fila variaveis e imprevisiveis). Defensores da comutacao de pacifies argumentam que (1) ela oferece melhor compartilhamento de largura de banda do que comutacao de circuitos c (2) suit implementacao é mais simples, mais eficiente e mais barata do que a implement:10o de comutacao de circuitos. Uma discussao interessante sobre comutacao de pacotes e comutacao de circuitos pock ser encontrada em rMolinero-Fernandez, 20021. De modo geral, quern nao gosta de perder tempo fazendo reserva de mesa em restaurantes prefere comutacao de pacotes a comutacao de circuitos.

Por que a comutacao de pacotes e mais eficiente? Vamos examinar urn exemplo 'simples. Suponha que usuarios compartilhem urn enlace de 1. Mbps.. Suponha tambem que cada usuario alterne periodos de ativi-dade, quando gera dados a uma taxa constants de 100 kbps, e de inatividade, quando nao gera dados. Suponha ainda que o usuario esteja ativo apen.as 10 por cento do tempo (e fique ocioso, tomando cafezi-nho, durante os restantes 90 por cento). Corn comutacao de circuitos, devem ser reservatios 100 kbps para cada usuario durante toclo o tempo. Por exemplo, corn TDM de comutacao de circuitos, se urn quadro de urn segundo for dividido cm 10 compartimentos de tempo de 100 milissegundos cada, enrao seria alocado urn compartimento de tempo por quadro a cada usuario.

Desse modo, o enlace pock suportar somente 10 (= lMbps/100 kbps) usuarios simultaneamente. Corn comutacao de pacifies, a probabilidade de haver 11111 usuario .especifico. ativo e 0,1. (isto e, 10 par cento). Se houver 35 usuarios, a probabilidade de haver 11 ou mais usuarios ativos simultaneamente e aproximada-mente 0,0004. (0 Problema 8 dos Ex.eretclos de Fixacao. demonstra coma essa probabilidade e calculada). Quando houver dez ou menos usuarios ativos simultaneamente (a probabilidade de isso acontecer 0,9996), a taxa agregada de chegada de dados e menor ou igual a 1 Mbps, clue e a taxa de saida do enlace, Assim, quando h.ouver dez ou menos usuario; ativos, pacotes de usuarios fluirao pelo enlace essenciahnen-te sem atraso, como e o caso na comutacao de circuitos. Quando houver mais de dez usuarios ativos simul taneamente., a taxa agregada de chegada de pacotes excecierd a capacidade de saida do enlace, e a fila de saida eomecara a crescer. (E continuant a crescer ate que a velocidade agregada de entracla caia novamente para menus de 1 Mbps, porno em clue o comprimento da fifa comecara a diminuir). Como a probabilidade de haver mais de dez usuarios ativos simultaneamente e intima nesse exemplo, a comutacao de. pacotes apre-senta, essencialmente, o mesmo desempenho .d.a comutacao de circuitos, mas n Jaz para mais de tiros vezes 0 mintero dc

Varnos considerar agora um segundo exemplo simples. Suponha que haja dez usuarios e que urn deles repentinainente gere mil pacifies de mil bits, enquanto os outros nove permanecem inativos e nao geram pacotes. Corn comutacao de circuitos TDM de dez compartimentos de tempo por quadro, e cada quadro consistindo em mil bits, o usuario ativo podera usar somente seu Unico crympartimento por quadro para transmitir dados, enquanto os nove compartimentos restantes em cada quadro conti.n.uardo ociosos. Dez segundos se passarao antes que tod.o u milhao de bits de dados do usuario ativo seja transmitido. No caso da comutacao de pacotes, o usuario ativo podera envid-Los continuamente a taxa total. de I Mbps, visto que nao havera ourros usuarios gerando pacifies que precisem set multiplexados coin. Os pacotes do usuario ativo. Nesse caso, todos os dados do usuario ativo sera() transmitidos dentro de 1 segundo.

Os exemplos acima ilustram duas maneiras pelas quais o desempen.ho da comutacao de pacotes pod.e ser superior a da comutacao de circuitos. lambent destacain a diferenca crucial entre as duas formas de compartilhar a taxa de transtnissao de urn enlace entre varias correntes de bits. Commack) de circuitos aloca previamente a utifizacao do enlace de tra.nsrnissao independentemente de demanda, corn desperdicio de tempo de enlace clesnecessario alocado e nao utilizalo. Commack) de paeotes, por out ro lack), aloca uti-lizacAo de enlace pot demanda. A capacidad.e de transmissao do enlace seta compartith.ada pacific por paco-te somente entre usuarios que ten.harn pacotes:que precisem ser transmitidos pelo enlace. Tal compartilha memo de recursos por demanda (e nao por alocacao previa) as vezes e denominado multiplexacao estatistica de recursos.

Page 17: Rede Cap1

Copitulo 1 Redes de computadores e a Internet

Embora Canto a comutacao de pacotes quarto a comutacao de e..rcintos ark ti<nnuenetn rtas rec eti (1C

ormiunicacao de hoje, a tenclencia t, sem dtivida, a comutacao de pacon--. .\ redes de telefonia de comutacao de circuitos estao migrando lentamemc -trw,

particular, redes a-left-micas freqUentemente usam comutacao de paeatc,-, lt.l p;11 t ■ Mli;t icada

qiica para o exterior, isto t, na parte. que nao e processada em territarto rt.4,:ron,:t1

1.3.2 Redes de comutacao de pacotes: redes de .datagramas e redes de circuitos virtuais

Ha duasgrandes classes de redes de comutacao de pacotes: reties de datac,t;intas e ret.lcs mats. A diferenca entre elas e que setts comutadores usam enderecos de &si - tu() on numeras de .eirennos virtuais para transmitir pacotes a seus destinos. .Denaminaremos rede de datagramas qualquer relic transmita pacotes segundo enderecos de sistemas finais de destino. Os roteadores na Internet transmitem pacotes segundo enderecos dos sistemas finais de destino; portanto, a Internet e. uma rede de datagramas. Denorninaremos rede de circuitos virtuais qualquer rede que transmita pacotes segundo numeros de cir-Luitos virtuais. Exemplos de tecnologias de comutacao de pacotes que usam circuitos virtuais sao redes

\ frame relay c redes Arm (asynchronous transfer mode – modo de transferencia assincrono). Ainda clue

diferenca entre ut.ilizar enderecos de destino e nUmeros de circuitos virtuais pareca pouco irnportante,

oprar. por urn doles causa urn grande impacto sabre o modo de montagem dos roteadores e sabre a germ-; tamento do roteamenta, coma veremos adiante.

Redes de circuitos virtuais Como o name sugere, urn circuit° virtual (CV) pode ser imaginado comp uma conexao virtual entre

urn sistema final de origem e urn sistema final de destino. 0 importance e que estabelecer e manter esse envolvera nao somente as d.ois sistemas finals, mas cada urn dos comutadores an longo do caminho do CV

(-titre origem e destino. Urn identifieador de circuit° virtual (virtual-circuit identifier * CV) sera atri-

buido a urn C.V quan.do ele for estabelecido pela primeira vez entre a ionic e a.destino. Qualquer pacote que heaparte do CV tern esse identific.ador em sett cabecalho (ID CV). Cada comutador de pacotes tem. Unlit

theta que mapeia ID CVs para enlaces de saida. Quando urn pacote chega a urn commador de pacotes, etc

•„\amina o ID CV, indexa sua tabela e transrnite o pacote ao enlace de saida designado. Note que a origem a destino de um CV sao identificados apenas indiretamente pelo ID CV; Os enderecos reais dos sistemas

finais. de origem e. destino nao sdo necessarias para executar a comutacao. Isso significa que a comutacao de pacotes pode ser realizada rapidamente (consultando urn ID CV do pacote que chega na pequena tabela lc trad.ucao do CV, cm vez de consultar urn endereco de destino em urn espaco de enderecamento paten-ialmente grande).

Como observamos anteriormente, urn comutadar em uma rede de CVs mantem informacao de esta-do para SUaS conexoes em curso. Especificamente, cada vez quo uma nova con.exao e ativada par urn comu-tador, urn novo regist.ro de conex.ao dove set adicionado a tabela de traducao dole; e cada vez CIUe uma cone-Nao e desatiyada, um registro clove ser removido da tabela. Mesmo que nao haja nenhuma traducao de ID (Vs, ainda assim e necessaria mamer informacao de estado que a.ssocie nUmeros de CVs a nameros clay tnterfaces de saida. A questao de urn comutador de pacotes minter ou nao informacao de estado part ,.adit onexao eat curso e crucial — voltarerriOs a ela logo adiante.

Redes de datagramas redes de datagramas s'ao amilogas, em muitos aspectos, an servico postal. Qtlanda urn. rcructcrue

trvia uma carta a urn destino, de a coloca em urn envelope e nele escrevc a endcreco do (lest rt.tt.n to. •ndereco tern um.a estrutura hierarquica, par exem.plo.. pais (caso seta enviada para o exterior), rst.ada, tic, logradouro c urimero. C) correio usa o endereco do envelope para detcrminar a rota da carla .tte sen tics lino. Assirn, se urna carta for enviada da Franca Mara urn endereco eat Filaddiia, nos Estados Linidos, em,10 primeiramente as correios da Franca emeaminham a carta a uma central dos correios nos 'Estados t Midas,

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Redes de computadares e a Internet

que, por sua VCZ, enviara a carta a tuna tr.] dos correios na Filadelfia. Por fim, urn carteiro dessa cidade entregara a carta ao seu destino filial.

Em uma rede de. datagramas, cada pacote que transita por ela concern em seu cabecalho o endereco de clestino. Corso acontece corn os enderctiio; postais, csse endereco tern uma estrutura hierarquica, Quando urn pacote chega a urn comutador pacotes da rcde,•ele . examina uma parte do endereco de destino do pacote e o remete a urn comutador adjactente. Mais especificamente, cada comutador de pacotes tem uma tabela de transmissao que mapcia eriderecos de d.estino (ou partes deles) para urn enlace de saida. Quando urn pacote chega a urn comutador. est.e analisa o endereco e indexa sua tabela corn esse endereco de desti-no -para descobrir qual c o rnt.0 saida adequado..Entao, o comutador encaminha o pacote a esse enla-ce de salda.

0 process° de rotcaniento fim-a-firn tambem. e analogo a urn motorista de carro que prefere pedir infor-macees a usar um pa. Por exemplo. suponha que Lucy queira if - da cidade A para a cidade B, no bairro N; rua X, n" :1 56. Primeiramente, cla vai ate o posto de gasolina de seu bairro e pergunta como chegar ate o II' 156 da rua X; no bairro N da cidade B. 0 frentista do posto extrai a pane do .endereco que se refere cidade B c informa que cia precisa pegar a rodovia A-B.. cujo acesso e bem ao lado do poste de gasolina. Diz tambem que, assim. que entrar na cidade B, cla cicivero pedir mais informacOes a alguem de la. Lucy entao pega a rodovia A-B ate chegar a cidade B, onde pecle informacOes aoutro frentista. Este identificaa parte do endereco que se refere ao bairro N e explica como faz para chegar a avenida principal dele, acrescentando que la cia clevera pedir informaoes a alguem sabres rua X. Chegando a avenida principal do bairro N, Lucy para ern ulna ban•a de jornal e pergunta onde fica a rua X, n2 156. 0 jornaleiro cxtrai a pane da rua X e cxplica quc c a quarta rua a esquerda. Assisi quc atinge a rua X, ela pergunta a uma chat-Ica de bicicleta onde Cs seu destino final. A crianca identifica a parte do endereco que se refcrc ao n' 156 c indica a casa. Lucy erica° chega ao destino final. .

Discutirernos cletalhadamente neste li-vro a transmissao de pacotes cm redes- de datagramas. Mas, por enquanto, mencionarnos quc, ao contrail° de cedes de CVs, redes de datagramas nao mantern inforniacao de estado de coaextio em setts coniutodares. Realmente, um comutador de pacotes em uma rede de datagramas para fica completamente alheio a quaisqucr fluxos de trafego que possarn estar passando por ele. Urn comu-tador de pacotes em uma rede de datagrarnatoma decisoes de •transmissao corn base no endereco de des-tino de um pacote e nao segundo a conexao a CILIA o pacote pertence. Como as redes de circuitO virtual Vern de minter informacao de estado de conexao — inforinacao que deve ser instalada e removida confor-me Os circuitos went e vao, e limpa (removida) caso urn CV termine anormalmente . —, as redes de CVs requerem protocolos de manutencao de estado potencialmente complexos, que nao sao encontrados em redes de datagramas.

Yoe(' esta realmente intercssado ern ver a rota fim-a-fim que esses pacotes tomam na Internet? NOs o convidamos apOr a mao na massa e intcragir corn o programa Traceroute visitando o site http://www.tra - ceroute-. org . (Ver discussao do Traccroute na Secao 1.6.)

Taxonomic, de rede =. Ja apresentamos varios conceitos importances de rede: comutacao de circuitos, comutacao de pacotes,

circuitos victuals . servicos nao orientados para conexao e servicos orientados para conexao. Como tudo isso se encaixa?

Primeiramentc-, nossa visa° simplista do mundo, uma rede de telecomunicaceies ,ott usa cormitacao de circuitos ou usa C0mu1aca0 de pacotes (ver Figura 1.8). Um enlace em uma rede de coinutacao de cir-cuitos pode empregar on TDM. Redes de comutacao de pacotes ou sao redes dc circtuitos virt uais. ou sac) redes de datagrainaiti. Comutadores entredes de circuitos virtuais transmitem pacoto, de acordo corn seus nalmeros CVs e Irmo estado tie conexao. Comutadores em redes de datae-,rainas paco- tes de acordo corn scus de destino e naomantEm estado de conexao.

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Reties de Redes de cornutacao tornutacAo

de circuitos de pacotes

FDIVI TDM Reties- Redesde

de CVs datagramas

1SP local

Rede corporative

Capital° 1 Redes de coniputadores e a Internet

Redes de

te[ecomunicacoe-s

Figura L8 Taxonomia de redes de telecomunicacaes

1.4 Redes de acesso e meios fisicos Nas secOes 1.2 e 1.3, examinamos os papeis que sistemas finais e comutadores de pacotes desempe-

uliarn cm. ulna. rede de computadores. Nesta secao, consideramos redes de acesso — o enlace ou os enla- ti fisicos que conectarn urn sistema final a seu roteador de borda, que e o primeiro roteador de um cami-

nh.0 cntre um sistema final e qualquer outro sistema final remote). Assim, a rede de acesso prove a mIra-estrittura para conectar o que denominamos instalacOes de clientes a infra-estrutura de rede. A Figura

mostra diversos tipos de enlaces de acesso de sistemas finais a roteador de borda; os enlaces de acesso destacados por linhas cheias, sombreadas. Como a tecnologia de redes de acesso esta estreitamente liga-

da tecnologia de meios fisicos (fibra, par coaxial, cabo telefOnico de par trancado, espectro de radio), con-iclr esses dois tOpicos em conjunto nesta secao.

Figura 1.9 Redes de acesso

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Redes de computaclores e n Internet

1.4.1 Redes de ammo Redes de acesso podem ser dividid,ts de mod° getal em•tres categorias:

Aeesso residencial, que fi sisternas finals domesticos a red.e.

Acesso corporativo, quo Uga sistemas limns de uma empresa ou instituicao educational a rede.

Acesso sem (el, Liu(' (que comumente sao rneveis) a rede.

Essas categorias nao sao absolutas C imutavels — por exemplo, alguns sistemas finais corporativos podem usar a tecnologia de acesso (pc recomendamos para acesso residencial e vice-versa. As descricOes a seguir valem para os casos comuns.

Acesso residencial Acesso residencial refere-se a conexao de urn sistema final residencial (normalmente urn PC, mas cada

vez ma's uma red:e domestica, conforme voce vet," a seguir) a urn roteador de hord.a. lima forma coinum de acesso residencial e o modem discado ligado por uma linha telefrm tea analOgica a urn ISP residencial. (comp America Online). 0 modern convene o sins) digital de satd.a do PC em formate' analogico para transmissao pela linha. telefCmica analOgica, que e urn par de hos de cobre traneado e e a mesma linha telefOnica utiliza-da para fazer eh.amadas telefOnicas normals. (Discutiremos pares tran(,ados mais aflame 'testa secao). Na outra extremidade da linha teleRmica analOgica, urn modem no ISP convene o sinai analOgico novamente para sinal digital para entrar no roteador•lSE Assim, a rede de acesso e simplesmente urn par de moden.s juntamente corn uma linha telefanica panto a panto discada. As veloci.dades dos modens de hoje permitem acesso discado a taxas de at 56 kbps. Contudo, devido a baixa qualidade das lin.has de par trancado exis-tences entre "minas residtncias e ISPs, a velocidado eletiva que muitos usuarios conseguem e significadva-mente menor do que 56 kbps.

Multos usuarios residenciais ac iam us 50 kbps de acesso de urn modem discado aflitivos de tao lentos. Por cxemplo, sao precisos aproximadamente 8 minutos para descarregar tuna Unica milsica de 3 minutos por NI.P3 usando um modern discado de 56 kbps. Alem disso, o acesso por modem discado impede a utili- zacao normal da linha telefOnica do usuario — enquanto o usuario residencial estiver usando urn modern discado para navegar pela Web, nao pode receber nern fazer chamadas telefOnicas normais. Felizmente, novas tecnologias de acesso de banda larga cstao oferecendo taxas mais altas de bits a usuarios residenciais, akin de fornecer meios para que os usuarios acessem a Internet e falem ao telefone ao mesmo tempo. Ha dois tipos comuns de acesso residencial de banda larga: linha digital de assinante (digital subscriber line

DSL) [DSL, 2004] e cabo hibrido coaxial/libra (hybr=id fibev-coaxial cable -- HFC) [Cable Labs, 2004].

Ate 2003, havia muito menus acessos residenciais de Banda larga do que acessos por modem discado de 56 kbps. 0 namero de linhas de panda tarp por 100 habitantes era de aproximadamente 23 na Corela do Sul, 13 no Canada c 7 nos Estados Unidos. sendo que a maioria dos passes curopeus tinha menos de 10 per cento [Point Topic, 20031. Contudo. a DSL e o HFC estao se desenvolvend.o -rapidamente por todo o mun.do, corn o HFC em geral mats dominants nos Estados Unidos c a DSL. geralmente mats presente na Europa c na Asia.

0 acesso DSL normairnente e [ornecido por uma comp anhia telefOnica (por exemplo, Verizon ou France Telecom), as vezes em parceria corn urn ISP independent& Oneeitualmente, similar aos modems dis-cados, a DS1._ e ulna nova tecnologia de modem quo, novamente, linhas telefOnicas de par trans ado existente.s. Mas, por restringir a dist:Alicia entre usuario e modern 151'. a DSL loch' transmitir e receber dados a taxas muito mais alias. As taxas de dados normalmente sao assimetricas nas duas direcOes, sendo a taxa entre o roteador 1SP e a residencia mais alta do que entre a residencia e o roteador 1SP A assirnetria nas taxas de transferencia de dados reflete a crenca de que um usuario residencial sera, mais provavelmente, urn con-surnidor de informaebes (trazendo dados para si) do clue urn produtor de informaeOes. Teoricamente, a DSL

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Cabo coaxial

Entroricamentoi de fibra

1 Redes de computadores e a Internet

olerecer taxas maiores do que 10 :Mbps do TSP para a residencia e mais do que 1 Mbps da residencia o ISP. Todavia, na pratica, as taxas oferecidas por provedores DSL sao muito menores. Ate 2004, taxas

provedor-residencia eram de 1 a 2 Mbps; e de centenas de kbps no sentido contrario.

.:.‘ DSL usa multiplexacao por divisao de frequencia, coma descrito na secao anterior. Em particular, a A d[vide a enlace de comunicacao entre a residencia e o ISP em tres faixas de frequencia sem sobreposicao:

urn. canal de alta velocidade na direcao do usuario, na faixa de 50 kHz a 1 MHz;

um canal de velocidade media na direcao do provedor, na faixa de 4 kHz a 50 kHz;

um canal telefbnico comum de duas vias, na faixa de 0 a 4 kHz. A taxa de transmissao realmente disponivel ao usudrio em ambas as direcOes é funcao da distancia entre

madem domestic° e o modem do ISP, da bitola da linha de par trancado e do grau de interferencia eletri-entre outros aspectos. Diferentemente de modens discados, as DSLs foram explicitamente projetadas

elistancias curtas entre modens residenciais e modens de ISP, o que permite taxas de transmissao subs- Loicialm.ente mais alias do que as de acesso discado.

