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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA SITUACIONAL NO SETOR BANCÁRIO <> <> <> Por: Afonso Batista Andrade <> <> <> Orientadora Profª. Drª. Ana Claudia Morrissy Rio de Janeiro 2011

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Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · administração e liderança não são sinônimas, bem como a evolução da teoria da liderança até a abordagem de liderança

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

<>

<>

<>

<>

<>

A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA SITUACIONAL

NO SETOR BANCÁRIO

<>

<>

<>

Por: Afonso Batista Andrade

<>

<>

<>

Orientadora

Profª. Drª. Ana Claudia Morrissy

Rio de Janeiro

2011

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2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

<>

<>

<>

<>

<>

A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA SITUACIONAL

NO SETOR BANCÁRIO

<>

<>

<>

<>

<>

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito obrigatório para

obtenção do grau de especialista em Finanças e

Gestão Corporativa.

Por: Afonso Batista Andrade

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AGRADECIMENTOS

A orientadora Drª. Ana Claudia

Morrissy, pelo acompanhamento.

Aos professores do Curso de Pós-

Graduação.

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4

DEDICATÓRIA

A minha esposa, Sonia, pelo apoio

sempre presente.

A minha filha Esther.

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5

EPÍGRAFE

”Ao meu Deus,

um coração de chama;

aos meus semelhantes,

um coração de amor;

a mim mesmo,

um coração de aço”.

Agostinho de Hipona

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6

RESUMO

Este trabalho foi realizado com o objetivo de identificar o estilo de

liderança situacional que influencia no comportamento dos gerentes de grupo

do Centro de Serviço Logístico do Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CSL

Rio). Esse trabalho se desenvolveu por meio de uma pesquisa descritiva, pois

buscou examinar um fenômeno para descrevê-lo. Envolveu o uso de técnica

padronizada de coleta de dados: o questionário. A pesquisa assumiu a forma

de levantamento. Foram aplicados 18 questionários aos gerentes de grupo do

CSL Rio. Os resultados obtidos permitiram mapear os estilos de liderança

destes mesmos gerentes. Identificou-se como estilo de liderança situacional

predominante o de Compartilhar. Neste estilo de liderança verifica-se

comunicação bilateral e escuta ativa por parte do líder, com estilo participativo

de apoio e não-diretivo. Líder e liderado participam juntos das tomadas de

decisões.

Palavras-chave: liderança, estilos de liderança, liderança situacional

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A Liderança 11

CAPÍTULO II - A Liderança Situacional 30

CAPÍTULO III – O Centro de Serviço Logístico do Banco do Brasil 38

CAPÍTULO IV – Problema, Objetivo e Hipótese 46

CAPÍTULO V – Metodologia 47

CAPÍTULO VI – Apresentação e Discussão dos Resultados 51

CONSIDERAÇÕES FINAIS 55

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 61

ANEXOS 57

ÍNDICE 64

ÍNDICE DE TABELAS 66

FOLHA DE AVALIAÇÃO 67

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INTRODUÇÃO

A liderança é um fator de sucesso para as organizações. A pessoa que

desempenha o papel de líder influencia o comportamento de um ou mais

liderados. A liderança é essencialmente uma relação de influência.

Para Chiavenatto (2004, p.554-560), liderança não é sinônimo de

administração, pois o administrador é responsável por funções como planejar,

organizar, dirigir e controlar a ação organizacional para alcançar os objetivos.

Um bom administrador deve ser necessariamente um líder, mas um líder nem

sempre é um administrador. Os líderes estão presentes nos níveis institucional,

intermediário e operacional das organizações, as quais precisam deles em

todas as áreas de atuação. Esse mesmo autor afirma que a liderança é uma:

influência interpessoal exercida em uma dada situação e dirigida através do

processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais

objetivos específicos (CHIAVENATTO, 2004, p.563).

De forma parecida, Robbins (2005, p.258) define liderança como a

capacidade de influenciar um grupo em direção ao alcance de metas,

ressaltando que nem todos os líderes são administradores, nem todos os

administradores são líderes. E chama a atenção para o fato de que para atingir

suas metas as organizações precisam de liderança forte.

Bergamini (1994) apresenta uma nova dimensão do conceito de

liderança, ao apontar a “administração do sentido” e, ao final da introdução da

sua obra, deixa claro o que entende por liderar:

“Liderar é, antes de mais nada, ser capaz de administrar o

sentido que as pessoas dão àquilo que estão fazendo, ...

essa administração do sentido implica o conhecimento e

domínio das características da cultura da organização, ao

mesmo tempo em que liderar exige também o

conhecimento do sentido que cada um dá à atividade que

desempenha, ... no cruzamento dessas duas fontes de

significado é que o líder se tem proposto, cada vez de

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9 forma mais clara, como elemento chave dentro das

organizações” (BERGAMINI, 1994, p.22).

Kouzes e Posner (1997, p.33-34) descobriram em suas pesquisas que

existe consenso de que os líderes devem apreciar e articular uma visão

compartilhada do futuro e que a liderança também é uma arte cênica, um

conjunto de regras e comportamentos, não um cargo. Para eles, os seguidores

não se dispõem, de bom grado, a seguir cargos; eles seguem pessoas

comprometidas com um processo.

Estes mesmos autores definem a liderança como:

“A arte de mobilizar os outros para que estes queiram

lutar por aspirações compartilhadas. Nessa definição,

uma palavra se destaca: querer. Sem ela, o significado de

liderança seria bastante alterado, provocando o

desaparecimento de conceitos como escolha, motivação

interna e aspirações. A liderança, nesse caso, implicaria

algo menos que o envolvimento voluntário da parte dos

seguidores” (KOUZES e POSNER 1997, p.39).

Liderar não é tão somente ter controle ou autoridade (SELZNICK, 1971),

mas um papel assumido por pessoas seja esse papel consciente ou não.

No capítulo 1 e 2 efetua-se a revisão teórica demonstrando que

administração e liderança não são sinônimas, bem como a evolução da teoria

da liderança até a abordagem de liderança situacional.

A descrição com respeito à empresa estudada é realizada no capítulo 3,

no qual se encontram o histórico da empresa e as suas características.

No capítulo 4 apresentam-se os Objetivos Gerais e Específicos, como

também a Hipótese.

A análise dos métodos e procedimentos adotados na pesquisa estão no

capítulo 5, denominado Metodologia.

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10 Encerra-se a pesquisa demonstrando os resultados no capítulo 6, e as

considerações finais, apresentando sugestões para futuras pesquisas.

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11

CAPÍTULO I

A LIDERANÇA

1.1 - Conceito de liderança

A liderança é um dos papéis dos administradores (MAXIMIANO, 2004). A

pessoa que desempenha o papel de líder influencia o comportamento de um

ou mais liderados. A liderança é essencialmente uma relação de influência, e

fator de sucesso para as organizações.

Para Chiavenatto (2004, p.554-560), liderança não é sinônimo de

administração, pois o administrador é responsável por funções como planejar,

organizar, dirigir e controlar a ação organizacional para alcançar os objetivos.

Um bom administrador deve ser necessariamente um líder, mas um líder nem

sempre é um administrador. Os líderes devem estar presentes em todos os

níveis hierárquicos das organizações, as quais precisam deles em todas as

áreas de atuação. Esse mesmo autor afirma que a liderança é uma: influência

interpessoal exercida em uma dada situação e dirigida através do processo de

comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos

(CHIAVENATTO, 2004, p.563).

De forma parecida, Robbins (2005, p.258) define liderança como a

capacidade de influenciar um grupo em direção ao alcance de metas,

ressaltando que nem todos os líderes são administradores, nem todos os

administradores são líderes. E chama a atenção para o fato de que para atingir

suas metas as organizações precisam de liderança forte.

Bennis (1989) apresenta os comportamentos que caracterizam

administradores e líderes:

1. O gerente administra; o líder inova.

2. O gerente é uma cópia; o líder é original.

3. O gerente focaliza-se em sistemas e estrutura; o líder focaliza-se nas

pessoas.

4. O gerente apóia-se no controle; o líder inspira confiança.

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12 5. O gerente tem uma visão a curto prazo; o líder tem uma perspectiva a

longo prazo.

6. O gerente pergunta como e quando; o líder pergunta o quê e por quê;

7. O gerente tem olhos sempre nos limites; o líder tem seus olhos sempre

no horizonte.

8. O gerente limita; o líder dá origem.

9. O gerente aceita o status quo; o líder o desafia.

10. O gerente é o clássico bom soldado; o líder é a sua própria pessoa.

11. O gerente faz certo as coisas; o líder faz a coisa certa.

Tanto quanto o líder, o gerente também consegue que as pessoas

cumpram seu papel. Entretanto, conseguir de cada colaborador, o alcance de

metas, não torna o gerente reconhecido como líder.

A influência que o gerente exerce ocorre em função de estímulos

referentes a normas, regulamentos e procedimentos. O líder, conforme

afirmam Katz e Kahn (1975), consegue esses resultados sem precisar de tais

mecanismos.

Fiorelli (2008) declara que a “liderança é a capacidade que algumas

pessoas possuem de conseguir que outras, de modo espontâneo, ultrapassem

o estabelecido formalmente”.

Bergamini (1994) apresenta uma nova dimensão do conceito de

liderança, ao apontar a “administração do sentido” e, ao final da introdução da

sua obra, deixa claro o que entende por liderar:

“Liderar é, antes de mais nada, ser capaz de administrar o

sentido que as pessoas dão àquilo que estão fazendo, ...

essa administração do sentido implica o conhecimento e

domínio das características da cultura da organização, ao

mesmo tempo em que liderar exige também o

conhecimento do sentido que cada um dá à atividade que

desempenha, ... no cruzamento dessas duas fontes de

significado é que o líder se tem proposto, cada vez de

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13 forma mais clara, como elemento chave dentro das

organizações” (BERGAMINI, 1994, p.22).

