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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO UM PROJETO PARA A FDE EM SÃO LUÍS DO PARAITINGA Trabalho Final de Graduação Fernanda Panetta de Faria orientador Marcos Acayaba junho de 2011

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Um projeto para a FDE em São Luís do Paraitinga

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

UM PROJETO PARA A FDE EM SÃO LUÍS DO PARAITINGA

Trabalho Final de Graduação

Fernanda Panetta de Faria

orientador

Marcos Acayaba

junho de 2011

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AGRADEÇO meu orientador Marcos Acayaba pelas conversas, dedicação e ensinamentos durante o ano.

Agradeço aos meus pais e irmão pela paciência e compreensão nesses últimos anos e principalmente nessa reta final.

Aos amigos que fizeram parte de toda essa trajetória

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SUMÁRIO

7 Apresentação

9 Arquitetura Escolar Paulista

10 A Era Republicana

11 Constituição Paulista de 1891

13 Grupos Escolares Paulistas

15 A Era Varguista

16 Convênio Escolar

18 Parque Industrial Paulista

19 Estruturas Pré-fabricadas na Arquitetura Escolar

Paulista

21 São Luís do Paraitinga

26 Patrimônio Histórico

29 Programa Arquitetônico

32 Projeto

32 Apresentação

33 Implantação

35 Projeto Escola

51 Modelo

56 Referências

67 Bibliografia

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A idéia para o tema surgiu da vontade de elaborar um projeto cujo programa eu ainda não havia trabalhado anteriormente e utilizar um tipo de estrutura que, apesar de ter pesquisado pouco, até então, me instigava pois com ela é possível obter ganhos na agilidade e organização do canteiro de obras.

A carência de escolas públicas no estado de São Paul, o que atualmente possui uma rede escolar com 33.489 escolas, sendo 8.784 da rede pública estadual, 9 federal e 12.505 municipal e 12.191 são privadas, além de 521 instituições de nível superior, para uma população aproximadamente 41 milhões de habitantes, reforçou a escolha.

A proposta da FDE (Fundação para o

APRESENTAÇÃO

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Desenvolvimento da Educação) une os dois assuntos que eu gostaria de abordar em meu trabalho final e por isso adotei o seu programa.

Apesar do progresso da educação no estado de São Paulo, a média de escolaridade da população na faixa etária dos 15 anos é alarmante, são aproximadamente 7,9 anos de estudos, somente nas regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e São José dos Campos, a população possui escolaridade média superior a oito anos. Porém, em contraposição a esses dados 42% dos residentes no Estado de São Paulo, entre 15 anos de idade ou mais, não concluíram o ensino fundamental.

Outro dado importante é a diferença socioeconômica na adequação idade-série, que destaca que a população mais pobre do estado é minoria na proporção de jovens que concluíram o ensino fundamental e o ensino médio. Sendo assim, é evidente a necessidade do Estado de construir mais escolas públicas para atender a essa população menos favorecida.

Apesar dos números atuais sobre a educação ainda precária, não é de hoje que o Governo se preocupa em construir escolas públicas de qualidade para a população. O movimento da arquitetura escolar paulista teve início por volta de 1890 e teve uma larga produção desde então.

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O Estado de São Paulo passou por um grande avanço econômico desde a sua reinstituição em 1765 até os dias de hoje.

Com a descoberta do ouro na região de Minas Gerais pelos bandeirantes paulistas, grande parte da população migra em direção as minas em busca de riqueza, provocando a decadência econômica da então capitania, até que em 1748 ela foi anexada à capitania do Rio de Janeiro.

Em 1765, a capitania é reinstituída pelos esforços de Morgado de Mateus e para retomar o avanço da economia, o mesmo promove na época uma política de incentivo à produção de açúcar.

ARQUITETURA ESCOLAR PAULISTA

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Mais tarde, durante a época da Independência do Brasil, a capitania de São Paulo ganha grande peso político sob a liderança de José Bonifácio. E o cultivo do café então ganha força nas terras da região do Vale do Paraíba, ocupando a região que até então era dominada por pessoas ligadas à mineração e pequenas famílias que viviam de pequenas plantações. Algumas dessas cidades passaram nesse pelo seu ápice de desenvolvimento econômico.

O cultivo do café no Estado de São Paulo não se concentra somente no Vale do Paraíba e, com a exaustão dos solos, além da diminuição do regime escravocrata, a cultura cafeeira migra para outras regiões, sendo assim responsável pelo desenvolvimento de outras cidades e também pelo enriquecimento do Estado.

A proclamação da República foi reflexo do progresso trazido pela produção cafeeira e pelo trabalho assalariado, que era gradativamente aplicado à industrialização, gerando intensa urbanização. E São Paulo ingressou nessa era claramente como estado mais rico, pois foi o precursor dessa economia.

A ERA REPUBLICANA

Como já citado anteriormente, São Paulo possuía na época grande poderio econômicodevido ao café, e consequentemente a maior parte da elite nacional. Além disso, a cidade crescia e outros setores da economia se desenvolviam.

A cidade precisava de mais profissionais, porém, devido à falta de escolas de ensino de base e superior de qualidade. Faltavam pessoas alfabetizadas capazes de trabalhar em novos cargos que surgiam com o crescimento da economia, a educação era para poucos.

Foi então que São Paulo se viu obrigada a implantar um sistema educacional efetivo a fim de continuar o seu desenvolvimento, o progresso deveria ser individual e coletivo. A instituição primaria passa a ser defendida como obrigatória, universal e gratuita, uma das principais bandeiras da República Velha. E como observou Artigas, “a escola é consequência da vida urbana - equipamento da cidade industrial”.

Anteriormente, durante o período colonial, a educação era limitada ao ensino de cunho religioso e catequético ministrado pelos jesuítas. Já na monarquia, apesar de algumas iniciativas importantes, essas foram isoladas e insuficientes para que obtivessem resultados concretos.

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Além da falta de escolas, as instalações eram precárias e muitas vezes as aulas eram ministradas em uma única classe, com um único professor e alunos em diversos níveis de aprendizado.

A implantação inicial de novas escolas restringiu-se aos centros urbanos, mas ainda era ineficaz e difícil de ser implantado.

CONSTITUIÇÃO PAULISTA DE 1891

A Constituição paulista de 1891 estabeleceu obrigatoriedade e gratuidade ao ensino primário, além de reorganizar a estrutura administrativa do Estado. Foram criadas quatro novas secretarias de Estado: Agricultura, Comércio e Obras Públicas; Interior e Instrução Pública; Justiça e Segurança Pública; e Fazenda.

