reunião técnica - anefac · fonte: bach & bruce-allen (2010). integração entre estratégias...
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Agenda
Sobre a Anefac
Debate sobre o tema: Estratégias Políticas
Próximos eventos e temas do comitê
Rodada inicial de apresentações
Quem somos
• Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC;
• Fundada há quase 50 anos;
• Entidade sem fins lucrativos;
Missão
Promover ações que viabilizem de forma ética o desenvolvimento de gestores de
negócios na construção de relacionamentos no mercado brasileiro e
mundial.
• A ANEFAC é referência em excelência, ética e crescimento do setor.
Abrangência
• Em todo o território nacional com sedes em:
– São Paulo;
– Campinas;
– Rio de Janeiro;
– Curitiba e;
– Salvador.
Associados
• Público: Executivos das áreas de finanças, administração e contabilidade nos mais diversos cargos: CEO, CFO, Controller, gerentes, sócios, contadores, etc.
• Aproximadamente 1400 associados.
Eventos
• Congresso ANEFAC;
• Troféu Transparência;
• Prêmio Profissional ANEFAC do Ano;
• Eventos;
• Reuniões Técnicas;
• Parcerias.
Agenda
Sobre a Anefac
Debate sobre o tema: Estratégias Políticas
Próximos eventos e temas do comitê
Rodada inicial de apresentações
Rodada inicial
• Breve apresentação
• O que te fez vir à reunião?
• O que você entende por estratégia política?
Agenda
Sobre a Anefac
Debate sobre o tema: Estratégias Políticas
Próximos eventos e temas do comitê
Rodada inicial de apresentações
Palestrante: Carlos Caldeira
11
Corporativo
Educação
Acadêmico
Graduação - Adm Empresas M.B.ADoutorado – Estratégia
Empresarial
Integração entre estratégias de mercado (NMS) e não-mercado
Gestão
Estratégia
integrada
Ambiente
mercado
Ambiente
não mercado
Análise
mercado
(concorrência)
Análise
não mercado
Processo de
estratégia
mercado
Processo de
estratégia
não mercado
Coordenação da
implementação
Baron (1995).
‘Não Mercado’
. Estratégias Politicas (CPA)
. Responsabilidade Social (CSR)
. Sustentabilidade
. Comunicação Institucional
. Relações Públicas
Necessidade de estratégias políticas poder de mudança sob
controle do governo
Criação ou defesa de vantagem competitiva
(Baysinger, 1984)
Resultados políticos
Tipo de Benefício Tipo de Resultado Político Exemplos Setor Resultado
Individual
/ Coletivo
Barreiras de entrada Legislação favorável -Dean e Brown (1995)
-Haley & Schuler (2011)
-Vários (Poluição)
-Energia alternativa
Coletivo
Licenças de operação -Sun et al. (2010) -Automotivo Individual
Aumento de tarifas de importação -Schuler (1996) -Siderúrgico Coletivo
Aumento dos custos dos rivais
(Raising Rivals Costs=RCC)
-McWillians et al. (2002) -Petróleo Coletivo
Aumento de receitas Aumento de preços e tarifas -Bonardi et al.(2006) -Elétrico Individual
Aumento de volume de vendas para
os órgãos do governo
-Oliver e Holzinger (2008) -Defesa Individual
Diminuição de custos Utilização dos recursos do governo
para disputas de trade
-Galan (2012) -Aeroespacial Individual
Fundos específicos de ajuda -Lawton et al.(2013)
-Igan et al. (2011)
-Transporte aéreo
-Financeiro
Coletivo
Coletivo
Isenção de impostos -Caldeira (2012) -Etanol Individual
Acesso a financiamentos subsidiados -Claessen et al. (2008)
-Galan (2012)
-Vários
-Aeroespacial
Individual
Múltiplos Tratamento preferencial do governo -Frynas et. al.(2006) -Petróleo,
automotivo
Individual
Caldeira (2015)
O que são estratégias políticas
• Estratégias politicas = Corporate Political Action (CPA)
• “Tentativas ou atividades para influenciar as políticas públicas (e outras decisões governamentais) em direções favoráveis às firmas” (Hillman et al., 2004; Lux et al., 2011)
• Pioneiros: Epstein 1969; Baron (1995)
• O uso de CPA é disperso geograficamente, envolve grandes investimentos e tem crescido (Lux et al. 2011). Lobbying US = US$ 30 bi [0.20% PIB] (Sachs 2011)
• Suporte para relação entre CPA e melhor desempenho tem crescido em artigos recentes (Lux et al., 2011; Hadani & Schuler, 2013; Rajwani e Liedong, in press).