Enquanto DSL e modens discados usam linhas telefOnicas comuns, redes de acesso HFC sao extensbes redes de cabos existentes usadas para transmissao de TV a cabo. Em urn sistema a cabo tradicional, urn

tci Lainal (headend) da operadora transmite sinal para as residencias por meio de uma rede de distribuicao de •abo coaxial e amplificadores. Como ilustra a Figura 1.10, cabos de fibra atica conectam a terminal aos

Liironeamentos (ribs de fibra) mais prOxirnos as residencias, a partir dos quais sao estendidos cabos ;tis convencionais ate as casas ou apartamentos individuais. Cada entroncamento (na de fibra) normal-

suporta de 500 a 5 mil residencias. Como acontece corn a DSL, o HFC requer modens especiais, denominados modens a cabo. Empresas

irc proveem acesso a Internet par cabo exigem que seus clientes comprem ou aluguem urn modern. ':ormalmente, o modem a cabo e urn equipamento externo que se conecta ao PC domestic.o par tuna porta

hernet 1.0-BaseT. (Discutiremos Ethernet detalhadamente no Capitulo 5). Mode.ns a cabo dividern a rede em dais canais: urn canal na direcao do usudrio (descida) e urn canal na direcao do provedor (subi-

:Lt.). Como acontece corn a DSL, a taxa de transmissao do canal de descida normalmente é major do que a canal de subida.

K Centenas de residencias

Cabo de fibre

Terrni-rial

Centenas

Figura 1.10 Limo rede de acesso de cabo hIbrido de fibra-cabo coaxial

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22 Redes de computadores e a Internet

Uma caracteristica irnportante da rede HFC e que ela é urn meio de transmissao compartilhado. Ern particular, cad.a pacote enviado pelo terminal provedor trafega por todos os enlaces ate todas as residencias e cada pacote enviado por uma residencia viaja pclo canal de subida ate o terminal provedor. Por essa razao, se varios uswirios estiverem recebendo MP3 pelo canal de descida, a velocidade real corn que cada usuario recebera seu arqui\'o sera significativamente menor do que a velocidade nominal do canal. Por outro lado, se somente.alguns usuarios ativos estiverem navegando na Web, entao cada urn deles podera receber pagi-nas Web na velocidade de descida total, poise raro que varios usuarios solicitem urria paging Web exata-mente ao mesmo tempo. Como o canal de subida tambem e compartilhado, e preciso urn protocolo de aces-so multiplo distribuido para c.•oorcle.nar transmissOes e evitar colisOes. (Discutiremos esse assunto da colisao mais detalhadamente quando analisarmos a Ethernet no Capitulo 5.) Os defensores da DSL se apressarn em frisar que ela e uma conexao ponto a ponto entre a residencia e o ISP e que, portanto, todas as larguras de banda da DSL sac) dedicadas, e nao compartilhadas. Os defensores do cabo, no entanto, argumentam que uma rede HFC razoavelmente dimensionada prove taxas de transmissao mais altas do que a DSL. Nao ha duvidas de qua a guerra entre DSL e HFC pelo acesso residencial de alta velocidade ja cornec.ou.

Um dos aspectos atraerites de DSL e HFC e que os servicos estao sempre disponiveis: isto e, o -usua-do pock ligat seu computador e ficar permanentemente conectado corn urn ISP a, an mesmo tempo, fazer e receber chainadas telefOnicas normals:

Acesso corporative

Ern empresaS e compi universitartos, normalmente e usada uma rede local (LAN) para ligar urn siste-ma final ao roteador de borda. Como veremos till Capitulo 5, ha .multos tipos de tecnologias de LAN: Contudo, hoje a tecnologia Ethernet c, de longe, a qua predomina em racks corporativas. A Ethernet opera cm 10 Mbps ou 100 Mbps agora ate mesmo em 1 Gbps e 10 Gbps) e usa par de lios de cobre trancado ou cabo coaxial para conectar varios sistemas finals entre si a a urn roteador de horda. 0 roteador de horda e.responsavel pcd.o roteathento de pacotes catjo destino externo a LAN. Como o HFC. a Ethernet usa um meio compartilhado, tie modo que usuarios finals compartilhani a velocidade de transmissao da LAN, Ha pouco tempo, a tecnologia da Ethernet compartilhada comecou a migrar em direcao a tecnologia Ethernet comutada. A Ethernet comutada usa varios segm.entos de par de fios de cobre trancado conectados a urn `comutadoe que permite entregar a totalid.ade da velocidade de transmissao de uma Ethernet simultanea-mente a diferentes usuarios da mesma LAN. Examinaremos a Ethernet compartilhada e comutada mais detalhadamente no Capitulo 5.

Acesso sem fio Acompanhando a revolucao atual da Internet, a revolurao sem fiotambeth esta causando urn profun-

do impact() sobre o modo de vida a de trabalho das pessoas. Hoje, ha mais europeus que possuem um tele-lone celular d qua. um PC ou urn carro. A onda sem fio continua, e muitos analistas preveem que equipa- mentos de into sem li.o (a muitas vezes mOveis) tais corn° telefones celulares a agendas eletrOnicas (PDAs) ar.o.,--hrao a posicao dominance que os cotnputadores ocupani atualmente canto dispositivos de acesso a hue) uct cut lode) o muudo. Hoje, ha duas catcgorias amplas de acesso sem fio a Internet. Nas LANs sem cos sem tio . transmiterrilreeebern pacotes de/para Jima estacdo-base (tambem conhe- cida comu pont() •otti flu) dentro de urn raio die algumas dezenas de metros. A estacao-base nor- malmente esta tits a Internet. portant°, serve para conectar usuarios sem fio a uma rede ligada por fio. Nas redes !Win ho de acesso de longs distancia, a estaeao-base C gerenciada por urn provedor de telecomunicaeoes c atem0c. dA: taro de urn raio de. dezenas de. quilOmetros.

Atuahnente as I. Imo tecnologia IEEE 802.1.1 (lambent conhecida cot»o Lthernet sem fio), cstao sf rvuttmenia em departamentos universitarios, eseritOrios eomerciais, cafes e residencias. AS LI ni.VC IS'kM(.k 'S (. 1 :MOMS OS altiofes trabalhatit instalaram, por '.stacOes- base IEEE 802.11 ern s•us «mini. t ,alt(.10 csSa nfra-estrutura de LAN sem fio, estudantes enviani c rece- bem e-mails ou navegaum pelt Web cm qualquar lugar do campus (pm exemplo, biblioteca, alojamento, sala

Page 23: Rede Cap1

Copitulo I Redes de computadores e a Internet

ou urn Banco no jardim). A tecnologia 802.11, que discutirernos detalbadamente no Capitulo 6, rove uma velocidade dc tran.smissao compartilhada- de ate 54 Mbps.

Hoje, muitas rcsidencias estao combinando acesso residencial de banda tarp (isto e, modems a cabo ou 1)S1..) corn tecnologia barata de LAN sera fio iara criar podcrosas redes residenciais. A Figura 1.1.1 mostra

rrt diagrama esquematico de ulna rede residencial tipica (na verdade, essa e a configurac5o da rede residen- al de arnbos os autores).

Essa rede residencial consiste em urn laptop mOvel e mais tres PCs estaciondrios (doisligados, urn SC1T1.

h(t): Unlit estaclo-base (o ponto de acesso sem fio) que se comunica corn o PC sem fi um modem a (.:.abo prove acesso de banda larga A Internet; e urn roteador, que intercon.ccta a estacao-bas(' 0 Pc.: esiacio-

i ■Ario. corn o modem a cabo, Essa rede permite que os membros da familia tennain acesso de banda larga Ititernet, sendo que um deles e mOvel e se desloca da cozinha para o quintal e para os quartos 0 custo fixo t.,.)tal dessa rede e menos de 250 Mares (incluindo o modem a cabolDSL).

Quando acessamos a Internet utilizando tecnologia de LAN sem fio, normalmente temos de estar a Agurnas dezenas de metros de uma estacao-base, o que é viavel, para acesso em residencias, em cafes e, de rnodo mail geral, em edificios e nas suss vizinhancas. Mas, e se voce estiver na praia ou dentro de urn carro

prc.c.isar acessar a Internet? Para acesso em areas tao distances, us-uarios mOveis da Internet usam a infra-. aTutura de telefone portatil, acessando estacOes-base que estao a ate dezenas de quilOmetros de distancia.

duas tec.nologias que permitem acesso a Internet pela infra-estrutura de telefone .portatil: o proto- do de acesso sem fio, .versao 2 (wireless access protocol — WAP) [WAP, 20041, amplarnente disponivel na

i- nropa, e. a i-mode, muito usada no Japao. Parecidos corn telefones sem fio comuns, mas corn telas um wax.° maiores, telefones WAP proveem acesso A Internet de baixa e media velocidade, bern coma servicos

telefone portatil. Em vez de HTML, telefones WAP usam uma linguagem especial — a Linguagem de \larkup WAP (WAP Markup Language — WML), que foi otimizada para telas pequenas e acessos de baixa 4.ocidade.Na Europa, o protocolo WAP funciona sobre a muito bem-sucedida infra-estrutura de Iclefonia

rat ho CiMS, corn o WAP 2,0 cxecutando sobre uma pilha de protocolo TCP/IP. A tecnologia proprietaria semelhante ao WAP em conceit° e funcionalidade, alcancou imenso sucesso no japao.

sfk.tualmente, emprcsas de telecornunicacao estao fazendo enorme investimentos na Terceira Geracao (.;) -,ern firs. (pie prove acesso a Internet em grandes areas por mein daiccnologia de comutacao de paco-

. coin velocidadcs acirna de 384 kbps [Kaaranen, 2001) [Korhonen, 20031. Sistemas 3G proveem acesso ,rata velocidade a Web e a video interativo, e devem oferecer qualidade de voz melhor do que a oferecida

poi urn telefone corn fio.

Terminal a-cabo

tritrrtet

Figura 1.11

m diagram(' esquemutico de uma rede residenciai tipica

Page 24: Rede Cap1

Redes .de wapiti- adores e a Internet

-Os primeiros sistemas. 3G. foram lancados no japao: Os investimentos volumosos dedicados a tecnolo-gia, infra-estrutura e licencas 3G levaratn muitos analistas (e investidores!) a pensar seriamente se.ela sera o grande sucesso anunciado ou se perdcra para tecnologias concorrentes como a IEEE 802.11. Ou, ainda, se as tecnologias 802.11 e 3G serao combinadas para prover acesso universal, porem heterogeneo. Ainda nao se sabe o que. vai acontecer. (Vela .1Weinstein., 20021 e o item "HistOria" na Secao 6.2). Ahordaremos detalhadamente ambas as tecnologias 802.11 c 3G no Capitulo 6.

1.4.2 Meios fisicos

Na subsecao anterior, apresentamos .uma visa() geral de algumas das mais importantes tecnologias de acesso a redcs na Internet.. A.o descrever essas tecnologias, indicamos tambem os meios fisicos utilizados por elas. For exemplo, dissemos yuc o HFC usa uma combinacao de cabo de fibra (Aka e cabo coaxial e que moden.s discados de .50 kbps e ADSL usam par de ties de cobre trancado. Dissernos tambem que redes de acesso moveis usam o espectro de radio. Nesta subsecao damosurna visdo geral desses e de outros meios de transmissao co.mumente empregados na Internet.

Para definir o que significa meio fisico, vamos pensar na curta vida de urn bit. Considere UM bit sai.ndo de urn. sistema final, transitando por uma serie de enlaces e roteadores e chegando a outro sistema final. Esse pobre bit e transmitido muitas e muitas vez.es. Primeiramente, o si.st.ema final originador tran.smite o bit, e logo em segui.da ci primeiro roteador da serie recebe-o; entao, o primeiro roteador envia-o para o segundo roteador c assist por diante. Assim, nosso bit, ao viajar da origem ao destine), passa por uma serie de pares transmisso-res--receptores, que o recebern por meio de ondas eletromagneticas ou pulsos oticos que Se propagam por urn meio fisico. Corn muitos uspectos e faunas possiveis, o meio fisico nao precisa ser obrigatoriamente do mesmo tipo para cada par transmissor-receptor ao :Ion.go do caminho. Alguns exemplos de meios fisicos sao: par de .fios de cobre trancado, cabo coaxial, cabo de fibra otica m.ultiuso, espectro de radio ter-rest re e espectro de radio por satelite. Os meios fisicoS.se enquadram em duas categorias: meios guiados e meios nao guiados. Nos meios.guiados, as ondas sao dirigidas ao longo de urn meio solid°, tad como urn cab() de fibra Otica, urn par de :hos de cobre trancado ou urn cabo coaxial. Nos m.eios nao guiados, as ondas se propagam atmosfera e no espaco, como e o caso de uma LAN sem fio ou de urn canal digital de satelit.e.

Porem, antes de examinar as caracteristicas dos varios tipos de meios, vam.os discutir urn pouco os val.ores. 0 custo real de um enlace fisico (fio de cobra, caho de fibra Otica e assim. por diante) é em geral relativainente insignificante em comparacao a outros custos da rede. Em particular, o custo da mao-de-obra de instalacao do enlace fisico pock ser varias vezes major do que o do material. Por essa razab, muitos cons-trutores instalam pares de fios trancados, fibra (idea e cabo coaxial em todas as salas de urn ediffcio. Mesmo que apenas urn dos meios seja usado inicialmente, ha uma boa probabilidade. de outro meio ser usado no futuro prOximo — portant°, poupa-se dinhciro per nao ser precis() insular fiacao adicional no futuro.

Par de fios de cobre trancado 0 meia de transmissao guiado mais harato e mais comumente usado e o par d.e fios de cobre trancado,

que vent sendo usado ha mais de cem anos nas redes de telefonia. Realmente, mais de 99 por cento da fia-ea° que cones ,:t ap2m1flos telvicanicos a centrais locais utilizam pares de fios de cobre. trancados. Quase todos nos jai Neituoa urn par dc. lies traneado em casa ou no local de trabalho: esse par con.stituido de dais fios de cobre isolados. catia inn coin aproximadamente urn mitimetro de espessura, enrolados em. espiral. Os fios sao tratKtitic) pia tviluzix interterencia eletrica de pares semelhantes que estejam prOximos. No:rmalmente, uma seric de pares e conjugada dentro de um cabo. isolando-se os pares corn hliudagem de protecao. Um par de has coastirtti utn Unico enlace d.ecomunicacao. 0 par de fins trancado scm blinda-gem (unshielded twisted pair — UTP) e comumente usado em redes de. computadores tic edificios, iStcz e, em LANs. Hoje, as taxas de transmissao de dados para as LANs de pares trancados estao dc 1.0 Mbps a 1 Gbps. As taxas de transmisoo de (Lidos que podem ser alcaneadas dependem. da bit ola do fio c da distan-cia entre tran.smissor e receptor.

Page 25: Rede Cap1

Capita 0 1 Redes de computodores e a Internet I

Quando a tecnologia da fibra Otica surgiu na d.ecada de 1980, muitos depreciaram c, par u-artodo devi.- do as suas taxas de transmissao de bits relativamente baixas. Alguns at achararn que tc, )1, Oa da fibra Otica o substituiria completamente. Mas o par trancado nao desistiu assim tao facilmentc. ,Lici na tec- nologia, tal como UTP categoria 5, pode alcancar taxas de transmissao de dados de 100 Mbps pm -;1 ,Iktan.- cias de ate algumas centenas de metros. E, em distancias mais curtas, podem ser ati.ngidas taxas a I iida res. No final, o par trancado firmou-se como a solucao dominante para LANs de alta velocidacie.

Como vimos na secao sobre redes de acesso, o par trancado tambem e comumente usado tiara ,.t& 4";'„) residencial a 'Internet. Vimos que a tecnologia do modem discado habilita taxas de acesso de attv. kbps corn pares trancados. Vimos tambem que a tecnologia DSL (linha digital de assinante) habilitou usthirios residenciais a acessar a Internet em velocidades maiores do que 6 Mbps corn pares de fios trancados (quart• do as residencias estao proximas a urn modem de ISP).

Ube coaxial Como o par trancado, o cabo coaxial é constituido de dois condutores de cobre, porem concentricos e

nao paralelos. Corn essa configuracao e isolamento e blindagem especiais, pode alcancar taxas altas de bits. Cabos coaxiais sao muito comuns em sistemas de televisao a cabo. Como ja comentamos, recentemente sis-temas de televisao a cabo foram acoplados corn modens a cabo para prover usuarios residenciais de acesso a Internet a velocidades de 1 Mbps ou mats alms. Em televisao a cabo e acesso a cabo a Internet, o trans-missor passa o sinal digital para urn ban.da de freqUencia especifica e o sinal an.alOgico rcsultante e envia-do do transmissor para urn ou mais receptores, 0 cabo coaxial pode ser utilizado como urn meio compar-tilhado guiado. Especificamente, varios sistemas finais podem ser coneciados diretam.ente ao cabo, e todos el.es recebem qualquer sinal que seja enviado pelos outros sistemas finais.

Fibras ohms A fibra Otica e urn meio delgado e flexivel que conduz pulsos de luz, sends) clue cada urn puisos

representa um bit, lima Unica fibra Otica pode suportar taxas de transmissao clevadissintas, dc ate dezena ou mesmo centenas dc gigabits por segundo. Fibras Oticas sA0 hinnies a IA: ITC:IT 110 is cletromagnetica, tem baixissima atenuacao de sinal de ate cent quilOnictros c su. Dunn) dificcis tic derivar. Essas caracteristicas fizeram da fibra Otica o meio preferid.o para a transmissao guiada de grande alcance, em particular para

. cabos submarinos..Hoje, muitas redes telefonicas de longa distain.'ia dos 'Estad.os Unidos e de outros parses usam exclusivamente fibras Micas, que tambem predominant no backbone da Internet. Contudo, o alto custo de equipam.entos Oficos — como transmissores, receptores e comutadores — vem impedindo sua uti-lizacao para transporte a curta distancia, como cm LANs ou em redes de acesso residenciais. DEC Optical, 20031 [Goralski, 20011, [Ram.asNvami, 19981 c [Mukherjee, 19971 oferceem uma revisao de varios aspectos de redes (Aka& Velocidades de enlaces Oticos podem atingir dezenas de gigabits por segundo.

Canals de radio terrestres

Canais de radio carrcgam sinais dentro do espectro eletromagnetico. Sao um meio atraente porque sua instalacao nao requer eabos fisicos, podem atravcssar Paredes, dao conectividade ao usuario =Wel e, poten-cia]mente, podem transmitir urn sinal a longas dista.ncias. As caracteristicas de urn canal de radio depen-dent significati.vamente do ambiente de propag,aeao e da distancia pela qual o sing deve ser transmitido. CondicOes ambientais detertninam perda de sinal no caminho e atenuacao par delta de sombra (que redoz a intensidade do sinal quando ele transita por distftncias longas e ao rcdor/atraves de objetos into-Imutes), atenuacao por multivias (devido a reflexao do sinal quando atinge objetos intcrfcrentes) c interrei

(devido a outros canais de radio ou a sinais eletromagneticos). Canais de radio terrestres podem ser classificados, de modo geral, em dois grupos: dc pc:xitien.i)alcan-

ce, que funcionam em locais prOximos, normalmente abrangendo de dez a algumas commas de. inct Fc s. e

os de longo alcance, que abrangem dezenas de quilOmetros. As LANS sem fin dt-.,.scrittts sec ao 1. t .1 oil-

Page 26: Rede Cap1

Redes de computaclores e a Internet

lizam canals de radio de pequeno alcance; W<: ?, i.- mode c tecnologias 3C3, tambem discutidas na Se•ilio 1.4.1,

usa.m. canals de radio de longo alcance. Para urn inventario e unia discuss to da t.ecnologia c produtos, veja

[Donlan., 2001.1„ Discutiremos canals de radio detalhadamente no Capitulo 6. ,

Canals de radio por satelite

I. satellite de comunieacao liga dois ou mais transmissores–rece.ptores de microondas baseados na

Terra, clenornioados estacoes terrestres. Ele rece.be transit-Us-saes em uma faixa de freqUencia, gem novamcn-te o sin.al usando urn repetidor (sobre o qual falaremos a seguir.) c o transmite em outra frecinencia. Satelites podem prover taxis do transmiss.ao na .faixa de gigabits por segundo. Dols tipos de swat:es sap usados para comunicacOes: satelites geoestacionarios c satelites de baixa altitude.