Kouzes e Posner (1997, p.33-34) descobriram em suas pesquisas que

existe consenso de que os líderes devem apreciar e articular uma visão

compartilhada do futuro e que a liderança também é uma arte cênica, um

conjunto de regras e comportamentos, não um cargo. Para eles, os seguidores

não se dispõem, de bom grado, a seguir cargos; eles seguem pessoas

comprometidas com um processo.

Estes mesmos autores definem a liderança como:

“A arte de mobilizar os outros para que estes queiram

lutar por aspirações compartilhadas. Nessa definição,

uma palavra se destaca: querer. Sem ela, o significado de

liderança seria bastante alterado, provocando o

desaparecimento de conceitos como escolha, motivação

interna e aspirações. A liderança, nesse caso, implicaria

algo menos que o envolvimento voluntário da parte dos

seguidores” (KOUZES e POSNER 1997, p.39).

A relação entre líder e membros de um grupo pode ser caracterizada através

do poder, controle e influência. Controle e influência são importantes aspectos

de quase todas as relações interpessoais.

O modo mais óbvio de um líder alcançar poder é através da

organização, que lhe dá o direito de dirigir, avaliar, recompensar e punir, dentro

de certos limites geralmente bastante definidos. Dentro dessas limitações, o

líder pode esperar contar com o apoio da organização. Se um funcionário não

obedece a ordens legítimas, a organização lançará mão de medidas

disciplinares para fazer valer o direito que o supervisor tem de disciplinar seus

subordinados.

O supervisor será tido como tanto mais poderoso quanto mais suas

recomendações tiverem peso junto à administração superior. Tannebaum

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14 (1968) e seus associados na Universidade de Michigan demonstraram que as

atitudes e orientações do supervisor afetam os subordinados

aproximadamente em proporção ao apoio que o supervisor é capaz de obter

de seus próprios superiores, embora sua autoridade seja limitada.

Ser nomeado por uma organização é apenas um modo pelos quais os

indivíduos obtêm poder social, também denominado de poder legítimo. Outros

métodos de controle e influência incluem o poder de recompensar e de punir e

o poder que os especialistas têm de possuir informação ou de controlar o fluxo

de informação. Por fim há o poder referente, que se baseia na relação entre

líder e liderado; o desejo da pessoa menos poderosa de se identificar com a

mais poderosa e de agradá-la (SCHERMERHORN, 2007)...........................

Qualquer relação de poder e influência, incluindo liderança, devem ser

encaradas como uma troca em que ambas às partes deva dar e tomar

(TANNENBAUM, 1968). O líder pode ser coercitivo, ou punitivo, contanto que

também seja ou pessoalmente atraente aos olhos de seus membros ou capaz

de lhes satisfazer necessidades importantes. Seu poder sempre depende, ao

menos em certo grau, de ele ser aceito pelos membros do grupo e da

disposição com que lhe acatem os desejos. Barnard (1938, p. 163) frisou que a

decisão a respeito se uma ordem tem ou não autoridade cabe às pessoas a

quem ela se dirige, e não reside em „pessoas de autoridade‟ ou naqueles que

emitem tais ordens.

O poder que uma organização investe num cargo específico de liderança

pode, de fato, ser perfeitamente ilusório. Isto é particularmente evidente

quando um administrador supervisiona o trabalho de especialistas. Surge um

problema quando o conhecimento está mais do lado do subordinado que do

supervisor.

Quando um líder não tem a especialização necessária para dominar um

trabalho, ele não pode dizer ao subordinado, ou colaborador, como este o deva

fazer nem pode supervisioná-lo para certificar-se de que esteja sendo feito

corretamente. Ele deverá fiar-se, então, em suas relações com os

subordinados (seu poder referente) ou então dispor-se a fornecer alguma coisa

em troca. Esta última pode não ser somente um salário mais alto, como

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15 também pode significar que o subordinado indispensável passe a gozar de

certas “imunidades” nos casos em que outros seriam advertidos (FIEDLER,

1981).

O pressuposto comum tem sido o de que o poder do líder o habilita a

controlar o grupo de modo mais eficiente e que o grupo, portanto, se sairá

melhor. É certo de que os líderes mais poderosos não têm necessariamente os

grupos mais eficazes (FIEDLER, 1981).

Liderar não é tão somente ter controle ou autoridade (SELZNICK, 1971),

mas um papel assumido por pessoas, seja esse papel consciente ou não.

1.2 - Histórico das teorias da liderança

A liderança é fundamental em todos os aspectos das funções gerenciais

quer envolva motivação, comunicação ou direção. Boa liderança garante o

sucesso na organização. Por outro lado, o desempenho insatisfatório em

qualquer organização humana pode ser atribuída principalmente a má

liderança.

Apesar de toda atenção que lhe é dada, liderança ainda permanece

como sendo um tema a ser mais explorado. Sabe-se que existe e que tem uma

enorme influência sobre o desempenho das pessoas. No entanto, o seu

funcionamento interno e suas dimensões específicas não podem ser

precisamente enunciados..........................

Cecília Bergamini (1994) descreve a existência de três abordagens na

definição do termo liderança:

a) Preocupação com o que o líder é: nesta abordagem a liderança é

associada com características pessoais, como carisma e firmeza.

Estabelece como atributos da liderança: lealdade, coragem, anseio,

resistência emocional, vigor físico, empatia, poder de decisão,

antecipação, sincronização, competitividade, autoconfiança,

responsabilidade, credibilidade, tenacidade, confiabilidade, vigilância e

proteção. Esta abordagem esposa que a liderança seja uma

característica inata.

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16 b) Preocupação com aquilo que o líder faz: esta abordagem concentrou-

se na investigação de diferentes estilos de liderança. Procurou-se, neste

momento, estabelecer a correlação entre o comportamento do líder -

independentemente de suas características pessoais - e a eficácia da

liderança. Foram descritos dois estilos básicos, o autoritário e o

democrático. Entre estes dois extremos foram sendo encaixados os

demais estilos de liderança.

c) Teorias situacionais: esse terceiro grupo de autores começou a

trabalhar com duas outras variáveis determinantes da eficácia do líder:

as características do liderado e as circunstâncias ambientais da

organização. Não haveria um perfil ideal de líder, nem um estilo ideal de

liderança, mas um estilo mais adequado à situação existente. Os

autores adeptos desta corrente contestam a idéia de que a liderança é

um dom inato. Para eles, os administradores podem e devem ser

treinados para serem líderes.

1.2.1 – Teoria dos Traços da Personalidade.

A Teoria dos Traços enfoca os estilos de liderança a partir das

qualidades pessoais do líder relacionadas a habilidades ou aspectos da

personalidade. Sobre essa teoria, explica Bergamini (1994):

“As características dos líderes passam a ser estudadas

dentro de uma perspectiva universalista, como elementos

em si mesmos, independentemente da situação e demais

variáveis em meio às quais estejam em ação”

(BERGAMINI, 1994, p.29).

Acreditava-se que através desta abordagem de liderança, os traços

poderiam ser isolados e que as pessoas com tais características poderiam

então ser recrutadas, selecionadas, e instaladas em cargos de direção. Esta

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17 abordagem foi comum entre os militares e ainda é usada como um conjunto de

critérios para selecionar candidatos a cargos e comissões.

O problema com a abordagem dos traços reside no fato de que após

vários anos de investigação, tornou-se evidente que não puderam ser

identificadas características consistentes, embora algumas características

fossem encontradas em um número considerável de estudos, os resultados

foram geralmente inconclusivos. Alguns líderes poderiam ter possuído

determinadas características, mas a ausência deles não significa

necessariamente que a pessoa não era um líder.

Estas características eram (CHIAVENATO, 1999):

1. Habilidade de interpretar objetivos e missões;

2. Habilidade de estabelecer prioridades;

3. Habilidade de planejar e programar atividades de equipe;

4. Facilidade de solucionar problemas e conflitos;

5. Facilidade em supervisionar e orientar pessoas;

6. Habilidade de delegar responsabilidade aos outros.

1.2. 2 – Teoria dos Estilos de Liderança Comportamental.

A partir da década de 1950 surge uma nova visão da teoria administrativa,

baseada no comportamento humano das organizações (SCHERMERHORN,

2007). A abordagem Comportamental, também conhecida como por

behaviorista, marca forte influência das ciências do comportamento, buscando

novas soluções democráticas, humanas e flexíveis para os problemas

organizacionais.

Com a abordagem Comportamental a preocupação com a estrutura

organizacional desloca-se para:

Os Processos e dinâmicas organizacionais,

Comportamento das pessoas nas organizações.

Predomina neste período a preocupação com as pessoas.

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18 1.2. 2.1 – Teoria dos Estilos de Liderança de Kurt Lewin.

Esta teoria aponta três estilos de liderança: autocrática, democrática e

liberal.

• Liderança autocrática: - o líder é focado apenas nas tarefas. Este tipo de

liderança também é chamado de liderança autoritária ou diretiva. O líder toma

decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados.

• Liderança democrática: - chamada ainda de liderança participativa ou

consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação

dos liderados no processo decisório.

• Liderança liberal ou laissez-faire: - que significa literalmente “deixai fazer,

deixai ir, deixai passar”. Neste tipo de liderança o grupo atingiu a maturidade e

não mais precisa de supervisão extrema de seu líder, os liderados ficam livres

para por seus projetos em prática sendo delegado pelo líder liberal.

1.2. 2. 2 – Teoria de Liderança Comportamental de Douglas McGregor.

Douglas McGregor, um psicólogo social americano, desenvolveu sua

teoria X e Y teoria da motivação humana no MIT, na década de 1960. Têm

sido usadas na gestão de recursos humanos, comportamento organizacional, e

desenvolvimento organizacional................................................ Organizacional.

Os administradores que aceitam os pressupostos da Teoria X

normalmente adotam uma postura coercitiva para com seus subordinados,

buscando direcioná-los, controlá-los e supervisioná-los estritamente. Os

administradores adeptos da Teoria Y procuram, em geral, delegar tarefas e dar

apoio a seus subordinados (McGREGOR, 1980).