O Estado reorganizou a sua administração para responder a demanda de escolas e de outras obras públicas. A responsabilidade pelos projetos e obras dos edifícios escolares coube inicialmente à Superintendência de Obras Públicas (SOP), mais tarde transformada em Diretoria de Obras Públicas (DOP).

Em 1927 é criada a secção de arquitetura do DOP, que passa a assumir a organização de projetos e orçamentos para construção ou reparos dos edifícios Planta atual da Escola Normal Caetano de Campos

Plantas originais da Escola Normal Caetano de Campos

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públicos estaduais, o estudo do tipo e o registro dos edifícios.

A SOP desenvolveu, ao mesmo tempo, projetos de escolas contratados diretamente pela Secretaria do Interior e Instrução Pública, e projetos internos. Todos eles eram responsabilidade de Ramos de Azevedo, que para o desenvolvimento de tais projetos contratou uma série de profissionais especializados, em sua maioria estrangeiros.

A primeira grande realização escolar republicana foi a Escola Normal Caetano de Campos, que atualmente abriga a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

O edifício foi implantado em uma vasta área verde, que simboliza o ímpeto renovador que caracterizou os primeiros republicanos. Inicialmente desenhada por Antonio Francisco de Paula Souza, o projeto acaba sendo desenvolvido por Ramos de Azevedo, que também foi responsável por sua construção.

Sua planta simétrica em “u”, possuía originalmente dois pavimentos. Sua tipologia estava de acordo com a escolar europeia da época, e o estilo adotado era o neoclássico.

Apresentava um programa complexo, envolvendo anfiteatro, vestiários, laboratório e grande Fotos antigas da Escola Normal Caetano de Campos

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número de salas de aula. Uma escola construída nos fundos foi destinada ao ginásio modelo.

GRUPOS ESCOLARES PAULISTAS

Os grupos escolares foram criados para atender as necessidades do ensino básico. Esse novo tipo de edifício agrupava várias escolas isoladas num único prédio. O ensino passa a ser seriado, os alunos são agora reunidos conforme o grau de aprendizado e separados em função do sexo. Essa separação era extremamente rígida e exigia acessos independentes para cada sexo. A área livre também era dividida por altos muros em alvenaria. Assim, os edifícios dos grupos escolares resultavam em construções simétricas, com o mesmo número de salas para cada grupo. Durante esse período também foram desenvolvidos projetos-tipo da SOP, que eram repetidos inúmeras vezes, com fachadas distintas em projetos assinados por outros arquitetos. Um desses exemplos foi o projeto para o grupo escolar de Campinas. A tipologia desse edifício se destacava pelo volume compacto , em dois pavimentos. A organização de sua planta era composta por quatro salas de aula no térreo e mais quatro idênticas no pavimento superior. Durante o período entre 1890 e 1920 foram construídas aproximadamente 170 escolas, sendo 100 desses projetos-tipo, variando sobre 20 tipologias pré-estabelecidas. Apesar da padronização das plantas, na

EEPG “FRANCISCO GLICÉRIO”- CAMPINAS, SP, 1895

Diversas tipologias de fachadas desse projeto-tipo

Plantas térreo e superior

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maioria dos casos havia uma preocupação em dar ao edifício uma identidade própria variando o tratamento das fachadas. Por volta dos anos 1910, apesar do êxito dos novos edifícios dos grupos escolares nas cidades do interior, a situação do ensino ainda não era satisfatória, muitas escolas ainda funcionavam em prédios adaptados, alugados ou comprados para esse fim. O governo concede então um aumento significativo na verba destinada à construção de edifícios escolares a fim de recuperar o tempo perdido, gerando um surto em todo o estado, sendo projetadas mais escolas entre 1910 e 1913 que nos vinte anos anteriores. Novos arquitetos são contratados para ajudar no desenvolvimento de novos projetos. Antigas tipologias são alteradas radicalmente, e surgem plantas quadradas permitindo a distribuição das salas ao redor de um pátio central, que não era acessível para os alunos. Porém, as plantas ainda são simétricas para resolver a separação entre os sexos. Quanto ao estilo desses novos projetos, muitos buscavam expressar em sua arquitetura o que havia de mais atual na Europa, e muitas vezes esses projetos eram elaborados por arquitetos estrangeiros ou com formação europeia. Apesar de haverem utilizado manuais e publicações técnicas especializadas produzidas especialmente nos países europeus, esses arquitetos sempre desenvolveram projetos de uma arquitetura própria e adequada as condições locais. Mesmo depois de quarenta anos e com todos os

EEPG “DR. ALFREDO PUJOL”- Pindamonhangaba surgimento de plantas quadradas e pátior internos rodeados por salas.

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primeiros edifícios escolares “modernos” construídos no Estado de São Paulo. O Estado introduz pela primeira vez procedimentos de planejamento também para o funcionamento da escola, elabora diretrizes para o projeto dos edifícios e os realiza em parceria ao DOP. A composição da Comissão era multidisciplinar, participando profissionais não só da área de arquitetura e urbanismo, mas também ligados à saúde e ao ensino. No campo dos aspectos técnicos dos novos edifícios escolares, há a preocupação de criar uma arquitetura de qualidade. Aspectos de iluminação, conforto ambiental, ventilação, entre outros, passam a ser levados em conta no projeto do edifício. A implantação do edifício passa a ser relacionada com a topografia do terreno e menos dependente das divisas do lote, diferente do período republicano em que os edifícios acompanhavam os limites. O concreto armado é usado como estrutura e os ambientes são orientados em função do melhor aproveitamento da insolação. Quanto ao aspecto programático, os novos edifícios deveriam atender às novas exigências pedagógicas, tais como um auditório/ginásio, cujo mobiliário deveria ser móvel, atendendo a novos usos; salas de leitura ou pequenas bibliotecas; implantação de cozinhas e refeitórios acompanhados de uma diretriz nutricional; e preocupação com a higiene. A tipologia dos novos edifícios sofre grande transformação, principalmente devido a consideração da insolação na definição da planta, deixando de ser um volume compacto para se tornar uma planta estruturada em que a circulação possui salas em apenas um de seus lados.

esforços do Governo do estado, o regime Republicano não tinha conseguido criar um sistema escolar à altura das necessidades do país.

