universidade potiguar prÓ-reitoria de pÓs … › wp-content › uploads › 2015 ›...

99
UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO FELIPE RICARDO ALENCAR CATTANEO ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA E COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NA ADOÇÃO DAS PRÁTICAS DE INOVAÇÃO ABERTA À LUZ DA TEORIA UNIFICADA DE ACEITAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA NATAL 2017

Upload: others

Post on 28-Jun-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

UNIVERSIDADE POTIGUAR

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

FELIPE RICARDO ALENCAR CATTANEO

ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA E COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NA ADOÇÃO DAS PRÁTICAS

DE INOVAÇÃO ABERTA À LUZ DA TEORIA UNIFICADA DE ACEITAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA

NATAL 2017

Page 2: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

FELIPE RICARDO ALENCAR CATTANEO

ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA E COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NA ADOÇÃO DAS PRÁTICAS

DE INOVAÇÃO ABERTA À LUZ DA TEORIA UNIFICADA DE ACEITAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação Stricto Sensu em Administração, da

Universidade Potiguar, como requisito para

obtenção do título de Mestre em Administração,

na Área de Concentração Gestão Estratégica de

Negócios.

Orientador: Prof. Dr. Walid Abbas El-Aouar

Coorientadora: Prof. Lieda Amaral de Souza

Page 3: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

NATAL 2017

FELIPE RICARDO ALENCAR CATTANEO

ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA E COMPETÊNCIAS DOS

PROFISSIONAIS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NA ADOÇÃO DAS PRÁTICAS

DE INOVAÇÃO ABERTA À LUZ DA TEORIA UNIFICADA DE ACEITAÇÃO E

UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação Stricto Sensu em

Administração, da Universidade Potiguar,

como para obtenção de título de Mestre

em Administração, na Área de

Concentração Gestão Estratégica de

Negócios.

Aprovado em: ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Prof. Dr. Walid Abbas El-Aouar

Orientador Universidade Potiguar – UnP

____________________________________________

Profa. Liêda Amaral de Souza

Coorientadora Universidade Potiguar – UnP

___________________________________________

Prof. Dr. Felipe Nalon Castro

Examinador Externo Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

___________________________________________

Prof. Dr. Rodrigo José Guerra Leone

Examinador Interno Universidade Potiguar – UnP

Page 4: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

AGRADECIMENTOS

Ao ingressar nesta jornada não tinha a certeza que conseguiria concluí-la,

pois, o trabalho já demandava 12 horas de meu dia e os finais de semana eram

completos com minha família. Para conseguir chegar aqui, foram necessárias várias

noites de privação de sono, de férias sem viagens para ficar em casa estudando e

de menos tempo com a família no final de semana. Tenho certeza que hoje eles

entendem o motivo e que naquele momento eu precisava de foco e determinação.

Agradeço primeiramente a Deus por me permitir passar por este período de

mestrado com saúde e principalmente por manter minha mãe com saúde durante

este período, ela que vem há algum tempo lutando silenciosamente com uma

doença que aos poucos está sendo vencida, dominada e subjulgada com cirurgia,

hábitos saudáveis ou comida de passarinho como costumo chamar os diversos

grãos presentes em sua alimentação e certamente muita oração dos familiares e

amigos.

Agradeço também a minha família, minha esposa Patrícia e meus filhos Maria

Clara, Kalel e Gabriel por entender a ausência justificada durante este período de

estudos, a falta de tempo para brincar e as noites na frente do computador. Aos

meus dois irmãos Francisco e Fátima, e meus sobrinhos. Ao meu cunhado André

que deu força para entrar nesta jornada e também ao David. Ao meu sogro Antonio

e prima Fátima, pois não tenho sogra (...), que deram forças em momentos de crise.

Todos os colegas do curso de mestrado profissional em administração, que

foram presentes e juntos dividimos artigos, caronas e momentos de descontração,

em especial ao Gabriel, George, Fred, Carlos Kelsen, Carlos Augusto e Nyckell, e

toda a turma de estratégia por termos passado mais tempo juntos.

E sem esquecer todos os professores do curso, Rodrigo pelas excelentes

aulas de estatística e por uma orientação no projeto que foi essencial a construção

Page 5: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

deste trabalho, Walid Abbas por nos dar a base necessária para construir o alierce

do conhecimento em administração, à Lais pelas primeiras aulas propiciando o

primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber

Nobrega que nos abriu a cabeça e colocou o verdadeiro sentido de prestação de

serviço, ao professor Alípio por nos mostrar o marketing como ele deve ser, e em

especial a professora Liêda Amaral que não apenas me forneceu suporte acadêmico

mas também conselhos pessoais, dietas milagrosas, tempo, compreensão e

conforto em momentos de apreensão profissional e pessoal, meu muito obrigado

professora, você tem um espaço especial em meu coração, um grande e demorado

abraço.

Termino este agradecimento com uma frase de Mario Sergio Cortella de seu

livro Qual é a tua obra? “Educação continuada pressupõe a capacidade de dar

vitalidade à ação, às competências, às habilidades, ao perfil das pessoas. ”

(CORTELLA, 2013). Definitivamente não podemos parar de aprender e não

podemos parar de dizer: “eu não sei tudo”.

Page 6: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

“Não é a força do corpo que conta,

mas a força do espírito”.

J.R.R. Tolkien

Page 7: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

RESUMO

Profissionais que atuam na cadeia de suprimentos precisam se atualizar devido as novas tecnologias que as empresas passam a utilizar em suas atividades. O processo de inovação é cada vez mais dinâmico, buscando atualização para manter a competitividade empresarial e, atualmente, o compartilhamento de valores e informações entre empresas está cada vez mais frequente. Este conceito de inovação aberta afeta diretamente as empresas e seus profissionais, necessitando deles características empreendedoras e também conhecimentos técnicos da cadeia de suprimentos. Por esse motivo, o presente estudo originou-se da pergunta: Como a Orientação Individual Empreendedora e as Competências dos profissionais da Cadeia de Suprimentos influenciam na adoção das práticas de Inovação Aberta à luz da Teoria Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia? Nos procedimentos métodologicos utilizados para responder a esta pergunta fez-se uso da Teoria Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia (UTAUT), Teoria da Orientação Individual Empreendedora, Teoria da Inovação Aberta e Estudos elencando as Competências dos Profissionais da Cadeia de Suprimentos. Realizou-se por meio de questionário aplicado em 137 profissionais de uma distribuidora de petróleo com atuação nacional, uma análise através de equações estruturais e método dos mínimos quadrados parciais (PLS-SEM). Avaliou-se o modelo conceitual proposto com base na UTAUT no qual a intenção, a condição facilitadora, acrescentando, também, a orientação individual empreendedora e as competências dos profissionais da cadeia de suprimentos, influenciam a propensão do uso de uma ferramenta tecnológica de inovação aberta. Neste caso, o Microsoft Lync - Skype for Business. O objetivo principal, foi o de analisar quais as relações existentes entre a orientação empreendedora individual dos profissionais da cadeia de suprimentos e suas respectivas competências na adoção das práticas de inovação aberta à luz da teoria unificada de aceitação e utilização de tecnologia, este objetivo foi atingido com a confirmação da influência positiva das teorias referenciadas, e a confirmação das hipóteses postuladas no estudo, entre elas: “as competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos” e “a Orientação Individual Empreendedora” influenciam positivamente a ação de inovar na cadeia de suprimentos. O trabalho também possibilita aos professores e coordenadores de cursos, na área de gestão da cadeia de suprimentos, aperfeiçoar seus cursos uma vez que o trabalho relaciona quais são as competências consideradas mais importantes entre os respondentes da pesquisa. Também proporciona a empresa estudada melhor avaliar os profissionais que atuam diretamente na gestão da cadeia de suprimentos. Palavras-chave: Equações Estruturais, Orientação Individual Empreendedora, Competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos, UTAUT e Inovação Aberta

Page 8: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Autores e as competências dos profissionais da cadeia

de suprimentos ....................................................................................... 28

Quadro 02 - Proposições de interações da cadeia de suprimentos

com inovação ........................................................................................... 36

Quadro 03 - Teorias e Variáveis Latentes utilizadas pela UTAUT ..................... 40

Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores ........... 50

Quadro 05 - Relação entre os objetivos, questões do questionário

e ferramentas estatísticas ........................................................................ 57

Quadro 06 – Procedimentos Estatísticos ............................................................ 75

Page 9: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Facilidades proporcionadas pelo uso do Lync .................................. 19

Figura 02: Quadro conceitual da orientação empreendedora –

Tradução Livre ......................................................................................... 29

Figura 03: Caminhos de regressão para o modelo – Tradução Livre ................ 30

Figura 04: Modelo de Geração de inovação nas relações da cadeia

de suprimentos – Tradução Livre ............................................................ 35

Figura 05: Relações da cadeia de suprimentos: estágios e mecanismos

de aprendizado levando à inovação – Tradução Livre ............................ 37

Figura 06 – Estrutura proposta de pesquisa – Tradução Livre .......................... 38

Figura 07 – Modelo Comprovado de Venkatesh ................................................ 42

Figura 08 – Esquema metodológico ................................................................... 43

Figura 09 – Modelo Conceitual Proposto ........................................................... 57

Figura 10 – Modelo Conceitual Proposto e distribuição de variáveis ................. 60

Figura 11 – Modelo Conceitual Proposto Ajustado ............................................. 70

Page 10: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Dados Sociodemográficos dos Respondentes .............................. 45

Tabela 02 – KMO and Bartlett’s Fatorial ........................................................... 46

Tabela 03 - Competencias dos Gestores da Cadeia de

Suprimentos – CGCS ............................................................................ 48

Tabela 04 - Indicadores de Inovação Aberta – IA ............................................ 49

Tabela 05 – Fator de Inflação da Variância – VIF dos indicadores – Inicial .... 61

Tabela 06 – Fator de Inflação da Variância – VIF – Variáveis Latentes .......... 62

Tabela 07 – Fator de Inflação da Variância – VIF dos indicadores – Final ...... 62

Tabela 08 – Análise inicial de AVE ................................................................... 63

Tabela 09 – AVE após retirada dos indicadores com baixa carga fatorial ....... 64

Tabela 10 – Cargas fatoriais dos Indicadores .................................................. 64

Tabela 11 – Cargas cruzadas - Cross Loading ................................................ 65

Tabela 12 – Validade discriminante – critério Fornell e Larker (1981) ............. 67

Tabela 13 – Coeficiente de determinação (R²) ................................................. 67

Tabela 14 – Coeficientes de Caminho .............................................................. 68

Tabela 15 – Valores do t-estatístico .................................................................. 69

Tabela 16 – Validade preditiva e tamanho do efeito ......................................... 69

Tabela 17 – Resumo dos resultados ................................................................. 71

Page 11: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AVE –Average Variance Extracted - Variância Média Extraída

CILTA –Chartered Institute of Logístics and Transport in Austrália – Instituto de

Logística, Fretes e Transportes da Austrália

CPCS –Competência dos Profissionais da Cadeia de Suprimentos

C-TAM-TPB –Combined TAM and TPB - Combinação entre TAM e TPB

GCS –Gestão da Cadeia de Suprimentos

IA –Inovação Aberta

IDT –Innovation Diffusion Theory - Teoria da Difusão da Inovação

MM –Motivational Model - Modelo Motivacional

MPCU –Model of PC Utilization - Modelo de Utilização do PC

OI –Open Innovation – Inovação Aberta

OIE –Orientação Individual Empreendedora

P&D –Pesquisa e Desenvolvimento

SCM –Supply Chaim Management - Gestão da Cadeia de Suprimentos

SCT –Social Cognitive Theory - Teoria Social Cognitiva

TAM –Technology Acceptance Model - Modelo de Aceitação de Tecnologia

TPB –Theory of Planned Behavior - Teoria do Comportamento Planejado

TRA –Theory of Reasoned Action - Teoria da Ação Racionalizada

UTAUT –Unified Theory of Acceptance and Use of Technology – Teoria

Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia

VD –Validade Discriminante

VIF –Variance Inflation Factor – Inflação de Variância

Page 12: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ....................................................................................... 13

1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 17

1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 17

1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 17

1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 20

2.1 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ........................................................ 20

2.2 COMPETÊNCIAS DO PROFISSIONAL DA CADEIA DE SUPRIMENTOS......... 21

2.3 ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA .............................................. 29

2.4 INOVAÇÃO ABERTA .......................................................................................... 31

2.5 INOVAÇÃO EM CADEIA DE SUPRIMENTOS .................................................... 35

2.6 MODELO UNIFICADO DE ACEITAÇÃO E USO DA TECNOLOGIA .................. 40

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 43

3.1 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................... 43

3.2 UNIVERSO E AMOSTRA .................................................................................... 44

3.2.1 Caracterização dos Respondentes ............................................................... 44

3.3 COLETA DE DADOS .......................................................................................... 45

3.3.1 Instrumento de Pesquisa e Procedimentos da Coleta ................................ 45

3.3.2 Tratamento dos Dados do Pré-Teste ............................................................ 46

3.3.3 Variáveis de Estudo e Modelo Conceitual Proposto ................................... 50

3.4 TRATAMENTO DOS DADOS ............................................................................. 59

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................. 70

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 77

Page 13: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 81

APÊNDICE A QUESTIONÁRIO SOBRE COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS

DA CADEIA DE SUPRIMENTOS .............................................................................. 90

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO SOBRE ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL

EMPREENDEDORA ................................................................................................. 92

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO SOBRE INOVAÇÃO ABERTA ............................. 93

APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO SOBRE COMPETÊNCIAS QUE INFLUENCIAM

NA ADOÇÃO DA INOVAÇÃO ................................................................................... 95

APÊNDICE E - QUESTIONÁRIO SOBRE UTILIZAÇÃO DO USO DE

FERRAMENTAS DE INOVAÇÃO ABERTA – PARTILHA DE CONHECIMENTO .... 97

Page 14: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

1 INTRODUÇÃO

Esta seção discorre acerca da contextualização das teorias que estão

relacionadas no estudo, assim como a proposições conceituais que originaram a

pergunta ou problemática do estudo. Em seguida são apresentados os objetivos

elaborados para serem alcançados com o intuito de responder à pergunta que

originou o trabalho. Finalmente, apresentam-se descritas as justificativas do porque

este trabalho é necessário e relevante para a comunidade acadêmica e profissionais

da cadeia de suprimentos.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

A Gestão da Cadeia de Suprimentos e processos logísticos é realizada por

pessoas que precisam estar cada vez mais capacitadas, de forma a propiciar que a

logística produza mais rentabilidade aos níveis de serviços de distribuição aos

clientes, por meio de planejamento, organização e controles eficientes (BALLOU,

2007). A logística é o processo de gerenciamento de compra, transporte,

armazenagem visando a lucratividade com o menor custo possível (CHRISTOPHER,

2007). Tais atividades são gerenciadas por pessoas, portanto é importante conhecer

e entender quais são as competências que estes indivíduos precisam ter para

realizar a complexa tarefa de gerir com a propriedade necessária para alcançar os

objetivos esperados por todos na cadeia de suprimentos, desde o menor custo total

agregado ao produto até o melhor preço praticado para o consumidor final levando a

toda a extensão da cadeia os aspectos primordiais buscados pelo processo

logístico.

As competências desses profissionais da Cadeia de Suprimentos misturam-se

as suas capacidades empreendedoras, pois a inovação, a proatividade e a

predisposição para assumir riscos fazem parte de um perfil empreendedor. Estas

pessoas estão sempre em busca de maior competitividade, e possuir um forte perfil

empreendedor tende a obtenção de um melhor desempenho empresarial e para isso

é necessário estar sempre a frente dos concorrentes e aumentar o valor agregado

dos seus produtos e serviços. A busca por inovação de valor para que se possa

Page 15: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

14

sobressair frente ao mercado deve ser constante (KIM; MAUBORGNE, 2005)

(MELLO; PAIVA-JÚNIOR, et al., 2006).

Com o aumento do uso da internet e a diminuição dos custos de

comunicação, aliados as diversas maneiras de se comunicar e se conectar com os

parceiros, a natureza das cadeias de suprimentos está mudando, e por sua vez esse

processo vem permitir as empresas novas formas de resolver problemas. Este

formato de inovar em produtos e serviços por meio de conhecimento e valores

compartilhados é realizado pelo chamado modelo de inovação aberta, e a

necessidade de se conhecer estes meios, e como se comportar neste novo mundo é

de extrema importância (BILLINGTON; DAVIDSON, 2013).

O foco para se conseguir vantagem competitiva mudou de capital financeiro

para conhecimento e informação, fornecidos pela conectividade digital e facilidade

ao acesso à informação. A tecnologia pode ajudar a processar os dados, mas as

informações não se analisam por si só. Faz-se necessário lidar com a complexidade,

do compartilhamento de informações, avaliando as questões críticas e explorando

alternativas. O novo foco estratégico tornou-se a construção de relacionamentos

mutuamente benéficos por meio de conexões internas e externas, e a partilha de

conhecimento é um fator essencial para se enfrentar os desafios dos negócios

(ALLEE; TAUG, 2006).

A análise de como as empresas estão se comunicando tem gerado estudos

interessantes sobre a comunicação virtual entre os colaboradores (BROTHERIDGE;

NEUFELD; DYCK, 2015). Um estudo de caso sobre a utilização do sistema Prezi,

ferramenta de apresentação alternativa ao Microsoft PowerPoint que permite o

compartilhamento das apresentações nela criada, demonstra como o

compartilhamento de informações pode ser utilizado como fonte de inovação na

comunicação, essa ferramenta mostra como ideias inovadoras geram impacto e

crescimento acelerado. A ferramenta foi aperfeiçoada com opiniões de usuários do

mundo todo, atualmente é utilizada gratuitamente por mais de 18 (dezoito) milhões

de usuários promovendo o empreendedorismo social (MULLOTH; KICKUL;

GUNDRY, 2016).

Silik e Back (2016) realizaram uma pesquisa nos usuários do Microsoft Lync,

utilizando equações estruturais para avaliar os fatores influenciadores na tecnologia

de colaboração e comunicação unificada através do modelo existente na Teoria

Page 16: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

15

Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia (UTAUT), o resultado encontrado

apontou como principais fatores a expectativa de performance e a influência social

como os maiores influenciadores na aceitação de utilização de um sistema de

comunicação e colaboração, neste caso estudado o Microsoft Lync - Skype for

Business.

A utilização do Skype como ferramenta de comunicação ponto a ponto já vem

sendo estudada há algum tempo. Inicialmente a avaliação era quanto a entrada da

tecnologia no mercado, hoje observa-se a utilização e partilha de conhecimento por

meio de seu uso (HEIKKINEN; LUUKKAINEN, 2010).

A utilização do Skype como ferramenta de comunicação para uso corporativo

vem sendo encorajada pelas empresas no intuito de integrar a internet no processo

de inovação empresarial, pois a internet acelera as relações e os processos de

inovação (SKINNER, 2010). Os consumidores participam do processo de cocriação

dos produtos e serviços quando em desenvolvimento de inovações, esta interação

está presente na maneira como os clientes se comunicam com a empresa e trocam

informações (GUSTAFSSON; KRISTENSSON; WITELL, 2012).

Alguns estudos foram realizados para avaliar porque os modelos de inovação

de negócios fracassam e sugerem como suplantar cada obstáculo no caminho da

implantação. Os problemas na implantação de um modelo de inovação aberta

certamente aparecerão, sejam eles culturais ou de implantação, e é preciso estar

preparado para cada problema (EICHEN; FREILING; MATZLER, 2015). Um estudo

de caso na implantação de modelo de inovação aberta em empresa multinacional de

tecnologia constatou que é preciso equilibrar uma interação complexa de estratégias

organizacionais, humanas e de tecnologia de informação para fazer a inovação

aberta atender as expectativas de seus usuários (SCHNECKENBERG, 2015).

As comunidades online são constantemente utilizadas para desenvolver

novos produtos, este processo de inovação é importante para o setor comercial e

industrial, posto que as empresas precisam considerar fontes externas de inovação

para desenvolvimento de seus negócios. O uso de consumidores aliado ao

compartilhamento de informações e de estratégias de inovação aberta por meio de

tais comunidades é essencial, por ser uma ferramenta forte e barata, considerando

que a conectividade entre os usuários desta rede é fácil e com disponibilidade de

Page 17: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

16

acesso 24 horas por dia, permitindo ao cliente participar da criação de valor dos

produtos e serviços (BUGSHAN, 2015).

A inovação está relacionada com a Cadeia de Suprimentos intrinsicamente,

pode-se observar no estudo dos autores Roy, Sivakumar e Wilkinson (2004), que

afirmaram que as interações entre os compradores e vendedores nas relações da

cadeia de suprimentos podem levar a inovações radicais e incrementais. Já segundo

Lee, Lee e Schniederjans (2011), a inovação na cadeia de suprimentos impacta no

processo de melhoria da cadeia de suprimentos. Os autores Golgeci e Ponomarov

(2013) sugerem que a capacidade de inovação e a magnitude da inovação são

positivamente associadas a resiliência da cadeia de suprimentos.

A Orientação Individual Empreendedora se relaciona com a Inovação e com

as competências dos profissionais, observa-se no trabalho de Elenurm (2012) que

os empreendedores que desenvolvem ideias inovadoras radicais deveriam ter

acesso às competências essenciais e buscar por oportunidades para aperfeiçoar tais

competências por meio de relacionamentos externos (ELENURM, 2012). Já o

relacionamento da Orientação Empreendedora com a Cadeia de Suprimentos é

sugerido no trabalho de Marshall, et al (2015) como fator moderador. Pode-se

destacar também no estudo de Giunipero, Denslow e Eltantawy (2005) no qual se

percebeu a tendência do profissional de logística seguir o modelo de um

empreendedor e investir nas características existentes nestes. Destaca-se também

em pesquisa de Wilson e Barbat (2015) que o aspecto empreendedor e político do

perfil profissional do gestor deve se fortalecer, para que o mesmo possa abranger

novas fronteiras.

A relação das competências dos profissionais e a inovação aberta pode ser

observada no estudo de Chatenier, Verstegen, et al (2010) no qual se buscou

examinar as competências necessárias para se trabalhar em times voltados aos

processos de inovação aberta.

Uma vez que a cadeia de suprimentos está cada vez mais influenciada pela

conectividade e novas formas de relacionamento entre os seus integrantes,

questiona-se: Como a Orientação Individual Empreendedora e as competências

dos profissionais da Cadeia de Suprimentos influenciam na adoção das

práticas de Inovação Aberta à luz da Teoria do Modelo Unificado de Aceitação

e Uso da Tecnologia? (VENKATESH; MORRIS, et al., 2003).

Page 18: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

17

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar as relações existentes entre a Orientação Individual

Empreendedora e as competências dos profissionais da Cadeia de

Suprimentos na adoção das práticas de Inovação Aberta à luz da Teoria

Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia (UTAUT).