Os sate- In:es geoestacionarios ficam permanentemente sobre 0 mesrno higar da Terra. Essa presenca esta-cionaria e conseguld.a colocando-se o satelite em Orbita a 36 mil quilOrnetros acirna da super-fide terrestre..

VIssa enorme distancia da estacao terrestre ao satdite e de seat (anthill° de voila a estacao terrestre traz urn substancial atraso de propagacao de sinal de 250 mdissegundos. Mesmo assim, enlaces por satelite, gate podem. funcionar a velocidades de centenas de Mbps, sao frequentememe usados em redes de tcicfonia e ncr backbone da Internet.

Os satelites de haixa altitude sao posicionados muito.mais prOximos d.a Terra e nao .ficam permanente-mente sobre urn. Unico lugar. Lies giram ao rector da Terra exatamente comp a I.a.12t. Para prover cobertura continua cm deterrninada area, e precis() colocar muitos salaries em orbita. 1-loje. existent aruitos sistcnias de. comunicacao de haixa altitude ent desenvolvimento. paging Web refereme a constelacao de satelites

da [Wood, 1p991 fornece c coleta informacoes sobre esses sistemas para comunicacOes. A tecnologia de satelites de baixa altitude poderg ser utilizada para acesso a Internet no futuro.

1.5 ISPs e backbones do Internet

Vimos anteriormeme clue sistcmas finals (PCs de usuarios. PDAs, servidores Web, servidores de correio eletronico e assim por &ante) conectam-se a Internet por mein de -urna rode de acesso. Lembre-sc de Clue rede de acesso pode ser local coin ou sem hi° (por exempt°, em tuna empre.sa, escola on biblioteca) ou urn ISP residential (por e.xemplo, :COL ou MSS), alcancado por mete) de modern discado, modem -a .cabo ou DSL. Mas conectar usuarios finals c provedores.de contend° a redes de acesso e apen.as uma pequena peca do .que-bra-eabeca clue e conectar as centenas de mithOes de usuarios e centenas de milhares de rates que eompOem a Internet. A lmern.et e :uma tale de redes entender essa (rase 6 a chave para resolver csse jogo,

Na Internet publica, redes de accs.$os situadas na horda d.a Internet. 'sac) coneetadas ao rcstante segun-do tuna hierarquia de inivels de 151's, como mostra a Fit ura 1.12. Os ISPs de acesso (por exemplo. ISPs resi-den-dais, conio .AOL, c ISPs corporativos que usam LANs) estao no nivel mais haixo dessa hierarquia. No top dela esta urn trrimero relativamente -pequeno de ISPs d.enominados ISPs de nivel 1. Sob muitos aspec-tos, um ESP de nivel 1 e igual a qualquer re.de — tern enlaces e roteadores e estd conectado a outras redes.

considerando-se outros aspectos, TSPs de -nivel I sao especiais. As velocidades de setts enlaces inuitas vezes *amain 622 Mbps ou turns, tenth) os maiores ddes enlaces na faixa de 2,5 a 10 Gbps. Cotsu-quen-temente, St'US roteadarcs sAcv capazes de. tyartstnitir pacotes a tax.as extremamente alias. ESPs de nivel I Lam-bent apreSentatil as .st ,tiitite. rJraciermlica,,i

coneetam-sc /11Tc-tan t cult um dos outros ISPs de nivel 1

conectam.-se a tun gr:Indc runner° de 1SPs de nivel 2 c a °turas redes

teen cobertura.internacional.

Page 27: Rede Cap1

Capitu le 1 Rerle5 f1P, fOrlIpUlti(10f o I f]Hi

ISPs tambem sat-) conhecidos comp redes de backbone da Internet. t exemplos,

MCI. (anteriormente UUNet/WorldCom), AT&T, Leve13 (clue adquiriu o Gcnoit-c--) ,.[ Em meados de- 2002, a WorldCorn era; de longe, o major ISP de nivel I - .1-Gas

rp.rior do que seu rival mais proximo, segundo diversas medicOes de tarnanho

ri[eressante e que nenhum -grupo sanciona, oficialmente, seu status de nivel 1. Como se (IL

tiver de perguntar se e. um membro de urn grupo, provavelmente nao e.

Urn .ISP de. nivel 2 normalmente tent alcance regional ou nacional e (o que e import:Ante) con.( t:, ...H;r; a uns poucos ISPs de nivel 1 (Ver Figura 1.12).

Assirn, para aicancar uma grande parcela da Internet global, urn ISP de nivel 2 tern de dire.cionar o tra-.. •-■ por urn dos ISPs de nivel 1 corn o qual esta conectado. Urn ISP de nivel 2 é denominado urn cliente

de nivel 1 corn o qual esta conectado, que, por sua vez, e denominado provedor de seu cliente. iritas. cm.presas de grande porte e instituicOes conectam suas redes corporativas diretamente a urn prove-

dc nivel 1 ou 2, tornando-se, desse modo, cliente daquele ISP. 0 provedor ISP cobra uma tarifa de seu que normalmente depende da taxa de transmissao do enlace que interliga ambos. Uma rede de nivel

farnhein pode preferir conectar-se diretamente a outras redes de mesmo nivel, caso em que e trafego pode •ntre as duas sem ter de passar por uma rede de nivel 1. Abaixo dos ISPs de nivel 2 estao os de niveis

que se conectam a Internet por meio de urn ou mais ISPs de nivel 2 e, na parte mais baixa da estao os ISPs de acesso. Para complicar ainda mais as coisas, alguns provedores de nivel 1 tarn-

provedores de nivel 2 (isto .e, i.ntegrados verticalmente) e vendem acesso para Internet diretamen-.1 itsuarios finals e provedores de contend°, bem corno os ISPs de niveis mais baixos. Quando dois ISPs

ligados d.iretarnente urn an outro sao denorninados pares (peers) urn do outro. Um estudo interessan-Hubramanian, 20021 procura clefinir mais exatamente a estrutura cm niveis da Internet estudando sua ,ologia cm termos de relacionamentos cliente-provedor e entre parceiros (peer-peer).

igura 1.12 Interconextio de ISPs

Page 28: Rede Cap1

Reties de computadores e a Internet

Demur da rede de urn :ESP, os pontos em clue ele se conecta a outros ISPs (seja aboixo acima ou inesmo nivel na hierarquia) sao conhecitios come pontos de presenca (points of presence — POPs). U POP e simplesmente um grupo de um ou mais roteadores na rede do ESP corn os guars roteadores:em outs ISPs, ou cm redes pertencentes a climes do IS P, podem se collector. Urn provedor de nivel 1 normalmen tern muitos POPs espalh.ados por diterentes localidad.es geograficas ern sua rede e varias redes clicntes outros ISPs iigad.os a coda POP Para se conectar ao POP de um provedor, uma rede cliente normalmen aluga urn enlace de alto velocidade de urn provedor de telecomunicacees de terceiros c conecta urn de set roteadores diretamente a um roteador no POP do provedor. Dols ISPs de nivel 1 tambem podem format u par conectando urn par dc POPs, coda urn provenicnte de urn dos dois ISPs. Akin disso, dois ISPs pode ter varios pontos de emparelh.amento cone.ciando-se urn ao outro em dots ou mais de pares de POPs.

Alem de se conectarem entre si cm pontos privados de formacao de par, ISPs muitas vezes se interc, nectam cm Pontos de Acesso de Rede (Network Access Points — NAPs), podendo cada um deles ser co: trolado e operado por alguma empresa privada de telecomunicacees ou per um provedor de backbone Internet. Os NAPs trocam enormes volumes de tnifego entre muitos ISPs. Contudo, e cada vcz major nUmero de ISPs dc nivel 1 que evitam os NA Ps e intereonectam-se diretamente em pontos privados ( emparelharnento [Mende, 2000i. A tenancia indica quo I.SPs de nivel. 1 fora° interconcxao entre si diret moue cm pontos privados de conparelhamento e que ISPs de nivel 2 fafa0 intereenexilo corn outros ISPs nivel 2 c de nivel. I cm NAPS. Como retransmitem e trocam volumes enorrnes cic trafego, os NAPs sao, Si, redes de commacao corn.plexas de alto velocidade, muitas vezes concentradas em urn On ice local.

Rcsumind.o, a topologia do Internet e complexa, consist tilde em dezenas de ISPs de elvers 1 c 2 e milh res de ISPs de niveis mais baixos. A cobertura dos ISPs c bastante diversificada: alguns abrangem. varies col tinentes c oceanos e outros se linutam a pequenas regress. do !nuncio. Os ISPs de niveis mais haixos cone tam-sc a ISPs de niveis mais altos c estes (normalmente) se interconectam on pontos privados ( emparelbamento c NAPs: Usuarios e provedores de contend() silo clientes de ISPs de Myers mais haixos cstes sao climes de ISPs do niveis mais altos.

Concluimos esta secOo m.encionando (Inc qualquer urn de nos pode se tornar urn ISP de acesso too 1c4 tenhamos uma conexao corn a Internet. Basta counprar o equipamento necessgrio (por (Ample, roteador banco de modens) para quo outros usuorios se conectem conosco. Desse mode, novos niveis e ramificacOt podem ser adi.cionados a topologia do Internet exatamente como uma nova pec.inha pode ser encaixada uma estrutura montada corn Lego.

1.6 Atraso e perdu em redes de committed° de prates gora quo ja consideramos resumidamente OS comnonentes mais importantes da arquitetura C

Interrwt ,-.istctmc-; Timis , protocolos do transports roteadores c enlaces —, vain( examinar o clue podc ,tconteccr corn urn pacote enquanto ele transita do origin] a() destine. Lembre-se que urn pacot( conreco ale tint ,:istomo final (a origcm), Passel pot uma seric de roteadores f. termina Suit la nada cm urn °tufo 515101110 final 1.0 destino). Quando urn pacote viaja do .um ne (s stoma Filial on rot ado 00 th5 subscgitoritc (sistc it Toreador), sofre. ao long° Besse can-nut:1o. diver-sus dipos atraso coda no existents no cominbo. Os; mars importamcs doles sao o atraso de processamento nodal, o atras de fila, o atraso de transmissao L o atraso de propagacao; juntos, dos se acumtdam para Formal- 0 atr, so nodal total. Para cntender a 'undo a comutacao de pacotes recics do computadorcs, e precis° enter der a natureza c a itnportancia i;.tsos,

1.6.1 Tipos de atraso

Vamps examinar esses atrasos rio contexto da Figura 1.13. Como pane de sua rota firn-a-fim. entre or gem c destine, urn pacote enviado do no anterior pot mein do roteador A ate o roteador B. Nossa meta caracterizar o otiose nodal no roteador A. Note que este tern urn enlace do saida que leva ao roteador B. Ess

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Redes de computadores e a Internet

Dentro da rode de urn iSP, us pontos em que ele se conecta a outros ISPs (seja abaixo,•acima ou no mesmo nivel na hierarquia) sae) •conhecidos como pontos de presenca (points of pi-csen.ce — POPs). Urn

POP O simplesmente urn grupo de urn on m.ai.s roteadores na redo do ISP corn os quais roteadores em outros ISPs, ou em redcs pertencentes a clientes do ISP, podem se conectar. Urn provedor de nivel 1 normalmente tern muitos POPs espalhaclos por diferentes localiclades geograficas em sua rode e varias redes clientes e outros ISPs ligados a cada POE Para se conectar au POP de urn provedor, uma rede cliente normalmente aluga urn enlace de alta velocidade de urn provedor de telecomunicacoes de terceiros e conecta urn de seus roteadores diretameme a urn roteador no POP do provedor. Doi.s TSPs de nivel 1 tambern podem formar urn par coneetando urn par de POPs, cada urn proveniente de urn dos dois ISPs. Alem disso, dois ISPs podem ter varios pontos de emparelhamento conectando-se urn ao outro cm dois ou mais de pares de POPs.

Alem de se conectarem entre si cm pontos privados de formacao de par, ISPs muitas vezes se interco-

nectam em Pontos de Acesso de Rede (Network Access Points — NAPs), podendo cada urn deles ser con-trolado c operado por algu.ma empresa privada de telecomunicacbes ou por urn provedor de backbone de Internet. Os NAP.s t rocam cnormes volumes de trafego entre muitos ISPs. Contudo, e cada vez major o ntimero de ISPs de nivel 1 quo evitam os NAPs e intereoneetam-se diretamente em pontos privados de emparelhamento [Kende, 2000].. A tendencia indica quo ISPs de nivel I fanio interconexao entre si direta-mente em pont.os privados de emparelhamento c que ISPs de nivel 2 farao intereonexao corn outros ISPs de nivel 2 e de nivel I. em NAPs. Como retransmitem e trocam volumes enortn.es de trafego, os NAPs sao, em si, redes do comutacao complex.as de aim velocidade, tritritas vezes concentradas em um Unico local.

Resumindo, a topologia da Internet e complexa, consistinclo em d.ezenas do ISPs do niveis I e 2 e milh.a-res de 1SPs do niveis mais baixos. A cobertura dos :1SPs e bastante diversificada; alguns abrangem varios con-tinentes c oceanos c outros se limitam a pequenas regines do mundo. Os ISPs de niveis mais baixos (-once-tarn-se a 1SPs de niveis mais altos c estes (normalmente) se interconectam em pontos privados de empardhamento c NAPs. Usuarios c provedorcs de contend° sao clientes de. ISPs de niveis mais baixos e estes sac) clientes de fSPs de niveis mais altos.

Concluimos esta seeao mencionando que qualquer urn de nos pode se tornar um ISP de acesso tao logo tenhamos uma conexao coin a Internet. Basta comprar o equipamento necessario (por exemplo, roteador e banco de inodens) para due outros usuarios se conectem conosco. Desse modo, novos niveis e ramificacaes podem ser adicionados a topologia da Internet exatarnente como uma nova pecinha pode ser encaixada em uma estrutura montada corn Lego.

1.6 Atraso e perdu em redes de comatacao de pacotes Agora que jc consideramos resumidamente os componentes mais import antes da arquitetura da

Internet --- aplicacbes, sistemas finals, protocolos de transporte firn-a-fim, roteadores e enlaces —, vamos exam inar o quo pode acontecer corn urn pacote enquanto de transita da origenr ao destino. Lembre-se de quo urn pacote COMeca cm urn sistema final (a origem), passa por tuna serie de roteadores e termina sua jor-nada em uric outro sistema final (o destino). Quando urn pacote viaja do urn no (sistema final ou roteador) ao nO subseqrtente (sistema final ou roteador), sofre, ac7 longs) desse eaminho, cliversos tipos de atraso em cada n.o eNistonto no caminho. Os :mais importantes doles sao o atraso de processam.ento nodal, o atraso de fila , o atraso de transmissao e o atraso de propagacito; j a mos, des se acumulam para formar o atra-so nodal total. Para entendcr a (undo a comutacao do pacotes e rules de computadores, precis() alien-der a natureza e a imporran(La desses atrasos.

1.6.1 Tipos de atraso

Vamos cxaminar essos aims, o, context° da Figura 1.13. Como parte de sua .rota fit.na-firn entre ori- gem e d.estino, urn pacote r. criviado do no anterior por meio do roteador A ate o roteador B. Nossa meta e caracterizar o aims() nodal no roteador A. Note quo este tern UM. enlace de saida quo leva ao roteador B. Esse

Page 30: Rede Cap1

Propittt-tt,,

Processarn n o Fila T ansmissZo nodal (esperando

por transmissao

Capitulo 1 Redes de computadores e a Internet

e precedido de uma fila (tambem conhecida como buffer). Quando o pacote .t, It . it lo do no anterior, o roteador examina o cabecalho do pacote para determinar o €1.113tAs

entao o direciona ao enlace. Nesse exemplo, o enlace de saida para o pacific e o title .to t‘ in pacote pode ser transmitido por urn enlace somente se nao houver nenhum outro pacot l , 11-111, ,

lutt ido por ele e se nao houver outros pacotes a sua frente na fila. Se o enlace estiver ocupado, on coin ct,pera, o pacote recem-chegado entrara na fila.

Atraso de processamento

0 tempo requerido para examinar o cabecalho do pacote e determinar para onde direciona-lo e parte do atraso de processamento, que pode tambem incluir outros fatores, coma o tempo necessario para veri-II, r os erros em bits existentes no pacote que ocorreram durante a transmissao dos bits desde ono ante-rior ao roteador A. Atrasos de processamento em roteadores de alta velocidade normalmente sao da ordem I,• inicrossegundos, ou menos. Depois desse processamento nodal, o roteador direciona o pacote a fila que

1 , i ct..cde o enlace com o roteador B. (No Capitulo 4, estudaremas os detalhes de operacao de urn roteador.)

Atm° de lila O pacote sofre um atraso de fila enquanto espera para ser transmitido no enlace. 0 tamanho desse

,tso para urn pacote especifico dependera da quantidade de outros pacotes que chegarem antes e que jA Htvcre m na fila esperando pela transmissao. Se a fila estiver vazia, e nenhum outro pacote estiver sendo

ii.insinitido tiaquele momento, entao o tempo de atraso de fila de nosso pacote sera zero. Por outro lado, se tralego estiver pesado e houver muitos pacotes tambem esperando para ser transmitidos, o atraso de fila

, it ra largo. Em breve, veremos que o anmero de pacotes que urn determinado pacote provavelmente encon-t .rara ao chegar e uma funcao da intensidade e da natureza do trafego que esta chegando a fila. Na pratica,

[;ksos de fila podem ser da ordem de micro a milissegundos.

Wag) de transmissoo

Admitindo-se que pacotes sao transmitidos segundo a estrategia de "o primeiro a chegar sera o primei-n) a ser processado-, como é COITIL1111 em cedes de cornutacao de pacotes, nosso pacote somente podera ser ilansmitido depois que todos aqueles que chegaram antes tenham sido enviados. Denominemos o tamanho

pacote como L bits e a velocidade de transmissao do enlace do roteador A ao roteador B como R bits/s. A velocidade R é determinada pela velocidade de transmissao do enlace ao roteador B. Por exemplo, para

enlace Ethernet de 10 Mbps, a velocidade é R = 10 Mbps; para urn enlace Ethernet de 100 Mbps, a velo-(*little e R = 100 Mbps. 0 atraso de transmissao (tambem denominado atraso de armazenamento e reen-

io, coma discutimos na Seca() 1.3) e L/R. Esta e a quantidade de tempo requerida para empurrar (isto transmitir) todos os bits do pacote para o enlace. Na pratica, atrasos de transmissao sao comumente da :.trtletn de micro a milissegundos,

igura 1.13 0 atraso nodal no roteador A

Page 31: Rede Cap1

Redes de (omputadores e a Internet

Atraso de propagacao

Assim que e lanead.ono enlace. urn bit preeisa. se propagar ate o rotead.or B. 0 tempo necessario para propagar o bit. desde. o Micro do enlace Mk' roteador 13 e o atraso de propagacao. 0 bit se propaga a velo-cidade de propagacao do enlace, a qual depende do meio fisico do enlace (isto e, fibra Mica, par de fios de cobrc tranc.ado c assim por diantt' e esla rya faixa de

2 • 108 m/s a 3 • 108 m/s,

que e igual a velocidade da luz., ott um pouco Tenor. 0 atraso de propagacao e a distancia entre dois rotea-dores dividida pela velocidade de propagacao. 1st° e, o atraso de propagacao e d/s, onde d 6 a distancia entre o roteador A e o roteador. 13 e s e a velocidade de propagacao do enlace. Assim que o Ultimo bit do pacote se propagar ate o B, elk e todos os outros bits precedentes do pacote serao armazenados no roteador )3. Entao, o process° int eiro continua; agora corn o roteador B executando a retransmissao. Em redes WAN, os atrasos de propagacao site da ordem. de milissegundos.