Esta relação entre atitude e comportamento do administrador, no

entanto, nem sempre é verdadeira. Chris Argyris (1971) apresenta dois

padrões de comportamento possíveis para os administradores: A e B. O

padrão A caracteriza os chefes fechados, com dificuldades de expandir

sentimentos e de apoiar os subordinados. Estas pessoas, em geral, adotam

uma postura rígida de supervisão e controle. O padrão B caracteriza os chefes

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19 abertos, com facilidade de expansão e apoio. Seu comportamento, em geral, é

de confiança, preocupação, flexibilidade.

A partir da combinação entre a teoria X e Y e os padrões A e B, Argyris

estabelece quatro possibilidades de atitude/comportamento dos

administradores (QUEIROZ, 1996):

a) XA: trata-se do administrador que supõe que as pessoas preferem

ser dirigidas e, realmente, exerce direção e controle rígidos.

b) XB: trata-se do administrador que possui a percepção de que as

pessoas são indolentes, porém resolve apoiá-las e ser flexível nas

decisões. Hersey e Blanchard (1986) apontam duas situações em que

isto pode acontecer. A primeira ocorre quando os administradores

percebem que este tipo de comportamento leva ao aumento da

produtividade. A segunda, quando trabalham com pessoas que já

criaram um ambiente de apoio e é necessário adaptar-se a este meio

para manter a autoridade.

c) YA: trata-se do administrador que, embora pense que as pessoas

sejam maduras e criativas, adota uma postura de estrito controle e

supervisão. Isto pode acontecer quando a cultura da empresa impõe

este tipo de postura, ou quando o administrador sente que é necessário

agir assim por certo período, até que a pessoa caminhe com seus

próprios pés.

d) YB: refere-se do administrador que considera os empregados

maduros, gradualmente diminuindo o controle e a supervisão sobre eles,

deixando-os assumir cada vez mais o autocontrole. Hersey e Blanchard

afirmam que "é nesse tipo de ambiente que os empregados conseguem

obter a satisfação das necessidades sociais, de estima e auto-

realização, tantas vezes negligenciadas no mundo do trabalho"

(HERSEY e BLANCHARD, 1986, p. 63).

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20 1.2. 2. 3 – Teoria de Liderança Comportamental de Blake e Mouton.

A Grade Gerencial desenvolvida por Robert Blake e Jane Mouton (1989)

centra-se na tarefa (produção) e nos empregados (as pessoas) orientações de

gestores, bem como conjuntos de preocupações entre os dois extremos.

A preocupação com a produção refere-se ao enfoque dado pelo líder

aos resultados, ao desempenho, à conquista dos objetivos. O líder com este

tipo de preocupação empenha-se na mensuração da quantidade e da

qualidade do trabalho de seus subordinados.

A preocupação com as pessoas diz respeito aos pressupostos e atitudes

do líder para com seus subordinados. Este tipo de preocupação revela-se de

diversas formas, desde o esforço em assegurar a estima dos subordinados e

em obter a sua confiança e respeito, até o empenho em garantir boas

condições de trabalho, benefícios sociais e outras vantagens.

O inter-relacionamento entre as duas dimensões do Grid Gerencial

expressa o uso de autoridade por um líder.

“Por exemplo, quando uma alta preocupação com as

pessoas se associa a uma baixa preocupação com a

produção, o líder deseja que as pessoas se relacionem

bem e sejam 'felizes', o que é bem diferente de quando

uma alta preocupação com as pessoas se associa a uma

alta preocupação com a produção. O líder, aqui, deseja

que as pessoas mergulhem no trabalho e procurem

colaborar com entusiasmo” (BLAKE e MOUTON, 1989,

p.14).

Cinco estilos básicos de uso de autoridade são definidos por Blake e

Mouton, a saber:

(9,1): a preocupação máxima com a produção e mínima com as

pessoas caracteriza o líder que se utiliza da autoridade para alcançar

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21 resultados. Este líder, em geral, age de maneira centralizadora e

controladora.

“Exijo de mim e dos outros. Investigo os fatos, as crenças

e as posições, a fim de manter qualquer situação sob

controle e certificar-me de que os outros não estejam

cometendo erros. Não abro mão de minhas opiniões,

atitudes e idéias, mesmo que isto signifique rejeitar os

pontos de vista alheios. Quando o conflito surge, procuro

atalhá-lo ou fazer valer minha posição. Dou grande valor

a tomar minhas próprias decisões e raramente me deixo

influenciar pelos outros. Assinalo fraquezas ou o fracasso

em corresponder às expectativas” (BLAKE e MOUTON,

1989, p.38).

(1,9): a preocupação máxima com as pessoas e mínima com a

produção caracterizam o líder que faz do ambiente do trabalho um

clube campestre. Este líder busca sempre a harmonia de

relacionamentos, mesmo que tenha que sacrificar a eficiência e a

eficácia do trabalho realizado.

“Tomo a iniciativa de ações que ajudem e apóiem os

outros. Procuro fatos, crenças e posições que sugiram

estar tudo bem. Em benefício da harmonia, não me inclino

a contestar os outros. Acato as opiniões, atitudes e idéias

dos outros, embora tenha restrições. Evito gerar conflitos,

mas se ocorrerem, tento acalmar os ânimos, a fim de

manter todos unidos. Busco tomar decisões que

preservem as boas relações e estimulo os outros a

tomarem decisões sempre que possível. Encorajo e

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22 elogio quando ocorre algo positivo, mas evito dar um

'feedback' negativo” (BLAKE e MOUTON, 1989, p.53).

(1,1): a preocupação mínima com a produção e com as pessoas

caracteriza o líder que desempenha uma gerência empobrecida. Este

tipo de líder, em geral, adota uma postura passiva em relação ao

trabalho, fazendo o mínimo para garantir sua permanência na

organização.

“Faço o suficiente para ir levando. Aceito os fatos, as

crenças e as posições que me são fornecidos. Guardo

minhas opiniões para mim mesmo, mas respondo quando

solicitado. Evito tomar partido, não revelando minhas

opiniões, atitudes e idéias. Permaneço neutro ou tento

manter-me fora do conflito. Deixo os outros tomarem suas

decisões ou me conformo com o que quer que aconteça.

Evito fazer críticas” (BLAKE e MOUTON, 1989, p.70).

(5,5): o meio-termo, ou seja, a preocupação média com a produção e

com as pessoas caracteriza o líder que vê as pessoas no trabalho

dentro do pressuposto do homem organizacional. Este tipo de líder

busca o equilíbrio entre os resultados obtidos e a disposição e ânimo no

trabalho.

“Tento manter um ritmo constante. Aceito os fatos mais

ou menos pela aparência e investigo os fatos, as crenças

e as posições quando surgem discrepâncias óbvias.

Expresso minhas opiniões, atitudes e idéias como quem

tateia o terreno e tenta chegar a uma concordância por

meio de concessões mútuas. Quando surge um conflito,

tento encontrar uma posição razoável, considerada

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23 conveniente pelos outros. Procuro tomar decisões

exeqüíveis que os outros aceitem. Dou 'feedback' indireto

ou informal sobre sugestões para aperfeiçoamento”

(BLAKE e MOUTON, 1989, p.87).

(9,9): a máxima preocupação com a produção e com as pessoas

caracteriza o líder que vê no trabalho em equipe a única forma de

alcançar resultados, estimulando assim, a máxima participação e

interação entre seus subordinados na busca de objetivos comuns.

“Exerço esforço vigoroso e os outros aderem

entusiasticamente. Procuro e confirmo as informações.

Solicito e dou atenção a opiniões, atitudes e idéias

diferentes das minhas. Reavalio continuamente meus

próprios dados, crenças e posições bem como os dos

outros, a fim de estar seguro da sua validade. Julgo

importante expressar minhas preocupações e convicções.

Reajo a idéias melhores do que as minhas, mudando meu

modo de pensar. Quando o conflito surge, procuro saber

seus motivos, a fim de solucionar as causas subjacentes.

Dou grande valor à tomada de decisões certas. Procuro o

entendimento e o acordo. Encorajo o 'feedback' de mão-

dupla a fim de fortalecer a operacionalidade” (BLAKE e

MOUTON, 1989, p.104).

Blake e Mouton caracterizaram este último estilo como o mais

apropriado para o atingimento dos objetivos das organizações. Os

treinamentos realizados por eles em programas de Desenvolvimento

Organizacional visavam a fazer com que os líderes adotassem o estilo (9,9).

Entretanto, pesquisas empíricas têm revelado que nem sempre este tipo de

estilo de liderança é o mais indicado para a eficiência e eficácia dos resultados.

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24 1.2.3 – Teorias da Liderança Contigencial.

A dificuldade em isolar traços ou comportamentos de liderança universalmente

eficazes levou os pesquisadores a tentarem determinar as variáveis

situacionais que tornariam um estilo de liderança mais eficaz que outro. As

principais variáveis situacionais identificadas foram: a personalidade e a

experiência passada do líder; as expectativas e o comportamento dos

superiores; as características, expectativas e o comportamento dos

subordinados; as exigências das tarefas; a cultura e as políticas da

organização; e as expectativas e comportamento dos pares (AMARU, 2004).

Os autores da liderança situacional afirmam que nenhum estilo de

liderança é o melhor em qualquer situação, mas que os liderados são

diferentes e devem ser liderados de maneiras diferentes. A efetividade da

liderança depende da interação entre o líder, os subordinados e as demais

variáveis situacionais (HERSEY e BLANCHARD, 1986).

A liderança situacional tenta identificar quais desses fatores são mais

importantes e prever que estilo de liderança será mais eficaz numa

determinada situação.

“Nesse sentido, o gerente pode assumir os mais diversos

papéis que a situação exigir. Em alguns casos ele é um

chefe enérgico, até autoritário, em outros casos ele é

brando e democrático. Em alguns momentos ele delega,

em outros determina. Em determinadas situações procura

compartilhar, em outras convencer. Em certos casos

mostra-se ativo, participativo, em outros desaparece por

algum tempo, mostrando-se distante e ausente. Tudo irá

depender das circunstâncias, é ela que orienta o gerente

na escolha do "estilo" a ser empregado, ou seja, há

sempre um estilo mais adequado para cada situação”

(BENHOSSI, 2002).