1.2.2 Objetivos Específicos

Para nortear o trabalho em busca de alcançar o objetivo geral, elencaram-se

os seguintes objetivos específicos:

1. Identificar as competências mais relevantes dos profissionais da Gestão da

Cadeia de Suprimentos;

2. Identificar os indicadores mais relevantes de inovação aberta na Gestão da

Cadeia de Suprimentos;

3. Avaliar a influência da orientação individual empreendedora na propensão de

inovar por meio do uso ferramentas de inovação aberta na Gestão da Cadeia

de Suprimentos;

4. Avaliar a influência das competências do profissional da cadeia de

suprimentos na propensão de inovar por meio do uso de ferramentas de

inovação aberta na Gestão da Cadeia de Suprimentos;

5. Avaliar a influência da intenção de inovar no uso efetivo de ferramentas da

inovação aberta na Gestão da Cadeia de Suprimentos;

6. Propor um modelo teórico preditivo da aceitação de uso de ferramentas de

inovação aberta na Gestão da Cadeia de Suprimentos.

1.3 JUSTIFICATIVA

A cadeia de suprimentos relaciona compradores, fornecedores, fabricantes e

consumidores, e a relação entre todos estes agentes precisa de uma sincronia para

que tudo funcione conforme esperado. Estas relações existem por meio de

Page 19: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

18

integrações de sistemas de informática e também por meio do relacionamento dos

profissionais que operam e trabalham em cada uma das instituições existentes ao

longo da cadeia de suprimentos (BOWERSOX; COOPER; CLOSS, 2006).

Estudos buscando avaliar como uma cultura de inovação pode ser

estabelecida com sucesso, utilizando comunicação interna inovadora, demonstram

que é preciso verificar o entendimento dos funcionários e direcionar para cada grupo

de colaboradores uma forma diferenciada de acordo com o grau de entendimento

sobre o compartilhamento de conhecimento que cada um deles possui (LINKE e

ZERFASS, 2011).

Pesquisas abordando a teoria de inovação aberta tem crescido nos últimos

vinte anos, entre os artigos publicados sobre o assunto neste período observa-se um

percentual entre 61% e 64% de autores europeus, entretanto, no Brasil o número

ainda é insipiente (HOSSAIN; ISLAM, et al., 2016).

Aplica-se o modelo de inovação aberta no qual a empresa mais precisa, os

benefícios são simples e diretos, ou seja, a empresa não se limita a utilizar apenas

as suas próprias ideias, tecnologias e inovações, ela necessita ir além buscando

ideias fora de suas fronteiras (MULLER; HUTCHINS; PINTO, 2012).

A constatação que o uso de uma ferramenta de partilha de conhecimento,

como o Lync – Skype for Business, facilita a inovação, permite a empresa entender

a importância do uso desta tecnologia, no processo de inovação de processos. Este

movimento se torna oportuno, na medida que precisamos sempre aprimorar o

compartilhamento de valores e informações tornando a comunicação entre os

membros da cadeia de suprimentos mais simples e acessível (LINKE; ZERFASS,

2011) (BOWERSOX; COOPER; CLOSS, 2006).

Na empresa pesquisada, o Lync – Skype for Business é utilizado para

realização de negociações diretas com diferentes parceiros da cadeia de

suprimentos, facilitando o compartilhamento de conhecimento sobre as

necessidades de serviços, compartilhamento de documentos, como minutas de

contrato e outros comunicados, possibilitando a diminuição no ruído no canal de

comunicação, a melhoria na qualidade de relacionamento entre os agentes

envolvidos, uma comunicação veloz, simples, acessível e imediata diminuindo assim

o tempo envolvendo as negociações entre os fornecedores e a empresa, conforme

pode ser visto na figura 01.

Page 20: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

19

Figura 01: Facilidades proporcionadas pelo uso do Lync

Fonte: Elaborado pelo Autor

O estudo é relevante aos profissionais da cadeia de suprimentos, pois

identifica as competências necessárias para os profissionais atuarem de maneira

eficiente. Conhecer a influência, que estas competências exercem nos processos de

inovação, existentes na cadeia de suprimentos ajudará os profissionais a melhor se

preparar para o mercado de trabalho. A pesquisa também auxiliará as empresas na

busca por estes profissionais, destacando as qualidades mais importantes nos seus

profissionais, auxiliando no momento de treinamento ou até mesmo seleção de

novos funcionários. O estudo também tem relevância acadêmica, pois permite as

entidades de ensino, melhor adequar seus cursos às reais demandas do mercado,

possibilitando o aperfeiçoamento dos seus cursos ao que o mercado considera

importante. Também proporciona a empresa estudada melhor avaliar os

profissionais que atuam diretamente na cadeia de suprimentos. Dessa forma a

empresa poderá traçar cursos de aperfeiçoamento dos seus profissionais com base

no que os mesmos consideram mais importante para o desempenho de suas

atividades.

Page 21: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

20

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Esta seção discorre acerca das principais obras teóricas relacionadas ao

tema da pesquisa. Primeiramente, aborda a Gestão da Cadeia de Suprimentos,

introduzindo o termo logística, suas definições e conexão com a gestão da cadeia de

suprimentos. Em seguida são apresentadas as principais competências exigidas dos

profissionais que atuam nesta área e as respectivas características da orientação

empreendedora esperada desses indivíduos. Finalmente, apresentam-se os

conceitos de inovação aberta e o modelo téorico que fundamenta o estudo.

2.1 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

O termo Logística é muito amplo e abrange diversas áreas, tais como

distribuição, administração de materiais, transporte, armazenagem, estoque,

produção, marketing, e diversas outras atividades de uma empresa e conforme

Ballou (2007) a logística empresarial avalia como a administração pode melhorar a

rentabilidade por meio de planejamento, organização e controle (BALLOU, 2007),

(LAMBERT, 2008).

Para melhor compreensão da sua importância e uso inicial da logística, faz-se

necessário remeter à necessidade dos militares de gerir os seus recursos em

tempos de guerras, nas quais a mobilização de tropas demandava grande esforço

de gestão para, juntamente aos soldados, mobilizar recursos como armamentos,

alimentos, agasalhos e o que mais fosse necessário para manter a linha de frente

abastecida, pois a falta de munição poderia significar a perda da batalha. Conforme

dizia Sun Tzu no livro “A Arte da Guerra”: “Devemos concluir, então, que um exército

sem sua tropa de bagagem estará perdido; sem suas provisões, estará perdido; sem

suas bases de suprimento, estará perdido. ” (TZU, 2010, p. 90). Cabe a logística

prover as provisões aos exércitos em marcha, para que não morram de sede ou de

fome, as bases de suprimento mencionadas neste livro que remonta ao século VI

a.C. já demonstrava a importância do conceito que posteriormente viria a ser

denominado de logística.

A logística trata de gerenciar estrategicamente a compra, o transporte e a

armazenagem de produtos e matérias-primas, assim como as informações para

Page 22: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

21

melhorar a lucratividade com menor custo (CHRISTOPHER, 2007). Desta forma é

importante observar a amplitude da logística, englobando deste a compra de

matérias primas até a entrega ao cliente com o menor custo possível, ou seja, pode-

se reescrever o conceito como: compra, manufatura e entrega ao menor custo

possível, com a maior lucratividade possível. Portanto, logística é então um processo

entre a compra e entrega, e este processo faz parte da cadeia de suprimentos,

percebe-se então que a Cadeia de Suprimentos é um processo maior que envolve a

logística como um dos seus aspectos (MARCHESINI; ALCÂNTARA, 2016),

(BOWERSOX; COOPER; CLOSS, 2006).

O gerenciamento da cadeia de suprimentos - GCS, ou SCM do inglês Supply

Chain Management engloba a logística e suplanta no momento de interação entre

fornecedores e compradores, não se preocupando somente com o transporte e

armazenagem do produto, mas também com as relações existentes antes da

compra com os fornecedores de produtos e todas as interações existentes na cadeia

de suprimentos, como compartilhamento de informações entre empresas da cadeia

para auxiliar no planejamento, e também controle e gerenciamento do processo

buscando benefício mútuo entre os agentes envolvidos neste processo (BALLOU,

2006), (LAMBERT, 2008).

A cadeia de suprimento ou gerenciamento da cadeia de suprimentos

apresenta como o processo mais amplo e com maior abrangência pode ser

percebido como a coordenação estratégica e sistemática em todas as partes do

negócio da empresa na busca de aperfeiçoar o desempenho das empresas

envolvidas no processo ao longo de toda a cadeia (MENTZER; DEWITT, et al.,

2001). Portanto, a cadeia de suprimentos é este enorme conjunto de atividades que

iniciam na alteração da matéria prima até o produto comercializado, seguindo até o

mercado, e o gerenciamento de todo este processo além de ser extremamente

complexo necessita de interação e integração entre várias entidades, cada um com

um papel a desenvolver nesta transformação, armazenagem, distribuição e entrega,

que só termina com o descarte final do resíduo resultante do produto (BALLOU,

2006), (LAMBERT, 2008).

2.2 COMPETÊNCIAS DO PROFISSIONAL DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Page 23: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

22

Em 1991 foi realizada uma pesquisa no qual constaram 131 questionários

respondidos por membros do conselho de gestão logística (Council of Logistics

Management) buscando compreender a importância dada a aspectos relacionados

com os negócios, a logística e a gestão. Para a avaliação dos aspectos de negócios

foram elencadas 33 competências ou habilidades que possuem relação com gestão

de negócios, para os aspectos de logística e gestão foram elaboradas perguntas

sobre 18 e 32 competências ou habilidades, respectivamente, ligadas aos assuntos

em questão, no qual pelo estudo feito, foi possível entender que 75% dos indivíduos

colocam como ponto de grande importância os aspectos de gestão, seguidos pelos

aspectos de logística e em seguida características de negócios (MURPHY; POIST,

1998). Após 15 anos do estudo inicial, no ano de 2006 a pesquisa foi refeita com a

mesma metodologia, e utilizou o mesmo questionário com pequenas alterações em

suas perguntas apenas adequando à época da aplicação do mesmo, e o resultado

dos 32 respondentes foram comparados com o estudo de 1991, o estudo reforçou

que o profissional precisa se manter primeiramente atuando como gestor e somente

depois como profissional logístico, destacou também que entre as competências de

negócios a habilidade de comunicação verbal sofreu o maior aumento em sua

importância comparativamente entre os dois períodos, entre as principais

competências logísticas para o profissional, quatro delas permaneceram com maior

índice, sendo elas: serviço ao cliente, gestão de estoques, gestão de transporte e

tráfego e gestão de informação logística, no lugar do manuseio de materiais,

considerado importante em 1991, aparece gestão de armazenagem em 2006,

(MURPHY; POIST, 2007).

Em 2001 este mesmo questionário utilizado em 1991 foi aplicado para avaliar

os profissionais da cadeia de suprimentos da Ásia, mais especificamente os

profissionais de Singapura e Malásia, contaram com um total de 222

respondentes, sendo 120 de Singapura e 102 da Malásia, foi possível realizar a

comparação com o estudo realizado previamente nos Estados Unidos e perceber

diferenças entre as competências consideradas essenciais, o estudo indicou a

mesma tendência de se colocar os aspectos da gestão em primeiro lugar seguidos

da logística e negócios, o que confirmou a tendência encontrada nas pesquisas de

Murphy e Poist realizadas anteriormente (RAZZAQUE; SIRAT, 2001).

Page 24: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

23

Também na Ásia foi avaliado no ano de 1998 na cidade de Bancoque na

Tailândia, as práticas de gestão da cadeia de suprimentos, onde os autores do

estudo avaliaram vários aspectos logísticos da região, entre eles as competências

existentes nos profissionais da cadeia de suprimentos, cinco competências foram

avaliadas. Seguem as mesmas descritas na ordem de importância dada pelos

respondentes que estão presentes em gestores de logística da região: [1]

habilidades de boa comunicação; [2] habilidade de prever e planejar; [3] apoiado em

tecnologia; [4] Habilidades específicas em operação logística; e [5] formação

acadêmica em logística. As duas primeiras se destacaram das demais considerando

as competências presentes nos profissionais, este estudo também perguntou quais

das cinco seriam mais desejadas para o profissional da cadeia de suprimentos, a

ordem de importância desta vez, dada as competências seguiu da seguinte forma:

[1] habilidades de boa comunicação; [2] habilidades específicas em operação

logística; [3] habilidade de prever e planejar; [4] apoiado em tecnologia; [5] formação

acadêmica em logística; o destaque é que a formação acadêmica fica em último

lugar tanto nas competências presentes como nas competências desejadas pelos

gestores (GOH; PINAIKUL, 1998).

Os pesquisadores Poist, Scheraga e Semeijn (2001) aplicaram um

questionário em 43 profissionais da cadeia de suprimentos que atuavam na Europa

e em 54 profissionais que atuavam nos Estados Unidos, com os dados dos

respondentes realizaram uma comparação entre os dois grupos de profissionais.

Para esta comparação foram avaliadas treze competências (quadro 01). O

interessante neste estudo é que em oito competências das treze analisadas houve

uma grande disparidade entre os dois grupos, os americanos avaliam muito mais

importante que o grupo europeu as seguintes oito características: (1) habilidade de

liderança, (2) habilidades interpessoais, (3) adaptabilidade e flexibilidade, (4)

habilidades de gestão envolvendo planejamento e controle, (5) versatilidade /

capacidade multi-dimensionais, (6) forças funcionais/técnicas, (7) alfabetização

tecnológica e (8) habilidades quantitativas..

Os estudiosos Giunipero, Denslow e Eltantawy (2005) receberam preenchidos

os questionários de 73 profissionais da cadeia de suprimentos que estavam

presentes na lista das mil maiores empresas da revista Fortune, e nesta ocasião

avaliaram as características empreendedoras presentes nestes profissionais,

Page 25: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

24

especificamente as características constantes no quadro 01, que estavam presentes

tanto nos profissionais da cadeia de suprimentos quanto os empreendedores de

sucesso. O estudo apontou que dentre sete características dos profissionais da

cadeia de suprimentos apenas uma não atingiu o nível mínimo para ser considerado

um empreendedor de sucesso, a habilidade de “comunicação interpessoal”,

presente fortemente em empreendedores. O estudo apontou que as outras seis

características ficaram em níveis elevados, desta forma se percebeu uma tendência,

que o profissional de logística deve seguir o modelo de um empreendedor e investir

nas características existentes nestes.

Corroborando com este direcionamento, um estudo analisando a mudança de

simples gestor da cadeia de suprimentos, para um gestor de relacionamentos desta

cadeia, foi abordada por Wilson e Barbat (2015) em que o aspecto empreendedor e

político, do perfil profissional, direciona para o aspecto de abranger novas fronteiras,

ao invés de apenas conectar tais fronteiras na cadeia de suprimentos e nos

relacionamentos entre organizações, nos três casos estudados no artigo foi

identificado o uso de mecanismos de governança informal para assegurar

obrigações contratuais, ou seja, o relacionamento dos profissionais redefinem as

relações entre as empresas que se relacionam no processo produtivo e três

elementos do empreendedorismo: oportunismo, inovação e proatividade, aliado aos

três elementos de relacionamento político: experiência, cargo/função e networking

direcionam o gestor a um papel mais estratégico de gestor de relacionamentos da

cadeia de suprimentos.

Mangan e Christopher (2005) publicaram um artigo abrangendo estudantes e

professores de cursos sobre a cadeia de suprimentos e também um executivo que

atua na área em uma grande empresa. O resultado da pesquisa trouxe treze

competências necessárias para o profissional da cadeia de suprimentos, estas

competências se dividem em três áreas, sendo elas: conhecimentos gerais, com três

competências: financeiro, tecnologia da informação, estratégia e gestão;

conhecimentos específicos, com cinco competências: (1) cadeia de suprimentos e

operações, (2) Foco em fluxos e processos, (3) negócios internacionais segurança e

legislação, (4) logística multimodal e (5) logística em mercados emergentes; e por

fim cinco competências pessoais: (1) analítico, (2) interpessoal (3) liderança, (4)

gestão de mudanças e (5) gestão de projetos (MANGAN; CHRISTOPHER, 2005).

Page 26: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

25

Em um artigo de 2006, Giunipero, Handfield e Eltantawy levantam através de

uma revisão de literatura duas hipóteses, a primeira “a evolução da empresa e

negócios justifica o movimento em direção a um papel estratégico do gestor de

suprimentos” no qual cinco grupos de competências são críticas para se obter

eficácia na cadeia de suprimentos. As cinco correntes de competências são: gestão

de relacionamento estratégico com fornecedores, estratégia de redução de custo,

colaboração e sistemas integrados, maior foco em gestão de custo total na seleção

de fornecedores e orientação estratégica versus orientação de compras táticas.

A segunda hipótese foi “adotar um papel mais estratégico no gerenciamento

de suprimentos prevê um apoio em competências de nível mais elevado”, a

implementação desta estratégia contempla a adoção de alguns conjuntos chaves de

habilidades e as cinco principais áreas que sobressaíram na pesquisa foram:

habilidades de gestão de equipes - liderança, tomada de decisão, influência e

comprometimento; habilidades de planejamento estratégico – gestão de projetos,

definição de metas e execução; habilidades de comunicação – apresentação, falar

em público, ouvir e escrever; habilidades técnicas – pesquisador web capacitado e

análise de mercado; habilidades financeiras – contabilidade de custos e gestor de

negócios. O artigo indica que o papel estratégico do profissional de suprimentos será

um pré-requisito para os profissionais do futuro (GIUNIPERO; HANDFIELD;

ELTANTAWY, 2006).

Prajogo e Sohal (2013), após uma vasta revisão de literatura, revisaram uma

lista de competências com profissionais da cadeia de suprimentos e elaboraram um

questionário contendo sessenta e oito competências consideradas mais importantes

no entendimento dos profissionais e literatura revisada. Este questionário foi

aplicado em profissionais da cadeia de suprimentos da Austrália, onde se obteve

retorno de cento e quarenta e oito respondentes, as competências avaliadas se

distribuíram em três grupos:

(1) Competências e habilidades para profissionais da cadeia de suprimento,

nesta, uma lista de dezenove caraterísticas distribuídas em quatro áreas:

comunicação e trabalho em equipe, tecnologia, iniciativa e negócios e

conhecimento jurídico;

Page 27: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

26

(2) Tecnologias da cadeia de suprimentos, nesta, uma lista de dezoito

características distribuídas em duas áreas: tecnologias de uso interno e

tecnologias de uso externo;

(3) Desafios futuros para a cadeia de suprimentos, uma lista de trinta e uma

características distribuídas em seis áreas: questões ambientais, impacto da

globalização, integração da cadeia de suprimentos, impacto da tecnologia de

informação, desenvolvimento e treinamento da cadeia de suprimentos, e

capacidade de resposta da cadeia de suprimentos;

O estudo apontou que o profissional da cadeia de suprimentos precisa de

amplo conhecimento de tecnologias, tanto internamente como externamente, na sua

empresa para obter o sucesso de longo prazo de seu negócio, também mostrou que

os desafios futuros englobam questões ambientais e comunicação intercultural

(PRAJOGO; SOHAL, 2013).

A metodologia de Murphy e Poist (1998) (2007) também serviu de base para

o artigo de Thai, Cahoon e Tran (2011) no qual as 81 perguntas agrupadas pelos

assuntos negócios, logística e gestão foram avaliadas por sete profissionais

experientes do Instituto de Logística, Fretes e Transportes da Austrália (CILTA –

Chartered Institute of Logistics and Transport in Australia), estes reduziram 13

competências consideradas menos importante e um questionário com 68

competências foi respondido por 147 profissionais filiados a CILTA, as cinco maiores

pontuações obtidas nas respostas mediante uso da escala de Likert, em ordem

decrescente foram: (1) integridade pessoal: (2) gestão do relacionamento com

clientes; (3) habilidade de resolução de problemas; (4) controle de custo; e (5)

habilidade de planejamento. Dentre as características que sobressaem no estudo, o

fator relacionamento fica logo após a integridade do profissional, que obtem a maior

pontuação, pois existe uma preocupação haja visto que os relacionamentos com os

demais integrantes da cadeia precisam ser realizados mantendo a ética e a virtude,

logo em seguida tem-se a necessidade de resolver problemas, aliada a um controle

de custos e planejamento necessários para manter o sucesso da empresa (THAI;

CAHOON; TRAN, 2011).

Apesar de existir crescimento sustentado nas empresas de cadeia de

suprimentos, existe uma falta de gestores com as habilidades e competências para

promover a inovação operacional e inovação em processos mais complexos da

Page 28: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

27

cadeia de suprimentos. Completando este cenário, sente-se a falta de alinhamento

entre o treinamento e desenvolvimento atual, e o que o mercado realmente

necessita em termos de habilidades e competências destes gestores. Tendências

indicam que as empresas devem se tornar mais proativas no desenvolvimento dos

seus gestores, para que possam contribuir por meio dos seus conhecimentos, tanto

com o aumento como com a manutenção da vantagem competitiva da instituição

(ELLINGER; ELLINGER, 2013).

Com o objetivo de melhor preparar os gestores da cadeia de suprimentos

para enfrentar os futuros desafios existentes na gestão da cadeia de suprimentos,

Rahman e Qing (2014), por meio de uma matriz de importância e desempenho,

analisaram as competências de estudantes de pós-graduação em logística,

indicando para as instituições de ensino em que esforços deveriam se concentrar. O

instrumento de pesquisa utilizado foi elaborado a partir da experiência de três

profissionais da área com mais de 15 anos de atuação em logística. Estes

apontaram entre as competências indicadas na literatura pesquisada as principais

habilidades necessárias para os gestores divididas em quatro áreas de gestão:

administração geral da cadeia de suprimentos; conhecimento analítico da cadeia de

suprimentos; conhecimento sobre tecnologia da informação; e conhecimento

relacionado ao meio ambiente. Resultando em um questionário com 41

competências distribuídas nas referidas quatro áreas (RAHMAN; QING, 2014).

As principais áreas de competências, habilidades e características descritas

nos artigos pesquisados estão consolidadas no quadro 01, apresentando os autores,

as áreas e os grupos de competências encontradas nos artigos analisados nesta

pesquisa. Destaca-se, ainda, entre parênteses o desdobramento do número de

habilidades presentes nos grupos ou áreas estudadas nos artigos originais, e a

respectiva soma de competências desdobradas nos grupos; entre colchetes

observam-se as competências/habilidades em sí, sem desdobramento.

