tc · 2020. 9. 30. · assim, a presente revisão temática visa elucidar o processo fisiológico...

43
Disfagia crónica após radioterapia para Cancro Cabeça e Pescoço Chronic dysphagia after radiotherapy in Head and Neck Cancer Beatriz Sousa Caetano de Almeida ORIENTADO POR: Drª Isabel Maria Lourenço de Carvalho COORIENTADO POR: Prof. Doutor José Alejandro Ribeiro dos Santos REVISÃO TEMÁTICA 1.º CICLO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO | UNIDADE CURRICULAR ESTÁGIO FACULDADE DE CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO TC PORTO, 2020

Upload: others

Post on 30-Jan-2021

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Disfagia crónica após radioterapia

    para Cancro Cabeça e Pescoço

    Chronic dysphagia after radiotherapy

    in Head and Neck Cancer

    Beatriz Sousa Caetano de Almeida

    ORIENTADO POR: Drª Isabel Maria Lourenço de Carvalho

    COORIENTADO POR: Prof. Doutor José Alejandro Ribeiro dos Santos

    REVISÃO TEMÁTICA

    1.º CICLO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO | UNIDADE CURRICULAR ESTÁGIO

    FACULDADE DE CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO

    TC PORTO, 2020

  • i

    Resumo

    A disfagia é uma consequência comum do tratamento de radioterapia em

    pacientes com Cancro Cabeça e Pescoço, que se pode manifestar muitos anos após

    o seu término. É um sintoma limitante da alimentação nas suas dimensões física,

    social e simbólica, com impacto no estado nutricional. A presente monografia visa

    elucidar o processo de deglutição e o surgimento da disfagia após a radioterapia,

    identificar os pacientes mais suscetíveis, clarificar a sua metodologia de avaliação

    e perceber o impacto da intervenção nutricional, particularmente, da dieta de

    textura modificada.

    A radioterapia provoca lesões nos músculos e nervos envolvidos no

    mecanismo complexo da deglutição, impedindo a correta sincronização dos

    eventos que permitem o transporte do bolo alimentar até ao estômago.

    Caraterísticas individuais do paciente, estado nutricional ao diagnóstico, estádio

    e localização tumoral, tipo e intensidade da radiação aplicada são fatores

    influenciadores da incidência e severidade da disfagia. A intervenção nutricional

    precoce permite otimizar a ingestão alimentar, minimizar a perda ponderal e

    melhorar a tolerância aos tratamentos. Uma das estratégias nutricionais

    adaptativas é a alteração da consistência dos alimentos. Porém, para ser eficaz,

    é crucial o seu enquadramento com uma avaliação nutricional contínua,

    instituição e monitorização da terapia nutricional individualizada e sensibilização

    do paciente para a importância da adesão. Concluindo, o apoio nutricional deverá

    estar presente em todas as fases da doença, sendo essencial o acompanhamento

    a longo prazo, de forma a auxiliar o paciente no processo de resiliência à limitação

    duradoura induzida pelo tratamento oncológico, contribuindo para uma maior

    qualidade de vida.

  • ii

    Palavras-chave: Disfagia; Intervenção Nutricional; Cancro Cabeça e

    Pescoço; Radiação; Toxicidade tardia

  • iii

    Abstract

    Dysphagia is a common consequence of radiotherapy in Head and Neck

    Cancer patients, which can manifest many years after finishing the treatment. It

    is a symptom that disturbs eating in its physical, social and symbolic dimensions,

    with impact on nutritional status. This monograph aims to elucidate the

    swallowing process and the emergence of dysphagia after radiotherapy, to identify

    the most susceptible patients, to clarify its evaluation methodology and to

    understand the impact of the nutritional intervention, particularly, of the

    modified texture diet.

    Radiotherapy causes injuries to the muscles and nerves involved in the

    complex swallowing mechanism, preventing the correct synchronization of events

    that allow the transport of the food bolus to the stomach. Among the factors that

    influence the incidence and severity of swallowing disorders we can highlight the

    patient individual characteristics, nutritional status at diagnosis, tumor stage and

    location, applied type and intensity of radiation. Early nutritional intervention

    allows to optimize food intake, minimize weight loss and improve treatment

    tolerance. Modifying the texture of the diet is an adaptive nutritional strategy.

    However, in order to be effective, it is crucial to have a framework supporting

    continuous nutritional assessment, individualized dietary counseling and

    monitoring and patient awareness of the importance of adherence to the

    prescribed plan. In conclusion, nutritional support should be present in all stages

    of the disease. Long-term monitoring is essential in order to help increase patient

    resilience and quality of life while suffering from this long lasting limitation

    induced by cancer treatment.

  • iv

    Keywords: Dysphagia; Nutritional Intervention; Head and Neck Cancer; Radiation;

    Late toxicity

  • v

    Lista de siglas e acrónimos

    CCP- Cancro Cabeça e Pescoço

    DC-RT- Disfagia crónica induzida por radioterapia

    DO- Disfagia orofaríngea

    DTM- Dieta de textura modificada

    EES- Esfíncter esofágico superior

    FD- Função de deglutição

    GP- Gastrostomia percutânea

    IDDSI- International Dysphagia Diet Standardisation Initiative

    LG- Laringe glótica

    LS- Laringe supraglótica

    MCF- Músculos constritores da faringe

    OMS- Organização Mundial de Saúde

    PEG- Gastrostomia percutânea endoscópica

    QdV- Qualidade de vida

    QT- Quimioterapia

    RT- Radioterapia

    SNG- Sonda nasogástrica

    VAA- Via alimentar alternativa

    V-VST- Teste de deglutição viscosidade-volume

  • vi

    Sumário

    Resumo .................................................................................... i

    Abstract .................................................................................. iii

    Lista de siglas e acrónimos ............................................................. v

    Introdução ................................................................................. 1

    Metodologia .............................................................................. 2

    Desenvolvimento do tema .............................................................. 3

    1.Processo de Deglutição ....................................................... 3

    2.Fisiopatologia da disfagia induzida pela radioterapia .................... 3

    3.Fatores preditores da disfagia crónica induzida por radioterapia ...... 4

    4.Métodos de avaliação da disfagia ........................................... 7

    5.Importância e impacto da intervenção nutricional ....................... 8

    Análise Crítica .......................................................................... 11

    Conclusões .............................................................................. 15

    Referências ............................................................................. 16

    Índice de Apêndices ................................................................... 26

  • 1

    Introdução

    O Cancro Cabeça e Pescoço (CCP) é um grupo de neoplasias malignas do

    trato aerodigestivo superior(1-3) . Em 2018, foram registados 887 659 novos casos a

    nível mundial, correspondendo a 4,9% do total oncológico(4). Diversos estudos

    epidemiológicos demonstram que os principais fatores de risco são os hábitos

    tabágicos e etílicos, sendo que certas deficiências nutricionais e a má higiene oral

    podem aumentar significativamente o risco(2, 3). A radioterapia (RT) isolada ou

    concomitante à quimioterapia (QT) é o tratamento standard desta patologia(1, 5).

    Tanto o CCP como a RT estão independentemente associados ao risco de

    desnutrição, observando-se uma elevada prevalência no momento do diagnóstico,

    agravado durante a RT, devido aos efeitos secundários que comprometem a

    ingestão alimentar habitual(6-8). Um dos sintomas major é a disfagia, causada por

    alterações na função de deglutição (FD)(9, 10). Ocorre durante e após a RT(11, 12),

    considerando-se crónica se mantida seis meses após o tratamento(13). A FD é

    afetada no decorrer da RT, havendo recuperação parcial até aos doze meses(14-18).

    Subsequentemente, observa-se, em geral, uma estabilização ou melhoria da FD.

    Porém, é possível que alguns pacientes mantenham um declínio gradual e

    sustentado ao longo de vários anos(19). A disfagia crónica induzida por RT (DC-RT)

    é um processo dinâmico, podendo prevalecer mesmo cinco anos após o término

    do tratamento(19-21).

    A DC-RT reduz a capacidade de adequação da ingestão alimentar e hídrica

    (9), pois prejudica a eficácia e segurança da deglutição, intensificando a

    deterioração do estado nutricional. Deste modo, é mandatório uma intervenção

    nutricional individualizada, adequada e atempada, de forma a prevenir a

  • 2

    morbilidade e a mortalidade(9-11, 22, 23). Tendo um impacto negativo na qualidade

    de vida (QdV)(24-28), é crucial apurar a sua etiologia, identificar os pacientes mais

    suscetíveis ao seu desenvolvimento e criar estratégias multidisciplinares para

    minimizar a toxicidade e o declínio do estado de saúde(19).

    Assim, a presente revisão temática visa elucidar o processo fisiológico de

    deglutição e o surgimento da disfagia após a RT, identificar os fatores preditores

    de um maior risco de DC-RT, clarificar a metodologia de avaliação e perceber a

    importância da intervenção nutricional, em particular, o impacto da dieta de

    textura modificada (DTM) no estado de saúde dos pacientes com CCP com DC-RT.

    Metodologia

    Para o desenvolvimento da presente monografia, elaborou-se uma pesquisa

    bibliográfica nas bases de dados “Pubmed”, “Science Direct” e “Scopus”, limitada

    a estudos em humanos, desde 2010 até Abril de 2020, utilizando os seguintes

    termos de pesquisa: (cancer* OR oncology OR tumour OR neoplasm), (“head and

    neck” OR “upper aerodigestive tract”), (radiotherapy OR “radiation therapy” OR

    “radiation treatment”), (late OR long-term), (dysphagia OR “swallowing

    dysfunction” OR “swallowing disorder” OR “deglutition disorder”), (nutrition OR

    malnutrition) e (“texture modifying agentes” OR “thickening agents” OR

    “modified diet” OR “diet modification” OR “texture modification” OR “texture

    adaptation”). Foram excluídos os artigos cujo texto integral se apresentava

    indisponível e, após análise dos títulos e resumos, aqueles que não permitiam

    responder aos objetivos supracitados. Posteriormente, foram analisadas as

    referências bibliográficas de interesse dos estudos anteriormente selecionados e

    foram ainda consultados um livro referente à disfagia e um e-book, editado em

    2020, relativo à prevenção do cancro.

  • 3

    Desenvolvimento do tema

    1. Processo de Deglutição

    A deglutição é um processo fisiológico dinâmico e complexo, que

    compreende mecanismos voluntários e reflexos neuromusculares, que permitem a

    progressão dos alimentos da cavidade oral para o estômago(4, 29), sendo constituída

    por quatro fases. Na fase preparatória oral, forma-se o bolo alimentar(30), que, na

    fase oral, é transportado para a faringe através do impulsionamento posterior pela

    língua com a concomitante elevação do palato mole para impedir a passagem para

    a nasofaringe(3, 9, 29). Durante a fase faríngea, o reflexo de deglutição é acionado:

    a laringe, a faringe e o osso hioide elevam-se, o esfíncter da laringe fecha-se,

    impedindo a aspiração, e os músculos constritores da faringe (MCF) contraem-se,

    permitindo a progressão do bolo alimentar no sentido descendente, atingindo o

    estômago através da abertura do esfíncter esofágico inferior(3, 9, 29, 31-33), na fase

    esofágica. Qualquer alteração nestas fases que impeça uma alimentação segura e

    eficiente é definida como disfagia(30).