A ERA VARGUISTA

Getúlio Vargas ao poder em 1930, logo após sua chegada é criado o Ministério da Educação e da Saúde Pública e visava com a educação formar uma elite mais ampla, intelectualmente mais bem preparada, e centralizar a atuação na área do ensino e educação. Durante o seu governo, foi criado o Plano Nacional de Educação, uma das exigências da Constituição de 1934. Esse, abrangia o ensino de todos os graus e ramos, comuns, e especializados, e deveria coordenar e fiscalizar a sua execução em todo o território do país. O Plano também definia, finalmente, o ensino primário como obrigatório e gratuito. No Rio de Janeiro, dominou o estilo da “arquitetura nova”, ou seja, a arquitetura moderna, no projeto da construção dessas novas escolas. Já no Estado de São Paulo, as iniciativas no campo da arquitetura escolar são mais tímidas. Em 1936, sob o governo de Armando de Salles Oliveira, é criada a Diretoria de Ensino, que designa uma “Comissão Permanente” com profissionais de diversas áreas que ficaria responsável pela elaboração do Plano de Ação Governamental na área da construção escolar. Para orientar o programa das novas escolas construídas na capital, a Comissão define uma série de tópicos funcionais, programáticos e pedagógicos, e as escolas resultado do trabalho dessa Comissão são os

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Cinema Novo e do surgimento da televisão. No caso de São Paulo, o problema de ensino ainda era grave apesar dos esforços do período Republicano, a cidade crescia em uma proporção muito maior do que escolas eram construídas. Durante a era Varguista, apenas onze novas escolas foram construídas na capital. O número de crianças sem escolas era assustador, e para tentar solucionar o problema foi feito um acordo mútuo de colaboração entre estado e município, e no final de 1948 surgiu a Comissão Executiva do Convênio Escolar, que se encarregou de todas as etapas da construção da escola pública. O grupo tinha como objetivo suprir a demanda por escolas até 1954. Em cinco anos foram construídas 68 escolas, porém a cidade não parou de crescer, sendo ainda insuficiente o número de escolas. O arquiteto carioca Hélio Duarte foi chamado para coordenar a equipe, ele já para o governo da Bahia durante a gestão de Anísio Teixeira na Secretaria da Educação. Outros jovens arquitetos também foram convocados para integrar a equipe, tal como Eduardo Corona. Apesar de seu trabalho com Anísio Teixeira, Duarte não chega a incorporar o conceito de escolas-classe e escolas-parque em São Paulo. Sua experiência no Convênio Escolar deveria primeiro resolver o problema quantitativo de escolas. A tipologia dos edifícios do Convênio Escolar possuíam características muito próximas apesar de serem de autores diferentes. Diretrizes da era Varguista são mantidas, a topografia e a orientação em função da

As fachadas dos edifícios também mudam, formas puras e geométricas agora as compõe de forma que, aliada as formas curvas, produzam sensação de movimento. Novas técnicas construtivas modificam de forma positiva esses edifícios, permitindo novas diretrizes de projeto. Por exemplo, com as novas técnicas de impermeabilização empregadas, os porões foram suprimidos, favorecendo um melhor aproveitamento da topografia do terreno a ser implantado o projeto. O uso de pilotis permitia que recreio coberto e outros usos fossem incorporados no mesmo volume. O tratamento das janelas também sofreu alteração, agora elas poderiam ter maiores dimensões, já que agora os arquitetos tinham maior preocupação com a orientação das fachadas, as vigas agora eram de concreto, portanto com alturas menores.

CONVÊNIO ESCOLAR

A criação do Convênio Escolar se dá após o fim da Segunda Guerra Mundial e a queda de Vargas, período pelo qual o Brasil passou por diversas mudanças. Em 1946, a nova Constituição obriga “a União, Estados e Municípios a investirem uma porcentagem mínima dos recursos arrecadados na educação primária. As próximas décadas seriam especialmente significativas na produção de projetos de escolas pois estes seriam reflexo da efervescência cultural, política e econômica da época. Era tempo da bossa nova, do

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insolação ainda eram levadas em conta na implantação do edifício no terreno. O programa passa a ser distribuído em pavilhões separados e independentes, conectados por marquises, favorecendo a configuração de pátios com jardins entre os blocos. O modelo de circulação por corredor central ladeado por salas de aula é deixado de lado e predominam corredores laterais bem iluminados e ventilados. Os pavilhões são caracterizados por grandes caixilhos de vidro, salas distribuídas em dois pavimentos, blocos administrativos com aplicação mais cuidadosa de janelas e os galpões possuíam coberturas abobadadas. Eduardo Corona considerava a cobertura de galpões inadequada arquitetônicamente, porém, seguia a programação imposta pelas autoridades. Quanto aos aspectos construtivos, os edifícios projetados nesse período possuemvolumes prismáticos regulares e estrutura de concreto armado independente. Suas coberturas passam a ter baixa declividade devido ao uso das telhas de cimento-amianto. Também são usados elementos de proteção solar feitos tanto em peças cerâmicas como em placas de concreto pré-moldadas; marquises delgadas de concreto, tubos nas paredes para auxílio da ventilação cruzada de ambientes. As escolas do Convênio Escolar foram introdutoras da arquitetura moderna no âmbito do poder público paulista. Pela primeira vez, os projetos dos edifícios escolares passaram a ter uma conceituação mais funcional, critérios quanto a circulação, orientação das salas, implantação no lote, entre outros, passam a ser relevantes no desenho do projeto.

ESCOLA AO AR LIVRE - ÁGUA BRANCA, SÃO PAULO, SP.

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Nesse período, os projetos de escolas eram usados como protótipos do desenvolvimento de novas técnicas construtivas. O concreto armado passava a ter custos mais acessíveis na medida em que a indústria conseguia suprir a demanda do país.

PARQUE INDUSTRIAL PAULISTA

Durante o governo de Juscelino Kubitschek, o Brasil teve seu crescimento acelerado em função da indústria automobilística. Nessa época, em São Paulo, implantava-se um grande parque industrial, que atraiu grandes grupos de migrantes, fazendo com que a cidade crescesse ainda mais. Carvalho Pinto, então governador do Estado de São Paulo, viu-se obrigado a reverter a situação caótica em que se encontravam as infra-estruturas estaduais, anunciando em 1959, seu “Plano de Ação”, conhecido como PLADI. A situação do sistema escolar mais uma vez era insatisfatório. Como o Convênio Escolar era restrito à capital, e executou somente metade de seus edifícios propostos, todo o estado obviamente precisava urgentemente de mais escolas. O IPESP (Instituto de Previdência do Estado de São Paulo) contrata então arquitetos fora de seus quadros oficiais a fim de apoiar o DOP no trabalho de fazer novos projetos. Em 1960 é criado o FECE (Fundo Estadual de Construções Escolares) que fica encarregado de elaborar, desenvolver e custear o programa de construções escolares do ensino primário e médio no Estado de São Paulo. A partir de 1966 o FECE fica encarregado também na construção dos prédios escolares, assumindo progressivamente o lugar do DOP. Com esse “Plano de Ação” e a contratação de arquitetos em massa, o governo monta um plano de emergência para melhorar o seu sistema escolar.