Page 29: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

28

Autores Áreas Grupos

Conhecimento e competência em negócios(33)

Conhecimento e competência em logística(18)

Conhecimento e competência em gestão(32)

[1] Habilidades de boa comunicação

[2] Habilidade de prever e planejar

[3] Apoiado em tecnologia

[4] Habilidades específicas em operação logística

[5] Formação acadêmica em logística

[1] Habilidades em comunicação

[2] Adaptabilidade e Flexibilidade

[3] Versatilidade / capacidade multi dimensionais

[4] Habilidades em tecnologia e sistemas de informação

[5] Proficiência em lingua estrangeira

[6] Habilidade de Liderança

[7] Habilidades interpessoais

[8] Habilidades de gestão envolvendo planejamento e controle

[9] Forças funcionais/tecnicas

[10] Alfabetização tecnológica

[11] Habilidades quantitativas

[12] Habilidades de relacionamento governamental e politica

[13] Proficiência em documentação

[1] Planejar

[2] Influenciar e persuadir

[3] Motivação interna

[4] Criatividade

[5] Gestão de riscos

[6] Tomador de decisão

[7] Comunicação interpessoal

Gerais(3)

Específico em Cadeia de Suprimentos e logística(5)

Competências e habilidades(5)

Administração Geral da Cadeia de Suprimentos(15)

Conhecimento Analítico da Cadeia de Suprimentos(14)

Conhecimento Sobre Tecnologia da Informação(7)

Conhecimento Relacionado ao Meio Ambiente(5)

Gestão de relacionamento estratégico com fornecedores(3)

Estratégia de redução de custo;(4)

Colaboração e sistemas integrados;(6)

Maior foco em gestão de custo total na seleção de fornecedores(2)

Orientação estratégica versus orientação de compras táticas(2)

Habilidades de gestão de equipes(4)

Habilidades de planejamento estratégico(3)

Habilidades de comunicação(4)

Habilidades técnicas(2)

Habilidades financeiras(2)

Comunicação e trabalho em equipe (3)

Tecnologia (6)

Iniciativa e negócios(7)

Conhecimento Jurídico(3)

Tecnologia de uso interno(6)

Tecnologia de uso externo(12)

Questões Ambientais(6)

Impacto da Globalização(6)

Integração da cadeia de suprimentos(8)

Desenvolvimento e treinamento da cadeia de suprimentos(2)

Impacto da tecnologia de informação(4)

Capacidade de resposta da cadeia de suprimentos(5)

(Giunipero, Handfield, &

Eltantawy, 2006)

Correntes de competências de

evolução da empresa para um papel

estratégico do gestor da cadeia de

suprimentos (17)

Habilidades para suportar o papel

estratégico dos gestores de cadeia de

suprimentos (15)

(Prajogo & Sohal, 2013)

Competências e habilidades para

profissionais da cadeia de

suprimentos (19)

Tecnologias de cadeia de suprimentos

(18)

Desafios futuros para a cadeia de

suprimentos(31)

(Giunipero, Denslow, &

Eltantawy, 2005)Características empreendedoras (7)

(Mangan & Christopher, 2005) Gerais, Específicas e Pessoais(13)

(Rahman e Qing, 2014)Competências Gerais, Analíticas, TI e

Ambientais(41)

(Murphy & Poist, 1998)

(Murphy & Poist, 2007)

(Razzaque & Sirat, 2001)

Negócios, Logística e Gestão(83)

(Goh & Pinaikul, 1998) Competências Gerais(05)

(Poist, Scheraga, & Semeijn,

2001)Competências Gerais(13)

Quadro 01: Autores e as competências dos profissionais da cadeia de suprimentos

Fonte: Elaborado pelo Autor (2016)

Page 30: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

29

A orientação empreendedora afeta direta e indiretamente a performance do

pequeno negócio (KAJALO; LINDBLOM, 2015). A seção a seguir apresenta os

principais estudos acerca do tema no contexto dos indivíduos.

2.3 ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA

Em 1996 Lumpkin e Dess identificaram e descreveram as cinco dimensões da

orientação empreendedora: capacidade de inovação, disposição para assumir

riscos, proatividade; competitividade agressiva; e autonomia. O quadro conceitual da

orientação empreendedora na figura 02, estas ações e comportamentos

empreendedores se demonstram importantes no desempenho da empresa

(LUMPKIN; DESS, 1996).

Figura 02: Quadro conceitual da orientação empreendedora – Tradução Livre Fonte: (LUMPKIN; DESS, 1996)

Bolton e Lane (2012) apresentaram uma proposta de instrumento de

mensuração da orientação empreendedora individual, no estudo ficou evidente a

relação positiva empiricamente testada apenas dos aspectos de capacidade de

inovação, disposição para assumir riscos e proatividade, com a intenção

empreendedora, já as dimensões de competitividade agressiva e autonomia não se

comprovaram relevantes.

Page 31: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

30

Em estudo de 2011, Zhang e Bruning sugerem que as características

pessoais dos empreendedores influenciam na performance da empresa, as

características pessoais dos indivíduos influenciam na busca e interpretação de

informação e nas escolhas estratégicas dos mesmos (ZHANG; BRUNING, 2011).

A cultura de sustentabilidade está relacionada com as práticas e influências

da orientação empreendedora na adoção de uma cadeia de suprimentos

sustentável, posto que esta é moderadora entre a orientação pela sustentabilidade

social e a prática de sustentabilidade social avançada. Na figura 03, Marshall et al

(2015) demonstram como a orientação empreendedora se relaciona com a cadeia

de suprimentos.

Figura 03: Caminhos de regressão para o modelo – Tradução Livre Fonte: (MARSHALL; MCCARTHY, et al., 2015)

O espírito inovador do indivíduo é base para iniciativas empresariais em

ambiente de negócios. Por sua vez, a diferenciação criativa é o principal pré-

requisito para criar e manter vantagem competitiva no mercado. Os empreendedores

que desenvolvem ideias inovadoras radicais deveriam ter acesso às competências

essenciais e buscar por oportunidades para aperfeiçoar tais competências por meio

de relacionamentos externos (ELENURM, 2012). Isto sugere que a inovação não

pode ser um processo meramente interno, mas deve sim ir além das fronteiras da

empresa.

A hipótese H1, a seguir, será investigada no desenvolver do trabalho, a base

para a elaboração da mesma decorre dos trabalhos de Bolton e Lane (2012),

(ELENURM, 2012) (LUMPKIN; DESS, 1996), (MARSHALL; MCCARTHY, et al.,

2015) e (ZHANG; BRUNING, 2011):

H1 – A Orientação individual empreendedora influencia positivamente na

ação de inovar na cadeia de suprimentos

Page 32: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

31

Inovar na cadeia de suprimentos talvez signifique abrir as portas das

empresas para ideias originadas fora da própria organização. Dos centros de

pesquisa, clientes, fornecedores ou mesmo de outras empresas, mesmo que

concorrentes. A seção a seguir apresenta um modelo de inovação baseado em um

processo colaborativo, a inovação aberta.

2.4 INOVAÇÃO ABERTA

Em 2003 Chesbrough, propôs chamar de “inovação aberta” em inglês Open

Innovation, o processo de utilizar fluxos internos e também externos à organização

para acelerar a inovação e ampliar o processo de inovação, em oposição ao

processo em que a empresa desenvolve e também comercializa suas próprias ideias

a partir do esforço único e exclusivo dos seus colaboradores internos, ou seja, a

inovação “fechada” (CHESBROUGH, 2003). No Brasil, o movimento de utilização do

chamado modelo de inovação aberta ainda é tímido, pouco explorado e precisa ser

mais difundido (SILVEIRA; ARMELLINI, et al., 2012).

Pesquisadores apontam a inovação aberta como um processo colaborativo

entre diferentes partes e não um mercado aberto de ideias. Dentre as definições

utilizadas atualmente, a inovação aberta é descrita como um processo interno que

está começando a ficar mais dependente do conhecimento externo e agentes

externos. Uma das características principais é que a inovação aberta não

necessariamente acontece dentro das fronteiras da empresa, ao contrário, o

processo de inovar é distribuído ao longo de um grande número de agentes. Uma

mudança que o movimento de inovação aberta trás é a habilidade de colaboração

entre muitas pessoas, entendendo-se que a inteligência coletiva de um grupo maior

de indivíduos é maior que a de alguns no tocante a ideias e conhecimentos.

Aparecem neste contexto o chamado CrowdSourcing, que pode ser traduzido como

contribuição colaborativa, e também a colaboração em massa, como ferramentas no

processo de inovação aberta, no qual o CrowdSourcing a empresa ou o produto é o

foco e as pessoas recebem tarefas para trabalhar no processo de inovação, já a

colaboração em massa toma forma de auto-organização com pessoas recebendo

tarefas tais como moderadores de fóruns, codesenvolvedores de plataformas

técnicas ou avaliadores de material submetido por membros de comunidades

Page 33: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

32

(ELMQUIST; FREDBERG; OLLILA, 2009), (HOSSAIN; KAURANEN, 2015)

(CONLEY; TOSTI-KHARAS, 2014).

Empresas que utilizam ferramentas como o CrowdSourcing na obtenção de

conhecimento dos consumidores e também na transformação em capacidades de

inovação possuem uma melhor performance frente as que não utilizam. Os sistemas

de informação das empresas possibilitam estrategicamente desenvolver um

profundo conhecimento das preferências e comportamentos de seus consumidores

para aumentar sua fidelidade e mantê-los por mais tempo como clientes. Uma

maneira de aprimorar a capacidade de inovação na empresa é introduzir tecnologias

de informação orientadas para captura das necessidades dos clientes (XU;

RIBEIRO-SORIANO; GONZALEZ-GARCIA, 2015).

Plataformas de CrowdSourcing estão alterando as formas como as

organizações obtem informações. Um estudo bibliométrico analisou 346 artigos

científicos, entretanto, não conseguiu definir um único conceito abrangente da

utilização da ferramenta, mas apresentou uma lista de sete possibilidades de

aplicações, tais como: (1) gerador de ideias, (2) distribuidor de microtarefas, (3)

criação de softwares com fonte aberta, (4) participação pública, (5) ciência

colaborativa cidadã, (6) jornalismo colaborativo cidadão e (7) sítios de internet de

colaboração participativa ou Wikies (HOSSAIN; KAURANEN, 2015).

Uma pesquisa de Conley e Tosti-Kharas (2014), apontou que os anônimos

auto-selecionados e não especialistas resolveram códigos de forma eficiente e com

baixo custo, constatou-se que a confiança e acuracidade podiam ser comparadas a

de pesquisadores treinados. Os resultados encontrados sugerem que o

CrowdSourcing é um método promissor de análise que combina a análise de

codificação tradicional humana e a análise de texto assistida por computador, isso

abre oportunidade para análise de maior número de informações em menor tempo

(CONLEY; TOSTI-KHARAS, 2014).

De acordo com Chesbrough (2007), as empresas na busca por um modelo de

inovação recaem em um problema comum de deficiência na liderança. Em regra,

não há nas organizações pessoas com a autoridade e ao mesmo tempo capacidade

de inovar o modelo de negócios. Algumas empresas até tentam treinar os gerentes

por meio de movimentações por vários setores, buscando aumentar a experiência

do colaborador, mas com o tempo esta experiência acumulada leva a um acúmulo

Page 34: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

33

de setores sob a gestão deste profissional. Os gestores de maior nível hierárquico

na empresa executam o modelo de negócios que estão familiarizados, que já

conhecem a fundo, e sentem dificuldade e desconforto em mudar o modo como

fazem negócio, e desta forma implementar novas formas e modelos se tornam mais

difíceis, e a inovação sofre com isso.

Os pesquisadores Hsieh e Tidd (2012) sugerem que maiores níveis de

novidade em projetos demandam maior intensidade de compartilhamento de

conhecimento e comunicação. Quanto mais fechado o modelo, menor o tempo de

desenvolvimento, mas quanto mais aberto, melhor a variedade e qualidade da

inovação. Em ambos os modelos é a intensidade e a qualidade dos relacionamentos

envolvidos que diferencia o resultado da inovação, o que os autores referenciam

como geradores de interação.

Gassman, Enkel e Chesbrough (2010) questionavam qual o futuro da

inovação aberta e seus fluxos, então foram propostas nove perspectivas: a

perspectiva espacial; a perspectiva estrutural; a perspectiva do usuário; a

perspectiva do fornecedor; a perspectiva de alavancagem; a perspectiva do

processo; a perspectiva da ferramenta; a perspectiva institucional; e a perspectiva

cultural.

Seja qual for a perspectiva buscada, as interações entre as entidades estão

sendo estudadas em todos os aspectos, a abertura para a influência do ambiente

externo para o interno no processo de gestão de pesquisa e desenvolvimento é

muito importante para se conseguir resultados em inovação direta ou indiretamente.

A abertura voltada aos clientes, fornecedores e universidades tem um impacto

positivo na mensuração de diferentes performances em inovação. Esta abertura

para que fontes externas contribuam com o processo de inovar propicia um nível

mais elevado de performance na inovação. A empresa ao se preocupar apenas em

desenvolvimento interno pode gerar algumas desvantagens, pois aumenta a

probabilidade de se perder oportunidades em ações inovadoras. Cliente e usuário no

centro do processo de inovação já é um fenômeno que revela enorme concentração

de ideias sobre produtos e serviços, estas ideias devem ser aproveitadas para

melhoria e na inovação destes serviços e produtos, da mesma forma a integração

com fornecedores é uma poderosa estratégia de gestão para melhorias no processo

como um todo (INAUEN; SCHENKER-WICKI, 2011).

Page 35: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

34

Uma pesquisa feita em setores de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

demonstrou que empresas que dão maior atenção para a inovação aberta no

modelo “de dentro para fora” estão criando inovações mais radicais e tendem a

vender um número maior de novos produtos. Enquanto as empresas que praticam

inovação fechada normalmente tendem a aumentar a performance de inovação em

um produto. O estudo apresentou que quanto mais aberta ao processo de inovação

aberta de dentro para fora maior o número de processos de inovação e maior a

probabilidade da empresa criar novos produtos e processos inovações (INAUEN;

SCHENKER-WICKI, 2012).

A inovação aberta já está de certa forma tão difundida que pesquisas

acadêmicas já propõem alterações nas estruturas das organizações para prover

melhor respostas ao processo de inovação. Em decorrência do impacto da

internacionalização das empresas aliada com o aumento de custos para P&D uma

busca incessante por processos de inovação e interconectividade teve início.

Estudos já avaliam como as organizações podem se adequar ao paradigma da

inovação aberta buscando se beneficiar deste processo e manter a saúde

econômica da empresa, pois a utilização de uma estrutura voltada para a inovação

aberta pode trazer vantagens estratégicas com a reestruturação da empresa perante

ao mercado (ABOUZEEDAN; HEDNER, 2012).

Para a implementação desta inovação aberta as empresas precisam de

profissionais mais preparados, um estudo de Chatenier, Verstegen, et al (2010)

buscou examinar as competências necessárias para se trabalhar em times voltados

aos processos de inovação aberta, o estudo aponta três principais atividades: gerir o

processo de colaboração interorganizacional; gestão do processo global de

inovação; e criação de novo conhecimento de forma colaborativa, Apresenta, ainda,

13 desafios para se trabalhar neste ambiente: baixo nível de comprometimento,

baixa coesão social e ambiente de aprendizado inseguro, alta diversidade e

distancias cognitivas, alto nível de incerteza, baixa disponibilidade de recursos,

ausência de hierarquia tradicional, e diferenças por poder. No referido estudo, foram

também identificadas 34 competências necessárias para os profissionais que podem

auxiliar na seleção e treinamento de times que trabalham com inovação aberta

(CHATENIER; VERSTEGEN, et al., 2010).

Page 36: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

35

2.5 INOVAÇÃO EM CADEIA DE SUPRIMENTOS

Em pesquisa realizada por Roy, Sivakumar e Wilkinson (2004), os autores

afirmaram que as interações entre os compradores e vendedores nas relações da

cadeia de suprimentos podem levar a inovações radicais e incrementais. O estudo

buscou agrupar as teorias com a pesquisa acadêmica e a utilização prática que

levam a gestão da inovação nas relações da cadeia de suprimentos. Concentrando-

se nos fornecedores e nas relações com a cadeia de suprimentos, o referido estudo

contribuiu com um modelo gerador de inovação na cadeia de suprimentos relevante

para o contexto de rápido crescimento em cadeias de suprimentos globais, não

apenas em indústrias, mas também em prestadores de serviços e firmas que atuam

com conhecimento.

De uma perspectiva gerencial tenta-se explicar o elo entre interação e

geração de inovação e o efeito de vários fatores na busca de uma gestão de

inovação nos relacionamentos da cadeia de suprimentos, conforme modelo de

geração de inovação das relações constantes na figura 04, no estudo foram

elaboradas nove proposições, cada uma desdobrando em dois itens, sendo

caracterizados como “a” e “b” e estão descritas no quadro 02 em que os aspectos de

(1) interação entre comprador e vendedor; (2) adoção e integração de TI; (3)

assimetria no comprometimento de insumos; (4) assimetria no comprometimento

entre comprador e vendedor; (5) confiança de competência; (6) confiança de boa

vontade; (7) capacidade de tecnologia associada; (8) estabilidade de demanda; e (9)

conexões de rede entre as partes; são avaliadas para verificar o impacto nas

inovações radicais e incrementais nas relações da cadeia de suprimentos (ROY;

SIVAKUMAR; F. WILKINSON, 2004).

Figura 04: Modelo de Geração de inovação nas relações da cadeia de suprimentos – Tradução Livre Fonte: (ROY; SIVAKUMAR; F. WILKINSON, 2004)

Page 37: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

36

Número Proposições de interações da cadeia de suprimentos com inovação

1aQuanto maior a extensão da interação comprador-vendedor, maior será a geração de inovações incrementais nas

relações da cadeia de suprimentos

1bQuanto maior a extensão da interação comprador-vendedor, maior a geração de inovações radicais no

relacionamento na cadeia de suprimentos

2aQuanto maior a adoção e integração da TI entre o comprador e o vendedor, maior o impacto da interação na

geração de inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos

2bQuanto maior a adoção e integração de TI entre o comprador e o vendedor, menor o impacto de interação na

geração de inovações radicais na cadeia de suprimentos

3aQuanto maior a assimetria no comprometimento de insumos entre o comprador e o vendedor, o menor

o impacto da interação na geração de inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos.

3bQuanto maior a assimetria no comprometimento de insumos entre o comprador e o vendedor, maior impacto da

interação na geração de inovações radicais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos

4aQuanto menor for a assimetria Compromisso entre o comprador e o vendedor, o maior impacto da interação na

geração de inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos.

4bQuanto menor for a assimetria Compromisso entre o comprador e o vendedor, maior impacto da interação na

geração de inovações radicais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos.

5aQuanto maior a confiança de competência entre o comprador e o vendedor, maior o impacto da interação na

geração de inovações incrementais nas relações da cadeia de suprimentos.

5bQuanto maior a confiança de competência entre o comprador e o vendedor, maior o impacto da interação na

geração de inovações radicais nas relações da cadeia de suprimentos

6aQuanto maior a confiança de boa vontade entre o comprador e o vendedor, maior o impacto da interação sobre a

geração de inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos.

6bQuanto maior a confiança de boa vontade entre o comprador e o vendedor, maior o impacto da interação Sobre a

geração de inovações radicais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos.

7aQuanto maior for a capacidade da tecnologia associada a uma inovação, maior o impacto de interação na geração de

inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos

7bQuanto maior for a capacidade da tecnologia associada a uma inovação, maior o impacto de interação na geração de

inovações radicais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos

8aQuanto maior a estabilidade da demanda do consumidor final, maior o impacto da interação sobre a geração de

inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos

8bQuanto menor for a estabilidade da demanda do consumidor final, maior será o impacto da interação na Geração

de inovações radicais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos

9aQuanto maior as conexões de rede do comprador e vendedor dentro de um grupo de indústria, maior o impacto da

interação na geração de inovações incrementais nas relações da cadeia de suprimentos

9bQuanto maior as conexões de rede do comprador e do vendedor entre os grupos da indústria, maior o impacto da

interação na geração de inovações radicais nas relações da cadeia de suprimentos.

Quadro 02 - Proposições de interações da cadeia de suprimentos com inovação Fonte: Adaptado de (ROY; SIVAKUMAR; F. WILKINSON, 2004)

A inovação na cadeia de suprimentos impacta no processo de melhoria da

cadeia de suprimentos, um estudo no setor de saúde mostrou que a performance

organizacional está associada positivamente aos fatores de inovação na cadeia de

suprimentos, um modelo inovador de cadeia de suprimentos impacta na seleção e

cooperação com melhores fornecedores, tornando mais eficiente a cadeia de

suprimentos como um todo e encorajando práticas de gestão de qualidade. A

implementação de uma eficiente gestão de cadeia de suprimentos impelida em um

contínuo processo de inovação desta cadeia de suprimentos com cooperação dos

fornecedores aumenta a performance da organização (LEE; LEE;

SCHNIEDERJANS, 2011).

Page 38: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

37

Buscando a inovação em um contexto para aprendizagem através das

relações da cadeia de suprimentos Knoppen, Johnston e Sáenz (2015) avaliaram as

melhores práticas e identificaram quatro lacunas para pesquisas futuras: a

assimilação e o aproveitamento são etapas ignoradas como etapas mediadoras

entre a exploração e performance; os intermediários do conhecimento e a gestão da

reputação são mecanismos chaves para fomentar a assimilação; a interação entre o

aproveitamento e a exploração é crítica embora subdesenvolvida na busca por

eficiência nas cadeias de suprimento; E finalmente, a literatura extenua os

mecanismos de aprendizagem estruturais em detrimento de uma visão estrutural

mais holística, cultural, psicológica e política. As etapas de exploração, assimilação

e aproveitamento são cruciais para a performance das relações entre os envolvidos

da cadeia de suprimentos conforme apresentado na figura 05 (KNOPPEN;

JOHNSTON; SÁENZ, 2015).

Figura 05: Relações da cadeia de suprimentos: estágios e mecanismos de aprendizado levando à

inovação – Tradução Livre Fonte: (KNOPPEN; JOHNSTON; SÁENZ, 2015)

Resiliência pode ser compreendida como a capacidade de retornar ao seu

estado natural, após situação crítica ou fora do comum. Um estudo de Golgeci e

Ponomarov (2013) sugere que a capacidade de inovação e a magnitude da inovação

são positivamente associadas a resiliência da cadeia de suprimentos, e também que

a severidade da ruptura está positivamente associada com a magnitude da

inovação. O estudo também apontou que empresas que desenvolvem a capacidade

Page 39: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

38

de inovação como um processo interno e dinâmico devem apresentar sucesso

semelhante.

A comparação entre cadeias de suprimentos inovadoras e cadeias de

suprimentos não inovadoras feita por Storer e Hyland (2014) mostrou a existência de

uma lacuna entre o que a literatura apresenta e o que foi observado na prática.

Tanto as cadeias inovadoras como as não inovadoras apresentaram baixa influência

em se beneficiar com a inovação na indústria, também se percebeu uma falta de

entendimento dos benefícios de uma competente gestão estratégica da cadeia de

suprimentos particularmente em relação à inovação. A estrutura proposta no estudo

avaliava as interações entre os relacionamentos e a capacidade da cadeia de

suprimentos e a inovação conforme figura 06 (STORER; HYLAND, et al., 2014).