    2. Fisiopatologia da disfagia induzida pela radioterapia

    Segundo a Classificação Internacional de Doenças (ICD-11) da Organização

    Mundial de Saúde (OMS)(34), a disfagia é um sintoma associado a diversas

    patologias(35), descrito como uma “dificuldade de deglutição”. Consoante o local

    anatómico afetado, pode ser orofaríngea (devido a uma disfunção da faringe ou

    do esfíncter esofágico superior (EES)) ou esofágica (devido a uma disfunção do

    esófago). A disfagia orofaríngea (DO) é bastante prevalente no CCP,

    principalmente no decorrer e após a RT(36).

  • 4

    Os pacientes com CCP apresentam, frequentemente, disfagia prévia à RT,

    devido à obstrução pelo volume do tumor ou à infiltração deste nas estruturas

    envolvidas na FD(32, 37). A RT causa disfagia aguda, associada à inflamação dos

    tecidos, edema, odinofagia e xerostomia, ocorrendo cicatrização dos tecidos

    lesados, após a sua conclusão. Porém, por vezes, este processo é inadequado,

    ocorrendo fibrose, linfedema, comprometimento neurológico e atrofia muscular(4,

    15, 29, 30, 38). A fibrose é considerada a principal causa de DC-RT(10, 39, 40),

    contribuindo para uma deterioração progressiva e crónica dos tecidos(39).

    Adicionalmente, associada à inflamação causada pela RT, pode levar à compressão

    e/ou lesão das fibras nervosas da mucosa, originando neuropatia, também causada

    pela infiltração neural do tumor(29, 39, 41, 42). Estes fenómenos podem ser

    responsáveis pela redução da amplitude de movimentos musculares, fecho

    anómalo dos esfíncteres e má sincronização dos eventos da deglutição, observados

    nos pacientes após a RT(4, 5, 32, 42-44). Para além de afetarem a FD, estas alterações

    podem originar a acumulação de resíduo alimentar com risco de aspiração(31, 38).

    Devido à sensibilidade alterada e ao reflexo da tosse insuficiente, pode ocorrer

    aspiração silenciosa (15, 42).Verifica-se que a pneumonia por aspiração é uma causa

    relevante de morbilidade e mortalidade nos pacientes CCP sujeitos a RT(29).

    3. Fatores preditores da disfagia crónica induzida por radioterapia

    Múltiplos estudos verificaram associações entre a incidência e severidade

    da DC-RT e fatores relacionados com o paciente, tumor, tratamento e colocação

    de uma via alimentar alternativa (VAA) (Apêndices A e B).

    Fatores relacionados com o paciente

    Relativamente ao paciente, a idade, hábitos tabágicos, perda ponderal e

    disfagia prévias ao tratamento podem predispor a um maior risco de disfagia a

  • 5

    longo prazo após a RT. Um estudo de 2019(45), realizado em pacientes com cancro

    orofaríngeo, verificou que a sensibilidade da musculatura envolvida na deglutição

    à radiação aumentava com a idade. No mesmo ano, um estudo envolvendo 1901

    pacientes com CCP e 7796 controlos(46) verificou que a idade avançada era um

    fator de risco para a DC-RT, em concordância com artigos anteriores(47-52).

    Contrariando estes dados, um estudo prospetivo (n= 167), verificou um maior risco

    em idade menos avançada(53).

    A continuidade dos hábitos tabágicos durante a RT prejudica a FD. Chen et

    al(54) observaram maior incidência de disfagia em fumadores, relativamente a ex-

    fumadores. Um estudo posterior, referente apenas a cancro orofaríngeo, relatou

    diferenças significativas entre fumadores e os que nunca fumaram, mas não entre

    estes últimos e os que deixaram de fumar antes da RT(17).

    A perda de peso prévia ao tratamento aumenta o risco de DC-RT(55-57), tendo

    um estudo prospetivo (n=355) apurado que, mesmo se for moderada (1-10% do

    peso habitual) este risco é superior, havendo maior probabilidade de colocação de

    uma VAA, seis meses após a RT(56). Também a presença de disfagia prévia ao

    tratamento está associada a um risco elevado de DC-RT(51, 53, 55, 58-62).

    Fatores relacionados com o tumor

    Constatou-se uma maior incidência e gravidade da DC-RT em estádios

    tumorais avançados(17, 47, 55-57, 59, 60, 63). Um estudo prospetivo randomizado

    multicêntrico (n=1461), verificou um aumento da incidência de disfagia severa em

    tumores T3-T4 e tumores N positivos(59). A localização tumoral parece influenciar

    o risco de DC-RT, sendo superior na região da hipofaringe e laringe (47, 48, 52, 58, 63).

    Fatores relacionados com o tratamento

  • 6

    Observou-se o aumento do risco de DC-RT com irradiação bilateral (vs

    unilateral)(58), QT concomitante à RT(48, 56, 57, 60, 63) e maior intensidade de

    tratamento(53, 64). Aferiu-se que o impacto de elevadas doses de radiação no risco

    de DC-RT difere conforme as estruturas anatómicas, sendo superior nas doses

    irradiadas para os MCF, a laringe glótica (LG) e a laringe supraglótica (LS)(49, 52, 57,

    60, 63, 65-67). Apesar da importância descrita dos MCF no seu todo(52, 60, 63, 65-69) ou

    individualmente(14, 50, 51, 56, 57, 65, 70-72), o MCF superior é o mais associado ao risco

    de DC-RT. Quanto à laringe, um estudo detetou associação positiva apenas para a

    LS (72) e, os restantes, aferiram associação com a estrutura na totalidade (14, 57, 65,

    67, 69). Outros estudos realçaram ainda o risco da irradiação para as glândulas

    parótida(56, 57)submandibular(67), a epiglote(67) e o músculo cricofaríngeo(56).

    Também a técnica de RT utilizada influencia a probabilidade de

    desenvolver DC-RT. Vários estudos compararam a técnica IMRT (RT de intensidade

    modulada), com técnicas convencionais, principalmente com a RT tridimensional

    (3D-RT), concluindo que a IMRT permite uma redução da dose de radiação a

    tecidos saudáveis que varia de 4-42%(73). O resultado é uma toxicidade crónica

    igual ou inferior às técnicas mais antigas, tendo alguns estudos constatado uma

    menor incidência de disfagia (10% vs 31%, p=0.04)(73) e de aspiração (2,6-7% vs 7-

    78%)(18) e menor impacto na QdV(74, 75). Mais recentemente surgiram técnicas que

    utilizam protões em substituição de fotões na terapia. Relativamente à IMRT,

    estas novas técnicas possibilitam uma redução da radiação para as estruturas da

    região cabeça e pescoço(76), com um controlo tumoral semelhante e reduzida

    morbilidade, medida pela taxa de necessidade de VAA e perda de peso severa

    (>20% do peso pré-tratamento)(77). Em concordância, duas revisões sistemáticas(78,

    79) apuraram uma possível redução da toxicidade crónica.

  • 7

    Fatores relacionados com a VAA

    Ao longo dos anos, tem sido extensamente estudado o impacto da escolha

    e momento de colocação de uma VAA na DC-RT. Dos sete artigos analisados que

    comparavam a colocação de uma sonda nasogástrica (SNG) versus uma

    gastrostomia percutânea (GP), quatro referiam uma maior incidência de DC-RT

    com a GP(80-83) e os restantes referiam um efeito semelhante entre as duas VAAs(84-

    86). Langmore et al(10) verificaram o impacto da colocação profilática de uma

    gastrostomia percutânea endoscópica (PEG) e comparam o grau de disfagia entre

    os indivíduos dependentes 100% da PEG para alimentação, os parcialmente

    dependentes e os com ingestão 100% oral, um ano após a RT. Observaram uma

    maior incidência de disfagia nos indivíduos com PEG colocada profilaticamente

    versus colocada de forma reativa e nos indivíduos 100% dependentes da PEG.

    Relativamente aos pacientes que mantiveram alimentação por via oral parcial ou

    total, não se verificaram diferenças significativas no risco de DC-RT. Contrariando

    estes dados, em 2015, um estudo prospetivo constatou que a colocação profilática

    de uma PEG não estava associada ao agravamento da DC-RT(87). No mesmo ano,

    uma revisão sistemática obteve resultados inconclusivos quanto a eventuais

    efeitos da colocação profilática de uma PEG, devido à fraca qualidade e elevada

    heterogeneidade dos estudos analisados(88).

    4.Métodos de avaliação da disfagia

    Em pacientes com elevado risco de desenvolver DO, é fundamental a

    avaliação precoce deste sintoma para evitar complicações clínicas e nutricionais

    e os seus efeitos na saúde(89). Os instrumentos de rastreio em disfagia são bastante

    heterogéneos e desenvolvidos para diferentes populações. O rastreio pode ser

  • 8

    efetuado pela avaliação clínica, exame físico do paciente e pela aplicação de

    questionários validados, tais como o EAT-10 (10- item Eating Assessment Tool) ou

    o FOIS (Functional Oral Intake Scale), que classificam os pacientes de acordo com

    o risco de DO e via alimentar possível (13, 89). Em caso de suspeita de DO, é utilizado

    o teste de deglutição viscosidade-volume (V-VST), que possibilita a identificação

    de sinais clínicos associados à alteração da segurança e eficiência da deglutição,

    através da ingestão de líquidos de viscosidade e volume variáveis e dificuldade

    crescente(23, 89, 90). No caso de V-VST positivo, deverá recorrer-se a métodos

    instrumentais objetivos, realizados pelo terapeuta da fala, que avaliam a

    fisiopatologia da DO, tais como a endoscopia transnasal e a videofluoroscopia(31,

    39, 40, 58, 89). Nesta última, o paciente ingere preparações de consistência e volume

    variáveis com uma substância opaca à radiação, sendo obtidas imagens

    radiográficas de todas as fases da deglutição. É considerada o gold standard, pois

    permite também determinar a consistência alimentar tolerada pelo paciente, uma

    informação essencial para a adequação da intervenção nutricional(9, 31, 40).

    A DO pode ainda ser avaliada por relatos do paciente quanto ao impacto da

    disfagia na sua QdV (exemplos: Índice de Disfagia MD Anderson [MDADI] e Escala

    de Estado Funcional para CCP [PSS-HN]) ou indiretamente através de indicadores

    como a textura da dieta, a necessidade de GP ou a perda de peso(29, 39, 58). Estes

    métodos, muitas vezes utilizados pelo menor custo e facilidade de recolha e

    interpretação dos dados, têm elevada subjetividade(39, 58).