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25 1.2. 3. 1 – Teoria Contingencial de Fiedler.

No modelo de Fiedler (1981), as variáveis situacionais básicas são as

relações líder-liderados (o relacionamento pessoal que o líder tem com os

membros do grupo, em termos de confiança e respeito), o grau de estruturação

da tarefa (até que ponto a tarefa do grupo está definida), e o grau de poder do

cargo do líder sobre seus subordinados. A abordagem caracterizada por

Fiedler sugere que os estilos de liderança são relativamente inflexíveis.

Portanto, ou os líderes devem estar adequados a uma situação particular ou a

situação deve ser mudada para se adequar ao líder (AMARU, 2004, p.300).

1.2. 3. 2 – Teoria do Caminho-Meta de Paul House.

A Teoria do Caminho-Meta foi desenvolvida por Robert House, por

volta dos anos 70. Essa teoria diz que a responsabilidade do líder é aumentar

a motivação dos subordinados para atingir objetivos individuais e

organizacionais (CHIAVENATO, 1999, p. 578).

House sugeriu quatro tipos de liderança:

· Líder apoiador: trata os subordinados igualmente e se

preocupa com seu bem estar.

· Líder diretivo: extremamente objetivo, se comunica para dizer

exatamente o que pretende. Planos e padrões são objetos de seu trabalho e

bases do seu comportamento.

· Líder participativo: valoriza e encoraja os subordinados para

que participem na tomada de decisão e dêem sugestões.

· Líder orientado para objetivos ou resultados: formula objetivos

desafiadores, se preocupa com o desempenho de alta qualidade e com as

melhorias contínuas do desempenho atual.

De acordo com House, esses tipos podem ser praticados pelo mesmo

líder em várias situações, o que faz desse estudo mais dinâmico em relação ao

de Fiedler. A teoria Caminho-Meta considera dois tipos de variáveis

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26 importantes: as características pessoais dos subordinados e as exigências

externas que incidem nos subordinados.

1.2. 3. 3 – Modelo de Tomada de Decisão (Árvore de Decisão de Vroom-Yetton).

O Modelo de Vroom/Yetton/Jago (também conhecido por Teoria

Normativa) é um modelo normativo de análise da liderança e tomada de

decisão, inicialmente apresentado por Victor Vroom e Philip Yetton em 1973 e

posteriormente melhorado com a contribuição de Jago (SCHERMERHORN,

2007). O modelo coloca a ênfase no grau de participação que os subordinados

devem ter na tomada de decisão, de forma a que estas sejam mais eficazes,

dependendo das características da situação.

Segundo os autores, a escolha do processo de envolvimento, ou seja,

da forma e do grau de participação desejado na tomada de decisão, baseia-se

num modelo normativo que define uma série seqüencial de regras (do tipo

árvore de decisão) que devem ser seguidas. Esta árvore de decisão incorpora

doze variáveis de contingência, em que a sua relevância pode ser identificada

na maioria dos casos, através de uma escala de cinco níveis, desde “não

importante” até “importância crítica”. Através dos seus estudos, os autores

concluem que as decisões compatíveis com este modelo são geralmente bem

sucedidas enquanto as incompatíveis tendem ao fracasso.

Os autores do modelo asseveram que para uma adequada aplicação do

modelo e para que se chegue a decisões eficazes, é necessário ter em

consideração os seguintes elementos:

. A qualidade e racionalidade da decisão que se refere aos aspectos

objetivos da decisão, que irão afetar o desempenho do grupo;

. A aceitação da decisão, que corresponde ao grau de comprometimento

dos subordinados para executar a decisão eficazmente;

. O tempo gasto no processo de decisão.

Nesta perspectiva o líder para ser eficaz, deve avaliar a situação

concreta e ajustar o seu estilo de liderança em conformidade.

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27 1.2. 3. 4 – O modelo de liderança de Tannenbaum e Schmidt.

Tannenbaum e Schmidt (1958) indicam três elementos para avaliar a

situação: o líder, os funcionários, e a organização. O modo de um

administrador liderar será influenciado inicialmente pelo seu passado, seu

conhecimento, seus valores e sua experiência (forças do administrador). Mas

as características dos subordinados também devem ser consideradas antes

dos administradores poderem escolher um estilo de liderança adequado. De

acordo com Tannenbaum e Schmidt, o administrador pode permitir maior

participação e liberdade quando os subordinados desejam muita

independência e liberdade de ação, desejam responsabilidade na tomada de

decisões, se identificam com os objetivos da organização, são conhecedores e

suficientemente experientes para enfrentar de maneira eficiente os problemas

e têm experiências que os levam a esperar uma administração participativa.

Quando não existem essas condições, os administradores podem ter que se

inclinar por um estilo autoritário. Entretanto, eles podem mudar seu

comportamento assim que os subordinados adquirirem autoconfiança.

Finalmente, a escolha que o administrador faz do estilo de liderança leva em

conta as forças situacionais, como o estilo preferido pela organização, o grupo

de trabalho específico, a natureza das tarefas do grupo, as pressões de tempo,

e até mesmo fatores ambientais, isto é, tudo que possa afetar as atitudes dos

membros da organização em relação à autoridade (AMARU, 2004, p.299).

1.2. 3. 5 – Teoria de Liderança Situacional de Hersey-Blanchard.

A teoria situacional de Hersey-Blanchard (1986) conhecida como “teoria

do ciclo de vida”, sugere que o estilo de liderança deve variar de acordo com a

maturidade dos subordinados em relação à tarefa a ser realizada. Maturidade

é entendida, no caso, como a capacidade e disposição da pessoa em assumir

a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento, sua vontade de

realizar e sua experiência relacionada com o trabalho. O relacionamento

administrador-subordinado passa por quatro fases à medida que os

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28 subordinados desenvolvem motivação para a realização e a experiência. Há

um estilo diferente de liderança adequado para cada fase. Para subordinados

imaturos, que demonstram não conhecerem a tarefa e que são inseguros, o

estilo apropriado de liderança é o de determinar o que deve ser feito.

Geralmente essas pessoas não possuem capacidade e nem disposição para

assumirem responsabilidade de fazer algo. O líder assume um estilo diretivo,

onde a orientação é clara, específica e a supervisão rigorosa; este define as

atividades, o que as pessoas devem fazer, como, quando e onde devem

executá-las.

Aos funcionários que apresentam um pouco de segurança, mas ainda

não têm a competência necessária, cabe ao líder persuadir. Neste estilo de

persuadir, apesar do líder assumir um comportamento diretivo, ele procura ao

mesmo tempo apoiar e reforçar a disposição do liderado; através de

explicações e comunicação bilateral ele tenta convencer o liderado a adotar o

comportamento desejado. Freqüentemente o liderado segue adiante se ele

compreender a razão da decisão tomada pelo líder e se o mesmo oferecer

algum auxílio e direção. Este estilo implica um comportamento alto tanto para a

tarefa como para relacionamento.

Em relação aos liderados que têm capacidade, mas se mostram

inseguros, o líder deve compartilhar, isto é, apoiar suas iniciativas e participar

junto com eles das tomadas de decisão. Esse é um estilo participativo, de

apoio e não diretivo, ou seja, líder e liderado participam juntos do processo de

tomada de decisão. Esse estilo envolve um comportamento alto de

relacionamento e baixo de tarefa.

Quanto àqueles que apresentam elevada maturidade, isto é, são

competentes e seguros, o estilo de liderança mais eficaz é o de delegar. O

líder pode ainda identificar o problema, mas cabe ao liderado a

responsabilidade de desenvolver alternativas para solucioná-lo; ele decide

como, quando e onde fazer as coisas. Esse estilo implica um comportamento

baixo tanto para tarefa como para relacionamento. O líder pode ser ainda, o

responsável pela identificação dos problemas, mas seus liderados irão

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29 desenvolver as soluções, requisitando pouco apoio ou direcionamento

(HERSEY e BLANCHARD, 1986, p.189).

Segundo Wheatley (1999), a abordagem situacional vem abrindo

espaço a uma nova perspectiva. A liderança situacional, que partia da

perspectiva de como a situação poderia afetar a escolha de estilos de

liderança, passa a valorizar a rede de relacionamentos em que esta liderança

está inserida.

No próximo capítulo está teoria de liderança situacional estará sendo

explanada de forma mais aprofundada.

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30

CAPÍTULO II

A LIDERANÇA SITUACIONAL

O modelo de Liderança Situacional, foi desenvolvido por Hersey e

Blanchard (pesquisadores do “Center of Leadership Studies”, Califórnia, EUA),

com base em observações acerca da eficácia dos estilos de liderança.

Para Hersey e Blanchard (1986) a Liderança Situacional parte da

premissa de que a liderança eficaz é uma função de três variáveis: o estilo do

líder (L), a maturidade do liderado (l) e a situação (s). A eficácia (E) da

liderança seria, então, expressa através da seguinte fórmula: E = f (L, l, s).

Blanchard, Zigarmi & Zigarmi, com base no conceito de “Gerente

Minuto” proposto por Blanchard e Johnson, modificaram a nomenclatura de

diversos elementos do Modelo Situacional (Disponível em:

www.intercultural.srv.br/lsiidif.pdf). ...........................................................

...........Assim, a maturidade passou a se denominar por desenvolvimento, a

capacidade por competência e a motivação por empenho. Estas modificações

levaram também a uma nova denominação do modelo: “Liderança Situacional

II”.

Ao longo do tempo, o modelo de Liderança Situacional tem sofrido

constantes atualizações. Constata-se, através de leituras realizadas por este

pesquisador, que alguns autores quando se referem ao modelo de Liderança

Situacional, misturam conceitos da Liderança Situacional e da Liderança

Situacional II.