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ARQUITETURA ESCOLAR PAULISTA A FDE foi criada no ano de 1987, em um quadro de decadência do ensino público em São Paulo. Além da demanda por escolas, era também necessário melhorar a qualidade das mesmas. A Fundação deveria desenvolver tanto a área pedagógica, quanto a construção de novas escolas.

O estado não precisava somente de novos projetos, mas também deveria ampliar, restaurar e reformar as edificações existentes. E nessa questão também se incluiria o mobiliário e equipamentos escolares.

Porém foi só a partir de meados de 2003, a Secretaria de Estado da Educação inseriu significativas alterações nos projetos de construção das escolas da

ESTRUTURAS PRÉ-FABRICADAS NA

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quatro projetos que foram utilizados como protótipos e resultaram nas especificações das estruturas, dos detalhes genéricos, das modulações e dimensionamento que se tornaram referência aos demais projetos.

A adoção das estruturas pré-fabricadas possibilitou a industrialização da construção de escolas, e seu pré-dimensionamento foi responsável pela escala de produção em fábrica.

Essa opção proporciona uma evolução significativa na melhoria de qualidade do produto oferecido aos usuários, pois as peças passam por um controle de fábrica previamente, o que garante suas especificações.

Para soluções mais econômicas, também são adotadas indicações quanto ao partido de projeto, por exemplo: quanto maior a escola, menor o seu custo por metro quadrado; escolas térreas apresentam custo maior por terem maior área de cobertura e fundação; volumetrias muito recortadas além de terem um maior custo, também possuem mais problemas de manutenção.

FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação). São elas: incorporação da quadra de esportes coberta em seu programa, utilização das escolas nos finais de semana (idéia já apontada por Anísio Teixeira), inserção de salas de informática, adoção da pré-fabricação da estrutura do edifício e uma nova forma de gestão de projetos e obras.

A abertura das escolas nos finais de semana sugerem uma modificação na disposição das plantas. No caso da quadra, essa agora deveria estar ligada aos ambientes de convivência da escola, permitindo o seu uso independente das dependências administrativas e de salas de aula da escola., gerando uma mudança significativa do partido arquitetônico

Nessa fase, o uso de estrutura pré-fabricada foi aplicado visando melhorar a qualidade da obra, além de reduzir os prazos da construção. O objetivo era construir escolas com eficiência, e seu custo equivalente a de uma obra convencional, desenvolvendo projetos de qualidade.

Foi feito um pré-dimensionamento das peças estruturais e especificações técnicas que garantissem a produção racionalizada e industrializada dos elementos, possibilitando diferentes partidos arquitetônicos.

A definição dos parâmetros para uso dessas peças na construções foram definidos a partir de

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A cidade escolhida para abrigar o projeto foi São Luís do Paraitinga.

Ela localiza-se na região do Vale do Paraíba, que possui hoje aproximadamente 11 mil habitantes, teve seu desenvolvimento econômico diretamente relacionado à rota de escoamento da produção do ouro descoberto nas Minas Gerais rumo a metrópole, o que motivou a procura de caminhos em direção aos portos marítimos existentes, possibilitando a descoberta e exploração de regiões até então pouco conhecidas às marginais do Rio Paraíba, e à produção de café, que foi responsável pelo crescimento e desenvolvimento da tipologia arquitetônica da cidade.

A ocupação da região iniciou em fins do século

SÃO LUÍS DO PARAITNGA

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GOOGLE

2 [km]40

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objetivo de concentrar a população paulista, dispersa pelos sertões e garantir uma agricultura mais produtiva ligada à exportação, como forma de recuperar a economia da capitania. A vila de São Luís do Paraitinga é então fundada em 1769 por pequenas famílias, sem bens, que se dedicaram à agricultura de subsistência.

Não existem evidências de que nessa época as edificações estivessem alinhadas de acordo com alguma norma ou idéia de conjunto previamente estabelecida, elas não obedeciam a um planejamento determinado.

A partir do momento em que o povoado é elevado a vila, com o estabelecimento do pelourinho,

XVII, com a concessão de sesmarias para “povoar” a região. Após ser abandonada por esse grupo, na primeira metade do século XVIII era habitada somente por “posseiros” ou indivíduos estabelecidos na região por conta própria.

Inicialmente, a região era um núcleo agrícola de subsistência com culturas variadas e itinerantes em função dos métodos e técnicas rudimentares que possuíam.

Em 1765 o então governador do Estado de São Paulo Morgado de Mateus, autorizou a fundação de povoados com seu centro urbano planejado, com o

São Paulo São Luís do Paraitinga

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em 1773, começam a surgir preocupações com padrões de urbanização, segundo determinações do Governo da Capitania.

Ações da Coroa desestimularam o comercio local, e a cidade manteve-se alheia ao surto de cultura açucareira. Posteriormente passaria por um período de prosperidade devido a cafeicultura no Vale do Paraíba.

A cultura do café e sua comercialização possibilitaram o desenvolvimento da região, dando à vila sua configuração atual, daí porque na primeira metade do século XIX a estrutura urbana já se encontrava estabelecida com suas ruas e logradouros perfeitamente definidos e os setores da Cidade caracterizados em suas funções.

A economia local é beneficiada pela localização estratégica da cidade, situada no caminho do porto de ubatuba. E como reflexo dessa prosperidade, o centro urbano de São Luís do Paraitinga vai se transformando.

Os senhores rurais constroem sobrados ornamentados como resultado da afirmação de seu enriquecimento, além de casas oficiais, a exemplo da Casa de Camara e Cadeia e a nova Matriz.

Os lotes urbanos passam a ser disputados em função de sua localização e a Cidade vai assumindo a conformação que perdura até hoje.

Após o período do cafe, a cidade ficou

Ponte de acesso principal à cidade

Construções da praça principal

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novamente reduzida às relações locais de subsistência, uma vez cortada sua principal função econômica e fator de crescimento, o que, por outro lado, garantiu a sobrevivência do acervo arquitetônico de que hoje dispõe. O atual conjunto, notável por sua homogeneidade e qualidade ambiental, data, em grande parte, do século XIX, quando a cidade experimentou seu período de maior expressão econômica e política.

A arquitetura da cidade, com reflexo direto de sua localização, sofreu as mais diversas influencias, notadamente dos centros mais desenvolvidos, principalmente o de Minas Gerias.

Atualmente, quase mais nada resta das edificações da segunda metade do século XVIII, época em que, com exceção da Igreja Matriz e outras duas edificações, as construções eram térreas e modestas, retrato de uma economia incipiente, precedente a chegada da cultura do café no Vale do Paraíba.