Comparack entre ntrasos de transmissao e de propagacao Os principiantes na area de redes dc computadores as vezes tem. dificuldadc para entender a diferenca

entre atraso de transmissao e atraso de propagacdo. A diferenca e sail, mas importante. 0 atraso de trans-missao e a quantidade de tempo requerida para o roteador empurrar o pacote para fora; e uma funcao do comprimento do pacote e da taxa de transmissao do enlace, mas nada tern a ver corn a distancia entre os dois roteadores. Cl atraso de propagacao, por outro lade, e o tempo que leva para um bit se propagar de urn roteador ate .o se.guinte; e uma funeao da clistancia entre os dois roteadores, mas nada tem a v.er corn o corn-primento do pacote on corn a taxa de transmissao do enlace.

Podemos esclarecer melhor as nocOcs de atrasos de transmissao e de propagacao corn uma analogia. ConSiderf: Unlit rodovia que tenha urn poste de pedagio a cada 100 quilometros. Imagine que os trechos da rodovia entre os postos de pedagio sejam enlaces e que os postos de pedagio sejam roteadores. Suponha que os cantos traleguem (isto e, se propaguem) pela rodovia a uma velocidade de 100 km/h (isto e, quando o cam) sai die urn posto de pedagio, acelera instamaneamente al(' 100 km/h e mantern essa velocidade entre os dots postos de pedagio?. Agora. suponha que dez carros viajern em comboio, u11t atras do outro, em ordem fixa. Imagine que cada carro seja um bit e que o comboio seja urn pacote. Suponha ainda que cada poste de pedagio libere (isto c, transmita) urn carte a cada 12 segundos, que seja tarde da noite e que os carros do comboio sejam os Unicos na estrada. Por fim, suponha gut!, ao chcgar a urn posto de pedagio, o primeiro cam) do comboio aguarde na estrada ate que os outros :now cheguem c formetn uma fila atras dole. (Assim. o .comboio inteiro Cleve ser 'armazenado' no poste de pedagio antes de comecar a ser creenviado'.) 0 tempo necessario para que todo o comboio passe polo posto de pedagio e voile a estrada e de (10 carros)/(5 earrostminuto) = 2 minutos. Esse tempo e analog° ao atraso de transmissao em urn rotea-dor. 0 tempo necessario pat-a um carro trafegar da saida de urn posto de pedagio ate o proximo posto de pedagio e de (100 km)/( 100 km/h.) = 1 Nora. Esse tempo e analogo ao atraso de propagacao. Portanto, o tempo decorrido entre o instante cm que o comboio c :armazenado' em frente a urn posto de pedagio ate o instante em qu.e e 'armazenado. ern :Irente ao scguintc C a soma do atraso de transmissao .e do atraso de pro-pagacao — nesse exempt°, 62 minutes.

\lames ex-plarar urn pouco mats essa analogia. 0 que aconteceria se o tempo de liberacao do comboio no poste de pedagio fosse major do clue o tempo que urn carro leva para trafegar entre dois postos? Por exemplo, suponha clue os carros trafeguem a ulna velocidade de 1.000 kmlh e que o pedagio libere urn carro por minuto. Enttio, o atraso de tralego entre dois postos de pedagio d.c 6 m.inutos e o tempo de liberacao do comboio no posto de pedagio c de 10 minutos. Nesse caso, os primeiros carros do comboio chegarao ao segundo posto de pedagio antes que os carros saiam do primeiro posto. Essa situacdo tamhem aeon-

Page 32: Rede Cap1

Capitu'o 1 Redes de computadores e a Internet

ern redes de comutacao de pacotes — os primeiros bits de urn pacote pock!'" JtCc.",t1 1:11-11

maims dos remanescentes ainda estao esperando para ser transmitidos pet° tot k-;1,1 11 pi

Se darts dhu, d„.;,„e prop foram, respectivamente, as atrasos de -processamento, de lila, tie if tO

dc propagacao, entao o atraso nodal total e. dado par:

dflodal dproc dtila d dprop

ontribuigao desses componentes do atraso pode variar significativamente. Por exemplo, dp„,p pod(' set it>`prezi.z el (por exemplo, dois iriicrossegundos) para urn enlace que conecta dois roteadores no nicsmo foapas universitario; contudo, e de centenas de milissegundos para dois roteadores interconectados pot. urn cilace de satelite geoestacionario e pode ser o termo dominante no d.„„di. De maneira semelhante, d„.,,„.,

1 ,41e variar de desprezivel a significativo. Sua contribuicao normalmente e desprezivel para velocidades de I tansmissa."o de 10 NIbps e mais alias (por exemplo, em LANs); contudo, pode ser de centenas de milisse-

nclos para grandes pacotes de Internet enviados por enlaces de modens discados de baixa velocidade. 0 .11taso de processamento, d proc, e quase sempre desprezivel; no entanto, tern forte influencia sobre a produ-tiviclacle maxima de urn roteador, que e a velocidade maxima corn que ele pode encaminhar pacotes.

1.6.2 Atraso de lila e perdu de pacote

0 mais complicado c interessante componente do atraso nodal e o atraso de fila, diira. Realmente, o atra--,o de fila e tao importante e interessante em redes de computadores que milhares de artigos e numerosos !Evros ja foram escritos sobre ele 113ertsekas, 1991; Daigle, 1991; Kleinrock, 1975, 1976; Ross, 19951. Neste

faremos apenas urna discussao intuitiva, de nivel avancado, sobre o atraso de lila; o leitor mais curio-'ti pock consulter alguns dos livros citados (ou ate mesmo escrever uma tese sobre o assunto!). Diferentemente dos tres outros atrasos (a saber, dp,, d,a,„ e dp,p), o atraso de fila pode variar de pacote a pacote. Pot exemplo, se dez pacotes chegarem a uma fila vazia ao mesmo tempo, o primeiro pacote trans-► itid° nao sotrerd nenhum atraso, ao passo que o ultimo pacote sofrera urn atraso relativamente grande

(enquanto espera .que os outros nove pacotes sejam transmitidos). Por conseguinte, para se caracterizar urn atraso de fila, normalmente sao utilizadas medicetes estatisticas, tais como atraso de fila medio e variancia do atraso de fila, e a probabilidade de ele exceder urn valor especificado.

Quando o atraso de fila e grande ou insignificante? A resposta a essa pergunta depende da velocidade de transmissao do enlace, da taxa corn que o trafego chega a lila e de sua natureza, isto e, se chega intermiten- temente, em rajadas. Para .entendermos melhor, vamos adotar a para representar a taxa media corn que os pacotes chcgarn a fila (a e medida em pacotes/segundo). Lembre-se de que R e a taxa de transmissao, isto e,

ta:xa (em hits/segundo) corn que os bits sao retirados da fila. Suponha tambem, para simphficar, que todos pacotes tenham L bits. Entao, a taxa media corn que os bits chegam a fila e La bits/s. Por firn, imagine que

;:t fila seja muito longa, de modo que, essencialmente, possa conter urn numero infinito de bits. A razao La/R, ctenominacla intensidade de trafego, frequentemente desempenha twit impel importante na estimativa do tainanito do atraso de fila. Se La/R > 1, entao a velocidade media corn que os bits chegam fil.a exec-dent a velocidade corlt. que eks podem ser transmitidos para fora da fila. essa desast rosa, .a like 1.(Siti.Cril

aumentar sem limite e o atraso de fila tendera ao infinito! For conseguinte. tuna das regras auto da ■IL('- rtharia de trafego projete seu sisterna de modo que a intensidade de trojego nu-10 j(I Lie 4(LIA-. .

Agora, considere o caso em que La/R e 5- a 1. Aqui, a natureza do irali:•go infittenckt 0 :0 de tik Pot exemplo, se pacotes cltcgarcm periodicamente — isto e, se chegar Gni -Ncote a coda .--,cguntlir, • -

n tao todos os pacotes chegarao a uma file vazia e nao haves atraso. I .lor mom ladt.), se imcotes clieg;11- ern em rajadas, Inas periodicamente, podera haver urn significativo atraso de lila mcd.io. Por exemplo, supot lie que N pacotes cheguem ao mesmo tempo a c.ada (.UR)N segundos. Entao, o primeiro pacote transmitido tido sofrera atraso de fila; o segundo pacote transmitido term urn atraso de lila de UR segundos e, de mod()

Page 33: Rede Cap1

Redes de computadores e a Internet

mais geral, o enesimo pacote transmitido tern um atraso de fila de (n — 1)IJR segundos. Deixamos como exercicio para o tenor o calculo do atraso de lila meclio para esse exemplo.

Os doi.s exernplos de chcgadas periOdicas que acabatnos de descrever sao urn tanto academicos. Na rea-lidade, o processo de chegada a uma fila ('! aleatorio — isto e, nao segue urn padrao e os intervalos de tempo entre os pacotes sao ao acaso. Nessa hipotcse mais realista, a quantidade La/R normalmente nao e suficien-te para caracterizar por completo a estattstica do atraso. Nao obstante, é tail para entender intuitivamente a extensao do atraso de fila. Em particular. se a intensidade de trafego for prOxima de zero, entao as chega-das de pacotes sera() poucas c bens espacadas e 6 improvaVel que urn pacote que esteja chegando encontre outro na fila. Consequentemente, o atraso de. fila medio sera prOximo de zero. Por outro lado, quando a intensidade de trafego for prl.witria de 1, havera intervalos de tempo em que a velocidade de chegada exce-dera a capacidade de transmissao (devido as chegada em rajadas) e uma fila sera formada. A medida que a intensidade - de trafego se aproxima de 1, o comprimen to medio da fila flea cada vez major. A dependencia qualitative entre o atraso de lila medio c a intensidade de trafego 6 mostrada na Figura 1.14.

Urn aspect() irnportante a observar na Figura 1.1.4 c que, quando a intensidade de trafego se aproxima de 1, o atraso de fila medio aumenta rapidamente. Uma pequena porcentagem de aumento na intensidade resulta em urn aumento muito major no atraso, em termos de porcentagem. Talvez ja tenha percebido esse fen-Omen° na estrada. Se voce dirige regularmcrac por uma estrada que normalmente esta congestionada, o fato de ela estar sempre assim significa que a intensidade de trafego é proxi.ma de 1. Se algum event° cau-sar um trafego ligeirarnente major do que o usual, as demoras que voce sofrera poderao ser enormes.

Perdu de pack cliscussao anterior, adrnitimos que a lila e capaz de conter urn Milner° infinito de pacotes. Na rea-

lidade, a capacidade do fi.la que precede um enlace e finita, embora a sua formacao dependa bastante do pro-jeto c do custo do comutador. Como a capacidade do ilea e finite , na verdade os atrasos de pacote nao se aproxirnam do infinito quando a intensidade cic trafego se aproxima de 1. 0 que realmente acontece e que urn pacote pode chegar e cneontrar uma fila cheia. Sem espaco disponivel para armazena-lo, o roteador des-

eartara esse pacote; is[o c , de sera perdido. Do ponto de vista de urn sisterna final, o pacote foi transmiti-do para o aUcleo da rede, mas sem nunca ter emergido dole no destino. A fracao de pacotes perdidos aumen-ta corn o aumento da intensidade de trafego. Pc.)r conseguinte, o desempenho em urn n6 e freqUentemente medido nao apenas em termos de atraso, mas tambern em termos da probabilidade de perda de pacotes. Como discutirernos nos capitulos subsequentes, urn pacote perdido pode ser retransmitido fim-a-fim, seja pela aplicacao, seja pelo protocolo de camada de transporte.

La/R

Figura 1.14 Dependencia entre atraso de file media e intensidade de trafego

Page 34: Rede Cap1

Capital° 1 Redes de computadores e a Internet

Aftlym fim-a-fim o moment(), nossa discussao focalizou o atraso nodal, into 6, o atraso cm urn ttn..co rot,-:1dor.

essa discussao considerando brevemente o atraso da origem ao destino. Para tsutentlt, i - suponha que haja N — 1 roteadores entre a maquina de origem e a maquina de destino,

que a rede nao esteja congestionada (e, portanto, os atrasos de Ma sejam despreziveis), que t)

processamento em cada roteador e na maquina de origem seja , que a taxa de transmissao (I ncfrr

afoot roteador e da maquina de origem seja R bits/s e que o atraso de propagacao em cada enlac• seja ()s atrasos nodais se acumulam e resultam em urn atraso fire-a-fim

dfim-a-fim = N (dproc dtrans dpr p)

tr,it., inais uma vez, d trans = 1/R e L e o tamanho do pacote. Convidamos voce a generalizar essa formula caso de atrasos heterogeneos nos nos e para o caso de um atraso de fila medio em cada

1.6.3 Atraso e rotas no Internet

• perceber o que e realmente o atraso em uma rede- de computadores, podemos utilizar oTraceroute, rr,,);2,raina de diagnOstico que pode ser. executado em qualquer maquina da Internet. Quando o usuario

twcifica urn nome de hospedeiro de destino, o programa no hospedeiro de origem envia varios pacotes espe- kus em direcao aquele destino. Ao seguir seu caminho ate o destino, esses pacotes passam por uma serie

roteadores. Urn deles recebe um desses pacotes especiais e envia uma curta mensagem a origem. Essa r«a gem contem o norne e o endereco do roteador.

ivi.ais especificamente, suponha que haja N — 1 roteadores entre a origem e o destino. Entao, a fonte tara N pacotes especiais a rede e cada urn deles estara enderecado ao destino final. Esses N pacotes espe

Hots serao marcados de 1 a N, sendo a marca do primeiro pacote 1 e a do Ultimo, N. Assim (11.1t• o ettSitilf)

recebe o enesimo pacote com a marca N, nao envia o pacote a seu destino, in.as tana men$ag,cm origem. Quando o hospedeiro de destino recebe o pacote N, tambem envia tuna mensagent a origeni, que

rstra o tempo transcorrido entre o envio de urn pacote e o recebimento da ine.nageni de retorno corn's-.,,tidente. A origem registra tambem o nome e o endereco do roteador (oft d.o hospedeiro de destino) que

teto•na a mensagem. Dessa maneira, a origem pode reconstruir a rota tornada pelos pacotes que vao da ao destino e pode determinar os atrasos de ida e volta para todos os roteadores intervenientes. Na pra- o programa Traceroute repete o processo que acabamos de descrever tres vezes, de modo que a fonte

cuvia, na verdade, 3 • N pacotes ao destino. 0 RFC 139:3 descreve detalhadamente o Traceroute. Ei.s um. exemplo de resultado do programa Trac.eroute, no qual a rota tracada is do hospedeiro de ori-

mt gaia.cs.umass.edu (na Universidade de Massachusetts) ate cis.polyedu (na Polytechnic University no Brooklyn). 0 resultado tem seis colunas: a primeira coluna e o valor n descrito acima, isto e, o nUmero do roteador ao long() da rota; a segunda coluna e o nome do roteador; a terceira coluna e o endereco do rotea-dor (na forma xxx.xxx.xxx.xxx); as Oltimas tres colunas sao os atrasos de ida e volta para tres tentativas. Se a (t)nre reccber menus do que tres mensagens de qualquer roteador determinado (devido a perda de pace-

rede), o Traceroute coloca urn asterisco logo apOs o nUmero do roteador e registra menos do que Efts wrnpos de duracao de viagens de ida e volta para aquele roteador.

1 cs-gw (128.119.240.254) 1.009 ms 0.899 ms 0.993 ms

2 128,119,3.154 (128.119.3.154) 0.931 ms 0.441 ms 0.651 ms

3 tor'2E-t4-rt-gi-1-3.gw.umass.edu (128.119.2.194) 1.032 ms 0.484 ms 0.451 ms

4 acrl-ge-2-1-0.Boston.cw.net (208.172.51.129) 10.006 ms 8.150 ms 8.460 ms

5 agr4-loopback.NewYork.cw.net (206.24.194.104) 12.272 ms 14.344 ms 13.267 ms

6 acr2-loopback.NewYork.cw.net (206.24.194.62) 13.225 ms 12.292 ms 12.148 ms

Page 35: Rede Cap1

Ruler, de campufadores e a Internet

7 pos10-2.core2.NewYorkl.Leve13.net (209.244.160.133) 12.218 ms 11.823 ms 11.793 ms

8 gige9-1-52.hsipaccessi,NewYork1.Leve13.net (64.159.17.39) 13.081 ms 11.556 ms 13.297

9 p0-0.polyu.bbnplanet,,net (4.25.109.122) 12.716 ms 13.052 ms 12.786 ms

10 cis.poly.edu (128.238.32.126) 14.080 ms 13.035 ms 12.802 ms

No ex.emplo anterior ha nove roteadores entre. a origcrn e o destino. Quase todos eles tem urn norm todos tem endereco. Por exemplo, o nome do Roteador 3 e bcrder4 - rt - g -1-3. gw uma s s .edu e s

endereco e 128.119.2.194, Examinando Os. dados apresentados para esse roteador, verificamos que na p nicira das tres tentativas, o atraso de. ida e volta entre a origem e o roteador foi de 1,03 milissegundos. atrasos para as dual tentativas subsequentes foram 0,48 e -0,45 milissegundos e incluem todos os atra5 clue acabamos de diseutir, ou stja, atrasos de transmissao, de propagacao, de processamento do roteado: de fila. Como o atraso etc lila varia corn o tempo, o atraso de ida r volta do pacote it enviado a urn rotead n na verdade pock ser major do quc o do pacote n+1 enviaclo ac) Toreador n+1. Realinente, observe exemplo que, aparentemente, os atrasos regi.strados para o Roteador 6 sao maiores do que os atrasos veri eados Rotcador 7. Note clue isso r. urn erro do processo de medicao qualquer pacote que vg para Roteador 7 dove neeessariamente passar atraves do Roteador 6.

Voce quer experimental- o "Iraceroute por cont.a prOpria? Recomendamos m ittitU quc visite U site f Lt p: www . t que prove tuna interface Web para -tuna extensa Ii to de fonres para tracar rotas. Eseof tuna fonte, forneea 0 -rime de hospcdciro para qualquer cleslino c o programa Traceroute farm todo o trabalf

Camadas de protocolo eseusmodelosdeservico Ate aqui. nossa discussao den. cm.stTon que a Internet e um sistema extronamente coinplicado e que pc

sui muitos componentes: ionmeras aplicacOes protocolus, varios tipos de sistemas finals e conex6es ern cies, roteadores. akin de varios tipos de mcios fisicos de enlace. Dada essa enorme complexidade, ha alg ma esperanca de organizar a arquitetura de rede ou, ao menos, nossa discussilo sobre ela? Felizmente, a re post:( a ambas as perguntas e sirn.

1.7.1 Arquitetura de camadas

Ames de tentarmos organizar nosso raciocinto sobre a arquitetura da Internet, vamos procurar un analogia lutmana, Na verdade, lidamias cora sistemas complexos o tempo todo em nosso dia-a-dia. Imagn

p•di.Y.,e clue voce'. ess por eNC1111)10, o sistema de uma companhia aerea. Como 'CO, erazontratia e-,dattuta irate cicscrc\ . v iSt CM a COM X 0 (.111C 1C agendas de emissao d.c passagen pc.ssoal pat f.bareat al k!,,),)!:111 pi.ua 115ai —m) pone( de c.mbarque., photos. aviees, controle tralego aer( C Harn(11:11 arronavt-s? t. 11.1. mock de dc.'scre'ver csse sistema poderia scr apr senrar a reiat.:, H- reLtliza tort (pc outr(s realizam para voce) quando voa

mal empress ccq.11prA ; cm, t.kspacir malas, dirigc-se ao portho de embarque e. fina Dunne. entra ia!‘ ii.)ta 015 '..t.11 (leStint). ApOS a aterrissagcm, wee desemban no porta() designaehy 11.,q n tot voce reclama na agencia qua the vends' a passagem naistrado no Figura 1.15.

podemos notar Ann coni reties de computadores: voce esig send° desoac:hado ct

origem ao destino pcia aerea; 1.un 1,Jeute 0 ciLvachado eLi maquina de origem maquina de de; Lino no Internet. Mas c7ssa tiao exatametdt..., ,i.tialogia tate buscanius. Estamos tentancio -1Contrara

estrunt, ?la F igura 1.15. Observ,iHdo at figura, not.nos due ha uma funcao referentc Fi passageni fill cap ponta; ha tarnbem unto lunch h,aat,,cill pars iial que ja apresentaram al passogem c tuna iunca de portao de embarque patT (.lilt lei ',.ipfcscritaram a passagem C despacharam a bagagetri. Pan

passageiros que lit pass .ram paio porta() de embarque tisto aquelcs gut- apresentarani a passagem, de! pacharanu a Da,,2, ,,C1-11. c passaram poriao), ha uma funcao dc ileeolagem e de aterrissagem e', ((((!'ante

Page 36: Rede Cap1

34 Redes de temputadores e a nternet

7 pos10-2.core2.NewYorkl.Leve13.net (2.

8 gige9-1-52.hsipaccessl.NewYork1.Lev,1

9 p0-0.polyu.bbnplanet.net (4.25.1'

10 cis.poly.edu (128.238.32.126)

..)0.133) 12.218 ms 11.823 ms 11.793 ms

(64.159.17.39) 13.081 ms 11.556 ms 13.297 ms

'2.716 ms 13.052 ms 12.786 ms

ms 13.035 ms 12,802 ms

No exernplo anterior ha nova roteadores entre a origem e o destino. Quase todos eles tern urn nome e todos tem endereco. Por exempt°, 0 'tonic do Roteador 3 e borth°r4- rt-gi -1 -3. gw amass .edu e seu endereco e 128 . 119 . 2 19.1. Exalt" inando os dados apresentados para esse roteador, verificamos que na pri-meira das tres tentativas. o a1rust) dr ida c volta entre a origem e o roteador foi de 1,03 milissegundos, Os atrasos para as duas tat-mita-as subseqUentes foram 0,48 e 0,45 milissegundos e incluem todos os atrasos que acabamos de discluir, oil atrasos de transmissao, de propagacao, de processamento do roteador e de lila, Como o atraso cl Ida \Aria corn o tempo, o atraso de ida e volta do pacote n enviado a urn roteador n na verdade podc tier major do que o do pacote n+ 1 enviado ao roteador n+1. Realmente, observe no exemplo quc, aparantomcnte, os atrasos registrados para o Roteador 6 sao maiores do que os atrasos verifi-cados no Roteador 7. Note quc isso e. um erro do processo de medicao qualquer pacote que va para o Roteador 7 deve nucc-6;_trialvieute passar atravas do Rotcador 6.

Voca quer experimentar o Thaceroute por coma prOpria? Reconie.ndamos mato que visite o site htt p: r d r0 i 1, que prove uma interlace Web para uma cxten.sa lista de fontes para tra•ar rotas. Escolha

uma fonte, forneca o mune de hospedeiro para qualquer destino e o programa Trice route. rani todo o trabalho.

1.7 . Camadasde protocolo e sews modelos de servico 'Ate aqui, nossa discussao dcmonst rou que a Internet e um sistema extrernamente complicado e que pos-

sui muitos componentes: intimeras aplicacees c protocolos, varios tipos de sistemas finais e conexOes entre eles, roteadores, akin de varios tipos de meios fisicos de enlace, Dada essa enorme complexidade, ha algu-ma esperanca de organizar a arquitetura de rede ou, ao mews, nossa discussao sobre ela? Felizmente, a res-posta a ambas as perguntas e sim,

1.7.1 Arquitetura de camadas

Antes de tentarmos organizar nosso raciocinio sobre a arquitetura da Internet, vamos procurar uma analogia na. Na verdade, lidamos corn sistemas complexos o tempo todo em nosso dia-a-dia. Imagine se alguent pelisse que voce descrevesse, por exemplo, o sistema de uma companhia aerea. Como voce cncontraria a estrutura para deserevet esse sistema complexo que tern agencias de emissao de passagens, pessoal part embarcar a bagagem para ficar no portao de embarque, pilotos, aviOes, controle de trafego aereo 0 um sistema rnundial de rotcamento de aeronaves? Urn modo de descrever esse sisterna poderia sea apre-sentar a relacao de uma sarie de acOes que voce realiza (ou que outros realizam para voce) quando voa por urna empresa acrea. Voce compra a passagem, despacha suas malas, dirige-se ao portao de embarque e, final-manta, antra no aviao, que decola c segue uma rota ate seu destino. ApOs a aterrissagem, voce desernbarca no portao) clesignaclo e recupera suas malas. .Se a viagem foi ruitn. voce reclarna na agenda que the vendeu a passagem (esforco em vao). Esse cehario e ilustrado na Figura 1.15.

JA poilchlos notar aqui algumas analogias corn redes de computadores: voce esta scndo despachado da origem au (Iasi ins pela companhia 1('.[-(-1 urn pacote e despachado da maquina de origin a .rnaquina de des-tino na Internet, N1its essa c exaramente a analogic que buscamos. Estamos tentando encontrar alguma estrutura na Figura I .15. Oht,crvando essa figura, notamos que ha uma funcao referents a passagem em cada ponta; ha tainbani tuna funcao do bagagem pa ra passageiros que jã apresentaram a passagem e ulna funcao de portao de embarque para passageiros quo aprescntararri a passagem e despacharam a bagagern. Para passageiros que ja passaram pelo portao de embarque (into e, aqueles que ja apresentaram a passagem, des-pachararn a bagagem e passaram pelo portao), ha uma funcao de decolagem e de aterrissagem e, durante o

Page 37: Rede Cap1

C ©p itu lo Redes de computodores e o Internet

Passagem (con)prar)

Bagagem (despachar)

Portbes (embar '-Jr)

Passagem (re:!.--rmar)

Baga .bern (rttperar)

Port -des (des

barcar)

,-•rhssrc2 m Decolagem

Roteamento . dalaetoriave Roteamento da aLlronave

Rotearnento da r.eroriave

tgura 1.15 Uma viogem de avid(); aciies

unia funcao de roteamento do aviao. Isso sugere que pode: os -examinar a funcionalidade na Figura 5 na horizontal , corrid mostra a Figura 1.16.

A Figura 1.16 di.viditt a funcionalidade da linha aerea cm cam.adas, provendo uma estrutura coma qual tioletnos discutir a viagem area. Note que- cada camada, combinada corn as carnadas ahaixo dela, implemen-

alguma funcionalidade, algum servico. Na camada da passagem aerea e ahaixo dela, e realizada a transfer rencia balc50-de-linha-aerea---baleao-de-linba-aerea' de um passageiro. Na catnada dc bagagem e ahaixo dela,

realizada a transfeuencia despaebo-de-bagagem—recuperaeao-de-bagageM de urn passageiro e cic suas malas. Note que a camada da bagagem prove cssc Servi40 apenas para a pessoa quc ja apresentou ri r tssagern.

camada do porta°, e realizada a transferencia 'portao-dc-embarque—portao-dc-desembarque. de urn pas-ageiro e sua bagagern. Na camada de decolagem/aterrissagem. realizada a transfers icia 'piste-a-pista'

oassa,,eiros e de suas bagagens. Cada camada prove scu servico realizando cellas ()cons dentro da eanitt- dA (por exemplo, na camada do porta°, embarcar c d.esembarear pessoas de urn aviao) c (2.) utilizando se t - vicos da camada imediatamente inferior (por exemplo,- na camada do port atl. ai)t et ta tido o servico de t rans-crtf.n.Cia 'pista-a-piste, de passageiros da camada de decolagem/aterrissagem).

Lima arquitctura de carnadas nos permite discutir uma parccla esperilica c hear delinida de um sistema c complexo. Essa simplificacao tern consideravel valor intrinseco, pois ptovL.' modularidadc fazendo

corn que fique muito mais facil modificar a implement:a:a° .servieo prestado pela camada. Continuo que A camada forneca o mesmo servico para a quc estd acirna dela e use os mesmos servicos da camada ahaixo Ma; o restante do sistema permanece inalterad.o quando a sua implementaeao e modificada. (Note que nwidiliCar a implementacao de urn servico r muito diferente de mudar o servico cm si!) For exemplo, se as funcOes de portao fossern modificadas (cligamos que passassem a en-that-car e desembaucar passageiros por ordem de riltura), o restante do sistema da littlia aerea permaneceria inaherado, ja que a camada do porta°

Passagem aerea (comprar)

Bagagem (desoachar)

Roteamento

de aeronave

Aeroporto de origem

Passagem Passagem

(redarnar)

Bagagem

(recuperar) Bagagem

Portoes • (desernParcar)

Portao

Aterrissagern Decolagem/Aterrissagem

Roteamento Rntc,a-r-tK.mto- i Roteamento de -aeronave. - ernnave. j d.e.aeronave

Roteamento de aeronave

Centrals intermediaries Aeroporto de destino de controte de trafego aereo

Portnes (embarcar)

Decolagern

Figura 1.16 Comadas horizontais da funcionalidade de linha aerea

Page 38: Rede Cap1

Redes de computadores e a Internet

continuaria a prover a mesma funcao (embarcar e desembarcar passageiros); ela simplesmente implemen-taria aquela funcao de maneira diferente apps a modificacao. Para sistemas grandes c corti rdcws que sao

atualizaclos constantemente, a capacidade de modificar a implementacao de um servico scot aictar outros componentes do sistema e outra vantagem importante da divisao em camadas.

Cornadas de protocol() Mas chega de linhas aereas! Vamos agora voltar nossa atencao a protocolos de rede. Para prover uma

estrutura para o projeto de protocolos de rede, projetistas de rede organizam protocolos e o hardware e o software de rede que implementam os protocolos em camadas. Cada protocolo pertence a urea das camadas, exatarnente como cada funcao na arquitetura de linha aerea da Figura L16 pertencia a uma cama-da. Novarnente estamos interessados nos servicos que uma camada oferece a camada acima dela — deno-minado modelo de servico de uma camada. Exatamente como no nosso exemplo da linha aerea, cada cama-da prove seu servico (1) executando certas acoes dentro da camada e (2) utilizando os servicos da camada diretamente abaixo dela. Por exemplo, os servicos providos pela camada n podem incluir entrega confiavel de mensagens de uma extremidade da rede a outra, que pode ser implernentada utilizando um servico nao confiavel de entrega de mensagem fim-a-fim da camada n — 1 e adicionando funcionalidade da camada n para detectar e retransmitir mensagens perdidas.

lima camada de protocolo pode ser implementad.a em software, em hardware, ou em uma combinacao dos dais. Protocolos dc camada de aplicacao cotno HTTP e SMTP quase sempre sao implementados em software cm sistemas finais; o mestno acontece corn protocolos de camada de transporte. Como a camada fisica c as camadas de enlace de clados sao responsaveis pelo manuseio da comunicacao por urn enlace espe-

normalmente sao implementadas em uma placa de interface de rede (por exemplo, placas de interfa-ce Ethernet ou Wi-Fi) associadas a um determinado enlace. A camada de rede quase sempre e uma imple-mentacao 'nista de hardware e software. Note tambem que, exatamente como as funcOes na arquitetura em camadas cla linha aerea eram distribuidas entre os varios aeroportos e centrals de controle de trafego aereo que corn punbant 0 sisterna, tanibem um protocolo de camada n e distribuido entre os sistemas finais, comu-tadores de pacotc c outros componentes que formam a rede. 1st° e, ha sempre uma parcela de urn protoco-lo de camada n em cada urn desses componentes de rede.

sistenia de camadas de protocolos tem vantagens conceituais e estruturais. Como vimos, a divisao em earnadas proporciona um modo estruturado de discutir componentes de sistemas. A modularidade faci-lita a atualizacao de componentes de sistema. Devemos rnencionar, no entanto, que alguns pesquisadores e engenheiros de red c se opOem veementemente ao sistema de camadas [Wakeman, 19921. Uma desvantagem potencial desse sistema c que uma camada pode duplicar a funcionalidade de uma camada inferior. Por exemplo, muitas pilhas de protocolos oferecem servico de recuperacao de erros na camada de enlace e tam-bem fim-a-fim. Uma segunda desvantagem potencial e que a funcionalidade em uma camada pode necessi-tar de informacOes (por exemplo, um valor de carimbo de tempo) que estao presentes somente em uma outra camada, o que infringe o objetivo de separacao de camadas.

Quando tornados em conjunto, os protocolos das varias camadas sao denominados pilha de protocolo, que e formada por cinco camadas: fisica, de enlace, de rede, de transporte e de aplicacao, como mostra a Figura 1.17.

Aplicacao

Transporte

Rede

Enlace

Fisica

Figura 1.11 A pilha de protocolo da Internet

Page 39: Rede Cap1

Copitulo 1 Redes de computadares e a Internet

Cando de aplicactio A camada de aplicacao e onde residem aplicacOes de rede e seus protocolos. Ela ■loco-

las, tais como o protocolo HTTP (que prove requisicao e transferencia de documentos pc is \veil '-AtTP (que prove transferencia de mensagens de correio eletrOnico) e o FTP (que prove a transkri-it,.i:i l octal

vos entre dais sistemas finals). Veremos que - certas funcOes de rede, coma a traducao de TICK110 lAcci.-; (l(

entender dados a sistemas finais da Internet (por exempla, gaia.cs.umass.edu) para urn enders co tit. IIcr 32 bits, tambem sat) executadas cam a ajuda de um protocolo de camada de aplicacao, de names de dominio (domain name system DNS). Veremos no Capitulo 2 que e muito facil &Tim no.,;(),,, praprios naves protocolos de camada de aplicacao.

Lembre-se da nossa definicao de protocolo na Secao 1.1, onde dissemos que as entidades que implementam urn protocolo trocam mensagens. Neste livro, essas mensagens sera° denornillattV,, tils;1t.

sagens de camada de aplicacao.

Camada de transporte A camada de transporte da Internet transporta mensagens da camada de aplicacao entre os lado,

cliente e servidor de uma aplicacao. Ha dois protocolos de transporte na Internet: TCP e UDP, e qualqucr um deles pode levar mensagens de camada de aplicacao. 0 TCP prove servicos orientados para cone \do para suas aplicacCies. Alguns desses servicos sac) a entrega garantida de mensagens da camada de aplicacao ao destine e controle de fluxo (isto e, compatibilizacao das velocidades remetente/receptor). 0 TCP tam•bem fragmenta mensagens longas em segmentos mais curtos e prove mecanismo de controle de congestio-namento, de mode que uma origem regula sua velocidade de transmissao quando a rede esti._ congest da. 0 protocolo UDP prove servico nao orientado para conexao a suas aplicaceoes. Como VillIOC tli.I tier to

1.2, esse servico e muito semelhante a urn service sem superfluos. Neste livro, um pacote de camad:i cIc

transporte sera denominado segmento.

Camada de rede A camada de rede da Internet e responsavel. pela movimen.tacao, Luna maquina para outra, de paco-

tes d.e camada de rede conbecidos coma datagramas. Q protocolo de camada de transporte d.a Internet (TCP ou UDP) em uma maquina de .origem passa urn segment° de camada de transporte, e urn endereco de des-tine a camada de rede, exatamente come wee passaria ao servico de correios uma carta corn urn endereco de dcstinatario. A camada de rede entao prove a servico de entrega do segmenw.a camada de transporte na maquina destinataria.

A camada de rede da Internet tern. dois componentes prin.cipais. Urn deles 6 um protocolo. que define as cameos no datagrama, bern coma a mad() coma os sistemas finals e as roteadores agem nesses camps. Este e o famoso protocolo IP. Existe somente urn Unice protocol() IP, e todos Os componentes da Internet que tem uma camada d.c rede devem executar esse protocol°. 0 outro componente importante e a protaco-la de roteamento quc determina as rotas que as datagramas seguem entre origens e destinos. A Internet tern :muitos protocolos de roteamento. Como vireos na Secao 1.5, a Internet e uma rede de redes e. den Ira de uma delas. a administra.dor pode executar qualquer protocolo de roteamento que queira. Embora a cama-da tie rcdc contenha a protocol() IP c tambem. numerosos protocolos de rotearnento, ela quase sempre denorninada simplesmente camada IP, refletindo o fate de que ela e a elemento fundamental quc man rem a

integridade da Internet.

Camada de.enlace A camada de rede da Internet roteia urn datagrama por meio de uma se rie de rrr,)11r r - rtt

(denominados roteadores na Internet) entre a origem e o &still° Para levar urn ph:, 0, rrill.r1

final on commador de pacotes) ao nO seguinte na rota, a camada de rede. dep.:n(1c rt ,

Page 40: Rede Cap1

8

Redes de computadores e a Internet

enlace. Em particular, em cada n6, a camada de rede passa o datagrama para a camada de enlace, que o entre-ga, ao longo da rota, ao no seguinte, no qual o datagrama e passado da camada de enlace para a de rede.

Os servicos prestados pela camada de enlace dependem do protocolo especifico empregado no enlace. Alguns protocolos proveem entrega garantida entre enlaces, isto e, desde o n6 transmissor, passando por urn Unico enlace, ate o no receptor. Note que esse servico confiavel de entrega e diferente do servico de entre-ga garantida do TCP, que prove servico de entrega garantida de urn sistema final a outro. Exemplos de pro-tocolos de camadas de enlace sao Ethernet e PPP (point-to-point protocol — protocolo ponto-a-ponto). Como datagramas normalmente precisam transitar por diversos enlaces para irem da origem ao destino, serao manuseados por diferentes protocolos de camada de enlace em diferentes enlaces ao longo de sua rota, podendo ser manuseados por Ethernet em urn enlace e por PPP no seguinte. A camada de rede recebera urn servico diferente de cada urn dos variados protocolos de camada de enlace. Neste livro, pacotes de camada de enlace serao denominados quadros.

Cando fisica

Enquanto a tarefa da camada de enlace 6 movimentar quadros inteiros de um elemento da rede ate urn element° adjacente, a da camada fisica e movimentar os bits individuals que estao dentro do quadro de urn nef para o seguinte. Os protocolos nessa camada novamente dependem do enlace e, alem disso, dependem do prOprio meio de transmissao do enlace (por par de fios de cobre trancado ou fibra Mica monomodal). Por exemplo, a Ethernet tern muitos protocolos de camada fisica: urn para par de fios de cobre trancado, outro para cabo coaxial, um outro para fibra e assim por diante. Em cada caso, o bit 6 movimentado pelo enlace de urn modo diferente.

Examinando o sumario deste livro, voce vera que o organizarnos segundo uma estrutura semelhante a das camadas da pilha do protocolo da Internet. Adotamos uma abordagem top-down (de cima para baixo), comecando corn a camada de aplicacao e prosseguindo para as camadas de baixo.

1.7.2 Camadas, mensagens, segmentos, datagramas e quadros

A Figura 1.18 apresenta o caminho fisico que os dados percorrem: para baixo na pilha de protocolos de urn sistema final emissor, para cima e para baixo nas pilhas de protocolos de um comutador de camada de enlace interveniente e de urn roteador e entao para cima na pilha de protocolos do sistema final recep-tor. Como discutiremos mais adiante neste livro, ambos, comutadores de camada de enlace e roteadores, sao comutadores de pacotes. De modo semelhante a sistemas finals, roteadores e comutadores de camada de enlace organizam seu hardware e software de rede em camadas. Mas roteadores e comutadores de camada de enlace nao implementam todas as camadas da pilha de protocolos; normalmente implementam apenas as camadas de baixo. Como mostra a Figura 1.18, comutadores de camada de enlace implementam as cama-das 1 e 2; roteadores implementam as camadas 1, 2 e 3. Isso significa, por exemplo, que roteadores da Internet sao capazes de implementar o protocolo IP (da camada 3), mas comutadores de camada de enlace No, Veremos mais adiante que, embora nao reconhecam enderecos IP, comutadores de camada de enlace sao capazes de reconhecer enderecos de camada 2, tais como enderecos da Ethernet. Note que sistemas finais implementam todas as cinco camadas, o que e consistente corn a nocao de que a arquitetura da Internet con-centra sua complexidade na periferia da rede.

A Figura 1.18 tambem ilustra o importante conceito de encapsulamento. Uma mensagem de cama-da de aplicacao na maquina emissora (M na Figura 1.18) e passada para a camada de transporte. No caso mais simples, esta pega a mensagem e anexa informacoes adicionais (denominadas informacoes de cabeca-lho de camada de transporte, H, na Figura 1.18) que serao usadas pela camada de transporte do lado recep-tor. A mensagem de camada de aplicacao e as informacoes de cabecalho da camada de transporte, juntas, constituem o segmento de camada de transporte, que encapsula a mensagem de camada de aplicacao. As informacoes adicionadas podem incluir dados que habilitem a camada de transporte do lado do receptor a

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Enlace H1 H

Datagrama H

Origem

Mensagem

Segmento Ht M

Quadro H1 H11 Ht M

Aplicacao

Transporte

Rede

Enlace

Fisica

Cornutador de camada de enlace

Destino Roteador

IV1

Ht M

1-10 Ht M

H1 H0 Ht

Aplicacao

Transporte

Rede

Enlace

Fisica

l-1 r M

H -1,,

Fisica

Redes de cemputadores e a Internet

a mensagem a aplicacao apropriada, alem de bits de deteccao de erro que permitem que o recept01- {mine se os bits da mensagem foram rnodificados em transito. A camada de transporte

- ,.![nC3110 a camada de rede, que adiciona informacOes de cabecalho de camada de rede (H, na Figura 1. I enderecos de sistemas finals de origem e de destino, criando urn datagrama de camada de retie.

- !■ passado para a camada de enlace, que (e claro!), adicionara suas prOprias informacOes de cabec..:a111,.-) iara um quadro de camada de enlace. Ulna analogia util que podemos usar aqui e o envio pelo correio de urn memorando entre

c. tun empresa. 0 memorando representa a mensagem da camada de aplicacao e e colocado cut um (11.∎ de correspondencia interna em cuja face sao escritos o name e o departamento do destinatario.

130rniacaes ajudarao a central de distribuica'o de correspondencia do escritario receptor a dirigir 0 . murno Id° a pessoa certa. 0 envelope, que contem informacoes de cabecalho (a name do destinatario e tie ,,ett

prirtamento) e encapsula a mensagem de camada de aplicacao (a memoranda) e analogo ao segmento de immada de transporte. A central de correspondencia do escritario emissor coloca o memorando dentro de

rtt envelope adequado para envio pelo correio, escreve os enderecos postais dos escritOrios remetente e elcti

Fifirnitrio e adiciona um selo. Neste ponto, o envelope postal e analogo ao datagrama encapsula o sug

uto de camada de transporte (o envelope do memoranda e seu contetido), que por sua vez encapsula -nsagem original (o memorando). 0 correio entrega o envelope postal a central de correspondencia do

L[ rio destinatario, onde o envelope e entao aberto e e retirado o envelope de correspondencia interna. c encaminhado para a pessoa correta, que o abre e retira o memorando.

processo de encapsulamento pode ser mais complexo do que o descrito acima. Por exempla, uma grande pode ser dividida em varios segmentos de camada de transporte (que tambem podem ser

em varios datagramas de camada de rede). Na extremidade receptora, cada segmento deve ser ,mqruido a partir dos datagramas que o compOem.

Figura 1.18 Haspedeiros, roteadores e mut dares de camada de enlace; coda um cantem urn (anima diferente de camadas, refle

tindo was diferencos em funcionalidade

Page 42: Rede Cap1

Redes de computadores e a Internet

1.8 flistaria dos redes de computadores e da Internet Da secao 1.1 ?t 1.7, apresentamos urn panorama da tecnologia de redes de computadores e da Internet.

Agora, voce ja deve saber o ,;uficiente para impressionar sua familia e amigos. Contudo, se realmente qui-ser ser o major sucesso do proximo coquetel, voce deve rechear seu discurso corn perolas da fascinante his-tOria da Internet [Segaller, 1998].

1.8.1 Desenvolvimento d© comutacao de motes: 1961-1972

Os primeiros passos da disciplina de redes de computadores e da Internet podem ser tracados desde o inicio da decada de 1960, quando a rede telefOnica era a rede de comunicacao dominante no mundo intei-ro. Lembre-se de que na Secao 1.3 dissemos que a rede de telefonia usa comutacao de circuitos para trans-mitir informacOes entre uma origem e urn destino uma escolha acertada, ja que a voz e transmitida a uma taxa constante entre a origem e o destino. Dada a importancia cada vez major (e o alto custo) dos compu-tadores no inicio da decada de 1960 e o advento de computadores corn multiprogramacao (time-sharing),

nada seria mais natural (agora que temos uma visao perfeita do passado) do que considerar a questao de como interligar computadores para que pudessem ser compartilhados entre usuarios distributdos em loca-lizacOes geograficas diferentes. 0 trafego gerado por esses usuarios provavelmente era interrnitente, por rajcicias — periodos de atividade, como o envio de urn comando a urn computador remoto, seguidos de periodo,-, Je inatividade, como a espera por uma resposta ou o exame de uma resposta recebida.

grupos de pesquisa ao redor do mundo, sem que nenhum tivesse conhecimento do trabalho do outro [Leiner, 1998], comecaram a inventar a comutacao de pacotes como uma alternativa poderosa e efi-ciente a de circuitos. 0 primeiro trabalho publicado sobre tecnicas de comutacao de pacotes foi o de Leonard Kleinrock [Kleinrock, 1961, 1964], que, naquela epoca, era urn doutorando do MIT. Usando a teo-ria de filas, o trabalho de Kleinrock demonstrou, corn elegancia, a eficacia da abordagem da comutacao de pacotes para fontes de trafego intermitentes (em rajadas). Em 1964, Paul Baran [Baran, 1964], do Rand Institute, comecou a investigar a utilizacao de comutacao de pacotes na transmissao segura de voz pelas redes militates, ao mesmo tempo que Donald Davies e Roger Scantlebury desenvolviam suas ideias sobre esse assunto no National Physical Laboratory, na Inglaterra.

Os trabalhos desenvolvidos no MIT, no Rand Institute e no National Physical Laboratory foram os ali-cerces do que hoje e a Internet. Mas a Internet tambem tem uma Tonga histOria de atitudes do tipo "cons-truir e demonstrar", que tambem data do inicio (1a decada de 1960. J.C.R. Licklider [DEC, 19901 e Lawrence Roberts, ambos colegas de Kleinrock no MIT, foram adiante e lideraram o programa de ciencia de compu-tadores na ARPA (Advanced Research Projects Agency — Agencia de Projetos de Pesquisa Avancada), nos Estados Unidos. Roberts publicou um piano geral para a ARPAnet [Roberts, 1967], a primeira rede de com-putadores por comutacao de pacotes e uma ancestral direta da Internet ptiblica de hoje, Os primeiros comu-tadores de pacotes eram conhecidos como proccssadores de mensagens de interface (interface message processors — IMPs), e o contrato para a fabricacao desses comutadores foi entregue a empresa BBN. Em 1969, no Dia do Trabalho nos Estados UnidoH, foi instalado o primeiro IMP na UCLA (Universidade da California em Los Angeles) sob a supervisao de Kleinrock. Logo em seguida foram instalados tres IMPs adi-cionais no Stanford Research Institute (SRI), iia Universidade da California em Santa Barbara e na Universidade de Utah (Figura 1.19).

O incipiente precursor da Internet tinha quatro nos no final de 1969. Kleinrock recorda que a primei-rissima utilizacao da rede foi fazer urn login remota entre a UCLA e a SRI, derrubando a sistema [Kleinrock, 20041.

Em 1972, a ARPAnct tinha aproximadamente 15 nos e foi apresentada publicamente pela primeira vez por Robert Kahn na Conferencia Internacional sabre Camunicacao por Computadores (International Conference on Computer Communications) daquele ano. 0 primeiro protocolo fim-a-fim entre sistemas finais da ARPAnet, conhecido como protocolo de controle de rede (network-control protocol — NCP), esta-

Page 43: Rede Cap1

gura 1.19 Urn dos primeiros processadores de mensagens (le interface (IMP) e 1. Kleinrock (Mark J. Terrill, AP/Wide World Photos)

concluido [RFC 0011 e a partir desse momento a escrita de aplicacoes tornou-se possivel. Em 1972, Ray , rnlinson, da BBN, escro-eu o prirneiro prog,rama de e-mail.

.8.2 Redes proprietaries e trobalho em rede: 1972-1980

A ARPAnet inicial era um rede isolada. fechada. Para se comunicar com turna rnactuina da }SPA et, ra cuiso estar ligado a urn outro IMP dessa rode. Dolnicio a meados de 1970, surgnam novas redcs de cornu-':io de pacotes:

lIALOHAnet, uma rede de microondas ligando urnversidades das ilhas do I la-vai [Abramson, 19701, bent como as redes de pacotes por satelite [RFC 82.91 e por radio [Kahn, 19781 da DARPA [Kahn, 19781

Page 44: Rede Cap1

Redes de computadores e a Internet

-Menet, uma rede comercial de comutacao de pacotes da BBN fundamentada na tecnologia ARPAnet

111Cyclades, uma rede de comutacao de pacotes pioneira na Franca, montada por Louis Pouzin [Think, 2002]

II1Redes de tempo compartilhado como a Tymnet e a rede GE Information Services, entre outras que surgiram no final da decada de 1960 e inicio da decada de 1970 [Schwartz, 1977]

Rede SNA da IBM (1969-1974), cujo trabalho comparava-se ao da ARPAnet [Schwartz, 1977].

0 runner° de redes estava crescendo. Hoje, coin perfeita visao do passado, podemos perceber que ague-la era a hora certa para desenvolver uma arquitetura abrangente para conectar redes. 0 trabalho pioneira de interconexao de redes, sob o patrocinio da DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency — Agencia de Projetos de Pesquisa Avancada de Mesa), criou em essencia uma rede de redes e foi realizado por Vinton Cerf e Robert Kahn [Cerf, 1974]; o termo internetting foi cunhado para descrever esse trabalho.

Esses principios dearquitetura foram incorporados ao TCP. As primeiras versOes desse protocolo, con-tudo, eram muito diferentes.do. TCP de hoje. Aquelas versOes combinavam uma entrega sequencial confia-vel de dados via retranSmissao por sistema final (que ainda faz parte do TCP de hoje) com funcOes de envio (que hoje sao desempenhaclas pelo IP). As primeiras experiencias com o TCP, combinadas corn o reconhe-cimento da importancia .de 'um servico dc transporte nao confiavel, sem controle de fluxo, para aplicacoes como voz cm pacotes, levaratn a separacao entre IP e TCP e ao desenvolvimento do protocolo UDP Os tres protocolos fundamentals da Interne( que temos hoje — TCP, UDP e IP — estavam conceitual-mente disponiveis no.final da d.ecada de 1970.

Alem das pesquisas sobre a Internet realizadas pcla DARPA, muitas outras atividades importantes rela-cionadas ao trabalho cm recle estavam em curso. No Havai, Norman Abramson estava desenvolvendo a ALOHAnet, uma rede de. pacotes por radio que permitia que varios lugares remotos das ilhas havaianas se comunicassem entre si. 0 Al...011A. [Abramson, 1970] foi o.pritneiro protocolo de acesso multiplo que per-mitiu que usuarios distribuid.os em dacrentes localizacOes geograficas compartilhassem urn tinico meio de comunicacao broadcast (uma frequent:la de radio). 0 trabalho de Abramson sobre protocolo de multiplo acesso foi aprimorado por Metcalfe c Boggs corn o desenvolvimento do protocolo Ethernet [Metcalfe, 1976] para redes compartilhadas transtnisoo broadcast por fio; veja a Figura 1.20.

Figura 1.20 A contegdo original de Metcalfe para a Ethernet

Page 45: Rede Cap1

Cepitula 1 Redes de computot oi o

O interessante e que o protocolo Ethernet de Metcalfe e Boggs foi motivado pula , orios PCs, impressoras e discos compartilhados [Perkins, 1994]. Ha" 25 ano-, , , 11 ■,

e da explosao das redes, Metcalfe e Boggs estavam lancando as bases para ,t- I \. \ -- tecnologia Ethernet representou uma etapa importante para o trabalho em redes it Ethernet local era, em si, uma rede, e, a medida que o tinnier° de LANs aumental, tt

, ( , leonectar essas redes foi se tornando cada vez mais importante. Discutiremos detalhadameni, al Ethernet, ALOHA e outras tecnologias de LAN no Capitulo 5.

1.8.3 Proliferacoo de redes: 1980-1990

AO final da decada de 1970, aproxirnadamente 200 maquinas estavam conectadas a ARPAnet. Ao final da Ada de 1980, o Mimero de maquinas ligadas a Internet pUblica, uma confederacao de redes muito pareci-om a Internet de hoje, alcancaria cern mil. A decada de 1980 seria uma epoca de formidavel crescimento.

(;rande pane daquele crescimento foi conseqUencia de varios esforcos distintos para criar redes de corn-cdores interligar universidades. A BITNET processava e-mails e fazia transferencia de arquivos entre

ersas universidades do nordeste dos Estados Unidos. A CSNET (computer science network — rede da ,:1,:r'neia de computadores) foi formada para interligar pesquisadores de universidades que nao tinham acesso

W.PAnet. Em 1986, foi criada a NSFNET para prover acesso a centros de supercomputacao patrocinados NSF. Partindo de uma velocidade inicial de 56 kbps, ao final da decada o backbone da NSFNET estaria ionando a 1,5 Mbps e servindo como backbone primario para a interligacao de redes regionais.

tia comunidade da ARPAnet, ja estavam sendo encaixados muitos dos componentes finals da arquite- da Internet de hoje. No dia 1' de janeiro de 1983, o TCP/IP foi adotado oficialmente como o novo

frat7, de protocolo de maquinas para a ARPAnet (em substituicao ao protocolo NCP). Devido a importan- t do event°, o dia da transicao do NCP para o TCP/IP [RFC 801] foi marcado corn antecedencia — a par- ilaquele dia todas as maquinas tiveram de adotar o TCP/IP No final da decada de 1980, foram agregadas

iip,qtantes extensOes ao TCP para implementacao do controle de congestionamento baseado Cill )1()Spt:-

'tiros [Jacobson, 1988]. Tambem foi desenvolvido o sistema de nomes de dominios (DNS) utili:ndo para pear nomes da Internet faceis de entender (por exemplo, gaia.cs.umass.edu) para sitts enderecos IP de Kits [RFC 1034]. Paralelamente ao desenvolvimento da ARPAnet (que em sua major pane deve-se aos

i.qados Unidos), no inicio da decada de 1980 os franceses lancaram o projeto Minitel, um piano ambicio- para levar as redes de dados para todos os lares. Patrocinado pelo govern() frances, o sistema Minitel con-

, ,t em uma rede ptiblica de comutacao de pacotes (baseada no conjunto de protocolos X.25, que usava virtuais), servidores Minitel e terminals baratos corn modens de baixa velocidade embutidos. 0

Icl transformou-se em um enorme sucesso em 1984, quando o governo frances forneceu, gratuitamen- nm terminal para toda residencia francesa que quisesse. 0 sistema Minitel inclura sites de livre acesso

o da lista telefOnica — e tambern sites particulares, que cobravam uma taxa de cada usuario baseada i1t1 tempo de utilizacao. No seu auge, em meados de 1990, o Minitel oferecia mais de 20 mil servicos, que nun desde home banking ate bancos de dados especializados para pesquisa. Era usado por mais de 20 por into da populacao da Franca, gerava receita de mais de um 1)ilhao de dOlares por ano e criou dez mil

, Alipregos, Estava presente em grande parte dos lares franceses dez anos antes de a maioria dos nortc-iitric:- ouvir falar de Internet.

1.8.4 A explostio du Internet: a &coda de 1990

A decada de 1990 estreou corn varios eventos que simbolizaram a evoltleao epw Hula e a coincyciali iminente da Internet. A ARPAnet, a progenitora da Internet, deixou de existit. Durall it. a t..1(t ada

11)80, a MILNET e a Defense Data Network (Rede de Dados de Delcsa) erest...k.rain c passarani at a ttiaior parte do trafego do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e a NSF NET comecou a set vu como tuna rede de backbone conectando redes regionais nos Estados Unidos corn nacionais no exterior. l: in 1.99

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Redes de compuladares e a Internet

a NSFNET extinguiu as restrieoes que impunha a sua utilizacao corn finalidades comerciais, mas, em 1995, perderia seu mand.ato quando o trafego de backbone da Internet passou a ser carregado por provedores de servicos de Internet.

0 principal evento da decada de 1990, no entanto, foi o surgimento da World Wide Web, que levou a Internet para os lares e as empresas de milhaes de pessoas no mundo inteiro. A Web serviu tambem como plataforma para a habilitacao e a disponibilizacao de centenas de novas aplicacks, inclusive negociacao de aches e servicos bancarios on-line, servicos multimidia em tempo real e servicos de recuperacao de infor-macOes. Para urn breve histOrico dos primOrdios da Web, consulte [W3C, 1995].

A Web foi inventada no CERN (European Center for Nuclear Physics — Centro Europeu para Fisica Nuclear) por Tim Berners-Lee entre 1989 e 1991 [Berners-Lee, 1989], corn base em ideias originadas de tra-balhos anteriores sobre hipertexto realizados por Bush [Bush, 1945], na decada de 1940, e por Ted Nelson [Ziff-Davis, 1998], na decada de 1960. Berners-Lee e seus companheiros desenvolveram versOes iniciais de HTML, HTTP, urn servidor para a Web e urn browser — Os quatro componentes fundamentais da Web. Os browsers originais do CERN ofereciam apenas uma interface de linha de comando. Perto do final .de 1992 havia aproximadamente 200 servidores Web em operacao, e esse conjunto de servidores era apenas uma amostra do que estava por vir. Nessa epoca, varios pesquisadores estavam desenvolvendo browsers da Web corn interfaces GUI (graphical user inter face — interface grafica de usuario), entre eles Marc Andreesen., que liderou o desenvolvimento do popular browser Mosaic. Em 1994, Marc Andreesen e Jim Clark formaram a Mosaic Communications; que mail tarde se translormou na Netscape Communications Corporation [Cusumano, 1998; Quittner,19981. Em 1995. est udantes universittirios estavam usando browsers Mosaic e Netscape para navegar na Web diariamente. Nessa epoca. empresas grandes e pequenas comecaram a °perm. servidores Web e a realizar transacOes comerciais pela Web. Em 1996, a Microsoft COITICcOU a fabri-car browsers. eland() inicio a guerra dos browsers entre Netscape e Microsoft, vencida pela ultima alguns anoc mais tante.

A segunda metadc da decada de 1990 foi urn period° de tremendo crescimento e in.ovacao para a Internet, corn grandes corporaciies e mill-tares de novas empresas criando produtos e servicos para a Internet. C) corrcio eletrOnico pela Internet (e-mail) continuou a evoluir corn leitores ricos em recursos pro-vendo agendas de enderecos, anexos, hot links e transporte de multimidia. No final do milenio a Internet (lava suporte a centenas de aplicaeoes populares, entre elas quatro de enorme sucesso:

e mail, incluindo anexos e correio eletrOnico corn acesso pela Web;

a Web, incluindo navegactio pela Web e comercio pela Internet;

.servico de mensagem instantanca, corn listas de contato, cujo pioneiro foi o ICQ;

compartilhatnento peer-to-peer de. arquivos MP3, cujo pioneiro foi o Napster.

illteretiSaillC. que as duas ptimeiras dessas aplicacOes de sucesso arrasador vieram da comunidade de pesquisas. ao passo que as dual tiltimas foram criadas por alguns jovens ernpreendedores.

No period.° de. 1995 a 2001, a Internet rcalizou uma viagem vertiginosa nos mercados financeiros. Antes mesnio de se most:ra.rem lucrativas, centenas de novas empresas da Internet faziam suas ofertas publi-cas iniciais de aches e comecavam a set negociadas em bolsas de valores. Muitas empresas eram avaliadas em bilhOes de Mares sem ter nenhum fluxo significativo de receita. As acoes da Internet sofreram uma queda tambem vertiginosa em 2000-2001, e muitas novas empresas fechararn, Nao obstante, varias empre-sas surgiram como grandest vencedoras no munch) da Internet (mesmo que os precos de suas acOes tivessem sofrido corn aquela queda), entre elas Microsoft, Cisco, AM, Yahoo. e-Bav e Amazon.

Durance a decada de 1990, a pesquisa e o desenvolvimento dc redcs tambem fizeram progressos signi-ficativos nas areas de roteadores e roteamento de alta vclocidade (Capitulo 4) e de LANs (Capitulo 5). A comunidade tecnica enfrentou os problemas da d.e.finicao e implantacao de urn modelo do servico de Internet para trafego que exigisse limitacOes em tempo real, como aplicacoes de midia continua (Capitulo

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Capitalo 1 Redes de computadores e a Internet

■ nccessidade de dar seguranca e gerenciar a infra-estrutura da Internet (capitulos 8 e 9) tambem adqin Erma importancia, pois as aplicacoes de comercio eletremico proliferaram e a Internet se torrc)ti u M

viicrite central da infra-estrutura mundial de telecomunicacOes.

.8.5 Desenvolvimentos recentes

inovacao na area de redes de computadores continua a passos largos. HA progressos em todas as fren- ih I Liindo desenvolvimento de novas aplicacOes, distribuicao de contend°, telefonia por Internet, velo-

. l_wles de transmissao mais alias em LANs e roteadores mais rapidos. Mas tres desenvolvimentos merecem especial: a proliferacao de redes de acesso de alta velocidade (incluindo acesso sem fio), a seguran-

is P2P. Como discutimos na Secao 1.4, a penetracao cada vez maior do acesso residencial de banda larga a

H-1 net via modem a cabo e DSL esta montando o cenario para uma profusao de novas aplicacaes multi-a, entre elas video por demanda em tempo real e videoconferencia interativa de alta qualidade. A cres-

c de redes Wi-Fi pnblicas de alta velocidade (11 Mbps e maiores) e de acesso de media (centenas de kbps) a Internet por redes de telefonia celular nao esta apenas possibilitando cone-

constante, mas tambem habilitando urn novo conjunto muito interessante de servicos especificos para Jlizacoes determinadas. Abordaremos redes sem fio e redes mavels no Capitulo 6.

Lin seguida a uma serie de ataques de recusa de servico em importantes servidores Web no final , liscada de 1990 e a proliferacao de ataques de warms (por exempla, o Blaster) que infectam sistemas is e emperram a rede corn trafego excessivo, a seguranca da rede tornou-se uma questao extremamente

:iiportante. Esses ataques resultaram no desenvolvimento de sistemas de deteccao de invasores capazes de •nir ataques corn antecedencia, na utilizacao de firewalls para filtrar trafego indesejado antes que entre •cle, e na utilizacao de investigacao IP (tracebach) para localizar a origem dos ataques. Abordaremos

Arit),, tapicos importantes relacionados a seguranca no Capitulo 8. A Ultima inovacao que queremos destacar sao as redes P2P. Uma aplicacao de rede P2P explora os recur-

computadores de usuarios — armazenagem, contend°, ciclos de CPU e presenca humana — e tem ilicativa autonomia em relacao a servidores centrals. A conectividade dos computadores de usuarios e, dos pares, ou peers) normalmente e intermitente. Quando escreviamos este livro, o KaZaA era o P2P de compartilhamento de arquivos mais popular. HA mais de 4 milhoes de sistemas finais conec-

, EE , s a sua rede e seu trafego constitui entre 20 e 50 por cento do trafego de toda a Internet [Saroiu, 2002].

1.9 Resumo Neste capitulo, abordamos uma quantidade imensa de assuntos. Examinamos as varias pecas de hard-

software que compOem a Internet, em particular, e redes de computadores, em geral. Comecamos periferia da rede, ex.aminando sistemas finais e aplicaceies, alem do servico de transporte fornecido as

ciicaes que executam nos sistemas finais. Usando como exempla as aplicacOes distribuidas baseadas ern :,..files, apresentamos a nocao de urn protocolo — urn conceito fundamental para redes. Fm seguida. niergu-

Hos. no interior da rede e chegamos ao seu nucleo, iclentificando cornumerl, ) de €atac.c i ti i etuntitacio de

ircuit os como as duas abordagens basicas do transporte de (idos bur Lima rede wleeontrini.eacaes, H ,ondo os pontos fortes e fracas de cada uma delas. Examina.mos, en tau., inieriores (do into de vista da arquitctura) da rede — as tecnologias de camada de enlat.e os comumen-

:.. encontrados na rede de acesso. Examinamos tambem a estrutura Internet tifohaI c aprendemas que ela ulna rede de redes. Vimos que a estrutura hierarquica da Internet, compo•hi de ISPs de Myers mais altos finais baixos, permitiu que ela se expandisse e incluisse milhares de redes.

Na segunda parte deste capitulo introduteirio, abordamos diversos tapicos fundamentals da area de rede le computadores. Primeiramente examinamos as causas de atrasos e perdas de pacotes em uma rede de

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Redes de computadores e a Internet

comutacao de pacotes. Desenvolvemos modelos quantitativos simples de atrasos de transmissao, de propa-gacao e de fila; esses modelos de atrasos serao muito usados nos problemas propostos em todo o livro. Em seguida examinamos camadas de protocolo e modeles de service, principios fundamentais de arquitetura de redes aos quais voltaremos a nos referir neste livro. Concluimos nossa introducao a redes corn urn breve histerico. Este primeiro capitulo e , em si, urn minicurso de redes de computadores.

Portanto, percorremos realmente urn extraordinario caminho neste primeiro capitulo! Se voce estiver urn pouco assustado, nao se preocupe. Abordaremos todas essas ideias em detalhes nos capitulos seguintes (e uma promessa, e nao uma ameaca!). Por enquanto, esperamos que, ao encerrar este capitulo, voce tenha adquirido uma nocao, ainda que incipiente, das pecas que formam uma rede, urn dominio ainda em desen-volvimento do vocabulario (nao se acanhe de voltar aqui para consulta) e um desejo cada vez maior de aprender mais sobre redes. Esta é a tarefa que nos espera no restante deste livro.

0 guia deste livro Ames de iniciarmos qualquer viagem, sempre e born consultar urn guia para nos familiarizar corn as

estradas principais e desvios que encontraremos pela frente. 0 destino final da viagem que estamos prestes a empreender e urn entendimento profundo do como, do que e do porque das redes de computadores. Nosso guia e a sequencia de capitulos deste livro:

1. Redes de computadores e a Internet

2. Camada de aplicacao

3. Camada de transporte

4. Camada de rede

5. Camada de enlace e redes locais (LANs)

6. Sem fio e mobilidade

7. Redes multimidia

8. Seguranca em redes de computadores

9. Gerenciamento de rede

Os capitulos 2 a 5 sao os quatro capitulos centrals deste livro. Note que esses capitulos estao organiza-dos segundo as quatro camadas superiores da pilha de cinco camadas do protocolo da Internet, corn urn capitulo para cada camada. Note tambem que nossa jornada corncora no tope da pilha do protocolo da Internet, a saber, a camada de aplicacao, e presseguird dal para baixo. 0 principio racional que orienta essa jornada de cima para baixo e que, entendidas as aplicacoes, podemos compreender os servicos de rede necessaries para dar suporte a elas. Entao, poderemos examinar, urn por urn, os varies modes como esses services poderiarn ser implementados por uma arquitetura de rede. Assim, o estudo das aplicacOes logo no Micro da motivacao para o restante do livro.

A segunda metade deste livro — capitulos 6 a 9 — aborda quatro tepicos extremamente importantes (e de certa maneira independentes) de redes modernas. No Capitulo 6, examinamos tecnologia sem fio e mobilidade, incluindo LANs Wi-Fi, GSM e IP novel. No Capitulo 7 (Redes multimidia), examinamos apli-cacOes de audio e video, como telefone por Internet, videoconferencia e recepcao de midia armazenada. Examinamos tarnbem como uma rede de comutacao de pacotes pode ser projetada para prover servico de qualidade consistente para aplicacoes de audio e video. No Capitulo 8 (Seguranca em redes de computado-res), analisamos, primeiramente, os fundamentos da criptografia e da seguranca de redus c. em ,,eguida, de que mode a teoria basica esta sendo aplicada a urn amplo leque de contextos da Internet. No Ultimo capi-tulo (Gerenciamento de redes), examinamos as questoes fundamentais do gerenciamento de redes, bem come os protocolos primarios da Internet utilizados para esse firn.

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Capital° 1 Redes de computadores e a Internet

Exercicios de fixacao

(upiluio 1 Questhes de revisilo 01.5

Qual e a diferenca entre urn hospedeiro e urn sistema final? Cite os tipos de sistemas finais. Urn servi- dor Web 6 um sistema final?

• A palavra protocol° e muito usada para descrever relaceles diplornaticas. De um exemplo de urn proto- colo diplomatico.

• que e urn programa cliente? 0 que e urn programa servidor? Urn programa servidor requisita e rece- be servicos de urn programa cliente?

4. Quais sae os dois tipos de servicos de transporte que a Internet prove as suas aplicacOes? Cite algumas caracteristicas de cada urn desses services.

• Afirma-se que controle de fluxo e controle de congestionamento sao equivalentes. Isso e valid° para o service orientado para conexao da Internet? Os objetivos do controle de fluxo e do controle de conges-tionamento sao os mesmos?

6 Utilizando uma analogia corn nossos atos, faca uma breve descried° de como o service orientado para conexao da Internet prove transporte confiavel.

7. Qual e a vantagem de uma rede de comutacao de circuitos em relacao a uma de comutacao de pacotes? Quais sae as vantagens da TDM sobre a FDM em uma rede de comutacao de circuitos? Por que se afirma que comutacao de pacotes emprega multiplexacao estatistica? Compare a multiple-xacao estatistica corn a multiplexacao que ocorre em TDM.

9. Suponha que exista exatamente urn comutador de pacotes entre um computador de origem e urn de destino. As taxas de transmissao entre a maquina de origem e o comutador e entre este e a maquina de destino sao R1 e R2, respectivamente. Admitindo que urn roteador use comutacao de pacotes do tipo armazena-e-reenvia, qual e o atraso total fim-a-fim para enviar urn pacote de comprimento L? (Desconsidere formacao de fila, atraso de propagacao e atraso de processamento.)

1 0. 0 que quer dizer informacao de estado de conexao em uma rede de circuitos virtuais? Se a taxa de esta-belecimento e interrupcao de conex6es em urn comutador de uma rede de CVs for de uma conexao per milissegundo (em media), a que taxa a tabela de transmissao do comutador precisa ser modificada?

1 t . Suponha que voce esteja desenvolvendo o padrao para urn novo tipo de rede de comutacao de pacotes e precisa decidir se sua rede usara CVs ou roteamento de datagramas. Quais sao os pros e os contras da utilizaeao de CVs? Cite seis tecnologias de acesso. Classifique cada uma delas nas categorias acesso residencial, acesso cor-porative ou acesso mOvel.

t.3. Qual e principal diferenca que distingue ISPs de nivel 1 e de nivel 2?

14. Qual e a diferenca entre urn POP e urn NAP?

y. A taxa de transmissao HFC e dedicada ou e compartilhada entre usuarios? E possivel haver colisees na direcao provedor-usuario de urn canal HFC? Per que?

16. Qual e a taxa de transmissao de LANs Ethernet? Para uma dada taxa de transmissao, cada usuario da LAN pode transmitir continuamente a essa taxa?

1 7. Cite alguns meios fisicos utilizados para instalar a Ethernet.

18. Modens discados, HFC e ADSL sae usados para acesso residencial. Para cada uma dessas tecnologias de acesso, cite uma faixa de taxas de transmissao e comente se a largura de banda e compartilhada ou dedicada.

Page 50: Rede Cap1

Redes de tomputedores e a Internet

Setoes 1.6 a 1.8

19. Considere o envio de um pacote de uma maquina de origem a uma de destino por uma rota fixa. Relacione os componentes do atraso que formam o atraso fim-a-fim. Quais deles sao constantes e quais sao variaveis?

20. Cite cinco tarefas que uma camada pode executar. E possivel que uma (ou mais) dessas tarefas seja(m) realizada(s) por duas (ou mais) camadas?

21. Quais sao as cinco camadas da pilha do protocolo da Internet? Quais as principais responsabilidades de cada uma dessas camadas?

22. 0 que e uma mensagem de camada de aplicacao? Um segmento de camada de transporte? Urn datagra-ma de camada de rede? Urn quadro de camada de enlace?

23. Que camadas da pilha do protocolo da Internet um roteador implementa? Que camadas urn comuta-dor de camada de enlace implementa? Que camadas urn sistema final implementa?

Projete e descreva urn protocolo de nivel de aplicacao para ser usado entre urn caixa automatic° e o computador central de um banco. Esse protocolo deve permitir verificacao do cartao e da senha de urn usuario, consulta do saldo de sua conta (que 6 mantido no computador central) e saque de dinheiro da conta corrente (isto e, entrega de dinheiro ao usuario). As entidades do protocolo devem estar habili-tadas a resolver o caso comu► em que nao ha dinheiro suficiente na conta do usuario para cobrir o saque. Faca uma especificacao de seu protocolo relacionando as mensagens trocadas e as acOes realiza-das pelo caixa automatic° ou pelo computador central do banco na transmissao e recepcao de mensa-gens. Esquemat ize a operacao de seu protocolo para o caso de urn saque simples sem erros, usando um diagrama semelhante ao da Figura 1.2. Descreva explicitamente o que seu protocolo espera do servico de transporte fim-a-fim.

2. Considere uma aplicacao que transmita dados a uma taxa constante (por exemplo, a origem gera uma unidade de dados de N bits a cada h unidades de tempo, onde h e pequeno e fixo). Considere tambem que, quando essa aplicacao comeca, continuard em funcionamento por urn periodo de tempo relativa-mente longo. Responda as seguintes perguntas, dando uma breve justificativa para sua resposta:

a. 0 que seria mais apropriado para essa aplicacao: uma rede de comutacao de circuitos ou uma rede de comutacao de pacotes? Por que?

b. Suponha que seja usada uma rede de comutacao de pacotes e que o unico trafego dessa rede venha de aplicacOes como a descrita anteriormente. Alem disso, admita que a soma das velocidades de dados da aplicacao seja menor do que as capacidades de cada urn dos enlaces. Sera necessario algum tipo de controle de congestionamento? Por que?

3. Considere a rede de comutacao de circuitos da Figura 1.5. Lembre-se de que ha n circuitos em cada enlace.

a. Qtral o ntimero maxim° de conexoes simultaneas que podem estar em curso a qualquer instante nessa rode?

b. Suponlia que todas as conexoes sejam entre o comutador do canto superior esquerdo e o comuta-dor do canto inferior direito. Qual e o nUmero maxim° de conexoes simultaneas que podem estar em curso?

4. Considere novamente a analogia do comboio de carros da Seca° 1.6. Admita novamente uma velocida-de de propagacao de 100 km/h.

Page 51: Rede Cap1

Capitulo 1 Redes de computadores e a Internet

r. Suponha que a comboio viaje 200 km, comecando em frente a urn dos postos de pedagio, passant. do por um segundo e terminando em urn terceiro. Qual o atraso

Repita o item 'a' achnitindo agora que haja sete carros no comboio em vez de dez.

oonsidere o envio de urn pacote de F bits por urn caminho de Q enlaces. Cada enlace transmite a urea velocidade de R bps. A rede esta levemente carregada, portanto nao ha atrasos de fila. 0 atraso de pro

p.tgac5o é desprezfvel.

Suponha que a rede seja de comutacao de pacotes por circuitos virtuais. Designe a tempo de •-ta belecimento de CVs em is segundos. Suponha que as camadas de envie agre(i,Tuem urn, total de It bit!, de cabecalho a cada pacote. Quanto tempo demoraria para enviar o arquivo da origem ao (lest ?

b. Suponha que a rede seja de datagramas por comutacao de pacotes e que o SCrVi40 utilizadu Ira° orientado para conexao. Agora suponha que cada pacote tenha 2h bits de cabecalho. Quanto tempo demora para enviar o pacote?

c. Finalmente, suponha que a rede seja de comutacao de circuitos e que a velocidade de transmissao do circuito entre origern e destino seja R bps. Admitindo tempo de conexao t5 e h bits de cabecalho anexados ao pacote, quanto tempo levara para enviar esse pacote?

LTste problema elementar comeca a explorar atrasos de propagacao e de transmissao, dais conceitos cen-uais em redes de computadores. Considere dais computadores, A e B, conectados por um Unica enla-ce de taxa R bps. Suponha que esses computadores estejam separados par m metros e que a velocida-de de propagacao ao longo do enlace seja de s metros/segundo. 0 computador A tern de enviar um pacote de L bits ao computador B.

a. Expresse a atraso de propagacao, dprrp , em termos de m e s.

b. Determine o tempo de transmissao do pacote, dtrans, em termos de L e R.

c. lgnorando os atrasos de processamento e de fila, obtenha uma expressao para o atraso fim-a-fim.

cl, Suponha que o computador A comece a transmitir o pacote no instante t = 0. No instante t dtrans>

onde estara o Ultimo bit do pacote?

e. Suponha que dpr©p seja maior do que dtrans• Onde estara a primeiro bit do pacote no instante t =-

Cans?

f. Suponha que dprop seja menor do que dtrans. Onde estara o primeiro bit do pacote no instante t

dtrans? g. Suponha s = 2,5 • 108, L = 100 bits e R = 28 kbps. Encontre a distancia m de forma que d p seja

igual a dtrans.

. Neste problema, consideramos o envio de voz do computador A para o computador B por meio de uma retie de comutacao de pacotes (por exemplo, telefone par Internet). 0 computador A converte voz ana-logica para uma cadeia digital de bits de 64 kbps e, em seguida, agrupa as bits em pacotes de 48 bytes. I la apenas urn enlace entre os computadores A e B; sua taxa de transmissao e de 1 Mbps e seu atraso de propagacao, de 2 milissegundos. Assim que o computador A recolhe um pacote, ele a envia ao corn-putad.or B. Quando recebe urn pacote completo, o computador B converte as bits do pool tin analOgico. Quanta tempo decorre entre a momenta em que urn bit e criado (a Faqir do cinal anal,

co no computador A) e a memento em que ele e decodificado (coma parte do sinzd cunt-

putador B)?

Suponha que usuarios compartilhem urn enlace de 1 Mbps e que cada usuario precise (1.e hp, transmitir, mas que transmita apenas durance 10 por cento do tempo. Vcja a discussao comutacao dc

pacotes versus comutacao de circuitos na Secao 1.3.)

a. Quando e utilizada comutacao de circuitos, quantos usuarios podem ter suporte?

Page 52: Rede Cap1

Redes de computadores e a Internet

b. Para o restante deste problema, suponha que seja utilizada comutacao de pacotes. Determine a pro-babilidade de urn dado usuario estar transmitindo.

c. Suponha que haja 40 usuarios. Determine a probabilidade de, a qualquer momenta, n usuarios transmitirem simultaneamente. (Dica: use a distribuicao binomial.)

d. Determine a probabilidade de haver 11 ou mais usuarios transmitindo simultaneamente.

9. Considere a discussao na Secao 1,3 sob o titulo `Comutacao de Pacotes versus Comutacao de Cir-cuitos', na qual e dado urn exemplo corn urn enlace de 1 Mbps. Quando em atividade, os usuarios estao gerando dados a uma taxa de 100 kpbs; mas a probabilidade de estarem em atividade, gerando dados, e de p --- 0,1. Suponha que o enlace de 1 Mbps seja substituido por urn enlace de 1 Gbps.

a. Qual e o numero maxima de usuarios, N, que pode ser suportado simultaneamente por comutacao de pacotes?

b. Agora considere comutacao de circuitos e urn numero M de usuarios. Elabore uma fOrmula (em ter-mos de p, M, para a probabilidade de que mais de N usuarios estejam enviando dados.

10. Considere o atraso de fila em urn buffer de roteador (antes de urn enlace de saida). Suponha que todos os pacotes tenham L bits, que a taxa de transmissao seja de R bits e que N pacotes cheguem simulta-neamente ao buffer a cada LN/R segundos. Determine o atraso de fila medio para urn pacote. (Dica: o atraso de Ella para o primeiro pacote e zero; para o segundo pacote, L/R; para o terceiro pacote, 2LJR. 0 pacote de ordem N ja tera sido transmitido quando o segundo Tote de pacotes chegar.)

11. Considere o atraso de fila em um buffer de roteador, sendo I a intensidade de trafego; isto e, I = La/R. Suponha que o atraso de fila tome a forma de ILJR (1 — I) para I < 1.

a. Deduza uma formula para o atraso total, isto e , para o atraso de fila mais o atraso de transmissao.

b. Faca um grafico do atraso total coma uma funcao de LIR.

12. a. Generalize a fOrmula para o atraso fim-a-fim dada na Secao 1.6 para taxas de processamento, atra-Sas de propagacao e taxas de transmissao heterogeneos.

b. Repita o item 'a', mas suponha tambem que haja um atraso de fila medio de dt,la em cada no.

13. Execute o programa Traceroute para verificar a rota entre uma origem e urn destino, no mesmo conti-nente, para tres horarios diferentes do dia.

a. Determine a media e a desvio padrao dos atrasos de ida e volta para cada urn dos tres horarios,

b. Determine o numero de roteadores no caminho para cada urn dos tres. Os caminhos mudaram em algum dos horarios?

c. Tente identificar o numero de redes ISPs pelas quais o pacote do Traceroute passa entre origem e destino. Roteadores corn nomes semelhantes e/ou enderecos IP semelhantes devem ser considera-dos coma parte do mesmo ISP. Em suas respostas, as maiores atrasos ocorrem nas interfaces de for-macao de pares entre ISPs adjacentes?

d. Faca o mesmo para uma origem e urn destino em continentes diferentes. Compare os resultados dentro do mesmo continente corn os resultados entre continentes diferentes.

14. Suponha que dois computadores, A e B, estejam separados a uma distancia de 10 mil quirametros e conectados por um enlace direto de R = 1 Mbps. Suponha que a velocidade de propagacao pelo enla-ce seja de 2.5 • 108 metros por segundo.

a. Calcule o produto largura de banda-atraso R • tprop.

b. Considere o envio de um arquivo de 400 mil bits do computador A para o computador B. Suponha que a arquivo seja enviado continuamente, como se fosse uma Unica grande mensagem. Qual e o numero maxima de bits que estara no enlace a qualquer dado instante?

c. Interprete o produto largura de banda-atraso.

Page 53: Rede Cap1

Copitulo 1 Redes de computadores e a Internet

d. Qual é o comprimento (em metros) de urn bit no enlace? E maior do que a de urn campo t it

e. Derive uma expressao geral para o comprimento de urn bit em termos da velocidade s, da velocidade de transmissao R e do comprimento do enlace m.

om referencia ao problerna 14, suponha que possamos modificar R. Para qual valor de R icl) to de urn bit sera o mesmo que o comprimento do enlace?

nsidere o problema 14, mas agora corn urn enlace de R = 1 Gbps.

a. Calcule o produto largura de banda-atraso, R • tprop.

b. Considere o envio de urn arquivo de 400 mil bits do computador A para o computador B. Suponha que o arquivo seja enviado continuamente, como se fosse uma Unica grande mensagem. Qual sera o rnner° maxima de bits que estara no enlace a qualquer dado instante?

c. Qual e o comprimento (em metros) de urn bit no enlace?

\ ovamente corn referencia ao problema 14.

Quanto tempo demora para enviar o arquivo, admitindo que ele seja enviado continuamente?

b. Suponha agora que o arquivo seja fragmentado em dez pacotes e que cada pacote contenha 40 mil bits. Suponha que cada pacote seja verificado pelo receptor e que o tempo de transmiss5o de uma verificaeao de pacote seja desprezivel. Finalmente, admita que o emissor nao possa enviar urn paco-te ate que o anterior tenha sido recent-weld°. Quanto tempo demorara para enviar o arquivo?

c. Compare os resultados de 'a' e 'b'.

"uponha que haja urn enlace de microondas de 10 Mbps entre urn satelite geoestacionario e sua esta-cao-base na Terra. A cada minuto o satelite tira uma foto digital e a envia a estacao-base. Admita uma velocidade de propagacao de 2.4 • 108 metros por segundo.

a. Qual e o atraso de propagacao do enlace?

b. Qual e o produto largura de banda-atraso, R • t p,p?

c. Seja x o tamanho da foto. Qual e o valor minimo de x para que o enlace de microondas tract mica continuamente?

onsidere a analogic da viagem aerea que utilizamos em nossa disetts,-;5° sobre camadas na Seeito 1.7, e a adicao de cabecalhos a unidades de dados de protocolo enquanto passam por sua pilha. Existe uma nocao equivalente de adicao de informacbes de cabecalho a movimc ntacao de passageiros e suas malas pela pilha do protocolo da linha aerea?

O. Em redes modernas de comutacao de pacotes, a maquina de origem segmenta mensagens longas de camada de aplicacao (por exemplo, uma imagem ou urn arquivo de mnsica) em pacotes menores e os envia pela redo. A maquina destinataria, entao, monta novamente os pacotes restaurando a mensagem original. Denominamos esse processo segmentacilo de mensagem. A Figura 1.21 ilustra o transporte fim-a-fim de uma mensagem corn e sem segmentacao. Considere que uma mensagem de 7,5 • 106 bits de comprimento tenha de ser enviada da origem ao destino na Figura 1.21. Suponha que a velocidade de cada enlace da figura seja 1,5 Mbps. Ignore atrasos de propagacao, de fila e de processamento.

Considere o envio da mensagem da origem ao destino sem segmentacao. Quanto tempo essa men-sagem levara para ir da maquina de origem ate o primeiro comutador de pacotes? Tendo em mente que cada comutador usa comutacao de pacotes do tipo armazena-e-reenvia, qual e o tempo total para levar a mensagem da maquina de origem 5 maquina de destine?

b. Agora suponha que a mensagem seja segmentada em 5 mil pacotes, cada urn corn 1:500 bits de t. um-primento. Quanto tempo demorara para o primeiro pacote ir da maquina de origem ate o primeiro comutador? Quando o primeiro pacote esta sendo enviado do primeiro ao segundo comutador, o segundo pacote esta sendo enviado da maquina de origem ao primeiro comutador. Em que ir-aan-te o segundo pacote tera sido completamente recebido no primeiro comutador?

Page 54: Rede Cap1

Destino OriVrrl

b. Comutador de pacotes

Comutador de pacotes

Redes de tomputadores e a Internet

0 e

Coniutador

Comutador

DiAino

a .

de pacotes

de pacotes

Figura 1.21 Transporte fim-a-fim de mensagem: a) sem segmentacao de mensagem; (b) cam segmentacao de mensagem

c. Quanto tempo demorara para movimentar o arquivo da inaquina de origem ate a maquina de des-tino quando e usada segmentacao de mensagem? Compare este resultado corn sua resposta na parte `a' e comente.

d. Discuta as desvantagens da segmentarao de mensagem.

21. Experimente o applet Java de segmentacao de mensagein apresentado no site Web deste livro. Os atra-sos no applet correvondein ao; atrasos obtidos na pergunta anterior? Como os atrasos de propagacao no enlace afetam o atraso total fiin-a-fim na comutacao de pacotes (corn segmentacao de mensagem) e na comutac5o de. mensagens?

22. Considers o ell Vic) de urn arquivo grande de F bits do computador A para o computador B. Ha dois enla-ces (e urn cornutador) entre eles c os enlaces nao estao congestionados (isto e, nao ha atrasos de fila). 0 computador A fragmenta o arquivo em segmentos de S bits cada e adiciona 40 bits de cabecalho a cada segment°, {outland° pacotes de L = 40 1- 5 bits. Cada enlace tern uma taxa de transmissao de R bps. Qual e o valor de S que minimiza o atraso para levar o arquivo de A para B? Desconsidere o atra-so de propagcao.

uestoes dissertativas

1. Que tipos de servicos de telefone celular sem fio estao disponiveis em sua area?

2. Usando tecnologia de LAN sem fio 802.11, elabore o projeto de uma rede domestica para sua casa ou para a casa de sous pais. Relacione os modelos de produtos especificos para essa rede domestica junta-mente corn seus custos,

3. 0 que e "PC para telefone"? Desctbra alguns sites de empresas que estao no negOcio de "PC para tele- fone"

4. 0 que e Short Message Service (SMS)? Esse servico e popular em algum lugar do mundo? Caso seja, diga onde e qual sett gran de popularidad.e. I possivel enviar uma mensagem SMS de urn Web site para urn telef011e portatil?

5. 0 que E recepcao de audio armazenado? Descreva alguns dos produtos existentes para a recepcao de audio em tempo real pela Internet. Descubra alguns sites de empresas que estao no negOcio de recep-cao de audio cm tempo real pea Internet.

6. 0 que e videoconferencia pela Internet? Descreva alguns dos produtos existentes para esse tipo de videoconferencia. Descubra alguns sites de empresas que estao nesse negOcio.

Page 55: Rede Cap1

Capital() 1 Reties de computadores e a futernet

Descubra cinco empresas que oferecem servicos de compartilhamento de arquivos P2P. Cite as fipo .trilttiVOS (isto e, contetido) que cada emprcsa processa.

que e -mensagem instantanea? Existem produtos que permitem acesso a urn servico de me:: - •- instantanea par -meth de um equipamento de mat)?

Quem inventou o ICQ, o primeiro servico de mensagem instantanea? Quando foi inventado e (!ot idade tinham seus inventores? Quem inventou o Napster? Quando foi inventado e quc idade trollicm

inventores? Quais sgo as semelhancas e diferencas entre as tecnologias Wi-Fi e 3G de acesso sem Ito a Intcruct.'

Quais sac) as taxas de bits dos dois servicos? Quais sao os custos? Discuta roaming c acesso (lc y titter lugar.

• Pu:r que o Napster deixou de existir? 0 que e a RIAA e que providencias esta tomando para limiLar 0 .t.:-ornpartilhamento de arquivos P2P de conteudo protegido por direitos autorais? Qual e a cliterenca entre violacao de direitos autorais direta e indireta? Voce acha que daqui a dez anos redes de computadores ainda compartilharao amplamente arquivos protcgiclos por direitos autorais? Por que sim ou por que nao? Justifique.

Ethereal Lab

"Conte-me e eu esquecerei. Mostre-me e eu lembrarei. Envolva-me e eu entenderei." Proverbio chines

A compreensao de protocolos de rede pode ser muito mais profunda se os virmos em acao e interagirmos ,71 I 1 eles — observando a seqiiencia de mensagens trocadas entre duas entidades de protocolo, pesquisando

Ilies de sua operacao, fazendo corn que eles executem determinadas aches e observando essas aches e suas I. co sequencias. Isso pode ser feito em cenarios simulados ou em urn ambiente real de rede, tal comp a Internet.

ipplets Java apresentados (em ingles) no site deste livro adotam a primeira abordagem. Nos Ethereal labs - Iciiii.are11105 a intim. Voce executara aplicaches de rede em varios cenarios utilizando seu computador no

iLorio, em casa ou ern urn laboratario e observara tambem os protocolos de rede interagindo e trocando cnsagens corn entidades de protocolo que estao executando em outros lugares da Internet. Assim, voce e seu

yutador sera° partes integrantes desses laboratarios ao vivo e voce observara — e aprenderg fazendo.

A ferramenta basica para observar as mensagens trocadas entre entidades de protocolos em execucao e llominada analisador de pacotes. Como o nome sugere, urn analisador de pacotes recebe passivamente

HHosagens enviadas e recebidas por seu computador; tambem exibe o contend° dos varios campus de pro- das mensagens que captura. Uma tela do analisador de pacotes Ethereal e mostrada na Figura 1.22.

.) e urn analisador de pacotes gratuito que funciona em computadores corn sistemas operacionais Windows, Linux/Unix e Mac. Nos capitulos 1 a 5 voce encontrara Ethereal labs que 0 habilitarao a explo- varios dos protocolos estudados em cada capitulo. Neste primeiro Ethereal lab, voce obtera e instafara

capia do programa, acessarg um Web site e examinara as mensagens de protocol() trocacht, erri re .,,cu

)1, twser e o servidor Web.

Voce encontrarci detalhes completos, em ingles, sobre este primeiro Ethereal Lab t . rnc lufrrrle iil5rnicocs soot/

otter e instalar o programa) no site www . aw . corn/kurose_br.

Page 56: Rede Cap1

rehered: . •

1‘5.1 • 7:4 c.7.s.tv,._ 2 cet Ade : .168.1.105 ( 5) f••: : r Dst Port. A:::

1-7Tir..1 .1 .•••. I • ere:- e•,•/

:•7•er . I e.,i4T'Ire: hat

er::7

detalhes do cabecalho do pacote escolhido

contend° do pacote em notacao hexadecimal e ASCII

Redes de computadores e a Internet

411 <capttse> -

comando 4 7, • -

memoria

lista de pacote5 capturaclos

3,, al. te4 ■44.4 J. 3i3.. • 192.1

11 . •-71.7?,..455r -,'•,:,.,1,:e3.1.71.e!-: .,.,,IAT..,17-3 .1 -e. H7 TH/1.4.

4c. 11.'r 1`e2.1.e...2.1.1:7; l':• , ". 72- 21'• ,.)

i 7. 11. 7 R35 E "i.k, 5 .1; . :3.21 , ...::). ' lirra-r i,P 117712/1. .1 I- 111. 7:::“F.C.2 1.e.:5.15,Q.1,23..:le

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Figura 1.22 lima amostra de Lela do programa Ethereal

Page 57: Rede Cap1

teeeEe-a

eonard Kleinrock

t i9

< . :e i prOtessOr die ciencia da corryoUtd.cao-

tu.n ./ersicade do Califoroiaem :Los Arioe es.

compuraccr na L.).C.LA se toriyou o pH '1=1 >nb c

tlernef. Ele cliou os principios da comutdcao ce pacotes

err 1961 que e tor nou a tecnologia basica co HHemet.

:)onard tambern e or scente e fundador da Noma

I n LI M CI compan rtacuto tecnologia oterece me or .acessbili-code

ce Internet 'panda .orgo Ect c bacl;carF-1em engerlidria eletd a

fci C.t Coilec o New York CCNY) e rnestre e dautoI err, enq clarla

etc, tnstituto de Tecnologia ce Massachusetts (f\A1T).

O que o fez se decidir pela especializacao em tecnologia de redes/Internet?

doutorando do MIT em 1959, percebi que a maioria dos meus col•gas de trirnia CtitilVit pCtitilti.',:lN na:.

dr teoria da infornaacao e de teoria da codificacao. Havia no MIT o grand qtte

inha proposto estudos nessas areas e resolvido a major parte dos problernas importante!„. clue rcs-

ua

pesquisar eram dificeis e de menor importancia. Portant°, d•cid propor tirmi novu tta ittLil. aft. cullio

tinha pensado. Lembre-se de que no MIT, eu estaN,a ccrcado iic cottiptit.idore,. e era evid•nic part tnim

I , revemente aquelas rnaquinas teriam de se comunicar Lunt; coin ittiti,v,. .Na (•irc:t. non meio tz: de fazer isso; portanto, decidi desenvolver a tecnologia que ..t Q- t-iacio de reties de dados cficientes.

u a I foi seu primeiro emprego no setor de computacao? 0 que implicava?

cliientei o curso noturno de graduacao em engenharia eletrieit da t t: NY de 1951 a 1957. Durante o dia, inicialmente como tecnico e depois como engenheiro ern utn:A pequena empresa de eletrOnica industrial

:..thintada Photobell, Enquanto trabalhava la, introduzi tecnologia digital na linha de produtos da empresa. , encialmente, estavamos usando equipamentos fotoeletricos para dctectau a presenca de certos itens (caixas,

uas etc.) e a utilizacao de urn circuito conhecido na epoca come Inuit vibrador biestdvel era exatarnente o tipo ti.‘cnologia de que precisavamos para levar o processamento digital a esse campo da deteccao. Acontc•r (plc

circuitos sfto os blocos de construcao basicos dos conipuradores c vi.erarn a ser conhecidos como oinutadores na linguagem coloquial de hoje.

0 que passou por sua cabeca quando enviou a primeira mensagem computador a computador Oa UCLA para o Stanford Research Institute)?

primeira mensagem computador a computador foi, de certa maneira, um am ich mil fora mim, o even nt:tk

nupressionante aconteceu em 2 de setembro de 1969, quando o prirriciro component& de equiparnento J ii'de

55

Page 58: Rede Cap1

(o IMP) foi concctado corn o primeiro sistema operational no mundo exterior (meu computador na UCLA). Foi entao que nasceu a Internet. Anteriormente, naquele mesmo ano, fui citado em urn comunicado de imprensa da UCLA por ter dito que. logo que a rede estivesse pronta e em funcionamento, seria possivel ter acesso a utilida-des de outros computadores a partir de nossas casas e escritarios tao facilmente quanto tinhamos acesso a eletri-ciclade acs telefone. Portant°. a visao que eu tinha da Internet naquela epoca era que ela seria onipresente, esta-ria seuip.rc em luncionainento e sempre disponivel, que qualquer pessoa que possuisse qualquer equipamento poderia se.conectar coat cla de qualquer lugar e que ela seria invisivel. Mas jamais imaginei que minha mae, aos 94 anus de idade, estaria ligada a Internet hoje como ela realmente esta.

Em sua opiniao, qual é o futuro das redes?

0 mais clam para mini e o que se refere a computacao nomadica e a espacos inteligentes. A disponibilidade de equipamentos de computacao de baixo peso, baratos, de alto desempenho e portateis, somada a onipresenca da Internet, permitiu que nos tornassemos nOmades. Computaceio nomadica se refere a tecnologia que habilita usua-rios finais que x'i.ajam de urn lugar para outro a ter acesso a services da Internet de modo transparente, nao impor-

tando paranncle vac. Contudo, ela a apenas urn passo. 0 passo seguinte vai nos capacitar a sair do mundo mis-terioso do ciberespaco pant o mundo fisico dos espacos inteligentes. A tecnologia dart vida a nossos ambientes (mesas. parecles, veiculos, relOgio,s c cintos, entre outros) por mein de atuadores, sensores, lOgica, processamen-to, armazenagent, cameras, microfones, alto-fatantes, paineis e comunicacao. Essa tecnologia embutida permiti-ra quc floss() ambiente forneca os servicos I.P que quisermos. Quando eu entrar em uma sala, ela sabers que eu entrei. Poderci me comunic;ar corn men ambience naturalmente, como se estivesse falando o meu idioma native; minhas solicitacoes gerarao respostas apresentadas como paginas Web em paineis de parede, por mews oculos, par voz, por hologramas e assim par diante.

Analisando urn panorama inais longinquo, vejo urn future para as redes que inclui componentes fundamen-

tals quc at nda virao. Vejo agentes inteligentes de software distribuidos por toda a rede cuja funcao e fazer mine-racao de dados, agir sohre esses dados, observar tendencias e adaptar e realizar tarefas dinamicamente. Vejo tra-

fego dr rede consideravelmente major gerado nao tanto per seres humanos, mas por esses equipamentos embutidus c agentes inteligentes de software. Vejo grandes conjuntos de sistemas auto-organizaveis controlando essa rede imensa Veit.) quantidades enormes de informacOes zunindo por essa rede instantaneamente e passando par extraordinarios processamentos e filtragc:ns. A Internet sera, cssencialmente, urn sistema nervoso de presenca global. Vejo tudo isso e mais enquanto entramos de cabeca no seculo XXI.

Glue pessoas o inspiraram profissionalmente?

Quem mais me inspirou foi Claude Shannon, do MIT, urn brilhante pesquisador que tinha a capacidade de rela-cionar suas ideias matematicas corn o mundo fisico de mode muitissimo intuitivo. Ele fazia parte da banca exa-minadora de minha tese de doutorado.

Voce pode dar algum conselho aos estudantes que estao ingressando no area de redes/ Internet?

A Internet, e tudo o que ela habilita, e uma vasta fronteira nova, cheia de desafios surpreendentes. Ha espaco para grandes inovacoes. Nao fiquem limitados a tecnologia existente hoje. Soltem sua imaginacao e pensem no que poderia acontecer e transformem isso em realidade.