“A criação do modelo da Liderança Situacional tem como

principal objetivo ajudar as pessoas que tentar exercer

liderança, independentemente do seu papel, a serem

mais eficazes nas suas interações quotidianas com os

outros. Ou seja, o modelo busca enfatizar um papel

técnico no sentido de proporcionar uma abordagem

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · administração e liderança não são sinônimas, bem como a evolução da teoria da liderança até a abordagem de liderança

31 prática da eficácia da liderança” (AGOSTINHO e AMARO,

2007).

Neste trabalho focalizaremos os conceitos de liderança situacional

desenvolvida por Hersey e Blanchard.

São necessários quatro entendimentos para uso da abordagem da

Liderança Situacional:

“1) A diferença entre comportamento diretivo e de apoio;

2) como esses dois tipos diferentes de comportamento de

líder se combinam para formar quatro estilos diferentes de

liderança; 3) os quatro níveis de desenvolvimento

potencial de liderados; e 4) como ajustar o estilo ao

desenvolvimento de seus empregados” (BALDWUIN;

BOMMER e RUBIN, 2008, p. 202).

2.1 - O Comportamento do Líder

Hersey e Blanchard (1986) estabeleceram quatro quadrantes básicos de

comportamento do líder, em função da ênfase dada aos aspectos da produção

(tarefa) e do subordinado (relacionamento). Surgiram, assim, quatro

combinações: tarefa alta (muita ênfase na tarefa) e relacionamento baixo

(pouca ênfase no relacionamento); tarefa alta e relacionamento alto; tarefa

baixa e relacionamento baixo; tarefa baixa e relacionamento alto.

O comportamento de tarefa relaciona-se à estruturação do trabalho.

Quanto mais alto o comportamento de tarefa, mais o líder se empenha em

planejar, controlar, organizar e dirigir seu subordinado. Quanto mais baixo o

comportamento de tarefa, mais o líder deixa estas atividades a cargo do

subordinado.

O comportamento de relacionamento refere-se ao apoio dado ao

subordinado. Quanto mais alto o comportamento de relacionamento, mais o

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32 líder se empenha em oferecer apoio sócio-emocional e canais de comunicação

ao subordinado.

Hersey e Blanchard (1986) apontam para a necessidade de acrescentar

uma terceira dimensão a este modelo, a dimensão da eficácia. O estilo de

comportamento passaria a integrar-se, deste modo, com os requisitos

situacionais de um ambiente. O estilo eficaz seria aquele apropriado para a

situação.

Um dos aspectos condicionantes da eficácia do comportamento do líder

diz respeito à maturidade dos liderados. Para cada tipo de maturidade haveria

um estilo mais apropriado de liderança, tal como descrito à frente.

2.2 - A Maturidade dos Liderados

Segundo Hersey e Blanchard (1986) maturidade é a capacidade e a

disposição das pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio

comportamento, e divide-se em duas componentes: a maturidade no trabalho

(capacidade) e a maturidade psicológica (motivação).

A maturidade de trabalho está relacionada com a capacidade de fazer

alguma coisa, referindo-se ao conhecimento e à compreensão. As pessoas

com alta maturidade no trabalho numa determinada área do conhecimento,

tem a capacidade e a experiência necessária para executarem certas tarefas

sem direção do líder. Esta é avaliada numa escala de quatro intervalos:

1. Pouca maturidade;

2. Alguma maturidade;

3. Bastante maturidade;

4. Muita maturidade.

A maturidade psicológica refere-se à disposição ou motivação para

fazer alguma coisa. Está ligada à autoconfiança, empenho e realização

pessoal. As pessoas que possuem alta maturidade psicológica julgam que a

responsabilidade é importante, tem confiança em si mesmas e sentem-se bem

nesse aspecto do seu trabalho. Não precisam de grande encorajamento para

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33 cumprir suas tarefas. Esta é também avaliada numa escala de quatro

intervalos:

1. Raramente;

2. Às vezes;

3. Freqüentemente;

4. Geralmente.

O nível de maturidade (capacidade + motivação) dos indivíduos assume

assim quatro estágios:

• M1: pessoas que demonstram baixa capacidade para realizar as tarefas e ao

mesmo tempo falta de vontade para assumir responsabilidades (baixa

capacidade e motivação);

• M2: pessoas ainda com insuficiente capacidade de realização, mas algumas

vezes demonstram vontade; tem motivação mas carecem de competências

necessárias para a realização das tarefas e assumir um nível maior de

responsabilidade (baixa capacidade e alta motivação);

• M3: pessoas com bastante capacidade de realização mas com níveis de

motivação por vezes instáveis, nem sempre respondendo favoravelmente às

solicitações do líder (alta capacidade e baixa motivação);

• M4: pessoas com um elevado grau de capacidade de realização e

competências e com muita vontade de fazer o que lhe é solicitado (alta

capacidade e motivação).

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34

Figura 1 – Modelo de Liderança Situacional de Hersey e Blanchard (1986).

O nível de maturidade pode ser aplicado a indivíduos ou a grupos. O

líder que trabalha com um grupo pode determinar sua maturidade através da

observação da predominância de maturidade individuais.

Hersey e Blanchard salientam também que a maturidade de um

indivíduo ou de um grupo não é absoluta, mas varia de situação para situação.

Dependendo da atribuição, o indivíduo ou o grupo podem assumir diferentes

níveis de capacidade e disposição em relação a uma tarefa específica, em

virtude de poder dominar diferentes tarefas de forma diferente.

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35

2.3 - O Estilo do Líder e a Maturidade dos Liderados

De acordo com Hersey e Blanchard (1986), para fazer face aos

diferentes tipos de maturidade, o líder eficaz deve utilizar diferentes estilos de

liderança. Cada nível de maturidade suscita um estilo adequado de liderança.

“... não há um modo melhor de utilizar efetivamente os

quatro estilos associados à liderança situacional e que é

necessário adaptar seus estilos de acordo com os

requisitos da situação” (BALDWUIN; BOMMER e RUBIN,

2008, p. 202).

O estilo de liderança, a cada um dos quatro níveis de maturidade, inclui

a dosagem certa de comportamento de tarefa (direção) e comportamento de

relacionamento (apoio):

Determinar/Dirigir (E1) – para maturidade baixa (M1). Pessoas que não

tem capacidade nem vontade de assumir a responsabilidade de fazer

algo, não são competentes nem seguras de si. Consequentemente um

estilo diretivo (E1) que dá uma orientação e supervisão clara e

específica, tem maior probabilidade de ser eficaz com pessoas desse

nível de maturidade.

Persuadir/Guiar (E2) – para a maturidade entre baixa e moderada (M2).

As pessoas que não tem capacidade mas sentem disposição para

assumir responsabilidades, tem confiança em si, mas ainda não

possuem as habilidades necessárias. Por isso o estilo persuadir (E2),

que adota um comportamento diretivo por causa da falta de capacidade,

mas ao mesmo tempo de apoio para reforçar a disposição e o

entusiasmo das pessoas, será o mais apropriado para esse nível de

maturidade.

Compartilhar/Apoiar (E3) – para maturidade entre moderada e alta

(M3). As pessoas desse nível de maturidade têm capacidade, mas não

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36 estão dispostas a fazer o que o líder quer. A sua falta de disposição

muitas vezes é conseqüência da falta de confiança em si mesmas ou

inseguras. É um estilo participativo (E3), de apoio não diretivo, que tem

maior probabilidade de ser eficaz com as pessoas que se encontram

nesse nível de maturidade.

Delegar (E4) – para maturidade alta (M4). As pessoas desse nível de

maturidade têm capacidade e disposição para assumir

responsabilidades. Um estilo discreto de “delegação”, que dê pouco

apoio, apresenta uma maior probabilidade de ser eficaz com indivíduos

desse nível de maturidade. Embora possa ainda ser o líder quem

identifica o problema, a responsabilidade de executar os planos cabe a

esses liderados maduros, que por sua conta desenvolvem o projeto e

decidem como, quando e onde fazer as coisas.

Como são psicologicamente maduros, não necessitam de uma

comunicação bidirecional acima do normal ou de um comportamento de apoio.

Cada estilo de liderança é uma combinação de comportamentos de

tarefa e de relacionamento. As seguintes relações podem ser feitas:

• E1: Tarefa alta e relacionamento baixo;

• E2: Tarefa alta e relacionamento alto;

• E3: Tarefa baixa e relacionamento alto;

• E4: Tarefa baixa e relacionamento baixo.

Para promover o crescimento do indivíduo para o nível de maturidade

mais alto (M4), não basta apenas que o líder determine o nível de maturidade

de seu liderado e aplique o estilo de liderança mais adequado. Este é um

requisito necessário mas não suficiente. O líder precisa conduzir um processo

de amadurecimento do liderado, que deve ser lento e gradual, sempre no

sentido M1, M2, M3 e M4.

A Liderança Situacional baseia-se na premissa de que para pessoas com

pouca capacidade e motivação (M1) é preciso mais controle e estruturação das

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37 tarefas. À medida que a pessoa vá se tornando capaz (M2), o controle deve ir

diminuindo e o apoio sócio-emocional deve ir aumentando. Uma vez que a

capacidade e a disposição tornam-se ainda maiores (M3), o líder deve diminuir

ainda mais seu controle e também seu comportamento de relacionamento.

Finalmente, para pessoas com alta maturidade (M4), já não é mais

necessário apoio sócio-emocional. Estas pessoas preferem a autonomia,

sentindo-se satisfeitas quando as tarefas e as decisões são deixadas por sua

conta. Porém, “isto não quer dizer que haja menos confiança mútua e amizade

entre líder e liderado. Pelo contrário, a confiança e a amizade são maiores

ainda, mas o líder precisa adotar menos comportamento de apoio para provar

isso" (p.193).

Hersey e Blanchard (1986) ressaltam que as pessoas estão sujeitas, por

fatores internos e externos à organização, a regredir em seu nível de

maturidade. Neste caso, o líder deve reavaliar a maturidade do subordinado,

voltando ao estilo de liderança adequado, a fim de lhe fornecer apoio sócio-

emocional e direção apropriados. Os líderes devem estar constantemente

atentos às situações de regressão, pois, o processo de retorno a um estágio já

anteriormente alcançado será tão mais dispendioso quanto o tempo decorrido

entre a regressão e a efetiva intervenção de apoio.