Casa Oswaldo Cruz Mercado

Edifícios danificados pela inundação

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO

A cidade é um dos mais significativos exemplos de Patrimônio Ambiental Urbano do Estado de São Paulo: devido não somente à peculiaridade de seu traçado urbano, modelo que se firmou em outras cidade paulistanas desenvolvidas em função da economia do café, mas também graças à representatividade e à homogeneidade do seu acervo arquitetônico que se manteve sem transformações comprometedoras devido basicamente a dois fatores:- desde a decadência do café, a cidade nunca experimentou outro grande desenvolvimento econômico capaz de descaracterizar seu acervo original.- situar-se afastada da trama viária principal, Via Dutra e ferrovia Central do Brasil, portanto fora da faixa do Vale do Paraíba que recebeu influencia mais direta do eixo Rio- São Paulo. O tombamento da cidade visou preservar, salvaguardar e revitalizar o conjunto de edificações de valor histórico existentes na cidade, mediante sua adequada incorporação e integração às atividades decorrentes de uma utilização contemporânea. A definição do centro histórico foi feita com a divisão de dois setores dadas as usascaracterísticas específicas. Os critérios foram as características históricas e socio-ocupacionais, pela hegemoniedade das construções e pelo grau de descaracterizações ocorridas. O denominado centro I é comporto por grandes sobrados, predominantemente do século XIX, quase todos construídos no alinhamento das ruas com influencias claras da corte e da arquitetura urbana de Minas Gerais.

Perímetro do entorno - IPHAN

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As modificações nessa zona introduzidas no decorrer do século XX, a exemplo da nova ponte sobre o rio Paraitinga, não foram capazes de propiciar modificações sensíveis na estrutura urbana desta área, já definida na década de 40 do século XIX, em função do racionalismo urbano instituído pelo Governador. Até pouco tempo o uso do solo desse perímetro era predominantemente residencial, mas vem sofrendo transformações de uso com a ocupação de atividades institucionais e comerciais. O centro histórico II caracteriza-se por construções de menor porte e de alguns edifícios isolados. A predominância das edificações é de casas populares, de um ou dois pavimentos. Com o passar dos anos, através de reformas nem sempre criteriosas, foram feitas as inevitáveis adaptações na tentativa de adequar as edificações as necessidades mais contemporâneas, porém causaram uma maior descaracterização nas construções desse centro. Sua estrutura urbana já não apresenta o mesmo rigor das ruas perpendiculares do modelo implantado do Centro I, posto que algumas modificações foram introduzidas pelos povoadores da cidade, condicionadas às peculiaridades da topografia. O centro histórico I e II receberam tratamento diferenciado quanto ao rigor das intervenções físicas propostas pelo Plano. O centro I ainda conserva sua morfologia urbana e uma grande homogeneidade arquitetônica, embora tenha sofrido no decorrer dos anos pequenas alterações. Quanto às novas construções, deve ser levada em conta a manutenção da visibilidade e da ambiência do conjunto.

Delimitação da poligonal de tombamento CONDEPHAAT

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No inicio de 2010, a cidade sofreu uma forte enchente do Rio Paraitinga e perdeu 8 de seus edifícios históricos, incluindo a Igreja Matriz, construída no século XVII, principal símbolo da cidade. Após esse desastre natural, o IPHAN deu ao processo de tombamento da cidade como patrimônio histórico o caráter de urgência e este foi aprovado em meados de dezembro de 2010.

Centro Histórico I

Centro Histórico II

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O programa é estabelecido de acordo com o modelo da Secretaria da Educação, abrangendo o Ensino Médio e o Fundamental. Ele sofreu modificações ao longo do tempo e atualmente é constituído por quatro blocos funcionais: administração, pedagógico, vivência e serviços. Cada um é composto por diversos ambientes.

O bloco da administração abriga a diretoria, a secretaria, o almoxarifado, a coordenação pedagógica, sala de professores e sanitários administrativos. O pedagógico é composto pelas salas de aula, salas de reforço, sala de uso múltiplo, centro de leitura, sala de informática e depósito. A vivência abrange a cozinha, despensa, refeitório, cantina, sanitários de alunos,

PROGRAMA ARQUITETÔNICO

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grêmio, depósito de educação física, quadra coberta e recreio coberto. Já o depósito de material de limpeza e sanitário ode funcionários faz parte do bloco de serviços.

Os fluxogramas elaborados pela FDE indicam como se dá o acesso ao público, bem como a relação entre conjuntos funcionais do programa arquitetônico.

A FDE também disponibiliza catálogos, entre outros, que auxiliam o desenvolvimento do projeto. O objetivo principal dessa padronização é agilizar esse processo e facilitar a quantificação da obra.

Apesar de utilizar elementos padronizados, a produção atual de projetos de escolas para a FDE mostra que, mesmo com esse pré-requisito, é possível fazer edifícios diversos e com qualidade plástica e espacial.

Com a terceirização desses projetos, a FDE pôde adquirir experiência e vivência quanto aos problemas de manutenção, agregando conhecimento prático e teórico, possibilitando o aprimoramento contínuo dos projetos e componentes da construção escolar.

Esses novos projetos devem considerar não somente uma boa relação do usuário com o edifício, mas também buscar soluções e materiais de maior durabilidade, que resistam ao uso intenso e ao vandalismo, além de atender a exigência de ter baixo

Fluxogramas FDE

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custo e ser de fácil manutenção.

Ao longo dos anos passados, podemos identificar tipologias dominantes, porém para o terreno de projeto escolhido por mim, as tipologias compactas e verticalizadas, e as longitudinais são logo descartadas e não passíveis de estudo de caso, o que ficará mais claro adiante.

As tipologias de escolas horizontais com a quadra no centro e as dispostas em mais de um volume condizem mais com o pretendido para o terreno.

Nos edifícios horizontais com a quadra ao centro, os ambientes são voltados para a quadra de esportes num grande vazio central, e esta se dá como centro de convergência das atividades escolares. Essa tipologia lembra as tipologias das escolas de Vilanova Artigas, em que a cobertura criava um único volume, porém sob essa, as múltiplas funções interagiam entre si.

O piso térreo desobstruído cria uma ligação entre a área de recreação externa e o recreio coberto e a quadra de esportes. Cabe ao piso superior abrigar as salas de aula e demais ambientes pedagógicos.

Quanto às escolas dispostas em mais de um volume, o bloco pedagógico e o esportivo se separam, possibilitando a união as atividades de recreio e esportes facilitando o acesso da comunidade de forma independente.

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APRESENTAÇÃO

O terreno escolhido para a elaboração do projeto localiza-se na cidade de São Luís do Paraitinga, na rua João Romão, s/n° ao lado do ginásio e da rodoviária do município. Sua área é de aproximandamente 4.800 m².