    5. Importância e impacto da intervenção nutricional

    A anorexia é um sintoma comum nos pacientes oncológicos, associada

    inicialmente ao processo natural da doença. No decorrer dos tratamentos, o seu

    agravamento e concomitante desenvolvimento de outras complicações (como a

  • 9

    DO), comprometem uma nutrição e hidratação adequadas(91, 92). No CCP, a

    localização tumoral e proximidade das estruturas críticas ao tumor e os efeitos da

    RT aumentam o risco de défices nutricionais e potenciam a perda de peso e de

    massa muscular, prejudicando o estado funcional, a tolerância aos tratamentos e

    o prognóstico(91, 93). A intervenção nutricional visa melhorar a ingestão alimentar

    e, assim, preservar ou otimizar o estado nutricional, reduzindo o risco de

    interrupção da terapêutica e promovendo o bem-estar (91, 93). A via oral deve ser

    sempre a privilegiada(91, 92), considerando a necessidade de adaptações que

    possibilitem uma alimentação adequada, segura e agradável, como a alteração da

    temperatura, textura e consistência dos alimentos, associada a uma DTM(94, 95). A

    DTM é uma ferramenta importante no tratamento de pacientes com DO,

    assumindo-se como uma estratégia para a ingestão de alimentos e/ou fluidos com

    reduzido risco de aspiração(96), verificando-se, no entanto, que a sua aceitação

    por parte do paciente tem variação intra e inter-individual(97). A padronização da

    terminologia da DTM é de grande relevância para a atuação uniforme dos

    profissionais de saúde pelo que, em 2016, foi criada a iniciativa IDDSI

    (International Dysphagia Diet Standardisation Initiative) (98), cuja estrutura

    corresponde a oito níveis contínuos de consistência alimentar crescente. O nível

    prescrito dependente da tolerabilidade do paciente às diversas consistências,

    avaliada pelo terapeuta da fala, havendo alteração aquando da melhoria ou

    declínio da FD(98).

    Na disfagia para sólidos, as refeições são alteradas visando a obtenção de

    texturas mais macias e homogéneas, a redução das dimensões dos componentes e

    o aumento do teor de humidade, com níveis progressivos de consistência

  • 10

    alimentar, conforme a gravidade da DO e a tolerância individual(98). Deve ainda

    haver evicção de alimentos crocantes, secos, fibrosos, com sementes e/ou com

    dualidade de textura, por serem de risco (98-101). Apesar de proporcionarem uma

    deglutição mais segura, as DTM estão habitualmente associadas a menor

    densidade energético-proteica e diversidade alimentar, sabores pouco copiosos e

    apresentação pouco apelativa (96, 102-104), promovendo a aversão sensorial, recusa

    alimentar e ingestão inadequada(24, 102), isolamento social e menor QdV(24, 97, 105).

    Pritchard et al(102) verificaram que é possível melhorar a ingestão energético-

    proteica através da sua fortificação com, por exemplo, leite em pó, ovo, natas,

    azeite ou farinhas (96, 100). No entanto, por vezes, torna-se difícil não afetar as

    caraterísticas organoléticas das refeições(96).

    Na disfagia para líquidos, ocorre um processo de espessamento evolutivo

    de fluidos(98, 106). Rofes et al(107) constataram uma diminuição da prevalência de

    aspiração com o aumento da viscosidade dos fluidos (12,7%, 7,7% e 3,4%, p

  • 11

    No caso de elevado risco de aspiração e/ou alimentação por via oral

    insuficiente para o garante das necessidades energético-proteicas, devem ser

    consideradas outras estratégias como a suplementação nutricional(23) , a Nutrição

    Entérica e/ou a Nutrição Parentérica(91).

    Análise Crítica

    A deglutição é um processo fisiológico complexo cujo objetivo é a

    transferência do conteúdo alimentar até ao estômago(29, 33). Os tecidos associados

    à FD tornam-se mais rígidos e inflexíveis durante a RT devido à inflamação, edema

    e fibrose consequentes, levando a anomalias na contração muscular e no

    movimento de esfíncteres(9, 23, 41, 115). Estes distúrbios, induzidos pela RT, podem

    ter um caráter irreversível e, por interferirem na correta realização sequencial da

    deglutição, originam DO crónica(30).

    Um maior risco de DC-RT está associado à idade avançada, hábitos tabágicos

    e à perda de peso e disfagia prévias à RT. Os pacientes idosos têm um risco

    superior, pelas alterações fisiológicas típicas do envelhecimento, não conseguindo

    recuperar adequadamente do stresse provocado pela RT(22, 45). O único estudo que

    contraria estes dados avaliou a disfagia subjetivamente, justificando os resultados

    com a possível maior resiliência dos mais velhos(53). A perda de peso prévia ao

    tratamento pode ser uma manifestação da disfagia pré-RT e/ou de desnutrição(23).

    Esta última, não só aumenta a suscetibilidade à toxicidade da terapêutica(116),

    como leva à perda de massa e função muscular, afetando também os músculos

    associados à FD(22). Já a disfagia prévia ao tratamento resulta da lesão dos

    músculos e nervos envolvidos na deglutição associada ao tumor, podendo ser

    exacerbada após a RT(117). Assim, estes pacientes estão mais suscetíveis à DC-RT.

  • 12

    A DC-RT tem maior incidência em estádios tumorais avançados(57), pois são

    comumente tratados de forma intensiva e/ou multimodal(49). Também a

    localização tumoral na hipofaringe ou laringe parece estar mais relacionada com

    a DC-RT, devido à inclusão de estruturas anatómicas críticas associadas à FD (MCF

    e laringe) no campo de radiação de elevada intensidade(42, 118).

    O risco de DC-RT é superior na modalidade terapêutica combinada de QT e

    RT, potenciado pelo efeito sinérgico da toxicidade dos dois tratamentos. Este risco

    pode ser atenuado, reduzindo a intensidade da RT em casos com taxas de

    sobrevivência favoráveis(39, 53, 64), particularmente para os MCF, LG e LS, quando

    possível, já que se verifica relevância particular destas estruturas para o risco de

    DC-RT(15, 40, 57). A associação mais frequentemente observada com o MCF superior

    pode derivar do grande contributo desta estrutura para desencadear o processo

    da deglutição. Para além disso, parece ser também prudente a redução da dose

    cumulativa irradiada às glândulas salivares, atenuando assim a hiposalivação e

    xerostomia, que contribuem para um maior risco de DC-RT(14, 19, 56, 57, 66, 69).

    A redução da dose de radiação aos tecidos adjacente saudáveis, sem

    comprometimento do controlo tumoral, pode ser possível através de técnicas de

    RT mais recentes, como a técnica IMRT e técnicas com protões (29, 31, 73, 119). Neste

    último caso, a evidência parece ainda escassa para justificar o elevado

    investimento de capital e o maior risco de dermatite(16, 120).

    O risco de DC-RT pode ainda estar associado à escolha e momento de

    colocação de uma VAA que, não sendo um tema consensual, é da responsabilidade

    de cada instituição, em função das suas práticas clínicas e das caraterísticas do

    paciente. De acordo com as recomendações atuais, é aconselhada a utilização de

    VAA em casos de inadequação da ingestão alimentar (ingestão inferior a 60% das

  • 13

    necessidades por 1-2 semanas) e/ou desenvolvimento de mucosite severa(91, 121).

    Quando se estima a utilização de uma VAA com uma duração superior a 30 dias,

    deverá ser considerada a colocação de uma PEG(91). Os artigos referentes ao

    impacto da escolha e momento de colocação da VAAs na DC-RT são dificilmente

    comparáveis pela heterogeneidade metodológica e fraca qualidade(13, 88).

    Ademais, a escolha da utilização de uma VAAs não está isenta de viés, havendo

    uma tendência para a colocação profilática de uma PEG em pacientes com pior

    prognóstico e/ou estado geral debilitado, de forma a evitar a deterioração física

    e aumentar a tolerabilidade do tratamento(10), o que pode justificar parcialmente

    as desvantagens apuradas na FD(82, 84, 122, 123). No entanto, algumas observações

    reforçam dados teóricos. Langmore et al(10) verificaram melhorias na DC-RT com

    a alimentação oral, mesmo que parcial, na presença de uma PEG, apoiando a

    hipótese de que evitar a inutilização prolongada da musculatura de deglutição tem

    um efeito mitigador na disfagia(12). Também Ward et al(82) sugeriram que a grande

    vantagem da SNG se deve à menor probabilidade de formação de estenose

    faringoesofágica(81, 124). Precedente ao início da RT, é essencial uma análise

    cuidadosa dos riscos e benefícios da colocação de uma VAA, tendo em conta o

    tratamento, caraterísticas do tumor e estado e vontade do paciente(7, 10, 81).

    O elevado risco de DO nos pacientes com CCP sujeitos a RT, realça a

    necessidade do rastreio e diagnóstico precoce deste sintoma, visando uma

    intervenção adequada para evitar a desnutrição, a desidratação e a pneumonia

    por aspiração (23), associadas ao aumento do risco de infeção, pior prognóstico,

    redução da QdV e mortalidade(6, 9, 35, 95). Para tal, podem ser usados métodos

    objetivos ou subjetivos, sendo que a evidência nesta área demonstra que nem

  • 14

    sempre os seus resultados se correlacionam(16, 69, 83, 85, 125, 126), aplicando-se,

    frequentemente, um modelo de avaliação misto para uma maior precisão(31, 39, 58).

    A intervenção nutricional é então crucial para evitar a deterioração

    contínua do estado nutricional e de saúde, associada à disfagia e à doença

    oncológica, recorrendo-se à adaptação da alimentação e privilegiando, sempre

    que possível, a via oral. Em pacientes com DO, a DTM permite tornar a deglutição

    mais segura e melhorar os aportes energético-proteicos(22, 127, 128). No entanto, a

    fraca aceitação dos pacientes constitui um fator limitante importante dos seus

    benefícios, constituindo, por isso, um enorme desafio para o Nutricionista(128-130).

    A DTM deverá ser o mais semelhante possível à alimentação habitual do paciente,

    salvaguardando a segurança e eficácia da deglutição, com estratégias

    individualizadas para tornar a alimentação mais apelativa e aprazível (22, 104, 113),

    promovendo a independência do paciente e sensibilizando-o e motivando-o para

    uma maior aceitação(92, 97). Independentemente da utilização da via oral ou de

    uma VAA para a alimentação, deverá ser encorajada a deglutição regular, visando

    a prevenção da atrofia da musculatura de deglutição(10, 38, 40, 91).

    Os estudos analisados na presente monografia diferem quando às

    caraterísticas populacionais, tumorais e do tratamento, métodos e momento de

    avaliação da disfagia e metodologia geral aplicada. Certos artigos analisaram

    localizações tumorais específicas e a maioria dos estudos referentes à DTM foi

    realizada em indivíduos saudáveis e/ou idosos com outras morbilidades, podendo

    não ser possível a generalização dos resultados a toda a população de CCP.