• Incentivo a utilização de CPA em economias em desenvolvimento [apropriação de rendas] (Rajwani e Liedong, in press).
No Brasil? Quem Faz? É legal?
"O lobby é um instrumento de manifestação da sociedade",
diz o diretor de assuntos corporativos e de relações
governamentais da Natura, Rodolfo Guttilla. "Ele não é bom
ou ruim em si porque o lobby não é um juízo de valor.
Depende da causa que está sendo defendida." Para Guttila,
tudo depende da causa lobby: "Existem agendas 'boas' e
'ruins' para a sociedade. O lobby é só a prática de defesa de
um interesse"
"A atividade do lobista é absolutamente legítima e
regulamentada em vários países", diz Gilberto Galan, autor do
livro "Relações Governamentais & Lobby - Aprendendo a Fazer".
"Usando uma série de ferramentas é possível se fazer lobby
ético e eficaz. No Brasil, virou um termo maldito por causa de
malas e cuecas, mas o lobby é apenas mais uma das
ferramentas das relações governamentais que existem."
Deputado Carlos Zaratini (PT-SP), autor de um amplo
projeto (PL 1.202/07) sobre o lobby […] argumenta que
o lobby é uma atividade legal e regulada na Europa e nos
Estados Unidos, onde os lobistas são pessoas autorizadas a
defender determinadas causas junto ao Legislativo e, em
alguns casos, junto a órgãos do Executivo. Eles devem
pertencer a empresas da área e são autorizados a participar
de audiências para defender o ponto de vista de grupos da
sociedade ou de empresas. É uma atividade aberta, que não
tem nada a ver com o tráfico de influência, que é crime.
Identificação das Issues
•Monitoramento dos DO´s, das casas, do executivo, do legislativo– VW (3000 issues) (Caldeira, 2015)– Whirlpool (4500 issues) (Caldeira, 2015)– Uso de força própria, associações e consultorias
•Key Resource– “O mais importante para o RG é a capacidade de entender as grandes tendências e como isso pode
afetar a empresa no futuro. Esta capacidade é rara, e demanda um profissional com formação acima da média e capaz de fazer este link” (Galan 2011)
– “Quanto mais cedo se identifica a issue, mais tempo se tem para engajar-se, ou ainda, para dar os dedos ao invés do braço” (Galan 2011)
Aguilar (1967)
Estratégia Tática Características
Estratégias de
informação
Lobby
Almeja atingir o decisor
político através do
fornecimento de informação
Financiamento de projetos de pesquisa
Depoimentos como especialistas em determinado assunto ou
issue
Fornecimento de relatórios técnicos ou de opinião
Estratégias de
incentivo
financeiro
Contribuições para políticos ou partidos
Almeja atingir o decisor
político através do
fornecimento de incentivos
financeiros
Honorários por palestras
Pagamento de viagens e convenções
Contratação de pessoas com experiência política e/ou ter
membros da firma concorrendo a cargos públicos
Estratégias de
construção de
base de suporte
(indiretas)
Mobilização da base de empregados, fornecedores, etc.