A sua proximidade com o rio e o fato de ser uma área inundável foram considerados na decisão das cotasde cada pavimento.

Apesar de não estar dentro da poligonal de tombamento determinada pelo CONDEPHAAT, o partido arquitetônico deve seguir certas restrições de caráter urbanístico. São elas: respeitar a altura máxima das edificações vizinhas, não podendo ultrapassar os

PROJETO

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12m; e ter no máximo dois pavimentos.

O programa adotado, já pré-determinado para São Luís do Paraitinga pela FDE, é o do Ciclo 1 do Ensino Fundamental, e abrigará dez salas de aula.

O maior desafio foi a elaboração de um projeto de edifício com peças pré-fabricadas que atenda às questões do patrimônio histórico e o próprio programa da FDE, além das dimensões do próprio terreno, que impossibilitou .

A construção da escola é justificada pela falta de equipamentos públicos na cidade, principalmente após a destruição de parte da mesma devido à enchente do Rio Paraitinga no início do ano como já citado anteriormente.

A escolha de seu terreno se justifica pela proximidade da rodoviária, facilitando o acesso à mesma por habitantes de cidades próximas.

IMPLANTAÇÃO

O edifício foi orientado de maneira que seus acessos ao bloco administrativo fossem facilitados, pois o movimento de pais, fornecedores, entre outros, não deve interferir na dinâmica da escola. As curvas de nível adotadas foram as presentes na imagem de “Delimitação do perímetro de entorno “ adquirida no acervo do IPHAN.

Panorama interno do terreno

Panorama da entrada da cidade

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Vista do ponto mais alto do terreno

Via de acesso principal

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quadra, além de dois conjuntos de escadas localizados nas laterais do edifício e um elevador acessível aos portadores de necessidades especiais.

PROJETO ESCOLA

O edifício é o conjunto de três blocos com dois pavimentos cada que abrigam os ambientes administrativos, pedagógicos, de vivência e serviço. Esses blocos dispõe-se ao redor da quadra coberta, que é o centro do edifício.

Por estar situado em uma área inundável, elevei todo o edifício a 1.50m da cota 100.22, deixando somente a quadra neste nível, pois ela pode ser ocupada pela água, assim.

Ao elevar o primeiro pavimento, criou-se um porão elevado, cuja ventilação é garantida por blocos vazados que o revestem.

Quanto à estrutura, ela é composta por elementos pré-fabricados e suas dimensões principais são: pilares de 30x60cm, lajes alveolares de 20cm e vigas de apoio das lajes alveolares de 30x80 pois o maior vão entre pilares é de 10.80m, sem continuidade.

Os módulos são múltiplos de 90cm, sendo o maior vão 10.80m e o menor de 7.20m dispostos em dois sentidos diferente, possibilitando um “corredor-varanda” de acesso aos ambientes.

As vigas da parte externa do vão de 7.20m são brises que além de travar a estrutura, ainda impede a incidência direta de luz.

A circulação se dá pelas rampas laterais à

Eixos da estrutura

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IMPLANTAÇÃO0 10 20 50[m]

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0 1 5 10 [m]

PLANTA 100.22

D E

1

1. Quadra coberta

A

B

C

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0 1 5 10 [m]

PLANTA 101.72 3. Diretor

2. Secretaria

1. Quadra coberta 6. Sala de Informática

5. Conj. sanitário administrativo

4. Vice-Diretor

7. Uso Múltiplo

9. Dep. material ed. fisica

8. Sanitário func. 10. Sanitário alunos

11. Sala de Recuperação

12. Sala de aula

13. Refeitório +cozinha

A

D E

F

B

C

5

5

5

21

4 3

6 7

8

8

9

1010 11 11 12

13

1313

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0 1 5 10 [m]

PLANTA 104.72

A

D E

F

B

C

12 1212 12 12 12

12

12

12

10. Sanitário alunos

12. Sala de aula

14. Professores

15. Dep. mat. pedagógico

14

18

15

17

10 10

16. Almoxarifado

17. Dep. mat. limpeza

18. Coord. Pedagógico

16

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0 1 5 10 [m]

CORTE A

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0 1 5 10 [m]

CORTE B

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0 1 5 10 [m]

CORTE C

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0 1 5 10 [m]

CORTE D

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0 1 5 10 [m]

CO RTE E

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0 1 5 10 [m]

CORTE E

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0 1 5 10 [m]

ELEVAÇÃO NORDESTE

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0 1 5 10 [m]

ELEVAÇÃO SUDESTE

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0 1 5 10 [m]

ELEVAÇÃO SUDOESTE

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ELEVAÇÃO SUDESTE

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MODELO

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REFERÊNCIAS ANÍSIO TEIXEIRA

Educador baiano da maior importância, foi um dos maiores signatários do “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova” lançado em 1932. Defendia a adoção por parte do Estado de uma nova pedagogia, onde o foco do ensino não era mais o conteúdo da matéria a ser dada, mas sim a criança a ser ensinada.

Durante o período de 1930 a 1935, Anísio foi Secretário Geral da Educação do Rio de Janeiro, desenvolvendo o planejamento para ampliar a rede de edifícios escolares.

O conceito de escolas-classe e escola-parque foi

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elaborado por ele durante o seu mandato como Secretário da Educação da Bahia, em 1950. O sistema tinha como diretrizes: manter o aluno em período integral; ensino em duas instâncias complementares, instrução básica na escola-classe e a educação no sentido mais amplo (tais como educação física, artística, social) na escola-parque com instalações para atividades extra-curriculares.

Anísio Teixeira também coloca o conceito de escola como equipamento urbano, como fonte de energia educacional, como ponto de reunião social, ou seja, o edifício deveria ser aberto para o comunidade nos fins de semana, tornando o edifício um bem de uso comum, assim seus usuários criariam um vínculo com a escola. Essa idéia mais tarde é implantado pela FDE e pelos CEU’s.