    Algumas avaliações da DC-RT foram realizadas subjetivamente e/ou no início dos

    sintomas, havendo o risco da ausência da identificação de pacientes com aspiração

    silenciosa. Tendo em conta o dinamismo do processo de DC-RT será mais correto

  • 15

    concretizar várias avaliações de forma objetiva e subjetiva, ao longo de um vasto

    espaço temporal. É de considerar que muitos estudos falharam a nível da

    qualidade, pelo seu caráter predominantemente retrospetivo, baixo tamanho

    amostral, inexistência de randomização e ocultação e/ou existência de fatores

    confundidores. Realça-se como limitação desta revisão, a ausência de comparação

    dos artigos por nível de evidência, desejável tendo em conta a heterogeneidade

    observada. Futuramente é necessária a realização de estudos prospetivos

    randomizados, que corroborem ou refutem as hipóteses formuladas. Porém, estes

    são de difícil concretização pela alta taxa de recusa dos pacientes em sofrer

    randomização(131, 132), apesar da elevada adesão na fase de recrutamento(132).

    Conclusões

    A DC-RT no CCP é um processo dinâmico, com etiologia fibrótica e

    neuropática, associado a anomalias motoras que afetam a deglutição, dificultando

    a alimentação e reduzindo a QdV. A sua incidência e severidade é influenciada por

    vários fatores associados ao paciente, tumor, tratamento e colocação de uma VAA.

    Apesar da reconhecida importância da sua avaliação para a identificação precoce

    dos indivíduos de maior risco, os métodos utilizados diferem entre as instituições.

    É crucial a avaliação, intervenção e monitorização nutricional em todo o processo

    da doença, atendendo ao grau e tipo de disfagia, tolerância individual,

    preferências organoléticas e estado de saúde, evitando o comprometimento da

    vertente nutricional e psicossocial da alimentação, a curto e a longo prazo.

  • 16

    Referências

    1. De Felice F, Polimeni A, Valentini V, Brugnoletti O, Cassoni A, Greco A, et al. Radiotherapy Controversies and Prospective in Head and Neck Cancer: A Literature-Based Critical Review. Neoplasia. 2018; 20(3):227-32. 2. Wild CP, Weiderpass E, Stewart BW. World cancer report: cancer research for cancer prevention. In: International Agency for Research on Cancer, editor. World cancer report 2020. Lyon; 2020. Disponível em: https://publications.iarc.fr/586. 3. Marur S, Forastiere AA. Head and neck cancer: changing epidemiology, diagnosis, and treatment. Mayo Clin Proc. 2008; 83(4):489-501. 4. Bray F, Ferlay J, Soerjomataram I, Siegel RL, Torre LA, Jemal A. Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA Cancer J Clin. 2018; 68(6):394-424. 5. Abel E, Silander E, Nyman J, Björk-Eriksson T, Hammerlid E. Long-Term Aspects of Quality of Life in Head and Neck Cancer Patients Treated With Intensity Modulated Radiation Therapy: A 5-Year Longitudinal Follow-up and Comparison with a Normal Population Cohort. Advances in Radiation Oncology. 2020; 5(1):101-10. 6. Hebuterne X, Lemarie E, Michallet M, de Montreuil CB, Schneider SM, Goldwasser F. Prevalence of malnutrition and current use of nutrition support in patients with cancer. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2014; 38(2):196-204. 7. Gorenc M, Kozjek NR, Strojan P. Malnutrition and cachexia in patients with head and neck cancer treated with (chemo)radiotherapy. Reports of Practical Oncology & Radiotherapy. 2015; 20(4):249-58. 8. Righini CA, Timi N, Junet P, Bertolo A, Reyt E, Atallah I. Assessment of nutritional status at the time of diagnosis in patients treated for head and neck cancer. European Annals of Otorhinolaryngology, Head and Neck Diseases. 2013; 130(1):8-14. 9. Oh BM, Paik NJ. Pharyngeal Dysphagia. In: Handbook of Pharyngeal Diseases: Etiology, Diagnosis, and Treatment. 2010. p. 49-77. 10. Langmore S, Krisciunas GP, Miloro KV, Evans SR, Cheng DM. Does PEG use cause dysphagia in head and neck cancer patients? Dysphagia. 2012; 27(2):251-9. 11. van der Laan HP, Bijl HP, Steenbakkers RJHM, van der Schaaf A, Chouvalova O, Vemer-van den Hoek JGM, et al. Acute symptoms during the course of head and neck radiotherapy or chemoradiation are strong predictors of late dysphagia. Radiotherapy and Oncology. 2015; 115(1):56-62. 12. Kraaijenga SAC, Molen LV, Stuiver MM, Takes RP, Al-Mamgani A, Brekel M, et al. Efficacy of a novel swallowing exercise program for chronic dysphagia in long-term head and neck cancer survivors. Head Neck. 2017; 39(10):1943-61. 13. Barnhart MK, Ward EC, Cartmill B, Robinson RA, Simms VA, Chandler SJ, et al. Pretreatment factors associated with functional oral intake and feeding tube use at 1 and 6 months post-radiotherapy (+/- chemotherapy) for head and neck cancer. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2017; 274(1):507-16. 14. Christianen MEMC, Verdonck-de Leeuw IM, Doornaert P, Chouvalova O, Steenbakkers RJHM, Koken PW, et al. Patterns of long-term swallowing dysfunction after definitive radiotherapy or chemoradiation. Radiotherapy and Oncology. 2015; 117(1):139-44. 15. Feng FY, Kim HM, Lyden TH, Haxer MJ, Worden FP, Feng M, et al. Intensity-modulated chemoradiotherapy aiming to reduce dysphagia in patients with

  • 17

    oropharyngeal cancer: clinical and functional results. J Clin Oncol. 2010; 28(16):2732-8. 16. Petkar I, Bhide S, Newbold K, Harrington K, Nutting C. Dysphagia-optimised Intensity-modulated Radiotherapy Techniques in Pharyngeal Cancers: Is Anyone Going to Swallow it? Clinical Oncology. 2017; 29(7):e110-e18. 17. Goepfert RP, Lewin JS, Barrow MP, Fuller CD, Lai SY, Song J, et al. Predicting two-year longitudinal MD Anderson Dysphagia Inventory outcomes after intensity modulated radiotherapy for locoregionally advanced oropharyngeal carcinoma. Laryngoscope. 2017; 127(4):842-48. 18. Ursino S, D'Angelo E, Mazzola R, Merlotti A, Morganti R, Cristaudo A, et al. A comparison of swallowing dysfunction after three-dimensional conformal and intensity-modulated radiotherapy : A systematic review by the Italian Head and Neck Radiotherapy Study Group. Strahlenther Onkol. 2017; 193(11):877-89. 19. Martin A, Murray L, Sethugavalar B, Buchan C, Williams GF, Sen M, et al. Changes in Patient-reported Swallow Function in the Long Term After Chemoradiotherapy for Oropharyngeal Carcinoma. Clin Oncol (R Coll Radiol). 2018; 30(12):756-63. 20. Soldatova L, Mirza N. Long-Term Voice and Swallowing Outcomes for Oral and Oropharyngeal Cancer Following Primary or Adjuvant Chemoradiation. Ann Otol Rhinol Laryngol. 2019; 128(9):802-10. 21. Ward MC, Adelstein DJ, Bhateja P, Nwizu TI, Scharpf J, Houston N, et al. Severe late dysphagia and cause of death after concurrent chemoradiation for larynx cancer in patients eligible for RTOG 91-11. Oral Oncol. 2016; 57:21-6. 22. Wirth R, Dziewas R, Beck AM, Clavé P, Hamdy S, Heppner HJ, et al. Oropharyngeal dysphagia in older persons – from pathophysiology to adequate intervention: A review and summary of an international expert meeting. Clinical Interventions in Aging. 2016; 11:189-208. 23. García-Peris P, Velasco C, Soriano LF. Role of the nutritional support team in the management of dysphagia. Nutricion Hospitalaria. 2014; 29(SUPPL. 2):13-21. 24. Nund RL, Ward EC, Scarinci NA, Cartmill B, Kuipers P, Porceddu SV. The lived experience of dysphagia following non-surgical treatment for head and neck cancer. International Journal of Speech-Language Pathology. 2014; 16(3):282-89. 25. Jones E, Speyer R, Kertscher B, Denman D, Swan K, Cordier R. Health-Related Quality of Life and Oropharyngeal Dysphagia: A Systematic Review. Dysphagia. 2018; 33(2):141-72. 26. Patterson JM, McColl E, Wilson J, Carding P, Rapley T. Head and neck cancer patients' perceptions of swallowing following chemoradiotherapy. Support Care Cancer. 2015; 23(12):3531-8. 27. Ramaekers BLT, Joore MA, Grutters JPC, van den Ende P, Jong Jd, Houben R, et al. The impact of late treatment-toxicity on generic health-related quality of life in head and neck cancer patients after radiotherapy. Oral Oncology. 2011; 47(8):768-74. 28. McQuestion M, Fitch M, Howell D. The changed meaning of food: Physical, social and emotional loss for patients having received radiation treatment for head and neck cancer. Eur J Oncol Nurs. 2011; 15(2):145-51.