Figura 06 – Estrutura proposta de pesquisa – Tradução Livre

Fonte: (STORER; HYLAND, et al., 2014)

Na busca por uma ferramenta de medição de inovação aberta na cadeia de

suprimentos, os pesquisadores Shamah e Elssawabi (2015) desenvolveram um

instrumento padronizado para medir a inovação aberta e a confiança, este

instrumento examina a vontade dos envolvidos nas cadeias de suprimento em

aplicar a inovação aberta, o estudo foi realizado com uma multinacional de linha de

montagem automotiva no Egito. Foram indicados três facilitadores para a existência

da inovação aberta: inovação, valores compartilhados e conhecimento

compartilhado. Segundo os autores praticamente quase todas as empresas podem

implementar a inovação aberta, para isso são sugeridas quatro diretrizes: (1) as

relações interpessoais e confiança são dois fenomenossociais socialmente

Page 40: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

39

construídos que merecem uma atenção superior no contexto gerencial; (2) as

cadeias de suprimentos devem focar em construção de confiança autêntica (crer que

o fornecedor vai entregar como prometido) e na confiança solidária (crer que o

fornecedo está agindo pensando no melhor interesse do cliente) com seus clientes;

(3) as cadeias de suprimentos podem melhorar a performance através da prática de

apoiar comportamentos que aumentam a confiança entre os envolvidos na cadeia de

suprimentos; (4) a integração das fontes externas pela aceitação de ideias externas

e metas de cima para baixo para integrar um certo número de ideias e tecnologias

de fontes externa (SHAMAH; ELSSAWABI, 2015).

A capacidade de inovação pode influenciar a performance da cadeia de

suprimentos quando o nível de integração é eficiente no desenvolvimento de suas

práticas. A criação de uma cultura de inovação entre a empresa e ao longo da

cadeia de suprimentos aprimora as práticas de integração pela estimulação da

inovação. A capacidade de inovação só afeta a performance da cadeia de

suprimentos por meio de uma cadeia de suprimentos integrada. Entre os

componentes de inovação na cadeia de suprimentos tem-se as novas ideias,

maneiras de lidar com novas praticas, também pode-se citar a criação de novos

métodos de operação, ou a introdução de novos serviços e novos processos

levando para uma cadeia de suprimentos mais integrada (DINWOODIE; KWAK,

2014).

Em uma revisão de literatura, Zimmermann, Ferreira e Moreira (2016)

avaliaram 94 artigos sobre a influência da cadeia de suprimentos no processo de

inovação, e destacou a percepção de que a inovação é um processo colaborativo

que envolve não só o ambiente interno, mas também atores externos da

organização explicando assim o crescente número de estudos publicados sobre a

relação das cadeias de suprimentos e inovação.

A hipótese H2 a seguir apresentada basea-se nos seguintes estudos: (ROY;

SIVAKUMAR; F. WILKINSON, 2004) (SHAMAH; ELSSAWABI, 2015), (DINWOODIE;

KWAK, 2014), (ZIMMERMANN; FERREIRA; MOREIRA, 2016), (STORER; HYLAND,

et al., 2014), (GOLGECI; PONOMAROV, 2013), (LEE; LEE; SCHNIEDERJANS,

2011), (KNOPPEN; JOHNSTON; SÁENZ, 2015).

H2 – As competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos

influenciam positivamente a ação de inovar na cadeia de suprimentos

Page 41: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

40

2.6 MODELO UNIFICADO DE ACEITAÇÃO E USO DA TECNOLOGIA

O modelo unificado de aceitação do uso de tecnologia, conhecido como

UTAUT (Unified Theory of Acceptance and Use of Technology) originou-se do

estudo dos pesquisadores Venkatesh, Morris, et al. (2003) em que foram avaliados

oito modelos com diferentes abordagens conforme demonstrado no quadro 03. O

modelo visa avaliar a aceitação e uso de tecnologia pelos usuários.

Abreviação Inglês Português Constructos em Inglês Constructos em Português

Attitude Toward Behavior Atitude/Intenção de Comportamento

Subjective Norm Normas Subjetivas

Perceived Usefulness Utilidade Percebida

Perceived Ease of Use Facilidade de Uso Percebido

Subjective Norm Normas Subjetivas

Extrinsic Motivation Motivação Extrinseca

Intrinsic Motivation Motivação Intrínseca

Attitude Toward Behavior Atitude/Intenção de Comportamento

Subjective Norm Normas Subjetivas

Perceived Behavioral Control Controle Comportamental Percebido

Attitude Toward Behavior Atitude/Intenção de Comportamento

Subjective Norm Normas Subjetivas

Perceived Behavioral Control Controle Comportamental Percebido

Perceived Usefulness Utilidade Percebida

Job-Fit Ajuste ao Trabalho

Complexity Complexidade

Long-term Consequences Consequências de longo prazo

Affect Towards Use Efeito ao Uso

Social Factors Fatores Sociais

Facilitating Conditions Condições Facilitadoras

Relative Advantage Vantagem Relativa

Ease of Use Facilidade de Uso

Image Imagem

Visibility Visibilidade

Compatibility Compatibilidade

Results Demonstrability Demonstrativo de Resultado

Voluntariness of Use Voluntariedade de Uso

Outcome Expectations Performance Expectativa de Resultado de Performance

Outcome Expectations Personal Expectativa de Resultado Pessoal

Self-Efficacy Auto Eficácia

Affect Towards Use Efeito ao Uso

Anxiety Ansiedade

TRATheory of Reasoned

Action

Teoria da Ação

Racionalizada

TAMTechnology

Acceptance Model

Modelo de Aceitação

da Tecnologia

MM Motivational Model Modelo Motivacional

TPBTheory of Planned

Behavior

Teoria do

Comportamento

Planejado

C-TAM-TPBCombined TAM and

TPB

Combinação entre

TAM e TPB

MPCUModel of PC

Utilization

Modelo de Utilização

do PC

IDTInnovation Diffusion

Theory

Teoria da Difusão da

Inovação

SCTSocial Cognitive

Theory

Teoria Social

Cognitiva

Quadro 03 - Teorias e Variáveis Latentes utilizadas pela UTAUT Fonte: Adaptado de (VENKATESH; MORRIS, et al., 2003)

A teoria da Ação Racionalizada (TRA) contém duas variáveis latentes ou

constructos, sendo eles a “Atitude” e as “Normas Subjetivas” influenciando no

comportamento do indivíduo, os estudiosos Fishbein e Ajzen (1975) desenvolveram

a teoria derivando de estudos e modelos de psicologia no qual se avaliavam as

atitudes dos indivíduos.

O Modelo de Aceitação de Tecnologia (TAM) foi abordado por Davis (1989) ,

o qual verificou que a utilidade percebida e a facilidade do uso percebida tinham

Page 42: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

41

influência direta na aceitação do uso de tecnologia, o estudo trabalhou com 152

usuários e quatro programas diferentes. No ano 2000 Venkatesh juntamente com

Davis incluiu a variável latente “Normas Subjetivas” na teoria (VENKATESH; DAVIS,

2000).

Posteriormente, os pesquisadores Yousafzai, Foxall e Pallister (2007)

(2007a), realizaram duas pesquisas sobre a Teoria, no qual em uma primeira parte,

o trabalho bibliométrico avaliou 145 artigos abordando a TAM, demonstrando que a

teoria era utilizada em vários trabalhos acadêmicos, a segunda parte da pesquisa

aprofundou em 95 artigos sobre o tema, sumarizando 15 anos de estudos sobre a

teoria.

O modelo motivacional (MM) foi utilizado em 1992 para entender a adoção e uso de

novas tecnologias, esta teoria originada na área da psicologia traz as variáveis

latentes Motivação Extrinsica e a Motivação Intrinsica (DAVIS; BAGOZZI;

WARSHAW, 1992).

A teoria de comportamento planejado (TPB) incluiu a variável latente

“Controle Percebido” às outras duas variáveis da TRA, Atitude e Normas Subjetivas,

no estudo de Ajzen (1991).

Em 1995 os estudiosos Taylor e Todd adaptaram um modelo contendo as

variáveis latentes Atitude, Normas Subjetivas, Controle Comportamental Percebido

da TPB e Utilidade Percebida da TAM combinando os dois modelos (C-TAM-TPB)

(TAYLOR; TODD, 1995).

Em 1991 os pesquisadores Thompson, Higgins e Howell desenvolveram uma

teoria com as variáveis latentes “ajuste ao trabalho”, “complexidade”,

“consequências de longo prazo”, “efeito ao uso”, “fatores sociais” e “condições

facilitadoras” para avaliar a aceitação do uso do computador (MPCU), a pesquisa

envolveu 212 respondentes e utilizou o método dos mínimos quadrados parciais

para analisar estatisticamente os dados encontrados (THOMPSON; HIGGINS;

HOWELL, 1991).

Em 1991 os pesquisadores Moore e Benbasat utilizaram a teoria da difusão

da inovação (IDT) oriunda da sociologia, para avaliar a aceitação individual de

tecnologia, e utilizaram as variáveis latentes “vantagem relativa”, “facilidade de uso”,

“imagem”, “visibilidade”, “compatibilidade”, “demonstrativo de resultado” e

“voluntariedade de uso” (MOORE; BENBASAT, 1991).

Page 43: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

42

A teoria social cognitiva (SCT) foi utilizada por Compeau e Higgins para

avaliar a aceitação do uso de tecnologia, e as variáveis latentes estudadas são:

“expectativa de resultado de performance”, “expectatida de resultado pessoal”, “auto

eficácia”, “efeito ao uso” e “ansiedade” (COMPEAU; HIGGINS, 1995). O modelo

comprovado de da UTAUT está representado na figura 07.

Do modelo unificado de aceitação do uso de tecnologia extraíram-se as

seguintes hipóteses:

H3 – A expectativa de performance influencia positivamente na intenção

de uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos

H4 – A expectativa de esforço influencia positivamente na intenção de

uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos

H5 – A influência social influencia positivamente na intenção de uso de

ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos

H6 – A condição facilitadora influencia positivamente no uso de

ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos

H7 – A intenção de uso influencia positivamente no uso de ferramentas

de inovação aberta na cadeia de suprimentos

Figura 07: Modelo Comprovado de Venkatesh

Fonte: Adaptado de (VENKATESH; MORRIS, et al., 2003)

Page 44: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

43

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nos procedimentos metodológicos deste trabalho estão descritos o tipo de

pesquisa, universo e amostra, plano de coleta de dados, variáveis observadas e

latentes e métodos de tratamento dos dados, e se apresenta na figura 08 o esquema

ou percurso metodológico desenvolvido para a realização desta pesquisa.

Figura 08: Esquema metodológico

Fonte: Autor, 2016

3.1 TIPO DE PESQUISA

Com o intuito de se atingir os objetivos propostos, realizou-se uma pesquisa

censitária, com característica descritiva, pois identifica as relações existentes entre

as variáveis latentes que podem influenciar na adoção de inovação aberta na cadeia

de suprimentos, e buscou-se analisar e determinar a relação dessa natureza. O

trabalho tem uma abordagem quantitativa posto que as variáreis possuem

características mensuráveis permitindo atingir alguns dos objetivos através de

análise fatoriais e através de uma análise estatística de modelagem dos mínimos

quadrados parciais, destacando-se a utilização do software “Smart PLS” no

tratamento dos dados estatísticos por meio de modelagem de equações estruturais

(structural equations modeling - SEM) que tem como principal característica avaliar

uma série de equações e suas relações de dependência, simultaneamente, assim

como as relações entre múltiplas variáveis (JOSEPH F. HAIR; BLACK, et al., 2009).

Page 45: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

44

3.2 UNIVERSO E AMOSTRA

O universo deste trabalho é composto por 152 profissionais atuantes na

cadeia de suprimentos de uma distribuidora de combustíveis, foram enviados

questionários a todos os profissionais, ao final da aplicação do questionário

apresentou-se um total de 137 respondentes. Seguindo os preceitos de Hair (2014)

multiplicando-se 5 a 10 vezes a quantidade de indicadores da variável latente com o

maior número de indicadores, ou seja, com maior número de variáveis observáveis

resultou-se a variável latente de Inovação Aberta com 19 indicadores. Dessa forma,

a amostra se apresenta adequada com mais de 7 vezes a quantidade de variáveis.

Sobre a área de abrangência e participantes da pesquisa, destaca-se que o

pre-teste sobre a dimensão competências dos profissionais da cadeia de

suprimentos – CGCS e sobre a Inovação Aberta, foi aplicado com profissionais do

setor de Operações e Logística, atuantes diretamente na gestão da cadeia de

suprimentos, de uma distribuidora de combustíveis do estado do Rio Grande do

Norte com abrangência nacional, tendo sido obtidas 123 respostas no pre-teste, as

quais foram submetidas ao tratamento estatístico de análise fatorial com a finalidade

de evidenciar quais itens deveriam compor o survey final. O questionário foi enviado

novamente após o tratamento do Pré-teste, para todos os 152 profissionais,

chegando ao total de 137 respondentes, não foi descartado nenhum questionário

preenchido, 15 profissionais não responderam por motivos desconhecidos.

3.2.1 Caracterização dos Respondentes

A coleta de dados do survey final foi realizada ao final de 2016 com um total

de 137 respondentes com as características conforme a tabela 01.

Page 46: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

45

Tabela 01 - Dados Sociodemográficos dos Respondentes Qtd %

Masculino 99 72%

Feminino 38 28%

Ensino Médio ( completo ou incompleto) 8 6%

Pós-Graduação (completo ou incompleto) 43 31%

Curso Superior (completo ou incompleto) 86 63%

abaixo de 24 anos 12 9%

entre 24 e 39 anos 90 66%

entre 40 e 55 anos 33 24%

acima de 55 anos 2 1%

Sim 54 39%

Não 83 61%

0 - 2 anos 15 11%

2 - 4 anos 16 12%

Acima de 4 anos 106 77%

0 - 2 anos 40 29%

2 - 4 anos 25 18%

Acima de 4 anos 72 53%

Gênero

Dados Sócios demográficos

Você já cursou (ou está cursando) algum curso, especialização,

graduação em Logística ou Gestão da Cadeia de Suprimentos?

Tempo de experiência profissional em Logística, Cadeia de

Suprimentos.

Tempo de experiência profissional

Faixa Etária

Grau de escolaridade

Fonte: Dados da pesquisa (2017)

Observa-se que a maioria dos respondentes são do sexo masculino com 72%

da amostra, o grau de escolaridade pode ser considerado elevado, pois 94% possui

nível superior e/ou pós-graduação completo ou em andamento. Tem-se também

39% dos entrevistados com algum conhecimento técnico na cadeia de suprimentos

e pode-se também afirmar que são profissionais experientes com 77% deles

trabalhando há mais de 4 anos, e especificamente em logística 53% há mais de 4

anos e a estes somam-se mais 18% com tempo entre 2 e 4 anos trabalhando na

cadeia de suprimentos. Quanto a faixa etária, tem-se a grande maioria com 66% na

geração Y entre 24 e 39 anos, 24% na geração X entre 40 e 55 anos, seguidos de

9% da geração Z abaixo de 24 anos e apenas 1% de Baby Boomers acima de 55

anos (JUNIOR, 2015).

3.3 COLETA DE DADOS

3.3.1 Instrumento de pesquisa e procedimentos da coleta

Para a avaliação das competências dos profissionais da cadeia de

suprimentos foi utilizado instrumento validado por Rahman e Qing (2014) com 41

itens. Para avaliação da orientação empreendedora individual foi utilizado o

instrumento de Bolton e Lane (2012) contendo 10 afirmações. A inovação aberta - IA

foi avaliada por meio do questionário validado no artigo de Shanah e Elssawabi

(2015) com 31 afirmações distribuídas nas três sub-dimensões de inovação aberta:

Page 47: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

46

partilha de conhecimento (13), partilha de valor (04) e inovação (14). Para avaliação

do uso de ferramentas de inovação aberta, tais como ferramentas de

compartilhamento de conhecimento, foi aplicado instrumento desenvolvido por

Venkatesh, Morris, et al (2003) composto por 19 itens.

Dessa forma, o survey aplicado de natureza quantitativa, com dados

sociodemográficos, possui “41” questões sobre as competências dos gestores da

cadeia de suprimentos - CGCS, outras “10” sobre orientação individual

empreendedora - OIE e também “31”sobre inovação aberta – IA e “19” sobre a

Teoria Unificada da Aceitação e Utilização de Tecnologia - UTAUT. Foi utilizado

escala do tipo Likert de 7 pontos para avaliação da importância de cada uma das

afirmações presentes nos questionários.

Os dados são primários, pois foram obtidos na pesquisa realizada por meio

de questionário específico sobre os assuntos abordados no estudo. A coleta se

realizou mediante survey disponibilizado na internet e distribuído aos respondentes

por e-mail.

3.3.2 Tratamento dos dados do Pré-Teste

Inicialmente, os dados do survey acerca das Competências dos Profissionais

da Gestão de Cadeia de Suprimentos (CGCS) e inovação aberta (IA), com um total

de 127 respondentes, foram analisados por meio de análise fatorial usando o

software SPSS 21, com o intuito de identificar o grau de explicação de cada variável

em relação a dimensão estudada, possibilitando assim resumir e aglutinar as

principais variáveis em conjuntos menores possibilitando a aglutinação o de

conceitos em fatores (HAIR; ANDERSON, et al., 2005).

Tabela 02 – KMO and Bartlett’s Fatorial

,913

Approx. Chi-Square 3171,829

df 465

Sig. 0,000

,917

Approx. Chi-Square 4675,647

df 820

Sig. 0,000

Bartlett's Test of Sphericity

Inovação Aberta

Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy.

Bartlett's Test of Sphericity

Competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos

Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy.

Fonte: Autor, 2017

Page 48: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

47

Os itens com carga fatorial menor que 0,7 foram excluídos, sendo o

questionário de competências (CGCS) reduzido de 41 para 18 itens demonstrados

na tabela 03, e o questionário de inovação aberta reduzido de 31 para 19 itens

conforme demonstrado na tabela 04. O método de extração utilizado no software foi

o: “Análise de Componentes Principais”, com o critério de Rotação: “Varimax com a

Normalização Kaiser”. O teste KMO -Kaiser-Meyer-Olkin que verifica a adequação

da amostra para a análise fatorial apresentou o valor de 0,913 para Inovação Aberta

(IA) e 0,917 para Competências (CGCS) e quanto mais próximo de 1,0 melhor. Já o

teste de esfericidade de Bartlett que indica se existe relação suficiente entre os

indicadores para aplicação da análise fatorial, este devendo ser próximo de zero, na

amostra apresentou o valor menor que 0,001 tanto para IA como para CGCS, como

pode ser observado na tabela 02, dessa forma pode-se concluir que a amostra está

adequada para a utilização da análise fatorial realizada, (CORRAR; PAULO; FILHO,

2014).

Page 49: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

48

Tabela 03 - Competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos - CGCS

1 2 3 4 5

[1- Gerenciamento de Transportes] ,747

[2- Gerenciamento de Estoques] ,784

[3- Previsão de Demanda]

[4- Gerenciamento de Armazenagem] ,767

[5- Planejamento de Distribuição] ,740

[6- Processamento de Pedidos]

[7- Regulamentação de Transportes]

[8- Aquisição]

[9- Alocação das Instalações]

[10- Manuseio de Materiais] ,757

[11- Manuseio de Mercadorias Devolvidas] ,786

[12- Padronização ISO 14000]

[13- Armazenamento de Resíduos (descartes)] ,791

[14- Conhecimento de Diferenças Culturais] ,719

[15- Habilidade de Modelagem Quantitativa]

[16- Conhecimento de Software] ,723

[17- Habilidade com Planilhas] ,787

[18- Análise Estatística]

[19- Habilidade de Visão do "Todo" (Global)]

[20- Gestão de Mudanças]

[21- Gestão de Conflitos] ,740

[22- Habilidades Interpessoais] ,762

[23- Conhecimento da Indústria]

[24- Habilidade de Negociação] ,726

[25- Gestão de Projetos]

[26- Conhecimento Orientado à Cadeia de Suprimentos]

[27- Trabalho em Equipe]

[28- Conhecimento de Tecnologias de Ponta]

[29- Habilidade de Priorizar]

[30- Comunicação Verbal] ,711

[31- Comunicação Escrita] ,713

[32- Conscientização da Infraestrutura Diferencial]

[33- Habilidade em Tecnologia de Informação (TI)]

[34- Habilidade de Benchmarking] ,751

[35- Habilidade de Custear a Cadeia de Suprimentos]

[36- Integração de Fluxos de Informação e Sistemas Externos] ,710

[37- Integração de Fluxos de Informação e Sistemas Internos]

[38- Habilidade de Coordenação Interfuncional]

[39- Gestão da Qualidade] ,763

[40- Logística Reversa]

[41- Conhecimento de Questões Ambientais da Cadeia de Suprimentos]

Competências dos Gestores da Cadeia de SuprimentosCarga Fatorial

Fonte: Dados da pesquisa, 2016

Page 50: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

49

Tabela 04 - Indicadores de Inovação Aberta - IA

1 2 3 4

IACC01 Sinto-me à vontade ao dizer ao meu gestor quando as coisas vão mal. ,709

IACC02 Meu gestor age conforme fala. ,738

IACC03 No geral estou muito satisfeito com a eficiência operacional da organização.

IACC04 Meu gestor me escuta. ,846

IACC05 Eu me sinto ligado a meus pares

IACC06 Eu sou livre para discordar do meu gestor

IACC07 A alta administração é sincera em seus esforços para se comunicar com os funcionários

IACC08 Meu gestor se comporta de uma maneira consistente dia após dia. ,833

IACC09 Minha empresa valoriza a importância do conhecimento. ,712

IACC10 Minha empresa estabelece medidas/regras escritas para manter o conhecimento. ,795

IACC11 Sinto-me ligado à minha organização.

IACC12 Estou muito satisfeito com a qualidade geral dos produtos e / ou serviços da organização

IACC13 Eu sempre tenho algo a dizer nas decisões que afetam o meu trabalho. ,759

IACV01 Meu gestor é de confiança. ,857

IACV02 Eu recebo informações adequadas sobre o quão bem eu estou fazendo no meu trabalho. ,723

IACV03 Estou muito satisfeito com a capacidade da organização para atingir os seus objetivos

IACV04 Eu recebo informações adequadas a respeito de como eu estou sendo avaliado

IAI01 A alta gestão escuta as preocupações dos trabalhadores. ,767

IAI02 A alta gestão mantém seus compromissos com os funcionários.

IAI03 Estou muito satisfeito com a capacidade dos funcionários da organização

IAI04 Sinto-me ligado ao meu gestor. ,833

IAI05 Eu recebo informações adequadas a respeito de como os meus problemas relacionados ao

trabalho são tratados.,743

IAI06 Meu gestor está preocupado com o meu bem-estar pessoal. ,837

IAI07 Os meus valores são semelhantes aos valores de meus pares

IAI08 Eu recebo informações adequadas sobre como as decisões organizacionais que afetam o meu

trabalho são tomadas

IAI09 A alta gestão está preocupada com o bem-estar pessoal dos funcionários. ,750

IAI10 Meu gestor mantém seus compromissos com os membros da equipe. ,815

IAI11 Os meus valores são semelhantes aos valores do meu gestor. ,801

IAI12 Eu recebo informações adequadas sobre as estratégias de longo prazo da minha organização. ,728

IAI13 Meu gestor é sincero em seus esforços para se comunicar com os membros da equipe. ,847

IAI14 Meu gestor fala positivamente sobre os subordinados na frente dos outros. ,775

Indicadores de Inovação AbertaCarga Fatorial

Fonte: Dados da pesquisa, 2016

Do questionário de UTAUT um pre-teste realizado demonstrou que o

indicador: “Se eu utilizar o Lync vou aumentar minhas chances de aumento de

remuneração” se assemelhou muito ao indicador “Usar o Lync aumenta minha

produtividade”, desta forma permaneceu somente a última no questionário final.