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38

CAPÍTULO III

CENTRO DE SUPORTE LOGÍSTICO DO

BANCO DO BRASIL

3.1 – Histórico do Banco do Brasil

O Banco do Brasil (disponível em: www.bb.com.br/portalbb) – BB – é

uma empresa com quase 200 anos de existência e participação efetiva no

mercado financeiro. O BB emprega mais de 90 mil funcionários, 10 mil

estagiários, além de 8 mil contratados e quase 5 mil adolescentes

trabalhadores, que se espalham praticamente por todo o território nacional.

Com 24,6 milhões de clientes correntistas, 15 mil e 100 pontos de

atendimentos em 3 mil e 100 cidades e 23 países, o Banco do Brasil é hoje a

maior instituição financeira do País, atendendo a todos os segmentos do

mercado financeiro.

O BB é uma empresa pública de economia mista. O BB, pessoa jurídica

de direito privado, sociedade anônima aberta de economia mista, tem como

acionista controlador a União e como principal acionista minoritário a Caixa de

Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

O Presidente do BB é nomeado e demitido pelo Presidente da

República. Os Vice-Presidentes e Diretores são eleitos pelo Conselho de

Administração, mediante indicação do Presidente do Banco do Brasil. O cargo

de Diretor é privativo de funcionário da ativa.

Através da história o BB passou por cinco ciclos. O primeiro ocorreu em

1808, ano de sua fundação. Criado por D. João VI para servir aos interesses

da Coroa, observa-se como órgão que sustenta a elite portuguesa, e a relação

funcionário - empresa caracteriza-se por paternalismo e troca de

favorecimentos.

O segundo ciclo acontece a partir de 1851; é fundado como banco

particular, pelo Barão de Mauá (1813-1889). Apresenta-se como instituição de

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39 crédito, apoiadora do comércio e da indústria. Nessa época os funcionários

passam a ser concursados.

Em 1906 inicia-se o terceiro ciclo. Dessa época até 1964, atua como

Banco Central, estabelece políticas monetárias e emite moeda, via Conta-

Movimento. São criadas as primeiras agências no exterior. Forte apoio ao setor

rural. A relação funcionário-empresa é de "grande família", e de servidor bem

remunerado. O BB nesse ciclo é marcado como empresa e elitista, sólida,

séria e confiável. Há uma ênfase na organização e no controle dos

subordinados.

No quarto ciclo, que começa em 1978, ocorre uma das principais

transformações na história do Banco: o suprimento automático de recursos ao

BB pelo Banco Central para as operações permitidas aos demais

intermediários financeiros. Em contrapartida, o BB foi autorizado a atuar em

todos os segmentos de mercado franqueados às demais instituições

financeiras. Em 15 de maio de 1986, o BB constitui a BB Distribuidora de

Títulos e Valores Mobiliários S.A. Inicia-se, assim, a transformação do BB em

conglomerado financeiro.

O último e atual ciclo principia em 1995, com os seguintes marcos:

Novos valores - empreendedorismo, alavancar resultados; Programa de

Demissão Voluntária; Criação de duas "classes" de servidores: os antigos e os

novos, apelidados de "genéricos"; Profissionalização - incentivo ao auto-

desenvolvimento e conquista da empregabilidade; Visão de negócios -

preparação dos funcionários para ambiente negocial competitivo e dinâmico;

Valorização do cliente - capacitação para conhecer e atender bem o cliente,

fidelizá-lo e vender mais.

O BB (disponível em: www.bb.com.br/portalbb) mantém a liderança, no

primeiro trimestre de 2008, nos seguintes itens:

Administração de recursos de terceiros: R$ 241,3 bilhões, 19,3% do mercado;

Ativos totais: R$ 404,9 bilhões;

Base de clientes: 26,4 milhões de correntistas;

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40 Câmbio exportação e importação: 26% e 25% do mercado,

respectivamente;

Capitalização: 22,6% do mercado (arrecadação);

Crédito

Carteira total: R$ 172,8 bilhões;

Consignado: R$ 12,8 bilhões, 18,5% do mercado;

Crédito para o Agronegócio:57,9% do Sistema Nacional de Crédito Rural;

Crédito para investimento: 2,6 bilhões (desembolso);

Crédito pessoa jurídica: R$ 67,2 bilhões.

Captação total: R$ 290 bilhões;

Faturamento com cartões de débito: R$ 6,3 bilhões;

Internet e Mobile Banking: 8,2 milhões de clientes habilitados;

Pagamento de servidores públicos: 4,8 milhões de servidores;

Rede de TAA: 38.692 máquinas;

Rede própria de atendimento: 15.324 pontos;

Rede externa: 42 pontos em 23 países;

O BB (disponível em: www.bb.com.br/portalbb) comprou o Banco da

Patagônia, e concluiu o processo de negociação com o Governo do Estado de

São Paulo visando a aquisição do Banco Nossa Caixa à sua rede de agências.

A incorporação levar o BB a liderar o mercado no Estado de São Paulo. Esse

negócio precisou da autorização do Governo do Estado e da Assembléia

Legislativa do Estado de São Paulo.

O BB já incorporou o Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), o

BEP (Banco do Estado do Piauí), e o Banco Popular do Brasil. É a forma que o

BB encontrou para manter-se competitivo no setor bancário (disponível em:

www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u404302.shtml).

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44 2.2. 1 – Atividades Principais Desenvolvidas pelo Centro de Serviço

Logístico do Banco do Brasil no Rio de Janeiro (CSL Rio).

Em 25 de junho de 2007 foram implementadas as estruturas dos

Centros de Serviços de Logística em todo Brasil, conforme decisão do

Conselho Diretor do BB (disponível em: www.bb.com.br/portalbb).

As atividades do CSL ocorrem em seis áreas: Área de Licitação, Área

de Contratos e Patrimônio, Área de Engenharia e Arquitetura, Área de

Suprimentos, Área de Integração Logística I, e Área de Integração Logística II.

Há, também, dois setores de apoio: o Setor de Segurança e Medicina do

Trabalho, e o Setor de Apoio Administrativo.

Através de suas áreas e setores de apoio o CSL Rio tem como suas

funções (disponível em: www.bb.com.br/portalbb):

a) Conduzir, no seu âmbito de atuação, os processos operacionais de

Logística Corporativa destinados a manter as dependências do BB em

pleno funcionamento físico, através do suprimento adequado de bens,

materiais e serviços;

b) Conduzir, no seu âmbito de atuação, os processos operacionais de

Logística Corporativa destinados à instalação de novas dependências

dotando-as de plenas condições para o seu funcionamento físico;

c) Conduzir, no seu âmbito de atuação, os processos operacionais de

compras, contratações, administração de contratos e pagamentos,

bem como aqueles destinados às alienações de bens;

d) Conduzir, no seu âmbito de atuação, os processos de administração

de bens de uso e não de uso, incluído o programa de desimobilização;

e) Conduzir, no seu âmbito de atuação, a organização e controle dos

serviços de estocagem de materiais de expediente, serviços gráficos,

de microfilmagem, guarda de documentos;

f) Conduzir os processos operacionais relativos a depósitos judiciais

trabalhistas, fiscais, cíveis e previdenciários e depósitos recursais

trabalhistas e administrativos;

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45 g) Conduzir os processos de arquitetura e engenharia destinados a

construir, reformar, manter e conservar os bens imóveis do BB e seus

equipamentos, elaborando, controlando, projetos de arquitetura e

engenharia, e acompanhando a execução de obras e serviços de

engenharia;

h) Conduzir os processos de avaliação técnica de mercado dos bens de

uso e não de uso do BB.

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46

CAPÍTULO IV

PROBLEMA, OBJETIVO E HIPÓTESE

4.1 – Formulação do problema

Há influência da liderança situacional no comportamento dos membros que compõem o Centro de Serviço Logístico de um banco público?

4.2 – Objetivo

Foram delineados os seguintes objetivos de pesquisa:

4.2. 1 – Objetivo Geral.

Identificar o estilo de liderança situacional que influencia no

comportamento dos gerentes de grupo do Centro de Serviço Logístico do BB.

4.2. 2 – Objetivo Específico.

Mapear o estilo de liderança situacional dos gerentes de grupo do

Centro de Serviço Logístico do BB.

4.3 – Hipótese

A liderança exercida pelos gerentes de grupo do Centro de Serviço

Logístico do Rio de Janeiro ocorre conforme a maturidade de seus liderados.

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47

CAPÍTULO V

METODOLOGIA

Esse trabalho se desenvolveu por meio de uma pesquisa descritiva, pois

se buscou examinar um fenômeno para descrevê-lo. Envolveu o uso de

técnica padronizada de coleta de dados: o questionário. Este trabalho científico

assume a forma de pesquisa de campo no Centro de Serviço Logístico do

Banco do Brasil do Rio de Janeiro, entre os seus gerentes de grupo.

Cervo, Bervian e Silva (2007) definem a pesquisa descritiva da seguinte

forma:

“Trata-se do estudo e da descrição das características,

propriedades ou relações existentes na comunidade,

grupo ou realidade pesquisada. Os estudos descritivos,

assim como os exploratórios, favorecem, na pesquisa

mais ampla e completa, as tarefas da formulação clara do

problema e da hipótese como tentativa de solução.

Comumente se incluem nessa modalidade os estudos

que visam a identificar as representações sociais e o perfil

de indivíduos e grupos, como também os que visam a

identificar estruturas, formas, funções e conteúdos”

(CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p.62).

Baptista e Campos (2007) sobre a pesquisa de campo declaram:

“O estudo de caso é um meio de se fazer ciência,

principalmente quando a natureza do fenômeno

observado é multideterminada e interessa conhecer de

modo profundo e abrangente a singularidade de cada

situação, mesmo que, em última instância, se busque um

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48 conhecimento que, de alguma maneira ou em alguns

aspectos, possa ser generalizável” (BAPTISTA e

CAMPOS, 2007, p. 238).