  • 18

    29. Servagi-Vernat S, Ali D, Roubieu C, Durdux C, Laccourreye O, Giraud P. Dysphagia after radiotherapy: State of the art and prevention. European Annals of Otorhinolaryngology, Head and Neck Diseases. 2015; 132(1):25-29. 30. Murphy BA, Gilbert J. Dysphagia in head and neck cancer patients treated with radiation: assessment, sequelae, and rehabilitation. Semin Radiat Oncol. 2009; 19(1):35-42. 31. De Felice F, de Vincentiis M, Luzzi V, Magliulo G, Tombolini M, Ruoppolo G, et al. Late radiation-associated dysphagia in head and neck cancer patients: evidence, research and management. Oral Oncol. 2018; 77:125-30. 32. Gawryszuk A, Bijl HP, Holwerda M, Halmos GB, Wedman J, Witjes MJH, et al. Functional Swallowing Units (FSUs) as organs-at-risk for radiotherapy. PART 1: Physiology and anatomy. Radiotherapy and Oncology. 2019; 130:62-67. 33. Hennessy M, Goldenberg D. Surgical anatomy and physiology of swallowing. Operative Techniques in Otolaryngology-Head and Neck Surgery. 2016; 27(2):60-66. 34. World Health Organization. ICD-11 for Mortality and Morbidity Statistics. 2019. [Internet] [citado em 2020 Junho 19] Disponível em: https://icd.who.int/browse11/l-m/en. 35. Ochoa BJ. Nutrition Assessment and Intervention in the Patient with Dysphagia: Challenges for Quality Improvement. In: Clavé P, Cichero J, editores. Stepping stones to living well with dysphagia. Karger Medical and Scientific Publishers; 2012. p. 77-83. 36. Clave P, Shaker R. Dysphagia: current reality and scope of the problem. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2015; 12(5):259-70. 37. Erkal EY, Canoglu D, Kaya A, Aksu G, Sarper B, Akansel G, et al. Assessment of early and late dysphagia using videofluoroscopy and quality of life questionnaires in patients with head and neck cancer treated with radiation therapy. Radiat Oncol. 2014; 9:137. 38. Schindler A, Denaro N, Russi EG, Pizzorni N, Bossi P, Merlotti A, et al. Dysphagia in head and neck cancer patients treated with radiotherapy and systemic therapies: Literature review and consensus. Crit Rev Oncol Hematol. 2015; 96(2):372-84. 39. Hutcheson KA, Lewin JS. Functional outcomes after chemoradiotherapy of laryngeal and pharyngeal cancers. Curr Oncol Rep. 2012; 14(2):158-65. 40. Pauloski BR. Rehabilitation of dysphagia following head and neck cancer. Phys Med Rehabil Clin N Am. 2008; 19(4):889-928. 41. King SN, Dunlap NE, Tennant PA, Pitts T. Pathophysiology of Radiation-Induced Dysphagia in Head and Neck Cancer. Dysphagia. 2016; 31(3):339-51. 42. Eisbruch A, Schwartz M, Rasch C, Vineberg K, Damen E, Van As CJ, et al. Dysphagia and aspiration after chemoradiotherapy for head-and-neck cancer: which anatomic structures are affected and can they be spared by IMRT? Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2004; 60(5):1425-39. 43. Hutcheson KA, Lewin JS, Barringer DA, Lisec A, Gunn GB, Moore MW, et al. Late dysphagia after radiotherapy-based treatment of head and neck cancer. Cancer. 2012; 118(23):5793-9. 44. Portas J, Socci CP, Scian EP, Queija DdS, Ferreira AS, Dedivitis RA, et al. Swallowing after non-surgical treatment (radiation therapy / radiochemotherapy protocol) of laryngeal cancer. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. 2011; 77(1):96-101.

  • 19

    45. Christopherson KM, Ghosh A, Mohamed ASR, Kamal M, Gunn GB, Dale T, et al. Chronic radiation-associated dysphagia in oropharyngeal cancer survivors: Towards age-adjusted dose constraints for deglutitive muscles. Clinical and Translational Radiation Oncology. 2019; 18:16-22. 46. Aylward A, Abdelaziz S, Hunt JP, Buchmann LO, Cannon RB, Lloyd S, et al. Rates of Dysphagia-Related Diagnoses in Long-Term Survivors of Head and Neck Cancers. Otolaryngol Head Neck Surg. 2019; 161(4):643-51. 47. Machtay M, Moughan J, Trotti A, Garden AS, Weber RS, Cooper JS, et al. Factors associated with severe late toxicity after concurrent chemoradiation for locally advanced head and neck cancer: an RTOG analysis. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2008; 26(21):3582-89. 48. Caudell JJ, Schaner PE, Meredith RF, Locher JL, Nabell LM, Carroll WR, et al. Factors associated with long-term dysphagia after definitive radiotherapy for locally advanced head-and-neck cancer. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2009; 73(2):410-5. 49. Christianen MEMC, Schilstra C, Beetz I, Muijs CT, Chouvalova O, Burlage FR, et al. Predictive modelling for swallowing dysfunction after primary (chemo)radiation: Results of a prospective observational study. Radiotherapy and Oncology. 2012; 105(1):107-14. 50. M.D.Anderson HNCSWG. Beyond mean pharyngeal constrictor dose for beam path toxicity in non-target swallowing muscles: Dose-volume correlates of chronic radiation-associated dysphagia (RAD) after oropharyngeal intensity modulated radiotherapy. Radiother Oncol. 2016; 118(2):304-14. 51. Söderström K, Nilsson P, Laurell G, Zackrisson B, Jäghagen EL. Dysphagia – Results from multivariable predictive modelling on aspiration from a subset of the ARTSCAN trial. Radiotherapy and Oncology. 2017; 122(2):192-99. 52. Tsai CJ, Jackson A, Setton J, Riaz N, McBride S, Leeman J, et al. Modeling Dose Response for Late Dysphagia in Patients With Head and Neck Cancer in the Modern Era of Definitive Chemoradiation. JCO Clin Cancer Inform. 2017; 1:1-7. 53. Wilson JA, Carding PN, Patterson JM. Dysphagia after nonsurgical head and neck cancer treatment: patients' perspectives. Otolaryngol Head Neck Surg. 2011; 145(5):767-71. 54. Chen AM, Chen LM, Vaughan A, Sreeraman R, Farwell DG, Luu Q, et al. Tobacco smoking during radiation therapy for head-and-neck cancer is associated with unfavorable outcome. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2011; 79(2):414-9. 55. Ghadjar P, Simcock M, Zimmermann F, Betz M, Bodis S, Bernier J, et al. Predictors of severe late radiotherapy-related toxicity after hyperfractionated radiotherapy with or without concomitant cisplatin in locally advanced head and neck cancer. Secondary retrospective analysis of a randomized phase III trial (SAKK 10/94). Radiother Oncol. 2012; 104(2):213-8. 56. Wopken K, Bijl HP, van der Schaaf A, van der Laan HP, Chouvalova O, Steenbakkers RJHM, et al. Development of a multivariable normal tissue complication probability (NTCP) model for tube feeding dependence after curative radiotherapy/chemo-radiotherapy in head and neck cancer. Radiotherapy and Oncology. 2014; 113(1):95-101.

  • 20

    57. Wopken K, Bijl HP, Langendijk JA. Prognostic factors for tube feeding dependence after curative (chemo-) radiation in head and neck cancer: A systematic review of literature. Radiother Oncol. 2018; 126(1):56-67. 58. Frowen J, Cotton S, Corry J, Perry A. Impact of demographics, tumor characteristics, and treatment factors on swallowing after (chemo)radiotherapy for head and neck cancer. Head Neck. 2010; 32(4):513-28. 59. Mortensen HR, Overgaard J, Jensen K, Specht L, Overgaard M, Johansen J, et al. Factors associated with acute and late dysphagia in the DAHANCA 6 & 7 randomized trial with accelerated radiotherapy for head and neck cancer. Acta Oncol. 2013; 52(7):1535-42. 60. Duprez F, De Witte L, Nuyts S, Deheneffe S, Van Gestel D, Voordeckers M, et al. PO-0605: Factors associated with late dysphagia and xerostomia in (chemo)radiation for head and neck cancer. Radiotherapy and Oncology. 2017; 123:S315-S16. 61. Patterson JM, McColl E, Carding PN, Hildreth AJ, Kelly C, Wilson JA. Swallowing in the first year after chemoradiotherapy for head and neck cancer: clinician- and patient-reported outcomes. Head Neck. 2014; 36(3):352-8. 62. Frowen J, Drosdowsky A, Perry A, Corry J. Long-term swallowing after chemoradiotherapy: Prospective study of functional and patient-reported changes over time. Head Neck. 2016; 38 Suppl 1:E307-15. 63. Jiang N, Zhang LJ, Li LY, Zhao Y, Eisele DW. Risk factors for late dysphagia after (chemo)radiotherapy for head and neck cancer: A systematic methodological review. Head Neck. 2016; 38(5):792-800. 64. Patterson JM, McColl E, Carding PN, Wilson JA. Swallowing beyond six years post (chemo)radiotherapy for head and neck cancer; a cohort study. Oral Oncol. 2018; 83:53-58. 65. Eisbruch A, Kim HM, Feng FY, Lyden TH, Haxer MJ, Feng M, et al. Chemo-IMRT of oropharyngeal cancer aiming to reduce dysphagia: swallowing organs late complication probabilities and dosimetric correlates. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2011; 81(3):e93-9. 66. Deantonio L, Masini L, Brambilla M, Pia F, Krengli M. Dysphagia after definitive radiotherapy for head and neck cancer. Correlation of dose-volume parameters of the pharyngeal constrictor muscles. Strahlenther Onkol. 2013; 189(3):230-6. 67. Hedstrom J, Tuomi L, Finizia C, Olsson C. Identifying organs at risk for radiation-induced late dysphagia in head and neck cancer patients. Clin Transl Radiat Oncol. 2019; 19:87-95. 68. Duprez F, Madani I, De Potter B, Boterberg T, De Neve W. Systematic review of dose--volume correlates for structures related to late swallowing disturbances after radiotherapy for head and neck cancer. Dysphagia. 2013; 28(3):337-49. 69. Mortensen HR, Jensen K, Aksglaede K, Behrens M, Grau C. Late dysphagia after IMRT for head and neck cancer and correlation with dose-volume parameters. Radiother Oncol. 2013; 107(3):288-94. 70. Vlacich G, Spratt DE, Diaz R, Phillips JG, Crass J, Li CI, et al. Dose to the inferior pharyngeal constrictor predicts prolonged gastrostomy tube dependence with concurrent intensity-modulated radiation therapy and chemotherapy for locally-advanced head and neck cancer. Radiother Oncol. 2014; 110(3):435-40. 71. Mazzola R, Ricchetti F, Fiorentino A, Fersino S, Giaj Levra N, Naccarato S, et al. Dose-volume-related dysphagia after constrictor muscles definition in head