Desta forma do total de 19 itens, foram aplicados no último questionário apenas 18

itens da UTAUT. O questionário ajustado com o novo número de itens (65) foi

reaplicado no mesmo momento com os itens do questionário de CGCS (18) OIE

(10), IA (19) e UTAUT (18), e foi analisado por meio do software “Smart PLS 3.0” na

modelagem de equações estruturais, que utiliza o método de mínimos quadrados

parciais e permite a análise relacional entre as diferentes variáveis latentes

apresentadas no modelo conceitual proposto (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014).

Page 51: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

50

3.3.3 Variáveis de estudo e modelo conceitual proposto

Os dados sóciodemográficos do estudo são: gênero, formação acadêmica,

curso/especialização/graduação na área de logística/cadeia de suprimentos, título do

curso e ano de conclusão, tempo de experiência profissional e tempo de experiência

profissional em logística/cadeia de suprimentos. Os demais indicadores presentes

no questionário final, podem ser observados no quadro 04 e nos instrumentos de

pesquisa apresentadas nos Anexos A a E.

Códigos Variáveis

Latentes Indicadores Autor

OIE01

Orientação

Individual

Empreendedora

Eu gosto de agir de maneira

arrojada, me aventurando no novo.

Adaptado de (BOLTON e

LANE, 2012)

OIE02

Orientação

Individual

Empreendedora

Eu estou disposto a investir muito

tempo e/ou dinheiro em algo que

me proporcione muito retorno.

Adaptado de (BOLTON e

LANE, 2012)

OIE03

Orientação

Individual

Empreendedora

Eu tendo a agir de maneira ousada

em situações de negócios que

envolvem riscos.

Adaptado de (BOLTON e

LANE, 2012)

OIE04

Orientação

Individual

Empreendedora

Eu geralmente gosto de tentar

atividades novas que não são

típicas, mas não necessariamente

arriscadas.

Adaptado de (BOLTON e

LANE, 2012)

OIE05

Orientação

Individual

Empreendedora

Em geral, prefiro dar ênfase em

projetos inéditos e inovadores, do

que em abordagens já previamente

testadas e usadas.

Adaptado de (BOLTON e

LANE, 2012)

OIE06

Orientação

Individual

Empreendedora

Eu prefiro fazer as coisas a minha

maneira, ao invés de fazer as coisas

da maneira como outras pessoas

fazem.

Adaptado de (BOLTON e

LANE, 2012)

Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Page 52: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

51

Códigos Variáveis

Latentes Indicadores Autor

OIE07

Orientação

Individual

Empreendedora

Geralmente gosto de experimentar

novas abordagens para resolução

de problemas ao invés de usar

métodos que outros comumente

usam.

Adaptado de (BOLTON;

LANE, 2012)

OIE08

Orientação

Individual

Empreendedora

Eu geralmente me antecipo aos

problemas futuros, mudanças ou

necessidades.

Adaptado de (BOLTON;

LANE, 2012)

OIE09

Orientação

Individual

Empreendedora

Eu valorizo e pratico o planejamento

em meus projetos.

Adaptado de (BOLTON;

LANE, 2012)

OIE10

Orientação

Individual

Empreendedora

Eu prefiro me antecipar e resolver

problemas nos projetos ao invés de

sentar e esperar que outra pessoa o

faça.

Adaptado de (BOLTON;

LANE, 2012)

IACC01

Inovação Aberta

Compartilhamento

de Conhecimento

Sinto-me à vontade ao dizer ao meu

gestor quando as coisas vão mal.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IACC02

Inovação Aberta

Compartilhamento

de Conhecimento

Meu gestor age conforme fala. Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IACC04

Inovação Aberta

Compartilhamento

de Conhecimento

Meu gestor me escuta. Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IACC08

Inovação Aberta

Compartilhamento

de Conhecimento

Meu gestor se comporta de uma

maneira consistente dia após dia.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IACC09

Inovação Aberta

Compartilhamento

de Conhecimento

Minha empresa valoriza a

importância do conhecimento.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IACC10

Inovação Aberta

Compartilhamento

de Conhecimento

Minha empresa estabelece

medidas/regras escritas para

manter o conhecimento.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

Continuação - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Page 53: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

52

Códigos Variáveis

Latentes Indicadores Autor

IACC13

Inovação Aberta

Compartilhamento

de Conhecimento

Eu sempre tenho algo a dizer nas

decisões que afetam o meu

trabalho.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IACV01

Inovação Aberta

Compartilhamento

de Valor

Meu gestor é de confiança. Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IACV02

Inovação Aberta

Compartilhamento

de Valor

Eu recebo informações adequadas

sobre o quão bem eu estou fazendo

meu trabalho.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IAI01 Inovação Aberta

Inovação

A alta gestão escuta as

preocupações dos trabalhadores.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IAI04 Inovação Aberta

Inovação Sinto-me ligado ao meu gestor.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IAI05 Inovação Aberta

Inovação

Eu recebo informações adequadas

a respeito de como os meus

problemas relacionados ao trabalho

são tratados.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IAI06 Inovação Aberta

Inovação

Meu gestor está preocupado com o

meu bem-estar pessoal.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IAI09 Inovação Aberta

Inovação

A alta gestão está preocupada com

o bem-estar pessoal dos

funcionários.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IAI10 Inovação Aberta

Inovação

Meu gestor mantém seus

compromissos com os membros da

equipe.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IAI11 Inovação Aberta

Inovação

Os meus valores são semelhantes

aos valores do meu gestor.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IAI12 Inovação Aberta

Inovação

Eu recebo informações adequadas

sobre as estratégias de longo prazo

da minha organização.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

IAI13 Inovação Aberta

Inovação

Meu gestor é sincero em seus

esforços para se comunicar com os

membros da equipe.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

Continuação - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Page 54: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

53

Códigos Variáveis

Latentes Indicadores Autor

IAI14 Inovação Aberta

Inovação

Meu gestor fala positivamente sobre

os subordinados na frente dos

outros.

Adaptado de (SHAMAH;

ELSSAWABI, 2015)

CPANA01 Competências

Analíticas

Ter habilidade em Gerenciamento

de Transportes facilita inovar em

logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPANA02 Competências

Analíticas

Ter habilidade em Gerenciamento

de Estoques facilita inovar em

logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPANA04 Competências

Analíticas

Ter habilidade em Gerenciamento

de Armazenagem facilita inovar em

logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPANA05 Competências

Analíticas

Ter conhecimento sobre

Planejamento de Distribuição facilita

inovar em logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPANA10 Competências

Analíticas

Ter conhecimento sobre Manuseio

de Materiais facilita inovar em

logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPAMB01 Competências

Ambientais

Ter conhecimento sobre Manuseio

de Mercadorias Devolvidas facilita

inovar em logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPAMB03 Competências

Ambientais

Ter conhecimento sobre

Armazenamento de Resíduos

(descartes) facilita inovar em

logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPGER01 Competências

Gerais

Possuir bom Conhecimento de

Diferenças Culturais facilita inovar

em logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPTI02 Competências TI

Ter experiência em Conhecimento

de Software facilita inovar em

logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPTI03 Competências TI Possuir boa Habilidade com

Planilhas facilita inovar em logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

Continuação - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Page 55: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

54

Códigos Variáveis

Latentes Indicadores Autor

CPGER04 Competências

Gerais

Possuir habilidade em Gestão de

Conflitos facilita inovar em logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPGER05 Competências

Gerais

Possuir boas Habilidades

Interpessoais facilita inovar em

logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPGER07 Competências

Gerais

Possuir boa Habilidade de

Negociação facilita inovar em

logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPGER12 Competências

Gerais

Ter boa Comunicação Verbal facilita

inovar em logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPGER13 Competências

Gerais

Ter boa Comunicação Escrita

facilita inovar em logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPANA12 Competências

Analíticas

Possuir boa Habilidade de

Benchmarking facilita inovar em

logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPTI06 Competências TI

Ter conhecimento sobre Integração

de Fluxos de Informação e Sistemas

Externos facilita inovar em logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

CPANA14 Competências

Analíticas

Ter conhecimento sobre Gestão da

Qualidade facilita inovar em

logística

Adaptado de (RAHMAN;

QING, 2014)

UTEP01

UTAUT -

Expectativa de

Performance

Eu acho o Lync útil no meu trabalho Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTEP02

UTAUT -

Expectativa de

Performance

Usar o Lync me permite realizar

tarefas mais rapidamente

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTEP03

UTAUT -

Expectativa de

Performance

Usar o Lync aumenta minha

produtividade

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTEE01

UTAUT -

Expectativa de

Esforço

Minha interação com o Lync é clara

e compreensível

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

Continuação - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Page 56: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

55

Códigos Variáveis

Latentes Indicadores Autor

UTEE02

UTAUT -

Expectativa de

Esforço

Foi fácil para mim tornar-me

habilidoso no Lync

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTEE03

UTAUT -

Expectativa de

Esforço

Eu acho o Lync fácil de usar Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTEE04

UTAUT -

Expectativa de

Esforço

Aprender a utilizar o Lync é fácil

para mim

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTIS01 UTAUT -

Influência Social

Meus Gestores acham que eu devo

utilizar o Lync

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTIS02 UTAUT -

Influência Social

Pessoas que são importantes para

mim acham que eu devo utilizar o

Lync

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTIS03 UTAUT -

Influência Social

Os gestores facilitariam o uso do

Lync

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTIS04 UTAUT -

Influência Social

Em geral a empresa apoia o uso do

Lync

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTCF01

UTAUT -

Condições

Facilitadoras

Eu tenho os recursos necessários

para o uso do Lync

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTCF02

UTAUT -

Condições

Facilitadoras

Eu tenho o conhecimento

necessário para o uso do Lync

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTCF03

UTAUT -

Condições

Facilitadoras

O Lync é compatível com outros

sistemas que eu uso

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTCF04

UTAUT -

Condições

Facilitadoras

Há suporte disponível para

assistência com dificuldades de uso

do Lync

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

Continuação - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Page 57: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

56

Códigos Variáveis

Latentes Indicadores Autor

UTINT01

UTAUT - Intenção

comportamental

de usar o sistema

Pretendo continuar utilizando o Lync

por muito tempo

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTINT02

UTAUT - Intenção

comportamental

de usar o sistema

Prevejo que continuarei utilizando o

Lync por muito tempo

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

UTINT03

UTAUT - Intenção

comportamental

de usar o sistema

Planejo utilizar o Lync por muito

tempo

Adaptado de (VENKATESH;

MORRIS, et al., 2003)

Conclusão - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Com as hipóteses apresentadas na revisão de literatura e tomando como

base o modelo comprovado de Venkatesh conforme apresentado na figura 07 foi

elaborado o modelo conceitual proposto para a dissertação conforme a figura 09

com as competências CGCS e a orientação empreendedora individual influenciando

na ação de inovar e/ou uso de inovação aberta na cadeia de suprimentos.

H1 – A Orientação individual empreendedora influencia positivamente na

ação de inovar na cadeia de suprimentos

H2 – As competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos

influenciam positivamente a ação de inovar na cadeia de suprimentos

H3 – A expectativa de performance influencia positivamente na intenção

de uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos

H4 – A expectativa de esforço influencia positivamente na intenção de

uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos

H5 – A influência social influencia positivamente na intenção de uso de

ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos

H6 – A condição facilitadora influencia positivamente no uso de

ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos

H7 – A intenção de uso influencia positivamente no uso de ferramentas

de inovação aberta na cadeia de suprimentos

Page 58: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

57

Figura 09 – Modelo Conceitual Proposto

Fonte: Autor, 2016

O objetivo a ser alcançado no tratamento dos dados foi a avaliação do

relacionamento entre as variáveis latentes apresentadas no modelo conceitual

proposto. No quadro 05 estão descritas as relações entre os objetivos, as questões

dos instrumentos de pesquisa e as ferramentas estatísticas que se pretende utilizar.

OBJETIVOS

QUESTÕES DO

INSTRUMENTO DE

PESQUISA

FERRAMENTAS

ESTATÍSTICAS

AUTORES

REFERENCIADOS

Geral - Analisar as

relações existentes entre a

Orientação Individual

Empreendedora e as

competências dos

profissionais da Cadeia de

Suprimentos na adoção

das práticas de Inovação

Aberta à luz da Teoria

Unificada de Aceitação e

Utilização de Tecnologia

(UTAUT).

Utilização de todas as

questões dos

questionários aplicados,

após pré-teste

Utilização do Software

Smart PLS 3.0 para

tratamento das

equações estruturais de

correlação entre as

variáveis latentes pelo

método de mínimos

quadrados parciais e

análise relacional

Quadro 05 - Relação entre os objetivos, questões do questionário e ferramentas estatísticas Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Page 59: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

58

OBJETIVOS

QUESTÕES DO

INSTRUMENTO DE

PESQUISA

FERRAMENTAS

ESTATÍSTICAS

AUTORES

REFERENCIADOS

Específico 1. Identificar as

competências mais

relevantes dos

profissionais da Gestão da

Cadeia de Suprimentos

QUESTIONÁRIO

SOBRE

COMPETÊNCIAS DOS

PROFISSIONAIS DA

CADEIA DE

SUPRIMENTOS

41 Itens

Análise fatorial para

aglutinação

competências com

maior carga fatorial

RAHMAN, S.; QING, N.

Graduate students'

perceptions of supply chain

skills for supply chain

managers. Benchmarking:

An International Journal,

2014. 276-299.

Específico 2. Identificar os

indicadores mais

relevantes de inovação

aberta na Gestão da

Cadeia de Suprimentos

QUESTIONÁRIO

SOBRE INOVAÇÃO

ABERTA

31 Itens

Análise fatorial para

aglutinação

competências com

maior carga fatorial -

SPSS

SHAMAH, R. A. E.;

ELSSAWABI, S. M. Facing

the open innovation gap:

measuring and building

open innovation in supply

chains. Journal of Modelling

in Management, 10, n. 1,

2015. 50-75. Acesso em: 09

maio 2016.

Específico 3. Avaliar a

influência da orientação

individual empreendedora

na propensão de inovar

por meio do uso

ferramentas de inovação

aberta na Gestão da

Cadeia de Suprimentos

QUESTIONÁRIO

SOBRE ORIENTAÇÃO

INDIVIDUAL

EMPREENDEDORA

10 Itens

Utilização do Software

Smart PLS 3.0 para

tratamento das

equações estruturais de

correlação entre as

variáveis latentes pelo

método de mínimos

quadrados parciais e

análise relacional

BOLTON, D. L.; LANE, M.

D. Individual entrepreneurial

orientation: development of

a measurement instrument.

Education + Training, 54, n.

2/3, 2012. 219-233. Acesso

em: 26 nov. 2014.

Específico 4. Avaliar a

influência das

competências do

profissional da cadeia de

suprimentos na propensão

de inovar por meio do uso

de ferramentas de

inovação aberta na Gestão

da Cadeia de Suprimentos

Utilização dos itens

remanescentes dos

questionários aplicados,

após análise fatorial

Utilização do Software

Smart PLS 3.0 para

tratamento das

equações estruturais de

correlação entre as

variáveis latentes pelo

método de mínimos

quadrados parciais e

análise relacional

Ringle, Silva e Bido (2014)

Continuação - Quadro 05 - Relação entre os objetivos, questões do questionário e ferramentas estatísticas

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Page 60: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

59

OBJETIVOS

QUESTÕES DO

INSTRUMENTO DE

PESQUISA

FERRAMENTAS

ESTATÍSTICAS

AUTORES

REFERENCIADOS

Específico 5. Avaliar a

influência da intenção de

inovar no uso efetivo de

ferramentas da inovação

aberta na Gestão da

Cadeia de Suprimentos

Utilização dos itens

remanescentes dos

questionários aplicados,

após análise fatorial

Utilização do Software

Smart PLS 3.0 para

tratamento das

equações estruturais de

correlação entre as

variáveis latentes pelo

método de mínimos

quadrados parciais e

análise relacional

Ringle, Silva e Bido (2014)

Específico 6. Propor um

modelo teórico preditivo da

aceitação de uso de

ferramentas de inovação

aberta na Gestão da

Cadeia de Suprimentos

QUESTIONÁRIO

SOBRE UTAUT

19 Itens e Utilização de

todas as questões dos

questionários aplicados,

após pré-teste

Utilização do Software

Smart PLS 3.0 para

tratamento das

equações estruturais de

correlação entre as

variáveis latentes pelo

método de mínimos

quadrados parciais e

análise relacional

VENKATESH, V. et al. User

Acceptance of Information

Technology: Toward a

Unified View. MIS Quarterly,

23, n. 3, Setembro 2003.

425-478.

Ringle, Silva e Bido (2014)

Conclusão - Quadro 05 - Relação entre os objetivos, questões do questionário e ferramentas estatísticas

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

3.4 TRATAMENTO DOS DADOS

Os dados coletados foram processados no software Smart PLS 3.0 e foram

realizadas as avaliações estatísticas das variáveis latentes envolvidas no modelo

proposto conforme a figura 10, este software usa o método de Mínimos Quadrados

Parciais na modelagem de equações estruturais conforme Ringle, Silva e Bido

(2014):

Calculam-se as correlações entre as variáveis latentes e suas variáveis mesuradas ou observadas ou itens (modelos de mensuração) e em seguida são realizadas regressões lineares entre constructos (modelos estruturais). Dessa forma, consegue-se estimar modelos mais complexos com número menor de dados (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014, p. 57)

Page 61: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

60

Figura 10: Modelo Conceitual Proposto e distribuição de variáveis

Fonte: Autor, 2016

O primeiro passo após executar o software e obter os primeiros dados

estatísticos foi analisar o fator de Inflação da Variância - VIF (Variance Inflation

Factor) de multicolinearidade estatística, que permite avaliar resultados exagerados

ou falsos. Observaram-se primeiramente os indicadores que estavam com valor de

VIF inadequado maior do que 3,3 conforme mostra a tabela 05. Os resultados

obtidos com as variáveis latentes precisam ter valores menores de 3,3 para o fator

de Inflação da Variância, desta forma, significa que o modelo apresenta baixa

multicolinearidade demonstrando a aplicabilidade do modelo proposto, sendo

admissível valores inferiores a 5 (KOCK; LYNN, 2012).

Page 62: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

61

Tabela 05 – Fator de Inflação da Variância – VIF dos indicadores - Inicial

Indicadores VIF Indicadores VIF Indicadores VIF Indicadores VIF

CPAMB01 4,709 CPTI06 3,519 IAI12 2,569 UTEE01 2,810

CPAMB03 3,016 IACC01 1,913 IAI13 7,255 UTEE02 6,116

CPANA01 2,583 IACC02 6,503 IAI14 3,388 UTEE03 10,009

CPANA02 4,695 IACC04 4,740 OIE01 1,877 UTEE04 11,885

CPANA04 3,547 IACC08 6,473 OIE02 1,709 UTEP01 3,328

CPANA05 4,039 IACC09 4,819 OIE03 2,042 UTEP02 4,399

CPANA10 3,663 IACC10 4,090 OIE04 1,428 UTEP03 3,036

CPANA12 2,415 IACC13 1,795 OIE05 1,880 UTINT01 6,480

CPANA14 3,029 IACV01 4,803 OIE06 1,266 UTINT02 2,337

CPGER01 1,533 IACV02 4,376 OIE07 1,335 UTINT03 6,997

CPGER04 4,001 IAI01 3,239 OIE08 2,189 UTIS01 2,074

CPGER05 2,193 IAI04 5,051 OIE09 1,784 UTIS02 2,199

CPGER07 4,394 IAI05 5,333 OIE10 1,862 UTIS03 2,720

CPGER12 4,203 IAI06 5,420 UTCF01 1,802 UTIS04 2,070

CPGER13 2,810 IAI09 4,243 UTCF02 2,286

CPTI02 2,627 IAI10 5,976 UTCF03 1,653

CPTI03 2,539 IAI11 5,361 UTCF04 1,770

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Ao analisar os valores resolveu-se retirar do modelo os indicadores UTEE03

(10,009) e UTEE04 (11,885), em seguida retiramos os indicadores IAI13 (7,255) e

UTINT03 (6,997), no momento seguinte foram retirados IACC02 (6,476) e IACC08

(6,180), lembrando que cada interação desta ao processar novamente o algoritmo

no programa, os valores de VIF eram alterados, na vez seguinte saíram os

indicadores IAI05 (5,193), IAI06 (5,272), IAI10 (5,549) e IAI11 (5,203), na interação

seguinte saíram os indicadores CPAMB01 (4,709), CPANA02 (4,695), CPANA05

(4,039), CPANA10 (3,363), CPGER04 (4,001), CPGER07 (4,394), CPGER12

(4,203), IACC09 (4,251), UTEP02 (4,399), e na última alteração saíram IACC04

(3,754), IACV01 (3,698) e IAI04 (3,652), chegando a valores de VIF demonstrados

na tabela 06 para as variáveis latentes e na tabela 07 para os indicadores.

Page 63: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

62

Tabela 06 – Fator de Inflação da Variância – VIF – Variáveis Latentes

Variáveis Latentes CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA

CONDIÇÃO FACILITADORA - CF 1,960

CPCS 1,341

EXPECTATIVA ESFORÇO - EE 2,329

EXPECTATIVA PERFORMANCE - EP 2,676

INFLUÊNCIA SOCIAL - IS 2,082

INTENÇÃO - INT 1,701

OIE - OIE 1,280

USO IA

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Tabela 07 – Fator de Inflação da Variância – VIF dos indicadores - Final

Indicadores VIF Indicadores VIF Indicadores VIF Indicadores VIF

CPAMB03 1,881 IACC01 1,657 OIE04 1,428 UTEE01 2,769

CPANA01 2,143 IACC10 2,048 OIE05 1,880 UTEE02 2,769

CPANA04 2,214 IACC13 1,513 OIE06 1,266 UTEP01 2,200

CPANA12 2,218 IACV02 2,573 OIE07 1,335 UTEP03 2,200

CPANA14 2,493 IAI01 2,987 OIE08 2,189 UTINT01 2,119

CPGER01 1,393 IAI09 2,835 OIE09 1,784 UTINT02 2,119

CPGER05 1,723 IAI12 2,011 OIE10 1,862 UTIS01 2,074

CPGER13 2,122 IAI14 1,718 UTCF01 1,802 UTIS02 2,199

CPTI02 2,348 OIE01 1,877 UTCF02 2,286 UTIS03 2,720

CPTI03 2,151 OIE02 1,709 UTCF03 1,653 UTIS04 2,070

CPTI06 2,869 OIE03 2,042 UTCF04 1,770

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Em seguida, o segundo passo após as interações entre os dados no cálculo

estatístico realizado pelo software e na construção da validade e confiabilidade foi a

análise da variância média extraída AVE (Average Variance Extracted), observou-se

que a variável latente OIE estava abaixo de 0,5 com o valor de 0,373 e a variável

latente USO IA estava apresentando o valor de 0,482 enquanto os demais estavam

acima de 0,5 conforme tabela 08. Os valores da AVE devem ser maiores que 0,5

(ESPOSITO, CHIN, et al., 2010), e a avaliação da Validade Discriminante é muito

importante para a validação do modelo, para evitar problemas de viés conceitual, por

isso as intercorrelações entre as variáveis latentes devem ser analisadas (FARRELL;

RUDD, 2009).