RICHARD NEUTRA Foi um grande arquiteto austríaco e escreveu o livro “Arquitetura Social em Países de clima quente”, que destacava que a arquitetura deveria estar sempre em harmonia com a época. Essa, deveria ser funcional, destinada às necessidades humanas e livre de formalismos excessivos. Além disso, novas soluções para os problemas de cada clima e sociedade deveriam ser constantemente apontadas. A arquitetura de Neutra se fundamentava antes de tudo na função e nos fins a que o objeto se destinaria. A planta do edifício se resolveria de acordo com as necessidades e o gênero de vida de seus usuários. Os projetos de suas escolas combinavam salas de aula

RICHARD NEUTRA - Integração do interior e exterior

RICHARD NEUTRA - Sistema de ventilação com a abertura de portas

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com espaços ao ar livre, o que representa o primeiro estudo racional da sala de aula em escolas públicas. Neutra projeta um completo sistema de escolas urbanas e rurais em Porto Rico. Essas salas de aula eram uma combinação flexível entre o espaço interno e o externo, própria para um método de ensino em que o aluno aprende variando de ocupações. Ele condenava a tradicional sala de aula em que o aluno era obrigado a permanecer sentado apenas ouvindo o professor. Neutra se volta para a América Latina pois era um continente desfavorecido economicamente e que carente de estudos de escolas a fim de melhorar a qualidade da arquitetura da mesma além do seu programa de ensino. Suas cidades rurais estavam em crescimento, porém, se as mesmas não se desenvolvessem, muitos poderiam migrar para áreas urbanas. Não havia a necessidade de construir imponentes edifícios para das boa instrução às crianças, sobretudo em zonas de clima ameno. As escolas rurais deveriam ser tratadas como uma imitação da escola urbana, porém em menor escala. As zonas rurais apresentavam muitos problemas, principalmente em relação à fiscalização de tantas pequenas unidades e a direção da central e controle de todo o sistema escolar. Com a construção das primeiras escolas, pretendia-se despertar nos jovens, futuros professores primários, o gosto de agir com eficiência por si próprios, dispensando a constante ação orientadora. Quanto às salas de aula, o espaço combinado entre exterior e interior produziam uma maior área institucional. A porta que se abre horizontalmente,

RICHARD NEUTRA - Proposta de planta para uma das escolas - destaque para a disposição das salas de aula

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elementos. A escola de Itanhaém, projetada em 1959, possuía todo o seu programa livremente disposto sob uma única cobertura, sendo a estrutura o principal definidor da forma do edifício. No Ginásio de Guarulhos, Artigas acrescenta ao seu partido meios-níveis e o espaço vazio central, rodeado pela distribuição do programa. O projeto inaugura a idéia de o edifício ser voltado para dentro de si, e a iluminação do pátio central passa a ser feita por aberturas zenitais.GINÁSIO DE ITANHAÉM - ESCOLA ESTADUAL JON THEODORESCOsetembro de 1959

A escola foi projetada sob uma única cobertura que abrigava os três blocos doprograma (salas de aulas, administração e sanitários) e a área de convivência, criando umsentido de integração inaugural na topologia do edifício escolar brasileiro. A assimilação do galpão ao conjunto arquitetônico não é novidade, o pátio derecreação já vinha sendo incorporado às construções desde 1950 por Oscar Niemeyer, porém,Artigas o colocava não mais como anexo do edifício principal, ou como pilotis, mas comoespaço de integração orgânica das diversas atividades, os espaços exclusivos para a circulaçãopraticamente desaparecem da planta. Estruturalmente, o edifício é composto por um sistema de pórticos de concreto armado, permitindo vão generosos, além de fluidez do espaço de convivência, já que a distância entre pilares poderia ser maior, o que definiu a forma do edifício.

além de aumentar a área de sombra quando aberta, quando adequadamente orientada, garante ventilação necessária. Condições sanitárias e eficientes métodos educacionais também são premissas apontadas por Neutra. O arquiteto pretendia construir o maior número de unidades, mesmo que modestas, em vez de poucas escolas modelo, mas de custo elevado, assim, permitiria a construção de um elevado número de salas de aula, atendendo rapidamente à demanda. Com a pré-fabricação de certas partes e elementos da construção num ponto central, a padronização dos moldes de concreto e o transporte dos mesmos de um lugar para outro, contribuiriam substancialmente para o barateamento das obras. A tipologia dessas escolas era formada por salas de aulas cujas também possuíam aberturas para um pátio interno, portas largas que permitissem a livre circulação e acesso para salas adjacentes e para o ar livre, flexibilidade na disposição dos móveis, que deveriam ter assentos removíveis e móveis deslocáveis.

AS ESCOLAS DE VILANOVA ARTIGAS

As escolas de Artigas estão diretamente ligadas ao Plano de Ação do governo Carvalho Pinto, que convoca pela primeira vez escritórios particulares de arquitetura. Um novo projeto pedagógico não havia sido definido, o arquiteto então se aproxima dos pensadores Fernando Azevedo e Anísio Teixeira. Artigas busca então, elaborar uma nova tipologia de edifícios escolares, experimentando inovações técnicas e espaciais. Cada projeto introduziu à arquitetura paulista novos

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Esse sistema não se limitava à repetição simples dos pórticos, alguns pilares não obedeciam à regra, e eram destacados por cores e pelas suas formas. A cobertura também não era contínua, uma faixa descoberta entre dois pilares garantia a iluminação para o pátio e banheiros. Artigas também fazia pequenos desníveis no chão para distinguir de forma sutil os usos dos diversos espaços. O edifício foi também o primeiro a ser construído com laje plana e impermeabilizada. O concreto armado aparente exibia as marcas das formas de madeira, deixando evidente a técnica de construção utilizada. O arquiteto ainda se preocupava com a adaptação da escola ao clima da cidade, resolvendo o problema do calor e da umidade característicos de uma cidade litorânea. Para tal, ele se preocupou em garantir ventilação cruzada no edifício, e utilizou a cobertura para criar um beiral que protegesse as salas da incidência direta dos raios solares. As cores fortes também são empregadas de forma pioneira. Um painel cerâmico marca a entrada da escola. O acesso à escola não era definido, não haviam portões principais, rampas ou marquises. A cobertura pousada sobre o chão era completamente vazada e apenas as salas (tanto de aula quanto administrativas) possuíam portas. O intuito era abrir a escola para a comunidade e seu entorno de uma forma radical. Aspectos do projeto que podem ser destacados e que influenciaram futuras escolas são: a relação linear do edifício com a paisagem; a grande cobertura unindo blocos funcionais independentes; a estrutura definindo plasticamente o edifício; o pátio como elemento organizador em substituição aos blocos isolado; o concreto aparente; a laje impermeabilizada; a recusa em definir acessos precisos ou o fechamento do prédio com portões e grades; o uso das cores primárias; o uso de desníveis para separar atividades específicas que devem permanecer

Ginásio de Itanhaém - EE JON THEODORESCO

Ginásio de Itanhaém - EE JON THEODORESCO

Planta

Corte

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integradas; a incorporação de painéis artísticos na arquitetura; a parede lousa e até o escoamento das águas pluviais pelos pilares. O Ginásio de Itanhaém pode ser destacado como estudo de caso pois foi um marco para a mudança de caráter da arquitetura escolar paulista.