  • 21

    and neck cancer intensity-modulated radiation treatment. Br J Radiol. 2014; 87(1044):20140543. 72. Ozkaya Akagunduz O, Eyigor S, Kirakli E, Tavlayan E, Erdogan Cetin Z, Kara G, et al. Radiation-Associated Chronic Dysphagia Assessment by Flexible Endoscopic Evaluation of Swallowing (FEES) in Head and Neck Cancer Patients: Swallowing-Related Structures and Radiation Dose-Volume Effect. Ann Otol Rhinol Laryngol. 2019; 128(2):73-84. 73. Al-Mamgani A, Van Rooij P, Tans L, Teguh DN, Levendag PC. Toxicity and outcome of intensity-modulated radiotherapy versus 3-dimensional conformal radiotherapy for oropharyngeal cancer: a matched-pair analysis. Technol Cancer Res Treat. 2013; 12(2):123-30. 74. Kraaijenga SA, Oskam IM, van der Molen L, Hamming-Vrieze O, Hilgers FJ, van den Brekel MW. Evaluation of long term (10-years+) dysphagia and trismus in patients treated with concurrent chemo-radiotherapy for advanced head and neck cancer. Oral Oncol. 2015; 51(8):787-94. 75. Huang TL, Chien CY, Tsai WL, Liao KC, Chou SY, Lin HC, et al. Long-term late toxicities and quality of life for survivors of nasopharyngeal carcinoma treated with intensity-modulated radiotherapy versus non-intensity-modulated radiotherapy. Head Neck. 2016; 38 Suppl 1:E1026-32. 76. Holliday EB, Kocak-Uzel E, Feng L, Thaker NG, Blanchard P, Rosenthal DI, et al. Dosimetric advantages of intensity-modulated proton therapy for oropharyngeal cancer compared with intensity-modulated radiation: A case-matched control analysis. Med Dosim. 2016; 41(3):189-94. 77. Blanchard P, Garden AS, Gunn GB, Rosenthal DI, Morrison WH, Hernandez M, et al. Intensity-modulated proton beam therapy (IMPT) versus intensity-modulated photon therapy (IMRT) for patients with oropharynx cancer – A case matched analysis. Radiotherapy and Oncology. 2016; 120(1):48-55. 78. van de Water TA, Bijl HP, Schilstra C, Pijls-Johannesma M, Langendijk JA. The potential benefit of radiotherapy with protons in head and neck cancer with respect to normal tissue sparing: a systematic review of literature. The oncologist. 2011; 16(3):366-77. 79. Meijer TWH, Scandurra D, Langendijk JA. Reduced radiation-induced toxicity by using proton therapy for the treatment of oropharyngeal cancer. Br J Radiol. 2020; 93(1107):20190955. 80. Oozeer NB, Corsar K, Glore RJ, Penney S, Patterson J, Paleri V. The impact of enteral feeding route on patient-reported long term swallowing outcome after chemoradiation for head and neck cancer. Oral Oncol. 2011; 47(10):980-3. 81. Koyfman SA, Adelstein DJ. Enteral feeding tubes in patients undergoing definitive chemoradiation therapy for head-and-neck cancer: a critical review. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2012; 84(3):581-9. 82. Ward MC, Bhateja P, Nwizu T, Kmiecik J, Reddy CA, Scharpf J, et al. Impact of feeding tube choice on severe late dysphagia after definitive chemoradiotherapy for human papillomavirus-negative head and neck cancer. Head Neck. 2016; 38 Suppl 1:E1054-60. 83. Sethugavalar B, Teo MT, Buchan C, Ermis E, Williams GF, Sen M, et al. Impact of prophylactic gastrostomy or reactive NG tube upon patient-reported long term swallow function following chemoradiotherapy for oropharyngeal carcinoma: A matched pair analysis. Oral Oncol. 2016; 59:80-85.

  • 22

    84. Prestwich RJ, Teo MT, Gilbert A, Williams G, Dyker KE, Sen M. Long-term swallow function after chemoradiotherapy for oropharyngeal cancer: the influence of a prophylactic gastrostomy or reactive nasogastric tube. Clin Oncol (R Coll Radiol). 2014; 26(2):103-9. 85. Prestwich RJD, Murray LJ, Williams GF, Tease E, Taylor L, George C, et al. Impact of choice of feeding tubes on long-term swallow function following chemoradiotherapy for oropharyngeal carcinoma. Acta Oncol. 2019; 58(8):1187-96. 86. Corry J, Poon W, McPhee N, Milner AD, Cruickshank D, Porceddu SV, et al. Prospective study of percutaneous endoscopic gastrostomy tubes versus nasogastric tubes for enteral feeding in patients with head and neck cancer undergoing (chemo)radiation. Head Neck. 2009; 31(7):867-76. 87. Crombie JM, Ng S, Spurgin AL, Ward EC, Brown TE, Hughes BG. Swallowing outcomes and PEG dependence in head and neck cancer patients receiving definitive or adjuvant radiotherapy +/- chemotherapy with a proactive PEG: a prospective study with long term follow up. Oral Oncol. 2015; 51(6):622-8. 88. Shaw SM, Flowers H, O'Sullivan B, Hope A, Liu LW, Martino R. The effect of prophylactic percutaneous endoscopic gastrostomy (PEG) tube placement on swallowing and swallow-related outcomes in patients undergoing radiotherapy for head and neck cancer: a systematic review. Dysphagia. 2015; 30(2):152-75. 89. Kaspara K, Ekberg O. Identifying Vulnerable Patients: Role of the EAT- 10 and the Multidisciplinary Team for Early Intervention and Comprehensive Dysphagia Care. In: Clavé P, Cichero J, editores. Stepping stones to living well with dysphagia. Karger Medical and Scientific Publishers; 2012. p. 19-31. 90. Rofesa L, Arreolab V, Clavé P. The Volume- Viscosity Swallow Test for Clinical Screening of Dysphagia and Aspiration. In: Clavé P, Cichero J, editores. Stepping stones to living well with dysphagia. Karger Medical and Scientific Publishers; 2012. p. 32-42. 91. Arends J, Bachmann P, Baracos V, Barthelemy N, Bertz H, Bozzetti F, et al. ESPEN guidelines on nutrition in cancer patients. Clin Nutr. 2017; 36(1):11-48. 92. Arends J, Baracos V, Bertz H, Bozzetti F, Calder PC, Deutz NEP, et al. ESPEN expert group recommendations for action against cancer-related malnutrition. Clin Nutr. 2017; 36(5):1187-96. 93. Giles KH, Kubrak C, Baracos VE, Olson K, Mazurak VC. Recommended European Society of Parenteral and Enteral Nutrition protein and energy intakes and weight loss in patients with head and neck cancer. Head Neck. 2016; 38(8):1248-57. 94. van den Berg MG, Rutten H, Rasmussen-Conrad EL, Knuijt S, Takes RP, van Herpen CM, et al. Nutritional status, food intake, and dysphagia in long-term survivors with head and neck cancer treated with chemoradiotherapy: a cross-sectional study. Head Neck. 2014; 36(1):60-5. 95. Crowder SL, Douglas KG, Yanina Pepino M, Sarma KP, Arthur AE. Nutrition impact symptoms and associated outcomes in post-chemoradiotherapy head and neck cancer survivors: a systematic review. J Cancer Surviv. 2018; 12(4):479-94. 96. Irles Rocamora JA, Garcia-Luna PP. [Texture modified diet; digestibility, nutritional value, and contributions to menu of hospitals and nursing homes]. Nutr Hosp. 2014; 29(4):873-9. 97. Seshadri S, Sellers CR, Kearney MH. Balancing Eating with Breathing: Community-Dwelling Older Adults' Experiences of Dysphagia and Texture-Modified Diets. Gerontologist. 2018; 58(4):749-58.

  • 23

    98. International Dysphagia Diet Standardisation Initiative. IDDSI Framework. 2019. [Internet] [citado em 2020 Junho 25] Disponível em: https://iddsi.org/framework/. 99. Steele CM, Alsanei WA, Ayanikalath S, Barbon CE, Chen J, Cichero JA, et al. The influence of food texture and liquid consistency modification on swallowing physiology and function: a systematic review. Dysphagia. 2015; 30(1):2-26. 100. de Luis DA, Aller R, Izaola O. [Modified texture diet and useful in patients with nutritional risk]. Nutr Hosp. 2014; 29(4):751-9. 101. Sungsinchai S, Niamnuy C, Wattanapan P, Charoenchaitrakool M, Devahastin S. Texture Modification Technologies and Their Opportunities for the Production of Dysphagia Foods: A Review [Review]. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety. 2019; 18(6):1898-912. 102. Pritchard SJ, Davidson I, Jones J, Bannerman E. A randomised trial of the impact of energy density and texture of a meal on food and energy intake, satiation, satiety, appetite and palatability responses in healthy adults. Clin Nutr. 2014; 33(5):768-75. 103. O'Keeffe ST. Use of modified diets to prevent aspiration in oropharyngeal dysphagia: is current practice justified? BMC Geriatr. 2018; 18(1):167. 104. Keller H, Chambers L, Niezgoda H, Duizer L. Issues associated with the use of modified texture foods. J Nutr Health Aging. 2012; 16(3):195-200. 105. Ottosson S, Laurell G, Olsson C. The experience of food, eating and meals following radiotherapy for head and neck cancer: a qualitative study. J Clin Nurs. 2013; 22(7-8):1034-43. 106. Yver CM, Kennedy WP, Mirza N. Taste acceptability of thickening agents. World Journal of Otorhinolaryngology - Head and Neck Surgery. 2018; 4(2):145-47. 107. Rofes L, Arreola V, Mukherjee R, Swanson J, Clave P. The effects of a xanthan gum-based thickener on the swallowing function of patients with dysphagia. Aliment Pharmacol Ther. 2014; 39(10):1169-79. 108. Logemann JA. Treatment of oral and pharyngeal dysphagia. Phys Med Rehabil Clin N Am. 2008; 19(4):803-16. 109. Leder SB, Judson BL, Sliwinski E, Madson L. Promoting safe swallowing when puree is swallowed without aspiration but thin liquid is aspirated: nectar is enough. Dysphagia. 2013; 28(1):58-62. 110. Newman R, Vilardell N, Clave P, Speyer R. Effect of Bolus Viscosity on the Safety and Efficacy of Swallowing and the Kinematics of the Swallow Response in Patients with Oropharyngeal Dysphagia: White Paper by the European Society for Swallowing Disorders (ESSD). Dysphagia. 2016; 31(2):232-49. 111. Gorham Rowan M. Re-examining the Use of Thickened Liquids among Patients with Dysphagia. Journal of Communication Disorders, Deaf Studies & Hearing Aids. 2014; 02(02) 112. Swan K, Speyer R, Heijnen BJ, Wagg B, Cordier R. Living with oropharyngeal dysphagia: effects of bolus modification on health-related quality of life—a systematic review [Review]. Quality of Life Research. 2015; 24(10):2447-56. 113. Cichero JA. Thickening agents used for dysphagia management: effect on bioavailability of water, medication and feelings of satiety. Nutr J. 2013; 12:54. 114. Gerschke M, Seehafer P. Texture Adaption in Dysphagia: Acceptability Differences Between Thickened and Naturally Thick Beverages. Rehabil Nurs. 2017; 42(5):262-67.