Page 64: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

63

Tabela 08 – Análise inicial de AVE

Variáveis Latentes Fator Alpha de Cronbach Confiabilidade Composta Variância Média Extraída (AVE)

CONDIÇÃO FACILITADORA 0,829 0,886 0,661

CPCS 0,904 0,920 0,515

EXPECTATIVA ESFORÇO 0,888 0,947 0,900

EXPECTATIVA PERFORMANCE 0,850 0,930 0,869

INFLUÊNCIA SOCIAL 0,868 0,910 0,716

INTENÇÃO 0,842 0,927 0,863

OIE 0,819 0,853 0,373

USO IA 0,840 0,879 0,482

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

A analise de validades convergentes realizada com a mensuração das

variâncias médias extraídas – AVEs busca valores acima de 0,5, pois a AVE trata de

parte dos dados que é explicada por cada uma das variáveis latentes ou variáveis

latentes, e estas correlações devem ser maiores que 0,5 para o modelo demonstrar

bom resultado (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014) (FORNELL; LARCKER, 1981). Deve-

se realizar alterações no modelo para que o mesmo se adeque até termos valores

de AVE maiores de 0,5. Neste momento são realizados ajustes e reavaliados os

valores de AVE até que os mesmos sejam adequados, ou seja, todos acima de

0,500 (REINARTZ; HAENLEIN; HENSELER, 2009) (ESPOSITO; CHIN, et al., 2010).

Com o intuito de elevar o AVE do constructo OIE, foram retirados os

indicadores com a menor carga fatorial da variável latente OIE: OIE01 (0,490),

OIE06 (0,479) e os indicadores da variável latente USO IA: IACC01 (0,517) e

IACC13 (0,538) com esta alteração o AVE de OIE passou para 0,409 e o de USO IA

para 0,606. Portanto foi necessário retirar mais três indicadores de OIE, sendo eles:

OIE02 (0,567), OIE03 (0,537) e OIE07 (0,510), após estas alterações o AVE de OIE

apresentou o valor de 0,502. Neste momento todos os valores de cargas fatoriais

estavam maiores que 0,6 com exceção de CPGER01 que apresentava 0,564, e o

AVE de CPCS o valor de 0,514 com o objetivo de melhorar o modelo foi retirado o

indicador CPGER01 e o valor do AVE de CPCS melhorou para 0,539, como pode

ser observado na tabela 09.

Page 65: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

64

Tabela 09 – AVE após retirada dos indicadores com baixa carga fatorial

Variáveis Latentes Fator Alpha de Cronbach Confiabilidade Composta Variância Média Extraída (AVE)

CONDIÇÃO FACILITADORA 0,829 0,886 0,661

CPCS 0,905 0,921 0,539

EXPECTATIVA ESFORÇO 0,888 0,947 0,900

EXPECTATIVA PERFORMANCE 0,850 0,930 0,869

INFLUÊNCIA SOCIAL 0,868 0,910 0,716

INTENÇÃO 0,842 0,927 0,863

OIE 0,751 0,834 0,502

USO IA 0,868 0,902 0,606

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Com todos os valores de AVEs apresentado valores acima de 0,5 passamos

a avaliar a consistência interna baseada na correlação média entre os itens. O fator

Alpha de Cronbach é utilizado para análise de confiabilidade e consistência interna,

pois trata das intercorrelações entre variáveis. Também avaliamos a confiabilidade

composta (Composite Reliability) que mostra a consistência dos indicadores dentro

da variável latente. Os valores calculados pelo SmartPLS para as variáveis latentes

apresentaram valores acima de 0,7 para os dois indicadores, conforme tabela 09,

mostrando que os dados possuem boa consistência (HAIR; ANDERSON, et al.,

2005), (CORRAR; PAULO; FILHO, 2014), (HAIR; ANDERSON, et al., 2005),

(HENSELER; RINGLE; SINKOVICS, 2009). As cargas fatoriais das variáveis

latentes estão apresentadas na Tabela 10, após os valores de AVE e VIF estarem

adequados para todos os indicadores e variáveis latentes.

Tabela 10 – Cargas fatoriais dos Indicadores

Indicadores CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA

CPAMB03 0,673

CPANA01 0,676

CPANA04 0,669

CPANA12 0,766

CPANA14 0,783

CPGER05 0,693

CPGER13 0,776

CPTI02 0,772

CPTI03 0,708

CPTI06 0,810

IACC10 0,785

IACV02 0,780

IAI01 0,866

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Page 66: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

65

Continuação - Tabela 10 – Cargas fatoriais dos Indicadores

Indicadores CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA

IAI09 0,810

IAI12 0,755

IAI14 0,661

OIE04 0,663

OIE05 0,641

OIE08 0,792

OIE09 0,746

OIE10 0,690

UTCF01 0,778

UTCF02 0,882

UTCF03 0,786

UTCF04 0,802

UTEE01 0,952

UTEE02 0,944

UTEP01 0,932

UTEP03 0,933

UTINT01 0,929

UTINT02 0,929

UTIS01 0,834

UTIS02 0,839

UTIS03 0,889

UTIS04 0,822

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

O próximo passo foi a avaliação da validade discriminante (VD), na qual se

observa a independência entre as variáveis latentes. Na primeira forma de avaliação

verifica-se as cargas cruzadas (Cross Loading), os indicadores não podem ter

valores maiores do que os da sua própria variável latente, conforme destacado em

negrito na tabela 11, todos os indicadores estão adequados (CHIN, 1998), (RINGLE;

SILVA; BIDO, 2014).

Tabela 11 – Cargas cruzadas - Cross Loading

INDICADORES CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA

CPAMB03 0,176 0,673 0,138 0,147 0,134 0,059 0,262 0,278

CPANA01 0,242 0,676 0,149 0,111 0,158 0,096 0,367 0,317

CPANA04 0,215 0,669 0,136 0,122 0,143 0,100 0,282 0,224

CPANA12 0,315 0,766 0,241 0,225 0,243 0,212 0,341 0,340

CPANA14 0,298 0,783 0,234 0,304 0,346 0,216 0,387 0,455

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Page 67: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

66

Continuação - Tabela 11 – Cargas cruzadas - Cross Loading

INDICADORES CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA

CPGER05 0,428 0,693 0,405 0,378 0,360 0,365 0,283 0,378

CPGER13 0,373 0,776 0,378 0,415 0,359 0,372 0,282 0,446

CPTI02 0,278 0,772 0,284 0,237 0,230 0,223 0,242 0,343

CPTI03 0,253 0,708 0,262 0,277 0,307 0,305 0,260 0,241

CPTI06 0,391 0,810 0,322 0,266 0,289 0,215 0,372 0,345

IACC10 0,345 0,419 0,298 0,404 0,459 0,339 0,359 0,785

IACV02 0,371 0,399 0,374 0,314 0,387 0,270 0,330 0,780

IAI01 0,393 0,399 0,387 0,385 0,411 0,328 0,345 0,866

IAI09 0,442 0,348 0,445 0,490 0,441 0,382 0,309 0,810

IAI12 0,306 0,264 0,403 0,463 0,414 0,399 0,195 0,755

IAI14 0,364 0,378 0,314 0,253 0,306 0,222 0,267 0,661

OIE04 0,249 0,211 0,223 0,207 0,217 0,196 0,663 0,333

OIE05 0,224 0,236 0,139 0,049 0,102 0,005 0,641 0,245

OIE08 0,263 0,352 0,200 0,188 0,187 0,170 0,792 0,239

OIE09 0,246 0,289 0,129 0,200 0,234 0,152 0,746 0,286

OIE10 0,279 0,426 0,278 0,237 0,205 0,182 0,690 0,255

UTCF01 0,778 0,220 0,519 0,423 0,609 0,504 0,187 0,332

UTCF02 0,882 0,349 0,672 0,469 0,620 0,539 0,371 0,466

UTCF03 0,786 0,470 0,576 0,489 0,609 0,584 0,347 0,375

UTCF04 0,802 0,302 0,551 0,434 0,515 0,444 0,231 0,364

UTEE01 0,664 0,339 0,952 0,727 0,612 0,646 0,230 0,435

UTEE02 0,700 0,344 0,944 0,663 0,599 0,598 0,295 0,468

UTEP01 0,561 0,353 0,747 0,932 0,650 0,678 0,192 0,460

UTEP03 0,479 0,310 0,623 0,933 0,648 0,686 0,282 0,462

UTINT01 0,625 0,300 0,603 0,668 0,710 0,929 0,219 0,356

UTINT02 0,557 0,273 0,617 0,691 0,624 0,929 0,164 0,414

UTIS01 0,525 0,226 0,559 0,594 0,834 0,579 0,184 0,425

UTIS02 0,480 0,199 0,457 0,609 0,839 0,602 0,191 0,321

UTIS03 0,663 0,387 0,522 0,605 0,889 0,635 0,302 0,523

UTIS04 0,769 0,414 0,625 0,549 0,822 0,611 0,241 0,484

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Um segundo modo de avaliação é o critério de Fornell e Larcker (1981) em

que são comparadas as AVEs de cada variável latente com a raiz quadrada da AVE

das demais variáveis latentes, observa-se que os valores da diagonal da tabela 12

são maiores que as correlações entre as AVEs das variáveis latentes, desta forma

quando todos os valores da diagonal, destacados em negrito, estão maiores que os

demais valores, assim a relação entre as variáveis e os indicadores está adequada

pois não excercem influência nas demais variáveis demonstrando validade

Page 68: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

67

discriminante do modelo proposto (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014), (FORNELL;

LARCKER, 1981), (ESPOSITO; CHIN, et al., 2010), (CHIN, 1998).

Tabela 12 – Validade discriminante – critério Fornell e Larker (1981)

Variáveis Latentes CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA

CONDIÇÃO FACILITADORA - CF 0,813

CPCS 0,416 0,734

EXPECTATIVA ESFORÇO - EE 0,718 0,360 0,948

EXPECTATIVA PERFORMANCE - EP 0,557 0,356 0,734 0,932

INFLUÊNCIA SOCIAL - IS 0,722 0,365 0,639 0,696 0,846

INTENÇÃO - INT 0,636 0,308 0,657 0,732 0,718 0,929

OIE - OIE 0,358 0,422 0,276 0,254 0,273 0,206 0,709

USO IA 0,478 0,476 0,475 0,495 0,520 0,415 0,392 0,779

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Após as adequações de VIF, AVE, Validade Discriminante, Alpha de

Cronbach e Confiabilidade Composta, inicia-se a análise do modelo estrutural

através da verificação das hipóteses de relacionamento, iniciando-se pelo

coeficiente de determinação ou coeficiente de Pearson (R²) e em seguida os

coeficientes de caminho (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014).

Tabela 13 – Coeficiente de determinação (R²)

R² R² ajustado

INTENÇÃO 0,630 0,622

USO IA 0,361 0,341

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

O coeficiente de determinação varia entre 0 e 1, e quanto maior o valor, maior

o poder de explicação da variável latente. O coeficiente de determinação referencia

a proporção de variância entre uma variável dependente em torno de sua média,

que é explicada pelas variáveis independentes. O coeficiente de determinação

ajustado é utilizado para avaliação de variáveis que não contribuem estatisticamente

para a precisão preditiva (HAIR; ANDERSON, et al., 2005). Conforme a tabela 13, o

R² da Intenção apresentou o valor de 0,630 e do USO IA o valor de 0,361, já os

valores de R² ajustado ficaram respectivamente com 0,622 e 0,341. Este valor de R²

é geralmente classificado como parâmetro de avaliação, para as áreas de ciências

comportamentais e sociais pelos seguintes números apontados por Cohen (1988):

Page 69: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

68

2% como efeito pequeno, 13% como efeito médio e 26% como grande efeito,

portanto os dados apresentam valores adequados ao modelo (COHEN, 1988).

Os coeficientes de caminho podem apresentar valores entre -1 e +1, quanto

mais próximo de +1 as relações são consideradas fortemente positivas, e quanto

mais próximo de -1 fortemente negativas, neste estudo os valores podem ser

observados na tabela 14 e apresentaram valores positivos para todas as relações,

ficando os valores entre 0,158 e 0,365.

Tabela 14 – Coeficientes de Caminho

Variáveis Latentes CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA

CONDIÇÃO FACILITADORA - CF 0,195

CPCS 0,269

EXPECTATIVA ESFORÇO - EE 0,158

EXPECTATIVA PERFORMANCE - EP 0,362

INFLUÊNCIA SOCIAL - IS 0,365

INTENÇÃO - INT 0,172

OIE - OIE 0,173

USO IA

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Para se ter uma melhor avaliação dos coeficientes de caminho, os mesmos

foram avaliados pelo teste t-estatístico ou t de Student, que examina o modelo

baseado em correlações e regressões. Utilizando a função “bootstrapping” do

software SMARTPLS, o programa realiza uma reamostragem dos dados, e segundo

Hair (2014) o valor para este coeficiente deve ser maior que 1,96 para que a relação

seja considerada significativa estatisticamente (HAIR; SARSTEDT, et al., 2014). A

avaliação deste fator verifica o nível de significância das hipóteses investigadas, os

valores são significativos a 95% quando t > 1,9600 e p < 0,05 (CHIN; NEWSTED,

1999). Os resultados encontrados, conforme tabela 15, com os dados do estudo

apresentam dois caminhos com valor abaixo do adequado de 1,96, trata-se do

caminho “IINTENÇÃO” para “USO IA” com valor de 1,902 e o caminho “CF –

CONDIÇÃO FACILITADORA” para “USO IA” com valor de 1,594, todos os demais

caminhos apresentaram valores maiores que 1,9600.

Page 70: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

69

Tabela 15 – Valores do t-estatístico

Coeficiente de Caminho t-estatístico p valor

CONDIÇÃO FACILITADORA -> USO IA 0,195 1,594 0,112

CPCS -> USO IA 0,269 3,300 0,001

EXPECTATIVA ESFORÇO -> INTENÇÃO 0,158 2,058 0,040

EXPECTATIVA PERFORMANCE -> INTENÇÃO 0,362 3,176 0,002

INFLUÊNCIA SOCIAL_ -> INTENÇÃO 0,365 3,471 0,001

INTENÇÃO -> USO IA 0,172 1,902 0,058

OIE -> USO IA 0,173 2,000 0,046

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Após avaliar o valor t, seguimos para a função “Blindfolding” do software

SMARTPLS para que sejam calculados os indicadores de qualidade de ajuste do

modelo Q² e f². A validade preditiva [Q²], também conhecido como indicador de

Stone-Geisser, é obtido pela leitura da redundândia geral do modelo, que deve ser

maior que zero. E f² é o indicador que aponta o tamanho do efeito, também

conhecido por fator de Cohen [f²], que mede o tamanho do efeito para cada caminho

do modelo e reflete alteração no R² quando um constructo é eliminado ou inserido

no modelo, é medido pela leitura das comunalidades do modelo. Para f² toma-se

como parâmetro os valores de 0,02 para efeito pequeno, 0,15 para efeito médio e

0,35 para efeito grande, assim determina-se quanto cada variável latente é útil para

o ajuste do modelo proposto. Os valores do estudo podem ser observados na tabela

16 (HAIR; SARSTEDT, et al., 2014) (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014).

Tabela 16 – Validade preditiva e tamanho do efeito

CONDIÇÃO FACILITADORA - CF 0,419

CPCS 0,427

EXPECTATIVA ESFORÇO - EE 0,532

EXPECTATIVA PERFORMANCE - EP 0,473

INFLUÊNCIA SOCIAL - IS 0,494

INTENÇÃO - INT 0,506 0,461

OIE - OIE 0,261

USO IA 0,195 0,438

Validade Preditiva

Redundâcia [Q²]

Tamanho do Efeito

Comunalidade [f²]Variáveis Latentes

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Page 71: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

70

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Esta seção discorrerá acerca das análises dos resultados encontrados na

seção anterior. Em seguida avaliará as hipóteses propostas no estudo baseando-se

nos resultados estatísticos encontrados na pesquisa

Os dados do modelo ajustado podem ser observados na figura 11 com os

valores de coeficientes de caminho entre as variáveis latentes e indicadores, assim

como o R².

Figura 11 – Modelo Conceitual Proposto Ajustado

Fonte: Autor, 2016

Os valores para todos os indicadores avaliados no estudo encontram-se na

tabela 17, na qual observa-se os valores dos fatores avaliados para cada uma das

variáveis latentes. Os resultados encontrados no estudo permitem avaliar as

hipóteses por meio dos dados estatísticos juntamente com a literatura estudada.

Page 72: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

71

Tabela 17 – Resumo dos resultados

CF 0,661 0,829 0,886 0,195 1,594 0,112 0,419

CPCS 0,539 0,905 0,921 0,269 3,300 0,001 0,427

EE 0,900 0,888 0,947 0,158 2,058 0,040 0,532

EP 0,869 0,850 0,930 0,362 3,176 0,002 0,473

IS 0,716 0,868 0,910 0,365 3,471 0,001 0,494

INT 0,863 0,842 0,927 0,172 1,902 0,058R² = 0,630

R² Ajust. = 0,6220,506 0,461

OIE 0,502 0,751 0,834 0,173 2,000 0,046 0,261

USO IA 0,606 0,868 0,902R² = 0,361

R² Ajust. = 0,3410,195 0,438

AVEVariáveis

Latentes

Validade Preditiva

Redundâcia [Q²]

Tamanho do Efeito

Comunalidade [f²]

Coeficiente

de Caminho

Coeficientes de

Determinação de

Pearson (R2):

p valort de StudentConfiabilidade

Composta

Alfa de

Cronbach

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Os valores de variância média extraída para as variáveis exógenas “EP -

Expectativa de Performance” (0,869), “EE - Expectativa de Esforço” (0,900) e “IS -

Influência Social” (0,716) apresentaram valores bem acima do mínimo esperado de

0,5, e as três explicam a variável latente “INTENÇÃO” em aproximadamente 63%

como pode ser observado através do coeficiente de determinação R² da variável

latente “INTENÇÃO” de 0,630. Estes resultados eram esperados pois tratam-se de

variáveis latentes comprovadas pelo modelo de Venkatesh (2003), apresentado na

figura 07, na qual a intenção de aceitar e utilizar uma nova tecnologia é precedida

das expectativas de performance, do esforço empregado nesta tecnologia, assim

como a influência social ao qual o indivíduo está inserido (VENKATESH; MORRIS,

et al., 2003), (VENKATESH; DAVIS, 2000). Os valores de confiabilidade dos dados

demonstrados pelo fator de Alpha de Cronbach apresentaram o valor de “EP -

Expectativa de Performance” (0,850), “EE - Expectativa de Esforço” (0,888) e “IS -

Influência Social” (0,868) todos acima de 0,800 enquanto para a confiabilidade

composta ficaram “EP - Expectativa de Performance” (0,930), “EE - Expectativa de

Esforço” (0,947) e “IS - Influência Social” (0,910) ou seja todos acima de 0,900 o que

demonstra valores bastante altos quando avaliamos o alpha de cronbach e a

confiabilidade composta, pois os valores de referência apontam como valor mínimo

0,7 (HAIR; ANDERSON, et al., 2005).

A hipótese H3, que postulava que: “A expectativa de performance influencia

positivamente na intenção de uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de

suprimentos” foi confirmada, haja visto que o coeficiente de caminho da variavel foi

de 0,362, portanto existe uma influência positiva, bem como pode ser validada para

Page 73: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

72

significancia de 95%, com valores de t = 3,176 e valor f² de 0,473, garantindo

significancia, explicação e validação confirmando a hipótese, corroborando com o

estudo de Venkatesh, Morris et al (VENKATESH; MORRIS, et al., 2003).

A hipótese H4 que afirma que: “A expectativa de esforço influencia

positivamente na intenção de uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de

suprimentos” apresentou coeficiente de caminho = 0,158 demonstrando influência

positiva, e os valores de t = 2,058 e valor f² = 0,532 garantem a significância,

explicação e validação, confirmando a hipótese, corroborando com o estudo de

Venkatesh, Morris et al (VENKATESH; MORRIS, et al., 2003).

A hipótese H5 que atesta que: “A influência social influencia positivamente na

intenção de uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos”

apresentou coeficientes de caminho = 0,365 mostrando influência positiva, e os

valores t = 3,471 e valor f² = 0,494 garantindo a significância, explicação e validação,

confirmando a hipótese, corroborando com o estudo de Venkatesh, Morris et al

(VENKATESH; MORRIS, et al., 2003).

A hipótese H6 afirma que: “A condição facilitadora influencia positivamente no

uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos”, e a hipótese H7

postula que: “A intenção de uso influencia positivamente no uso de ferramentas de

inovação aberta na cadeia de suprimentos” apresentaram um valor de coeficiente de

caminho = 0,195 e 0,172 respectivamente, demonstrando influência positiva nos dois

casos. No entanto o fator t de Student apontam respectivamente os valores 1,594 e

1,902, que são inferiores ao valor mínimo esperado de 1,96, mostrando que no teste

de reamostragem as hipóteses não apresentam significância estatística no tema

pesquisado, entretanto o valor do índice de Cohen f² apresentaram valores de 0,419

e 0,461 o que são considerados grandes, portanto pode-se concluir que as variáveis

latentes utilizadas são importantes ao ajuste geral do modelo. As condições

facilitadoras e a intenção influenciam na aceitação e utilização de tecnologia, no

caso do estudo, o uso de um serviço de comunicação e compartilhamento de

informações de inovação aberta. O fato se explica, pois, a pesquisa realizada foi

feita em uma empresa que utiliza a ferramenta intensamente e está instalada por

padrão nos computadores dos colaboradores, não influenciando assim na condição

facilitadora ou na intenção dos colaboradores em utilizar ou não o Lync, portanto se

Page 74: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

73

confirmam assim as duas hipóteses (COHEN, 1988), (VENKATESH; MORRIS, et

al., 2003).

A Hipótese H2 postula que: “As competências dos Gestores da Cadeia de

Suprimentos influenciam positivamente a ação de inovar na cadeia de suprimentos”,

apresentou nos dados estudados, valores acima de 0,9 para os fatores de

confiabilidade Alpha de Cronbach e para a confiabilidade composta com os valores

0,905 e 0,921, respectivamente, atestando que a amostra dos dados é confiável. A

variância média extraída ficou acima de 0,5, com o valor de 0,539, ao se avaliar o

caminho entre as variáveis latentes CGSC e USO IA observa-se que o valor para o

coeficiente de caminho apresentou valor = 0,269, e o fator t de Student apresentou o

valor = 3,300, dentro do nível de significância p ≤ 0,001, valor de t acima de 1,96.