O trabalho fez uso também da pesquisa bibliográfica em livros,

questionário, dicionários, revistas especializadas, jornais, teses e dissertações

com dados pertinentes ao assunto. A pesquisa bibliográfica tem como principal

vantagem permitir ao investigador a cobertura de uma gama muito mais ampla

do que aquela que poderia pesquisar diretamente (GIL, 2006). Realizaram-se

consultas por meio da internet, como também pesquisas em arquivos de

Faculdades e Universidades da Cidade do Rio de Janeiro. Procedeu-se

também uma pesquisa de campo visando à participação junto aos funcionários

(gerentes) do Banco do Brasil, lotados no Centro de Serviço Logístico do Rio

de Janeiro.

5.1 – Participantes

O questionário foi aplicado aos gerentes de grupo do Centro de Suporte

Logístico do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, sem que nenhum dado,

informação ou conhecimento sobre o tema tivesse sido tratado. Desta forma,

pôde-se considerar que o perfil das preferências quantificadas não foi afetado

por conhecimentos específicos sobre o tema, e que, de alguma forma,

poderiam influenciar nas respostas. Este aspecto é importante no

levantamento, pois existe o risco do questionário ser tratado como uma “prova”

de conhecimentos, quando este não é o objetivo.

Baptista e Campos (2007) sobre a pesquisa de levantamento afirmam:

“Por meio da pesquisa de levantamento objetiva-se

chegar à descrição, explicação e exploração do fenômeno

proposto. Ao fazer um levantamento, freqüentemente se

descreve como aparece naquela amostra aquele

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49 comportamento ou atitude” (BAPTISTA e CAMPOS,

2007, p. 82).

5.2 – Instrumento

Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário

estruturado com perguntas fechadas, no qual foram criadas doze situações

que apresentam quatro alternativas (a,b,c,d) para escolha única, em que são

consideradas a possibilidade do uso dos quatro estilos de liderança, porém

com diferentes graus de eficácia.

O questionário foi adaptado da dissertação de mestrado de Alexandre

Marcelo Schneider do Programa de Pós-Graduação da Escola de

Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sob o tema

“Análise da Influência dos Valores do Cooperativismo na Definição dos Estilos

de Liderança” (2005), que o desenvolveu a partir do modelo concebido por

Hersey e Blanchard em um artigo no Training and Develpment Journal

(SCHNEIDER, 2005), para analisar, comparativamente, a influência que o

ambiente cooperativista exerce na adoção de determinados estilos de

liderança, como também o conceito da postura de líder nesse setor, à luz das

teorias administrativas.

Para Lakatos e Marconi (2002, p.98) o questionário “é um instrumento

de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, as quais

devem ser respondidas sem a presença do entrevistador”. Os autores

apresentam uma série de vantagens em relação ao questionário:

Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados;

Atinge maior número de pessoas simultaneamente;

Abrange uma área geográfica mais ampla;

Economiza pessoal, tanto em adestramento quanto em trabalho de

campo;

Obtém respostas mais rápidas e mais precisas;

Há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato;

Há mais segurança, pelo fato de as respostas não serem identificadas;

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50 Há menos risco de distorção, pela não influência do pesquisador;

Há mais tempo para responder e em hora mais favorável;

Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal

do instrumento;

Obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis.

5.3 – Procedimentos de Coleta de Dados

Foram enviados e-mails a todos os gerentes, solicitando suas

participações e explicando as razões da pesquisa. Em seguida, os

questionários foram enviados através de malote interno do BB, ou entregues

pessoalmente. Após o envio da pesquisa, enviamos mais e-mails a todos os

gerentes, com o objetivo de sensibilizá-los a colaborar neste trabalho e de

forma a garantir o maior número de colaboração possível.

Os questionários devidamente preenchidos sofreram tratamento

estatístico, o que possibilitou a análise dos mesmos e suas conclusões. Estes

resultados são mostrados em figuras e gráficos, de acordo com a natureza dos

dados.

A análise é a parte central do trabalho para o pesquisador (GIL, 1991,

p.193). Bertucci (2008) afirma que organizar os dados e com eles construir

informações relevantes não é tarefa fácil, nem simples e nem apressada

(BERTUCCI, 2008, p. 87).

Reconhece-se que optar por uma determinada alternativa não implica

numa resposta verdadeira ou falsa, certa ou errada, pois para qualquer estilo

escolhido é atribuída uma probabilidade de sucesso.

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51

CAPÍTULO VI

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A partir da aplicação do questionário identificou-se o estilo de liderança

situacional dos gerentes de grupo do CSL Rio.

O quadro abaixo apresenta o escore de cada gerente referente ao

escore obtido em relação à característica de seu perfil.

A característica de cada perfil é a seguinte:

Perfil 1 (Determinar) - Maturidade dos subordinados: baixa. Estilo

diretivo de liderança,com orientação e supervisão clara e objetiva. Define as

funções e especifica as tarefas. Implica comportamento de tarefa alto e

relacionamento baixo.

Perfil 2 (Persuadir) - Maturidade dos subordinados: entre baixa e

moderada. Estilo diretivo pela falta de capacidade dos subordinados, mas

oferecendo apoio para reforçar a disposição das pessoas. Existe comunicação

bilateral com os subordinados sendo convencidos psicologicamente do que

deve ser feito. Implica comportamento de alta tarefa e alto relacionamento.

Perfil 3 (Compartilhar) – Maturidade dos subordinados: entre moderada

e alta. Deve haver comunicação bilateral e escuta ativa por parte do líder, com

estilo participativo de apoio e não-diretivo. Líder e liderado participam juntos

das tomadas de decisões. Implica comportamento de relacionamento alto e

tarefa baixa.

Perfil 4 (Delegar) - Maturidade dos subordinados: alta. Há pouco

direcionamento por parte do líder e pouco apoio. O líder identifica os

problemas, mas é a equipe desenvolvem projetos e decidem como, quando e

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53 Perfil E1 Perfil E2 Perfil E3 Perfil E4

22% 6% 44% 28%

Tabela 3 – Percentagens dos Estilos de liderança dos gerentes Fonte: Questionário

Verifica-se que o resultado total de gerentes de cada perfil não confere

com o número de gerentes da pesquisa porque alguns deles apresentaram

perfil misto.

Antes do início da análise dos dados, é importante relembrar dois

pressupostos básicos que irão nortear os argumentos:

1. Para HERSEY e BLANCHARD (1986, p. 188) “não existe um único modo

melhor de influenciar as pessoas. O estilo de liderança que uma pessoa

deve adotar com indivíduos ou grupos depende do nível de maturidade das

pessoas que o líder deseja influenciar”.

2. Também para esses autores (1986), o perfil de liderança ideal está

diretamente ligado ao contexto no qual se inserem os subordinados. Esse

contexto envolve ambiente sócio-econômico, ambiente organizacional,

domínio pelos subordinados da tarefa a ser desempenhada, apoio sócio-

emocional recebido.

A partir dos números obtidos nas entrevistas, o perfil predominante no

que tange a população, indiscriminadas as áreas de atuação, é o de E3

(Informar / Determinar). Segundo HERSEY e BLANCHARD (1986, p. 190),

esse perfil de liderança se enquadra melhor num contexto onde as pessoas

apresentem alto grau de maturidade. “Esse estilo chama-se „compartilhar‟

porque se caracteriza pelo fato de o líder participam juntos das tomadas de

decisões.

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54 Dos dezoito gerentes pesquisados, 22% apresentaram perfil E1 como

estilo predominante de liderança, é um estilo diretivo, caracterizado através de

orientações claras e objetivas, devido a falta de capacidade dos subordinados.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho de pesquisa cumpriu seu objetivo na medida em

que forneceu informações sobre o estilo de liderança dos gerentes de grupo do

Centro de Serviço Logístico do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, a partir da

observação da realidade da sua atuação.

A liderança é essencialmente uma relação de influência, e fator de

sucesso para as organizações.

Liderança não é sinônimo de administração. A administração é focada

em funções como planejar, organizar, dirigir e controlar a ação organizacional

para alcançar os objetivos. A liderança é uma influência interpessoal exercida

em uma dada situação e dirigida através do processo de comunicação humana

para a consecução de um ou mais objetivos específicos (CHIAVENATO, 2004,

p. 563).

Na linha do tempo registra-se a ocorrência de três abordagens na

definição de liderança. A primeira é a Teoria dos traços de liderança. Nesta

abordagem a liderança é concebida como uma característica inata. A segunda

abordagem é a da liderança Comportamental. Esta abordagem concentrou-se

na investigação de diferentes estilos de liderança. Foram descritos dois estilos

básicos, o autoritário e o democrático. Entre estes dois extremos foram sendo

encaixados os demais estilos de liderança. As Teorias situacionais de liderança

são a terceira abordagem. Nesta teoria não haveria um perfil ideal de líder,

nem um estilo ideal de liderança, mas um estilo mais adequado à situação

existente.

O fenômeno da liderança tem sido alvo de estudos e pesquisas, pois

se reconhece que a liderança é responsável pelo desenvolvimento das

organizações. O BB está inserido num tipo de negócio altamente competitivo.

Grandes organizações bancárias nacionais e também do exterior tem buscado

através de fusões alavancar seus negócios no país. O próprio BB tem

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56 procurado expandir seus negócios na aquisição de outros bancos públicos. E

recentemente promoveu uma reestruturação no seu quadro funcional,

redesenhando a arquitetura organizacional, como também incentivando o

afastamento voluntário de funcionários através da aposentadoria voluntária

antecipada. É uma tendência entre as organizações a redução de níveis em

suas estruturas, tendo como conseqüência maior volume de trabalho e

responsabilidade. Nessa realidade uma liderança eficaz muito contribuirá para

o crescimento dos negócios, como também para um maior desempenho dos

funcionários. Neste trabalho buscamos identificar a influência da liderança

situacional no comportamento dos gerentes de grupo que compõem o Centro

de Serviço Logístico do Banco do Brasil do Rio de Janeiro.