  • 24

    115. Wang B, Wei J, Meng L, Wang H, Qu C, Chen X, et al. Advances in pathogenic mechanisms and management of radiation-induced fibrosis. Biomedicine & Pharmacotherapy. 2020; 121:109560. 116. Prevost V, Joubert C, Heutte N, Babin E. Assessment of nutritional status and quality of life in patients treated for head and neck cancer. European Annals of Otorhinolaryngology, Head and Neck Diseases. 2014; 131(2):113-20. 117. Nguyen NP, Sallah S, Karlsson U, Antoine JE. Combined chemotherapy and radiation therapy for head and neck malignancies: quality of life issues. Cancer. 2002; 94(4):1131-41. 118. Bhayani MK, Hutcheson KA, Barringer DA, Roberts DB, Lewin JS, Lai SY. Gastrostomy tube placement in patients with hypopharyngeal cancer treated with radiotherapy or chemoradiotherapy: factors affecting placement and dependence. Head Neck. 2013; 35(11):1641-6. 119. Lambrecht M, Nevens D, Nuyts S. Intensity-modulated radiotherapy vs. parotid-sparing 3D conformal radiotherapy. Effect on outcome and toxicity in locally advanced head and neck cancer. Strahlenther Onkol. 2013; 189(3):223-9. 120. Leeman JE, Romesser PB, Zhou Y, McBride S, Riaz N, Sherman E, et al. Proton therapy for head and neck cancer: expanding the therapeutic window. The Lancet Oncology. 2017; 18(5):e254-e65. 121. Arends J, Bodoky G, Bozzetti F, Fearon K, Muscaritoli M, Selga G, et al. ESPEN Guidelines on Enteral Nutrition: Non-surgical oncology. Clin Nutr. 2006; 25(2):245-59. 122. Chen AM, Li BQ, Lau DH, Farwell DG, Luu Q, Stuart K, et al. Evaluating the role of prophylactic gastrostomy tube placement prior to definitive chemoradiotherapy for head and neck cancer. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2010; 78(4):1026-32. 123. Brown TE, Banks MD, Hughes BGM, Lin CY, Kenny LM, Bauer JD. Comparison of Nutritional and Clinical Outcomes in Patients with Head and Neck Cancer Undergoing Chemoradiotherapy Utilizing Prophylactic versus Reactive Nutrition Support Approaches. J Acad Nutr Diet. 2018; 118(4):627-36. 124. Williams GF, Teo MT, Sen M, Dyker KE, Coyle C, Prestwich RJ. Enteral feeding outcomes after chemoradiotherapy for oropharynx cancer: a role for a prophylactic gastrostomy? Oral Oncol. 2012; 48(5):434-40. 125. Orlandi E, Miceli R, Infante G, Mirabile A, Alterio D, Cossu Rocca M, et al. Predictors of Patient-Reported Dysphagia Following IMRT Plus Chemotherapy in Oropharyngeal Cancer. Dysphagia. 2019; 34(1):52-62. 126. Pearlstein KA, Wang K, Amdur RJ, Shen CJ, Dagan R, Weiss J, et al. Quality of Life for Patients With Favorable-Risk HPV-Associated Oropharyngeal Cancer After De-intensified Chemoradiotherapy. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2019; 103(3):646-53. 127. Hanson B. A review of diet standardization and bolus rheology in the management of dysphagia. Current Opinion in Otolaryngology & Head and Neck Surgery. 2016; 24(3):183-90. 128. Kaizer F, Spiridigliozzi AM, Hunt MR. Promoting shared decision-making in rehabilitation: development of a framework for situations when patients with Dysphagia refuse diet modification recommended by the treating team. Dysphagia. 2012; 27(1):81-7. 129. Low J, Wyles C, Wilkinson T, Sainsbury R. The effect of compliance on clinical outcomes for patients with dysphagia on videofluoroscopy. Dysphagia. 2001; 16(2):123-7.

  • 25

    130. Oh BM, Paik NJ. Management of swallowing difficulty in pharyngeal diseases. In: Handbook of Pharyngeal Diseases: Etiology, Diagnosis, and Treatment. 2010. p. 169-91. 131. Corry J, Poon W, McPhee N, Milner AD, Cruickshank D, Porceddu SV, et al. Randomized study of percutaneous endoscopic gastrostomy versus nasogastric tubes for enteral feeding in head and neck cancer patients treated with (chemo)radiation. J Med Imaging Radiat Oncol. 2008; 52(5):503-10. 132. Paleri V, Patterson J, Rousseau N, Moloney E, Craig D, Tzelis D, et al. Gastrostomy versus nasogastric tube feeding for chemoradiation patients with head and neck cancer: the TUBE pilot RCT. Health Technol Assess. 2018; 22(16):1-144.

  • 26

    Índice de Apêndices

    Apêndice A ............................................................................. 27

    Tabela 1- Estudos que identificaram fatores preditores da disfagia crónica

    após radioterapia.

    Apêndice B ............................................................................. 33

    Tabela 2 – Estudos sobre o efeito da escolha e momento de colocação de

    uma via alimentar alternativa na incidência de disfagia a longo prazo, após

    tratamento com radioterapia.

  • 27

    Apêndice A Tabela 1- Estudos que identificaram fatores preditores da disfagia crónica após radioterapia.

    Legenda: 2D-RT=Radioterapia bidimensional; 3D-RT=Radioterapia tridimensional; ACE=Adult Comorbidity

    Evaluation (Avaliação da Comorbilidade nos Adultos); AusTOMs-=Australian Therapy Outcome Measures (Medidas de

    Resultados Terapêuticos Australianas); CP=Cabeça e Pescoço; CPT=Current Procedural Terminology (Terminologia de

    Procedimentos Comuns); CTCAE=Common Terminology Criteria for Adverse Events (Critérios de Terminologia Comum para

    Eventos Adversos); DAHANCA= Danish Head and Neck Cancer Group (Grupo Dinamarquês de Cancro Cabeça e Pescoço);

    DESdC= Drinking, Eating, Swallowing difficulties and Coughing when eating/drinking (Beber, Comer, Dificuldades de

    deglutição e Tosse quando come/bebe); FOIS=Functional Oral Intake Scale (Escala Funcional da Ingestão Oral); HPV= Vírus

    do papiloma humano ICD-9= International Classification of Diseases, Ninth Revision (Classificação Internacional das

    Doenças, Nona Revisão); IMRT=intensity modulated radiotherapy (Radioterapia de Intensidade Modulada); LG= Laringe

    glótica; LS= Laringe supraglótica; MCF= Músculos constritores faríngeos; MDADI= MD Anderson Dysphagia Index (Índice de

    Disfagia MD Anderson); PEG= Gastrostomia Percutânea Endocópica; QLQ-H&N35=Quality of life-Head and Neck Cancer

    Module (Módulo da qualidade de vida do Cancro Cabeça e Pescoço); QRT=Quimioradioterapia; QT=Quimioterapia;

    RT=Radioterapia; RTOG/EORTC=Radiation Therapy Oncology Group/European Organization for the Treatment of cancer

    (Grupo de Oncologia de Radioterapia/ Organização Europeia para o tratamento do cancro); UWQOL= University of

    Washington Quality of Life Questionnaire (Questionário da Qualidade de Vida da Universidade de Washington); VAA= Via

    alimentar alternativa; VMAT= Volumetric modulated arc therapy (Arcoterapia Volumétrica de Intensidade Modulada).

    Autores;

    Ano

    Tipo de

    estudo

    Tipo de

    Cancro

    Número de

    participantes

    (Q)RT Follow-up Método de avaliação

    da disfagia

    Fatores preditores

    identificados

    Machtay

    et al;

    2008

    Meta-análise

    CP 230

    (99 pacientes

    + 131

    controlos)

    RT

    convencio

    nal + QT

    Média de

    2,96 anos

    a)Classificação

    RTOG/EORTC

    • Idade avançada

    • Estádio T avançado

    • Localização do tumor

    primário na laringe ou

    hipofaringe

    Caudell et

    al;

    2009

    Retrospetivo CP 122 50% IMRT

    50% outra

    RT

    Média de

    32 meses

    a)Dependência de

    PEG no último follow-

    up

    b)Diagnóstico de

    pneumonia de

    aspiração

    c)Estenose

    faringoesofágica

    • Idade avançada

    • QRT

    • Localização do tumor

    primário na laringe,

    hipofaringe, parede

    faríngea ou base da língua

    Frowen et

    al;

    2010

    Prospetivo CP 81 50%

    conformal

    50% não

    conformal

    Antes da

    RT, 3 e 6

    meses

    após RT

    a)Videofluoroscopia

    • Tumores de grandes

    dimensões (vs pequenas)

    • RT bilateral (vs unilateral)

    • Tumor da laringe

    Aos 6 meses:

    • Disfagia inicial

    • Disfagia aos 3 meses

  • 28

    Chen et

    al;

    2011

    Retrospetivo CP 202

    (101 pacientes

    + 101

    controlos)

    IMRT com

    ou sem QT

    49 meses a)Classificação

    RTOG/EORTC

    • Hábitos tabágicos durante

    a RT

    Wilson et

    al;

    2011

    Prospetivo CP 167 3D-RT com

    ou sem QT

    Antes da

    RT,3

    meses,6

    meses e

    12 meses

    após RT

    a) Questionário MDADI

    b)Questionário

    UWQOL

    • Idade mais precoce

    • Maior intensidade do

    tratamento

    • Menor score MDADI pré-RT

    Eisbruch

    et al;

    2011

    Prospetivo orofarin

    ge

    73 IMRT + QT Até 2 anos

    após RT

    a) Videofluoroscopia

    b)Questionário

    HNQOL

    c)Questionário

    UWQOL

    • Dose média de radiação

    para os MCFs, LG e LS e

    esófago para todos os

    resultados de disfagia.

    • Dos MCF, o superior é o

    que apresenta correlação

    mais forte.

    • A dose de radiação média

    para o esófago é o melhor

    preditor de estenose

    avaliada por

    videofluoroscopia.

    Ghadjar

    et al;

    2012

    Retrospetivo

    randomizad

    o

    CP 213 RT

    hiperfraci

    onada

    Média de

    9,7 anos

    a)Classificação

    RTOG/EORTC

    • Doença avançada

    • Perda de peso pré-RT

    • Disfagia aguda severa

    Christiane

    n et al;

    2012

    Prospetivo

    multicêntric

    o

    CP 354 62% 3D-RT

    38% IMRT

    6 meses

    após

    terapia

    a)Classificação

    RTOG/EORTC

    b)Questionário EORTC

    QLQ-H&N35

    • 6 meses após RT: doses

    médias de radiação para o

    MCF superior e para a LS

    • Disfagia para líquidos:

    dose média para a LS e a

    técnica de RT

    • Disfagia para alimentos

    semi-sólidos: dose média

    para o MCSF, idade, local

    tumoral e técnica RT

    • Disfagia para sólidos: dose

    média para o MCF

    superior,LS e idade mais

    avançada

  • 29

    Deantonio

    et al;

    2013

    Retrospetivo CP 50 54% IMRT

    46% 3D-RT

    Média de

    20,5

    meses

    a)Classificação

    RTOG/EORTC

    b)Questionário EORTC

    QLQ-H&N35

    c)Questionário MDADI

    d)Escala de estado

    funcional (PSS-H&N)

    • Dose média de radiação

    para os MCF

    Mortensen

    et al;

    2013

    Transversal CP 259

    (apenas 65

    com avaliação

    objetiva)

    IMRT Média de

    3 anos

    a)Questionário EORTC

    QLQ-H&N35

    b)Videofluoroscopia

    • Dose de radiação para os

    MCF (avaliação objetiva)

    • Dose de radiação para a

    LG e LS (avaliação

    subjetiva)

    Mortensen

    et al;

    2013

    Prospetivo

    randomizad

    o

    multicêntric

    o

    CP 1461 2D-RT Média de

    4,1 anos

    a)Escala DAHANCA

    • Tumor não-glótico

    • Tumor T3-T4

    • Tumor N positivo

    • Disfagia pré-RT

    Duprez et

    al;