GINÁSIO DE GUARULHOS - ESCOLA ESTADUAL CONSELHEIRO CRISPINIANOjaneiro de 1960

O Ginásio de Guarulhos foi a segunda escola projetada por Artigas para o IPESP. O edifício localiza-se na área central de Guarulhos. Muitas das diretrizes do Ginásio de Itanhaém estão presentes nesse projeto de forma clara, tanto seus aspectos técnicos quanto espaciais. O programa dessa escola é mais extenso e a topografia do terreno mais complexa. A sua implantação, localizada em um dos pontos mais altos da cidade, cria uma forte relação entre edifício e paisagem. A escola compõe-se num único volume, formado pelo sistema de pórticos de concreto que caracterizam a estrutura. Nesse edifício, o programa também é organizado em blocos sob uma cobertura única, sem acessos definidos, sem portas, permitindo a entrada e circulação no edifício de diversas maneiras. O uso de diferentes cotas de projeto criam acessos e diferenciação dos espaços, assim como no Ginásio de Itanhaém. O pátio central situa-se em uma cota intermediária em relação aos outros pisos da escola e se desconecta do espaço exterior. Toda a escola se volta para esse espaço interno e sua Foto do interior da escola

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iluminação é feita por aberturas zenitais. Apesar de possuir muitos pontos em comum com a outra escola de Artigas, o Ginásio de Guarulhos possui novos aspectos que buscam criar uma nova unidade espacial no interior do edifício, tais como o uso de iluminação zenital; as circulações que envolvem esse espaço introvertido; o grande mural pintado por Mario Gruber na parede que limita o pátio do auditório. A estrutura desse edifício ganha um refinamento em relação ao de Itanhaém. Os pilares internos e externos continuam distintos um dos outros, porém agora ambos são mais delicados. A forma diferenciada dos pilares internos se torna elemento marcante no interior do edifício. A organização do programa é feita a partir de dois eixos paralelos de circulação, estabelecendo com os vazios que se sucedem na faixa central do edifício, juntamente com sua largura e a colocação de generosos bancos, uma idéia de varanda voltada para dentro da escola.

Foto do exterior da escola

Detalhe pilar Pátio interno

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Centros Educacionais Unificados (CEUs) em São Paulo.- equipamentos que unem educação, cultura, esporte e lazer.- também usado pela comunidade nos finais de semana.- bloco esportivo e cultural (BEC) - piscinas semi-olímpica, duas piscinas (uma infantil e outra recreativa), quadras externas e uma quadra poli-esportiva interna, localizada no- mesmo prédio do teatro.- bloco didático - composto por uma EMEI, um CEI e uma EMEF. além do prédio administrativo, refeitório, biblioteca e telecentro.

EE Nossa Senhora da Penha/ 1951Arquiteto: Eduardo Corona- três blocos: auditório, administração e salas de aula. completa o conjunto uma piscina.- destaque para o auditório como parte do programa das escolas. por causa de sua localização na implantação, pode ser utilizado por um público mais abrangente.- edifício está implantado num platô de nível mais alto do que o da rua de acesso, o que permite aos usuários da escola uma visão desimpedida da paisagem da cidade ao redorpátio arborizado entre as alas das salas de aula.

CEU Água Azul, Cidade Tiradentes

CEU Rosas da China, São Paulo

CEU Butantã, São Paulo

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EE CONJUNTO HABITACIONAL CAMPINAS E1-BAndré Vainer e Guilherme Paoliello Arquitetos.

A solução adotada no projeto do edifício é a integração do volume da quadra poliesportivacom a escola quase como uma extensão do pátio coberto no pavimento térreo, possibilitando a utilização desse espaço pela comunidade nos finais de semana e fora do período letivo. O ambiente das salas é facilmente isolado.

Planta pavimento térreo

Planta pavimento superior

Corte transversal

Corte Longitudinal

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EE CONJUNTO HABITACIONAL CAMPINAS F1MMBB Arquitetos

O terreno desta escola localiza-se na entrada do conjunto habitacional da qual faz parte, em uma praça que integra os equipamentos públicos previstos na urbanização. É uma escola do ciclo I do Ensino Fundamental, e para diminuir o térreo devido a idade dos estudantes, o térreo foi suprimido pela quadra poliesportiva coberta, e foi colocada como centro das atividades.

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ESCOLA FDE JARDIM ATALIBA LEONELSPBR

A escola foi implantada no bairro de Tremembé na cidade de São Paulo. A topografia do terreno foi ajustada ao programa escolar, criando dois planos principais, demarcados pela cor azul, cada um em uma extremidade do edifício e destinado a diferentes usos. A quadra coberta localiza-se no centro do edifício, entre os dois blocos e é o ponto central do projeto. Os painéis do artista plástico Speto é criado para para definir o esse espaço.

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BIBLIOGRAFIA

CAMARGO, Monica Junqueira de. Racionalismo e tectônica na produção contemporânea paulista. São Paulo: ARCH+.CORRÊA, Avany de Francisco; CORRÊA, Maria Elizabeth Peirão; MELLO, Mirela Geiger de. Arquitetura escolar paulista: restauro. São Paulo: FDE, 1998.CORRÊA, Avany de Francisco; CORRÊA, Maria Elizabeth Peirão; MELLO, Mirela Geiger de. Arquitetura escolar paulista: restauro. São Paulo: FDE, 1998.CORRÊA, Avany de Francisco; MELLO, Mirela Geiger de. Arquitetura escolar paulista: estruturas pré-fabricadas. São Paulo: FDE, 2008.CORRÊA, Avany de Francisco; MELLO, Mirela Geiger de. Arquitetura escolar paulista: anos 1950 e 1960. São Paulo: FDE, 2006.CORRÊA, Maria Elizabeth Peirão. Arquitetura escolar paulista, 1890-1920. São Paulo: FDE, 1991.ARTIGAS, João Batista Vilanova. Caminhos da arquitetura. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.SILVA, Helena Aparecida Ayoub. A escola pública no Estado de São Paulo: a atuação do Governo do Estado. São Paulo: FAU USP, 1998.DUARTE, Hélio de Queiroz. Escolas-classe, escola-parque: uma experiência educacional. São Paulo: FAU USP, 2009.ABREU, Ivanir Reis Neves. Convênio escolar: utopia construída. São Paulo, 2007.NEUTRA, Richard. Arquitetura social em países de clima quente. São Paulo, Todtmann, 1948.ROCHA FILHO, Gustavo Neves da. São Luís do Paraitinga: levantamento sistemático destinado a inventariar bens culturais do Estado de São Paulo. São Paulo, CONDEPHAAT, 1981.Conselho Defesa Patrimônio Hist. Arqueol. Artist. Turist. (Bsp). Sao Luís do paraitinga: revitalização do centro histórico. São Paulo, CONDEPHAAT, 1982.

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FAU USPTFG 2011