Segundo Storer e Hyland et al (2014) existe influência entre a gestão estratégica da

cadeia de suprimentos e a inovação. A relação das competências dos profissionais e

a inovação aberta também pode ser observada no estudo de Chatenier, Verstegen,

et al (2010) os estudiosos buscaram examinar as competências necessárias para se

trabalhar em times voltados aos processos de inovação aberta, demonstrando que

existe influência entre as competências e a Inovação. Dessa forma a hipótese H2 se

confirma tanto pelos valores estatísticos encontrados, como também se respalda

nos autores que já apontavam relação entre as variáveis latentes (CHATENIER;

VERSTEGEN, et al., 2010), (STORER; HYLAND, et al., 2014).

A hipótese H1 que afirma: “A orientação individual empreendedora influencia

positivamente na ação de inovar na cadeia de suprimentos”, apresentou o valor de

caminho 0,173 ou seja apresenta influência positiva no USO IA. O fator t de Student

valor de 2,000, maior que o parâmetro de 1,96, confirmando assim a hipótese

estatísticamente. Quanto as contribuições dos autores pesquisados podemos

destacar que a Orientação Individual Empreendedora se relaciona com a Inovação e

com as competências dos profissionais, como observa-se no trabalho de Elenurm

(2012) no qual os empreendedores que desenvolvem ideias inovadoras radicais

deveriam ter acesso às competências essenciais e buscar por oportunidades para

aperfeiçoar tais competências por meio de relacionamentos externos (ELENURM,

2012). Já o relacionamento da Orientação Empreendedora com a Cadeia de

Suprimentos é sugerido no trabalho de Marshall, et al (2015) como fator moderador.

Pode-se destacar também no estudo de Giunipero, Denslow e Eltantawy (2005), no

Page 75: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

74

qual se percebeu a tendência do profissional de logística seguir o modelo de um

empreendedor e investir nas características existentes nestes. Destaca-se também

em pesquisa de Wilson e Barbat (2015), que o aspecto empreendedor e político do

perfil profissional do gestor deve se fortalecer, para que o mesmo possa abranger

novas fronteiras. A Confirmação da hipótese H1 demontra que existe influência entre

as variáveis latentes, como apontavam os trabalhos dos autores mencionados

(ELENURM, 2012), (MARSHALL; MCCARTHY, et al., 2015), (GIUNIPERO;

DENSLOW; ELTANTAWY, 2005), (WILSON; BARBAT, 2015).

O constructo USO IA, que trata da utilização de inovação aberta apresentou

valor de validade preditiva Q² = 0,195, fator também conhecido como indicador de

Stone-Geisser obtido pela leitura da redundândia geral do modelo, devendo ser

maior que zero, portanto, parâmetro foi atendido. O fator de Cohen f² que mede o

tamanho do efeito para cada caminho do modelo, apresentou o valor = 0,438, a

variável latente teve um coeficiente de determinação R² de 0,361, com as variáveis

latentes exogenas CF, CGSC e OIE explicando a variável latente em 36%,

considera-se um valor alto, pois o R² é geralmente classificado para as áreas de

ciências comportamentais e sociais com os seguintes números apontados por

Cohen (1988): 2% como efeito pequeno, 13% como efeito médio e 26% como

grande efeito. Desta forma os dados apresentam valores adequados ao modelo. Já

a variável latente INTENÇÃO também ficou com um valor alto de R² = 0,630,

portanto as variáveis latentes exógenas EE, EP e IS explicam cerca de 63% da

variável latenteo INTENÇÃO e o valor de validade preditiva Q² foi de 0,506. O fator

de Cohen f² apresentou o valor = 0,461, os valores nos três fatores são maiores que

o USO IA demonstrando que a teoria UTAUT é muito estruturada e comprovada, por

isso foi utilizada como base deste modelo proposto (VENKATESH; MORRIS, et al.,

2003) (COHEN, 1988) (HAIR; SARSTEDT, et al., 2014) (RINGLE; SILVA; BIDO,

2014).

Todas as Hipóteses postuladas no trabalho se confirmam estatisticamente, e

corroboram com os trabalhos estudados no referencial teórico exposto neste estudo,

a relação dos procedimentos estatísticos de forma resumida, se apresenta no

quadro 06 juntamente com os valores encontrados dos coeficientes de caminho e

alguns outros índices estatísticos calculados neste estudo.

Page 76: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

75

INDICADOR/ PROCEDIMENTO

PROPÓSITO CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA VALORES REFERENCIAIS /

CRITÉRIO REFERÊNCIAS

1.1. AVE Validades Convergentes

0,661 0,539 0,900 0,869 0,716 0,863 0,502 0,606 AVE > 0,50

HENSELER; RINGLE; SINKOVICS (2009) ESPOSITO; CHIN et al (2010)

1.2. VIF

Multicolinearidade Estatística - evitar resultados exagerados ou falsos

1,960 1,341 2,239 2,676 2,082 1,701 1,280 VIF < 5,00 KOCK; LYNN (2012)

1.3. Cargas cruzadas

Validade Discriminante

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Valores das cargas maiores nas VLs originais do que em outras

CHIN (1998) RINGLE; SILVA; BIDO (2014)

1.4. Critério de Fornell e Larcker

Validade Discriminante

0,813 0,734 0,948 0,932 0,846 0,929 0,709 0,779

Compara-se as raízes quadradas dos valores das AVE de cada constructo com as correlações (de Pearson) entre os constructos (ou variáveis latentes). As raízes quadradas das AVEs devem ser maiores que as correlações dos constructos

FORNELL; LARCKER (1981) RINGLE; SILVA; BIDO (2014) CHIN (1998)

1.5.Alfa de Cronbach

Confiabilidade do modelo

0,829 0,905 0,888 0,850 0,868 0,842 0,751 0,868 AC > 0,7 HAIR et al. (2014)

Quadro 06 – Procedimentos Estatísticos Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Page 77: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

76

INDICADOR/ PROCEDIMENTO

PROPÓSITO CF CPCS EE EP IS INT OIE USO

IA VALORES REFERENCIAIS /

CRITÉRIO REFERÊNCIAS

1.6 Confiabilidade Composta

Confiabilidade do modelo

0,886 0,921 0,947 0,930 0,910 0,927 0,834 0,902 CM > 0,7 HAIR et al. (2014)

1.7. Teste t de Student

Avaliação das significâncias das correlações e regressões

1,594 3,300 2,058 3,176 3,471 1,902 2,000 t > 1,96

HAIR et al. (2014) CHIN; NEWSTED (1999)

1.8. Avaliação dos Coeficientes de Determinação de Pearson (R2):

Avaliam a porção da variância das variáveis endógenas, que é explicada pelo modelo estrutural.

R² = 0,630

R² Ajust.

= 0,622

R² = 0,361

R² Ajust.

= 0,341

Para a área de ciências sociais e comportamentais, R2=2% seja classificado como efeito pequeno, R2=13% como efeito médio e R2=26% como efeito grande.

COHEN (1988)

1.9. Tamanho do efeito (f2) ou Indicador de Cohen

Avalia-se quanto cada constructo é “útil” para o ajuste do modelo

0,419 0,427 0,532 0,473 0,494 0,461 0,261 0,438 Valores de 0,02, 0,15 e 0,35 são considerados pequenos, médios e grandes.

HAIR et al. (2014) RINGLE; SILVA; BIDO (2014)

2.0. Validade Preditiva (Q2) ou indicador de Stone-Geisser

Avalia a acurácia do modelo ajustado

0,506 0,195 Q2 > 0

HAIR et al. (2014) RINGLE; SILVA; BIDO (2014)

2.1. Coeficiente de Caminho

Avaliação das relações causais

0,195 0,269 0,158 0,362 0,365 0,172 0,173 Interpretação dos valores à luz da teoria.

HAIR et al. (2014)

Continuação - Quadro 06 – Procedimentos Estatísticos Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Page 78: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

77

5 CONCLUSÃO

O objetivo geral deste estudo foi analisar as relações existentes entre a

Orientação Individual Empreendedora e as competências dos profissionais da

Cadeia de Suprimentos na adoção das práticas de Inovação Aberta à luz da

Teoria Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia (UTAUT). Para a

realização desta análise, foram elaborados objetivos específicos que serão

explorados a seguir, no intuito de responder à pergunta que originou o estudo: quais

as relações existentes entre a Orientação Individual Empreendedora e as

competências dos profissionais da Cadeia de Suprimentos na adoção das

práticas de Inovação Aberta à luz da Teoria do Modelo Unificado de Aceitação

e Uso da Tecnologia? Uma vez que a cadeia de suprimentos está cada vez mais

influenciada pela conectividade e pelas novas formas de relacionamento entre os

seus integrantes (BILLINGTON; DAVIDSON, 2013).

O primeiro objetivo espefíco foi “Identificar as competências mais

relevantes dos profissionais da Gestão da Cadeia de Suprimentos”. Para isso,

foi extraído da literatura um questionário validado por Rahman e Qing (2014), este

foi aplicado na integra em profissionais com experiência em Logística. Após uma

análise fatorial realizada no software SPSS, conseguimos reduzir os 41 indicadores

iniciais para os 18 indicadores destacados na tabela 03 deste estudo. Dessa forma,

o objetivo foi alcançado demonstrando as principais competências dos

profissionais da cadeia de suprimentos de acordo com a amostra realizada.

O segundo objetivo específico tratou de “Identificar os indicadores mais

relevantes de inovação aberta na Gestão da Cadeia de Suprimentos” e, após se

avaliar a literatura, foi utilizado o questionário validado no artigo de Shanah e

Elssawabi (2015), com 31 afirmações distribuídas nas três sub-dimensões de

inovação aberta: partilha de conhecimento (13), partilha de valor (04) e inovação

(14). Este questionário foi elaborado para a avaliação da inovação aberta

especificamente na cadeia de suprimentos. O mesmo foi aplicado na íntegra em

profissionais com experiência em Logística, e após uma análise fatorial realizada

através do software SPSS, foram reduzidos dos 31 indicadores originais para 19,

considerados os mais importantes para profissionais da cadeia de suprimentos. Os

indicadores remanescentes estão destacados na tabela 04 deste estudo.

Page 79: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

78

Conseguiu-se, assim, afirmar que o objetivo foi alcançado, demonstrando os

principais indicadores de inovação aberta na cadeia de suprimentos de acordo com

a amostra realizada.

Em seguida, partiu-se para o terceiro objetivo do estudo, que era “Avaliar a

influência da orientação individual empreendedora na propensão de inovar por

meio do uso ferramentas de inovação aberta na Gestão da Cadeia de

Suprimentos”. Para se atingir este objetivo foi aplicado o questionário validado de

Bolton e Lane (2012), com 10 afirmações sobre orientação individual

empreendedora. Bolton e Lane já evidenciaram a relação positiva dos aspectos de

capacidade de inovação, disposição para assumir riscos e proatividade, com a

intenção empreendedora. Por meio de nosso modelo, a variável latente OIE

influencia a variável USO IA, percebe-se influência positiva, pelo valor de caminho =

0,176. O fator t de Student = 2,000 ficou acima de 1,96 com significância de 95% e

valor p ≤ 0,046, e além disto também um valor considerado elevado de 0,261 para o

indicador de Cohen f², desta forma afirma-se que existe, sim, influência da

orientação individual empreendedora na propensão de inovar por meio do uso

ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos, e, portanto, atingiu-se o

objetivo.

Outro objetivo específico postulado foi o de “Avaliar a influência das

competências do profissional da cadeia de suprimentos na propensão de

inovar por meio do uso de ferramentas de inovação aberta na Gestão da

Cadeia de Suprimentos”, com a aplicação do questionário espefícico com os 18

indicadores destacados na tabela 03 deste estudo, conseguiu-se após uma analise

fatorial, observar que a variável latente CGCS exerce influência positiva, com valor

de caminho = 0,269, o t de Student = 3,3000, ficou acima de 1,9600, com

significância de 95% e valor p ≤ 0,001. Além disto, também se constata um valor

considerado elevado de 0,427 para o indicador de Cohen f². Dessa forma, afirma-se

que existe influência. Pelos valores dos fatores estatísticos, esta influência é até

maior que a influência da Orientação Empreendedora Individual, atingindo assim o

objetivo proposto.

Outro objetivo específico foi: “Avaliar a influência da intenção de inovar no

uso efetivo de ferramentas da inovação aberta na Gestão da Cadeia de

Suprimentos”. Foram utilizados os questionários e variáveis latentes da UTAUT -

Page 80: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

79

Teoria Unificada da Aceitação e Utilização de tecnologia, e também, o questionário

validado de Venkatesh com 18 indicadores, através do método de equações

estruturais dos mínimos quadrados parciais e uso do software SMARTPLS, para

obter os valores de caminho = 0,172 de INTENÇÃO para USO IA, ou seja, existe

influência positiva da intenção de inovar no uso de ferramentas da inovação aberta.

Uma ressalva é o valor t de Student = 1,902, ou seja, menor que 1,9600,

demonstrando baixa significância para o contexto investigado. Mas o cálculo do fator

Q² = 0,506, acima de zero e o indicador de cohen f² = 0,461 demonstram a

qualidade de ajuste do modelo proposto no estudo, portanto o objetivo de avaliar a

influência da intenção de inovar no uso efetivo de ferramentas da inovação na

cadeia de suprimentos foi atingido.

O último objetivo específico elencado no estudo foi o de: “Propor um modelo

teórico preditivo da aceitação de uso de ferramentas de inovação aberta na

Gestão da Cadeia de Suprimentos”. Conforme figura 11, e com a comprovação de

todas as 07 hipóteses retiradas da literatura pesquisada, conseguimos comprovar o

modelo conceitual proposto como adequado, portanto o objetivo foi atingido.

Uma limitação deste trabalho é ter sido realizado com profissionais da cadeia

de suprimentos de apenas uma empresa, apesar de se tratar de uma empresa de

nível nacional e com certa complexidade nas áreas de aquisição, armazenagem e

distribuição de produto. Outra limitação foi a quantidade de itens no questionário

aplicado aos profissionais, muito longo. Sugere-se que este estudo também seja

realizado em outros segmentos e outras empresas presentes em grandes cadeias

de suprimentos.

Quanto aos achados, pode-se relacionar como importantes: a descoberta das

competências mais importantes na opinião dos profissionais da cadeia de

suprimentos da empresa pesquisada, a descoberta dos indicadores de inovação

aberta de maior impacto para os profissionais da cadeia de suprimentos da

empresa, comprovar que existe relação de OIE no uso de tecnologia de inovação

aberta, e também comprovar que existe relação entre as competências dos

profissionais de logística no uso de tecnologia de inovação aberta. Também pode-se

destacar a própria proposta de um modelo conceitual com influência de OIE e CGCS

na predição de uso de ferramenta de inovação aberta na cadeia de suprimentos,

Page 81: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

80

possibilitando trazer, à luz das teorias estudadas valores estatísticos que podem

servir de referências para outros estudos sobre o tema.

As contribuições teóricas do trabalho se relacionam com a avaliação realizada

das teorias UTAUT, OIE, IA e CGSC, e a proposição de um modelo conceitual

relacionando as mesmas, assim como o fato de ter sido aplicado questionário

gerando dados estatísticos, e estes podem servir de parâmetros para outros

estudos. Um estudo bibliográfico realizado por Williams, Rana e Dwivedi (2015)

demonstrou que a avaliação da UTAUT tem sido realizada com grande enfase

através de análises de equações estruturais, e também através do uso do software

SPSS, a avaliação foi realizada em 174 artigos sobre a UTAUT, corroborando assim,

com a escolha assertiva da metodologia deste trabalho.

Estudos de aceitação de tecnologia foram feitos até para avaliar aceitação

comparando alunos de graduação e alunos de pós-graduação (MCKEOWN;

ANDERSON, 2016). Uma implicação gerencial deste trabalho, que deve ser

enaltecida, é a possibilidade de professores e coordenadores, de cursos das áreas

de logística e cadeia de suprimentos, poderem avaliar no contexto do estudo, quais

as competências consideradas mais importantes para os entrevistados, sabe-se que

estas competências podem sofrer alterações ao longo do tempo, assim como podem

ser diferentes para profissionais que atuam em outras empresas, conforme constata-

se na revisão de literatura.

Page 82: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

81

REFERÊNCIAS

ABOUZEEDAN, A.; HEDNER, T. Organization structure theories and open

innovation paradigm. World Journal of Science, Technology and Sustainable

Development, 9, n. 1, 2012. 6 - 27. Acesso em: 09 maio 2016.

AJZEN, I. The theory of planned behavior. Organizational Behavior and Human

Decision Processes, 50, n. 2, 1991. 179-211.

ALLEE, V.; TAUG, J. Collaboration, innovation, and value creation in a global

telecom. The Learning Organization, 13, n. 6, 2006. 569-578. Acesso em: 15 set.

2016.

BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial.

5º. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

BALLOU, R. H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e

distribuição física. Tradução de Hugo T. Y. Yoshizaki. São Paulo: Atlas, 2007.

BILLINGTON, C.; DAVIDSON, R. Leveraging Open Innovation Using Intermediary

Networks. Production and Operations Management, 22, n. 6, 2013. 1464-1477.

BOLTON, D. L.; LANE, M. D. Individual entrepreneurial orientation: development of a

measurement instrument. Education + Training, 54, n. 2/3, 2012. 219-233. Acesso

em: 26 nov. 2014.

BOWERSOX, D. J.; COOPER, M. B.; CLOSS, D. J. Gestão Logística de Cadeias

de Suprimentos. [S.l.]: Bookman, 2006. 528 p.

BROTHERIDGE, C. M.; NEUFELD, D. J.; DYCK, B. Communicating virtually in a

global organization. Journal of Managerial Psychology, 30, n. 8, 2015. 909-924.

Acesso em: 15 set. 2016.

BUGSHAN, H. Open innovation using Web 2.0 technologies. Journal of Enterprise

Information Management, 28, n. 4, 2015. 595-607. Acesso em: 22 out. 2016.

CHATENIER, E. D. et al. Identification of competencies for professionals in open

innovation teams. R&D Management, 40, n. 3, 2010. Acesso em: 28 maio 2016.

CHESBROUGH, H. Business model innovation: it's not just about technology

anymore. Strategy & Leadership, 35, n. 6, 2007. 12 - 17. Acesso em: 09 maio

2016.

Page 83: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

82

CHESBROUGH, H. W. Open Innovation: The New Imperative for Creating and

Profiting from Technology. Boston: Harvard Business Press, 2003.

CHIN, W. W. The partial least squares approach for structural equation modeling. In:

MARCOULIDES, G. A. Modern methods for business research. Londres:

Lawrence Erlbaum Associates, 1998. Cap. 10, p. 295-336.

CHIN, W. W.; NEWSTED, P. R. Structural Equation Modeling Analysis with. In:

HOYLE, R. H. Statistical Strategies For Small Sample Research. Londres: Sage

Publications, 1999. Cap. 12, p. 307-341.

CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 2º.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007.

COHEN, J. Statistical Power Analysis for the Behavioral Sciences. 2. ed. New

York: Psychology Press, 1988.

COMPEAU, D. R.; HIGGINS, C. A. Computer Self-Efficacy: Development of a

Measure and Initial Test. MIS Quarterly, 19, n. 2, 1995. 189-211. Disponivel em:

<http://www.jstor.org/stable/249688>.

CONLEY, C.; TOSTI-KHARAS, J. Crowdsourcing content analysis for managerial

research. Management Decision, 52, n. 4, 2014. 675 - 688. Acesso em: 09 maio

2016.

CORRAR, L. J.; PAULO, E.; FILHO, J. M. D. Análise Multivariada: para os Cursos

de Administração, Ciências Contábeis e Economia. 1ª. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra?: inquietações propositivas sobre gestão,

liderança e ética. 20. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

DAVIS, F. D. Perceived usefulness, perceived ease of use, and user acceptance of

information technology. MIS Quarterly, 13, n. 3, 1989. 319-340.

DAVIS, F. D.; BAGOZZI, R. P.; WARSHAW, P. R. Extrinsic and Intrinsic Motivation to

Use Computers in the Workplace. Journal of Applied Social Psychology, 22, n.

14, 1992. 1111-1132.

DINWOODIE, Y.-J. S. J.; KWAK, D.-W. The impact of innovativeness on supply

chain performance: is supply chain integration a missing link? Supply Chain

Management: An International Journal, 19, n. 5/6, 2014. 733-746. Acesso em: 09

maio 2016.

EICHEN, S. F. V. D.; FREILING, J.; MATZLER, K. Why business model innovations

fail. Journal of Business Strategy, 36, n. 6, 2015. 29-38. Acesso em: 15 set. 2016.

Page 84: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

83

ELENURM, T. Entrepreneurial orientations of business students and entrepreneurs.

Baltic Journal of Management, 7, n. 2, 2012. 217-231. Acesso em: 26 nov. 2014.

ELLINGER, A. E.; ELLINGER, A. D. Leveraging human resource development

expertise to improve supply chain managers' skills and competencies. European

Journal of Training and Development, 38, n. 1/2, 2013. 118-135. Acesso em: 24

nov. 2015.

ELMQUIST, M.; FREDBERG, T.; OLLILA, S. Exploring the field of open innovation.

European Journal of Innovation Management, 12, n. 3, 2009. 326-345. Acesso

em: 10 fev. 2015.

ESPOSITO, V. V. et al. Handbook of Partial Least Squares Concepts, Methods

and Applications. Berlim: Springer, 2010.

FARRELL, A. M.; RUDD, J. M. Factor analysis and discriminant validity:a brief review

of some practical issues. ANZMAC 2009 conference proceedings, 2009.

Disponivel em: <http://eprints.aston.ac.uk/7644/>.

FISHBEIN, M.; AJZEN, I. Belief, Attitude, Intention, and Behavior: An Introduction

to Theory and Research. Reading, MA: Addison-Wesley, 1975. Disponivel em:

<http://people.umass.edu/aizen/f&a1975.html>.

FORNELL, C.; LARCKER, D. F. Evaluating Structural Equation Models with

Unobservable Variables and Measurement Error. American Marketing Association,

18, n. 1, 1981. 39-50. Disponivel em: <http://www.jstor.org/stable/3151312>.

GASSMAN, O.; ENKEL, E.; CHESBROUGH, H. The future of open innovation. R&D

Management, 40, n. 3, 2010.

GIUNIPERO, L. C.; DENSLOW, D.; ELTANTAWY, R. Purchasing/supply chain

management flexibility: Moving to an entrepreneurial skill set. Industrial Marketing

Management, 13 jun. 2005. 602-613.

GIUNIPERO, L.; HANDFIELD, R. B.; ELTANTAWY, R. Supply management's

evolution: key skill sets for the supply manager of the future. International Journal

of Operations & Production Management, 2006. 822 - 844.

GOH, M.; PINAIKUL, P. Logistics management practices and development in

Thailand. Logistics Information Management, 1998. 359-369.

GOLGECI, I.; PONOMAROV, S. Y. Does firm innovativeness enable effective

responses to supply chain disruptions? An empirical study. Supply Chain

Management: An International Journal, 18, n. 6, 2013. 604 - 617.