    2013

    Revisão

    sistemática

    CP 10 estudos Vários Até

    Outubro

    de 2012

    Vários • Dose de radiação para os

    MCF

    Vlacich et

    al;

    2014

    Retrospetivo CP 141 IMRT 5 anos a)Duração da

    necessidade de PEG

    • Dose de radiação para o

    MCF inferior

    Mazzola et

    al;

    2014

    Retrospetivo CP 56 IMRT ou

    VMAT

    3, 6 e 12

    meses

    após RT

    a)Classificação

    RTOG/EORTC

    • Dose de radiação para o

    MCF superior

    Patterson

    et al;

    2014

    Prospetivo CP 112 3D-RT Pré-RT e

    3,6 e 12

    meses

    após RT

    a) Questionário MDADI

    b) Endoscopia

    c)Teste cronometrado

    de deglutição de água

    d)Escala da

    Normalidade da Dieta

    • Score MDADI pré-RT (a)

    • Sem preditores

    significativos (b)

    • Disfagia pré-RT e volume

    de tratamento (c)

    • Disfagia pré-RT e volume

    de tratamento (d)

    (respetivamente, para

    cada avaliação)

  • 30

    Wopken et

    al;

    2014

    Prospetivo

    multicêntric

    o

    CP 355 51% 3D-RT

    49% IMRT

    6 meses

    após RT

    a)Necessidade de VAA

    6 meses após RT

    • Estádio T avançado

    • Dose média de radiação

    para os MCF superior e

    inferior, glândula parótida

    contralateral e músculo

    cricofaríngeo

    • Perda de peso pré-RT

    moderada a severa

    • RT acelerada, QRT e RT

    com cetuximab

    Christiane

    n et al;

    2015

    Prospetivo CP 258 65% 3D-RT

    35% IMRT

    RT ou QRT

    6,12,18 e

    24 meses

    após RT

    a)Classificação

    RTOG/EORTC

    • Dose de radiação para a

    região superior da faringe

    e laringe

    Head

    MDA, Neck

    Cancer

    Symptom

    Working G

    2016

    Retrospetivo orofarin

    ge

    300 IMRT Média de

    48 meses

    a)Aspiração ou

    estenose detetada por

    videofluoroscopia/en

    doscopia

    b)Gastrostomia

    percutânea

    c)Pneumonia por

    aspiração

    • Parâmetro dose-volume

    para o MCF superior,

    digástrico anterior,

    genioglosso, pterigoideu

    médio, complexo

    genioióide e intrínsecos da

    língua

    • Idade avançada (> 62

    anos)

    Frowen et

    al;

    2016

    Prospetivo CP 39 RT

    convencio

    nal

    6 meses e

    5 anos

    após RT

    a) Questionário MDADI

    b)Escala AusTOMs

    c)Videofluoroscopia

    • Grande volume tumoral

    • Dose média para os MCF

    • Disfagia pré-RT

    • Habitação em áreas rurais

    Jiang et

    al;

    2016

    Revisão

    sistemática

    CP 20 estudos

    observacionais

    Vários 1998-2013 Vários Evidência forte:

    • QRT

    • Carcinoma da hipofaringe

    Evidência moderada:

    • Estádio tumoral avançado

    • Dose média de RT para os

    MCF

    • Disfagia pré-RT

    Barnhart

    et al;

    2017

    Prospetivo CP 80 56% IMRT

    44& 3D-RT

    6 meses

    após RT

    a)Avaliação da

    ingestão oral através

    da escala FOIS

    b)Necessidade de VAA

    • Estádio T é preditor de

    pior ingestão oral

    • Sem preditores para a

    necessidade de VAA

  • 31

    Duprez et

    al;

    2017

    Prospetivo

    CP 306 83% IMRT

    12%

    desconhec

    ido

    5% IMAT

    A (TNFa)

    • QRT, apenas para disfagia

    moderada

    Söderströ

    m et al;

    2017

    Prospetivo CP 124 RT

    acelerada

    Aspiração:

    > 25

    meses

    após RT

    Asfixia: 12

    e 60

    meses

    após RT

    a)Avaliação da

    aspiração com

    videofluoroscopia

    b) Avaliação da asfixia

    com o questionário

    EORTC QLQ-H&N35

    • Aspiração: Dose média

    para o MCF médio e idade

    • Asfixia: Dose média para o

    MCF inferior e dificuldades

    de deglutição pré-RT

    Tsai et al;

    2017

    Retrospetivo CP 424 IMRT Média de

    33 meses

    a)Critérios para

    eventos adversos de

    toxicidade do

    “National Cancer

    Institute”

    • Dose média de RT para os

    MCF

    • Tumor da hipofaringe

    • Idade avançada

    Goepfert

    et al;

    2017

    Retrospetivo Orofarín

    geo

    116 IMRT 6, 12 e

    14 meses

    após RT

    a) Questionário MDADI

    • Estádio tumoral

    • Tabagismo (diferenças

    significativas apenas entre

    os que fumaram durante a

    RT e os que nunca

    fumaram; sem diferenças

    significativas entre ex-

    fumadores e nunca

    fumadores)

    Wopken et

    al;

    2018

    Revisão

    sistemática

    CP 32 estudos Vários 6 meses

    após RT

    Vários • Parâmetros dose-volume

    para a laringe, MCF

    superior e inferior e

    glândula parótida

    contralateral

    • Estádio tumoral avançado

    • QRT

    • Perda de peso pré-RT

  • 32

    Patterson

    et al;

    2018

    Prospetivo CP 42 3D-RT com

    e sem QT

    6 anos a) Questionário MDADI

    b) Endoscopia

    c)Escala da

    Normalidade da Dieta

    d)Teste cronometrado

    de deglutição de água

    Apenas para o teste

    cronometrado de

    deglutição de água

    • Maior volume de

    tratamento

    • Género feminino

    Hedstrom

    et al;

    2019

    Prospetivo CP 90 62% IMRT;

    19% VMAT;

    16% 3D-

    RT;

    3% IMRT +

    3D

    Média de

    10 meses

    após RT

    a)Escala DESdC

    b)Videofluoroscopia

    c)Avaliação da

    comorbilidade através

    de ACE-27

    • Dose de RT para a epiglote

    e glândula submandibular

    • Dose de RT para os MCF,

    cricofaríngeo, LG e LS

    Ozkaya et

    al;

    2019

    Retrospetivo CP 55 53% VMAT

    47% 3D-RT

    40% com

    QRT

    Média de

    20 meses

    após RT

    a)Reporte do paciente

    com questões

    utilizando uma escala

    de Likert

    b)Endoscopia

    • Dose de RT para o MCF

    inferior, para a LS e para e

    esófago cervical

    Aylward

    et al;

    2019

    Retrospetivo CP 9 697

    (1901

    pacientes +

    7796

    controlos)

    33,7%

    cirurgia

    20,9%

    cirurgia +

    RT

    16,3% QRT

    11,2%

    cirurgia +

    QRT

    8,8% RT

    9,2%

    Outro ou

    desconhec

    ido

    0-2 anos,

    2-5 anos e

    > 5 anos

    após

    tratament

    o

    a)Classificação ICD-9

    b)Código CPT

    • Idade avançada (> 65

    anos)

    • Tratamento com RT

    Christophe

    rson et al;

    2019

    Retrospetivo orofarín

    geo

    300 IMRT com

    QT

    Média de

    4 anos

    a)Videofluoroscopia/

    endoscopia

    b)Gastrostomia

    percutânea

    c)Pneumonia por

    aspiração

    • Idade avançada

    Orlandi et

    al;

    2019

    Transversal orofarín

    geo

    148 48,7%

    IMRT

    51,3%

    VMAT

    Média de

    30 meses

    a) Questionário MDADI

    • Género feminino

    • Estado HPV-

    • Xerostomia moderada e

    severa

  • 33

    Apêndice B Tabela 2- Estudos sobre o efeito da escolha e momento de colocação de uma via alimentar alternativa na

    incidência de disfagia a longo prazo, após tratamento com radioterapia.

    Legenda: 3D-RT=Radioterapia tridimensional; CP=Cabeça e Pescoço; IMRT=intensity modulated radiotherapy

    (Radioterapia de Intensidade Modulada); PEG= Gastrostomia Percutânea Endocópica; PEGp= PEG colocada de forma

    profilática; PEGr= PEG colocada de forma reativa; QRT=Quimioradioterapia; RT=Radioterapia; SNG= Sonda nasogástrica;

    GP= gastrostomia profilática.

    Autor;

    Ano

    Tipo de

    estudo

    Tipo de

    Cancro

    Número de

    participantes

    (Q)RT Tubo

    Alimentar

    Período de

    avaliação

    após RT

    Incidência de disfagia a

    longo prazo

    Corry et

    al;

    2008

    Prospetivo

    Randomizad

    o

    CP 33 QRT ou só RT

    convencional

    55% SNG;

    45% PEG

    6 meses =

    Corry et al;

    2009

    Prospetivo CP 105 RT

    hiperfracionada

    acelerada

    70% SNG; 30% PEG

    6 meses > com PEG, mas sem

    significado estatístico

    Oozer et

    al;

    2011

    Retrospetivo CP 31 QRT 52% GP

    48% SNG

    > 2 anos > com GP

    Langmore

    et al;

    2012

    Retrospetivo CP 59 44% IMRT

    56% RT

    convencional

    54% sem

    PEGp

    46% PEGp

    1 ano > PEGp vs sem PEGp

    > PEG dependentes vs

    alguma ingestão oral

    = 100% PEG vs PEG

    parcial

    Williams

    et al;

    2012

    Retrospetivo orofaríngeo 104 3D RT 68% PEGp

    12% PEGr

    20% SNG

    30 meses =

    Koyfman

    et al;

    2012

    Revisão

    sistemática

    CP ------- ------- PEG vs

    SNG

    6 meses > com PEG

    Prestwich

    et al;

    2014

    Retrospetivo orofaríngeo 56 3D-RT 77% PEGp

    33% SNG

    > 2 anos =

    Shaw et

    al;

    2015

    Revisão

    sistemática

    CP 20 Vários tipos PEGp ------- Inconclusivo

    Crombie

    et al;

    2015

    Prospetivo

    observacion

    al

    CP 95 3D-RT PEGp ≤ 3 anos Sem associação a piores

    resultados

  • 34

    Ward et

    al;

    2016

    Retrospetivo Laringe,

    hipofaringe

    ou

    orofaringe

    HPV

    negativos

    78 85% 3D-RT

    15% IMRT

    32% PEGp

    22% PEGr

    46% SNG

    5 anos

    > com PEG

    Sethugava

    lar et al;

    2016

    Retrospetivo orofaríngeo 52 IMRT 50% PEGp

    50% SNG

    2 anos > com PEG

    Prestwich

    et al;

    2019

    Retrospetivo orofaríngeo 181 IMRT 54% PEG

    46% SNG

    2 anos =