Almeja atingir o decisor
político indiretamente, através
do suporte da “opinião
pública” e base de eleitores
Propaganda política
Relações públicas
Conferências de imprensa
Programas de educação “política”
Como se faz CPA? – Formulação - Tipos de Estratégias Políticas
Hillman & Hitt 1999
Como se faz CPA? – Formulação e implementação - Informação e
lobbying
•Diferentes descrições de empresas se engajando em lobbying (diversos autores)
•Poucos dados (investimentos em lobbying) (USA, EU)
•Diferenças comparativas entre estilos (Rival, 2002)
•“Framing”
•Competição (Cesário, 2015)
– 987 grupos de pressão atuando nas audiências publicas de 2011-2012– Grupos mais atuantes
1 Sindicatos2 Organizações de defesa dos funcionários públicos3 OSIPS4 Empresas
Evolução das contribuições de campanha eleitoral – eleições presidenciais
Brasil (R$) Delta %PIB E.U.A (US$) Delta %PIB
2000 3,082,340,937 - 0.03%
2002 678,372,927 - 0.05%
2004 4,147,304,003 35% 0.03%
2006 1,514,190,740 123% 0.06%
2008 5,285,680,883 27% 0.04%
2010 3,223,126,295 113% 0.09%
2012 6,285,557,223 19% 0.04%
Como se faz CPA? – Formulação e implementação - Campaign Financing -
Comportamento de Brasil e USA
Fonte: TSE, Opensecrets.com
Como se faz CPA? – Formulação e implementação Campaign Financing - Empresas sempre doam igual
para os candidatos? - Teste
PleitoR$
(Milhões) Candidato CandidatoR$
(Milhões) Delta
Prefeitura 2012 43 Haddad X Serra 64 21
Presidente 2010 135 Dilma X Serra 106 (29)
Prefeitura 2008 23 Marta X Kassab (R) 46 23
Presidente 2006 81 (R) Lula X Alckmin 79 (2)
Prefeitura 2004 19 (R) Marta X Serra 15 (4)
Presidente 2002 32 Lula X Serra 56 24
Contribuições para candidatos em pleitos selecionados – R$ (milhões)
Candidatos pró-empresas
costumam amealhar mais
contribuições,
independentemente de país
Candidatos a reeleição
costumam amealhar mais
contribuições,
independentemente de país
Nota: R= Candidato a reeleição; Negrito = vencedor
Fonte: TSE
Base de suporte - Atividades indiretas de pressão
Fonte: http://fortune.com/2013/12/09/airbnb-peers/
Fonte: www.marketvisual.com, acessado em maio de 2015
Como se faz CPA? – Formulação e implementação – Conexões Políticas
Resultados políticos: individuais e coletivos
Tipo de Benefício Tipo de Resultado Político Exemplos Setor Resultado
Individual
/ Coletivo
Barreiras de entrada Legislação favorável -Dean e Brown (1995)
-Haley & Schuler (2011)
-Vários (Poluição)
-Energia alternativa
Coletivo
Licenças de operação -Sun et al. (2010) -Automotivo Individual
Aumento de tarifas de importação -Schuler (1996) -Siderúrgico Coletivo
Aumento dos custos dos rivais
(Raising Rivals Costs=RCC)
-McWillians et al. (2002) -Petróleo Coletivo
Aumento de receitas Aumento de preços e tarifas -Bonardi et al.(2006) -Elétrico Individual
Aumento de volume de vendas para
os órgãos do governo
-Oliver e Holzinger (2008) -Defesa Individual
Diminuição de custos Utilização dos recursos do governo
para disputas de trade
-Galan (2012) -Aeroespacial Individual
Fundos específicos de ajuda -Lawton et al.(2013)
-Igan et al. (2011)
-Transporte aéreo
-Financeiro
Coletivo
Coletivo
Isenção de impostos -Caldeira (2012) -Etanol Individual
Acesso a financiamentos subsidiados -Claessen et al. (2008)
-Galan (2012)
-Vários
-Aeroespacial
Individual
Múltiplos Tratamento preferencial do governo -Frynas et. al.(2006) -Petróleo,
automotivo
Individual
Caldeira (2015)
Resultados em CPA?
•Deveria resultar em lucro econômico
•Difícil de medir
– Efeitos assimétricos das politicas públicas
– Matar projetos
– “ Sometimes lobbying works, sometimes it does not.” – Nownes (2006)
– Exceção : Mancuso (2004)
– Interesse dos practicioners
•CPA – fenômeno complexo
•Falta de recursos
•Associações “fracas”
•Dualidade institucional
•Falta de apoio organizacional
•Dificuldade de medir resultado
3000 X Issues
3 X Tipos Estratégia (informação, financeira, de suporte)
3 – 10 X Qual o framing?
5 X Que poder (executivo, legislativo, judiciário, m. publico, imprensa)
3 X Que nível (federal, estadual, municipal)
2 X Interna ou externamente (próprio ou associações)
= 150 ou mais possibilidades de atuação para cada issue
2 FTE Equipe média de RG no Brasil
Caldeira (2015), Caldeira e Bandeira de Mello (2015)
A difícil vida de um gestor de relaçõesgovernamentais no Brasil
Agenda
Sobre a Anefac
Debate sobre o tema: Estratégias Políticas
Próximos eventos e temas do comitê
Rodada inicial de apresentações
Eventos do comitê em 2016
• Primeiro encontro de 2016
• 14/01
• Tema: boas práticas em gestão de pessoas alinhadas a estratégia