Page 85: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

84

GUSTAFSSON, A.; KRISTENSSON, P.; WITELL, L. Customer co-creation in service

innovation: a matter of communication? Journal of Service Management, 233, n. 3,

2012. 311-327. Acesso em: 22 out. 2016.

HAIR, J. F. et al. Análise Multivariada de Dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman,

2005.

HAIR, J. F. J. et al. Partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM) An

emerging tool in business research. European Business Review, 26, n. 2, 2014.

106 - 121. Acesso em: 11 fev. 2017.

HEIKKINEN, M. V. J.; LUUKKAINEN, S. Value in technology evolution: case mobile

peer-to-peer communications. info, 12, n. 5, 2010. 59-78.

HENSELER, J.; RINGLE, C. M.; SINKOVICS, R. R. The use of partial least squares

path modeling in international marketing. New Challenges to International

Marketing, 20, 2009. 277 - 319.

HOSSAIN, M. et al. A comprehensive review of open innovation literature. Journal of

Science & Technology Policy Management, 7, n. 1, 2016. 2-25. Acesso em: 22

out. 2016.

HOSSAIN, M.; ANEES-UR-REHMAN, M. Open innovation: an analysis of twelve

years of research. Strategic Outsourcing: An International Journal, 9, n. 1, 2016.

22-37. Acesso em: 22 out. 2016.

HOSSAIN, M.; KAURANEN, I. Crowdsourcing: a comprehensive literature review.

Strategic Outsourcing: An International Journal, 8, n. 1, 2015. 2 - 22. Acesso em:

09 maio 2016.

HSIEH, K.-N.; TIDD, J. Open versus closed new service development: The

influences of project novelty. Technovation, 32, 2012. 600-608. Acesso em: 15 maio

2016.

INAUEN, M.; SCHENKER-WICKI, A. The impact of outside-in open innovation on

innovation performance. European Journal of Innovation Management, 14, n. 4,

2011. 496 - 520. Acesso em: 09 maio 2016.

INAUEN, M.; SCHENKER-WICKI, A. Fostering radical innovations with open

innovation. European Journal of Innovation Management, 15, n. 2, 2012. 212 -

231. Acesso em: 09 maio 2016.

JOSEPH F. HAIR, J. et al. Análise Multivariada de Dados. Tradução de Adonai

Schlup Sant'Anna. 6ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.

Page 86: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

85

JUNIOR, N. L. F. Fatores da favorabilidade ambiental: um estudo comparativo

entre as gerações Baby boomers, X. Y, e Z. Dissertação (Mestrado em

Administração) – Universidade Potiguar. Natal, p. 110. 2015.

KAJALO, S.; LINDBLOM, A. Market orientation, entrepreneurial orientation and

business performance among small retailers. International Journal of Retail &

Distribution Management, 43, n. 7, 2015. 580 - 596. Acesso em: 07 maio 2016.

KIM, W. C.; MAUBORGNE, R. A estratégia do oceano azul: como criar novos

mercados e tornar a concorrência irrelevante. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

KNEMEYER, A. M.; MURPHY, P. R. Logistics internships: Employer and student

perspectives. International Journal of Physical Distribution & Logistics

Management, 2002. 135-152.

KNOPPEN, D.; JOHNSTON, D.; SÁENZ, M. J. Supply chain relationships as a

context for learning leading to innovation. The International Journal of Logistics

Management, 26, n. 3, 2015. 543-567. Acesso em: 09 maio 2016.

KOCK, N.; LYNN, G. S. Lateral Collinearity and Misleading Results in Variance-

Based SEM: An Illustration and Recommendations. Journal of the Association for

Information Systems, 13, n. 7, July 2012. 546-580.

LAMBERT, D. M. Supply Chain Management Processes, Partnerships,

Performance. 3º. ed. Sarasota: Supply Chain Management Institute, 2008.

LEE, S. M.; LEE, D.; SCHNIEDERJANS, M. J. Supply chain innovation and

organizational performance in the healthcare industry. International Journal of

Operations & Production Management, 31, n. 11, 2011. 1193-1214. Acesso em:

07 maio 2016.

LINKE, A.; ZERFASS, A. Internal communication and innovation culture: developing

a change framework. Journal of Communication Management, 15, n. 4, 2011.

332-348. Acesso em: 22 out. 2016.

LUMPKIN, G. T.; DESS, G. G. Clarifying the entrepreneurial orientation construct and

linking it to performance. Academy of Management Review, 21, n. 1, 1996. 135-

172.

MANGAN, J.; CHRISTOPHER, M. Management development and the supply chain

manager of the future. The International Journal of Logistics Management, 2005.

178-191.

Page 87: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

86

MARCHESINI, M. M. P.; ALCÂNTARA, R. L. C. Logistics activities in supply chain

business process: A conceptual framework toguide their implementation. The

International Journal of Logistics Management, 27, n. 1, 2016. 6 - 30. Acesso em:

05 mar. 2017.

MARSHALL, D. et al. Going above and beyond: how sustainability culture and

entrepreneurial orientation drive social sustainability supply chain practice adoptio.

Supply Chain Management: An International Journal, 20, n. 4, 2015. 434-454.

Acesso em: 07 maio 2016.

MCFADDEN, D. in P. Zarembka (ed.), Conditional logit analysis of qualitative choice

behavior. Nova York: Academic Press, 1974. Cap. 4, p. 105 - 142.

MCKEOWN, T.; ANDERSON, M. UTAUT: capturing differences in undergraduate

versus postgraduate learning? Education + Training, 58, n. 9, 2016. 945-965.

Acesso em: 22 out. 2016.

MELLO, S. C. B. D. et al. Orientação Empreendedora e Competências de Marketing

no Desempenho Organizacional: Um estudo em empresas de base tecnológica.

O&S, 13, n. 36, 2006. 185-202.

MENTZER, J. T. et al. Defining Supply Chain Management. Journal of Business

Logistics, 22, n. 2, 2001. Disponivel em:

<http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/j.2158-1592.2001.tb00001.x/abstract>.

Acesso em: 15 abr. 2016.

MOORE, G. C.; BENBASAT, I. Development of an Instrument to Measure the

Perceptions of Adopting an Information Technology Innovation. Information

Systems Research, 2, n. 3, 1991. 192-222. Disponivel em:

<http://130.18.86.27/faculty/warkentin/SecurityPapers/Merrill/MooreBenbasat1991_IS

R2_3_DevelopInstrumentMeasurePerceptAdoptITInnovation.pdf>.

MULLER, A.; HUTCHINS, N.; PINTO, M. C. Applying open innovation where your

company needs it most. Strategy & Leadership, 40, n. 2, 2012. 35-42. Acesso em:

15 set. 2016.

MULLOTH, B.; KICKUL, J. R.; GUNDRY, L. K. Driving technology innovation through

social entrepreneurship at Prezi. Journal of Small Business and Enterprise

Development, 23, n. 3, 2016. 753-767. Acesso em: 22 out. 2016.

Page 88: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

87

MURPHY, P. R.; POIST, R. F. Skill requirements of senior‐level logisticians:

Practitioner perspectives. International Journal of Physical Distribution &

Logistics Management, 1998. 284-301.

MURPHY, P.; POIST, R. F. Skill requirements of senior‐level logisticians: a

longitudinal assessment. Supply Chain Management: An International Journal,

2007. 423-431.

NAGELKERKE, N. J. D. A Note on a General Definition of the Coefficient of

Determination. Biometrika, 78, n. 3, Set 1991. 691-692. Disponivel em:

<http://www.jstor.org/stable/2337038>.

POIST, R. F.; SCHERAGA, C. A.; SEMEIJN, J. Preparation of logistics managers for

the contemporary environment of the European Union. International Journal of

Physical Distribution & Logistics Management, 2001. 487-505.

PRAJOGO, D.; SOHAL, A. Supply chain professionals: A study of competencies, use

of technologies, and future challenges. International Journal of Operations &

Production Management, 2013. 1532-1554.

RAHMAN, S.; QING, N. Graduate students' perceptions of supply chain skills for

supply chain managers. Benchmarking: An International Journal, 2014. 276-299.

RAZZAQUE, M. A.; SIRAT, M. S. B. Skill requirements: perception of the senior

Asian logisticians. International Journal of Physical Distribution & Logistics

Management, 2001. 374-395.

REINARTZ, W.; HAENLEIN, M.; HENSELER, J. An empirical comparison of the

efficacy of covariance-based and variance-based SEM. Intern. J. of Research in

Marketing, 26, 2009. 334-344.

RINGLE, C. M.; SILVA, D. D.; BIDO, D. Modelagem de equações estruturais com

utilização do SmartPLS. Revista Brasileira de Marketing, 13, n. 2, Maio 2014. 56-

73.

ROY, S.; SIVAKUMAR, K.; F. WILKINSON, I. Innovation Generation in Supply Chain

Relationships: A Conceptual Model and Research Propositions. Journal of the

Academy of Marketing Science, 32, n. 1, 2004. 61 - 79.

SCHNECKENBERG, D. Open innovation and knowledge networking in a

multinational corporation. Journal of Business Strategy, 36, n. 1, 2015. 14-24.

Acesso em: 22 out. 2016.

Page 89: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

88

SHAMAH, R. A. E.; ELSSAWABI, S. M. Facing the open innovation gap: measuring

and building open innovation in supply chains. Journal of Modelling in

Management, 10, n. 1, 2015. 50-75. Acesso em: 09 maio 2016.

SILIC, M.; BACK, A. Factors driving unified communications and collaboration

adoption and use in organizations. Measuring Business Excellence, 20, n. 1, 2016.

21-40.

SILVEIRA, F. F. et al. A adoção da inovação aberta dentro da estratégia de

internacionalização de empresas multinacionais de economias emergentes. Revista

de Gestão e Projetos - GeP, São Paulo, 3, n. 3, dez. 2012. 251-276. Acesso em: 23

maio 2016.

SKINNER, C. Innovation in the internet age. Business Strategy Series, 11, n. 6,

2010. 407-411. Acesso em: 15 set. 2016.

STORER, M. et al. Strategic supply chain management factors influencing

agribusiness innovation utilization. The International Journal of Logistics

Management, 25, n. 3, 2014. 487-521. Acesso em: 08 maio 2016.

TAATILA, V.; DOWN, S. Measuring entrepreneurial orientation of university students.

Education + Training, 54, n. 8/9, 2012. 744-760. Acesso em: 26 nov. 2014.

TAYLOR, S.; TODD, P. Assessing IT Usage: The Role of Prior Experience. MIS

Quarterly, 19, n. 4, 1995. 561-570.

THAI, V. V.; CAHOON, S.; TRAN, H. T. Skill requirements for logistics professionals:

findings and implications. Asia Pacific Journal of Marketing and Logistics, 2011.

553-574.

THOMPSON, R. L.; HIGGINS, C. A.; HOWELL, J. M. Personal Computing: Toward a

Conceptual Model of Utilization. MIS Quarterly, 15, n. 1, 1991. 125-143. Disponivel

em: <http://www.jstor.org/stable/249443>.

TZU, S. A arte da guerra: os 13 capítulos originais. Tradução de Henrique Amat

Rêgo Monteiro. 7. ed. São Paulo: Clio, 2010.

VENKATESH, V. et al. User Acceptance of Information Technology: Toward a

Unified View. MIS Quarterly, 23, n. 3, Setembro 2003. 425-478.

VENKATESH, V.; DAVIS, F. D. A Theoretical Extension of the Technology

Acceptance Model: Four Longitudinal Field Studies, 46, n. 2, 2000. 186-204.

Page 90: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

89

WILLIAMS, M. D.; RANA, N. P.; DWIVEDI, Y. K. The unified theory of acceptance

and use of technology (UTAUT): a literature review. Journal of Enterprise

Information Management, 28, n. 3, 2015. 443-488. Acesso em: 22 out. 2016.

WILSON, K.; BARBAT, V. The supply chain manager as political-entrepreneur?

Industrial Marketing Management, 13 jun. 2015. 67-79.

XU, Y.; RIBEIRO-SORIANO, D. E.; GONZALEZ-GARCIA, J. Crowdsourcing,

innovation and firm performance. Management Decision, 53, n. 6, 2015. 1158 -

1169. Acesso em: 09 maio 2016.

YOUSAFZAI, S. Y.; FOXALL, G. R.; PALLISTER, J. G. Technology acceptance: a

meta-analysis of the TAM: Part 1. Journal of Modelling in Management, 2, n. 3,

2007. 251-280.

YOUSAFZAI, S. Y.; FOXALL, G. R.; PALLISTER, J. G. Technology acceptance: a

meta-analysis of the TAM: Part 2. Journal of Modelling in Management, 2, n. 3,

2007a. 281-304.

ZHANG, D. D.; BRUNING, E. Personal characteristics and strategic orientation:

entrepreneurs in Canadian manufacturing companies. International Journal of

Entrepreneurial Behaviour & Research, 2011. 82-103. Acesso em: 26 nov. 2014.

ZIMMERMANN, R.; FERREIRA, L. M. D. F.; MOREIRA, A. C. The influence of

supply chain on the innovation process: a systematic literature review. Supply Chain

Management: An International Journal, 21, n. 3, 2016. 289-204. Acesso em: 10

maio 2016.

Page 91: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

90

APÊNDICE A QUESTIONÁRIO SOBRE COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS

DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Por favor avalie a importância das seguintes áreas de competências para Gestores de Logística/Cadeia de Suprimentos, utilizando a escala fornecida. Considerando o quão importante são estas competências para os gestores de Logística/Cadeia de Suprimentos, assinale entre "1" e "7" a Importância da Competência considerando a escala sendo "1" nenhuma importância, "2" Muito Baixa, "3" Baixa, "4" Média, "5" Média Alta, "6" Alta e "7" Muito Alta.

QU

ES

O

Área de Competência

Nen

hu

ma

Imp

ort

ân

cia

Mu

ito

Baix

a

Baix

a

Méd

ia

Méd

ia A

lta

Alt

a

Mu

ito

Alt

a

1 2 3 4 5 6 7

1 Gerenciamento de Transportes

2 Gerenciamento de Estoques

3 Previsão de Demanda

4 Gerenciamento de Armazenagem

5 Planejamento de Distribuição

6 Processamento de Pedidos

7 Regulamentação de Transportes

8 Aquisição

9 Alocação das Instalações

10 Manuseio de Materiais

11 Manuseio de Mercadorias Devolvidas

12 Padronização ISO 14000

13 Armazenamento de Resíduos (descartes)

14 Conhecimento de Diferenças Culturais

15 Habilidade de Modelagem Quantitativa

16 Conhecimento de Software

17 Habilidade com Planilhas

18 Análise Estatística

19 Habilidade de Visão do "Todo" (Global)

20 Gestão de Mudanças

21 Gestão de Conflitos

22 Habilidades Interpessoais

23 Conhecimento da Indústria

24 Habilidade de Negociação

25 Gestão de Projetos

26 Conhecimento Orientado à Cadeia de Suprimentos

Page 92: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

91

27 Trabalho em Equipe

28 Conhecimento de Tecnologias de Ponta

29 Habilidade de Priorizar

30 Comunicação Verbal

31 Comunicação Escrita

32 Conscientização da Infraestrutura Diferencial

33 Habilidade em Tecnologia de Informação (TI)

34 Habilidade de Benchmarking

35 Habilidade de Custear a Cadeia de Suprimentos

36 Integração de Fluxos de Informação e Sistemas

Externos

37 Integração de Fluxos de Informação e Sistemas

Internos

38 Habilidade de Coordenação Interfuncional

39 Gestão da Qualidade

40 Logística reversa

41 Conhecimento de Questões Ambientais da Cadeia

de Suprimentos

Page 93: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

92

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO SOBRE ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL

EMPREENDEDORA

Por favor classifique a sua capacidade empreendedora, utilizando a escala fornecida. Considerando no seu entendimento qual a sua capacidade de empreender, assinale entre "1" e "7" considerando a escala sendo "1" Discordo Plenamente até "7" Concordo Plenamente

Page 94: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

93

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO SOBRE INOVAÇÃO ABERTA

Inovação Aberta é uma forma de inovação que trabalha compartilhamento de conhecimento, compartilhamento de valores e inovação. Considerando as afirmações abaixo, no seu entendimento sobre a ação de inovar, assinale entre "1" e "7" considerando a escala sendo "1" Discordo Plenamente até "7" Concordo Plenamente

QU

ES

O

AFIRMAÇÃO

Dis

co

rdo

ple

nam

en

te

Co

nco

rdo

ple

nam

en

te

1 2 3 4 5 6 7

Conhecimento Compartilhado

1 Sinto-me à vontade ao dizer ao meu gestor quando as

coisas vão mal

2 Meu gestor age conforme fala

3 No geral estou muito satisfeito com a eficiência

operacional da organização

4 Meu gestor me escuta

5 Eu me sinto ligado a meus pares

6 Eu sou livre para discordar do meu gestor

7 A alta administração é sincera em seus esforços para se

comunicar com os funcionários

8 Meu gestor se comporta de uma maneira consistente dia

após dia

9 Minha empresa valoriza a importância do conhecimento

10 Minha empresa estabelece medidas/regras escritas para

manter o conhecimento

11 Sinto-me ligado à minha organização

12 Estou muito satisfeito com a qualidade geral dos produtos

e / ou serviços da organização

13 Eu sempre tenho algo a dizer nas decisões que afetam o

meu trabalho

Valor Compartilhado

1 Meu gestor é de confiança

2 Eu recebo informações adequadas sobre o quão bem eu

estou fazendo no meu trabalho

Page 95: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

94

3 Estou muito satisfeito com a capacidade da organização

para atingir os seus objetivos

4 Eu recebo informações adequadas a respeito de como eu

estou sendo avaliado

Inovação

1 A alta gestão escuta as preocupações dos trabalhadores

2 A alta gestão mantém seus compromissos com os

funcionários

3 Estou muito satisfeito com a capacidade dos funcionários

da organização

4 Sinto-me ligado ao meu gestor

5 Eu recebo informações adequadas a respeito de como os

meus problemas relacionados ao trabalho são tratados

6 Meu gestor está preocupado com o meu bem-estar

pessoal

7 Os meus valores são semelhantes aos valores de meus

pares

8

Eu recebo informações adequadas sobre como as

decisões organizacionais que afetam o meu trabalho são

tomadas

9 A alta gestão está preocupada com o bem-estar pessoal

dos funcionários

10 Meu gestor mantém seus compromissos com os membros

da equipe

11 Os meus valores são semelhantes aos valores do meu

gestor

12 Eu recebo informações adequadas sobre as estratégias de

longo prazo da minha organização

13 Meu gestor é sincero em seus esforços para se comunicar

com os membros da equipe

14 Meu gestor fala positivamente sobre os subordinados na

frente dos outros

Page 96: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

95

APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO SOBRE COMPETÊNCIAS QUE INFLUENCIAM

NA ADOÇÃO DA INOVAÇÃO

Por favor classifique as competências que facilitam inovar em logística/cadeia de suprimentos, utilizando a escala fornecida. Considerando as afirmações a seguir relacionadas, assinale entre "1" e "7" considerando a escala sendo "1" Discordo Completamente até "7" Concordo Completamente

QU

ES

O

AFIRMAÇÃO

Dis

co

rdo

ple

nam

en

te

Co

nco

rdo

ple

nam

en

te

1 2 3 4 5 6 7

1 Ter habilidade em Gerenciamento de Transportes facilita

inovar em Logística

2 Ter habilidade em Gerenciamento de Estoques facilita

inovar em Logística

3 Ter habilidade em Gerenciamento de Armazenagem

facilita inovar em Logística

4 Ter conhecimento sobre Planejamento de Distribuição

facilita inovar em Logística

5 Ter conhecimento sobre Manuseio de Materiais facilita

inovar em Logística

6 Ter conhecimento sobre Manuseio de Mercadorias

Devolvidas facilita inovar em Logística

7 Ter conhecimento sobre Armazenamento de Resíduos

(descartes) facilita inovar em Logística

8 Possuir bom Conhecimento de Diferenças Culturais facilita

inovar em Logística

9 Ter experiência em Conhecimento de Software facilita

inovar em Logística

10 Possuir boa Habilidade com Planilhas facilita inovar em

Logística

11 Possuir habilidade em Gestão de Conflitos facilita inovar

em Logística

12 Possuir boas Habilidades Interpessoais facilita inovar em

Page 97: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

96

Logística

13 Possuir boa Habilidade de Negociação facilita inovar em

Logística

14 Ter boa Comunicação Verbal facilita inovar em Logística

15 Ter boa Comunicação Escrita facilita inovar em Logística

16 Possuir boa Habilidade de Benchmarking facilita inovar em

Logística

17

Ter conhecimento sobre Integração de Fluxos de

Informação e Sistemas Externos facilita inovar em

Logística

18 Ter conhecimento sobre Gestão da Qualidade facilita

inovar em Logística

Page 98: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

97

APÊNDICE E - QUESTIONÁRIO SOBRE UTILIZAÇÃO DO USO DE

FERRAMENTAS DE INOVAÇÃO ABERTA – PARTILHA DE CONHECIMENTO

Por favor classifique afirmações abaixo com base em sua experiência no uso de ferramentas de partilha de conhecimento, utilizando a escala fornecida. Considerando as afirmações a seguir relacionadas, assinale entre "1" e "7" considerando a escala sendo "1" Discordo Completamente até "7" Concordo Completamente

QU

ES

O

AFIRMAÇÃO

Dis

co

rdo

ple

nam

en

te

Co

nco

rdo

ple

nam

en

te

1 2 3 4 5 6 7

1 Eu acho o Lync - Skype for Business útil no meu trabalho

2 Usar o Lync - Skype for Business me permite realizar

tarefas mais rapidamente

3 Usar o Lync - Skype for Business aumenta minha

produtividade

4 Minha interação com o Lync - Skype for Business é clara e

compreensível

5 Foi fácil para mim tornar-me habilidoso no Lync – Skype

for Business

6 Eu acho o Lync - Skype for Business fácil de usar

7 Aprender a utilizar o Lync - Skype for Business é fácil para

mim

8 Meus Gestores acham que eu devo utilizar o Lync - Skype

for Business

9 Pessoas que são importantes para mim acham que eu

devo utilizar o Lync - Skype for Business

10 Os gestores facilitariam o uso do Lync - Skype for

Business

11 Em geral a empresa apoia o uso do Lync - Skype for

Business

12 Eu tenho os recursos necessários para o uso do Lync -

Skype for Business

13 Eu tenho o conhecimento necessário para o uso do Lync -

Skype for Business

Page 99: UNIVERSIDADE POTIGUAR PRÓ-REITORIA DE PÓS … › wp-content › uploads › 2015 › 08...primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber Nobrega

98

14 O Lync - Skype for Business é compatível com outros

sistemas que eu uso

15 Há suporte disponível para assistência com dificuldades de

uso do Lync - Skype for Business

16 Pretendo continuar utilizando o Lync - Skype for Business

por muito tempo

17 Prevejo que continuarei utilizando o Lync - Skype for

Business por muito tempo

18 Planejo utilizar o Lync - Skype for Business por muito

tempo