A pesquisa suscita questionamentos das seguintes atitudes gerenciais:

a) quais as razões de adotarem determinada maneira;

b) os resultados de tais atos na manutenção de maturidade ou

imaturidade do grupo de trabalho;

c) que tipos de mudanças poderiam fazer a fim de obter resultados

diferentes da equipe, de acordo com seus objetivos gerenciais.

Pesquisas complementares posteriores poderiam também buscar

identificar a percepção dos próprios subordinados sobre o estilo de liderança

exercido pelos seus gestores.

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57

ANEXO 1 QUESTIONÁRIO LASI

A seguir, estão descritas determinadas situações organizacionais. Leia-as cuidadosamente e faça um CÍRCULO em volta da letra que indica a opção que mais se aproxima da sua forma de ser e de agir. Ao analisar as situações, pense na sua atuação frente a uma equipe de subordinados. 1 – ultimamente os seus subordinados não Vêm respondendo a sua conversa amigável E a sua evidente preocupação com o bem- Estar deles. O desempenho da equipe está Entrando em colapso

A) Acentua o emprego de procedimentos uniformes e as necessidades de execução das tarefas.

B) Coloca-se à disposição para debates, mas sem fazer pressão.

C) Fala com os subordinados e depois define metas. D) Propositalmente não intervém.

2 – Observa-se que o desempenho da sua equipe está melhorando. Você tem se certificado de que todos os integrantes estão conscientes de seus papéis e padrões

A) Empenha-se numa interação amigável, mas continua assegurar-se de que todos os integrantes estão conscientes de seus papéis e padrões.

B) Não adota nenhuma providência definida. C) Faz o que estiver ao seu alcance para que o grupo

se sinta envolvido. D) Enfatiza a importância de prazos e tarefas.

3 – Integrantes do seu grupo não conseguem resolver sozinhos um problema. Normalmente você os deixa resolver sozinhos. O desempenho do grupo e as relações interpessoais têm sido boas.

A) Envolve o grupo e, simultaneamente, empenha-se na busca da solução do problema.

B) Deixa que a equipe trabalhe sozinha. C) Age rápida e firmemente para corrigir e direcionar. D) Encoraja o grupo a trabalhar no problema e fica à

disposição para discussão.

4 – Você está considerando uma mudança maior. Seus subordinados têm um registro excelente de realizações. Respeitam a necessidade de mudança.

A) Permite que o grupo participe no desenvolvimento da mudança, mas sem pressionar.

B) Anuncia mudanças, implementando-as a seguir com supervisão cuidadosa.

C) Permite que o grupo formule sua própria orientação. D) Incorpora recomendações do grupo, mas você dirige

a mudança.

5 – O desempenho do seu grupo tem decaído nos últimos meses. Membros do grupo têm se mostrado indiferentes à consecução dos objetivos. No passado, redefinir papéis têm auxiliado nesses casos. Tem sido necessário lembrá-los permanentemente de terminar suas tarefas a tempo.

A) Ajuda o grupo a formular sua própria orientação. B) Incorpora as recomendações do grupo, mas cuida

para que os objetivos sejam atingidos. C) Redefine os objetivos e supervisiona atentamente. D) Envolve o grupo no estabelecimento dos objetivos,

mas sem fazer pressão.

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58 6 – Você encontrou uma situação administrada com eficiência. O administrador anterior era de uma linha mais “firme”. Você quer manter a produtividade, mas gostaria de humanizar o ambiente.

A) Faz o possível para que o grupo se sinta importante e envolvido.

B) Enfatiza a importância de prazos e tarefas. C) Propositalmente não intervém. D) Permite que o grupo se envolva na tomada de

decisões, mas sempre cuidando de que se atinjam os objetivos.

7 – Você está avaliando implantar grandes mudanças na estrutura organizacional. Integrantes do grupo têm feito sugestões à respeito de mudanças serem desnecessárias. O grupo tem demonstrado flexibilidade em suas atividades do dia a dia.

A) Define a mudança e supervisiona atentamente. B) Consegue a aprovação do grupo a respeito da

mudança e permite que os integrantes do grupo organizem a sua implementação.

C) Está disposto a efetuar as mudanças conforme recomendado, mas mantém o controle da implementação.

D) Evita o confronto: deixa o assunto assim.

8 – O desempenho do grupo e as relações interpessoais são boas. Você se sente um tanto inseguro em razão da falta de orientação dada por você ao grupo.

A) Deixa o grupo prosseguir assim. B) Debate a situação com o grupo e depois deflagra as

mudanças necessárias. C) Adota providências no sentido de orientar os

subordinados na execução do trabalho de uma maneira bem definida.

D) Fica atento para não desgastar as relações chefesubordinado por uma orientação excessiva.

9 – Seu chefe indicou-o para assumir uma coordenação de uma força-tarefa que está muito atrasada no que se refere à apresentação das recomendações de mudanças que lhe foram solicitadas. O grupo não está muito certo dos seus objetivos. O comparecimento às reuniões tem sido baixo. As reuniões viraram encontro social. Todos os integrantes do grupo têm potencial para dar uma boa contribuição.

A) Deixa a equipe trabalhar sozinha. B) Incorpora as recomendações da equipe, mas cuida

para que se atinjam os objetivos. C) Redefine os objetivos e mantém uma supervisão

atenta. D) Permite o envolvimento do grupo no

estabelecimento dos objetivos, mas sem fazer pressão.

10 – Seus subordinados que em geral demonstram capacidade para assumir responsabilidades, não estão reagindo à sua recente redefinição de padrões.

A) Permite a participação do grupo na redefinição de padrões, mas sem fazer pressão.

B) Redefine os padrões e supervisiona atentamente. C) Evita o confronto, sem exercer pressão. D) Incorpora as recomendações do grupo, mas cuida

para que se atinjam os novos padrões.

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59 11 – Você foi promovido a um novo cargo. O supervisor anterior não se envolvia nos assuntos do grupo. O grupo tem se mostrado eficiente na execução de suas tarefas e direcionamento. Os inter-relacionamentos do grupo são bons.

A) Adota providências no sentido de orientar os subordinados em direção ao trabalho, de maneira bem definida.

B) Faz os subordinados participarem do processo decisório e reforçar as boas contribuições.

C) Debate o desempenho passado com o grupo e depois examina a necessidade de novas práticas.

12 – Informações recentes indicam algumas dificuldades internas entre os subordinados. O grupo tem apresentado um elevado índice de realização. O pessoal vem efetivamente mantendo os objetivos a longo prazo. Eles têm trabalhado em harmonia no passado. Todos estão bem qualificados para a tarefa.

A) Tenta explicar sua solução aos subordinados e examina a necessidade de novas avaliações.

B) Deixa que os integrantes do grupo desenvolvam sozinhos uma solução.

C) Age com rapidez e firmeza para corrigir e reorientar. D) Fica disponível para o debate, mas tem o cuidado de

não prejudicar as relações chefe-subordinado.

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ANEXO 2

GABARITO PARA TABULAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

LASI

Assinale a alternativa escolhida (A, B, C ou D) para cada uma das 12

situações propostas. A seguir conte o número de escolhas em cada coluna E1,

E2, E3 e E4. O(s) seu(s) estilo(s) predominante(s) caracteriza-se pela coluna

com maior número de escolhas.

E1 E2 E3 E4

1 A C B D

2 D A C B

3 C A D B

4 B D A C

5 C B D A

6 B D A C

7 A C B D

8 C B D A

9 C B D A

10 B D A C

11 A C B D

12 C A D B

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61

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64

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

EPÍGRAFE 5

RESUMO 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A LIDERANÇA 11

1.1 – Conceito de liderança 11

1.2 – Histórico das teorias da liderança 15

1.2.1 – Teoria dos Traços da Personalidade 16

1.2.2 – Teorias da Liderança Comportamental 17

1.2.2.1 – Teoria dos Estilos de Liderança de Kurt Lewin 18

1.2.2.2 – Teoria de Liderança de Douglas McGregor 18

1.2.2.3 – Teoria de Liderança de Blake e Mouton 20

1.2.3 – Teorias da Liderança Contingencial 24

1.2.3.1 – Teoria Contingencial de Fiedler 25

1.2.3.2 – Teoria do Caminho-Meta de Paul House 25

1.2.3.3 – Modelo de Tomada de Decisão de Vroom-Yetton 26

1.2.3.4 – O Modelo de Liderança de Tannenbaum e Schmidt 27

1.2.3.5 – Teoria da Liderança Situacional de Hersey-Blanchard 27

CAPÍTULO II

A LIDERANÇA SITUACIONAL 30

2.1 – O Comportamento do Líder 31

2.2 – A Maturidade dos liderados 32

2.3 – O Estilo do Líder e a Maturidade dos liderados 35

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65 CAPÍTULO III

CENTRO DE SERVIÇO LOGÍSTICO DO BANCO DO BRASIL 38

3.1 – Histórico do Banco do Brasil 38

3.2 – Características do Centro de Suporte Logístico do Rio de Janeiro 41

CAPÍTULO IV

PROBLEMA, OBJETIVO E HIPÓTESE 46

4.1 – Formulação do Problema 46

4.2 – Objetivo 46

4.2.1 – Objetivo Geral 46

4.2.2 – Objetivo Específico 46

4.3 – Hipótese 46

CAPÍTULO V

METODOLOGIA 47

5.1 – Participantes 48

5.2 – Instrumento 49

5.2 – Procedimentos de Coleta de Dados 50

CAPÍTULO VI

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 51

CONSIDERAÇÕES FINAIS 55

ANEXOS 57

BIBLIOGRAFIA 61

ÍNDICE 64

ÍNDICE DE TABELAS 66

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ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 – Quadro de funcionários do CSL Rio 41

TABELA 2 – Perfil de liderança dos gerentes 52

TABELA 3 – Percentagens dos estilos de liderança 53

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

Título da Monografia: A LIDERANÇA SITUACIONAL NO SETOR BANCÁRIO

Autor: AFONSO BATISTA ANDRADE

Data da entrega: 15 de fevereiro de 2011

Avaliado por: Conceito: