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Comitê de Estratégia Reunião Técnica 10 de Dezembro de 2015

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Comitê de Estratégia

Reunião Técnica

10 de Dezembro de 2015

Agenda

Sobre a Anefac

Debate sobre o tema: Estratégias Políticas

Próximos eventos e temas do comitê

Rodada inicial de apresentações

Quem somos

• Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC;

• Fundada há quase 50 anos;

• Entidade sem fins lucrativos;

Missão

Promover ações que viabilizem de forma ética o desenvolvimento de gestores de

negócios na construção de relacionamentos no mercado brasileiro e

mundial.

• A ANEFAC é referência em excelência, ética e crescimento do setor.

Abrangência

• Em todo o território nacional com sedes em:

– São Paulo;

– Campinas;

– Rio de Janeiro;

– Curitiba e;

– Salvador.

Associados

• Público: Executivos das áreas de finanças, administração e contabilidade nos mais diversos cargos: CEO, CFO, Controller, gerentes, sócios, contadores, etc.

• Aproximadamente 1400 associados.

Eventos

• Congresso ANEFAC;

• Troféu Transparência;

• Prêmio Profissional ANEFAC do Ano;

• Eventos;

• Reuniões Técnicas;

• Parcerias.

Agenda

Sobre a Anefac

Debate sobre o tema: Estratégias Políticas

Próximos eventos e temas do comitê

Rodada inicial de apresentações

Rodada inicial

• Breve apresentação

• O que te fez vir à reunião?

• O que você entende por estratégia política?

Agenda

Sobre a Anefac

Debate sobre o tema: Estratégias Políticas

Próximos eventos e temas do comitê

Rodada inicial de apresentações

Palestrante: Carlos Caldeira

11

Corporativo

Educação

Acadêmico

Graduação - Adm Empresas M.B.ADoutorado – Estratégia

Empresarial

Ambiente não mercadológico

Fonte: Bach & Bruce-Allen (2010).

Integração entre estratégias de mercado (NMS) e não-mercado

Gestão

Estratégia

integrada

Ambiente

mercado

Ambiente

não mercado

Análise

mercado

(concorrência)

Análise

não mercado

Processo de

estratégia

mercado

Processo de

estratégia

não mercado

Coordenação da

implementação

Baron (1995).

‘Não Mercado’

. Estratégias Politicas (CPA)

. Responsabilidade Social (CSR)

. Sustentabilidade

. Comunicação Institucional

. Relações Públicas

Necessidade de estratégias políticas poder de mudança sob

controle do governo

Criação ou defesa de vantagem competitiva

(Baysinger, 1984)

Resultados políticos

Tipo de Benefício Tipo de Resultado Político Exemplos Setor Resultado

Individual

/ Coletivo

Barreiras de entrada Legislação favorável -Dean e Brown (1995)

-Haley & Schuler (2011)

-Vários (Poluição)

-Energia alternativa

Coletivo

Licenças de operação -Sun et al. (2010) -Automotivo Individual

Aumento de tarifas de importação -Schuler (1996) -Siderúrgico Coletivo

Aumento dos custos dos rivais

(Raising Rivals Costs=RCC)

-McWillians et al. (2002) -Petróleo Coletivo

Aumento de receitas Aumento de preços e tarifas -Bonardi et al.(2006) -Elétrico Individual

Aumento de volume de vendas para

os órgãos do governo

-Oliver e Holzinger (2008) -Defesa Individual

Diminuição de custos Utilização dos recursos do governo

para disputas de trade

-Galan (2012) -Aeroespacial Individual

Fundos específicos de ajuda -Lawton et al.(2013)

-Igan et al. (2011)

-Transporte aéreo

-Financeiro

Coletivo

Coletivo

Isenção de impostos -Caldeira (2012) -Etanol Individual

Acesso a financiamentos subsidiados -Claessen et al. (2008)

-Galan (2012)

-Vários

-Aeroespacial

Individual

Múltiplos Tratamento preferencial do governo -Frynas et. al.(2006) -Petróleo,

automotivo

Individual

Caldeira (2015)

O que são estratégias políticas

• Estratégias politicas = Corporate Political Action (CPA)

• “Tentativas ou atividades para influenciar as políticas públicas (e outras decisões governamentais) em direções favoráveis às firmas” (Hillman et al., 2004; Lux et al., 2011)

• Pioneiros: Epstein 1969; Baron (1995)

• O uso de CPA é disperso geograficamente, envolve grandes investimentos e tem crescido (Lux et al. 2011). Lobbying US = US$ 30 bi [0.20% PIB] (Sachs 2011)

• Suporte para relação entre CPA e melhor desempenho tem crescido em artigos recentes (Lux et al., 2011; Hadani & Schuler, 2013; Rajwani e Liedong, in press).

• Incentivo a utilização de CPA em economias em desenvolvimento [apropriação de rendas] (Rajwani e Liedong, in press).

No Brasil? Quem Faz? É legal?

"O lobby é um instrumento de manifestação da sociedade",

diz o diretor de assuntos corporativos e de relações

governamentais da Natura, Rodolfo Guttilla. "Ele não é bom

ou ruim em si porque o lobby não é um juízo de valor.

Depende da causa que está sendo defendida." Para Guttila,

tudo depende da causa lobby: "Existem agendas 'boas' e

'ruins' para a sociedade. O lobby é só a prática de defesa de

um interesse"

"A atividade do lobista é absolutamente legítima e

regulamentada em vários países", diz Gilberto Galan, autor do

livro "Relações Governamentais & Lobby - Aprendendo a Fazer".

"Usando uma série de ferramentas é possível se fazer lobby

ético e eficaz. No Brasil, virou um termo maldito por causa de

malas e cuecas, mas o lobby é apenas mais uma das

ferramentas das relações governamentais que existem."

Deputado Carlos Zaratini (PT-SP), autor de um amplo

projeto (PL 1.202/07) sobre o lobby […] argumenta que

o lobby é uma atividade legal e regulada na Europa e nos

Estados Unidos, onde os lobistas são pessoas autorizadas a

defender determinadas causas junto ao Legislativo e, em

alguns casos, junto a órgãos do Executivo. Eles devem

pertencer a empresas da área e são autorizados a participar

de audiências para defender o ponto de vista de grupos da

sociedade ou de empresas. É uma atividade aberta, que não

tem nada a ver com o tráfico de influência, que é crime.

Processo de Estratégias Politicas

Silva, Caldeira e Bandeira-de-Mello (2014)

Identificação das Issues

•Monitoramento dos DO´s, das casas, do executivo, do legislativo– VW (3000 issues) (Caldeira, 2015)– Whirlpool (4500 issues) (Caldeira, 2015)– Uso de força própria, associações e consultorias

•Key Resource– “O mais importante para o RG é a capacidade de entender as grandes tendências e como isso pode

afetar a empresa no futuro. Esta capacidade é rara, e demanda um profissional com formação acima da média e capaz de fazer este link” (Galan 2011)

– “Quanto mais cedo se identifica a issue, mais tempo se tem para engajar-se, ou ainda, para dar os dedos ao invés do braço” (Galan 2011)

Aguilar (1967)

Estratégia Tática Características

Estratégias de

informação

Lobby

Almeja atingir o decisor

político através do

fornecimento de informação

Financiamento de projetos de pesquisa

Depoimentos como especialistas em determinado assunto ou

issue

Fornecimento de relatórios técnicos ou de opinião

Estratégias de

incentivo

financeiro

Contribuições para políticos ou partidos

Almeja atingir o decisor

político através do

fornecimento de incentivos

financeiros

Honorários por palestras

Pagamento de viagens e convenções

Contratação de pessoas com experiência política e/ou ter

membros da firma concorrendo a cargos públicos

Estratégias de

construção de

base de suporte

(indiretas)

Mobilização da base de empregados, fornecedores, etc.

Almeja atingir o decisor

político indiretamente, através

do suporte da “opinião

pública” e base de eleitores

Propaganda política

Relações públicas

Conferências de imprensa

Programas de educação “política”

Como se faz CPA? – Formulação - Tipos de Estratégias Políticas

Hillman & Hitt 1999

Como se faz CPA? – Formulação e implementação - Informação e

lobbying

•Diferentes descrições de empresas se engajando em lobbying (diversos autores)

•Poucos dados (investimentos em lobbying) (USA, EU)

•Diferenças comparativas entre estilos (Rival, 2002)

•“Framing”

•Competição (Cesário, 2015)

– 987 grupos de pressão atuando nas audiências publicas de 2011-2012– Grupos mais atuantes

1 Sindicatos2 Organizações de defesa dos funcionários públicos3 OSIPS4 Empresas

Evolução das contribuições de campanha eleitoral – eleições presidenciais

Brasil (R$) Delta %PIB E.U.A (US$) Delta %PIB

2000 3,082,340,937 - 0.03%

2002 678,372,927 - 0.05%

2004 4,147,304,003 35% 0.03%

2006 1,514,190,740 123% 0.06%

2008 5,285,680,883 27% 0.04%

2010 3,223,126,295 113% 0.09%

2012 6,285,557,223 19% 0.04%

Como se faz CPA? – Formulação e implementação - Campaign Financing -

Comportamento de Brasil e USA

Fonte: TSE, Opensecrets.com

Como se faz CPA? – Formulação e implementação Campaign Financing - Empresas sempre doam igual

para os candidatos? - Teste

PleitoR$

(Milhões) Candidato CandidatoR$

(Milhões) Delta

Prefeitura 2012 43 Haddad X Serra 64 21

Presidente 2010 135 Dilma X Serra 106 (29)

Prefeitura 2008 23 Marta X Kassab (R) 46 23

Presidente 2006 81 (R) Lula X Alckmin 79 (2)

Prefeitura 2004 19 (R) Marta X Serra 15 (4)

Presidente 2002 32 Lula X Serra 56 24

Contribuições para candidatos em pleitos selecionados – R$ (milhões)

Candidatos pró-empresas

costumam amealhar mais

contribuições,

independentemente de país

Candidatos a reeleição

costumam amealhar mais

contribuições,

independentemente de país

Nota: R= Candidato a reeleição; Negrito = vencedor

Fonte: TSE

Base de suporte - Atividades indiretas de pressão

Fonte: http://fortune.com/2013/12/09/airbnb-peers/

Fonte: www.marketvisual.com, acessado em maio de 2015

Como se faz CPA? – Formulação e implementação – Conexões Políticas

Resultados políticos: individuais e coletivos

Tipo de Benefício Tipo de Resultado Político Exemplos Setor Resultado

Individual

/ Coletivo

Barreiras de entrada Legislação favorável -Dean e Brown (1995)

-Haley & Schuler (2011)

-Vários (Poluição)

-Energia alternativa

Coletivo

Licenças de operação -Sun et al. (2010) -Automotivo Individual

Aumento de tarifas de importação -Schuler (1996) -Siderúrgico Coletivo

Aumento dos custos dos rivais

(Raising Rivals Costs=RCC)

-McWillians et al. (2002) -Petróleo Coletivo

Aumento de receitas Aumento de preços e tarifas -Bonardi et al.(2006) -Elétrico Individual

Aumento de volume de vendas para

os órgãos do governo

-Oliver e Holzinger (2008) -Defesa Individual

Diminuição de custos Utilização dos recursos do governo

para disputas de trade

-Galan (2012) -Aeroespacial Individual

Fundos específicos de ajuda -Lawton et al.(2013)

-Igan et al. (2011)

-Transporte aéreo

-Financeiro

Coletivo

Coletivo

Isenção de impostos -Caldeira (2012) -Etanol Individual

Acesso a financiamentos subsidiados -Claessen et al. (2008)

-Galan (2012)

-Vários

-Aeroespacial

Individual

Múltiplos Tratamento preferencial do governo -Frynas et. al.(2006) -Petróleo,

automotivo

Individual

Caldeira (2015)

Resultados em CPA?

•Deveria resultar em lucro econômico

•Difícil de medir

– Efeitos assimétricos das politicas públicas

– Matar projetos

– “ Sometimes lobbying works, sometimes it does not.” – Nownes (2006)

– Exceção : Mancuso (2004)

– Interesse dos practicioners

•CPA – fenômeno complexo

•Falta de recursos

•Associações “fracas”

•Dualidade institucional

•Falta de apoio organizacional

•Dificuldade de medir resultado

3000 X Issues

3 X Tipos Estratégia (informação, financeira, de suporte)

3 – 10 X Qual o framing?

5 X Que poder (executivo, legislativo, judiciário, m. publico, imprensa)

3 X Que nível (federal, estadual, municipal)

2 X Interna ou externamente (próprio ou associações)

= 150 ou mais possibilidades de atuação para cada issue

2 FTE Equipe média de RG no Brasil

Caldeira (2015), Caldeira e Bandeira de Mello (2015)

A difícil vida de um gestor de relaçõesgovernamentais no Brasil

Agenda

Sobre a Anefac

Debate sobre o tema: Estratégias Políticas

Próximos eventos e temas do comitê

Rodada inicial de apresentações

Resultado da pesquisa de temas para 2016

Eventos do comitê em 2016

• Primeiro encontro de 2016

• 14/01

• Tema: boas práticas em gestão de pessoas alinhadas a estratégia

Grato pela presença!

David Kallá[email protected]

(11) 3253-8779